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Universidade de Brasília
Instituto de Relações Internacionais
Economia Política Internacional
Tendências e Mudanças no Ambiente de Negócios Chinês
Considerações sobre a Economia Política Internacional e as Relaçoes entre a
China e os países da América Latina
Bruno Siqueira Suzart Santos – 10/0095216
Gabrielle Pessoa Passaglia – 10/0102603
Professor: Antônio Jorge Ramalho da Rocha
Brasília
2012
1
Sumário
Sumário
Introdução
Das Teorias sobre Economia Política Internacional
A China
Relações
América Latina
Brasil
Ambiente de Negócios
Considerações Finais
Referências Bibliográficas
2
4
6
10
13
13
15
17
20
22
2
Introdução
3
O presente ensaio tem como objetivo analisar o papel da China na economia global, com
foco na área de negociação internacional, a partir de uma série de teorias sobre economia
política internacional, tendo em vista a situação atual deste país perante o mercado, as
relações estabelecidas entre a China e países da América Latina e foco nas relações com o
Brasil. Dessa forma pretendemos esclarecer aspectos no sentido de facilitar a transmissão de
informações a respeito do mercado chinês, seus segredos, diferenças e oportunidades. Além
disso, pretendemos explicar, do ponto de vista dos países em desenvolvimento, as mudanças
ocorridas no cenário econômico internacional depois da II Guerra a partir do relacionamento
interestatal econômico chinês, considerando a evolução da projeção chinesa no mercado
internacional e sua relevância para o panorama da economia política internacional.
Se, de forma imaginária, tirarmos uma foto panorâmica da economia política
internacional de hoje veremos uma luta acirrada entre economias que querem se manter no
topo hierárquico do poderio hegemônico mesmo estando passando por um déficit
orçamentário de grandes proporções e os agentes em pleno desenvolvimento, mesmo numa
situação de crise econômica mundial. Para compreender as razões pelas quais a dinâmica e a
estrutura estão sempre em constante mudança, Robert Gilpin estabelece, em seu “A economia
política das relações internacionais”, três teorias que abrangem a emergência, a expansão e o
funcionamento da economia política internacional: a teoria econômica “dual”, a teoria do
Sistema Mundial Moderno e a Teoria da estabilidade econômica. Tais teorias, apesar de se
divergirem em vários pontos, se complementam de certa forma, com a finalidade de explicar
e delimitar as formas como as forças do mercado e os fatores externos à economia se
interagem e se integram. Tendo como base tais teorias e o raciocínio estruturado pelo autor,
iremos compor nossos argumentos, baseados em critica e reafirmações sobre a aplicabilidade
teórica no contexto da ascensão da economia chinesa que está em seu pleno desenvolvimento.
Gilpin, em sua lógica teórica, afirma que o sistema de mercado que se estabelece no
mundo tem sua própria dinâmica interna que o faz mover. Não obstante, outros fatores de
grande importância que incrementam essa dinâmica são aqueles fatores ambientais ou
externos, tais como: a estrutura social, o contexto político nacional e internacional e a
situação em que se encontram o desenvolvimento da teoria científica e da tecnologia. No
entanto, ao mesmo tempo em que os fatores externos influenciam os mercados internamente,
os mercados, por si mesmos, também são capazes de transformar, de forma significativa, tais
fatores.
4
Assim, o mercado traz consigo um sistema forte o bastante para dissolver as estruturas
sociais vigentes e modificá-las a curto e longo prazo, poderoso o suficiente para alterar as
relações políticas estabelecidas entre os agentes internacionais e é suficientemente estruturado
para promover e estimular o progresso cientifico e tecnológico, já que cria um arranjo de
competição e concorrência. Esse é o sistema capitalista, que rege não só o sistema global
como um todo, mas também a vida individual em particular.
Voltando ao objetivo inicial estabelecido, a importância das teorias brevemente citadas
em introdução é servir de base para a tese final do ensaio proposto: os movimentos
interrelacionais sul-sul, mais especificamente, entre a China como país em desenvolvimento e
outros países na mesma situação, não é uma iteração neocolonial, senão uma nova proposta
surgida de um ambiente multipolarizado, novo, surgido do desenvolvimento dos BRICS e
representantes da emergência de uma nova ordem mundial.
Das Teorias sobre Economia Política Internacional
5
A teoria econômica “dual”, derivada do liberalismo, considera a evolução do mercado
como uma reação ao desejo universal em aumentar a eficiência e maximizar a riqueza. Nessa
perspectiva, há uma tendência natural para o crescimento e expansão de economias
tradicionais, menos eficientes e atrasadas, para economias modernas, que tendem a uma
integração econômica na medida em que os fatores ambientais são superados. De acordo com
essa teoria, o intercambio é natural do ser humano, e esta expansão, que é estabelecida de
forma gradual, é fruto das oportunidades geradas devido à remoção das limitações externas,
como as estruturas políticas, atingindo assim a maximização da eficiência econômica e
elevação da interdependência global.
