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Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário
Endereço: SHCGN/CLN Quadra 710 Bloco H Loja 56 – Asa Norte – Brasília/DF CEP: 70.750-538
Fone: (61) 3037-3154 | Fax: (61) 3034-5128
BOLETIM 390
Brasília, 14 de julho de 2017
Temer promulga lei que desmonta a CLT. Texto já está publicado no Diário Oficial da União
A Lei nº 13.467, que altera a Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, também chamada de Lei de Modernização Trabalhista, está publicada na edição de hoje (14) do Diário Oficial da União.
A Lei foi sancionada ontem (13) pelo presidente Temer, que, em cerimônia no Palácio do Planalto, na presença de ministros e parlamentares, entre outras autoridades, chegou a afirmar que os direitos dos trabalhadores estão sendo preservados.
A aprovação da “reforma” representa o maior retrocesso nos direitos trabalhistas das últimas décadas, apesar da equipe de governo afirmar o contrário sob o falacioso argumento de modernizar a CLT.
Confira, na sequência, os pontos mais importantes que foram alterados na lei do trabalho e, como poderão verificar, representam um verdadeiro desmonte dos direitos dos trabalhadores consagrados na legislação vigente.
12 direitos que o trabalhador perde ou que serão seriamente afetados a “reforma trabalhista” - que favorecerá o grande capital
1 - TERCEIRIZAÇÃO DA ATIVIDADE FIM
Trecho do texto aprovado, que regulamenta a terceirização de atividade fim. Essa mudança permitirá que a empresa demita os funcionários e re-contrate os mesmos, via terceirização, recebendo salários menores. No Brasil, um trabalhador terceirizado costuma trabalhar mais e ganhar menos do que o contratado por regime de carteira assinada.
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Trecho do texto aprovado que tira do contratado autônomo os direitos de um trabalhador de carteira assinada. O texto chega a defender que exista um prazo de 18 meses entre a demissão e a recontratação. No entanto, a Anamatra explica que “existe uma imperfeição”:
“A interpretação de que o funcionário pode ser re-
contratado pode ser dar por uma brecha. Na
prática, o contratado na terceirização é
reconhecido pelo número do CNPJ, enquanto no
regime de CLT é pessoa física, identificada pelo CPF.
Então, se o funcionário for demitido e contratado
por uma terceirizada, isso pode ser interpretado
como se não fosse uma re-contratação.”
2 - PARCELAMENTO DAS FÉRIAS EM ATÉ TRÊS PERÍODOS
Trecho do texto aprovado que permite o parcelamento de férias e revoga um dos parágrafos da CLT. Parágrafo que foi cortado da CLT:
Parágrafo da CLT revogado pela reforma. A Anamatra rebate um argumento utilizado por quem defende a reforma: “Tem um argumento falacioso de que essa divisão já existe na prática. Não é assim e não deveria ser assim.” E explica que o fracionamento das férias pode prejudicar a saúde do trabalhador. As férias anuais são descansos criados como forma de proteção à integridade física do trabalhador e já foram confirmadas cientificamente como importantes até mesmo para a produtividade. Um fracionamento em três períodos faria com que algumas férias se resumam a uma semana, tempo considerado insuficiente para a recomposição total. 3 - PREVALÊNCIA DO ACORDO ENTRE PATRÃO E EMPREGADOS SOBRE A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
Trecho aprovado pela Câmara que dá aos acordos entre patrões e empregados poder maior do que o da lei. Isso possibilita que a empresa contrate empregados com menos direitos do que prevê a convenção coletiva da categoria, ou até mesmo a lei. Os magistrados assinalam que tentativas de colocar essa medida em prática datam da década de 90: “a Anamatra tem uma posição contrária ao negociado sobre o legislado. E
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não é de hoje, é desde os idos de 90. No governo Fernando Henrique [Cardoso], nos insurgimos contra”.
“Quem é o empregado que, estando com o trabalho
em curso, vai querer renegociar as condições?”
E explica que já existe uma saída para ajustes salariais em momentos de crise: “A Constituição permite uma possibilidade de redução de salário e de jornada em uma situação de crise. Acredito que seria o suficiente, mas a proposta do governo e do relator leva isso ao extremo. Não há condições de ampliar essa negociação. Quem é o empregado que, estando com o trabalho em curso, vai querer renegociar as condições?”
