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8/16/2019 Teol.cristã Em Quadros- h http://slidepdf.com/reader/full/teolcrista-em-quadros-h 1/152  V icia Teologia CRISTÃ EM QUADROS Conheça melhor a teologia cristã por meio de tabelas e diagramas cronológicos e explicativos H. Wayne House

Teol.cristã Em Quadros- h

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 V icia

Teologia

CRISTÃEM QUADROSConheça melhor a teologia cristã por meio de tabelas 

e diagramas cronológicos e explicativos

H. Wayne House

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1 "m as aqueles que esperam no Senhor renovam as suas 

forças. Voam bem alto como águias; correm e não ficam exaustos,  

andam e não se cansam".

INDICAÇÃO" PRESBÍTERO

 ATENÇÃOESTA É SOMENTE UMA INDICAÇÃO, QUANDO PUDERES ADQUIRA

 

A OBRA EM UMA LIVRARIA DE SUA PREFERÊNCIA

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Teologia Cristã

em Quadros

H. WAYNE HOUSE

/editora ■

 Vida Prazer, emoção e conhecimento

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ISBN 85-7367-311-7

Categoria: Teologia/Referência

Este livro foi publicado em inglês com o títuloCharts o f Christian Teology and Doctrme  por Zondervan Publishing House

®-1986 por The Zondervan Corporation® 1999 por Editora Vida

Traduzido por Alderi S. de Matos, Th. D.

Ia impressão, 1999  2a impressão, 2000 

Todos os direitos reservados na língua portuguesa porEditora Vida, rua Júlio de Castilho, 28003059-000 São Paulo, SP — Telefax: (Oxxll) 6096-6833

Gerência editorial: Reginaldo de SouzaPreparação de textos: Jair A. RechiaRevisão de provas: Fabiani Medeiros

Capa: Nouveau ComunicaçãoDiagramação: Imprensa da Fé

Filiado a:

Impresso no Brasil, na Imprensa da Fé 

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A W. Robert Cook, com quem aprendi minha teologia básica, 

e a Earl  D. Radmacher, mestre, amigo e pai adotivo espiritual, com quem  

aprendi a viver a minha teologia 

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  umário

Prolegômenos

1. Traços Distintivos dos Sistemas Teológicos 112. Modelos Teológicos Feministas Contemporâneos 213. Guia para a Interpretação de Textos Bíblicos 22

4- Comparação entre Teologia do Pacto e Dispensacionalismo 235. Esquemas Dispensacionais Representativos 25

Bibliologia

6. Modelos de Revelação 267. Concepções Acerca da Revelação Geral 298. Modalidades da Revelação Especial 309. Teorias de Inspiração 31

10. Teorias Evangélicas de Inerrância 3211. Maneiras de Harmonizar as Discrepâncias da Escritura 3312. Respostas a Supostas Discrepâncias da Escritura 34

Teologia Propriamente Dita

13. Concepções Rivais Acerca de Deus 3814. Sete Grandes Cosmovisões 4115. Argumentos Clássicos a Favor da Existência de Deus 4216. Avaliação dos Argumentos Clássicos a Favor da Existência de Deus 4417. O Conhecimento de Deus 4618. Esquemas de Classificação dos Atributos Divinos 4719. Representação Gráfica dos Atributos de Deus 4820. Definições dos Atributos de Deus 4921. O Desenvolvimento Histórico da Doutrina da Trindade 5122. Antigo Diagrama da Trindade Santa 5323. Principais Noções Acerca da Trindade 5424. Uma Apresentação Bíblica da Trindade 56

25. Concepções Falsas Acerca da Trindade 5826. Os Nomes de Deus 59

Cristologia

27. Heresias Cristológicas Históricas 6128. Falsas Concepções Acerca da Pessoa de Cristo 6329. A União da Divindade e da Humanidade na Pessoa do Filho 6430. Teorias Acerca da Kenosis   6531. A Pessoa de Cristo 6532. Profecias Messiânicas Cumpridas em Cristo 6833. A Pecabilidade versus Impecabilidade de Cristo 7034. Teorias Acerca da Ressurreição de Jesus Cristo 71

Pneumatologia35. O Ensino Bíblico Acerca do Espírito Santo 7436. Títulos do Espírito Santo 7637. A Obra do Espírito Santo na Salvação 7738. Quatro Conjuntos de Dons Espirituais 7839. Síntese dos Dons Espirituais 7940. Pontos de Vista Acerca das “Línguas” 82

Angelologia

41. Comparação entre os Anjos, os Seres Humanos eos Animais 8342. Os Filhos de Deus em Gênesis 6 8443. O Ensino Bíblico Acerca dos Anjos 85

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44- A Doutrina de Satanás e dos Demônios 8645. Nomes de Satanás 88

Antropologia

46. Teorias Acerca da Constituição do Homem 8947. As Dimensões da Imago Dei   9148. Concepções sobre a Natureza da Imago Dei   9249. Teorias da Justiça Original 93

50. Teorias do Pecado Original 9451. A Imputação do Pecado de Adão 9552. Teorias sobre a Natureza do Pecado 98

  oteriologia

53. Definição dos Termos Básicos da Salvação 9954. Concepções Acerca da Salvação 10055. Comparação de Termos Soteriológicos 10156. A Aplicação da Salvação no Tempo 10257. Argumentos Tradicio'nais sobre a Eleição 10358. Principais Concepções Evangélicas sobre a Eleição 10559. A Ordem dos Decretos 10660. Os Cinco Pontos do Calvinismo e do Arminianismo 107

61. Diferentes Concepções Acerca dos Meios de Graça 10962. Vocação Geral versus Vocação Eficaz 11063. Os Sete Sacramentos Católico-Romanos 11164. Concepções Acerca da Expiação 11265. A Extensão da Expiação 11466. A Teoria Penal Substitutiva da Expiação 11567. Os Resultados da Morte de Cristo 11668. Variedades do Universalismo 11769. Concepções Acerca da Santificação 11970. Cinco Concepções Acerca da Santificação 120

Eclesiologia

71. O Fundamento da Igreja 122

72. Uma Comparação Dispensacional entre Israel e aIgreja 12373. A Igreja Local Contrastada com a Igreja Universal 12474. Analogias entre Cristo e a Igreja 12575. Os Ofícios de Presbítero e Diácono - Qualificações e Deveres 12676. Qualificações Funcionais dos Presbíteros e Diáconos 12777. O Ofício de Presbítero 12878. O Ofício de Diácono __ 12979. Quatro Concepções sobre o Batismo com Água 13080. Quatro Concepções sobre a Ceia do Senhor 13281. Disciplina Eclesiástica 13482. Fluxograma de Disciplina Eclesiástica 135

Escatologia

83. Termos Básicos sobre a Segunda Vinda de Cristo 13684. Concepções Acerca do Arrebatamento 13785. Concepções Acerca do Milênio 14186. Quadro Cronológico Dispensacional das ÚltimasCoisas 14587. Concepções Acerca das Últimas Coisas 14688. Perspectivas sobre o Extincionismo 14789. Castigo Eterno 148

Bibliografia 149

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Prefácio

A preparação deste livro de esboços de teologia e doutrina foi uma tarefa prolongada, porém frutífera. Desde

que comecei a ensinar teologia na Universidade LeTourneau e depois no Seminário Teológico de Dallas, senti quehavia a necessidade de um livro de esboços básicos semelhante ao meu O  Novo Testamento em Quadros   (Ed. Vida,1999). Este volume não é uma tentativa de oferecer uma análise ou panorama exaustivo da teologia. Antes, minhaintenção foi expor de maneira tão equitativa quanto possível as diferentes perspectivas acerca de uma grandevariedade de temas teológicos que com freqüência interessam aos estudantes de teologia ou pelo menos sãoencontrados por eles. Essencialmente, segui uma abordagem clássica da teologia, o que poderá desapontar algunsestudiosos. Todavia, creio que, de maneira geral, isto será mais benéfico aos professores, estudantes e leigos queserão os principais usuários desta obra. A teologia tem experimentado tempos difíceis em alguns círculos, porém,para aqueles que verdadeiramente valorizam a Palavra de Deus e desejam saber o que Deus está procurandorevelar ao seu povo, ela é uma tarefa necessária e gloriosa. Espero que todos aqueles que utilizarem este livroobtenham os benefícios que recebi ao escrevê-lo. E inevitável que ocorram diferentes tipos de erros na preparação

de um livro desta natureza, com sua infinidade de detalhes. Terei prazer em corrigi-los em futuras edições, àmedida que os leitores me informarem a respeito deles.

H. Wayne House

Soli Deo Gloria!

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 Agradecimentos

Muitas pessoas influenciaram na produção deste livro. Desejo agradecer aos alunos de minhas diferentesturmas de teologia no Seminário Teológico de Dallas, especialmente aos que me ofereceram uma assistência especialna elaboração destes esboços: Mark Allen, Rod Chaney, Kathie Church, Larry Gilcrease, Alan K. Ginn, CaseyJones, Mike Justice, Johann Lai, Randy Knowles, Toni Martin, Doreen Mellott, Steve Pogue, Greg Powell, Brian

Rosner, David Seider, Brian Smith, Gayle Sumner, Larry Trotter. Agradeço de maneira especial a Richard Greene,Greg Trull e Steve Rost, assistentes de pesquisa e amigos que trabalharam comigo neste e em outros projetos,prestando um serviço de amor a um irmão em Cristo. Se houver outros, peço perdão por meu esquecimento.

Alguns auxiliares de ensino do Western Baptist College também me foram úteis quando eu era deão e professorde teologia naquela escola: Rob Baddeley, Marie Thompson, Toni Powell e Colleen Schneider Frazier. Meu muitoobrigado também ao Professor Tim Anderson.

Também desejo expressar minha gratidão aos colegas do Seminário de Dallas (Craig Blaising, Lanier Burns,Norman Geisler, Fred Howe, Robert Ligthner e Ken Sarles) que examinaram os diferentes esboços relacionadoscom as suas especialidades teológicas.

Gregg Harris deu-me grande incentivo na decisão de empreender a produção deste livro utilizando meucomputador Macintosh e Aldus PageMaker. Obrigado Gregg.

Stan Gundry e Len Goss, da Zondervan, foram mais que pacientes em aguardar a conclusão desta obra. Elesdemonstraram simpatia e compreensão cristã para comigo durante os últimos anos, muito além do que eu poderiater esperado deles. Agradeço sinceramente ao Senhor por eles.

Finalmente, quero agradecer a minha esposa, Leta, e aos meus filhos, Carrie e Nathan, que têm sido umabênção de Deus para mim ao longo dos anos. O seu apoio realmente tem sido uma das maravilhosas dádivas deDeus a mim.

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L Traços Distintivos dos Sistemas Teológicos

Teologia Católica Romana Tradicional

Natureza da

Teologia

A teologia está evoluindo constantemente no seu entendimento da fé cristã. O princípio

inaciano da acomodação e o princípio do desenvolvimento, proposto por J. H. Newman,refletem a natureza mutável da teologia católica romana. O elemento de mudança docatolicismo deve-se primordialmente à posição de autoridade conferida ao ensino da igreja.

Revelação A Bíblia, incluindo os apócrifos, é reconhecida como a fonte autorizada de revelação, juntamente com a tradição e o ensino da igreja. O papa também faz pronunciamentosinvestidos de autoridade ex cathedra   (da cadeira) sobre questões de doutrina e moral. Essespronunciamentos são isentos de erro. A igreja é a mãe, guardiã e intérprete do cânon.

Muitos estudiosos católicos romanos posteriores ao Concílio Vaticano II afastaram-se doensino tradicional da igreja nessa área, abraçaram as perspectivas da alta crítica acerca dasEscrituras e rejeitaram a infalibilidade papal.

Salvação A graça salvadora é comunicada mediante os sete sacramentos, que são meios de graça. OBatismo, a Confirmação (ou Crisma) e a Eucaristia referem-se à iniciação na igreja. APenitência (ou Confissão) e a Unção estão relacionadas com a cura. O Matrimônio e asOrdens são sacramentos de compromisso e vocação.

A igreja ministra os sacramentos por meio do sacerdócio ordenado e hierarquicamenteorganizado. Segundo a concepção tradicional, não havia salvação fora da igreja, mas oensino recente tem reconhecido que a graça pode ser recebida fora da igreja.

No sacramento da Eucaristia, o pão e o vinho tornam-se literalmente o corpo e o sangue deCristo (transubstanciação).

Igreja Os quatro atributos essenciais da igreja são unidade, santidade, catolicidade e apostolicidade.Fundamentalmente, a igreja é a hierarquia ordenada, atingindo o seu ápice no papa.

A organização está constituída em torno de uma autoridade sacerdotal centralizada, queteve o seu início com Pedro. A autoridade do sacerdócio é transmitida por meio dasucessão apostólica na igreja. Os bispos de Roma têm autoridade para avaliar asconclusões acadêmicas e fazer pronunciamentos e definições conciliares.

A igreja é a mediadora da presença de Cristo no mundo. Deus usa a igreja como sua agentepara levar o mundo em direção ao seu reino.

Maria No Concílio de Efeso (431 d.C.), Maria foi declarada a mãe de Deus assim como a mãe de Jesus

Cristo, no sentido de que o Filho que ela deu à luz era ao mesmo tempo Deus e homem.

São observadas quatro festas marianas (anunciação, purificação, assunção e o nascimentode Maria).

Maria ficou isenta do pecado original ou de pecado pessoal em virtude da intervenção deDeus (a imaculada concepção).

Maria é a misericordiosa mediadora entre o ser humano e Cristo, o Juiz.

Algumas partes deste gráfico baseiam-se em materiais extraídos de Tensions in Contemporary  Theology [Tensões na Teologia C ontem porân ea], eds. Stanley

N. Gundry e Alan F. Johnson (Chicago: Moody Press, 1976). Usado mediante permissão.

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1. Traços Distintivos (continuação)

Teologia Natural

Definição A teologia natural é a tentativa de obter o entendimento de Deus e do seu relacionamento

com o universo por meio da reflexão racional, sem apelar à revelação especial tal como aauto-revelação de Deus em Cristo e nas Escrituras.

BaseEpistemo-lógica

Deus é o Ser eterno, imutável, soberano, santo, pessoal, criador do universo. Ele tem tudosob seu controle e desde a eternidade planejou o futuro por meio de seus eternos decretos.Isso é feito de tal maneira que ele não é moralmente responsável pelo mal.

Relação coma TeologiaRevelada

A teologia natural trata da existência e dos atributos de Deus a partir de fontes comuns atodos os seres humanos (criação, raciocínio lógico, etc.), ao passo que a teologia reveladatrata de verdades específicas discernidas nas Escrituras. A teologia natural requer somente

a razão, enquanto que a teologia revelada também requer fé e a iluminação do Espírito.

Propósitoda TeologiaNatural

A teologia natural pode ser usada apologeticamente para provar a existência de Deus. Elatambém fornece apoio à teologia revelada. Se as conclusões da teologia natural são aceitas,então também é “razoável” aceitar a verdade teológica revelada. Assim, a teologia naturaltem um propósito evangelístico.

PossíveisObjeções

A teologia natural carece de base bíblica.

A teologia natural tenta isentar a razão dos efeitos da queda e da depravação.

Teologia Luterana

Teologia A teologia estrutura-se em torno das três doutrinas fundamentais da sola scriptura  (somente a Escritura), sola gratia   (somente a graça) e sola fide   (somente a fé).

Cristo Cristo é o centro da Escritura. A sua pessoa e obra, especialmente a sua morte vicária,são o fundamento da fé cristã e da mensagem da salvação.

Revelação Somente a Escritura é a fonte autorizada da teologia e da vida e ensino da igreja. A Escrituraé a própria Palavra de Deus, sendo tão verdadeira e dotada de autoridade quanto o próprioDeus.

No centro da Escritura estão a pessoa e a obra de Cristo. Assim sendo, o principal propósitoda Escritura é soteriológico - proclamar a mensagem de salvação em Jesus Cristo. APalavra, por meio da obra de Cristo, é o modo como Deus efetua a salvação.

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1. Traços Distintivos (continuação)Salvação A salvação é somente pela graça mediante a fé. A fonte da salvação é a graça de Deus manifestada

pela obra de Cristo, o fundamento da salvação. O meio de receber a salvação é somente a fé.

As pessoas em nada contribuem para a sua salvação. Elas estão inteiramente destituídas delivre-arbítrio com respeito à salvação, e assim Deus é a causa eficiente da salvação.

O Espírito Santo atua por intermédio da palavra do Evangelho (inclusive o batismo e a Ceiado Senhor) para trazer salvação.

O Espírito usa o batismo das crianças para produzir nelas a fé e levá-las à salvação.

A Eucaristia (ou Ceia do Senhor) envolve a presença real de Cristo com o pão e o vinho,embora tais elementos permaneçam pão e vinho (consubstanciação).

A teologia da cruz deve ser a marca da verdadeira teologia. Em vez de se concentrarem nascoisas referentes à natureza invisível e às obras de Deus, conforme discutidas na teologianatural, que Lutero chama de teologia da glória, os cristãos devem concentrar-se nahumildade de Deus revelada na morte de Cristo na cruz. Em uma teologia da cruz, oscrentes passam a ter o conhecimento de Deus e também um verdadeiro conhecimentode si mesmos e do seu relacionamento com Deus.

Teologia Anabatista

Teologia Os anabatistas não deram ênfase aos estudos teológicos sistemáticos. Antes, as doutrinaseram forjadas à medida que se aplicavam à vida. Os anabatistas caracterizaram-se por seuzelo missionário, vida separada e ênfase na eclesiologia.

Revelação A Bíblia deve ser plenamente obedecida na vida do cristão. Ela é a única autoridade e guia.O Espírito revela a mensagem da Palavra à comunidade da fé. A interpretação dasEscrituras é discernida principalmente nas reuniões da igreja. Os anabatistas tendem aconcentrar-se mais nos ensinos de Cristo e do Novo Testamento do que no AntigoTestamento.

Salvação O pecado não é tanto uma servidão do livre-arbítrio humano e sim a capacidade perdidade responder a Deus. O livre-arbítrio do ser humano lhe permite arrepender-se e obedecerao evangelho. Quando alguém se arrepende e crê, Deus o regenera para andar emnovidade de vida. A ênfase maior está na obediência e não no pecado, na regeneração enão na justificação.

Igreja A igreja é o corpo visível dos crentes obedientes a Cristo. A igreja existe como umacomunidade visível, e não como um corpo invisível ou uma igreja estatal.

Somente adultos crentes podem participar do batismo. O batismo testifica a separação docrente em relação ao mundo e o seu compromisso de obediência a Cristo.

Os sacramentos —batismo e Ceia do Senhor —são apenas símbolos da obra de Cristo; elesnão conferem graça ao participante. As características da vida do membro da igreja devemser conversão pessoal, vida santificada, sofrimento por Cristo, separação, amor pelosirmãos, não-resistência e obediência à Grande Comissão. A igreja é o reino de Deus queestá em constante conflito com o reino ímpio do sistema mundial. A igreja deveevangelizar no mundo, mas não deve participar do seu sistema. Isto afasta a participaçãoem qualquer ofício governamental ou serviço militar.

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1. Traços Distintivos (continuação)

Teologia Reformada

Teologia A teologia reformada fundamenta-se no tema central da soberania de Deus. Toda a realidadeestá sob o domínio supremo de Deus.

Deus Deus é soberano. Ele é perfeito em todos os aspectos e possui toda justiça e poder. Ele crioutodas as coisas e as sustém. Como o Criador, ele em nenhum sentido é limitado pelacriação.

Revelação A teologia reformada baseia-se somente na Escritura (sola scriptura). A Bíblia é a Palavra deDeus e como tal permanece isenta de erros em todos os aspectos. A Escritura dirige toda avida e ensino da igreja. A Bíblia possui autoridade em todas as áreas que aborda.

Salvação Na eternidade passada, Deus escolheu um certo número de criaturas caídas para seremreconciliadas com ele mesmo. No tempo oportuno, Cristo veio para salvar os escolhidos.O Espírito Santo ilumina os eleitos para que possam crer no Evangelho e receber asalvação. A salvação pode ser resumida nos Cinco Pontos do Calvinismo: DepravaçãoTotal, Eleição Incondicional, Expiação Limitada, Graça Irresistível e Perseverança dosSantos (as iniciais em inglês formam a palavra TULIP).

Igreja A igreja é composta dos eleitos de Deus que recebem a salvação. Por meio do pacto com

Deus, eles estão comprometidos a servi-lo no mundo.0 batismo simboliza a entrada na comunidade do pacto tanto para as crianças quanto para

os adultos, embora ambos possam renunciar ao seu batismo.

Quando os crentes participam com fé da Ceia do Senhor, o Espírito Santo atua neles paratorná-los participantes espirituais.

Em geral, os presbíteros eleitos pela igreja ensinam e governam a comunidade local.A unidade da igreja deve basear-se no consenso doutrinário.

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1. Traços Distintivos (continuação)

Teologia Arminiana

Teologia A teologia arminiana preocupa-se em preservar a justiça (equanimidade) de Deus. Como

pode um Deus justo considerar as pessoas responsáveis pela obediência a mandamentosque são incapazes de obedecer? Esta teologia dá ênfase à presciência divina, àresponsabilidade e livre-arbítrio humanos, e à graça capacitadora universal (graça comum).

Deus Deus é soberano, mas resolveu conceder livre-arbítrio aos seres humanos.

Salvação Deus predestinou para a salvação aqueles que ele viu de antemão que iriam arrepender-se ecrer (eleição condicional). Cristo sofreu pelos pecados de toda a humanidade; assim sendo,a expiação é ilimitada. A salvação pode ser perdida pelo crente, e por isso a pessoa deve

esforçar-se para não cair e se perder. Cristo não pagou a penalidade dos nossos pecados,pois se o tivesse feito todos seriam salvos. Antes, Cristo sofreu pelos nossos pecados paraque o Pai pudesse perdoar aqueles que se arrependem e crêem. A morte de Cristo foi umexemplo da penalidade do pecado e do preço do perdão.

Teologia Wesleyana

Teologia A teologia wesleyana é essencialmente arminiana, mas tem um senso mais forte darealidade do pecado e da dependência da graça divina.

Revelação A Bíblia é a revelação divina, o padrão supremo para a fé e a prática. Todavia, existemquatro meios pelos quais a verdade é mediada - a Escritura, a razão, a tradição e aexperiência (o quadrilátero wesleyano). A Escritura possui autoridade suprema. Depoisda Escritura, a experiência continua a ser a melhor evidência do cristianismo.

Salvação A salvação é um processo de graça com três passos: graça preveniente, graça justificadora egraça santificadora. A graça preveniente é a obra universal do Espírito entre o nascimento

e a salvação de uma pessoa. A graça preveniente impede que alguém se afaste muito deDeus e capacita a pessoa a responder ao evangelho, positiva ou negativamente. Paraaqueles que recebem o evangelho, a graça justificadora produz salvação e inicia oprocesso de santificação.

O crente tem como alvo a obtenção da inteira santificação, que é produzida pelo EspíritoSanto em uma segunda obra da graça. A inteira santificação significa que a pessoa foiaperfeiçoada em amor. A perfeição não -é absoluta, porém relativa e dinâmica. Quandoalguém pode amar sem interesse próprio ou motivos impuros, então ele ou ela alcançoua perfeição.

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!♦ Traços Distintivos (continuação)

Teologia Liberal

Teologia Os teólogos liberais procuram articular o cristianismo em termos da cultura e dopensamento contemporâneos. Eles buscam preservar a essência do cristianismo emtermos e conceitos modernos.

Deus Deus é imanente. Ele habita no mundo e não está acima ou separado dele. Assim,não existe distinção entre o natural e o sobrenatural.

Trindade O Pai não atua sobrenaturalmente, mas por meio da cultura, filosofia, educação esociedade. A teologia liberal geralmente é unitária e não trinitária, reconhecendo

somente a divindade cio Pai. Jesus estava “repleto de Deus”, mas não era Deusencarnado. O Espírito não é uma pessoa da Divindade, mas simplesmente a atividadede Deus no mundo.

Cristo Cristo deu à humanidade um exemplo moral. Ele também expressou Deus a nós. Cristo nãomorreu para pagar a penalidade dos nossos pecados ou para imputar a sua justiça aos sereshumanos. Ele não era Deus nem salvador, mas simplesmente o representante de Deus.

Espírito

Santo

O Espírito é a atividade de Deus no mundo, e não uma terceira pessoa da Divindade

igual em essência ao Pai e ao Filho.

Revelação A Bíblia é um registro humano falível de experiências e pensamentos religiosos. A validadehistórica do registro bíblico é posta em dúvida. As avaliações científicas provam que oselementos miraculosos da Bíblia são apenas expressões religiosas.

Salvação O ser humano não é pecador por natureza, mas possui um sentimento religioso universal.O alvo da salvação não é a conversão pessoal, mas o aperfeiçoamento da sociedade. Cristo

deu o exemplo supremo daquilo que a humanidade se esforça por alcançar e irá tornar-seum dia. De maneira característica, a teologia liberal tem negado uniformemente a queda,o pecado original e a natureza substitutiva da Expiação.

Futuro Cristo não irá voltar em pessoa. O reino virá à terra como conseqüência do progresso moraluniversal.

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1. Traços Distintivos (continuação)

Teologia Existencial

Teologia Os teólogos existenciais afirmam que precisamos desmitificar ou “desmitologizar” aEscritura. “Desmitologizar a Escritura significa rejeitar não a Escritura ou a mensagemcristã, mas a cosmovisão de uma época antiga.” Isso implica em explicar tudo o que ésobrenatural como sendo um mito. Por conseqüência, a parte importante da fé cristãpassa a ser a experiência subjetiva, e não a verdade objetiva (ver Salvação). A Bíblia,quando desmitologizada, não fala acerca de Deus, mas acerca do homem.

Deus É impossível um conhecimento objetivo da existência de Deus. O conceito de Deus foi umauxílio para os primeiros cristãos entenderem a si próprios, mas em nosso tempo, tendouma cosmovisão diferente, podemos ver o que está por trás do mito. Assim, Deus é anossa declaração acerca da vida humana. “Portanto, está claro que, se um homem vaifalar acerca de Deus, ele evidentemente precisa falar a respeito de si mesmo” (Bultmann).Se Deus existe, ele atua no mundo como se não existisse, e nós não podemos conhecê-lode nenhum modo objetivo.

Trindade A Trindade é um mito relacionado com o conteúdo sobrenatural da Bíblia (ver Deus).

Cristo Jesus é simplesmente um homem comum. Como o Novo Testamento é considerado ummito, nós não temos muito conhecimento do “Jesus histórico”, se é que temos algumconhecimento. Isso nos deixa um quadro de Jesus desprovido de qualquer intervenção“divina.” A Cruz nada significa no que se refere a levar os pecados de modo vicário, e aRessurreição é totalmente inconcebível como evento histórico. Isso também se aplica aoNascimento Virginal e a outros milagres.

EspíritoSanto

Tudo o que sabemos sobre o Espírito Santo provém de trechos sobrenaturais e não fidedignosda Bíblia, que na realidade são apenas míticos.

Revelação A Bíblia não é uma fonte de informações objetivas a respeito de Deus. Para melhorcompreenderem a si mesmas, as pessoas dos primeiros séculos criaram um mito em tornode Jesus. Ele não operou milagres nem ressurgiu dentre os mortos. Se pudermos “eliminaros mitos” do Evangelho, descobriremos o propósito original por trás do mito e poderemosencontrar orientação para as nossas vidas na atualidade. Isto é chamado de“desmitologização.” A Bíblia torna-se um livro que tem como objetivo transformar aspessoas por meio do encontro.

Salvação “Salvação” é encontrar o nosso “verdadeiro eu.” Isso é feito por meio da decisão de colocara nossa fé em Deus, e essa decisão irá mudar o nosso entendimento de nós mesmos. Assimsendo, a salvação é uma mudança de toda a nossa perspectiva e conduta de vida,fundamentada em uma experiência de “Deus”; não é uma mudança da natureza humana.Como nada conhecemos objetivamente acerca de Deus, é uma questão de “ter fé na fé.”

Mito Bultmann entendia um mito como um modo de falar do Transcendente em termos destemundo: “Mitologia é uma forma de simbolismo na qual aquilo que não é deste mundo,aquilo que é divino, é representado como se fosse deste mundo e humano; o ‘além’ érepresentado como ‘o aqui e agora.’”

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1. Traços Distintivos (continuação)

Teologia Neo-Ortodoxa

Teologia A neo-ortodoxia é mais uma hermenêutica do que uma teologia sistemática completa.Ela foi uma reação contra o liberalismo do final do século dezenove e esforçou-se porpreservar a essência da teologia da Reforma ao mesmo tempo que se adaptava aquestões contemporâneas. É uma teologia do encontro entre Deus e o ser humano.

Deus Deus é totalmente transcendente, exceto quando decide revelar-se ao ser humano.Deus é inteiramente soberano sobre a sua criação e independente dela. Deus não podeser conhecido por meio de provas (Kierkegaard). Deus não pode ser conhecido pordoutrinas objetivas, mas por meio de uma experiência de revelação.

Cristo Cristo, conforme manifesto na Escritura, é o Cristo da fé, e não necessariamente o Jesushistórico. Cristo é a revelação de Deus. O Cristo importante é aquele experimentadopelo indivíduo. Cristo não teve um nascimento virginal (Brunner). Ele é o símbolo donovo ser no qual tudo o que separa as pessoas de Deus é eliminado (Tillich).

Revelação Há uma tríplice revelação de Deus ao homem por meio da sua Palavra. Jesus é o Verbo feitocarne. A Escritura aponta para a Palavra. A pregação proclama o Verbo feito carne.

A Bíblia contém a Palavra de Deus. A Palavra é revelada pelo Espírito à medida que a

Bíblia e Cristo são proclamados. A Bíblia é humana e falível, sendo confiável somentena medida em que Deus se revela por meio de encontros com a Escritura. A historicidadeda Escritura não é importante. O relato da criação é um mito (Niebuhr) ou uma saga(Barth).

Salvação O homem é totalmente pecaminoso e somente pode ser salvo pela graça de Deus.A Palavra produz uma crise de decisão entre a rebeldia do pecado e a graça de Deus.Somente pela fé a pessoa pode escolher a graça de Deus nessa crise e receber a salvação.Toda a humanidade está eleita em Cristo (Barth). Não existe nenhum pecado herdadode Adão (Brunner). O homem peca por opção, e não por causa da sua natureza (Brunner).

Pecado é o egocentrismo (Brunner). Pecado é a injustiça social e o medo (Niebuhr).A salvação é o compromisso com Deus por intermédio de um “salto de fé” às cegasquando se está em desespero (Kiekegaard).

Escatologia O inferno e o castigo eterno não são realidades (Brunner).

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L Traços Distintivos (continuação)

Teologia da Libertação

Teologia A teologia não é vista como um sistema de dogmas e sim como um meio de dar início a

mudanças sociais. Essa noção tem sido chamada “a libertação da teologia” (H. Segundo).Essa teologia surgiu a partir do Vaticano II e das tentativas de teólogos liberais no sentidode enfrentarem as desigualdades sociais, políticas e econômicas em face de um cristianismonão mais guiado por uma cosmovisão bíblica. Boa parte do contexto da teologia dalibertação tem sido a América Latina e essa teologia tornou-se uma resposta à opressãopolítica dos pobres. Os seus proponentes com freqüência têm concepções distintas; narealidade, não existe uma teologia da libertação “unificada.” Antes, trata-se de diversas“alternativas” estreitamente relacionadas que derivam de raízes comuns. Em vez de umateologia clássica interessada em questões teológicas como a natureza de Deus, o serhumano ou o futuro, a teologia da libertação está interessada neste mundo e em comopodem ocorrer mudanças por meio da ação política. Na América Latina em especial,teólogos católicos romanos procuraram combinar o cristianismo e o marxismo.

Deus Deus é ativo, colocando-se sempre ao lado dos pobres e oprimidos e contra os opressores,de modo que não atua de maneira igual para com todos. Os teólogos da libertaçãoacentuam a sua imanência em detrimento da sua transcendência. Deus é mutável.