Nesse sentido, e tendo como exemplo o caso da China, a maior flexibilização do sistema
socialista teve como consequência a maior abertura do mercado, ou seja, as mudanças
políticas influenciaram na expansão econômica. Fato este que evidencia a integração entre
forças internas de mercado e fatores exógenos. Por fim, a teoria dual considera que o
desenvolvimento da economia mundial é baseada na adaptação de cada vez mais economias à
organização que objetiva o mercado. Tal processo de evolução, no entanto, é resultado da
competição entre os Estados pelos mecanismos de preço, que incentivam a maximização da
riqueza e à maior eficiência. O resultado disto, entretanto, é a acumulação de capital e fatores
de produção, além de novas tecnologias e novas formas de organização que levam à continua
evolução.
Uma outra teoria sobre esse mesmo assunto é a “Modern World Sistem (MWS)”, ou, em
português, a teoria do Sistema Mundial Moderno. Esta está influenciada pelo marxismo da
realidade social e tem como bases leis deterministas que orientam a evolução histórica da
economia entre Estados, sendo que essa economia mundial moderna está envolvida em
contradições intrínsecas; o capitalismo como um fenômeno internacional que contribui para o
subdesenvolvimento de economias periféricas e determina uma divisão internacional do
trabalho; e considera que a luta de classes é tida de acordo com uma hierarquia existente no
âmbito global de luta os Estados e as classes sociais. Desta forma, o mercado mundial seria
um mecanismo de exploração econômica hierarquizada, ou seja, os mais desenvolvidos
suplantando aqueles com pouco desenvolvimento. Contudo, o entendimento da economia
política internacional, de acordo com essa teoria, acontece quando se compreende a natureza
das relações que ocorrem na realidade de cada época, considerando a estrutura social vigente,
já que o mercado e a formação do Estado são resultantes destas duas variáveis.
6
Pensando em termos desta teoria do Sistema Mundial Moderno, podemos analisar, de
alguma forma, a relação entre as economias centrais e periféricas no contexto do Banco
Mundial e do FMI. Nestas duas situações o poder de voto é dado por fórmulas que
consideram requisitos que dão maior poder para aquelas economias historicamente mais
poderosas, como Estados Unidos e União Européia, e subrepresentam economias emergentes,
as quais hoje são tão ou mais importantes para o equilíbrio econômico mundial do que
aquelas historicamente tradicionais. Neste contexto, podemos observar que leis deterministas,
pautadas no poder histórico, conduzem a estruturas de tais instituições internacionais e as
tornam palco de uma luta constante entre os emergentes e os tidos como desenvolvidos. De
fato, a economia chinesa, por exemplo, está bastante integrada à economia norte americana
que foi foco da última crise mundial e sofre tanto quando esta com tal crise. No entanto, o que
sustenta o crescimento do mercado global hoje é, em boa parte, o crescimento econômico da
China e dos outros países em desenvolvimento, como os que participam dos BRICS. É de
fácil visualização, também, com este exemplo, a transferência de riqueza, ou excesso de
produção da economia periférica, China, para a economia central, Estados Unidos.
Outra discussão dentro desta teoria do Sistema Mundial Moderno é a posição de cada
Estado na inexorável divisão internacional do trabalho, considerados hard ou soft powers. Os
primeiros detêm resistência às forças externas e filtram-nas em seu favor, enquanto os últimos
ficam à mercê de tais forças e dos direcionamentos dos hard powers. Em suma, a teoria dita
que o sistema capitalista tende a eternizar os ricos, que ficam cada vez mais ricos, e os pobres,
que continuam cada vez mais pobres. Esta ultima consideração não se aplica, por exemplo, na
situação atual de crise mundial, porquanto, como já fora dito, o que impediu que a crise
mundial fosse ainda mais prejudicial e recessiva foi o forte desenvolvimento das economias
emergentes, ou periféricas, como seriam classificadas por esta teoria. O jogo de forças entre
Estados está se rearranjando e não mais perpetuando forças.
Por outro lado, a teoria da estabilidade econômica, que está relacionada ao realismo
político, considera o surgimento e o funcionamento da economia política deriva das sucessões
das potencias liberais dominantes. Os princípios do livre mercado, como a abertura e a não-
discriminação, dão base à esta teoria, a qual considera que a ordem liberal alcança sua plena
eficiência quando há, entre outros fatores, um poder hegemônico.
