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TEMA: ORATÓRIA, PILARES DO CRISTIANISMO, E CUIDANDO DO POVO. TÍTULO: A ARTE DA COMUNICABILIDADE, ELEMENTOS IMPORTANTES DA IGREJA, ATENDIMENTO SOCIAL, MÉTODOS CIENTÍFICOS, TEOLOGIA E CONSTITUIÇÃO E O POVO DE DEUS. INTRODUÇÃO: Deus ama o ser humano. A humanidade é importantíssima para o Altíssimo. Portanto, vamos também amá-la. E conquista-la através da arte de falar em publico, com amor cristão e cuidando muito bem da mesma. Lembre-se, você também é muito importante para Deus. Psicologicamente, espiritualmente e socialmente o ser humano está abandonado. Este conteúdo é indispensável, visto que, o ser humano precisa ser respeitado, cuidado e amado. Um cuidado psicológico, espiritual e social. A escassez da oratória, a falta do conhecimento dos pilares do Cristianismo, e do cuidado, para com, o povo causa: sofrimentos, solidão, dispersão e individualismo. Mas o individualismo, o egoísmo, a falta o primeiro amor e a inabilidade de socorrer o povo; impede uma ponte de comunicabilidade entre as pessoas, a misericórdia, o amor, o carinho e o cuidado. Ensinamos várias linhas teológicas, mas, principalmente, a Luterana. O escritor destas matérias é pastor nas Assembleias de Deus desde 1997 e Doutor em Educação Cristã. Abordar-me-ei, os seguintes pontos, nesta 3ª fase do Curso de Bacharelado em Teologia: 1) ORATÓRIA, 2 2) PAIS DA IGREJA, 22 3) PNEUMATOLOGIA, 27 4) PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS, 33 5) PRIMEIROS SOCORROS, 34 PARTO DE EMERGÊNCIA, 38 6) PSICOLOGIA I, 40 7) PSICOLOGIA II, 42 8) SEITAS E HERESIAS, 48 9) SOTERIOLOGIA, 60 10) METODOLOGIA CIENTÍFICA, 94 11) PENTATEUCO, 108 12) PANORAMA HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO TEOLÓGICA, 113 13) CÓDIGO CIVIL E AS IGREJAS, 121 14) MISSIOLOGIA, 125 15) FILOSOFIA, 138 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 141

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TEMA:

ORATÓRIA, PILARES DO CRISTIANISMO, E CUIDANDO DO POVO.

TÍTULO:

A ARTE DA COMUNICABILIDADE, ELEMENTOS IMPORTANTES DA IGREJA, ATENDIMENTO SOCIAL, MÉTODOS CIENTÍFICOS, TEOLOGIA E CONSTITUIÇÃO E O POVO DE DEUS. INTRODUÇÃO:

Deus ama o ser humano. A humanidade é importantíssima para o Altíssimo. Portanto, vamos também amá-la. E conquista-la através da arte de falar em publico, com amor cristão e cuidando muito bem da mesma. Lembre-se, você também é muito importante para Deus.

Psicologicamente, espiritualmente e socialmente o ser humano está abandonado. Este conteúdo é indispensável, visto que, o ser humano precisa ser respeitado, cuidado e amado. Um cuidado psicológico, espiritual e social.

A escassez da oratória, a falta do conhecimento dos pilares do Cristianismo, e do cuidado, para com, o povo causa: sofrimentos, solidão, dispersão e individualismo.

Mas o individualismo, o egoísmo, a falta o primeiro amor e a inabilidade de socorrer o povo; impede uma ponte de comunicabilidade entre as pessoas, a misericórdia, o amor, o carinho e o cuidado.

Ensinamos várias linhas teológicas, mas, principalmente, a Luterana. O escritor destas matérias é pastor nas Assembleias de Deus desde 1997 e Doutor em Educação Cristã.

Abordar-me-ei, os seguintes pontos, nesta 3ª fase do Curso de Bacharelado em Teologia:

1) ORATÓRIA, 2 2) PAIS DA IGREJA, 22 3) PNEUMATOLOGIA, 27 4) PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS, 33 5) PRIMEIROS SOCORROS, 34 PARTO DE EMERGÊNCIA, 38 6) PSICOLOGIA I, 40 7) PSICOLOGIA II, 42 8) SEITAS E HERESIAS, 48 9) SOTERIOLOGIA, 60 10) METODOLOGIA CIENTÍFICA, 94 11) PENTATEUCO, 108 12) PANORAMA HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO TEOLÓGICA, 113 13) CÓDIGO CIVIL E AS IGREJAS, 121 14) MISSIOLOGIA, 125 15) FILOSOFIA, 138

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 141

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XXI. ORATÓRIA O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO Imagine-se em um teatro lotado. Acendem-se as luzes. A cortina se abre. Um cheiro de estreia no ar. A trilha sonora derrama Pavarotti, preenchendo todos os espaços. Os olhos da plateia se acendem. O FOCO É VOCÊ! Quais as sensações? Tensão, nervosismo, timidez, olhar perdido, boca seca, tremedeira, mãos suadas, vontade de desistir, adrenalina apostando corridas nas veias, tudo parece uma bolha gigante e ameaçadora? NÃO SE PREOCUPE: VOCÊ É ABSOLUTAMENTE NORMAL! Falar em público inclui-se entre as situações que mais geram ansiedade, preocupação e sentimentos de impotência para gerenciar os próprios atos. O medo aumenta desproporcionalmente a sensação de perigo; é a forma que o corpo e a mente encontram para se proteger das ameaças. Trata-se de uma desnutrição emocional que pode ser tratada e curada. As pessoas mais tímidas tendem a supervalorizar os possíveis riscos; assim, o novo e a possibilidade de mudança tornam-se assustadores. Os hábitos cotidianos formam cadeados protetores, aliados convenientes para o comodismo e endurecimento de velhos padrões de comportamento. Dessa maneira, quando nos cabe a tarefa de nos apresentarmos em público, o pavor de enfrentar uma plateia pode castrar a possibilidade de sucesso. Os motivos desse temor são: • perfeccionismo; • nervosismo; • autoimagem negativa; • excesso de autocrítica; • barreiras verbais e não-verbais; • sensação de ridículo; • instabilidade emocional; • desmotivação para superar desafios; • cobranças internas e externas; • inexperiência na função; • apresentações anteriores frustrantes; • medo da responsabilidade proveniente do sucesso; • falta de treino, bem como de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à comunicação eficaz. Ocorre, então, o seguinte monólogo interno negativo:

Será que sou capaz?

Sou um desastre lá na frente.

Vou ficar igual a um pimentão.

E se rirem de mim?

Detesto falar; só gosto de ouvir.

Ficar quietinho é melhor; assim, não incomodo ninguém.

Não gosto de minha imagem.

Não tenho talento para isso.

Mas eu vou falar o quê?

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Não quero parecer exibido; se eu aparecer muito, meu chefe vai me sabotar!

Sempre fui tímido; não gosto dos refletores e não vou mudar.

Não adianta falar; eles não vão mudar mesmo...

Nasci para ser coadjuvante; prefiro ficar nos bastidores.

Nunca falei em público; vou me atrapalhar, com certeza, e eles não vão prestar atenção em mim.

Não tenho instrução suficiente.

Para que falar? O salário vai ser o mesmo...

Minha voz é horrível!

Ainda se eu tivesse a voz do Cid Moreira ou o talento da Fernanda Montenegro...

Falar em público é para artista.

Discurso é bom para os políticos.

Sou bom para falar com duas ou três pessoas, no máximo; muita gente me dá pavor.

Quero fazer meu serviço e ir para casa, ver televisão.

Só gosto de lidar com máquinas, pois as pessoas dão muito trabalho. Espera-se, de um líder, competência técnica e comportamental; esta última implica em habilidade de comunicação. Aquele que expressa suas ideias de maneira lógica, fluente, persuasiva e segura é visto como porta-voz de seus colaboradores e valida sua liderança. O poder das palavras é incontestável. Tocar a mente dos ouvintes exige perspicácia, disciplina, sensibilidade. Transformar, valorizar ideias, expressar-se corretamente e com criatividade fortalecem o marketing profissional. A excelência do processo comunicativo é condição imprescindível para um gerenciamento da qualidade. Portanto, nada mais inteligente e sensato do que planejar estratégias para sua atuação, que tornem o ato de falar para grupos um prazer e não um castigo. Motivos para Comunicar-se Bem Antes mesmo de falarmos sobre Falar em Público, precisamos trabalhar nossa comunicação do dia-a-dia. Ninguém gosta de desperdiçar tempo, dinheiro e energia. Se não estiver muito claro o que temos a ganhar aprimorando as comunicações, a tendência é de acomodação. Avaliar o que se realizará a mais e criar estratégias para fortalecer a comunicação são primordiais para o aprofundamento da interação humana e melhores resultados na vida empresarial. Sabe o que você tem a ganhar melhorando as suas comunicações? AUTOCONHECIMENTO Imagine uma pessoa que vive isolada, sem contato frequente com outras. Ela se conhece? Tem domínio e consciência de seus atos e o que eles representam para os outros? É impossível. O autoconhecimento está diretamente associado aos múltiplos relacionamentos que fazem parte do nosso dia-a-dia, não apenas interpessoais, mas toda a leitura que fazemos do mundo. Na medida que expandimos nossas comunicações e compartilhamos informação, as pessoas passam a ter opiniões sobre nós e dessa forma recebemos o feedback, um elemento essencial na construção do autoconhecimento. AUTOCONFIANÇA A autoconfiança é diretamente proporcional ao grau de conhecimento sobre nós mesmos. Se um comunicador reconhece seus pontos fortes e fracos, poderá direcionar melhor suas ações e criar relações mais harmoniosas com os interlocutores.

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LIDERANÇA Durante muito tempo, a liderança foi exercida com base em conceitos rígidos, estruturas hierárquicas definidas, e não havia muito espaço para diálogos e refutações. Atualmente, isso mudou. A liderança não é mais imposta, mas conquistada e compartilhada. Para ser líder é preciso demonstrar os próprios pontos de vista e as próprias habilidades e, ao fazê-lo, usar ao máximo os recursos e técnicas que a comunicação oferece. Por meio da boa comunicação os talentos individuais afloram e geram líderes com competência técnica e interpessoal para realizar o trabalho em equipe necessário ao fortalecimento e prosperidade dos negócios. Compreender isso faz o homem atuar como comunicador no seu espaço organizacional. A partir daí ele criará um clima de sinergia entre os membros da equipe, de modo que a transmissão da mensagem passe a ser o ponto-chave do sucesso empresarial. A comunicação não é um fim em si mesma, mas um meio para alcançar resultados positivos para o profissional e para a empresa. OPORTUNIDADES PROFISSIONAIS Muita gente conhece profundamente um determinado assunto, mas não consegue transmiti-lo. Guarda as informações para si e permanece estagnada. Profissionalmente, é importante que os outros saibam que você sabe, percebam o seu potencial e a utilidade do seu conhecimento. A comunicação é a única possibilidade de isso ocorrer, por isso a necessidade de investir no marketing pessoal. Na era do capital intelectual, compartilhar o conhecimento é um diferencial competitivo. Faça das suas comunicações um investimento lucrativo! CRIATIVIDADE As pessoas mais abertas às comunicações provavelmente têm mais condições de resolver problemas. Isto ocorre pois a criatividade depende muito da liberdade com que você estabelece novas relações e conexões entre os fatos. Se não temos interesse em diversificar nossa cultura, permanecemos estagnados. Identificar os novos encadeamentos em áreas diversificadas é um dos melhores exercícios para as comunicações e a criatividade. FLEXIBILIDADE NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS Quando aprimoramos as nossas comunicações, desenvolvemos a capacidade de filtrar as informações e detectar as que não são importantes. Assim podemos fazer uma leitura mais precisa das pessoas e aumentar a nossa capacidade de estabelecer relacionamentos. Quanto mais aceitarmos que as relações não são e nem podem ser matemáticas, mais flexíveis e compreensivos seremos. VITÓRIA SOBRE OS DESAFIOS Por meio das comunicações enfrentamos os desafios com mais entusiasmo, porque nossos horizontes se abrem e contamos com mais possibilidades diante dos obstáculos. Além disso, podemos visualizar antecipadamente as etapas a ser cumpridas para atingir um objetivo. Compreender a dimensão do processo comunicativo é um dos caminhos para entender a magia da essência humana. O mundo ecoa as comunicações que estabelecemos com os nossos semelhantes, sejam elas pessoal ou profissional. Somos o meio e produto dessas relações. Investigar como revestimos e expressamos os pensamentos nos permite conhecer as várias facetas da nossa personalidade e como elas atuam nos vários grupos sociais. É um mapa necessário, a orientação para um mergulho interior e uma aprendizagem desafiadora, essenciais para nos tornar melhores seres humanos!

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O ESTADO ATUAL E O DESEJADO Se alguém lhe pedir que faça uma palestra em público, qual será a sua reação? Se você for como a maioria das pessoas, entrará simplesmente em pânico! Seu ESTADO ATUAL é... Sofrer ao falar diante das pessoas e incomodar-se com a consequente tremedeira, gagueira, sudorese ou o famoso sufoco. Seu ESTADO DESEJADO poderá ser... Sentir prazer em falar diante de pessoas, sabendo que por meio de sua fala irá motivar, influenciar, persuadir e liderar pessoas. Seu ESTADO ATUAL é... Fugir de possibilidades, encontrando desculpas para justificar sua atitude. Sente medo, desconforto e acha que não nasceu para isso. Julga-se sem talento. Seu ESTADO DESEJADO poderá ser... Conquistar segurança para falar, levantar a mão para fazer uma pergunta e ler um texto em voz alta diante de pessoas. Se o seu ESTADO ATUAL é... Falar bem em público, mas sem uso de técnicas para objetivar a sua apresentação. Seu ESTADO DESEJADO poderá ser... Dominar técnicas para fazer apresentações objetivas, organizadas, planejadas e interessantes, utilizando, com eficiência, recursos audiovisuais. São características das pessoas que falam bem (e que nós buscaremos ao longo do curso): • Naturalidade e desenvoltura • Organização clara de ideias • Mais segurança ao comunicar-se com superiores • Mais criatividade e flexibilidade nas apresentações em público • Fortalecimento do poder de venda, negociação e persuasão • Simpatia e carisma • Potencialização da capacidade de liderança • Brilho pessoal ao falar • Mais satisfação e prestígio pessoal • Sentir-se uma pessoa mais realizada Em que contextos fazemos as apresentações em público? Abaixo são exibidos alguns contextos onde apresentações em públicos são comuns. Você já participou de algum deles? Provavelmente sim. Durante o curso, tente imaginar como aplicar as técnicas propostas em cada um dos contextos abaixo: *Reuniões *Congressos *Simpósios *Negociações *Vendas *Defesas de Tese *Atendimento a clientes *Entrevistas *Workshops

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*Palestras *Aulas *Mesa redonda *Treinamentos *Debates Reduzindo o Nervosismo – Exercícios de Respiração Nada melhor do que reduzir o nervosismo antes de uma apresentação em público. Muitas pessoas ignoram a respiração, mas ela é responsável por levar o oxigênio até o cérebro, portanto uma respiração adequada pode reduzir o nervosismo, evitar o famoso esquecimento de palavras, entre outros. Aqui vão alguns exercícios simples, porém muito eficazes. São chamados de Respirações Conectadas e foram divulgadas por Leonard Orr quando esteve no Brasil. Você pode escolher um deles e fazê-lo diversas vezes ao dia e/ou antes das apresentações. 1. Inspire e expire pelo nariz. Faça 4 respirações curtas seguidas de 1 profunda. Repetir 4 vezes esse pequeno ciclo completando assim as 20 Respirações Conectadas. Este exercício é indicado para oxigenar rapidamente o cérebro. 2. Faça 20 Respirações Conectadas (idem ao exercício anterior), mantendo a língua entre os dentes com os lábios fechados, respirando pelo nariz. Essa respiração ajuda a aliviar a raiva e o nervosismo. 3. Faça 20 Respirações Conectadas (como explicado no exercício 1), com a boca bem aberta, porém respirando pelo nariz. Essa uma forma eficaz de eliminar energia estagnada do corpo e o stress. TRATANDO O PÚBLICO O receio de não conseguir cativar o público é comum. Em primeiro lugar, tire da cabeça a ideia de que o público está lá para criticar você. Pode parecer absurdo, mas muita gente sente isso e acaba ficando na defensiva. O público está ali porque quer, ou porque precisa ouvir você. A plateia torce pelo seu sucesso. "Lembre-se de que as pessoas também morrem de medo de falar em público, assim como você. E admiram a sua coragem. O julgamento dos espectadores é menos rigoroso do que o seu." Quase todos os executivos e professores de oratória dão uma sugestão: olhe para o público. Escolha algumas pessoas e foque nelas. Não fique com o olhar perdido. É absolutamente essencial que você veja a audiência. Mesmo quando tiver de baixar os olhos para apanhar uma ou outra palavra, suspenda o contato com a audiência por apenas alguns instantes. Tente criar uma certa intimidade. Cada pessoa tem que sentir que você está falando só para ela. Fazer referências a algo que possa conectá-lo com seu público é uma das dicas de Lilyan Wilder. Lilyan, autora do livro 7 Steps to Fearless Speaking (algo como "7 Passos para Falar sem Medo"), já atendeu clientes famosos como a apresentadora de televisão americana Oprah Winfrey e o ex-presidente americano George Bush. Ela acredita que muito do que fazemos nas conversas cara a cara pode ser usado, com alguns ajustes, em apresentações para públicos maiores. O consultor Pedro Mandelli, por exemplo, costuma circular na plateia antes de começar sua apresentação. Além de criar uma certa proximidade, isso pode até ser útil para a sua apresentação. Você pode descobrir algum especialista no assunto sobre o qual vai falar. Ele pode ser seu cúmplice se você não souber responder uma pergunta mais complicada. Outra questão estratégica é adequar a linguagem ao seu público. Numa reunião com seus superiores, você deve ter um certo tipo de preocupação. Se a apresentação for para leigos que vão ouvir o assunto pela primeira vez, o tratamento deve ser completamente diferente. A profundidade do tema e até a escolha adequada dos termos ajudam a criar essa intimidade. Nem sempre falar para um grande público é pior do que para poucas pessoas. Quando você fala para pouca gente, as reações são mais visíveis. Da mesma forma, fazer uma apresentação para o público interno da empresa nem sempre é mais fácil. Pode - e deve - haver mais cobrança. Em todos os casos, a simplicidade é outro ponto que pode contar a seu favor.

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Relaxe também com relação ao comportamento de quem está ouvindo você. A preocupação de controlar as reações do público só atrapalha. O fato de alguém estar bocejando pode significar apenas que ele (ou ela) passou a noite tentando fazer o filho dormir. Alguém que levanta pode ter uma emergência para resolver. Não fique escravizado pelo comportamento da plateia. Apenas leia os seus sinais para monitorar a sua exposição, para saber, por exemplo, quando fazer uma pergunta ou quando abrir espaço para um debate. E se o público for hostil? A melhor forma de lidar com isso é amortecer as perguntas agressivas. Continue sendo simpático mesmo que a pergunta seja para atacar você. Não responda em cima da pergunta, agradeça, respire, ganhe alguns segundos. "Mesmo que a plateia esteja do seu lado, se você responder de forma agressiva, é possível que ela se volte contra você." O Comunicador Perfeito O comunicador perfeito é aquele que se faz entender e fala bem, com técnica, fluidez, elegância e naturalidade em toda e qualquer situação: formal e informal, para um pequeno ou grande número de pessoa. A Comunicação Você já deve ter participado como espectador de várias apresentações em público. Com certeza, já deve ter observado que existe uma variedade de tipos de apresentadores, que vão desde os mais carismáticos e extrovertidos, até os mais antipáticos e tímidos. Há apresentadores que reúnem muitas características positivas, há outros que exageram nas características negativas. Observar tais tipos é muito importante. Alguns tipos positivos: Bem informado - traz informações pertinentes, sintonizadas com o assunto. Carismático - estabelece uma relação forte com os ouvintes. Elegante - apresenta posturas equilibradas, correto uso da voz, do corpo e das ideias. Confiável - inspira confiança pela apresentação de seus pontos de vista. Extrovertido - é aberto e sem barreiras com o público, tem o coração aberto. Brilhante - faz uma exposição inesquecível, na qual reúne as melhores características de um bom apresentador. Estes tipos realmente chamam a atenção do público, reforçam identidades e proximidade, ampliando a probabilidade de sucesso! Alguns tipos negativos: Tloca Letlas: é um problema chamado dislalia, que se manifesta através da troca de letras, geralmente o "r" pelo "l". Exemplo: Craro, probrema, bicicreta. Eloquente: fala muito alto, abusa de metáforas, ajoelha-se, recita poesias e faz caras e bocas. Leitor: depende da leitura para falar em público, precisa olhar suas anotações o tempo todo. Mama mia: exagera nos gestos e nos movimentos, sem congruência com o conteúdo que transmite verbalmente. Eu me amo: exagera na autoestima e na autoconfiança, chegando a ser arrogante, prepotente e antipático. Geralmente olha de cima para baixo. Conhecendo o Terreno Nunca faça uma apresentação sem conhecer algumas informações básicas: para quem você vai falar, o que esse público quer ouvir, quanto tempo você terá, se você será o único orador, qual a ordem das apresentações, se haverá um período para perguntas e respostas, se você vai falar durante uma refeição, o local da apresentação, que instrumentos estarão à sua

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disposição (retroprojetor, computador com programa para fazer apresentações, televisão, lousa, etc.). Com isso em mente você evita cair em armadilhas e sente mais segurança. Prepare-se para todo tipo de pergunta. É inevitável que o público levante questões menos exploradas na sua apresentação. Se você realmente dominar o assunto, tem como prever muitas dúvidas e possíveis objeções. "Sempre me preparo se vou a um lugar em que posso ser chamado para dar a minha opinião", afirma o publicitário Osvaldo Marchesi, de São Paulo. "Se não for chamado, tudo bem. Mas isso dá confiança." Marchesi superou seu medo fazendo um curso de oratória. E se arrepende de não ter feito mais cedo. Para ele, quanto antes você perder o medo de falar em público, melhor você se coloca e não perde oportunidades. Antecipar-se aos problemas parece paranoia? Pode até ser, mas além de ajudar você a dominar o assunto, diminui o medo do inesperado. E se mesmo com todas essas precauções você tiver um momento de embaraço, não se desespere. Avalie a situação. Veja se é possível confessar que você não sabe o que responder (em algumas reuniões essa pode não ser uma boa saída) ou então use outros artifícios. Devolva a pergunta para a plateia - alguém pode saber a resposta. Ou então dê referências sobre o assunto, mesmo que você não saiba a resposta exata. Conhecer o público é mais do que saber idade, sexo e profissão. Numa reunião na empresa, por exemplo, tente descobrir se algum dos seus espectadores é contra o que você vai falar, se alguém pode se sentir prejudicado ou com o poder ameaçado. Como as outras pessoas tratam do tema? Todos esses dados mapeiam o terreno e vão eliminando possíveis fontes do seu estresse. Problemas & Soluções Alguns problemas na preparação de uma apresentação: Falta de conteúdo Prolixidade Desorganização sequencial Ausência de objetivo Vícios de linguagem Inadequação na utilização de recursos audiovisuais Vocabulário limitado e inadequado Soluções para uma boa apresentação Planejamento Preparação Boa gramática Bom vocabulário Capacidade de memorização Usar os recursos audiovisuais O que é uma apresentação? Uma apresentação em público demanda: Planejamento, preparação e formatação do conteúdo Atuação frente ao público O planejamento é o grande segredo de uma boa apresentação. Vamos apresentar passo a passo os elementos básicos para você planejar sua apresentação. Siga as instruções e participe desta construção!!! Bastam apenas quatro passos iniciais: O QUÊ? Nesta fase, você deve focalizar o tema de sua apresentação Primeiras ações: Separar o que é importante falar a partir de um vasto assunto. Hierarquizar os assuntos em termos de prioridade.

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Relacionar: foco no tema, perfil do público, recursos e tempo disponível. Dicas: Os temas devem: Ser diretos e objetivos Provocar curiosidade Preencher necessidades a curto e médio prazos Motivar o público para atingir alguma meta específica Exemplos de temas: Criando líderes na era da comunicação Meu cartão de visitas: marketing pessoal Atendimento ao cliente: a rota segura para o sucesso Técnicas de Comunicação com clientes Uma apresentação pode ter as seguintes finalidades: Informativa - Expõe dados e informações ao público que conhece pouco sobre o assunto. Persuasiva - Procura convencer, persuadir, envolver e reforça valores e crenças. Deve levar à tomada de decisões. Motivacional - Deve conduzir a mudanças de atitudes e de comportamentos. De entretenimento - Deve propiciar alegria e descontração ao ambiente, criando uma situação favorável ao inter-relacionamento. De cortesia - Objetiva agradecer, prestar homenagens, boas-vindas e congratulações. As Etapas da Exposição A introdução é um convite aos ouvintes para prestar atenção à mensagem que você trouxe. Eles esperam o melhor de você e querem gostar do que vão assistir; para isso investiram tempo, dinheiro e energia. Então, para despertar e cativar o interesse do ouvinte: Apresente-se, expondo os motivos que o levaram a escolher o tema em pauta, transmita aos espectadores o seu interesse pelo tema, revele o que o habilita a estar ali, quais os objetivos do trabalho, o que a plateia ganhará por ouvi-lo, quais são as suas expectativas de troca com o público. Determine quais são os três pontos principais da palestra. Esquematize: quanto tempo deve durar a apresentação, que metodologia você vai adotar, quais os recursos que vai usar e se haver espaço para perguntas. Comece fazendo uma pergunta instigadora à plateia (desde que você conheça a resposta e esteja preparado para a participação da plateia). Destaque a importância do assunto. Relacione o tema com o passado, presente e futuro. Lance várias perguntas que serão respondidas durante a explanação. Conte uma pequena parábola, uma história. Comece interpretando o verso de um autor famoso. Faça a ligação do tema com a vida das pessoas da plateia. Relacione o tema com um fato histórico. O desenvolvimento é o espaço que se tem para agrupar, reunir os argumentos mais consistentes que darão veracidade e credibilidade às ideias que você defende. A conclusão de um discurso é quando o comunicador sintetiza e resume com precisão e ênfase os temas que foram apresentados durante a etapa do desenvolvimento. A conclusão não deve ser repetitiva, mas expandir a ideia central, destacando os principais pontos. Só será possível construir uma conclusão consistente se o desenvolvimento tiver cumprido o seu papel, ou seja, separado o assunto principal em partes que facilitaram a sua compreensão. Sem essa etapa, qualquer tentativa de resumir a apresentação perde o sentido, porque é impossível determinar a essência do conjunto.

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Outra característica dos bons desfechos é tecer comentários sobre o futuro e projetar perspectivas. Quanto maior for a relação entre o que foi dito e o que pode vir a acontecer, mais chances você terá de conquistar o público. Além disso, os ouvintes poderão avaliar melhor o conteúdo do que foi exposto. Procure ser breve em suas conclusões. O assunto já foi dissecado em partes, esclarecido em minúcias e exposto em detalhes. Use o máximo possível dos recursos e das técnicas que a comunicação oferece para deixar a conclusão marcante. Seja enérgico, breve e ritmado. Procure demonstrar ao seu público que os dados e os raciocínios apresentados são coerentes e sensatos. Quanto à linguagem, abuse das palavras e expressões que resumem, definem e concluem, com em suma, em definitivo, logo, portanto, por fim, concluindo, para encerrar, etc. Use uma frase sugestiva para deixar a sua marca de forma positiva. O encerramento é o instante em que os ouvintes solidificam as imagem que você transmitiu. E lembre-se, quando disser à plateia que está finalizando a apresentação, conclua mesmo. Resumindo: quando você apresenta ideias, o objetivo é oferecer algo a alguém, é dar um presente. Na introdução, você começa a entregar o presente e a despertar na audiência e a curiosidade sobre o que trouxe. Durante o desenvolvimento, você expõe as ideias. E a conclusão é o acabamento final, quando os participantes pegam o presente que receberam, envolvem-no na última ideia e o levam consigo para utilizá-lo da melhor maneira, no momento da ação Definição de Objetivos Veja os comentários das pessoas que acabaram de assistir a uma apresentação: Comentário de João Luiz, engenheiro "Puxa, que coisa, não entendi direito onde aquele fulano queria chegar. Ele falou de tantos aspectos que eu fiquei meio perdido. Acho que não consegui aproveitar quase nada." Comentário de Ana Paula, Diretora de RH "É interessante observar este apresentador. Ele tem presença, fala bem o português, mas não focaliza as ideias. Eu não entendi o ponto aonde ele gostaria de chegar. Achei uma pena, os dados estavam bons, a linguagem era dinâmica, mas faltou este rumo". Não há ventos favoráveis para quem não sabe aonde quer chegar. Faltaram objetivos claros!!! O objetivo é uma antecipação do futuro, do que você poderá conquistar após a sua apresentação. A partir de sua definição, você terá a nítida certeza do que pretende atingir, ou seja, aonde quer chegar. Veja alguns exemplos de objetivos bem definidos: Motivar os vendedores para aumentar suas vendas em 20% Instruir os participantes quanto ao uso de recursos e técnicas de apresentação Informar sobre as mudanças das políticas da organização Técnicas para ajudar a definir os objetivos: 1 - Anote todas as ideias relacionadas ao assunto. Procure dar um título com poucas palavras para cada uma das ideias (Brainstorming). 2 - Escreva cada um desses títulos em um cartão ou em uma folha de papel, onde poderá ter uma visão abrangente de todas essas ideias. Separe-as por categorias, semelhanças, grau de interesse ou coerência entre elas. 3 - Elimine as ideias irrelevantes. 4 - Faça um plano de ação, ou seja, relacione as ideias de maneira que tenham coerência entre elas, destacando as ideias principais. 5 - Toda a apresentação tem uma estrutura, a partir da definição dos objetivos: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Assim, você terá de distribuir estas ideias em cada uma dessas fases.

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6 - Estabeleça o tempo necessário para cada uma das partes da estrutura. Ajuste o timing, eliminando o que não é relevante. EXEMPLO Apresentamos um exemplo concreto de planejamento, preparação e desenvolvimento de uma apresentação. Planejamento Propósito: Informativo, persuasivo e motivacional. Público: Alta Gerência/ Média Gerência de RH. Ambiente - Sala de reuniões, com capacidade para 15 pessoas. Recursos - Computador, telão e projetor multimídia, microfone, aparelho de DVD. Tempo: Total de 45 minutos, sendo 30 minutos para apresentar e 15 minutos para perguntas e respostas. Preparação Objetivos: Conscientizar a alta cúpula da empresa sobre a necessidade de investimento na área de Treinamento em Tecnologia de Informação. Reivindicar uma verba anual de R$ 30.000,00 para esta finalidade. Brainstorming: Levantar dados que estruturam o conteúdo. Benefícios, situação atual da empresa, mercado, o que quer a concorrência, tendências gerais, o que é Tecnologia de Informação, empresas e consultorias que desenvolvem este serviço, como contratar, o que contratar, custos envolvidos, benefícios a curto, médio e longo prazo, equipamentos necessários, pessoal da empresa envolvido, necessidades de contratações etc. Agrupando categorias de ideias Eliminando Informações Irrelevantes Faça a seleção do que é pertinente, levando-se em consideração os objetivos da apresentação. Depois das categorias estruturadas, fica mais fácil a visualização dos conteúdos que devem ser preservados e dos que devem ser descartados para o momento. Deve-se pensar sempre, nesta fase, no tempo que se tem disponível. As informações irrelevantes devem ser totalmente descartadas da apresentação. Descarte as informações irrelevantes e concentre-se nos tópicos abaixo: PARA QUEM? Quando você comunica algo, dirige-se a um público, a uma audiência, que são os seus espectadores, seus ouvintes e interlocutores. Atividade de reflexão e preparo Imprima as perguntas abaixo. Procure respondê-las no momento em que tiver de se preparar para uma apresentação. Levante as informações necessárias com as pessoas responsáveis. 1. Você conhece o seu público-alvo? 2. Sabe quantas pessoas estarão presentes ao evento? 3. Qual é o nível cultural médio do público? 4. Qual é o conhecimento prévio do público sobre você e sobre o assunto a ser tratado? 5. O que o público precisa conhecer sobre o seu tema? 6. O que você espera do público após a sua apresentação? 7. Você se preocupa em adequar a linguagem ao seu público? POR QUANTO TEMPO? Define o tempo de duração na apresentação O sucesso de sua apresentação também depende do respeito ao limite de tempo. Uma apresentação muito longa dispersa a atenção dos espectadores. Uma apresentação muito curta e desarticulada traz normalmente pouco valor agregado. De quanto tempo você vai precisar para fazer sua apresentação? De quanto tempo você dispõe realmente?

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O tempo é um item fundamental no seu planejamento. Você deve levar em conta no tempo de exposição: a sua fala e os recursos que tem disponíveis (lâminas, vídeos, música, escrita no quadro, etc.), cumprimento e contato com o público, apresentação de seu currículo, perguntas e respostas e conclusão de suas ideias. Há o tempo que é programado, que é o tempo teórico e planejado, e há o tempo do momento de sua apresentação, ou seja, o tempo da realização prática. Não fuja do programado!! Respeite o tempo!! COMO? Define como deverá ser desenvolvido e formatado o conteúdo por meio dos recursos e equipamentos oferecidos. O desenvolvimento do conteúdo é o recheio de sua apresentação. Ao preparar uma apresentação, você vai se deparar com alguns desafios: Definir seus objetivos Adequar-se ao público-alvo Usar linguagem adequada Trabalhar bem as ideias nas mídias a serem utilizadas Passar credibilidade Atender ao tema proposto Como iniciar - A Introdução A introdução de uma apresentação é o primeiro contato, é a primeira impressão que você vai causar. Você pode utilizar algumas técnicas para iniciar este contato: 1) Iniciar com uma piada Se for bom contador de piadas, poderá contar uma, desde que tenha a ver com o seu tema e não cause algum tipo de constrangimento ao público. Em situações mais formais, esta técnica deverá ser evitada. 2) Iniciar com uma estrutura fechada, que incluiria esta sequência a, b, c, d: a) Informações sobre quem é você, o que representa e o que faz, seus títulos, suas experiências, mas seja conciso e fale o que é relevante para o momento. Cuidado para não parecer que você está querendo se exibir. b) Objetivos da apresentação. c) Informar as vantagens da apresentação para a audiência. d) Informar sobre os principais tópicos que serão tratados, a duração da apresentação, se haverá sessão de perguntas e de que modo o público poderá participar 3) Iniciar com uma história A boa história provoca novas sensações no imaginário, transporta as pessoas para um outro universo. Ela pode ser apresentada na forma da narração de um fato comum, da cena de um filme, de uma fábula, ou a lembrança de um fato acontecido há muito tempo. A história deve ser contada de forma breve e objetiva. Deve estar associada ao tema da apresentação. Sugestão: Procure em livrarias ou bibliotecas livros de fábulas, por exemplo, as fábulas de Esopo. 4) Iniciar com uma citação Uma citação pode ser extraída de textos de autores conhecidos. Pode-se também utilizar máximas, ditados, frases de efeito, provérbios e slogans. Sugestão: O livro Duailibi das Citações, de Roberto Duailibi. 5) Iniciar com uma alusão à ocasião, ao momento vivido Resgatar fatos relevantes do momento, que possam ser relacionados ao seu tema, como uma comemoração, uma manchete recente do jornal, etc. Sugestão: leia as manchetes do dia dos jornais ou acesse sites de notícias na Internet. 6) Iniciar com uma charge Trabalhar o lado bem humorado de algum assunto difícil de ser compreendido e aceito.

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Sugestão: Consulte sities com charges, faça uma busca. 7) Iniciar com dados estatísticos, notícias de jornais Quando se tratar de um assunto em que os números têm relevância e devem ser associados a algum efeito ou causa. Sugestão: consulte sities com informes econômicos. 8) Iniciar com uma música A letra de uma música e os acordes musicais podem conduzir os ouvintes a reflexões e a sensibilizações sobre o assunto a ser tratado em sua exposição. Sugestão: utilize preferencialmente música instrumental, jazz, bossa nova ou new wave. Desenvolvimento da apresentação Você tem vários caminhos para desenvolver o corpo de sua apresentação: Tenha em mente a ideia central - lembra da definição do tema e dos objetivos? Domine o assunto sobre o qual vai expor - informe-se mais caso esteja se sentido inseguro. Use diferentes fontes de referência - artigos, livros, poesias, sites da Internet, música, figuras, filmes, etc. Subdivida a apresentação em partes - assim você terá domínio do conteúdo e também do timing necessário. Planejamento e Organização Elabore uma sequência, aponte o caminho, facilite a compreensão dos ouvintes, mantenha a linha clara de pensamento. Selecione recursos instrucionais e materiais de apoio. Por exemplo, cenas de filmes, fotos, gráficos, dados estatísticos, etc. Relacione o assunto com o seu público-alvo Sinalize, na medida do possível, o que o seu público tem a ver com as questões trabalhadas em sua apresentação. Mostre até que ponto o seu tema pode atender alguma necessidade ou expectativa das pessoas. O que vai na conclusão da apresentação Clímax Sensação de Satisfação Contentamento Preenchimento de Expectativas Tomada de Decisões e Ações É o que se espera atingir ao final de sua apresentação Como atingir esta meta no fechamento da apresentação? 1) Sintetizar, de modo geral, os pontos principais da apresentação. 2) Fazer recomendações sobre procedimentos que julgar adequados. 3) Estimular as pessoas a tomarem iniciativa e assumirem novas posturas. 4) Transmitir mensagens de motivação e ânimo. 5) Preveja algumas perguntas que poderão ser formuladas pelos participantes e prepare-se para ter respostas precisas e objetivas. 6) Agradecer a atenção das pessoas. Vocabulário ativo e passivo Você está em uma situação em que tem de solicitar a ajuda de uma pessoa, como você formularia este pedido? Poderia me fazer o obséquio de.......? Poderia me fazer a gentileza de......? Poderia me fazer o favor de........? Você utiliza mais a palavra: "favor", "obséquio" ou "gentileza"? Qual palavra faz parte do seu vocabulário ativo? Seguramente, você deve ter respondido: "favor". "Favor" seria a palavra de seu vocabulário ativo.

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Há outras palavras que podem ser uma alternativa para a nossa fala, resgatando-se do vocabulário passivo novas palavras para ampliar o seu vocabulário ativo. O vocabulário passivo, embora conhecido, deve ser ativado. A ativação do vocabulário passivo pode ocorrer por meio de: Leituras; Teatro; Cinema; Programas culturais e educativos. Nesses contextos, você poderá acessar novas informações e novas palavras, ampliando seus conhecimentos. Conheça mais sobre o assunto O pensamento é estruturado pelas palavras que dominamos e pelo modo como as empregamos em nossa fala. A língua, base de nossa comunicação, é um sistema complexo que inclui fonética, morfologia, gramática, sintaxe, cultura e vocabulário. O vocabulário é o arsenal de palavras que se domina, ativa ou passivamente. O domínio das palavras está baseado em sinônimos e antônimos. Sinônimos são vocábulos cuja significação é igual ou semelhante. Antônimos são vocábulos com significação oposta. Sua utilização contribui para a expressividade, produzindo contrastes, realce e colorido à comunicação. A voz é o espelho da personalidade humana. É ela que nos apresenta ao mundo, através dos sons; cada voz é única em suas vibrações, nos seus tons, na sua textura e musicalidade. Pela voz, mostramos ao mundo quem somos, o que sentimos e como vemos as coisas. Por ela é possível detectar as áreas de sombra e de luminosidade de cada ser humano. Trabalhando e Cuidando da Voz A voz, associada aos gestos, às expressões corporais, à postura e à fala, compõe um poderoso instrumental da comunicação humana. Conhecer a própria voz é conhecer um pouco mais a própria alma, porque ela revela as nossas angústias e os nossos anseios mais íntimos ao imprimir publicamente parte do nosso território individual. Quem busca o autoconhecimento tem na voz, que integra a pessoa ao mundo, um meio poderoso para revelar traços essenciais do ser. Dedicar mais atenção à voz é estar em sintonia com o pulsar da vida. Se as palavras transmitem a mensagem intelectual, a voz transmite a mensagem emocional numa linguagem em que as matrizes vão nos distinguir como personagens únicos de nossa história. Nossa melhor voz, nossa melhor comunicação Nós não nos ouvimos como os outros nos ouvem. A nossa voz é produzida pela vibração das pregas vocais, som que é modificado nos ajustes que ocorrem à sua passagem pelas cavidades de ressonância (laringe, faringe, boca, nariz), onde ele é ampliado e modificado. A voz muda ao longo da vida, acompanhando nosso desempenho biopsicossocial. Por inúmeros fatores, incorporamos formas inadequadas de produzi-la, e consequentemente produzir a fala, pronunciando mal as palavras e utilizando muletas verbais que acabam por se transformar em obstáculos às nossas comunicações. Faz parte da estruturação positiva da autoimagem reconhecer as características e a capacidade da própria voz, aproveitar o que elas têm de mais expressivos e adaptá-las à situação e à mensagem que se quer transmitir. Não é tarefa fácil mudar a própria voz, mesmo que se queira. Muitas vezes, isso exige auxílio especializado. Os sons que emitimos nos colocam em julgamento a todo instante, por isso mesmo deveríamos buscar uma voz agradável e melódica, mais adequada à boa comunicação. A voz é tão importante quanto a mensagem, porque é ela que dá, ou não, credibilidade ao conteúdo. Por isso a harmonia e coerência devem estar sempre presentes entre aquilo que

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dizemos. Qualquer desencontro entre o conteúdo e a forma será notado. A maneira como se diz as coisas terá um peso maior na avaliação do receptor. Há uma relação entre a voz e a autoimagem. Qualquer mudança em uma delas implicará uma alteração da outra. Muda o homem, muda a sua voz! Não temos uma voz, nós somos uma voz! A nossa imagem social está em conexão direta com a expressão vocal. Resgatar a voz verdadeira é fazer um inventário íntimo da construção de uma imagem vencedora. A voz: um instrumento musical Imagine a voz como um instrumento musical. Já percebeu o que nos acontece quando ouvimos uma boa música? A harmonia do conjunto nos sensibiliza e altera tanto o nosso estado emocional que é capaz de mudar até as características do ambiente que nos rodeia. Assim como a música, a fala é uma obra a ser construída. Não se pode dizer tudo da mesma maneira. No seu discurso, sempre identifique os momentos que pedem maior ou menor intensidade. Eles quebram a monotonia e destacam o que interessa. Assim como na música, você também interpreta o que diz. Dois artistas jamais executam a mesma melodia. Com a voz se dá o mesmo. Encontre a sua e se destaque da multidão. Use também o silêncio. Fale com ritmo, faça pausas nos momentos estratégicos. Aproveite para recuperar o domínio da voz. A pausa permite controlar ações e a reflexão constante do que foi dito. Como na música, a fala deve refletir a harmonia entre as partes que a compõem. Por que cuidar da voz? Pessoas que falam em público devem ter certos cuidados para preservar a saúde vocal. Muita gente não sabe como a voz é produzida no nosso corpo e o que pode fazer para torná-la melhor. Cuidar da voz significa conhecê-la e usá-la bem; é respeitar o equilíbrio entre o ar que sai do corpo e a força muscular exercida pelas pregas vocais; é tirar dela o melhor rendimento com o mínimo de esforço. Para isso é preciso conhecer também as emoções, que interferem diretamente na sua produção. É pela voz que chamamos a atenção das pessoas e por isso é um elemento que pode facilitar ou dificultar a interação. Juntamente com a linguagem corporal, a voz é fundamental para a boa assimilação da mensagem. Uma voz clara e bem definida é o caminho para a compreensão do conteúdo. No ambiente profissional, a voz conta pontos em inúmeras situações. Por ela você transmite confiança, liderança, credibilidade e assertividade. Não são raros os bons profissionais que não conseguem transmitir essas qualidades por dificuldades associadas à voz. Fazer-se entender através dos sons que você articula fortalece a autoimagem positiva. Quem fala bem atraí a atenção das pessoas e, consequentemente, pode aliviar melhor o conteúdo que diz. A plateias reflete o que você está dizendo. Se a sua voz transmite entusiasmo, vivacidade e convicção, a confiança na sua apresentação será total. Vá em frente! Não se iniba! Use sua voz com coragem e ousadia, para superar os próprios limites! Cuide da sua voz como um instrumento precioso, porque o aprimoramento vocal é um requisito do sucesso! Evite: Fumar. O cigarro não combina com boa voz. A fumaça agride as pregas vocais, provoca irritação, pigarro e tosse. Beber. O álcool prejudica a saúde vocal porque anestesia as cordas vocais. O ar condicionado. A umidade do ar diminui, resseca a garganta e laringe e danifica as pregas vocais. A exposição prolongada vai exigir um esforço maior em detrimento da qualidade vocal. Beba muita água em temperatura ambiente. Líquidos e alimentos muito frios ou quentes. As temperaturas extremas causam choque térmico e agridem as pregas vocais. Roupas apertadas. Causam desconforto e dificultam a respiração. Deixe o pescoço o mais livre possível de acessórios, bem como a região do diafragma. Evite usar cintos ou faixas que dificultem a respiração.

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Falar ao telefone prendendo-o ao ombro. Os músculos ficam tensos e impedem a livre passagem do ar. Falar em locais barulhentos. O segredo da boa voz está na capacidade de determinar, de acordo com as circunstâncias, o seu melhor volume. . Forçar a voz. Se estiver rouco, faça repouso de voz e, se isso não resolver, procure um especialista. Se a voz é o seu instrumento básico do trabalho, conte com a orientação do fonoaudiólogo. Ele poderá indicar exercícios e orientá-lo a produzir uma voz melhor. O trabalho preventivo evitará problemas futuros. Ansiedade e tensões, que bloqueiam a passagem de ar e atrapalham os movimentos circulares. Quanto mais relaxado o corpo estiver, mais harmoniosa será a fala. Locais poluídos. Caminhe ao ar livre e procure respirar profundamente para alcançar harmonia física e mental. Falar muito. É um hábito prejudicial às pregas vocais. Durante todo o dia, faça exercícios ao seu tipo de voz. Não faça três horas num dia e depois fique semanas sem praticar. O segredo do aprimoramento da voz é a circunstância e a perseverança. É muito comum perder total ou parcialmente a voz depois de falar por longo tempo. Isso é um sinal para procurar ajuda profissional. Sempre que possível, faça repouso vocal – descanse sua voz. Gritar constantemente. Gritar é um hábito extremamente prejudicial à saúde vocal e pode causar sérios danos às pregas vocais. Tente evitar isso o máximo possível. Excessos noturnos. Nada como uma boa noite de sono para descansar a voz. Não seja o único a falar em uma festa. Não entre em competições vocais. Para pessoas com dificuldades vocais, o remédio, às vezes, é simplesmente ficar quieto ou falar devagar. Procure: Comer salsão, cenoura, maçã, pera e outros alimentos ricos em fibras. Isso exercita os músculos da face e ajuda a articulação. Pela manhã — e durante todo o dia — espreguiçar-se soltando o som, com movimentos lentos e amplos, para despertar a energia vocal. . Tomar cuidado com o início da fonação, que deve ser suave. Grave suas falas e verifique como você inicia os períodos. Relaxe e deixe que o som saia com naturalidade. Respirar ampla e profundamente, durante todo o dia. Hidratar-se. Aumente o consumo de líquidos, principalmente se estiver tomando medicamentos ou sentir que a salivação diminuiu. E lembre-se sempre: para quem usa a voz como instrumento de trabalho, o hábito de beber água não é só um prazer, mas uma obrigação. Habitue-se a fazê-lo. Tome, no mínimo, oito copos de água por dia. Cuidar da saúde física e mental porque a voz é o resultado do estado geral de seu organismo. O Poder da Linguagem Corporal Nós não temos um corpo, nós somos um corpo! Um corpo vibrante que respira, sente e se enternece, um corpo vivo que reflete o que somos. Toda nossa vida está gravada na memória do corpo. É ele que conta toda a verdade de nossa história, dos nossos sentimentos mais imperceptíveis. É um pergaminho no qual estão gravadas as marcas do tempo, importantes senhas da individualidade humana, e a assinatura intransferível da nossa imagem corporal. Para entender a importância desse mapa e promover as mudanças necessárias, é preciso ter coragem para ir se despindo gradativamente das couraças do passado e abrir canais que favoreçam os movimentos mais livres e expressivos. O nosso corpo fala! E como fala! Ela capta tudo, de todas as maneiras. Aponta a mentira da palavra, desnuda as falsas convicções, arranca máscaras e expõe as verdades inconscientes através da linguagem expressiva. A postura, as expressões faciais, os movimentos dos olhos, do rosto, das pernas, das mãos, enfim, qualquer gesto, por mínimo que seja, traduz o que as palavras muitas vezes não conseguem expressar.

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Os movimentos do corpo têm a mesma importância que a palavra no que se refere à comunicação humana. Esses recursos expressivos riquíssimos favorecem a ligação entre as pessoas e fortalecem a magia da interação social. A Linguagem Corporal na Comunicação Enquanto estiver planejando a sua apresentação, nunca perca de vista a intenção dos gestos e a movimentação que acompanharão a mensagem oral. O domínio corporal facilita a transmissão da mensagem para a plateia e propicia a comunicação. Os gestos e as expressões faciais, a postura e a movimentação corporal servem para: Descrever, complementar e reforçar as ideias. Embelezar a fala Substituir palavras Dar mais dinamismo à comunicação Contradizer a fala Expressar sentimentos Favorecer o entendimento Promover a interação com a plateia

Facilitar a transmissão das mensagens Para que se cumpram estes objetivos, a linguagem corporal deve ser natural, clara, expressiva, pertinente e harmoniosa. Autoanálise Corporal A análise da própria linguagem corporal permite identificar os pontos fortes e fracos da nossa comunicação. Daí a importância de se responder às questões: Como eu me vejo fisicamente? Aceito, aprecio e valorizo este corpo que sou eu? O que acho mais bonito nele? O que rejeito em mim mesmo? Quais as qualidades que mais aprecio mais em mim? O que quero mudar em mim, física e psicologicamente? Os sinais que emito em meus gestos, na mímica facial, no olhar, na postura, na respiração e na maneira como uso o espaço revelam o ser humano que penso ser? Qual a primeira impressão que as pessoas têm de mim? Quando as relações interpessoais se aprofundam, o que muda daquela primeira impressão? Eu gosto de olhar-me no espelho? Gosto da imagem refletida e do que ela transmite? Busco o feedback da imagem que transmito? Quando vou começar o meu processo de mudança? O que farei para mudar? Essa autoanálise ajuda a avaliar o atual estágio do comunicador e fornece os pré-requisitos para estimular desenvolvimento da linguagem corporal. Aprimorando a Linguagem Corporal Habilidades técnicas Para minimizar as barreiras não-verbais nas apresentações em público:

Deixe o cenário da apresentação livre para não correr o risco de tropeçar e poder ser mais natural. Estude o espaço com antecedência.

Estabeleça uma zona de conforto na sua área de atuação para se movimentar com tranquilidade.

Não enfie as mãos nos bolsos nem as cruze na frente ou nas costas. Mentalmente, divida a plateia em A, B, C e D. Primeiro, olhe para o público como um

todo, depois para cada setor; todos, indistintamente, deverão receber sua atenção visual. Fique atento para que os seus gestos estejam alicerçados numa ideia que os

fortaleçam e ganhem significado na transmissão da mensagem. O gesto precisa ter um objetivo, um motivo, para dar forma ao conteúdo. Faça gestos que convidem a uma receptividade da plateia.

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Evite ficar de costas para a plateia. Mantenha a cabeça erguida e olhe sempre para ela. Não fique olhando para o teto e muito menos para o chão.

Evite sentar-se durante a exposição. Em pé, a energia está mais concentrada e a linguagem corporal é mais evidente. Apoie-se sobre as duas pernas, que devem estar paralelas. Os peso da estrutura corporal ficará igualmente distribuído sobre os dois pés.

Imagine o seu corpo sendo puxado por dentro, por um fio que vai do chão ao teto. É um fio flexível e elástico que alonga o corpo numa postura elegante e natural. Mantenha as pernas levemente flexionadas.

Ande naturalmente pela sua área de atuação, mas sempre ligado à plateia, que acompanha todos os seus movimentos. Por isso faça movimentos harmoniosos e delicados, mas energéticos.

Deixe o gesto fluir naturalmente. É a mensagem que requisita o movimento gestual. Sintonize o gesto com a palavra, buscando um equilíbrio. O movimento deve

complementar e reforçar a palavra. Os gestos jamais substituirão a falta de conhecimento sobre o assunto. A

movimentação gestual pode acentuar, dar mais vida à mensagem, mas não substituir o discurso propriamente dito.

Evite erguer os braços acima da cabeça e movimentar as mãos além da altura do peito, a não ser que esteja num espaço muito amplo.

Atenção para os gestos repetitivos. O excesso deles pode transformar-se numa barreira visual.

Lembre-se de que as expressões faciais e as mãos são grandes facilitadores da sua comunicação. Habilidades Comportamentais

O movimento corporal do comunicador incita os movimentos da plateia. Paixão gera paixão, vitalidade gera vitalidade, apatia gera apatia, entusiasmo gera entusiasmo.

Cuidado com os gestos contraditórios! Se o objetivo é reforçar o espírito de união, a linguagem gestual deve dar forma, cor, textura e consistência a essa ideia.

Procure seguir os elementos reguladores da gesticulação: os espaços pequenos e descontraídos pedem gestos menores; os espaços abertos, grandes e formais pedem gestos amplos; os gestos vigorosos traduzem sentimentos mais intensos; existe um gesto para cada emoção. Não basta que o corpo se expresse, é preciso que ele se comunique de forma eficaz.

Alcançaremos esse objetivo se tivermos coragem de fazer uma análise objetiva da força e da agilidade da nossa comunicação não verbal.

Se o momento, o local, o meio e tipo de mensagem permitirem, tenha sempre um sorriso sincero nos lábios e no olhar.

A expressão corporal acentua o magnetismo pessoal do comunicador. Aprender a valorizar a mensagem para cumprir uma função primordial nas comunicações, que é torná-las multidimensionais.

Se você é uma pessoa serena, sua movimentação externa tenderá a refletir isso. Se você é mais energético e extrovertido, a sua linguagem corporal também refletirá isso. Observe se a sua movimentação gestual está de acordo com os traços específicos de sua personalidade, se há um equilíbrio entre gesto e fala e se a comunicação corporal atende as necessidades da plateia.

Evite a postura de subserviente: os ombros caídos, o olhar baixo, as costas curvadas e uma expressão de desamparado não contribuem para uma comunicação efetiva. Em contrapartida, um nariz empinado, olhos ameaçadores, queixo erguido e ar de superioridade costumam criar um distanciamento da plateia e uma certa animosidade.

