Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    Tema V. CURVAS COMPOSTAS

    CURVAS COMPOSTAS

    Quando se produzem duas curvas circular sucessivas e ambas estão do mesmo ladode sua tangente comum, estas curvas constituem uma curva composta.

    Os raios destas curvas são diferentes. Utilizam-se quando se deseja adaptar o traçado àtopografia do terreno, sobretudo na zona montanosa, em que pode ser necess!ria autilização de duas, tr"s, ou mais curvas circulares simples de raios diferentes.

    # por este motivo que em depend"ncia do n$mero de curvas de raios diferentesempregados, o sistema de curvas composta recebe o nome de curvas compostas dedois centros, de trs centros, etc.

    Curvas compostas de dois centros

    %a figura & observa-se que o PC da segunda curva coincide com o PT da primeira , ea este ponto se le denomina PCC. 

    !igura "o#. 'urva composta

    (ara a curva de maior raio)

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    *&) *aio em metros

    +&) +angente em metros

    &) ngulo de infleão em graus seag/simos.

    (ara a curva de menor raio)

    *0) *!dio em metros

    +0) +angente em metros

    0) ngulo de infleão em graus seag/simos.

    1l/m )

    2 & 3 0 2 4ngulo de infleão no (5

    6m uma curva composta ! sete elementos que a definem)

    $, R #, T#, $#, R %, T%, $%

    'onecidos quatro destes setes elementos, incluindo entre eles um ngulo, / poss7veldeterminar os outros tr"s restantes.

    T b= R&− R0 cos∆−( R&− R0) cos∆&

    Sen∆  =

      Y &

    Sen∆

    T a= R

    0− R& cos∆&+( R&− R0 ) cos∆0Sen ∆

      =   Y 0Sen ∆

    Sen ∆&=T a+T 

    bcos∆− R0Sen∆

     R&− R0= X &− R0Sen∆

     R&− R0

    Sen ∆0= R&Sen∆−T a cos∆−T b

     R&− R0

     R&= R0+T b Sen∆− R0(&−cos∆)

    &−cos∆&

     R0= R&− R& (&−cos∆ )−T aSen∆

    &−cos ∆

    0

    %a figura 0 representou-se uma curva composta mas de forma inversa à da figura &.

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    !igura "o %. 'urva composta.

    1s curvas compostas de dois centros tratam-se para seu c!lculo e replanto, como duascurvas circulares simples por separado.

    1s especificaç8es recomendam que a curva de maior raio não seja superior em vez emeia ao raio da curva mais fecada.

    *& 9 &.:*0

    CURVAS &' TR(S C'"TROS

    Utilizam-se nas vias de giro e nas revoltas de raio m7nimo das intersecç8es, com oobjectivo de adaptar-se melor à traject;ria das impress8es deiadas pelos ve7culos dedeseno, com o qual se economiza na construção do pavimento.

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    !igura "o ). 'urva de tr"s centros

    (ode-se observar que a curva de tr"s centros / uma variante da curva composta =comtr"s centro>, com a particularidade de que os raios das curvas etremas * 0 são iguais emaiores que o raio *& da curva central.

    'omo os raios da curva de tr"s centros utilizados nas vias de giro das intersecç8es são

    de curto comprimento, para sua implantação se recomenda o m/todo das coordenadas.# poss7vel e muito recomend!vel a utilização de curvas de transição em lugar das curvasde tr"s centros nas vias de giro.

    2 & 3 00

    (ara a curva de *&)

    +& 2 *& tag &?0

     D&=  ∆& R&

    :@.0A:B

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    (ara a curva de raio *0)

    +0 2 *0 tag 0?0

     D0=  ∆0 R0

    :@.0A:B

    Onde+& e +0) +angentes particulares das curvas de r!dio *& e *0 em metros.

    C& e C0) Cesenvolvimentos particulares das curvas de raio *& e *0 em metros.

    &  e 0) 4ngulos centrais que subentendem às curvas de raio *&  e *0  em grausseag/simos

    1demais)

    T e=[ R0Sen ∆0 −( R0− R& )Sen

    ∆&

    0 ] Sec ∆0Onde)+e) +angente eterior da curva de tr"s centros em metros

    cos∆0=&−  O

     R0− R&

    O) *etranqueo da curva de tr"s centros, o qual estão em função da velocidade dedeseno adoptada na via de giro da intersecção.

