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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional e análise comparativa da mensuração DOUTORADO EM FONOAUDIOLOGIA São Paulo 2016

Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

PUC-SP

Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt

Tempo máximo de fonação: literatura internacional,

nacional e análise comparativa da mensuração

DOUTORADO EM FONOAUDIOLOGIA

São Paulo

2016

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

PUC-SP

Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt

Tempo máximo de fonação: literatura internacional,

nacional e análise comparativa da mensuração

Tese de Doutorado desenvolvida no

Programa de estudos Pos-

Graduados em Fonoaudiologia da

Pontifícia Universidade Católica de

São Paulo sob orientação da Profa.

Dra. Marta Assumpção de Andrada

e Silva.

SÃO PAULO

2016

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BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

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ii

À minha avó Lúcia

Por transformar minha vida com seu amor...

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iii

AGRADECIMENTO

Ao CNPq pelo apoio financeiro

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iv

AGRADECIMENTOS

À minha orientadora querida Marta Assumpção de Andrada e Silva por

todos os ensinamentos, pela parceria, pela atenção, pelo cuidado, pelo

acolhimento em todos os momentos, pela escuta e principalmente pelo carinho

de sempre.

À minha banca, professoras Léslie Piccolotto Ferreira, Beatriz Novaes,

Marcia Menezes e Ana Carolina Ghirardi por toda ajuda, orientação e ideias em

todo percurso de construção desse trabalho.

Aos professores do Programa por todo conhecimento, paciência e

sugestões.

Aos colegas antigos e atuais do LABORVOX por compartilharem e

construírem conhecimentos comigo, por sempre haver lugar pra risos e muita

descontração mesmo nas terças feiras tarde da noite.

À professora Léslie Piccolotto Ferreira, pelo apoio, ajuda, risos e todos

os tipos de sugestão.

À Virginia Pini pela ajuda, atenção e prontidão.

Às colegas e professoras da DIC pelas trocas, trabalhos e desafios!

Ao meu marido pelo carinho, apoio incondicional, por me escutar,

incentivar, torcer por mim. Por sempre me desafiar a ir além. Pelo amor, por me

aturar a todo custo e em todas as circunstancias, pelo interesse pelo meu

modo de pensar e de trilhar esse caminho. Mil obrigadas!

Aos meus pais e as minhas irmãs pelo amor da vida inteira, pela força,

empurrões e por sempre acreditarem em mim.

Page 7: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

v

Ao meu Nenê que me fez descobrir um lado completamente novo em

mim, por não me deixar desistir e chutar sempre tentando levar o trabalho a

diante.

Às minhas eternas amigas Bianca, Júlia, Regina, Milena, Lenita, Raquel,

Kátia, Carol, Ariadiny e Ticiana, que me apoiaram em todos os momentos

dessa tese.

À minha tia Sylvia querida, um exemplo de força, determinação, trabalho

e doação.

Aos colegas do consultório Henrique, Neto, Marta, Márcia e Renata

companheiros de trabalho e exemplo profissional.

A todos os sujeitos que fizeram parte dessa pesquisa, sem os quais ela

não seria possível.

Page 8: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

vi

RESUMO

Bittencourt MFQP. Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional e

análise comparativa da mensuração [tese]. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica

de São Paulo (PUC-SP); 2016.

O tempo máximo de fonação (TMF) é utilizado frequentemente por fonoaudiólogos na

clínica e nas pesquisas no campo da voz. Apesar de sua aplicação ser frequente a

descrição da sua forma de mensuração é muito variada. OBJETIVO: comparar e

analisar as formas de aferição do TMF na literatura internacional e nacional e verificar

se essas variações interferem no valor final da medida. MÉTODOS: a tese é composta

por três estudos. O primeiro estudo é uma revisão da literatura internacional sobre a

aferição e padronização do TMF. O estudo 2 investiga nas pesquisas brasileiras as

formas de mensuração do TMF segundo: o som utilizado, a posição do sujeito, a

ordem dada pelo avaliador, o tipo de instrumento utilizado e o cálculo da média final. O

terceiro com baseado nos resultados dos dois estudos anteriores estabelecem quatro

sequencias de aferição. Essas foram testadas em 60 adultos (30 mulheres e 30

homens), com idade entre 18 e 45 anos. RESULTADOS: No estudo 1 observou-se

que a descrição do método de mensuração do TMF não mostra com clareza todas as

etapas. Além disso, a padronização está relacionada com a população de cada país.

Nas pesquisas nacionais do estudo 2 o que mais apareceu foi: utilização das vogais

(89%), posicionar o sujeito em pé (41.8%) e a escolha do tempo maior de três

produções para o calculo final (30,9%). Na testagem das sequencias no estudo 3 foi

observado diferença significante entre os valores de TMF de homens e mulheres e

não houve diferença significante na comparação entre as quatro sequencias.

CONCLUSÃO: em relação à literatura internacional observou-se que a forma de medir

foi descrita sem as informações de todo o processo e a padronização é de cada

realidade e muitas vezes antiga. Na literatura nacional foi verificado que o mais

frequente nas pesquisas foi à utilização das vogais e da escolha do tempo maior de

três emissões para calculo final do tempo máximo de fonação. Os dados obtidos nas

diferentes formas de mensuração demonstraram semelhança em relação a como

posicionar o sujeito e na forma final do cálculo da medida.

Descritores: Voz; Respiração; Fonoaudiologia

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vii

ABSTRACT

Bittencourt MFQP. Maximum Phonation Time: international and national literature and

Measurement comparative analysis [Thesis]. São Paulo: Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo (PUC-SP); 2016.

Maximum phonation time (MPT) is frequently used by speech therapists in clinics and

in surveys in the field of Voice. The description of how it is used, however, varies a lot.

AIM: Compare and analyze the different ways MPT is measured in the national and

international literature and check if these variations interfere in the final results.

METHODS: the thesis comprehends three studies. The first study is a review on how

MPT is measured and standardized in the international literature. The second study

checks Brazilian literature for the way MPT is measured applying: the sound used; the

patient’s position; the assessor’s given order; the type of instruments used and the final

average calculation. The third study, based on the second study, establishes four

sequences of measurement. These sequences were tested in 60 adults (30 men and

30 women) aged between 18 and 45. RESULTS: in the first study, it was observed that

the description of the MPT measurement method doesn’t show clearly all the steps of

the process. Besides, the standardization is related to the population of each country.

In the national surveys of the second study, what stands out is: the use of vowels

(89%); placing the patient standing up (41.8%) and the choice of a longer time for three

emissions for the final calculation (30,9%). While testing the sequences in the third

study, it was observed a relevant difference in the MPT numbers for men and women

and there was no relevant difference in the four sequences. CONCLUSION: in the

International literature, it was observed that the process of measurement carried out

was not fully described; moreover, the standardization was according to each reality

and many times, outdated. In the national literature, it was observed that what was

more frequent in the surveys was the use of vowels and the choice of a longer time for

three emissions in the MPT final calculation. The data resulting from the different ways

of measuring show similarity in relation to how you place the patient and the way the

final measurement is calculated.

Keywords: Voice; Respiration; Speech, language and hearing sciences.

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SUMÁRIO

1. Prefácio 1

2. Introdução 3

3. Objetivos 6

4. Estudo 1 7

5. Estudo 2 34

6. Estudo 3 65

7. Considerações Finais 95

8. Referências bibliográficas 96

9. Anexos 110

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ix

LISTA DE FIGURAS

Estudo 1

Figura 1. Distribuição dos 63 artigos em revistas internacionais da área.

Estudo 2

Figura 1- Descrição da posição em que o sujeito foi avaliado, sentado ou em

pé, em artigos nacionais.

Estudo 3

Figura 1- Esquema das sequencias utilizadas para mensuração do TMF dos

sujeitos

Figura 2 – Comparação entre os tempos de máximos de fonação e sequência

realizada, segundo sexo

Figura 3 – Comparação entre os tempo máximo de fonação, segundo sexo e

IMC

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x

LISTA DE QUADROS

Estudo 1

Quadro 1- Descrição dos artigos sobre o tempo máximo de fonação publicados em

revistas internacionais entre 2010 e 2015 segundo: autores, data, numero de sujeitos

(n), idade, som utilizado, posição do sujeito, ordem dada pelo avaliador, instrumento

para medição, número de repetições e cálculo, citado como padrão.

Estudo 2

Quadro 1- Descrição da utilização do tempo máximo de fonação (TMF) obtido por meio

de artigos publicados nas revistas da Fonoaudiologia de 2005 a 2015 segundo os

autores, data, numero de sujeitos (n), idade, som utilizado, posição do sujeito, ordem

dada pelo avaliador, instrumento para medição, número de repetições e cálculo, citado

como padrão.

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LISTA DE TABELAS

Estudo 1

Tabela 1- Descrição das consoantes utilizadas na mensuração do tempo

máximo de fonação utilizada nos artigos internacionais analisados.

Tabela 2- Descrição das vogais utilizadas na mensuração do tempo máximo de

fonação utilizada nos artigos internacionais analisados.

Tabela 3- Descrição da posição do sujeito durante a aferição para a

mensuração do tempo máximo de fonação utilizada nos artigos internacionais

analisados.

Tabela 4- Descrição do tipo de instrumento/material citado para aferição do

tempo máximo de fonação utilizada nos artigos internacionais analisados.

Tabela 5- Descrição das analises de como foi realizado o cálculo da aferição na

mensuração do tempo máximo de fonação utilizada nos artigos internacionais

analisados.

Estudo 2

Tabela 1- Descrição das consoantes utilizadas na mensuração do tempo

máximo de fonação utilizada nos artigos nacionais analisados.

Tabela 2- Descrição das vogais utilizadas na mensuração do tempo máximo de

fonação utilizada nos artigos nacionais analisados.

Tabela 3- Descrição da posição do sujeito durante a aferição para a

mensuração do tempo máximo de fonação utilizada nos artigos nacionais

analisados.

Tabela 4- Descrição do tipo de instrumento/material citado para aferição do

tempo máximo de fonação utilizada nos artigos nacionais analisados.

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Tabela 5- Descrição das analises de como foi realizado o cálculo da aferição na

mensuração do tempo máximo de fonação utilizada nos artigos nacionais

analisados.

Estudo 3

Tabela 1- Descrição da consoante utilizada na mensuração do tempo máximo de

fonação utilizada nos artigos nacionais analisados

Tabela 2- Descrição da vogal utilizada na mensuração do tempo máximo de fonação

utilizada nos artigos nacionais analisados.

Tabela 3- Descrição da posição do sujeito durante a aferição do tempo máximo de

fonação utilizada nos artigos nacionais analisados.

Tabela 4- Descrição do tipo de instrumento/material citado na mensuração do tempo

máximo de fonação utilizada nos artigos nacionais analisados.

Tabela 5- Descrição das analises do cálculo na mensuração do tempo máximo de

fonação utilizada nos artigos nacionais analisados.

Tabela 6 – Número e percentual de indivíduos, segundo características demográficas e

de hábitos ao início do estudo.

Tabela 7 – Comparação entre grupos, segundo o tempo de fonação.

Tabela 8 – Análise quantitativa dos tempos máximos de fonação e sequência realizada

segundo sexo.

Tabela 9 – Análise quantitativa dos tempos máximos de fonação, sequência realizada e

IMC.

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Tabela 10 – Análise quantitativa das variáveis do tempo máximo de fonação, segundo

sexo e IMC.

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1

1. Prefácio

O interesse pelo campo da voz deu-se inicialmente durante a graduação

em Fonoaudiologia na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São

Paulo (FCMSCSP). A expansão e aprofundamento nessa área, tanto do ponto

de vista teórico como prático, aconteceu quando ingressei, em 2006, no estágio

eletivo no Ambulatório de Artes Vocais da Santa Casa. Esse serviço é

destinado ao atendimento de cantores e atores profissionais, via Sistema Único

de Saúde (SUS).

Foi durante o atendimento de pacientes cantores que apresentavam

queixas de voz agravada e dificuldade nos tons agudos depois do uso de

esteroides anabolizantes1, chamou minha atenção. A grande maioria desses

cantores não sabiam dos efeitos dessa substancia sobre o corpo e

principalmente na voz. No sentido de compreender de forma aprofundada a

relação entre esteroides anabolizantes e a voz que foi elaborado a pesquisa

descrita a seguir.

O mestrado foi realizado no programa de Ciências da Saúde da

FCMSCSP e teve o objetivo estudar o efeito dos esteroides anabolizantes na

voz. Inicialmente a proposta era de investigar esses efeitos em cantores

populares, diante da impossibilidade de se comparar a voz antes e depois do

uso dos anabolizantes optou-se por realizar o estudo com ratos. Os ratos

apresentam um aparelho fonador muito semelhante ao do homem e são

capazes de vocalizar. Desse modo, foi possível controlar a quantidade e

frequência do uso dos esteroides anabolizantes e registrar as vocalizações dos

animais antes e após o uso (Bittencourt et al., 2010).

1 São hormônios sexuais masculinos responsáveis pela manutenção ou promoção das características

sexuais secundárias do homem, tais como: desenvolvimento do trato sexual, crescimento dos pelos, fertilidade, ente outros. (Silva et al., 2002)

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2

Depois do mestrado concluído dediquei-me ao atendimento clínico

particular e continuei como monitora voluntária no Estágio Supervisionado em

Clínica Adulto e no Ambulatório de Artes Vocais da FCMSCSP. Novos

questionamentos surgiram sobre questões da clinica fonoaudiológica com

pacientes disfônicos. Isso somado ao contato com fonoaudiólogas formadas

pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) me abriu um

caminho novo para reflexões e pesquisas. Numa perspectiva subjetiva e

humanística e na qual não existe dicotomia entre corpo e mente que esse

doutorado foi construído.

Page 18: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

3

2. Introdução

Na prática clínica fonoaudiológica e nas pesquisas dos distúrbios da voz

aspectos relacionados à aferição e utilização das medidas do tempo máximo

de fonação suscitaram questionamentos. Analisar e investigar essa medida

poderá fornecer ao fonoaudiólogo maior clareza e entendimento na atuação

com o paciente disfônicos, além da maneira como aparece nas pesquisas no

campo da voz.

Na Medicina, mais especificamente na Pneumologia, as medidas

respiratórias têm como objetivo analisar a função respiratória (Fiore Junior et

al., 2004; Costa et al., 2010). Frequentemente são utilizadas para avaliar

pacientes que com algum tipo de doença ou disfunção pulmonar. Como

exemplo, podemos mencionar os seguintes artigos: Cardoso e Pereira (2002)

pesquisaram a função respiratória de portadores com doença de Parkinson,

Morrow et al. (2008) de sujeitos com fibrose cística, Oliveira et al. (2009) e

Ferreira et al. (2009) de portadores de doenças cardiovasculares; e Melo et al.

(2011) e Bevilacqua e Gimeno (2011) de pacientes obesos.

Na Fonoaudiologia encontramos medidas como capacidade vital2

(Ferreira e Pontes, 1995; Guyton, 1997), medidas de tempo que podem ser

denominadas respiratórias e fonatórias (Ferreira e Pontes, 1995) e medida do

tempo máximo de fonação (Behlau e Pontes 1990, Mota et al., 2012).

O termo medida aerodinâmica é pouco utilizado por fonoaudiólogos no

Brasil, internacionalmente a expressão é mais comum, sendo utilizada na

maioria das vezes em provas que englobam a medição do volume respiratório,

fluxo de ar, pressão respiratória e eficiência vocal (Joshi e Watts, 2015). Ainda

2 “A capacidade vital é igual ao volume de reserva inspiratório mais o volume corrente mais o volume de

reserva expiratório. Trata-se da quantidade máxima de ar que a pessoa pode expelir dos pulmões, é uma

medida realizada com o espirômetro (Guyton, 1997)

Page 19: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

4

segundo os mesmos autores o volume pode ser calculado pela capacidade

vital, o fluxo e pressão respiratória podem ser obtidos com a ajuda de um

instrumento como o espirômetro. Já eficiência vocal, pode ser calculada por

meio da medida de tempo máximo de fonação.

No Brasil utilizam-se os termos medidas respiratórias (Ferreira e Pontes,

1995), medidas fonatórias (Ferreira e Pontes, 1995) e tempo máximo de

fonação (TMF) (Behlau et al., 2001) como termos equivalentes e o mais

frequente nas pesquisas é tempo máximo de fonação.

As medidas respiratórias foram classificadas por Boone (1971) como a

aferição dos sons fricativos /s/ e /z/. As fonatórias, de acordo com Ferreira e

Pontes (1995) são medidas por meio das vogais e indicam “o tempo máximo

que um indivíduo pode sustentar uma fonação” (p. 5).

O termo tempo máximo de fonação foi definido por Behlau et al. (2001)

como: “medida do tempo máximo que um indivíduo consegue sustentar uma

emissão de um som ou de fala encadeada, numa só expiração...” (p. 105).

Outros estudos classificaram tanto as medidas das vogais quanto das

consoantes /s/ e /z/ como medidas de TMF (Costa et al., 2008, Silva e Luna,

2009; Mota et al., 2012; Miglioranzi et al., 2012).