Os Estados e o mercado estão em constante e intensa interação. Tal dinâmica cria espaço
para a estruturação da economia política internacional, tendo em vista os aspectos
econômicos mundiais duradouros, os quais são a divisão mundial do trabalho, a rede 7
internacional de comércio e o sistema monetário e financeiro global, assim como as regras e
regimes que comandam tal economia. Essa estrutura, no entanto, é o reflexo tanto do papel
dos atores no cenário internacional e das forças da economia que regem tal interação. Nesse
sentido, ao longo da história, de acordo com mudanças substancias políticas e sociais, a
hierarquia econômica entre os países também sofreram alterações. Assim, a cada tempo vão
existir aqueles núcleos que ditam a tal estrutura da economia política internacional, estando
no topo da hierarquia entre os países, mais tarde chamados Estados-nação. E a cada tempo,
também, o poderio político, econômico e militar vão se dissipando, sendo redistribuídos, dado
que fatores externos, como as crises econômicas e políticas, no caso mais recente e já citado,
como a crise econômica de 2008. O que Robert Giplin conclui desse raciocínio de
reestruturação é que sempre haverá o choque entre os núcleos ascendentes e aqueles em
declínio de poder hegemônico. Porém, segundo ele, o rearranjo é concluído por meio do uso
da força ou mesmo por meios pacíficos.
Outra questão levantada em “A economia política das relações internacionais” por Gilpin
é a ausência de uniformidade entre o desenvolvimento econômico de cada agente e de cada
setor interno das economias. O grande desafio é fazer com que a somatória global do
desenvolvimento da economia se mantenha estável. Toda economia tende a criar núcleos
centrais e periféricos que estão interligados devido a especialização e à divisão do trabalho, o
que os torna interdependentes. A consequência natural desse fenômeno, em termos de
distribuição de riquezas, é a “polarização” ou “backwash”, de um lado, e a “difusão” ou
“trikling-down” de outro. O primeiro termo se refere à tendência do capital em se aglomerar
no núcleo central da economia, já o segundo termo está relacionado à difusão das atividades
econômicas para as periferias e à tendência, observada primeiramente por David Hume, da
indústria em se estabelecer nas regiões nas quais são encontradas mão-de-obra barata e
recursos naturais abundantes. As implicações políticas desse fenômeno no contexto
internacional são bastante intensas, já que gera sentimento de nacionalismo tanto naquelas
nações periféricas, como naquelas outras centrais.
O autor chega à máxima de que a evolução do sistema de mercado é um fenômeno
fronteiriço, já que nas regiões de exploração recente, nas periferias ainda pouco
desenvolvidas, o desenvolvimento do mercado e das tecnologias é muito mais acelerado do
que naquelas regiões centrais onde o desenvolvimento cresce de forma mais discreta, pois já
alcançou um estagio mais avançado. O que era periferia, contudo, pode desenvolver-se até
chegar a ser um núcleo, considerando que começa a haver uma concorrência entre aquele
8
núcleo central e os periféricos. Aquelas economias periféricas em ascendência se tornam um
centro e, assim, reiniciam o processo, causando inclusive uma desestabilidade no sistema
econômico liberal. É possível, com essa base teórica, enxergar o caso da China. Após a
segunda grande Guerra, o processo de desenvolvimento foi desencadeado. Até algum tempo
atrás, naquela região, se concentrava uma grande periferia econômica, que com a sua força de
trabalho ampla e barata e a especialização na produção de manufaturados, foi atraindo
indústrias, principalmente, e hoje cresce com as maiores taxas do mercado, sendo, hoje, um
centro polarizador de capital. Dessa forma, o fato de estar atrasada em relação às outras
nações se torna uma vantagem comparativa em termos de desenvolvimento, realçando, com
isso, a desigualdade do crescimento.
A China
9
Evitando, de todo, caracterizar a China, país tão rico em cultura, históra e tradições,
em tão poucas páginas, esforçaremo-nos por trazer à tona apenas alguns aspectos
introdutórios, no sentido de criar uma ambientação ao nosso objeto de estudo.
Da ambientação histórica, é interessante lembrarmo-nos que a China, há apenas 30
anos, aproximadamente (1978), passou por uma reforma estruturante da produção na zona
rural. Sabendo que esse é o período imediatamente após a Revolução Cultural de Mao Tse
Tung, uma reforma da produção nessas áreas é um dado bastante relevante, afinal, um dos
principais motes da Revolução era trazer de volta a produção e os valores para o campo e para
o povo, despriorizando processos de urbanização, industrialização ou qualquer outro processo
decorrente de um desenvolvimento considerado capitalista. A aparente reviravolta foi, claro,
uma estratégia do governo, o qual entende que, no sentido de posicionar a China no mundo,
era necessária a criação e a proposição de modelos parecidos com os dos outros países – sem
nunca deixar de manter as diversas diferenças, entretanto. Ainda na mesma época, foram
estruturadas empresas estatais nacionais para gerir a economia de mercado, movimento esse
que culminou na massificação dos investimentos, especialmente do governo, em
infraestrutura e na criação de um bom ambiente de negócios.