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As Expressões Faciais O rosto e suas expressões são focos constantes do interesse da plateia. Os músculos da face precisam ser constantemente exercitados para manter a flexibilidade. A rigidez muscular endurece a expressão e impede uma comunicação mais fluida e expressiva. As expressões faciais servem como um mapa para a plateia. São o termômetro das emoções do comunicador, das quais se depreendem a afetividade, a segurança, a autoridade sobre o assunto, o entusiasmo e a crença na mensagem que está sendo transmitida. O jogo fisionômico expressivo desperta o interesse e prende a plateia, envolvendo-a em numa sintonia fina que valoriza a força da apresentação. Habilidades técnicas

Faça caretas para distensionar os músculos faciais. Feche os olhos e ponha as mãos sobre eles, para relaxar a região. Observe seu rosto no espelho enquanto fala e verifique as suas expressões, como a

boca se movimenta. Procure deixar seu rosto solto, sem tensões, para funcionar como uma tela das ideias

que você defende. Habilidades comportamentais Exiba seu sorriso mais bonito. Quanto ao sorriso, a raça humana tem pelo menos três divisões. A das pessoas de riso fácil, que em geral fixam uma imagem mais simpática. A outra é das pessoas que transitam com facilidade entre o riso e a seriedade. E por último, estão as pessoas com expressão facial tensa e pesada. Os bons comunicadores certamente não estão no terceiro grupo. Sorria com vontade, com naturalidade. Nas comunicações em público, mesmo que o assunto seja árido, deixe os músculos faciais relaxados e ganhe uma expressão mais leve. Se o assunto permitir, exiba o seu melhor sorriso, aquele que reflete o seu lado mais bonito. O sorriso espontâneo e natural é um convite ao público: “A porta está aberta, seja bem-vindo!” Os espectadores tendem a sentir-se mais à vontade diante de pessoas com sorriso franco, receptivo. A ligação com a plateia deve se dar no âmbito dos pensamentos e sentimentos para gerar ações racionais e emocionalmente equilibradas. Suas Mãos em Movimento Saber usar as mãos como um recurso expressivo valoriza a mensagem e enriquece a comunicação. Elas complementam e dão mais vida à exposição. Após os minutos iniciais da apresentação, as mãos vão se soltando naturalmente, dando forma visual ao pensamento. Habilidades técnicas

Deixe que as mãos acompanhem naturalmente a sua fala. Esses movimentos vão ilustrar um pensamento, reforçar as ideias.

Não tenha gestos exagerados nem estereotipados. Se não souber o que fazer com as mãos, simplesmente deixe-as soltas. Aos poucos elas encontrarão espaço para se expressar.

Antes da apresentação, exercite as mãos, abrindo e fechando, buscando a flexibilidade muscular.

Não fique passando as mãos pelo nariz, no rosto e nos cabelos; isso denota tensão e ansiedade. Habilidades comportamentais

Suas mãos devem refletir a beleza de suas ideias. O desenho por elas traçado promove a ligação harmoniosa entre o que você diz e os seus gestos.

As mãos revelam o grau de excitação, nervosismo ou tranquilidade do comunicador. É, portanto, importante fonte de informações para o público. O Poder Persuasivo do Olhar

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O ser humano gosta de ser olhado, valorizado e aceito. Estabelecer um diálogo visual com os espectadores, demonstrando que se está aberto à aproximação, é criar empatia e estabelecer um canal de atitudes receptivas. Olhar e ser olhado revela aproximação, e isso assusta. Administrar esse medo é um sinal de maturidade psicológica. Quando olhamos com interesse e amizade para a plateia, é como se disséssemos: eu aceito as suas diferenças e quero interagir da forma mais produtiva e prazerosa que puder. Eu os convido a aproximar-se. Um contato visual eficaz é direto, empático, busca o diálogo. Esse diálogo silencioso, quando acontece realizado, abre espaço para um clima de confiança entre comunicador e público. Habilidades técnicas

Não olhe só para um lado da plateia, mas para onde houver pessoas. Faça-as sentir-se vistas e lembradas. Elas gostam disto. Não permita que o seu olhar se afaste do público por um mais de 15 segundos, sob pena de a plateia perder interesse pela sua mensagem.

Olhe, mas não encare o público. Isso pode parecer um desafio. Olhe de um jeito natural e tranquilo. Antes de começar a falar, sinta a plateia através do olhar, e durante a introdução e a conclusão não tire os olhos dela. Mas não fixe uma só pessoa para não deixá-la inibida. Sorria com o olhar. Descubra em si mesmo razões para que seus olhos se tornem pontes de afetividade e simpatia.

Fique atento à linguagem corporal dos participantes para saber o que estão querendo dizer. Olhe com tranquilidade para cada um (se a plateia for pequena) e não afaste o olhar do espectador enquanto não concluir a frase.

Olhe para a plateia, e não por cima das cabeças. Os olhos existem para promover o diálogo silencioso da interação visual.

Se você perceber um olhar hostil entre os ouvintes, evite entregar-se a essa energia nociva. Imediatamente desvie o olhar para participantes mais receptivos. Habilidades comportamentais

Olhar para a plateia implica despojar-se dos próprios medos e baixar as armas e defesas para uma comunicação receptiva. Se você estiver muito tenso e agitado, eleja alguém da plateia que tenha um comportamento receptivo e volte seu olhar para ela durante os primeiros minutos da apresentação. Receba a mensagem positiva que ela lhe enviar e internalize essa mensagem como uma referência à qual você possa recorrer quando precisar.

Não fique olhando de rosto em rosto. Fixe-se um pouco em cada um. Não fique olhando de um lado para o outro ou a plateia ficará perdida.

Não transforme o seu olhar numa ameaça pública e nem ataque para se defender. As pessoas são cordiais por natureza e a plateia costuma torcer ao seu favor. Não use o seu corpo como uma arma contra os espectadores.

Não se esquive do olhar da plateia para que os espectadores não entendam como insegurança, timidez, inibição. Se você transmitir essa imagem, vai enfraquecer o seu trabalho.

A conexão visual dá a possibilidade de você ler o que está sendo dito pelo público de uma forma não verbal. Por isso, os espectadores não podem sentir-se abandonados por seu olhar; eles gostam de sentir-se vistos.

Permita que seu olhar se abra para a plateia num leque democrático. Procure conhecer o impacto que seu olhar provoca nas pessoas. Inspira medo,

respeito, alegria, bondade, raiva? Saber o que o contato visual promove pode ajudar no processo comunicativo. Os Recursos Multimídia As pessoas são diferentes, têm personalidade diferentes, agem diferentemente, portanto, é de se esperar que aprendam de forma diferente. Recebem a informação por canais mais apropriados: Visual - retém mais através do que vê. Auditivo - retém mais através do que ouve. Sinestésico - retém mais através da representação do movimento.

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A maioria das pessoas têm orientação visual para a aprendizagem. Elas necessitam da introdução e sumarização das ideias de forma esquemática. Conhecendo seu Público Cada plateia, cada grupo, tem suas características próprias. • Público infantil: necessitam de uma linguagem simples e material audiovisual como quadros, cartazes, vídeos, entre outros. • Jovens: apreciam uma linguagem mais descontraída, com relatos de acontecimentos pitorescos, curiosos. • Adultos: exigem uma comunicação mais sofisticada, exemplos sérios, práticos. • Idosos: em geral, são exigentes e precisam ser respeitados e muito valorizados. Gostam de ouvir experiências antigas, apreciam a simplicidade e a verdade. • Público feminino: gostam de elogios e valorização profissional. Gostam de ouvir palavras agradáveis e gentis. São mais observadoras. Sugestões para a boa Comunicação Antes de finalizar este módulo 1, vamos resumir os elementos fundamentais e erros da comunicação. Podemos considerar seis elementos fundamentais para a boa comunicação:

Postura correta; Ideias organizadas; Olhar concentrado; Ouvir com atenção; Falar com clareza; Gestos adequados, coerentes.

Erros da Comunicação

Não saber ouvir; Não responder quando é perguntado; Interromper alguém que está falando; Mudar de assunto sem concluí-lo; Não prestar atenção na pessoa que está falando.

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XXII. PAIS DA IGREJA

Esta importantíssima Matéria trata-se de um pequeno relato sobre a vida de alguns pais da igreja. Estes heróis são compostos por apóstolos e demais responsáveis pela Igreja Primitiva. Nem todos os responsáveis pela igreja eram apóstolos.

Um dos objetivos da vinda de Cristo a este mundo foi preparar doze homens para fundar e pastorear a sua igreja. Não eram onze, e nem tampouco, treze, eram doze. Eles não eram homens quaisquer. Antes de haver o planeta terra, já havia o céu e nele tinha a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, e em os fundamentos de o seu muro estava escritos os nomes dos doze apóstolos. Apocalipse (21: 14). Eles só eram doze homens, os que passaram por sete processos, imprescindíveis, a saber: 1. Ser chamados, diretamente, por Jesus; 2. Ter convivido com o Salvador durante os três anos de seu Ministério terreno; 3. Ter aprendido, treinado, capacitado e testado, diretamente, por Cristo; 4. Ser enviado pelo próprio Jesus; 5. Não ensinar, ou pregar a Palavra de Deus que aprendera por quaisquer outras pessoas, exceto por Cristo; 6. Ter autoridades para escrever textos, ou, livros bíblicos, sem depender do aval de homens terrenos; 7. Ter a ousadia divina de elaborar, até mesmo, um mandamento de Deus.

Todavia, Cristo não veio ao mundo para fundar a Igreja. Mas veio morrer e ressuscitar para que ela nascesse e preparar doze homens para fundá-la e pastoreá-la. Estes homens eram chamados de apóstolos. Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Simão o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu (Mateus 10: 2-4).

Nós sabemos que Judas Iscariotes traiu o Salvador e depois se suicidou. Assim, ficaram onze apóstolos. Então Pedro convocou a igreja e elegeu a Matias em o lugar de Judas. Mas o mesmo não obteve sucesso, nunca mais se ouviu falar sobre ele. Por tal ação não era à vontade de Deus. Porque o Todo Poderoso já tinha Saulo de Tarço em seus planos para suceder o traidor.

Os responsáveis pela igreja eram também grandes homens de Deus que não passaram por estes sete processos acima descritos, mas tiveram o privilégio de fundar e pastorear igrejas, e até mesmo, morrer por elas.

Em este trabalho falaremos um pouco acerca de: SAULO DE TARSO; ESTEVÃO; TIAGO O MAIOR, IRMÃO DE JOÃO; TIAGO IRMÃO DO SENHOR E BISPO DE JERUSALÉM; SIMÃO PEDRO; ANDRÉ, IRMÃO DE SIMÃO PEDRO; BARTOLOMEU; APÓSTOLO JOÃO; TIMÓTEO; INÁCIO DE ANTIOQUIA; e POLICARPO, BISPO DE ESMIRNA.

SAULO DE TARSO Na Palestina, há mais de dois mil anos, na nação de Israel, havia um casal da Tribo de

Benjamim que vivia de fabricação de tendas. Em busca de melhorias financeiras ele emigrou-se para Tarso (cidade da Cilícia na Ásia Menor), que era uma das cidades mais importantes das províncias dominadas por Roma. E para obter mais liberdade e legalidade este casal comprou, por um alto preço, o título de cidadão romano. E lá em Tarso, província romana, eles tiveram um belo filho. E em homenagem ao primeiro rei de Israel, a saber, o rei Saul, foi lhe dado o nome de Saulo. Este menino foi criado segundo a Lei de Deus e nos costumes judaicos. E aos treze anos de idade os seus pais o enviou a Jerusalém para estudar e se formar na Sagrada Lei. Como seus pais tinham boas condições financeiras, matriculou o seu filho, a saber, Saulo, na melhor faculdade da época, na faculdade de Gamaliel.

Saulo, chamado de Saulo de Tarso, estudou por muitos anos aos pés de Gamaliel, formou-se e passou a ser um respeitado doutor da Lei. Com treze anos de idade ele já falava o hebraico, o grego, e possivelmente, o latim. E nos seus estudos acadêmicos Saulo aperfeiçoou nestas línguas e aprendeu mais outras. Além de doutor da Lei ele era poliglota, assim, falava, no mínimo, cinco línguas. Ele era muito respeitado, e todos admiravam da sua sabedoria e

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eloquência. No templo, todos queriam ouvi-lo. Saulo só não era considerado um rabino, por causa da sua pouca idade.

Os ensinamentos de Saulo eram muito especiais eles saciavam o mais profundo da alma. Ainda ninguém tinha ensinado com tanta ousadia, sabedoria e eloquência como ele.

Após muito tempo, Saulo sentiu a necessidade de visitar seus pais e pegar umas férias, então, ele fez uma viagem para a sua terra natal, a saber, Tarso. E ali permaneceu por mais de três anos.

JESUS CRISTO Enquanto isto, quando Roma, através de Tibério César regia o mundo. Em uma região

árida, montanhosa, na pequena cidade de Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, uma virgem chamada Maria, já tinha dado a luz um filho, que fora prenominado de Jesus. Esse Jesus foi prometido pelos profetas do Antigo Testamento. Ele viria para restaurar o reino da nação de Israel das mãos dos gentios. Mas como o plano divino, Israel não O conheceu, consequentemente, não O recebeu. Então Ele foi às nações, as quais O recebera. Assim nasce no mundo uma nova Religião, a saber, o Cristianismo, que é a Igreja.

Jesus Cristo é o Messias prometido por Deus. Jesus tinha um Ministério triples. A Sua formação era diretamente dos Autos Céus. Ele Profeta, Sacerdote e Rei. Em primeiro lugar, Jesus ensinava; em segundo, Ele pregava; e em terceiro, fazia sinais sobrenaturais.

A sua ousadia, eloquência e sabedoria superaram grandemente as de Saulo de Tarso. Cristo falava com poder e autoridade. As suas mensagens atingiam o mais profundo do espírito, da alma e do corpo. Porque além de edificar, consolar e exortar seus ouvintes, Ele expeliam os demônios, curava os enfermos, os deficientes ficavam normais e ressuscitava os mortos.

Assim diziam os seus ouvintes: “Ninguém nunca falou como este homem”. O RETORNO DE SAULO DE TARSO Quando o doutor Saulo de Tarso retorna, encontra em Israel uma nova religião, a

Igreja. A sua religião era maior facção do Judaísmo, a saber, o Farisaísmo, e ele sentia muito orgulhoso por isso. Saulo ficou muito contrariado com a igreja. Porque depois que o povo ouviu a Jesus, os seus ensinamentos perderam o sentido.

Certamente, Jesus viu e ouviu Saulo ensinar no templo, mas pode ser que ele não conheceu a Jesus. Ou conheceu, porque como que um homem influente como Saulo, não conheceu o melhor carpinteiro da região? Certo é, ao retornar, Saulo, não encontrou mais o Grande Mestre, Ele já tinha se acendido. Mas encontrou os apóstolos, os diáconos e os discípulos que ensinava, pregava, curava os enfermos, curava os deficientes, expeliam os demônios e ressuscitava os mortos. Assim eles desafiavam os sacerdotes e a sua religião amada estava ameaçada.

Saulo teve participação do primeiro martírio da Igreja. Quando os judeus caluniaram e apreenderam Estevão, Saulo consentiu em sua morte. Doravante, ele inicia grande perseguição contra a igreja.

Certa feita, Saulo ouve dizer que havia um grande grupo de cristãos em Damasco. Então, ele pede ao sumo sacerdote autorização para prendê-lo. Com a autorização concedida o perseguidor do Cristianismo foi à busca dos cristãos:

“E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões. E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer. E os homens, que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém. E Saulo levantou-se da terra, e, abrindo os olhos, não via a ninguém. E, guiando-o pela mão, o conduziram a Damasco. E esteve três dias sem ver, e

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não comeu nem bebeu. E havia em Damasco um certo discípulo chamado Ananias; e disse-lhe o Senhor em visão: Ananias! E ele respondeu: Eis-me aqui, Senhor. E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando; E numa visão ele viu que entrava um homem chamado Ananias, e punha sobre ele a mão, para que tornasse a ver. E respondeu Ananias: Senhor, a muitos ouvi acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; E aqui tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome. Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome. E Ananias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo. E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado” (Atos 9: 3-18).

MARTÍRIO DOS PAIS DA IGREJA Um dos Pais da Igreja, a saber, Tertuliano, dizia que o sangue dos mártires era o adubo

para o crescimento da lavoura de Cristo, a igreja. Cada vez mais que os cristãos eram massacrados, mais eles cresciam em número e em qualidade. Quanto mais eles se legislavam contra o Cristianismo, mais almas se convertiam ao Evangelho, os fieis perdiam as suas vidas aqui, mas eram salvas da perdição eterna.

Com esse respeito, Graças a Deus, o Brasil estar sendo uma bênção. Mas no mundo mulçumano, não é diferente para com os cristãos, até os dias de hoje. São severamente, sacrificadas às famílias de missionário e os novos convertidos ao Evangelho.

Vejamos os martírios mais marcantes da história: OS APÓSTOLOS E DISCIPULOS PRIMITIVOS: ESTEVÃO: De acordo com a Bíblia, Estevão, foi o primeiro mártir da igreja. Ele foi

apedrejado (At 7.54-60). Morreu comunicando com Deus e as suas últimas palavras foram "Senhor Jesus, recebe o meu espírito".

TIAGO O MAIOR, IRMÃO DE JOÃO: O primeiro dos apóstolos a ser morto foi Tiago. Ele

era irmão do apostolo João. A mando do rei Herodes, Agripa I, Tiago foi decapitado (Ato 12: 2). Clemente de Alexandria, um dos pioneiros da igreja e contemporâneo dos apóstolos, relata detalhes de sua morte “Ao ser conduzido ao local de seu martírio, seu acusador foi levado ao arrependimento e, caindo aos pés de Tiago, pediu-lhe perdão. Logo após, confessou-se cristão e foi morto juntamente com aquele que antes o havia acusado. Juntos foram decapitados”.

TIAGO IRMÃO DO SENHOR E BISPO DE JERUSALÉM: O filho de José com Maria, meio

irmão de Jesus e escritor da Epístola Universal que leva o seu nome, Tiago tinha 99 anos quando foi torturado e apedrejado pelos judeus até a morte. Por volta de 63 d. C. Os judeus deram lhe uma ordem para subir em uma das galerias do templo pregasse que Jesus de Nazaré não era o Messias. Em vez de obedecê-lo, ele anunciou à multidão que Cristo era o Filho de Deus, e Juiz do mundo. Assim, os mesmos, o lançaram ao chão, e o pisotearam. Estando Tiago meio morto, eles o apedrejaram, enquanto isto, ele orava em prol de seus inimigos.

SIMÃO PEDRO: Segundo, Hegésipo, um escritor primitivo, Nero procurava razões

contra Pedro para matá-lo. Então, ele próprio, Hegésipo, rogou insistentemente ao apóstolo que fugisse da cidade. E devido a sua insistência Pedro decidiu fugir. Ao chegar, porém, à porta da cidade, contemplou o Senhor Jesus Cristo que vinha ao seu encontro. Adorando-o, Pedro indagou: - “Senhor aonde vai”? Ao que Ele respondeu: -"Vou ser crucificado de novo". Então, Pedro, entendeu que o Senhor falava era do seu sofrimento, assim, voltou à cidade. Jerônimo

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ratifica que ele foi crucificado de ponta-cabeça, por petição própria, por julgar-se indigno de ser crucificado da mesma maneira que o seu Senhor.

PAULO DE TARSO: Paulo tinha duas cidadanias, a saber: romana e judia. E dois nomes,

que são: Paulo (nome romano) e Saulo (nome judeu). Biblicamente, o seu nome nunca foi mudado. Veja "Todavia Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo, e fixando os olhos nele" (At 13,9). Mas caso alguém encontrou alguma referência relacionada a essa mudança, do nome do grande apóstolo, entre em contato comigo, porque eu também preciso aprender e retirar as minhas palavras.

Com respeito aos serviços na Obra do Grande Deus, Paulo, é o maior homem que pisou neste mundo, depois de Jesus Cristo. Mas isto não quer dizer que ele é mais importante que os demais apóstolos. Isto aconteceu porque ele foi o primeiro homem que se levantou com propósito de barrar, definitivamente, a Obra de Cristo. Então o Senhor fez com que Saulo refizesse tudo o que desfez.

Confira os privilégios de Saulo, com relação aos demais apóstolos: Aprendeu de diretamente de Cristo, em Glória, após a Sua Ressurreição, enquanto os

demais apóstolos aprenderam de Cristo em carne; Sem nenhum recurso tecnológico, evangelizou o mundo todo da sua época; É o maior Escritor da Bíblia Sagrada, em número de livros. Escreveu treze Epístolas, e é o principal suspeito de ter escrito a Carta aos Hebreus; Assim, como João, foi arrebatado ao Terceiro Céu. A diferença que a João foi permitido falar o que viu.

Paulo também estava em Roma quando foi martirizado. Segundo, Abidias, um historiador primitivo, o imperador enviou dois soldados para notificá-lo a sua execução. Conforme, o mesmo historiador, esses soldados se chamavam: Ferege e Partemio. Que chegando até Paulo pediram oração para que também cressem. O qual lhes garantiu que brevemente eles iriam crer e desceriam as águas batismais defronte a sua sepultura. Segundo a maioria dos historiadores cristãos, Paulo foi retirado de um calabouço em Roma para a execução. Conforme a sua Segunda Carta a Timóteo (4: 13), o apóstolo Paulo estava em um lugar úmido e sentia muito frio, e consequentemente, Pediu que lhe enviassem sua capa de inverno.

ANDRÉ, IRMÃO DE SIMÃO PEDRO: Muitas nações da Ásia foram evangelizadas por

André, irmão de Simão Pedro. E por não negar o Nome Santo de Jesus, ele foi crucificado de forma transversal em uma cidade denominada Édesa. As extremidades de sua cruz foram fixadas transversalmente no solo. Daí o nome de cruz de santo André.

BARTOLOMEU: Nascido em Caná da Galiléia, onde Jesus realizou o seu primeiro

milagre, Bartolomeu era homem de bom caráter, de maneira que recebeu o elogio de Jesus Cristo. Ele pregou em vários países, e finalmente, foi terrivelmente açoitado e crucificado pelos idólatras da Armênia.

APÓSTOLO JOÃO: Tirano, o imperador romano deu ordem para matar a João, o

apóstolo. Com isso os soldados o apreenderam e lançaram-no em uma caldeira de azeite fervente. Mas devido à intervenção divina, nenhum dano João sofreu. Fator que os levaram a deportá-lo para a Ilha de Patmos. Lugar de custódia, onde os prisioneiros trabalhavam, como escravo nas minas de carvão mineral. Ali ele teve um encontro especial com Cristo, que o arrebatou, em espírito, ao Terceiro Céu. Na glória foi-lhe revelado às profecias dos últimos dias, o Apocalipse. Morrendo Tirano, João é absorvido e livre, assim, ele volta a Éfeso de onde escreveu o Evangelho que porta o seu nome e as três Epístolas que também tem o seu nome. João é um dos segundos maiores escritores da Bíblia Sagrada, escreveu cinco Livros. Ele morreu naturalmente no ano 100 d. C. com a idade bem avançada.

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TIMÓTEO: Conforme a tradição eclesiástica, Timóteo foi o primeiro bispo de Éfeso, e que foi martirizado no mesmo tempo que João estava exilado na Ilha de Patmos. Isto aconteceu quando uma turma de idólatras estava indo para ao templo para oferecerem sacrifícios aos deuses que o matou a pauladas.

INÁCIO DE ANTIOQUIA: Segundo a tradição Inácio foi ordenado bispo de Antioquia

pelo apóstolo João e que chegou a conhecer Pedro. O qual foi condenado por Trajano e lançado às feras em Roma. Ele escreveu várias cartas enquanto atravessava a Síria a caminho de Roma.

E escreveu Inácio: "Desde a Síria até Roma estou lutando com feras por terra e por

mar, de noite e de dia sendo levado preso por dez soldados cuja ferocidade iguala a dos leopardos, e os quais, mesmo quando tratados com brandura, só mostram crueldade. Mas no meio destas iniquidades, estou aprendendo... Coisa alguma, quer seja visível ou invisível, desperta a minha ambição, a não ser a esperança de ganhar a Cristo. Se o ganhar, pouco me importará que todas as torturas do demônio me acometam, quer seja por meio do fogo ou da cruz, ou pelo assalto das feras ou que os meus ossos sejam separados uns dos outros e meus membros dilacerados, ou todo o meu corpo esmagado".

Ao chegar a Roma o lançaram na arena com os leões, ele disse: "Sou, como o trigo debulhado de Cristo, que precisa ser moído pelos dentes das feras antes de se tornar em pão".

Após ser comido pelos leões Inácio é recebido na glória pelo Leão da Tribo de Judá. POLICARPO, BISPO DE ESMIRNA: Policarpo nasceu em 69 e morreu em 159 d. C. Ele

escreveu duas Cartas à igreja de Filipos que são conservadas na atualidade. Foi o discípulo pessoal do apóstolo João. Policarpo era homem muito consagrado a Deus e foi o principal pastor da Igreja de Esmirna. Ele foi preso por pregar o Evangelho. E na prisão deram-no ordem para amaldiçoar a Cristo no que ele respondeu:

- "Por 86 anos tenho sido servo de Cristo, e Ele nunca me fez mal algum. Como posso blasfemar de meu Rei, que me salvou?".

Segundo a história ao Policarpo entrar na arena para ser morto ouviu uma voz do céu que dizia: - "Sê forte Policarpo! Sê homem".

Ele foi condenado à fogueira e quando o fogo acendeu não teve poder de queimá-lo. Assim, o mataram a golpes de espada.

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XXIII. PNEUMATOLOGIA

O vocábulo Pneumatologia, vem de duas palavras gregas, a saber, PNEUMA (que é espírito), mais LOGIA (que é ciência, ou estudo). Então, a palavra Pneumatologia refere-se à Ciência, ou, Estudo sobre um espírito. No nosso caso, o Espírito Santo. Portanto, vamos nesta sublime aula aprender acerca do Espírito Santo que o Deus conosco na Dispensação da Graça. Ele ficou conosco no lugar de Jesus Cristo (João 14 v 16 -18).

1 - A PERSONALIDADE DO ESPIRITO SANTO O Espírito Santo é uma pessoa. Para provar que Ele é realmente, uma perfeita pessoa,

veja: 1.1. Ele é inteligente (1ª Corintos 2 v 10 – 11). O Espírito Santo é mais sábio que todos

os homens e todos os anjos; 1.2. Ele tem emoções (Efésios 4 v 30). O Santo Espírito alegra-se e também se

entristece; 1.3. Ele tem vontade (1ª Coríntios 12 v 11); 1.4. Ele ensina (João 14 v 26); 1.5. Ele guia (Romanos 8 v 14); 1.6. Ele comissiona, isto é, envia (Atos 13 v 14); 1.7. Ele dá ordens a homens (Atos 8 v 29); 1.8. Ele age no homem (Gênesis 6 v 3); 1.9. Ele intercede, isto é, nos defende e ora por nós (Romanos 8 v 26); 1.10. Ele fala (João 15 v 26; 2ª Pedro 1 v 21). 2 A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO O Espírito Santo é Deus. Ele está em pé de igualdade as demais pessoas da Santíssima

Trindade (1ª Coríntios 6 v 11). O Espírito Santo é apresentado fazendo obras que só Deus pode fazer (Romanos 8 v 15; João 14 v 16).

Provada pelos atributos: Ele é: 2.1. Onisciente (1ª Coríntios 2 v 10,11) o Espírito Santo esta ciente de todo passado,

presente e futuro; até mesmo de todo pensamento. 2.2. Ele é Onipotente (Gênesis 1 v 2) O Santo Espírito tem todo o poder nos Céus e na

terra, não conhece o impossível; 2.3. Ele é Onipresente (Salmo 139 v 7) O Espírito de Deus estar presente em todos os

lugares ao mesmo tempo); 2.4. Ele é Santidade (Lucas 11 v 13); 2.5. Ele é Vida (Romanos 8 v 2); 2.6. Ele é Sabedoria (Isaias 40 v 13). 2.7. A Deidade do Espírito Santo Provada pelas suas obras: 2.7.1. Criação (Gênesis 1 v 2); O Espírito Santo na criação dos céus e da terra, junto

com Deus Pai e Deus Filho. 2.7.2. Inspiração (2ª Pedro 1 v 21); o Espírito de Deus inspirou os escritores da Bíblia

Sagrada, na Santíssima redação. E inspira hoje os homens para ensinar e pregar a Palavra de Deus.

2.7.3. Gerar Cristo no ventre de Maria (Lucas 1 v 35).

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3 SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO Não é tarefa fácil compreender acerca de Deus. Para esta imprescindível tarefa, em

primeiro lugar, precisamos ter a ajuda do próprio Espírito Santo. E em segundo lugar, usar as facilidades proporcionadas pela Bíblia Sagrada, que são os símbolos que Ela revela para nos ajudar a ter, pelo menos, uma pequena ideia acerca do Espírito Santo:

3.1. ÁGUA (João 4 v 14; 7 v 38,39). O Espírito Santo sacia a nossa sede espiritual. 3.2. FOGO (Atos 2 v 3). O Espírito de Deus queima as impurezas. 3.3. ÓLEO (Lucas 4 v 18; Atos 10 v 38). Ele nos unge: dar-nos poder e nos capacita. 3.4. PENHOR (2ª Coríntios 1 v 22; 5 v 5). O Espírito Santo é um adiantamento, como

prova da salvação. 3.5. POMBA (Mateus 3 v 16; Marcos 1 v 10; Lucas 3 v 22; João 1 v 32). O Espírito de

Cristo é puro e simples. 3.6. SELO (2ª Coríntios 1 v 22; Efésios 1 v 13; 4 v 30). Ele é a marca da salvação na

vida de uma pessoa salva. 3.7. SERVO (Gênesis 24). O Espírito de Deus veio para nos servir. 3.8. VENTO (João 3 v 8; Atos 2 v 1,2). Ele assopra nos dando vida e expelindo toda

mácula e poeira do mal. 3.9. VESTIMENTA (Lucas 24 v 49). O Espírito do Senhor nos veste e nos reveste

espiritualmente. 4 BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO O Batismo com, ou no Espírito Santo, consiste em um mergulho no próprio Espírito

Santo. Este fenômeno é uma das Obras Sobrenaturais que só Jesus Cristo pode fazer (João 1 v 32 – 34). Com este processo os membros, ou os congregantes da igreja têm mais força e mais condição para efetuar a Obra de Deus neste mundo. E, todavia, Cristo ensinou os seus discípulos que não executasse a sua Obra, antes de serem revestidos com poder, ou melhor, Batizados com, ou no Espírito Santo (Atos 1 v 4, 5).

Os primeiros discípulos de Cristo, não foram batizados com o Espírito Santo no momento de suas conversões ao Evangelho. Posteriormente, muitos de seus discípulos foram batizados com o Santo Espírito no momento das suas conversões (Atos 10 v 44 – 47). Mas havia alguns discípulos quem nem eram batidos com este batismo (Atos 18 v 24, 25; 1ª Coríntios 14 v 14 – 16).

Resumindo: o Batismo com o Espírito Santo é um revestimento com poderes sobrenaturais. Em outras palavras, é o crente ser cheio do Espírito Santo.

Na atualidade temos, pelo menos, três teorias a explicação do Batismo no, ou com o Espírito Santo, a saber: Pentecostais, Neo - pentecostais e Tradicionais:

4.1. PENTECOSTAIS: Quando alguém aceita a Jesus como Salvador recebe uma porção do Espírito Santo

(João 20 v 22). Esta porção do Santo Espírito faz com que a pessoa seja crente e regenerada. Mas todos necessitam de uma porção maior do Espírito Santo, o revestimento com poder, o

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Batismo com Espírito Santo, (Mateus 3 v 11; João 1 v 33). A promessa do batismo com o Espírito Santo é para todos os que creem (Atos 1 v 8). A prova do batismo com o Espírito Santo na vida de alguém é a evidencia da fala em mistério, ou falar em outras línguas. Não falar aquilo que a pessoa queira falar, mas falar uma língua conforme o Espírito Santo concede que fale (Atos 2 v 1 – 4).

4.2. NEO-PENTECOSTAIS: Os adeptos desta teoria creem no Batismo com o Espírito Santo, quase igual aos

pentecostais. A pessoa pode receber o referido Batismo, mas não precisa necessariamente, falar em outras línguas.

4.4.TRADICIONAIS Segundo os tradicionais, o Batismo no Espírito Santo ocorre no mesmo momento da

convenção do indivíduo ao Evangelho. E não há evidencias em falar em outras línguas. 5. OS DONS A palavra dom significa capacidade, os dons são ferramentas indispensáveis para

vivermos e trabalharmos no Reino de Deus, aqui na terra. Leremos: 1ª Coríntios 12 v 7 – 11. Os dons espirituais têm nove características e para facilitar o nosso entendimento, os

teólogos os classificaram e os dividiram em três ordens de três. Veja: DONS DE PODER (Através destes dons Deus age, Ele faz): São três dons que o Espírito Santo usa as mãos santas da pessoa cheia do Poder de

Deus em que Ele queira usar, a saber: OS DONS DE CURAR; Estes dons atuam sobre todas as doenças e enfermidades. Eles estão no plural, e

segundo os teólogos e os estudiosos da Bíblia, há um, ou mais dons para curar as anormalidades em cada sistema de um corpo. (Tiago 5 v 14-16).

5.1. 2. O DOM DE MARAVILHA: Dom de Maravilhas, ou de Milagres. Estes dons atuam sobre a matéria. Exemplo: Transformar água em vinho (João 2 v 1 – 12). Andar sobre as águas (Mateus 14 v 25; Lucas 6 v 48 – 51) As multiplicações dos pães (Mateus 14 v 15-21; 15 v 32 – 38). Orar para chover, ou parar de chover (Tiago 5 v 17, 18). A figueira se secou (Marcos 11 v 12 -14, 20-25). Alguns teólogos ensinam que expulsar os demônios e orar para batismo com Espírito

Santo. E os respectivos sinais acontecendo, seria a manifestação do Don de Maravilha, visto que é a libertação, ou o enchimento do corpo humano, a matéria.

O DOM DA FÉ: Este Dom atua sobre as deficiências e as mortes Coxo (Marcos 2 v 3-12); Cegos (Mateus 9 v 27 – 31); Surdo-Mudo (Marcos 7 v 31 – 37);

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Ressurreições. A Bíblia Sagrada narra oito ressurreições de pessoas individuais: (1º Reis 17 v 22; 2º Reis 4 v 35; 13 v 21; Mateus 9 v 25; Lucas 7 v 15; João 11 v 44; Atos dos Apóstolos 9 v 40; 20 v 9-11).

DONS DE REVELAÇÕES Através destes dons Deus Mostra o mundo espiritual, Ele esclarece os enigmas e

mostra uma saída. São três dons que Deus usa os olhos santos de seus servos nas realizações de sinais sobrenaturais, a saber:

O DOM DA PALAVRA DA SABEDORIA: Sabedoria da parte de Deus para: Interpretar com segurança a Bíblia Sagra, (1ª

Coríntios 2 v 14 – 16). E a expor (ensinar e pregar Bíblia, e aconselhar) com sabedoria (1ª Timóteo 4 v 11 –

16). Compreender as coisas difíceis (Jeremias 33 v 3). Revelar o oculto. [Exemplo: Jesus revelou a vida da mulher Samaritana (João 4 v 16 –

19)]. O DOM DA PALAVRA DA CIÊNCIA: Ciências da parte de Deus: Para que o portador possa sair de problemas que para o homem não tem saída (Atos

23 v 6 – 10). Visualizar o perigo, ou o engano oculto (Atos 5 v 1- 12) DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS: Visualizar e ter a convicção, com garantia, que o espírito realizou tal sinal na vida de

alguém, como: profecias, curas e etc. (Atos 16 v 16 – 18). DONS DE ELOCUÇÃO: Através destes dons, Deus Promete, Ele faz Promessas a fim de consolar, exortar e

edificar a sua igreja. São três dons que Deus usa a boca santa do crente que está cheios do Espírito Santo, de fé e que busca a estes dons. Que são:

PROFECIA: isto fala de uma mensagem que vem diretamente da parte de Deus. O

Senhor usa a pessoa como um canal, ou como um meio para falar com o ser humano. Confira os meios que Deus usa para entregar aos profetas as suas mensagens: Deus

fala com os seus profetas, através, de pelo menos, quatro meios, a saber: Através da Sua vós. O profeta pode ouvir a vos de Deus (1º Samuel 3 v 4 -14).

Mediante visões. O profeta acordado pode visualizar, imagens pelo o poder sobrenatural (Daniel)

O Senhor pode tomar a boca do profeta enquanto ele fala (Deuteronômio 18 v 18; Isaias 51 v 1)

Deus concede ao profeta sonhos Proféticos. Este sonho é diferente dos demais, visto que posteriormente, o portador do respectivo sonho, não tem nenhuma dúvida que foi Deus que falara consigo (Número 12 v 5 - 8).

VARIEDADE DE LÍNGUAS: Isto consiste em alguém falar uma língua que não fora aprendida impulsionada pelo

Espírito Santo. Estas línguas podem ser humanas ou celestiais (1ª Coríntios 13 v 1; 14 v 13 ,14). INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS: Este Don se trata de Interpretação das línguas faladas pelos usados no dom da

variedade de línguas (1ª Coríntios 14 v 26, 27).

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OS OUTROS DONS No intuito de enriquecer ainda mais as informações sobre os dons, salientamos os

outros importantíssimos dons. Confira: OS DONS DE DEUS:

Do grego, dom é primeiramente explicito, como dõron), significa, um bem dado a alguém, como expressão de honra (Mateus 2 v 11).

ASSISTÊNCIA SOCIAL: coisas doadas para o sustento dos pobres (Mateus 15 v 5; Marcos 7 v 11) e etc. Os Dons de Deus têm consideradas abrangências, a saber:

A CAPACIDADE que o ser humano tem para: trabalhar, administrar bem suas finanças, enriquecer.

Viver bem (Eclesiastes 3 v 13; 5 v 19); OS ESTILOS DE VIDA, as maneiras de viver (1ª Coríntios 7 v 7); JESUS CRISTO, o Salvador (João 4 v 10). A VIDA ETERNA (Romanos 6 v 23); A SALVAÇÃO (Efésio 2v8); As OPERAÇÕES: As possibilidades da manifestação sobrenatural (1ª Coríntios 12 v 6). “Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento” (Romanos 11 v 29). OS DONS DE CRISTO: “E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo” (1ª Coríntios 12 v 5). Os

dons de Cristo consistem nas capacidades dadas, por Ele próprio, aos seus obreiros, para que estes venham cuidar da sua Noiva, a Igreja com cuidado e qualidade.

Dons Ministeriais APÓSTOLOS: Apostolo fala de um Ministro desbravador, que abre trabalho. Eles são dotados de

muita fé, coragem e ânimo. Eles são muitos avivados. PROFETAS: O profeta se trata de alguém muito avivado que tem mensagens diretas de Deus, a

qual “edifica, exorta e consola” aos ouvintes (1ª Coríntios 14 v 3). Eles são enviados após os apóstolos, para fortalecer os novos convertidos.

EVANGELISTAS: O evangelista fala de um obreiro voltado aos evangelismos, a fim de fazer crescer a

igreja do Senhor. PASTORES: Os Pastores são ministros voltados à administração da igreja e aos ensinamentos da

mesma. DOUTORES: Doutor aqui são obreiros com capacidade celestial para interpretar os mistérios da

Bíblia, e com a mesma capacidade eles aplicam estas descobertas na igreja. No intuito de que a igreja esteja bem fundamentada na Palavra de Deus.

OBSERVAÇÃO: Todos estes dons e ministérios nós os veremos continuar se cumprindo na vida dos

obreiros, exceto um. O apostolo. É obvio que muitos homens de Deus tem este Don. Mas quanto ao ministério de apóstolo, biblicamente, só cumpriu na vida doze homens. Os doze apóstolos: “Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e

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Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Simão o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu”. (Mateus 10:2-4). Com a morte de Judas, foi eleito Matias em seu lugar (Atos 1 v 15 – 26). Só é que, Matias não teve sucesso, nunca mais se ouviu falar, dele. Matias foi da vontade dos homens. Mas Deus já tinha preparado Paulo, para sucedê-lo: “Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos)” (Gálatas 1v1). Certo é, homem algum pode ter autoridade como os doze apóstolos. Eles tinham poder para elaborar um mandamento. Confira: “Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe” (1ª Coríntios 7 v 12). Mais ninguém pode fazer isso: “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele às pragas que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro” (Apocalipse 22 v18-19). Antes de houver terra, já havia o Céu, e no céu, há a Nova Jerusalém, que, o seu muro, tem doze fundamentos, os quais têm os nomes dos doze apóstolos: “E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro” (Apocalipse 21 v 14). Os doze apóstolos se trata de doze homens, insubstituíveis, que nasceram neste mundo para um propósito muito específico. Tome muito cuidado com os apóstolos por ai.

OS DONS DA GRAÇA Os Dons da Graça consiste nos dons espirituais e nos dons de Cristo ao mesmo tempo.

Muitos são bons administradores, mas não são portadores dos dons espirituais. Outros já são portadores dos dons espirituais, mas não consegue administrar. Mas com os dons da Graça são diferentes, seus portadores administram super bem a igreja, e portam os dons espirituais ao mesmo tempo. Confira:

De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: Se for profecia, seja ela segundo a medida da fé; Se for ministério seja em ministrar; Se for ensinar, haja dedicação ao ensino; Ou o que exorta, use esse dom em exortar; O que reparte, faça-o com liberalidade; O que preside, com cuidado; O que excita misericórdia, com alegria. (Romanos 12 v 6 – 8). É muito bom e gratificante aprender sobre o Espírito, mas acabamos de estudar

apenas uma pequena porção acerca dEle, procura aprofundar mais neste assunto. Deus tem muito mais para você. O Espírito Santo nos revela a Jesus, Ele testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Portanto, não resiste, não entristece, não extingue a Ele. O Santo Espírito é o selo da salvação o pecado contra Ele não há perdão.

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XXIV. PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS

Os acidentes e as violências já constituem um problema de saúde pública no Brasil. Caracterizamos como Acidente um evento não intencional e evitável, causador de lesões físicas e/ou emocionais que podem ocorrer no lar, ou em outros ambientes sociais como escola, esportes trânsito e outros.

As crianças da faixa de idade abaixo de 5 anos e os idosos, sem dúvida alguma são as maiores vitimas dos acidentes domésticos, este é o motivo pelo qual nesse ambiente deve-se ter maior atenção às essas faixas etárias, a fim de evitarmos que estes fatos não se tornem tão frequente.

Nas crianças acima de 5 anos e na adolescência as causas externas têm prevalência nas causas de acidentes. Os acidentes de trânsito e os homicídios , são os dois subgrupos responsáveis pela de maior ocorrência de óbitos nessa população.

ACIDENTES DOMÉSTICOS (queda, queimaduras, intoxicações, afogamentos e outras lesões) e acidentes

extradomiciliares (acidentes de trânsito e de trabalho, afogamentos, intoxicações e outras lesões)

VIOLÊNCIAS DOMÉSTICAS (maus-tratos, físicos , abuso sexual e psicológico, negligência e abandono) e violências

extradomiciliares (exploração do trabalho infanto-juvenil e exploração sexual, além das originadas na escola, na comunidade, nos conflitos com a polícia, especialmente caracterizados, pelas agressões físicas e homicídios), bem como as violências auto-infligidas (tentativa de suicídio).

Os acidentes domésticos são passíveis de prevenção por intermédio da orientação familiar, de alterações físicas do espaço domiciliar e da elaboração e/ou cumprimento de leis específicas (por exemplo, as relativas a embalagens de medicamentos, dos frascos de álcool e outras).

Definimos como Primeiros Socorros às condutas que devem ser tomadas em relação à pessoa vitima de acidente ou mal súbito, imediatamente após o acontecido. Qualquer pessoa pode executar essa tarefa e salvar uma vida, entretanto para que este momento venha alcançar seu objetivo final é necessário que certas medidas sejam prioritárias.

- Manter a calma e afastar os curiosos, agir com rapidez e segurança, procurar assistência médica imediata se a situação for grave.

- Aja com rapidez se a vitima tiver ingerido veneno, parado de respirar ou estiver sangrando muito.

- Tenha sempre em mãos o número do telefone do médico que o está acompanhando, assim como outros números úteis, como o do pronto-socorro, hospital, e farmácia.

- É importante que você aprenda a verificar a temperatura, pode ajudar em casos de febre e de convulsões por febre.

Utilize um termômetro de mercúrio, com graduação, verifique se o mercúrio está marcando 35°C mais ou menos (linha prateada no nº 35), se não estiver nesta marca balance o termômetro segurando pela ponta oposta à que vai ser colocada na axila, ou seja a pontinha de metal depois o coloque na axila e aguarde pelo menos 2 minutos. Retire e verifique até onde a linha prateada chegou esta é a temperatura que o corpo está Em caso de dúvida repetir a operação.

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- Em caso de queimadura, não aplique óleo, pasta de dente ou qualquer outro remédio caseiro.

- Manter as mãos limpas antes de socorrer um acidentado, lave-as com água e sabão. XXV. PRIMEIROS SOCORROS 1) ENGASGO Frequentemente nos defrontamos com essa situação em crianças pequenas,

que inadvertidamente colocam objetos na boca (brinquedo pequeno, tampinha de garrafa, brincos, moedas, etc.), ou alimentos (balas, osso de galinha, espinhas de peixe) e não consegue expelir com tosse, O socorro deve ser imediato para que possamos evitar uma situação mais séria.

QUANDO SUSPEITAR: O quadro de tosse, sufocação e engasgamento, que aparecem bruscamente em

criança sadia levam a suspeitar de obstrução por corpo estranho. A tosse que geralmente é intensa e explosiva pode faltar nos casos de inconsciência

No caso de passar despercebida a crise de sufocação deve chamar atenção o aparecimento de: afonia (diminuição ou falta da voz), ânsia de vômito, falta de ar (dispneia), persistência de tosse

Objetos mais frequentes aspirados: Por ordem de frequência: CORPOS ESTRANHOS ORGÂNICOS: de origem vegetal: feijão, amendoim, milho, café, sementes de melancia, pipoca,

castanha de origem animal: espinha de peixe, fragmento de osso. CORPOS ESTRANHOS INORGÂNICOS: metálicos: alfinetes, moeda, prego, brinquedo plásticos: tampas, brinquedos, botões; talco; vidro: bolas de gude, contas; borracha: bolas. No caso de bebês com menos de 1 ano de idade.

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a) Deitar o bebê de bruço apoiando-o em seu antebraço e segurando-o pelo peito com a cabeça mais abaixo que o corpo.

b) Com a outra mão livre dê palmadas firmes nas costas do bebê entre seus ombros

até que o objeto que está obstruindo saia. c) Caso não haja recuperação imediata da respiração, aplique respiração artificial se

você souber ou o transporte o mais rápido possível ao Serviço de Emergência. No caso de crianças pequenas (1 a 9 anos). a) Sentado ou agachado de cócoras coloque a criança de bruços em seu colo, com a

cabeça mais baixa que o corpo. b) Com uma das mãos segure a criança e com a palma da outra dê pancadas secas e

firmes entre seus ombros. Tome cuidado para não usar força demais. c) Repita esta operação até que o objeto que está obstruindo as vias aéreas seja

eliminado. d) Caso não haja recuperação imediata da respiração aplicar respiração artificial. 2) ELETRICIDADE. Regras que devemos seguir para evitar acidentes domésticos com eletricidade: a) Use sempre aparelhos elétricos, ferramentas elétricas e materiais elétricos (fios,

tomadas, fusível, etc.) de boa qualidade. b) Proteja sempre o fio por onde a corrente elétrica passa, não deixando fios

descobertos, evitando o contato eventual das pessoas. c) Nunca deixe um fio elétrico descascado, principalmente se estiver ao alcance das

pessoas e de crianças em especial. d) Não tente mudar a chave de temperatura do chuveiro com ele ligado ou com o

corpo molhado. Ao trocar uma lâmpada todo o cuidado é pouco. Evite o contato com o suporte. e) Nunca deixe seu filho empinar pipa (papagaio) no centro urbano: local com cabos

elétricos aéreos. f) Nunca deixe crianças brincarem com as tomadas. Para as crianças pequenas, que

ainda engatinham, é fácil o acesso às tomadas utilize protetores de tomadas ou coloque um pequeno pedaço de esparadrapo cobrindo-as.

3) PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS. a) Nunca deixe fósforos ao alcance de crianças.

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b)Nunca deixe o ferro elétrico na tomada quando acabar de usá-lo , mesmo com o dispositivo automático desligado. Quando estiver passando roupa não deixe o ferro descansando sobre a mesa.

c) Não deixe criança brincar com material inflável (álcool). d) Não deixe produto inflável perto de chama acesa (fogão, fogareiro) e) Não jogue pontas de cigarro pela janela. Isso se aplica também a janela de carro. f) Evite colocar cortina, panos ou materiais infláveis perto de fogão, lareira, fogareiro. g) Verifique sempre se a válvula do botijão de gás está em perfeito estado h) Evite que crianças acendam fogos ou se aproximem muito de quem está usando 4) PREVENINDO QUEIMADURAS a) Tenha cuidado com crianças pequenas que costumam puxar toalhas da mesa para

ver o que tem em cima e dessa maneira podem derrubar comida quente sobre si. Mantenha-as afastada da cozinha.

b) Tenha sempre os cabos das panelas virados para dentro em direção à parede. Nunca

use panelas com cabos frouxos. Não permita que crianças brinquem próximo de fogão. c) Ao dar banho em criança pequena procure verificar primeiro a temperatura da água,

com o dorso da mão, tanto na banheira como no chuveiro. CUIDADOS QUE PODEM SER TOMADOS EM CASOS DE QUEIMADURAS Em casos de pequenas queimaduras ou superficiais o local afetado deve ser colocado

embaixo de uma torneira de água fria até aliviar a dor. Nunca passe pó de café, folha da bananeira, que pode provocar infecção. Pode passar vaselina esterilizada.

- Queimaduras com Agentes Químicos (álcool, querosene, etc.) 1) Deve-se retirar a roupa da vitima para evitar que os restos da substância química

possam causar danos mais graves enquanto estiver em contato com a pele. 2) Se possível lavar a área afetada com bastante água fria - Queimaduras Solares. 1) Cuidado com a desidratação, ofereça bastante água , ou chá. 2) Nunca passe manteiga ou margarina sobre a queimadura . 3) Não use pomadas gordurosas. 4) Se a queimadura for extensa cubra-a com bicarbonato de sódio. 5) COMO ARMAZENAR REMÉDIOS, PRODUTOS DE LIMPEZA E COSMÉTICOS.

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A curiosidade infantil é um dos grandes motivos do alto índice de acidentes

domésticos, por isso é necessário que algumas medidas se façam presentes para evitarmos situações desfavoráveis.

Recomendações que auxiliam: a) Todo medicamento deve ter sua identificação legível e data de validade impressa na

própria embalagem. Não retire os remédios de suas embalagens originais. Não jogue os remédios que não serão mais usados diretamente no lixo, os líquidos devem ser jogados no vaso sanitário ou pia, os comprimidos, cápsulas e drágeas devem ser primeiro dissolvidas e depois ter o mesmo destino dos líquidos. As ampolas devem ser quebradas envolvidas em jornal ou papel grosso e jogadas no lixo.

b) Evite misturar no mesmo local, cosméticos, remédios, e produtos de limpeza c) Não dê cosméticos para as crianças brincarem. d) Não coloque material de limpeza (detergentes, Q-boa, querosene) em garrafas de

refrigerante e) Lembre-se que os remédios líquidos de uso infantil costumam ter um sabor

agradável, por isso deve ser mantido longe do alcance das crianças. - Uma boa maneira de evitarmos contra tempo é escrevermos em uma folha de papel

a finalidade do remédio, a quantidade que deve ser administrada e o horário exato que deve ser dado, colocando em lugar bem visível.

6) Evitando Quedas. É bom lembrar que nossa casa deve ser um lugar seguro, par isso é necessário que: a) Se tiver escadas em casa exata deve ter corrimão em toda sua extensão. b) Tapete antiderrapante na frente do boxe é uma boa maneira de evitar escorregões

e quedas . c) Evite pisos escorregadios na cozinha. d) Não deixe tapetes soltos pela casa, cuidado com fios de telefone, computador, e de

televisão, para não ficarem em locais de passagem. e) Grades nas janelas são indispensáveis quando se tiver criança pequena em casa,

estas devem ser colocadas também no alto das escadas. f) Evite brinquedos espalhados pela casa. g) Evite que as crianças pequenas tomem banho sozinhas ,principalmente em

banheiras CORPOS ESTRANHOS No Ouvido:

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Os mais frequentes: grãos de feijão, soja, insetos como besouros, baratas, mosca, etc. Condutas: No caso de insetos procure levar a vitima para um local escuro acendendo

uma lanterna em direção ao ouvido, a luz deve atrair o inseto para fora, se o mesmo permanecer deve ser colocado algumas gotas de água destilada ou pode-se usar óleo de cozinha limpo, Se o inseto permanecer leve a criança imediatamente ao Pronto-socorro mais próximo

No Nariz: Conduta:Procure acalmar a criança . Fechar a narina que está livre e, mantendo-lhe a

boca fechada fazer a criança assoar com força na tentativa de impelir para fora o objeto. Nunca tente retira com pinças ou outro material o corpo estranho do nariz ou do

ouvido. É importante que se tenha sempre em casa uma caixa contendo alguns materiais de

Primeiros Socorros, deve ser guardada em local seguro de preferência com chave e fora do alcance de crianças:

- Ataduras esterilizadas - Algodão esterilizado - Álcool - Água Oxigenada - Tesoura pequena e limpa - Cotonetes - Esparadrapo PARTO DE EMERGÊNCIA COMO FAZER UM PARTO DE EMERGÊNCIA A impossibilidade de se chegar ao hospital a tempo pode fazer com que tenhamos que

ajudar alguém que está prestes a dar a luz. PASSO-A-PASSO: • Mantenha a calma e dê apoio psicológico à futura mãe. Na grande maioria dos

casos é a natureza quem resolve tudo. Você estará apenas assistindo e apoiando, para ver se tudo está correndo bem.

• Prepare uma superfície limpa para ela se deitar. Cubra a superfície com uma toalha de plástico ou jornal e por cima estenda um lençol limpo ou uma toalha.

• Obtenha uma tesoura e linha de algodão e corte em três pedaços de 25 cm. • Ferva as fitas e a tesoura na água por volta de 10 minutos. Envolva-as em um

pano limpo. • Dobre em três um cobertor e coloque no sentido transversal em cima da

futura mamãe. • Lave as mãos e esfregue bem as unhas em água corrente e sabão. Para enxugá-

las sacuda-as ou passe álcool. Mantenha-as muito limpas durante o parto. Sempre que for necessário, lave-as.

• Quando as contrações aumentarem de frequência ou a bolsa de água se romper, mande a parturiente se deitar na superfície preparada de costas ou de lado. Coloque travesseiros para amparar a sua cabeça e ombros.

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• Quando as contrações passarem a se realizar de três em três minutos ou de dois em dois minutos, o nascimento pode estar prestes a acontecer.

• Mande a parturiente deitar de costas, reter a respiração e fazer força, segurando as coxas por trás dos joelhos e puxando a perna. A primeira parte da criança a aparecer é a cabeça. Quando a cabeça começar a aparecer, coloque uma toalha limpa embaixo das nádegas da mãe e outra entre as sua pernas.

• Não se desespere se a cabeça voltar a desaparecer, é normal entre as contrações.

• Ampare a cabeça do bebê com as mãos em concha. Se estiver coberta por uma membrana, retire-a rapidamente.

• Se o cordão umbilical estiver enrolado no pescoço do bebê, coloque um dedo por baixo do cordão até afrouxá-lo o suficiente para passar por cima da cabeça.

• Quando a cabeça estiver saindo, diga à mãe para parar de fazer força para que a criança não seja expelida agressivamente.

• Quando um ombro sair ampare-o e imediatamente sairá o outro. • Vá amparando o resto do corpo com as mãos à medida que o bebê for saindo.