Segundo Ferreira e Pontes (1995) as pesquisas que envolvem as

medidas de tempo começaram a ser realizadas em 1950, nos Estados Unidos

e Europa, em populações sem e com problemas de voz e ainda hoje podem

ser observadas tanto na literatura nacional quanto na internacional (Ribeiro et

al., 2014; Hamdan et al., 2014; Leite et al, 2015; Sliiden et al., 2016; Liang et

al., 2016).

De acordo com o exposto acima fica evidente o destaque e a relevância

dessas medidas para a área de voz na Fonoaudiologia. Na literatura

internacional e nacional existe uma variação na terminologia e nas formas de

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5

aferição das medidas, na presente pesquisa o termo adotado por sua

abrangência é tempo máximo de fonação. Com a hipótese que a forma de

mensuração influencia o valor final da medida, será investigado se o tipo de

som escolhido, a posição do sujeito, o instrumento de aferição, a ordem dada

ao sujeito e o calculo final do valor.

Page 21: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

6

3. Objetivo

3.1. Objetivo geral

Comparar e analisar as diferentes formas de aferição para o tempo

máximo de fonação na literatura nacional e internacional na perspectiva de

verificar se essas mudanças interferem nos valor final da medida.

3.2. Estudo 1

Investigar na literatura internacional publicações em artigos científicos

em relação a maneira de mensuração das medidas de tempo máximo de

fonação e a padronização dessa medida .

3.3. Estudo 2

Analisar e comparar nos artigos nacionais publicados em periódicos

nacionais da Fonoaudiologia na área da voz as formas de aferição do tempo

máximo de fonação.

3.4. Estudo 3

Verificar se existe alteração no valor do tempo máximo de fonação

diante de diferentes formas de aferição.

Page 22: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

7

4. Estudo 1

Caracterização das formas de mensuração do tempo máximo

de fonação em periódicos internacionais

Introdução

O tempo máximo de fonação (TMF) é amplamente utilizado entre

fonoaudiólogos para a avaliação dos mecanismos fonatórios (Maslan et al,

2011). A facilidade e simplicidade de medição o tornam seu uso mais

frequentes no consultório e na pesquisa (Maslan et al, 2011). Consiste numa

forma simples e objetiva de medir quanto um sujeito consegue manter um som,

sustentado pelo maior tempo possível (Johnson e Goldfine, 2016).

Para Speyer et al. (2010), o TMF é comumente utilizado por ser um

método não invasivo, rápido e barato de obtenção de medidas. Além disso

exige apenas que o sujeito seja capaz de, após realizar uma máxima

inspiração, que mantenha na expiração, a produção do som pelo maior tempo

possível, ou até o final do ar.

Segundo Awan et al. (2013), as medidas aerodinâmicas da voz indicam

como podem se relacionar os processos respiratório e o fonatório. Os mesmos

autores apontam que os parâmetros aerodinâmicos como as medidas do fluxo

de ar e da pressão subglótica, da resistência vocal e eficiência vocal foram

utilizados para diferenciar a função vocal normal da com distúrbios (nódulos,

pólipos, entre outros) e doenças neurológicas (Parkinson, entre outras).

O TMF, já foi pesquisado em diferentes faixas etárias, como em crianças

(Badra de Lábio et al., 2012), em adultos (Dehqan et al., 2010) e em idosos

(Gregory et al., 2012). Em mulheres fumantes (Awan, 2011), transexuais

(Remacle et al., 2011), em cantores (Mendes et al., 2013) entre outros.

Page 23: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

8

Foram avaliados pacientes com doenças como artrite reumatoide

(Berjawi et al., 2010), doença de Huntington (Velasco Garcia et al., 2011),

Parkinson (Searl et al., 2011), síndrome dos ovários policísticos (Hannoun et

al., 2011), fibromialgia (Gurbuzler et al., 2013), obesidade (Celebi et al., 2013),

foram observados também artigos que avaliaram pacientes no pré e no pós

terapia fonoaudiológica (Watts et al., 2015).

Apesar da popularidade, a utilização da medida em larga escala tem

trazido algumas dúvidas em relação a reprodutibilidade das medidas, como

observado Johnson e Goldfine (2016). Os autores em seu trabalho avaliaram

em um grupo de 20 sujeitos, sem queixas vocais, três medidas da vogal /a/, e

também a medida do volume de ar expelido (para a medição utilizou-se uma

máscara ligada a uma aparelho eletrônico capaz de realizar essa medida). Na

pesquisa foi observado que a segunda medição do TMF é sempre maior que a

primeira e última, e que geralmente ocorre variação entre as três medidas,

além disso há uma inconsistência na relação entre as medias do TMF e do

fluxo do volume de ar. Sendo assim concluíram que em muitos casos deve-se

preferir o uso da medida do volume do fluxo de ar, por ser mais fidedigno a

realidade. Sugerem ainda que não há confiabilidade nas medidas de TMF.

As medidas do TMF vem sendo pesquisadas há bastante tempo

internacionalmente (desde 1960 aproximadamente). No principio os autores

buscavam conhece-la e entender quais seriam suas aplicações. As pesquisas

inicialmente avaliaram sujeitos normais- sem alteração vocal (Shanks e Mast,

1977) e simultaneamente outras comparavam disfônicos e não disfônicos

(Yanagihara et al., 1966; Yanagihara e Koike, 1967), tendo como objetivo

estabelecer parâmetros e entender as possíveis diferenças entre grupos.

Diante do que foi observado na literatura internacional o objetivo desse

estudo foi investigar pesquisas internacionais em relação à forma de

mensuração e padronização das medidas de tempo máximo de fonação.

Page 24: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

9

Métodos

O projeto foi aprovado pelo o Comitê de Ética da Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo sob o número 2584.4417.0.0009.1396.

Dentre as várias plataformas que disponibilizam artigos registrados em

periódicos científicos foi selecionada, para o estudo, a Web of Science, porque

configura-se numa base de dados com produções científicas indexadas e

creditadas internacionalmente e, adicionalmente, inclui outras plataformas

como: Scopus, ProQuest e PubMed. Na plataforma Web of Science

selecionou-se a base de dados principal (Core Collection), por conter a maior

quantidade de dados disponíveis sobre as publicações.

Além disso, vale lembrar que a Web of Science possui ampla

concentração de grandes áreas do conhecimento e de produções científicas

internacionais, como por exemplo: Science Edition e Social Science Editions.

Definição dos critérios de busca

A definição do critério de busca na plataforma Web of Science se deu

em função do fato de que todos os periódicos disponíveis possuírem fator de

impacto JCR (Journal Citation Reports).

Foram selecionadas as revistas que estão disponíveis no Journal

Citation Report (JCR), na coleção JCR Science Editon 2014 (Web of Science,

2014). a partir da palavra-chave maximum phonation time.

Critérios para a seleção da amostra

Foram incluídos todos os artigos que utilizaram as medidas do tempo

máximo de fonação e fossem referentes a área de voz. Foram excluídos os

estudos relativos somente a descrição ou comparação de procedimentos

cirúrgicos (mesmo que dentro da área de voz). Essa escolha foi feita por não

serem utilizados na clínica fonoaudiológica.

Page 25: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

10

Em cada estudo foi selecionada a faixa etária, o número de sujeitos, o

tipo de som utilizado para a medição consoantes e/ou vogais, a ordem dada

pelo avaliador, a posição em que o sujeito foi colocado durante a prova, que

tipo de instrumento foi utilizado para medir o tempo e como foi realizado o

cálculo desse valor (se foi selecionado o maior tempo ou se foi realiza a média

entre as produções. Além disso foram selecionados os autores que foram

utilizados como parâmetro de normalidade.

Resultados

Foram encontrados 145 artigos que apresentaram a palavra maximum

phonation time ou no título ou no resumo ou nas keywords.

Desses 145 artigos, 63 foram analisados nessa pesquisa. Um total de 82

foram excluídos por se tratarem de estudos que se referiam a cirurgias, a

técnicas cirúrgicas. Além desses uma outra publicação também foi excluída por

contemplar unicamente a área da disfagia, não traçando nenhum paralelo com

a área de voz.

A figura (Figura 1) abaixo apresenta o número de artigos publicados

anualmente.

Page 26: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

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Figura 1. Distribuição dos 63 artigos em revistas internacionais da área.

O Quadro 1, apresenta a descrição dos artigos em relação as medidas

respiratórias e fonatórias: autores, ano, população estudada (faixa etária),

quais foram os sons produzidos, a posição do sujeito, a ordem dada pelo

avaliador, tipo de instrumento utilizado para a medição dos tempos, o cálculo

final das medidas e em quais referencias bibliográficas utilizadas pelos autores.

38

4 4 3 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1

0

5

10

15

20

25

30

35

40

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12

Quadro 1- Descrição dos artigos sobre o tempo máximo de fonação publicados em revistas internacionais entre 2010 e 2015 segundo: autores,

data, numero de sujeitos (n), idade, som utilizado, posição do sujeito, ordem dada pelo avaliador, instrumento para medição, número de

repetições e cálculo, citado como padrão.

Autor/Ano Amostra n Idade

Som utilizado Conso- Vogal

ante

Posição

do

sujeito

Ordem dada pelo avaliador Instrumento para

medição N° de repetições

e cálculo

média/maior

Foi citado como padrão

1)Speyer et al., 2010

27 18 a 63

/a/ Ø Relata que todos os participantes do estudo

receberem a mesma ordem

Gravação em vídeo

5 emissões Raes e Clement, 1996

2)Van Lierde et al., 2010

10 18 a 65

/a/ sentado Ø Cronômetro Não apresenta o número de repetições

mas diz que foi escolhido o maior tempo

Boone, 1994

3)Dehqan et al., 2010

90 20 a 50

/a/ e /i/ Ø Ø Computador Ø Hirano, 1981

4) Lagorio et al., 2010

7 58 a 81

/a/ e /i/ Ø Ø Computador 3x foi extraída a média

Ø

5) Yelken etal., 2010

12 31 a 72

/s/,/z/, /a/ Sentado Ø Computador 3x selecionado o maior valor

Vertigan et al., 2008

6) Awan e Ensslen, 2010

66 18 a 30

/a/ Ø Produzir o som durante o maior tempo máximo

possível na mesma expiração

Cronômetro 3 emissões Sulter e Meijer, 1996

7)Duan et al., 2010

36 24 a 59

/a/ Ø Produzir o som mais longo possível

Ø Ø Cielo e Capellari, 2008; Neiman e Edeson, 1981

8) Aboras et al., 2010

100 Ø Ø Ø Ø Ø Ø

9) Ruas et al., 2010

23 25 a 83

/s/, /z/, /e/ Ø Ø Cronômetro Ø Behlau, 2001

Legenda: Ø= não foi mencionado pelo autor

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13

10) Stager e Bielamowicz,

2010

21 34 a 89

Ø Ø Ø 2 emissões Ø

11) Maslan et al., 2011

69 65 a 90

/a/ Ø Manter a vogal /a/ pelo maior tempo possível com a voz em volume normal (como na fala) após uma inspiração

máxima

Ø 3x selecionado o maior valor

Sanks a Mast, 1977 e Hirano et al., 1968

12) Garcia et al., 2011

20 23 a 65

/s/ /e/ Ø Ø Ø Ø Canter, 1963; Gamboa, 1995

13) Awan, 2011

60 18 a 24

/a/ Ø Sustentar a vogal /a/ pelo tempo mais longo possível depois de uma

inspiração máxima

Cronômetro 3 emissões Awan e Morrow, 2007; Wuyts et al., 2000

14) Niedudek-Boqusz et al., 2011

230 Ø Ø Ø Ø Schindler et al., 2009

15) Cantarella et al., 2011

53 17 a 74

/a/ Ø Produzir o /a/ em pitch e loudness confortaveis

Computador 3x selecionado o maior valor

Wuyts et al., 2000; Piccirillo et al., 1998

16) Seifpanahi et

al., 2011

44 20 a 28

/a/ Ø Produzir o som o mais estável, pelo tempo mais longo possível

utilizando pitch e loudness habituais.

Computador Ø Pryce, 1994 e Hakkestteegt, 2008

17) Pribuisiene et

al., 2011

75 6 a 13

/a/ Ø Ø Ø 3 emissões Cielo e Cappellari, 2008

18) Searl et al., 2011

15 /a/ Ø Ø Gravador de CD portátil

3 emissões Ø

19) Hannoun et al., 2011

52 /s/ e /z/

Ø Ø Ø Ø Ø

20) Gregory et al., 2012

175 65 a 89

Ø Ø Ø Ø Ø

21) Remacle 50 21 a /a/ Ø Sustentar o som num Computador 3x selecionado Kelchner et al., 2006;

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14

et al., 2012 47 pitch e intensidade confortáveis pelo tempo

mais longo possível numa voz normal

o maior valor Stemple et al., 1995

22) Zheng et al., 2012

53 18 a 56

/a/ Ø Inspirar profundamente e produzir o som pelo

tempo mais longo possível com pitch e loudness habituais

Ø Ø Ø

23) Lábio et al., 2012

60 4 a 12 /s/ e /z/

/a/ Ø Ø Computador Ø Ø

24) Jayakumar e Savithri, 2012

120 18 a 25

/a/ Ø Produzir o som o mais longo possível, em um

pitch e loudness confortáveis

Computador 3x selecionado o maior valor

Hakkestteegt, 2008

25)Niebudek-Buosqusz et

al., 2012

358 /a/ Ø Sustentar o som num pitch e loudness

confortável, o mais longo e possível durante

a expiração

Ø

3 emissões Ø

26) Gurbuzler et al., 2012

31 /s/ e /z/

/a/ Ø Ø Ø 3x selecionado o maior valor

Ø

27) Cassiraga et al., 2012

44 20 a 40

/o/ Ø Ø Ø Ø Brodnitz, 1951

28) D’Alatri et al., 2012

20 50 a 70

/a/ Ø Sustentar o som o mais longo possível em uma

única expiração

Ø 3x selecionado o maior valor

Ø

29) Remacle et al., 2012

32 /a/ Ø Produzir o som /a/ prolongado em pitch e

intensidade confortaveis

Ø 3x selecionado o maior valor

Remacle et al., 2012

30) Awan et al., 2012

49 18 a 25

/a/ Ø Ø Ø 3 emissões Portney e Watkins, 2000; Hakkestteegt,

2008

31) Tavares et al., 2012

1660

4 a 12 /s/, /z/ /a/ sentado Inspirar profundamente e produzir o som

Ø 3x selecionado o maior valor

Behlau, 2001 e Ryalls, 2004

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15

prolongado o mais longo possível em oitch e

loudness confortáveis

32)Tay et al., 2012

22 /a/ Ø Sustentar a vogal /a/ em pitch e loudness

confortáveis pelo tempo mais longo possível em

uma expiração

Cronômetro manual

3x selecionado o maior valor

Colton et al., 2006; Sabol et al., 1995

33) Eryaman e Ilhan, 2012

43 /s/ e /z/

/a/ Ø Ø Cronômetro 1 emissão de cada som

Andrews, 1997

34) Goy et al., 2013

292 18 a 86

Ø Ø Ø 3x selecionado o maior valor

Awan et al., 2006; D’haeserleer et al., 2011; Zraick et al., 2012;Maslan et al., 2011; Morsomme et

al., 1997

35) Çelik et al., 2013

16 /s/ e /z/

/a/ Ø Produzir o som o mais longo possível depois

de uma inspiração profunda

Cronômetro 3x selecionado o maior valor

Ø

36)Schindler et al., 2013

40 46 a 91

/a/ Ø Ø Ø 3x selecionado o maior valor

Searl, 2007; Kotby et al., 2009

37) Yumoto et al., 2013

37 /a/ Ø Sustentar a vogal /a/ em pitch e loudness

confortáveis pelo maior tempo possível

Ø 2x selecionado o maior valor

Ø.