Já em 1992, num movimento que pode ser observado até 2006, pode-se notar no
ambiente interno chinês um estímulo muito grande ao desenvolvimento de empresas privadas.
A atração de multinacionais - trazendo consigo desenvolvimento tecnológico, capacitação
técnica e maquinário – também é uma característica da época. O governo chinês, numa aposta
que boa parte do mundo não tardou em seguir, passou a investir em educação focado em
excelência acadêmica, de forma que, hoje, a China tem mais alunos formados com honras do
que o Brasil, por exemplo, tem alunos formados. É possível notar a diminuição do número de
empresas estatais, também, no mesmo período.
O momento atual não se diferencia muito do movimento que o governo chinês iniciou
em 1978, considerando-se o sucesso na evolução desse projeto. Nota-se facilmente que todo o
esforço foi no sentido de tornar a China um país de oportunidades de negócio. Alta
capacitação em mão de obra, grotesca quantidade de empresas privadas, multinacionais e
investimentos do governo em gestão e qualidade de infraestrutura, além de uma infiltração no
comércio exterior – tanto de produtos chineses quando de produtos internacionais na China –
acima de qualquer expectativa, são características de um país que quer se internacionalizar e
criar negócios. A China hoje possui um PIB de 7.5 trilhões de dólares (USD), uma taxa de
inflação média de 5,4% e um nível de crescimento muito acima da média mundial - claro, o
10
decréscimo na taxa de crescimento recém mencionada é um dado importante, mas não se
ignora o fato de que uma taxa menor de crescimento ainda é uma taxa de crescimento, e uma
taxa alta, aliás -, o que serve como confirmação da proposição acima. A China é um país
preparado para o relacionamento e o intercâmbio comercial e econômico com os outros países
do globo.
Esses movimentos, portanto, estão de acordo com a teoria “dual”, composta por
Gilpin, que os explica como uma reação ao desejo universal em aumentar a eficiência e
maximizar a riqueza.
Da reflexão acima, pode-se inferir que o governo chinês possui três pilares
fundamentais em sua política econômica: investimento, comércio exterior e consumo. Apesar
do crescimento de 17% no ano passado, o consumo ainda é o Calcanhar de Aquiles dessa
tríade. Isso é o que consideramos o maior desafio da China, hoje, isto é, começar a pensar
além do comércio exterior e da infiltração nos mercados internacionais, mas atrelar o
desenvolvimento e a renda gerada por esse intenso fluxo de comércio e pela expansão da
economia ao aumento do consumo interno. Já há movimentos nesse sentido, e pode-se notar
uma mudança cultural na expectativa de consumir dos chineses, o que não pode senão apontar
para mais um nível de oportunidade de intercâmbio comercial. O governo chinês já busca
meios para fortalecer o mercado interno, e os chineses, por sua vez, tornaram-se mais
exigentes quando ao padrão de consumo, além de serem público alvo – e o maior público alvo
em potencial do planeta é a China – dos produtos chineses. As tecnologias e estudos gerados
pelo investimento massivo em excelência acadêmica, também, começam a criar melhorias
para atender essa demanda interna.
Saindo de uma economia produtora de mercadorias de baixo valor agregado e ganhos
de escala, a China promove iniciativas no sentido de adentrar no mercado de alto valor
agregado, isto se prova, pois, com o discurso trazido anteriormente. No entanto, o governo,
atualmente, está preocupado em estabelecer mecanismos específicos para as relações
comerciais com os países em desenvolvimento, aproveitando, assim, mercados de alto valor
agregado em potencial, como é o caso da América Latina, e, mais especificamente, do Brasil
– que vamos abordar mais tarde. Isso se comprova quando da análise da diplomacia voltada
aos países periféricos (diplomacia zhoubian), que é parte fundamental da universalização da
Política Externa da China (PAUTASSO, 2009a).
11
Interessante, também, no sentido de entender as políticas de aumento da influência
chinesa no mercado internacional, é o desenvolvimento de incentivos do governo chinês para
o que se chama de Política de GO OUT. O governo está implementando medidas para
incentivar o investimento, por parte de empresas chineses, no exterior. Bancos chineses são
incentivados a buscar aproximação com outros países e criar políticas de financiamentos para
clientes estrangeiros. Como exemplo, pode-se citar o Banco de Importação e Exportação da
China, que está em processo para abrir uma sede no Rio de Janeiro e o Banco da Indústria e
Comércio da China, que está negociando para obter uma agência em São Paulo, ou até
mesmo a intenção dos países que formam os BRICS em criar uma Banco de desenvolvimento
no âmbito desse acordo multilateral.