Nunca, em nenhuma fase, puxe o bebê. • Logo após a saída dos ombros, o resto do corpo sai facilmente. • Retire qualquer muco da boca e nariz do bebê com um pano limpo depois que

ele acabar de sair. Se o bebê não respirar prontamente, segure-o com a cabeça mais baixa, para que expulse o muco remanescente.

• Depois que o bebê estiver respirando bem, deite-o de costas. Amarre com firmeza o cordão umbilical com as linhas de algodão. Dê um nó a aproximadamente 15 cm e outro a 20 cm do umbigo. Corte entre os dois nós com uma tesoura esterilizada.

• Faça um terceiro nó a 10 cm do umbigo e cubra o umbigo com um tampão tipo gaze.

• Dê o recém nascido para mãe, bem agasalhado. É bom deixá-lo ainda com a cabeça mais baixa que o resto do corpo para liberar qualquer muco remanescente.

• Envolva a mãe em cobertas enquanto espera a expulsão da placenta, que deve acontecer de 5 a 15 minutos após o nascimento. Coloque um recipiente entre as pernas da mãe para acolher a placenta.

• Guarde a placenta para mostrar ao médico. • Lave a mãe, dê um absorvente higiênico para ela usar e dê-lhe roupas limpas. • Leve os dois (mãe e bebê) imediatamente ao hospital ou chame uma

ambulância.

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XXVI. PSICOLOGIA I 1 MENTE Há dois tipos de mentes. A mente divergente e a mente convergente. Isto se dar, pelo fato, de nosso cérebro ser composto por dois hemisférios: o esquerdo e o direito. MENTE CONVERGENTE Quem tem o lado esquerdo dominante é do tipo convergente. São aqueles que têm um maior senso de organização e preferem trabalhar em ambientes arrumados. Outra característica é que os convergentes não conseguem fazer duas coisas ao mesmo tempo. Se a pessoa é pontual e não tolera atrasos, tem o lado esquerdo a todo vapor. Os esquerdos também têm rotinas previsíveis e imutáveis. Quando você fala de alguém, convergente lembra-se do nome. MENTE DIVERGENTE

Já aqueles que têm a dominância do lado direito, os divergentes, têm a parte intuitiva e criativa bem aguçada, São desorganizados, imprevisíveis, transgressores de regras. Jamais anotam compromissos na agenda. Quando você fala de alguém, o divergente lembra-se do rosto. “Quem tem a mente divergente, deve trabalhar uma atividade específica em um dia, e se atentar para os detalhes dela, com isso, a pessoa vai ativar o seu lado convergente”, destacou a psicóloga. Faça o teste você também com as seguintes imagens: 2 MARKETING

Dentro de clínicas odontológicas encontramos diversos tipos de clientes, pessoas diferentes que são estimuladas de maneiras diferentes. Portanto não podemos utilizar a mesma postura sempre, é importante observar se o cliente está mais auditivo, visual ou sinestésico. Calma! Explicarei melhor cada tipo, para que você possa entender e aplicar no seu próximo contato com os clientes. Existem três tipos de clientes: os visuais, auditivos e sinestésicos. Cada um comporta-se e reage a estímulos característicos à sua personalidade. Esses estímulos podem ser auditivos, visuais e sinestésicos. Mas, isso não quer dizer que os visuais só reagem a estímulos visuais e os auditivos só a estímulos sonoros, todos nós reagimos aos três tipos, mas existem pessoas que usam mais um canal que outro. Por exemplo: Um cliente que chega pela primeira vez na sua clínica: O auditivo vai chegar falando “Olá, tudo bem?”, perguntando, puxando conversa,... Já o visual vai chegar com um acenar de cabeça, querendo dizer com esse gesto “olá”. Esse exemplo é apenas para demonstrar a diferença, mas não quer dizer que seja regra! 2.1. AUDITIVOS Os auditivos reagem e se comunicam de forma verbal. É o tipo de cliente que chega ao consultório e diz “Boa tarde, como foi seu dia...”, ou “Você lembra aquele dia...”. São pessoas que comunicam por palavras e não por gestos. Não adianta mostrar imagens, orçamentos escritos, ou outros estímulos visuais, tem que falar “sim, claro, estou ouvindo (e ouvir mesmo!), para que o cliente perceba que você está realmente ouvindo o que ele tem a dizer. Para esse tipo de cliente é importante ter uma voz firme, ter muita atenção ao que ele fala e buscar sempre argumentações corretas e seguras, pois é o tipo de cliente que depois vai falar “mas a Senhora falou na semana passada que”... e não que...”. É importante ficar ligado para esse tipo, pois ele normalmente pede descontos, chora, chora, até conseguir! É o tipo de cliente que fala muito, e ainda pede para marcar no horário de menos tumulto, sem ter noção

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que o tumulto começa com o atraso no atendimento dele, que fala, fala e acaba atrasando o horário do pobre dentista. VISUAIS Os clientes visuais reagem a estímulos visuais. Não é necessário ter um bom discurso e ter cuidado no que fala a este tipo de cliente. É um cliente que chega e diz: “Boa tarde, posso ver?”, ou “tem fotos de antes e depois?”, ou “não gosto da cor nem do design”. Na parte visual da clínica, trabalhar cores alegres, que tenham haver com a proposta da clínica (que imagem quer passar?), mostrar fotos de tratamentos realizados, site bem organizado visualmente, confeccionarem um folder informativo com bastantes imagens, contratar um bom decorador ou você mesmo buscar objetos decorativos que valorizem o ambiente. É o tipo de cliente que basta você ter o jaleco amassado, estar um pouco despenteado ou mal apresentado para a venda não se realizar. 2.3. CINESTÉSICOS Os clientes sinestésicos reagem a estímulos relacionados ao olfato, paladar e tato. É o tipo que cliente que não consegue dizer/explicar o que quer. É o tipo de pessoa que entra numa clínica e diz “há algo aqui que não me agrada”, ou “algo me diz que isto não vai dar resultado”. Se lhe perguntarem o porquê, responde: “não sei explicar, só te digo que não estou com um bom pressentimento”. Na categoria dos sinestésicos estão incluídas as sensações de tato, temperatura, posição corporal e também os sentimentos como os de alegria e depressão. As pessoas nessa categoria gostam de manipular, sentir o espaço que está inserido. Gostam de espaços confortáveis, cadeiras macias, temperatura agradável, ambiente com cheiro agradável, valorizam lugares que oferecem mais que um copo de água. É um cliente extremamente difícil de agradar... Tem de ter algum cuidado no que diz e no que mostra. É importante conversar gesticulando, se movimentando, acompanhando o ritmo do cliente. É um cliente ligado ao bem-estar e conforto. Faça-o se sentir à vontade, ofereça água, café, suco, etc. Pergunte se quer se sentar... Tente agradá-lo através de percepções agradáveis e únicas! E você... é mais visual, auditivo ou sinestésico?

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XXVII. PSICOLOGIA II A palavra Psicologia vem de dois vocábulos gregos, a saber: “PSIQUÊ” que é alma, e “LOGIA” que é estudo ou ciência. Então, PSICOLOGIA é o estudo, ou a ciência acerca da alma. Esta matéria é de suma importância, para quem pretende conhecer, entender e se relacionar com as pessoas. O ser humano passa por, pelo menos, nove fases no decorrer de sua vida, a saber: Pré – natal, Recém - nascido, Primeira Infância, Segunda infância, Meninice, Puberdade, Adolescência, Idade Varonil e velhice (a 3ª Idade) 1. PRÉ-NATAL Cada ser humano tem 46 cromossomos em suas células que formam o seu corpo (2N), e 23 nos gametas (N). Para formar os gametas “ESPERMATOZOIDES” no homem e “ÓVOLOS” nas mulheres as células se reproduzem por meiose (divisão celular em outras com 50% dos cromossomos), ao passo que, para aumentar o número, ou substituir as demais células do corpo, elas se reproduzem por mitose (divisão celular em outras com 100% dos cromossomos). “observação: os gametas femininos, já são formados, com 50% dos cromossomos, desde quando a mulher foi formada. Os óvulos são sempre da mesma idade que a mulher, quanto os espermatozoides tem sempre poucos dias”. Os gametas são células especiais, sexuais, as quais portam de 50% das características da pessoa. Ao unir o gameta masculino (espermatozoide), 50%, da genética do homem, com o gameta feminino (óvulo), 50% da genética da mulher, formam uma vida completa: 50% + 50% = 100%. Então eles se tornam em uma só célula, a célula ovo (o zigoto) que vai se multiplicando por divisões mitóticas (uma divide e passa a serem duas, as duas dividem e passa a serem quatro, as quatro dividem e passa a serem oito e sucessivamente). Isto ocorre ainda na tuba uterina. O zigoto vai se multiplicando e viajando em direção ao útero, esta viagem pode durar de dois a quatro dias, chegando ao útero, ele aloja na parede uterina e continua se multiplicando, até formar uma criança perfeita. No período de nove meses, o tempo da gestação materna, a criança passa por pelo menos três fases, a saber: 2. PRÉ-EMBRIONÁRIA: Esta fase dura aproximadamente “14 dias”. Período o qual, a criança é invisível aos olhos nus; 3. EMBRIONÁRIA: A criança passa a ser um embrião. Esta fase abrange dos 15, até aos 56 dias. Somando 42 dias dando um período de “1 mês e 12 dias”. Esta é a fase em que a criança vai formando, criando a forma da sua espécie; 4. FETAL: Nesta fase, a criança já é um feto. Isto quer dizer que ela já tomou a forma da sua espécie, esse período abrange dos 57, até aos 270 dias. Somando um total de 213 dias, que dão “7 meses e 3 dias”. Com isto completam os 9 meses de gestação. Desde o ventre materno, conforme criança vai se desenvolvendo, desenvolve o seu psique, ou melhor, a sua alma. Portanto, equilíbrio psicológico dela (da criança) consiste na forma, a qual, sua mãe viveu no período de sua gestação. Se ela teve uma vida amargurada, em sua gravidez, grande é a probabilidade de repercutir isso na criança; mas se ela teve uma vida feliz e segura, também isso repercutirá na sua criança. Além do estado psicológico e físico materno, e os temperamentos dos seus ascendentes, obviamente, implicarão na vida psicológica e biológica da criança. Visto que uma pessoa herda as características físicas e psicológicas dos seus ascendentes. Isto é distribuído das seguintes

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formas: 50% dos seus pais; 25% dos seus avós; 12,5% dos bisavós; 6,25% dos seus tri- avós, e sucessivamente. A cor da pele, dos cabelos, dos olhos, a altura, a gordura, a voz, o dinamismo, a força, até a saúde e muito mais são herdados dos ascendentes. É de suma importância o aconselhador procurar saber, se isto for possível, qual era a conduta moral, física e psicológica dos pais do aconselhado. “Na grande maioria das vezes um mau procedimento de alguém, é um pedido de socorro”. 5 PÓS-NATAL: Após o seu nascimento o ser humano pode passar por nove fases em sua vida. A saber: Recém-nascido, Primeira Infância, Segunda Infância, Meninice, Puberdade, Adolescência, Varonil, Idade, ou, a Velhice. Vamos estudar cada uma destas fases detalhadamente: 6 RECÉM-NASCIDO: Este é o primeiro período da pessoa após o seu nascimento. Período, qual, que se inicia no nascimento e termina com a queda do cordão umbilical. Com duração de aproximadamente, sete dias, uma semana. 7 PRIMEIRA INFÂNCIA; Esta fase inicia com a queda do cordão umbilical e termina com a criança começar a andar e a falar. O encerramento desta fase é caracterizado pela 1ª dentição; pelo desenvolvimento da linguagem de imitação, começando a criança falar palavras como: “mamá, papá, tatá e etc.”. 8 SEGUNDA INFÂNCIA: Neste período, que inicia com o inicio da fala, da locomoção e da 1ª dentição, termina com o ingresso na escola, o pré-escolar. Nesta fase, a criança é egoísta, quer tudo para si: as atenções, os brinquedos e as alimentações. Este egoísmo é natural da criança. Os pais e os educadores devem ter muito cuidado ao educá-los. Visto que, nesta fase é comum eles encontrarem algum brinquedo e etc. e pegá-lo para si. Se seus educadores permitir este ato, eles vão crescer com este mau costume; e se barrá-los bruscamente, eles crescem com medo de correr atrás dos seus objetivos. Então, quando uma criança nesta fase, subtrair algo alheio para si, seus educadores precisa falar-lhe com muito cuidado. Sugestão: “isto não te pertence, você só pode apossar daquilo que te derem”. Se puder cumprir, promete-o um do mesmo. ATENÇÃO: NUNCA PROMETE SE NÃO PODE CUMPRIR. 9 MENINICE: Com o ingresso na escola, a criança começa a aprender a ler e a escrever. Além disto o seu ciclo social cresce. Antes só conhecia os parentes, vizinhos e etc. com o ingresso escolar, passa a conhecer a professora, os colegas e muitos outros. Na meninice a criança começa a vida do pleito, onde precisa lutar para conseguir melhores lugares e posições e etc.. Nesta fase os meninos têm o seu pai como heróis. A fase da meninice termina com a puberdade. 10 NUNCA BARGANHA UMA CRIANÇA. Isto é, nunca lhes paga por uma boa ação que eles façam. Fazendo assim, eles vão crescerem aprendendo que uma boa obra só é efetuada por dinheiro. Eles precisam crescer convictos que uma boa ação é um dever do ser humano. As crianças precisam brincar, isto não acontecendo, acumular–se-ão problemas comportamentais na vida adulta. E Todavia, pais e responsáveis por crianças devem saber onde, como e com quem eles estão brincando ou passeando. Os responsáveis por menores de idade têm que ser aquela figura, às vezes, chata. Mas todas estas exigências não precisam ser realizadas com mau humor, com xingos, pancadarias e etc. tudo isto podem ser feito com amor, carinho, com cuidado. LEMBRE-SE: NUNCA QUE GRITARIA, FOI SINÔNIMO DE AUTORIDADE. Caso contrário, a gritaria é sinônima de que perdeu o controle. O correto é falar sério na hora certa, sempre cumprir o que o prometer e sorrir na hora de sorrir.

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11 PUBERDADE: A puberdade é um período intermediário entre a meninice e a adolescência. Esta fase dura acerca de dois anos. A puberdade começa aos 12 anos para as meninas e aos 14 anos para os meninos. Esta fase é caracterizada pelo desabrochar do corpo, pelo desenvolvimento dos órgãos sexuais e pela modificação da voz. Nesta fase tanto os meninos, como as meninas procuram pessoas do mesmo sexo e da mesma idade para serem seus confidentes. Nesta fase, devido o rápido desenvolvimento dos ossos e dos nervos, a criança não tem muita agilidade, as meninas quebram muitas louças ao lavar, eles trombam nos móveis, comem bastante e trabalham pouco. Eles não têm muitas garras para o trabalho, visto que, o desanimo é muito grande, devido o desabrochar dos ossos e dos nervos. Mas já é tempo de ensiná-los a trabalhar, mesmo que é justo permitir que eles se descansem um pouco de quando em quando. 12 ADOLESCENCIA: A adolescência está marcada pelo desabrochar dos instintos sexuais, pela consolidação dos interesses profissionais e sociais e pelo desejo de liberdade e autonomia. A fase da adolescência é própria para a pessoa reconhecer suas próprias possibilidades, isto é, saber escolher o caminho que lhe permitirá engajar-se perfeitamente na vida adulta. Esta fase inicia-se com o fim da puberdade, onde que o mesmo continua o seu crescimento até atingir o estabelecimento da vida adulta. Todas as emoções têm algum efeito sobre o organismo físico-criativo ou destrutivo. Isto a Palavra de Deus afirma em Provérbios 14 v 20. Problemas emocionais poderão influenciar diretamente no desenvolvimento físico da criança e prejudicar seriamente a saúde de qualquer pessoa. 13 CUIDADOS PESSOAIS: Os cuidados pessoais são indispensáveis para o desenvolvimento do corpo e da mente da pessoa. Observe uns fatores imprescindíveis ao desenvolvimento do ser humano: alimentação sadia; ingerir cerca de dois litros de água diariamente; exercícios físicos com duração de, no mínimo, trinta minutos, três vezes por semana; dormir oito horas por noites; vacinação correta; descanso; estudos; trabalhos; controle com as dívidas; saber fazer uma boa escolha; não avaliar qualquer pessoa; sorrir; comunicar com as pessoas; servir a Deus e O adorá-LO 14 VARONIL: Ao completar-se 18 anos, o adolescente passa a ser adulto. Como adulto, a pessoa já é responsável por si própria. Só é que, enquanto ele for dependente dos seus pais ou de alguém, ele deve os submetê-los, visto que, ainda não conquistou a sua independência. A primeira característica de um independente é manter a si próprio. O adulto precisa lutar (trabalhar) com muito cuidado e zelo para conquistar estruturas financeiras, para que se porventura, pretender ter uma família, não passar por frustrações. Porque a pessoa casando-se dependente de alguém, é muito complicado. Enquanto uma pessoa, menos favorecidas, estiver na sua força vital, é necessário pagar alguma previdência social, visto que, quando chegar a certa idade, como próxima aos 50 anos, por exemplo. Onde que não tem mais tantas forças para o trabalho, e está longe para se aposentar por idade. Então a previdência entra em ação começando a suprir financeiramente. 15 IDADE, OU, A VELHICE: Há algumas discrepâncias, neste particular, mas a forma mais aceita entre os psicólogos, com respeito à 3ª idade, é que a 1ª idade atinge a menoridade, a 2ª, atinge a fase adulta e a 3ª quando chega à aposentadoria. Na terceira idade, a pessoa já está cansada, então é o tempo de dedicar aos exercícios físicos, conforme acima mencionados, passear, curtir os netos em alguns dias na semana, etc. Netos só podem ser criados com os avós em caso de faltas dos pais. Na grande maioria das vezes, os netos criados com os seus avós, apresentam graves problemas comportamentais.

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OS TEMPERAMENTOS Existem quatro (4) tipos de temperamentos, todo ser humano tem todos estes quatro temperamentos, mas ninguém tem obviamente, um só deles. Mas, aquele temperamento que mais predominar na vida da pessoa, ela é designada como portadora do mesmo. Todos eles têm pontos positivos e negativos, confira na página a seguir:

TEMPERAMENTOS DEFEITOS QUALIDADES

SANGUINEO: Atores Vencedores Oradores

Pusilânime Volúvel Indisciplinado Impulsivo Inseguro Egocêntrico Barulhento Exagerado Medroso

Comunicativo Destacado Entusiasta Afável Simpático Bom Companheiro Compreensivo Crédulo

COLÉRICO: Produtores Construtores Líder

Iracundo Volúvel Impaciente Prepotente Intolerante Vaidoso Auto – Suficiente Insensível Astucioso

Energético Resoluto Independente Otimista Prático Eficiente Decisivo Líder Audacioso

MELANCÓLICO: Artistas Músicos Inventores Filósofo Mestres

Egoísta Amuado Pessimista Teórico Confuso Antissocial Crítico Vingativo Inflexível

Habilidoso Minucioso Sensível Perfeccionista Esteta Idealista Leal Dedicado

FLEUMÁTICO: Diplomatas Administradores Professores Técnicos

Calculista Temeroso Indeciso Contemplativo Desconfiado Pretensioso Introvertido Desmotivado

Calmo Tranquilo Cumpridor Eficiente Conservador Pratico Líder Diplomata Bem - humorado.

“Cada um destes temperamentos exige um tratamento diferenciado”. Pedro, era sanguíneo; Paulo, era colérico; Moises, era melancólico e Abraão, era fleumático. Jesus Cristo como é Perfeito, Ele é portador, de 25% de cada um deles.

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CARÁTER Significado de Caráter: s.m. Conjunto de qualidades (boas ou más) que distinguem

(uma pessoa, um povo); traço distintivo: o caráter do povo brasileiro. Gênio, índole, humor, temperamento. Formação moral, honestidade: homem de caráter. Cunho, aparência, ar, feição: obra com caráter de autenticidade, missão em caráter oficial, doença de caráter grave.

Na Psicologia o caráter consiste no conjunto coerente de respostas dadas por um indivíduo a uma série de testes e que permite, por comparação estatística, situá-lo numa categoria determinada.

Os caracteres não são hereditários como os temperamentos, eles são aprendidos, mediante o que a criança ouve e ver. O ambiente influi uns noventa por cento na formação do caráter da criança. Ninguém tem um bom, ou mau caráter por consequência da natureza de um antecessor, mas, todavia, os caracteres consistem em uma aprendizagem.

“Vigie os teus pensamentos, porque eles converterão em palavra; vigie as tuas

palavras, por que elas transformarão em teus atos; vigie os teus atos, porque eles formarão o teu caráter; vigie os teus caracteres, porque eles definirão o seu destino eterno”.

ALMA A alma é a vida física do ser humano. O corpo é tão somente a moradia, dela. A vida

do ser humano não tem nada haver com a vida dos animais irracionais. Visto que o homem foi criado à imagem e a semelhança de Deus (Genesis 1 v 26, 27).

Os psicólogos definiram que do lado esquerdo do nosso cérebro, são armazenados tudo aquilo que aprendemos. E a direita, do mesmo, nós criamos, ou inventamos.

E como comunicamos com todos os membros do nosso corpo, através dos gestos. Quando indagamos a alguém, em um movimento muito rápido, ele irá olhar para a esquerda e para cima, ou para a direita e para cima. Olhando ele, para a esquerda e para cima, estará consultando o cérebro. Assim, responderá a verdade. Mas se ele olhar para a direita e para cima estará criando, ou inventando. O que tem acerca de setenta e cinco por cento de responder mentiras.

Há certas discrepâncias com respeito às faculdades da alma. Mas estas são as mais aceitas: a) MENTE, b) CONSCIÊNCIA (quanto à consciência, muitos ensinam que é faculdade do espírito, mas raciocina comigo: é necessário ter comunhão com Deus para saber o que é certo, ou, errado?), c) EMOÇÕES, d) VONTADE.

A MENTE: consiste nos pensamentos e no tino, e fala no estado normal do

indivíduo. É a capacidade psicológica da pessoa se atuar normalmente em todas as áreas. A CONSCIÊNCIA: é a capacidade de o indivíduo distinguir e julgar o que é certo e

errado, bom e ruim, justo e injusto, bonito e feio e etc. EMOÇÕES: a expressão mais forte da emoção é o amor. A emoção consiste na alegria

e na tristeza. A glândula suprarrenal tem um importante papel nas emoções. A sua função é lançar no sangue um hormônio denominado. ADRENALINA. Este hormônio, não somente acelera as batidas do coração, mas também aumenta a quantidade de energia dos organismos. A adrenalina nos ajuda a enfrentar as emergências em situações que ameaçam a vida, porque nos prepara para um esforço mais intenso. O homem não é um objeto, uma máquina, mas um ser que trabalha, pensa, que se emociona, diverte, alegra, entristece, chora, que tem medo, prazer, amor e etc.

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A VONTADE: é a capacidade que um indivíduo tem de julgar o que quer. O ser humano tem o poder de saber: se quer, ou não quer; se vai, ou fica; se come, ou não come se faz, ou não faz e sucessivamente. À vontade trabalhando junto com a consciência, tem como a pessoa fazer uma excelente escolha nesta vida.

OS TRÊS IMPULSOS NATOS: Impulso de Preservação da Vida: este nos leva a pensar em cuidar de nós mesmos,

procurando preservar a vida que possuímos. Os resultados naturais deste impulso e o medo e o egoísmo, mas não de natureza exagerada, pois não provem de Deus, mas apenas para termos cuidado conosco mesmo.

Impulso da propagação da vida: isto nos leva a relacionar com outras pessoas e procurar aquela pessoa com que participaremos na procriação de nossas vidas e a provisão do necessário para preservação destas vidas.

Impulso de prolongamento da vida: este impulso deve levar a pessoa a pensar na razão de sua vida e a relacionar-se com o Autor da vida, o Único que poderá dar a vida sem fim.

OS TRÊS SENTIMENTOS ADQUIRIDOS Sentimento de alto-valorização: para se desenvolver naturalmente, o indivíduo

precisa sentir que ele tem valor assim como qualquer outro. E que ele pode ficar a vontade em qualquer meio, sem sentir-se inferior aos demais.

As pessoas sentem inferiores por três motivos: Aparência, (1º Samuel 16 v 7; Efésios 2 v 10), Capacidade (Filipenses 4 v 13; 2ª Colocenses 8 v 12). E família e cultura (Romanos 8 v 18). A tendência de uma considerada porcentagem

de gente ao sente-se inferior a uma pessoa, o seu alvo é persegui-la. Se porventura, alguém te persegue, pode ser que ele sente-se inferior a ti. A Bíblia também ensina que “todo trabalho e toda destreza em obras trazem ao homem a inveja do seu próximo (Eclesiastes 4 v 4).

Sentimento de Autos segurança: É preciso que o indivíduo sinta se que tem capacidade necessária para fazer aquilo que é o seu dever (Romanos 12 v 3). Os resultados da falta de autos segurança são: 1- medo, ou pânico ao enfrentar uma responsabilidade; 2- Alto desprezo; 3- Diminuição do seu sentimento de valor próprio; 4- Ciúme e inveja; 5- Frustração e raiva; 6- Dificuldade de coordenação física e mental.

Sentimento de Aceitação: crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos; devem sentir que eles têm uma posição segura no lar, na escola, no trabalho, na igreja, etc.. Que ninguém nunca poderá usurpar que são queridos e seus direitos é respeitado.

O SER HUMANO É COMO UM DIAMANTE QUE PRECISA SER LAPIDADO. TODAS AS PESSOAS, INDEPENDENTE DA SUA IDADE, NECESSITAM DE UMA CONSTANTE APRENDIZAGEM.

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XXVIII. SEITAS E HERESIAS

Conforme escreveu, Pb. Fábio Peres Peixoto: O QUE É RELIGIÃO? R: Culto Prestado a uma divindade; doutrina religiosa; dever sagrado; ordem

religiosa; crença viva; consciência escrupulosa; escrúpulos; (Social.) um sistema solidário de crenças e práticas relativas a coisas sagradas, isto é, separadas, interditas, e que unem em uma mesma comunidade moral, chamada Igreja, todos os que aderem a esse sistema.

O QUE É SEITA? R: Doutrina ou sistema que se afasta da opinião geral; conjunto dos indivíduos que a

seguem; comunidade fechada; de cunho (caráter) radical; facção; partido. O QUE É HERESIA? R: Doutrina contrária aos dogmas (ponto fundamental e indiscutível de uma

doutrinas) da igreja; contrassenso; ato ou palavra ofensiva à religião, escolha, seleção, preferência...

(Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda

Ferreira) O PERIGO DAS SEITAS E HERESIAS Gn 4:3-7 Compreender a origem e a natureza da religiosidade é básico para

entendermos a extrema disseminação de seitas e ensinos falsos, não apenas em nossos dias mas em toda a história da humanidade. Este texto espelha de uma forma clara, a maneira pela qual o espírito de religiosidade começou a se manifestar entre os homens. A palavra "religião" vem do latim religio, que significa "religar". O conceito implícito nessa palavra é o de uma tentativa do homem de "religar-se" a Deus, reatando uma comunhão rompida. Esse sentimento "religioso" é comum a todos os homens, não importando sua origem social ou geográfica. A religião surgiu no vácuo provocado pela ausência da comunhão autêntica com Deus. O homem foi feito para viver em comunhão com Deus, e na falta dessa comunhão ele experimenta, ainda que inconscientemente, um sentimento de profunda frustração. Esse anseio (e não o "medo do desconhecido", como muitos sustentaram no passado) é que originou na humanidade a busca religiosa. O texto que lemos caracteriza alguns aspectos essenciais do espírito de religiosidade. Caim ofertou do que lhe sobrava, enquanto Abel trouxe suas primícias (note as palavras "oferta" e "primícias", nos versículos 3 e 4). O espírito religioso sempre oferta do que sobra, seja dinheiro, tempo, esforço; Caim procurou aproximar-se de Deus por seus próprios meios, enquanto Abel, pelo meio determinado por Deus. Este é um dos principais motivos que levou o Senhor a rejeitar a oferta de Caim. Em Gn 3:21 vemos pela primeira vez nas Escrituras o surgimento de uma vítima sacrificial (se Adão e Eva foram vestidos por Deus com roupas de peles, um animal teve que ser morto!). Esta verdade é a mesma que aparece registrada em Hb 9:22. Em conexão com Gn 3:21, é importante lembrar que a palavra hebraica que significa "cobrir" tem o sentido do termo "propiciação", que é a palavra utilizada pelo Novo Testamento para definir a obra redentora de Jesus na cruz, veja Rm 3:24,25. Ora, o espírito de religiosidade sempre apresenta uma oferta que Deus não pediu, que é incapaz de resolver o verdadeiro problema que separa o homem de Deus: às vezes são "obras", outras vezes são "rituais", mas sempre são coisas que não podem tratar

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adequadamente o problema do pecado. Abel, pela fé, apresentou o Senhor Jesus (porque todo sacrifício de animais no Velho Testamento apontava profeticamente para Jesus). Já Caim, apresentou a si próprio: suas obras, seu trabalho, suas iniciativas! Caim apresentou, à recusa da sua oferta, a reação característica do espírito de religiosidade. Veja Gn 4:5b. É a reação característica do orgulho ferido. O espírito de religiosidade é sempre o espírito do farisaísmo, o qual é marcado por uma ideia elevada de si próprio, o que leva-o automaticamente a não cogitar jamais a possibilidade de ser recusado. Neste ponto, é diametralmente oposto ao espírito do cristão, o qual é marcado por um coração quebrantado. Vemos uma ilustração clara disso na parábola do fariseu e do publicano (veja Lc 18:9-14). Se a situação fosse inversa, e o publicano fosse rejeitado, ele simplesmente continuaria orando por misericórdia, porque era um homem de coração quebrantado; mas o fariseu jamais suportaria ser rejeitado, porque estava firmado nos seus "méritos"! Gn 4:7 Todas as religiões sempre têm sua base no que o homem pretende fazer ou ser, por si só, independente de quem quer que seja. A palavra de Deus para Caim foi "Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti?". Se bem fizeres, aqui, tem o sentido de fazer o que é correto, aproximar-se de Deus da maneira certa. No Velho Testamento, essa maneira era a observância da lei e dos sacrifícios, tendo em vista a obra de Jesus que se manifestaria no futuro. No Novo Testamento, é a aproximação de Deus unicamente através de Jesus, submetendo-se ao Seu senhorio, governo e confiando apenas nos méritos da Sua obra realizada em nosso favor. Não é difícil, contudo, verificamos como o homem procurou seguir o caminho de Caim desde o princípio da humanidade. Gn 4:16,17 Caim foi tanto o iniciador da religião como o primeiro a procurar construir uma sociedade à parte de Deus. A expressão "E saiu Caim de diante da face do Senhor" (v.16) nos mostra que Caim optou por afastar-se de Deus, vivendo longe dEle. À partir desse homem, surgiu toda uma linha de seres humanos que não tinham consciência da pessoa de Deus, mas que experimentavam o anseio inconsciente por comunhão com seu Criador, ao qual já nos referimos. Entre essas pessoas temos sem dúvida os primeiros a adorarem os elementos da natureza, seguindo seus corações corrompidos. Rm 1:21-24 Apesar da revelação disponível de Deus na criação, os homens preferiram escolher seus próprios caminhos, marcados pela religiosidade. O fim disso, como o v. 24 demonstra, está sempre em carnalidade e imoralidade. Rm 1:21 "... e o seu coração insensato se obscureceu." O coração do homem foi obscurecido a fim de que perdesse de vista qualquer traço de revelação do verdadeiro Deus e direcionasse o anseio de seu coração para outros seres. 2 Co 4:4 O diabo é o autor desse entenebrecimento dos corações e da transformação desse anseio legítimo num espírito pervertido de religiosidade. At 19:17-20, 27; 2 Co 10:4,5; Ef 6:11,12 Se a ação do diabo é que está por detrás do espírito de religiosidade, precisamos concluir que todas as religiões são de iniciativa diabólica, e que a maneira pela qual podemos combatê-las não é através de debates ou coisas parecidas, mas unicamente através da batalha espiritual, discernindo sua origem satânica e combatendo com armas espirituais, os demônios que estão por detrás delas. "HERESIAS E SEITA" O mesmo espírito religioso que está por detrás de cultos como o islamismo, o animismo (adoração de espíritos, englobando todas as formas de umbanda), o espiritismo e outras manifestações religiosas, está também por detrás de todas as seitas e heresias que surgiram no meio da Igreja no decorrer da história. Na verdade, o diabo é especialista em variar suas armas no ataque contra a Igreja. A diferença entre o paganismo e o cristianismo é fácil de ser detectada, mas o mesmo não acontece entre o cristianismo verdadeiro e alguns movimentos heréticos. O interesse aqui não é formar um painel acerca das religiões que atuam ou atuaram no mundo, mas analisar principalmente algumas heresias e seitas que surgiram no meio da Igreja. Para isso, precisamos compreender primeiramente a diferença entre "heresia" e "seita".

HERESIA A palavra "heresia" vem do termo grego "hairesis". Essa palavra é empregada no

Novo Testamento com dois sentidos principais: (1) seita, no sentido de facção ou partido, um

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corpo de partidários de determinadas doutrinas (veja At 5:17; 15:5; 24:5; 26:5; 28:22); e (2) opinião contrária à doutrina prevalecente, de cujo ponto de vista é considerada heresia (veja 2 Pe 2:1). 1 Co 1:10; 11:18 Em ambos os textos, a palavra traduzida "divisões (ou dissensões)", no grego, é schismata, que significa literalmente "rasgões em pano". Alguns estudiosos sustentam que essa palavra indica divisões em torno de personalidades, e não em torno de ensinos. Segundo esse ponto de vista, divisões em torno de personalidades seriam um "mal menor", não tão grave quanto as "heresias" (negações de verdades da fé). O texto de 1 Co 11:19, no entanto, parece relacionar as divisões aos partidos (haireseis). Podemos resumir isto dizendo que, na perspectiva do Novo Testamento, toda divisão no corpo de Cristo (seja motivada por personalidades ou por diferenças no ensino) é considerada heresia. Isto coloca como heresia todo o denominacionalismo, tão comum na igreja. No entanto, o uso histórico da palavra "heresia" passou a apontar quase que exclusivamente para seu segundo sentido assinalado acima, ou seja, o de opinião contrária à doutrina prevalecente, de cujo ponto de vista é heresia. Desta maneira, passaram a ser qualificadas de "heresia" os ensinos que, de alguma maneira, contrariam alguma verdade da fé cristã. Nesta perspectiva, heresia pode ser definida como a "negação de uma verdade cristã definida e estabelecida, ou uma dúvida concernente a ela". A heresia não pode ser confundida com a apostasia. O apóstata é alguém que rejeitou completamente a fé cristã; o herege continua vinculando-se à fé, excetuando-se os pontos em que seu sistema nega a fé cristã. 1 Co 15:12; Cl 2:8,16,20-22; 2 Ts 2:2; 1 Tm 4:1-3,7; 1 Jo 2:18,19,22; 4:2,3 Estes textos exemplificam diversas ocorrências de heresias, ainda no período da Igreja primitiva. Em Corinto, algumas pessoas negavam a possibilidade de ressurreição, influenciados pelo conceito grego de que a matéria seria algo inerentemente mau; no caso da igreja em Colossos, a heresia era uma forma particular de legalismo, oriunda de uma influência do gnosticismo grego sobre a igreja; o texto de 2 Ts 2:2 aponta outra heresia específica, relacionada com a volta de Jesus, a qual, segundo alguns, já teria acontecido; em 1 Tm Paulo prevê diversos ensinos heréticos que surgiriam na história da igreja; em 1 Jo, é a encarnação de Jesus que é especificamente atacada (uma forma da heresia conhecida como "docetismo", do grego dokein, "parecer", que ensinava que Jesus não possuíra um corpo físico, mas apenas uma "aparência" de corpo!). Aparentemente, essas heresias podem "variar em grau". Uma coisa é atrelar-se a um legalismo estrito, como no caso dos colossenses; outra, bem diferente, é afirmar que Jesus não possuía um corpo físico. No entanto, toda heresia significa uma introdução de fermento na massa da fé cristã que, com o tempo, levedará a massa toda! Uma análise cuidadosa da carta aos Colossenses, por exemplo, nos mostrará que a influência do gnosticismo sobre a igreja (manifesta no temor aos "rudimentos do mundo", citados em Cl 2:8, e no extremo legalismo) diminuía aos olhos da igreja o próprio valor da obra redentora de Jesus (em razão do que, Paulo teve de afirmá-la em termos tão vigorosos em Cl 2:13,15). O arianismo é outro exemplo de ensino herético que podemos tirar da História da igreja. Ário, que foi presbítero de Alexandria, sustentava que Jesus não era eterno, mas havia sido criado por Deus Pai. Ele não divergia do restante da igreja em nenhuma outra verdade, apenas nesta. Todavia, com a negação de que Jesus era co-eterno e co-igual com o Pai, ele na realidade abalava o alicerce mais fundamental do cristianismo.

SEITA Podemos compreender melhor o que são seitas se, em primeiro lugar, verificarmos

qual a diferença entre "seita" e "heresia". "Por definição, um herege é um cristão professo que está errado com relação a alguma verdade particular, ao passo que o ponto essencial quanto às seitas é que elas absolutamente não são cristãs, e sim contrafações do cristianismo." Em seu sentido mais genérico, seita é "devoção a uma pessoa ou coisa particular, dedicada por uma corporação de adeptos". Esta definição está na raiz de termos como "sectarismo", e por esse ângulo tanto um partido político como uma torcida organizada de futebol poderiam ser classificados como "seita". Em nosso estudo, no entanto, estamos interessados em estudá-las

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de uma perspectiva cristã e, nesse prisma, as seitas aparecem invariavelmente como falsificações da fé cristã. Podemos dizer que as seitas, em sua maior parte, são o produto final das heresias, ou seja, o resultado da fermentação herética na massa da igreja. Nem toda heresia culmina na formação de uma seita, mas toda seita possui em seu sistema elementos heréticos. Vamos notar abaixo algumas características e sinais que podem nos ajudar a identificar o que são as seitas.

1 - SEMELHANÇA COM O CRISTIANISMO. Virtualmente todas as seitas possuem forte semelhança com a fé cristã legítima, e é

justamente essa semelhança que se constitui na principal estratégia do diabo com relação a elas (veja 2 Co 11:13-15).

2 - ADEPTOS SINCEROS. As seitas são povoadas por pessoas zelosas, mas destituídas de verdadeiro

entendimento (veja Rm 10:2). Nunca devemos cometer o erro de questionar a sinceridade dos adeptos de qualquer seita; no entanto, precisamos reconhecer que esse zelo extremo a que se dispõem é uma característica do espírito de religiosidade que age por detrás delas.

3 - A QUESTÃO DA ORIGEM. Todas as seitas, praticamente, reivindicam como sua fonte inicial alguma nova

revelação da parte de Deus. Aqui temos uma diferença interessante entre heresia e seita. As heresias, geralmente, começam com pessoas que, estudando diligentemente as Escrituras, acabaram se afastando em sua interpretação.

4 - RECONHECIMENTO DE AUTORIDADE ADICIONAL ÀS ESCRITURAS. Este ponto praticamente decorre do anterior. As seitas sempre reconhecem uma

autoridade adicional às Escrituras, que acaba sobrepujando a Bíblia e se torna sua base para doutrina e governo. O Mormonismo tem O Livro de Mórmon, a Pérola de Grande Valor e Doutrinas e Alianças; a Ciência Cristã tem o livro Ciência e Saúde, escrito pela fundadora, Mary Baker Eddy; os Adventistas do Sétimo Dia têm os escritos de Ellen G. White; e etc.

5 - NEGAÇÃO DE VERDADES ESSENCIAIS À FÉ CRISTÃ. As seitas não se limitam a discordar sobre assuntos periféricos ou não essenciais; elas

via de regra negam aspectos essenciais da fé cristã. Embora a lista possa variar ligeiramente de seita para seita, em geral seus ensinos discordam da verdade bíblica em áreas tão centrais quanto a Pessoa de Jesus (Testemunhas de Jeová), a Pessoa do Espírito Santo (Testemunhas de Jeová) a obra expiatória de Jesus (Adventistas do Sétimo Dia), a Justificação pela Fé (Mórmons), a Triunidade de Deus (Testemunhas de Jeová), o ensino das Escrituras sobre o pecado (Pensamento Positivo) a ressurreição e ascensão físicas do corpo de Jesus (Testemunhas de Jeová), entre outros. Além disso, muitas vezes as seitas conjugam, às negações dessas verdades essenciais, as invenções de ensinos que não possuem nenhuma base bíblica. É o caso tanto dos Adventistas do Sétimo Dia quanto dos Testemunhas de Jeová, os quais ensinam as doutrinas do sono da alma após a morte e do aniquilamento dos ímpios.

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6 - REJEIÇÃO DO ESPÍRITO DE ORAÇÃO. Este é um dos sinais mais interessantes acerca das seitas. Em sua quase totalidade

elas desvalorizam a oração, e isso não é de causar surpresa. A oração é uma atividade que não oferece atrativos, exceto para aqueles que são filhos de Deus. Como pode haver um legítimo espírito de oração numa seita que, por exemplo, nega o conceito de pecado, repudia a obra redentora de Jesus e rejeita o Espírito Santo como Pessoa (note que esses pontos estão intimamente ligados uns aos outros)?

7 - ÊNFASE NUMA "FÓRMULA" PARTICULAR. Todas as seitas enfatizam geralmente uma "fórmula" específica, muitas vezes um

esquema rígido que deve ser seguido a fim de que determinados resultados sejam obtidos. Segundo um autor, há uma semelhança interessante entre todas as seitas e os famosos "remédios de charlatões": algo muito simples, sem complicação, que serve para curar todos os males. Muitas vezes, um ensino (às vezes até mesmo bíblico e correto) é repetido à exaustão e indicado como solução para todos os tipos de problemas.

8 - PRETENSÃO DE EXCLUSIVIDADE. Esta é uma característica invariável das seitas: consideram-se a única expressão

válida do cristianismo. O caso do Adventismo do Sétimo Dia é típico: para ministrar o batismo, esse grupo exige do "catecúmeno" uma confissão de que "a Igreja Adventista do Sétimo Dia é a Igreja remanescente", o que exclui todos os demais grupos cristãos. Seguindo nessa escola, um grupo saiu da Igreja Adventista do Sétimo Dia sob a direção de uma "profetisa" chamada Jeanine Sautron, e fundou a Igreja Adventista do Sétimo Dia - Os Remanescentes, a qual, num panfleto distribuído recentemente, chamou tanto a Igreja Adventista original como todos os demais grupos cristãos de "apóstatas". A título de conclusão, poderíamos ilustrar da seguinte maneira a diferença entre "heresia" e "seita": heresia é como um câncer num ser humano; começa lento, insidioso, mas tende a crescer e a dominar todo o sistema do indivíduo. Já a seita, é como um "homem artificial", uma imitação do ser humano. Ef 6:11,12 Notamos que as seitas possuem diversos sinais ou características comuns, e que revelam a existência de uma mente diabólica por detrás de todas elas. Devemos ter isto em mente, para nunca cometermos o erro de combatermos forças espirituais com armas naturais. Podemos e devemos estudar acerca das seitas, a fim de que possamos principalmente instruir pessoas que estão ou estiveram aprisionadas por elas e desejam ser libertas; nunca, porém, para debatermos com seus seguidores. A quase totalidade das seitas são alimentadas por um espírito de contenda religiosa, e quando passamos a discutir com seus adeptos estamos na verdade "fazendo o jogo" do demônio. Nossa posição deve ser a de rejeitar seus ensinos sem discussão, ao mesmo tempo em que devemos amar as pessoas que estão presas por esses ensinos e demonstrar a elas o nosso cristianismo através de nossas vidas, não de nossas palavras.

HERESIOLOGIA Heresiologia é o estudo das heresias. Heresia deriva da palavra háiresis e significa:

escolha, seleção, preferência. Daí surgiu a palavra seita (latim secta - doutrina ou sistema que diverge da opinião geral e é seguido por muitos), por efeito de semântica. Do ponto de vista cristão, heresia é o ato de um indivíduo ou de um grupo afastar-se do ensino da Palavra de Deus e adotar e divulgar suas próprias idéias, ou as idéias de outrem, em matéria de religião.

1. CONHECENDO AS SEITAS

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As Seitas estão em todos os lugares. Algumas são populares e amplamente aceitas.

Outras são isolacionistas e procuram se esconder, para evitar um exame de suas ações. Elas estão crescendo e florescendo a cada dia. Algumas seitas causam grande sofrimento aos seus seguidores, enquanto outras até parecem muito úteis e benéficas.

Com a proximidade do final do século, surgiram novas seitas religiosas e filosóficas responsáveis pelos mais absurdos ensinamentos com relação ao final dos tempos. Essas idéias confusas estão sendo despejadas em cabeças incautas, acabando muitas vezes em tragédias de grandes proporções.

Em 1978, o então missionário norte-americano Jim Jones, foi responsável pela morte de 900 seguidores, na Guiana Francesa, todos envenenados após Ter anunciado a eles o fim do mundo. Um fato interessante desse trágico acontecimento foi o depoimento de um dos militares americanos responsáveis pela remoção dos corpos. Ele disse que, após vasculhar todo o acampamento, não foi encontrado um só exemplar da Bíblia. Jim Jones substituiu a Bíblia por suas próprias palavras.

Em 1993, o líder religioso David Koresh, que se intitulava a reencarnação do Senhor

Jesus, promoveu um verdadeiro inferno no rancho de madeira, onde ficava a seita Branch Davidian. Seduzindo os seguidores com a filosofia de que deveria morrer para depois ressuscitar das cinzas, derramou combustível no rancho e ateou fogo, matando 80 pessoas, incluindo 18 crianças.

Em 1997, outra seita denominada Heaven’s Gate (Portão do Céu), que misturava ocultismo com fanatismo religioso, levou 40 seguidores ao suicídio. Na ocasião, essas pessoas acreditavam que seriam conduzidas para outra dimensão em uma nave que surgiria na cauda do cometa Halley Bop.

No Brasil também existem muitas seitas e denominações que se reforçam em profecias do Apocalipse. Uma das mais conhecidas, devido ao destaque dado pela mídia, são as Borboletas Azuis, da Paraíba, que em 1980 anunciou um dilúvio para aquele ano.

Em Brasília, encontra-se o Vale do Amanhecer, que conta com aproximadamente 36.000 adeptos. No Paraná, um homem de nome Iuri Thais, se auto-intitula como o próprio Senhor Jesus reencarnado. Fundador da seita Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade, ele parece ter decorado a Bíblia de capa a capa e, com isso, tem enganado a muitos.

Muitas das seitas são conhecidas dos cristãos brasileiros, a saber: Mormonismo, Testemunhas de Jeová, etc. Mas muitas novas seitas pseudo-cristãs estão chegando ao Brasil e são pouco conhecidas: Igreja Internacional de Cristo/Boston (Igreja de Cristo, no Brasil), Ciência Cristã, Escola Unida do Cristianismo, Meninos de Jesus etc.

Quase todas essas seitas refutam a Trindade (com a conseqüente diminuição do Senhor Jesus Cristo), a ressurreição, a salvação pela Graça e contrariam outros princípios bíblicos.

a. ASPECTOS COMUNS Existem muitos aspectos comuns entre as seitas que têm se disseminado pelo

mundo. É importante que nós saibamos reconhecer suas características, a fim de que não sejamos enganados ou até mesmo desviados da verdadeira fé cristã.

1) As seitas subestimam o valor do Senhor Jesus ou colocam-no numa posição secundária, tirando-lhe a divindade e os atributos divinos como consequência.

2) Creem apenas em determinadas partes da Bíblia e admitem como "inspirados"

escritos de seus fundadores ou de pessoas que repartem com eles boa parte daquilo que creem;

3) Dizem ser os únicos certos;

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4) Usam de falsa interpretação das escrituras; 5) Ensinam o homem a desenvolver sua própria salvação, muitas vezes, sob um

conceito totalmente naturalista; 6) Costumam buscar suas presas em outras religiões, conseguindo desencaminhar

para o seu meio, inclusive, muitos bons cristãos. b. CONHECENDO MAIS Este esboço básico lhe dará informações de como as seitas trabalham e como evitá-

las. Se você tem alguém conhecido que está perdido numa seita, é preciso orar e pedir ao Senhor que tire essa pessoa de lá e lhe dê a perspicácia e as ferramentas para ajudá-lo neste trabalho. Pode ser uma tarefa longa e árdua, porque, definitivamente, este não é um ministério fácil.

1) O que é uma seita? Geralmente é um grupo não-ortodoxo, esotérico (do grego esoterikós, que

significa conhecimento secreto, ao alcance de poucos). Podem ter uma devoção a uma pessoa, objeto, ou a um conjunto de ideias novas. As seitas costumam fazer uso das seguintes práticas:

a) Frequentemente isolacionistas – para facilitar o controle dos

membros fisicamente, intelectualmente, financeiramente e emocionalmente. b) Frequentemente apocalípticas - dão aos membros um enfoque

no futuro e um propósito filosófico para evitar o apocalipse. c) Fornecem uma nova filosofia e novos ensinos – revelados pelo

seu líder. 0 d) Fazem doutrinação - para evangelismo e reforço das convicções

de culto e seus padrões. e) Privação – quebrando a rotina do sono normal e privação de

comida, combinados com a doutrinação repetida (condicionamento), para converter o candidato a membro.

2) Muitas seitas contém sistemas de convicção "não-verificáveis". a) Por exemplo, algumas ensinam algo que não pode ser verificado: (1) Uma nave espacial que vem atrás de um cometa, para resgatar os membros. (2) Ou, Deus, um extraterrestre ou anjo apareceram ao líder e lhe deram uma

revelação.

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b) Os membros são anjos vindos de outro mundo, etc. (1) Frequentemente, a filosofia da seita só faz sentido se você adotar o conjunto

de valores e definições que ela ensina. (2) Com este tipo de convicção, a verdade fica inverificável,

interiorizada, e facilmente manipulada pelos sistemas filosóficos de seu(s) inventor(es). 2. O LÍDER DE UMA SEITA: a. É frequentemente carismático e considerado muito especial por razões

variadas: 1) O líder recebeu revelação especial de Deus. 2) O líder reivindica ser a encarnação de uma deidade, anjo, ou mensageiro

especial. 3) O líder reivindica ser designado por Deus para uma missão 4) O líder reivindica ter habilidades especiais b. O líder está quase sempre acima de repreensão e não pode ser negado nem

contradito. 3. COMO SE COMPORTAM AS SEITAS? a. Normalmente buscam fazer boas obras, caso contrário ninguém procuraria entrar

para elas. b. Parecem boas moralmente e possuem um padrão de ensino ético. c. Muitas vezes, quando usam a Bíblia em seus ensinos, utilizam também "escrituras"

ou livros complementares. 1) A Bíblia, quando usada, é sempre distorcida, com interpretações próprias, que

vão de encontro à filosofia da seita. 2) Muitas seitas "recrutam" o Senhor Jesus como sendo um deles, redefinindo-o

adequadamente. 4. ALGUMAS SEITAS PODEM VARIAR GRANDEMENTE... a. Do estético ao promíscuo.

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b. Do conhecimento esotérico aos ensinamentos muito simples. c. Da riqueza e poder à pobreza e fraqueza. 5. QUEM É VULNERÁVEL A ENTRAR PARA UMA SEITA? a. Todas as pessoas são vulneráveis. Rico, pobre, educado, não-educado, velho, jovem, religioso, ateu, etc. b. Perfil geral do membro em potencial de uma seita (alguns ou todos os

itens seguintes) 1. Desiludido com estabelecimentos religiosos convencionais. 2. Intelectualmente confuso em relação a assuntos religiosos e filosóficos 3. Às vezes desiludido com toda a sociedade 4. Tem uma necessidade por encorajamento e apoio 5. Emocionalmente carente 6. Necessidade de uma sensação de propósito, um objetivo na vida. 7. Financeiramente necessitado 6. TÉCNICAS DE RECRUTAMENTO a. As seitas encontram uma necessidade e a preenchem. As táticas mais

usadas são: 1. "Bombardeio de Amor – Love Bombing " – que é a demonstração

constante de afeto, através de palavras e ações. 2. Às vezes há muito contato físico como abraços, tapinhas nas costas,

toques e apertos de mão. 3. Emprestam apoio emocional a alguém em necessidade. 4. Ajuda de vários modos, onde for preciso. 1) Desta maneira, a pessoa fica em débito então com a seita e procura de

algum modo retribuir. 5. Elogios que fazem a pessoa pensar que é o centro das atenções. b. Muitas seitas usam a influência da Bíblia ou mencionam Jesus como sendo

um deles; dando validade assim ao seu sistema. 1. Escrituras distorcidas;

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2. Usam versículos tirados da Bíblia fora do contexto; 3. Então misturam os versículos mal interpretados com a filosofia

aberrante delas. c. Envolvimento gradual 1. Alterando lentamente o processo de pensamento e o sistema de

convicção da pessoa, através da repetição dos seus ensinos (condicionamento). 1) As pessoas normalmente aceitam as doutrinas de uma seita um ponto de cada vez. 2) Convicções novas são reforçadas por outros membros da seita. 7. POR QUE ALGUÉM SEGUIRIA UMA SEITA? a. A seita satisfaz várias necessidades: 1. Psicológica – Alguém pode ter uma personalidade fraca, facilmente

manipulável; 2. Emocional – A pessoa pode ter sofrido um trauma emocional recente ou

no passado; 3. Intelectual – O membro tem perguntas que este grupo responde. b. A seita dá a seus membros a aprovação, aceitação, propósito e uma

sensação de pertencer a algum grupo. c. A seita pode ser atraente por algumas razões. Podem ser. . . 1. Rigidez moral e demonstração de pureza; 2. Segurança financeira; 3. Promessas de exaltação, redenção, "consciência mais elevada" ou um

conjunto de outras recompensas. 8. COMO AS PESSOAS SÃO MANTIDAS NA SEITA? a. Dependência: As pessoas querem frequentemente ficar porque a seita vai de encontro às suas

necessidades psicológicas, intelectuais e espirituais. b. Isolamento: 1. O contato com pessoas de fora do grupo é reduzido e cada vez mais a

vida do membro é construída ao redor da seita. 2. Fica muito mais fácil então controlar e moldar o membro. c. Reconstrução cognitiva (Lavagem cerebral):

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1. Uma vez que a pessoa é doutrinada, os processos de pensamento deles/delas são reconstruídos para serem consistentes com a seita e ser submisso a seus líderes.