    CURVAS R'V'RSAS

    Quando duas curvas se sucedem em sentido contr*rio e tm o ponto de união outangencia comum, recebem o nome de curvas reversas.

    6ste ponto recebe o nome de ponto de curvatura reversa +PCR, e nos casos de raiosde curvaturas pequenos podem-se produzir problemas que fazem dif7cil o movimentodos ve7culos devido a uma manobra err!tica dos condutores, al/m de que se criamproblema para o desenvolvimento da sobre elevação e o correcto escorrimento das!guas superficiais que caem sobre a calçada.

    (ara seu c!lculo e implantação seguem-se os mesmos princ7pios estudados nas curvascirculares simples.

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    !igura "o -. 'urvas reversas.

    CURVAS &' TRA"S/0O

    #. 'lementos e 1un23es 1undamentais da curva de transi2ão.

    %. C*lculo da longitude da curva de transi2ão

    ntrodu2ão.

    Cenominam-se curvas de transição àquelas curvas que se colocam nos etremos dascurvas circulares simples, de forma tal que a mudança de curvatura entre o troço recto e

    o arco circular seja suave e gradual e que a sobre elevação em todos seus pontos esteconforme com o grau de curvatura.

    1 necessidade da curva de transição compreende-se quando analisamos o movimento deum ve7culo entre um lance recto e um circular. Quando um ve7culo que circula por umlance recto de estrada cega a um circular, deve colocar suas rodas dianteiras com umnovo ngulo, que depende do raio da curva circular pela qual vai transitar. 'ompreende-se que este movimento não pode ser realizado instantaneamente, senão que se precisadum intervalo de tempo para poder o realizarD criando assim a necessidade duma curvade transição cuja longitude tanto faz à velocidade do ve7culo pelo tempo.

    6ntre as curvas de transição mais usualmente empregadas podem citar-se)

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    'lotoideD %a qual se cumpre que o raio de curvatura / inversamente

    proporcional a sua longitude.

    Eemniscata de FernoulliD %a qual se cumpre que o grau de curvatura /

    directamente proporcional ao raio vector.

    6spiral c$bicaD # uma curva dada pelas mesmas epress8es da clotoide, mas

    desprezando na equação de GelaG alguns termos.

    Ce todas elas, a mais difundida / a clotoide, j! que sua forma se adapta à traject;riaseguida por um ve7culo que viaja a velocidade constante e cujo volante / accionado deforma uniforme.

    1s vantagens da clotoide sobre a curva circular simples podem resumir-se no seguinte)

    (roduzem uma 1*cil e natural tra4ect5ria para os ve6culos, de forma tal que a

    força centr7fuga aumenta e diminui gradualmente quando um ve7culo entra ousai de dita curva. 6ste facto tende a garantir uma velocidade uniformeD bemcomo aumentar as condiç8es de segurança.

    (roduzem a longitude dese4*vel para o desenvolvimento da sobre eleva2ão, e

    toda ela pode ser distribu7da em dita curva.

    Onde a secção transversal do pavimento da via na parte circular, tem que ser

    alargado, as clotoides 1acilitam a longitude dese4*vel para a transi2ão emlargura.

    A est7tica duma estrada 7 altamente 1avorecida com sua utilização.

    !igura #. 'urva de transição

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    TS8 (onto de mudança de tangente a clotoide.

    SC) (onto de mudança de clotoide a circular.

    CS) (onto de mudança de circular a clotoide.

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    !igura %. 'lotoide entre o +< e o

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    'onecidas estas epress8es, / poss7vel determinar a equação que rege as infle8esnuma clotoide.

    0

    0

    S   0Tl

    lS

       

    !U"/='S !U"&AM'"TAS.

    %a figura 0 representam-se os dois arcos de clotoide compreendidos entre o +< e o

    O qual vem dado pela epressão)

      O > ;S ? R c+# ? cosS

       epressão simplificada

    c

    s

     R

    lO

    0Q

    0

    Vigura 0. Vunç8es fundamentais

    Ca pr;pria figura pode-se determinar a abcissa do retruque)

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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      t > e sua eterna =#>.(ara sua determinação utilizamos a figura P.