Ainda, pode-se relacionar novamente os atos e ações políticos do governo chinês à teoria
da Economia Política Internacional, quando se lembra da teoria de Gilpin e de sua explicação
acerca do interesse dos governos em fazer parte da economia internacional, de como o
intercambio é natural do ser humano, e esta expansão, que é estabelecida de forma gradual, é
fruto das oportunidades geradas devido à remoção das limitações externas, como as estruturas
políticas, atingindo assim a maximização da eficiência econômica e elevação da
interdependência global.
Relações
12
América Latina
Diminuindo-se o corte geográfico, para adentrarmos nos objetivos do ensaio, pode-se
identificar três premissas para a recente aproximação entre a China e a América Latina: 1) O
Grande Avanço Tecnológico, 2) O Contexto Geopolítico e 3) A Redistribuição de Poder
Internacional. O fato é que o avanço tecnológico tornou mais fácil a logística de transmissão
de informações e de troca de mercadorias entre a América Latina e a China, seguindo-se a
isso a recém adquirida notabilidade da América Latina no plano econômico internacional,
como potencial de mercado de exportação – e não só de commodities – e de consumo, além
do que os vácuos de poder proporcionados pela crise nos países desenvolvidos tornou
propícia a criação de novas relações entre países. A estrutura da Economia Política
Internacional mudou e trouxe vantagens, a exemplo da maior flexibilidade entre os países e a
informalidade em transações das mais diversas. Aqui é possível relacionar os movimentos da
Economia Política Internacional com a teoria da estabilidade econômica, de Gilpin, e seu
fator determinante, os princípios do livre mercado, como a abertura e a não-discriminação.
Do lado histórico, as relações entre a América Latina e a China se tornaram visíveis
nos anos 90, em função da universalização da Política Externa Chinesa. Dos anos 90 aos
2000, a China passa a obter mais recursos, a se desenvolver mais, e, portanto, a procurar mais
países para obter fornecedores e parceiros comerciais. Neste momento, os principais
obstáculos são a força da tradição, a logística para o transporte e a questão financeira – tarifas
alfandegárias, por exemplo. Nos anos 2000, a ousadia dos brasileiros aumenta e surge um
pequeno comércio, estável e perceptível. Nesse período, em que a China pretende diversificar
seus fornecedores e diminuir sua dependência das grandes potências, oportunidades
comerciais para a América Latina surgem. Claro, ainda há muitas dificuldades a ser vencidas,
na época, a exemplo dos portos de difícil acesso e com problemas de infraestrutura – os
portos chineses eram muito rasos e dificultavam a entrada para grandes embarcações -, dos
dificuldades de financiamento, da precária logística interna tanto na China quanto nos países
latinos e da falta de planejamento estratégico tanto por parte dos governos quando das
empresas.
Assim, a política externa chinesa em relação à América latina se fundamenta em
quatro princípios, que sejam: 1) O desenvolvimento como fim fundamental, no sentido de
13
desenvolver a nação e diminuir a fome, a miséria e outros índices sociais importantes, no país,
2) O multipolarismo como ideal, no sentido de uma rejeição ao acúmulo d epoder em um
único centro, 3) O pacifismo como meio para relações internacionais, o que pode ser provado
pelo aumento das iniciativas em cooperação encabeçadas pelo governo chinês (o exemplo
clássico é a diretoria global do Han Ban) e 4) O Soberanismo, no sentido de que os BRICS,
em geral, almejam autonomia, e esse é um dos objetivos do governo chinês, também.
A movimentação da China e dos BRICS em geral, em torno da intensificação de suas
relações e do aumento do fluxo de comércio aparte dos países mais desenvolvidos é um
contraargumento forte à teoria do Sistema Mundial Moderno, de Gilpin. Gilpin afirma que o
mercado mundial, segundo a teoria, seria um mecanismo de exploração econômica
hierarquizada, ou seja, os mais desenvolvidos suplantando aqueles com pouco
desenvolvimento. Acontece que os BRICS fogem diretamente a essa assertiva, especialmente
quando se considera a crise internacional como fator determinante para a intensificação do
relacionamento entre eles.
Atualmente, a China possui demanda por produtos agrícolas e minérios, porém,
recentemente, brasileiros começaram a reivindicar investimentos em manufaturados, também,
no sentido de provar o incremento do relacionamento comercial entre os países. Ainda nesse
sentido, segundo o professor Alexandre Barbosa, da USP, o Brasil perde espaço no mercado
norte-americano e também no sul-americano para os produtos chineses, o que não pode senão
provar o quanto os produtos chineses estão infiltrados nos diversos mercados mundo afora.
Ainda sobre o Brasil, é importante citar que, desde 1974, quando foram reestabelecidas as
relações diplomáticas entre os dois países, os brasileiros buscam aproximação com o país.