38) Gurbuzler et al., 2013

30 /s/ e /z/

/a/ Ø Fazer o som o mais longo possível após

uma inspiração profunda

Ø 3x selecionado o maior valor

Sahin et al, 2004

39) Awan et al., 2013

60 18 a 31

/a/ Ø Inspirar profundamente e sustentar a vogal /a/ em pitch e loudness

constantes. Pelo tempo mais longo possível

Ø 3 emissões Chin, 1991

40) Sales et 600 7 a 10 /s/, /z/ /a/, /i/, Ø Ø Cronômetro Ø Cielo e Cappellari,

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16

al., 2013 /u/ 2008

41)Lu et al., 2013

2 6 e 8 /a/ Ø Ø Ø No mínimo 2 emissões

Ptacek e Sander, 1996; Awan, 2001

42)Senkal e Çiyiltepe, 2013

99 7 a 15 /s/ e /z/

/a/ Ø Sustentar a vogal “aaaa” por um período

confortável de tempo e utilizar o pitch e

loudness comum do dia a dia

Ø 3x selecionado o maior valor

Thomas e Stemple, 2007

43)Celebi et al., 2013

40 27 a 49

/s/ e /z/

/a/ Ø Sustentar o som pelo tempo mais longo

possível depois de uma inspiração profunda

Ø 3x selecionado o maior valor

Da Cunha et al., 2011 e Solomon et al., 2011

44)Mendes et al., 2013

15 /s/ e /z/

/a/ Ø Ø Ø 3 emissões Hirano, 1981; Kent et al., 1987; Toyoda et al., 2004; Pindzola et al., 1987; Stemple,

1993; Colton e Casper, 1996

45) Develioglu et al., 2013

69 12 a 65

/a/ Ø Respirar profundamente e fazer o som durante a expiração até o final do

ar

Computador Ø Ø

46) Tuomi et al., 2014

20 38 a 79

/a/ Ø Sustentar o som em pitch e loudness

confortáveis

Gravador digital Ø Maslan et al., 2011

47) Gramuglia et al., 2014

100 4 a 11 /z/ /a/ Ø Ø Ø Ø Taveres et al., 2011; Behlau et al., 2001 e Tavares et al., 2012

48)Hamdan et al., 2014

15 /a/ Ø Sustentar o som em pitch e loudness

confortáveis

Ø Ø Solomon et al., 2011

49) Liang et al., 2014

40 18 a 48

/a/ Ø Respirar profundamente e produzir /a/ em pitch e volume confortáveis o mais longo possível

Ø 3x selecionado o maior valor

Solomon et al., 2000

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17

50)Arunacha-lam et al., 2014

45 18 a 74

/s/ e /z/

Ø Ø Ø Ø Boominathan et al., 2006

51)Watts et al., 2015 (A)

20 /s/ e /z/

/a/ Ø Ø Ø Ø Jacobson et al.,1997

52) Hancock e Gross, 2015

1 32 /a/ Ø Ø Computador Ø Cassiraga et al., 2012

53) Maruthy e Ravibabu, 2015

30 19 a 48

/a/ Ø Inspirar profundamente e sustentar o som o

mais longo possível em pitch e loudness confortáveis. Os

participantes foram instruídos a usar toda a

capacidade de ar de dentro dos pulmões.

Ø Ø Hakkesteegt et al., 2006; Ptacek et al., 1966; Kreul, 1992.

54) Asik et al., 2015

53 15 a 68

/a/ Ø Sustentar a fonação em pitch e loudness

favoráveis

Ø Ø Ø

55) Watson e Nayak, 2015

25 20 a 50

Ø Ø Ø Ø Sataloff, 1992

56) Pereira et al., 2015

90 51 a 60

/s/ e /z/

Ø Ø Ø Ø Speyer et al., 2010; Kurtz et al., 2010

57) Senkal e Ozer, 2015

75 7 a 14 /s/ e /z/

/a/ Ø Ø Ø Ø Ø

58) Kaneko et al., 2015

16 65a 81

Ø Ø Ø Ø Ø

59) Vaca et al., 2015

105 >65 Ø Ø Ø 3x selecionado o maior valor

Yamauchi et al., 2014; Solomon et al., 2000

60) Salturk et al., 2015

65 /a/ Ø Depois de uma inspiração profunda

dizer a vogal pelo tempo mais longo que

conseguir

Ø 3x selecionado o maior valor

Topaloglu et al., 2012

61) Ikui et al., 60 61 a Ø Ø Ø Ø Ø

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18

2015 80

62) Kiagiadaki et al., 2015

31 /a/ Ø Sustentar o som o mais longo possível depois

de uma inspiração profunda

Ø 2x selecionado o maior valor

Ø

63) Watts et al., 2015 (B)

8 >18 /s/ e /z/

/a/ Ø Respirar profundamente e sustentar a

vogal/consoante o mais longo possível até o fim

do ar

Cronômetro digital

2x selecionado o maior valor

Eckel e Boone, 1981; Trudeau e Forest,

1997; Gelfer e Pazera, 2006.

Page 34: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

19

Tabela 1- Descrição das consoantes utilizadas na mensuração do tempo

máximo de fonação utilizada nos artigos internacionais analisados.

Fricativa solicitada N (número de artigos) %

/s/ e /z/ 18 28,6

/s/ 1 1,5

/z/ 1 1,5

Não descreveu 43 68,4

Total 63 100

Tabela 2- Descrição das vogais utilizadas na mensuração do tempo máximo de

fonação utilizada nos artigos internacionais analisados.

Vogal solicitada N (número de artigos) %

/a/ 44 69,9

/a/ e /i/ 2 3,2

/e/ 2 3,2

/a/, /i/, /u/ 1 1,5

/o/ 1 1,5

Não descreveu 13 20,7

Total 63 100

Tabela 3- Descrição da posição do sujeito durante a aferição para a

mensuração do tempo máximo de fonação utilizada nos artigos internacionais

analisados.

Posição do sujeito N (número de artigos) %

Sentado 3 4,8

Não descreveu 60 95,2

Total 63 100

Page 35: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

20

Tabela 4- Descrição do tipo de instrumento/material citado para aferição do

tempo máximo de fonação utilizada nos artigos internacionais analisados.

Instrumento N (número de artigos) %

Computador 10 15,9

Cronômetro 9 14,3

Gravador digital 2 3,2

Gravação em Video 1 1,5

Não descreveu 41 65,1

Total 63 100

Tabela 5- Descrição das analises de como foi realizado o cálculo da aferição na

mensuração do tempo máximo de fonação utilizada nos artigos internacionais

analisados.

Cálculo N (número de artigos) %

3 emissões e seleção

da maior

18 28,7

3 emissões 8 12,8

2 emissões e seleção

da maior

3 4,8

2 emissões 1 1,5

3 emissões extraída a

media

1 1,5

5 emissões 1 1,5

1 emissão 1 1,5

Não descreveu 30 47,7

Total 63 100

Discussão

No início da década de 60 as produções americanas que utilizavam o

tempo máximo de fonação começaram a surgir. Inicialmente as pesquisas

feitas propuseram os motivos de testa-lo e os valores obtidos tanto para a

população sem queixa e problema vocal quanto para a população disfônica.

Alguns estudos desse início foram fundamentais para o estabelecimento e

padronização do uso dessas medidas para a avaliação vocal, estão entre eles:

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21

Ptacek e Sander (1963); Yanagihara et al. (1966); Yanagihara e Koike (1967);

Hirano et al. (1968); Eckele Boone (1981).

No estudo de Ptacek e Sander (1963), o tempo máximo de fonação da

vogal /a/ foi medido 80 sujeitos (40 homens e 40 mulheres), sem queixas nem

alterações vocais, sob condições diferentes. Os autores avaliaram essas

medidas em relação à intensidade e frequência. Ou seja, analisaram produções

em intensidade baixa, média e alta o mesmo para a frequência. Concluíram

que a variação tanto da intensidade quanto da frequência influenciam os

valores de TMF, ou seja, quanto maior a variabilidade desses parâmetros

durante a produção do TMF menos confiável é a medida, possivelmente por

não revelar exatamente como é o comportamento do sujeito. Deste modo os

autores salientam a necessidade de ao dar a ordem ao sujeito que se garanta

que ele tenha entendido que deve manter o mesmo padrão na fonação do

inicio ao final da prova. E que o avaliador deve escolher (para que o tempo seja

mais longo) que o sujeito produza o som em intensidade e frequências média

(para mulheres idealmente média para aguda), o pitch do sujeito deve ser

considerado para que não seja um esforço produzir o som.

Vale ressaltar ainda, que na pesquisa de Ptacek e Sander (1963), os

autores propõem valores que podem ser considerados normais para sujeitos

sem problemas de voz, são eles de 25 a 35 segundos para homens e de 15 a

25 segundos para mulheres. A posição em que o sujeito deve estar no

momento da produção não foi abordada pelo artigo. Os valores descritos

deverão ser resultado de uma produção precisa que seja controlada pelo

avaliador, também foi observada que a produção do sujeito feita livremente

sem influência do avaliador demonstrou números bem menores, sugerindo que

mesmo após receber a ordem o sujeito, ao começar a produção do som deve

ser corrigido quanto à quantidade de ar presente na emissão (para que não

seja nem muito forte nem muito fraca), frequência e intensidade da emissão.

Page 37: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

22

Em relação ao estudo de Yanagihara et al. (1966), a medida do TMF

depende de três fatores principais: a capacidade total disponível para a

produção da voz; a força expiratória e o ajuste da laringe para o uso eficiente

do ar. Os autores observaram valores de tempo máximo próximos aos

encontrados na pesquisa de Ptacek e Sander (1963). O estudo enfatiza que

apesar de ser uma tarefa simples, a ordem dada ao sujeito de pesquisa deve

ser clara e precisa uma vez que gastar mais ar que o necessário para a

produção pode resultar em uma diminuição considerável dos valores do TMF.

A análise do Quadro 1 e Tabela 2 demonstra que a maioria (69,9%)

utiliza a vogal /a/ e no total 74,6% utilizaram o /a/ e/ou mais alguma vogal para

a para a avaliação do TMF. Podemos observar desde o inicio da produção

bibliográfica sobre as medidas a sugestão e utilização de vogais,

especialmente o /a/ (Ptacek e Sander, 1963; Yanagihara et al., 1966;

Yanagihara e Koike, 1967; Hirano et al., 1968).

A utilização das fricativas /s/ e /z/ é observada na literatura (Quadro 1,

Tabela 1), apesar de presente é reduzida, apenas 28,6% dos artigos utilizaram

essas medidas, sendo que grande parte dos artigos que utilizaram o fizeram

para avaliar o a relação entre /s/ e /z/. Que segundo a literatura, se for menor

que 1 indica que o sujeito pode apresentar algum problema na fonte sonora

(Boone,1971).

A posição do sujeito durante a avaliação (Tabela 3) foi apresentada em

apenas 4,8% dos artigos, o mesmo na foi observado nos primeiros estudos

sobre o tema (Ptacek e Sander, 1963; Yanagihara et al., 1966; Yanagihara e

Koike, 1967; Hirano et al., 1968) o que indica que quase não foram observados

artigos que mencionem qual seria a posição ideal para realizar a avaliação do

TMF. Sobre a posição ressalta-se que tanto sentado quanto a em pé

apresentam vantagens e desvantagens.

Posicionar o sujeito em pé garante maior abertura da caixa torácica e

maior liberdade para os movimentos da respiração segundo Guyton (1997), o

Page 38: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

23

viés de sua utilização é que o sujeito pode facilmente mudar sua posição

enquanto efetua a produção (como exemplo flexionar o joelho, jogar os ombros

para frente ou mesmo balançar as mãos) fatores que podem influenciar na

medida. A posição sentado que geralmente é a mais comum durante avaliação

do paciente disfônico na clínica fonoaudiológica, apresenta o viés do tipo de

cadeira utilizada, para o pesquisador há necessidade de sempre utilizar os

mesmo parâmetros para que a metodologia da pesquisa siga sempre igual.

Dessa forma medir o tempo com o paciente sentado, implica em tentar utilizar o

mesmo tipo de cadeira ou banco para todas as medições.

Em relação ao tipo de instrumento utilizado, o computador e o

cronômetro apresentaram valores muito parecidos, sendo o primeiro 15,9% e o

segundo 14,3% (Tabela 4). Esses foram as ferramentas mais presentes entre

os estudos pesquisados. Entretanto, muitos dos artigos (65,1%) não deixaram

explícito no método qual foi o instrumento utilizado, mas pode-se perceber que,

em tais estudos, além do TMF, foram extraídos os valores de f0 e outras

medidas acústicas, o que necessariamente implica na realização da gravação

da produção do sujeito e que as análises tenham sido feitas em um

computador. Na literatura mais antiga sobre o tema observou-se a utilização de

cronômetro e apenas em laboratórios alguns tipos de computadores e

maquinas específicas (Yanagihara et al., 1966; Yanagihara e Koike, 1967), que

eram equipamentos muito diferentes dos computadores atuais.

Em relação ao número de produções 28,7% (Tabela 5) utilizaram 3

emissões e a escolha do maior valor, em seus estudos Ptacek e Sander (1963)

e Lewis et al. (1982) indicam que o ideal é o uso de três medidas. Os primeiros

autores ressaltam ainda que as tentativas são importantes para que o indivíduo

entenda a tarefa e possa melhorar na segunda ou terceira tentativa. Outro fator

mencionado por Lewis et al. (1982) é que a produção de uma número maior de

tentativas pode levar o indivíduo ao cansaço e consequentemente piora nos

valores do teste.

Page 39: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

24

Em relação aos autores que foram utilizados como referência há muita

variação, isso se deve ao fato de que por serem publicações de diferentes

países, e por considerarmos a possibilidade de que altura, peso, clima,

alimentação sejam fatores que influenciam os valores de tempo máximo de

fonação, então o mais adequado seria utilizar uma referência do próprio país

no qual o estudo foi feito. É necessário salientar que mesmo que a maioria dos

artigos tenham sido publicados em periódicos norte americanos (Figura 1) há

nessa seleção artigos de vários lugares do mundo que buscaram essas

revistas para publicação tanto pela qualidade quanto pelo fator de impacto.

Assim sendo percebe-se que atualmente os procedimentos detalhados

de como aferir o TMF tem sido cada vez menos descritos na literatura

internacional por já terem sido amplamente pesquisados, principalmente pelos

norte americanos, e já apresentarem desde a década de 60, padrões de

normalidade e bases que fundamentem a sua realização.

Conclusão

Na literatura internacional foi observado o predomínio da utilização da

vogal /a/ para a medição dos tempos máximos de fonação, muito pouco foi

encontrado com relação a posição em que o sujeito foi colocado no momento

da avaliação. O instrumento mais utilizado para medir o TMF foi o computador

e para o cálculo do valor final foram utilizadas três emissões e escolha do

maior som. Em relação as referências utilizadas como padrão notou-se

bastante variação uma vez que os artigos pesquisados são de diferentes

países e que cada país tem sua própria padronização dos valores. É

necessário salientar que para estudos norte americanos essa medida já foi

padronizada.

Page 40: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

25

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34

5. Estudo 2

Tempo máximo de fonação: formas de mensuração nos

periódicos nacionais da Fonoaudiologia

Introdução

A Fonoaudiologia começou a utilizar as medidas do tempo máximo de

fonação (TMF)* desde os anos 90 (Behlau e Pontes, 1990) e até hoje o faz

com muita frequência. Tal fato pode ser explicado por sua fácil aplicação

(Behlau e Pontes, 1990; Ferreira e Pontes, 1995; Rossi et al., 2006 e Behlau et

al., 2008) além de ser um procedimento não invasivo, rápido e que não gera

custos (Behlau e Pontes, 1995; Speyer et al., 2010).

A utilização das medidas de /s/ e /z/ foi encontrada em vários estudos,

na literatura nacional , como pode ser observado nas pesquisas de, Bortolotti e

Bertolotti e Andrada e Silva (2005), Vargas et al. (2005), Soares e Brito (2006),

Fabron et al. (2006), Rossi et al. (2006), Isolan-Cury et al. (2007), Menezes e

Vicente (2007), Cielo e Capellari (2008), Cielo et al. (2008), Beber et al. (2009),

Rosa et al. (2009), Carrasco et al. (2010), Cielo et al. (2011), Fabron et al.

(2011), Alves et al. (2011), Cielo et al. (2012A), Goulart et al. (2012) e Mota et

al. (2012). Alguns autores optaram por avaliar apenas o som /s/ (Miglioranzi et

al., 2011, Miglioranzi et al., 2012). Foi observado um total de 21 estudos que

não utilizaram nem o /s/ nem o /z/ apenas as medidas das vogais (Costa et al.

(2008), Mangilli et al. (2008), Ortiz e Carrillo (2008), Cerceu et al. (2009), Silva

e Luna (2009), Zimmer et al. (2010), Ubrig-Zancanella e Behlau (2010), Silvério

et al. (2010), Kurtz e Cielo (2010), Mendonça et al. (2010), Ferreira et al.,

(2010), Gama et al. (2011), Amorim et al. (2011), Fagundes et al. (2011), Cielo

et al. (2012b), Cielo et al. (2013b) e Barsties et al. (2013).

*Tempo máximo de fonação: medida do tempo máximo que um indivíduo consegue sustentar uma emissão de um som ou de

fala encadeada, numa só expiração...” (Behlau, 2001- p.105). Pode se referir tanto a medida das consoantes fricativas /s/ e /z/

quanto as vogais (Mota et al., 2012; Miglioranzi et al., 2012) . As chamadas medidas respiratórias se referem as medidas de /s/

e /z/ (Boone et al., 1971) e as medidas fonatórias estão relacionadas as medidas das vogais (Ferreira e Pontes, 1995).

Page 50: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

35

As medidas das vogais /a/, /i/ e /u/ foram investigadas por Soares e

Brito (2006); Fabron et al. (2006); Rossi et al. (2006); Menezes e Vicente

(2007); Cerceu et al. (2009); Silva e Luna (2009); Beber et al. (2009); Rosa et

al. (2009); Kurtz e Cielo (2010); Cielo et al. (2011); Amorim et al. (2011);

Fabron et al. (2011); Alves et al. (2011); Cielo et al. (2012A); Cielo et al.

(2012B) e Christmann et al. (2013). Em outras foi avaliada apenas a vogal /a/

(Isolan-Cury et al., 2007; Costa et al., 2008; Cielo e Capellari, 2008; Mangilli et

al., 2008; Zimmer et al., 2010; Ferreira et al., 2010; Gama et al., 2011; Goulart

et al., 2012 e Barsties et al., 2013); em menor número utilizou-se a vogal

sonora /ê/ e a sua correspondente áfona (Rossi et. al., 2006; Miglioranzi et al.,

2011; Christmann et al., 2013).