Cristo Jesus é visto como um messias do envolvimento político. Ele é Deus entrando na luta pela justiça ao lado dos pobres e dos oprimidos. Todavia, ele não foi um salvador no sentidotradicional da palavra. Em vez disso, os teólogos da libertação defendem uma idéia de“influência moral” no que diz respeito à expiação. Nada se diz acerca de uma satisfação daira de Deus contra o ser humano.

EspíritoSanto

A pneumatologia está virtualmente ausente da teologia da libertação. Parece difícil encontrarum papel para a obra do Espírito Santo nos sistemas políticos centrados no ser humano.

Revelação A Bíblia não é um livro de verdades e normas eternas, mas de registros históricos específicos(muitas vezes pouco fidedignos). No entanto, muitas passagens são utilizadas em apoiodessa teologia, especialmente o relato do Exodo. Os teólogos da libertação utilizam a “nova”hermenêutica a fim de defenderem as suas posições. Como a sua teologia se apóia em umaanálise marxista e é vista como um modo útil de criar ações “apropriadas” (ver Salvação),eles dão ênfase primariamente a normas éticas que alcancem os fins do movimento.

Salvação A salvação é vista como uma transformação social em que se estabelece justiça para os pobrese oprimidos. “O católico que não é um revolucionário está vivendo em pecado mortal” (C.Torres). Qualquer método para alcançar esse fim é aceitável, até mesmo a violência e arevolução. Essa concepção tende para o universalismo, e o evangelismo torna-sesimplesmente o esforço de gerar consciência e preparar as pessoas para a ação política.

Igreja A igreja é vista como um instrumento para transformar a sociedade: “A atividade pastoral daigreja não é uma conclusão que resulta de premissas teológicas... [ela] tenta ser parte doprocesso pelo qual o mundo é transformado” (G. Gutiérrez). A neutralidade política não éuma opção para a igreja.

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1. Traços Distintivos (continuação)

Teologia Negra

Teologia A teologia negra é uma forma de teologia da libertação que tem no seu centro o tema da

opressão dos negros pelos brancos. Ela resultou da “necessidade de as pessoas negrasdefinirem o propósito e sentido da existência negra em uma sociedade racista branca”(Cone). Essa teologia emergiu nas últimas duas décadas na onda dos movimentos delibertação como uma expressão da consciência negra e procura abordar as questões que osnegros precisam enfrentar no seu dia-a-dia.

Deus Conceitos complexos ou essencialmente filosóficos acerca de Deus são em grande parteignorados por causa da preferência pelas necessidades dos oprimidos. Assim sendo, osconceitos cristãos brancos ensinados ao homem negro devem ser rejeitados ou ignorados.Afirma-se que a pessoa de Deus, a Trindade, o seu supremo poder e autoridade, bemcomo “indícios sutis do caráter masculino e branco de Deus” não se relacionam com aexperiência negra (e em alguns casos são antagônicos à mesma). A perspectiva dominantesobre Deus é de um Deus em ação, que liberta os oprimidos por causa da sua justiça. A suaimanência é mais enfatizada que a sua transcendência e por isso ele é visto como um serinstável ou que está sempre em mudança.

Trindade A Trindade não é acentuada. Todavia, Jesus é Deus, mas no sentido da expressão visível deinteresse e salvação da parte de Deus.

Cristo Cristo é aquele que liberta quase que exclusivamente num sentido social. Ele é um libertadorou “Messias Negro” cuja obra de emancipação dos pobres e oprimidos da sociedadeassemelha-se à busca de libertação por parte dos negros. A mensagem de Cristo é “podernegro” (Henry). A sua natureza intrínseca e atividade espiritual recebem pouca ounenhuma atenção. Alguns até mesmo negam o seu papel de sacrifício expiatório pelospecados do mundo e de doador da vida eterna (Shrine).

Revelação A teologia negra não está presa ao literalismo bíblico, mas é de natureza mais pragmática.Somente a experiência da opressão negra é o padrão investido de autoridade.

Salvação A salvação é a liberdade da opressão e pertence aos negros nesta vida. Os proponentes dateologia negra estão interessados mais especificamente nos aspectos políticos e teológicosda salvação do que nos aspectos espirituais. Em outras palavras, a salvação é a libertaçãofísica da opressão branca em vez da liberdade no tocante à natureza e atos pecaminososde cada indivíduo. A apresentação do céu como uma recompensa por seguir a Cristo évista como uma tentativa de dissuadir os negros do alvo da verdadeira libertação de suapessoa integral.

Igreja A igreja é o centro da expressão social da comunidade negra, onde os negros podem expressarliberdade e igualdade (Cone). Assim sendo, a igreja e a política constituem um todo coesoem que se realiza a expressão teológica do desejo de liberdade social.

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2. Modelos Teológicos Feministas Contemporâneos

Raízes da Teologia FeministaO surgimento do Movimento de Libertação da Mulher a partir de meados do século XX ajudou a criar uma

consciência crítica feminista. Essa consciência, ao interagir com a Bíblia e as tradições teológicas cristãs,tem buscado uma nova investigação de paradigmas antigos e uma nova agenda de estudo. Essa “nova”investigação e agenda resultou nos seguintes modelos.

Modelo

Proponentes

Ponto de Vista

Rejeccionista  (pós-cristão)

Entende que a Bíblia promove uma estrutura patriarcalopressora e rejeita a sua autoridade.

Ala da Rejeição B. Friedan, K. Millett, G.Steinem

Rejeita totalmente as tradições judaico-cristãs comoirremediavelmente voltadas para o masculino.

Ala da Restauração M. Daly, N. GoldenbergRestaura a religião da magia ou aceita um misticismo da

natureza baseado exclusivamente na consciência dasmulheres.

Conservador

(evangélico)

Não vê qualquer sexismo radicalmente opressor norelato bíblico.

AlaTradicional

J. Hurley, S. Foh, S. Clark,G. Knight, E. Elliot,Concílio pelaMasculinidade eFeminilidade Bíblica

Busca ordem por meio de papéis complementares. Opapel da mulher na ordem criada por Deus deveexpressar-se pela submissão e dependência voluntáriana igreja e na família (e para alguns na sociedade). Opadrão divino para os homens é a liderança amorosa.Isso não diminui a verdadeira liberdade e dignidadedas mulheres.

Ala

Igualitária

C. Kroeger, A. Spencer, G.

Bilizikian, Cristãos pelaIgualdade Bíblica

A Bíblia requer mútua submissão, nem o homem nem a

mulher sendo relegados a um papel particular na família,igreja ou sociedade com base exclusiva no seu gênero.

Reformista

(libertação)

Como os rejeccionistas, vê um chauvinismo (valorizaçãoexagerada) patriarcal na Bíblia e na história cristã,tendo o desejo de superá-lo. Seu compromisso com alibertação como a mensagem central da Bíblia impedeque rejeite a tradição cristã.

Ala Moderada L. Scanzoni, V. Mollenkott,M. S. van Leeuwen

Por meio da exegese, tenta trazer à luz o papel positivodas mulheres na Bíblia. Algumas reformistas moderadasbuscam na tradição profética uma hermenêutica“utilizável” de libertação. Em textos que não tratamespecificamente de mulheres, elas encontram um apeloà criação de uma sociedade justa, livre de todo tipo deopressão social, econômica ou sexista.

Ala Radical E. Schiissler, E. Stanton Apela a uma “hermenêutica de suspeita” feminista maisabrangente. Parte do reconhecimento de que a Bíbliafoi escrita, traduzida, canonizada e interpretada porhomens. O cânon da fé ficou centralizado no homem.Por meio da reconstrução teológica e exegética, asmulheres novamente devem assumir o lugar dedestaque que ocuparam na história cristã primitiva.

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3* Guia para a Interpretação de Textos Bíblicos

DescritivaO que significa?

RacionalPor que isso foi dito aqui?

ConclusivaQual é a importância?

Termos O que se quer dizer com o termo?

Como ele funciona nesta sentença?

Que palavras-chave carecem de um estudo

aprofundado?

Por que este termo é usado? (de modo geral)

Por que este termo é usado? (de modo específico)

Por que este é um termo-chave na passagem?

Quais são as verdades dominantes ensinadas napassagem?

0 que essas verdades indicam sobre como Deusage ou quer que os crentes ajam?

Estrutura Que tipo de frase é esta?

Que leis estruturais são utilizadas?

contraste causa/efeitocomparação síntese/explicaçãorepetição pergunta/respostaproporção geral/específicaclímax permuta/inversão

Quais são as principais palavras de ligação?

Por que foi usado este estilo de frase?

Quais são as causas, efeitos ou propósitosrefletidos nas cláusulas?

Por que é usad a esta ordem de palavras,expressões ou cláusulas?

Por que os relacionamentos declarados sãocomo são?

Quais são as verdades permanentes ensinadasnas principais afirmações?

Que grandes motivações ou promessas revelamas cláusulas subordinadas?

Que idéias centrais são enfatizadas por meio daordem das palavras ou das expressões?

Que limitações são encontradas?

Forma

Literária

Que forma literária é utilizada?

Quais são as suas características?

Como esta forma literária transmite osentido do autor?

A linguagem é literal ou figurada?

Por que é empregada esta forma literária?

Por que as figuras são usadas com o são?

Qual é a importância desta forma de literaturaem relação à verdade transmitida?

Que luz é lançada sobre a verdade pelas figurasde linguagem utilizadas?

Atmosfera Que aspectos da passagem revelam aatmosfera?

Que palavras que transmitem emoção sãousadas?

Como se desenvolve no texto a atitude doautor? e a dos leitores?

Por que esse tipo de atmosfera domina estapassagem específica?

Por que essa atmosfera é essencial para aapresentação eficaz desta passagem?

Qual é a importância da atmosfera para aargumentação da passagem?

O teor dominante da passagem é deencorajamento ou repreensão?

© 1987 Mark Bailey. Adaptado e usado mediante permissão.

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4. Comparação entre Teologia do Pacto e Dispensacionalismo

Ponto de Vista

Teologia do Pacto

Dispensacionalismo

Descrição A teologia do pacto concentra-se em um grandepacto geral conhecido como o pacto d a graça.Alguns o tem denominado pacto da redenção.Ele é definido por muitos como um pacto eternoentre os membros da Trindade, incluindo osseguintes elementos: (1) o Pai escolheu umpovo p ara ser seu; (2) o Filho foi designado,com seu consentimento, para pagar o cast igodo pecado desse povo; e (3) o Espírito Santofoi designado, com seu consentimento, paraaplicar a obra do Filho ao seu povo escolhido.

Esse pacto da graça é realizado na terra,his toricamen te, por meio de pactossubordinados , iniciando com o pacto das obrase culminando com a nova al iança, que cumpree completa a obra graciosa de Deus em relaçãoaos seres human os , na terra . Esses pactosincluem o pacto adâmico, o pacto noaico, o

pacto abraâmico, o pacto mosaico, o pactodavídico e a nova al iança.

O pacto da graça também é usado para expl icara unidade da redenção ao longo de todas ase ra s , começando com a Queda , q uandoterminou o pacto das obras .

A teo log ia do pac to não cons idera cada pac toseparado e dis t into. Ao contrário, cada pactoapóia-se nos anteriores , incluindo aspectosdos mesmos e culminando na nova al iança.

A teologia dispensacional is ta vê o m undo e a his tória dahumanidade como uma esfera doméstica sobre a qualDeus supervis iona a real ização do seu propósito evontade. Essa real ização do seu propósito e vontadepode ser vista ao se observarem os diversos períodosou estágios das di ferentes econom ias pelas quais Deusl ida com a sua obra e com a humanidade emparticular. Esses diversos estágios ou economias sãocham ados dispensações . O seu número pode chegara sete : inocência , consciência , governo humano,promessa, lei, graça e reino.

O Povo de Deus Deus tem um povo, representado pelos santosda era do Antigo Testamento e os santos da

era do N o vo Tes tamento .

Deu s tem dois povos - Israel e a igre ja. Israel é um povoterreno e a igreja é o seu povo celestial.

O Plano de Deuspara o seu Povo

Deus tem um povo, a igre ja , para o qual e le temum plano em todas as eras desde Adão: reuniresse povo em um só corpo, tanto na era doAnt igo q uanto do N ovo Tes tamento .

De us tem dois povos separado s , Israel e a igreja , e temtambém dois planos separados para esses dois povosdistintos. Ele planeja üm reino terreno para Israel.Esse reino foi adiado até a vinda de Cris to com poder,um a vez que Israel o re je i tou na sua primeira vinda.Durante a era da igre ja Deus está reunindo um povocelest ia l . O s dispensacion al is tas discordam se os doispovos permanecerão dis t intos no estado eterno.

O Plano Divinode Sa lvação

Deus tem um p lano de s a lvação para o s eu povodesde a época de Adão. E um plano de graça,sendo a real ização do pacto eterno da graça, evem por intermédio da fé em Jesus Cris to.

Deus tem somente um plano de salvação, embora i s somuitas vezes se ja mal-compreendido por causa deinexatidões em alguns escri tos dispensacionais .Alguns têm ensinado ou entendido erroneamenteque os crentes do Antigo Testamento foram salvospor obras e sacrifícios. Todavia, a maior parte crêque a salva ção sempre foi pela graça med iante a fé ,mas que o conteúdo da fé pode variar até a plenarevelação de Deus em Cris to.

Este gráfico representa concepções tradicionais e está baseado principalmente no estudo de Richard P Belcher, A Comparison of Dispensationalism and  

Covenant Theology   [C omp aração entre o Dispensacionalismo e a Teologia do Facto] (Columbia, S.C .: Richbarry Press, 1986).

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4. Teologia do Pacto/Dispensacionalismo (continuação)

Ponto de Vista

Teologia do Pacto

Dispensacionalismo

O Lugar do Des t inoEterno do Povo deDeus

Deus tem somente um lugar para o seu povo,uma vez que ele tem somente um povo, umplano para esse povo e um plano de salvação.O seu povo estará na sua presença por toda a

eternidade.

Exis tem divergências entre os dispensacional is tasquan to ao futuro estado de Israel e da igreja . Muitoscrêem que a igre ja irá sentar-se com C ris to no seutrono na N o va J e rusa lém durante o mi lênio q uando

ele governar as nações , ao passo que Israel será acabeça das nações da terra .

O N as c imento daIgreja

A igre ja exis tiu antes da era do Nov oTestamento, incluindo todos os remidos desdeAdão. O Pentecoste não foi o início da igre ja ,mas a cap ac i tação do povo de Deus m ani fe s tona n ova d i spens ação .

A igreja nasceu no dia de Pen tecoste e não exis t iu nahis tória até aquele tempo . A igreja , o corpo de Cris to,não é encontrada no Velho Testamento, e os santosdo Velho Testamento não são parte do corpo deCris to.

O Propósito daPrimeira Vinda deCris to

Cris to veio para morrer pelos nossos pecados epara estabelecer o Novo Israel , a manifestaçãoda igre ja do Novo Testamento. Essacont inuação do p l ano de D eus co locou aigre ja sob um pacto n ovo e melhor, que foi

uma n ova mani fe s tação do mes mo Pacto daGraça. O reino que Jesus ofereceu foi o reinopresente, espiritual e invisível.

Alguns pactual is tas (especialmente pós-milenis tas ) também vêem um aspecto fís ico noreino.

Cris to veio para estabelecer o reino mess iânico. Algunsdispensacional is tas crêem que ele deveria ser um reinoterreno em cumprimento às promessas do VelhoTestamen to fe i tas a Israel . Se os judeus t ivessem aceitoa oferta de Jesus, esse reino terreno teria sido

estabelecido de imediato. Outros dispensacional is tascrêem que Cris to estabeleceu o reino mess iânico emalguma forma d a qual a igre ja participa, mas que oreino terreno aguarda a segunda vinda de Cris to àterra . Cris to sempre teve em m ente a cruz antes dacoroa.

O Cumpr imento daN o v a A l ia n ç a

As promes s a s da N ova Al i ança mencionadasem Je remias 31 .3 l s s s ão cumpr idas no N ovoTes tamento .

Os dispensacional is tas não concordam se somente Israelirá participar da Nova Aliança, numa época posterior ,ou se tanto a igre ja como Israel participamconjuntamente. Alguns dispensacional is tas acreditamque exis te só uma nova al iança com duas apl icações :um a para Israel e outra para a igre ja . Outrosacreditam que exis tem duas novas al ianças : uma

para Israel e outra para a igreja.

0 P r ob le m a d oAmilenismo e doPós-Milenismoversus o Pré-Milenismo

A teologia do pacto tem s ido his toricamenteamilenis ta , crend o qu e o reino é presente eespiri tual, ou pós-milenis ta , crendo que oreino está sendo estabelecido na terra e teráa sua culminação na vinda de Cris to. Emanos recentes alguns teólogos do pacto têmsido pré-milenis tas , crendo que haverá umafutura manifestação do reino de Deus naterra . No entanto, a relação de Deus comIsrael es tará em conexão com a igre ja . Ospós-milenis tas crêem que a igre ja es táinstaurando o reino agora e que Israelfinalmente se tornará u ma parte da igre ja .

Todos os dispensacional istas são pré-milenis tas, em boranão necessariamente pré-tr ibulacionis tas . Esse t ipode pré-milenista crê que Deus irá voltar-senovamente para a nação de Israel , à parte de suaobra com a igre ja , e que haverá um período de milanos em que Cris to reinará no trono de Davi , deacordo com as profecias do Velho Testamento e emcumprimento das mesmas .

A Segunda Vinda deCristo

A vind a de C risto irá trazer o juízo final e oestado eterno. Os pré-milenis tas afirmamque um período milenar irá preceder o juízoe o estado eterno. Os pós-milenis tas crêemque o reino está sendo estabelecido pelotrabalho do povo de Deus na terra , até omomento em que Cris to irá consumá-lo,na sua vinda.

De acordo co m a maioria , primeiro irá ocorrer oArrebatamento, e então um período de tr ibulação,seguido do reino de Cris to durante m il anos , após oqual haverá o juízo e o e s tado eterno.

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5. Esquemas Dispensacionais Representativos

J. N. Darby18004882

J. H. Brookes18304897

James M. Gray18514935

C. L Scofield18434921

Estado paradis íaco(até o Dilúvio)

Éden Edênico Inocência

Ante-di luviano Ante-di luviano Cons c iênc ia

N oé

Patriarcal Patriarcal

G overno humano

Abraão Promessa

Israel

sob a lei

sob o sacerdócio

sob os reis

Mosaico M osaico Lei

Gentios M essiânico Igreja G raça

Espírito Espírito Santo

Milênio M ilenar M ilenar Reino

Plenitude do tempo

Eterno

Adaptado de Charles C. Ryrie, Dispensationalism Today   [Dispensacionalismo Hoje] (Chicago: Moody Press, 1965), p. 84. Usado mediante permissão.

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6. Modelos de Revelação

Modelo

Partidários

Definição de Revelação

Propósito da Revelação

Revelação como Doutrina*

Pais da igrejaIgreja medievalReformadoresB. B. WarfieldFrancis Schaeffer

Concíl io Internacionalsobre Inerrância Bíblica

A revelação é dotada de autoridade divina,sendo transmitida de maneira objetiva eproposicional pelo meio (palavras) exclusivo

da B íbl ia . * * As suas proposições em geralassumem o caráter de doutrina.

Despertar a fé salvadora por meio da a ceitação d

verdade revelada de m aneira suprema em Jesu

Cris to.

Revelação como Evento Histórico

William Temple

G. Ernest WrightOs car Cul lman

Wolfhart Pannenberg

Revelação é a demo nstração da dispos ição e

capacidade redentora de Deus conformetestificada por seus grandes feitos na história

humana .

Instilar esperança e confiança no Deus da histór

Revelação como

Experiência

Interior

Friedrich Schleiermacher

D. W. R. Inge

C. H. DoddKarl Rahner

Revelação é a auto-m anifestação de Deus pormeio de sua presença íntima nas profundezasdo espírito e da psiquê humanos.

Propiciar uma experiência de união com Deus

que equivale à imortalidade.

Revelação como

Presença

Dialética

Karl Barth

Emil BrunnerJohn Baillie

Revelação é a m ensagem de Deus àqueles que

ele confronta com a sua Palavra na Bíblia ecom Cris to na proclamação cris tã.

Gerar a fé como a adequada consumação meta-

revelatória de si própria.

Revelação como Nova Consciência

Teilhard de Chardin

M. BlondelGregory Baum

Leslie DewartRay L. HartPaul Tillich

Revelação é o atingimento de um nível superior

de consciência à medida que se é atraído para

uma participação mais frutífera na criatividadedivina.

Obter a reestruturação da percepção e da

experiência e uma co ncom itante auto-

transformação.

* 0 modelo doutrinário reconhece a “revel ação natural" (aquilo que pode ser discernido acerca de Deus pela razão ou pela criação) como algo distinto da revelação bíblica especial. Todavia, ela é considerada depequena importância em virtude de não ser salvífica (ela simplesmente “fere” a consciência). Este modelo considera os milagres e os sinais apostólicos como confirmações da revelação.

** 0 s teólogos católicos romanos que abraçam esse modelo acrescentam a essa definição as palavras “ou pelo ensino oficial da Igreja.”Este gráfico baseia-se em Avery Dulles, Models ofRevelation   [Modelos de Revelação ] (Maryknoll, N.Y.: Orbis Books, 1992). Usad o mediante permissão.

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6. Modelos de Revelação (continuação)

Modelo

Visão Geral da Bíblia

Relação com a História

Meio de Apreensão Humana

Revelação como  Doutrina

A Bíbl ia é   a Palavra de Deus (tanto naforma como no con teúdo) .

A revelação é trans-histórica   (ela é discreta

e determinativa quanto à sua

contigüidade com a his tória) .

Iluminação (pelo Espírito Santo)

Revelação com o  Evento Histórico

A Bíbl ia é um evento.  Está ligada à auto-revelação de D eus manifesta

indiretamente na totalidade de sua

atividade na história. Ela nunca éextrínseca seja à continuidade ou àparticularidade dessa história.

A revelação é intra-histórica   (a Bíbliarevela a história dentro  da h is tória).

Razão

Revelação como

Experiência

Interior

A Bíbl ia contém   a palavra de Deus

(misturada com os e lementos humanos

de erro e mito: a Bíblia é uma “casca”que envolve o “cerne” d a verda de) . Essaverdade somente pode ser apreendida

(experimentada) por meio da iluminação

pessoal.

A revelação é  psic o'h istórica   (ela relaciona-se com a his tória como um a imagem

mental da continuidade humana).

Intuição

Revelação como

Presença

Dialética

A Bíbl ia toma-se   a palavra de Deus a nós

(a revelação não é estática, mas

dinâmica, e tem que ver com a

contingência da resposta humana) namedida em que é dinamizada pelo

Espírito Santo.

A revelação é supra-histórica   (a Bíbliarevela a “história além   da história”).

Razão “transacional” (interação com a fé

intrínseca à revelação)

Revelação como  Nova

Consciência

A Bíbl ia é um paradigma - um mediador

pelo qual se pode obter auto-transformação e transcendência (masela é somente um esforço humano que

utiliza uma linguagem humana“claudicante” com vistas a esse objetivo).

A revelação é a-histónca   (a história torna-se virtualmente irrelevante ao ser

submetida a contínuas reinterpretaçõesde transcendência pessoal).

M editação racional/mística

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6. Modelos de Revelação (continuação)M o d e l o H e r m e n ê u t i c a B á s ic a Pontos For te s A legados Pontos F racos A legados

R e v e l a ç ã oc o m o D o u t r i n a

I nd u çã o ( ob je tiv a) D e riv a do p ró pr io t es te m u nh o da B íb li a so br e si

mesma.E a concepção tradicional, desde os pais da igreja

até o presente.E distintivo em virtude da sua coerência interna.

Provê o fundam ento para um a teologia consis tente .

A Bíblia não reivindica a sua própria infalibilidade

proposicional.Os exegetas antigos e medievais eram abertos ainterpretações alegóricas/espirituais. A diversidade de

termos .e conven ções literárias milita contra esse model

A ciência moderna refuta o literalismo bíblico e

outras noções ligadas a esse modelo.Sua hermenêutica ignora o poder sugestivo do

contexto bíblico.

R e v e l a ç ã oc o m o E v e n t o

Hi s tór i co

Dedução (objetiva/subjetiva)

Tem valor religioso pragmático por causa de seucaráter concreto.

Identifica certos temas bíblicos subestimados ou ignorados_ pelo modelo proposicional (Revelação como Doutrina).E mais orgânico em sua abordagem e aponta para um_ modelo de his tória.E não-autoritário, sendo assim mais plausível para a

mental idade contemporânea.

Relega a Bíblia a uma posição de “fenômeno”. É

virtualmente desprovido de sustentação teológica

Apesar de sua alegada plausibilidade, não promov

o diálogo ecumênico.

R e v e l a ç ã oc o m oExper iênc iaInterior

Ecletismo (subjetiva) Oferece defesa con tra um a crít ica racional ista da

Bíblia.Promove a vida devocional.A sua flexibilidade incentiva o diálogo inter-religioso.

Faz uma seleção arbitrária de dados bíblicos.

Substitui o conceito bíblico da eleição pelo elitismonatural. Por sua ênfase na experiência, faz um

divórcio entre revelação e doutrina.

Sua orientação experimental também apresenta o riscde uma excessiva introspecção na prática devociona

R e v e l a ç ã o

c o m o P r e s en ç a

Dia lé t i ca

Indução (subjetiva) Procura apoiar-se sobre um fundamento bíblico.

Evidencia um claro enfoque cristológico, porém não

ortodoxo. A sua ênfase ao paradoxo afasta muitasobjeções quan to à implaus ibi l idade da m ensagemcristã . Oferece a oportunidade de encontro com

um Deus transcendente.

Embora fundam entado na Bíblia , carece de coerênc

interna.Sua l inguagem paradoxal é confusa.

Sua o bscuridade ao relacionar o C risto da fé com oJesus histórico enfraquece a sua validade.

R e v e l a ç ã oc o m o N o v aC o n s c i ê n c i a

Ultra-ecletismo

(extremamentesubjetiva)

Evita a inflexibilidade e o autoritarismo. Respeita o papel

ativo da pessoa no processo revelatório. Harmon iza-secom o pensam ento evolucionista ou transformacionista.

Sua filosofia satisfaz a necessidade de um viver

frutífero no mundo.

Faz violência à Escritura por meio de suasinterpretações não-ortod oxas .

E um neo-gnosticismo inadequado para uma

experiência cristã significativa.Em sua totalidade, nega o valor cognitivo/objetivo da Bíbli

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7. Concepções Acerca da Revelação GeralDefinição Revelação geral é a comunicação de Deus acerca de si mesmo a todas as pessoas, em todos os

tempos e lugares. Ela refere-se à auto-manifestação de Deus por meio da natureza, da históriae do ser interior (consciência) da pessoa humana.

Tomás deAquino

Aquino é um defensor da teologia natural, que afirma ser possível obter um conhecimento verdadeirode Deus a partir da natureza, da história e da personalidade humana, à parte da Bíblia.

Toda verdade pertence aos dois reinos. O reino inferior é o reino da natureza e é conhecido por meioda razão; o reino superior é o reino da graça e é aceito com base na autoridade, pela fé. Aquinoinsistiu que podia demonstrar pela razão a existência de Deus e a imortalidade da alma.

TeologiaCatólicaRomana

A revelação geral fornece o fundamento para a formulação da teologia natural. A teologia católicaromana tem dois níveis:

Primeiro Nível: A teologia natural é construída com blocos de revelação geral cimentados pela razão.Inclui as evidências da existência de Deus e da imortalidade da alma. E insuficiente para umconhecimento salvador de Deus. A maior parte das pessoas não atinge este primeiro nível pelarazão, mas pela fé.

Segundo Nível: Uma teologia revelada é construída com blocos de revelação especial cimentadospela fé. Inclui a expiação vicária, a trindade etc. Neste nível a pessoa chega à salvação.

JoãoCalvino

Deus oferece uma revelação objetiva, válida e racional acerca de si mesmo na natureza, na história e napersonalidade humana. Ela pode ser observada por qualquer pessoa. Calvinp tira essa conclusão deSalmos 19.1-2 e de Romanos 1.19-20. O pecado deturpou as evidências da revelação geral e otestemunho de Deus ficou obscurecido. A revelação geral não capacita o descrente a obter umconhecimento verdadeiro de Deus. Existe a necessidade dos óculos da fé. Quando alguém é exposto eregenerado por meio da revelação especial, ele é capacitado a ver claramente o que está na revelaçãogeral. Mas o que se vê sempre esteve lá de maneira genuína e objetiva.

Seria possível encontrar uma teologia natural em Romanos 1.20, mas Paulo passa a demonstrar que o serhumano caído empenha-se na supressão e substituição da verdade. A menção da natureza no Salmo 19foi feita por um homem piedoso que via essa natureza da perspectiva da revelação especial.

Karl

Barth

Barth rejeita a teologia natural e a revelação geral. A revelação é redentora por natureza. Conhecer

a Deus e ter informações correntes sobre ele é estar relacionado com ele na experiência salvífica.Os seres humanos são incapazes de conhecer a Deus à parte da revelação em Cristo. Se as pessoas

pudessem obter algum conhecimento de Deus fora da sua revelação em Jesus Cristo, elas teriamcontribuído de algum modo para a sua salvação. Não existe revelação fora da Encarnação.Romanos 1.18-32 indica que as pessoas de fato encontram a Deus no cosmos, mas somenteporque já o conhecem por meio da revelação especial comunicada pelo Espírito Santo quandose lê a Palavra de Deus.

A Bíblia é apenas um registro da revelação, um indicador da revelação, dotado de autoridade.

PassagensBíblicas

O Salmo 19 pode ser interpretado no sentido de que não há linguagem ou palavras cuja voz não sejaouvida. Os versículos 7 a 14 mostram como a lei vai além da revelação do cosmos.

Romanos 1.18-32 enfatiza a revelação de Deus na natureza. Romanos 2.14-16 enfatiza a revelação

geral na personalidade humana. Paulo argumenta em 1.18 que as pessoas têm a verdade mas asuprimem por causa da sua injustiça. Os ímpios ficam sem desculpa porque Deus mostrou por meioda criação o que pode ser conhecido sobre ele. Romanos 2 observa que o judeu deixa de fazer o quea lei requer e que o gentio também sabe o suficiente para ficar responsabilizado diante de Deus.

Atos 14.15-17 observa que as pessoas devem voltar-se para o Deus vivo, que fez os céus e a terra.Embora Deus tenha permitido que as nações andem nos seus próprios caminhos, ele deixou umtestemunho na história e na natureza.

Atos 17.22-31 registra a proclamação de Paulo aos atenienses sobre o Deus desconhecido comosendo o mesmo Deus que ele conhecia pela revelação especial. Eles haviam discernido esse Deusdesconhecido sem nenhuma revelação especial. O versículo 28 admite que até mesmo um poetapagão, sem revelação especial, pôde alcançar a verdade espiritual, ainda que não a salvação.

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8. Modalidades da Revelação Especial

Eventos Miraculosos: Deus atuando no mundo de maneiras históricas

concretas, afetando o que ocorre

Exemplos:Chamado de Abraão (Gn 12)Nascimento de Isaque (Gn 21)Páscoa (Êx 12)

 /V

Travessia do Mar Vermelho (Ex 14)

Comunicações Divinas: A revelação de Deus por meio da linguagem humana

Exemplos:Linguagem audível (Deus falando a Adão no jardim, Gn 2.16, e a

Samuel no templo, 1 Sm 3.4)O ofício profético (Dt 18.15-18)Sonhos (Daniel, José)Visões (Ezequiel, Zacarias, João no Apocalipse)A Escritura (2 Tm 3.16)

Manifestações Visíveis: Deus manifestando-se em forma visível

Exemplos:Teofanias do Velho Testamento antes da encarnação de Jesus Cristo

(geralmente descrito como o Anjo do Senhor, Gn 16.7-14, ou comoum homem, como no caso de Jacó, Gn 32)A glória do shekinah (Êx 3.2-4; 24.15-18; 40.34-35)Jesus Cristo (a inigualável manifestação de Deus como um verdadeiro ser

humano, com todos os processos e experiências humanas tais como onascimento, a dor e a morte, Jo 1.14; 14.9; Hb 1.1-2)

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9. Teorias da Inspiração

Teorias daInspiração Formulação do Conceito Objeções ao Conceito

Mecânica ou do Ditado

O autor bíblico é um instrumento passivona transmissão da revelação de Deus.