Alexandre Barbosa descreve, portanto, quatro grupos de países da América Latina que
absorvem o mercado chinês de formas diferentes: 1) China-Peru, que são os países que
exportam para a China apenas produtos agrícolas, 2) China-Brasil/China-Argentina, que são
os países que sofrem com a concorrência chinesa, em relação aos produtos manufaturados,
mas que também exportam produtos agrícolas para a China, 3) China-México/China-América
Central, que são os países que sofrem muito com a concorrência chinesa e que não
conseguem aproveitar de forma satisfatória as oportunidades oferecidas pela China e 4)
China-Equador/China-Uruguai, que são os países exportadores de commodities que ainda não
encontraram espaço no mercado chinês.
Aqui faz sentido, novamente, evocar a teoria da economia política internacional de
Gilpin, falando dos BRICS, suas oportunidades de negócio, cooperação e relacionamento, e
14
relacioná-los com os antigos núcleos desenvolvidos. Afinal, em sua teoria, Gilpin afirma que
nas regiões de exploração recente, nas periferias ainda pouco desenvolvidas, o
desenvolvimento do mercado e das tecnologias é muito mais acelerado do que naquelas
regiões centrais onde o desenvolvimento cresce de forma mais discreta, pois já alcançou um
estagio mais avançado. Isso não pode ser, senão mais um ponto a favor do modelo criado por
Gilpin, uma comprovação gerada pelo relacionamento entre as periferias, independente do
relacionamento entre os países mais desenvolvidos.
Dessa forma, fica fácil delinear os principais objetivos da China nessa relação, que
sejam a criação de recursos para o desenvolvimento do país, a garantia e incremento da ordem
interna e externa e a dinamização e aumento de sua participação no cenário internacional.
Esses objetivos movimentam a China e os países da América Latina em suas relações, em
cinco dimensões: 1) O Multilateralismo, 2) A Cultura, 3) A Segurança, 4) A Política
Diplomática e 5) A Economia Comercial. Dessas, na América Latina estão em
desenvolvimento as três primeiras, enquanto as duas últimas já são destaque no
relacionamento entre a China e os países referidos.
Brasil
As relações entre a China e o Brasil, como visto, não são as mais mutualistas. Isso se
relaciona à teoria do Sistema Mundial Moderno, de Gilpin, de todo modo. A China funciona
como um Hard Power, enquanto o Brasil precisa resignar-se à posição de Soft Power. Dessa
forma, há dificuldades ainda para o relacionamento tanto do lado brasileiro quanto do lado
chinês. Ainda assim, a corrente de comércio entre os dois países cresceu mais de 30% nos
últimos 2 anos, alcançando 84 bilhões de dólares (USD).
Do lado chinês, o catálogo de orientação de investimento da indústria para o Brasil é:
1) a construção de infraestrutura e logística, 2) a cultura agrícola, 3) a indústria de exploração
mineral, 4) as manufaturas e 5) o mercado de serviços. Sobre isso, as considerações
importantes dizem respeito ao fato de a China não mais ser uma economia completamente
voltada para a agricultura e que se desenvolve, conforme mencionado, com foco
principalmente na qualidade no setor de manufaturas, como automóveis, máquinas e
equipamentos eletrônicos. Os problemas que os chineses enfrentam para investir no Brasil
dizem respeito, primeiramente, à comunicação. Tanto o idioma (afinal, o mandarim não é
ainda uma língua muito internacional, nem tampouco o português) quanto o fuso horário (12
15
horas, em média) atrapalham a comunicação entre empresários e envolvidos dos dois países.
Ainda, a distância territorial dificulta o comércio, especialmente de cargas que necessitam de
rapidez no transporte. Os processos burocráticos brasileiros também dificultam a interação,
afinal, é bastante demorado conseguir vistos de trabalho para estrangeiros, sem falar na
burocracia para fechamento de empresas no Brasil. Outro desafio é a tributação. Práticas
como o imposto por dentro, as taxas repetidas entre estados e os impostos em cascata ou com
juros compostos tornam caras as transações financeiras e de produtos, além de tirarem a
competitividade dos produtos brasileiros. O Brasil, ainda, é um país que utiliza-se bastante de
ferramentas antidumping, o que impede a entrada de muitas empresas chinesas no país, é um
país com infraestrutura não suficiente para recebimento do potencial de comércio que a China
possui, além de ter uma taxa de câmbio bastante flutuante (em média de 1% por dia) e possuir
restrições para as remessas bancárias para o exterior. O mercado brasileiro, deste ponto de
vista, deveria se comportar de forma mais agressiva seguir as regras do jogo para adquirir
competitividade.