Alguns autores (Bortolotti e Andrada e Silva, 2005; Ortiz e Carrillo, 2008;

Ubrig-Zancanella e Behlau, 2010;) optaram pela vogal /ê/, outros mediram /a/ e

/ê/ (Carrasco et al., 2010 e Mota et al., 2012). Os autores Vargas et al. (2005);

Cielo et al. (2008) e Fagundes et al. (2011) não realizaram a medida de

nenhuma vogal, apenas consoantes.

Pode-se destacar algumas controvérsias na aferição das medidas,

primeiramente em relação à posição do sujeito, fica evidente que não existe um

padrão na forma de posicioná-lo nas pesquisas analisadas. Na literatura, tanto

nacional como internacional, ressaltando que aqui o foco é a nacional, é

comum observar dois tipos distintos, uma delas estabelece que o indivíduo

permaneça em pé durante a coleta e outra em que o sujeito deve permanecer

sentado (Figura 1).

Page 51: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

36

Behlau e Pontes, 1990; Ferreira e

Pontes, 1995; Bortolotti e Andrada e

Silva, 2005; Costa et al., 2008; Cielo e

Capellari, 2008; Cielo et al., 2008;

Beber et al., 2009; Zimmer et al.,

2010; Kurtz e Cielo, 2010; Ferreira et

al., 2010; Gama et al., 2011;

Miglioranzi et al., 2011; Cielo et al.,

2011; Fabron et al., 2011; Cielo et al.,

2012a; Miglioranzi et al., 2012; Cielo

et al., 2012b; Christmann et al., 2013;

Cielo et al., 2013a e Cielo et al.,

2013b

Behlau e Pontes, 1990; Ferreira e

Pontes, 1995; Rossi et al., 2006;

Isolan-Cury et al., 2007; Cerceau et

al., 2009; Carrasco et al., 2010

Figura 1- Descrição da posição em que o sujeito foi avaliado, sentado ou em

pé, em artigos nacionais.

No que se refere à ordem dada pelo avaliador ao paciente foi possível

observar que muitos dos estudos fazem referencia a como isso foi abordado

(Ferreira e Pontes, 1995; Pinho, 2003; Bertolotti e Andrada e Silva, 2005;

Soares e Brito, 2006; Fabron et al., 2006; Costa et al., 2008; Cielo e Capellari,

2008; Cielo et al., 2008; Mangilli et al., 2008; Cerceu et al., 2009; Beber et al.,

2009; Rosa et al., 2009; Carrasco et al., 2010; Zimmer et al., 2010; Silvério et

al., 2010; Kurtz e Cielo., 2010; Ferreira et al., 2010; Gama et al., 2011;

Miglioranzi et al., 2011; Cielo et al., 2011; Amorim et al., 2011; Fabron et al.,

2011; Cielo et al., 2012A; Miglioranzi et al., 2012 e Cielo et al., 2012B).

No que diz respeito ao número de repetições de cada som e da forma de

cálculo podemos observar uma grande variação. Nos artigos de Bortolotti e

Andrada e Silva (2005), Cerceu et al. (2009), Goulart et al. (2012), foram

Page 52: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

37

realizadas três produções de cada um dos sons avaliados e foi extraída a

média. Outras pesquisas (Fabron et al., 2006; Beber et al., 2009; Fabron et

al.,2011; Miglioranzi et al., 2012) também utilizaram três repetições, porém o

maior valor foi selecionado.

Algumas pesquisas (Fabron et al. (2006); Menezes e Vicente, 2007;

Behlau, et al., 2008; Alves et al., 2011; Goulart et al., 2012) deixaram de

apresentar no método uma ou mais informações como: som escolhido para

aferição, posição do sujeito, ordem dada , número de repetições e o cálculo

final. É possível ressaltar que no caso desses estudos a reprodução do método

fica impossibilitada por falta de informações completas na descrição do

procedimento.

Na clínica fonoaudiológica essas medidas fazem parte do trabalho. A

pesquisa de Cancian (2001), por exemplo, teve como objetivo descrever como

na clinica fonoaudiológica com pacientes disfônicos a respiração é trabalhada.

Como método foram realizadas entrevistas abertas com fonoaudiólogos

experientes na área da voz. A autora concluiu que as medidas do tempo de

máximo de fonação são utilizadas unicamente como provas na avaliação

fonoudiológica. Em relação a isso Ferreira e Pontes (1995) e Cancian (2001)

pontuam que essas medidas podem ser consideradas como uma prova para

avaliação da função respiratória, mas não como um parâmetro para

compreender a forma e a dinâmica respiratória durante a fonação.

Diante do que foi relatado anteriormente fica evidente a variação que há

na forma de extrair o tempo máximo de fonação. Assim sendo, o objetivo desse

trabalho foi analisar nos artigos nacionais publicados em periódicos da

Fonoaudiologia na área da voz as formas de aferição do tempo máximo de

fonação.

Page 53: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

38

Métodos

O projeto foi aprovado pelo o Comitê de Ética da Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo sob o número 2584.4417.0.0009.1396.

Foi realizado um levantamento bibliográfico sobre o tempo máximo de

fonação nos periódicos nacionais. Foram selecionados entre os artigos da área

de voz, todos aqueles que apresentaram a utilização das medidas de tempo

máximo de fonação. Não foi possível realizar a busca com a utilização de

descritores uma vez que termos como: medidas aerodinâmicas, medidas

respiratórias, medidas fonatórias, tempo máximo de fonação, medidas de

tempo de respiração e tempo de fonação, não estão incluídos na listagem do

Decs ( http://decs.bvs.br/).

Foram analisados artigos de 2005 a 2015 nos quatro periódicos atuais

da Fonoaudiologia: revista CEFAC (CRFAC-Centro de Especialização em

Fonoaudiologia Clínica- http://www.scielo.br/rcefac), Revista Distúrbios da

Comunicação (DIC)- (http://revistas.pucsp.br/dic), a CoDAS (Codas:

Communication Disorders, Audiology and Swallowing- http://

www.scielo.br/codas) e a revista Audiology – Communication Research – ACR

(http:// www.scielo.br/acr).

Em cada estudo foi selecionado o nome dos autores e ano da

publicação do artigo, o número de sujeitos que fizeram parte da pesquisa, a

idade dos participantes, o tipo de som utilizado para a medição (consoantes

e/ou vogais), a posição em que o sujeito foi colocado durante a prova, a ordem

que foi dada pelo avaliador, que tipo de instrumento foi utilizado para medir o

tempo, como foi realizado o cálculo desse valor (se foi selecionado o maior

tempo ou se foi realiza a média entre as produções) e em que estudos os

autores se basearam para definirem os padrões de normalidade esperados

para a pesquisa.

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39

Em seguida foram criadas tabelas sobre as consoantes utilizadas, as

vogais, a posição do sujeito durante a coleta, o tipo de instrumento utilizado

para medir e o cálculo final dos valores. As tabelas apontam os valores de

proporcionalidade dos dados obtidos no Quadro 1.

Resultados

Page 55: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

40

Quadro 1- Descrição da utilização do tempo máximo de fonação (TMF) obtido por meio de artigos publicados nas revistas da Fonoaudiologia de

2005 a 2015 segundo os autores, data, numero de sujeitos (n), idade, som utilizado, posição do sujeito, ordem dada pelo avaliador, instrumento

para medição, número de repetições e cálculo, citado como padrão.

Autor/Ano Amostra n Idade

Som utilizado Conso- Vogal

ante

Posição

do

sujeito

Ordem dada pelo avaliador Instrumento para

medição N° de repetições

e cálculo

média/maior

Foi citado como padrão

1) Bortolotti e Andrada e Silva, 2005

21 25 a 45

/s/ e /z/

/e/ Em pé Respirar fundo produzindo a vogal e as

consoantes o mais longo que conseguir,

não se importando com a qualidade do som.

Cronometro Indiglo

3x foi extraída a média

Yanagiara e Von Lenden, 1967; Hirano et al, 1968; Behlau; Pontes e Tosi, 1985; Behlau, 2001.

2)Vargas, Costa e

Hannayama, 2005

60 20 a 40

/s/, /z/, s/z

Ø Ø Cronometro Cassio

Ø Behlau e Pontes 1995

3)Soares e Brito, 2006

23 25 a 64

/s/ e /z/

/a/ /i/ /u/

Ø Foi solicitado ao sujeito que emitisse o som pelo

maior tempo possível após inspiração

Cronometro Technos Skydiver

Profesional

Ø Behlau e Pontes 1995

4) Fabron et al, 2006

106 4 a 10 /s/,/z/, s/z

/a/,/i/, /u/

Ø Vogais: inspirar profundamente e emitir

o som o máximo de tempo possível.

Cronometro

3x selecionado o

maior valor

Rockenbach e Feijo, 2000

5) Rossi et al, 2006

16 30 a 60

/s/,/z/, s/z

/a/,/i/, /u/ /e/ e /e/ áfono

Sentado Ø Cronometro e gravação

3x foi extraída a média

Pinho, 2003; Behlau e Pontes 1995, Behlau,

2001

6) Isolan-Cury et al., 2007

20 18 a 55

/s / e /z/

/a/ Sentado Ø Cronometro 3x foi extraída a média

Ferreira e Pontes, 1995

7) Menezes e Vicente, 2007

48 57 a 93

/s/ e /z/

/a/,/i/, /u/

Ø Ø Ø Ø Cassol e Behlau, 2000; Polido, Martins,

(Ø = não foi descrito no artigo)

Page 56: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

41

Hanayama, 2005, Bertelli, 1995; Feijó,

Estrela, Scalco, 1998; Linville, 1996; Venites,

Bertachini, Ramos, 2004

8) Costa et al, 2008

9 23 e 58

/a/ Em pé Frequência única, sem variação musical, ou de intensidade prolongada,

e de modo habitual

Cronômetro RÁDIO

SHACKTM

Ø Behlau, 2001

9) Cielo e Capellari, 2008

23 4 a 6 /s/, /z/, s/z

/a/ Em pé Após uma inspiração profunda, em altura,

intensidade, qualidade, e velocidade habituais

de fala

Cronometro Cassio

3 emissões Behlau e Pontes, 1995; Behlau, 2001; Hersan, 1991; Colton

e Casper, 1996. (inter)

10) Cielo et al, 2008

70 5 a 65 /s/, /z/ s/z

Em pé Produzir o som em tom, intensidade e

velocidade habituais, sustentando-os durante

o tempo máximo possível na mesma

expiração

Cronometro 3x selecionado o maior valor

Fernández e López, 2003;

Behalau, 2001

11) Mangilli et al., 2008

13 22 a 68

/a/ Ø Emitir a vogal o mais prolongadamente

possível

Cronometro 3x selecionado o maior valor

Behlau e Pontes 1995; Colton e Casper,

1996; Steffen et al., 2004

12) Ortiz e Carrillo, 2008

42 16 a 80

/é/ Ø Ø Cronometro Radio Shack

Ø Ø

13) Cerceau et al, 2009

96 60 a 103

/a/,/i/, /u/

Sentado O mais natural e longo possível.

Cronômetro Cassio

3x foi extraída a média

Behlau, 2005; Pontes P, Brasolotto A, Behlau M, 2005;

Polido, Martins, 2005; Menezes e Vicente,

2007; Feijó, Estrela e Scalco, 1998;

Morsomme,.1997;

Page 57: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

42

Venites e Bertachini, Ramos, 2004; Monte, Mourão e Mota, 2001.

14) Silva e Luna, 2009

13 Mais que 18

anos

/a/, /i/, /u/

Ø Ø Ø Ø Behlau e Pontes, 1995

15) Beber et al, 2009

54 12 a 65

/s/ e /z/

/a/ /i/ /u/

Em pé De maneira prolongada, em tom e intensidade habituais, até sentirem necessidade de nova

inspiração.

Cronometro 3x selecionado o maior valor

Colton e Casper, 1996; Pratere Swift, 1984 (intrn.); Mores,

1995 (TCC)

16) Rosa et al, 2009

2 52 e 66

/s/ e /z/

/a/,/i/, /u/

Ø Após inspiração máxima e emissão em tom e

intensidade habituais.

Cronometro nokia 3310

3x foi extraída a média

Behlau, 2001

17) Carrasco et al, 2010

23 23 a 45

/s/, /z/, s/z

/a/, /é/ Sentado frequência e intensidade habituais

Cronometro Aqualite

3 emissões auto-seleciona

das

Ø

18) Zimmer et al, 2010

32 18 a40

/a/ Em pé Foi solicitado que inspirassem

profundamente e mantivessem a emissão sustentada sem o uso

de ar de reserva expiratória

Gravação em computador

1 emissão Ø

19) Ubrig-Zancanella e Behlau, 2010

280 18 a 69

/é/ Ø Ø Cronometro Piquet Sports

Ø Ø

20) Silverio, et al., 2010

42 20 a 45

/e/ Ø Solicitou-se a emissão de maneira isolada, sustentada, e após

inspiração profunda em pitch e loudness

habituais, respeitando-se o tempo de emissão

de cada sujeito.

Ø Ø Ø

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43

21) Kurtz e Cielo, 2010

38 20 e53

/a/,/i/, /u/

Em pé Solicitados a inspirar profundamente e emitir determinado fone em

tom e intensidade habituais até o final da

expiração

Ø 3x selecionado o maior valor

Beber, Cielo e Siqueira; 2009

22) Mendonça et

al., 2010

17 20 a 60

/e/ Ø Ø Cronômetro Mondaine

profissional

Ø Behlau, 2001

23) Ferreira, Cielo e

Trevisan, 2010

5 36 a 63

/a/ Em pé Frequência e intensidade habituais,

após inspiração profunda, em tempo máximo de fonação,

sem uso de ar de reserva expiratório.

Gravador digital CABO 4P BK-USB22 “BAK”

Ø Ø

24) Gama et al, 2011

12 32 a 74

/a/ Em pé O mais prolongado possível, no tom e

intensidade habituais

Ø 3x selecionado o maior valor

Steffen et al, 2004; Mangilli, 2008; D’Alatri,

2007 (inter)

25)Miglioranzi, et al, 2011

48 18 a 40

/s/ /e/ áfono

Em pé A emissão foi feita de forma sustentada e contínua, emitindo o

som surdo, com intensidade habitual

“com controle consciente para não pressionar a glote, produzindo uma

emissão como se fosse um bafinho muito leve

para embaçar um espelho”

Cronometro

3x selecionado o maior valor

Para /s/: Behlau, 2001; Bortolotti e Andrada e

Silva, 2008; Cielo et al, 2008

Para /e/ áfono: Pinho, 2003 e Rossi, 2006

26) Cielo et al., 2011

20 20 a 40

s/z /a/,/i/, /u/

Em pé Após uma inspiração máxima, que

sustentassem ao máximo os referidos

Cronometro Cassio

3x foi extraída a média

Beber, Cielo, Siqueira, 2009; Tavares e

Martins, 2007 (inter.) Behlau, 2001

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44

fonemas por três vezes cada um, em frequência e intensidade habituais

27) Amorim et al., 2011

55 18 a 55

/a/,/i/, /u/

Ø Por três vezes consecutivas em pitch e loudness confortáveis, sem apresentação de modelo pelo avaliador.

Gravações 3x foi extraída a média

Ø

28) Fabron et al., 2011

41 69 a 90

/s/, /z/ s/z

/a/,/i/, /u/

Em pé O mais prolongado possível, após

inspiração profunda.

Cronometro

3x selecionado o maior valor

Behlau, 2001

29) Alves et al., 2011

1 32 /s/ e /z/

/a/,/i/, /u/

Ø Ø Ø Ø Behlau e Pontes, 2001

30) Fagundes et al., 2011

1 39 Ø Ø Ø Ø Ø

31) Cielo et al, 2012 A

4 /s/, /z/ s/z

/a/ /i/ /u/

Em pé Inspirar pelo nariz e sustentar a emissão o

tempo máximo possível durante a mesma

expiração.

Cronometro 3x selecionado o maior valor

Behlau, 2001 e Ryalls, 2004

32) Goulart et al, 2012

37 18 a 40

/s/ e /z/

/a/ Ø Ø Gravação em computador

3x foi extraída a média

Gelfer, 2006 (inter.)

33) Miglioranzi et

al, 2012

48 18 a 44

/s/ /e/ áfono

Em pé A emissão foi feita de forma sustentada e contínua, emitindo o som surdo em tempo máximo de fonação,

com intensidade habitual “com controle consciente para não pressionar a glote, produzindo uma

emissão como se fosse um bafinho muito leve

para embaçar um espelho”

Cronometro

3x selecionado o maior valor

Para /s/: Behlau, 2001; Bortolotti e Andrada e

Silva, 2008; Cielo et al, 2008

Para /e/ áfono: Pinho, 2003 e Rossi, 2006

Page 60: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

45

34) Mota et al, 2012

1 66 s/z Ø Ø Gravação em computador

Ø Behlau, 2001

35) Cielo et al, 2012 B

29 18 a 40

Em pé Inspirar pelo nariz e sustentar a emissão o

tempo máximo possível durante a mesma

expiração

Cronometro 3x selecionado o maior valor

Colton e Casper, 1996; Behlau, 2008; Beber et al, 2009.