4 - MUDANÇA NO CONCEITO DE GRUPO ECONÔMICO
Trecho do texto aprovado que passa a ignorar o fato de um mesmo empresário ser dono de mais de uma empresa. O conceito de grupo econômico liga diferentes empresas que trabalham juntas. No caso de apenas uma empresa de um grupo falir, por exemplo, hoje em dia é a empresa mais rica do grupo que arca com as indenizações aos empregados demitidos. Com a reforma, as demais empresas envolvidas ficam isentas de responsabilidade pelas ilegalidades de uma das suas associadas.
“Com a reforma, o trabalhador não vai ter a quem
recorrer.”
O mesmo se aplica a uma empresa grande que terceirize um setor para uma empresa de médio porte que venha a falir. Atualmente, a empresa contratante precisa responder pelos funcionários da terceirizada que façam serviços relativos ao contrato firmado com ela, em caso de falência. “Sabemos que a empresa tomadora contrata as
demais empresas e não as observa devidamente.
São empresas menores, sem patrimônio, sem
garantia… e quando o trabalhador é mandado
embora, muitas vezes, a empresa menor não tem
condições de pagar os direitos trabalhistas. Com a
reforma, o trabalhador não vai ter a quem
recorrer.”
5 - REGULAMENTA O TELETRABALHO (FORA DO ESCRITÓRIO) POR TAREFA E NÃO POR JORNADA
Trecho que regulamenta tele-trabalho por atividade; e não por jornada de trabalho. Muito conhecido como “home-office”, o tele-trabalho é uma realidade para 12 milhões de brasileiros. Sua regulamentação pode parecer boa, afinal, também aquelas horas trabalhadas até tarde depois de sair do escritório passariam a contar para o banco de horas-extras. No entanto há uma “pegadinha”: o
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formato da regulamentação por tarefa não limita o tempo que o trabalhador deve ficar disponível, ou online.
O trabalhador não pode ficar 24h por dia à
disposição do empregador.
Com a tecnologia que temos hoje, é muito
fácil medir isso. O computador consegue se conectar a um sistema e você consegue, sim, controlar o tempo em que o trabalhador fica online. Os sistemas de educação à distância, por exemplo, conseguem contabilizar o tempo de estudo dos alunos. Além do mais, por esse sistema, o trabalhador poderá ser remunerado em valores inferiores ao salário mínimo, o que é vedado pelo inciso VII do artigo 7º da Constituição Federal.
“O chefe precisa de um controle que permita o
empregado a se desligar em determinado
momento. O trabalhador não pode ficar 24h por dia
à disposição do empregador. E é isso que vai
acontecer se não for controlado por jornada. Aliás,
já acontece bastante. Hoje, até o whatsapp tem
furado essa situação. O trabalhador tem o direito
de ficar offline, de se auto-desligar a partir de certo
horário.”
6 - ACABA COM O PRINCÍPIO DE EQUIPARAÇÃO SALARIAL PARA MESMAS FUNÇÕES
Trechos do texto aprovado que permitem empregados serem tratados de formas diferente. O princípio de equiparação salarial surgiu como uma forma da legislação trabalhista colocar em prática um ideal constitucional: o combate às desigualdades.
“No Brasil, temos ainda essa disparidade salarial
enorme entre homens e mulheres e também existe
a presença o racismo: o trabalhador branco ganha
mais. Quando o relator propõe tirar essas garantias
da CLT, de certa forma, ele acaba indo contra a
Constituição.”
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Segundo dados do IBGE de 2015, um trabalhador negro ganha em média 59% do que os brancos recebem. Mulheres recebem o equivalente a 75% do que os homens. 7 - IMPEDE A JUSTIÇA DO TRABALHO DE ANULAR ACORDOS QUE FIRAM A CLT
Trecho do texto aprovado que limita o poder da Justiça do Trabalho. O juiz do trabalho tem como função julgar “os conflitos entre o Capital e o trabalhador” e, para isso, ganha o poder de “examinar se a norma é inconstitucional ou não”. Para a Anamatra, a proposta de reforma vem tirar essa autoridade: daqui a pouco a gente, também, fica sem trabalho. Daqui a pouco vão querer que o juiz do trabalho só faça homologar os acordos.
