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“TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA” “Porque o Brasil parou de crescer e começou a retroceder ? Paulo Sandroni São Paulo, Julho 2016

“TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA” Pib março... · Contas do Governo Superávit / Déficit em Bilhões de Dolares. O TRIPÉ

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“TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS

DA ECONOMIA BRASILEIRA”

“Porque o Brasil parou de crescer e começou a retroceder ?”

Paulo Sandroni São Paulo, Julho 2016

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CRESCIMENTO DO PIB

-4

-2

0

2

4

6

8

Anos50

Anos60

Anos70

Anos80

Anos90

Anos2000

Ano10

Ano11

Ano12

Ano13

Ano14

Ano15

6,5

5,1

7,2

1,32,2

3,2

7,5

2,71,0

2,3-0,1-3,8

Taxa de Crescimento do PIB, Anos 1950 - 2015

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O que aconteceu na passagem dos anos 70

para os 80?

Por que esta queda tão brusca no

crescimento do PIB?

Se tivessemos continuado a crescer no

mesmo ritmo das tres decadas anteriores

seriamos hoje certamente a segunda ou

terceira potencia economica mundial.

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Vários fatores contribuiram para esta queda.

A) A crise internacional provocada pela

desvalorizacão do dolar e a crise do petroleo

B) O aumento intenso de nossa divida

externa, e,

C) O crescimento intenso da inflacão.

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Dolar ate 1971 ( Bretton Woods)

U$ 35 = 1 oz. ouro fino

Dolar em 1978

U$ 500 = 1 oz. ouro fino

Dolar em 1979 ( invasão Afeganistão URSS)

U$ 800 = 1 oz. ouro fino

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Divida externa brasileira:

1972 U$ 9,2 bilhões

Reservas - U$ 4,5 bilhões

1982 U$ 67,0 Bilhões

Reservas – U$ (4,3) Bilhões

Inflacão anual:

1972 - 15%

1982 - 100%

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1983 – Brasil em Default por não conseguir

pagar seus compromissos externos.

Terapias para o Ajuste: A) Desvalorizar o cambio ( acelera inflacão)

B) Aumentar a taxa de juros ( gera recessão)

C) Cortar salarios ( reduz consumo)

D) Aumentar impostos ( reduz o investimento)

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Estas quatro politicas provocaram uma

queda nos investimentos e consequente

reducão do crescimento;

Na decada de 1980 crescemos apenas 1,3%

como media anual e na decada seguinte

(anos 90) o crecimento não passou de 2,2%

como media anual.

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A inflacão impulsionada pelas

desvalorizacões cambiais iniciou um forte

galope.

Um pouco antes do Plano Real em 1994

havia atingido a marca estratosferica de

cerca de 45% ao mes!

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As desvalorizações cambiais a partir de 1982 e

a retração intensa do PIB provocaram uma

elevacão das exportacões e uma contração nas

importacões.

Comparando 1980 e 1984 observamos uma

alteracão substancial: as exportacões

aumentam e as importacões despencam.

Mas a questão do endividamento externo

elevado

permanece sem solução.

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O PLANO REAL

O Plano Brady

A URV e

A ancora cambial

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TRANSAÇÕES CORRENTES

-1689

-17972

-23136

-32425 -33611

-40000

-35000

-30000

-25000

-20000

-15000

-10000

-5000

0

Do

lare

s

1994 1995 1996 1997 1998

Anos

Transações Correntes Em Milhões de Dolares

Transações

Correntes

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DÉFICIT PÚBLICO

5,1

-23,2 -21,0 -21,9

-33,1

-45

-35

-25

-15

-5

5

15

Do

lare

s

1994 1995 1996 1997 1998

Anos

Contas do Governo Superávit / Déficit em Bilhões de Dolares

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O TRIPÉ

Cambio Flutuante

Metas de Inflação

Superávit Primário

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METAS DE INFLAÇÃO

Meta Lim Sup/Inf. IPCA 1999 - 8,0 6,0 – 10,0 8,94

2000 - 6,0 4,0 - 8,0 5,97

2001 - 4,0 2,0 - 6,0 7,67

2002 - 3,5 1,5 - 5,5 12,53

2003 - 4,0 1,5 - 6,5 9,30

2004 - 5,5 3,0 - 8,0 7,60

2005 - 4,5 3,0 – 8,0 5,69

2006 - 4,5 2,5 - 6,5 3,14

2007 - 4,5 2,5 – 6,5 4,46

2008 - 4,5 2,5 - 6,5 5,90

2009 - 4,5 2,5 - 6,5 4,31

2010 - 4,5 2,5 - 6,5 5,91

2011 - 4,5 2,5 - 6,5 6,50

2012 - 4,5 2,5 - 6,5 5,80

2013 - 4,5 2,5 - 6,5 5,90

2014 - 4,5 2,5 - 6,5 6,40

2015 - 4,5 2,5 - 6,5 10,55

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SUPERÁVIT PRIMÁRIO

0,4 -0,1

-0,9

0,2

3,23,23,7

4,04,44,64,8

3,94,04,1

2,1

2,73,2

2,11,9

-0,5

-1,9 -1,8

-3

-2

-1

0

1

2

3

4

5

6

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

%Superavit / Déficit Primário do Setor Público Federal

em % PIB, 1995-2013

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SUPERÁVIT PRIMÁRIO

3,74,0

4,4 4,6 4,83,9 4,0 4,1

2,12,7

3,22,1 1,9

-0,5-1,9 -1,8

8,9 8,59,5

7,38,1

6,96,2

5,64,6

5,3 5,74,9 5,2

4,3

5,25,5

5,2 4,6 5,2 2,7 3,3 3,0 2,3 1,5 2,5 2,6 2,5 2,8 3,3

4,8

7,1 7,3

-4,0

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

*

Superavit Primário(SP), Juros Nominais(JN) e Resultado Nominal

(RN) do Setor Público Federal em % PIB, 2001-2013

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Superávit Primário em 2013

R$ 99 bilhões

Juros

R$ 269 bilhões

Diferença R$ 170

bilhões

Em 2014, 2015 e 2016 Deficit Primário!

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BALANÇA COMERCIAL

10,4

-3,4

-5,6

-8,1

-6,5

-1,2

-0,5

0,7

11,2

25,4

34,8

44,347,8

40,1

24,824,6

20,2

29,7

19,4

2,5 -3,9

19,0

-20,0

-10,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

Saldos da Balança Comercial Brasileira, 1994- 2015

* Até outubro de 2010

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0,4

-30,6-26,3

-75,8 -77,0-74,2 -74,8

-104,2

-58,9

-25,0

-120,0

-100,0

-80,0

-60,0

-40,0

-20,0

0,0

20,0

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016*

Déficit em Transações Correntes

Bilhões de Dolares

Fonte: Banco Central * Projeção

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CARGA TRIBUTÁRIA TOTAL /PIB

%

1996 24%

2014 36%

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O Crescimento do PIB depende da taxa de

investimento.

O estímulo ao investimento está vinculado à

existência de demanda e de financiamento

de médio e longo prazo com taxas de juros

moderadas.

E do nível de confiança dos investidores.

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Em 2015 nenhum deles esteve

presente. A instabilidade política em

2016 contribui para o agravamento

da crise.

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Soluções? Lembremos de 4 momentos de oportunidades

perdidas:

1- 1975/77 Geisel – M. H. Simonsen

2- 1980/82 Figueiredo – Delfim Neto

3 - 1997/98 FHC – Pedro Malan

4 - 2013/14 Dilma – Guido Mantega