36)Christmann et al., 2013

62 18 a 35

/s/ e /z/

/a/, /i/, /u/ /e/ e /e/

áfono

Em pé Cada sujeito foi orientado a emitir os fonemas ... após uma

inspiração profunda, em frequência, loudness e

qualidade habituais.

Cronometro 3x selecionado o maior valor

Andrews, 2009; Colton e Casper, 1996; Beber

et al 2009; Curtz e Cielo, 2010;

Miglioranzi, 2010; Speyer et al., 2010; Cielo et al., 2008;

Pinho, 2003; Cielo et al., 2011; Costa et al., 2008; Carrasco et al.,

2010.

37) Cielo et al., 2013-A

32 18 e 40

/a/ Em pé Realizaram uma inspiração profunda e emitiram ... em TMF e em pitch e loudness

habituais.

Cronometro Ø Behlau, 2008; Rosa et al., 2009; Beber e

Cielo, 2010; Christmann, 2012; D’Avila et al., 2010; Ferreira et al., 2012.

38) Cielo et al., 2013-B

60 18 a 44

/s/ e /z/

/e/ e /e/

áfono

Em pé Inspirar profundamente pelo nariz e realizar as emissões em loudness e pitch habituais. Para a emissão de /e/ áfono, os sujeitos foram instruídos

a permanecer com a mesma posição

articulatória da vogal /e/ sustentando a

expiração.

Cronometro 3x selecionado o maior valor

Colton e Casper, 2010; Behlau, 2008;

Cielo et al., 2008; Pinho, 2003; Rossi et al., 2006; Beber et al., 2010; Gelfer e Pazera,

2005.

39) Barsties 29 17 a /a/ Ø O mais longo e Gravação em 3x selecionado Solomon et al., 2011;

Page 61: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

46

et al., 2013 31 confortável computador o maior valor Dejoncker et al., 2001; Kantaci et al., 2004;

Lan et al., 2012; Solomon et al., 2000.

40) Nemr et al.,2014

3 65 a 69

/s/, /z/,/f//v

/

/i/, /é/ Ø Ø Ø Ø Ø

41)Ribeiro e Cielo, 2014

99 20 a 66

/a/ Ø “emissão vocal em pitch e loudness habituais,

após inspiração profunda, emitindo o

som em tempo máximo de fonação, sem fazer

uso da reserva expiratória”

Cronometro 3x selecionado o maior valor

Ø

42)Lopes et al., 2014

186 19 a 60

/e/ Ø “emissão da vogal sustentada em tempo máximo de fonação”

Computador Ø Ø

43)Cielo et al., 2014

63 18 e 40

/s/ e /z/

/a/,/i/, /u/

Em pé Ø Cronometro 3x selecionado o maior valor

Grillo e Fugowski, 2011

44)Cielo e Christmann, 2014

46 18 a 40

/a/ Em pé Ø Computador Ø Ø

45) Ribeiro et al., 2014

72 19 a 44

/a/, /i/. /u/

Em pé “após uma inspiração profunda, em

frequência, loudness e qualidade habituais”

Cronometro 3x selecionado o maior valor

Cielo et al., 2010; Behlau et al, 2001; Rossi et al., 2006;

Amato, 2007; Bortolotti e Andrada e Silva, 2005; Rosa et al.,

2009; Miglioranzi et al., 2011.

46) Andrade et al., 2014

46 20 a 28

/s/ e /z/

/a/ Ø Ø Ø Ø Behlau et al., 2001; Christmann et al., 2013; Cielo et al.,

2008

47) Englert et 56 18 a /a/ sentado “inspirar profundamente Cronometro e 3x foi extraída Ø

Page 62: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

47

al., 2014 50 e emitir a vogal /a/ o mais longamente que

conseguisse”

computador a média

48)Rosa et al., 2014

20 10 a 18

/s/ e /z/

/a/, /i/ e /u/

Ø Ø Ø Ø Behlau e Pontes, 1995

49) Lopes et al., 2015

93 3 a 10 /e/ Ø Ø Computador Ø Ø

50)Vieira et al., 2015

23 Ø /s/ e /z/

/a/, /e/, /i/, /o/,

/u/

Ø Ø Computador Ø Ø

51)Lima et al., 2015

24 18 a 40

/a/ Ø Ø Gravador digital Ø Ø

52) Palmeira et al., 2015

221 18 a 80

Ø “Pediu-se ao indivíduo que inspirasse o

máximo de ar possível e durante a expiração iniciasse a contagem numérica em ordem

crescente, começando do numeral um até o maior número que o mesmo conseguisse

alcançar em uma única expiração”

Ø Ø Behlau e Pontes, 1995

53) Cielo et al., 2015 (a)

74 20 a 62

/a/ Em pé Ø Computador Ø Ø

54) Leite et al., 2015

116 Ø /s/ e /z/

/a/ Ø Ø Ø Ø Ø

55) Cielo et al., 2015 (b)

31 65 a 79

/s/ e /z/

/a/,/i/, /u/

Ø Ø Ø Ø Menezes e Vicente, 2007; Fabron et al., 2011 e Polido et al.,

2005

Page 63: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

48

Tabela 1- Descrição das consoantes utilizadas na mensuração do tempo máximo de

fonação utilizada nos artigos nacionais analisados.

Fricativa solicitada N (número de artigos) %

/s/ e /z/ 26 47,3

/s/ 2 3,6

Não descreveu 27 49,1

Total 55 100

Tabela 2- Descrição das vogais utilizadas na mensuração do tempo máximo de

fonação utilizada nos artigos nacionais analisados.

Vogal solicitada N (número de artigos) %

/a/, /i/, /u/ 18 32,7

/a/ 16 29,1

/e/ ou /é/ 7 12,7

/a/, /i/, /u/, /e/ /e áfono/ 2 3,7

/e/ áfono 2 3,7

/i/, /e/ 1 1,8

/e/ e /e áfono/ 1 1,8

/a/, /e/ 1 1,8

/a/,/e/, /i/, /o/, /u/ 1 1,8

Não descreveu 6 10,9

Total 55 100

Tabela 3- Descrição da posição do sujeito durante a aferição para a mensuração do

tempo máximo de fonação utilizada nos artigos nacionais analisados.

Posição do sujeito N (número de artigos) %

Em pé 23 41,8

Sentado 5 9.1

Não descreveu 27 49,1

Total 55 100

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49

Tabela 4- Descrição do tipo de instrumento/material citado para aferição do tempo

máximo de fonação utilizada nos artigos nacionais analisados.

Instrumento N (número de artigos) %

Cronometro 29 52,7

Computador 8 14,6

Gravador 3 5,6

Cronometro+computador 1 1,8

Cronometro+gravação 1 1,8

Não descreveu 13 23,6

Total 55 100

Tabela 5- Descrição das analises de como foi realizado o cálculo da aferição na

mensuração do tempo máximo de fonação utilizada nos artigos nacionais

analisados.

Cálculo N (número de artigos) %

3 emissões e seleção

da maior

17 30,9

3 emissões extraída a

media

9 16,5

3 emissões 1 1,8

3 emissões auto

selecionadas

1 1,8

1 emissão (1 medida) 1 1,8

Não descreveu 26 47,2

Total 55 100

Discussão

Na área voz a medida do tempo máximo de fonação (TMF) é bastante

utilizada, tanto na atuação clínica como nas pesquisas. Embora essa medida não

tenha evidencia cientifica em relação à normalidade, ela é numérica e fornece um

dado quantitativo importante para determinados estudos. Apesar de seu uso

frequente há muita variação na terminologia encontrada na literatura, o termo mais

comum, utilizado na maioria dos estudos foi tempo máximo de fonação (Miglioranzi

et al., 2011; Christimann et al., 2013; Ribeiro et al., 2014), os termos medidas

Page 65: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

50

respiratórias e medidas fonatórias aparecem em menor número de artigos (Bortolotti

e Andrada e Silva, 2005; Isolan-Cury et al., 2007; Costa et al., 2008). Por esse

motivo optou-se nesse trabalho pelo uso do termo tempo máximo de fonação.

No Quadro 1 estão apresentados em ordem cronológica os 55 artigos

nacionais, de 2005 a 2015. Todas essas pesquisas trazem no método a

mensuração do TMF. No quadro, 28 estudos utilizaram as consoantes /s/ e /z/, as

vogais foram utilizadas em 49, em seguida temos a posição do sujeito apresentadas

por 28 pesquisas, a ordem dada pelo avaliador esteve presente em 32 pesquisas, o

cronometro foi o instrumento mais usado para aferir e foi utilizado em 29 pesquisas.

17 pesquisas mediram três emissões e escolheram a maior e 9 pesquisas mediram

3 emissões e calcularam a média.

Na Tabela 1 foi verificado que dos 55 trabalhos analisados 47,3% mediram os

sons fricativos /s/ e /z/ e 3,6% utilizaram apenas o /s/, 49,1% não descreveram o

som utilizado na mensuração. Os sons das vogais foram medidos em 89,1% dos

artigos (Tabela 2) o que evidencia que as vogais são mais utilizadas do que o /s/ e o

/z/. Embora Ferreira e Pontes (1995) e Behlau, et al. (2001) apontem que para

obtenção do TMF podemos utilizar os sons fricativos e as vogais, o predomínio das

vogais em relação as consoantes pode se dar pela facilidade de sua produção uma

vez que elas não apresentam ponto de articulação.

Na análise das vogais utilizadas (Tabela 2) observamos grande variabilidade

entre os estudos, com destaque para os mais usados: 32,7% mediram /a/ /i/ e /u/;

29,1% apenas o /a/ e 12,7% /e/ ou /é/. Além desses, em numero menor estão os

trabalhos que usaram sons áfonos das vogais e outras combinações de sons áfonos

com sonoros. A utilização apenas da vogal /a/ foi encontrada em vários estudos

mais recentes (Ribeiro e Cielo, 2014; Cielo e Christmann, 2014; Andrade et al.,

2014; Englert et al., 2014; Lima et al., 2015, Cielo et al., 2015; Leite et al., 2015). Na

literatura internacional, também, foi verificada uma tendência a medir apenas a

vogal /a/ (Sliiden et al., 2016; Liang et al., 2016; Aghaijanzadeh et al., 2016 e

Page 66: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

51

Mailander et al., 2016). Verifica-se por tanto a possibilidade dos pesquisadores

brasileiros estarem seguindo a tendência internacional.

A utilização do /e/ áfono, mesmo que não muito frequente (9,1% ou 5 artigos),

cabe entrar em discussão, utilizam-se a avaliação das vogais por terem sonoridade

(vibração das pregas vogais para fazer som) e pouca influência dos articuladores

(lábios, língua e bochechas), ou seja, mesmo que apresente trocas na fala o

individuo produz as vogais corretamente (Lima et al., 2007).

Em relação à posição na qual o sujeito fica para realizar a prova (Tabela 3)

verificamos que a maioria dos artigos (49,1%) não descreveu como o sujeito foi

posicionado. A posição em pé foi adotada por 41,8% dos estudos enquanto a

sentada por apenas 9,1%. Ao posicionar um sujeito para a realização da prova do

TMF, devemos considerar aspectos fisiológicos da produção da voz. Quando

respiramos toda caixa torácica (incluindo o pulmão) sofre modificações, essas

ocorrem tanto pelo movimento do diafragma (para baixo e para cima) quanto pela

elevação e o abaixamento das costelas (Guyton, 1997). Nessa perspectiva pode-se

refletir que em pé o indivíduo ficará com os movimentos mais livres. De qualquer

forma é preciso lembrar que muitos sujeitos apresentam dificuldades para ficar em

pé com a coluna ereta e de uma maneira confortável.

Vale ressaltar que de acordo com a experiência clínica os terapeutas da área

dos distúrbios da voz, geralmente, utilizam a posição sentada do paciente para essa

mensuração. É mais fácil posicionar de forma adequada o paciente sentado na

avaliação. Por outro lado na situação de pesquisa fatores como altura, presença de

braço e rodas, tipo de inclinação do encosto da cadeira deve ser considerado para

garantir uma posição igual dos sujeitos, considerando as diferentes alturas e largura

dos indivíduos. O pesquisador precisa de uniformidade na coleta, todos os sujeitos

precisam estar sentados de forma ereta e com os pés apoiados no chão, isso na

cadeira da clínica que o terapeuta escolheu o mobiliário é tranquilo, mas fora do

setting terapêutico é mais difícil. Ao considerar a importância dessa questão era

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esperado que as pesquisas sempre apresentassem no método essa informação, o

que não foi encontrado em 27 trabalhos, ou seja, em 49,1%.

Quanto a ordem dada pelo avaliador no momento da realização da prova,

pode-se observar no Quadro 1 vários tipos diferentes de ordem, vale ressaltar que

58,2%, ou 32 artigos, apresentaram que ordem foi dada ao sujeito no momento da

realização da prova. Para conseguir realizar bem a prova é fundamental que o

sujeito tenha sido devidamente esclarecido sobre os detalhes da prova que deve

realizar ou corre-se o risco, de que por falta de clareza ou entendimento, o indivíduo

não realize o teste com todo o desempenho que tem capacidade.

No que se refere ao instrumento usado (Tabela 4) para essa medida 52,7%

dos artigos apontam para o uso do cronometro, 5,6% utilizam esse instrumento

somado ao computador ou a uma gravação. Portanto 58,3% contaram com o

cronômetro, embora em vários trabalhos não apareça qual o tipo e modelo de

cronometro. Essa informação é fundamental, uma vez que temos cronômetros no

smartphone, no tablete, no relógio, no computador e nos tradicionais cronômetros

digitais manuais (muito utilizados nas atividades esportivas) que não necessitam o

olhar para o objeto para dispará-lo, o que é muito útil para coleta uma vez que o

terapeuta/pesquisador pode olhar só para o seu paciente/sujeito. Há ainda o fato de

que não exige nenhum conhecimento aprofundado para utiliza-lo. Na literatura

internacional o uso desse recurso também é comum (Johnson e Goldfine, 2016;

Shanks e Mast, 1977).

Em relação à forma como foi feito o cálculo da medida (Tabela 5), também

observamos variações, cabe ressaltar que a maioria da amostra (47,2%) não

descreveu como fez o cálculo da medida. Aproximadamente 31% dos artigos,

obtiveram os valores por meio da seleção do maior tempo frente a três produções

do mesmo som, seguido por 16,5% de estudos que realizaram a média das três

emissões. Na literatura internacional pouco se fala sobre como realizar o calculo, é

possível encontrar tanto estudos que utilizaram apenas uma repetição (Asik et al.,

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2015; Kaneko et al., 2015 ), como os que fizeram três repetições e escolheram a

maior (Whatson e Nayak, 2015; Johnson e Goldfine, 2016).

Diante desse quadro se faz necessário uma reflexão, se a medida é

denominada tempo máximo de fonação, trata-se do máximo de tempo que o

indivíduo conseguiu manter o som do fonema em uma expiração (Johnson e

Goldfine, 2016; Behlau et al., 2001 e Ferreira e Pontes, 1995). Com o cálculo da

média de três produções existe grande possibilidade desse valor diminuir. Se a na

prova a busca é pelo maior tempo, o cálculo da média acaba tornando-se sem

sentido. Na clinica é bem evidente que a medida que solicitamos mais produções o

valor vai diminuindo, os terapeutas que se utilizam da média defendem que assim

se tem mais clareza da realidade do sujeito, ou seja, ele vai diminuindo o tempo

conforme faz emissões repetidas e pode possivelmente se cansar. O que é

necessário avaliar nessa questão da clinica é que não estamos avaliando a

coordenação pneumofonoarticulatória e sim realizando uma prova para

complementar a avaliação do indivíduo disfônico.

Em relação a questões do método na descrição do TMF nas pesquisas do

Quadro 1 ficou evidente que três estudos, ou seja 5,5% (artigo 30, 35 e 52) não

descreveram nenhum dos sons que foram utilizados. Sobre a posição do sujeito

observou-se que 49,1% (27 artigos), não descreveram a posição adotada. O tipo de

instrumento para mensuração não foi informado em 23%, ou seja 13 artigos e 48%

(ou 26 estudos) não descreveram como foi realizado o cálculo final da medida.

Destaca-se, dessa forma, o viés metodológico que a ausência de qualquer uma

dessas informações pode afetar a reprodutibilidade do estudo, algo essencial para

desenvolvimento da ciência (Ferreira et al., 2012).

Na última coluna do Quadro 1 aparecerem as referencias que o artigo

apresentou como padrão de referência, a maioria (38,2% ou 21 artigos) indicou

mais de uma referência. Alguns estudos (Menezes e Vicente, 2007; Cielo e

Capellari, 2008; Beber et al., 2009; Gama et al., 2011; Cielo et al., 2011; Cielo et al.,

2012B; Christmann et al., 2013; Cielo et al., 2013B) apresentaram mais de três

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referências como padrão de normalidade sendo que entre elas há autores nacionais

e internacionais, é necessário salientar que o valor esperado como padrão de

normalidade internacionalmente é maior que o esperado para a população brasileira

(Ptacek e Sander, 1963; Ferreira e Pontes, 1995). Nesse sentido destaca-se que

pouco foi descrito na literatura sobre quais seriam os valores esperados como

padrão de normalidade para a população brasileira, sendo que nenhum estudo até

hoje teve o objetivo de caracterizar e determinar qual seriam os valores de TMF

esperados para a nossa população.