A personalidade do autor é posta de ladopara preservar o texto de aspectoshumanos falíveis.

Se Deus houvesse ditado a Escritura, oestilo, o vocabulário e a redação seriamuniformes. Mas a Bíblia indica diferentespersonalidades e modos de expressão nosseus escritores.

Parcial A inspiração diz respeito apenas àsdoutrinas da Escritura que não podiamser conhecidas pelos autores humanos.

Deus proporcionou as idéias e tendênciasgerais da revelação, mas deu ao autorhumano liberdade na maneira deexpressá-la.

Não é possível inspirar idéias gerais de modoinfalível sem inspirar as palavras daEscritura.

A maneira como as palavras de revelaçãoforam dadas aos profetas e o grau deconformidade às próprias palavras daEscritura por parte de Jesus e dos escritoresapostólicos indicam a inspiração de todo otexto bíblico, até mesmo das palavras.

Graus de Inspiração

Certas partes da Bíblia são mais inspiradasque outras ou inspiradas de mododiferente.

Essa concepção admite erros de diferentestipos na Escritura.

Não se encontra no texto nenhuma sugestãode graus de inspiração (2 Tm 3.16).

Toda a Escritura é incorruptível e não podefalhar (Jo 10.35; 1 Pe 1.23).

Intuição ou Natural

Indivíduos talentosos dotados deexcepcional percepção foram escolhidospor Deus para escreverem a Bíblia.

A inspiração é semelhante a umahabilidade artística ou ao talentonatural.

Esta concepção torna a Bíblia não muitodiferente de outras obras literárias religiosasou filosóficas inspiradoras.

0 texto bíblico afirma que a Escritura vem deDeus por meio de homens (2 Pe 1.20-21).

Iluminação ou Mística

Os autores humanos foram capacitadospor Deus a redigirem a Escritura.

O Espírito Santo intensificou as suascapacidades normais.

O ensino bíblico indica que a revelação veiopor meio de comunicações divinas especiais,e não por meio de capacidades humanasintensificadas.

Os autores humanos expressam as própriaspalavras de Deus, e não simplesmente assuas próprias palavras.

Verbal,

Plenária

Elementos tanto divinos quanto humanosestão presentes na produção da Escritura.

Todo o texto da Escritura, inclusive aspróprias palavras, é um produto da mentede Deus expresso em termos e condiçõeshumanos.

Se toda palavra da Escritura fosse umapalavra de Deus, então não existiria oelemento humano que se observa naBíblia.

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10. Teorias Evangélicas de Inerrância

Posição Proponente Formulação do Conceito

Inerrância Plena Harold Lindseil

Roger Nicole

Millard Erickson

A Bíblia é plenamente veraz em tudo o que ensina e afirma.

Isso se estende tanto à área da história quanto da ciência.Não significa que a Bíblia tem o propósito primário deapresentar informações exatas acerca de história e ciência.Portanto, o uso de expressões populares, aproximações elinguagem fenomênica é reconhecido e entendido nosentido de cumprir com o requisito da veracidade. Assimsendo, as aparentes discrepâncias podem e devem serharmonizadas.

InerrânciaLimitada Daniel FullerStephen Davis

William LaSor

A Bíblia é inerrante somente em seus ensinos doutrináriossalvíficos. A Bíblia não foi concebida para ensinar ciênciaou história, nem Deus revelou questões de história ouciência aos escritores. Nessas áreas, a Bíblia reflete acompreensão da sua cultura e, portanto, pode contererros.

Inerrância dePropósito

Jack Rogers

James Orr

A Bíblia é isenta de erros no sentido de concretizar o seupropósito primário de levar as pessoas a uma comunhãopessoal com Cristo. Portanto, a Escritura é verdadeira(inerrante) somente na medida em que realiza o seupropósito fundamental, e não por ser factual ou precisanaquilo que assevera. (Esta concepção é semelhanteàquela da Irrelevância da Inerrância.)

Irrelevância daInerrância

David Hubbard A inerrância é substancialmente irrelevante por várias razões:(1) A inerrância é um conceito negativo. A nossaconcepção da Escritura deve ser positiva. (2) A inerrâncianão é um conceito bíblico. (3) Na Escritura, erro é umaquestão espiritual ou moral, e não intelectual. (4) Ainerrância concentra a nossa atenção nos detalhes, e nãonas questões essenciais da Escritura. (5) A inerrânciaimpede uma avaliação honesta das Escrituras. (6) Ainerrância produz desunião na igreja. (Este conceito ésemelhante ao da Inerrância de Propósito.)

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11. Maneiras de Harmonizar as Discrepâncias da Escritura

Estratégia/Defensor Explanação

Abordagem Abstrata

B. B. WarfieldAqueles que seguem esta abordagem estão cientes de que existem dificuldades na Escritura,

mas eles tendem a sentir que essas dificuldades não precisam ser todas elas explicadas porqueo peso da evidência a favor da inspiração e da conseqüente inerrância da Bíblia é tão grandeque nenhuma quantidade de dificuldades poderia derrubá-la. Eles tendem a usar comoargumento final principalmente a consideração doutrinária da inspiração da Bíblia.

Abordagem Harmonística

Edward J. YoungLouis Gaussen

Os partidários desta abordagem sustentam que a crença na inerrância baseia-se no ensino

doutrinário da inspiração. Eles afirmam que as dificuldades apresentadas podem ser resolvidas,e procuram fazê-lo - às vezes usando de conjectu ras.

Abordagem Harmonística Moderada

Everett Harrison

Esta abordagem até certo pon to segue o est i lo da abordagem harm oníst ica . Os problemas são

encarados com seriedade, havendo um esforço em resolvê-los ou atenuar as dificuldades até

onde isso é razoavelmente possível com os dados atualmente disponíveis. As tentativas nãosão feitas prematuramente.

Abordagem da Fonte Errante*

Edward J. CarnellA inspiração som ente assegura a rep rodução precisa das fontes utilizadas pelo escritor bíblico,

e não a retificação das mesmas. Assim, se a fonte continha uma referência errônea, o escritorbíblico registrou aquele erro exatamente como estava na fonte. Por exemplo, o Cronista podia

estar apelando a uma fonte falível e errônea ao elaborar a sua relação dos números de carros e

cavaleiros.

Abordagem da Errância Bíblica*

Dewey BeegleA B íblia contém erros - problem as reais e insolúveis. Eles devem ser aceitos e não

racionalizados. A natureza da inspiração deve ser inferida daquilo que a Bíblia produziu.

Qualquer que seja a inspiração, ela não é verbal. Não se pode considerar que a inspiração

estende-se à própria escolha das palavras do texto. Portanto, não é possível ou necessário

reconciliar todas as discrepâncias.

*Este s nomes foram escolhidos somente para distinguir as concepções. Nem Camell nem Beegle identificam as suas posições com os nomes aqui mencionados.A tabela foi adaptada de Gleason L. Archer, “Alleged Errors and Discrepancies in the Original Manuscripts of the Bible” [Supostos Erros e Discrepâncias nos Manuscritos Originais da Bíblia],

em Norman L. Geisler, ed., Inerrancy   [Inerrância] (Grand Rapids: Zondervan, 1979), pp. 57-82; e Millard J. Erickson, Christian Theology   [Teologia Cristã] (Grand Rapids: Baker, 1983, 1984,1985), pp. 230-32. Estas obras foram usadas mediante permissão.

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 H H d O W d

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12. Respostas a upostas Discrepâncias da Escritura

A tabela abaixo reflete um resumo da resposta dada por G leason L. Archer aos supostos erros e discrepâncias da Escri tura apontado s por Wil liam LaSo r

e Dewey Beegle.* Estas são consideradas as mais difíceis dentre as muitas discrepâncias mencionadas pelos críticos contra os manuscritos originais daBíblia. LaSor apontou dez objeções, mas somente seis das quais foram incluídas aqui, porque duas foram refutadas com uma só resposta, uma foi retirada

e duas das suas objeções foram dirigidas contra a argumentação de outra pessoa, e não contra a própria Escritura. Beegle apontou onze objeções. Archer

abordou somente dez delas , uma vez que a décima primeira era a repetição de uma área também mencionada por LaSor. Com relação às a legações , aintenção óbvia desta tabela é simplesmente identificar as áreas de preocupação, e não fornecer uma síntese completa das alegações. Isto pode serobtido mediante consulta das fontes utilizadas para a tabela.

Erro ou Discrepância Alegada Explicação

Discrepâncias Numéricas nos Livros Históricos

2 Sm 10.18 X 1 Cr 19.182 Cr 36.9 X 2 Reis 24.8

1 Reis 4 .26 X 2 Cr 9 .25

1 Cr 11.11 X 2 Sm 23.8

LaSor

Não existe prova de que essa discrepância existia nos manuscritos originais. Provavelmente eradifícil entender os numerais quando se copiavam manuscritos velhos e gastos. Os sistemas

antigos de notação numérica eram suscetíveis de erros como, por exemplo, omitir ouacrescentar zeros.

Genealogias de Cristo

Mt 1 X Lucas 3

LaSor

Os pais da igreja entenderam que Mateus fornece a linhagem de José, o pai legal de Jesus,

enquanto que Lu cas fornece a l inhagem de M aria, a sua mãe. Esta interpretação retrocedeao quinto século cristão, se não antes.

ALocalização do Túmulo de José

Atos 7 .16 X J s 24 .32

LaSor e Beegle

Caso paralelo àquele em que Isaque confirmou com Abimeleque os seus direitos à terra em que foiescavado o poço de Berseba (Gn 26.26-33) . A terra havia s ido adquirida anteriormente por

Abraão (21.22-31) . Por causa dos hábitos nômades de A braão, Isaque julgou necessário

restabelecer os seus direitos ao poço. Provavelmente ocorreu uma situação semelhante quando

Jacó comprou o campo de sepultamento perto de Siquém (33.18-20) . Embora não se mencioneem G ênesis que Abraão comprara a terra , Estêvão provavelmente sabia disso por meio da tradiçã

oral, e é significativo que Siquém foi a região onde Abraão edificou o seu primeiro altar apósmigrar para a Terra Santa.

Tabela adaptada de Gleason L. Archer, “Alleged Errors and Discrepancies in the Original Manuscripts of the Bible,” em Norman L. Geisler, ed., Inerrancy (Grand Rapids: Zondervan, 1979), pp. 57-82; e Millard JErickson, Christian Theology   (Grand Rapids: Baker, 1983, 1984, 1985), pp. 230-32. Estas obras são usadas mediante permissão.

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12. Respostas a upostas Discrepâncias (continuação)

O Número dos Anjos no Túmulo de Jesus

Mt 28.5; Mc 16.5 X Lc 24-4; Jo 20.12

LaSor

Um a com paração cuidadosa dos relatos mostra que dois anjos es tavam envolvidos, embora o anjoque realizou o milagre do terremoto, removeu a pedra, aterrorizou os guardas e falou às trêsmulheres em sua primeira visita provavelmente fosse o mais destacado dos dois, dessa maneira

levando Mateus e Marcos a referirem-se a ele especificamente. Existem exemplos paralelos nosevangelhos com respeito a demônios (Mt 8.28 X Mc 5.2 ; Lc 8 .27) e cegos (Mt 20.30 X Mc

10.46; Lc 18.35), nos quais a proeminência de um indivíduo em cada exemplo levou algunsautores a registrarem somente a presença daquele indivíduo, quando de fato havia dois. “Um” é

diferente de “um e somente   um.”

A Fonte da Referência ao Campo do Oleiro

Mt 27.9

L a S o r

Embora Mateus cite em parte Zacarias 11.13, o ponto principal da passagem de Mateus (27.6-9)refere-se ao campo  do oleiro, que não é m encionado em Zacarias e s im em Jeremias (19.2 ,11;

32.9) . Q uand o com binavam citações do Velho Testamento com o M ateus faz aqui , era práticageral dos escritores do Novo Testamento referirem-se somente à que era mais famosa. Assim,Mateus atr ibuiu a ci tação a Jeremias . Is to pode ser comparado com Mc 1.2-3, onde um a citaçãomista de Malaquias 3.1 e Isaías 40.3 é atribuída somente a Isaías.

A Data do Êxodo  Êx 1.11 X 1 Rs 6.1

LaSor

Juizes 11.26 e Ato s 13.19-20 ap óiam a afirmação de 1 Reis 6.1 de que o Êxod o ocorreu por volta de1446 a.C. As evidências bíblicas e arqueológicas mostram que Exodo 1.11 não se constitui emprova conclus iva para local izar o Exodo em 1290 a .C. Ver a expl icação de Archer sobre essas duaafirmações nas páginas 64-65 do seu ensaio.

A Referência de Judas a Enoque

Judas 14

Beegle

Archer o bserva que não h á nenh uma razão por que obras pseudepigráficas escri tas no período

intertestamentário, como o Livro de Enoque  c i tado em Juda s 14, não pudessem co nter algunsfatos e relatos historicamente corretos. Archer argumenta que a profecia de Enoque foi

preservada do m esmo mod o que o diálogo de Adã o e Eva foi preservado para que M oisés oregistrasse milhares de anos mais tarde.

A Referência de Juda s a Miguel e atanás

Judas 9

Beegle

A suposição implícita de Beegle de que Judas não possuía outra fonte válida de informação a nãoser o texto hebraico do Velho Testamento, que não registra este incidente, é errônea porque oregistro de Judas foi inspirado pelo Espírito Santo. Os eventos ou afirmações mencionados naEscritura Sagrada não precisam aparecer mais de uma vez na Bíblia a fim de serem aceitos comoverdadeiros. O próprio Beegle sustenta que João 3.16 é autêntico e fidedigno, muito emboraocorra somente uma vez na Bíblia.

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12. Respostas a upostas Discrepâncias (continuação)

A D uração do Reinado de Peca

2 Rs 15.27

Beegle

Embora Peca estivesse limitado a Gileade nos doze primeiros anos do seu reinado, ele foi o único rei legítimode Israel de 752 a 732 a.C. Os reinados de Manassés e de seu filho Pecaías entre 752 e 740 a.C. foramusurpações. Mesmo quando confinado a Gileade, Peca reivindicou o trono de Israel e considerou Samaria

como a sua legítima capital. Existe um paralelo em D avi, que, segundo 1 Reis 2.11, reinou sobre Israel por anos, embo ra a sua autoridade tenha sido limitada nos primeiros sete anos. 0 rei Tutmés III, da 18- dinasti

do Egito, teve um reinado oficial de 48 ou 49 anos, porém, com o subiu ao trono quand o ainda criança, a sumad rasta assumiu a autoridade por vários anos e o governo efçtivo de Tutmés foi de apenas 35 anos.

A Data das Invasões de enaqueribe

2 Rs 18.1 X 2 Rs 18.13

Beegle

Nã o h á nenhum a evidência convincente de erro no m anuscrito original, pois evidentemente houve oequívoco de algum escriba na transcrição de 2 Reis 18.13. Quer tenham sido utilizados numerais ou osnúmeros tenham sido escritos por extenso, 24 facilmente poderia ser transcrito como 14. Todas as outras

datas de 2 Reis (15.30; 16.1-2; 17.1) apóiam a data de 18.1. Uma simples correção textual em 18.13

harmonizaria todos os relatos.

O Núm ero de Vezes que o Galo C antou  Na Negação de Pedro

M t 26.34, 74-75; Lc 22.34, 60-61 X Mc14.30,72

Beegle

Mateus e Lucas quando muito somente implicam   um canto do galo, ao passo que M arcos mencionaespecificamente dois cantos . A exegese confirma que M ateus e L ucas não especificam quantas vezes o

galo iria cantar , e portanto n ão há nenhum a contradição.

A Citação de Elifaz feita por Paulo

1 Co 3.19

Beegle

Provavelmente nun ca foi a legado por qualquer estudioso evangél ico que a Bíbl ia somente ci te comoválidas as afirmações de santos inspirados ou que todas as afirmações desses santos sejam válidas.

Algumas das censuras que Jó dirigiu contra Deus foram menos que inspiradas e pelas mesmas ele foi ju st am en te re pr ee ndi do (Jó 34 .1 -9 ; 38 .1 -2 ; 40 .2 ). Po r out ro lado, m ui to s do s se ntim en to s ex pr es so s po rseus três conselheiros eram do utrinariamen te corretos. A citaç ão de Elifaz feita por Paulo não representa

nenhuma am eaça.

Quem Levou Davi a Fazer o Censo  2 Sm 24.1 X 1 Cr 21.1

Beegle

Segundo a Bíbl ia , Deus pod e permitir que um crente que está sem com unhão com ele pratique um a ação

insensata ou ofensiva contra Deus a fim de que, depois que a pessoa colher o fruto amargo do seu erro,

experimente o juízo disciplinar apropriado e assim, humilhada pelo Espírito, seja levada a uma comunhã

mais íntima com o Senhor. Foi esse o caso de Jonas. Na parte final do reinado de Davi, este e a naçãocomeçaram a confiar em seu crescimento nú merico e material a ta l ponto que precisaram de um juízo

disciplinar que os restaurasse à devida dependência de Deus. Portanto, o Senhor permitiu que Satanásinduzisse Davi a fazer o censo, o que resultou em uma rigorosa disciplina da parte de Deus. Assim, ambo

os relatos são verdadeiros , pois tanto Deus como Satanás influenciaram Davi .

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12. Respostas a upostas Discrepâncias (continuação)

A Duração das Genealogias de Gênesis 5 e 10

Beegle

Nã o há nenhum a razão porque não possa h aver saltos nesta genealogia , pois Lucas 3 .36 indica pelo

menos um salto na genealogia encontrada em Gên esis 10.24. Além disso, o es tudo cuidadoso douso concreto dos termos hebraicos e gregos para “pai” e “gerou” revela que freqüentemente não

significavam nada mais específico do que uma linha direta de ascendência. Por exemplo, Jesus foi

muitas vezes chamado de “Fi lho de Davi .” Além disso, nem Gênesis 5 nem Gênesis 10 mencionam

duração específica que totalize todo o período de tempo desde A dão até Noé, ou de No é atéAbraão . N o entanto, são fornecidos os anos de cada geração, de m odo que o período total desde

Ad ão até Ab raão pode ser calculado com faci l idade. 0 problema está em harmonizar a cronologiabíblica com a cronologia histórica secular.

A Idade de Terá Quando Abraão Deixou H arã

Gn 12.4 X At 7.4 à luz de Gn 11.26,32

Beegle

A inferência de Beegle de que Terá t inha 70 an os quando Ab raão nasceu é al tam ente discutível.A E scritura somente diz que Terá tinha 70 ano s quand o nasceu o seu primeiro filho. Ela não dizespecificamente quem nasceu primeiro. Abraão é men cionado em primeiro lugar provavelmentepor causa da sua importância. Ou tras passagens , como Gênesis 11.28, indicam que H arã pode tersido o mais velho, desde que foi o primeiro a morrer. Assim sendo, não há nenhuma dificuldade

em supor que Abraão nasceu quando Terá t inha 130 anos . Essa idade avançada para a paternidadenão era incomum naquele tempo.

O Local do epultamento de Jacó

Gn 23.19; 50.13 X At 7 .16

Beegle

Qu ando Atos 7 .16 é adequadam ente interpretado, descobre-se que se refere ao local dosepultamento dos filhos de Jacó, ao passo que Gênesis 23.19 e 50.13 referem-se ao local do

sepultamento de Jacó.

Duração da Peregrinação de Israel no Egito

Êx 12.40 X G13.17

Beegle

A ênfase da observação de Paulo não está em revelar o período entre Gênesis 12, quando a

promessa foi feita pela primeira vez a Abraão, e Exodo 20, quando a lei foi dada a Moisés.

O ponto principal da sua afirmação é que a lei, que foi dada 430 anos após a época dos trêspatriarcas a quem foram feitas as promessas, nunca teve a intenção de anular ou substituir

aquelas promessas. Paulo simplesmente menciona o conhecido intervalo da peregrinaçãoegípcia como algo que fez separação entre o período da promessa do pacto e o período dalegislação mosaica. Como tal, o comentário de Paulo foi perfeitamente histórico e correto.

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13. Concepções Rivais Acerca de Deus

Concepção Politeísmo Idealismo

Partidários A n t i g a s R e l i g i õ e s d a N a t u r e z a

H i n d u í s m o

Z e n - B u d i s m o

M o r m o n i s m o

J o s i a h R o y c e

W i l l i a m H o c k i n g

C i ê n c i a c r i st ã

P l a t ã o

H e g e l

E m e r s o n

  íntese da Doutrina

C r e n ç a d e q u e e x i s t e u m a p l u r a l i d a d e d e d e u s e s . A l g u n s

d i z e m q u e s u r g i u c o m o r e j e i ç ã o d o m o n o t e í s m o . M u i t a s

v e z e s i n t i m a m e n t e l i g a d o a o c u l t o d a n a t u r e z a . É a

c o n t r a p a r t e p o p u l a r d o p a n t e í s m o .

Es s a f i l os of i a é um reduc ioni s mo inte lec tua l q ue

e x p l i c a o d u a l is m o o b s e r v a d o e n t r e m e n t e e m a t é r ia

e m t e r m o s d e u m a m e n t e i n f in i t a q u e i n c lu i t u d o .

T o d o s o s c o m p o n e n t e s d o u n i v e r so , i n c l u si v e o b e m

e o m a l , t o r n a m - s e n a d a m a i s q u e e q u i v a l en t e f i n i to

d o I n f i n it o . T o d o s o s e le m e n t o s f u n d e m - s e c o m o

b e m ú l t im o . O b e m , p o r s u a v e z , re p r e s e n t a a

rea l idade idea l .

Idéia de Deus

D e u s é r e l e g a d o a u m e n t r e m u i t o s e m u m p a n t e ã o d e

d e u s e s . D i f e re d o h e n o t e í s m o , o q u a l , e m b o r a a d m i t a

m u i t o s d e u s e s , v ê u m d e u s a c i m a d e t o d o s o s d e m a i s .

D e u s é u m a p e r s o n i f i c a ç ã o n e b u l o s a d o A b s o l u t o .

Embora per fe i to , imutáve l e t r ans cendente , e l e é

i m p e s s o a l .

Contraste com a Bíblia

H á s o m e n t e u m D e u s v e r d a d e i r o ( D t 6 .4 ; Is 4 3 . 1 0 - 1 1 ; 1 C o

8 .4- 6 ; G 1 4 .8 ) .

D e u s é p e s s o a l b e m c o m o t r a n s c e n d e n t e ( S I 1 0 3 . 1 3 ;

113 .5- 6 ; I s 55 .8 - 9 ) .

O s er h u m a n o e s t á n a t u r al m e n t e alienado   d e D e u s

( E f 4 . 1 8 ) .

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13. Concepções Rivais Acerca de Deus (continuação)

Concepção Realismo Panteísmo

Partidários T h o m a s R e id

N e o - r e a l i s t a s

S p i n o z a

R a d h a k r i s h n a n

H i n d u s

T r a n s c e n d e n t a l i s t a s

 íntese da Doutrina O s u n i v e r s a i s t ê m u m a e x i s t ê n c i a e m c e r t o s e n t i d o

i n d e p e n d e n t e d a s p e r c e p ç õ e s p a r t i c u l a r e s d a m e n t e .

E m s u a f o r m a p u r a , é d i a m e t r a l m e n t e o p o s t o a o

reduc ioni s mo. Procura e s tabe lecer o eq u i l íbr io entre a

ob je t iv idade e a s ub je t iv idade . Sua e s t ru tura

s is t e m a t i z a d a d á ê n f a s e à i m p o r t â n c i a d a i n t u i ç ã o .

F o r n e c e u m a b a s e p a r a a d i s t i n ç ã o s u j e it o / o b j e t o .

E s t a c o n c e p ç ã o d á ê n f a s e à i d e n t i f i c a ç ã o d e D e u s c o m

t o d a s a s c o i s a s. A r e a l i d a d e é r e p r e s e n t a d a c o m o u m a

fus ão am or fa de toda m atér i a e e s p í r i to . O s e r pe s s oa l

a b s o r v i d o n a A l m a S u p e r i o r p r e d o m i n a n t e . C o m o t a l ,

e s s a c o n c e p ç ã o é d i a m e t r a l m e n t e o p o s t a a o d e í s m o .

Idéia de Deus

E s s a c o n c e p ç ã o é e s s e c i a l m e n t e o m e s m o q u e oIdea l i s mo. Deus é d i s t into da s ua cr i ação e , por tanto ,

a t r a n s c e n d e .

D e u s e q u i v a l e a t u d o e t u d o e q u i v a le a D e u s ( D e u s éi m p e s s o a l e i m a n e n t e , m a s n ã o t r a n s c e n d e n t e ) .

Contraste com a Bíblia

Ver o Idea l i s mo com re l ação aos t rê s pr ime i ros pontos .

O s er h u m a n o e m n e n h u m s e n ti d o é i n d e p e n d e n te d e

D e u s , n e m p o d e a l c a n ç a r a v e r d a d e e s p i r i tu a l d e

m o d o a u t ô n o m o ( A t 1 7 . 2 8 ; 1 C o 2 . 1 0 - 1 4 ) .

Deus é pe s s oa l e t r ans cendente (S I 103 .13 ; 113 .5- 6 ;

I s 55 .8 - 9 ) .

O s e r h u m a n o é u m a e n t i d a d e r e a l ( G n 2 . 7 ; 1 T s 5 .2 3 )

e um agente mora l l i vre l imi tado (Rm 7 .18 e Jo 6 .44 ) .

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13* Concepções Rivais Acerca de Deus (continuação)

Concepção Panenteísmo Deísmo

Partidários

Diógenes

Voltaire

Henri Bergson

Thomas Hobbes

Charles Hartshorne

Charles Blount

Alfred N. Whitehead John Toland

  chubert Ogden

Evolucionistas teístas

John Cobb

Thomas Jefferson

  íntese da Doutrina

Uma concepção processiva da realidade e de Deus (em contraste com uma concepção estática) na qual um Deus finito que compreende todas as possibilidades do mundo é gradualmente concretizado no mundo em parceria com o ser humano. Deus tem um pólo potencial e um pólo factual, e por isso às vezes usa-se o termo bipolarteísmo.

A natureza e a razão apontam para certas verdades básic

Por um processo racional, o indivíduo pode chegar ao conhecimento dessas verdades auto-evidentes sem a necessidade de iluminação divina. Esta concepção reconhece Deus, mas nega qualquer intervenção sobrenatural no universo.

Idéia de Deus

Deus é finito, distinto do mundo, mas inseparável e interdependente do mundo.

Deus é pessoal e transcendente, mas não

imanente. Ele é 

uma espécie de Deus “controle remoto.” (Ele “apertou um botão” para criar todas as coisas e agora observa passivamente o que acontece.)

Contraste com

Deus é infinito ( I 139.7-12; Jr 23.23; Ap 1.8).

Deus é imanente (2 Cr 16.9; At 17.28; Ag 2.5;

a Bíblia

Deus é transcendente ( I 113.5-6).

Mt 6.25-30).

Deus é onipotente (Gn 18.14; Mt 28.18).

O ser humano é inerentemente depravado (Jr 17.9;

O ser humano necessita de Deus (At 17.28).

Ef 2.1-2) e necessita da graça para salvar-se (Ef 2.8-9).

Deus não necessita do ser humano (aseidade:  “Eu sou o

O ser humano não é “autônomo”.

que sou,” Ex 3.14. Ver também Dn 4.35).

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14* Sete Grandes Cosmo visões

RealidadeÚltima

Nenhum Deus (es)Ateísmo  Um Deus

Muitos DeusesPoliteísmo 

I

Infinitos(nenhuma concepção)

Finitos

FinitoInfinito

Deus está dentro do mundo eidentifica-se com ele.

Panenteísmo 

Um Deus finito está além douniverso, mas age no mesmo

de modo limitado.Teísmo finito 

Deus identifica-secom o mundo.

Panteísmo 

Deus não se identifica com 

o mundo

Deus não intervémno mundo, mas éexclusivamentetranscendente.

Deísmo 

Um Deus infinito e pessoaestá além do universo, ma

age no mesmo.Teísmo

© 1990 Norman Geisler. Adaptado e usado mediante permissão.

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15. Argumentos Clássicos a favor da Existência de Deus

Tipo de Argumento

Título do Argumento

Proponente do Argumento

Conteúdo do Argumento

a p o s t e r i o r i * O A r g u m e n t o d o

M o v i m e n t o , o u

d o M o t o r

T o m á s d e A q u i n o E x i s te m o v i m e n t o ( l o c o m o ç ã o ) n o u n i v e rs o . U m a

c o i s a n ã o p o d e m o v e r - s e a s i p r ó p r i a ; é n e c e s s á r io

u m a fo r ç a o u a g e n t e e x t e r n o . U m a r e g r e ss ã oi n f i n it a d e fo r ç a s é s e m s e n t i d o . P o r t a n t o , d e v e

h a v e r u m s e r q u e é a f o n t e ú l t im a d e t o d o

m o v i m e n t o , m a s q u e n ã o é m o v i d a e la m e s m a .

E s s e s e r é D e u s , o p r i m e i r o m o t o r i m ó v e l .

a pos te r ior i O A r g u m e n t e '

C o s m o l ó g i c o

( A r g u m e n t o

p e l a C a u s a )

T o m á s d e A q u i n o T o d o e f e it o te m u m a c a u s a . N ã o p o d e h a v e r u m a

r e g r e s s ã o i n f i n i t a d e c a u s a s f i n i t a s . P o r t a n t o , d e v e

e x i st ir u m a c a u s a n ã o c a u s a d a o u u m s e r n e c e s s á r io .

E s s e s e r é D e u s .

a pos te r ior i O A r g u m e n t o d a

P o s s i b i l id a d e e

d a N e c e s si d a d e

T o m á s d e A q u i n o A s c o i sa s e x is t e m e m u m a r ed e d e r e l a c io n a m e n t o s

c o m o u t r a s c o i sa s . E l a s s ó p o d e m e x i s ti r d e n t r o

d e s s a r ed e . P o r t a n t o , c a d a c o i s a é d e p e n d e n t e .T o d a v i a , u m a r e g r e s sã o i n f in i t a d e d e p e n d ê n c i a s

é c o n t r a d i t ó r i a . A s s i m , d e v e e x i s t i r u m s e r q u e é

a b s o lu t a m e n t e i n d e p e n d e n t e e n ã o c o n t i n g e n te

a q u a l q u e r o u t r a c o i s a . E s s e s e r é D e u s .

a p o s t e r i o r i O A r g um e n t o

d a P e r f e i ç ã o

T o m á s d e A q u i n o O b s e r v a - s e n o u n i v e r s o a e x i s t ê n c i a d e u m a p i râ m i d e

d e s e r e s ( p o r e x e m p l o , d e s d e o s i n s e t o s a t é o s e r

h u m a n o ) e m u m g r a u se m p r e c r e s c e n t e d e

p e r f e i ç ã o . D e v e e x i s t i r u m s e r f i n a l q u e é

a b s o l u t a m e n t e p e r f e it o , a f o n t e d e t o d a p e r f e iç ã o .