    !igura -. Outras funç8es

    A tangente  / a distncia que separa ao (5 do +< e do Tc @ O.tan $% @ t

    Que / a epressão utilizada para determinar a tangente numa curva de transição.

    1 1un2ão eBterna =6> / a distncia entre o (5 e o ponto m/dio da curva de transição. Cafigura P obt/m-se

    's >'c @ O.sec $ %

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    1l/m, da pr;pria figura P / poss7vel determinar o desenvolvimento do arco circularinterm/dio entre o ) a distncia entre o ponto de infleão da clotoide =v> e o +< ou

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    CRTDROS PARA A &'T'RM"A/0O &A O":TU&' &A CURVACOTO&'.

    6istem diferentes factores que fiam a longitude da clotoideD cada um deles d! lugaraos seguintes crit/rios)

    ♣ Eongitude m7nima de clotoide para o desenvolvimento da sobre eleva2ão.

    ♣ Eongitude m7nima de clotoide por con1orto dinEmico e de seguran2a para o utente.

    ♣ Eongitude m7nima de clotoide por con1orto 5ptico.

    1s longitudes das curvas clotoides em nenum caso devem ser menores que o XT Y davelocidade de deseno da via.

    ongitude m6nima para o desenvolvimento da sobre eleva2ão.

    6ste crit/rio proporciona valores m7nimos de curva clotoide para que se possadesenvolver satisfatoriamente a sobre elevação. (ara isso, se estabelecem valoresm!imos de pendente longitudinal dos bordes da via com relação a seu eio, os quaisdependem da velocidade de deseno adoptadaD com o objectivo de conseguir um bomdrenagem do pavimento na zona pr;ima no ponto de T Y de sobre elevação.

    (ode-se cegar a determinar por uma simples proporção que)

      mamamin   .0.   ea

     plS  

    Onde)

    a) largura da viaD em metros.

    emaB) peralte m!imo correspondente à curvaD em m?m.

    ls+min8 longitude m7nima de clotoide por transição de peralteD em metros.

    Pm*B) denominador da pendente longitudinal m!ima obtido em função da velocidade natabela &.

    Tabela #. (endente longitudinal m!ima

    Zelocidad dedise[o ZC

    =\m?>

    (endentelongitudinal

    m!ima

    PT &?&TT

    T &?&0:

    :T &?&:T

    XT &?&@:

    BT &?0TT

    &TT &?00:

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    ongitude m6nima por con1orto dinEmico e de seguran2a para o utente.

    6ste crit/rio fia valores adequados para a mudança da aceleração transversal oucentr7fuga, com o objectivo de conseguir uma c;moda transição entre o troço recto e otroço circular.

    (ode-se determinar pela seguinte epressão)

     

    máxC 

    S

      e R

     Kt 

    V l   &0@

    X:.QX

    0

    min

    1s especificaç8es recomendam para o coeficiente ]t os seguintes valores)

    &ese4*vel

    (ara ZC ^ BT \m? --- ]t 2 T,:T m?sP 

    ZC _ BT \m? --- ]t 2 T,T m?sP 

    M*Bimo

    (ara ZC 2 &TT \m? --- ]t 2 T,:T m?sP 

    ZC 2 BT \m? --- ]t 2 T,XT m?sP 

    ZC ^BT \m? --- ]t 2 T,@T m?sP 

    ongitude m6nima por con1orto 5ptico.

    6ste crit/rio recomenda que por raz8es de ordem est/tico, o ngulo Ns que subtende aclotoide deva ter um valor m6nimo de -,F graus.

    1 longitude m7nima da clotoide segundo o crit/rio de confort ;ptico, deve ser igual oumaior que a novena parte do raio do arco circular interm/dio.

     

    A

    minC 

    S

     Rl  

    1 forma de proceder num caso particular, ser! determinar a longitude m7nima de curvade transição pelo cada um dos tr"s m/todos tratados e escoler a maior delesD que a suavez cumpre com os dois restantes.