Na Fonoaudiologia brasileira se destacam dois trabalhos sobre esse tema

(Behlau e Pontes,1995; Ferreira e Pontes,1995), vale pontuar que ambos são

antigos e que nenhum deles dos teve como objetivo definir o valor de TMF esperado

para a nossa população.

A referencia de Behlau e Pontes (1990) não deixou claro no método usado

para mensuração dos TMF: os sons que foram testados, a posição do sujeito, a

ordem dada, o numero de repetições e o cálculo do valor final. Além disso, também,

não foi informado o tamanho da amostra, nem a faixa etária, assim como outras

características essenciais para caracterização de uma amostra de pesquisa. A

informação que aparece é que foi realizado com a população de adultos da cidade

de São Paulo. O único parâmetro acessível observado em grande parte dos livros

da autora (Behlau e Pontes, 1995; Behlau, 2001; Behlau, 2008) que trazem esse

assunto é o valor esperado para mulheres e para os homens.

O estudo de Ferreira e Pontes (1995) descreveu com clareza no método os

procedimentos utilizados para mensuração. Nessa pesquisa foram extraídas várias

medidas respiratórias e fonatórias, nas quais aparecia o TMF. Foram avaliados os

100 sujeitos, divididos em dois grupos, disfônicos e não disfônicos. Os sons

medidos foram /s/, /z/, /a/, /e/, /i/,/o/ e /u/. Os indivíduos foram posicionados tanto em

pé, como sentados, com e sem oclusão nasal. Cada sujeito repetiu cada um dos

sons apenas uma vez. Vale destacar que no trabalho de Ferreira e Pontes (1995) o

objetivo foi comparar dois grupos e não estabelecer um padrão de referencia e/ou

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de normalidade. Entretanto Behlau e Pontes (1990) apontaram valores para serem

considerados “normais” para homens e mulheres na cidade de São Paulo, mesmo

sem informar com clareza como foram obtidos esses valores.

Também, sobre os parâmetros citados como “padrão” nas pesquisas (Quadro

1) é fundamental salientar que muitos trabalhos utilizaram referências

internacionais, quando sabe-se que altura e peso dessas populações são bem

diferentes e podem ser fatores que alterem as medidas do TMF. Possivelmente é

por essa razão que as referencias internacionais apresentem valores superiores aos

observados na literatura brasileira. Há ainda trabalhos que utilizaram tanto

referências nacionais quanto internacionais como padrão de normalidade, ao

considerarmos que são valores bem diferentes (podem variar em até 10 segundos)

não faz sentido utilizar para brasileiros o esperado para os norte americanos.

Atualmente na Fonoaudiologia as revistas científicas exigem cada vez mais

dados numéricos e cálculos estatísticos nos artigos, esse é um fato que ocorre

mundialmente em toda a área de ciências médicas. Por ser um dado numérico o

TMF tem sido utilizado em diversas pesquisas não como um diferencial para a

elucidação da amostra ou mesmo relacionado ao objetivo proposta, mas sim para

uma informação numérica, quantitativa. Dessa forma notou-se nos estudos de Ortiz

e Carrilo (2008); Silva e Luna (2009); Silverio et al. (2010); Ferreira et al. (2010);

Fagundes et al. (2011); Nemr et al. (2014); Lopes et al. (2014); Lopes et al. (2015) e

Leite et al. (2015) que esses valores numéricos foram apresentados nos resultados

mas não chegaram a ser discutidos. Por vezes ainda no método o autor aponta que

foi realizada a medição do tempo máximo de fonação e não mostra os resultados e

nem discussão sobre os dados.

Assim sendo, explicitar apenas os valores numéricos, sem maior

aprofundamento da discussão e método, representa um estudo metodologicamente

incompleto. Além disso, a ausência dessas descrições também dificulta a

reprodução do estudo, uma vez que nem todos seus aspectos são conhecidos, o

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que poderia dar margem a reproduções equivocadas, nas quais seriam adotados

elementos diferentes dos que foram utilizados no estudo a ser reproduzido.

Conclusão

Em relação às formas de mensuração do tempo máximo de fonação concluiu-

se que dentre os sons mais utilizados as vogais foram mais frequentes. A posição

mais comum foi em pé e o instrumento mais utilizado para a aferição foi o

cronômetro. Para o cálculo do valor final o mais observado foi à escolha do maior

tempo entre a produção de três emissões.

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6. Estudo 3

Tempo máximo de fonação: comparação das diferentes

formas de mensuração na Fonoaudiologia.

Introdução

A Fonoaudiologia para se consolidar como ciência tem buscado cada vez

mais utilizar instrumentos validados e padronizar protocolos tanto nas avaliações

como no processo clinico. Essa tendência acontece tanto no campo clinico como

nas pesquisas na área de voz (Crippa et al., 2011; Sordi et al., 2012 ; Padovani et

al., 2013). O movimento iniciado na Medicina da prática baseada em evidência

(PBE) ocupa a cada ano mais espaço na Fonoaudiologia, com o pressuposto teórico

de fornecer dados objetivos e “reais” das questões investigadas (Greenhalgh, 2013).

Segundo os fundamentos da PBE a evolução dos pacientes na clínica

fonoaudiológica não pode estar baseada unicamente na opinião e percepção do

terapeuta. Deve-se medir a eficácia, eficiência e o efeito do tratamento, além de

verificar a funcionalidade e adequar o tratamento as características e necessidades

variadas de cada sujeito (Andrade at al., 2014). Isso pode justificar, o crescimento

de instrumentos e protocolos de auto-avaliação. Nas pesquisas em voz é possível

observar o aumento desse tipo de instrumento e os caminhos para a validação em

Português (Ghirardi et al., 2013; Oliveira et al., 2016; Behlau et al., 2016).

Por outro lado sabe-se que a Fonoaudiologia é uma ciência essencialmente

clínica e o seu foco de estudo são os sintomas e não a doença. Nessa perspectiva

existe uma dificuldade em usar a PBE em muitas pesquisas no campo da clínica.

Muitos procedimentos frequentes e corriqueiros na clínica fonoaudiológica dos

distúrbios da voz carecem de padronização. Mesmo conscientes que tais

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66

padronizações são fundamentais para ampliar as evidências em nossos estudos,

ainda encontramos essa lacuna. Dentre esses procedimentos está o tempo máximo

de fonação (TMF).

O TMF é um procedimento rápido, barato e relativamente simples (Johnson e

Godfine, 2016), presente frequentemente na avaliação clínica do paciente disfônico.

Nas pesquisas na área da voz essa medida tem sido usada para caracterizar uma

população, outras vezes para comparar o antes e depois de uma intervenção ou de

uma técnica, utiliza-se também, para acompanhar a evolução de um processo de

trabalho e ainda para comparar o antes e depois de uma cirurgia. Fica evidente que

seu uso tem sido muito variado e com descrições metodológicas na extração da

medida sem nenhuma sistematização.

Foi observado que há grande variação nos artigos em relação ao som

avaliado. Entre essas possibilidades verificou-se o uso das fricativas /s/ e /z/, das

vogais /a/, /e/, /i/, /o/ e /u/ e ainda da vogal áfona /e/ (Bortolotti e Andrada e Silva,

2005; Rossi et al., 2006; Cielo et al., 2008; Carrasco et al., 2010; Miglioranzi et al.,

2011; Goulart et al., 2012; Nemr et al., 2014; Rosa et al., 2014; Vieira et al., 2015)

Em relação à posição do sujeito no momento da mensuração, verificou-se

que grande parte das pesquisas nacionais optou pelo sujeito em pé (Bortolotti e

Andrada e Silva, 2005; Costa et al., 2008; Beber et al., 2009; Zimmer et al., 2010;

Cielo et al., 2011; Miglioranzi et al., 2012; Cielo et al., 2013; Ribeiro et al., 2014;

Cielo et al., 2015). Em um menor número foi encontrada a posição sentada (Rossi et

al., 2006; Cerceau et al., 2009; Carrasco et al., 2010; Englert et al., 2014).

Sobre o instrumento de medição do TMF o mais comum foi o cronômetro

manual (Bortolotti e Andrada e Silva; Fabron et al., 2006; Costa et al., 2008; Beber

et al., 2009; Mendonça et al., 2010; Fabron et a., 2011; Miglioranzi et al., 2012;

Christman et al., 2013; Ribeiro et al., 2014). Gravar no computador também foi uma

opção (Zimmer et al., 2010; Goulart et al., 2012; Mota et al., 2012; Lopes et al.,

2015; Vieira et al., 2015).

Page 82: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

67

Notou-se, também, uma variação no número de repetições e no cálculo final

da medida. Alguns autores utilizaram três repetições de cada som e foi adotado a

produção de maior tempo (Fabron et al., 2006; Kurtz e Cielo., 2010;Christman et al.,

2013; Barsties et al., 2013; Ribeiro et al., 2014). Em outras pesquisas, também,

foram realizadas três produções e calculada a media (Rossi et al., 2006; Cerceau et

al., 2009; Cielo et al., 2011; Goulart et al., 2012; Englert et al., 2014).

Diante dessas variações, sem contar com a ordem dado ao sujeito e os

autores utilizadas como referencia, observadas nas pesquisas nacionais e somada

a crescente demanda para sistematizar e padronizar ações da clinica

fonoaudiológica que esse trabalho foi estruturado. Com a hipótese que essas

diferenças na forma da obtenção do tempo máximo de fonação possam influenciar o

valor final da medida. Dessa forma o objetivo da pesquisa foi verificar se existe

alteração no valor do tempo máximo de fonação diante de diferentes formas de

aferição.

Método

Preceitos Éticos

O projeto foi aprovado pelo o Comitê de Ética da Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo sob o número 2584.4417.0.0009.1396 (Anexo 1). Todos os

sujeitos voluntários que participaram do estudo assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 2).

Seleção da amostra

A amostra foi composta por 60 adultos, do sexo feminino (30) e masculino

(30) na faixa etária entre 18 e 45, período da máxima eficiência vocal segundo

Behlau (2008). Para o cálculo do tamanho da amostra foi utilizado o teste para

comparação de médias bicaudal com os parâmetros, a saber: desvio-padrão igual a

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2,0, diferença mínima a ser detectada 3 pontos , alfa de 5% e 1-β de 10%. Assim, foi

estimado uma amostra mínima de nove sujeitos para cada grupo. Contudo, para

que os grupos fossem equivalentes em relação ao sexo, determinou-se que seriam

necessários entre 7 a 8 sujeitos em cada grupo de cada sexo.

Os fatores de exclusão foram: ser fumante, ter queixa de voz, possuir

histórico de doenças neurológicas, quadros psiquiátricos, deficiências físicas e/ou

motoras, doenças endócrinas (hipoteroidismos ou hipertireodismos não

controladas); indivíduos com obesidade mórbida ou anorexia; alterações

pulmonares todos auto-referidos pelo sujeito. No dia da coleta a pesquisadora

questionou se o sujeito estava bem fisicamente, se o nariz estava desobstruído, se

teve uma noite de sono dentro do habitual e se estava alimentado como de

costume.

Primeiramente o sujeito foi convidado a participar da pesquisa em seguida

respondeu um questionário (Anexo 3) feito especificamente para esse estudo no

qual recebemos informações do dia da coleta, das iniciais do nome do sujeito, a

data de nascimento, o sexo, a profissão (se tiver mais de uma deveria ser descrito);

se pratica alguma atividade física, qual é e quantas vezes na semana; em seguida a

pesquisadora mediu o peso e a altura de cada participante.

A partir da análise de 55 artigos nacionais da área de voz (Estudo 2), foi feito

um levantamento do tipo de som utilizado para a medição (consoantes e/ou vogais),

a posição em que o sujeito foi colocado durante a prova, que tipo de instrumento foi

utilizado para medir o tempo, como foi realizado o cálculo desse valor (se foi

selecionado o maior tempo ou se foi realiza a média entre as produções) segue nas

tabelas a baixo a descrição do que foi observado:

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Tabela 1- Descrição da consoante utilizada na mensuração do tempo máximo de

fonação utilizada nos artigos nacionais analisados

Fricativa solicitada N (número de artigos) %

/s/ e /z/ 26 47,3

/s/ 2 3,6

Não descreveu 27 49,1

Total 55 100

Tabela 2- Descrição da vogal utilizada na mensuração do tempo máximo de fonação

utilizada nos artigos nacionais analisados

Vogal solicitada N (número de artigos) %

/a/, /i/, /u/ 18 32,7

/a/ 16 29,1

/e/ 7 12,7

/a/, /i/, /u/, /e/ /e áfono/ 2 3,7

/e/ áfono 2 3,7

/i/, /e/ 1 1,8

/e/ e /e áfono/ 1 1,8

/a/, /e/ 1 1,8

/a/,/e/, /i/, /o/, /u/ 1 1,8

Não descreveu 6 10,9

Total 55 100

Tabela 3- Descrição da posição do sujeito durante a aferição do tempo máximo de

fonação utilizada nos artigos nacionais analisados

Posição do sujeito N (número de artigos) %

Em pé 23 41,8

Sentado 5 9.1

Não descreveu 27 49,1

Total 55 100

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70

Tabela 4- Descrição do tipo de instrumento/material citado na mensuração do tempo

máximo de fonação utilizada nos artigos nacionais analisados

Instrumento N (número de artigos) %

Cronometro 29 52,7

Computador 8 14,6

Gravador 3 5,6

Cronometro+computador 1 1,8

Cronometro+gravação 1 1,8

Não descreveu 13 23,6

Total 55 100

Tabela 5- Descrição das analises do cálculo na mensuração do tempo máximo de

fonação utilizada nos artigos nacionais analisados.

Cálculo N (número de artigos) %

3 emissões e seleção

da maior

17 30,9

3 emissões extraída a

media

9 16,5

3 emissões 1 1,8

3 emissões auto

selecionadas

1 1,8

1 emissão (1 medida) 1 1,8

Não descreveu 26 47,2

Total 55 100

Após a análise detalhada das tabelas elaboramos uma proposta, que contém

quatro sequencias de procedimentos. Sua aplicação foi realizada em uma amostra

de 15 sujeitos para cada sequência, entre cada som emitido pelo sujeitos houve

uma pausa de 15 segundos para descanso (Speyer et al., 2010). A sequência que o

sujeito realizou foi definida por meio de sorteio, os indivíduos que tiraram números

de 1 a 15 fizeram a sequencia 1, os que tiraram números de 16 a 30 realizaram a

sequencia 2, de 31 a 45 sequencia 3 e de 46 a 60 fizeram a sequencia 4. Antes de

iniciar a coleta, a pesquisadora mostrava ao sujeito como devia fazer a produção em

seguida pedia para o sujeito demonstrar como tinha entendido a tarefa.

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71

1. Descrição das sequências de mensuração do tempo máximo de fonação

O instrumento utilizado em todas as sequências foi o cronometro digital da

marca Cassio (modelo HS-3).

Grupo Sequência 1- GS1 (Grupo em pé e com estímulo)

O sujeito foi posicionado pela pesquisadora em pé com os ombros relaxados

e os braços estendidos ao longo do corpo. Recebeu a seguinte ordem antes da

realização de cada som “inspire pelo nariz, e faça o som /.../ o mais cumprido e

longo que puder, tente usar todo o ar que você tem dentro dos pulmões, solte o

máximo de ar que conseguir”, na sequencia treinou uma vez a produção com a

pesquisadora antes de começar a coleta, durante a emissão do som o sujeito

recebeu estimulo para continuar a produção (isso, vai, continua, não pare!) e

produziu três vezes cada um dos sons abaixo:

1) Fricativas /s/ e /z/.

2) Vogais /a/, /i/ e /u/.

Grupo Sequência 2- GS2 (Grupo em pé e sem estímulo)

O sujeito foi posicionado pela pesquisadora em pé com os ombros relaxados

e os braços estendidos ao longo do corpo. Recebeu a seguinte ordem antes da

realização de cada som “inspire pelo nariz, e faça o som /.../ o mais cumprido e

longo que puder, tente usar todo o ar que você tem dentro dos pulmões, solte o

máximo de ar que conseguir”, Treinou uma vez a produção com a pesquisadora

antes de começar a coleta, durante a emissão do som não recebeu um nenhum

estimulo para continuar a produção e produziu três vezes cada um dos sons abaixo:

1)Fricativas /s/ e /z/.

2)Vogais /a/, /i/ e /u/.

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Grupo Sequência 3- GS3 (Grupo sentado e com estímulo)

O sujeito foi posicionado pela pesquisadora sentado com os ombros

relaxados e os braços estendidos ao longo do corpo. Recebeu a seguinte ordem

antes da realização de cada som “inspire pelo nariz, e faça o som /.../ o mais

cumprido e longo que puder, tente usar todo o ar que você tem dentro dos pulmões,

solte o máximo de ar que conseguir”, treinou uma vez a produção com a

pesquisadora antes de começar a coleta, durante a emissão do som o sujeito

recebeu um estimulo para continuar a produção (isso, vai, continua não pare!) e

produziu três vezes cada um dos sons abaixo:

1) Fricativas /s/ e /z/.

2) Vogais /a/, /i/ e /u/.