E s s e s e r é D e u s .

a p o s t e r io r i O A r g u m e n t oT e l e o l ó g i c o

( A r g u m e n t o

d o D e s í g n i o )

T o m á s d e A q u i n o E x i st e n o m u n d o u m a o r d e m o u d e s íg n i o o b s e rv á v e lq u e n ã o p o d e s e r a t r ib u í d a a o p r ó p r i o o b j e t o ( p o r

e x e m p l o , o b j e t o s i n a n i m a d o s ) . E s s a o r d e m

o b s e r v á v e l a rg u m e n t a e m f a v o r d e u m s e r

i n t e li g e n te q u e e s t a b e l e c e u e s s a o r d e m . E s s e s e r

é D e u s .

a pos te r ior i O A r g um e n t o

M o r a l (o u

A n t r o p o l ó g i c o )

I m m a n u e l K a n t T o d a s a s p e s s o a s p o s s u e m u m i m p u l s o m o r a l o u

i m p e r a t iv o c a te g ó r i c o . C o m o e s s a m o r a l i d a d e n e m

s e m p r e é r e c o m p e n s a d a n e s t a v i d a , d e v e h a v e r

a l gu m a b a s e o u r az ã o p a r a o c o m p o r t a m e n t o m o r a l

q u e e s t á a l é m d e s t a v i d a . I s s o i m p l i c a n a e x i s tê n c i a

d a i m o r t a li d a d e , d o ju í z o f in a l e d e u m D e u s q u e

e s t a b e l e ce e s u s t e n t a a m o r a l i d a d e r e c o m p e n s a n d o

o b e m e p u n i n d o o m a l .

a p r i o r i f   O A r g um e n t o

d e q u e D e u s

é u m a I d é i a

I n a t a

A g o s t i n h o

J o ã o C a l v i n o

C h a r l e s H o d g e

T o d a p e s s o a n o r m a l n a s c e c o m a i d é i a d e D e u s

i m p l a n t a d a e m s u a m e n t e , e m b o r a e l a e s t e j a

s u p r im i d a p e l a in j u s t i ç a ( R m 1 . 1 8 ). A m e d i d a q u e a

c r i a n ç a c r e s c e e m d i r e ç ã o à i d a d e a d u l t a , e s sa i d é ia

t o r n a - s e m a i s c l a r a . E x p e r i ê n c i a s c r í t i c a s n o

t r a n s c u r so d a v i d a p o d e m d e s p e r t a r e s s a id é i a.

*a posteriori: afirmações ou argumentos logicamente posteriores à experiência sensorial, ou dela dependentes,ta priori: afirmações ou argumentos logicamente anteriores à experiência sensorial, ou independentes da mesma.

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15. Argumentos Clássicos (continuação)Tipo de

ArgumentoTítulo do

ArgumentoProponente do

ArgumentoConteúdo doArgumento

a priori O Argumentodo Misticismo

Evelyn Underhill O ser humano é capaz de ter uma experiência místicadireta com Deus que resulta em uma experiência deêxtase. Essa união com Deus é tão peculiarmentepoderosa que ela produz uma auto-validação daexistência de Deus.

a priori O Argumentoda Verdade

Agostinho

A. H. Strong

Todas as pessoas crêem que algo é verdadeiro. Se Deusé o Deus da verdade e o verdadeiro Deus, entãoDeus é a Verdade. Essa Verdade (com V maiúsculo)é o contexto de qualquer outra verdade. Portanto, aexistência da verdade implica na existência daVerdade, que implica na existência de Deus.

a priori O ArgumentoOntológico

Anselmo deCantuária

Premissa maior: O ser humano tem uma idéia de umser infinito e perfeito.

Premissa menor: A existência é uma parte necessáriada perfeição.

Conclusão: Existe um ser infinito e perfeito, pois opróprio conceito de perfeição requer a existência.

a priori O Argumento daFinitude doSer Humano

Aristóteles O ser humano é consciente da sua própria finitude.O que torna o ser humano consciente disto? Deusestá continuamente impressionando o ser humanocom a infinitude divina. Portanto, o próprio sensode finitude é uma prova de que existe um serinfinito, Deus.

a priori O Argumentoda Bem-Aventurança

Agostinho

Tomás de Aquino

O ser humano é inquieto. Ele tem um vago desejo debem-aventurança. Esse desejo foi dado por Deus,pois o homem está inquieto até que descanse emDeus. A presença desse desejo é uma prova indiretada existência de Deus.

a priori O Argumentoda Percepção

Bispo Berkeley O ser humano é capaz de perceber (sentir) as coisas aoseu redor. Isso não pode ser causado seja por eventosfísicos (percepção como ato mental) ou pelo próprio

homem. Portanto, a existência da percepção implicana existência de Deus como a única explicaçãoracional das percepções humanas.

a priori O ArgumentoExistencial

Auguste Sabatier Deus prova a si mesmo por meio do Kerygma, que é asua declaração de amor, perdão e justificação do serhumano. Quando alguém se decide pelo Kerygma,ele então sabe que Deus existe. Nenhuma outraevidência é necessária. Deus não é tanto provadocomo é conhecido, e isso ocorre existencialmente.

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16. Avaliação dos Argumentos Clássicos a favor da Existência de Deus

Argumento Cosmológico

Todo efeito tem uma causa; não pode haver uma regressão infinita de causas finitas; portanto, deve existir uma causa não causada ou um ser necessário; este ser é Deus.

Proponente  

Tomás de Aquino

Argumentos a Favor

Argumentos Contra

A ausência de um ser essencial ou causa não causada conduz em última análise à auto-criação ou à criação pelo acaso, ambas as quais são logicamente impossíveis.

Um círculo ou cadeia de causas exigiria que um elo da cadeia estivesse simultaneamente causando existência e tendo sua existência causada, potencialidade produzindo factualidade, e isto não é possível. O nada não pode causar alguma coisa.

Um ser necessário deve ser infinito. omente aquilo que 

tem potencialidade pode ser limitado, e um ser necessário deve ser pura factualidade (ou então poderia ser possível que ele não existisse).

A lei da causalidade aplica-se somente a seres finitos. Deus, que é infinito e eternamente auto-existente, não requer uma causa.

Não existe nenhuma conexão necessária (logicamente) entre causa e efeito. Quando muito, temos somente uma disposição psicológica para esperar que o efeito ocorra.

Um círculo de causas pode ser uma alternativa para uma regressão infinita de causas.

A existência de um Criador infinito não pode ser 

demonstrada a partir da existência de um universo finito.

  e tudo necessita de uma causa, assim também Deus, ou então Deus deve ser auto-causado, o que é impossível.

Argumento Teleológico

Existe no mundo uma ordem ou desígnio observável que não pode ser atribuída ao próprio objeto (por exemplo, objetos  inanimados); essa ordem observável argumenta em favor- de um ser inteligente que estabeleceu essa ordem; esse ser é Deus.

Proponente  Tomás de Aquino

Argumentos a Favor

Argumentos Contra

A criação pelo acaso é equivalente à auto-criação, pois o acaso é uma abstração matemática sem qualquer existência real em e de si mesma. Além disso, o acaso e a eternidade não reforçam o argumento, já que em uma arena puramente aleatória as coisas tornam-se mais desorganizadas com o tempo, e não menos.

Mesmo no que parecem ser ocorrências naturais aleatórias e em enfermidades, a ordem ainda assim está presente. A força desse argumento é a favor da existência  de um criador inteligente. Elenão  procura argumentar acerca do caráter  do criador.

Este argumento é a posteriori - a partir de algo externo, isto é, baseado na observação. Diante do fato de que a única base alternativa para postular uma criação inteligente é um a priori - a partir de algo interno -, temos pouca escolha, a não ser basear nossos argumentos a favor da existência de Deus naquilo que observamos no mundo ao nosso redor.

A ordem do mundo pode ser atribuída a agentes outros que não um ser inteligente, tais como o acaso ou a seleção natural.

Este argumento deixa de explicar ocorrências como catástrofes naturais e doenças, que argumentam contra a existência de um Deus bom.

Este argumento é inválido porque aplica o que é observável àquilo que vai além da experiência.

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16. Avaliação dos Argumentos Clássicos (continuação)

A r g u m e n t o A n t r o p o l ó g i c o ( M o r a l)

T o d a s a s p e s s o a s p o s s u e m u m i m p u l so m o r a l o u im p e r a t iv o c a t e g ó r i c o . C o m o e s s a m o r a l i d a d e n e m s e m p r e é

r e c o m p e n s a d a n e s t a v i d a , d e v e h a v e r a l g u m a b a s e o u r a z ã o p a r a o c o m p o r t a m e n t o m o r a l q u e e s t á a l é m d e s t a v i d a .

I s so i m p l i ca n a e x i s tê n c i a d a i m o r t a l id a d e , d o j u í z o f in a l e d e u m D e u s q u e e s t a b e l e c e e s u s t e n t a a m o r a l id a d e

r e c o m p e n s a n d o o b e m e p u n i n d o o m a l.

P r o p o n e n t e

I m m a n u e l K a n t

A r g u m e n t o s a F a v o r A r g u m e n t o s C o n t r a

C o m o a c o n s c iê n c i a o u i m p u l so m o r a l d o s e r h u m a n o

m u i t a s v e z e s n ã o a t e n d e a o s s e u s m e l h o r e s in t e r e s se s

e m t e r m o s d e s o b r e v i v ê n c i a , é i m p r o v á v e l q u e e l a se

d e s e n v o l v e r i a c o m o u m a p a r te n e c e s s á r i a d a s e l e ç ão

n a t u r a l .

O i m p u l s o m o r a l d o s e r h u m a n o p o d e s e r a t r ib u í d o a f o n te s

o u t r a s q u e n ã o D e u s , t a l c o m o a i d é i a d e c o n s c iê n c i a q ue

s e d e s e n v o l v e c o m o u m a p a r t e n e c e s s á r i a d o p r o c e s s o

e v o l u t i v o o u d e s e l e ç ã o n a t u r a l.

E m b o r a a e x i s t ê n c i a d e u m D e u s b o m ( e t o d o - p o d e r o s o )

p o s s a e x i g ir a d e s t r u i ç ã o d o m a l , e l a n ã o e x i g e e s s a

d e s t r u i ç ã o n e c e s s a r i a m e n t e a g o r a.

S e D e u s e x i s te c o m o r e c o m p e n s a d o r d o b e m , p o r q u e e x is t e

o m a l ( e s p e c i a l m e n t e s e , c o m o p r o f e s s a m o s t e í s t a s , D e u s

é t o ta l m e n t e b o m e   t o d o - p o d e r o s o ) ?

E s s e i m p u l so m o r a l e st á b a s e a d o n a n a t u r e z a d e D e u s , e

n ã o e m s u a v o n t a d e a r b i tr á r ia . N a v e r d a d e , D e u s n ã o

p o d e s e r c o n s i d e r a d o a r b i t rá r io , p o r q u e e l e n ã o p o d e

q u e r e r a l g o c o n t r á r i o à s u a n a t u r e z a .

S e e s se i m p u l so m o r a l v e m s o m e n t e d o a t o c r ia d o r d e D e u s ,

t a l i m p u l s o é a r b i t r á r i o e D e u s n ã o é e s s e n c i a l m e n t e b o m

( is to m i li ta c o n t r a o D e u s b o m d o t e í sm o , e m f a v o r d o

q u a l e s t e a r gu m e n t o é u s a d o c o m o p r o v a ) .

A r g u m e n t o O n t o ló g i c o

E s t e a r g u m e n t o a s s u m e a s e g u i n te f o r m a ( e m u i t a s o u t r a s ) :

p r e m i s sa m a i o r : O s e r h u m a n o t e m u m a i d é ia d e u m s e r i n fi n it o e p e rf e it o ,p r e m i ss a m e n o r : A e x i s t ê n c i a é u m a p a r t e n e c e s s á ri a d a p e r fe i çã o .

c o n c l u s ã o : E x i s t e u m s e r i n f i n i t o e p e r f e i t o , p o i s o p r ó p r i o c o n c e i t o d e p e r f e i ç ã o r e q u e r a e x i s t ê n c i a .

P r o p o n e n t e

A n s e l m o d e C a n t u á r ia

A r g u m e n t o a F a v o r A r g u m e n t o s C o n t r a

S e a a f i r m a ç ã o “ n e n h u m a a f i r m a ç ã o s o b r e a e x i st ê n c i a é

n e c e s s á r i a ” f o r v e r d a d e i ra , e l a t a m b é m d e v e a p l ic a r -s e

à p r ó p r i a a f ir m a ç ã o , o q u e s e r ia a u t o - a n u l a t ó r i o . A s s i m

s e n d o , é  po ss ív el   q u e s e p o s s a m f a ze r a l g u m a sa f i r m a ç õ e s n e c e s s á r i a s s o b r e a e x i s t ê n c i a .

A s a f ir m a ç õ e s s o b r e a e x i s tê n c i a n ã o p o d e m s e r n e c e s s á r ia s

p o r q u e a n e c e s s i d a d e é s i m p l e s m e n t e u m a c a r a c te r í st i c a

l ó g ic a d a s p r o p o s i ç õ e s .

N ã o e x i s te n e n h u m a c o n e x ã o e n t r e a e x i s tê n c i a d e u m s e r

p e r f e it o n a m e n t e d e u m a p e s s o a e a e f e t iv a e x i s tê n c i a

d e s t e se r n o m u n d o .

O a r g u m e n t o r e q u e r a a d o ç ã o d e u m a e s t ru t u r a p la t ô n ic a ,

n a q u a l o i d e a l é m a i s r e a l q u e o f í s ic o .

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17* O Conhecimento de Deus

RevelaçãoNatural

RevelaçãoEspecial

Dada a todos Dada a PoucosDestinada a Todos Destinada a Todos

Suficiente para a Suficiente para aCondenação Salvação

Declara a Grandeza Declara a Graçade Deus de Deus

Manifestações Manifestações

1. Natureza Salmos 19.1 1. Moisés e os Profetas Hb 1.12. História Israel 2. A Encarnação Hb 1.23. Consciência Moral Humana 3. Os Apóstolos Hb 2.3-44. Natureza Religiosa do Ser Humano

Apologética Natureza

1. Argumento Cosmológico 1. Pessoal Fp 3.102. Argumento Teleológico 2. Antrópica Linguagem humana3. Argumento Antropológico 3. Analógica Rm 5.7'84. Argumento Ontológico

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18. Esquemas de Classificação dos Atributos DivinosStrong C h a f e r Er i cks on Muel l e r T h i e s s e n

Atr ibutos

A b s o l u t o sPer s ona l idade

Atributos de

G r a n d e z aAtr ibutos

N e g a t i v o sEs s ênc ia de Deus

Espiritualidade, Onisciência  Espiritualidade  Unidade  Espiritualidade envolvendo  Sensibilidade Personalidade   Simplicidade  Imaterial, incorpóreoVida Santidade Vida  Imutabilidade  Invisível

Personalidade Justiça Infinidade  Infinidade  Vivo

Infinidade,

envolvendo 

Auto-exis tência

Imutabi l idade

Perfeição,

envolvendo 

VerdadeA m o r

Sant idade

A m o r

BondadeVerdade

Vontade 

LiberdadeOnipotência

Constância  Eternidade 

Onipresença 

Pessoal

Auto'existência 

Imensidade 

Eternidade 

Atr ibutos A trib uto s A trib utos de Atr ibutos Os Atr ibutosR e la tiv o s C o n stitu c io n a is B o n d ad e Posit ivos d e D e u s

Tempo e   Espaço, Simplicidade  Pureza Moral  Vida  Atributos Não-morais em relação a  Unidade  Sant idade Conhecimento  OnipresençaEternidade Infinidade  Retidão Sabedoria  OnisciênciaImensidade Eternidade 

Imutabilidade 

Justiça Vontade 

Santidade Onipotênc ia

Imutabi l idadeCriação  Onipresença ou  Integridade   Just iça 

Onipresença imensidade G enuinidade Veracidade  Atributos   Morais

Onisciência Soberania Veracidade Poder  Santidade

Onipotênc ia

Seres Morais  Veracidade, FidelidadeMisericórdia, BondadeJustiça, Retidão

Fidelidade

Amor Benevolência

G raçaMisericórdiaPersistência

Bondade  Justiça e RetidãoBondadeVerdade

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19. Representação Gráfica dos Atributos de Deus

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20. Definições dos Atributos de Deus

Atributos Definição Referências Bíblicas

Simplicidade/Espiritualidade

Deus não é composto de partes, nem écomplexo; é indivisível, único e espiritualem seu ser essencial.

Jo 1.18; 4.24; 1 Tm 1.17;6.15-16

Unidade Deus é um. Dt 6.4; 1 Co 8.6

Infinidade Deus não possui término ou limitação. 1 Rs 8.27; SI 145.3; At 17.24

Eternidade Deus é imune à passagem do tempo. Gn 21.33; SI 90.2

Imutabilidade/Constância

Deus não muda nem pode mudar em seu ser. SI 102.27; Ml 3.6; Tg 1.17

Onipresença Deus está presente em toda parte. SI 139.7-12; Jr 23.23-24

Soberania Deus é o chefe supremo, independente dequalquer autoridade fora de si mesmo.

Ef 1, espec. v. 21

Onisciência Deus conhece todas as coisas existentes epossíveis.

SI 139.1-4; 147.4-5; Mt 11.21

Onipotência Deus é todo-poderoso. Mt 19.26; Ap 19.6

Justiça Deus possui eqüidade moral; ele não mostrafavoritismo.

At 10.34-35; Rm 2.11

Amor Deus busca o bem supremo dos seres humanos,pagando um preço infinito.

SI 103.17; Ef 2.4-5; 1 Jo 4.8,10

Benevolência Deus tem um interesse altruísta pelo bem-estardaqueles que ama.

Dt 7.7-8; Jo 3.16

Graça Deus concede favores imerecidos àqueles queama, segundo as suas necessidades.

Êx 34.6; Ef 1.5-8; Tt 2.11

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20. Definições dos Atributos de Deus (continuação)

Atributos Definição Referências Bíblicas

Bondade Aquilo que constitui o caráter de Deus, sendodemonstrada pela benevolência, graça e

misericórdia.

Êx 33.19; SI 145.9

Liberdade Deus é independente das suas criaturas. SI 115.3

Santidade Deus é justo, perfeito e separado de todopecado ou mal.

1 Pe 1.16

Retidão A santidade aplicada aos relacionamentos; a lei deDeus e as suas ações são perfeitamente retas.

SI 19.7-9; Jr 9.24a

Verdade Acordo e consistência com tudo o que érepresentado pelo próprio Deus.

Jo 14.6; 17.3

Genuinidade Deus é real e verdadeiro. Jr 10.5-10; Jo 17.3

Veracidade Deus fala a verdade e é digno de confiança. 1 Sm 15.29; Jo 17.17,19; Hb 6.18;Tt 1.2

Fidelidade Deus prova ser fiel; ele mantém as suaspromessas. Nm 23.19; SI 89.2; 1 Ts 5.24

Personalidade Deus é pessoal. Ele tem auto-conhecimento,vontade, intelecto e auto-determinação.

Êx 3.14; Gn 3

Vida Deus é vida e a fonte última de toda a vida. Êx 3.14; Jr 10.10; Jo 5.26

Misericórdia A terna compaixão de Deus para com aspessoas miseráveis e necessitadas que eleama, e também o fato de não dar aospecadores aquilo que merecem.

Êx 3.7,17; SI 103.13; Mt 9.36

Persistência A natureza longânima de Deus e suapaciência para com o seu povo.

SI 86.15; Rm 2.4; 9.22

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2 1 .0 Desenvolvimento Histórico da Doutrina da Trindade

Introdução

A doutrina da Trindade é essencial ao cristianismo bíblico; ela descreve os relacionamentosexistentes entre os três membros da Divindade de um modo consistente com a Escritura.

É fundamental nessa doutrina a questão de como Deus pode ser ao mesmo tempo um e três. Osprimeiros cristãos não queriam perder o seu monoteísmo judaico enquanto exaltavam o seuSalvador. Surgiram heresias quando as pessoas procuraram explicar o Deus cristão sem setornarem triteístas (como os judeus rapidamente os acusaram de ser). Os cristãos argumentaramque o monoteísmo judaico do Antigo Testamento não excluía a Trindade.

O clímax da formulação trinitária ocorreu no Concílio de Constantinopla, em 381 d.C. Devemos aesse concílio a expressão do conceito ortodoxo da trindade. Todavia, para apreciarmos o que disse

o concílio é útil acompanharmos o desenvolvimento histórico da doutrina. Isso não significa que aigreja ou qualquer concílio tenha inventado a doutrina. Antes, foi para responder às heresias quea igreja explicou o que a Escritura já pressupunha.

A Igreja Pré-Nicena: 33-325 d.C.

Os Apóstolos, 33-100 d.C.

O ensino apostólico claramente aceitou a plena e real divindade de Jesus, e aceitou e adotou afórmula batismal trinitária.

Os Pais Apostólicos, 100-150 d.C.

Os escritos dos Pais Apostólicos eram caracterizados por uma paixão acerca de Cristo (Cristo provémde Deus; ele é pré-existente) e por ambigüidade teológica acerca da Trindade.

Os Apologistas e os Polemistas, 150-325 d.C.

As crescentes perseguições e heresias forçaram os escritores cristãos a declararem de maneira maisprecisa e defenderem o ensino bíblico acerca do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Justino Mártir: Cristo é distinto do Pai em sua função.Atenágoras: Cristo não teve princípio.Teófilo: O Espírito Santo é distinto do Logos.Orígenes: O Espírito Santo é co-eterno com o Pai e o Filho.Tertuliano: Falou em “Trindade” e “pessoas” - três em número, mas um em

substância.

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21. A Doutrina da Trindade (continuação)

Concílio de Nicéia: 325 d.C.

Por causa da difusão da heresia ariana, que negava a divindade de Cristo, a unidade e até mesmo ofuturo do Império Romano pareciam incertos. Constantino, recentemente convertido, reuniu umconcílio ecumênico em Nicéia para resolver a questão.

A Questão: Cristo era plenamente Deus, ou era um ser criado e subordinado?

ÁrioSomente Deus Pai é eterno.O Filho teve um princípio como o primeiro e

mais importante ser criado.O Filho não é um em essência com o Pai.Cristo é subordinado ao Pai.Ele é chamado Deus como um título honorífico.

AtanásioCristo é C O -eterno com o Pai.Cristo não teve princípio.O Filho e o Pai têm a mesma essência.Cristo não é subordinado ao Pai.

Declarações Fundamentais do Credo do Concílio[Nós cremos] “em um Senhor Jesus Cristo... verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, não feito,

de uma só substância com o Pai.”“Mas aqueles que dizem que houve um tempo em que Ele não existia, e que antes de ser gerado

Ele não era... a estes a Igreja Católica anatematiza.”“E cremos no Espírito Santo.”

Resultados do ConcílioO arianismo foi formalmente condenado.

A declaração homoousia   (mesma substância) criou conflitos.Os arianos reinterpretaram homoousia  e acusaram o concílio de monarquianismo modalista.A doutrina do Espírito Santo ficou sem ser elaborada.

Concílio de Constantinopla: 381 d.C.

O arianismo não foi extinto em Nicéia; na realidade, ele cresceu em importância. Além disso, surgiuo macedonianismo, que subordinava o Espírito Santo essencialmente da mesma maneira que oarianismo havia subordinado Cristo.

A Questão: O Espírito Santo é plenamente Deus?

Declaração Fundamental do Credo do Concílio“... e no Espírito Santo, o Senhor e doador da vida, que procede do Pai, que é adorado e glorificado juntamente com o Pai e o Filho.”

Resultados do ConcílioO arianismo foi rejeitado e o Credo Niceno reafirmado.O macedonianismo foi condenado e a divindade do Espírito Santo afirmada.Foram resolvidos grandes conflitos acerca do trinitarianismo (embora os debates cristológicos

tenham continuado até Calcedônia, em 451 d.C.).

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22. Antigo Diagrama da Trindade Santa

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23. Principais Noções Acerca da TrindadeN o ç ã o Fonte Partidários Percepção da Es s ênc ia de Deus

( U n o - U n i d a d e )Percepção da Subs i s tênc ia de Deus

(Trino -Divers idade)

MonarquianismoDinâmico

Teodoto Paulo de SamósataArtemonSocinoModernos Unitários

A unidade de Deus denota tanto singularidadede natureza quanto singularidade de pessoa. Portanto, o Filho e o Espírito Santo sãoconsubstanciais com a essência divina do Paisomente como atributos   impessoais. A dynamis  

divina veio sobre o homem Jesus, mas elenão era Deus no sentido estrito da palavra.

A noção de um Deus subsistente é umaimpossibilidade palpável, uma vez que a suaperfeita unidade é perfeitamente indivisível.

•   “diversidade” de Deus é aparente, e não reaque o evento de Cristo e a obra do Espírito

Santo somente atestam uma operação dinâmidentro de Deus, e não uma união hipostátic

MonarquianismoModalista

Práxeas NoetoSabélioSwedenborgSchleiermacherPentecostais Unidos(Jesus Somente)

A unidade de Deus é ultra-simples. Ele équalitativamente caracterizado em suaessência por uma natureza e uma pessoa.Essa essência pode ser designada seja comoPai, Filho ou Espírito Santo. Estes sãodiferentes nomes do D eus unificado e simples,porém idênticos com ele. Os três nomes sãoos três modos pelos quais Deus se revela.

O conceito de um Deus subsistente é errôneo econfunde a verdadeira questão do fenômeno dauto-manifestação modalista de Deus. Oparadoxo de um “três em unidade” subsistenterefutado pelo reconhecimento de que Deus nãtrês pessoas, mas uma pessoa com três nomesdiferentes e papéis correspondentes que se seguum ao outro como as partes de um drama.

Su bo rd in ac io nism o Ário Modernas Testemunhasde Jeová e várias outrasseitas menosconhecidas

A unidade inerente da natureza de Deussomente se identifica de maneira apropriadacom o Pai. O Filho e o Espírito Santo sãoentidades discretas que não partilham daessência divina.

A essência unipessoal de Deus exclui o conceide subsistência divina com uma Divindade.A “trindade na unidade” é auto-contraditóre viola os princípios bíblicos de um Deusmonoteísta.

Trinitarianismo“Econômico”

HipólitoTertuliano

Diferentes trinitarianos“neo - econôm icos”

A Divindade caracteriza-se pela triunidade: Pai,Filho e Espírito Santo são três manifestaçõesda única substância idêntica e indivisível.A perfeita unidade e consubstancialidadeestão envolvidas de maneira especial emações triádicas manifestas como a criaçãoe a redenção.

A subsistência dentro da Divindade é articuladpor meio de termos como “distinção” e“distribuição,” afastando de modo eficaz anoção de separação ou divisão.

TrinitarianismoOrtodoxo

Atanásio BasílioGregório de NisaGregório de NazianzoAgostinhoTomás de AquinoLuteroCalvinoCristianismo ortodoxo

contemporâneo

O ser de Deus é perfeitamente unificado esimples: de uma só essência (homoousia ).Essa essência de divindade é possuída emcomum pelo Pai, Filho e Espírito Santo. Astrês pessoas são consubstanciais, co -inerentes(perichoresis ), co-iguais e co-eternas.

Diz-se que a subsistência d ivina ocorresimultaneamente em três modos de ser ouhipóstases. Como tal, a Divindade existe“indivisa em pessoas divididas.” E ssaconcepção contempla uma identidade   denatureza e cooperação  de funções sem anegação das distinções das pessoas daDivindade.

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23. Principais Noções Acerca da Trindade (continuação)

C o n c e p ç ã o Atr ibu ição de Div indade /Eterna l idadeR eferen te (s) C rít ic a (s)

Pai ! Filh o Es p í r i to S anto An a lóg ico ( s)

MonarquianismoDinâmico

Originador únicodo universo. Eleé eterno, auto-existente, semprincípio ou fim.

1 Um homem virtuoso (mas; finito) em cuja vida Deus1 estava dinamicamente

presente de maneirasingular. Cristo certamentenão  era divino, embora a

sua humanidade tenhasido deificada.

Um atributo impessoal daDivindade. Não atribuinenhuma divindade oueternalidade ao EspíritoSanto.

Eleva a razão acima do testemunho drevelação bíblica no que concerne Trindade.

Nega categoricamente a divindade deCristo e do Espírito Santo, solapanassim a sustentação teológica da

doutrina bíblica da salvação.

MonarquianismoModalista

Plenamente Deuse plenamenteeterno como omodo oumanifestaçãoprimordial doDeus único,singular eunitário.

'   Plena divindade/ete rnidadeatribuídas somente nosentido de ser outro mododo Deus único, e idênticocom a sua essência. Ele é

•  o mesmo Deus manifestoi em seqüência temporal  i  específica a uma função

(encarnação).

Deus eterno somente namedida em que o títulodesigna' a fase  na qual oDeus uno, em seqüência  temporal, manifestou-se  em termos da funçãode regeneração esantificação.

Uma pessoarepresentando trêspapéis diferentesno mesmo drama.Água-gelo-vapor.

Despersonaliza a Divindade. Paracompensar as suas deficiênciastrinitárias, essa concepç ão propõeidéias claramente heréticas (porexemplo, o patripassianismo). O seconceito de manifestações sucessivada Divindade não pode explicar osaparecimentos simultâneos das trêspessoas, como no batismo de Cristo.

S ub or din ac io nis mo 0 D eu s único eingênito que éeterno e semprincípio.

1 Um ser criado e, portanto,não eterno. Emboradeva ser venerado, elenão possui a essênciadivina.

11

1

Uma em anação do Painão pessoal e n ão eterna.E visto como umainfluência ou umaexpressão de Deus. Não

se lhe atribui divindade.

Mente-idéia--ação Conflita com o farto testemunho bíblicacerca da divindade tanto de Cristocomo do Espírito Santo. Suaconcepção hierárquica também afirmtrês pessoas essencialmente separada

com relação ao Pai, Cristo e o EspíritSanto. Isso resulta em umasoteriologia inteiramente confusa.

Trinitarianismo“Econômico”

A igual divindade do Pai, Filho e Espírito Santo é claramente elucidada naobservação das características relacionais/operacionais simultâneas daDivindade. Por vezes a co-eternidad e não se manifesta inteligivelmentenessa concepção ambígua, mas parece ser uma implicação lógica.

Uma fonte e o seu rio.A unidade entre araiz e o seu ramo.O sol e a sua luz.

E mais hesitante e ambígua no seutratamento do aspecto relacional daTrindade.

TrinitarianismoOrtodoxo

Em sua destilação final, esta concepção apresenta resolutamente o Pai, o Filhoe o Espírito Santo como co-iguais e co-eternos na Divindade com relaçãotanto à essência quanto à função divinas.

Todas as analogiasdeixam deexpressaradequadamenteo trinitarianismoortodoxo.

A única deficiência tem que ver comas limitações inerentes à próprialinguagem e pensamento humanos:a impossibilidade de descreverplenamente o mistério inefávelde “três em unidade.”

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24* Uma Apresentação Bíblica da Trindade

Introdução A palavra “Trindade” nunca é usada, nem a doutrina do trinitarianismo jamais éensinada explicitamente nas Escrituras, mas o trinitarianismo é a melhor explicaçãoda evidência bíblica. A exposição teológica da doutrina resultou de ensinos bíblicosclaros, porém não abrangentes. E uma doutrina essencial para o cristianismo porquese concentra em quem Deus é, e especialmente na divindade de Jesus Cristo. Comoo trinitarianismo não é ensinado explicitamente nas Escrituras, o estudo da doutrinaé um esforço de reunir temas e dados bíblicos por meio de um estudo teológicosistemático e pela observação do desenvolvimento histórico da atual concepçãoortodoxa acerca de qual é a apresentação bíblica da Trindade.

ElementosEssenciais daTrindade

1. Deus é um.2. Cada uma das pessoas da Deidade é divina.3. A unidade de Deus e a trindade de Deus não são contraditórias.4. A Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) é eterna.5. Cada uma das pessoas de Deus tem a mesma essência e não é inferior ou superior

às outras em essência.

6. A Trindade é um mistério que nunca poderemos entender plenamente.

EnsinoBíblico Velho Testamento Novo Testamento

Deus é Um Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é oúnico Senhor (Dt 6.4; cf. 20.2-3;3.13-15).

Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível,Deus único, honra e glória pelos séculosdos séculos. Amém (1 Tm 1.17; cf. 1 Co8.4-6; 1 Tm 2.5-6; Tg2.19 ).

O Pai: Ele me disse: “Tu és meu Filho,eu hoje te gerei” (SI 2.7).

... eleitos segundo a presciência de DeusPai... (1 Pe 1.2; cf. Jo 1.17; 1 Co 8.6;FP 2.11).