2. Isto facilita o controle pelo(s) líder(es) da seita. d. Substituição: 1. A Seita e os líderes ocupam frequentemente o lugar de pai, mãe, pastor,

professor etc. 2. Frequentemente o membro assume as características de uma criança

dependente, que busca ganhar a aprovação do líder ou do grupo. e. Obrigação O membro fica endividado emocionalmente com o grupo, às vezes

financeiramente, etc. f. Culpabilidade 1. É dito para a pessoa que sair da seita é trair o líder, Deus, o grupo, etc. 2. É dito também que deixar o grupo é rejeitar o amor e a ajuda que o

grupo deu. g. Ameaça: 1. Ameaça de destruição por "Deus" por desviar-se da verdade. 2. Às vezes ameaça física é usada, entretanto não frequentemente. 3. Ameaça de perder o apocalipse, ou ser julgado no dia do julgamento,

etc. 9. COMO PODEMOS TIRAR ALGUÉM DE UMA SEITA? a. A melhor coisa é não tentar um confronto direto no primeiro encontro, o que pode

assustar o membro e afastá-lo de você. b. Se você é um Cristão, então interceda em oração pela pessoa primeiro. c. Para tirar uma pessoa de uma seita é necessário tempo, energia, e apoio. d. Ensine a verdade: 1. Dê-lhe a verdadeira substituição para o sistema de convicção aberrante que

ela aprendeu, ou seja, o Evangelho da Graça de Jesus Cristo; 2. Mostre as inconsistências da filosofia do grupo, à luz da Bíblia; 3. Estude a seita e aprenda sua história, buscando pistas e informações. e e. Tente afastá-lo fisicamente da seita por algum tempo, para quebrar o

laço de isolamento. f. Dê o apoio emocional de que ele precisa. g. Alivie a ameaça de que se ele deixar o grupo, estará condenado ou em perigo. h. Geralmente, não ataque o líder do grupo, deixe isso para depois.

Frequentemente o membro da seita tem lealdade e respeito para com o fundador ou líder. i. Confronte outros membros da seita ao mesmo tempo, somente quando for

inevitável. 10. APRENDENDO COM AS SEITAS Ao analisar crenças contrárias à Bíblia e nos empenhar em defender a nossa fé

acabamos por descobrir falhas em nós mesmos que precisam ser corrigidas, pois, tão grave quanto seguir crenças erradas é "não viver o que pregamos", não obedecer 'a Palavra de Deus!

VEJA: Os muçulmanos oram cinco vezes por dia 'a Alah , prostrando-se a ponto de

encostar a testa no chão. - Quantas vezes oramos por dia ao nosso Deus Vivo?

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Os budistas e outros religiosos orientais utilizam-se de meditação constantemente.

- Você tem meditado na Palavra de Deus de dia e de noite como diz o Salmo 1, verso 2?

Os adeptos da seita Hare Krishna adoram cantar o mantra <Hare-Krishna> - O que você tem cantado? Você costuma louvar ao Senhor com frequência ou

fica ouvindo e cantando música mundana? (Sl.100) A Seicho-No-Ie espalha de tal forma suas "belas palavras" que se torna difícil

encontrar alguém que nunca viu um calendário de parede com suas mensagens de "pensamento positivo".

- Você tem semeado a Palavra de Deus? Você tem visto versículos bíblicos em paredes ou em calendários?

Os judeus e adventistas guardam o sábado enquanto outros cristãos defendem o domingo.

- Você tem dedicado 1 dia da semana para Deus? Mórmons e Testemunhas de Jeová são vistos nas ruas entregando folhetos e

batendo de porta-em-porta propagando seus ensinamentos. - Você tem feito evangelismo? (Leia Mc 16.15) A Maçonaria destaca-se pela fidelidade entre os membros uns aos outros.

Quando algum deles precisa de ajuda é prontamente atendido por seu companheiro de crença.

- Você tem ajudado o seu irmão? (Mt 5.40-48) Os espíritas são elogiados por seus feitos assistenciais na área de caridade. - Será que estamos agindo assim também? O que a Bíblia diz sobre caridade?

(Leia Tg. 1.27) Católicos durante a missa mantem-se em silêncio enquanto o padre fala. Da

mesma forma em um julgamento as pessoas silenciam-se enquanto fala o juíz. - Será que nós, diante da presença do Senhor, por uma questão de reverência,

ficamos sem conversas-de-lado durante o culto? Católicos confessam seus pecados aos Padres. - Nós confessamos os nossos pecados uns aos outros conforme ensina Tg.

5.16? Algumas pessoas creem em Astrologia e não saem de casa sem antes ler o seu

"horóscopo do dia". - E quanto a nós cristãos? Lemos a Bíblia, ao menos um versículo antes de sair

de casa? (Mt 4.4) Esotéricos "comem" cada livro lançado no mercado editorial aumentando

assim a quantidade e destaque deste gênero nas livrarias. - Você tem o hábito de ler livros cristãos? De comprar bons livros de Estudos

Bíblicos?

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XXIX. SOTERIOLOGIA

Pastor ROBENVAL HARLEY: Os Judeus esperavam um Jesus rico financeiramente sentado em um trono e que

guardasse o dia de sábado, esperavam também um JESUS eloquente, reconhecido por todos que mudaria ou ajudaria principalmente a nação de Israel conforme o desejo deles, os judeus rejeitaram a JESUS e não o aceitaram como REI dos REIS SENHOR DOS SENHORES Paulo falou sobre isso.

No livro de João vemos que Jesus veio para o que era seu, e os seus não o receberam (os judeus, a nação de Israel).Jo. 1:11; At.3:26; mas Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: era mister que a vós se vos pregasse primeiro a palavra de DEUS; mas, visto que a rejeitais, e vos não julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios. At.13:46; infelizmente os judeus rejeitaram a JESUS como salvador pessoal, mas, nós que somos nação gentílica (gentios), recebemos e aceitamos nosso amado JESUS como NOSSO SALVADOR PESSOAL Rm. 1:16.

Mas isso foi para se cumprir à profecia do profeta Isaias. Deus já sabia que os judeus iam desprezar JESUS CRISTO e não fariam caso algum do nosso MESTRE, Is. 53:1-12. Infelizmente muitos hoje esperam um JESUS rico materialmente e pregam só um evangelho de prosperidade, campanha de prosperidades, cura interior tipo de exorcismo, e também um JESUS materialista.

Quantas mentiras com o nome de Jesus: terapia do amor, sal grosso, cruz dentro da igreja etc... Mas a riqueza de JESUS e nos céus; porque sendo Ele rico por amor de nós se tornou pobre, através da pobreza de Jesus na terra, nos passamos a ser ricos espiritualmente nos céus (riqueza espiritual). II Co. 8:9. Era o caso da igreja de Esmirna, pobre na terra e rica das bênçãos de Deus, riqueza espiritual. Ap.2:9, não é pecado ser rico, desde que o homem não ame as riquezas Lc. 12:21, disse Jesus: as raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mais o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. Mt. 8:20. Tanto judeus como muitos não esperavam e nem esperam; um Jesus conforme profetizou Zacarias veja:

Alegra-te muito, ó filha de sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu Rei virá a ti, Justo e Salvador, pobre (e não rico como muitos falsos pastores pregam, mas, pobre) e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta. Zc. 9:9. Esta profecia se cumpriu em Mt. 21:1-5.

Os judeus também rejeitavam a JESUS e queriam mata-lo só porque JESUS não guardava o sábado (dia de sábado como alguns endemoninhados ensinam, como se isso fosse doutrinas de Jesus, e até rejeitam o exemplo de Jesus, para obrigarem as pessoas a guardarem o sábado, como se isso salvasse alguém) proíbem tomar café, comer carne de porco beber coca-cola etc...

Jesus disse que o que é imundo não é o que comemos, mas o sai da boca do homem isso é imundo. “Ainda não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre e é lançado fora? Mas o que sai da boca procede do coração, e isso contamina o homem” Mt. 15:17, 18. “Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele, isso é que contamina o homem, se alguém tem ouvidos para ouvir, que ouça” Mc. 7:15, 16.

“E Ele disse-lhes: Assim também vós estais sem entendimento? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar, porque não entra no seu coração, mas no ventre e é lançado fora, ficando puras todas as comidas? E dizia: o que sai do homem, isso é que contamina o homem. Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura, todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem.” Mc.7:18-23, não havia proibições mas agora esta na graça e as obras da lei não guardamos mais. Gl.3:8-11. E sobre aguarda do

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sábado para salvação não existe porque o sábado foi dado para os judeus e não para os gentios, e o próprio Deus já previa que o homem não guardaria o sábado. Davi não obedeceu ao dia de sábado e Deus não o condenou.Lc. 6:1-5 Jesus não ensinou em nenhum lugar da Bíblia dizendo que quem não guardar o dia de sábado não é salvo, Ele próprio não guardou o sábado, por isso os judeus queriam mata-lo veja:

“E era sábado quando JESUS fez o lodo e lhe abriu os olhos. Tornaram, pois, também os fariseus a perguntar-lhe como vira, e ele lhes disse: pôs-me lodo sobre os olhos, lavei-me e vejo. Então, alguns dos fariseus diziam: este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado. Diziam outros como pode um homem pecador fazer tais sinais? E havia dissensão entre eles” Jo. 9:1: 41. Jesus é o SENHOR do sábado Mt. 12. para saber mas veja sobre seitas e heresias.

JESUS É O NOSSO SALVADOR. Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele

que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso. Ap.22:13. O ÚNICO CAMINHO QUE NOS LEVA AO PAI: Jo 14:6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o

caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. O ÚNICO MEDIADOR ENTRE DEUS E O HOMEM: I Tm 2:5 Porque há um só Deus, e

um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, A ÚNICA SOLUÇÃO PARA A Salvação DO HOMEM: At 4: 12 E em nenhum outro há

salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos.

JESUS NOS EVANGELHOS JESUS CRISTO COMO REI: Evangelho de Mateus Mt 21:5 Genealogia: Mt 1:1-17 JESUS CRISTO COMO SERVO: Evangelho de Marcos Mc 10:45 JESUS CRISTO COMO HOMEM: Evangelho de Lucas Lc. 19:10 Genealogia: Lc. 3:23-38 JESUS CRISTO COMO DEUS: Evangelho de João Jo 1:1 A DIVINDADE DE CRISTO: CRISTO É DEUS: Jo 1:1 CRISTO É TODO PODEROSO: Mt 28:18 CRISTO É ETERNO: Jo 8:58 CRISTO É CRIADOR: Jo 1:3 JESUS NOSSSO INTERCESSOR: Jo 17:11-24 A RESSURREIÇÃO DE JESUS: Lc. 24:1-7; Lc. 24:36-40, Jo 20:6-9, I Co 15:3-8 A ASCENSÃO AO CÉU: Jo 14:2-3; He 9:24, Mc 16:19, Lc. 24:45-53; At 1:9. Crucificação de Jesus Cristo Mt. 27:32-66. Jesus morreu para a nossa Salvação. Isaias 53:8 Pela opressão e pelo juízo foi arrebatado; e quem dentre os da sua geração

considerou que ele fora cortado da terra dos viventes, ferido por causa da transgressão do meu povo?

A SEGUNDA VINDA: Dn 7:13-14, Jo 14:2-3 Como devemos aguardar a volta de Jesus: Tt 2:11-14

A salvação por nosso Senhor Jesus Cristo: Todos os homens estão culpados perante Deus, e necessitam de salvação: Rm 3:23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Veja também: Ec 7:20, Rm 3:10, Ez 18:4.

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O pecado faz separação entre o homem e Deus: Is 59:1-2 O salário do pecado é a morte: Rm 5:12, Rm 6:23, Ez 18:4 O destino dos perdidos é a morte eterna: Ap 20:11-15 Através da morte de Cristo foi paga nossa dívida pelo pecado (a substituição vicária

de Cristo em nosso lugar): Is 53:3-12, II Co 5:21, He 9:28, He 2:9, I Pe 3:18. A Salvação procede de Deus e não dos homens: Rm 6:23; Jo 3:16. JESUS A ÚNICA SOLUÇÃO PARA A SALVAÇÃO DO HOMEM: At 4:12 E em nenhum

outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos.

A salvação é obtida pela graça e não por obras humanas (boas obras, tradições, rituais, etc): Ef 2:8-9

Sendo salvo, o homem se torna um filho de Deus: Jo 1:12-13; e tem a vida eterna: Rm 6:23.

A Trindade divina coopera com o pecador na sua salvação: Jo 1:12-13; Jo 6:44; Jo 3:3-7, Ef 1:13-14,

Arrependimento e conversão: Mc 1:15 A salvação nos vem pela fé em Cristo: Rm 10:8-11 O Arrebatamento da Igreja I TESSALONICENSES 4:17 Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas

nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. O termo arrebatamento deriva da palavra raptus em latim, que significa arrebatado

rapidamente e com força o termo latino raptus equivale a harpázô em outros escrevem harpazo, traduzido por arrebatado I Ts 4:17 rapto. Esse evento, descrito aqui e em I Co. 15. Refere-se à ocasião em que a Igreja (os crentes verdadeiros e não os mentirosos) do Senhor será arrebatada da terra para encontrar-se com JESUS nos ares. O ARREBATAMENTO abrange apenas os SALVOS EM CRISTO JESUS.

À volta de Jesus Cristo se dará em duas fases, a primeira para o arrebatamento da Igreja se dará nos “ares” (I Ts 4:17), Jesus não toca na Terra e a segunda no final da tribulação (manifestação física e pessoal de Jesus) Mt 24:30.

Os salvos arrebatados terão seus corpos transformados e glorificados e os mortos em Cristo ressuscitarão com corpos glorificados I Co 15:51-52 e seguirão com Jesus para o céu para o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro APOCALIPSE 19:7

Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou,

Ali estarão com Cristo todos os santos (crentes) do antigo e novo testamento de todas as partes da terra.

BODAS DO CORDEIRO Antes das Bodas do Cordeiro os cristãos serão julgados diante do tribunal de Cristo,

o termo em grego "Bema" se refere a um julgamento para galardões (recompensas), de acordo com as suas obras. Este julgamento não é para salvação, pois o crente foi julgado como pecador em Cristo e já está salvo (já somos salvos), a nossa salvação não depende de nossas obras, mas da obra redentora que Jesus fez por nós no calvário. Rm 8:1-2, II Co 5:21, Gl 3:13, Jo 5:24 veja o exemplo de Cornélio, ele orava e dava esmola, era temente a Deus com toda sua casa, mais ainda não conhecia a obra Salvífica de Cristo, ouve a necessidade de aceitar a JESUS CRISTO At.10.

II CORINTIOS 5:10 Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo,

para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal. Confiara Ec. 12:14.

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Ap 22:12 Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um

segundo a sua obra. Rm 14:12 Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. I Co 3:11-15 Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual

é Jesus Cristo. 12 E, se alguém sobre este fundamento levanta um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, 13 a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada no fogo, e o fogo provará qual seja a obra de cada um. 14 Se permanecer a obra que alguém sobre ele edificou, esse receberá galardão. 15 Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele prejuízo; mas o tal será salvo, todavia como que pelo fogo.

Escatologia é um assunto difícil, mais podemos comparar com eventos que estão selados para no dia ser revelado (Ap.10:7).Consideremos os seguintes versículos:

Mt 24:36. Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai.

Mt 25:13. Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora. At 1:7. Respondeu-lhes: A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que

o Pai reservou à sua própria autoridade. Mais infelizmente muitos endemoninhados já estão dizendo que JESUS sabe o dia de sua volta. Não podemos ir além do que esta escrito. I Co. 4:6.

Ap 10:4 Quando os sete trovões acabaram de soar eu já ia escrever, mas ouvi uma voz do céu, que dizia: Sela o que os sete trovões falaram, e não o escrevas.

INFERNO “ Os perversos serão lançados no inferno, e todas as naçõesque se esquecem de

Deus.” Sl 9.17 Jesus afirmou que o inferno existe! O inferno é um lugar destinado ao diabo e seus

anjos, os falsos profetas, falsificadores da palavra de Deus, falsos pastores e falsos crentes etc.... Para nós cristãos, inferno é um lugar em que se encontram os que morreram em pecado. É descrito na Bíblia como um lugar terrível, de tormento e onde estarão por toda a eternidade todos aqueles que não observaram os preceitos do Senhor para suas vidas.Definir com clareza como é o inferno é muito difícil. Os muitos textos que tratam do assunto, geralmente usam a linguagem figurada que nos leva a vê-lo fisicamente como lugar de: chamas, castigo, fogo etc. Portanto, a possibilidade do inferno ser um lugar na dimensão espiritual é muito grande.A Bíblia afirma também que na volta do Mestre Jesus ( Mt 25.31-46) todos serão ressuscitados. Os justos para a Glória e os injustos para o castigo eterno.Sua existência, esta sim é incontestável!

O verdadeiro Servo é aquele que está na presença do Pai, não pelo medo do inferno, mas sim pelo prazer e satisfação de honrar ao Senhor Deus.As palavras: Geena, Hades, Tártaro (grego) e Sheol (hebraico), são traduzidas pela palavra Inferno.

Algumas seitas malignas traduziram inferno por sepultura e dizem que o inferno não existe e usam essas passagens bíblicas para apoiarem suas mentiras satânicas e malignas, animal e diabólica. Gn,37:35; Gn.42:38; Nm.16:30; Jó.11:8; Is.14:9,15; Am.2:9. essas passagens não que dizer que inferno seja sepultura isso é uma heresia, quem pensa assim tem uma sabedoria terrena animal satânica e diabólica. Tg.3:15; afirmar que a tradução correta é sepultura não é certo pelo simples motivo:

Porque os vivos sabem que hão morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tão pouco eles têm jamais recompensa, mais a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol Ec. 9:5, 6, por isso inferno não é sepultura e nem existe reencarnação vidas passadas, e, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo. Hb. 9:27. Porque ao homem esta ordenado

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morrer uma só vez e não muitas vezes, uma só vez, única e não muitas como ensina a doutrina mentirosa do espiritismo.

Na palavra de Deus Bíblia Sagrada, O inferno é Descrito como: Mt 25.46 Castigo eternoMt 25.41 Fogo eternoIs 33.14 fogo consumidor labareda

eternas.Mt 13.42,50 Fornalha acesaAp 20.15 Lago de fogoAp 14.10 Fogo e enxofreMt 3.12 Fogo que não apaga2Pe 2.4 Lugar de puniçãoLc 16.23 Lugar de tormento

Textos diversos sobre o assunto: Dt 32.22Sl 9.17; 116.3Pv 5.5; 9.18; 27.20; 23.14Os 13.14Mt 5.22, 29; Mt. 10.28; Mt.

11.23; Mt. 16.18; Mt. 18.9; Mt. 23.15; Mt.23.33Lc 10.15; Lc.12.5; Lc.16.23AT.2:27,31 Tg 3.62Pe 2.4Ap 1.18; Ap.6.8; Ap.20.13-15.

Para saber mais procure adquirir a apostila sobre escatologia. Porque estudar a Bíblia? A bíblia nos exorta a crescer no conhecimento da Palavra de Deus, inclusive nos

acontecimentos proféticos: Ap 1:3 Bem-aventurado aquele que lê e bem-aventurados os que ouvem as

palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.

Mt 22:29 Jesus, porém, lhes respondeu: Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus;

Mt 24:15 Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação de desolação, predita pelo profeta Daniel (quem lê, entenda),

II Tm 2:15 Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.

II Tm 3:15-17 e que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela que há em Cristo Jesus. 16 Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; 17 para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra.

II Pe 3:18 antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como até o dia da eternidade.

I – DEUS É A ORIGEM DA NOSSA SALVAÇÃO A) - A SALVAÇÃO NASCEU NO CORAÇÃO DE DEUS. A Salvação preparada para o mundo perdido nasceu no coração amoroso de Deus,

por isso a multidão Salva, vestidas de vestes brancas, Cantará nos Céus: “Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro”, Ap.7:10.

No dia da queda do homem, Deus prometeu enviar um Salvador. Ele disse a

respeito da semente da mulher: “esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”, Gn. 3:15. Na plenitude dos tempos, Deus enviou seu filho, nascido de mulher, Gl. 4:4. A

promessa se cumpriu literalmente, foi uma expressão do seu amor: “porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mais tenha a vida eterna”.João. 3:16.

“Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação” II Co. 5:19. Se a morte na cruz foi tremenda para Jesus, também foi para Deus. Foi o seu grande amor que pagou o Sacrifício, e foi a sua justiça que recebeu o preço de sangue pago por Jesus. Hb. 9:24-26. Na cruz foram provadas e mantidas quatro coisas importantes:

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A - O amor de Deus. Rm. 5:8-10. B - A Sabedoria de Deus que se revelou na cruz. I Co. 1:18-25, com uma

profundidade insondável, Rm. 11:33-35. C –O poder de Deus, I Co. 1:24-25. D – A Justiça de Deus. Diante dos Céus, do inferno e de todo o mundo, a sua palavra

foi cumprida! I Co. 1. B) – JESUS DADO PÔR DEUS COMO ÚNICO MEIO DE SALVAÇÃO. “Chamarás o seu nome Jesus, porque Ele Salvará o seu povo dos pecados deles”,

Mt. 1:21. Jesus foi, desde o seu nascimento, chamado SALVADOR, Lc. 2:11, porque ele veio

para Salvar. Mt. 1:21. Ele realmente veio “buscar e Salvar o que se havia perdido”.Lc. 19:10. Jesus ganhou a Salvação, pela sua morte na cruz! “Havendo feito a paz pelo sangue

da sua cruz”, Cl. 1:20. E pela cruz reconciliar ambos com Deus. Ef. 2:16. Pois que “pelo sangue de Cristo chegaste perto”, Ef. 2:16. Rude cruz se erigiu e a sua mensagem se tornou ETERNA. Como uma cruz aponta para várias direções, isto é, para cima, para baixo e para os lados, e assim a mensagem da Vitória de Cristo. Que Ele ganhou na cruz, é dirigida para todos os lados:

A - A Cruz aponta para baixo e proclama a vitória de Jesus sobre o diabo. Realmente, a “cabeça da serpente” foi ferida, Gn. 3:15, satanás foi despojado da sua posição, quando Jesus triunfou sobre ele, Cl. 2:14 – 15. Jesus disse antes da cruz: ”Agora é o juízo deste mundo: agora será expulso o príncipe deste mundo”, Jo. 12:31.

B – A Cruz para cima. É a mensagem de Deus dizendo que, agora, o mundo está

reconciliado com Ele, ou seja, com Jesus, II co. 5:19, e que a obra de Cristo veio para realizar está consumada, Jo. 19:30. Agora Deus pode esta conosco, pôr causa de Jesus, Ele é o EMANUEL, “Deus conosco”, Mt. 1:23.

C – A Cruz estende os seus braços como um sinal de parar: pare! O que deve parar

diante da Cruz? A Bíblia diz: “ O fim da lei é Cristo”, Rm.10:4. “ A lei nos serviu de aio para conduzir a Cristo”, Gl.3:24. a lei jamais teve poder para salvar alguém, mas pela cruz entrou “ A Dispensação da Graça”, Ef.3:2, pois “ a lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o Reino de Deus”, Lc.16:16. porque João foi o ultimo a profetizar sobre Jesus; e naqueles dias apareceu Jesus a João no rio Jordão. Mt. 3.

D – Os braços da Cruz se abrem representando os braços do perdão de Deus, que

agora estão abertos para receber a todos, Rm. 10:21. “Vinde então, e argüi-me, diz o Senhor: ainda os vossos pecados sejam como escarlata, eles se tornarão brancos como a neve”, Is. 1:18.

C) JESUS É O SINÔNIMO DA SALVAÇÃO. Quando o velho Simeão tomou Jesus nos braços, disse cheio do Espírito Santo:

“Agora, Senhor, despede o teu servo em Paz, pois já os meus olhos viram a TUA SALVAÇÂO”, Lc. 2:27-30. a Bíblia diz que “ A Salvação em Cristo Jesus”, II Tm.2:10.

1. Ele é a PROPICIAÇÃO, I Jo. 2:1-2. Temos, assim, na própria pessoa de Jesus a

Propiciação, e não somente uma doutrina na Bíblia sobre ela, I Jo. 4:10; Rm. 5:11; Ef. 2:16; Cl. 1:22.

2. Jesus é o CAMINHO, Jo. 14:6. 3. Jesus é o FUNDAMENTO, I Co. 3:11; Ef. 2:20-21; I Pe.2:4-5; Mt. 7:24.

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4. Jesus é Vida, Jo. 1:4 Ele é o tronco da videira, do qual os crentes são as varas que, pelo tronco, participam da raiz e da seiva, Rm. 11:17; Cl. 3:3-4.

5. para ser Salvo, importa somente ir a Jesus, aceitando-o como o seu Salvador, Jo. 1:12-13; Cl. 2:13; I Tm. 1:5. Assim o homem se identifica com Jesus e com a sua palavra e, as coisas velhas já passaram eis que tudo se fez Novo, II Co.5:17. Esta aceitação de Jesus independe de um amplo conhecimento das doutrinas da Bíblia. Aquele que, de coração, crer que Jesus é o filho de Deus e o aceita. Experimenta logo o contato com CRISTO VIVO, e é, Salvo e identificado com a nova vida, At.8:37; At.16:31. Neste contato com Jesus o Crente;

A – Fica crucificado com Cristo, Gl. 2:20. B – Esta morto com Cristo, Cl. 2:20. C – Fica sepultado com Cristo, Rm. 6:4. D – É vivificado com Cristo, Ef. 2:5. E – É ressuscitado com Cristo, Cl. 3:1. F – Fica disposto até a sofrer com Cristo, Rm. 8:17. G – Tem a esperança de ser glorificado com Cristo, Rm. 8:17. A Salvação e uma obra exclusiva de Jesus onde nada é feito pêlos nossos méritos.

Quando o pecador abre o seu coração e recebe Jesus como Salvador é que chega a uma maravilhosa união com Ele e, pôr meio dessa união entra na rica experiência da Salvação. A doutrina da Salvação, que com este estudo iniciamos, vamos dividir – lá em três grandes partes, e, em cada uma delas, veremos que Jesus é a pessoa central, aquele que faz tudo em todos:

A – A experiência inicial da Salvação. B – Continuação da Salvação. C – A preservação da Salvação. Que Deus neste estudo abra os nossos olhos para que vejamos as maravilhas da sua

lei, e venhamos a obter o conhecimento de todo o bem que em vós há pôr Cristo Jesus. Fm. 1:6.

D) TODOS SÃO PREDESTINADOS EM CRISTO PARA SALVAÇÃO. Todo o povo é convidado a procurar a Salvação, Is. 55:1. Jesus morreu pôr todos. II

Co.5: 14-15; Rm.5: 8; Rm.8: 34; Rm.14: 19. Deus predestinou Jesus para ser o meio de Salvação. Ef.1: 11; I Pe.1: 20.

II – A SALVAÇÃO. De todas as palavras empregadas para definir a experiência transformadora do

encontro do homem com Deus, Salvação é a mais usada. A) - O QUE SIGNIFICA SALVAÇÃO? 1. A palavra Salvação significa, em primeiro lugar, ser tirado de um perigo, livrar-se,

escapar. A Bíblia fala da Salvação como a libertação do tremendo perigo de uma vida sem Deus. At.26:18; Cl. 1:13.

2. Traduzida do texto grego, tem o significado de tornar ao estado perfeito, ou restaurar o que a queda causou, a Salvação desfaz, assim, as obras do diabo. I Jo. 3:8.

3. A Salvação é uma expressão do poder de Deus. Jesus, o autor da Salvação, tem por nome O SALVADOR, Lc. 2:11; II Tm. 1: 10.

Quando Simeão o viu no Templo, disse: “os meus olhos viram a tua Salvação”. Lc. 2:30. Jesus é a Salvação de Deus, no aspecto de Salvar o homem. Porque Ele, pela sua morte na cruz, ganhou uma eterna Salvação, Hb. 5:9, sendo – lhe dado todo poder para perdoar. Mc. 2:10. A todos os que o recebem Ele dá PODER, para serem feitos filhos de Deus. Jo. 1:11-12.

4. O Evangelho, At.13:26, é poder de Deus para Salvação de todo aquele que nele crer, Rm. 1:16. Os homens estão sendo chamados para sua Glória e VIRTUDE. II Pe.1:3.

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5. O poder do Espírito Santo opera para Salvação dos pecados. Jo.16: 8-9; Ap.22: 17; I Ts.1: 5-6.

B) – O RECEBIMENTO DA SALVAÇÃO. 1. A Salvação é um DOM DE DEUS, Ef. 2:8, Rm. 6:23, dado pela Graça de Deus, Rm.

5:15, e, como tal, deve ser recebido. Não vem das obras. Ef. 2:8. 2. O Espírito Santo, Jo. 16:8-9, e a palavra de Deus, Rm. 10:8; Rm. 14:17, operam o

despertamento no homem, fazendo a sua vontade inclinar – se para buscar e aceitar a Salvação.

3. Receber a Salvação, e crer em Jesus são expressões sinônimas, Jo. 1:12-13. A fé Salvadora se expressa pela Oração a Deus em nome de Jesus. Todo aquele que invoca o nome do Senhor será Salvo. At.2:21; Rm. 10:13.

4. com a boca se confessa para a Salvação, Rm. 10:10. No momento em que a pessoa se entrega a Jesus, com a sua boca começa a confessar sua alegria e gratidão. A certeza de ser Salvo se manifesta. Rm. 10:9; Sl. 51:12.

C) – AS BENÇÃOS QUE ACOMPANHAM A SALVAÇÃO. Muitas coisas acontecem na vida do homem que recebe a Jesus como seu Salvador.

Vejamos: 1 – Ele é salvo dos seus pecados. Mt.1:21; Lc.7:50, que lhe são perdoados, Lc.7:48;

Tg.5:20. A Salvação também livra da CULPA do pecado, Ef.1:7; Cl.1:14, e do poder do

pecado, Rm.7:17-25. 2 – Ele é salvo do juízo, I Tm.5:24; Rm.8:1, da ira de Deus. Rm.5:9, e da morte

eterna, Tg.5:20; Ap.20:6. 3 – Ele entra em comunhão com Deus, Ef.2:13-18; Lc.1:74-75, recebe entrada na

sua graça, Rm.5:1, e se torna cidadão do Céu. Ef.2:19. 4 – Ele é salvo desta geração perversa, At.2:40, isto é, recebeu uma nova posição

em relação ao mundo, Fp.2:15. 5 – Ele é salvo do poder de satanás, At.26:18; Cl.1:13-15; Hb.2:14. 6 – Pôr ser salvo, ele tem um lugar para o Espírito Santo de Deus agir em sua vida.

Ef.1:13; Ef.2:16-18. 7 – A Salvação lhe dá viva esperança. I Pe.1:3, e direito à Gloria Eterna, II Tm.2:10; II

Tm.4:18 e assim, é salvo da ira de Deus, I Ts.1:10; I Ts.5:9; II Pe.2:9. 8 – A Salvação abrange a nossa vida em todos os seus aspectos. “Se alguém está em

Cristo, nova criatura é. As coisas velhas já passaram, eis que TUDO SE FEZ NOVO”, II Co.5:17. a salvação provoca uma transformação total em nossa vida e em nossa posição no mundo e diante do nosso inimigo.

D) – A CERTEZA DE SALVAÇÃO Eis a questão: é possível um homem aqui na terra, conseguir certeza da sua

salvação? As respostas são muitas e mui diferentes. Alguns afirmam que isso não é possível, porque o homem é fraco e jamais se

libertará do seu pecado! Outros ainda, dizem que isto é coisa que só no céu se saberá, se chegou lá ou não! E já outros afirmam que é orgulho ter a certeza de Salvação ou dizer que está salvo.

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Porem a Bíblia joga por terra esse tipo de ignorância e define com exatidão este assunto, coisa que iremos estuda agora.

1 – A BÍBLIA DECLARA que é possível alcançar a certeza de Salvação vejamos alguns

pronunciamentos autorizados: o próprio Jesus foi quem afirmou sobre a certeza de Salvação. A) Jesus afirma que se pode receber esta certeza! Ele disse a Zaqueu: “hoje veio

Salvação a esta casa”, Lc.19:9, á mulher pecadora Ele disse: a tua fé te Salvou; vai-te em paz. Lc.7:50 e, ao malfeitor que se converteu na cruz: “hoje estarás comigo no Paraíso” Lc.23:43.

B) Paulo experimentou esta certeza! Ele disse: “eu sei em QUEM tenho crido, e eu

estou certo de que Ele é Poderoso para guardar...” II Tm.1:12, diz “o mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. Rm.8:16.

C) Pedro também declara que é possível receber esta certeza! Bendito seja Deus...

que nos gerou de novo. I Pe.1:3, a este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que Nele creem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome At.10:43.

D) João testifica que é possível obter a certeza: “ Amados, agora SOMOS filhos de

Deus...” I João.3:2; “nós sabemos que passamos da morte para vida...” I João.3:14, e estas coisas vos escrevi para que SAIBAIS QUE TENDES a vida eterna. I João. I Jo.5:13.

2 – QUAL É O SEGREDO DA MANIFESTAÇÃO DA SALVAÇÃO? A) O próprio Deus se encarrega de dar a certeza àqueles que, confiando nele,

aceitam o seu convite, toda Trindade esta diretamente envolvida na chamada do pecador! Deus, Is.1:18; Jesus, Mt.11:28; e o Espírito Santo. Ap.22:17, dizem “VEM !” quando o pecador vem a Jesus, é recebido, Jo.6:37, Deus, então, como confirmação, envia o seu Espírito ao coração do penitente que começa a chamar: ABA, Pai. Gl. 4:6. Testificando com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Rm. 8:16. Assim a certeza da Salvação nasce dentro do coração!

B) A própria experiência da Salvação é tão marcante e revolucionante que, pôr si

própria, gera uma certeza absoluta, vejamos algumas expressões que salientam o que significa ser Salvo: Das trevas os converterdes a luz. At.26:18; do poder de satanás a Deus, At.26:18; nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do filho do seu amor..., Cl.1:13. é impossível ter uma experiência emocionante e penetrante, sem que ela deixe em nós uma certeza absoluta de que a experimentamos, após a experiência, poderemos dizer como o moço que Jesus curou de cegueira: uma coisa sei é que havendo eu sido cego, agora vejo! Jo.9:25. ninguém podia duvidar de que ele tivesse certeza do que lhe acontecera.

3 – DE QUE MANEIRA SE MANIFESTA A CERTEZA DA SALVAÇÃO? Existem várias evidências reais da Salvação recebida. Podemos falar de evidências

internas e externas, porém todas são aspectos que provam sermos filhos de Deus. AS EVIDÊNCIAS INTERNAS DA SALVAÇÃO: A) O TESTEMUNHO DO ESPÍRITO em nós evidencia o recebimento da Salvação! Já

observamos que Deus envia o seu Espírito para testificar na alma do que se converteu. Gl. 4:6. Quando Deus escreve o nome no livro da Vida, Lc. 10:20. Ele nos manda “o protocolo” pelo testemunho do Espírito Santo, Rm. 8:16; I Jo. 3:24; I Jo. 4:13. Devemos tomar cuidado para que este testemunho em nós jamais silencie. Ef. 4:30.

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B) O TESTEMUNHO DAS ESCRITURAS proporciona uma certeza em nossos corações

pela Salvação recebemos o Espírito Santo, Rm. 8:9-16 I Jo. 3:24, que inspirou a palavra de Deus, II Pe.1:21; II Tm. 3:16 quando o crente lê a Bíblia, o Espírito Santo vivifica a palavra.(vivifica significa dar a vida), aplicando-a a nossa experiência, gera a certeza! “Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus”. I Jo. 5:13. Pela palavra, tomamos conhecimento da verdade, e a verdade nos libertará e nos dará certeza. Jo.8:32.

C) A PRÓPRIA EXPERIÊNCIA DA SALVAÇÃO Traz também uma evidência interna: é o

fato de entrarmos numa comunhão interna com Deus, I Jo.1:3; Ef.2:13; I Co.1:9. pôr meio desta comunhão chegamos a presença do Senhor, onde há abundância de alegria, e delicias perpetuamente, Sl.16:11. esta sensação palpável da presença do Senhor, a paz e a tranquilidade recebida, são evidências convincentes de que somos filhos de Deus.

D) A EXTINÇÃO DO MEDO DA MORTE E DA ETERNIDADE, que a Salvação proporciona, é uma evidência palpável da Salvação. Porque a experiência da Salvação faz cessar o medo da morte: pois para os Salvos não existe mais condenação, Rm. 8:1; Jo. 5:24.

AS EVIDÊNCIAS EXTERNAS DA SALVAÇÃO: Evidências externas são as que acompanham cada vida transformada. Elas podem

ser vistas pelos que “estão de fora”, Cl.4:5; I Co.5:12; I Ts.4:12; I Tm.3:7. quando Saulo se converteu, o povo falava: “Aquele que já nos perseguiu, anuncia agora a Fé que antes destruía” . Gl.1:23,24.

As evidências externas são chamadas “frutos do arrependimento”, produzi pois frutos dignos de arrependimento. Mt.3:8. são indispensáveis, pois a Bíblia diz: “por seus frutos os conhecereis” Mt.7:16-19, isto é, aquele que não possui o fruto do arrependimento, é porque ainda não se arrependeu, ou seja não ouve ainda uma transformação, e um lobo no meio das ovelhas e nunca se converteu de verdade. Mt.7:15; Rm.16:17-20; Ef.5:1-21; At.20:28-33, é como o Joio no meio do trigo. Mt.13:24-43; medite I Jo.3 veja quais são as evidências externas.

A). O CRENTE SALVO, TEM UMA MANEIRA DE VIVER, porque a Bíblia diz: “TUDO SE FEZ NOVO” II Co.5:17. Ele agora procede a com justiça. I Jo. 2:29 e não vive mais dissoluta, (vida torta errada) I Pe.4:2, 3. o crente pode errar,(esta sujeito a errar mas tem que lutar para não errar) porque aquele que disser que não tem pecado e que nunca peca esse e mentirosos e não há verdade nele; I Jo.1:8-10, o crente pode até errar, mas não pode viver no erro, ou seja; não poder permanecer no erro, e igual os maus pensamentos, eles vem mais não podemos deixar nos alimentar por eles,(veja que não estamos livres que um pássaro voando no alto, e do alto solte sua caca, cocô, em nossas cabeças, às vezes não podemos evitar que isso aconteça; mais podemos impedir que o pássaro pouse e faça ninho em nossa cabeça, assim e os maus pensamentos e o pecado não podem permanecer em nossas vidas). A Bíblia diz: qualquer que Nele permanece NÃO PECA I Jo.3:6, mais se pecar temos um Advogado para com o Pai, Jesus o Justo. I Jo.2:1,2. qualquer que é nascido de Deus não comete pecado I Jo.3:9, trata-se de uma ação contínua! Se o crente errar, não pode viver no erro. Tem que deixar o pecado, a falta, para receber o perdão de Deus e vencer o mal, vencer o maligno, se assim não o fizer, o pecado toma conta dele, e ele perde a Salvação.

B) O QUE É NASCIDO DE DEUS GUARDA A PALAVRA DO SENHOR. I Jo.2:3-5, pois está escrita no seu coração a lei de Deus. Hb.8:10-13.

O amor de Deus se expressa no guardar a sua palavra, Jo.14:15-24. C) O QUE NASCE DE NOVO AMA SEUS IRMÃOS. I Jo.2:10; I Jo.3:14; I Jo.4:1-21, esta

evidência e tão séria que a Bíblia afirma, que aquele que não ama seu irmão não conhece a

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Deus, I Jo.4:8, e está em trevas. I Jo.2:9-11; I Jo.3:14-17. na confunda amar seu irmão, com aceitar o engano de seu irmão.

D) OUTRA EVIDÊNCIA IMPORTANTE NO CRENTE é que ele confessa o nome do Senhor, I Jo.2:23; I Jo.4:15, isto acontece porque o Espírito Santo está nele e testifica de Jesus no seu coração, I Jo.2:20-24, pôr isso o crente sente prazer, e fica impulsionado a confessar o nome de Senhor,(ele não nega Jesus no trabalho, na rua etc ele sempre confessa o nome Santo de Jesus) Mt.10:32,33; I JO. 3:2.

III – O ARREPENDIMENTO O arrependimento consiste, enfim, no abandono do pecado: há um elemento

intelectual no arrependimento. A palavra Grega para arrependimento (Metanóia), que significa “Mudança de Mente” .

Não é uma transformação superficial, ou temporária, mas uma mudança fundamental de atitudes, principalmente com relação ao pecado, o pecado não é mais negligenciado, desculpado ou chamado de estilo de vida.

O pecador arrependido reconhece ser culpado diante de Deus, e abandona seus pecados para agradar a Deus.

Há igualmente, uma mudança de atitude para com Deus. Não se pode esquecer o elemento emocional do arrependimento. A tristeza genuína, causada pelo pecado, implícita Sl.51:1; Mt.21:29,30; II Cor.7:8; Hb.7:21.

Há ainda o elemento Volitivo, “um ato definido da vontade para tomar e receber o que Deus oferece”.

A palavra Grega Metanóia sugere, fortemente, que o pecador mergulhe para além da mera consciência intelectual quanto a pecaminosidade. Mas que o faça com tal ímpeto e repulsa, que o leve a rejeitar o mal e seguir a Cristo, desejando aprender cada vez, mas do Salvador Mt. 3:8; At.5:31; At.20:21; Rm. 2:4; II Cor. 7:9-10; II Pe.3:9.

ARREPENDIMENTO E REMORSO Paulo, em II Co. 7:9-10 mostra a diferencia, entre REMORSO e ARREPENDIMENTO.

Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a Salvação da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.

Através da vida de Pedro e Judas encontramos o exemplo real de arrependimento e remorso.

Ambos eram discípulos de Jesus, ambos erraram diante do Mestre, ou seja, Pedro negou a Jesus e Judas traiu a Jesus, Ambos ficaram tristes, depois do fato Pedro saio e chorou amargamente.

Judas ficou só, depois se retirou e enforcou-se. Através da vida de Pedro, vemos uma tristeza que operou Salvação. Já em Judas vemos uma tristeza que operou morte. Mateus. 29:69-75 e João.

21:15-18; Mateus. 26:14-16; Mateus. 27:1-10. A Bíblia nos mostra que o arrependimento inicia o Caminho da Salvação. João Batista e Jesus davam ênfase a esta mensagem Mt. 3, Pedro no pentecostes,

volta a destaca-la At.2. Na parábola da ovelha perdida, Cristo mostra a alegria que há no céu quando um

pecador se arrepende. Lc. 15:1-7. O pecador precisa saber que a primeira coisa que fazer é buscar a Deus, a quem

ofendeu pelo seu pecado. É preciso, pois, reconhecer o pecado diante do Pai Celestial, como fazia o publicano da parábola Lc. 18:13. Sem essa atitude, não pode começar o caminho da Salvação.

O Crente, quando, pôr infelicidade pecar, ou seja, quando o crente pecar, ele só poderá ser restaurado diante de Deus, novamente, com o reconhecimento do seu pecado e sua confissão a Deus. I Jo.1:8-10; I Jo.2:1,2; Sl.51; Pv.28:13,14.

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A Igreja precisa pregar, constantemente, a mensagem do arrependimento, que é o ato que inicia a caminhada para Salvação.

A) – ARREPENDIMENTO ERA O TEMA DA PREGAÇÃO NO INICIO DO CRISTIANISMO 1 – João Batista pregou o arrependimento. Mt. 3:2. 2 – Jesus pregou o arrependimento. Lc. 24:47 3 – Os Apóstolos pregaram arrependimento. At.2:38; At.13:38-51; At.3:19 e Deus

anunciam agora a todos os homens em todo o lugar, que se arrependa At.17:30. B) – O ARREPENDIMENTO SURGE COMO RESULTADO DE UM DESPERTAMENTO 1 – O Espírito Santo opera o arrependimento, aplicando-o á obra de Cristo na vida

do homem, a quem convence do pecado, da Justiça de Cristo e do Juízo Vindouro. Jo. 16:7-14, o arrependimento também vem como resultado da pregação da palavra de Deus. Mt. 12:41; Jn. 3. Quando Deus manifesta diante dos homens, eles se sentem humilhados, quebrantados prontos a se arrependerem, Jó. 42:5, 6; Ed.9:6-15; II Sm.12.

2 – O arrependimento opera uma verdadeira reviravolta na vida do homem. Aquele cuja mente, sentido e vontade estavam totalmente voltados para o mundo e para o pecado, II Co. 3:14-16; Ef.4:17-32; I Tm.6:10, Lc.19:1-10, de repente vira-se para Deus. Essa mudança é total, pois abrange tudo em sua vida.

a) O seu entendimento, antes obscurecido, sente o mal que praticou e compreende

que Deus é o único Caminho para a Salvação por meio de Jesus Cristo: Jo. 14:6; II Co. 4:4. A sua consciência acorda e lembra-lhe o mal que praticou no passado.

b) No seu sentido há agora remorso e tristeza. O arrependimento faz o homem mudar de atitude. Assim aconteceu com o filho cujo pai pediu que fosse trabalhar na vinha, primeiro ele não quis, mas depois, arrependendo-se, foi. Mt.21:28-32 medite: Rm.6.

3 – O arrependimento abre agora a porta para a manifestação da Fé no coração do homem, Rm.10:8-10.”arrependei-vos e crede no evangelho”,Mc.1:15. a fé é uma coisa que vem do homem, mas é uma operação de Jesus, que é o autor e consumador da fé pela palavra de Deus,(a fé vem pelo ouvir a palavra de Deus) Rm.10:17, e pelo Espírito Santo, que também é no coração do homem, pois sem fé é impossível agradar a Deus, Hb.11:6. é necessário que aquele que se aproxime de Deus creia que Ele existe. Hb.11:6 Deus,embora invisível e desconhecido do homem, torna-se real e presente quando a fé é implantada no coração do penitente.”Ora, A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem”. Hb.11:1.

4 – Pela fé o homem arrependido tem um encontro com Deus, encontro que procura um milagre: o penitente é recebido pôr Deus, que o restaura perdoando-lhe os pecados pêlos méritos de Jesus. É realmente um grande milagre! E o caso de Zaqueu o Publicano. Lc.19.

IV – A CONVERSÃO A conversão e o arrependimento andam juntos, At.3:19; At.26:20. enquanto o

arrependimento se refere á mudança total do sentimento do homem e á sua atitude para com Deus, a conversão expressa a nova posição para com o mundo, e representa, nesse sentido, uma mudança da situação: o homem que vinha andando no caminho largo para a perdição, muda repentinamente a direção e passa a andar no caminho estreito que o leva para o céu, Mt.7:13,14; Lc.13:22-30.

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A. ACONVERSÃO É A PORTA PARA O REINO DE DEUS. A Bíblia diz: “Se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo

algum entrareis no Reino dos Céus, portanto, aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus”. Mt.18, Jesus disse que aqueles que não entrarem pela porta são ladrões. Jo.10, Jesus é a porta das ovelhas.Jo.10:7, a conversão é indispensável, porque ninguém pode servir a dois senhores, a dois deuses, ao mundo e a Deus ao mesmo tempo, ou ama o mundo de vez; ou ama a Deus de vez tem que haver uma escolha não se pode servir a Deus e ao mesmo tempo as riquezas.Mt.6:24; Js.24:15.

B. AS QUATRO FASES DA CONVERSÃO E Deus que opera a conversão. Lm.5:21; Jr.31:18, mas Ele opera de acordo com a

aceitação da parte do homem. Estudando a doutrina da conversão, usaremos como modelo a parábola do filho pródigo, usada pôr Jesus no seu ensino. Lc.15:11-32.

1 . A PRIMEIRA FASE. Despertado pelas circunstâncias tristes e cruéis na terra estranha, o filho pródigo

começou a refletir sobre a sua própria situação. Lembrou-se de que na casa de seu pai tudo era bom e sentiu vivamente a miséria em que vivia, Lc.15:14-17. foi nesta reflexão que começou a sua conversão. É assim que o Espírito Santo opera quando desperta o homem para refletir e a considerar a sua situação. A palavra de Deus também faz o homem reconsiderar. Sl.119:59, o seu caminho e seus atos maus. Sl.64:9. os seus olhos começaram a ver coisas que antes não viam.

No mundo não têm mais prazer, sente vazio... é Deus que o chama, que chama o pecador.

2. A SEGUNDA FASE. Enquanto o filho pródigo refletia sobre a sua situação em terra estranha, surgiram-

lhe pensamentos sobre a necessidade de tornar a seu pai, á casa paterna, ele começou a meditar sobre as vantagens que teria se voltasse... no seu pensamento, já via a si mesmo voltando ao pai e pedindo-lhe perdão, Lc.15:18. é essa obra do Espírito Santo para a conversão do pecador.

Os pensamentos, que no inicio estavam voltados só para a miséria em que vivia, começam a elevar-se as coisas de Deus: ele meditava na palavra e nas coisas que de cima tem ouvido... Depois de ter esquadrinhado os seus caminhos, um desejo começa a forma-se: “Voltamos para o Senhor”, Lm. 3:40.

3. A TERCEIRA FASE. Esta fase representa a própria decisão, depois que o filho pródigo havia meditado,

sobre a sua miséria, como sobre a sua necessidade de voltar, resolveu, “IREI!” “E LEVANTOU-SE, FOI PARA SEU PAI”, Lc.15:18-20. agora vira a costa para a terra estranha, para a sua miséria, e olha o caminho em direção á casa do pai. É isto que é a conversão! É esta decisão que cada pecador deve chegar. Os pensamentos que antes do tempo do despertamento que o dominava , devem, agora, transformar-se em ação! Ação é a decisão que leva á conversão. Isto é possível quando o pecador expressa o seu desejo, a sua vontade, numa oração a Deus em nome de Jesus. At.2:21, então Deus lhe dá poder para deixar o mundo e voltar para Deus. Vejamos como a Bíblia expressa este processo:

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A – os convertidos á luz. At.26:18. B – do poder de satanás a Deus. At.26:18. C – vos convertais dessa vaidade ao Deus vivo. D – dos ídolos converteste a Deus. I Ts.1:9. E – o que fizer conter do erro um pecador, salvará da morte uma alma. Tg.5:20. 4. A QUARTA FASE. O filho pródigo, de volta da terra estranha, encontrou o que é essencial na

conversão. O pai que correu ao seu encontro para perdoar-lhe abraça-lo, restaura-lo, Lc. 15:20-

24. Tudo voltou à normalidade! Esta é a experiência de todos os que se convertem a Deus. Diz a palavra de Deus assim: “Chegai-vos a Deus e Ele se chagará a vós, limpai-vos as mãos, pecadores; e vós de duplo ânimo. Purificai o coração” Tg. 4:8. E quando Deus chega “todas as coisas são possíveis”, Mc. 10:27. Vejamos o que acontece no encontro do convertido com Deus:

A – Todos os seus pecados são perdoados, Mc. 4:12; At.3:19. B – Jesus cura as feridas da alma causada pelo pecado, Mt. 13:15. C – Recebe um novo coração, Ez. 18:30-32. D – O Véu que impede a visão espiritual é tirado, II Co. 3:16. A Bíblia diz: Bem –

aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus, Mt. 5:8. E – OS RESULTADOS DA CONVERSÃO. 1 – Um novo testemunho, Gl.1:22-24; Mt.5:16; I Pe.4:1-5. 2 – Novas Bênçãos, At.3:19. os tempos do refrigério chegaram. Tudo aquilo que

antes impedia as Bênçãos, foi tirado, II Co.3:16. 3 – Uma Nova incumbência: “Quando te converterdes, confirma teus irmãos!”

Lc.22:32. 4 – Um Novo alvo: O CÉU! Os convertidos poderão entrar no reino de Deus,

Mt.18:3; Lc.23:43 ser menino na malicia e não no entendimento. I Co.14:20; I Pe.2:1-3. V – A REGENERAÇÃO INTRODUÇÃO A regeneração expressa a experiência do recebimento da nova vida, da vida eterna.

Isso acontece quando o homem se encontra com Deus na busca da Salvação. Este assunto é muito profundo e contém ensinos substanciais.

A – QUE SIGNIFICA A REGENERAÇÃO? 1 – Definição: o novo nascimento significa o ato sobrenatural em que o homem é

gerado pôr Deus. I Jo.5:18, para ser filho de Deus. Jo.1:12, e participante da natureza divina, II Pe.1:4.

2 – O Novo Nascimento significa a entrada do homem no reino de Deus, Jo.3:3. Ninguém pode ser contado, como cidadão antes de nascer de novo. Do mesmo modo; “O Senhor, ao fazer descrição dos povos, dirá: Este é Nascido ali” Sl.87:6. São os nascido de novo que são inscritos no livro da vida, Lc.10:20; Ap.20:11-15.

3 – O novo nascimento é um milagre.

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a) – Nenhum homem pode, pelas suas faculdades mentais, compreender o novo nascimento; I Co.2:14 só o homem espiritual entende as coisas do Espírito o carnal já mas irá entender. I Co.2:1-16. Até Nicodemos, sendo Príncipe dos Judeus Jo.3:1, sendo também Mestre de Israel, Jo.3:10, não entendeu a significação dessa afirmativa. Pôr isso perguntou a Jesus: “porventura pode torna a entrar no ventre de sua mãe?”... Jo.3:4.

b) – É por meio de um milagre que o homem pode passar de um estado inferior, o terreal (terrestre), para estado superior, o Celestial! (Cidadão do Céu) foi por meio de um milagre, Lc.1:31-35, que Jesus, no seu estado superior no Céu, Aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de homem, Fp.2:6-11, um estado inferior, pois foi feito “um pouco menor do que os Anjos”, Hb.2:9. É um verdadeiro milagre quando o homem pela regeneração, passa do estado de pecado miserável e condenável ao estado Celestial, pertencer ao Reino de Deus, pôr ter sido tornado uma nova Criatura, II Co.5:17, que se assentará nos lugares Celestiais em Cristo Ef.2:6.

c) – O Novo Nascimento é um milagre porque se trata da vivificação de um homem morto no pecado, Ef.2:1-10; Cl.2:13, I Tm.5:6, e separado da vida de Deus pela ignorância, pela dureza de coração. Ef.4:17-20, que, agora, regenerado, ressuscita juntamente com Cristo para uma nova vida, Ef.2:5,6.

4 – Esta experiência aparece na Bíblia sob diferentes nomes: a) – Nascer de novo. Jo.3:3. b) – nascer da água e do Espírito, Jo.3:5. c) – Criado em Jesus Cristo, Ef.4:24; Cl.3:10; “se alguém esta em Cristo, nova

criatura é, as coisas velhas já passaram, e eis que tudo se fez novo” II Co.5:17. d) – Sendo de novo gerados, I Pe.1:23-25. e) – Nascido de Deus, I Jo.3:9; I Jo.4:7, de Deus é gerado, I Jo.5:18: Dele nascido I

Jo.2:29. B – COMO SE PROCESSA A REGENERAÇÃO DO HOMEM? 1 – O novo nascimento não é realmente pelo batismo nas águas. Quando Jesus

falou de nascer de novo da água e do Espírito, Jo.3:5, Ef.4:22-32 Ele não se referiu ao batismo nas águas, mas usou a “água” como uma figura da operação de Deus pela sua palavra. Veja a expressão em Ef.5:26: “pela lavagem da água, pela palavra” Ez.36:25; Hb.10:22,compare com Tt.3:5: pela lavagem da regeneração .Diz: como uma verdadeira figura, agora vos salva, batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo.I Pe.3:21. aqui se vê que o batismo é apresentado como uma boa verdadeira figura mas o que opera a salvação é a consciência que clama a Deus. Na Bíblia, observamos que só foram batizados aqueles que já eram regenerados.

Veja alguns tópicos sobre regeneração: A palavra regeneração significa: 1- Torna a gerar, reproduzir (o que estava destruído). 2- Reorganizar aquilo que estava desorganizado concertar. 3- Corrigir moralmente. 4- Emendar-se, corrigir-se, reformar-se, regenerar-se. Observe que em João. 3:1-8 Jesus trata de uma das doutrinas fundamentais da Fé

Cristã: a regeneração Tt. 3:5 ou o nascimento espiritual. Sem o novo nascimento, ninguém

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poderá ver o reino de Deus, e receber a vida eterna e a salvação mediante Jesus Cristo. Apresentamos a seguir, importantes fatos a respeito do novo nascimento.