Trecho do texto aprovado pela Câmara que inclui, entre as atribuições da Justiça do Trabalho, homologar os acordos.
8 - RESTRINGE ACESSO À JUSTIÇA GRATUITA PARA AÇÕES TRABALHISTAS
Trecho do texto aprovado passa a cobrar do trabalhador, mesmo o que tem o benefício da justiça gratuita, pelas custas de perícias. A Anamatra explica que atualmente existe o princípio da gratuidade total de custas: “o empregado que recebe o benefício da assistência judicial gratuita, quando perde, tem o direito de não precisar pagar custas”. Com a reforma, o trabalhador não apenas terá que pagar as custas do advogado, mas também por qualquer trabalho de perícia. Ou seja, se precisar de um exame médico para provar uma lesão por trabalho exaustivo, terá que pagar pelo laudo. “São amarras para impedir e dificultar o acesso do trabalhador à justiça do trabalho”, critica a Associação. Atualmente, os laudos periciais pagos pela Justiça do Trabalho custam até R$ 870. Laudos particulares custam, em média, R$2 mil.
Trecho passa a cobrar as custas do processo do trabalhador que faltar à primeira audiência, mesmo quando ele tiver direito à Justiça gratuita.
Trecho permite que donos das empresas faltem às audiências.
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9 - VALE-REFEIÇÃO E OUTROS BENEFÍCIOS DEIXAM DE CONTAR COMO ENCARGOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS
Trecho do texto aprovado retira da base de cálculo salarial o vale alimentação. Alguns benefícios pagos aos trabalhadores — como adicionais de periculosidade e diárias de viagens —, têm natureza indenizatória. Isso quer dizer que não são cobrados impostos sobre eles e eles não contam como parte do salário no cálculo final do valor de aposentadoria que o trabalhador receberá. Outros benefícios, no entanto, têm natureza nitidamente salarial, como o auxílio doença nos 15 primeiros dias de afastamento. Entre os benefícios que passam a ser considerados como se não tivessem natureza salarial está o vale alimentação.
“O que eles querem? Declarar tudo como
indenizatório para diminuir os impostos. E, quando
o trabalhador se aposenta, conta apenas como
contribuição apenas o salário base, então sua
aposentadoria vai ser menor. Veja que o próprio
governo perde com isso, porque diminui a
arrecadação. É um tiro no pé, uma reforma feita
para os empresários.”
10 - EMPREGADO DEVEM APRESENTAR VALOR EXATO PRETENDIDO EM RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS NA JUSTIÇA
Trecho que determina que toda ação trabalhista já deve começar com um pedido específico do valor pretendido. Atualmente existem dois procedimentos legais na justiça trabalhista: um para causas de até 40 salários mínimos e outro para causas que custarão acima disso. Nas causas abaixo de 40 salários já é obrigatório determinar o valor pretendido. O pulo do gato está no fato de que, para fazer este cálculo, é necessário o serviço de um contador, o que recai na mesma questão da perícia. É mais uma dificuldade imposta. 11 – ACABA COM A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL COMPULSÓRIA
O texto da lei simplesmente elimina a
contribuição obrigatória que dá sustentação hoje ao sistema confederativo (SINDICATO-FEDERAÇÃO-CONFEDRAÇÃO) e às Centrais, sem gradualismo e sem apresentar nenhuma proposta alternativa de custeio das organizações laborais, enquanto outras contribuições, como a do SISTEMA S, que favorece as entidades empresariais, e o Fundo Partidário, que irriga os partidos políticos, continuam compulsórias e obrigatórias.
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12 – PERMITE O TRABALHO DA GESTANTE/LACTANTE EM LOCAL INSALUBRE
Ainda que com a autorização do médico do trabalho, que, na prática, é o médico da empresa, a trabalhadora gestante e/ou lactante, poderá trabalhar em ambiente de média ou baixa insalubridade.
“Toda a CLT é voltada para proteção do
trabalhador, mas essa reforma a inverte totalmente, colocando a defesa para o
lado do Capital. O Capital não precisa de defesa.”