Três PessoasDistintasdescritascomoDivinas

O Filho: Ele me disse: “Tu és meuFilho, eu hoje te gerei” (SI 2.7; cf.Hb 1.1-13; SI 68.18; Is 6.1-3; 9.6).

Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis quese lhe abriram os céus, e viu o Espírito deDeus descendo como pomba, vindo sobreele. E eis uma voz dos céus, que dizia:“Este é o meu Filho amado, em quemme comprazo” (Mt 3.16-17).

O Espírito Santo: No princípio criouDeus os céus e a terra... e o Espíritode Deus pairava por sobre as águas(Gn 1.1-2; cf. Êx31.3; Jz 15.14;Is 11.2).

Então disse Pedro: “Ananias, por que encheuSatanás teu coração, para que mentissesao Espírito Santo...? Não mentiste aoshomens, mas a Deus” (Atos 5.3-4; cf. 2Co 3.17).

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24. Uma Apresentação Bíblica da Trindade (continuação)

Pluralidadede Pessoasna Divindade

No Velho Testamento, o uso de pronomesno plural aponta para, ou pelo menossugere, a pluralidade de pessoas naDivindade.

“Também disse Deus: ‘Façamos o homemà nossa imagem, conforme a nossasemelhança...’” (Gn 1.26).

O uso da palavra singular “nome” emreferência a Deus Pai, Filho e EspíritoSanto indica uma unidade dentro datrindade de Deus.

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas asnações, batizando-os em nome do Pai edo Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19).

Atributo Pai Filho Espírito Santo

Eternidade SI 90.2 Jo 1.2; Ap 1.8,17 Hb 9.14

Poder 1 Pe 1.5 2 Co 12.9 Rm 15.19

Pessoas coma MesmaEssência:AtributosAplicadosa CadaPessoa

Onisciência Jr 17.10 Ap 2.23 1 Co 2.11

Onipresença Jr 23.24 Mt 18.20 SI 139.7

Santidade Ap 15.4 Atos 3.14 Atos 1.8

Verdade João 7.28 Ap 3.7 1 João 5.6

Benevolência Rm 2.4 Ef 5.25 Ne 9.20

Igualdade com

Criação doMundo

SI 102.25 Cl 1.16 Gn 1.2; Jó 26.13

DiferentesFunções:Atividades

Criação do Homem Gn 2.7 Cl 1.16 Jó 33.4

queEnvolvemTodas asTrês Pessoas

Batismo de Cristo Mt 3.17 Mt 3.16 Mt 3.16

Morte de Cristo Hb 9.14 Hb 9.14 Hb 9.14

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25. Concepções Falsas Acerca da Trindade

Unitarianismo

 / l \ A

 A

Criador

Criatura

Impessoal

Sabelianismo

Pai (V.T.)

Filho (N.T.)Espírito

(Hoje)

Trindade Modalística

© 1990 David Miller. Usado mediante permissão.

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26. Os Nomes de Deus

N o m e s Sent ido/S igni f i cado Referênc ia s B íb l i ca s

Iavé/Jeovâ O auto-exis tente . Alguns acham que ele

destaca a natureza ontológica de Deus :“ E U S O U O Q U E S O U ” ; o u tr o s c rê emque apresenta a fidelidade de Deus: “Eusou [ou serei] quem eu tenho sido,” ou“Eu serei quem eu serei.” Esse nome é onome próprio e pessoal de Deus.

Êx 3.14-15; cf. Gn 12.8; 13.4;26.25; Êx 6.3; 7; 20.2; 33.19;

34.5-7; SI 68.4; 76.1;Jr 31.31-34

lavé Jireh O Sen h or proverá Gn 22.8-14

lavé Nissi O Senhor é minha bandeira Êx 17.15

lavé Shalom O Senhor é paz Jz 6.24

lavé Sabaoth O Senhor dos Exércitos 1 Sm 1.3; 17.45; SI 24.10; 46.7 ,11

lavé M acad esh ém O S en ho r é v osso san tificad or Êx 31.13

lavé R aah O Sen h or é m eu pastor Salmo 23.1

lavé Tsidkênu O Senhor é nossa just iça  jr 23 .6 ; 33 .1 6

lavé El Gemolah O Senhor é o Deus da retr ibuição Jr 51.56

lavé N ak eh O Sen h or que fere Ez 7.9

lavé Shamâ O Senhor que está presente Ez 48.35

lavé Rafâ O Senhor que sara Êx 15.26

lavé Eloim Senhor, o poderoso Jz 5.3; Is 17.6

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26. Os Nomes de Deus (continuação)

Nomes Sentido/Significado Referências Bíblicas

Adonai Senhor, Mestre; o nome de Deus usado em

lugar de Iavé quando o nome próprio deDeus passou a ser considerado muitosagrado para ser pronunciado.

Êx 4.10-12; Js 7.8-11

Elohim Poderoso; termo plural aplicado a Deus, quegeralmente se refere à sua majestade ou àsua plenitude.

Gn 1.1,26-27; 3.5; 31.13; Dt 5.9; 6.4;SI 5.7; 86.15; 100.3

El Elion Altíssimo (literalmente, o Poderoso maisforte)

Gn 14.18; Nm 24.16; Is 14.13-14

El Roi O Poderoso que vê Gn 16.13

El Shadai Deus Todo-Poderoso ou Deus Todo-Suficiente

Gn 17.1-20

El Olam Deus Eterno ou Deus da Eternidade Gn 21.33; Is 40.28

El Elohe Israel Deus, o Deus de Israel Gn 33.20

Ieshua Jesus, o Senhor é Salvador ou Salvação Mt 16.13-16; Jo 6.42; Atos 2.36;Tt 2.13; 2 Pe 1.11

Christós Cristo, Messias, o Ungido Mt 16.13-16; João 1.41; 20.31;At 2.36; Rm 6.23; Tt 2.13; 2Pe 1.11

Kirios Senhor, Mestre Lc 1.46; At 2.36; Jd 4

Sotêr Salvador; aquele que livra do perigo ou damorte

Lc 1.47; 2.11

Theós Deus, um substantivo genérico que podereferir-se a qualquer deus ou ao Deusverdadeiro; aplicado ao Senhor Jesuscomo verdadeiro Deus

Lc 1.47; Jo 20.28; Tt 2.13; 2 Pe 1.11

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27. Heresias cristológicas históricasPontos devista dos Ebionitas Docetistas Arianos

Proponentes Judaizantes BasílidesValentinoPatripassianosSabelianos

Ário, presbítero deAlexandria

Orígenes (?)

Época

Segundo século Final do primeiro século Quarto século

Negação Genuína divindade Genuína humanidade Genuína divindade

Explicação Cristo recebeu o Espíritoapós o seu batismo; elenão foi pré-existente.

Jesus parecia humano,mas de fato era divino. Cristo foi o primeiro e omais elevado ser criado;homoiousia, e nãohomoousia.

Condenados Sem condenação oficial Sem condenação oficial Concílio de Nicéia, 325 d.C.

Associados

com

Legalismo A maldade do mundomaterial e a divindadeessencial do ser humano,conforme o ensino de

Márcion e dos gnósticos

Geração = criação

Argumento a favor

São monoteístas. Afirmam a divindade deCristo.

Ensinam que Cristo ésubordinado ao Pai.

Argumento Somente um Cristo divino Se Cristo não fosse humano, Somente um Cristo divino écontra é digno de adoração

(Jo 1.1; 20.28; Hb 13.8).ele não poderia redimir ahumanidade (Hb 2.14;1Jo 4.1-3).

digno de adoração. Essaposição tende aopoliteísmo. Somente um

Cristo divino pode salvar(Fp 2.6; Ap 1.8).

Principais Irineu Irineu AtanásioOpositores Hipólito

OrígenesEusébio

Hipólito Osio

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27. Heresias Cristológicas Históricas (continuação)

Pontos devista dos Apolinarianos Nestorianos Eutiquianos

Proponentes Apolinário, bispo deLaodicéia

Justino Mártir

Representados por Nestório,bispo de Constantinopla(52 século)

Representados por EutiquesTeodósio II

Época Quarto século Quinto século Quinto século

Negação Plenitude da humanidade Unidade da pessoa Distinção das naturezas

Explicação O Logos divino tomou olugar da mente humana.

A união era moral e nãoorgânica - assim, eramduas pessoas. O humanoera completamentecontrolado pelo divino.

Monofisismo; a naturezahumana foi absorvida peladivina para criar umaterceira nova natureza -um tertium cjuid.

Condenados Concílio de Antioquia,378-379 d.C.

Concílio de Constantinopla,381 d.C

Sínodo de Éfeso, 431 d.C Defendido pelo “Sínodo deLadrões” em Éfeso, 449d.C.; condenado peloConcílio de Calcedônia,451 d.C.

Associadoscom

Logos = razão que há emtodos

Cristologia do “verbo-homem” (antioquiana),

e não do “verbo-carne”(alexandrina); contraa aplicação do termotheotokos  a Maria.

Preocupação com a unidadee a divindade de Cristo;

alexandrinos(minimizavam ahumanidade)

Argumento afavor

Afirmavam a divindade ea verdadeira humanidadede Cristo.

Distinguiam o Jesushumano, que morreu,do Filho Divino, quenão pode morrer.

Mantinham a unidade dapessoa de Cristo.

Argumentocontra

Se Cristo não tivesse umamente humana, ele não

seria verdadeiramentehumano (Hb 2.14;1Jo 4.1-3).

Se a morte de Jesus fosseo ato de uma pessoa

humana, e não um atode Deus, ela não poderiaser eficaz (Ap 1.12-18).

Se Cristo não fosse homemnem Deus, ele não poderia

redimir como homem oucomo Deus (Fp 2.6).

PrincipaisOpositores

VitalisPapa DâmasoBasílio, TeodósioGregório de NazianzoGregório de Nisa

Cirilo de Alexandria Flaviano de ConstantinoplaPapa LeãoTeodoretoEusébio de Doriléia

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28. Falsas Concepções Acerca da Pessoa de Cristo

Ebioi

( H

Negou a Na

íismo

x )

tureza Divina

Doce

( x 

Negou a Natu

tismo

D /

reza Humana

Ariai 

( H

Negou a Na

íismo

x )

tureza Divina

Nestori

V

Negou a Uniãc

anismo

das Naturezas

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( ^ h T d )

Negou a Distinção das Naturezas j

Apolinai

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I A lm a ^

\ Corpo

Negou o Espí

rianismo

D )

rito Humano

© David Miller. Adaptado e usado mediante permissão.

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29. A União da Divindade e da Humanidade na Pessoa do Filho

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30. Teorias Acerca danosis

Teorias Quenóticas Tradicionais

Cristo Esvaziou-se da

Consciência Divina O Filho de Deus pôs de lado a sua participação na

Deidade quando tornou-se homem. Todos osatributos da sua divindade literalmente cessaramquando ocorreu a encarnação. O Logos tornou-se uma alma que residiu no Jesus humano.

Cristo Esvaziou-se da

Forma Eterna de Ser O Logos trocou a sua forma eterna por uma forma

temporal condicionada pela natureza humana.Nessa forma temporal, Cristo não mais possuía

todos os atributos pertinentes à Deidade,embora pudesse exercer poderes sobrenaturais.

Cristo Esvaziou-se dos

Atributos Relativos da Deidade Esta noção faz uma distinção entre atributos

essenciais, tais como verdade e amor, e aquelesrelacionados com o universo criado, tais comoonipotência e onipresença.

Cristo Esvaziou-se da

Integridade da Existência Divina Infinita Na encarnação de Cristo, o Logos assumiu uma

vida dupla. Um “centro vital” continuou afuncionar conscientemente na Trindade, aopasso que o outro encarnou-se com a naturezahumana, inconsciente das funções cósmicasda Deidade.

Cristo Esvaziou-se da

Atividade Divina O Logos entregou ao Pai todas as suas funções

e responsabilidades divinas. O Logos encarnadoestava inconsciente dos acontecimentosinternos da Trindade.

Adaptado de Robert E. Picirilli, “He Emptied Himself” [Ele se Esvaziou a Si Mesmo], Biblical Viewpoint,  Vol. 3, Ns 1 (Abril 1969): 23-30. Usado

mediante permissão.

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30* Teorias Acerca da nosis  (continuação)

Cristo Esvaziou-se doExercício Efetivo das Prerrogativas Divinas 

O Logos removeu a atuação dos atributosdivinos do campo do real para o potencial.

Ele reteve sua consciência divina masrenunciou às condições da infinidade e àsua forma.

Teorias Sub-Quenóticas

Cristo Esvaziou-se doUso dos Atributos Divinos 

O Logos possuía os atributos divinos, masescolheu não usá-los.

Cristo Esvaziou-se doExercício Independente dos Atributos Divinos 

O Logos sempre possuiu e pôde utilizar asprerrogativas da Deidade, mas sempre emsubmissão ao poder do Pai e pelo poder doPai (e do Espírito Santo). O Cristo encarnadonunca fez nada independentemente por meioda sua própria divindade.

Cristo Esvaziou-se dasInsígnias da Majestade, as Prerrogativas  da Divindade 

O Logos esvaziou-se da forma exterior dadivindade. (Esta noção é vaga quanto ao seusignificado preciso.)

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31. A Pessoa de CristoPré- Encarnado N atu rez a D iv in a N atu reza H u m an a U n i ã o d a s N a t u r e z as C a r á t e r

Exist iu Eternamente Antes da Criação

Desde o “princípio” (Jo 1.1; 1

Jo 1.1)

“Com Deus” (Jo 1.1-2)“Antes que houvesse mundo”

0 ° 17.5)O Verbo “se fez carne”

(implica em uma existênciapré-encarnada, Jo 1.14).

Participou da Criação

“Façamos o homem” (Gn 1.26)O “arquiteto” (Pv 8.30)O “primogênito de toda a

criação” (Cl 1.15)Todas as coisas foram criadas

“por meio dele” (Jo 1.3; Cl1.16)

O m undo foi criado “porintermédio dele” (Jo 1.10; 1Co 8.6)

Todas as coisas foram criadas“para ele” (Cl 1.16)

Tudo subsiste “nele” (Cl 1.17)

Manifestou-se Após a Criação  (Antigo Testamento)

Como “lavé”A Abraão (Gn 18)Em julgamento (Gn 19)Em promessa (Os 1.7)

Como o “Anjo de lavé”

A Hagar (Gn 16)A Abraão (Gn 22)A Jacó (Gn 31)A Moisés (Êx 3.2)A Israel (Êx 14-19)A Balaão (Nm 22.22)A Gideão (Jz 6)

Possui Atributos Divinos

Ele é eterno (João 1.1; 8.58; 17.5)Elé é onipresente (Mt 28.20; Ef 1.23)Ele é onisciente (Jo 16.30; 21.17)Ele é onipotente (Jo 5.19)Ele é imutável (Hb 1.12; 13.8)

Possui Ofícios Divinos

Ele é criador (Jo 1.3; Cl 1.16)Ele é sustentador (Cl 1.17)

Possui Prerrogativas Divinas

Perdoa pecados (Mt 9.2; Lc 7.47)Ressuscita os mortos (Jo 5.25; 11.25)Executa julgamento (Jo 5.22)

Ele é Identificado com lavé do Antigo Testamento

“EU SOU” Go 8.58)Visto por Isaías (Jo 12.41; 8.24,50-58)

Possui Nomes Divinos

“Alfa e Ômega” (Ap 22.13)

“EU SOU” Go 8.58)“Emanuel” (Mt 1.22)

“Filho do Homem” (Mt 9.6; 12.8)“Senhor” (Mt 7.21; Lc 1.43)“Filho de Deus” (Jo 10.36)“Deus” Go 1.1; 2 Pe 1.1)

Possui Relações Divinas

E a imagem expressa de Deus(Cl 1.15; Hb 1.3).

Ele é um com o Pai Go 10.31).

Aceita Adoração Divina

(Mt 14.33; 28.9; Jo 20.28-29)

Reivindica ser Deus

Go 8.58; 10.30; 17.5)

Teve um N asc imento Hum ano

Nasceu de uma virgem (Mt 1.18-2.11; Lc 1.30-38).

Teve um Desenvolvimento  H u m a n o

Continuou a crescer e a fortalecer-se (Lc 2.50,52).

Teve os Elementos Essenciais da Natureza Hum ana

Corpo humano (Mt 26.12; Jo 2.21)Razão e vontade (Mt 26.38;

Mc 2.8)

Teve Nomes H umanos

Jesus (Mt 1.21)Filho do Homem (Mt 8.20; ,11.18)Filho de Abraão (Mt 1.1)

Teve as Limitações da Natureza  Humana , em Pecado

Ficou cansado G ° 4.6).Sentiu fome (Mt 4.2; 21.18).Sentiu sede 0 ° 19.28).

Foi tentado (Mt 4; Hb 2.18).

Foi Muitas Vezes Chamado de  H o m e m

Go 1.30; 4.9; 10.38)

Teantrópica

A pessoa de Cristo é   teantrópica;ele tem duas naturezas (divinae humana em uma só pessoa)

Pessoal

União hipostática, constituindouma só substância pessoal;duas naturezas, uma pessoa

Inclui Qualidades e Atos Humanos e Divinos

Tanto as qualidades e os atos divinosquanto humanos podem seratribuídos a Jesus Cristo sobqualquer uma de suas naturezas.

Presença Constante Tanto da  Humanidade Quanto da Divindade

As suas naturezas não podem serseparadas.

Absolutamente anto

A sua natureza humana foi criadsanta (Lc 1.35).

Ele não cometeu pecado (1 Pe2.22).

Ele sempre agradou o PaiGo 8.29).

Possui Amor Genuíno

Ele entregou a sua vidaGo 15.13).

O seu amor ultrapassa todoo conhecimento.

Verdadeiramente Humilde

Ele tomou a forma de servo(Fp 2.5-8).

Inteiramente Manso

(Mt 11.29)

Perfeitamente Equilibrado

Ele foi sério sem ser melancólico.Ele foi alegre sem ser frívolo.

Teve uma Vida de Oração(Mt 14.23; Lc 6.12)

Trabalhador Incansável

Realizou as obras do seu Pai

Go 5.17; 9.4).

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32. Profecias Messiânicas Cumpridas em Cristo

(Apresentadas na Ordem do seu Cumprimento)

Passagem que Contéma Profecia

Assunto da ProfeciaPassagem que Declara

o Cumprimento

Gênesis 3.15 Nascido da semente de uma mulher Gálatas 4.4

Gênesis 12.2-3 Nascido da semente de Abraão Mateus 1.1

Gênesis 17.19 Nascido da semente de Isaque Mateus 1.2

Números 24-17 Nascido da semente de Jacó Mateus 1.2

Gênesis 49.10 Descendente da tribo de Judá Lucas 3.33

Isaías 9.7 Herdeiro do trono de Davi Lucas 1.32-33

Daniel 9.25 Ocasião do nascimento de Jesus Lucas 2.1-2

Isaías 7.14 Nascido de uma virgem Lucas 1.26-27,30-31

Miquéias 5.2 Nascido em Belém Lucas 2.4-7

Jeremias 31.15 Matança dos inocentes Mateus 2.16-18

Oséias 11.1 Fuga para o Egito Mateus 2.14-15

Isaías 40.3-5; Malaquias 3.1 Precedido por um precursor Lueas 7.24,27

Salmos 2.7 Declarado Filho de Deus Mateus 3.16-17

Isaías 9.1-2 Ministério na Galiléia Mateus 4-13-17

Deuteronômio 18.15 O profeta por vir Atos 3.20,22

Isaías 61.1-2 Veio para curar os quebrantados Lucas 4.18-19

Isaías 53.3 Rejeitado pelos seus (os judeus) João 1.11

Salmo 110.4 Sacerdote segundo a ordem deMelquisedeque

Hebreus 5.5-6

Zacarias 9.9 Entrada triunfal Marcos 11.7,9,11

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32. Profecias Messiânicas Cumpridas em Cristo (continuação)

Passagem queContém a Profecia

Assunto da Profecia Passagem que Declarao Cumprimento

Salmos 41.9 Traído por um amigo Lucas 22.47-48

Zacarias 11.12-13 Vendido por trinta peças de prata Mateus 26.15; 27.5-7

Salmos 35.11 Acusado por falsa testemunha Marcos 14-57-58

Isaías 53.7 Mudo diante das acusações Marcos 15.4-5

Isaías 50.6 Cuspido e ferido Mateus 26.67

Salmos 35.19 Odiado sem motivo João 15.24-25

Isaías 53.5 Sacrifício vicário Romanos 5.6,8

Isaías 53.12 Crucificado com transgressores Marcos 15.27-28

Zacarias 12.10 Mãos traspassadas João 20.27

Salmos 22.7-8 Escarnecido e zombado Lucas 23.35

Salmos 69.21 Recebeu vinagre e mirra Mateus 27.34

Salmos 109.4 Oração por seus inimigos Lucas 23.34

Salmos 22.18 Soldados lançam sortes sobre a suatúnica

Mateus 27.35

Salmos 34.20 Nenhum de seus ossos foi quebrado João 19.32-33,36

Zacarias 12.10 Seu lado é perfurado João 19.34

Isaías 53.9 Sepultado com os ricos Mateus 27.57-60

Salmos 16.10; 49.15 Ressuscitaria dentre os mortos Marcos 16.6-7

Salmos 68.18 Subiria à destra de Deus Marcos 16.19

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33. A Pecabilidade versus Impecabilidade de Cristo

Pecabilidade Impecabilidade

Definição Cristo podia pecar. Cristo não podia pecar.

Expressão-

chave

Capaz de não pecar (Potuit non peccare)  Incapaz de pecar (Non potuit peccare )

Hebreus 4.15 Cristo foi tentado em todas as coisascomo nós, mas não cometeu pecado(o pecado é visto no seu resultado).A verdadeira tentação admite apossibilidade de sucumbir à tentação.

Cristo foi tentado em todas as coisas comonós, mas não possuía uma naturezapecaminosa (o pecado é visto comonatureza ou estado de existência).

Questão da Verdadeira Humanidade  

ou Verdadeira Divindade

Se Jesus não podia pecar, como poderiaser verdadeiramente humano?

Se Jesus podia pecar, como poderia serverdadeiramente divino?

Pontos de Convergência

As tentações de Cristo foram reais (Hb 4-15).Cristo experimentou lutas (Mt 26.36-46).Cristo não pecou (2 Co 5.21; Hb 7.26; Tg 5.6; 1 Pe 2.22; 3.18; 1 Jo 3.5).

Pró Pecabilidade

Contra a Pecabilidade

Se Cristo podia ser tentado, então elepoderia ter pecado. A pecabilidade éuma dedução necessária datentabilidade. A tentação implica napossibilidade do pecado.

Tentabilidade não implica em suscetibilidade.Só porque um exército pode ser atacadonão significa que ele pode ser vencido.Isso também resulta da falsa pressuposiçãode que aquilo que se aplica a nós tambémse aplica necessariamente a Cristo.

Argumentação  Lógica Pró e Contra a Pecabilidade

Se Cristo não podia pecar, então atentação não foi real e ele não podeidentificar-se com o seu povo.

Embora as tentações de Cristo nem sempresejam exatamente como as nossas, ele foiprovado por meio de sua natureza humanacomo nós somos. No entanto, ele nãotinha uma natureza pecaminosa e eratambém uma pessoa divina.

Se Cristo é impecável, então suastentações foram leves. As tentações de Cristo foram, em todos ossentidos, iguais às nossas, exceto no fatode que não se originavam em desejos mause proibidos. Ele foi tentado a partir de fora,e não de dentro.

Se Cristo não podia pecar, então ele nãopossuía livre-arbítrio.

Cristo manifestou o seu livre-arbítrio nãopecando. Cristo era livre para fazer avontade do Pai. Tendo a mesma vontadeque o Pai, ele não era livre para ir contraaquela vontade.

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34* Teorias Acerca da Ressurreição de Jesus Cristo

I. Teorias do Túmulo Ocupado

Teoria Expl i cação R e f u t a ç ã o

Túmulo Desconhecido

Charles A. Guignebert

O corpo de Jesus foi sepultado em um a vala

comum desconhecida dos seus discípulos.

Portanto, o relato da ressurreição resultou

da ignorância quanto ao paradeiro docorpo.

Nem todos os criminosos eram sepultados em uma vala comum .

O Novo Testamento apresenta José de Arimatéia como testemunha dosepultamento em um túmulo familiar específico.

As m ulheres viram o corpo sendo preparado para o sepultamento econheciam a local ização do túmulo.

Os romanos sabiam onde estava o túmulo, pois colocaram guardas no mesmo

Túmulo Errado

Kirsopp Lake

As mulheres foram ao túmulo errado, pois

havia muitos túmulos semelhantes emJerusalém. Elas encontraram um túmulo

aberto e um jovem que negou que aquele

era o túmulo de Jesus. As mulheresassustadas equivocadamenteidenti ficaram o homem como um anjo

e fugiram.

As mulheres não foram à procura de um túmulo aberto, mas de um túmuloselado. Elas certamente deixariam de lado o túmulo aberto caso estivessemem dúvida q uanto à exata local ização do túmulo correto.

O homem que estava no túmulo não disse apenas “Ele não está aqui” , mastambém “Ele ressuscitou”.

As mulheres haviam observado a localização do túmulo setenta e duas horas ante

Os judeus , os romanos e José de Arim atéia conheciam a local ização dotúmulo e facilmente poderiam tê-lo identificado como prova contra

qualquer ressurreição.

Lenda

Antigos Crít icos da Forma

A ressurreição foi uma invenção queevoluiu durante um longo período a fim

de vindicar um líder que estava morto

havia muito tempo.

A recente crítica histórica tem demonstrado que as narrativas da

ressurreição originaram-se em meados do primeiro século.

Paulo, em 1 Coríntios (55 d.C.), fala da ressurreição como um fato e apontaquinhentas tes temunhas , m uitas das quais a inda estavam vivas para serem

interrogadas pelos seus leitores.

Ressurreição

Espiritual

Gnósticos

O espírito de Jesus foi ressuscitado, emborao seu corpo estivesse morto.

Isso nega o entendimento judaico da ressurreição (física e não espiritual).

Cris to comeu e foi tocado e apalpado.

Os judeus pod eriam mostrar o túmulo ocupado aos seus patr ícios para prov

a falsidade da ressurreição.

Adaptado de J osh McDowell, Resurrection Factor   [O Fator da Ressurreição] (San Bernardino : Here’s Life, 1981). Usado mediante permissão.

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34. Teorias Acerca da Ressurreição (continuação)

Teoria E x p licaçã o R e fu ta çã o

Alucinação

Agnósticos

Os discípulos e seguidores de Jesusestavam tão envolvidos emocionalmente

com a expectativa mess iânica que assuas mentes projetaram alucinaçõesdo Senhor ressurreto.

1. Mais de quinhen tas pessoas, em diferentes situações, com diversos graucompromisso com Jesus e com diferentes entendimentos dos seus ens intiveram todas elas alucinações?

2. Mu itos aparecim entos acontec eram a mais de uma pessoa. Essas ilusõessimultâneas são improváveis.

3. O s discípulos não estavam esperan do a ressurreição de Cristo. Eles viraa sua morte como algo definitivo.

4- Os judeus poderiam ter apontado para o túmulo ocupado para provara falsidade dos discípulos.

II. Teorias do Túmulo Vazio

Complô da Páscoa  

Hugh Schõnfield

Jesus planejou cumprir as profecias

veterotestamen tárias tanto de servosofredor quanto de rei por meio de umamorte e ressurreição fictícias. José deArimatéia e um m isterioso “ jovem ”foram os outros conspiradores. O

complô fracassou quando o soldadoperfurou Jesus e este veio a morrer.O “Senho r ressurreto” era o jovem.

1. A escolta colocada junto ao túmulo é ignorada na teoria de Schõnfield.

2. O fun dam ento da teoria é falho. Os mitos de ressurreição sobre os quaiJesus supostamente baseou a sua trama n ão foram evidentes até o quartséculo d.C.

3. Tal “ressurreição ” não poderia explicar a dramática transform ação dos

discípulos.4. Todas as testemunh as bíblicas, exceto quatro, são identificadas,

especialmente as quinhentas tes temunhas oculares que, de acordo comPaulo, ainda viviam.

5. Toda a trama no sentido de suportar a crucificação (e, em assim fazendoafastar os partidários nacionalistas) parece improvável.

Ressuscitação

(Desmaio)

Racional is tas doSéculo 18

Jesus não morreu na cruz; ele apenas

desmaiou por causa da exaustão.

A baixa temperatura e os aromas

dentro do túmulo o reanimaram.

1. A ciência m édica já demonstrou que Jesus não poderia ter sobrevividoaos açoites e à crucificação.

2. Poderia esse Jesus quase mo rto produzir uma impressão como o Senh orressurreto?

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34. Teorias Acerca da Ressurreição (continuação)

Teoria Expl i cação R e f u t a ç ã o

Roubo do Corpo  pelos Discípulos

Judeus

Os discípulos roubaram o corpo en quantoos guardas dormiam.

1. Se os guardas estavam dormindo , como eles souberam qu e os discípulos

roubaram o corpo?

2. A co nseqüê ncia de dormir em serviço seriam puniçõ es rigorosas, atémesmo a morte. Assim, a escolta altamente disciplinada não teria

dormido.3. Os discípulos de mod o algum poderiam ter suplantad o os guardas.

4. E absurdo acreditar que os discípulos morreram por causa de umamentira que eles criaram.

Ressurreição Existencial

Rudolf Bultmann

Uma ressurreição histórica jamais seráprovada, e não é necessária. O Cristo

da fé não precisa estar preso ao Jesushistórico. Antes, Cristo ressuscita

em nossos corações.

Os primeiros discípulos foram convencidos por eventos históricos. Elesafirmaram que fundam entavam sua fé no que viram, e não em uma

necessidade existencial ou em uma fé a priori (Lc 24.33-35; 1 Co 15.3-8).

Ressurreição

Histórica

Crist ianismoOrtodoxo

Jesus foi ressuscitado pelo poder de Deus.Ele manifestou-se aos seus discípulos edepois subiu aos céus.

1. Esta concepção requer m udanças pressuposicionais , crença em D eus esupernatural ismo.

2. Esta concep ção virtualmente exige fé em Jesus.

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35. O Ensino Bíblico Acerca do Espírito anto

Categoria Descrição/Definição Referências Bíblicas

Nomes

Espírito Santo Lc 11.13; Jo 20.22; At 1.5; cf. SI 51.11

Espírito da Graça Hb 10.29

Espírito da Verdade Jo 14.17; 15.26; 16.13; cf. 1 Jo 5.6

Espírito de Sabedoriae Conhecimento

Is 11.2; cf. 61.1-2; 1 Tm 1.17

Espírito da Glória 1 Pe 4-14; cf. Êx 15.11; SI 145.5

Conselheiro Jo 14.16; 16.7

Personalidade

Ele é a terceira pessoa daDivindade, a Trindade

Mt 3.16-17; Jo 14.16; At 10.38.