A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa Rm.12:2; Ef.4:23-25

efetuadas por Deus e o Espírito Santo Jo.3:6, Tt.3:5 por esta operação, a vida eterna da parte do próprio Deus é outorgada ao Crente. Jo.3:16; II Pe.1:4; I Jo.5:11, e este se torna um filho de Deus. Jo.1:12; Rm.8:14-17; Gl.3:26 e uma nova criatura II Co.5:17; Cl.3:8-10. e já não se conforma com este mundo Rm.12:2, porque e criado segundo Deus “em verdadeira Justiça e Santidade” Ef.4:24.

A regeneração é necessária porque, á parte de Cristo, ou seja sem Cristo, todo ser

humano, pela sua natureza inerente (inerente significa: que está por natureza inseparavelmente ligado a alguma coisa ou pessoa inerência) e pecadora, é incapaz de obedecer a Deus e de agradar-lhe Sl.51:5; Sl.58:3; Rm.8:7,8; Rm.5:12; II Co.2:14,15.

A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para

Deus. Mt.3:2 e coloca a sua fé pessoal em Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua alma. Jo.1:12; At.10.

A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de

obediência a Jesus Cristo II Co.5:17; Ef.4:23-32; At.9; At.16:27-34; Cl.3:10. aquele que realmente nasceu de novo esta liberto da escravidão do pecado Jo.8:36; Rm.6:13-23, e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a Deus e de seguir a direção do Espírito Santo Rm.8:13,14, vive uma vida de retidão I Jo.3:6-10; I Jo.2:29, ama aos demais crentes I Jo.3:14-16; I Jo.4:7, evita uma vida de pecado I Jo.3:9; I Jo.5:18 e não ama o mundo I Jo.2:15-17. porque quem é nascido de Deus não pode fazer do ´pecado uma prática habitual na sua vida I Jo.3:9. não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço vitorioso de agradar a Deus e de evitar o mal I Jo.2:3-29; I Jo.3:6-24; I Jo.4:7-21; I Jo.5:1-13 mediante uma comunhão profunda com cristo Jo.15 e a dependência do Espírito Santo Rm.8:2-14.

Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do mundo,seja qual for religião que professam, demonstram que ainda não nasceram de novo I Jo.3:6-10, a Bíblia afirma: “se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis” Rm.8:13; veja as obras da carne quais são! Gl.5:19-21.

O novo nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre Deus e o salvo é questão do Espírito e não da carne Jo.3:6. logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de pai para filho, que Deus quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra Rm.8:13 nosso relacionamento com Deus é condicionado pela nossa fé em Cristo durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros. Hb.5:9; II Tm.2:12; Mt.10:22; Mt.24:13.

2 – o novo nascimento também não é operado pela vontade do homem Jo.1:13.

aqui se vê que são inúteis todos os esforços, ideias e sistemas que os homens possam inventar para a sua própria salvação. Existe doutrinas que ensinam autocontrole, meditação e esforços mentais para alcançar um estado superior, porem nada disso tem valor para fazer o homem nascer de novo. Jesus disse: “não da vontade do homem, mas da vontade de Deus”, I Jo.1:13.

3 – o novo nascimento é operado pela vontade de Deus, Jo.1:13. é Deus que realiza

a obra, conforme a sua vontade, e isto pelo poder do Espírito Santo. Toda a Trindade opera na realização do novo nascimento:

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a) O Espírito Santo é o agente que leva o homem à experiência, ao novo nascimento. Ele faz isso convencendo o homem do pecado, da Justiça e do Juízo, Jo.16:8,9. abre-lhe a mente e o entendimento para compreender a vontade de Deus, II Co.4:6; I Tm.2:4 e desperta-lhe o desejo de ser salvo.

b) O Espírito Santo usa como instrumento a palavra de Deus, a qual vivifica, Jo.6:63. a palavra em si tem poder regenerador, Jo.1:23-25; Tg.1:18, porque Ela é a palavra da cruz, I Co.2:1-5. pôr isto, a pregação do Evangelho tem uma grande significação. Paulo disse: “Eu pelo Evangelho,vos gerei em Jesus Cristo!” I Co.4:15

c) O Espírito Santo leva o homem à decisão de receber a Jesus, que, pela morte e ressurreição, I Pe.1:3, ganhou salvação para todos. É quando o homem recebe Jesus que lhe é dado o PODER DE SER FEITO FILHO DE DEUS, I Jo.1:12. O receber a Jesus e a Fé são sinônimos, Jo.1:12,13.

Quando Jesus quis explicar como esta fé regeneradora no homem se expressa, usou como figura o levantamento no deserto, pôr Moisés, da serpente produzia-lhe cura da mordedura venenosa. Este olhar corresponde à fé salvadora que leva o homem a aceitar Jesus como seu Salvador; pôr ela, ele recebe o poder que vence o veneno do pecado e traz nova vida para o Salvo. O milagre acontece! Os homens nascem de novo! ALELUIA!

C – QUE ACONTECE NA VIDA DO HOMEM QUANDO É REGENERADO? Já observamos que recebemos pela regeneração uma NOVA VIDA. Vejamos de que

maneira esta vida se manifesta e como reage: 1 – Pelo Novo Nascimento o homem recebe Nova Vida, Nova Natureza. Essa Nova

Natureza é Cristo em nós. Cl.3:4; Jo.11:25; Fp.3:21. Qualquer que é de novo gerado, é gerado de “uma semente incorruptível” I Jo.3:9. o crente nasceu de novo pela semente Divina e, pôr isso, é participante da Divina Natureza, II Pe.1:4; II Co.3:18, e também participa da Santidade de Deus. Hb. 12:10. Cumpre-se o milagre que o profeta Ezequiel predisse “E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne, e porei dentro de vós o me Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e guardareis os meus Juízos, e os observeis”. Ezequiel. 36:26, 27. Quando a vara é enxertada na árvore, ela se torna participante, não só da raiz e da seiva, Rm. 11:17, mas também da natureza da árvore, o que se verifica na qualidade do fruto que essa vara agora produz, pelo novo nascimento operou a influência Divina. Essa influência os impulsiona a andar nos caminhos do Senhor: “farei árvore boa, e o seu fruto bom”, Mt. 12:33-37 que milagre! Que maravilha é o novo nascimento! Pôr meio desta operação da Graça Divina, Deus restaura a imagem da sua Semelhança moral no homem, pois para que a tivesse, Deus o Criou. Gn. 1:26, 27.

2 – A Nova Vida executa um domínio transformador sobre o homem, ele antes

estava escravizado pela própria carne. Agora, pelo novo nascimento, tornou-se um filho de Deus. Jo. 1:12, um ser livre, um Súdito do Reino de Deus, Jo. 3:5; Ef. 2:19 (Súdito significa: homem submetido a vontade de outrem, é o mesmo que vassalo, vassalo quer dizer: alguém que depende de um senhor, súdito de um soberano). Tudo aconteceu porque o Espírito Santo, agora habita nele, I Co. 3:16; I Co.6:19; Rm.8:9, e exerce domínio sobre ele de modo total, o que deu origem á transformação da sua personalidade. O homem recebe, pois, pela regeneração, tanto uma nova direção sobre sua vida, como Poder de Deus para seguir essa direção. O homem regenerado sente que, agora:

a). Seu pensamento mudou: ele pensa diferentemente, de conformidade com a

vontade de Deus, Cl.3:10; Fp.4:7(conformidade significa: de acordo, conforme). b). Seu entendimento se abriu para as coisas de Deus (antes não as entendia), I

Co.2:15; II Co.4:6. e Deus o renova para o conhecimento Cl.3:10.

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c). O seu sentimento registra o gozo pela presença de Deus, Sl.16:1: agora ele ama a Deus, I Jo.4:19, e aos irmãos, I Jo.3:14.

d). A sua vontade, que era escravizada pela carne, Ef. 2:1-3; Is. 53:6, conforma-se com a vontade de Deus, Mt. 6:10, I Pe.1:22; I Pe.4:2; At.13:22.

e). A sua consciência, agora purificada, Hb. 9:14, torna-se sensível á direção de Deus, Rm. 2:15.

f). Não está mais debaixo da carne, mas do Espírito. Rm. 8:9. A sua velha natureza, não foi aniquilada, pois ele a possui ainda, porém, está dominada pela Nova Natureza e foi entregue a morte, Gl. 5:16, 17; Rm. 8:12, 13, a cruz, Gl. 2:20.

3 – O Novo Nascimento proporciona também uma lavagem de regeneração, Tt.3:5.

onde o pecado abundou e manchou a vida do homem, agora transborda a graça manifestada pela regeneração. Há uma lavagem completa, que torna o homem, diante de Deus, “Alvo mais do que a Neve” Sl.51:7; Is.1:18, é sem mácula, Ef.5:25-27. “oh! Que precioso sangue, Sangue de Jesus!”

4 – Pela regeneração, o crente entra em comunhão com Jesus, comunhão que lhe

proporciona vitória sobre o mudo: o que é nascido de Deus, vence o mundo, quem é que vence o mundo se não aquele que crê que Jesus é Filho de Deus? I Jo.5:4,5. o que nasceu de novo vive e se move em Jesus, At.17:28. Jesus disse: “Estai em e eu em vós” Jo.15:4. pôr Jesus estar em nós, o homem velho, a nossa natureza caída, que, antes, atendia as tentações do mundo, Ef.2:2,3 agora esta crucificada, Rm.6:8; Despida Ef.4:22; com o que ficamos livres da lei da morte, Rm.8:2. Cristo está em nós, é a nossa força, Fp.4:13. pôr isso, aquele que é nascido de Deus vence o mundo. Essa transformação interna que a regeneração nos oferece pôr viver Cristo em nós, também opera uma transformação radical na nossa vida externa: não mais nos conformamos com o mundo, Rm.12:2. a Bíblia diz: “o que é nascido de Deus não comete pecado” I Jo.3:9. Isto significa que não mais podemos viver em pecado, isto é, continuamente pecando. Se surgir algum problema, se chegarmos a pecar, a nossa nova natureza imediatamente, nos impulsiona a buscar perdão (o perdão de Deus), restauração, renovação da íntima comunhão com Deus, que o pecado interrompeu(ou seja, que o pecado fez divisão)Is.59; I Jo.2:1,2. todos estamos sujeitos a pecar mas o pecado não pode permanecer na vida daqueles que é nascido de Deus.Se dissermos que não pecamos somos mentirosos e não há verdade em nós, mais se confessarmos os nossos pecados Ele é fiel e justo para nos perdoar. I Jo. 1:8-10; I Jo. 2:1, 2. Assim poderemos continuar vencendo o mundo. ALELUIA! GLORIAS A DEUS!.

5 – O Novo Nascimento proporciona comunhão aos que Nascerem de Novo, I Jo.5:1

o crente agora ama os irmãos, I Jo.3:14; I Jo.4:7. esta é à base da comunhão que os crentes gozam andando na luz, I Jo.1:7. Se não amar e porque perdeu o seu “Documento” a sua identidade como crente, I Jo.2:11.

6 – Aquele que nasceu de novo é herdeiro de Deus e Co-herdeiro de Cristo,

Rm.8:16,17, e pode entrar no Reino de Deus, Jo.3:5, onde verá a Jesus, assim como ele é, I Co.13:12, I Jo.3:1-3. ALELUIA!

VI – A JUSTIFICAÇÃO A doutrina da Justificação e uma das mas importantes da Bíblia. Esta Doutrina – a

Justificação pela Fé – foi o grito de liberdade quando, no escuro século 16. iniciou-se a abençoada Reforma, na qual Deus usou Martinho Lutero!

Martinho Lutero foi o grande reformador ele era um Monge do convento chamado O mosteiro dos agostinianos era o melhor convento dos claustros de Erfurt. Ele nasceu em

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Eisleben, Alemanha e foi batizado na Igreja de São Pedro e São Paulo. Sendo o dia de São Martinho, por isso recebeu o nome de Martinho Lutero. Em outubro de 1517, Lutero afixou à porta da Igreja do Castelo em Wittenberg, as suas 95 teses. Para saber mais sobre a convenção e vida de Lutero leia o livro Heróis da Fé de Orlando Boyer da editora CPAD Casa Publicadora das Assembleias de Deus.

a) Definição da palavra “Justificação” Justificação é um ato da graça de Deus, pelo qual Ele imputa a pessoa que crê em

Jesus a justiça de Cristo, e a declara justa! Deus, na Justificação, trata o homem arrependido conforme os méritos da pessoa do seu mediador, Jesus Cristo. Enquanto “regeneração” expressa nova natureza que o homem recebe pela salvação. JUSTIFICAÇÃO se refere á sua posição jurídica diante da justiça Divina.

b) A posição do homem pecador diante da justiça de Deus 1 – A Bíblia afirma: “Todos pecaram e destituído estão da Glória de Deus” Rm. 3:23.

Todos são culpados, Rm. 3:9, ninguém é justo, Rm. 3:10; Jo. 25:4; todos os pecados estão escritos nos Livros, Ap.20:12, e também registrados na sua consciência. Jr.17:1.

2 – Todos estão debaixo da condenação, Rm. 3:19; Rm.2:2,3; I Tm.5:24. 3 – Nenhum homem tem condições próprias para livrar-se da sua culpa. Adão e Eva

procuraram fazer vestes, mas isso não resolveu o seu problema diante de Deus, Gn.3:7-10. nem o sacrifício inventado por Caim foi eficiente, Gn.4:3; Is.64:6. boas obras não justificam o homem diante de Deus, Gl.2:16; Ef.2:8,9. Jesus disse que “se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino de Céus”. Mt. 5:20. E a justiça dos fariseus se baseava em obras próprias, Lc. 18:14.

4 – Não existe ser algum em todo o universo que tenha condições de justificar o homem diante de Deus, pôr isso todas as religiões, em todo o mundo, que procuram justificar o homem diante de Deus pôr obras são falhas; não produzem justificação. Diante desta situação triste e desesperadora, o homem pergunta: “Quem me salvará?” Rm. 7:24. “Como se justificará o homem para com Deus?” Jo.9:2. A Bíblia responde: “A sua justiça vem de mim, diz o Senhor” , Is.54:17.

c) Cristo é a nossa Justiça 1 – A Justiça de Deus é perfeita e imutável, Deus jamais pode usar duas medidas e

dois pesos Ele feriria a sua justiça, se perdoasse ao pecador, sem um meio eficaz de perdão onde estaria sua justiça? Porque disse: “Salário do pecado é a morte, RM. 6:23, e no dia que dele comeres, certamente morrerás, Gn. 2:17”.

2 – Deus então, no seu grande amor, providenciou o sacrifício do seu próprio Filho para, pôr esse ato, SATISFAZER A JUSTA EXIGÊNCIA DA JUSTIÇA DIVINA, Jo. 3:16. Isso foi possível porque:

a). Jesus, para ser mediador entre Deus e os homens, tinha de ser semelhante aos

os homens. Fp.2:6-8; Hb.2:14-18. b). Jesus tinha de tomar sobre si a culpa dos homens. A tremenda divida na conta

humana diante de Deus tinha de ser transferida para a conta de Jesus. A Bíblia diz. Que Ele foi feito pecador por nós, II Co.5:21, e até maldito pôr nós, Gl.3:13. Isto aconteceu quando Ele em Getsêmane tomou o Cálice que continha a culpa, Lc.22:42.

c). Jesus morreu cumprindo a sentença que nossos pecados mereciam. O JUSTO morreu pêlos injustos, I Pe.3:18. Ele levou as nossas transgressões, Is.53:1-12. Aniquilou o nosso pecado pelo seu sacrifício, de si mesmo. Hb. 9:26; Ef.5:2, e proporcionou, assim, condições para a remissão dos nossos pecados e para a nossa justificação.

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3 – Jesus tornou-se a nossa Justiça, Jr.23:5, 6; Rm.10:4; Gl.2:16-21; Ele é a nossa

Justiça porque tudo o que fez, fez pôr nós, em nosso favor, como o nosso substituto diante de Deus e da lei. A Bíblia diz que pôr nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para a nossa justificação, Rm. 4:24, 25. Quando Jesus verteu o sangue nesse sacrifício inigualável, abriu-se à frente da graça para a justificação de todo aquele que nele crer, Rm. 5:9; I Pe.1:18, 19; Cl.1:20.

d). DEUS SE TORNA JUSTIFICADOR PÔR MEIO DO SACRIFICIO DE CRISTO Cristo é a nossa Justiça, Jr.23:5, 6; Rm.10:4; Gl.2:16-21. Abriu-se a porta da

absolvição e do perdão! 1 – Quando Jesus morreu pêlos pecados de todo mundo, I Jo.2:2, cumpriu-se a

afirmação de João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” Jo.1:29. na cruz estavam incluídos os pecados de todos os crentes que, no tempo do Velho Testamento, havia crido em Deus e oferecido sacrifício pêlos seus pecados, conforme o mandado de Deus. Hb.9:15. Estes haviam sido perdoados pôr Deus, mas os pecados deles não foram tirados, porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados, Hb.10:4. o perdão que receberam ficou debitado na conta de Jesus, sob a paciência de Deus, Rm.3:25, aguardando o verdadeiro sacrifício que Ele, na consumação dos séculos, irá cumprir. Gl.4:4,5. todos eles morreram sem ver o prometido, Hb.11:13; Jo.8:56; Lc.10:24, exceto Simeão e Ana, esses viram a Consolação de Israel. Lc.2:1-38, os espíritos de todos os crentes que partiram no tempo dos profetas estão aguardando no seio de Abraão, Lc.16:23; At.7:59 no paraíso Lc.23:43, onde agora aguardam a ressurreição dos justos na vinda de Jesus.I Co.15:51-56; Jo.5:25-29.

2 – Todos os que, agora, aceitam a Jesus como seu Salvador, “Estão em Cristo”,

Rm.8:1; II Co.5:17, é são declarados Justos pôr essa aceitação, porque Jesus é a sua Justiça, Jr.23:6. quando Deus olha para o crente, Ele vê o crente através da Pessoa de Jesus na qual todos somos feitos justiça de Deus, II Co.5:21. Pela conta credora de Jesus (que não se esgota), foi feito o pagamento de nosso débito, que agora já não existe. Assim, o crente pode, vestindo do manto da Justiça de Jesus, Is. 61:10, apresentar-se diante de Deus justificado, Aleluia!

e) – DE QUE MANEIRA É JUSTIFICADO O HOMEM? 1 – A Bíblia mostra o caminho da justificação ao afirmar: “Sendo justificados

gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus”, Rm.3:24,25. Vemos assim que a justificação é oferecida pôr Deus gratuitamente pela sua graça (Favor imerecido), que Ele agora pode mostrar, pôr causa da redenção efetuada pôr Jesus que, para remir o homem, verteu o seu Sangue, Deus agora apresenta Jesus como meio da justificação a todo aquele que crer no seu sangue, isto é, quem aceitar o sacrifício feito pôr Jesus em seu próprio favor é justificado, isto é, declarado Justo diante de Deus.

2 – O CAMINHO DA JUSTIÇA É UM SÓ: Para grandes e pequenos; para ricos ou pobres; para dirigentes ou dirigidos! A todos quantos queiram ser justificados, lhes é imposta uma só condição: crer no valor do sangue de Jesus para perdoar, para justificar, Rm.3:25!

3 – A FÉ COM A QUAL O HOMEM CRÊ NO SANGUE JUSTIFICADOR DE JESUS não constitui nenhum mérito.

Representa, apenas, a aceitação da graça, isto é, do meio que Deus oferece para a nossa justificação, Rm.4:5-25; At.13:39, A fé exclui as obras e, assim, não deixa nenhum lugar para a Jactância (Vanglória), Rm.3:27, porque o homem é justificado pela fé sem obras para que ninguém se glorie. Porque se a nossa justificação dependesse das obras, ninguém se

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salvaria, pois nenhum homem conseguiu cumprir toda a lei, assim permaneceríamos todos debaixo da maldição, Gl.3:10,11, quando Tiago escreveu que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé, Tg.2:24-26, Tiago não estava contradizendo Paulo, mais ele estava completando o pensamento de Paulo.

Tiago mostra que a verdadeira Fé sempre é, acompanhada de obras (as obras são um resultado da fé), é que a Fé sem obras é morta e, consequentemente, não obtém nada de Deus. Tg.2:14-26; as obras que acompanham a fé são chamadas “fruto da Justiça” II Co.9:10, constituem evidência de que uma fé viva daqueles que as praticam.

4 – FÉ E OBRAS. O versículo 14 é 26 de Tiago capitulo 2 tratam do problema, sempre presente na igreja, daqueles que professam ter fé salvífica no Senhor Jesus Cristo, mas que, ao mesmo tempo, não demonstram pelas obras nenhuma evidência de devoção sincera a Ele e á sua palavra.

a) – A Fé Salvífica é sempre uma fé viva que não se limita á mera confissão de Cristo

como Salvador, mas que também nos leva a obedece-lo como Senhor, portanto, a obediência é um aspecto fundamental da fé. Somente quem obedece pode de fato crer, e somente aqueles que Creem podem de fato obedecer ao Senhor Tg.2:24; Rm.1:5, sobre a “obediência da fé” ; notem que não há nenhuma contradição entre Paulo e Tiago no tocante á questão da Fé Salvífica. No sentido geral, Paulo enfatiza a fé como meio pelo qual aceitamos a Cristo como Salvador. Rm.3:22.

Tiago enfatiza o fato de que a verdadeira Fé ativa, duradoura e que molde nossa própria existência.

b) – A Fé sem as obras é morta. A verdadeira Fé Salvífica é tão vital que não poderá

deixar de expressar por ações, e pela devoção a Jesus Cristo. As obras sem fé são obras mortas. A fé sem obras é fé morta, a fé verdadeira sempre se manifesta em obediência para com Deus e atos compassivos para com os necessitados. Tg.2:22 ; Am.5:12-14,veja Atos.10 sobre Cornélio. Tiago objetiva seus ensinos contra os que na igreja professam fé em Cristo e expiação pelo seu sangue, crendo que isso por si só bastava para a salvação. Para que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salva-lo? Tg.2:14, Tiago diz que semelhante fé é morta e que não resultará em salvação, nem em qualquer outra coisa boa, Tg.2:14-24. o único tipo de fé que salva é “a Fé que opera por caridade” Gl.5:6.

c) Não devemos, por outro lado pensar que mantemos uma fé viva, exclusivamente por nossos próprios esforços.

A graça de Deus, o Espírito Santo que em nós habita e a intercessão Sacerdotal de Cristo, Hb.7:25;Rm.8:34; I Tm.2:5, operam em nossa vida, capacitando-nos a obedecer a Deus pela fé, do começo ao fim, Rm.1:17; Rm.8:12,13; Gl.3:11; Hb.10:38,39; Hb.11, se deixarmos de sermos constantes na graça de Deus e na direção do Espírito Santo a nossa fé sucumbirá.

5 – ABRAÂO... Foi Justificado pelas obras. As obras pelas quais Abraão foi justificado, não eram obras da lei. Rm.3:28, mas da fé e do Amor. Sua disposição de sacrificar Isaque foi uma expressão da sua fé em Deus e da sua dedicação a Ele ver Gn.15:6, Gn.22:1, Tiago usa o exemplo de Abraão para refutar a crença de que pode haver fé sem dedicação e amor a Deus. O

Apostolo Paulo usa o exemplo da fé de Abraão para anular o conceito errôneo de que a Salvação depende do mérito das nossas próprias obras e não da graça de Deus. Rm.4:3; Gl.3:6.

6 – A FÉ COOPEROU com suas obras. Tiago não esta dizendo que a fé e as obras salvam, isso seria separar a fé das obras.

Tiago argumenta, pelo contrário, sobre a fé em ação. Isto é, a Fé e as obras nunca poderão esta separada uma vez que as obras procedem naturalmente da fé Gl.5:6.

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7 – O HOMEM É JUSTIFICADO PELAS OBRAS. O termo grego ergon, aqui traduzido por obras, é empregado por Tiago com

sentido diferente daquele que Paulo usou em Rm. 3:28. Note tanto Paulo como Tiago declaram enfaticamente que a verdadeira fé Salvífica produzirá infalivelmente obras de amor. Tg.1: 27; Tg.2: 8; Gl.5: 6; I Co.13; medite: Jo.14: 15.

F – OS RESULTADOS DA JUSTIFICAÇÃO NA VIDA DO HOMEM. São muitos e maravilhosos. Devemos avançar para desfrutarmos de tudo o que

Deus preparou para os Justificados pela sua graça, porque: 1- “Sendo justificado pela fé, temos paz com Deus”, Rm. 5:1. Esta paz, não é

somente um sentimento agradável de sossego e tranquilidade, mas é como um estado de após – guerra quando a beligerância cessa (beligerância que faz guerra ou esta em guerra) e as relações interrompidas são reatadas. O homem que vive em pecado está separado de Deus, Is. 59:2, e debaixo da ira de Deus, Ef.2:3. quando é declarado justo, entra num estado de paz com Deus e as suas relações com a divindade se tornam harmoniosas; passa a ter acesso a Deus, Ef.2:18; Rm.5:2.

2- Temos entrada, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes, Rm. 5:2. As bênçãos que acompanham a permanência na graça são grande. Os crentes crescem na graça, II Pe.3:18, e a graça se manifesta de muitas maneiras para o enriquecimento na vida espiritual dos Servos do Senhor. Vejamos algumas dessas bênçãos:

a) – Glóriamo – nos na esperança da Glória de Deus, Rm. 5:2. Para os que são

“declarados justos” Deus da a alegria de participar da sua Glória. É uma benção que eleva aos nossos corações ás coisas que são de cima, Cl. 3:1-3; I Ts. 1:9, 10; Tt. 2:13.

b) Glóriamo – nos nas tribulações. Rm. 3:5. Os sofrimentos que apareceram na vida não abaterão o crente, pois a alegria que Deus lhe deu com a justificação opera nele e é a sua força, Ne. 8:10, em lugar de gemer, se alegra, porque, para o crente a tribulação produz paciência, experiência e esperança. Rm. 5:3-5.

c) A graça na vida do justo constitui também uma certeza da presença do Espírito Santo que derrama o amor de Deus em seu coração, Rm. 5:5. Assim, com a fé e o amor que há em cristo, a graça transborda, I Tm. 1:14. É bem verdade que há benção sobre a cabeça do justo, Pv. 10:6. Assim todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça, e graça pôr graça. Jo. 1:16.

3 – A justiça enche o crente da ousadia que o torna inabalável. Rm. 8:20, 21. A

graça de Deus opera nele, manifestando o seguinte: a) – “que se Deus e por nós quem será contra nós?”. Rm. 8:31. b) Que se Deus, que não poupou a seu próprio filho, como não nos dará também

com ele todas as coisas?. Rm. 8:32. c) Que não precisamos aceitar acusações acerca daquele que Deus declarou justo.

Rm. 8:33. d) Que, diante de tudo isso, NADA NOS SEPARA do amor de Jesus Cristo. Rm. 8:35,

36; mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, pôr aquele que nos amou! Rm. 8:37, porque, pela graça de Deus, a justiça é, para nós, como couraça. Ef. 6:14.

4 – A Justiça é acompanhada de frutos, Fp. 1:11; Pv. 12:17, isto é, ela é posta em

pratica e opera na maneira de viver do crente. Hb. 11:33; I Jo.2: 29; I Ts.2: 10. As obras justas que o crente pratica, estão diante dos olhos do povo, Mt. 5:16; I Pe.2:12, 15, elas são provas de que “CRISTO VIVE EM MIM”.Gl. 2:20; II Co. 4:10, 11.

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5 – A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais, Pv. 4:18, pois o justo tem um perpétuo fundamento, Pv. 10:25. E pôr isto não se abala, Pv. 10:30, pois tem segurança, Is.32:17. O reino de Deus é justiça, Rm. 14:17, pelo que o crente é vestido das vestes da Justiça dos Santos. Ap.19:7, 8; alegra – se esperando a vinda de Jesus. Ele, que há de vir, é a NOSSA JUSTIÇA, Jr.23:6, e, pelo seu sangue que nos purificou, entraremos na sua Glória, Ap.7:14. Ap.22:14, e seremos coroados com a coroa da Justiça, II Tm. 4:8.

VII – A SANTIFICAÇÃO A – QUE SIGNIFICA SANTIFICAÇÃO? Santificação no grego “HAGIASMOS” significa torna-se “Santo” “Consagrar a Vida A

Deus” Se separar do mundo apartando-se do pecado para agradar a Deus, afim de termo ampla comunhão com Deus. I Pe.1:2. A palavra “Presciência de Deus” é o eterno propósito de Deus para com o seu povo (a Igreja). Rm.8:29.

Podemos estudar a santificação sob vários aspectos, que juntos, nos dão uma compreensão mais ampla dessa doutrina que a Bíblia afirma ser à vontade de Deus: “PORQUE ESTA É A VONTADE DE DEUS, A VOSSA SANTIFICAÇÃO: QUE VOS ABSTENHAIS DA PROTITUIÇÃO” I Ts.4:3.

1 – A Santificação é, em primeiro lugar, a continuação da obra Salvadora na vida do

crente. A Bíblia diz: “TENDO POR CERTO ISTO MESMO: QUE AQUELE QUE EM VÓS COMEÇOU A BOA OBRA A APERFEIÇOARÁ ATÉ AO DIA DE JESUS CRISTO”. Fp.1:6.

A) – “A boa obra” começou pela Salvação, quando recebemos Jesus Cristo como o

nosso Salvador, Jo. 1:12. Ele então entrou na nossa vida, Ap.3:20; Gl.2:20, e nós morremos para o mundo, Cl.3:1-3 e nos tornamos participantes de uma nova natureza, II Pe.1:4. “TUDO SE FEZ NOVO!” II Co.5:17.

B) A mesma obra é agora aperfeiçoada pela Santidade, através da qual Deus faz com que a Nova Natureza recebida pela Salvação domine a Velha Natureza, para que a carne não receba mais ocasião, Gl. 5:13. Assim Jesus fica formado em nós, Gl.4:19 e nos tornamos com o Senhor, um mesmo espírito, I Co.6:17. João Batista se expressou sobre isto: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua”, João. 3:30. Desta maneira, a vida de Jesus se manifestará em nossa carne mortal, II Co. 4:10, 11; Gl. 2:19, e isto terá influência Santificadora em toda a nossa maneira de viver, I Pe.1:15, 16. A nossa vida se tornou agora detalhadamente honesta. I Ts. 4:12, e como moral elevada I Ts. 4:3, 4.

2 – O Significado da Santificação pode ser dividida em três aspectos. a) – A Santificação significa uma SEPARAÇÃO DO MAL. A Bíblia diz: “ E Ser-me-eis

santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus”, Lv.20:26. Paulo destaca este sentido da Santificação quando na sua carta aos Coríntios, mostra a necessidade de deixarmos o mal, II Co. 6:14-16, e nos apartamos de tudo que é imundo, II Co.6:17, para sermos de Deus, II Co.6:16 e sermos recebidos como filhos e filhas do Senhor Todo – Poderoso, II Co.6:18. Nesta separação do mal, o crente resolve, de coração, entregar a Deus tudo o que na sua vida ainda pertence ao pecado e ao mundo, para ser purificado e agradar a Deus. II Co.7: 1; Ef.5: 10. Assim se aparta do mal para fazer o bem Sl. 34:14; Sl. 37:27; I Pe.3:11. Isso é um processo, pois Deus vê essa atitude do crente e continua purificando-o, libertando-o, aperfeiçoando-o e Santificando-o no temor de Deus, II Co.7:1. ele é transformado na sua maneira de viver, I Pe.1:15,16. Assim “A Justiça da lei se cumpre em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”, Rm.8:4. o crente é agora “Carimbado” pelo sinete da Santificação. Esta é a promessa de Jesus ao vencedor: “Escreverei sobre ele o meu Nome”, Ap.3:12.

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b) - A Santificação significa também “SEPARAÇÃO PARA DEUS”. Aquela vida que foi separado do mundo fica agora, pela Santificação, entregue a Deus, para pertencer a Ele, para servi-lo, Jesus disse: “pôr eles me santifico a mim mesmo, para que, também eles sejam santificados na verdade” Jo. 17:19, isto é, Ele entregou a sua vida pura e perfeita a Deus, para servir a causa gloriosa da nossa Salvação. Este aspecto da Santificação é muito importante. As nossas vidas já pertencem a Deus, porque fomos comprados pôr Ele pôr bom preço. I Co. 6:19, 20; I Pe.1:18, 19; At.20:28 foi pôr isto que morreu Jesus Cristo e tornou a viver, Rm.14:9, e Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. II Co. 5:15. Pela santificação, o crente se entrega voluntariamente a Deus, Rm. 12:1, 2; II Co.8:5; Pv.23:26, e “ da a Deus o que é de Deus”, Mt.22:21, pondo-se à disposição do Senhor, Rm.6:19. Ele pode de coração dizer: “O meu amigo é meu, e EU SOU DELE!” Cantares: 2:16; At.27:23; é eles serão meus diz o Senhor dos Exércitos: Ml. 3:17, 18; porque diante de Deus tem um memorial escrito, para os que temem ao Senhor e para os que se lembram do seu nome. Ml. 3:16.

c) A Santificação também significa um revestimento da plenitude de Cristo. A mesma vida que foi separada do mundo e entregue a Deus, fica cheia da plenitude de Deus, Ef.1:23. Quando Moisés entregou a Deus o tabernáculo que havia feito conforme o modelo recebido, Deus permitiu que esse Tabernáculo fosse cheio da sua Glória, Ex.40:34-36. Deus também agora deseja que nós, pela obra Santificadora, recebemos “da sua Plenitude e Graça pôr Graça”, Jo. 1:16. O crente é, assim transformado de Glória, na mesma imagem, pelo Espírito do Senhor, II Co. 3:18.

3 – Quanto à experiência da Santificação, podemos ainda distinguir três aspectos

diferentes: a) – O PRIMEIRO É A SANTIDADE POSICIONAL, isto é, a nossa posição como Santos

em Cristo: “Mais vós sois Dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e Santificação, e redenção”. I Co.1:30. A Bíblia diz: “Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo. Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez” ,Hb.10:9,10. Assim a nossa santificação é preparada pôr meio de Cristo, pelo seu precioso Sangue. Hb. 13:12.

b) – O SEGUNDO ASPECTO DA SANTIFICAÇÃO É O SEU LADO EXPERIMENTAL, quando a santificação preparada pôr Cristo se torna posta em prática na maneira de viver do crente. Enquanto o crente, pela justificação, é declarado justo, pelos méritos de Jesus, Rm.3:24; pela santificação, é aperfeiçoado numa experiência progressiva, II Co.7:1 e transformado de Glória em Glória, II Co.3:18, assim a vida do Cristão vai brilhando mais e mais. Pv.4:18 e, mais e mais amadurecendo e se aperfeiçoando.

c) – FINALMENTE PODEMOS MENCIONAR A FASE FINAL DA SANTIFICAÇÃO, que acontecerá quando Jesus vier nas nuvens do céu. Enquanto o crente vive neste mundo, ele continua desejando um maior aperfeiçoamento através da Santificação: nunca chega a um ponto, em que sinta já ter alcançado tudo aquilo que Deus tem preparado para ele. Pôr isto, sempre sente necessidade de busca mais as coisas que estão adiante, quer avançar para alcançar o alvo, Fp. 3:13, 14. Quando Jesus se manifestar na sua vinda, nós também nos manifestaresmo com Ele em Glória, Cl. 3:4. Então teremos chegado ao final da santificação, a imagem celestial, I Co. 15:48, porque Ele transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo Glorioso, Fp. 3:21. Diante de tudo isso, só nos resta dizer: ”AMÉM, ORA VEM SENHOR JESUS!” Ap.22:20.

B – DE QUE MANEIRA PODERÁ O HOMEM EXPERIMENTAR A SANTIFICAÇÃO? A Bíblia afirma categoricamente que a santificação é a obra de Deus. “O Deus de

paz vos santifique em tudo” , 1 Ts 5:23 . Assim como a salvação vem de Deus, Jo. 3:16; Ap 7:10,

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também a santificação vem de Deus que nos deu a Cristo, “o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, de certo modo, também dependem da cooperação do homem, porque ele precisa aceitar aquilo que Deus preparou para ele. Por isso a Bíblia também diz: “ Quem é santo, continue santificar-se”. Ap. 22:11.

Vejamos, pois, os dois lados da doutrina da santificação: 1. É Deus quem santifica, I Ts. 5:23. No conceito de muitos , a salvação vem de

Deus, mas a santificação é um produto da força da vontade própria e do poder pessoal do crente.Quando muitos, por terem esse conceito, não é possível alguém ser santificado neste mundo! “Porém, a Bíblia ensina que Deus é quem nos santifica”.Os meios pelos quais Deus nos santifica são:

A. Deus nos santifica pelo seu Filho, o qual ele nos deu, não somente para sermos

salvos da perdição, Jo 3:16, mas também para, por meio Dele, sermos santificados, Jo. 17:17-19, foi para isso que Jesus se entregou por nós, Ef. 5:25-27. O sangue precioso purifica o pecador dos seus pecados, Cl. 1:14; Ef. 2:13, e opera a santificação, Hb. 13:12 e 10:14-15, proporcionando ao crente uma detalhada purificação com a morte de Jesus de tal maneira que o nosso velho homem seja crucificado com Cristo, Gl. 2:17-20; Rm. 6:1-23, porque, “se um morreu por todos, logo todos morreram”, 2 Cor.5:14.

B. Deus também nos santifica pelo PODER DO ESPÍRITO SANTO que ele nos tem

dado, Lc. 24:49. A Bíblia diz: “ quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade”, Jo. 16:13, isto também significa que o ESPÍRITO SANTO guia o crente a buscar a santificação, 2 Ts. 2:13.Nisto Ele opera como uma luz que ilumina, Ef. 6:4-7; Ml. 3:3. O Espírito Santo ajuda o crente a subjugar a sua carne diante da vontade do Senhor, Gl. 5:16-18, 25, e vivifica a palavra de Deus, Jo. 6:63, a qual dita as normas que o crente deve seguir, 1 Ts. 4:1-3; Ef. 4:1,2; Cl. 1:9-11. É esta operação do Espírito Santo que explica porque o despertamento pentecostal,desde o seu início, tem sido um movimento de vida santificada.

C. Deus santifica o crente pela sua SANTA PALAVRA, I Tm. 4:5, que é poderosa, Hb.

4:12, e possui em si poder purificador, Jo.17:17; Jo. 15:3; Ef. 5:26, que opera ensinando, redargüindo, corrigindo e instruindo em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído em toda a boa obra, 2 Tm 3:16,17.A palavra de Deus também opera como um prumo que mostra a posição do homem diante da vontade divina,Am. 7:7,8. Ela se torna um verdadeiro fortificante que prepara o crente na sua luta contra o maligno. “Eu vos escrevi, mancebos, porque sois fortes, e a PALAVRA DE DEUS está em vós,e já vencestes o maligno” 1 Jo 2:14.Assim ela ajuda o crente a resistir ao pecado, Sl. 119:11;17:4, e o torna resistente a todos os ventos de doutrina, Ef. 4: 14,15.

D. - A participação do homem na santificação. Quem é santo, continue a santificar-

se, Ap.22:11. Em que sentido o homem pode santificar-se? A santificação é uma obra que Deus fez pelo Espírito Santo na vida do crente e que se aperfeiçoará na medida que o crente a aceita. Na aceitação é que aparece a participação do homem na sua santificação. O crente deve aceitar aquilo que Deus quer fazer para santifica-lo; em oração, porque Jesus disse: “ Qualquer que pede recebe, e quem busca acha”,Lc. 11:10. É, portanto, pela oração e pela aceitação que o crente participa da sua santificação: “pela oração (a criatura) é santificada”,

E. I Tm. 4:5. Quando, pois, o crente sente a operação do Espírito Santo e da palavra de Deus sobre si, recebe pela fé, a santificação. “ Maravilhosas são as tuas obras !”,Sl. 139:14.

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C) QUAIS SÃO AS BÊNÇÃOS QUE ACOMPANHAM A SANTIFICAÇÃO? As bênçãos da santificação são grandes e palpáveis, trazem transformação e

amadurecimento espiritual na vida do crente, de tal modo que se pode distinguir a diferença entre os que aceitam a obra santificadora de Deus, e os que não aceitam.

1 – A Santificação promove crescimento espiritual. Ela faz com que o crente viva em

comunhão intima com Jesus, Mt. 5:8. Nesta comunhão com Deus há delicias e alegria, Sl. 16:11, pois logo que o fermento tiver sido tirado, começará a festa, I Co. 5:8; Pv. 15:15. Tudo isto promove o crescimento espiritual, Sl. 84; Pv. 4:18; II Co. 3:18; Rm. 1:17; a falta da santificação extingue o prazer e a alegria espiritual da vida do crente paralisa o crescimento no Espírito Os. 10:9; I Co. 5.

Pôr causa do pecado de Miriam, o povo de Deus ficou parado no deserto. Nu. 12:1-16; e os Israelitas foram derrotados por causa do pecado de acã, e só ganharam a guerra depois que acã foi apedrejado com toda a sua casa Js. 7 .

2 – A Santificação dá lugar à operação do Espírito Santo na vida do crente. Pela

Santificação, a fé torna-se mais forte, porque “o mistério da fé” é guardado em uma pura consciência, I Tm. 3:9.

Isto beneficia a operação do Espírito Santo, porque Ele opera de acordo com a fé: Aquele que dá o Espírito e opera maravilhas entre vós, fá-lo pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Gl. 3:2, 5. e pôr isto que Deus ordenou : Santificai-vos, porque amanhã farei maravilhas, Js.3:5 Ele disse a Moisés: “Vai ao povo e santifica-os... Porquanto no terceiro dia o Senhor descerá” Ex.19:10,11; o puro de mãos irá crescendo em força, Jó.17:9. onde os vestidos são alvos, ali não faltará óleo sobre a cabeça, Ec.9:8. o que ama a justiça e aborrece a iniquidade será ungido pelo Senhor. Hb. 1:9 Sl. 45:7.

3 – A Santificação prepara o crente para ser usado pôr Deus: a) – Deus usa aquele que se Santifica, II Tm. 2:21, 22, Ele torna perfeito e

perfeitamente instruído para toda a boa obra, II Tm. 3:17. Pôr isto diz a palavra de Deus: “Purificai-vos, os que levais os VASOS DO SENHOR” utensílios Is. 52:11.

b) – Pela Santificação, o crente tem a condição de ser um instrumento de Deus diante do povo, porque pôr ela apresenta um bom testemunho, Mt. 5:16; I Pe.2:11, Um verdadeiro adorno, Tt.2:10; I Pe.1, que o torna consideração pôr todos, veja Gn.23:6, e é pôr todos aceito, Rm.14:18; I Sm.2:26.

c) – Aquele que vive em Santificação tem autoridade diante do diabo e dos demônios; Mt. 10. A justiça é como uma couraça na luta contra as hostes da maldade, Ef. 6:11, 12,14. Porém, quando um crente não tem a Santificação, não tem a vitória na sua vida, é derrotado na luta contra o mal. Js. 7:13.

4 – A Santificação prepara o crente para a vinda de JESUS. A Bíblia diz: “Segui a paz

com todos e a Santificação, sem a qual ninguém verá o SENHOR”, Hb. 12:14. A Santificação é a veste espiritual da Noiva de JESUS CRISTO, Ap.22:7-21, pôr meio dela somos plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de NOSSO SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO, I Ts.5:23; II Pe.3:14. Com as suas veste branqueadas, o crente tem o direito a árvore da vida, e poder entrar na cidade pelas portas. Ap.22:14.

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VIII – O CRESCIMENTO ESPIRITUAL A doutrina do “Crescimento Espiritual” faz parte da doutrina da Salvação, a

Salvação significa que a vida eterna opera na vida do crente, I Jo. 5:11-13. Onde existe vida há também crescimento.

Devemos, pois, conhecer a doutrina do crescimento espiritual para sabe de que maneira este crescimento acontece e quais são os meios que o promovem.

a) – A BÍBLIA FALA DE CRESCIMENTO ESPIRITUAL. Assim como a vida vegetal e animal crescem, assim também cresce a vida espiritual.

A Bíblia exorta “CRESCEI NA GRAÇA” II Pe.3:18. Este crescimento atinge tudo que concerne à vida espiritual.

1 – A vida de Jesus em nós, deve crescer. Assim como Jesus, quando nasceu como

homem neste mundo, crescia em sabedoria e estatura e em graça para com Deus e os homens, Lc.2:52, assim deve também a vida de Jesus, que foi implantada em nós pela Salvação, Cl.3:4; Cl.1:27, cresce, para que Jesus “Seja Formado em nós” Gl.4:19, e sua vida se manifestar em nossos corpos, II Co.4:10,11. João Batista disse: “ É necessário que Ele cresça, e que eu diminua” Jo.3:30.

2 – Devemos crescer na graça. II Pe.3:18. Quando a graça de Deus se manifesta para

nós, Tt.2:11, fomos salvos, Ef.2:8, recebemos pela fé a entrada a esta graça, Rm.5:2. devemos agora também crescer na graça, para mais e mais conhecer o “DEUS DE TODA GRAÇA”, I Pe.5:10, e as abundantes riquezas da sua graça, Ef.2:7. assim o crente pode fortificar o seu coração pela graça, Hb.13:9, e, com firmeza, permanecer nela, At.13:43.

3 – Devemos também crescer na fé, II Ts. 1:3, porque assim tudo que concerne à

vida espiritual ou ao nosso trabalho para Deus, torna-se mais eficiente, inclusive a evangelização, II Co. 10:15-18.

a) – A Bíblia nos exorta a crescer no conhecimento, II Pe.3:18, e conhecer o que nos

é dado gratuitamente pôr Deus, I Co. 2:12. Assim o crente pode ficar cheio de conhecimento da sua vontade e andar dignamente diante do Senhor agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra, Cl. 1:9, 10; Fp. 1:9-11. Quando o conhecimento do crente verdadeiro aumenta, ele não fica orgulhoso, porque sabe que somente “Em partes conhecemos”, I Co. 13:9.

b) – Pelo crescimento espiritual, o crente avança nas coisas que Deus preparou para

ele, como Israel, ao entrar na terra de Canaã, precisava avançar para conquista-la, Js.18, do mesmo o crente deve crescer espiritualmente para “TOMAR POSSE DA VIDA ETERNA”, I Tm. 6:12, e de todas as coisas que a ele se refere, Rm. 8:11-17. Devemos crescer em tudo, Ef. 4:15. A vida dum verdadeiro cristão se transforma de glória, II Co. 3:18, e vai de força em força, Sl. 84:7. A sua vereda vai brilhando mais e mais, Pv. 4:18. E depois que ele tiver alcançado grandes bênçãos, ainda ouve a promessa: “Maiores coisas do que estas verás”, Jo. 1:50.

c) – Num crescimento normal, o crente cresce para os lados! A árvore cresce em

todas as direções: as raízes crescem para baixo, Os. 14:5; e os ramos para cima e aos lados, Os. 14:6. Do mesmo modo o crente deve, espiritualmente falando, crescer nessas direções.

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IX – A PRESERVAÇÃO NA SALVAÇÃO A Bíblia fala sobre as tentações, I Co. 10:13, sobre o tentador, Mt. 4:3, e sobre os

tentados, Tg. 1:12-14. Fala também sobre a possibilidade de o crente ter vitória sobre as tentações, Hb. 2:12; Rm. 8:37. Este assunto faz parte integral da doutrina da preservação do crente na salvação.

1– A tentação é uma arma terrível do nosso adversário: a) – A Tentação é um meio pelo qual satanás procura instigar o homem ao pecado,

seduzindo-o e induzindo-o a fazer o mal. A tentação aparece como isca, e vem acompanhada de laços, I Tm. 6:7-21 pelos quais o inimigo desperta a carne do homem para obedecer ao príncipe das trevas e afastar o homem de Deus. Ef.2:1-10. II Co.4:1-5; Tt.2:11-15; Rm.1:18-32.

b) – A origem da tentação é satanás, Mc. 1:13; I Co. 7:5, motivo porque o seu nome

é também tentador, I Ts. 3:5, ele procura com astúcia, apartar o homem de Deus; Deus não é e nem pode ser a origem da tentação, porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Tg. 1:13.

c) – Pôr que Deus não impede que a tentação venha? Deus que criou o homem com

livre arbítrio não impede que a tentação venha na vida do homem, porque pôr meio dela, o homem pode provar que, de coração, deseja obedecer à palavra de Deus. A tentação revela, o que está no coração do homem, Dt. 8:2. Quando o homem, na hora da tentação, invoca e a aceita o socorro de Jesus, Hb. 2:18; Hb.4:16, é aperfeiçoado. Tg. 1:2-4; e fica mais capacitado a discernir entre o bem e o mal, Hb. 5:14, e aprender a confiar mais em Deus, Sl. 30:7-12; Sl.116. Assim, é a tentação, se amarmos a Deus, contribui para o nosso bem, Rm. 8:28.

2 – A Tentação de Jesus. O próprio Jesus chegou a ser tentado pelo diabo! Motivos Pôr que foi Jesus

tentado: a) – Jesus foi tentado para provar que Ele realmente era um homem perfeito, sem

pecado. Hb. 2:18; Hb. 4:15. Nas suas tentações, Jesus tornou-se um exemplo para nós, I Pe.2:21. Mostrou que a tentação em si não é pecado, pois, embora tentando em tudo, permaneceu sem pecado, Hb.4:15.

Mostro também que o aparecimento da tentação na vida do crente não é um sinal de ser um crente fraco pois, embora Jesus fosse e é perfeito, foi tentado, mais, teve vitória total sobre as tentações. Essa vitória mostra-nos o caminho para termos sucessos nas tentações.

b) – As tentações que Jesus sofreu revelam as estratégias de satanás: c) – Na primeira tentação o inimigo procurou instigar Jesus a usar o poder que havia

recebido para exercer o seu Ministério, para seu próprio proveito. Mt. 4. Jesus realmente possuía e possui poder, para transformar pedras em pão, porque, mais tarde Ele multiplicou pão. Mt. 14:13-21. Mas Ele fez isso para glorificar seu Pai e para dar de comer a homens famintos e não para seu próprio proveito, na tentação Jesus recusou o uso de seu poder em beneficio próprio. Ao refutar o diabo, Jesus disse: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a PALAVRA QUE SAI DA BOCA DE DEUS” Mt.4:4. Essa “palavra da boca de DEUS” nos mostra que JESUS não queria fazer, e nem faz milagres conforme a vontade do inimigo, como muitos crentes que quer mostrar que Deus esta na vida deles e profetizam da carne ou do inimigo para satisfazer o seu próprio ego.

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Já nosso amado e Salvador Jesus Cristo provou que todos os milagres que Ele fez foi somente para a vontade de seu Pai.

Jesus não fazia milagres de si mesmo, porque Ele não buscava a sua vontade, mais sim à vontade do Pai.(DEUS) Jo. 5:19-47 Jesus não aceitou receber sugestão de satanás. Pôr isso, Ele venceu.

e) – Na segunda tentação, satanás propôs que Jesus se lançasse do pináculo do

templo para onde Ele havia sido levado, Mt.4:5-7, satanás tentou Jesus a assumir os riscos e a se mostrar corajoso, saltando de uma grande altura, JESUS rejeitou a proposta porque já mais obedece a satanás. A fim de tirar qualquer dúvida, em torno da sua proposta, satanás citou uma palavra das Escrituras que fala da proteção Divina, Sl. 91:11, 12; Mt.4:4-6. Porém, nesta citação, satanás omitiu a parte que fala da promessa de DEUS de guardar o Filho “EM TODO OS TEUS CAMINHOS” Sl.91:11. Jesus sabia que a promessa de DEUS não era para tentar a DEUS mais para a proteção nos caminhos traçados por DEUS.

f) – Na última tentação, satanás foi ainda mais atrevido, mostrou a JESUS num só

momento, todos os reinos do mundo e a glória deles, e disse-lhe: “Tudo isso darei se, prostrado, me adorares”, Mt. 4:8, 9. De que maneira satanás conseguiu mostrar isso a Jesus? A Bíblia revela que o diabo o transportou (levou a Jesus) Lc.4:5. porém o diabo prometeu aquilo que ele não possui, a Bíblia diz: “DO SENHOR É A TERRA E A SUA PLENITUDE” Sl.24:1, satanás não possui nada ele somente usurpou do poder maligno que exerce I Jo.5:19. Ademais, a glória que ele prometeu é passageira, I Pe.1; Dn.4, Jesus rejeitou o domínio e o poder oferecidos por satanás, porque ele não queria nenhuma autoridade que não fosse de Deus. Ele não queria uma coroa sem cruz, pôr isso escolheu o caminho da cruz e a coroa de espinhos, para, pôr ela, ganhar para nós uma coroa de justiça. II Tm.4:8, finalmente Jesus disse a satanás: “VAI-TE satanás, PORQUE ESTÁ ESCRITO: AO SENHOR TEU DEUS ADORARÁS, E SÓ A ELE SERVIRÁS, ENTÃO O diabo o deixou” Mt.4:10, a Bíblia diz devemos resistir ao diabo e ele fugirá de nós. Tg. 4:7, devemos nos sujeitar somente a DEUS.

3 – O caminho da vitória sobre as tentações: A Bíblia mostra que o crente tem possibilidades de vencer. Quando Jesus mandou

João escrever as sete igrejas da Ásia, Ap.1:1-11, citou a cada uma delas a palavra: “A QUEM VENCER” Ap.2; Ap.3, quem vencer, herdará todas as coisas; e Eu serei seu DEUS, e ele será meu filho, mas quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicários, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte. Ap.21:7, 8. assim, em todas as coisas somos mais do que vencedores pôr Aquele que nos amou. Rm. 8:37. Vejamos as condições para o caminho da vitória:

a) – O crente deve vigiar, a Bíblia diz:: “Bem-aventurado aquele que vigia e guarda

as suas veste, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas” Ap.16:15. Embora sejamos salvos e tenhamos colocado os nossos pés sobre a rocha, Sl. 40:2, devemos sentir a nossa inteira dependência de Deus e pedir: guarda-me continuamente a tua benignidade e a tua verdade, Sl.40:11.

Precisamos vigiar e orar, Ef.6:18; I Pe.4:7, em todo o tempo, Lc.21:36, diante dos ataques constantes do diabo, I Pe.5:8. nosso espírito esta pronto e a nossa carne é fraca, Mt.26:41, mas Jesus prometeu que se o pai da família vigiar por causa do ladrão, a sua casa não ficará minada, Mt.24:43. Deus ajuda aquele que vigia.

b) – O crente deve ter o propósito de permanecer no Senhor, At.11:23. Um

propósito firme gera firmeza de coração a qual proporciona poder sobre a vontade própria, I Co. 7:37. Foi com esse propósito de Daniel que ficou firme e fiel a Deus no palácio da

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Babilônia, Dn. 1:8. Foi também com esse propósito que Rute decidiu não se afastar da sua sogra Noemi, quando esta pretendia voltar para a terra prometida. Rute. 1:16-18. Este propósito firme não significa que o crente tem de lutar com o seu próprio poder. A Bíblia diz que Deus cumpre com poder todo o propósito de bondade e obra da fé, II Ts. 1:11. Deus que opera o querer, também opera o efetuar. Fp. 2:13. É Ele que lhe é agradável. Hb. 13:21. Desta maneira o crente se torna forte para resistir o diabo, Tg. 4:7, que, assim fugirá. O crente recebe força de Deus para se enfrear, Sl. 39:1, e fugir de toda aparência do mal, I Tm. 6:11-21; II Tm. 2:22, assim se conservará no caminho do SENHOR, I Jo.5:18.

c) – Aquele que mantém o mal a distância regulamentar, guarda a sua alma. A Bíblia

diz: “O que guarda a sua alma, retira para longe (do caminho perverso), Pv. 22:5”; Não se aproxime da porta da sua casa (do pecado)” Pv.5:8, “passa de largo” Pv.4:14,15; Sl.119:101, pois aquele que passa pela rua, perto da sua esquina, Pv.7:8, se põe em perigo. Quando Pedro seguiu de longe, po-se em perigo, Lc.22:54-62. pôr isso é que devemos seguir ao Senhor de perto, Sl.63:8. o crente deve também evitar a companhia daqueles que dão mal exemplo, I Co.15:33; Pv.22:24; Pv.20:19; Sl.1; Js.23:11-16; e não se impressionar com a maioria, para fazer o mal, Êx.23:2, errando com os que erram, Ez.44:10. a Bíblia diz: “ O ALTO CAMINHO E DESVIAR-SE DO MAL; O QUE GUARDA O SEU CAMINHO PRESERVA A SUA ALMA” Pv.16:17.