Do lado brasileiro, o mercado chinês possui, também, muitas barreiras, que dificultam
a entrada de empresas brasileira no país. O conselho de segurança chinês é bastante forte. Já
existem empresários brasileiros reivindicando uma maior abertura do mercado chinês,
usando-se do princípio da reciprocidade, uma vez que o Brasil, ademais das dificuldades que
impõe, é bastante receptivo à China e a seus produtos. Ademais disso, a China demonstra
preferência por países orientais, mais próximos, para suas relações intergovernamentais, de
forma que o Brasil por vezes sai prejudicado. O Brasil, de toda forma, enxerga a China como
uma parceira estratégica no cenário global. Aparenta acreditar que a relação entre os dois
países se fundamenta em mais que apenas transações comerciais bilaterais, e, por isso, as
exigências a par à abertura de mercado por parte dos chineses podem ser postergadas. O
Brasil é, de todo, a porta de entrada dos chineses na América Latina e seu maior parceiro
comercial na região. É fácil notar, novamente lembrando a teoria elaborada por Gilpin, a
ausência de uniformidade entre o desenvolvimento econômico de cada agente e de cada setor
interno das economias quando se compara as dificuldades existentes para relacionamento
entre os países.
16
Ambiente de Negócios
O ambiente de mercado chinês é sem dúvida o que mais atrai olhares ao redor do mundo,
sem ser, no entanto, o mais bem explorado, especialmente entre brasileiros. Há problemas que
envolvem a legislação em ambos os países, assim como logísticos ou culturais, problemas
estes que poderiam ser facilmente evitados caso houvesse preocupação e dedicação de tempo
em planejamento de atividades e de negócios.
Abstendo-me, por hora, de expor considerações acerca do negociador ou do empresário
chineses, acreditamos ser conveniente descrever o comportamento do empreendedor
brasileiro típico – tomando o cuidado de restringir-me ao estereótipo normalmente encontrado
em empreendedores envolvidos com comércio exterior-, o aventureiro.
O mercado internacional chama a atenção com bastante facilidade, memorável expor. Os
preços praticados em outros países muitas vezes aparecem como potenciais altíssimos de
lucro rápido e fácil. Isso atrai, afinal falamos de um sistema capitalista, empreendedores que
decidem arriscar-se em prol da possibilidade de lucro. Sabendo-se que a inserção no mercado
internacional é um processo longo e complexo, é fácil imaginar por que tantos empresários
sem preparação (aventureiros) vão à bancarrota ou adquirem dívidas ao longo da carreira, e,
normalmente, por falta de conhecimento e informação especializados.
Um trabalho que pretenda dissociar a imagem do exótico e do esotérico de certo país, de
sua potencialidade comercial, não pode senão representar um grande avanço no sentido da
aproximação entre teoria, prática e extensão, de forma que empreendedores podem e devem
utilizar-se desse tipo de material para alcançar resultados. Postula-se ainda a importância e
relevância do trabalho das empresas de consultoria, no sentido de que ser um aventureiro não
é necessariamente o problema, mas sim, adentrar o mercado e tentar impor-se sem o devido
amparo, somente para esbarrar-se nos mesmos embargos e obstáculos que todos os outros
inexperientes.
Deve-se manter sempre em mente a lição dada por Sarquis, em seu
livro “Comércio Internacional”de que depreende-se dessas teorias (as teorias
básicas de comércio) a lição de que o comércio, impulsionado pela
abertura comercial, engendra ganhos econômicos estimulados pelo uso
eficiente das vantagens comparativas. Esse é o mote que deve guiar os
17
empreendedores brasileiros no sentido de compreender as diferenças
estruturais entre os países e culturas, de modo a adaptar-se para
possibilitar o aumento do fluxo de comércio e de oportunidades de
negócio.
O ambiente de negócios chinês é bastante diferente do ambiente de negócios com o
qual estão acostumados os empresários brasileiros. A dinâmica de negociação do
empreendedor chinês foge muito ao padrão praticado pelo brasileiro. Dessa forma, convém
descrever algumas características que diferenciam os empresários chineses e os brasileiros, de
forma a criar um guia capaz de facilitar a negociação e preparar melhor o empreendedor
brasileiro para o aproveitamento das oportunidades de negócio geradas na China.
Primeiramente, deve-se falar do tempo. Na China, as negociações costumam ser lentas
e graduais. Não se pode querer fechar um negócio com um chinês em poucos dias, como
acontece no Brasil. É necessário ter paciência, não pular etapas e passar credibilidade e
confiança. Aos poucos, os chineses sentem-se à vontade e a negociação tende a fluir. A dica
básica é focar em poucos fornecedores, quando na China, para que haja foco de negociações e
investimento pesado em tempo e relacionamento.
Em segundo lugar, o benefício mútuo é um fator primordial. O Chinês leva muito a
sério a negociação em que os dois lados ficam satisfeitos, e sua avaliação, diferente do padrão
brasileiro, ultrapassa muito rápido a questão do preço. O chinês procura qualidade, princípios
e possibilidades de negócio em escala e durabilidade, que são, também, traços marcantes de
sua cultura. Em feiras e showrooms chineses a dica é estabelecer contatos em que seu negócio
pode interferir, mas nunca forçar o fechamento da negociação. As oportunidades nunca são
fechadas nesses eventos, na China, somente iniciadas.