Tem conhecimento Is 11.2; Rm 8.27; 1 Co 2; 10-11

Tem sentimento Is 63.10; Ef 4.30; cf. At 7.51; Rm 15.30

Tem vontade 1 Co 12.11

Atributos Ele é divino At 5.3-4; 2 Co 3.18

É eterno Hb 9.14

É onipresente SI 139.7

E onisciente Jo 14.26; 16.13; 1 Co 2.10

Obras Ele atuou na criação Gn 1.2; Jó 33.4; SI 104.30

Inspirou os escritores bíblicos 2 Pe 1.21

Efetuou a concepção de Cristo Lc 1.35

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35. O Ensino Bíblico Acerca do Espírito Santo (continuação)

Categoria Descrição/Definição Referências Bíblicas

Obras (cont.) Ele convence do pecado Jo 16.8; cf. Gn 6.3

Regenera Jo 3.5-6

Aconselha Jo 14.16-17; 16.7,12-14

Dá certeza da salvação Rm 8.15

Ensina ou ilumina Jo 16.12-14; 1 Co 2.13

Auxilia as orações por meioda intercessão

Rm 8.26-27

Ressuscitou a Cristo Rm 8.11; 1 Pe 3.18

Chama para o serviço At 13.4

Sela a salvação dos eleitos Rm 8.23; 2 Co 1.21-22; Ef 1.13-14; 4.30

Habita no crente Rm 8.9; 1 Co 3.16-17; 6.9

Atua na igreja 1 Co 12.7-11

Dons Fonte de todos os dons da igreja 1 Co 12.7-11

Profecia 1 Co 14.1-40

Milagres e curas 1 Co 12.4,28-30

Línguas 1 Co 12.4,10

Ensino 1 Co 12.4,28

Fé 1 Co 12.8-9

Serviço 1 Co 12.4,28; Ef 4-12

Exortação Rm 12.8; cf. 1 Co 12.4,7

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36. Títulos do Espírito anto

Título / \ 

Enfase Citação

Um Espírito Sua unidade Efésios 4.4

Sete Espíritos Sua perfeição, onipresençae plenitude

Apocalipse 1.4; 3.1

O Senhor, o Espírito Sua soberania 2 Coríntios 3.18

Espírito Eterno Sua eternidade Hebreus 9.14

Espírito da Glória Sua glória 1 Pedro 4.14

Espírito da Vida Sua vitalidade Romanos 8.2

Espírito de Santidade

Espírito Santo

0 Santo

Sua santidade Romanos 1.4

Mateus 1.20

1 João 2.20

Espírito de Sabedoria

Espírito de Entendimento

Espírito de Conselho

Espírito de Conhecimento

Sua onisciência, sabedoria econselho

Isaías 11.2cf. 1 Coríntios 2.10-13

Espírito de Poder Sua onipotência Isaías 11.2

Espírito de Temordo Senhor

Sua reverência Isaías 11.2

Espírito da Verdade Sua veracidade João 14.17

Espírito da Graça Sua graça Hebreus 10.29

Espírito de Graçae Súplica

Sua graça e intercessão Zacarias 12.10

Adaptado de Paul Enns, The Moody Handbook ofTheobgy   [Manual de Teologia Moody] (Chicado: Moody Press, 1989), p. 250. Usado mediante permissão.

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37. A Obra do Espírito anto na alvação

Atividade Descrição da Atividade Referências Bíblicas

Regeneração Por meio do ministério do Espírito apessoa nasce de novo, recebe vidaeterna e é transformada.

Jo 3.3-8; 6.63; Tt 3.5

Habitação O Espírito habita no crente. Sem ahabitação do Espírito, a pessoa nãopertence a Cristo.

Jo 14.17; Rm 8.9,11; 1 Co 3.16; 6.19

Batismo Os crentes são batizados no EspíritoSanto por Cristo, unindo-os todosem um só corpo.

Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; 1 Co 12.13

  elo Deus sela os crentes com o Espírito Santo,fornecendo uma declaração de propriedade e uma garantia de redenção final.

2 Co 1.22; Ef 1.13; 4.30; cf. Rm 8.16

Enchimento Os crentes são instruídos a serem “cheiosdo Espírito.” O ministério depreenchimento do Espírito pode serclassificado em um preenchimento geralcom vistas ao crescimento e

amadurecimento espiritual e emhabilidades especiais concedidas peloEspírito para tarefas especiais para Deus.

Ef 5.18; cf. At 4.8; 4.31; 6.3; 9.17;11.24; 13.9

Direção Os crentes são instruídos a andarem noEspírito e serem conduzidos pelo Espírito.O Espírito preserva o crente da servidãoao legalismo e também proporcionadisciplina e orientação para a vida cristã.

G1 5.16,25; cf. At 8.29; 13.2; 15.7-9;16.6; Rm 8.14.

Capacitação O Espírito que habita no crente concedevitória na vida cristã, a produção defrutos cristãos e a capacidade de venceras obras de Satanás.

Rm 8.13; G1 5.17-18,22-23

Ensino Jesus prometeu que quando o Espíritoviesse, ele conduziria os crentes àverdade. O Espírito ilumina a mente docrente para receber a revelação davontade de Deus através de sua Palavra.

Jo 14.26; 16.13; 1 Jo 2.20,27

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38. Quatro Conjuntos de Dons Espirituais

1 Coríntios 1 Coríntios Romanos

12.8-10 12.28-3 0 12.6-8

Palavra da

sabedoriaPalavra do

conhecimento

Dons de curar

Milagres

Profecia

Discernimentode espíritos

Línguas

Interpretaçãode línguas

Dons de curar

Milagres

Profecia

Discernimentode espíritos

Línguas

Apóstolos

Mestres

Governos

Socorros

Profecia

Ensino

Ministério

Exortação

Contribuição

Liderança

Misericórdia

Efésios 4.11

Profecia

Apóstolos

Ensino [ouPastores

Mestres]

Evangelistas

Pastores

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39. íntese dos Dons Espirituais

Dom Descrição Resultado Exemplo

Profecia F a l a r v e r d a d e s d i r e t a m e n t e r e v e l a d a s E n t e n d e r m i st é r io s T i m ó t e o - 1 T m 4 . 1 4TTpcxfirjTcia p o r D e u s 1 Co 13.2 F i l h a s d e F i li p e - A t 2 1 . 8 - 9

R m 1 2 . 6

1 C o 1 4 .29- 32

  erviço, ocorro A j ud a r o utro s a fa ze r a ob ra d e D e us S erv ir a ig re ja e o s n ec ess ita do s O n e síf or oÔLGLKOVia D a r a ss is tê nc ia pr át ic a a os m e m bro s A t 6 .1 2 T m 1 .1 6

R m 1 2 . 7 da i g re ja

Ensino

C o m u nic ar as v erd ad es e a plic aç õe s E nten de r a P alav ra de D e us P risc ila e Á q uila - A t 1 8.26

ÔLÔaamÀLa d as E scritu ra s A t 1 8 .26 A p o i o - A t 1 8 .2 7 -2 8

R m 1 2 . 7 P a u l o - A t 1 8 . 11

1 Co 12 .28

E f 4 . l l

Exortação

I n s t a r a l g u é m a t e r u m a c o n d u t a E n c o r a ja m e n to B a r n a b é

( e n c o r a j a m e n t o ) a p ro p r iad a o u c o n so la r A t 9 .2 7 A t 4 . 3 6TrapaK\r\aiç

R m 1 2 . 8

Contribuição

D a r d o s b e n s e p o s s e s à o b r a d e D e u s Sa t i s fazer nece s s idades f í s i ca s D o r c a s

fieraSiSoj/JL com a leg r i a e l ibera lidade A t 9 . 3 6 A t 9 . 3 6

R m 1 2 . 8

Liderança

O r g a n i z a r e a d m i n i st r a r a o b r a O r d e m T i t o

TTpOL<7TTI/J.L do mini s té r io Tt 1 .5 T t 1 .5

R m 1 2 . 8

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39. íntese dos Dons Espirituais (continuação)

Dom Descrição Resultado Exemplo

Exercer Misericórdia

eXeeco  

R m 1 2 . 8

Pre s ta r auxí l io imerec ido a outros S i m p a t i a , c o m p a i x ã o a o s q u e

n ã o m e r ec e m

B a r n a b é

A t o s 9 . 2 7

Apostolado

aTTCXJTOÀOÇ 

1 C o 1 2.2 8

E f 4 . l l

S e r t e s t e m u n h a o c u l a r d o C r i s t o

re s s ur re to e fa l a r com autor idade

s obre fé e prá t i ca

A p r e s e n t a o s p r e c e i t o s d e

D e u s p a r a a i g r ej a

1 C o 14 .37

P a u l o - C l 1 .1

P e d r o - 1 P e 1.1

Evangelismo

e u a y y e Á L a r r i ç  

E f 4 . l l

A p r e s e n t a r o e v a n g e l h o c o m c l a r e z a ,

s ent indo re s pons abi l idade pe los

n ã o - s a l v o s

E nten dim en to d o E va n ge lh o F ilip e

A t 2 1 . 8

Pastor/Mestre

7TOLfirjUÇ 

R m 1 2 .7 ; E f 4 . l l

Pas torear e ens inar a i g re ja C u i d a d o e i n s t r u ç ã o n a p i e d a d e

A t 2 0 . 2 8 - 3 1

P a u l o

1 Ts 2.7-12

Palavra da abedoria

Aoyoç ao ( f )Laç   

1 C o 1 2 .8

D i s c e r n i r e a p r e s e n t a r a v e r d a d e

d e D e u s

A p l i c a r a P a l a v r a o u s a b e d o r i a d e

D e u s a s i tu a ç õ e s e s p e c í f i c as

C a p a c i d a d e d e a p r e e n d e r e

a p l i c a r a re v e l a ç ã o d a d a

J o ã o

1 Jo 1.1-3

Palavra do Conhecimento

Àoyoç yiAúOfüjç  

1 C o 12.8

E n t e n d e r e e x p o r s a b e d o r i a d a p a r t e

d e D e u s

R e v e l a ç ã o d e D e u s s o b r e p e s so a s ,

c i r c u n s t â n c i a s o u v e r d a d e s b í b l i c as

A v e r d a d e e n t e n d i d a e m s e u

s ent ido e s p i r i tua l

1 Co 2 .6 - 12

P a u l o

Cl 2 .2 - 3

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39. íntese dos Dons Espirituais (continuação)

Dom Descrição Resultado Exemplo

TTLOTLÇ 

1 C o 1 2 .9

C o n f i a r e m D e u s i m p l i c i t a m e n t e

para rea l i za r fe i tos incomuns

Rea l i zação de g randes t a re fa s E s t ê v ã o

A t o s 6 . 5

Cura

la/ua

1 C o 12.9

S e r c a p a z d e c u r a r e n f e r m i d a d e s C u r a s c o m p l e t a sA t 3 . 6 - 7 P e d r o e J o ã o - A t 3 .6 - 7P a u lo - A t 2 0 .9 - 1 2

Milagres

ôuua j i L Ç  

1 C o 1 2 .1 0

Ser capaz de rea l i za r obra s de poder A s p e s s o a s te m e m a D e u s

At 5 .9 - 11

Paulo

At 13 .8- 11

Discernimento

ÔLÜKpLmÇ  

1 C o 12 .10

Ident i f i ca r o poder pe lo q ua l um

mes tre ou profe ta fa l aD e s m a s c a r a r o s f a l so s p r o f e t a s

l j o 4 .1

C r e n t e s d e C o r i n t o

1 C o 14 .29

Línguas y X ú ja o a  

1 C o 12 .10

F a l a r e m u m a l í n g u a n ã o e n t e n d i d apor aq ue le q ue fa l a

L o u v o r a D e u s e n t e n d i d o p e l a sp e s s o a s q u e c o n h e c e m a

l íngua fa l ada (At 2 .1 - 12 )

A ç ã o d e g r a ç a s a D e u s q u e

p o d e s e r e n t e n d i d a s e a l g u é m

interpre ta r a l íngua fa l ada

(1 Co 14 .5 ,16 ,27- 28)

Os d i s c ípu los

Interpretação

ep\lT)V£LCL

1 C o 1 2.1 0

Tornar a s “ l ínguas ” inte l i g íve i s C o n f i r m a ç ã o d a l í n g u a

es t range i ra

1 C o 14 .27- 28

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40. Pontos de Vista Acerca das “Línguas”

Categoria Tradicional Pentecostal Carismático

Natureza das Línguas

A s l ín g u a s d e A t o s s ã o l í n g u a s

h u m a n a s , a o p a s s o q u e a s

l í n g u a s d e 1 C o r í n t i o s s ã ol ín g u a s h u m a n a s , l í n g u a s

c e l e s t i a i s o u a n g é l i c a s , o u

e x p r e s s õ e s d e ê x t a s e .

A s l í n g u a s d e A t o s s ã o l ín g u a s

h u m a n a s , a o p a s s o q u e a s

l í n g u a s d e 1 C o r í n t i o s s ã ol í n g u a s c e l e s t i a i s o u

a n g é l i c a s .

A s l í n g u a s d e A t o s s ã o l ín g u a s

h u m a n a s , a o p a s so q u e a s

l í n g u a s d e 1 C o r í n t i o s s ã o

l í n g u a s c e l e s t i a i s o u

a n g é l i c a s .

C onteúdo das Línguas

G l o s s o l á l i a é o r a r a D e u s e m u m a

l í n g u a q u e n ã o s e e s t u d o u .

A l g u n s a c r e d i t a m q u e o s r e la t o s

d o N o v o T e s ta m e n t o a c e r c a d e

“ l í n g u a s ” r e f e r e n v s e a u m a

l ín g u a c o n h e c i d a q u e é d i r ig i d a

a D e u s e m l o u v o r e a ç ã o d e

g r a ç a s . N u n c a s e p r e te n d e q u e

a s l í n g u a s s e j a m e q u i v a l e n t e s à

p r o f e c ia n o s e n t i d o d e s e r e md i r i g id a s a p e s s o a s .

A s l ín g u a s p o d e m s e r o r a ç õ e s

a D e u s o u p o d e m s er a

m a n e i r a p e l a q u a l D e u s

f a la a o s e u p o v o , s e n d o

e q u i v a l e n t e à p r o f e c i a ,

c a s o s e j a i n t e r p r e ta d a .

A s l ín g u a s p o d e m s e r o r a ç õ e s

a D e u s o u p o d e m s e r u m

m e i o p e lo q u a l D e u s f a l a

a o s e u p o v o , s e n d o

e q u i v a l e n t e à p r o f e c i a ,

c a s o h a j a i n t e r p r et a ç ã o .

Nec ess idade  das Línguas

O s d i s p e n s a c i o n a l i s ta s c r ê e m q u e

a s l ín g u a s t i v e r a m u m v a l o r

l i m i t a d o n a i g r e ja p r i m i t i v a, p a r a

d e m o n s t r ar c o m o D e u s f ez a

t r a n s i ç ã o d e I s r a e l p a r a a i g re j a .

A m a i o r p ar t e d e le s c o n c o r d a

q u e e l a s ta m b é m e r a m u s a d a s

p a r a e d i f ic a r a i g r e ja q u a n d o

a c o m p a n h a d a s p e lo d o m d e

i n t e r p r e t a ç ã o d e l ín g u a s .

H o j e e l a s n ã o s ã o n e c e s s á r ia s .

A s l í n g u a s n ã o s o m e n t e

s i g n i f i c a m a p r e s e n ç a e o

p o d e r d o E s p í r i t o , m a s

t a m b é m d ã o a c a p a c id a d e

d e f a l ar a D e u s p o r m e i o d o

E s p í r i t o s o b r e q u e s t õ e s q u e

a m e n t e n ã o é c a p a z d e

e x p r e s sa r . O d o m d e l í n g u a s

t am b é m é c o n c e d id o a

alguns cr is tãos para transmitir

a v o n t a d e d e D e u s .

N e m t o d o s o s c r is t ã o s f a la m

e m l í n g u a s , e o E s p í r i to e s t á

p r e s e n t e e m t o d o c r i s tã o ,

m a s o c r is t ã o r e c e b e u m

p o d e r e s p e c i a l p e l a l i b e ra ç ã o

d o p o d e r d o E s p í r it o a t r a v é s

d a s l í n g u a s , q u e s ã o

c o n c e d i d a s a a l g u n s c r is t ã o s

p a r a t r a n s m i t i r a v o n t a d e

d e D e u s à i g r e ja , p a r a a s u a

e d i f i c a ç ã o .

Propósito das Línguas

O p r o p ó s i t o p r im o r d i a l d a s l ín g u a s

f o i d e m o n s t r a r a t r a n s i ç ã o d a

n a ç ã o d e I s r a e l p a r a a s n a ç õ e s

d e t o d o o m u n d o . E l a s n ã o s ã o

u m i n d í c i o n o r m a t i v o d e q u e

a l g u é m r e c e b e u o E s p í ri to d e

D e u s o u u m s e g u n d o b a t is m o

d o ( o u n o ) E s p í r i t o .

A s l í n g u a s s ã o a e v i d ê n c i a

i n i c ia l e n e c e s s á r i a d e q u e

a l g u é m r e c e b e u o E s p í r i t o o u

a c a p a c i t a ç ã o d o E s p ír it o p o r

m e i o d o b a t i s m o d o E s p ír it o

S a n t o . A l é m d i ss o , e la s s ã o

u s a d a s p e l o c r e n t e c h e i o d o

E s p í r i t o p a r a o r a r c o m m a i s

e f i c á c i a . O s p e n t e c o s t a i s

d i v e r g em q u a n t o a s e a

p e s s o a r e c e b e o E s p í r i t o d e

D e u s n o m o m e n t o d a

c o n v e r s a i . ) o u s o m e n t e c o mo b a t i sm o d o E s p ír it o .

A s l ín g u a s s ã o u m i n d í c io ( m a s

n ã o o ú n i c o ) d e q u e a l g ué m

p o s s u i a p l e n i t u d e d o E s p í r i to

d e D e u s . T o d o s o s c r is t ã o s

t ê m o E s p í r i t o a p a r t i r d a

c o n v e r s ã o , m a s a p l e n i t u d e

o c o r r e q u a n d o s e d e i x a q u e

D e u s a s s u m a o c o n t r o le d a

v i d a . E s s a n ã o é u m a s e g u n d a

b ê n ç ã o , m a s o

r e c o n h e c i m e n t o d o p o d e r

d e D e u s . A s l ín g u a s a ju d a m

a p e s s o a a o r a r n o E s p í ri to .

Duraç ão das Línguas

A s l ín g u a s c e s s a r a m a p ó s a

c o n c lu s ã o d o N o v o

T e s t a m e n t o . H o j e n ã o e x i s t e

n e n h u m a e v i d ê n c i a f i d ed i gn a

d o d o m m i r a c u l o so d e f a la r

l í n g u a s e s t r a n h a s .

A s l í n g u a s t ê m p e r s i s t i d o a o

l o n g o d o s s é c u l o s ,

r e a p a r e c e n d o e m v á r i o s

p e r í o d o s d a h i s tó r i a d a

i g re j a e m q u e t e m o c o r r i d o

u m d e s e j o m a i s fo r te d e

e s p i r i t u a l i d a d e .

A s l ín g u a s t ê m p e r s i s t i d o a o

l o n g o d o s s é c u l o s ,

r e a p a r e c e n d o e m v á r i o s

p e r í o d o s d a h i s t ó r i a d a

i g r e ja e m q u e t e m o c o r r i d o

u m d e s e j o m a i s f o r te d e

e s p i r i t u a l i d a d e .

Page 82: Teol.cristã Em Quadros- h

8/16/2019 Teol.cristã Em Quadros- h

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41. Comparação entre os Anjos, os Seres Humanos e os Animais

Categoria Anjos Seres Humanos Animais

Imagem de Deus

Não

  im

Não

Natureza/Existência

Corpo Imaterial/espírito

Imaterial/físico

Material/físico

Influência por meio de seres humanos

Influenciado por espíritos em casamento, mas com propagação

 em casamento ou propagação

Casamento/propagação

Personalidade Plena personalidade Ênfase na vontade/obediência

Plena personalidade Enfase na vontade/obediência

Personalidade parcial Enfase na subordinação

Pecado Rebeldia arrogante: desejo de ser 

“como Deus”

Rebeldia arrogante: desejo de ser “como Deus”

Não-moral, derivado do homem ou de atanás (Gn 3)

Relação com Deus

Direta

Celestial/terrena

Direta

Terrena/celestial

Indireta

Terrena sob o homem

Função/Propósito

Influência na terra sob Deus

Domínio na terra sob Deus

  erviço na terra sob o homem

Adaptada de uma tabela de Lanier Burns. Usada mediante permissão.

Page 83: Teol.cristã Em Quadros- h

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42. Os Filhos de Deus em Gênesis 6

Posição Criaturas Angélicas Setitas Apóstatas Déspotas Ambiciosos

Pessoas A n j o s ca í d o s co a b i t a m c o m

b e l a s m u l h e r e s

S e t i t a s ím p i o s c a s a m - s e c o m

c a i n i t a s d e p r a v a d a s

C h e f e s d e s p ó t ic o s c a s a m - s e

c o m m u i t a s e s p o s a s

Perversão P e r v er sã o d a r a ç a h u m a n a p e l a

i n t r o m i s s ã o d e a n j o s

C o r r u p ç ã o d a l i n h a ge m s a n t a

p o r m e i o d e c a s a m e n t o s m i s t o s

P o l i g a m i a d o s p r í n c i p e s c a i n i t a s

p a r a e x p a n d i r o s e u d o m í n i o

Progénie G i g a n t e s m o n s t ru o s o s T i r a n o s í m p i o s L í d e r e s d i n á s t ic o s

Provas A r e f e rê n c i a a a n j o s c o m o

“ f il h o s d e D e u s ”

A ê n f a se a h o m e n s n o

c o n t e x t o

A a n t i g ü id a d e d e s t a

i n t e r p r e t a ç ã o

A s r e f e r ê n c i a s

n e o t e s t a m e n t á r i a s a o p e c a d o

a n g é l i c o d e G ê n e s i s 6 e m 2P e d r o 2 . 4 -5 e j u d a s 6 - 7

A b a se d o p e c a d o h u m a n o

c o m o r a z ã o p a r a o D i l ú v io

O u s o b í b l ic o d e “ d e u s ” e m

r e f e r ê n c i a a g o v e r n a n t e s

e ju i ze s

A a n t ig ü i d a d e d o c o n c e i t o O d e s e n v o l v im e n t o t e m á t ic o

d e G ê n e s i s 4 e 5

A r e fe r ê n c ia n o c o n t e x t o a o

s u r g i m e n t o d e d i n a s t i a s í m p i a s

A e x p l i c a ç ã o s a t is f a tó r i a d e

q u e a l g u n s a n j o s e s tã o

p r e s o s e o u t r o s n ã o

A a v e r s ã o a c a s a m e n t o s e n tr e

 ju s to s e ím p io s e m G ê n e s is

e o u t r o s l u g a r e s

A p r á t ic a d e c h a m a r o s r e is d e

“ f i lh o s d e D e u s ” n o o r i e n t e

p r ó x i m o

A r e f e r ê n c i a n o s a n t i g o s r e la t o s

à o r ig e m d a r e a l e z a p o u c oa n t e s d o D i l ú v i o

Problemas

A s i m p o s s i b il i d a d e s p s i c o l ó g ic a s

e f i si o l ó g ic a s d e c a s a m e n t o s

a n g é l i c o s

A d i f ic u l d a d e t e x t u a l d e

t o r n a r o t e r m o “ h o m e n s ”

d e G ê n e s i s 6 . 1 d i f e r e n t e

d e “ h o m e n s ” n o v e r sí c u lo 2

A f a l t a d e e v i d ê n c i a d e q u e t a l

s i st e m a f o i e s ta b e l e c i d o n a

l in h a g e m d e C a i m

A p r o b a b i l i d a d e d e q u e “ a n j o s

d e D e u s ” r e f ir a - se a h o m e n s ,

 j á q u e e m o u tr o s lu g a r e s

a p l i c a - s e a h o m e n s

A a u s ê n c ia d a e x p r e s sã o

e x a t a “ f il h o s d e D e u s ”

a p l i c a d a a o s c r e n t e s n o

V e l h o T e s t a m e n t o

A i m p o s s i b i li d a d e d e e x p l ic a r

a o r i g e m d o s g i g a n t e s e

v a l e n t e s s i m p l e s m e n t e p o r

i n t e r m é d i o d e c a s a m e n t o s

m i s t o s

A f a l t a d e e v i d ê n c i a d e q u e o

t e r m o “ f i lh o s d e D e u s ” f o i

t o m a d o d a l it e r a tu r a

c o n t e m p o r â n e a

O f a t o d e q u e n e n h u m a u t o r

d a E s c r it u r a j a m a i s c o n s i d e r o u

o s r e is c o m o d e u s e s

Proponentes A l b r i g h t , G a e b e l e i n , K e l l y ,

U n g e r , W a l t k e , D e l i tz s c h ,

Bul l inger , Larkin , Pember ,

W ues t , G ray , Torrey , Meyer ,

M a y o r , P l u m m e r , A l f o r d ,

R y r ie , S m i t h

H e n g s t e n b e r g , K e i l , L a n g e ,

J a m i e s o n , F a u s s e t , B ro w n ,

H e n r y , S c o f i e l d , L i n c o l n ,

Murray , Baxte r , Scrogg ie ,

L e u p o l d

Ka i s e r , B i rney , Kl ine , Cornf i e ld ,

K o b e r

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43. O Ensino Bíblico Acerca dos AnjosOrigem Os anjos foram criados por Deus (Cl 1.16) como seres santos (Mc 8.38), antes da criação da terra (Jó 38.7), por um fiat divino (SI 148.2,5).

Natureza Os anjos foram criados com a capac idade de comunicar-se e com um a personalidade expressa por intelecto (1 Pe 1.12), emoção (Jó 38.7) e vontade (Is14.12-15), mas nunca se diz que possuem a imagem de Deus, como o ser humano. Eles são seres com localização definida (Dn 9.21-23), imortais (Lc20.36) e têm um conhecimento limitado (Mt 24-36). São normalmente invisíveis (Cl 1.16), mas têm aparecido a pessoas na forma de seres masculinos(Gn 18.1-8), às vezes como homens muitos incomuns (Dn 10.5-6) e por vezes com algum tipo de fulgor sobrenatural (Mt 28.3) ou como seres viventeextraordinários no céu (Ap 4.6-8). Geralmente a sua aparência leva o ser humano envolvido a responder com temor e agitação (Lc 1.29).

Condição

Espiritual

Embora todos os anjos tenh am sido criados bons, existem agora duas categorias morais: santos e eleitos (Mc 8.38; 1 Tm 5.21) e ímpios e

imundos (Lc 8.2; 11.24-26). Eles estão aliados a Deus 0oão 1.51) ou a Satanás (Mt 25.41).

Semelhanças como Homem

Criados por Deus, com localização definida, responsáveis diante de Deus (Jo 16.11), limitados no conhecimento (Mt 24.36)

Diferenças emRelação ao Homem

Diferente ordem de ser (Hb 2.5-7), invisíveis, não procriam (Mt 22.28-30 ), maiores em inteligência, força e rapidez (2 Pe 2.11), n ão sujeitos àmorte física.

Classificação Principados, potestades, dominadores do mundo (Ef 6.12), domínios (Ef 1.21), soberanias (Cl 1.16).

Propósito C a íd o s N ã o C a íd o s

Promover o programa de Satanás de oposição a Deus (Ap 12.7)incitando a rebelião (Gn 3), a idolatria (Lv 17.7), falsas religiões(1 Jo 4.1-4) e a opressão da humanidade.

Servir a Deus no culto (Ap 4.6-11), no ministério (Hb 1.7), como mensageirde Deus (SI 103.20), agir no governo de Deus (Dn 10.13,21), protegendo opovo de Deus (SI 34.7), executando o juízo de Deus (Gn 19.1).

Relação com osCrentes

Promover a guerra (Ef 6.10-18), acusar (Ap 12.10), semear a dúvida(Gn 3.1-3), induzir ao pecado (Ef 2.1-3), perseguir (Ap 12.13),impedir o serviço (1 Ts 2.18), perturbar a igreja (2 Co 2.10-11).

Revelar a verdade (G1 3.19), guiar (Mt 1.20-21), suprir necessidadesfísicas (1 Rs 19.6), proteger (Dn 3.24-28), libertar (At 5.17-20),encorajar (Atos 5.19-20), agir em resposta à oração (Dn 9.20-24),acompanhar os mortos (Lc 16.22).

Relação com C ristona Terra

Satanás tentou a Cristo (Mc 1.13), levou as pessoas a traí-lo e matá-lo (Lc 22.3-4); Cristo expulsou os demônios e finalmente osderrotou na cruz (Cl 2.15).

Anunciaram o nascimento de Cristo (Lc 1.26-38), guiaram José a um lugarseguro (Mt 2.14), ministraram a Cristo (Mt 4.11; L c 22.43), anunciarama sua ressurreição (Mt 28.2-4), ascensão e retomo (At 1.11).

Lugar deHabitação

Regiões celestes ou espirituais (Ef 6.12), abismo (Ap 9.1-11),pessoas (Mc 9.14-29), trevas (Judas 6).

Na presença de Deus (Is 6.1-6), lugares celestiais (Ef 3.10)

Destino Derrotados por Cristo (Cl 2.15), lançados no abismo durante o Milênio(Ap 20.1-2), lançados no lago do fogo como punição final (Ap 20.10).

Estar na presença de Deus e na presença de Cristo no seu reino(Ap 21-22)

Anjos Específicos Satanás Miguel, Gabriel

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44. A Doutrina de Satanás e dos DemôniosSatanás

Hebraico sàtün,  grego satanas =   adversário, opositor(1 Cr 21.1; Jó 1.6; Jo 13.27; At 5.3; 26.18; Rm 16.20)

Nomes e TítulosTextos Bíblicos

Escritura A Doutrina de SatanásCategorizada

A b a d o m A p 9 . 1 1

A c u s a d o r d e

n o s s o s i r m ã o s

A p 1 2 . 1 0

A d v e r s á r io 1 P e 5 .8

A n j o d o

a b i s m o

A p 9 . 1 1

A n tig a s e rp e n te A P 1 2 .9 ; 2 0 .2

A p o l i o m A P 9 .1 1

A s s a s s i n o J o 8 . 4 4

B e l z e b u M t 1 2 . 2 4 ; M c 3 .2 2 ;

L c 1 1 . 1 5

Be l i a l 2 C o 6 . 1 5

D e u s d e s te

m u n d o2 C o 4 . 4

D i a b o M t 4 .1 ; L c 4 . 2 ; A p 2 0 . 2

D o m i n a d o r d e s t e

m u n d o t e n eb r o so

E f 6 . 12

E s p í ri to i m u n d o M t 1 2 .4 3

E s p í r i t o m a l i g n o 1 Sm 16 .14

E sp ír ito m e nt iro so 1 R s 2 2.2 2

E s p í r i t o q u e a t u a

n o s f i l h o s d a

d e s o b e d i ê n c i a

E f 2 .2

G r a n d e d r a g ã o

v e r m e l h o

A P 1 2 .3

I m p é r i o d a s t r e v a s Cl 1 .13

I n i m i g o M t 1 3 .3 9

M a i o r al d o s

d e m ô n i o sM t 1 2 .2 4

M a l ig n o M t 1 3 .1 9 , 3 8M e n t i r o so J o 8 . 4 4

P a i d a m e n t i r a J o 8 . 4 4

Pr ínc ipe da

p o t e s t a d e d o a r

E f 2 . 2

P r í n c i p e d e s t e

m u n d o

G n 3 . 4 , 1 4 ; 2 C o 1 .3

S e r p e n t e J o 1 2 . 3 1

T e n t a d o r M t 4 . 3 ; l T s 3 .5

Descrição

S u t i l ( G n 3 . 1 ) , p r o v o c a d o r ( 1 C r 2 1 . 1 ) , s e n h o r

d o s r e in o s e d a g ló r i a d o m u n d o ( M t 4 . 8 ) ,

a s s a ss i n o e m e n t i r o s o ( J o 8 . 4 4 ) , c h e i o d e t o d o o e n g a n o e d e t o d a

a m a l í c i a , i n i m i g o d e t o d a a j u s t i ç a , a q u e l e q u e p e r v e r t e o s r e t o s

c a m i n h o s d o S e n h o r ( A t 1 3 . 1 0 ) . T e m p o d e r , s in a i s e p ro d í g io s d a

m e n t i r a ( 2 T s 2 . 9 ) . P e c a d o r d e s d e o p r i n c í p i o ( 1 J o 3 . 8 ) , s e d u t o r

d e t o d o o m u n d o ( A p 1 2 . 9 ). P o d e a p a r e c e r c o m o u m a n j o d e lu z

( 2 C o 1 1 . 1 4 ) . C o n d u z o s s e u s se g u i d o r e s ( 1 T m 5 . 1 5 ) . S e u s f il h o s

s ã o c h a m a d o s d e j o i o ( M t 1 3 . 3 8 ) .