D) – O crente deve aceitar o socorro que JESUS oferece aos que estão tentados,

Hb.2:18, vejamos algumas maneiras pelas quais JESUS deseja dar-nos a vitória: e). Em primeiro lugar Jesus se ofereceu a si mesmo, para nos ajudar. Ele disse: “Eis

que estou convosco todos os dias”, Mt. 28:20. A Bíblia diz: todo aquele que crê no FILHO DE DEUS, vence o mundo, I Jo. 5:4, 5. pelo sangue de Jesus podemos ser vencedores, Ap.12:11. Mas se o crente for vencido pela tentação e buscar ajuda de Jesus. Ele vem ao encontro do crente vencido e o ajuda a reabilitar-se.

f). JESUS também que ajudar-nos a usar uma poderosa arma que temos, isto é a PALAVRA DE DEUS. Foi essa arma que Ele usou contra o tentador: “Vai-te satanás, porque esta ESCRITO”, Mt.4:10. Também poderemos vencer pela palavra de Deus, Sl. 119:11, 101; I Jo. 2:14. Usemos, pois, a poderosa, Hb. 4:12, que é uma espada aguda, Ef. 6:17, e a vitória: é a nossa esperança.

4) – Jesus ainda prometeu dar-nos o CONSOLADOR para nos ajudar obter vitória

sobre a carne, Gl. 5:16, e nos fortificar contra as hostes da maldade. Ef. 6:10-12. Aquele que está cheio do Espírito Santo pode vencer os dias maus, Ef. 5:16-18. Pela Unção, podemos ter vitória sobre o espírito do anticristo, I Jo. 2:18-20.

5)- Todos esses meios que Jesus nos oferece, pelas quais nos deseja dar vitória,

tornam-se poderosas e eficientes na vida do crente que vive em oração Jesus vinculou o poder para ter vitória sobre a carne: a ORAÇÃO. Ele disse: “VIGIAI E ORAI PARA QUE NÃO ENTREIS EM TENTAÇÃO”, Mt. 26:41. O Salmista Davi registrou a sua experiência nesse sentido: “INVOCAREI O NOME DO SENHOR E FICAREI LIVRE DOS MEUS INIMIGOS”, Sl. 18:3, que Deus nos ajude e nos guarde na hora da tentação.

6) – A DOUTRINA DA PRESERVAÇÃO NA SALVAÇÃO faz parte da doutrina da

Salvação. A questão principal é: “O permanece para sempre na Salvação, ou é possível perder-se depois de ter sido verdadeiramente Salvo?” Analisamos o assunto:

a) – Alguns teólogos ensinam: “uma vez Salvo, Salvo para sempre” com muita

convicção afirma que já mais se perderá aquele que uma vez foi salvo, quem é crente, é crente para sempre. Dizem que, embora o crente seja livre, a natureza da salvação tão profunda que

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ele já mais abandona a vida cristã, Deus preserva o crente em liberdade, e permanecerá para. Já no tempo dos Apóstolos havia esta corrente doutrinaria, a chamada doutrina dos nicolaítas. Ap.2:6-15, afirmava que a graça de Deus sobre os crentes é tão poderosa que os atos dos homens não os afastam dela, importa salientar que Jesus disse que aborrecia tal doutrina Ap.2:6, 15.

b) – A Bíblia refuta frontalmente a doutrina: “uma vez salvo, salvo para sempre”

dos nicolaítas. Veja que a palavra de Deus exorta o crente a permanecer fiel a Deus, e perseverar

até o fim. Mt. 10:22; Mc. 13:13. Somente o fato de a Bíblia exortar o crente a permanecer constitui prova de que

não concorda com a idéia de uma permanecia automática independente de atitude e do seu procedimento pessoal:

c) – JESUS mandou que os crentes permanecessem. “Se permanecerdes nas minhas

palavras, verdadeiramente sereis meus discípulos” Jo. 8:31, aquele que não permanecer em Jesus como a vara na videira, é lançado fora. Jo. 15:1-6.

d) – JESUS mandou os crentes vigiarem, Mc. 13:33, Ele disse: “Vigiai e orai, para que

não entreis em tentação” Mt. 26:41. É na hora da tentação que aparece o perigo de o crente se desviar, Lc. 8:13. Mas se ele estiver vigiando receberá a graça de vencer a carne. Mt. 26:21, e achará “ESCAPE” I Co. 10:13, e vencerá a batalha.

e) – E JESUS exortou a igreja em Filadélfia a que guardasse o que havia recebido.

“GUARDA O QUE TENS, PARA QUE NINGUÉM TOME A TUA COROA”, Ap.3:11. Ele não disse: “você já é salvo, e ninguém já poderá tomar a sua coroa” mais falou: “GUARDA” o mesmo conselho Ele deu a igreja de Tiatira. Ap.2:25, 26. Aliás, dá-nos idêntico conselho ainda hoje.

f) – A PALAVRA PERMANECER aparece muitas vezes na Bíblia Sagrada, os Apóstolos

aconselhavam sempre os crentes a permanecer na fé, At.14:22; I Ts. 3:2-5, e na graça, At.11:13; At.13:43, advertindo-os de que ninguém SEJA FALTOSO, separando-se da graça de Deus, Hb.12:15. Os que não entenderem a essa exortação correm o perigo de cai da graça, Gl. 5:4. Os que afirmam que uma vez na graça sempre na graça, estão induzindo muitos a transformar em libertinagem a graça de Deus, Jd.4, expondo-os ao perigo de receber a graça de Deus em vão. II Co. 6:1.

7) – A permanecia é explanada pôr meio de três exemplos do Velho Testamento,

nos quais Deus condicionou a manifestação do seu poder protetor à atitude dos homens de permanecer no lugar determinado pôr Ele:

a) – A SALVAÇÃO pela aspersão do sangue do Cordeiro Pascoal na noite em que os

primogênitos do Egito foram mortos, estava condicionada a obrigação de ninguém sair da casa, até pela manhã, Êx. 12:22-36.

b) – a proteção contra o vingador do sangue, que a cidade de refúgio proporcionava

ao homicida que havia matado alguém pôr erro, Nm.35:11-34, era condicionada ao dever de permanência na cidade, se o homicida de alguma maneira sair dos termos da cidade de refúgio e o vingador do sangue o achar fora e matar o homicida, não será culpado do sangue.

c) – A SALVAÇÃO prometida sob juramento, em nome do Senhor, a Raabe e a sua

família, na ocasião da conquista de Jerico pôr Israel, também era condicionada a obrigação de conservar uma fita cor de escarlata na sua janela, e cuidar que ninguém da sua família saísse

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da sua casa, pois para aquele que estivesse fora da casa, não haveria proteção, Js. 2:12-20. Observamos, assim, que o ato de ser um crente preservado na salvação não é automático, mas depende da sua atitude do permanecer no SENHOR.

8) – A BÍBLIA ADVERTE O CRENTE CONTRA O PERIGO de cair. Somente esta

expressão basta para mostrar a fraqueza e mentira da base doutrinaria que caracteriza o ensinamento, “uma vez salvo, salvo para sempre”.

a) –a Bíblia adverte: aquele que cuida esta de pé olhe não caia, I Co. 10:12. O Apostolo Paulo escreveu aos judeus que estavam em perigo apostatar da fé, Hb.4:11; Hb.3:15-19 e incentivou-os a não serem como os que se retiram para a perdição, mas como os que Crêem para a conservação da alma, Hb. 10:39. A Bíblia diz que aquele que endurece o coração virá a cair no mal, Pv.28:14, e que a altivez do Espírito precede á queda, Pv.16:18.

b) – Assim, observamos que a Bíblia incentiva e exorta aos crentes, a permanecer

na benignidade, de Deus, a fim de que não seja cortado, como o foram os Israelitas, que não permaneceram, Rm.11:20, pôr isso, diz a Bíblia: Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé, provai-vos a vós mesmos, ou não sabeis, quanto a vós, que Jesus Cristo esta em vós? Se não é que estais aprovados, II Co.13:5.

c)- Existe, para quem não tomar cuidado a possibilidade de ser reprovado de ter

crido em vão I Co.15:2. 9) – A BÍBLIA APRESENTA EXEMPLOS de pessoas que se desviaram da Salvação

esses exemplos, Hb.4:1,2, constitui uma prova incontestável de que a doutrina “uma vez salvo, salvo para sempre” não é aprovado na Bíblia:

a) – Ananias e safira eram crentes, membros da igreja em Jerusalém e sobre eles havia abundante graça, At.4:33, mas nela não permaneceram, pois permitiram quer o amor ao dinheiro os dominasse, I Tm. 6:10, 11, entrando no caminho da mentira e da perdição, pois deram lugar ao diabo, At.5:1-11.

b) – Judas Iscariotes era um dos doze discípulos de Jesus, o próprio Jesus deu poder a Judas, para curar os enfermos, limpar os leprosos, expulsar os demônios Mt. 10, ele estava entre aqueles que Jesus levantou e enviou para pregar a Palavra de Deus, pela palavra profética vemos que Judas Iscariotes era amigo intimo de Jesus, Sl. 41:9; Judas, porém, caiu na tentação de roubar as ofertas, pois ele era tesoureiro, Jo. 13:27-30; e era ladrão. Jo. 12:6. Assim abriu a porta para o inimigo entrar, Lc. 22:3 e desviou-se, mas ainda do que estava, pois traiu a Jesus; nosso amado Senhor e Salvador Jesus Cristo já tinha dito que Judas era um diabo. Jo. 6:69, 70, além disso, o nome de Judas foi riscado do livro da vida, Sl. 69:25-28, e um fato que antes seu nome estava no livro da vida, dons não salva ninguém, porque a vocação e os dons são sem arrependimento, Rm.11:29, nem todos que me diz Senhor entrará no Reino dos céus. Mt. 7:21-23, as bênçãos de Deus não vêm por intermédio de campanhas de prosperidades, nem através de dons espirituais, só tem uma coisa para sermos abençoados: é obedecermos a palavra de Deus e cumprirmos a sua vontade. Dt.28.

c) – O Rei Saul é um outro exemplo, ele recebeu o coração mudado, I Sm. 10:9, 10;

foi revestido pelo poder do Espírito Santo e até profetizou I Sm. 10:10, mas desobedeceu a palavra do Senhor, I Sm.13:13-15; I Sm.15:10-31; Deus o rejeitou, I Sm.15:23-31, o Espírito de Deus se retirou de Saul, I Sm.16:14. Depois de ter andado por caminhos tortuoso, Saul morreu a morte de suicida no monte de Gilboa, I Sm. 31:1-4.

d) – A esposa de Lo estava sendo retirada pelos Anjos da destruição de Sodoma

quando desobedecendo a palavra do Senhor, olhou para trás, e foi transformada numa estatua de sal, Gn. 19:25,26; Lc.17:20-32.

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e) – A Bíblia fala que se um justo se desviar do caminho da verdade tudo que ele

praticou não virá a memória ou seja, tudo que ele fez de bom será esquecido, mas na iniquidade que praticou, ele morrerá. Ez.33:1-20; Ez.18:24.

f) – O povo Israelita no deserto. A Bíblia relata que Deus depois de ter libertado os

Israelitas do Egito, e após terem sido batizados em Moisés e no mar, I Co. 10:1, 2, não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no deserto, I Co.10:5. Isto serve de figura para nós, e de advertência contra o perigo de cometermos os mesmos pecados que eles praticaram, isto é, cobiça, idolatria, apostasias, prostituição e murmuração, I Co.10:6-10, assim vemos que a permanecia na Salvação não é automática, pois aquele que não tomar cuidado pode perde-se .

X – A BÍBLIA DÁ UMA DEFINIÇÃO CLARA SOBRE A DOUTRINA DA PRESERVAÇÃO DO

CRENTE. O Espírito Santo quer, também nessa questão, guiar-nos em toda a verdade, Jo.

16:13. 1 – A Bíblia ensina que a preservação depende do poder de Deus com, o da atitude

do crente permanecer em Jesus! Vejamos que, tanto o Senhor Jesus Cristo como os apóstolos, falaram sobre este assunto:

a) – Jesus escreveu a igreja em Filadélfia: como guardaste a palavra da minha

paciência eu também te guardarei na hora da tentação, Ap.3:10. Jesus vinculou a guarda da sua palavra ao seu poder protetor, quando se referiu ao seu poder de guardar os crentes, as suas ovelhas, disse: Ninguém as arrebatará da mão, e acrescentou: Ninguém poder as arrebatar da mão do meu Pai, que quer dizer : ninguém poder no tirar da mão de Deus se permanecermos fies a Deus. Jo. 10:28, 29. Não existe um poder, nem na terra e nem no inferno capaz de fazer algo contra o poder da mão de Deus e de Jesus. Porém, Jesus advertiu sobre o perigo de o próprio crente afastar-se desta proteção, Jesus advertiu a seus discípulos quando vários dos que haviam crido tornaram atrás, e não, mas andavam com Ele, Jo. 6:66. Quereis vós também retirar-vos? Jo. 6:67, vemos que, se um crente voluntariamente sair da mão do Senhor, ele perde a sua Salvação que Deus no guarde.

b) – Paulo escreveu: Eu sei em que tenho crido e estou certo de quem é poderoso para guardar o meu deposito até aquele dia, II Tm. 1:12, e continua na mesma epístola: Acabei a carreira e guardei a fé, II Tm.4:7. Paulo referiu-se tanto ao poder guardador de Deus, que é o fator principal da nossa permanecia na fé. Por isso exortou os crentes a guardarem o deposito que lhes havia sido confiado. I Tm.6: 20; II Tm.1: 14. Diz ainda: O Deus de paz vos Santifique em tudo, I Ts. 5:23, e ordena: conservai-te a si mesmo puro, I Tm. 5:22. o crente deve confiar em Deus, Sl.37:5; Sl.125:1; II Co.1:9, mas também ter cuidado de si mesmo, I Tm. 4:16; At.28:20; Lc. 21:34-36; Hb. 12:15; II Jo.Versículo 8.

c) – Quando Paulo escreveu aos Efésios sobre o ataque de satanás contra eles, não

se expressou; Já sois Salvos e já mais podereis cair, pelo contrario, aconselho-os dizendo: Fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder, Revesti-vos de toda a armadura, para que possais estar firmes... E para que possais resistir no dia mal, e havendo feito tudo ficar firmes, Ef. 6:10-15. Neste conselho, Paulo destacou bem o valor indispensável do poder de Deus e a verdadeira fonte da vitória e da perseverança. Mas ele também salientou a responsabilidade do crente se revestir daquilo que Deus lhe entregou para a sua defesa espiritual. As diferentes partes da armadura de Deus representam aquilo que Jesus dá a todos os que se unem a Ele; cingidos na VERDADE, E vestidos da couraça da JUSTIÇA, e calçados os pés na preparação do

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Evangelho da PAZ; tomando sobre tudo o escudo da fé e o capacete da SALVAÇÃO, e a ESPADA DO ESPÍRITO, que é a PALAVRA DE DEUS, Ef. 6:13-17. Qualquer crente pode receber isso pela fé em JESUS. Cumpre-se aqui a palavra: “GRAÇAS A DEUS QUE NOS DÁ A VITÓRIA PÔR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO” I Co. 15:57.

d) – O Apóstolo Pedro também enfatizou ambos os lados da doutrina da

preservação. Ele escreveu: “Mediante a fé, estais guardados na virtude de DEUS”, I Pe.1:5, ele se refere, tanto a virtude de Deus, o principal fato de guardar, como á responsabilidade que tem cada crente de viver nessa virtude PELA FÉ, pois, sem fé essa virtude nada aproveita. A Bíblia diz: Não pôr força nem pôr violência, mas pelo meu poder, diz o Senhor dos exercito. Zc. 4:6. O caminho certo para preservar o crente na Salvação é mediante a fé guardada na virtude de Deus para a Salvação já a se revelar no último tempo, I Pe.1:5. Assim, chegaremos lá.

2) – A BÍBLIA MOSTRA o caminho de arrependimento e do perdão. Para o crente guarda-se no caminho da Salvação, importa que ande na luz, como o

Senhor na luz está! Então, o sangue de Jesus purifica de qualquer falta que tiver cometido contra Deus, I Jo. 1:7-9. a atitude normal é o crente não pecar, mas se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo o Justo. I Jo. 2:1-6. Jesus viu graves faias nas igrejas na Ásia menor que constituíam perigo e ameaça de morte espiritual, Ap.3:1, e perda do Castiçal. O próprio Jesus disse que batalharia contra elas, Ap.2:16. Todavia, Jesus não ensinou as igrejas que sendo “já uma vez salvas, estariam salvas para sempre”, pelo contrario, advertiu aquela igreja dizendo: Arrepende-te! Ap.2:5,16,21. Ap.3:3,19.

Um crente que vigia e se arrepende de qualquer falta cometida conserva a sua alma lavada no sangue de Jesus e, confiando no poder de Deus, pode permanecer no caminho do Senhor até o fim que Deus nos guarde.

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METODOLOGIA CIENTÍFICA

Teoria científica é o conjunto de conhecimentos que procura explicar, com alto grau de

exatidão, fenômenos abrangentes da natureza, ou seja, é diferente do significado da palavra "teoria" utilizada no dia a dia, no senso comum, quando dizemos que algo “é apenas uma teoria”, no sentido de que é uma mera especulação. Um exemplo de teoria científica é a Teoria da Evolução, que explica como espécies se transformam ao longo do tempo.

O método científico engloba a observação de um fato; elaboração de uma “pergunta” acerca desse fato, com base em uma teoria que precisa ser explicada; e formulação de uma hipótese, consistindo em possíveis respostas testáveis para esta pergunta.

Muitas vezes o cientista testa sua hipótese por meio de situações experimentais como forma de confirmar ou refutar suas deduções. Quando é refutada, esse deverá modificar a hipótese ou substituí-la por outra.

Geralmente, quando são necessárias experimentações, utiliza-se um “grupo-controle”, que será o objeto de comparação. Por exemplo, para verificar se a água de determinado ribeirão está poluída pode-se utilizar métodos de ecotoxicologia, que constitui em depositar concentrações crescentes desta água em diferentes aquários contendo dois peixes de mesma espécie e idade (grupo experimental) e, como grupo controle, dois peixes em um aquário contendo água de torneira. Após o tempo necessário, compara-se a situação dos animais das diferentes concentrações com o grupo experimental, permitindo que os resultados e hipóteses sejam validados ou não.

A publicação em revistas científicas especializadas seria a última etapa do processo. Esta é uma forma de divulgar o trabalho e permitir que outros cientistas repitam a experiência e confiram os resultados ou se baseiem para outras pesquisas.

Hipóteses confirmadas por diversas experiências e experimentos poderão ser consideradas leis e um conjunto de leis e hipóteses poderão formar uma teoria. Todas as duas, apesar da credibilidade no meio científico, podem ser corrigidas e aperfeiçoadas à medida que novas descobertas são lançadas. O fato, muitas vezes confundido também com o que vem a ser teoria, reformula e rejeita esta, na medida em que teorias são passíveis de modificação: ele redefine e esclarece-as, melhorando os conceitos propostos por elas.

1. COMO FAZER MONOGRAFIA? Redação da Monografia Fonte: Manual de orientação de monografia da Uniceub Apresentação Parte-se da premissa de que os trabalhos serão realizados com o emprego do

programa processador de textos Word, da Microsoft, pois, de acordo com pesquisa feita na comunidade interessada, este é o mais. Ademais, referido programa está disponível nos computadores do laboratório de informática da instituição.

O manual tem por meta servir como fonte rápida e prática de consulta aos alunos; assim, somente os tópicos mais comuns serão tratados, buscando-se a concisão e a simplicidade na exposição.

Na elaboração do presente manual, foram empregadas como principais fontes de consulta as normas da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, especialmente a NBR 6032/1989 e a NBR 6023/2000, além de outras fontes bibliográficas indicadas no final deste volume.

2. TERMINOLOGIA Não obstante o uso de muitos termos concernentes ao tema não ser uniforme entre os

pesquisadores, neste capítulo pretende-se estabelecer uma padronização do emprego dos vocábulos mais comuns, o que, por certo, será de utilidade geral e para a compreensão deste trabalho.

Termo Significado

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Projeto de pesquisa Relatório escrito apresentado ao final da disciplina MONOGRAFIA I, no qual o acadêmico especifica o problema que pretende pesquisar, situando-o espacial e temporalmente, expõe qual é o seu marco teórico de referência (impressões iniciais sobre o problema) e indica os meios e os métodos a serem empregados. [15]

Relatório de pesquisa Narração escrita, ordenada e minuciosa daquilo que foi apurado em um trabalho de pesquisa.

Monografia Genericamente, qualquer relatório de pesquisa versando assunto específico; destarte, opõe-se a manual, que trata de toda uma disciplina ou de assuntos amplos.

Trabalho acadêmico Qualquer relatório de pesquisa apresentado em disciplinas de cursos de graduação e pós-graduação.

Monografia de conclusão de curso Relatório de pesquisa versando assunto específico como requisito para a conclusão de curso de graduação ou pós-graduação lato sensu. Também conhecido como “trabalho de conclusão de curso”.

Dissertação Relatório de pesquisa versando assunto específico, no qual o autor deve demonstrar capacidade de sistematização e de domínio sobre o tema, como requisito para a conclusão de curso de mestrado.

Tese Relatório de pesquisa versando assunto específico, no qual o autor deve demonstrar capacidade de sistematização e de domínio sobre o tema, abordando-o de maneira original e contributiva ao progresso da ciência, como requisito para a conclusão de curso de doutorado.

Artigo Trabalho monográfico publicado em revista ou jornal e, por isso, geralmente de pequena extensão.

Resenha Trabalho de síntese de obra de terceira pessoa. Abstractou resumo Síntese da monografia (geralmente teses e dissertações),

apresentada em um único parágrafo, inserida logo após o sumário, escrita na língua do texto principal e também traduzida para a língua estrangeira.

Orientador Professor da instituição encarregado de conduzir a pesquisa dos acadêmicos na elaboração de monografias.

3. FORMATAÇÃO BÁSICA 1.1. IMPRESSÃO O papel de impressão das monografias de conclusão de curso e demais trabalhos

acadêmicos deve ter o tamanho 210x297mm (modelo A4), ser branco e apresentar boa qualidade de absorção da tinta.

A impressão deve ser feita somente em um dos lados do papel. A impressão do texto principal deve ser feita em tinta preta, podendo ser empregados

tons de cinza na formatação dos títulos; outras cores, mormente as mais vivas, devem ser de uso restrito às eventuais ilustrações, fotos e tabelas.

3.2. ENCADERNAÇÃO A encadernação serve para facilitar o manuseio e a conservação das laudas da

monografia e deve ser feita, preferencialmente, com mola espiral e com o emprego de capas plásticas, sendo a primeira branca e transparente, e a última, preta e opaca.

Depois de aprovada a monografia, o aluno deverá depositar um volume da versão definitiva em disquete no formato Word.

3.3. MARGENS Adotam-se as seguintes margens-padrão, na visualização da configuração da página do

Word (alt+A/o)[16]: 3.4. FONTES Deve ser utilizada, para o corpo da monografia, a fonte Times New Roman, estilo

normal, tamanho 12. 3.4.1. USO DE ASPAS E DOS ESTILOS NEGRITO, ITÁLICO E SUBLINHADO

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Antigamente indicava-se o uso de aspas e dos estilos de fonte itálico, negrito e sublinhado indistintamente para destacar palavras estrangeiras, títulos das obras, dos capítulos, de palavras não usuais, de transcrições etc.. Isso encontrava justificativa no passado, pois não se podia exigir que os acadêmicos dispusessem de máquinas datilográficas com tantos tipos diferenciados. Todavia, não há mais justificativa para tanto, tendo em vista que o programa processador de textos dispõe de todos estes recursos. Assim, recomenda-se o seguinte:

O emprego de aspas para destacar transcrições de textos; O uso do itálico para destacar palavras ou frases em língua estrangeira; O emprego do negrito para destacar o nome de uma monografia ou um de um

capítulo, bem como palavras de efeito e expressões principais contidas em um parágrafo; o uso do estilo sublinhado somente para destacar links (vínculos) empregados em

informática. 3.5. PARÁGRAFOS A formatação específica dos principais estilos de parágrafos será estabelecida a seguir.

Devem ser evitadas as linhas órfãs/viúvas. É recomendável que o acadêmico, para facilitação do seu trabalho, tenha domínio do uso da função estilo do processador de texto (alt+F/s)

2. NOTAS DE RODAPÉ Empregam-se notas de rodapé para a inclusão de textos e explicações de importância

não essencial para a compreensão do texto principal, remissões a outras partes do trabalho (referências cruzadas), advertências, bem como para indicações bibliográficas, transcrições e ideias contidas em outros trabalhos.

O objetivo da inclusão das notas de rodapé é o de não desviar a atenção do leitor do texto principal para elementos de importância secundária, mantendo-o enxuto.

A citação em nota de rodapé terá o formato deste, independentemente do número de linhas, sendo iniciada e encerrada pelas aspas.

A apresentação do parágrafo de notas de rodapé deve vir em fonte 2 pontos menor que a do parágrafo normal e seguir as seguintes orientações:

3. CABEÇALHO O cabeçalho é opcional e pode conter o título da monografia, o nome do autor ou

ambos, ou ainda o título do capítulo ou da seção. Não deve ser visível na primeira página de cada seção (capítulo) nem nos elementos

pré-textuais. A apresentação do parágrafo de cabeçalho deve vir em fonte 2 pontos menor do que a

do parágrafo normal e seguir as seguintes orientações: 4. CAPÍTULOS A divisão da monografia em capítulos, seções etc. tem por objetivo facilitar a

identificação de partes do texto integral, quer para despertar a atenção do leitor para a ideia central do trabalho, quer para facilitar a sua localização.

Sendo assim, não existem regras fixas para sua determinação – divide-se um texto em capítulos e subcapítulos quando o autor entender necessário, conforme perceba que o tema mereça destaque. Não se nomeiam como capítulos a introdução e a conclusão.

5. TÍTULOS Título é a designação que se põe no começo da monografia, de suas partes, capítulos e

seções, e que indica o tema-objeto do texto a seguir, servindo para facilitar a identificação do trabalho ou de parte dele.

5.1. TÍTULO DA MONOGRAFIA O título da monografia é inserido na folha de rosto, na seguinte formatação: parágrafo:

centralizado verticalmente; espaçamento entre linhas: 1,2; sem recuos; fonte: tamanho 16, negrito, todas maiúsculas. O título da monografia, evidentemente, não recebe qualquer numeração, pois é único.

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5.2. TÍTULOS DOS CAPÍTULOS E SEÇÕES Os títulos dos capítulos e de suas seções (tantas quantas houver) são apresentados em

parágrafos com alinhamento justificado, espaçamento entre linhas simples, com recuo especial de deslocamento, fontes e espaços variados conforme seu nível, recebendo numeração em algarismos arábicos, da seguinte forma:

nível Fonte espaçamento recuo especial deslocamento numeração Tamanho estilo antes depois título 1(nível de capítulo) 14 todas em maiúsculas, negrito 66 18

0,76 1. título 2 (1.ª seção ou divisão de um capítulo) 13 negrito, minúsculas 12

12 1,02 1.1. título 3(subdivisão) 13 itálico, minúsculas 12 12 1,27 1.1.1. título 4(próxima subdivisão) 12 negrito, minúsculas 12 12 1,52

1.1.1.1. título 5(próxima subdivisão) 12 itálico, minúsculas 12 12 1,78

1.1.1.1.1. Os números (1.1...) seguem a formatação do título. Mesmo quando dois ou mais títulos se encontram em sequencia, sem texto principal

entre si, não devem ser adicionados espaços extras entre a margem esquerda e o número do título inferior (para destacá-lo), ou seja, o alinhamento vertical dos primeiros números dos diversos níveis de títulos é sempre o mesmo, junto à margem esquerda. Desta forma:

1. TÍTULO 1 Texto texto texto 1.1 Título 2 Texto texto texto 1.1.1 Título 3 Texto texto texto 9. PAGINAÇÃO As páginas que compõem o trabalho seguem duas numerações: os elementos pré-textuais recebem numeração em algarismos romanos, colocada no

centro da margem inferior das páginas. Tal contagem é iniciada com a folha de rosto, mas esta, por questão de estética, não recebe número;

o texto principal recebe numeração em algarismos arábicos, colocada na margem superior direita (junto ao cabeçalho, se houver), independente dos elementos pré-textuais (inicia, portanto, em 1). Também por questão de estética, a página de início de capítulo não recebe número (nem cabeçalho);

os elementos pós-textuais seguem a numeração do texto principal, mas não recebem cabeçalho.

5. ESTRUTURA DA MONOGRAFIA As monografias são compostas dos seguintes elementos, na ordem de apresentação: elementos pré-textuais, isto é, tudo o que vem antes do texto principal: CAPA; FOLHA DE ROSTO; EPÍGRAFE (opcional); FOLHA DE APROVAÇÃO; DEDICATÓRIA;

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AGRADECIMENTOS; SUMÁRIO; LISTAS; RESUMO. Texto principal, composto de introdução, desenvolvimento e conclusão; Elementos pós-textuais, isto é, tudo o que vem após o texto principal: GLOSSÁRIO; REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS; ÍNDICES; ANEXOS; 6. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 6.1. CAPA A capa serve de proteção às páginas do volume que compõe a monografia; deve ser do

mesmo tamanho das páginas (A4), de plástico transparente branco, para melhor proteger o documento e para permitir ao leitor a visualização da folha de rosto.

Uma capa também deve ser posta após a última página do trabalho, com o mesmo escopo de proteção e manuseio; esta, todavia, deve ser de cor escura, de preferência preta, e opaca.

Como já se viu, a capa não é contada na numeração das páginas. FOLHA DE ROSTO A folha de rosto serve para permitir ao leitor a imediata identificação do autor da

monografia, do seu tema (através do título), da instituição para a qual foi apresentada, quem foi o seu orientador e o ano de conclusão.

Variadas formatações das folhas de rosto são apresentadas nos diversos manuais de orientação. Entrementes, optou-se pela seguinte:

No alto da página (a 3 cm da margem superior): nome do autor; No fim do primeiro terço da página (em 11cm), centralizado, o título da monografia; Logo abaixo (em 15cm), um parágrafo cuja margem esquerda se inicia no alinhamento

vertical do centro do parágrafo do título da monografia, indicando a natureza acadêmica do trabalho, a instituição de ensino e o nome do professor ou orientador;

Na parte mais baixa (em 26cm), em parágrafos centralizados e sobrepostos, a localidade (a indicação da unidade federativa somente será obrigatória se a localidade tiver homônima) e a data de conclusão do trabalho, incluindo, no mínimo, o ano. Exemplo:

JOAQUIM JOSÉ DA SILVA O SISTEMA TRIBUTÁRIO PORTUGUÊS E A DERRAMA NO BRASIL Monografia apresentada como requisito para conclusão do curso de bacharelado em

Direito do Centro Universitário de Brasília Orientador: Prof. Lima e Silva BRASÍLIA 2002 6.3. FOLHA DE APROVAÇÃO 6.4. SUMÁRIO O sumário é a enumeração dos títulos dos capítulos e suas divisões, com indicação da

página de seu início, tendo por objetivo facilitar ao leitor a localização de textos na monografia. Deve ser adequado ao tamanho do trabalho.

É importante destacar que, se o acadêmico tiver domínio do uso da função estilos do processador de textos Word, e os tiver empregado no corpo do trabalho, poderá se poupar do

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esforço de elaborar o sumário, pois o programa insere-o automaticamente quando requerido (Alt+I/c/l)[25], inclusive indicando a página em que o título é encontrado.

RESUMO Elemento obrigatório, constituído de uma sequência de frases concisas e objetivas e

não de uma simples enumeração de tópicos, não ultrapassando 500 palavras, seguido, logo abaixo, das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores, conforme a NBR 6028.

7. ELEMENTOS TEXTUAIS 12.1. INTRODUÇÃO A introdução é a apresentação sucinta e objetiva do trabalho, que fornece informações

sobre sua natureza, sua importância e sobre como foi elaborado: objetivo, métodos e procedimentos seguidos.

Em outras palavras, é a parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho.

Lendo a introdução, o leitor deve sentir-se esclarecido a respeito do tema do trabalho como do raciocínio a ser desenvolvido.

Como forma de esclarecer nossos clientes a respeito do trabalho desenvolvido por nossa equipe, bem como para explicar como é feita a divisão do texto em capítulos, seções e subseções, a seguir apresentar-se-á comentários sobre a metodologia utilizada, que segue rigorosamente os padrões estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

DESENVOLVIMENTO É a parte principal do texto, descrevendo com detalhes a pesquisa e como foi

desenvolvida. Os resultados destas pesquisas devem ser inseridos seguindo a seguinte ordem: 12.2.1. O QUE No primeiro capítulo é demostrado com detalhes do se trata a sua temática. 12.2.2. PORQUE No segundo capítulo são explicados os fatores responsáveis porque isso estar

acontecendo. 12.2.3. CONSEQUÊNCIAS No terceiro capítulo são explanados os danos, os prejuízos que a sociedade, ou o

grupo, ou alguém estão tendo consequentemente a esse fator principal. 12.2.4. COMPARAÇÃO ENTRE AS TEORIAS PESQUISADAS No quarto capítulo o acadêmico mostrará as concordância e as discrepâncias entre os

autores pesquisados. 12.2.5. POSSÍVEIS SOLUÇÕES No quinto capítulo o acadêmico pode até mesmo mudar os pronomes na terceira

pessoa, para a primeira. Porque aqui, ele mostrará a sua opinião, sobre a possível solução para o problema.

12.3. CONCLUSÃO É a síntese dos resultados do trabalho e tem por finalidade recapitular sinteticamente

os resultados da pesquisa elaborada. Onde o acadêmico pode dissertar e fazer apelos com base em cada capítulo introduzido e desenvolvido.

13. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS São os elementos que tem relação com o texto, mas que, para torná-lo menos denso e

não prejudicá-lo, costumam vir apresentados após a parte textual. Dentre os elementos pós-textuais temos as referências, o glossário, o apêndice, o

anexo, o índice.

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Dentre os elementos pós-textuais, destacam-se: 1) Referências (obrigatório): conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados

de documentos, de forma e permitir sua identificação individual. As referências bibliográficas das monografias devem seguir o padrão NBR 6023, que fixa a ordem dos elementos das referências e estabelece convenções para transcrição e apresentação da informação originada do documento e/ou outras fontes de informação;

2) Anexo(s) (opcional): é um texto não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração para a monografia. Em monografias jurídicas, por exemplo, pode-se colocar uma lei de importância fundamental para o entendimento do texto.

14. DA APRESENTAÇÃO GRÁFICA A seguir está descrito o padrão recomendado pela ABNT (NBR 14724), que foi

elaborado para facilitar a apresentação formal dos trabalhos acadêmicos. 14.2. FORMATO E MARGENS Os trabalhos devem ser digitados em papel branco A4 (210 mm x 297mm), digitados

em uma só face da folha. De acordo com a NBR 14724, o projeto gráfico é de responsabilidade do autor do

trabalho. Recomenda-se, para digitação, a utilização de fonte tamanho 12 para o texto e

tamanho menor para citações de mais de três linhas, notas de rodapé, paginação e legendas das ilustrações e tabelas.

Com relação às margens, a folha deve apresentar margem de 3 cm à esquerda e na parte superior, e de 2 cm à direita e na parte inferior.

14.3. ESPACEJAMENTO Todo o texto deve ser digitado com espaço duplo, exceto nas citações diretas

separadas do texto (quando com mais de três linhas), nas notas de rodapé, nas referências no final do trabalho e na ficha catalográfica.

As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por espaço duplo. Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede ou que os

sucede por dois espaços duplos. 15. NOTAS DE RODAPÉ As notas devem ser digitadas dentro das margens, ficando separadas do texto por um

espaço simples de entrelinhas e por filete de 3 cm, a partir da margem esquerda. 16. NDICATIVOS DE SEÇÃO O indicativo numérico de uma seção precede seu título, alinhado à esquerda, separado

por um espaço de caractere. 17. NUMERAÇÃO PROGRESSIVA Para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho, deve-se adotar a

numeração progressiva para as seções do texto. Os títulos das seções primárias, por serem as principais divisões de um texto, devem iniciar em folha distinta. Destacam-se gradativamente os títulos das seções, utilizando-se os recursos de negrito, itálico ou grifo e redondo, caixa alta ou versal, e outro, conforme a NBR 6024, no sumário e de forma idêntica, no texto.

Exemplo: 1 Seção Primária – (TÍTULO 1) 1.1 Seção Secundária – (TÍTULO 2) 1.1.1 Seção terciária – (Título 3) 1.1.1.1 Seção quartenária – (Título 4) 1.1.1.1.1 Seção quinária – (Título 5)

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Na numeração das seções de um trabalho devem ser utilizados algarismos arábicos, sem subdividir demasiadamente as seções, não ultrapassando a subdivisão quinária.

Importante ressaltar, também, que os títulos das seções primárias – por serem as principais seções de um texto, devem iniciar em folha distinta.

Os títulos sem indicativo numérico, como agradecimentos, dedicatória, resumo, abstract, referências e outras, devem ser centralizados.

18. DAS CITAÇÕES Esta seção aborda o assunto das citações, que trata-se da menção, no texto, de uma

informação extraída de outra fonte. O autor utiliza-se de um texto original para extrair a citação, podendo reproduzi-lo

literalmente (citação direta), interpretá-lo, resumi-lo ou traduzi-lo (citação indireta), ou extrair uma informação de uma fonte intermediária.

De acordo com a NBR 14724 (AGO 2002), recomenda-se, para digitação, a utilização de fonte tamanho 12 para o texto e tamanho menor para citações de mais de três linhas, notas de rodapé, paginação, entre outros elementos.

O item 5.6 da NBR 14724 orienta que “as citações devem ser apresentadas conforme a NBR 10520”. Portanto, as regras referentes à citações, que podem ser diretas ou indiretas, se encontram na NBR 10520 (AGO 2002).

18.1. CITAÇÕES DIRETAS Para citações diretas com mais de três linhas, deve-se observar apenas o recuo de 4

cm da margem esquerda. A citação ficaria da seguinte forma: Para viver em sociedade, necessitou o homem de uma entidade com força superior,

bastante para fazer as regras de conduta, para construir o Direito. Dessa necessidade nasceu o Estado, cuja noção se pressupõe conhecida de quantos iniciam o estudo do Direito Tributário. (MACHADO, 2001, p. 31).

Importante observar que nas citações indiretas deve-se colocar o sobrenome do autor (em letra maiúscula), o ano da publicação da obra e o número da página onde foi retirado o texto.

Por outro lado, na lista de referências bibliográficas, ou seja, no final da monografia, deverá constar a referência completa da seguinte forma:

MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 19. ed. São Paulo: Malheiros, 2001.

As citações diretas, no texto, de até três linhas, devem estar contidas entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação. A seguir, temos o exemplo deste tipo de citação:

Bobbio (1995, p. 30) com muita propriedade nos lembra, ao comentar esta situação, que os “juristas medievais justificaram formalmente a vaidade do direito romano ponderando que este era o direito do Império Romano que tinha sido reconstituído por Carlos Magno com o nome de Sacro Império Romano”.

Na lista de referências: BOBBIO, Norberto. O positivismo jurídico: lições de Filosofia do Direito. São Paulo:

Ícone, 1995. 18.2. CITAÇÕES INDIRETAS Citações indiretas (ou livres) são a reprodução de algumas ideias, sem que haja

transcrição literal das palavras do autor consultado. Apesar de ser livre, deve ser fiel ao sentido do texto original. Não necessita de aspas. A seguir, alguns exemplos de citações indiretas:

De acordo com Machado (2001), o Estado, no exercício de sua soberania, exige que os indivíduos lhe forneçam os recursos de que necessita, instituindo tributos. No entanto, a instituição do tributo é sempre feita mediante lei, devendo ser feita conforme os termos estabelecidos na Constituição Federal brasileira, na qual se encontram os princípios jurídicos fundamentais da tributação.

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Conforme visto supra, nas citações indiretas, diferentemente das citações diretas, não é necessário colocar o número da página onde o texto foi escrito.

18.3. NOTAS DE RODAPÉ No que se refere a notas de rodapé, de acordo com a NBR 10520, deve-se utilizar o

sistema autor data para as citações do texto e o numérico para notas explicativas. As notas de rodapé podem ser conforme as notas de referência (ver tópico 3.5) e

devem ser alinhadas, a partir da segunda linha da mesma nota, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente e sem espaço entre elas e com fonte menor.

Exemplos: _________________ 1 Veja-se como exemplo desse tipo de abordagem o estudo de Netzer (1976). Encontramos esse tipo de perspectiva na 2ª parte do verbete referido na nota anterior,

em grande parte do estudo de Rahner (1962). 18.4. NOTAS DE REFERÊNCIA Ao fazer as citações, o autor do texto pode fazer a opção de colocar notas de

referência, que deverá ser feita por algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para cada capítulo ou parte. Não se inicia a numeração a cada página.

A primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua referência completa. Exemplo: No rodapé da página: _____________________ 8 FARIA, José Eduardo (Org.). Direitos humanos, direitos sociais e justiça. São Paulo:

Malheiros, 1994. Conforme visto supra, a primeira citação de uma obra, obrigatoriamente, deve ter sua

referência completa. As citações subsequentes da mesma obra podem ser referenciadas de forma abreviada, podendo ser adotadas expressões para evitar repetição desnecessária de títulos e autores em nota de rodapé.

As expressões com abreviaturas são as seguintes: a) apud – citado por; b) idem ou Id. – o mesmo autor; c) ibidem ou Ibid. – na mesma obra; d) sequentia ou et. seq. – seguinte ou que se segue; e) opus citatum, opere citato ou op. cit. – na obra citada; f) cf. – confira, confronte; g) loco citato ou loc. cit. – no lugar citado; h) passim – aqui e ali, em diversas passagens; 3.20. Notas explicativas Notas explicativas são as usadas para a apresentação de comentários, esclarecimentos

ou considerações complementares que não possam ser incluídas no texto, devendo ser breves, sucintas e claras. Sua numeração é feita em algarismos arábicos, únicos e consecutivos e não se inicia a numeração a cada página.

19. O LINGUAJAR NA MONOGRAFIA Nunca diz em trabalhos acadêmicos: “para mim”, “eu acho”, ou, “tem que ser assim”.

Mas sempre diz: “segundo as pesquisas”, ou, “segundo”, ou, “para”, ou, “conforme” (fulano). Evite repetição de palavra e não afirma nada, tudo é: “segundoo resultado da (s) pesquisa (s).”

Sempre quando é dito conforme as pesquisas é preciso mostrar as referências de onde foram efetuadas.

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20. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Referência é o “* . . . + conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um

documento, que permite sua identificação individual” (ABNT, 2002, p. 2) no todo ou em parte, impressos ou registrados em diversos tipos de suporte.

Consultar a ABNT específica para elaboração de referências: NBR 6023/2002. Incluir na lista apenas as fontes que efetivamente foram utilizadas para a elaboração

do trabalho. Pode-se separar os documentos bibliográficos de outros tipos de fonte (discos, filmes,

fitas, etc.), recebendo o título de FONTES CONSULTADAS. Pode-se incluir, também, uma BIBLIOGRAFIA RECOMEDADA onde são indicadas outras

referências para aprofundamento do assunto. As referências devem ser listadas em ordem alfabética única de autor (es) e/ou

título(s). Em casos específicos, podem ser numeradas e arranjadas por assunto, autor ou correspondendo ao sistema numérico adotados nas citações Substituir o nome do autor de várias obras referenciadas sucessivamente por um traço equivalente a 6 (seis) toques e ponto (______.), nas referências seguintes à primeira.

As referências devem aparecer, sempre, alinhadas somente à margem esquerda e de f orma a se identificar individualmente cada documento, em espaço simples e separadas entre si por espaço duplo.

Os elementos da referência devem ser obtidos na folha de rosto, no próprio capítulo ou artigo e, se possível, em outras fontes equivalentes.

Para mais informações, consultar a norma da ABNT específica para elaboração de referências: NBR 6023/2002.

19.1. EXEMPLO DE REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DE UM LIVRO AUTOR: SOBRENOME, Prenome. OBRA: Título: subtítulo. EDIÇÃO: a partir da 2ª Edição. LOCAL: Somente a Cidade seguida de dois pontos (:) EDITORA: Se a Editora tiver em seu título a palavra, “Editora”, só registre as demais

palavra, isente registrar a palavra editora. ANO: ano de publicação. PAGINAS: nº de pág. (opcional) NÚMERO DE SÉRIE; (Série) (opcional) Ex.: WEISS, Donald. Como Escrever com Facilidade. São Paulo: Círculo do Livro, 1992. 6023/2002. FORMAS DE ENTRADA NAS REFERÊNCIAS SEGUNDO A NBR 6023/2002 ENTRADA EXEMPLOS Um autor CASTRO, Cláudio de Moura. Dois autores CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Três autores ENRICONE, Délcia; GRILLO, Marlene; CALVO HERNANDEZ, Ivone. Mais de três autores RIBEIRO, Ângela Lage et al. Organizador, compilador, etc. D'ANTOLA, Arlette (Org.). Entidade coletiva UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Faculdade

de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação. SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente.

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BRASIL. Ministério da Educação. CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO (RS). Eventos (congressos, conferências, encontros...) CONGRESSO BRASILEIRO DE

EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR, 6., 1995, Porto Alegre. Referência Legislativa (leis, decretos, portarias...) BRASIL. Constituição, 1988. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Título (autoria não determinada) AVALIAÇÃO da Universidade, Poder e

Democracia. DOCUMENTOS CONSIDERADOS NO TODO Livro SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Nota de tradução.* Edição.** Local:

Editora, ano de publicação. nº de pág. (opcional) (Série) (opcional) Ex.: WEISS, Donald. Como Escrever com Facilidade. São Paulo: Círculo do Livro, 1992. Periódico TÍTULO DA PUBLICAÇÃO. Local: editor, ano do primeiro volume e do

último, se a publicação terminou. Periodicidade (opcional). Notas especiais (títulos anteriores, ISSN etc.) (opcional).

Ex. : EDUCAÇÃO & REALIDADE. Porto Alegre: UFRGS/FACED, 1975- Entrevista ENTREVISTADO. Título. Local: data. Nota da Entrevista. Ex. : CRUZ, Joaquim. A Estratégia para Vencer. Pisa: Veja, São Paulo, v. 20, n. 37, p. 5-8, 14

set. 1988. Entrevista concedida a J.A. Dias Lopes. Dissertação e Tese SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Local: Instituição,

ano. nº de pág. ou vol. Indicação de Dissertação ou tese, nome do curso ou programa da faculdade e universidade, local e ano da defesa.

Ex.: OTT, Margot Bertolucci. Tendências Ideológicas no Ensino de Primeiro Grau. Porto

Alegre: UFRGS, 1983. 214 p. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1983.

Evento (congresso, conferência, encontro...) NOME DO EVENTO, nº do evento, ano, local. Título. Local: Editor, ano de publicação. nº de pág. (opcional)

Ex. : SEMINÁRIO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO, 3., 1993, Brasília. Anais. Brasília: MEC, 1994.

300 p. Documento eletrônico SOBRENOME, Prenome. Título. Edição. Local: ano. Nº de pág.

ou vol. (Série) (se houver) Disponível em: <http://...> Acesso em: dia mês(abreviado) ano. Ex. : MELLO, Luiz Antônio. A Onda Maldita: como nasceu a Fluminense FM. Niterói: Arte &

Ofício, 1992. Disponível em: <http://www.actech.com.br/aondamaldita/ creditos.html> Acesso em: 13 out. 1997.

Dicionário e Enciclopédia SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Edição. (se houver) Local: Editora, data. Nº de páginas ou vol. (opcional)

Ex. : FERREIRA, Aurélio B. de Hollanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de

Janeiro: Nova Fronteira, 1986. 1838 p. ou ENCICLOPÉDIA Mirador Internacional. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil,

1995. 20 v. Programa de Televisão e Rádio TEMA. Nome do Programa. Cidade: nome da TV ou

Rádio, data da apresentação do programa. Nota especificando o tipo de programa (rádio ou TV)

Ex. :

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UM MUNDO ANIMAL. Nosso Universo. Rio de Janeiro, GNT, 4 de agosto de 2000. Programa de TV.

CD-ROM AUTOR. Título. Edição. Local de publicação: Editora, data. Tipo de mídia.

Ex. : ALMANAQUE Abril: sua fonte de pesquisa. São Paulo: Abril, 1998. 1 CD-ROM E-MAIL (não é recomendado seu uso como fonte científica ou técnica de pesquisa pelo

seu caráter efêmero, informal e interpessoal) NOME do remetente. Assunto. [mensagem pessoal] Mensagem recebida por <Endereço eletrônico> em data de recebimento.

Ex.: BIBLIOTECA CENTRAL DA UFRGS. Alerta. [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

<[email protected]> em 18 jul. 2000. *Tradução: quando for documento traduzido, colocar a expressão ‘Tradução por’ ou

‘Tradução de’ seguida do nome do tradutor, logo após o título da obra. **Edição: indicar, a partir da segunda edição, logo após o título da obra, em algarismo

arábico seguido de espaço e da abreviatura da palavra edição. Ex.: 2. ed., 2. ed. rev. PARTES DE DOCUMENTOS DESCRIÇÃO ELEMENTOS E EXEMPLOS Capítulos de livro: a) autoria diferente da autoria do livro no todo b) autoria igual à autoria da obra no todo SOBRENOME, Prenome (autor do

capítulo). Título. In: SOBRENOME, Prenome (autor da obra no todo). Título. Local: Editora, ano. Pág. inicial e final.

Ex. : SCHWARTZMAN, Simon. Como a Universidade Está se Pensando? In: PEREIRA, Antônio

Gomes (Org.). Para Onde Vai a Universidade Brasileira? Fortaleza: UFC, 1983. P. 29-45. ou CECCIM, Ricardo Burg. Exclusão e Alteridade: de uma nota de imprensa a uma nota

sobre a deficiência mental. In: EDUCAÇÃO e Exclusão: abordagens sócio-antropológicas em educação especial. Porto Alegre: Mediação, 1997. P. 21-49.

SOBRENOME, Prenome. Título (do capítulo) In: ______. Título (do livro no todo) Local: Editora, ano. Cap nº (se houver), página inicial e final.

Ex. : GADOTTI, Moacir. A Paixão de Conhecer o Mundo. In: ______. Pensamento

Pedagógico Brasileiro. São Paulo: Atlas, 1987. Cap. 5, p. 58-73. Artigo de revista SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo do artigo. Título do

periódico, local, volume, fascículo, página inicial e final, mês e ano. Ex. : SAVIANI, Demerval. A Universidade e a Problemática da Educação e Cultura. Educação

Brasileira, Brasília, v. 1, n. 3, p. 35-58, maio/ago. 1979. Artigo de jornal SOBRENOME, Prenome. Título do artigo. Título do jornal, local, dia,

mês e ano. Título do caderno, seção ou suplemento, página inicial e final. Ex. : AZEVEDO, Dermi. Sarney Convida Igrejas Cristãs para Diálogo sobre o Pacto. Folha de

São Paulo, São Paulo, 22 out. 1985. Caderno econômico, p. 13. ou SOBRENOME, Prenome. Título do artigo. Título do jornal, local, página inicial e final,

dia, mês e ano. LEAL, L. N. MP Fiscaliza com Autonomia Total. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p. 3, 25

abr. 1999.

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Fascículo de periódico a) com título específico b) sem título específico TÍTULO DO PERIÓDICO. Título do fascículo, Suplemento

ou nº especial. Local: Editor, nº do volume, nº do fascículo, mês e ano. nº de pág (opcional). Tema de fascículo: título específico

Ex. : EDUCAÇÃO & REALIDADE. Currículo. Porto Alegre: UFRGS/FACED, v. 26, n. 2, jul./dez.

2001. Tema do fascículo: Pedagogia, docência e cultura. TÍTULO DO PERÓDICO. Local: Editor, nº do Volume, nº do fascículo, mês e ano. nº de

pág (opcional). Ex. : CIÊNCIA HOJE. São Paulo: SBPC, v. 5, n. 27, nov./dez. 1995. Trabalho apresentado em congresso SOBRENOME, Prenome (autor do trabalho).

Título: subtítulo. In: NOME DO CONGRESSO, nº. ano, local de realização. Título (da obra no todo). Local de publicação: Editora, ano. Páginas inicial e final do trabalho.

Ex.: MOREIRA, A. F. B. Multiculturalismo, Currículo e Formação de Professores. In:

SEMINÁRIO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA, 2., 1998, Santa Cruz do Sul. Anais... Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 1998. P. 15-30.

ou SOBRENOME, Prenome (autor do trabalho). Título: subtítulo. Ano. Trabalho

apresentado ao nº do evento (se houver), nome, cidade e ano. Ex.: MALAGRINO, w. et al. Estudos Preliminares sobre o Efeito... 1985. Trabalho

apresentado ao 13. Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, Maceió, 1985. 20. FOLHA DE ROSTO E FOLHA DE APROVAÇÃO 20.1. PÁGINA DE ROSTO Elementos necessários para identificação do documento, ou seja: • Nome completo do autor; • Título do trabalho e subtítulo quando houver, separado do título por dois

pontos (quando for explicativo) ou ponto e vírgula (quando se tratar de subtítulo complementar);

• Nome da instituição e departamento; • Indicação da disciplina ou área de concentração (dissertações de mestrado,

teses de doutorado ou livre docência, etc.); • Nome do orientador (monografias, dissertações e teses); • Local e data. Logotipo da universidade NOME DO autor Do trabalho Título do trabalho Subtítulo (SE HOUVER) Tese apresentado ao Curso de Doutorado em Aconselhamento Cristão do Seminário

Teológico Evangélico Bíblico, como requisito à obtenção do título de Doutor em Aconselhamento Cristão.

Orientador: Prof. Th.D. José Evaristo de Oliveira Filho CIDADE ANO

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20.2. FOLHA DE APROVAÇÃO Deve conter data de aprovação, nome completo e local para assinatura dos

membros da banca examinadora. Outros dados como notas, pareceres, etc., podem der incluídos nesta página a critério da instituição.