Fonte: Comunicação CONTRICOM
Governo envia minuta de MP que altera reforma trabalhista aprovada
O governo enviou ao Congresso, no fim da
manhã desta quinta-feira (13), uma minuta com os pontos da Medida Provisória (MP) com a qual pretende alterar a reforma trabalhista. O texto que altera pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi aprovado nessa terça-feira (11) pelo plenário do Senado.
O envio da minuta aos parlamentares antes da publicação da MP foi confirmado pela assessoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado. Quarta-feira (12), ele prometeu que o presidente Michel Temer manteria o acordo feito com os senadores, de que alteraria
a proposta via MP para que seu texto principal fosse aprovado sem alterações.
Ao enviar uma minuta aos parlamentares antes de publicar a MP, o governo abre a possibilidade de receber sugestões de alteração no texto. A postura foi tomada após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmar que os deputados não aceitariam mudanças na reforma trabalhista.
A minuta enviada pelo governo toca em dez pontos da reforma, entre eles temas polêmicos que foram discutidos durante a tramitação, como o trabalho intermitente, a jornada de 12 horas por 36 horas e o trabalho em condições insalubres das gestantes e lactantes. Fonte: Agência Brasil
CCJ recomenda negar autorização ao Supremo para processar Temer Base aliada ao governo consegue aprovar novo relatório, do deputado Paulo Abi-Ackel, por 41 votos a 24. Cabe agora ao Plenário analisar o caso, baseado em denúncia contra o presidente da República por crime de corrupção passiva
Em nova votação (41 a 24 votos e uma
abstenção), a Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados confirmou, nesta quinta-feira (13), posicionamento contrário à continuidade da investigação da denúncia (SIP 1/17) por crime de corrupção passiva contra o presidente da República, Michel Temer. O primeiro
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relatório, do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), favorável à investigação, já havia sido rejeitado.
O novo relator do caso, deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), considerou que não há provas que justifiquem processo contra Temer neste momento. Seria necessária a autorização da Câmara para que o Supremo Tribunal Federal possa investigar o presidente.
Votação em Plenário - O parecer aprovado pela CCJ ainda deve ser votado em Plenário, onde somente o voto contrário de 2/3 dos deputados (342) poderá derrubar a recomendação e dar autorização para processar Temer por crime comum. A decisão da CCJ é apenas uma instrução. Independentemente do parecer aprovado, o caso seguiria para o Plenário da Câmara.
A votação em Plenário só deve ocorrer no dia 2 de agosto, uma vez que não há tempo hábil para que isso ocorra antes do recesso parlamentar, que começa na terça-feira (18). A votação é feita por chamada nominal e, caso prevaleça a não-autorização, o pedido é arquivado na Câmara, mas o processo na Justiça fica suspenso até o término do mandato presidencial, quando a denúncia volta a ser analisada.
Denúncia - Com base em gravações e delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do grupo J&F, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou Temer por crime de corrupção passiva. A defesa diz que não há provas do envolvimento do presidente da República e que a denúncia se baseia em suposições.
Conforme a Constituição, quando o presidente da República é acusado por crime comum, o julgamento cabe ao Supremo Tribunal Federal. Mas, para que o STF analise o caso, é preciso a autorização da Câmara.
Fonte: Agência Câmara
Paim afirma ter 40 assinaturas para prorrogar CPI da Previdência
Ao fazer um balanço dos dois primeiros
meses de trabalho da CPI da Previdência nesta quinta-feira (13), o senador Paulo Paim (PT-RS) (foto) anunciou já dispor de 40 assinaturas para prorrogá-la por mais quatro meses. A previsão inicial era que os trabalhos da comissão fossem até o início de setembro.
A CPI foi criada para investigar a contabilidade da Previdência Social, esclarecendo precisamente suas receitas e despesas, além dos desvios de recursos. Segundo Paim, "de cada dez depoentes que vieram, nove afirmam que não há deficit":
No segundo semestre, a CPI convocará representantes do governo, segundo Paim, para
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"confrontar os dados" em que se baseia a proposta de reforma com aqueles recolhidos pela comissão. Para o presidente da CPI, o governo "forja um resultado orçamentário artificial, com a intenção de forçar a aprovação de uma reforma que implicará em graves consequências sociais e econômicas, atingindo cerca de 100 milhões de brasileiros". Nas audiências, disse ele, ficou demonstrado que o combate à sonegação das contribuições e ao desvio de recursos para outras finalidades geraria um superávit previdenciário.