Atividades/

Obras

Descrição Geral. I n c i t a ( 1 C r 2 1 . 1 ) , p a s s e i a p e l a

t e r r a ( Jó 1 . 7 ) , p o d e c a u s a r e n f e r m i d a d e s fí s ic a s

( Jó 2 . 7 ) , p o d e c e g a r p e s s o a s ( L c 1 3 . 1 6 ) , c e g a

e s p i ri tu a l m e n t e o s i n c r é d u l o s ( 2 C o 4 - 4 ) , l a n ç a d a r d o s i n f l a m a d o s

( E f 6 . 1 6 ) , im p e d e (1 T s 2 .1 8 ) , c o n d e n a e p r e n d e (1 T m 3 . 6 - 7 ) ,

p r o c u r a d e v o r a r ( 1 Pe 5 . 8 ), a r r e b a t a a P a l a v r a d e D e u s s e m e a d a

( M t 1 3 . 1 9 ), q u e r a l c a n ç a r v a n t a g e m ( 2 C o 2 . 1 1 ) , t r a n s f o r m a - s e e m

a n j o d e lu z ( 2 C o 1 1 . 1 4 ) . Exemplos específicos: f e ri u o c a l c a n h a r

d e C r i s to ( G n 3 . 1 5 ) , t e n t o u a J e s u s ( M t 4 . 1 ) , q u is p e n e i r a r S i m ã o

P e d r o c o m o t r i go ( L c 2 2 . 3 1 ) , e n t r o u e m J u d a s e o p e r s u a d i u a t r a ir

a J e s u s ( J o 1 3 . 2 ,2 7 ) , e n c h e u o c o r a ç ã o d e A n a n i a s p a r a q u e

m e n t i ss e ( A t 5 . 3 ) , l a n ç a r á a lg u n s n a p r i s ã o ( A p 2 . 1 0 ) .

Limitações

D e v e r e c e b e r p e r m i s sã o d e D e u s ( Jó 1 . 1 2 ), s u a

c a b e ç a f o i e s m a g a d a p o r C r i s to , c u j o c a l c a n h a r

f e ri u ( G n 3 . 1 5 ) , p o d e s e r r e s i s ti d o ( T g 4 . 7 ) , p o d e s e r v e n c i d o

( 1 J o 2 . 1 3 ) , v e n c i d o p e lo s a n g u e d o C o r d e i r o ( A p 1 2 . 1 1 ),

p o d e t o c a r o s q u e s ã o n a s c id o s d e D e u s (1 J o 5 . 1 8 ) .

n a o

Destino

S u a c a b e ç a f o i e s m a g a d a p o r C r i s t o ( G n 3 . 1 5 ) ,

s e r á e s m a g a d o p e l o D e u s d a p a z ( R m 1 6 . 2 0 ),

s e u p o d e r d a m o r t e fo i d e s t r u íd o p o r Je s u s ( H b 2 . 1 4 ) , s u a s o b r a s

s ã o d e s t r u í d a s p el o F i lh o d e D e u s ( 1 J o ã o 3 . 8 ) , p r e s o p o r m i l an o s( A p 2 0 . 2 ) , la n ç a d o n o a b i sm o ( A p 2 0 . 3 ) , s o l to a p ó s m i l a n o s p a r a

s e d u z ir a s n a ç õ e s ( A p 2 0 . 7 - 8 ) , la n ç a d o n o l a g o d o f o g o ( A p 2 0 . 1 0 ) ,

r e p r e e n d i d o p e l o S e n h o r ( Z c 3 . 2 ) , c o n d e n a d o a o f o g o e t e r n o ( M t

2 5 . 4 1 ) , e x p u l s o d o c é u ( L c 1 0 . 1 8 ) , j u l g a d o p o r D e u s ( Jo 1 6 . 1 1 ).

Page 86: Teol.cristã Em Quadros- h

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44. A Doutrina de Satanás e dos Demônios (continuação)Demônios

Grego daimon, daimonion,  espíritos caídos

Ocorrências na Escritura

Textos Bíblicos A Doutrina dos Demônios Categorizada

P r o i b i ç ã o d o c u l t o a o s

d e m ô n i o s

E x e m p l o s d e p o s s e s s ã o

d e m o n í a c a

O s d o i s g a d a r e n o s

O h o m e m m u d o

O h o m e m c e g o e m u d o

A t il h a d a m u l h e r s ir o -

f e n í c i a

O j o v e m l u n á t ic o

O h o m e m n a s in a g og a

M u i t a s p e s s o a s s ã o l ib e r t a s

p o r J e s u s

A u t o r i d a d e s o b r e o s

d e m ô n i o s c o n c e d i d a a o s

d i s c í p u l o s

E x p u l s o s p e l o s d i s c í p u l o s

O s d i s c íp u l o s i n c a p a z e s d e

e x p u l sa r d e m ô n i o s

O s f i l h o s d e C e v a

e x o r c iz a m d e m ô n i o s

A p a rá b o la d o h o m e m

r e p o s s u í d o

J e s u s fa l s am e n t e a c u s a d o

d e t e r d e m ô n i o

T e s t i f i c a m s o b r e a

d i v i n d a d e d e Je s u s

A d v e r s á r i o s d a s p e s s o a s

E n v i a d o s p a r a c a u s a r

d i s c ó r d i a e n t r e

A b i m e l e q u e e o s

s i q u e m i t a s

D e r a m m e n s a g e n s a o sf a l s o s p r o f e t a s

C r ê e m e t re m e m

S e r ã o j u l g a d o s

A s u a p u n iç ã o

P o s s e s s ão ( M a r i a

M a d a l en a )

L v 1 7 . 7; D t 3 2 . 1 7 ; 2 C r 1 1 . 1 5 ;

S I 1 0 6 . 3 7 ; Z c 1 3 .2 ; M t 4 . 9 ;

L c 4 . 7 ; A p 9 . 2 0 ; 1 3 . 4

1 S m 1 6 .1 4 - 2 3 ; 1 8 .1 0 - 1 1 ; 1 9 .9 , 1 0

M t 8 . 2 8 -3 4 ; M c 5 . 2 -2 0

M t 9 . 3 2- 3 3

M t 1 2 . 2 2 ; L c 1 1 . 1 4

M t 1 5 . 2 2 - 2 9 ; M c 7 .2 5 - 3 0 ;

L c 9 . 3 7 - 4 2

M t 1 7 . 1 4 - 1 8 ; M c 9 .1 7 - 2 7

M c 1 . 2 3 - 2 6 ; L c 4 .3 3 - 3 5

M t 4 .2 4 ; 8 . 1 6 , 3 0 - 3 2 ; M c 3 . 2 2 ;

L c 4 . 4 1

M t 1 0 . 1 ; M c 6 . 7 ; 1 6 .1 7

M c 9 . 3 8 ; A t 5 . 1 6 ; A t 8 . 7 ;

1 6 . 1 6 - 1 8 ; 1 9 . 1 2

M c 9 . 1 8 , 2 8 -2 9

A t 1 9 . 1 3 - 1 6

M t 1 2 .4 3 - 4 5

M t 3 . 2 2 - 3 0 ; J o 7 . 2 0 ; 8 .4 8 ; 1 0 . 2 0

M t 8 . 2 9 ; M c 1 . 2 3 - 2 4 ; 3 .1 1 ; 5 . 7 ;

L c 8 . 2 8 ; A t 1 9 .1 5

M t 1 2 .4 5

J z 9 . 2 3

1 R s 2 2 . 21 - 2 3

T g 2 .1 9

M t 8 . 2 9 ; 2 P e 2 .4 ; J d 6

M t 8 . 2 9 ; 2 5 . 4 1 ; L c 8 . 2 8 ; 2 P e

2 . 4 ; J d 6 ; A p 1 2 . 7 - 9

M c 1 6 . 9 ; L c 8 . 2 ,3

Desc r iç ão

A n j o s q u e c aí ra m c o m S a t a n á s

( M t 1 2 . 2 4 ) , d i v i d i d o s e m d o i s

g r u p o s. U m g r u p o a t u a e m o p o s i ç ã o a o p o v o d e

D e u s ( A p 9 . 1 4 ; 1 6 . 1 4 ) e o u t r o e s tá c o n f i n a d o n a

p r i s ã o ( 2 P e 2 . 4 ; J d 6 ) ; s ã o i n t e l ig e n t e s ( M c 1 . 2 4 ) ,

c o n h e c e m o s e u d e st in o ( M t 8 . 2 9 ) , c o n h e c e m o

p l a n o d e s a l v a ç ã o ( T g 2 . 1 9 ) , t ê m s u a p r ó p r ia

d o u t r in a ( 1 T m 4 . 1 - 3 ) .

Atividades/

O b r a s

P r o c u r a m f r u st r a r o p l a n o d e D e u s

( D n 1 0 . 1 0 - 1 4 ; A p 1 6 . 1 3 - 1 6 ) ,

c a u s a m e n f e r m i d a d e s ( M t 9 .3 3 ;L c 1 3 . 1 1 - 1 6 ) , p o s s u e m a n i m a i s ( M c 5 . 1 3 ) ,

p r o m o v e m f a ls a s d o u t r i n a s ( 1 T m 4 . 1 ) , in f l u e n c ia m

n a ç õ e s ( I s 1 4; Ez 2 8 ; D n 1 0 . 1 3 ; A p 1 6 . 1 3 - 1 4 ) ,

p o s s u e m i n c r é d u l o s ( M t 9 . 3 2 - 3 3 ; 1 0 . 1 8 ; M c 6 . 1 3 ) .

Limitaç ões

L i m i t a d o s n o e s p a ç o c o m o o s a n j o s

n ã o c a í d o s ( M t 1 7 . 1 8 ; M c 9 .2 5 ) ,s ã o u s a d o s p o r D e u s p a r a s e u s p r o p ó s i t o s q u a n d o e le

d e s e j a ( 1 S m 1 6 . 1 4 ; 2 C o 1 2 . 7 ) , p o d e m s e r e x p u l s o s

e r e to r n a r à p e s s o a d a q u a l f o r a m e x p u l s o s ( L c 1 1.

2 4 - 2 6 ) .

Dest ino

A l g u n s q u e e r a m l iv r e s n a é p o c a

d e C r i s t o f o r a m l a n ç a d o s n o

a b i s m o ( L c 8 . 3 1 ) , a l g u n s a g o r a c o n f i n a d o s s e r ão

s o l t o s d u r a n t e a t r ib u l a ç ã o ( A p 9 . 1 - 1 1 ; 1 6 . 1 3 - 1 4 ) ,

s e r ão p a r a s e m p r e l a n ç a d o s c o m S a t a n á s n o l a go

d e f o g o ( M t 2 5 . 4 1 ) .

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45. Nomes de Satanás

Título / \ 

Enfase Passagem

Satanás Adversário Mateus 4-10

Diabo Acusador Mateus 4.1

Maligno Intrinsecamente mau João 17.15

Grande dragão vermelho Criatura destruidora Apocalipse 12.3,7,9

Antiga Serpente Enganador do Éden Apocalipse 12.9

Abadom Destruição Apocalipse 9.11

Apoliom Destruidor Apocalipse 9.11

Adversário Opositor 1 Pedro 5.8

Belzebu Senhor das moscas (Baalzebu) Mateus 12.24

Belial Imprestável 2 Coríntios 6.15

Deus deste mundo Controla a filosofia deste mundo 2 Coríntios 4.4

Príncipe deste mundo Governa no sistema do mundo João 12.31

Príncipe da potestadedo ar

Controle dos crentes Efésios 2.2

Inimigo Opositor Mateus 13.28; 1 Pedro 5.8

Tentador Incita as pessoas a pecar Mateus 4.3

Homicida Leva as pessoas à morte eterna João 8.44

Mentiroso Perverte a verdade João 8.44

Acusador Opõe-se aos crentes diantede Deus

Apocalipse 12.10

Adaptado de Paul Enns, The Moody Handbook ofTheobgy   [Manual de Teologia Moody) (Chicago: Moody Press, 1989), p. 293. Usado mediantepermissão.

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46. Teorias Acerca da Constituição do Homem

DicotomiaO Homem como um Ser Duplo

Argumentos a Favor Argumentos Contra

Deus assoprou no homem apenas um princípio -uma alma vivente (Gn 2.7).

O texto hebraico está no plural: “Então formouo Senhor Deus ao homem do pó da terra, elhe soprou nas narinas o fôlego de vida (vidas),e o homem passou a ser alma vivente.”

A parte imaterial do ser humano (a alma) é vistacomo uma vida individual e consciente, capazde possuir e animar um organismo físico(corpo).

Paulo declara que o homem tem tanto umespírito como uma alma, que estão alojadosem um corpo físico (1 Ts 5.23).

Os termos “alma” e “espírito” parecem ser usadosindiferentemente em algumas passagens (Gn41.8 e SI 42.6; Mt 20.28 e 27.50; Jo 12.27 e13.21; Hb 12.23 eAp 6.9).

Hebreus 4.12 fala da separação entre a alma eo espírito. Se eles fossem o mesmo, nãopoderiam ser divididos.

“Espírito” (bem como “alma”) é atribuído àcriação irracional (Ec 3.21; Ap 16.3).

O termo “espírito” ou “alma” pode ser aplicadoà “vida” animal ou “animação,” mas nuncano sentido especial em que espírito ou almahumanos são utilizados. Ao contrário dos

animais, os espíritos humanos continuamalém da existência física e relacionam-secom o espírito divino de Deus (Mt 17.3;At 7.59; G1 6.8; 1 Ts 5.23; Ap 16.3).

Corpo e alma são mencionados como seconstituíssem a pessoa inteira (Mt 10.28;1 Co 5.3; 3 Jo 2).

Espírito, alma e corpo são. referidos como seconstituíssem a pessoa integral (Mc 12.30;1 Co 2.14; 3.4; 1 Ts 5.23).

A consciência testifica que existem doiselementos no ser do homem. Nós podemosdistinguir uma parte material e uma parteimaterial, mas a consciência de ninguémpode distinguir entre alma e espírito.

É o espírito do homem que se relaciona com oreino espiritual. A alma é a dimensão dohomem que se relaciona com o reino mental- o intelecto, as sensibilidades e a vontade doser humano - a parte que raciocina e pensa.O corpo é a parte do ser humano que temcontato ou relação com o reino físico.Hebreus 4.12 fala literalmente da separaçãoentre alma e espírito (1 Ts 5.23; ver Jo 3.7;Rm 2.28-29; 1 Co 2.14; 14.14).

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46. Teorias Acerca da Constituição do Homem (continuação)

TricotomiaO Homem como um Ser Tríplice

Argumentos a Favor Argumentos Contra

Gênesis 2.7 não declara de maneira absoluta queDeus fez um ser duplo. O texto hebraico estáno plural: “Então, formou o Senhor Deus aohomem do pó da terra e lhe soprou nas narinaso fôlego de vida [vidas], e o homem passou aser alma vivente.”.

Não se diz que o homem se tornou espírito ealma. Além disso, “alma vivente” é a mesmaexpressão aplicada a animais e traduzidacomo “ser vivente” (Gn 1.21-24).

Paulo parece pensar em corpo, alma e espíritocomo três partes distintas da natureza do serhumano (1 Ts 5.23). O mesmo parece serindicado em Hebreus 4.12, texto que diz que aPalavra “penetra até ao ponto de dividir alma eespírito, juntas e medulas.”

Paulo está dando ênfase a toda a pessoa, e nãotentando distinguir as suas partes. Hebreus4.12 não fala de separação entre alma eespírito, mas da própria separação que seestende até aquele ponto. A Palavra penetraaté a divisão da própria alma e do próprioespírito. A alma e o espírito são expostos.

Uma tríplice organização da natureza humanapode estar implícita na classificação do serhumano como “natural”, “carnal” e “espiritual”em 1 Coríntios 2.14; 3.1-4.

Indica-se que corpo e alma constituem apessoa inteira (Mt 10.28; 1 Co 5.3; 3 Jo 2).

Em Lucas 8.55, lemos a respeito da menina queJesus ressuscitou que “voltou-lhe o espírito[ pneuma ].” Quando Cristo morreu, diz-se queele “entregou o espírito” (Mt 27.50). “O corposem espírito é morto” (Tg 2.27). Pneuma  refere-se a um princípio vital distinto da alma.

Pneuma   (espírito) e psyche   (alma) são usadosum pelo outro em todo o Novo Testamento.Ambos representam um só princípio vital.

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47. As Dimensões da

mago Dei

A imagem de Deus no ser humano foi distorcida, mas não eliminada(Gn 9.6; 1 Co 11.7; Tg 3.9)

DimensãoRacional

O ser humano recebeu a responsabilidade de exercer domínio sobrea terra (Gn 1.26-28; SI 8.4-9).

Adão foi instruído a cuidar do jardim.

Adão deu nome aos animais (Gn 2.19-20)

Adão reconheceu que a mulher lhe era uma ajudadora idônea(Gn 2.22-24; ver 2.20).

DimensãoEspiritual

Adão e Eva tinham comunhão com Deus (Gn 3.8).

Adão e Eva temeram a Deus após o seu pecado (Gn 3.10).

DimensãoMoral

Deus deu a Adão e Eva uma ordem moral (Gn 2.17).

Adão e Eva possuíam um sentido de retidão moral (Gn 2.25).

Adão e Eva reconheceram-se culpados logo após a sua transgressão(Gn 3.7)

Isto parece indicar que a imagem incluía a justiça original(Gn 1.31; Ec 7.29).

DimensãoSocial

Adão e Eva [presumivelmente] falavam um ao outro(Gn 2.18,23; 3.6-8; 4.1).

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48. Concepções sobre a Natureza da mago Dei

Concepção Apoio Problemas

Concepção ubstantiva

A imagem de Deus consis teem uma característicaespecífica física, psicológica

e/ou espiritual existente na

natureza humana.

Imagem (tselem ) em Gênesis 1.26 pode ser

traduzida por “estátua”; assim, a passagem podedizer : “Façamos o hom em parecido con osco.”

Em João 1.14-18 (e outros lugares) fica claro queJesus era Deus e que ele tinha um corpo

humano.

Este conceito define Deus ao definir o ser humano.

Deus é espírito (ver Jo 4.24). Em que sentido, então, o nossocorpo físico representa a Deus? Além disso, os pássaros e

outros animais têm corpos físicos mas não se diz que foram

feitos à imagem de Deus (ver Gn 1.20-23).

Concepção Funcional

A imagem de Deus consis teno que o ser humano faz.

Gênesis 1.26-28 diz claramente que o ser hum ano devegovernar ou ter domínio sobre o restante da criação.

Deus claramente governa.

Gênesis 1.27 indica que Deus criou o ser humano à sua imagem

antes de lhe dar o domínio. Portanto, a Imago Dei   pode ser

algo diferente da capacidade de dominar.

Concepção Relacional

Somente quando temos fé(isto é, “interagimos”) emJesus Cristo nós possuímos

plenamente a imagem deDeus .

Deus cr iou o “homem” macho e fêmea (Gn 1.26-

27) , indicando o aspecto relacional de Deus nahumanidade. Êxodo 20; Marcos 12.28-31 e

Lucas 10.26-27 também sugerem as dimensõesrelacionais de Deus e da humanidade.

Toda a Palavra de Deus registra a naturezarelacional de Deus.

Gênesis 9 .6 e Tiago 3.9 tornam claro que o ser hum ano nãoregenerado também foi cr iado à im agem de D eus .

Concepção Reformada

A imagem de Deus no homem sãoas tendências conscientes do ser

humano e o conhecimento

verdadeiro do ser humano.

Parte da imagem de Deus no

homem (isto é, a sua “imagem

natural”) foi obscurecida masnão destruída pelo pecado, eparte da “ imagem m oral” deDeus foi perdida pelo ser

humano em conseqüência dopecado, mas é restaurada porCristo.

Parte da imagem de D eus no ser hum ano está noser espiritual, moral e imortal do homem, que foi“muti lado mas não apagado.” (Ver Gn 8.15—

9.7; SI 8.4-9; 1 Co 11.7; 15.49; Tiago 3.9;Hb 2.5-8) .

0 conhecimento da just iça e da santidade por

parte do ser humano foi perdido por causa do

peca do e é restaurad o por Cristo. (Ver Ef 4.22-

25; Cl 3.9-10).

Deus é consciente e possui verdadeiro

conhecimento.

Gênesis 1.26-28 não se refere a divisões da imagem de Deus;antes fala de uma única imagem de Deus.

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49. Teorias da Justiça Original

Conceito

Argumento

Pelagiano Existe livre-arbítrio; não existe a chamada justiça original.

“O ser humano foi dotado de razão para que pudesse conhecer a Deus; de livre-arbítrio para que pudesse escolher e

praticar o bem; e da necessária capacidade de governar a criação inferior.”

“Todo bem e mal , pelo qual somos aplaudidos ou acusados , não se orig ina em nós , mas é praticado por nós . Nascem oscapazes de ambos, mas não cheios de um deles. E assim somos produzidos sem virtude, mas também sem vício; eantes da ação da sua própria vontade, exis te no ser hum ano somente o que Deus fez.”

Tomás de Aq uino A justiça é um dom acrescentado após a cr iação do. ser humano.

A santidade primitiva era exclusivamente um a dotação ou dom sobrenatural . Com o tal , e la deve ter s ido estranha ànatureza de Adão e foi concedida após o término da sua cr iação.

“Deus formou o ser humano do pó. . . Mas quanto à sua alma, e le o formou segundo a sua imagem e semelhança. . .A seguir, ele acrescentou o do m adm irável da justiça original.. .”

Agos t in i ano A ju stiça é parte da natureza hum ana original.

Ela era uma qu al idade intr ínseca da natureza do ser humano.

Pelo ato cr iador divino, o ser hum ano foi constituído santo, e não somente não houve nenhum ato subseqüente, mas

também n ão houve n enhum ato separado pelo qual e le tenha s ido ass im consti tuído.

Essa natureza foi constituída de tal maneira a ser sensível aos reclamos de uma vida prudente e boa, não no sentido deum cumprimento necessário de tais reclamos, mas no sentido de uma inclinação ou disposição espontânea para tal

cumprimento.

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50. Teorias do Pecado Original

Conceito

Argumento

Pe lag i ani s mo A alma hum ana é cr iada por Deus (em cada indivíduo, no seu nascimento ou próximo dele) .

A alma humana é cr iada sem corrupção.

A influência do pecado de Adã o é a de um exemplo.O ser hum ano tem um a vontade l ivre .

A graça de De us é universal, uma vez que todos os seres hum anos têm livre-arbítrio; os adultos podem obter perdão pmeio do batismo.

Ass im, o pecado de Ad ão não afeta diretamente a outros , não exis te nenhum pecad o orig inal e o ser humano não édepravado.

Com o o ser humano não nasce em pecado, é- lhe possível ser preservado e nunca necess i tar de salvação.

A r m i n i a n i s m o O ser hum ano recebe de Adão uma natureza corrompida, mas não recebe a culpa de Adão.Essa natureza é corrompida física e intelectualmente, mas não volitivamente.A graça preveniente capacita o ser humano a crer.

Ass im, o ser humano não é inteiramente depravado, mas ainda retém a vol ição para buscar a Deus .

C a l v i n i s m o Ca da indivíduo está relacionado com Adã o. Exis tem dois conceitos básicos :

Chefia Federal   (conceito criacionista da origem da alma)O indivíduo recebe dos pais a natureza física.Deus cr ia cada alma.

Ad ão foi nosso representante , conforme ordenado por D eus .

Essa representação é paralela de estar em Cristo para a justiça.

Chefia Natural   (conceito traducianis ta da origem da alma— Agostinho)O indivíduo recebe dos pais a natureza física e a alma.

Ass im, todas as pessoas es tavam presentes em Ad ão de modo germinal ou seminal.Cad a indivíduo participa do pecado de Adão.Ass im, cada indivíduo herda o pecado de Adão .

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51. A Imputação do Pecado de Adão

Passagem-Chave: Romanos 5.12-21 /Expressão-Chave: è(f) cb n a v T e ç fj fiapTO V   (v. 12d)

Distinção dos Conceitos

Conceito do Exemplo

O pecado de Adão foi um pequeno ato de

desobediência que afetou somente a ele

mesmo. Romanos 15.12d refere-se aospecados exclusivamente pessoais de

indivíduos que seguiram o exemplo deAdão, cometeram pecados e , portanto,

são culpados diante de Deus .

Con ceito da olidariedade

Existe um a sol idariedade entre Ad ão e a sua

raça, de modo que Paulo pode dizer que um

pecou (ver 5.13-19) e ao mesmo tempo dizerque todos pecaram (ver 5 .12) . Am bas asdeclarações referem-se à queda.

  eminalismo

A união entre Ad ão e a sua posteridade ébiológica e genética , de modo que Adã o

incorporava todos os seres humanos em um aúnica entidade coletiva, é assim todas aspessoas são co-pecadoras com Adão.

Imputação Mediata (Indireta)

As pessoas têm u ma natureza corrompidaimputada a e las - o efei to do pecado de A dão.Assim, a depravação hereditária é imputada.Todos pecaram porque todos herdaram acorrupção natural de Adão.

Federalismo

A união entre Ad ão e a sua posteridade édevida ao fato de que Deus o nomeou como

o cabeça representativo da raça humana.O que Adão fez é debitado à sua posteridade.

Imputação Imediata (Direta)

O primeiro pecado de A dão foi imputado a todasas pessoas. Todas as pessoas foram julgadas emAdão, o nosso representante , e declaradas

culpadas .

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51. A Imputação do Pecado de Adão (continuação)

Compreendendo os Conceitos

Ponto de Vista

Ao nascer, qual é a condição da pessoa em relação  

a Deus?

Quais são os efeitos do  pecado de Adão sobre a  

sua posteridade?

Com o todos pecaram?

O que é imputado (debitado  na conta de alguém)?

Pelagianismo* E inocente e capaz de

obedecer a Deus .Não teve nenhum efeito. O

pecado de Adão afetousomente a ele mesmo.

Todos escolheram pecar

seguindo o exemplo deAdão.

Som ente os pecados pessoais do

indivíduo.

Arminianismo* Tem uma natureza

pecaminosa, mas ainda écapaz de cooperar com oEspírito pela graça

preveniente .

Corrompeu-a física e

intelectualmente, mas aculpa do pecado de Adãonão lhe foi imputada.

Todos conscientementeratificam o ato de A dão pormeio de pecados pessoais.

Causa mediata : todos pecamporque possuem umanatureza corrompidaherdada de Adão.

Som ente os pecados pessoais do

indivíduo.

Realismo Toda a sua natureza está

contaminada pelo pecado;está sob condenação e éincapaz de merecer o favorsalvífico de Deus.

Trouxe culpa pessoal,

corrupção e morte paratodos.

Todos participam do pecado

de Adão, que é o cabeçanatural da raça humana.

O pecado de Adão, a culpa, umanatureza corrupta e os própriospecados da pessoa. (O R eal isme o Federalismo diferem somen

quanto ao modo da imputação.

Federalismo

Toda a sua natureza está

contaminada pelo pecado;

está sob condenação e éincapaz de merecer o favor

salvífico de Deus.

Trouxe condenação e

contaminação pelo pecado à

natureza inteira de todos.

Causa mediata ; Todos pecamporque possuem uma

natureza corrupta herdada

de Adão.

Causa imediata : Todos pecam

porque todos são

constituídos pecadores porcausa do pecado de Adão.

Imputação mediata : Uma naturez

corrupta e os próprios pecados pessoa.

Imputação imediata : A culpa dopecado de Adão, uma natureza

corrompida e os próprios pecadda pessoa.

* 0 Pelagianismo e o Arminianismo subscrevem em diferentes proporções o conceito de que as pessoas pecam por seguirem o exemplo de Adão.

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51. A Imputação do Pecado de Adão (continuação)

Avaliando os Conceitos

Ponto de Vista

Tradução de €(f) ü)  

em Romanos 5.12

Crítica

Conceito do Exemplo “é por isso que” O tempo aoris to de ^fiaprou   sugere que todos pecaram em ou com Adão, e não depois de Adão.Em 5.15-19 afirma-se cinco vezes que somente um pecado causou a morte de todos . Oconceito do exemplo ignora a analogia entre Ad ão e C risto.

  eminalismo “em quem” (isto é, em

Adão)

Hebreus 7 .9-10 fornece o exemplo de um hom em (Abraão) que inclui outro (Levi) . Oseminal ismo enfraquece a analogia entre Adão e Cris to, propõe um sentido não comprovado

para è<j> (!)   nos escritos paulinos e levanta certas questões absurdas (por exemplo: Alguém podeagir antes de “existir”? Por que não somos responsáveis pelos pecados posteriores de Adão?).

Conceito da 

Imputação Mediata

“porque” è<t>' d>  significa “porque” em 2 Coríntios 5.4 (ver Fp 3.12; 4-10). A imputação mediata enfrenta

certas dificuldades contextuais em Romanos 5: (1) àixapravo)   não significa “ter uma naturezacorrompida” ; (2) tanto A dão co mo a sua posteridade m orrem por causa da única transgressãode Adão (vv. 12, 18-19) e não é citada nenhuma condição intermediária; (3)  yáp  (5.13-14)introduz uma explicação que não é consistente com o argumento de 5.12 se este conceito foradotado.

Federalismo Imediato

“porque” O federali smo imediato enfrenta o problema de expl icar como o p ecado de um h omem , Adão,pode ser contado con tra toda a raça hum ana. D euteronômio 24-16 diz que “cada qual serámorto pelo seu pecado,” o que parece contradizer o conceito federalista. Além disso, uma culpaalheia (ser acusado pela culpa de outro) parece ser injusta.

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52. Teorias sobre a Natureza do Pecado

Teoria

Fonte

Ensino

D u a l i s m o Filosofia G rega e

Gnosticismo

O ser hum ano tem um espírito derivado do reino da luz e um corpo com sua vida animal derivado doreino das trevas. Assim, o pecado é um m al físico, a con tamina ção do espírito por meio da sua união

com um corpo material. O pecado é vencido ao se destruir a influência do corpo sobre a alma.

E g o í s m o Stro ng P ecad o é egoísm o. É preferir as próprias idéias ao in vés d a verd ade de D eus. È preferir a satisfação

própria vontade ao invés de fazer a vontade de Deus. E amar-se a si próprio mais do que a Deus.

Pode manifestar-se na forma de sensualidade, incredulidade ou inimizade contra Deus.

P e lag ian a Pelágio O pecado de A dão p rejudicou somente a e le próprio. Todas as pessoas nascem no m undo no m esm

estado em que A dão foi cr iado. Elas têm o conhecimen to do que é mau e a capacidade de fazertudo o que Deus requer. O pecado, portanto, consiste apenas na escolha deliberada do mal.

A g o stin ia n a A gostinh o Todas as pessoas possuem uma depravação inerente e hereditária que inclui tanto culpa quantocorrupção. Nós ofendem os a santidade de D eus por causa de atos del iberados de transgressão e dausência de sentimentos corretos. Porém, pecado é negação; ele não é necessário.

Ca tó l i ca

R o m a n a

Ensino da igreja

e tradição

O pecado orig inal é transmitido a todas as pessoas . Nós nascemos em pecado e somos oprimidos pe

corrupção da nossa natureza. Essa privação da justiça permite que as capacidades inferiores danatureza humana ganhem ascendência sobre as superiores , e a pessoa cresce em pecado. A

natureza do pecado é definida como a morte da alma. Portanto, o pecado consis te na perda da ju st iç a or igi na l e na des or dem de to da a na tu reza .

De f in ição

Bíb l i ca

Escrituras A Bíblia usa mu itos termos para descrever a natureza do pecado : ignorância (Ef 4-18), erro (Mc12.24-27), impureza, idolatria (G1 5.19-20), transgressão (Rm 5.15) etc. A essência do pecadoestá em colocar algo mais no lugar de Deus. È qualquer coisa que fica aquém da sua glória e

perfeição. Pecado é desobediência.

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53* Definição dos Termos Básicos da SalvaçãoTermo Textos Bíblicos

Definição

Eleição Mt 22.14; At 13.48;Ef 1.4; 2 Ts 2.13

Aquele aspecto do propósito eterno de Deus pelo qual ele determina demaneira certa e eterna, por meio de uma escolha amorosa e

incondicional, quem irá crer. Não é simplesmente a intenção de Deusde salvar todos os que possam crer; antes, ela determina quem irá crer.