FOLHA DE APROVAÇÃO Nome do Aluno Título do Trabalho Tese apresentado ao Curso de Doutorado em Educação Cristã do Seminário Teológico

Evangélico Bíblico, como requisito à obtenção do título de Doutor em Educação Cristã. Aprovado em: ________________________ BANCA EXAMINADORA Prof. ThD. HERNANI HEINZ Assinatura: ______________________________ Seminário Teológico Evangélico Bíblico Prof. ThD. JOHN BUCKMAN Assinatura: ______________________________ Faculdade Teológica Reformada Prof. Th.D. DEBORA BARNETT Assinatura:

______________________________ Seminário Teológico Evangélico Bíblico FIGURA 5 - Folha de aprovação

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PENTATEUCO

O primeiro lugar de ordem e de honra entre os livros do Antigo Testamento ocupa-o aquele que os gregos chamaram Pentateuco, isto é, obra em cinco tomos. Para os hebreus é a "tora," ou seja, a lei, nome tomado da matéria central. Também os hebreus o dividiram-nos mesmo cinco livros que os gregos, distinguindo-os com a palavra inicial. Nós usamos exclusivamente os nomes impostos pelos gregos, que de maneira graciosa lhes caracterizaram o conteúdo: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio. De fato, o Gênesis narra às origens do universo e do gênero humano até a formação paulatina do povo de Israel na sua estada no Egito. O Êxodo narra à saída dos israelitas do Egito, conduzidos por Moisés aos pés do Sinai, para aí receberem de Deus a sua lei religiosa e civil e se constituírem, por meio de um pacto sagrado ("testamento"), em peculiar "povo de Deus (Javé)." O Levítico regula o culto religioso à maneira de ritual, dirigido especialmente aos levitas, que formavam o clero consagrado ao serviço do santuário. Os Números recebem o nome dos recenseamentos do povo contidos na primeira parte, estendendo-se, depois, em referir fatos e providências legislativas correspondentes a cerca de quarenta anos de vida nômade no deserto da península sinaítica. No Deuteronômio, ou segunda lei, emanada pelo fim da jornada no deserto, Moisés retoma a legislação precedente para adaptá-la às novas condições de vida sedentária, em que o povo viria a se encontrar com a conquista iminente da Palestina.

1 GÊNESIS O Gênesis narra às primeiras origens do mundo, do gênero humano, do povo

hebreu, tudo relacionado com Deus, com sua revelação, com seu culto. Deus cria o universo, revela-se aos primeiros homens, Deus escolhe uma família (Abraão e sua descendência), para no seio dela conservar e desenvolver os germes da primitiva revelação e a verdadeira religião, no intuito de preparar a solene revelação do Sinai, narrada no Êxodo.

A criação do céu e da terra (1:1-2:3), é como que o prólogo do grandioso drama, que se divide em duas partes, e tem por protagonistas os cinco grandes patriarcas: Adão e Noé, patriarcas do gênero humano; Abraão, Isaac e Jacó, patriarcas do povo hebreu.

O todo é enquadrado pelo autor sagrado em dez tábuas genealógicas (2:4, 5:1, 6:9, 10:1, 11:10, 11:27, 25:12, 25:19, 36:1, 37:2) dispostas de tal modo que, após ter registrado os ramos secundários da propagação humana, volta a narrar difusamente os destinos do ramo patriarcal, isto é, da descendência eleita, portadora da revelação divina e da verdadeira religião.

O Gênesis abrange na sua narração uma longa série de séculos, e colocando (no tronco principal das suas genealogias) ao lado dos nomes também números de anos, forneceria os elementos de uma cronologia. Infelizmente as cifras não parecem bem conservadas, porque nos números dos capítulos 5 e 11 os três textos independentes: o hebraico, o samaritano e o grego divergem entre si. Baseando-se sobre o seu texto, os gregos do império bizantino colocavam a criação do homem 5508 anos a.C. Os hebreus ainda usam uma era que no mesmo período conta 3760 anos. As ciência antropológicas exigem um tempo assaz maior para a existência do homem sobre a terra. A Bíblia não é contrária a resultados certos de tais ciências, também porque as listas genealógicas do Gênesis poderiam ser incompletas, ou seja, com omissões de elos intermediários.

Do nascimento de Abraão à descida dos israelitas ao Egito - 290 anos (Gên 21:5 + 25:26 + 47:28), a cronologia respectiva é mais ou menos certa. Para a cronologia absoluta (baseada na era vulgar) ter-se-ia um ponto fixo no sincronismo de Abraão com Hamurabi, o célebre rei da Babilônia, cujo famoso código de leis foi descoberto em 1902. A identificação, porém, de Amrafel, rei de Senaar (Gên 14:1), com Hamurabi da Babilônia, é hoje mais do que duvidosa; tampouco a data do reinado deste último está definitivamente fixada; atualmente tende-se a colocar-lhe o início por volta de 1728 a.C. Tomando como ponto de partida a data em que os israelitas saíram do Egito sob o faraó Menefta pelo ano de 1200 a.C., e remontando

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o curso dos séculos com os dados da própria Bíblia (Ex 12:40 e passagens acima citadas), Abraão teria nascido por volta de 1900 a.C., mas não é certo qual seja o faraó do Êxodo.

Muitas páginas do Gênesis têm correspondência nos monumentos babilônicos e egípcios: nos primeiros, a história primitiva, isto é, os primeiros 11 capítulos; nos egípcios, o resto, especialmente a história de José (37-50). Com os dois primeiros capítulos (a criação) têm algo de semelhante vários poemas babilônicos entre si discordantes e que são uma, fantasiosa mitologia de crasso politeismo; quão mais sublime pela nobreza de pensamento é a prosa simples da Bíblia! Também a tradição babilônica conhece dez reis, como Gên 5, dez patriarcas, de vida longuíssima antes do dilúvio. Este cataclisma foi narrado em muitas lendas babilônicas, uma das quais foi inserida no romanesco poema "Gilgames," assim chamado por causa do herói protagonista. Os pontos de contato com a narração bíblica (Gên 7:8) são numerosos e típicos. A narração da torre de Babel (Gên 11:1-9) é toda tecida de elementos babilônicos; mas um paralelo exato não foi ainda encontrado na literatura cuneiforme. Nada ainda se encontrou nessa literatura de verdadeiramente análogo à narração do paraíso terrestre e da queda do homem (Gên 3). Nos monumentos, egípcios temos representadas muitas cenas semelhantes às narradas no Gên cc. 12:37-50.

2 ÊXODO O segundo livro do Pentateuco toma o nome de Êxodo da saída dos hebreus do

Egito, onde, depois dos bons tempos de José, passaram a sofrer a mais dura escravidão. Esse acontecimento, porém, nada mais foi do que o prelúdio de fatos muito mais importantes na vida dos filhos de Israel, os quais, de um conglomerado de famílias que eram, recuperando a liberdade, conquistaram verdadeira unidade de nação independente e receberam uma legislação especial, uma forma de vida moral e religiosa, pelas quais se distinguiram de todos os outros povos da terra.

Com toda facilidade compreender-se-á a importância deste livro, sobretudo em se pensando que, se a história civil das nações, mormente as antigas, acha-se intimamente vinculada à religião e essa à moral, isto jamais foi tão verídico como a respeito dos hebreus. As leis contidas no Êxodo formam a essência da vida civil e religiosa do povo eleito.

É bem verdade que, de todas essas leis, e especialmente as do chamado código da aliança (21:23), foram encontradas analogias notáveis no código de Hamurabì (rei babilônico, que viveu alguns séculos anteriormente a Moisés), que foi descoberto, traduzido e publicado pelo dominicano Pe. Scheil, em 1902. De tais analogias não se infere, porém, em absoluto, como pretendem alguns, a dependência do código mosaico do babilônico. Elas têm sua explicação adequada nos fatores comuns às duas sociedades, israelita e babilônica, tão próximas no tempo, no lugar e também na origem, pois os patriarcas do povo hebreu procediam do vale do Tigre.

Realmente, na legislação decretada no Sinai, nem tudo foi criado desde a raiz; muitos usos e costumes já introduzidos na prática social foram confirmados pela aprovação divina. De resto, também nas famosas leis romanas das doze tábuas descobrem-se semelhanças com o código mosaico, sem que ocorra a alguém o pensamento de querer estabelecer um parentesco entre as primeiras e o segundo. Providências semelhantes surgem espontaneamente de necessidades sociais do gênero. No decálogo, porém, e na doutrina religiosa que lhe forma a base inconcussa (20:2-17), reside a verdadeira prerrogativa do povo de Israel; nada de semelhante se encontra em nenhum outro povo. Citam-se, é certo, da literatura egípcia; certas desculpas espirituais como: "Não cometi injustiça, não roubei, não matei" etc., ou da babilônia, os esconjuros, onde se pergunta se o exorcizado ultrajou alguma divindade, se desprezou pai e mãe, se mentiu ou praticou obscenidades etc. Mas não há proporção entre os protestos de um particular para evitar o castigo (finalidade daquelas fórmulas rituais) e a autoridade soberana que impõe a lei a todo um povo. Entre os próprios egípcios e babilônios, nada há de correspondente, na legislação, àquelas fórmulas cerimoniais. O decálogo de Moisés não tem rivais no mundo.

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Pelas razões citadas, os acontecimentos narrados no Êxodo tiveram um eco enorme na memória das tribos israelitas. Em quase todas as páginas do Antigo Testamento são recordadas a libertação da escravidão do Egito, a prodigiosa passagem do mar Vermelho, os golpes tremendos com os quais foi dominada a tenaz oposição do opressor egípcio, as grandiosas manifestações divinas no Sinai, o sustento milagroso de povo tão numeroso no deserto. Daí Israel deduzia os motivos mais fortes para ser grato e fiel a Deus,, e conservar uma confiança inabalável na sua providência soberana e nos seus próprios destinos.

A cronologia do Êxodo, ou seja, o ano em que os hebreus saíram do Egito, está naturalmente ligada à história desse país. Mas, já que a Bíblia não fornece os nomes dos dois faraós, o da opressão (1:8, 2:23) e o da saída (14:5), duas opiniões diversas se equilibraram entre os doutos, com autoridade e número de defensores quase iguais. Para uns, o opressor seria Totmés 3 (1500-1450) e o outro Amênofis 2 (1447-1420), da XVIII dinastia; para outros, no entanto, Ramsés II (1292-1225), da XIX dinastia, teria oprimido ns hebreus, e seu sucessor, Menefta (1225-1215); tê-los-ia libertado. A segunda opinião, que estabelece o século XIII a.C. para o Êxodo, parece-nos mais condizente com o texto (1:11) e mais coerente com outros dados da história sagrada e profana.

3 LEVÍTICO Este livro traz o nome de Levítico, por tratar quase exclusivamente dos deveres

sacerdotais. Poder-se-ia compará-lo a um ritual. Com exceção de dois trechos históricos (8:10, 24:10-23), compõe-se inteiramente de leis que visam à santificação individual e nacional. Santificação, de per si ritual e exterior, que, porém, simboliza e promove certa santidade interior e moral. Toda a matéria pode ser dividida em cinco partes: 1a Leis relativas aos sacrifícios (1:7). Os sacrifícios são de cinco espécies; duas séries de leis: l" série - o rito de cada sacrifício (1:5), holocausto (1), oblação de vegetais (2), sacrifício salutar (3), sacrifício expiatório (4), sacrifício de reparação (5). 2° série -ireitos e deveres dos sacerdotes em cada espécie de sacrifícios (6-7). 2a Consagração dos sacerdotes (8:9). Nadab e Abiú são punidos por terem usurpado um ofício sagrado (10:1-7). Várias prescrições para os sacerdotes (10:8-20). 3a Leis sobre a pureza legal (11:16) dos alimentos (11), da puérpera (12), da lepra nas pessoas (13:1-46, 14:1-32), nas vestes (13:47-59) e casas (14:33-57); sobre a gonorréia (15). Rito para o dia solene de expiação (16). 4a Leis sobre a santidade (17:23): a) do povo (17:20); matança dos animais, uso do sangue, unicidade do santuário (17); prescrições que regulam os atos sexuais (18); várias prescrições religiosas e morais (19); punição para os transgressores (20); b) dos sacerdotes: núpcias e luto (21:1-15); irregularidades (21:16-24); impureza cerimonial (22:1-16; qualidades das vítimas (22:17-30); conclusão (22:31-33); c) dos dias festivos: solenidades anuais e o sábado (23). 5a Determinações diversas: lâmpadas no santuário e pães da apresentação (24:1-9); pena para o blasfemador (24:10-23); prescrições para o ano sabático e jubileu (25); promessas e ameaças relativas a observância da lei (26); votos e dízimos (27).

O sacrifício, o ato mais sagrado, da religião, isto é, oferecer a Deus vítimas, animais ou vegetais, não foi instituído por Moisés, mas remonta às próprias origens da humanidade (Gên. 4:3-4). Moisés encontrou o seu uso estabelecido e arraigado entre todos os povos. Nas tabuinhas recentemente descobertas em Ras Shamra (antiga Ugarit), na Fenícia setentrional, anteriores alguns séculos a Moisés, são mencionadas espécies idênticas de sacrifícios, até mesmo com nomes iguais (afinidade das duas línguas) aos do Pentateuco. Moisés, com suas leis, só regulamentou e consagrou ao culto do verdadeiro Deus um cerimonial já praticado, deixando ainda toda essa legislação dos sacrifícios separada das condições essenciais do pacto celebrado entre Deus e o seu povo (Ex 19:23). Nesse sentido deve-se entender aquele protesto do próprio Deus contra os judeus, por boca de Jeremias (7:22-23): "Em matéria de sacrifícios e holocaustos, eu nada disse e nada ordenei aos vossos pais ao tirá-los do Egito; dei-lhes somente esta ordem: Escutai a minha voz; eu serei vosso Deus e vós sereis o meu povo, cf. Èx 19:5).

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Nada, portanto, impede atribuir-se ao próprio Moisés a legislação cerimonial do Levítico, embora seja óbvio que não a tenha escrito toda de uma vez e se tenha servido, para a fixar, da obra de algum sacerdote ou levita de profissão. Nem se exclui que algumas destas leis tenham recebido em tempos posteriores modificações e acréscimos. Devemos observar ainda, que todas essas leis cerimoniais foram elaboradas depois de Jesus Cristo. Entretanto, os sacrifícios da antiga lei haviam prefigurado o seu sublime sacrifício na cruz, no qual, único e perfeito sacrifício, teve cumprimento toda a variedade dos sacrifícios do Antigo Testamento. Ou melhor, como nos ensina S. Paulo (Hebr 9:9, 10:10), os sacrifícios levíticos recebiam sua principal eficácia de aplacar a Deus daquele valor figurativo, pois que "é impossível que, por si só, o sangue dos touros e dos cabritos cancele os pecados" (Hebr 10:4). Considerados nó seu significado típico e simbólico, os ritos escritos no Levítico continuam e continuarão a ser instrutivos.

4 NÚMEROS O quarto livro do Pentateuco recebeu o nome de Números (em grego Arithmoi, que

aqui tem o sentido de "recenseamentos") por causa dos "recenseamentos" (1:1-4:26), que são próprios deste livro e que lhe dão a sua feição particular. Contém, além disso, alguns fatos que se ligam imediatamente aos acontecimentos narrados no Éxodo, e leis semelhantes às do Levítico. Pode ser dividido facilmente, de acordo com os lugares e tempos, em três partes: no Sinai (1:1-10:10); viagens através do deserto (10:11-21:35); na margem oriental do Jordão (22:36).

1a parte. No Sinai: disposições para a partida: 20 dias. Recenseamento das tribos e respectivas posições no acampamento (1:2). Os levitas: seu destino e recenseamento; divisão por famílias e por ofícios. Leis: banimento dos impuros, restituições, ciúmes, nazireato, bênção litúrgica. Últimos fatos: donativos dos chefes das tribos ao santuário, consagração dos levitas, segunda Páscoa (9:1-14), sinais para a partida e para a parada, as trombetas (9:15-10:10).

2a parte. Viagem através do deserto: Do Sinai a Cades: partida e ordem de marcha (10:11-36), murmuração do povo, as codornizes, a lepra de Maria, irmã de Moisés. Parada em Cades: missão dos doze exploradores e queixas do povo; leis sobre as oblações e primícias, sobre o sábado e os filactérios; sedição de Coré, Datan e Abirão, e sua punição e confirmação do sacerdócio na família de Arão; relações entre sacerdotes e levitas, emolumentos de uns e de outros; a água lustral; sedição do povo por falta de água (20:1-13). De Cades ao Jordão: os edomitas negam passagem pelas suas terras; morte de Arãò (20:14-29); queixas do povo e castigo, a serpente de bronze (21:1-9); vitória sobre os amorreus e conquista de Basan (21:10-35).

3a parte. Na margem oriental do Jordão: cerca de cinco meses. A matéria desta parte, mais por ordem lógica do que por ordem do texto, pode ser assim agrupada: últimos encontros com os povos da Transjordânia; Balaão e seus vaticínios (22:24); prostituição a Beelfegor (25); guerra santa contra os madianitas e leis sobre a divisão dos despojos (31); lista das etapas (33). Grupo de leis: herança (27:1-11), festas e sacrifícios (28:29), votos (30). Disposições para a ocupação da terra prometida. Segundo recenseamento (26); nomeação de Josué (27:12-23). Distribuição da Transjordânia (32); normas para a ocupação e distribuição da Cisjordânia (33:50-34:12); designação das cidades levíticas e de refúgio (35); disposições para manter inalterada a primitiva distribuição (36).

A julgar pelo resumo, o presente livro compreende um período de cerca de trinta e oito anos e meio. Sobre a maior parte desse período (os trinta e oito anos no deserto) narra-nos apenas uns poucos fatos, mas muito notáveis pelo significado religioso, como a serpente de bronze, a sedição de Coré, os vaticínios de Balaão, a.água brotada da rocha; fatos dos quais os apóstolos no Novo Testamento tiraram utilíssimas lições (1Cor 10:1-11; Hebr 3:12-19; Jo 3:14-15). No centro do drama acham-se dois fatos semelhantes entre si, duas sedições do povo contra Moisés, executor das ordens divinas; a primeira (14), originada pela repugnância em empreender a conquista da Palestina; a segunda (20), por falta de água. Conseqüência ou

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punição da primeira foi a longa demora da nação inteira no deserto da península sinaítica; a segunda deixou a mais profunda impressão na consciência nacional e na literatura posterior (cf. SI 80:94-105), envolvendo o próprio Moisés, que por um instante duvidou da clemência divina e por isso teve de deixar a outros o remate de sua obra, a conquista de Canaã (cf. Dt 32).

DEUTERONÔMIO O quinto e último livro do Pentateuco foi chamado Deuteronômio, isto é, "segunda

lei," talvez porque assim tenha sido traduzida, embora inexatamente pelos LXX, uma frase hebraica em 17:18. No entanto, convém-lhe perfeitamente esse nome. O livro não é uma simples repetição da legislação contida nos livros precedentes, mas além de leis novas, oferece complementos, esclarecimentos e modificações às primeiras. É, de certo modo, uma segunda lei, promulgada no fim da longa peregrinação dos israelitas, paralela á lei dada no Sinai e destinada a regular mais de perto a vida do povo escolhido, no solo da Terra Prometida à qual eles estavam para chegar e dela tomar posse definitiva. Não é, porém, simples enumeração de leis e determinações; o que caracteriza esse livro, o que lhe constitui a alma, é um ardente sabor oratório. O hagiógrafo nos faz ouvir um Moisés que exorta, encoraja, invectiva; inculca á observância das leis, a começar dos grandes princípios morais; apela para os mais poderosos motivos, evoca a glória do passado, a missão histórica de Israel, os triunfos do porvir. Na mente do autor sagrado temos o testamento definitivo, que o grande guia e legislador deixa ao povo de Deus às vésperas da sua morte. Pelo estilo, o Deuteronômio é um discurso, ou melhor, vários discursos, dirigidos por Moisés aos israelitas. Deduz-se daí a divisão do livro em quatro partes: 1a parte: 1° discurso (1:4): olhar retrospectivo aos fatos acontecidos desde a partida do Horeb até às últimas conquistas da Transjordânia; exortação geral à observância da lei (4:1-40).

2a parte: 2° discurso: renovação da lei (4:44-26:19). Princípios gerais: o Decálogo (5), o culto e o amor ao único Deus verdadeiro (6), guerra à idolatria (7), benefícios de Deus, censura da infidelidade anterior de Israel, promessas e ameaças (8:11). Leis especiais: Deveres religiosos. Unicidade do santuário e disposições relativas (12:1-28); contra a apostasia (12:29-13:18); alimentos e dízimos (14); ano da remissão (15); as três grandes solenidades anuais (16:1-17). Direito público. Juizes (16:18-17:13), rei (17:14-20), sacerdotes (18:1-8),.profetas (18:9-22); homicídio involuntário (19), guerra (20), homicídio por mão desconhecida (21:1-9). 3) Direito familiar e privado. Grande variedade; os pontos principais são: matrimônio (21:10-14, 22:13-23,) e filhos (21:15-20), o divórcio (20:1-4), levirato (25:5-10), deveres de humanidade (22:1-12, 23:16-20, 24:6-25, honestidade (25:11-19), votos (23:22-24), primícias e dízimos (26). 3a parte: 3° e 4° discursos: ordem de promulgar a lei em Siquém, maldições para os transgressores (27), ameaças e promessas (28). Exortação à observância da lei, com a recordação dos fatos históricos, das promessas e das ameaças (29:30).

4a parte. Apêndice histórico. últimas disposições de Moisés, nomeação de Josué, seu sucessor (31); cântico de Moisés (32), bênção das doze tribos (33), morte de Moisés (34).

Amor de Deus, beneficência, alegria no cumprimento do dever, eis as principais características do Deuteronômio, princípios inculcados e repetidos com solicitude incansável. Por isso, perpassa-o um sopro ardente de sincera e profunda piedade para com Deus e uma ternura simpática pelo homem, que edifica e comove. Há páginas que se aproximam da sublimidade divina dos ensinamentos evangélicos, mais do que quaisquer outras.

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PANORAMA HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO TEOLÓGICA

A História da Educação Teológica já faz mais de dois milênios de existência. Mas há pessoas, com muito tempo, na igreja e que ainda não a descobriu. Estou fanando é de muitos grandes pastores e pregadores. Eles dizem: “Atualmente, apareceram tantas gias!”.

É como você já aprendera, ó seminarista de Bacharel em Teologia: Teo do

grego é Deus, e logia também do grego, é uma palavra da ordem gramatical adjetiva,

relativa ao substantivo logos, que é palavra. E logia se trata de algo relativa à palavra. Mas, todavia, o sentido literal de logia é tratado, estudo, ciência. Então podemos definir a terminologia “Teologia”, tratado, estudo ou a Ciência sobre Deus.

Muitos no decorrer da história bateram pesados refutando a Teologia, mas alguns deles acabaram se cedendo, visto que, esta riquíssima Ciência não se trata de vaidade, mas de uma necessidade.

É evidente que a teologia não resolverá os problemas das religiões, inclusive, do Cristianismo. É igualmente a Medicina que não resolve os problemas da saúde, mas não tem como a saúde subsistir sem ela. Assim são as religiões, também não tem com ir avante, separadamente, da Teologia.

LEMBRE-SE: NO MUNDO NÃO HÁ NINGUEM BOM O BASTANTE, QUE NÃO PRECISA SE MELHORAR...

1. OBJETIVOS Como você já sabe o que irá estudar já estar na hora de saber o propósito desta

lição. O objetivo desta disciplina é a contribuição na sua formação e na sua convicção relativo aos respectivos pontos. Que são:

1.1. VISÃO PANORÂMICA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO TEOLÓGICA EM SUA

DENOMINAÇÃO OU MOVIMENTO OU LINHA TEOLÓGICA Para que você mesmo possa levar avante com habilidade e qualidade a esta

história. Mesmo que é impossível registramos todos os detalhes da mesma, mas com esta base, você pode adquirir livros que se trata deste assunto e você também fazer pesquisas em outras fontes para enriquecer o teus conhecimentos.

Porque até então, você já estar galgando o muito honrado título de Bacharel em Teologia, por estar efetuando o curso de Bacharelado, da mesma; então é imprescindível que a conheça.com detalhes a história da Teologia.

1.2. ANÁLISE CRÍTICA DOS PONTOS NEGATIVOS E POSITIVOS DA EDUCAÇÃO

TEOLÓGICA EM SUA DENOMINAÇÃO OU MOVIMENTO OU LINHA TEOLÓGICA. Esperamos que você, não somente, narre à História da Educação Teológica, mas

também esperamos que tenha mais condições para pensar e criar brilhantes ideias ricas relacionadas ao assunto. E conseguinte, saiba discernir o que é certo e o que é errado, o que é bom e que é ruim, o que edifica e que não edifica e etc. sobre as teologias de todos os tempos.

De antemão já te adiantamos que todas as teologias, ou melhor, todas as teorias a respeito de Deus, desde a primeira, têm os seus adeptos até hoje. E os números de todos estes seguidos só tendem em aumentar. Portanto, esta é a única história que não ficou no pretérito. Estamos lidando com algo contemporâneo. Tão somente, vamos aprender quando, por quem e porque elas surgirão.

1.3. CONTRIBUIÇÃO DA TEOLOGIA PARA AS RELIGIÕES A teologia abrange três dimensões no âmbito religioso. Confira o que ela

representa para cada religião:

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1.3.1. RELIGIÕES ORTODOXAS: Através da teologia a maior parte das religiões (as religiões verdadeiras), com o total aval e respaldo bíblico, expressa os seus ideais, fundamenta os seus modo de viver e de proceder, defende as suas teses, responde as perguntas e registram as suas regras de fé.

1.3.2. RELIGIÕES NEÓFITAS: Há alguns movimentos, que por certo respeito, agente chama de religião que são contra e refutam ferrenhamente a teologia. Não estudam a Bíblia Sagrada, dizem que a letra mata, e que o Espírito Santo é quem dar a palavra na hora certa. Se eles estiverem certos, então Jesus Cristo estava errado por ocupar oitenta por cento do seu ministério com os ensinamentos da Palavra de Deus.

FALSAS RELIGIÕES: E há outros movimentos que elaboraram, elaboram e elaborarão teologias falsas, teologias venenosas para justificar os seus erros, os seus pecados. Algumas destas falsas religiões usam Bíblia, mas de forma errada, eles a torcem, forçando-a afirmar um ponto que ela não afirma. Dentre, as mesmas, ou pelo menos a maioria delas, nem se quer crer, ou usa a Bíblia Sagrada.

Mas, todavia, elas têm registrados todas as suas filosofias, as suas teorias deturpadas e excluídas da verdade. E os seus adeptos são obrigados a fazer doutorado e até mesmo, pós-doutorados no intuito de confundir a mente do povo de Deus. Isto que dizer que perderemos muito se ficarmos de braços cruzados (conotativo).

Caríssimo seminarista do Bacharelado em Teologia: continua estudando em fontes seguras e incentivando as pessoas a fazer o mesmo. Estude e ore. Ou ore e estude. A oração sem o conhecimento é responsável pelo fanatismo. E o conhecimento sem a oração gera o formalismo.

2. VISÃO PANORÂMICA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO TEOLÓGICA EM SUA

DENOMINAÇÃO OU MOVIMENTO OU LINHA TEOLÓGICA. 2.1. VISÃO PANORÂMICA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO TEOLÓGICA Tratamos neste item a respeito de quatro períodos que contribuirão para termos

uma visão superficial relativa à História da Educação Teológica. 2.1.1. PERÍODO PRIMITIVO, OU O PERÍODO PATRÍSTICO. Para as Religiões Neofitas esta argumentação se trata de uma aberração. Visto

que eles têm a teologia como elemento humano, ou diabólico. Quanto às Falsas Religiões, qualquer argumentação teórica que não defenda as suas heresias, não há nenhum valor.

Mas a Teologia do Período Primitivo, ou Apostólico é a mais pura teologia, apesar de que, ela é a mais complicada para se entender. Estamos falando das Epístolas no Novo Testamento. O propósito destas Epístolas é a explanação da Palavra de Deus. Nelas temos uma explicação inspirada pelo Espírito Santo do Antigo Testamento, dos Evangelhos e de Atos dos Apóstolos. Muitos teólogos as chamam de Teologia Natural.

Teologia escrita por homens que tinham realmente autoridade para tratar do assunto. Argumentações de homens que aprenderam diretamente de Cristo.

2.1.2. A IDADE MÉDIA E O RENASCIMENTO Após o período das perseguições aos cristãos, no Período Medieval, época em que

a recém - igreja, a Igreja Católica Romana se organizava. Os seus líderes elaborava nova Teologia. Teologia a qual, era restrita aos candidatos os clero.

Doravante, os demais componentes da igreja, eram inibidos de estudar a teologia e a ter cesso aos Pergaminhos e aos papiros, resumindo, a Bíblia. Esta restrição dos cidadãos comuns ler a Palavra de Deus já fazia parte da nova teologia. Esta teologia era Politeísta.

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2.1.3. OS PERÍODOS DAS REFORMAS E DA PÓS-REFORMA Os movimentos precedentes a Reforma Protestante, isto quer dizer que muitos

não estavam mais concordando a teologia da sua atualidade. E já criava na mente de muitos, até mesmo, na mente de muitos padres, uma nova teologia. Isto era por volta dos anos 1300 da nossa era.

Então, com a referida e tão almejada Reforma Protestante, surgiu realmente novas teologias. Teologias Monoteístas. Assim, surgiu uma teologia aproxima a do período primitivo, ou do período patrístico

2.1.4. O PERÍODO MODERNO E O PÓS-MODERNO Nestes últimos períodos, a teologia é mais abrangente. Onde que em todas as

matérias, exceto em quatro, a saber, a Escatologia, a Pneumatologia, Soterologia e Hamartiologia, as igrejas, na qualidade igreja têm algo em comum.

Mas há lugar para mais matérias. Exemplos, ainda não vir uma matéria que se trata das contribuições financeiras em uma escola teológica, exceto, nesta instituição. Segundo a minha visão é imprescindível ainda a Doutrina do Batismo em Água e Doutrina da Ceia do Senhor, mas nós temos estas matérias. Conheço pessoas que terminaram o curso básico em teologia e até o bacharel, da ciência em apreço, com as notas de cem por cento, e não entendem nada de batismo em água e nem da Ceia do Senhor.

É claro que ao estudarmos Soterologia, a doutrina que se trata da salvação, é mencionado o batismo em água e a Ceia do Senhor. Mas há muita coisa para se tratar relativa à Soterologia, é necessário individualizar a Disciplina do Batismo em águas e a Disciplina da Ceia do Senhor.

2.2. DENOMINAÇÃO OU MOVIMENTO OU LINHA TEOLÓGICA. 2.2.1. LIVRE ARBÍTRIO Livre Arbítrio: liberdade; condição de escolher: se vai, ou fica; se faz, ou não; se

quer, ou não; poder de decisão. As igrejas pentecostais, principalmente, as Assembleias de Deus, ensinam o livre

arbítrio e a filosofia, pela qual, ensina que o ser humano decide o seu caminho e destino, tanto geográfico, como espiritual (1ª Tim. 2 v 3,4). Resumindo, a pessoa decide se faz parte da igreja, ou não. Ou se será salva, ou não.

Sendo assim, começo dizendo que o autor foi infeliz, ao começar o artigo dizendo que "certos irmãos predestinalistas tem zombado de quem crê na doutrina do livre-arbítrio", que "o que eles mais gostam de fazer é ridicularizar os seus irmãos" e que eles "chegam ao ponto de crer mais em Calvino que no Senhor Jesus". Generalizações são sempre ruins, pois há excesso e desrespeito de ambos os lados, mas não representam os santos que tem discordado amorosamente, buscando na Palavra de Deus uma compreensão mais clara sobre este importante e controvertido assunto.

O autor declara "você não entende o livre-arbítrio? Mas ele é bíblico!" e afirma mais adiante que "o livre-arbítrio é uma verdade bíblicocêntrica e cristalina". São afirmações fortes, e grandes declarações requerem provas robustas. Mas antes mesmo de considerar as provas apresentadas, convém deixar claro que o livre-arbítrio não é e nunca foi uma verdade central na escritura. Cristo é o centro da Bíblia, e se fôssemos comparar, a doutrina da soberania divina é sim presente na Bíblia, de Gênesis a Apocalipse. O termo livre-arbítrio, um sinônimo ou mesmo a idéia de livre-arbítrio jamais ocorre na Bíblia.

Nem tudo o que o autor diz em seu texto contraria o que eu creio. Além dos conselhos dados no final da mensagem, concordo plenamente quando ele diz que "foi Deus quem dotou o ser humano da livre-vontade (Gn 3)". Aliás todos os calvinistas que eu conheço ou tive oportunidade de ler creem que o homem foi dotado de livre-arbítrio na criação.

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As divergências começam quando, o autor afirma "mesmo depois da Queda, e os efeitos deletérios advindos dela, o ser humano continuou com esse atributo (Dt 30.19; Is 1.18,19)". Antes de analisar esta declaração, convém definir o que é livre-arbítrio e o que não é.

Livre-arbítrio é a capacidade de todo pecador de escolher igualmente entre a salvação e a perdição, entre crer e descrer de Cristo. Não creio que o homem tenha essa capacidade. Mas livre-arbítrio não é, como confundem alguns, vontade, liberdade ou escolha. Não negamos que o homem tenha vontade, apenas que essa vontade seja naturalmente boa e livre. Não negamos que o homem seja livre, no sentido de que toma decisões livremente, de acordo com a sua natureza; apenas afirmamos que sua natureza está corrompida pelo pecado e por isso não decide em favor de Deus. E, finalmente, não negamos que o homem faça escolhas, mas discordamos que tenha poder de fazer boas escolhas espirituais. Em adição, afirmamos que essa incapacidade absoluta do homem é suplantada pela graça invencível do Senhor.

Tendo isso em mente, consideremos as passagens bíblicas colocadas como prova da biblicidade do livre-arbítrio. Mesmo sabendo que isso alonga o texto, prefiro transcrever os textos bíblicos, pois nem sempre o leitor tem uma Bíblia em mãos e pode se esquecer de confirmar as passagens depois. Uma das passagens referenciadas pelo autor diz "os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência" Dt 30:19.

A passagem acima não ensina que o homem tem capacidade de fazer uma boa escolha espiritual, apenas que uma escolha foi posta diante dele. E o que eles escolheram? A história comprova que eles, escolhendo livremente de acordo com sua natureza caída optaram pela morte e maldição. Deus, que não precisa do testemunho da história, já sabia disso, pois disse a Moisés poucos versículos adiante: "eis que estás para dormir com teus pais; e este povo se levantará, e se prostituirá, indo após deuses estranhos na terra para cujo meio vai, e me deixará, e anulará a aliança que fiz com ele" (Dt 31:16). Deus não botava muita confiança no livre-arbítrio daquele povo. Moisés também não, pois acrescentou, dirigindo-se ao povo "porque conheço a tua rebeldia e a tua dura cerviz. Pois, se, vivendo eu, ainda hoje, convosco, sois rebeldes contra o Senhor, quanto mais depois da minha morte?" (Dt 31:27). O resto é história.

Diante de uma escolha, sem nenhuma coerção externa, decidindo de acordo com sua natureza, o povo escolheu pecar. Isto prova um livre-arbítrio capaz de escolher o bem? De jeito nenhum, se prova algo, prova exatamente o contrário.

O outro texto mencionado é "vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã. Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra" (Is 1:18-19). Em primeiro lugar, notemos que o versículo fala apenas que aquele que for, quiser e ouvir terá perdão de pecados e comerá do bem da terra. Nada diz sobre uma capacidade inata de ir, querer e ouvir. Outras partes da Bíblia mostram que o pecador não tem essa capacidade em si mesmo.

2.2.2. PREDESTINAÇÃO Predestinação: Destino decretado antecipadamente; Destino traçado; Registro do

que ainda vai acontecer; pré – destino; revelação do futuro. E as igrejas tradicionais, principalmente, a Presbiteriana ensinam a

predestinação. A predestinação é filosofia que afirma que Deus já tem as pessoas para serem salvas e outras para serem perdidas (Rm 8 v 29-30). E as pessoas que forem salvas uma vez, são salvas para sempre. Assim, eles nem evangelizam tanto, visto que, segundo a vossa teoria, as pessoas que nasceram para serem salvas, chegam ao momento certo.

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A predestinação divina, comum no monoteísmo, é no cristianismo relacionada a onisciência de Deus sabendo previamente tudo o que vai acontecer, no que se refere à salvação de uns e a não salvação de outros, sendo um tema dos ensinamentos de Agostinho de Hipona e de João Calvino. Para S. Agostinho a salvação não dependeria dos próprios seres humanos, mas sim de uma intervenção divina, da graça divina, algo que seria absolutamente necessário para a salvação. Dessa maneira, pode-se dizer que os "condenados" são nalguma medida escolhidos por Deus, ou melhor, os "não-escolhidos"

Os cristãos entendem a doutrina da predestinação como a salvação que Deus planejou para os homens. A doutrina, na perspectiva de Deus, salva aqueles que Ele já escolheu desde a eternidade, pondendo até, segundo algumas correntes teológicas, escolher toda a humanidade; e por outro lado, na perspectiva humana, em que cada pessoa, sendo livre, é responsável pela sua escolha de aceitar ou rejeitar a Deus e à sua graça. As opiniões sobre a predestinação no cristianismo variam dando ênfase a uma ou a outra perspectiva.

A predestinação também é associada a outras teorias materialistas, espiritualistas, politeístas, destino, carma, convicções filosóficas e outras religiões, numa perspectiva de que se o futuro é imutável então somente um grupo de eventos podem ocorrer. Outros teorizam que qualquer evento é imprevisível e ocorrem por pura sorte ou acaso.

PREDESTINAÇÃO ABSOLUTA DE CALVINO A doutrina da predestinação está particularmente associada ao Calvinismo. A

predestinação é um elemento que descende da teologia de João Calvino. Dentro do espectro de crenças quanto à predestinação, é no Calvinismo que possui sua forma mais enfática entre cristãos. Ensina que a predestinação de Deus é fruto de sua onisciência, como presciência, cuja qual, Ele rege de acordo com a Sua vontade e absoluta soberania, em relação as pessoas e acontecimentos. E numa forma insondável, por muitas vezes não compreensível ao nosso entendimento, Deus age continuamente com liberdade total, de forma a realizar a Sua vontade de forma completa.

Por outras palavras, o Calvinismo baseia a sua doutrina da predestinação na perspectiva de que Deus predestina previa e absolutamente a humanidade, escolhendo entre os homens aqueles que irão salvar-se e aqueles que vão ser condenados. Esta doutrina tira ao Homem qualquer possibilidade de rejeitar ou aceitar livremente a graça divina.

2.2.3. PREDESTINAÇÃO E LIVRE ARBÍTRIO SEGUNDO O PONTO DE VISTA DO

AUTOR a) LIVRE ARBÍTRIO Mas segundo a minha teoria, o Livre Arbítrio, mostra a capacidade de o homem

entender acerca da salvação. O homem que só ver o presente e o visível. Então, a salvação é algo real, mas, porém, é algo que pode ser perdido. E

enquanto o homem mantém a sua aliança com Cristo, ele sabe que tem a salvação, mas ao quebrá-la ele em seu intimo sabe que não mais a tem. Por esta causa Cristo advertiu:

“Venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa”. (Apocalipse 3 v 11)

b) PREDESTINAÇÃO A palavra, predestinação, mostra a capacidade de Deus em ver e entender acerca

da salvação. Porque Deus conhece o passado, o presente e o futuro. Ele sabe do futuro de

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cada um ante, até mesmo, de haver terra e céus. De maneira, que para Deus, o passado e o futuro são presente.

Veja os textos bíblicos, eles demonstram uma ação divina: Romanos8:29-30 nos diz: “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.” Efésios 1:5 e 11: “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade... Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade.”

Não adianta ninguém ficar contendendo por esse assunto, nem por um lado, nem por outro; visto que, as duas teorias têm bases bíblicas. Mas segundo o meu ponto de vista, o livre arbítrio e do ponto de vista humano e a predestinação e do ponto de vista de Deus. E quem se julga o dono da verdade são os fariseus. Todos nós precisamos aprender. Infeliz é aquele que julga já saber tudo e que já tem a conclusão de todas as coias.

Enquanto os evangélicos ficam se contendendo as almas estão perecendo e os falsos profetas estão de casa em casa semeando a semente do mal.

O certo é ninguém julgar o outro, mas se unirem e ganharem as almas para Jesus Cristo, o porquê o tempo está próximo.

Certo é, temos algo muito mais urgente, e muito mais importante e preciso, em vez de estarmos contendendo um com outros.

2.3. TEORIAS RELATIVAS AO ARREBATAMENTO DA IGREJA Estamos te apresentando às teorias mais comuns relativas ao arrebatamento da

igreja. Elas são em número de quatro. Há outras teorias. Veja-as: PARCIALISMO (Arrebatamento Parcial da Igreja) PÓS-TRIBLACIONISTA (Arrebatamento após a Tribulação) MESOTRIBULACIONISTA (Arrebatamento no meio da Tribulação) PRÉ-TRIBULACIONISTA (Arrebatamento antes da Tribulação) 1.1.1. TEORIA DO ARREBATAMENTO PARCIAL Segundo a esta teoria, o arrebatamento ocorre antes da Tribulação. Mas, porém,

apenas os que estiverem plenamente preparados, vigiando e esperando a Vinda de Cristo, e tiverem alcançado certo nível de espiritualidade que os torne dignos de ser incluídos no arrebatamento.

E todos os despreparados permanecerão na Terra durante a Tribulação para serem provados e purificados através dos grandes sofrimentos, sendo arrebatados posteriormente.

Esta teoria tem sido pouco adotada devido a sua semelhança com a doutrina católica do purgatório, segundo a qual o sofrimento pode purgar pecados.

1.1.2. TEORIA DO ARREBATAMENTO PÓS-TRIBULAÇÃO Os defensores dessa teoria acreditam e ensinam que os cristãos passarão pela

Tribulação. Segundo eles, o arrebatamento ocorrerá imediatamente antes da Vinda do Senhor Jesus para o juízo Final. Os Pós- tribulacionistas afirmam que o Arrebatamento da Igreja e a volta de Jesus Cristo para reinar são apenas aspectos deferentes de demonstrar um único evento que acontecerá no final da Grande Tribulação. E isto ocorrerá justamente antes da derrota da besta e seus seguidores e início do milênio.

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1.1.3. TEORIA DO ARREBATAMENTO EM MEIO A TRIBULAÇÃO Consoante à visão dos mesotribulacionistas, o Arrebatamento da Igreja ocorrerá

no meio da Grande tribulação. Conforme essa interpretação, a Igreja será arrebatada ao final da primeira metade (três anos e meio) da septuagésima semana de Daniel.

Segundo eles, a igreja suportará os acontecimentos da primeira metade da Tribulação, que segundo os mesotribulacionistas, não são manifestações da ira de Deus. Ela será arrebatada antes que comece a segunda metade da semana, que segundo essa teoria, contém todo derramamento da ira de Deus. Eles afirmam - se que o Arrebatamento ocorrerá junto com o soar da ultima trombeta e a ascensão das duas testemunhas de Apocalipse 11.

A teoria do arrebatamento mesotribulacionista é essencialmente uma via média entre as posições pós-tribulacionista e pré-tribulacionista. Concorda com o pré-tribulacionismo ao afirmar que o arrebatamento da igreja é um acontecimento distinto da segunda vinda de Cristo. Tem em comum com o pós-tribulacionismo as crenças de que a igreja tem promessas de tribulação aqui na terra e necessita de purificação.

1.1.4. A TEORIA DO ARREBATAMENTO PRÉ-TRIBULACIONISTA Os pré-tribulacionistas acreditam na interpretação dispensacionalista da Palavra

de Deus. E que igreja e Israel são dois grupos distintos, e para os quais Deus tem um plano divino.

Segundo a teoria do Arrebatamento Pré-tribulacionista, Cristo arrebatará a igreja antes da Grande tribulação.

A maioria dos Teólogos e dos evangélicos adere a esta teoria. Para melhor compreender esta teoria ver “As Setentas Semanas de Daniel” na

pagina 302. • ESCATOLOGIA PRÉ-TRIBULACIONISTA:

OS SINAIS DA VINDA DE JESUS: Os Sinais da Vinda de Jesus são chamados também de Sinais dos Tempos. Eles

consistem no conjunto de acontecimentos que precedem a segunda Vinda de Cristo e que estão registrados na Bíblia, muitos tempos, antes, dos respectivos, acontecimentos.Estes sinais são:

Guerras e Rumores de guerras, Nação contra nação, Terremotos em vários lugares, Pestes, Fomes, Pai contra filho, E filho contra pai, A falta de amor,O aumento da iniquidade,O aumento da ciência, O descontrole da natureza, O aumento dos falsos profetas, E muitos outros. (Daniel 12 v 4; Mateus 24 v 4 – 14)

O ARREBATAMENTO A IGREJA:

(Filipenses 3 v 20, 21): Arrebatamento do Grego é Harpazo; do Latim é Rapto. E significa: retirada brusca, sobrenatural e inesperada da igreja deste mundo, onde subirá ao encontro de Jesus nos ares. Não sabemos o dia e nem à hora. Marcar esse dia é missão dos falsos profetas. Mas não falta sinal nenhum mais a acontecer. Todos já estão cumprindo. O arrebatamento da igreja será assim: 1) só os salvos o verão, quem vai ficar só sentirá a falta deles; 2)será muito rápido, não vai dar tempo para nada (Mateus 24 v 27; 1ª Coríntios 15 v 52); 3) será numa hora em que o homem não esteja esperando (Mateus 24 v 44).

Veja os detalhes, do Arrebatamento: (1ª Tessalonicenses 4 v 13 – 18): O mesmo Senhor descerá do Céu; Com alarido (barulho de guerra); Com a trombeta de Deus; A ressurreição dos crentes que morreram, com Cristo. Eles ressurgirão já

transformados com o corpo glorioso (v16);

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A transformação dos crentes, salvos num corpo glorioso (1ª Coríntios 15 v 51,53, 54);

E subiremos ao encontro do Senhor, nos ares. Tudo isto, num abrir e fechar de olhos, ou com a velocidade de um relâmpago. Assim, estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, Consolai-vos um aos outros com estas palavras.

2. ANÁLISE CRÍTICA DOS PONTOS NEGATIVOS E POSITIVOS DA EDUCAÇÃO

TEOLÓGICA EM SUA DENOMINAÇÃO OU MOVIMENTO OU LINHA TEOLÓGICA. Faço parte do ministério, o qual pertenço, pelo fato, de sentir-me bem no mesmo.

De maneira que parece que nasci para fazer parte dele. Creio eu que Deus tem as certas para os lugares correspondentes.

Não me julgo legal ou justo alguém viver obrigado e, ou preso psicologicamente em uma instituição, ou em uma denominação evangélica, ou em uma família, etc.. Veja o que nos ensinou o apostolo Paulo na Segunda Epístola aos Coríntios 3 v 17: “Ora, o Senhor é Espírito; e, onde estar o Espírito do Senhor, aí há liberdade”

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O CÓDIGO CIVIL E AS IGREJAS (MIGUEL REALE)

As relações entre o Estado e a Igreja têm criado, no Brasil, problemas às vezes de difícil solução, como está acontecendo com o novo Código Civil, acusado de ter reduzido as Igrejas a meras “associações civis”, sujeitas a mandamentos estatais. Antes de tecer algumas considerações sobre essa questão, não é demais lembrar que, com o advento da República de 1889, o Estado separou-se da Igreja Católica, que antes era a religião do Império. Essa vinculação deu lugar a constantes atritos, chegando mesmo a provocar crises de graves consequências. A Constituição de 1891 foi explícita nesse ponto, declarando no § 7º do Art. 72 que “nenhum culto ou igreja gozará de subvenção oficial, nem terá relações de dependência ou aliança com o Governo da União, ou o dos Estados”. Por outro lado, refletindo a mentalidade positivista dominante na época, o § 4º do citado Art. 72 proclama que “a República só reconhece o casamento civil”. Já a Constituição de 1934 veio abrandar esse dispositivo, estatuindo em seu Art. 146 que o “casamento perante ministro de qualquer confissão religiosa produz os mesmos efeitos que o casamento civil, desde que observadas as disposições da lei civil, e tomadas as medidas estabelecidas”. As constituições depois promulgadas, sem fazer mais referência às relações entre o Estado e as Religiões, adotaram, com diversas redações, a orientação supra no que se refere ao casamento religioso. Já a Constituição de 1988 voltou a ter disposição relativa a questão religiosa, fazendo-o de maneira indireta com o Art. 19, inciso I, o qual dispõe: “É vedada à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embarcar-lhes o funcionamento ou manter com elas ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público”. Isto posto, os mandamentos do Código Civil pertinentes, direta ou indiretamente, às atividades religiosas, devem ser interpretadas em consonância com a Carta Magna, especialmente no tocante à vedação de “embaraços” ao funcionamento dos cultos. Pois bem, tenho recebido questionamentos quanto à aplicação às entidades de caráter religioso das normas do atual Código Civil sobre associações, entendidas estas, conforme Art. 53, as que se constituem “pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos”. Além disso, há o parágrafo único do Art. 62, pelo qual “a fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência”. A determinação constitucional de que as entidades estatais não devem “embaraçar” os cultos religiosos e seu funcionamento deve ser entendida cum grano salis, mesmo porque o citado Artigo 19, Inciso I da Carta Magna ressalva “a colaboração de interesse público” entre o Estado e as Igrejas. As Igrejas não são associações civis, pois se constituem livremente de conformidade com os fins que lhes são próprios e decorrem de seus atos constitutivos autônomos. Ressalvada essa independência, é de “interesse público”, porém, que haja autênticas associações civis empenhadas na realização de fins religiosos, as quais não podem ser dominadas por um grupo minoritário que delas se sirva em benefício próprio. A bem ver, que é que o Código Civil exige das associações? Que elas sejam livremente constituídas, independentemente de autorização, desde que haja liberdade de associar-se, com clara determinação dos direitos e deveres comuns, devendo ser indicadas as suas fontes de recursos para sua manutenção. Quanto à sua administração, o Art. 59 estatui que caberá à assembleia geral dos associados eleger os seus dirigentes, a fim de que grupos privilegiados não se eternizem nas

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posições de mando. Essa eleição não exclui a constituição de órgãos especiais de conformidade com os objetivos visados, obedecidas as exigências próprias de cada entidade. O Código Civil, ao disciplinar a vida das associações e das sociedades, inclusive das empresas, tem por finalidade “democratizá-las”, respeitando-lhes sua necessária autonomia. Também empresas há que se queixam de certas limitações estabelecidas pela nova Lei civil, mas, como salienta o grande jurista Arnoldo Wald, com suas normas “institui-se uma verdadeira democracia empresarial que deve corresponder à democracia política, vigorante em nosso país”. Essa diretriz é extensível a todos os tipos de associações, inclusive as de fins religiosos, sendo, porém, excluídas das determinações do Código as Igrejas como tais, sujeitas apenas às normas fundantes e estruturais de cada culto. Ficam assim preservadas as peculiaridades das Igrejas no que se refere ao seu livre funcionamento. No concernente às fundações instituídas para fins religiosos, elas só podem se beneficiar com os mandamentos do Código Civil, ao exigir este que seu instituidor lhes faça dotação especial de bens livres, com precisa indicação de seus objetivos. Além disso, aqueles, a quem o instituidor, por testamento ou escritura pública, cometer a aplicação do patrimônio por ele outorgado, deverão elaborar o respectivo estatuto, com os órgãos necessários a seu fiel adimplemento. Tudo deve ser feito, em suma, para que a plena autonomia dos cultos religiosos se desenvolva em consonância com os objetivos éticos da sociedade civil. A NOVA ESTRUTURA ESTATUTÁRIA NO DIREITO ECLESIÁSTICO nos termos da LEI 10.825/03 Por Taís Amorim de Andrade Piccinini Desde 1916, quando foi promulgada a Lei 3.071 de 1º de janeiro de 1916 (mais conhecida como CÓDIGO CIVIL), as igrejas, embora organismos extremamente específicos, eram obrigadas a se sujeitar às normas direcionadas às ASSOCIAÇÕES para estabelecerem seus critérios de organização. O referido Código Civil designava, no artigo 16 e seguintes, os procedimentos e parâmetros para instituição das sociedades religiosas, porém, o fazia de forma extremamente genérica. Com o advento da promulgação do NOVO CÓDIGO CIVIL, em 10 de janeiro de 2002, as organizações religiosas chegaram a acreditar que vivenciariam algo novo no que tange à organização documental e organização prática de suas igrejas.Isto porque, o Novo Código Civil, regulamentou a forma de constituição das pessoas jurídicas denominadas Associações. No artigo 44, a nova Lei indica quem são as pessoas jurídicas de direito publico, listando as associações no inciso I e, nos artigos 53 a 61 do novo Código Civil, estão consignados os requisitos de constituição, organização, administração e dissolução especificamente das associações. Faltava, sem dúvida, especificação sobre quais as pessoas jurídicas são consideradas associações. Ou, em se falando de igrejas, faltou a especificação das organizações religiosas como pessoas jurídicas, ou, como associações. E, não obstante a toda a alteração sacramentada na nova Lei, consignou-se ainda, no artigo 2031, prazo de 01 (um) ano para que todas as pessoas jurídicas se adequassem ao novo regramento. Ou seja, isto significava dizer que todas as igrejas deveriam alterar seus estatutos, já que se encaixavam na condição de associações, ainda que por exclusão. Neste contexto, muitas igrejas se movimentaram, acionaram seus assessores jurídicos, surgiram literaturas e muito se fez com o intuito de se regularizar a situação jurídica destas organizações religiosas. Foram meses de muito burburinho. E neste caminhar, profissionais da área concluíram que as mudanças eram rígidas e não traziam qualquer benefício às Igrejas. Estava difícil trazer a realidade da igreja, um órgão tão

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específico, dotado de regramentos e doutrinas tão peculiares, à luz da nova legislação, com algum resultado prático produtivo. Ou seja, parecia que todo o trabalho era em vão. Mas se era para ser feito, que o fosse. Porém, na contramão de tudo que vinha sendo debatido negativamente à nova legislação, eis que surge um Projeto de Lei, que, aprovado pelo Congresso Nacional, originou a Lei nº 10.825, promulgada em 22/12/2003. Tal Lei deu nova redação aos artigos 44 e 2031 do Novo Código Civil, definindo que: Art. 1o Esta Lei define as organizações religiosas e os partidos políticos como pessoas jurídicas de direito privado, desobrigando-os de alterar seus estatutos no prazo previsto pelo art. 2.031 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil. Art. 2o Os arts. 44 e 2.031 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, passam a vigorar com a seguinte redação: Art. 44. (São pessoas jurídicas de direito privado:) IV - as organizações religiosas; V - os partidos políticos. § 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. § 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. § 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica." (NR) "Art. 2.031.(As associações, sociedades e fundações, constituídas na forma das leis anteriores, terão o prazo de um ano para se adaptarem às disposições deste Código, a partir de sua vigência; igual prazo é concedido aos empresários.) Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às organizações religiosas nem aos partidos políticos." (NR). Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.” Com a promulgação desta Lei, como se vê, as organizações religiosas foram inseridas como um ente diverso das associações, um ente jurídico próprio. E, ainda, estabeleceu-se total liberdade na criação, organização e estruturação interna da igrejas, as quais, a partir de então, estavam excluídas da obrigação de terem que ajustar seus estatutos na forma preconizada pelo Novo Código Civil e, consequentemente, estavam desobrigados de cumprir o prazo de 01 ano para as respectivas regularizações. Criou-se, portanto, a figura de uma verdadeira instituição religiosa. Ora, o Evangelho, base para toda a Igreja Evangélica, não pode ficar restrito à Leis humanas, embora, é certo, deva respeita-las, como determina o próprio Evangelho. Mas, cada igreja deveria, e em razão da Lei 10.825/03 agora pode, instituir suas próprias normas de organização, sempre com base na sua Doutrina e Visão. Não há mais a obrigatoriedade das Igrejas terem que estabelecer seus ordenamentos e sua forma de organização com base nas diretrizes elencadas nos artigos 53 a 61 do Novo Código Civil, já que deixam de ser meras Associações. Isto significa que as Igrejas, por exemplo, podem - ou não - abrir mão da supremacia das decisões oriundas de Assembleia Geral (o que, muitas vezes, até em face do grande crescimento que as Igrejas Evangélicas vêm experimentando, se tornava irreal ou impraticável). Isto significa que as Igrejas, por exemplo, podem resolver, inclusive, problemas de cunho jurídico-trabalhista, em especial quanto à obreiros, líderes e principalmente pastores, na medida que estes podem ser inseridos em classificação de cargos, sem, necessariamente, assumirem função de administração ou que lhes permitam tomar decisões separadamente.