Paim reconheceu a necessidade de reformar a Previdência, mas não nos moldes da Proposta de Emenda à Constituição 287/2016 [tramitando na Câmara dos Deputados], que, em sua avaliação, está "praticamente encalhada na Câmara".
Fontes Segundo o relator da CPI, senador Hélio José (PMDB-DF), o desvio das fontes de custeio da Previdência para a busca do equilíbrio fiscal prejudica o equilíbrio atuarial. Ele citou como exemplos a Desvinculação de Receitas da União, a manutenção de renúncias fiscais "injustificadas" e a apropriação de contribuições sociais.
Na audiência desta quinta-feira foram aprovados requerimentos solicitando informações a diversos órgãos, como a Secretaria do Tesouro Nacional, a Secretaria da Receita Federal e o próprio Senado Federal; e foi aprovada a realização de diligência em agosto em São Paulo, estado onde, segundo Paim, ocorreria a maior sonegação à Previdência, em números absolutos.
Fonte: Agência Senado
Congresso aprova LDO de 2018 que prevê novo mínimo de R$ 979,00
Após concluir a votação dos vetos
presidenciais, deputados e senadores aprovaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018, que estabelece as prioridades e metas orçamentárias do governo para o ano que vem.
O texto, que segue para sanção presidencial, mantém a meta fiscal proposta pelo governo e prevê para 2018 deficit primário de R$ 131,3 bilhões para o conjunto do setor público consolidado (que engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais).
Esta será a primeira LDO a entrar em vigor após aprovação da Emenda Constitucional do Teto de Gastos Públicos, que atrela os gastos à inflação do ano anterior, por um período de 20 anos.
De acordo com o parecer do relator, Marcus Pestana (PSDB-MG), aprovado pelo Congresso, a aplicação do Teto dos Gastos faz com que exista a avaliação da possibilidade de expandir as despesas primárias (obrigatória e discricionária) tendo como base um aumento de cerca de 3% (ou um
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incremento de aproximadamente R$ 39 bilhões), que corresponde à correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado entre julho de 2016 e junho de 2017.
Entenda a LDO - A LDO define as metas e prioridades do governo para o ano seguinte, orienta a elaboração da lei orçamentária anual e fixa limites para os orçamentos dos poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público.
Salário mínimo - O texto prevê o aumento do salário mínimo de R$ 937 para R$ 979 em 2018 e aumenta a meta de déficit primário (Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União) do governo federal para o ano que vem, de R$ 79 bilhões para R$ 129 bilhões. Estatais federais terão como meta o deficit de R$ 3,5 bilhões – nos estados e municípios, a projeção é de superavit de R$ 1,2 bilhão.
Os números não consideram uma eventual aprovação da reforma da Previdência.
A LDO prevê ainda, para o ano que vem, crescimento real da economia brasileira de 2,5%, taxa básica de juros (Selic) em 9%, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,5% no ano e dólar a R$ 3,40 no fim do período.
Caso os números apresentados pelo governo na PLO se confirmarem, o ano de 2018 será o quinto consecutivo de deficit primário. Os saldos negativos contribuem para o crescimento da dívida do governo.
Com a aprovação da LDO, o Congresso pode entrar em recesso, que começa no dia 18 e vai até 31 de julho. É a primeira vez em três anos que os parlamentares aprovam a Lei de Diretrizes Orçamentária no primeiro semestre.
Fonte: Portal EBC
AGENDA DO PRESIDENTE FRANCISCO CHAGAS COSTA – MAZINHO Participa hoje (14), a convite do presidente da FETICOM-NO-NE, Edivan Mariano da Cruz, do pleito eleitoral do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Ipojuca e Litoral Sul (PE), presidido pelo companheiro José Luiz Cavalcante Ferreira.
BOLETIM DA CONTRICOM Presidente da CONTRICOM
Francisco Chagas Costa – Mazinho
Secretário para Assuntos de Comunicação
Luis Carneiro Rocha
Redação e Edição
Instituto Dois Candangos (DF)