    'Bemplo de c*lculo de longitude de curva de transi2ão.

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    'alcular a longitude m7nima de curva de transição de acordo aos tr"s m/todosdesenvolvidos, se conecem-se os seguintes dados)

    ZC 2 BT \m?.

    *c 2 :@0,AX m.

    ema 2 &T Y 2 T,&T m?m.

    e 2 XY 2 T,TX m?m pendente longitudinal dos borde 2 &?0TT

    a 2 @.TT m.

    ♣ Eongitude m7nima recomend!vel.

    ls=min> 2 T,X ZC 2 T,X . BT

    ls=min> 2 B,TT m

    ♣ (or transição de peralte, na epressão)

    ls=min> 2 p . a?0. e

    & ls=min> 2 0TT . @?0. T,TX 2 0 m.

    Eongitude esta menor que a m7nima recomend!vel em função da velocidade dedeseno.

    ♣ (or conforto dinmico e segurança para o utente, na epressão)

     

    máx

    S  e

     R

     Kt 

    V l   &0@

    X:.QX

    0

    min

     

      TX,T.&0@

    AX,:@0

    BT

    QT.:T,QX

    BT  0

    minSl

    2&:m

    ♣ (or conforto ;ptico na epressão)

      m Rl  C 

    S  XQ

    AAX,:@0

    Amin  

    Observa-se que o crit/rio dominante / o de conforto ;ptico, j! que / maior que os doisrestantes. (ortanto, a longitude da clotoide a utilizar / de B metros =crit/riobaseado na velocidade de deseno>, ou preferivelmente X metros que resultouser o crit/rio dominante.

    %o A"'

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    A longitude m6nima obedece ao crit7rio dominante entre transi2ão de peralte econ1orto dinEmico e de seguran2a para o utenteD e a longitude 5ptica ao crit7rio decon1orto 5ptico.'onstruiu-se desta forma motivado porque o crit/rio de conforto ;ptico quase sempreresulta dominante sobre os outros dois, e em muitas ocasi8es não / poss7vel odesenvolvimento desta longitude devido a restriç8es no traçadoD ou seja, d!-se apossibilidade de utilizar segundo o caso, ou a longitude dominante resultante dos doisprimeiros crit/rios desenvolvidosD ou a longitude ;ptica.

    Ceve-se assinalar que as longitudes de curva de transição que aparece no A"'

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    !igura F. 'urvas de transição completamente transicional

    %a figura X pode-se demonstrar que)

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    !igura J. 'urva de transição assim/trica

     A 1un2ão eBterna responde à seguinte equação)

    0

    &&

    0

    &&& 0&

    0

     

        C 

    SSC 

    ssa  Cos ROT  RSent  E     

    O ngulo para replantar a união da eterna com o arco circular bisando ao +< ser!)

       

    Sa

    S

     E

    Z Y Sen   &&`PXT 

    Onde) na figura X, ser! igual a)

     

    QQ0 &

    C S

    C C 

      SenSen RZ     

    (or $ltimo, o desenvolvimento do arco circular entre o

  • 8/18/2019 Tema 06- Trac3a7ado Em Planta -Curvas Compostas

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    Cefinem-se os trabalos de campo como o conjunto de operaç8es que deve realizar acomissão de topografia, para poder cegar a replantar as esta23es not*veis  =+

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    l) Eongitude pela clotoide entre o +< ou

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     ♣ 1cam-se no 1%6RO 55 os valores unit!rios da => e da =J> para)

    L2 T`TT e sua diferença para um minuto =&>.

    Para a B8

    (ara L 2 T`TT ...... &,TTT TTT

    Ciferencia para &.... T,TTT TTT

    (ara a J)

    (ara L 2 T`TT ...... T,TTT TTT

    Ciferencia para &.... T,TTT TA@

    ♣ Iultiplica-se a diferença para um minuto pela quantidade de minutos que tem o

    ngulo L na estação 6

    T,[email protected],XB2T,TTPPXPAX =para a J>

    ♣ 

    T,TTTTTT 3T,TTPPXPAX 2T,TTPPXPAX =para a J>

    Iultiplica-se o resultado anterior pela distncia entre o +< e a estação 6

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