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Significa também, dentre outras diversas possibilidades, que as Igrejas podem estabelecer regras que lhes afastem do risco de grupos de dissensões serem levantados dentro da Igreja, com poder de decisão, evitando contendas e divisões, o que é abominável ao Senhor. Esta Lei ainda não é conhecida por muitas organizações religiosas, o que tem feito com que muitos pastores fiquem presos à uma situação já ultrapassada. Porém, há que se ressaltar, que a nova Lei não deve ser interpretada nem utilizada como uma ferramenta para realizações e vontades pessoais, em descontrole e descumprimento às questões Bíblicas, no que tange à ordem, decência e, principalmente, respeito aos membros frequentadores das igrejas e à Palavra de Deus. Há que se utilizar a Lei para que a Igreja, a Noiva de Cristo, pode ser instituída da maneira mais eficaz possível para que seu propósito maior propagação do Evangelho - seja alcançado. Ora, acima de tudo e de qualquer Lei, nós, evangélicos, líderes ou profissionais da área do direito, temos que nos lembrar que Deus é quem deve sempre, sempre, reger e direcionar todos os caminhos das nossas igrejas. Afinal, a Ele todo o Poder, toda Honra e Toda a Glória, para sempre.

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MISSIOLOGIA

O que são Missões Transculturais? O prefixo “trans” “deriva – se do Latim e significa “movimento para além de”, ou”

através de. Sendo assim, em linhas gerais, missões transculturais é transpor uma cultura para levar a mensagem do universal do Evangelho.

Segundo Larry Patê, missões transculturais, “é a proclamação do amor de Deus, que ultrapassa fronteiras culturais, raciais e linguísticas”.

A mensagem do Evangelho não pode se restringir a uma só cultura, mas ter alcance abrangente, em todos os quadrantes da Terra, onde quer que haja uma etnia que ainda não a tenha ouvido.

O Evangelho está acima de nossas concepções humanas e deve valer – se dos elementos étnicos de cada cultura para ser proclamado. É preciso descobrir o “approach” de cada cultura, ou sejam os seus pontos de aproximação, para comunicar de maneira adequada as verdades do Evangelho.

Não é o Evangelho que se curva a cultura, mas esta se curva ao Evangelho. Isto é fazer missões transculturais...

1 O QUE É CULTURA? Para muitos, a palavra “cultura” significa o grau de estudos de uma pessoa. Por isso,

é comum ouvirmos alguém falar: “Fulano de Tal tem muita cultura”. Quase todas as pessoas fazem esta associação da cultura com o nível intelectual ou de instrução de alguém. Mas cultura não é isto.

Cultura é, segundo a definição do dicionário Aurélio, “o complexo de comportamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade”.

Na Antropologia, o termo cultura é visto sempre em associação com outro termo, a saber: sociedade.Para um antropólogo, cultura “é o conjunto de comportamentos e ideias característicos de um povo, que se transmite de uma geração a outra e que resulta da socialização e aculturação verificadas no decorrer de sua história”. Assim sendo, cultura “é o modo de agir”, e o termo sociedade designa o “grupo de indivíduos que compartilham deum mesmo modo de agir”. Precisamos entender bem claramente que cada povo tem o seu próprio “Padrão de Cultura”, que é a amalgama de todos os valores passados de geração a geração em cada sociedade desde os seus primórdios.

É o padrão cultural de cada povo que determina qual a “orientação cultural” que cada povo segue. Ou seja, a orientação cultural é que norteia o modo de viver de cada indivíduo dentro de sua etnia.

2 TRANSCULTURAÇÃO Transculturação “é o processo de transformação cultural caracterizado pela

influência de elementos de outra cultura, com a perda ou alteração dos já existentes” M. Dicionário Aurélio). Note, na definição do termo, o seguinte “... é a influência de elementos de outra

cultura, com a perda ou alteração dos já existentes”. O missionário transcultural deve tomar muito cuidado para não exercer este papel. O papel do missionário não é alterar ou mudar os valores de uma cultura. O seu

compromisso é com os Princípios Bíblicos. Estes, sim, podem exercer influência e até mesmo alterar situações contrárias à fé cristã, que deverão ser resolvidas no próprio contexto cultural, sem que seja necessário “importar” ou “adaptar” modelos de outros padrões de culturas.

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3 ETNOCENTRISMO Etnocentrismo é “uma tendência a ver a nossa própria cultura como maneira

universal de comportamento”. O missionário não pode se deixar levar por esta atitude. Entretanto, isso às vezes

acontece; acontece, porque somos tão inconscientes de como nossas vidas são guiadas pela nossa cultura e idioma, que de repente, descobrimos que é mais difícil do que pensávamos aceitar uma outra cultura. Embora, reconhecendo o que possa ser considerado comportamento apropriado em outra cultura, apegamo – nos ao que consideramos “normal” e “natural”. Achamos que a nossa maneira de fazer as coisas é

“superior” e “correta”. Quando isto acontece com um missionário no seu campo de trabalho, é reflexo de que ele não teve uma boa aculturação.

3 ACULTURAÇÃO: Já vimos que cada povo tem o seu próprio padrão de cultura, e também que as

culturas diferem na língua, na forma de ver o mundo, na valorização da conduta e em muitos outros aspectos. Quando alguém tenta comunicar uma mensagem a uma pessoa de outra cultura, um emaranhado de coisas impede que esta mensagem seja bem compreendida. É como se houvesse um bloqueio entre a fonte e o receptor. Este bloqueio realmente existe e é chamado de barreira, ou rede cultural.

A solução eficaz para o problema da “rede – cultural” é o missionário intercultural “passar pela rede”, ou seja, ele deve assimilar a cultura do povo onde missiona; Ele

deve se esforçar ao máximo em aprender o idioma local e comunicar, na língua desse povo, a mensagem do Evangelho; E para isso, ele deve usar as normas de conduta deste povo, bem como seu sistema de símbolos.

O missionário tem que deixar a sua dimensão e entrar na dimensão do povo em que atua utilizando os próprios recursos deles para se fazer compreendido.

Este processo é chamado de aculturação. 4.5.1) Estratégia de Aculturação: A Cosmovisão:

Para atravessar uma “rede cultural” e alcançar uma cultura de forma eficaz com o Evangelho, é importante desenvolver uma estratégia funcional.

O missionário deve saber em que pontos as culturas se diferem. Tem de reconhecer os princípios a serem aplicados, mas deve saber como aculturar – se no grupo que deseja alcançar. Para conseguir isso, deve saber que o centro de toda cultura e seu gerador primário, é a: COSMOVISÃO.

Cosmovisão é o conjunto de princípios, símbolos e valores que um povo tem como

verdades para a sua realidade. Esses valores, por sua vez, hão de gerar um conjunto de normas aceitas como

condutas normais desse povo. A ilustração abaixo exemplifica isto: Certo missionário perguntou ao chefe de uma tribo africana se podia levar sua

família para viver nessa aldeia. O chefe perguntou o motivo. Então o missionário lhe disse que tinha uma mensagem importante para o povo.

– Qual a mensagem? – perguntou o chefe. – Eu lhe contarei a mensagem se permitir que minha família e eu vivamos com o

seu povo durante dois anos. – respondeu o missionário. O chefe concordou. Nesses dois anos o missionário e sua família aprenderam a

língua do povo, aprenderam a cultivar a terra, cozinhar, comer e comportar – se como o povo dessa aldeia. Por outro lado, todos observavam os estrangeiros com grande curiosidade, especialmente no princípio. Viam – nos orar. Percebiam como amavam os filhos e como faziam amigos entre o povo.

Passados os dois anos, a aldeia toda decidiu dar uma festa especial para que o missionário comunicasse a sua importante mensagem. O povo havia aprendido a amá – lo e a

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respeitá – lo. Estava realmente desejoso de saber por que ele havia deixado sua própria terra para viver entre eles durante esses dois anos.

Quando o missionário se levantou e começou a falar na língua do povo, todos ficaram atentos à verdade. Ele começou pelo princípio, exatamente como os anciãos faziam à noite, ao contarem suas histórias em volta das fogueiras. Contou – lhes a história de um homem especial enviado por Deus. Hora e meia mais tarde, o missionário acabou

de apresentar sua mensagem, e ficou esperando que o chefe falasse, como de costume.

O chefe fez algumas perguntas sobre os espíritos malignos para o missionário, o qual respondeu a cada uma delas usando a Palavra de Deus. O povo resolveu voltar na noite

seguinte para ouvir mais. E assim foi por quatro noites consecutivas. No final da mensagem da quarta noite. O chefe se pôs se pé e declarou que queria seguir o modo de vida de Cristo. O chefe foi o primeiro a ser batizado. Em pouco tempo, a aldeia inteira aceitou “o modo de vida de Cristo”!

O êxito deste missionário se deu porque ele conseguiu penetrar na cosmovisão do povo. Ou seja, ele construiu uma plataforma na mentalidade deste povo, de onde

ele podia verdadeiramente falar e ser ouvido. E por causa do seu proceder todos os naturais chegaram a ser cristãos.

Se o missionário tivesse começado a pregar logo assim que chegou, sem antes atravessar a “rede cultural”, ou seja, sem aculturar – se; sem entender qual era o conjunto de valores do povo, sem entrar na cosmovisão do povo, para aí então, compreender quais as normas de conduta deste povo e assim poder pregar o evangelho, ele não teria bem sucedido. Talvez depois desses dois anos ele tivesse apenas um pequeno grupo de convertidos, ou nenhum.

Observe a figura abaixo: A Cosmovisão de certo povo é a sua percepção básica de como as coisas são e de

como chegaram a ser assim. “COSMOVISÃO: O CORAÇÃO DE UMA CULTURA”! 4.5.2) Princípios de Aculturação: Através de bons princípios de aculturação o missionário transcultural, pode

diminuir muito o choque cultural. No próximo ponto falaremos sobre este choque, agora vejamos alguns destes princípios de aculturação.

A) Seguir as Normas de Conduta da Cultura Hóspede. Em geral, o processo de aculturação requer de 2 a 5 anos. Para o missionário,

quanto mais tempo puder passar com o povo adotado, melhor. Quando um obreiro transcultural entre pela primeira vez noutra cultura, o faz no nível das “normas de conduta”.

Sua compreensão do “sistema de valores” e da “cosmovisão” dessa cultura é mínima.

O missionário precisa aprender a comer, vestir, dormir, viajar, receber visitas e fazer muitas outras coisas exatamente como o povo da cultura local faz. Agindo da maneira do povo, logo o missionário compreenderá os valores em que se baseiam essas normas de

COSMOVISÃO SISTEMA DE VALORES NORMAS DE CONDUTA conduta. Aprenderá não somente a compreendê – los, mas também ele próprio começará a adotar muito desses valores, que começarão a ter sentido para ele. Quanto mais o missionário adotar as normas de conduta do povo, tanto mais se convencerão de que ele os respeita e se interessa por eles.

B) Contribuir para que o Evangelho Transforme a Cosmovisão do Povo: Não é suficiente mudanças apenas nas “normas de conduta” do povo. A pregação

do Evangelho precisa atingir a sua “cosmovisão” e seu “sistema de valores”. Enquanto isso não acontecer, o Evangelho não terá penetrado realmente na sociedade.

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É possível o missionário conseguir persuadir algumas pessoas a se comportarem de acordo com o exemplo que lhes dá. Podem até ir à Igreja e participar das atividades cristãs, contudo, quando se encontram enfermas, ou atemorizadas por maus espíritos, recorrem à feitiçaria, ao espiritismo ou a outras atividades não cristãs.

A esse tipo de conduta dá – se o nome de Sincretismo, que é uma mistura de Cristianismo com outras religiões. O povo inclui o Cristianismo em suas formas de culto, suas crenças religiosas; não o segue como o único caminho verdadeiro. A única maneira de vencer o sincretismo é fazer com que o Evangelho penetre na cosmovisão e no sistema de valores da sociedade. O povo precisa crer no Evangelho de tal maneira que alcancem uma perspectiva cristã e não mais pratiquem suas antigas formas de cultos e sacrifícios.

C) Traçar o perfil dos Valores básicos da Cultura Hospedeira: Tendo aprendido a maior parte das normas de conduta da cultura que o hospeda, o

missionário começará a entender os valores básicos do povo. Isto lhe dará um quadromais claro de como comunicar o evangelho a esse povo.

D) Julgar a Própria Conduta Social, Moral e Religiosa Segundo as Normas da Cultura Hospedeira: O missionário tem que evitar o Etnocentrismo a todo custo (ver 4.4). Não deve

julgar as normas de conduta da cultura local segundo suas normas culturais. Antes, deve aprender a ver sua própria conduta de acordo com o sentido que lhe dá, a cultura local.

E) Aguardar o Momento Certo para Começar a Pregar: Um dos erros mais comuns que os missionários cometem é começar a pregar logo

que chegam na cova cultura. Certo missionário enviado ao Japão, logo que chegou lá, contratou um intérprete e

deu início a uma campanha de evangelização. Ao fazer o primeiro apelo no final do culto, todos levantaram as mãos indicando aceitar a Jesus. No segundo culto aconteceu o mesmo. O missionário concluiu que tanta gente estava se convertendo que não podia dar tempo à aprendizagem da língua japonesa.

Pregou durante um ano inteiro através do mesmo intérprete antes de saber a verdade do fato. Cada vez que ele pedia que as pessoas que quisessem aceitar a Cristo levantassem as mãos, o intérprete simplesmente mandava que todos levantassem as mãos! De modo que os ouvintes levantavam as mãos não para aceitarem a Jesus, mas sim, para que o pregador não perdesse o prestígio e também porque o intérprete lhes dizia que o fizessem.

Podemos concluir que, enquanto o processo de aculturação não estiver bem avançado, o missionário não poderá comunicar a mensagem de maneira que o povo possa recebê – lo.

4.6) Choque Cultural: Se o missionário usar como seu “guia” os princípios e a estratégia de aculturação

apresentadas no ponto anterior, ele conseguirá superar bem o choque cultural. O choque cultural é um sentimento de confusão e desorientação que a pessoa enfrenta quando se muda para outra cultura.

A causa desse choque é exatamente a mudança de normas culturais. A intensidade do choque dependerá, da diferença entre a cultura de origem e a

cultura hóspede do missionário. Dependerá também, da personalidade e do preparo do missionário. (Assunto do próximo ponto!).

Já vimos o que é o choque cultural, sua causa e intensidade, agora veremos alguns sintomas deste choque. 4.6.1) Sintomas do Choque Cultural:

A) Sensação de Desorientação. É comum a pessoa sentir certo incômodo e certa sensação de desorientação, bem como ansiedade nervosa. Principalmente se ela não entende a língua local.

B) Desejo de Isolar – se. Dada a dificuldade de comunicação com o natural, e a não possibilidade de se comunicar com pessoas de sua cultura, então surge uma vontade de ficar só.

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C) Comparação das Culturas. O iniciado constantemente nota diferenças entre a sua cultura e a que o hospeda deve cuidar – se para não se exceder em freqüentes comparações, pois as pessoas que o cerca podem se sentir ofendidas.

D) Menosprezo pelas Normas Culturais; E) Sensação de Estar Preso; F) Sentimento de Hostilidade; G) Sensação de Autodesprezo; H) Sensação de Fracasso; e até mesmo, I) Perda da Visão Espiritual; A lista de sintomas apresentada não é necessariamente progressiva. Mas é um

conjunto de reações normais que ocorrem quando uma pessoa entra numa nova cultura. O missionário pode não sentir todos estes sintomas, nesta mesma seqüência e intensidade, mas certamente há de experimentar pelo menos um deles.

Quanto mais o missionário transcultural compreender a cultura em questão e a tarefa que tem pela frente, menos será o efeito que o choque cultural terá sobre ele e sua família.

4.7) O Missionário Transcultural e o Seu Preparo: O missionário transcultural precisa receber um treinamento específico antes de sair

para o campo. Não significa o envio de alguém, sem que este alguém não tenha recebido um preparo (o mínimo que seja), nas seguintes áreas:

A) Preparo Linguístico: O missionário precisa saber pelo menos, qual o idioma falado no seu “campo –

alvo”. O ideal é que ele saiba falar antes mesmo da partida. E não apenas o idioma, mas também as peculiaridades da língua do país que vai trabalhar.

Este preparo exige tempo, estudo e determinação; antes e depois da ida do missionário para o campo, pois ele não termina com a chegada do mesmo, pelo contrário, deve ser intensificado; porque o missionário vai precisar de um domínio completo da língua, bem como de uma boa fluência e também conhecimento de expressões idiomáticas e regionalismos (e neste caso, quanto mais ele souber, melhor!)!

Quando se faz uma tradução de um idioma para outro, nem sempre há palavras correspondentes entre esses idiomas. O missionário que tem um bom conhecimento do idioma para o qual se faz a tradução, saberá, então, nesta ocasião: valer – se da

“equivalência dinâmica” para poder transmitir a sua mensagem de maneira inteligível aos seus ouvintes.

É por isso que o missionário necessita de um bom preparo lingüístico, para poder das “contemporaneidade” à Bíblia, no país onde menciona.

B) Preparo Teológico: É importante frisar, quando mencionamos “preparo teológico”, que não basta ao

missionário, ter meros conhecimentos de conceitos sistemáticos da Bíblia e querer transportá – los de uma realidade para outra. É preciso que estes conceitos tenham

correspondências práticas na vida de quem os ensina, especialmente no campo missionário; onde poderá haver circunstâncias que exigirão “provas” daquilo que se prega.

Em outras palavras, o missionário deve viver o que prega e pregar o que vive. Toda boa teoria que não for aprovada, não passa de uma “boa teoria”. O ensino

bíblico não pode ficar apenas no campo teórico. Se não for acompanhado de evidências terá pouco resultado. Leis Tg 1.22; etc.

Não basta ao missionário ter conhecimento teológico. Este preparo deve reverter – se da visão transcultural para que ele possa encontrar em cada etnia o instrumento próprio para aplicar os ensinos na vida do povo. Para o missionário ensinar as verdades bíblicas em outra cultura, ele precisa contar com o momento adequado e a estratégia certa.

C) Preparo Transcultural:

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Costumes são mutáveis e diferem de uma região para a outra. O missionário precisa conhecer os costumas do povo que vai trabalhar, para que o choque cultural não gere efeitos negativos.

Uma questão séria é a do vestuário. O quadro muda de país para país; e de região para região. O missionário precisa ter bastante equilíbrio para não exportar costumes de sua cultura para a do povo adotado; nem tão pouco quando retornar à sua pátria, importar costumes do campo onde missiona para i seu país de origem que sejam incompatíveis com o seu “modus vivendi”. A área de costumes, inclui também, hábitos alimentares, ética à mesa, convivência familiar, etc; que diferem de uma cultura para a outra.

Os costumes mudam, mas os princípios bíblicos são imutáveis!... 4.8) Tipologia da Evangelização: “Nosso mundo hoje, é muito mais complexo do que o mundo dos crentes da Igreja Primitiva. Atualmente há mais línguas, mas países, mais grupos étnicos do que

quando a Igreja Primitiva foi tão eficaz na evangelização intercultural. Nessa época não era

preciso passaporte, nem vistos, e o grego era um idioma comum falado por muita gente. Hoje, as distâncias entre as cidades, são muito maiores, tanto geográfica quanto culturalmente. Se desejamos ser “missionários” eficazes, devemos aprender tudo quanto podemos acerca das diferenças e de como superar as barreiras que se apresentam para uma comunicação eficaz do evangelho.

Buscando criar meios e estratégias para a evangelização mundial, o estadista demissões Ralf Winter (U.S. Center), criou um esquema com base nas distâncias culturais entre o missionário e seus ouvintes.

“O homem precisa criar formas de controlar sua realidade para compreendê – la e modificá – la. Exemplo: Metro – Distância; Hora – Tempo.” Com Missões também é

assim. É de grande valia para nós, compreender – mos o conceito de “Distância Cultural”; ou seja, o quanto uma cultura é “distante” (diferente) da outra! Ralf Winter separou a Evangelização em três etapas: E – 0, E – 1, E – 2, E – 3. A) E – 0: Evangelização E – 0, significa uma evangelização com barreira cultural 0!

Isto é, sem nenhuma distância cultural entre o emissor e o receptor. Isto ocorre quando um verdadeiro cristão ganha para Cristo “cristão nominais”. Neste caso não existem barreiras culturais, nem religiosas, nem geográfica, nem de tipo algum.

B) E –1: Evangelização E – 1 é ganhar para Cristo pessoas da própria cultura do evangelista,

mas que ainda não “nasceram de novo”. Por exemplo, quando um crente pentecostal leva ao Senhor alguém de sua própria cultura que é católico romano. A

cultura é igual, mas a religião é diferente. C) E – 2: Evangelização E – 2 é ganhar para Cristo pessoas que pertencem a culturas

diferentes, mas similares à do evangelista. As culturas desses povos não são exatamente iguais, porém, podem ser bastante aproximadas, até o ponto de falarem a mesma língua materna.

Temos dois exemplos bíblicos. O primeiro, são os samaritanos. Embora fossem à semelhança dos judeus, inclusive na língua, pois falavam o aramaico, contudo, havia profundos preconceitos históricos e culturais que eram verdadeiras barreiras, entre esses dois grupos étnicos, a ponto de não se comunicarem um com o outro (Jô 4).

De maneira que, quando Filipe começou um avivamento entre os samaritanos, ele estava fazendo E – 2!

O segundo exemplo, é quando os judeus helenitas começaram a estabelecer igrejas entre os gregos (At. 19.20). Eles cruzaram uma barreira de grande preconceito religioso e racial para ganhar os gregos para Jesus, e o fizeram numa língua diferente da sua.

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A evangelização do tipo E – 2 é uma evangelização intercultural. Quando a barreira idiomática ou a cultural, ou ambas, são suficientemente grandes que requeiram uma igreja em meio ao povo evangelizado, então temos uma evangelização intercultural. Uma grande parte da evangelização intercultural registrada na Bíblia é do tipo E – 2.

D) E – 3: Evangelização E – 3 é ganhar para o Senhor, membros de uma cultura muito

distante. Neste caso não existe nenhuma semelhança cultural entre o emissor e o receptor. Isto é, entre o evangelista e o povo evangelizado.

O fator chave a ser considerado é a distância cultural. 4.9) A Teoria do Evangelismo de Vizinhança: Alguns pensam que a evangelização de certa parte do mundo é de responsabilidade

única dos crentes dessas regiões. Os que assim pensam, não são favoráveis à evangelização do tipo E – 3 (ou seja, não são favoráveis a missões transculturais!). Há até mesmo quem considera E – 3 desnecessária. Isto porque acreditam (às vezes até inconscientemente) no pensamento conhecido como “teoria do evangelismo da vizinhança”.

As pessoas que acreditam no evangelismo de vizinhança deduzem que, uma vez que há alguns crentes em determinada região do mundo, basta que estes “evangelizem seus vizinhos” (evangelização do tipo E – 0 e E – 1) uma vez que estão culturalmente próximos, assim, não se faz necessário o envio de missionários (para se fazer E – 3!) e em pouco tempo o mundo todo terá sido evangelizado. Entretanto, estas pessoas se esquecem que para se fazer E – 1 é necessário que antes se faça E – 3! Foi assim com Jesus. Ele realizou E – 0, E – 1 e também E – 2 (no caso de Jô 4!), antes porém, realizou

E – 3, porque foi ENVIADO de um outro “País” e precisou aculturar – se à cultura judaica antes de começar a pregar o Evangelho!

Como vimos em 1.4 o missionário precisa transpor uma barreira cultural, geográfica ou linguística para poder ministrar o Evangelho. Foi exatamente isto que Jesus fez... é por esta razão que David Livingstone disse a frase que já citamos anteriormente, mas que vem a propósito: “Deus tinha um único filho e fez dele um missionário”.

Seguindo estes padrões de evangelização, concluímos que se um evangelista sair fazendo E – 1, em um determinado momento ele vai encontrar uma barreira (seja ela geográfica, cultural ou linguística), ao transpor esta barreira estará fazendo E – 2 e mesmo

E – 3. Exemplificando: Suponhamos que eu queira divulgar o Evangelho em todo o mundo, mas sem sair da minha cidade natal, Juiz de Fora; sem fazer missões transculturais. Então, eu evangelizo o meu “vizinho” e dou – lhe a incumbência de ganhar o seu e de passar – lhe a mesma tarefa. Logo, logo teremos evangelizado todos os bairros de Juiz de Fora e o último “vizinho”, ganhou alguém do estado do Rio de Janeiro. E lá no Rio o evangelho foi passando de “vizinho a vizinho” até chegar em São Paulo, depois no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Até aqui só houve E – 1. Então, o “vizinho” da última cidade do Rio Grande do Sul, que faz fronteira com o URUGUAI, vai da mesma forma como foi feito até agora, tenta evangelizar o seu vizinho. Só que este seu “vizinho” uruguaio fala outra língua, tem outros costumes, enfim, tem outra cultura e pertence a outro grupo étnico, diferente do Brasil. Isto que dizer que o “vizinho” crente se deparou com uma barreira cultural, geográfica e lingüística. Se ele pretende realmente ganhar o uruguaio para Jesus, então terá de transpor estas barreiras e a única maneira é fazendo MISSÕES

TRANSCULTURAIS! (Neste caso E – 2). Outro exemplo que pode ser dado é o caso da Igreja do Paquistão. É composta, na

sua maioria, de ex – hindus, os quais não conseguem testemunhar para seus vizinhos muçulmanos (97%) geograficamente próximos, porém, muito distantes culturalmente.

Neste caso também, o “evangelismo de vizinhança” não funciona. Poderia ter citado ainda o caso de uma Igreja no Sul da Índia (País que sofre com a

desigualdade social por causa da sua divisão em “Castas!”), ou o da Igreja de Batak, na Indonésia, entretanto creio que já ficou bem claro que só se faz E – 1 se antes, for feito

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E – 3. “A igreja saudável e no centro da vontade de Deus é aquela que segue seu Senhor e

faz tal qual ele fez...” PARTE 5 - ANTROPOLOGIA MISSIONÁRIA 5.1) Definindo Antropologia: Você sabe o que é Antropologia? Há várias definições desta palavra: “É a ciência natural cujo objeto é o estudo e a

classificação dos caracteres físicos dos grupos humanos”. Krober a define como “a ciência dos grupos humanos, seu comportamento e as suas produções”. Há quem diga que é “a ciência da cultura humana”. Em linhas gerais, “Antropologia é o estudo do ser humano”.

A Antropologia abrange uma esfera de estudo muito ampla. Divide – se em duas grandes áreas: Antropologia Física e Antropologia Cultural.

5.2) Antropologia Física: É o seguimento da Antropologia que estuda os primatas, a genética, a evolução, as

mudanças do corpo e as descrições das características dos povos. A Antropologia Física, no estudo da espécie humana, registra a evolução e a diferenciação dos tipos raciais. A raça humana pode ser dividida em três grupos étnicos principais: negróide, mongolóide e causóide. Para uma investigação exata dos tipos raciais e sua classificação desenvolveu –se uma técnica de mensuração. No que diz respeito à aplicação dessa técnica ao esqueleto e ao homem vivo, usa – se também o termo Antropometria. O estudo do homem fóssil ou pré – histórico representa uma especialização paleontológica no vasto no campo da Antropologia Física

5.3) Antropologia Cultural: É o seguimento da Antropologia que estuda as culturas pré – históricas, a etnologia,

no folclore, a organização social, a cultura e a personalidade, a aculturação e a aplicação da Antropologia aos problemas humanos. Na análise dos modelos padrões de vida e do comportamento humano nas diversas culturas, o antropólogo deve procurar respostas para três perguntas principais:

1º) Quais as funções dos vários aspectos duma cultura, isto é, comida, abrigo, transporte, organização da família, crenças religiosas, línguas, valores, etc.?

2º) O que faz um membro de uma sociedade agir como age? Em outras palavras, por que todos não agem da mesma maneira? Quais são as normas que determinam a conduta dos membros de uma sociedade?

3º) Quais os fatores que determinam a conservação de certos aspectos culturais e a substituição de outros com o decorrer do tempo?

Como podemos perceber, não é suficiente apenas analisar os tipos de vestimenta ou comida de um povo, mas precisamos analisar também quem usa esta ou aquela roupa e porque a usa.

5.4) O que a Antropologia nos Ensina? A Antropologia tem feito muitas contribuições ao conhecimento de nós mesmos e

de outros seres humanos. Podemos resumir algumas dessas contribuições básicas da seguinte maneira:

A) O comportamento humano não é ilógico ou efetuado ao acaso, mas segue modelos culturais definidos;

B) As partes que formam o padrão de comportamento de uma cultura são interligados; e

C) A maneira como os diferentes povos seguem e pensam pode tomar formas bastante variadas de cultura para cultura.

“Pede – me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da Terra por tua possessão”.

(Sl 2.8)

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5.5) A cultura e suas Divisões: Relembremos a definição de Cultura, segundo o dicionário Aurélio: Cultura é “o

complexo de comportamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade”.

Há muitas partes da nossa cultura que supomos serem tão lógicas, tão naturais e até mesmo universais, que nem estamos conscientes delas, realizando – as automaticamente. Devemos, todavia, lembrarmo – nos de que outros povos têm diferentes maneiras, (e às vezes bem diferentes!) de considerar um mesmo assunto. Podemos classificar a cultura em diferentes seguimentos: Cultura –

a) material; b) social; c) religiosa; d) linguística; e) estética; f) musical; g) artística; h) etc.

É interessante traçarmos um paralelo entre estes seguimentos da Cultura para analisa – los cuidadosamente. Vejamos alguns casos

5.5.1) A Cultura Material em Relação à Cultura Social: O dinheiro e a riqueza são desejados pelo homem, não só porque possuem valor

em si, mas também porque proporcionam um status diferente diante de uma sociedade. Um homem rico é um homem importante, respeitado. A riqueza proporciona

segurança, poder e prestígio (a não ser se foi adquirida de forma ilícita!) A tendência natural do homem de querer possuir tal status produz uma influência

inevitável da cultura material sobre a cultura social. Veja que exemplo interessante, de um fato ocorrido entre os índios do Canadá.

Na tribo dos índios “Atapascam”, no norte do Canadá, antigamente, quando o clima era muito frio e a vida, consequentemente, muito difícil, uma mulher tinha dois ou três maridos. A escassez de alimentos e a difícil economia não proporcionavam condições para um homem sustentar numa pessoa e a respectiva prole. Mas aconteceu um fato que mudou radicalmente este sistema. Os homens daquela tribo adquiriram espingardas, e se tornou bem mais fácil conseguir caça. Então podiam matar animais maiores, e houve abundância de alimentos. A partir de então, os homens podiam sustentar suas respectivas famílias e eles é que passaram a ter duas ou três esposas. Concluindo, a espingarda, que é um bom material, mudou a cultura social.

5.52) A Cultura Material em Relação à Cultura Religiosa: A influência do material é forte, até mesmo na vida religiosa. Isso nos traz mais

umavez à revelação da verdadeira essência da natureza humana. Na Suíça (o “Banco do Mundo”), eles dizem não “precisar” de Deus, afinal, têm uma

economia estabilizada, etc... Já, no Brasil, muitos vão aos centros espíritas com o propósito de conseguir êxito nos negócios ou mesmo para ganhar na Loteria Papa –tudo,Tele – Sena, etc., e quiçá, num jogo de futebol. A razão dessa procura religiosa é meramente econômica!

Em contrapartida, observamos que pessoas que possuem poucos recursos financeiros, ou que já tiveram muito e perderam tudo, são mais abertas para uma experiência genuinamente religiosa.

5.5.3) A Cultura Material e a Missão Cristã: Nós sabemos que Deus está interessado no indivíduo inteiro, tanto na sua parte

espiritual como na física. No entanto, acontece que, não poucas vezes, temos separado estas duas partes essenciais do ser humano, pensando que Deus só está interessado na parte espiritual. Essa não é a mensagem que a Bíblia nos transmite. Vemos em toda a Palavra de Deus a importância que é dada ao homem total. Por isso, é dever das missões transmitir essa mensagem, de um modo que penetre na vida toda do homem e da sociedade. Uma segunda razão por que deve ser assim, é o fato comprovado de que a cultura de um homem convertido vai mudando e melhorando dentro do seu pensamento e da sua sociedade. O missionário tem o dever de levar o homem à expressão mais perfeita possível de sua fé em Jesus Cristo, numa nova vida nele. Os costumes e a Cultura do missionário são irrelevantes e sem sentido para um homem de outra cultura, mas o missionário, mesmo assim, deve ajudar o novo homem em

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Cristo e avaliar sua vida e buscar uma expressão certa do Cristianismo. O Espírito Santo e um estudo profundo da Bíblia, mostrarão o que os novos cristãos devem rejeitar e o que devem reter e/ou melhorar para a glória de Deus, na sua própria cultura.

A cultura não é simplesmente um aglomerado de traços e características, nem tão pouco um amontoado de conhecimentos. Cada parte distinta da cultura se interliga às demais de forma que resulta num funcionamento sistemático da sociedade – a sociedade organizada.

O poder salvador do Evangelho manifesta – se pelas boas obras e não pelos costumes, especialmente numa experiência transcultural. Acima de tudo, está o amor, que deverá ser expresso de maneira prática e convincente, o único meio de atrair homens para

Cristo. Pense nisso, caro aluno: se você diz para alguém (de qualquer cultura que seja!),

que Jesus salva, o seu interlocutor quererá saber como e quererá provas disso na sua própria vida.

“... e entoavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir – lhes os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus, os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação, e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra.” (Ap 5.9,10)

5.6) O Problema do Relativismo Cultural: Em decorrência dos estudos antropológicos efetuados até o momento presente,

alguns antropólogos estão dizendo que há relativismo cultural. “Se os esquimós matam os velhos que não podem mais trabalhar, por que não fazer o mesmo também?” “Se pode haver liberdade sexual em algumas tribos da África, por que não podemos tê – la também?” “Tudo é relativo”.

A Bíblia tem muito a dizer sobre isso. Deus conhece os diferentes valores de cada cultura. Ele reconhece também as oportunidades de casa povo, a revelação que este tem

Temos de levar a Palavra de Deus aos outros povos, não a nossa cultura e nossos costumes! Recebido de Deus. Ele mesmo se revela de diferentes maneiras, em diferentes culturais.

Sobre isso, Don Richardson fala em seu livro “O Fator Melquisedeque”. Recomendo – o para sua leitura!

Em Lc 12.48 também se diz: “Mas o que não a soube, e fez coisas dignas deaçoites, com poucos açoites será castigado. “A qualquer que muito foi dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou muito mais se lhe pedirá”.

Paulo também sabia que os valores de cada cultura eram diferentes e que alguns costumes eram relativos e outros não (I Co 16.3). Ele exigiu que Timóteo se circuncidasse

(At. 16.3) e deixou Tito sem circuncisão (Gl 2.3). Não foi incoerência na conduta do apóstolo, mas um reconhecimento bíblico de que há níveis de valores de uma cultura para outra e mesmo dentro de uma mesma cultura.

A Bíblia deixa muitos costumes e regras em aberto para que a própria pessoa, dentro da sua respectiva cultura, escolha, escolha o melhor. Outros mandamentos são fixos para todas as pessoas na face da Terra. A Bíblia diz que não podemos matar, nem por atos nem por pensamento. Em todas as culturas isto é pecado (mesmo na dos esquimós!). A Bíblia também proíbe a vaidade, que é um sentimento íntimo manifesto de maneiras diferentes em cada cultura. E assim por diante. Há outros atos que são meros costumes (como maneira de se vestir – que varia de cultura para cultura – de se saudar,

etc.) e, portanto, são deixados à livre decisão de cada um, dentro do seu “padrão cultural”, sem que a Bíblia os regulamente.

Talvez o discernimento sobre estas coisas seja uma das tarefas mais importantes e difíceis do missionário. Por isso ele tem de, em primeiro lugar, conhecer profundamente a

Bíblia e o que ela realmente ensina sobre tais coisas. Ele tem de conhecer também a sua própria cultura para poder compreender as razões básicas das suas próprias reações e pensamentos. Além disso, ele tem de conhecer de maneira “êmica” (isto é, de dentro da

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cultura –não de fora) a cultura dentro da qual vai trabalhar, para poder transmitir o verdadeiro ensino da Palavra de Deus, separando – o das práticas da sua própria cultura.

6.1) Considerações Preliminares: É provável que você já tenha ouvido ou lido alguma coisa sobre a janela 10/40. Mas, você sabe exatamente o que é? Sabe por que ela é assim chamada? Ou quais

os países que a compõem? Dada a importância do assunto, não poderíamos terminar esta apostila sem

falarmos a respeito. Todavia, daremos apenas uma pincelada. Incentivamos aos alunos que prossigam na pesquisa e na atualização de informações alusivas ao tema proposto.

A) Quanto ao nome: A pronúncia correta do nome é “JANELA 10/40” (dez – quarenta) E não “dez – por –

quarenta”. Antigamente era chamada de “Cinturão de resistência” PARTE 6 – JANELA 10/40 B) Quanto à localização: Está localizada entre as LATITUDES 10º e 40º norte do Equador. Abrange desde o Norte da África, Oriente Médio e Ásia. C) Realidades da Janela: A janela tem em vista a maior parte das áreas do mundo com necessidades físicas e

espirituais. A maioria dos países do “Mundo A” estão aqui localizados, e também, a maioria dos governos que se opõem ao Cristianismo, e ainda, os três maiores blocos religiosos do Mundo: Islamismo, Hinduísmo e Budismo.

6.2) Razões para Focalizarmos a Janela 10/40: Vejamos quais as três razões básicas pelas quais devemos focalizar a evangelização

nesta área. 6.2.1) Primeira Razão: A Primeira Razão é fundamental razão pela qual devemos enfatizar a evangelização

na Janela 10/40 é por causa do significado bíblico e histórico desta área. A Bíblia começa com a explicação que Adão e Eva foram colocados por Deus no

“Jardim do Éden”, lugar onde é hoje o “coração da Janela 10/40”. O plano de Deus expresso em Gn 1.26 é que o homem teria domínio sobre a terra e deveria preenchê – la. Mas quando Adão e Eva pecaram contra Deus, perderam seu domínio sobre a terra.Com o comportamento pecaminoso do homem sempre crescente.

Deus resolveu intervir e julgou a terra com o “Dilúvio”. Depois, os homens vieram estabelecer seu novo intento para dominar: construíram a “Torre de Babel”. Essas obram também ocorreu no “coração da Janela 10/40”, e foi feita como uma provocação a Deus

(Gn 11.3). Novamente, Deus estendeu sua mão como julgamento. O resultado foi a introdução de línguas, separação de povos, e, formação de nações.

Cristo nasceu em Israel, país que compõe a Janela 10/40. Viveu uma vida perfeita, morreu sacrificialmente na cruz e ergueu – se triunfante sobre a morte.

A Igreja primitiva anunciou isto, mas foi somente após as viagens missionárias do Apóstolo Paulo que a proclamação ocorreu mais além da Janela 10/40. Sem dúvida, é uma área de significado bíblico e histórico. 6.2.2) Segunda Razão: A Segunda razão, é porque ali VIVE O MAIOR NÚMERO DE POVOS NÃO –

ALCANÇADOS DO MUNDO.

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Dentro da Janela 10/40 está 1/3 da área total da Terra, 2/3 da população mundial; cerca de 3 BILHÕES DE PESSOAS!

Nesta área estão, estatisticamente, as pessoas MAIS POBRES DO MUNDO! Vivendo, ou melhor, sobrevivendo, em estado de absoluta miséria.

Sessenta e dois países formam a Janela 10/40. Dos quais, 37 estão totalmente dentro do “RETÂNGULO” da Janela 10/40. Dos 62 países 18 são completamente “fechados” ao Evangelho. Isto representa um total de 97% dos povos inalcançados.

6.2.3) Terceira Razão: A Terceira Razão, é a presença das TRÊS MAIORES RELIGIÕES DE GRANDE DOMÍNIO

NO MUNDO. A maioria dos adeptos do Islamismo, Hinduísmo e Budismo, vive na Janela 10/40. A presença Islã é desde o Norte da África até o Oriente – Médio, perfazendo um

total de 700 milhões de pessoas. Nós devemos fazer o máximo possível para mostrar aos muçulmanos que o grande

profeta descrito ao Alcorão, não é Maomé, mas sim Jesus Cristo. No meio da Janela 10/40 está a Índia, e o hinduísmo também constitui um total de

700 milhões de pessoas. À direita da Janela 10/40, temos a China que é o mundo budista. Há 1,2 bilhões de chineses que estão precisando desesperadamente de Jesus. Eles

representam o maior bloco “IDENTIFICÁVEL” da Janela 10/40. Na verdade, todo o Mundo necessita do Evangelho. Mas, em nenhum outro lugar é tão gigante esta necessidade!

6.3) Definições Importantes: 6.3.1) Há algumas definições que nos ajudam a melhor entendermos a matéria: A) Povo: Povo é o conjunto de indivíduos sujeitos às mesmas leis; B) País: É o território ocupado por uma determinada população. É o espaço

geográfico que uma população habita. C) Estado: É “uma sociedade organizada sob a forma de governantes e governados,

com território delimitado e dispondo de poder próprio para promover o bem de seus membros, isto é, o bem público”.

D) População: Sentido quantitativo; abrange todos os que residem num território, além da chamada “população flutuante”, isto é, pessoas que estão de passagem pelo país, ou que nele reside temporariamente.

E) Nação: É o povo socialmente organizado e consciente de seus objetivos comuns. É o povo e o conjunto de suas instituições sociais, línguas, usos e costumes.

F) Pátria: É o país onde nascemos e ao qual estamos emocionalmente ligados. Tudo o que vimos até agora são definições da Sociologia. Mas ainda falta definir um termo muito importante: Povo não – alcançado ou “inalcançado”.

Também são empregados os termos, “povo – fronteiriço”, ou “povo – escondido”. Esta terminologia serve para designar um povo etnolinguístico sem nenhuma

comunidade nativa de cristãos com número e recursos suficientes para evangelizar seu próprio povo sem nenhuma assistência externa (transcultural).

Segundo os pesquisadores, existem cerca de 11.286 grupos étnicos, ou seja, povos, na Terra. E a Bíblia diz que o Evangelho precisa ser pregado a cada um deles!... 6.3.2) “Os Três Mundos”:

MUNDO A: Não Evangelizado – 1%: São nações e povos no mundo menos evangelizado. Aquelas nações e povos que são menos de 50% evangelizados.

MUNDO B: Não Cristão, porém Evangelizado – 8,5%: São nações e povos no mundo não – cristão evangelizado. Aquelas nações que são

mais de 50%$ evangelizadas e menos de 60% cristãos. MUNDO C: Mundo Cristão (incluindo nominais) – 90,1%

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São nações e povos no mundo cristão. Aquelas nações e povos que são mais do que 60% cristãos professos. Isto inclui todos os cristãos nominais e filiados de todas as tradições eclesiológicas e não somente os protestantes.

A grande maioria dos países do Mundo A, estão na Janela 10/40! 6.3.3) Tradução da Bíblia – Um Grande Desafio!... Segundo os pesquisadores, existem no Planeta cerca de 6528 línguas. 4% – Cerca de 276 possuem a Bíblia Inteira. 10% – Cerca de 676 possuem o Novo Testamento. 19% – Cerca de 1199 possuem Porções da Bíblia. 5% – Cerca de 336 são línguas quase extintas. 62% – Cerca de 4041 não possuem nem um versículo da Bíblia traduzido! Uma grande parte destas línguas são de países da Janela 10/40. Dos 24.000 povos do Mundo, cerca de 12.000 ainda são povos não – alcançados.

Uma grande parte também estão na Janela 10/40. 6.4) Pesquisa para o Aluno: Inicialmente pensei em inserir neste trabalho a maior quantidade de detalhes

possíveis sobre a Janela, todavia, deixo como Proposta de Pesquisa para o Aluno esta tarefa. Quero sugerir uma pesquisa sobre:

A) Os blocos religiosos da Janela 10/40; (falando sobre cada um deles distintamente);

B) Quais grupos étnicos encontrados nas Janelas; C) Relação de Países que a compõem. Quais os “fechados”, quais os “restritos”; D) Estatísticas, Dados complementares, etc.; E) Estratégias de Evangelização da Janela; F) Línguas que Possuem a Bíblia; e G) Localizar num Mapa Mundi o “Retângulo” da Janela. Outras questões devem ser abordadas. O aluno deve lembrar – se sempre que “quanto mais sábio foi o pregador, tanto

mais sabedoria ensinou ao povo” (Ec 12.9) PARTE FINAL – CONCLUSÃO: Este trabalho não é a última palavra em Missiologia. Não era propósito meu encerrar o assunto sobre o tema proposto com esta simples apostila. Sei que muito mais poderia ter sido apresentado. Todavia, quero crer que os assuntos aqui tratados, serviram para a sua formação teológica, bem como, para a sua vida de um modo geral. Agora, resta – lhe apenas dizer como os missionários Pedro e João: – “O que temos visto e ouvido, isto vos anunciamos”. “E quão formosos são os pés dos que anunciam boas – novas”...

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FILOSOFIA A Incansável Busca Pela Sabedoria - A palavra Filosofia deriva do grego

"PHILOSOPHIA" SOPHIA significa SABEDORIA PHILO significa "Amor Filial", ou Amizade Literalmente, um Filósofo é um AMIGO, ou AMANTE de SOPHIA, alguém que admira e busca a SABEDORIA

Esse termo foi usado pela primeira vez pelo famoso Filósofo Grego PITÁGORAS por volta do século V aC, ao responder a um de seus discípulos que ele não era um "Sábio", mas apenas alguém que amava a Sabedoria.

Filosofia é então a busca pelo conhecimento último e primordial, a Sabedoria Total. Embora de um modo ou de outro o Ser Humano sempre tenha exercido seus dons

filosóficos, a Filosofia Ocidental como um campo de conhecimento coeso e estabelecido, surge na Grécia Antiga com a figura de TALES de MILETO, que foi o primeiro a buscar uma explicação para os fenômenos da natureza usando a Razão e não os Mitos, como era de costume.

Assim como a Religião, ela também já teve sua morte decretada. No entanto a Filosofia Ocidental perdura há mais de 2.500 anos, tendo sido a Mãe de quase todas as Ciências. Psicologia, Antropologia, História, Física, Astronomia e praticamente qualquer outra derivam direta ou indiretamente da Filosofia. Entretanto as "filhas" ciências se ocupam de objetos de estudo específicos, é a "Mãe" se ocupa do "Todo", da totalidade do real.

Nada escapa à investigação filosófica. A amplitude de seu objeto de estudo é tão vasta, que foge a compreensão de muitas pessoas, que chegam a pensar ser a Filosofia uma atividade inútil. Além disso seu significado também é muito distorcido no conhecimento popular, que muitas vezes a reduz a qualquer conjunto simplório de ideias específicas, as "filosofias de vida", ou basicamente a um exercício poético.

Entretanto como sendo praticamente o ponto de partida de todo o conhecimento humano organizado, a Filosofia estudou tudo o que pôde, estimulando e produzindo os mais vastos campos do saber, mas diferente da Ciência, a Filosofia não é empírica, ou seja, não faz Experiências. Mesmo por que geralmente seus objetos de estudo não são acessíveis ao Empirismo.

A RAZÃO e a INTUIÇÃO são as principais ferramentas da Filosofia, que tem como fundamento a contemplação, o deslumbramento pela realidade, a vontade de conhecer, e como método primordial a rigorosidade do raciocínio, para atingir a estruturação do pensamento e a organização do saber.

Academicamente, a Filosofia é dividida em: ANTIGA - do século VIaC até VIdC - Foi a era dos pré-socráticos, os filósofos da natureza, os Atomistas, os sofistas, de

Pitágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles, Plotino e etc. Esses filósofos simplesmente construíram toda a estrutura de nosso conhecimento. Tudo o que temos hoje deve-se ao progresso promovido pelos gregos antigos, ainda que a maior parte dele tenha permanecido adormecido por mil anos. O Universo foi a principal preocupação nesta época.

MEDIEVAL - do século IIdC até XVdC - A era da Filosofia Cristã, da Teologia Revelada, da tradição escolástica. A

preocupação principal dos filósofos era Deus. Alguns deles foram canonizados, como Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. Surge a Navalha de Guilherme de Occam, que mais tarde viria a ser a ferramente básica da Ciência.

MODERNA - do século XVIIaC até XIXdC -

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Surge junto com o Renascimento e o despertar científico, que recupera a sabedoria da Grécia Antiga. O Racionalismo Cartesiano, o Empirismo, o retorno do Ceticismo e muitos outros movimentos deram impulso a Ciência. Descartes imortalizou o "Penso Logo Existo" como um ponto de partida para a construção de um conhecimento seguro. Mais tarde Karl Marx lança as bases do Socialismo, e Adam Smith estrutura o Capitalismo. O enfoque de aí em diante se centrou no Ser Humano e suas possibilidades.

CONTEMPORÂNEA - do XIXdC até... - Os novos desafios no mundo atual surgem sob a forma da Emancipação Feminina, o

rompimento definitivo dos Governos com as Igrejas Cristãs, o Existencialismo, a ênfase na Linguística, e mais recentemente o Estruturalismo e o Desconstrutivismo. Alguns nomes já se imortalizaram, como Sartre, Simone de Beauvoir ou Michael Foucalt.

E A FILOSOFIA ORIENTAL? Embora não seja aceita como Filosofia pela maior parte dos acadêmicos, o

pensamento produzido no Oriente, especificamente na China e Índia por Budistas e Hinduístas, possui algumas qualidades equivalentes a da Filosofia Ocidental.

A questão é basicamente a definição do que vem a ser a Filosofia e suas características principais, que da maneira como é colocada pelos acadêmicos ocidentais de fato exclui a Filosofia Oriental. Mas nada impede que se considere Filosofia num conceito mais amplo.

Sem dúvida a Filosofia Oriental é mais Intuitiva que a Ocidental, e menos Racional, o que contribui para sua inclinação mística e hermética. Mas não se pode negar os paralelos que esta possui principalmente com a Filosofia Antiga.

Ambas surgiram por volta do século VI a C, tratando de temas muito semelhantes e há de se considerar que Grécia e Índia não são tão distantes uma da outra a ponto de inviabilizar um contato.

Mesmo assim, a grande maioria dos estudiosos considera que não há qualquer relação entre os Pré-Socráticos e os filósofos Orientais. O que na realidade, pouco importa.

O fato é que assim como Ciência, a Arte e a Mística, a Filosofia sempre existiu em forma latente no ser humano. Nós sempre pensamos. Logo existimos.

A CRISE DA FILOSOFIA Atualmente, a Filosofia passa por uma fase de perda de identidade. O principal

motivo disto é a atual soberania da Ciência. Tal como a Religião já fora o expoente máximo em um passado, onde todos procuravam se aproximar do estatuto da autoridade religiosa, na atualidade a área do conhecimento humano mais destacada é a Ciência. Isso faz com que muitos filósofos prefiram se identificar como cientistas.

Basicamente todas as "Ciências Humanas" que conhecemos são Filosofia. História, Sociologia, Psicologia, Antropologia, Direito, Política e etc. Porém todas parecem querer gozar do prestígio da Ciência, tentando aparentar em sua essência uma característica de "cientificamente estabelecido", o que garantiria uma maior aparência de confiabilidade.

FILOSOFIA e CIÊNCIA compartilham uma de suas bases, a RAZÃO, e nesse ponto se misturam, mas não compartilham o EMPIRISMO, que é a outra base da Ciência.

A confusão com relação a definição de Filosofia, e a desinformação geral, que permeia mesmo o meio acadêmico, chega a ponto de permitir o surgimento de propostas quiméricas no sentido de se eliminar a Filosofia.

Entretanto, Ciência alguma pode se ocupar com a Macro Realidade. O Empirismo não pode ser aplicado à Civilização Humana, à Mente, ao Total. Quem estabelece a comunicação entre todos os segmentos da conhecimento continua a ser a Filosofia. Continuamos gerando novos segmentos de investigação através da Filosofia, ao mesmo tempo que a tendência a Interdisciplinaridade exige uma visão cada vez mais holística para abordar os desafio no Terceiro Milênio.

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Da mesma forma que a Arte, a Mística ou a Ciência, a Filosofia nunca deixará de existir enquanto houver pessoas buscando respostas.

O FILÓSOFO Há uma grande diferença entre ser um Filósofo e estudar Filosofia. Qualquer pessoa

que tente pela sua própria maneira de ver a realidade, entender racionalmente a vida , o sentido da existência, a sociedade, as relações humanas, o Universo, enfim, todos os eventos que o cercam, é um Filósofo em potencial, ainda que não possua qualquer instrução significativa.

Por outro lado é possível estudar a História da Filosofia, o pensamento dos filósofos, os eventos que marcaram a produção do pensamento humano e etc, sem nunca desenvolver uma postura de questionamento próprio sobre a realidade.

Via de regra porém, uma atitude leva a outra. O verdadeiro Filósofo é antes de tudo um observador atento da realidade, um

pensador dedicado, e que tente pelo seu próprio esforço desvendar o Universo que o cerca. FILOSOFIA PRÁTICA Embora a Filosofia em geral não seja produzida para resultados concretos e

imediatos, crer que ela não tenha aplicação prática é apenas uma ilusão. A forma de compreender o mundo é que determina o modo como se produz as coisas, se investiga a natureza, se propõe as leis.

Ética, Política, Moral, Esporte, Arte, Ciência, Religião, tudo tem a ver com Filosofia. O pensamento humano não apenas influenciou e influencia o mundo, na verdade é

ele que o determina. Todos os movimentos sociais, econômicos, políticos, religiosos da história tem origem no pensamento humano, o domínio da Filosofia.

Se dedicar a Filosofia não é se abster da realidade, nada tem a ver com a alienação, antes o completo contrário. É procurar compreender a realidade, o primeiro passo para interagir com ela, ou mesmo alterá-la, da melhor forma possível.

Filosofar é examinar a realidade, e isso, de um modo ou de outro, todos fazemos constantemente. Ao se tentar resolver os problemas globais, sociais ou pessoais, é impossível se abster da Racionalidade. Entretanto há uma gama de situações onde a Razão não pode avançar por falta, ou excesso de dados, o que impossibilita decisões objetivas.

Entre em cena então a parte subjetiva humana, mais especificamente a Intuição, como meio de direcionar nosso foco de entendimento e apontar caminhos a serem trilhados pela racionalidade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Secretaria de Evangelismo e Missões, RELIGIÃO, SEITAS E HERESIAS, postado pelo o Pb. Fábio

Peres Peixoto, disponível em <http://www.missoesurgente.net/seitaseheresias.html>,

acessado em 22 de novembro de 2041.

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