Grupo Sequência 4- GS4 (Grupo sentado e sem estímulo)

O sujeito foi posicionado pela pesquisadora sentado com os ombros

relaxados e os braços estendidos ao longo do corpo. Recebeu a seguinte ordem

antes da realização de cada som “inspire pelo nariz, e faça o som /.../ o mais

cumprido e longo que puder, tente usar todo o ar que você tem dentro dos pulmões,

solte o máximo de ar que conseguir”, treinou uma vez a produção com a

pesquisadora antes de começar a coleta, durante a emissão do som não recebeu

estímulo e produziu três vezes cada um dos sons abaixo:

1)Fricativas /s/ e /z/.

2)Vogais /a/, /i/ e /u/.

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73

Figura 1- Esquema das sequencias utilizadas para mensuração do TMF dos sujeitos

Na literatura observa-se achados sobre a necessidade da avaliação do TMF

em pacientes obesos (Bortolotti e Andrada e Silva, 2005; Hamdan et al., 2014) por

esses apresentarem tempos menores que o esperado para a normalidade. Nesse

sentido utilizamos os valores obtidos com o peso e altura dos participantes para a

realização o cálculo do IMC.

Análise de dados

Foi realizada a análise descritiva dos dados por meio de frequências

absolutas e relativas, medidas de tendência central (média e mediana) e dispersão

(desvio-padrão, valores mímino e máximo).

Para a análise das variáveis, primeiramente, foi testada a distribuição normal

pelo teste de Komolgorov-Smirnov. Nas variáveis paramétricas foram aplicados os

testes o teste ANOVA, para a comparação 3 ou mais variáveis. Para os dados não

paramétricos foi utilizado o teste de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis - nas diferenças

estatisticamente significativas para este último teste foi aplicado o teste post hoc de

Dunn. Utilizou-se o coefiente de correlação intraclasse (ricc) para a comparação

entre as medidas de avaliação.

Em pé com ordem com treino

com estímulo

sem estímulo

Sentado com ordem com treino

com estímulo

sem estímulo

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Assumiu-se um nível descritivo de 5% (p<0,05) para significância estatística.

Os dados foram analisados pelo programa Statistical Package for the Social

Sciences (SPSS) versão 22.0 para Windows.

Resultados

Na análise das variáveis, idade, prática e atividade física e uso de cigarro,

não houve diferença estatisticamente significativa.

Quanto ao sexo, verifica-se que os homens apresentaram maior tempo de

fonação para todos os sons. Observa-se na Tabela 8 e Figura 2 que os homens

apresentaram tempos medianos acima de 30 segundos, enquanto que nas

mulheres, o tempo foi de 19 a 22 segundos.

Na Tabela 6 verifica-se que não houve diferença estatisticamente significativa

entre os grupos de pesquisa, ou seja, ao início do estudo houve homogeneidade

entre os participantes para as variáveis analisadas.

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Tabela 6 – Número e percentual de indivíduos, segundo características

demográficas e de hábitos ao início do estudo.

Variável Grupos GS1 GS2 GS3 GS4 p* n (%) n (%) n (%) n (%)

Sexo Masculino 8 (53,3) 7 (46,7) 7 (46,7) 8 (53,3) 0,966 Feminino 7 (46,7) 8 (53,3) 8 (53,3) 7 (46,7)

Faz Atividade Física Não 4 (26,7) 5 (33,3) 6 (40,0) 7 (46,7) 0,697 Sim 11 (73,3) 10 (66,7) 9 (60,0) 8 (53,3)

Cigarro Não 12 (80,0) 10 (66,7) 13 (86,7) 11 (73,3) 0,601 Ex-fumante 3 (20,0) 5 (33,3) 2 (13,3) 4 (26,7)

Escolaridade 1º grau incompleto 1 (6,7) 0 (0,0) 1 (6,7) 0 (0,0) 0,905 1º grau completo 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (6,7) 0 (0,0) 2º grau incompleto 0 (0,0) 1 (6,7) 0 (0,0) 1 (6,7) 2º grau completo 1 (6,7) 2 (13,3) 1 (6,7) 0 (0,0) Ensino técnico 1 (6,7) 1 (6,7) 0 (0,0) 1 (6,7) Superior incompleto 1 (6,7) 3 (20,0) 3 (20,0) 2 (13,3) Superior completo 5 (33,3) 5 (33,3) 4 (26,7) 4 (26,7) Pós graduação 6 (40,0) 3 (20,0) 5 (33,3) 7 (46,7)

Total 15 (100,0) 15 (100,0) 15 (100,0) 15 (100,0)

𝑋 (dp) 𝑋 (dp) 𝑋 (dp) 𝑋 (dp) p¥

Idade (anos) 31,1 (5,9) 28,5 (6,4) 33,8 (7,1) 30,7 (5,6) 0,153 IMC (kg/m2) 25,4 (2,5) 23,6 (3,6) 24,9 (2,5) 24,5 (2,7) 0,367

Legenda: GS1- Grupo Sequência 1; GS2- Grupo sequência 2; GS3- Grupo sequência 3;

GS4- Grupo sequência 4 * Qui-quadrado; ¥

teste ANOVA.

Verifica-se que não houve diferença estatisticamente significativa entre os

grupos para os tempos de fonação, segundo os sons avaliados (Tabela 7). Pode-se

observar o GS3 apresentou o menor coeficiente de variação (CV), isto é, menor

variabilidade entre os indivíduos.

Observa-se na Tabela 7 que, na comparação entre os métodos de medidas-

ou seja, maior valor versus média – houve correlação estatisticamente significativa

para todos os sons, revelando a aplicabilidade de ambos os métodos. No entanto, o

CV mostrou-se menor para o método maior tempo de fonação.

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Tabela 7 – Comparação entre grupos de sequência, segundo o tempo de

fonação.

Maior S Maior Z Maior A Maior I Maior U Grupos 𝑋 (dp)

CV 𝑋 (dp)

CV 𝑋 (dp)

CV 𝑋 (dp)

CV 𝑋 (dp)

CV

GS1 28,5 (8,3)

0,3 27,9 (7,6)

0,3 26,4 (8,3)

0,3 26,7 (8,0)

0,2 26,5 (7,9)

0,3 GS2 26,9 (9,3)

0,3 25,1 (8,8)

0,3 25,3 (8,6)

0,3 24,9 (8,3)

0,3 24,3 (7,0)

0,3 GS3 28,9 (6,9)

0,2 27,4 (5,9)

0,2 27,1 (6,1)

0,2 27,4 (7,5)

0,3 26,3 (6,5)

0,2 GS4 27,7 (7,1)

0,2 26,3 (7,0)

0,3 26,1 (6,8)

0,3 25,7 (7,3)

0,3 26,1 (7,9)

0,3

p* 0,903 0,752 0,931 0,825 0,845 Média S Média Z Média A Média I Média U Grupos 𝑋 (dp)

CV 𝑋 (dp)

CV 𝑋 (dp)

CV 𝑋 (dp)

CV 𝑋 (dp)

CV

GS1 27,7 (8,2)

0,3 27,0 (7,7)

0,3 25,5 (8,0)

0,3 25,8 (7,7)

0,3 25,7 (7,8)

0,3 GS2 25,6 (9,0)

0,3 23,5 (8,5)

0,4 23,7 (8,4)

0,3 23,8 (8,0)

0,3 23,2 (7,1)

0,3 GS3 27,0 (6,1)

0,2 26,1 (5,7)

0,2 24,9 (5,2)

0,2 25,6 (7,4)

0,3 24,7 (6,0)

0,2 GS4 26,3 (7,2)

0,3 25,7 (6,8)

0,3 24,8 (7,0)

0,3 24,8 (7,0)

0,3 24,6 (7,2)

0,3

p* 0,887 0,604 0,925 0,881 0,815

rcci (p)¥ 0,99 (<0,001)

0,99 (<0,001)

0,99 (<0,001)

0,99 (<0,001)

0,99 (<0,001)

Legenda: GS1- Grupo Sequência 1; GS2- Grupo sequência 2; GS3- Grupo sequência 3; GS4- Grupo sequência 4; CV = coeficiente de variação. * ANOVA;

¥ coeficiente de correalção intraclasse.

A partir destes resultados, as análises foram realizadas utilizando o maior

tempo de fonação, comparando as características, a saber: sexo, idade (grupos

formados pelo valor mediano = 30 anos de idade), IMC (valores segundo OMS =

eutrófico 18,5 – 24,99 kg/m2 e sobrepeso 25 – 29,99 kg/m2), prática de atividade

física e uso cigarro.

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Observa-se que houve diferença estatisticamente significativa (Tabela 8,

Figura 2). Contudo, ao se avaliar a diferença pelo teste post hoc de Dunn, verificou-

se que a diferença estatisticamente significativa foi em relação aos sexos. Ou seja,

homens sentados versus homens em pé não apresentaram diferença

estatisticamente significativa. Da mesma forma para as mulheres, mulheres

sentadas versus mulheres em pé não apresentaram diferença estatisticamente

significativa.

Por outro lado, homens sentados versus mulheres sentadas apresentaram

diferença estatisticamente significativa, homens em pé versus mulheres em pé,

homens sentados versus mulheres em pé.

Para a interação com o estímulo, observou-se o mesmo comportamento

(Tabela 8, Figura 2). Verificou-se que houve diferença estatisticamente significativa

entre os grupos avaliados, porém, ao se aplicar o teste post hoc de Dunn a

diferença observada ocorreu entre os sexos.

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Tabela 8 – Análise quantitativa dos tempos máximos de fonação e sequência realizada segundo sexo

Maior S Maior Z Maior A Maior I Maior U

Variável 𝑋 (dp)

Mediana mim - max

𝑋 (dp)

Mediana mim - max

𝑋 (dp)

Mediana mim - max

𝑋 (dp)

Mediana mim - max

𝑋 (dp)

Mediana mim - max

Sexo¥

Masculino (n=30)

33,4 (4,7) 34,5 15 - 40

31,9 (4,6) 32,5 14 - 38

31,6 (4,8) 31,5 15 - 40

31,8 (4,8) 32 15 - 41

31,0 (4,3) 30,5 16 - 38

Feminino (n=30) 22,6 (6,4) 20,5 14 - 37

21,7 (5,7) 20 15 - 27

20,8 (5,2) 20 15 - 34

20,5 (5,4) 19 14 - 36

20,6 (5,6) 19 13 - 40

p <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 Interaçao Sx*P

GS1-GS2 /masculino (n=15)

33,9 (5,8) 36 15 - 38

32,6 (5,7) 34 14 - 38

32,3 (5,9) 34 15 - 38

31,9 (5,2) 34 15 - 36

31,2 (4,9) 31 16 - 37

GS1-GS2 /feminino (n=15)

21,5 (6,2) 18 14 - 35

20,5 (5,3) 18 15 - 32

19,4 (4,7) 18 15 - 32

19,6 (5,1) 17 14 - 32

19,6 (4,2) 18 15 - 28

GS3 e GS4 /masculino (n=15)

32,9 (3,5) 32 28 - 40

31,3 (3,3) 30 26 - 37

31,0 (3,7) 31 25 - 40

31,7 (4,6) 30 26 - 41

30,9 (3,7) 30 25 - 38

GS3 e GS4 /feminino (n=15)

23,7 (6,5) 22 15 - 37

22,9 (6,0) 22 16 - 37

22,1 (5,4) 21 15 - 34

21,4 (5,7) 20 14 - 36

21,5 (6,6) 20 13 - 40

p <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 Interação Sx*E

GS2 e GS4 /masculino (n=15)

32,2 (5,8) 33 15 - 38

30,8 (5,8) 31 14 - 38

30,6 (5,8) 31 15 - 38

30,1 (5,4) 30 15 - 36

29,7 (4,9) 30 16 - 37

GS2 e GS4 /feminino (n=15)

22,4 (7,2) 20 14 - 37

21,1 (6,6) 20 15 - 37

20,7 (6,0) 19 15 - 34

20,5 (6,6) 20 14 - 36

20,7 (6,7) 19 13 - 40

GS1 e GS3 /masculino (n=15)

34,6 (3,1) 36 29 - 40

33,1 (2,8) 33 28 - 37

32,7 (3,4) 32 27 - 40

33,5 (3,5) 34 29 - 41

32,3 (3,2) 32 28 - 38

GS1 e GS3 /feminino (n=15)

22,8 (5,6) 23 15 - 32

22,3 (4,8) 22 16 - 30

20,8 (4,4) 21 15 - 28

20,5 (4,2) 19 16 - 28

20,5 (4,3) 19 16 - 28

p <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001

¥

Mann-Whitney; €Kruskal-Wallis; Sx= sexo; P= posição; E= estímulo;. GS1- Grupo Sequência 1; GS2- Grupo sequência 2; GS3- Grupo

sequência 3; GS4- Grupo sequência 4.

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79

Figura 2 – Comparação entre os tempos de máximos de fonação e sequência realizada, segundo sexo

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80

Quanto ao IMC (Tabela 9, Figura 3), verificou-se que o grupo de indivíduos

com sobrepeso apresentou maior tempo de fonação para todos os sons avaliados.

Destaca-se que os indivíduos com sobrepeso apresentaram valores medianos

acima de 30 segundos, em comparação aos indivíduos eutróficos, apresentando

valores entre 21 a 26 segundos.

Ao se observar as interações, na Tabela 9 e Figura 3, houve diferença

estatisticamente significativa e, ao se aplicar o teste post hoc de Dunn, a diferença

ocorreu entre o grupo em pé/eutrófico versus em pé/sobrepeso. Em relação ao

estímulo, a diferença estatisticamente significativa foi entre o grupo sem

estímulo/eutrófico versus sem estímulo/sobrepeso.

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81

Tabela 9 – Análise quantitativa dos tempos máximos de fonação, sequência realizada e IMC

Maior S Maior Z Maior A Maior I Maior U Variável 𝑋

(dp)

Mediana mim - max

𝑋 (dp)

Mediana mim - max

𝑋 (dp)

Mediana mim - max

𝑋 (dp)

Mediana mim - max

𝑋 (dp)

Mediana mim - max

IMC¥

Eutrófico (n=35) 25,7 (7,9) 26 14 - 40

24,3 (7,2) 25 14 - 37

23,6 (7,1) 22 15 - 38

23,4 (7,3) 21 14 - 39

23,4 (7,3) 22 13 - 40

Sobrepeso (n=25)

31,2 (6,5) 32 15 - 38

30,3 (6,0) 31 16 - 38

29,9 (6,1) 31 15 - 40

30,0 (6,4) 30 16 - 41

29,2 (5,8) 30 16 - 37

p 0,007 0,002 0,001 0,001 0,001 Interação IMC*P

GS1 e GS2 /eutrófico (n=18)

23,9 (8,2) 21,5 14 - 38

22,6 (7,5) 20 14 - 37

22,4 (8,1) 18,5 15 - 38

22,0 (7,6) 19,5 14 - 36

22,0 (6,9) 19 15 - 37

GS1 e GS2 /sobrepeso

(n=12)

33,3 (6,1) 36 16 - 38

32,4 (5,3) 33,5 18 - 38

31,0 (5,8) 32 15 - 38

31,3 (5,1) 33 17 - 36

30,4 (5,0) 31 16 - 35

GS3 e GS4 /eutrófico (n=17)

27,5 (7,3) 28 17 - 40

26,1 (6,6) 26 16 - 37

24,8 (5,9) 26 15 - 34

24,8 (7,0) 25 14 - 39

24,8 (7,5) 25 13 - 40

GS3 e GS4 /sobrepeso

(n=13)

29,3 (6,5) 30 15 - 38

28,3 (6,1) 29 16 - 37

28,8 (6,5) 30 16 - 40

28,8 (7,4) 29 16 - 41

28,0 (6,3) 29 16 - 37

p 0,011 0,003 0,008 0,006 0,006 Interação IMC*E

GS2 e GS4 /eutrófico (n=20)

23,9 (7,8) 21,5 14 - 37

22,4 (7,0) 20 14 - 37

22,2 (6,9) 20 15 - 38

21,8 (6,9) 20,5 14 - 36

21,8 (6,6) 20 13 - 40

GS2 e GS4 /sobrepeso

(n=10)

34,0 (3,3) 34,5 30 - 38

33,0 (3,4) 33,5 29 - 38

32,5 (3,2) 32 29 - 38

32,3 (3,1) 33 28 - 36

31,9 (3,0) 31 28 - 37

GS1 e GS3 /eutrófico (n=15)

28,0 (7,7) 29 17 - 40

26,9 (6,8) 27 17 - 37

25,3 (7,3) 26 16 - 38

25,5 (7,6) 25 16 - 39

25,5 (7,7) 24 16 - 38

GS1 e GS3 /sobrepeso

(n=15)

29,4 (7,5) 31 15 - 38

28,5 (6,7) 30 16 - 37

28,1 (7,0) 31 15 - 40

28,5 (7,6) 30 16 - 41

27,3 (6,5) 30 16 - 35

p 0,009 0,002 0,003 0,002 0,002 ¥ Mann-Whitney;

€Kruskal-Wallis; Sx= sexo; P= posição; E= estímulo; GS1- Grupo Sequência 1; GS2- Grupo sequência 2; GS3- Grupo

sequência 3; GS4- Grupo sequência 4.