O propósito de valor também é um diferencial interessante. O chinês sempre fica mais
confortável com pessoas que conhecem muito bem o seu negócio, e por isso indagam muito.
Querem saber o quanto você sabe, o quanto está envolvido, qual o seu valor agregado e
características afins. Dessa forma, a especificidade é uma outra característica bastante
valorizada na China. O chinês, tradicionalmente, trabalha sobre uma margem produtiva. É
importante especificar muito seu preço, seus limites e seu diferencial, pois é nisso que as
decisões de fechamento dos chineses se baseiam.
Ainda, os chineses trabalham, em seus negócios, baseados em três pilares: 1) Preço 2)
Quantidade 3) Estoque. Quando da apresentação de propostas de negócio a chineses, deve-se
primar por deixar claros todos os três pontos. O brasileiro normalmente peca por valorizar 18
demais o preço como argumento de venda básico. Os chineses apreciam o acompanhamento
do processo produtivo e normalmente prezam muito por inspeções finais de produção, além
de terem crivos muito pesados sobre serviços de agenciamento, de logística e de desembaraço
aduaneiro.
A barreira linguística ainda impõe-se como um problema grande. A utilização de
serviços de tradução, e, portanto, de intermediários na negociação, é um fato que, para o
chinês, é desestimulante. Preza-se muito, na China, por estrangeiros fluentes em mandarim e
outros dialetos, visto que isso diminui as possibilidades de erro e de má fé por parte de
intermediários desconhecidos. Isso é um exemplo de um outro valor que os chineses prezam
muito nas negociações, o relacionamento. O chinês normalmente procura obter informações
sobre a outra parte da negociação em situações informais. A postura do empresário, nestes
momentos, tanto quanto na mesa de negociações, é o que determinará as oportunidades que
conquistará na China. O chinês valoriza as relações interpessoais e princípios claros na hora
da negociação.
Mais do que montar um guia para facilitar a negociação, o objetivo desta parte do
ensaio foi mostrar, novamente, a teoria de Gilpin, de que o sistema capitalista rege não só o
sistema global como um todo, mas também a vida individual em particular. É por isso que o
lado individual e as especificidades culturais e estruturais de cada país são importantes para a
economia política internacional como um todo. Não são só as chances de sucesso de um
empresário em uma mesa de negociações que estão em jogo, mas toda uma compreensão
acerca do relacionamento entre as economias e as possibilidades de intercâmbio e cooperação,
previstos e descritos por Gilpin, que fazem a diferença aqui.
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Considerações Finais
Assim, cabe trazer à tona novamente as conclusões apresentadas ao longo do ensaio.
Em primeiro lugar, concluímos que a teoria “dual” de Gilpin se comprova nos movimentos
políticos do governo chinês em direção ao mercado internacional, afinal, eles nada mais são
que uma reação a um desejo universal de aumentar a eficiência e maximizar a riqueza. Além
disso, ficou explicitado que a remoção das limitações externas colocam em voga o interesse
dos governos no intercâmbio e na troca, portanto, na economia internacional, de forma que há
a maximização da eficiência econômica e elevação da interdependência global.
Sobre os BRICS, foi mostrado que apresentam um desenvolvimento de mercado e de
tecnologias muito mais acelerado, segundo a teoria de Gilpin, em comparação com as regiões
centrais, de forma que a abertura comercial impulsiona o comércio internacional,
engendrando, segundo Sarquis, ganhos econômicos estimulados pelo uso eficiente das
vantagens comparativas.
Por fim, mostramos que o lado individual e as especificidades culturais e estruturais de
cada país são importantes para a economia política internacional por proporcionar uma
compreensão acerca do relacionamento entre as economias e as possibilidades de intercâmbio
e cooperação, previstos e descritos por Gilpin.
Dessa forma, não se pode, após a elocubração dos argumentos acima, concluir outra coisa
senão a hipótese inicial apresentada no início do ensaio: os movimentos interrelacionais entre
a China e outros países em desenvolvimento representam uma proposta surgida da
emergência da nova ordem mundial em um ambiente multipolarizado, sendo, portanto,
contrário à ideia de uma nova manifestação neocolonial.
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Referências Bibliográficas
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Sucos Cítricos em seminário “As negociações comerciais com a China: estudo da
pauta brasileira de exportação” a 13 de setembro de 2012.
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(2008) Disponível em .vermelho: Acesso em 26 de setembro de 2012.
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Acesso em 22 de setembro de 2012.
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University Press, Princeton, 1987.
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QUAGIO, Ivan. “Olhos Abertos: A História da Nova China. Da Morte de Mao à
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TREVISAN, Cláudia. “Os Chineses.” Ed, Contexto. 2009
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JABBOUR, Elias. “’Conceito científico’ e os desafios do desenvolvimento da China
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