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82

Figura 3 – Comparação entre os tempos de fonação, sequência realizada e IMC.

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83

Após esta etapa, realizou-se o teste de associação para verificar a relação

IMC e sexo, pois estas duas variáveis apresentaram diferenças na análise de

fonação e, pelo teste de associação do Qui-quadrado, verificou-se que há uma

associação estatisticamente significativa. Dos indivíduos com sobrepeso, 66,7%

eram homens, em comparação a 16,7% de mulheres.

Na avaliação entre os grupos da interação, sexo e IMC (Tabela 10, Figura 4),

observa-se que houve diferença estatisticamente significativa e, pelo teste post hoc

de Dunn esta diferença encontrada foi entre os valores medianos de fonação dos

grupos, a saber: masculino/eutrófico versus feminino/eutrófico, masculino/eutrófico

versus feminino/sobrepeso, masculino/sobrepeso versus feminino/eutrófico e

masculino/sobrepeso versus feminino/sobrepeso.

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84

Tabela 10 – Análise quantitativa das variáveis do tempo máximo de fonação, segundo sexo e IMC

Maior S Maior Z Maior A Maior I Maior U Variável 𝑋

(dp)

Mediana mim - max

𝑋 (dp)

Mediana mim - max

𝑋 (dp)

Mediana mim - max

𝑋 (dp)

Mediana mim - max

𝑋 (dp)

Mediana mim - max

Interaçao Sx*IMC€

masculino/eutrófico (n=10)

32,5 (7,1)

34 15 - 40

30,4 (6,7)

32,5 14 - 37

30,2 (6,9)

31 15 - 38

30,1 (6,8)

31 15 - 39

29,9 (6,5)

29,5 16 - 38

masculino/sobrepeso (n=20)

33,8 (3,1)

34,5 29 - 38

32,7 (3,1)

32,5 28 - 38

32,3 (3,3)

32 37 - 40

32,7 (3,3)

33 28 - 41

31,6 (2,7)

31 28 - 37

feminino/eutrófico (n=25)

23,0 (6,5)

21 14 - 37

21,9 (5,9)

20 15 - 37

20,9 (5,4)

20 15 - 34

20,7 (5,7)

20 14 - 36

20,8 (5,8)

19 13 - 40

feminino/sobrepeso (n=5)

20,1 (6,0)

20 15 - 30

20,6 (4,7)

19 16 - 28

20,0 (4,5)

21 15 - 26

19,4 (3,9)

19 16 - 26

19,4 (4,1)

19 16 - 26

P <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 €Kruskal-Wallis; Sx= sexo; IMC = índice de massa corpórea (kg/m

2)

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85

Figura 4 – Comparação entre os tempos máximos de fonação, segundo sexo e

IMC

Discussão

Em relação à coleta dos dados segundo as quatro sequencias

estipuladas alguns pontos valem ser destacados. Primeiramente a questão da

posição do sujeito, nos grupos de indivíduos que fizeram as sequencias 3 e 4 a

pesquisadora teve o cuidado de selecionar sempre o mesmo tipo de cadeira. A

cadeira utilizada tinha um apoio para as costas ereto, não continha braços e

nem rodas. Vale ressaltar que foi mais difícil manter o participante na posição

em pé (sequencias 1 e 2) do que sentado, isso porque quando estavam em pé

era difícil manter os pés bem apoiados com coluna ereta. Alguns sujeitos

projetavam os ombros para frente, curvando-se ou até mesmo flexionaram um

Page 101: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

86

dos joelhos (mudando o apoio do peso do corpo) o que modificava toda a

posição da coluna do sujeito, durante a execução da medida.

Sobre o treino e ordem dada ao sujeito cabe pontuar que ao considerar

que era uma prova, foi preciso ter clareza que o sujeito compreendeu qual era

o som que deveria ser emitido e como ele deveria produzi-lo. Antes da medida

definitiva a pesquisadora realizou uma explicação detalhada sobre a prova e se

certificou da compreensão por parte do sujeito. Quando o som foi emitido de

forma errada, ou seja, com loudness elevado ou com muita variação no fluxo

de ar, sendo que muitas vezes o sujeito começava a soltar o ar entes de iniciar

a produção, ou mudava a posição do corpo (no inicio da prova) a pesquisadora

parava a prova, corrigia o sujeito e depois reiniciava. Essas correções foram

realizadas para garantir que cada sujeito fizesse a prova da melhor forma

possível.

No inicio da apresentação dos resultados observamos que há

uniformidade nos grupos entre as formas de mensuração analisadas (Tabela

6), ou seja, todos eram iguais inicialmente quando comparados em relação ao

sexo, prática de atividade física, escolaridade e o tipo de sequência realizada.

Quanto ao IMC, todos os sujeitos apresentaram valores considerados

“normais” ou seja eram eutróficos ou com sobrepeso.

Diferentemente do que pôde ser encontrado na literatura (Gonçalves et

al., 2006 e Bruschi et al., 1992) fazer atividades físicas não representou ter

melhor ou maior tempo máximo de fonação. Esse dado pode ter dado diferença

em relação a outras pesquisas porque esses estudos realizaram a avaliação do

desempenho respiratório com o espirômetro (Gonçalves et al., 2006 e Bruschi

et al., 1992). Nesses trabalhos o melhor condicionamento físico foi associado a

uma maior capacidade respiratória.

Na Tabela 7 verificou-se que na comparação do cálculo final da medida

pela média ou escolha do maior valor nos quatro grupos (GS1, GS2, GS3,

GS4) não apresentou diferença significativa. Ou seja, esse resultado mostrou

Page 102: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

87

que os grupos agiram de forma similar independentemente da forma de cálculo

adotada. Vale destacar que ao considerar a utilização da avaliação do TMF o

pesquisador busca obter o maior valor numérico para a medida, dessa forma o

mais indicado seria utilizar o maior tempo e não a média. Na literatura não

foram observados trabalhos que fizessem essa comparação, mas na atuação

da prática clínica é comum observar que na terceira produção do som o sujeito

já esta cansado e é comum apresentar valores menores que os obtidos nas

duas primeiras medidas.

Na descrição comparativa do tempo máximo de fonação em cada

sequencia segundo o sexo (Tabela 8, Figura 2) observou-se diferença

estatisticamente significativa entre os gêneros, as mulheres se comportaram

diferente dos homens em relação a posição para medida. É fundamental

destacar que na comparação dentro do mesmo sexo, ou seja quando

comparamos homens sentados com homens em pé, ou mulhers sentadas com

mulherem em pé não foi observada essa diferença significativa.

Esse resultado corrobora com o que foi observado por Ferreira e Pontes

(1995) onde as mulheres possuem menor tempo máximo de fonação quando

comparadas aos homens Por meio da análise dos valores obtidos pudemos

verificar que os números femininos foram em torno de 20 segundos e os

masculinos próximos dos 30 seg. Os valores encontrados na amostra desse

estudo foram maiores do que os observados na literatura brasileira que estão

entre 20 (SEG) para o sexo masculino e 15 (SEG) para o feminino (Behlau e

Pontes, 1990; Ferreira e Pontes, 1995; Vargas et al., 2005; Kurtz e Cielo, 2010;

Miglioranzi et al., 2012). Os valores de TMF obtidos nessa pesquisa estão

acima dos encontrados na literatura brasileira e dentro dos observados na

literatura internacional que propões tempos de 25 a 35 seg. para homens e 15

a 25 para mulheres (Ptacek e Sander, 1963, Speyer et al., 2010; Johnson e

Goldfine, 2016).

Page 103: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

88

As diferenças entre os valores de TMF obtidos na literatura brasileira em

compração a literatura internacional devem ser tratadas com mais atenção por

parte dos pesquisadores brasileiros. Tendo em vista que os valores são

diferentes, a utilização do padrão internacional para trabalhos brasileiros pode

não ser adequada. O sujeito deve ser comparado a indíduos do seu mesmo

país que possuem características, alimentares, climáticas e corporais (peso

altura) mais similares.

A Tabela 9 apresentam a questão do índice de massa corpórea (IMC)

dos sujeitos em cada sequencia, ou seja o cruzamento entre os dados

referentes ao IMC e as quatro sequências. A análise indica que foram

observadas diferenças estatisticamente significativas na comparação entre os

sujeitos com sobrepeso e eutrofico para todas as sequências (GS1, GS2, GS3,

GS4), sendo os valores do TMF obtidos no grupo com sobrepeso maiores que

os observados no grupo eutrófico.

A relação entre respiração, problemas respiratórios e obesidade pode

ser encontrada na literatura (Lin e Lin, 2012; Jubber, 2004; Rasslan et al.,

2004). Por outro lado, em indivíduos com sobrepeso faltam estudos, existem

pesquisas que agrupam indivíduos com sobrepeso com obesos no mesmo

grupo (Santiago et al., 2008). Porém indivíduos com sobrepeso segundo a

Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica

(ABESO, 2009) apresentam índices dentro do normal para o IMC. Esses

sujeitos tem índices médios para co-morbidades diferentes do observado em

obesos. Nesse sentido, faz-se necessário diferenciar esses grupos no

momento da investigação.

Na interação entre TMF, IMC e sequencia produzida (Tabela 9)

observou-se diferença estatisticamente significativa entre o grupo eutrófico na

posição em pé em relação ao grupo com sobrepeso na mesma posição. Sendo

o tempo dos sujeitos com sobrepeso maior que o tempo dos eutróficos. É

comum observar em cantores líricos com sobrepeso ou até obeso, pouco sobre

Page 104: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

89

a relação peso e postura se discutiu na literatura sobre o assunto (Rossner,

2015) aponta que o tamanho da caixa torácica e posição influência o canto,

sendo que quanto maior a caixa toraxica e melhor posicionado o sujeito está

melhor é sua produção. A postura do sujeito também foi apontada por Mello et

al. (2015), que pontua que a postura influencia e estabilidade vocal e

expressividade do cantor lírico.

Uma última análise foi feita posteriormente (Tabela 10, Figura 3) que

indica que houve diferença significativa na comparação o TMF, IMC e o sexo,

as mulheres apresentaram valores mais baixos de TMF que os observados nos

homens. Esse achado reforça o achado anterior dessa pesquisa (Tabela 7) e

corrobora com os estudos de Ferreira e Pontes (1995), Behlau e Pontes

(1995), Vargas et al. (2005), Kurtz e Cielo (2010); Miglioranzi et al. (2012)

Nesse estudo optou-se por comparar se a presença do estumulo seria

benéfica para aumentar o TMF, essa variável não influenciou os valores

obtidos. A única pesquisa descrita na literatura que utilizou o estímulo foi a de

Ferreira e Pontes (1995), no trabalho a variável foi utilizada em todas as

medidas de forma que não houve a comparação de valores com e sem

estímulo.

De acordo com os resultados encontrados nessa pesquisa as diferenças

na forma de mensuração do tempo máximo de fonação não alteraram o valor

final da medida. Posicionar o sujeito sentado ou em pé, estimular ou não

enquanto o som é produzido e o calculo final da medida pode ser uma escolha

do pesquisador ou do clinico. De qualquer forma na pesquisa é fundamental

que todos os procedimentos para obtenção da medida sejam claramente

descritos. Apenas dessa forma se assegura o rigor metodológico e a

reprodutibilidade. Na prática clínica a escolha da forma de mensuração

depende da experiência clinica do terapeuta associado às condições físicas de

cada paciente.

Page 105: Tempo máximo de fonação: literatura internacional ... Fernanda de... · Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt Tempo máximo de fonação: literatura internacional, nacional

90

Ao iniciar essa pesquisa havia o desejo de sistematizar, de criar um

protocolo para mensurar o tempo máximo de fonação, mas com os resultados

parece que não há necessidade. Mesmo assim vale pontuar que as medidas

realizadas em um estudo se diferem em muitos casos da realizada na clinica. E

que um pesquisador e/ou um fonoaudiólogo clinica deve ter clareza na forma

que adotar para extrair o tempo máximo de fonação em cada situação.

Conclusão

Na amostra pesquisada as quatro formas distintas de mensuração do

tempo máximo de fonação não apresentaram diferença estaticamente

significante. A posição do sujeito, a presença de estimulo e o calculo final da

medida foram semelhantes.

Cabe ressaltar o TMF de homens é significantemente maior que o tempo

de mulhres e que indivíduos com sobrepeso tendem a se sair melhor na prova

de TMF do que sujeitos eutróficos. Principalmente se estiverem na posição em

pé.

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7. Considerações Finais

Na literatura internacional foi observado o predomínio da utilização da

vogal /a/ para a medição dos tempos máximos de fonação, muito pouco foi

encontrado com relação a posição em que o sujeito foi colocado no momento

da avaliação. O instrumento mais utilizado para medir o TMF foi o computador

e para o cálculo do valor final foram utilizadas três emissões e escolha do

maior som. Em relação as referências utilizadas como padrão notou-se

bastante variação uma vez que os artigos pesquisados são de diferentes

países e que cada país tem sua própria padronização dos valores. É

necessário salientar que para estudos norte americanos essa medida já foi

padronizada.

Em relação às formas de mensuração do tempo máximo de fonação

concluiu-se que dentre os sons mais utilizados as vogais foram mais

frequentes. A posição mais comum foi em pé e o instrumento mais utilizado

para a aferição foi o cronômetro. Para o cálculo do valor final o mais observado

foi à escolha do maior tempo entre a produção de três emissões.

Na amostra pesquisada as quatro formas distintas de mensuração do

tempo máximo de fonação não apresentaram diferença estaticamente

significante. A posição do sujeito, a presença de estimulo e o calculo final da

medida foram semelhantes.

Cabe ressaltar o TMF de homens é significantemente maior que o tempo

de mulhres e que indivíduos com sobrepeso tendem a se sair melhor na prova

de TMF do que sujeitos eutróficos. Principalmente se estiverem na posição em

pé.

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110

Anexo 2

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM FONOAUDIOLOGIA

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Nome do indivíduo:.............................................................................................

Documento de identidade nº : ................................................. Sexo : M ( ) F ( )

Data de nascimento:......../......../...... Cidade:............

Pesquisador: Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt

Orientador: Profa. Dra. Marta Assumpção de Andrada e Silva

Declaro que eu Maria Fernanda de Queiroz Prado Bittencourt, portadora do

CPF 339.515.378-92, RG 43.494.835-4, estabelecida Rua Lavradio, 197 apto

161, CEP: 01154-020, Barra Funda, São Paulo-SP, fone (11) 37915301,

pesquisadora nessa instituição agradeço a sua colaboração voluntária para ser

sujeito do estudo. O projeto de pesquisa de doutorado será submetido ao

Comitê de Ética da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e somente

após a aprovação deste é que se iniciará a coleta de dados.

“Medidas respiratórias e fonatórias: reflexões sobre as formas de mensuração na Fonoaudiologia.”

Tem como objetivo medir a capacidade respiratória de populações distintas da

cidade de São Paulo

Quanto aos riscos e desconforto, os procedimentos acima descritos não

apresentarão alternativas de risco ou desconforto durante a pesquisa. No caso de

fadiga e/ou estresse durante as avaliações, o indivíduo poderá interromper quando

desejar.

Sobre os benefícios, o pesquisado não será induzido a participar da pesquisa

por conta de benefícios econômicos ou sociais, sendo convidado a participar de forma

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111

espontânea. Assim, não haverá benefício direto para o participante neste estudo,

entretanto os resultados do mesmo podem contribuir para avanços científicos.

Os resultados deste estudo, favoráveis ou não, devem ser divulgados,

publicados exclusivamente no meio científico. O sujeito voluntário tem a liberdade para

obter qualquer informação ou sanar alguma dúvida sobre os procedimentos e

resultados do estudo quando desejar, assim como retirar seu consentimento e desistir

da participação, sem qualquer prejuízo. Não existirão despesas ou compensações

financeiras relacionadas a esta participação. Será garantido, também, o sigilo das

informações e a preservação da identidade do participante Após assinatura do termo

de consentimento, uma cópia será entregue ao participante.

De acordo com a resolução do Comitê Nacional de Ética em Pesquisa nº

196/96 o pesquisador é a pessoa responsável pela coordenação e realização da

pesquisa e pela integridade e bem-estar dos indivíduos da pesquisa.

Maria Fernanda Prado Bittencourt

Telefone: 981032858

Declaro que estou devidamente ciente dos propósitos e procedimentos da pesquisa,

da compreensão das garantias, da preservação da minha identidade e de todos os

outros esclarecimentos, além de não ter ficado qualquer dúvida. Por ter compreendido

tudo o que foi explicado pelo pesquisador, consinto em participar do presente

pesquisa.

São Paulo de 20

_______________________________________

sujeito voluntário

________________________________________

Maria Fernanda P Bittencourt

Pesquisador

________________________________________

Profa. Dra. Marta Assumpção de Andrada e Silva

Orientador

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112

Anexo 3

Ficha de identificação

1)Data:__________________

2)Iniciais:__________________________

3)Data de nasc: ____________________ 4)Idade: ________________________

5)Sexo: ( )F ( ) M

6)Peso: _____________________ 7) Altura:_________________________

8)Profissão: ________________________

9)Prática de atividade física: ( ) não ( ) sim

10)Se sim qual? _______________________________________________________

11)Com que frequência? ________________________________________________