Onisciência

SI 139.1-4; Is 40.28;Rm 11.33; Hb 4.13

Refere-se ao conhecimento de Deus de tudo o que é ou poderia ser.Ele tem pleno conhecimento de si mesmo e de toda a sua criação.Ele conhece desde a eternidade tudo o que efetivamente ocorreráe também tudo o que poderia ocorrer.

Presciência

At 2.23; Rm 8.29;11.2; Ef 1.5

O conhecimento seletivo de Deus que torna alguém objeto do amor deDeus; é mais do que um mero conhecimento ou cognição antecipada.O termo concentra-se na motivação de Deus para agir, relacionando-

se com as pessoas e não com o que as pessoas irão ou não irão fazer.

Pré-ordenação Ef 1.5 A predeterminação por parte de Deus de todas as coisas que ocorrem na suacriação, tanto os eventos quanto as ações de uma pessoa. Todas as coisasque acontecem fora de Deus são determinadas por ele e são certas.

Predestinação Rm 8.29-30 Difere da pré-ordenação em que esta se refere à determinação de todasas coisas, ao passo que a predestinação se refere especificamente àdeterminação dos eleitos e sua conformidade com a imagem de

Cristo. A predestinação nunca ocorre no sentido de alguém serpredestinado para a condenação.

Vocação Geral:  Mt 22.14; João3.16-18

Eficaz:  Jo 6.44; Rm8.28-30; 1Co1.23-24

Geral: O chamado do Evangelho por meio da proclamação, no qualtodas as pessoas são convidadas a receberem a Cristo.

Eficaz: A aplicação da palavra do Evangelho aos eleitos. O EspíritoSanto faz essa obra somente nos eleitos e ela resulta em salvação.

  alvação Jo 3.16-17; 6.37;At 4.12 A consumação da eleição: o somatório de toda a obra de Deus em favor doser humano, libertando-o de sua condição de perdição no pecado eapresentando-o em glória. É recebida por mew  da fé, mas a fé não  é umacausa ou razão pela qual Deus justifica a pessoa. A causa da salvação deDeus está inteiramente nele mesmo, e não no ser humano (Rm 9.12,16).

Reprovação

Is 6.9-10; Rm 9.27;11.7

A atitude passiva de Deus no sentido de omitir algumas pessoas naconcessão da salvação. E uma expressão da justiça de Deus aocondená-las à punição eterna dos seus pecados.

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54. Concepções Acerca da SalvaçãoS i s t e m a

Teológico

P ro p o n en te s S ign ificad o da Sa lv ação Obs tácu lo à Sa lvação Meio de Sa lvação

Teologia daLibertação

Gustavo Gutiérrez; muitossacerdotes católicos romanoslatino-americanos;representada pela TeologiaNegra, Teologia Feminista eTeologias do Terceiro Mundo.

Libertação da opressão A opressão e exploração dasclasses inferiores pelospoderosos

Política e revolução

TeologiaExistencial

Rudolph Bultmann

Martin Heidegger

Uma alteração fundamental da nossaexistência, da nossa perspectiva davida e da no ssa maneira de viver.Alcançar uma “existênciaautêntica” ou ser chamados porDeus (ou pelo evangelho) para anossa verdadeira identidade everdadeiro destino.

O ser humano está aprisionadopela racionalidade do seu ego epor experiências passadasformadoras de identidade. Eleestá vivendo uma existênciainautêntica.

O ser humano precisa fazer morrer o seesforço por auto-gratificação esegurança à parte de Deus, colocar asua fé em Deus e ser aberto ao futuroFé significa aband onar a busca derealidades tangíveis e objetostransitórios.

TeologiaSecular

Dietrich Bonhoeffer

John A. T. Robinson

Thomas J. Altizer

Salvaç ão é afastar-se da religião eaprender a ser independente deDeus, atingir a maioridade,afirmar-se e envolver-se nomundo.

A dependência de Deus e dareligião torna o ser humanoimaturo e presta-se para adesonestidade intelectual e airresponsabilidade moral.

Abandonar a religião e a necessidade deDeus e tornar-se auto-suficiente eplenamente humano. Isso é alcançadpor meio da introspecção, afirm ação prática da investigação científica (istoé, anti-sobrenatural).

Teologia Católica

Romana

Concílio Vaticano II

Karl Rahner

Yves Congar

Hans Küng

Receber a graça de Deus por meioda igreja.

Receber a graça quer por meio danatureza ou por m eio da igreja.

Os católicos estão incorporados naIgreja; os cristãos não-católicosestão ligados à Igreja; os não-cristãos estão relacionados coma Igreja.

Pecados mortais não confessados. Receber a graça por meio da participaçnos sacramentos da Igreja.

Receber a graça quer por m eio da naturou por meio dos sacramentos da Igrej

TeologiaEvangélica

Martinho Lutero

Jonathan Edwards

João Calvino

Salvação é m udança de posiçãodiante de Deus, de culpadopara inocente.

O pecado rompe o relacionamentocom Deus. A natureza humanaestá arruinada e se inclina parao mal.

Ser justificado pela fé na obra consumade Cristo e receber o Espírito Santo dDeus, sendo regenerado, habitado eselado para o dia da redenção.

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56. A Aplicação da alvação no Tempo

Aspecto Descrição Passagens

A vocação eficaz deDeus

O ato especial de Deus chamando oseleitos para a comunhão com Jesus

Cristo

Rm 8.30; 1 Co 1.9

Regeneração peloEspírito Santo

A obra purificadora e renovadora doEspírito Santo, concedendo nova vidaao ser humano e capacitando-o a crer

Jo 3.5-8; 2 Co 5.17; Tt 3.5

Conversão pela fé emCristo e arrependimento

do pecado

O ato dos incrédulos de afastar-se dopecado e voltar-se para Cristo

Lc 24.46-47; Jo 3.16;At 2.38

Justificação pela fé O ato de declarar os pecadores justos Rm 3.21; 4.5; 8.33-34

Adoção como filhos doPai celestial

A transferência do crente da alienaçãode Deus para a filiação

Jo 1.12; G1 4.4-5; Ef 1.5

Santificação parapraticar boas obras

A obra contínua de Deus na vida docrente tornando-o santo

Tt 2.14; Hb 13.21; 1 Pe5.10

Perseverança na Palavrade Cristo

A impossibilidade de que o crenteverdadeiro decaia da graça de modopleno e final e a sua continuação nafé até a morte

Jo 6.39; 10.27-30; Hb 4.14;1 Pe 1.3-5

Glorificação com Cristona sua volta

A redenção completa e final da pessoainteira conformada à imagem deCristo

Jo 14.16-17; Rm 8.29-30;Fp 3.21; 1 Jo 1.3

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57*

 Argumentos Tradicionais sobre a Eleição

Arminianismo

Argumentos a Favor Argumentos ContraDeus deseja que todas as pessoas sejam salvas

e não deseja a morte do ímpio (Ez 33.11;1 Tm 2.34; 2 Pe 3.9).

O caráter universal das ordens e exortações deDeus revelam o seu desejo de salvar todas aspessoas (Jo 3.3,5-7; 1 Pe 1.16). Deus tambémfaz um convite universal para todos virem aCristo (Is 55.1; Mt 11.28; Jo 9.37-39).

Todas as pessoas são capazes de crer e sersalvas, porque Deus publicou um conviteuniversal à salvação e porque Deus deu atodas as pessoas a graça preveniente queneutraliza o pecado e possibilita que todosrespondam ao evangelho. Não hánecessidade de uma graça especial deDeus para a salvação.

Seria injusto que Deus responsabilizasse aspessoas por algo que elas são incapazes defazer.

Deus escolhe alguns para a salvação e omite

outros porque previu quem irá aceitar a ofertade salvação em Cristo. A presciência significaque Deus conhece de antemão quem iráreceber a salvação e está intimamente ligadacom a eleição (Rm 8.29; 1 Pe 1.1-2).

Deus escolheu alguns para serem salvos, nãotodos; ele até mesmo escolheu não revelaralgumas verdades a algumas pessoas (Mt 13.10-16; Jo 10.24-30).

O padrão de Deus não muda por causa daincapacidade humana de obedecer; a pessoasomente pode ir a Deus se Deus a atrair (Jo6.35-40, 44-47, 65).

A expressão “graça preveniente” não éencontrada na Bíblia. Paulo expressa o fatode que o ser humano é incapaz de voltar-se paraDeus e nem mesmo busca a Deus, mas rejeitaa revelação que recebeu (Rm 1.18-32; 3.10-19).

“Presciência”, conforme usada na Escritura, nãoé simplesmente o conhecimento de eventosfuturos, mas é um termo relacional paramostrar que Deus amou e relacionou-se comos eleitos antes de eles existirem, e os escolheupara serem salvos porque decidiu amá-los,independentemente das suas ações (Rm 9.26-29).

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57. Argumentos Tradicionais sobre a Eleição (continuação)

Calvinismo

Argumentos a Favor Argumentos Contra

A raça humana inteira está perdida no pecadoe cada indivíduo está totalmente corrompidono intelecto, vontade e emoções pelo pecado.O ser humano é incapaz de responder àoferta divina de salvação porque estáespiritualmente morto (Jr 17.9; Jo 6.44;Rm 3.1-23; 2 Co 4.3-4; Hf 2.1-3).

Deus é soberano em tudo o que faz e faz todas

as coisas de acordo com a sua boa vontade eprazer. Ele não tem de prestar contas ao serhumano, porque ele é o Criador e podeescolher a quem quer salvar (Rm 9.20-21;Ef 1.5; Fp 2.13; Ap 4.11).

Deus escolheu certas pessoas para a sua graçaespecial, independentemente de suaascendência física, caráter ou boas obras.Especificamente no que tange à salvação,ele escolheu salvar determinadas pessoas

por meio da fé em Cristo (Jo 6.37,44,65;15.16; At 13.48; Rm 9.6-24; Ef 1.4-5).

A eleição é uma expressão da vontade soberanade Deus e é a causa da fé (Ef 2.8-10).

A eleição é certamente eficaz para a salvaçãode todos os eleitos. Aqueles que Deus escolhecertamente chegarão à fé em Cristo (Rm8.29-30).

A eleição é de toda a eternidade e é imutável(Ef 1.4,9-11).

Se o ser humano é incapaz de responder e nãopode obedecer a Deus, então como pode Deusverdadeiramente oferecer salvação a todos pormeio do Evangelho e esperar obediência daparte do ser humano (Mt 11.28-30; Jo 3.16;6.35)?

Deus deseja que todos sejam salvos (1Tm 2.3-4;

2 Pe 3.9).

Deus não seria justo ao escolher somente algunspara a vida eterna e omitir outros, porque issoviolaria o livre-arbítrio do ser humano paraescolher e porque a oferta do Evangelho atodos não seria de boa fé.

Deus não pode exigir que a pessoa creia se a févem dele.

Existe a possibilidade de que aqueles que vierama crer decaiam da graça e percam a suasalvação.

Deus previu aqueles que iriam crer e os elegeuna eternidade (Rm 8.29).

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58* Principais Concepções Evangélicas sobre a Eleição

Arminianismo

Calvinismo

Calvinismo Moderado

Definição A e s c o lh a c o n d i c i o n a l d e D e u s p e la

q ua l e l e de te rminou q u em i ri a

cre r com b as e na s ua pre s c iênc iad e q u e m irá  exercer a fé . E o

resultado  d a f é d o s e r h u m a n o .

A e s c o l h a i n c o n d i c i o n a l ea m o r o s a d e D e u s p e l a q u a l e le

d e t e r m i n a q u e m deve  crer . E a

causa  d a f é d o s e r h u m a n o .

A e s c o l h a i n c o n d i c io n a l e

a m o r o s a d e D e u s p e l a q u a l

e l e d e t e r m i n a q u e m irá  crer.

É a causa  d a f é d o s e r

h u m a n o .

Principais

Expoentes

J a có A rm ín io , J o ã o W esley J o ão C alv in o , C a r lo s S p u rg e o n M i l la r d J . E r i c k s o n

Raízes

Históricas

N o i n í c i o d o s é c u l o d e z e s s e te , o

p a s t o r h o l a n d ê s A r m í n i o ,

e n q u a n t o p r o c u r a v a d e f en d e ra s i d é i a s d e B e z a , c o n v e n c e u - s e

d e q u e B e z a e C a l v i n o e s ta v a m

errad os . M ai s t a rde , Wes ley fo i

a l é m d e A r m í n i o a o e n f a ti z a r a

g r a ç a p r e v e n i e n t e .

D u r a n t e a R e f o rm a , C a l v in o

a s s i m i l o u a ê n f a s e d e A g o s t i n h o

na g raça i r re s i s t íve l de Deus , na

n a t u r e z a p e c a m i n o s a d o s e r

h u m a n o e n a p r e d e s t i n a ç ã o .C a l v i n o f o i s u c e d i d o p o r B e z a ,

q u e f o i u m p a s s o a l é m .

E s s e n c i a l m e n t e u m a

i n t e r p r e t a ç ã o r e c e n te .

Prós Acentua a responsabilidade do ser  humano de fazer uma escolha. T a m b é m r e c o n h e c e a

d e p r a v a ç ã o e d e s am p a r o

h u m a n o s s e m a i n t e r v e n ç ã o

d e D e u s . S e u a s p e c t o m a i s

a t r a e n t e é a c e i t a ç ã o d o l i v r e -

a r b í t ri o h u m a n o . O s e r

h u m a n o p o d e r e s i s t i r à g r a ç a

d e D e u s .

Acentua a santidade e soberania de  Deus  e , p o r t a n t o , o s e u d i r e i t od e f a ze r d e c r e t o s c o m o o d a

e l e i ç ã o p a r a a s a l v a ç ã o .

A c e n t u a c o r r e ta m e n t e a t o t a l

d e p r a v a ç ã o d o s e r h u m a n o e

s u a i n c a p a c i d a d e d e e s c o l h e r

p o r si m e s m o o q u e é c e r t o . A

d o u t r i n a p r e d o m i n a n t e é a

a b s o l u t a s o b e r a n i a d e D e u s ,q u e n ã o d e p e n d e d o s c a p r i c h o s

o u d a v o n t a d e d o s e r h u m a n o .

O s e r h u m a n o n ã o p o d e r e s is ti r

à g r a ç a d e D e u s .

E s s e c o n c e i t o é s u s t e n t a d o p o ru m a i m e n s a q u a n t i d a d e d ee v i d ê n c i a s b í b l i c a s .

Acentua a santidade e soberania  de Deus, ao mesmo tempo que   preserva a idéia da  responsabilidade humana. A graça de Deus é i r re s i s t íve l ,m a s s o m e n t e p o r q u e D e u s

e s c o l h e u t o r n á - l a t ã o a t r a e n t e

p a r a o s e l e i t o s q u e e l e s ir ã o

a c e i t á - l a . E m o u t r a s p a l a v r a s ,D e u s c a p a c i t a o s e l e i t o s a

q u e r e r e m a s u a g r a ç a.

A s s i m , D e u s a c i o n a a s u a

v o n t a d e s o b e r a n a p o r m e i o

d a v o n t a d e d o s e l e i to s . E u m ap o s i ç ã o intermediária  e n t r e o

c a l v i n i s m o t r a d i c i o n a l e oa r m i n i a n i s m o .

Contras Deixa de acentuar a soberania de  Deus. A o c o lo c a r D e u s e m u m a

p o s i ç ã o d e d e p e n d ê n c i a d a s

d e c i s õ e s d e u m s e r c r i a d o , e s s ac o n c e p ç ã o d á a i m p r e s s ã o d e

q u e D e u s n ã o t e m o c o n t r o l e

d o s e u u n i v e r so . A l é m d i s s o , o

r e c o n h e c i m e n t o d a d o u t r i n a

d a d e p r a v a ç ã o t o t a l ex i g iu q u eW e s le y i n t r o d u z i ss e a i d é i a d a

g r a ç a p r e v e n i e n t e , q u e n ã o

t e m b a s e b í b l ic a .

Deixa de acentuar a responsabilidade  humana. P a r e c e o b s c u r e c e r ol i v r e - a rb í t r i o d o s e r h u m a n o e ,

p o r t a n t o , a s u a r e s p o n s a b i l i d a d e

p e l o s e u p e c a d o . O s c r í t i c o s

a c u s a m q u e e s s a p o s i ç ã o éf a t a l is t a e d e s t r ó i a m o t i v a ç ã o

p a r a o e v a n g e l is m o . P r o b l e m ap r i n c ip a l : a p a r e n t e c o n t r a d i ç ã o

l ó g i c a c o m a l i b e r d a d e h u m a n a .

Carece de um precedente claro  n a h i s t ó r i a d a i g re j a .

A p r o x i m a - s e d e u m s o fi sm a

s e m â n t i c o q u a n d o d i s t i n g u e

e n t r e D e u s t o r n a r a l g o c e r to

e a l g o n e c e s s á r i o ( D e u s

d e c i d i r q u e a l g o i r á a c o n t e c e r

e m c o n t r a s t e c o m d e c i d i rq u e t e m d e a c o n t e c e r ) .

Base

Bíblica

T e x t o c e n t r a l : n ã o e x i st e mt r a t a d o s l ó g i c o s q u e a p ó i a m a

p o s i ç ã o a r m i n i a n a . A s s im ,a p e l a m p a r a o c a r á t e r u n i v e r s a l

d o c o n v i t e d e D e u s à s a lv a ç ã o .

1 T i m ó t e o 2 . 3 - 4 é a p r e s e n t a d oc o m o e v i d ê n c i a de q u e D e u s

d e s e j a q u e t o d o s s e j a m s a l v o s

( v e r t a m b é m I s 5 5 . 1 ; E z 3 3 . 1 1 ;

A t 1 7 . 3 0 - 3 1 ; 2 P e 3 . 9 ) .

T e x t o c e n t r a l: R o m a n o s 9 . 6 - 2 4 .E s s e t e x t o d e m o n s t r a q u e a

e l e iç ã o e s t á b a s e a d a n o c a r á t e r

 ju s to d e D e u s e n a su a

s o b e r a n i a . P o r t a n t o , e l e n ã o i r á

t o m a r u m a d e c i s ã o i n j u s ta e

n ã o p r e c i s a e x p l i c a r a o s e r

h u m a n o p o r q u e e l e a i n d a c u l p a

a q u e l e s q u e n ã o e s c o l h e u .

N e n h u m t e x t o c e n tr a l éa p r e s e n t a d o e s p e c i f i c a m e n t e .E r i c k s o n f u n d a m e n t a a s u ap o s i ç ã o n o s p o n t o s f o r t e s d apos i çã o ca lv ini s ta e na f r aq uezad a p o s i ç ã o a r m i n i a n a , s e n d om o t i v a d o p e l a a p a r e n tec o n t r a d i ç ã o e n t r e a s o b e r a n i ade Deus e o l i vre - arb í t r ioh u m a n o . E l e i n c l i n a - s e p a r a ap o s i ç ã o c a l v i n i s t a n a m a i o rp a r t e d a s p a s s a g e n s .

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59* A Ordem dos Decretos

  upralapsariana

( E x p i a ç ã o L i m i t a d a )

Infralapsariana

( E x p i a ç ã o L i m i t a d a )

Amiraldiana

( E x p i a ç ã o I li m i t a d a )Luterana

Wesleyana

Catól ica Romana

C r i a ç ã o d o s e r

h u m a n o v i s a n d o

e leger a lguns para

a v ida e te rna e

c o n d e n a r o u t r o sà p e r d i ç ã o e t e r n a

A p e r m i s sã o d a q u e d a

d o s e r h u m a n o

res u l ta em cu lpa ,

c o r r u p ç ã o e

i n c a p a c i d a d e t o t a l

A p e r m i s sã o d a q u e d a

d o s e r h u m a n o

res u l ta em cu lpa ,

c o r r u p ç ã o e

i n c a p a c i d a d e t o t a l

A permis são da q ueda

d o s e r h u m a n o

res u l ta em cu lpa ,

c o r r u p ç ã o e

i n c a p a c i d a d e t o t a l

A p e r m i s sã o d a q u e d a

d o s e r h u m a n o

reáu l ta em cu lpa ,

c o r r u p ç ã o e

i n c a p a c i d a d e t o t a l

A p e r m i ss ã o d a q u e d

d o s e r h u m a n o

r e s u lt a n a p e r d a d

 ju st iç a so b re n a tu ra

A p e r m i ss ã o d a

q u e d a d o s e r

humano re s u l ta em

culpa , cor rupção e

incapac idade tota l

E le i ção de a lguns

p a r a a v i d a e m

Cr i s to

D á d i v a d e C r i s t o

p a r a t o r n a r a

s a lvação pos s íve l

a t o d o s

D á d i v a d e C r i s t o

para pre s ta r

s a t i s fação pe los

p e c a d o s d o m u n d o

Dádiva de Cr i s to para

pre s ta r s a t i s fação

p e l o s p e c a d o s d o

m u n d o

D á d i v a d e C r i s t o p a

pre s ta r s a t i s fação

por todos os

p e c a d o s h u m a n o s

D á d i v a d e C r i s t o

para redimir os

e le i tos

D á d i v a d e C r i s t o

para redimir os

e le i tos

Ele i ção de a lguns

p a r a o d o m d a

c a p a c i d a d e m o r al

D á d i v a d o s m e i o s d e

g r a ç a p a r a

c o m u n i c a r a g r a ç a

s a l v a d o r a

R e m i s s ã o d o p e c a d o

or ig ina l para todos

e d o m d a g r a ç a

suficiente para todos

Ins t i tu i ção da i g re ja

d o s s a c r a m e n t o s

para ap l i car a

s a t i s fação de Cr i s t

D á d i v a d o E s p í r i t o

S a n t o p a r a s a l v a r

os redimidos

D á d i v a d o E s p í ri to

S a n t o p a r a s a l v a r

o s r e d i m i d o s

D á d i v a d o E s p í r it o

S a n t o p a r a o p e r a r a

c a p a c i d a d e m o r a l

nos e l e i tos

P r e d e s t i n a ç ã o p a r a a

v i d a d a q u e l e s q u e

não re s i s tem aos

m e i o s d a g r a ç a

P r e d e s t i n a ç ã o p a r a a

v i d a d a q u e l e s q u e

a p e r f e iç o a m a g r a ç a

s uf i c i ente

Aplicação da satis façã

de Cris to através do

sacramentos , sob a

operação de causas

secundárias

S a n t i f i c a ç ã o d e

todos os redimidos

e regenerados

S a n t i f i c a ç ã o d e t o d o s

os redimidos e

r e g e n e r a d o s

S a n t i f i c a ç ã o p e l o

Espír i to

S a n t i f i c a ç ã o p e l o s

m e i o s d a g r a ç a

S a n t i f i c a ç ã o d e t o d o s

o s q u e c o o p e r a m

c o m a g r a ç a

s uf i c i ente

Edi f i cação em

s ant idade de v ida d

todos aqueles a que

os s acramentos s ão

c o m u n i c a d o s

Adaptado de Benjamin B. Warfield, The Plan of Salvation   [O Plano de Salvação] (Reimpressão. Grand Rapids: Eerdmans, 1977), p. 31.

Page 106: Teol.cristã Em Quadros- h

8/16/2019 Teol.cristã Em Quadros- h

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60» Os Cinco Pontos do Calvinismo e do Arminianismo

Categoria Arminianismo Calvinismo

Depravação

Total

1. Livre-Arbítrio ou Capacidade Humana 1. Incapacidade Total ou Depravação Total

E m b o r a a n a t u r e za h u m a n a t e n h a s id o

s e r ia m e n t e a f e t a d a p e l a q u e d a , o h o m e m

n ã o t oi d e i x a d o e m u m e s t a d o d e t o t a l

i m p o t ê n c i a e sp i ri tu a l . D e u s g r a c io s a m e n t e

c a p a c i t a c a d a p e c a d o r a a r r e p e n d e r -s e e

cre r, m as nã o inte r fere na l iberdade hum ana .

C a d a p e c a d o r p o s s u i o l i v r e - a r b í t r i o e o s e u

d e s t i n o e t e r n o d e p e n d e d e c o m o o u t i li za .

A l ib e r d a d e d o s e r h u m a n o c o n s i s t e n a s u a

c a p a c i d a d e d e e s c o l h e r o b e m e m l u g a r d o

m a l e m q u e s t õ e s e s p ir it u a is ; a s u a v o n t a d e

n ã o e s t á e s c r a v i z a d a p o r su a n a t u r e z a

p e c a m i n o s a . O p e c a d o r t e m a c a p a c i d a d es e j a d e c o o p e r a r c o m o E s p í ri to d e D e u s e

s e r r e g e n e r a d o , o u d e r e s is t ir à g r a ç a d e

D e u s e p e r ec e r . O p e c a d o r p e r d i d o n e c e s s i ta

d a a s s i s t ê n c i a d o E s p í r i t o , m a s n ã o p r e c i s a

s e r r e g e n e r a d o p e l o E s p í r i t o a n t e s q u e p o s s a

c r e r , p o i s a f é é u m a t o h u m a n o e p r e c e d e o

n o v o n a s c i m e n t o . A f é é a d á d i v a d o

p e c a d o r a D e u s ; é a c o n t r i b u i ç ão d o s e r

h u m a n o p a r a a s a lv a ç ã o .

P o r c a u s a d a q u e d a , o s e r h u m a n o é i n c a p a z d e ,

p o r s i m e s m o , c r e r s a lv i f ic a m e n t e n o e v a n g e l h o .

O p e c a d o r e s t á m o r t o , c e g o e s u r d o à s co i s a s de

D e u s ; o s e u c o r a ç ã o é p e c a m i n o s o e

d e s e s p e ra d a m e n t e c o r ru p t o . A s u a v o n t a d e n ã o

é l i v r e , m a s e s t á p r e s a à s u a n a t u r e z a m a l i g n a .

P o r t a n t o , e le n ã o i r á e s c o lh e r - d e f a t o n ã o p o d e

e s c o l h e r - o b e m e m l u g a r d o m a l n a e sf e ra

e s p i ri tu a l . C o n s e q ü e n t e m e n t e , é n e c e s s á r io

m u i t o m a i s q u e a a s s i s t ê n c i a d o E s p í r i t o p a r a

l e v a r o p e c a d o r a C r i st o - é n e c e s s á r i a a

r e g e n e r a ç ã o , p e l a q u a l o E s p í r i t o v i v i f i c a o

p e c a d o r e lh e d á u m a n o v a n a t u r e z a , m a s é e lam e s m a p a r t e d a d á d i v a d i v i n a d a s a lv a ç ã o . A

s a l v a ç ã o é u m a d á d i v a d e D e u s a o p e c a d o r , e

n ã o u m a d á d i v a d o p e c a d o r a D e u s.

Eleição

Incondicional

2. Eleição Condicional

2. Eleição Incondicional

A e s c o l h a d e c e r t o s i n d iv í d u o s p a r a a s a lv a ç ã o ,

f e it a p o r D e u s a n t e s d a f u n d a ç ã o d o m u n d o ,

b a s e o u - s e n a s u a p r e s c iê n c i a d e q u e e l es

r e s p o n d e r i a m a o s e u c h a m a d o . E l e el e g eu

s o m e n t e a q u e l e s q u e e l e s a b ia q u e i r ia m

c r e r n o e v a n g e l h o l i v r e m e n t e , d e s i m e s m o s .

P o r t a n t o , a e l e i ç ã o f o i d e t e r m i n a d a o u

c o n d i c i o n a d a p e l o q u e a p e s so a h a v e r i a d e

f az e r. A f é q u e D e u s p r e v i u e s o b r e a q u a l

e le f u n d a m e n t o u a s u a e s co l h a n ã o f o i d a d a

a o p e c a d o r p o r D e u s ( e la n ã o f o i cr i a d a

p e l o p o d e r r e g e n e r a d o r d o E s p í r it o S a n t o ) ,

m a s r e s u lt o u d o l i v r e- a r b ít r io h u m a n o q u e

c o o p e r a c o m a a t u a ç ã o d o E s p í ri to . D e u s

e s c o l h e u a q u e l e s q u e s a b i a q u e i r i a m , p o r

s e u p r ó p r i o l i v r e -a r b í t r io , e s c o l h e r a C r i s t o .

N e s s e s e n t id o , a e l e i ç ã o d e D e u s é

c o n d i c i o n a l .

A e s c o l h a d e c e r t o s in d i v í d u o s p a r a a s a lv a ç ã o ,

f e i t a p o r D e u s a n t e s d a f u n d a ç ã o d o m u n d o ,

b a s e o u - s e u n i c a m e n t e e m s u a p r ó p r i a v o n t a d e

s o b e r a n a . A s u a e s c o l h a d e p e c a d o r e s

i n d i v id u a i s n ã o s e b a s e o u e m r e s p o s t a o u

o b e d i ê n c i a p r e v i s ta d a p a r t e d o s m e s m o s , t a l

c o m o f é , a r r e p e n d i m e n t o e t c . A o c o n t r á r i o ,

D e u s c o n c e d e f é e a r r e p e n d i m e n t o a c a d a

i n d i v í d u o q u e e l e g e u . E s s e s a t o s s ã o o r e s u l t a d o

e n ã o a c a u s a d a e s c o l h a d e D e u s . P o r t a n t o , a

e l e iç ã o n ã o f o i d e t e r m i n a d a o u c o n d i c io n a d a

p o r u m a q u a l i d a d e o u u m a t o v i r tu o s o p r e v i st o

n o s e r h u m a n o . A q u e l e s a q u e m D e u s e le g eu

s o b e r a n a m e n t e e l e c o n d u z a u m a a c e i ta ç ã o

v o l u n t á r i a d e C r i s t o , p e l o p o d e r d o E s p í r i t o .

A s s i m , a c a u s a ú l t i m a d a s a l v a ç ã o é a e s c o l h a

d o p e c a d o r p o r D e u s , e n ã o a e s c o l h a d e C r i s to

p e l o p e c a d o r .

Page 107: Teol.cristã Em Quadros- h

8/16/2019 Teol.cristã Em Quadros- h

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60. Os Cinco Pontos (continuação)

Categoria Arminianismo Calvinismo

3. Redenção Universal ou Expiação Geral

3. Redenção Particular ou Expiação Limitada

Expiação

Limitada

A obra redentora d e Cr i s to pos s ib i li tou a s a lvação

d e t o d o s , m a s n ã o a s s e g u r o u e f e ti v a m e n t e a

s a l v a ç ã o d e n i n g u é m . E m b o r a C r i s t o t e n h a

m o r r i d o p o r t o d a s a s p e s s o a s e p o r c a d a p e s s o a ,

s o m e n t e a q u e l e s q u e c r ê e m n e l e s ã o sa l v o s. A

s u a m o r t e p e r m i t iu q u e D e u s p e r d o a s s e o s

p e c a d o r e s s o b a c o n d i ç ã o d e q u e c r e ia m , m a s

n ã o a f a s t o u e f et i v a m e n t e o s p e c a d o s d e

n i n g u é m . A r e d e n ç ã o d e C r i s to s o m e n t e s e

tor t i a e f i caz s e a pe s s oa dec id i r ace i tá -l a .

A o b r a re d e n t o r a d e C r i s t o v i s o u s a l v a r s o m e n t e

o s e l e i t o s e d e f a t o a s s e g u r o u a s a l v a ç ã o d o s

m e s m o s . A l é m d e t i r a r o s p e c a d o s d o s e u p o v o ,

a r e d e n ç ã o d e C r i s to a s s e g u r o u t u d o o q u e e r a

n e c e s s á r i o p a r a a s u a s a l v a ç ã o , i n c l u s i v e a t é ,

q u e o s u n e a e le s . O d o m d a f é é a p l i c a d o

i n f a l i v e l m e n t e p e l o E s p í r i t o a t o d o s a q u e l e s

p o r q u e m C r i s t o m o r r e u , d e s s a m a n e i r a

g a r a n t in d o a s u a s a lv a ç ã o .

4. Pode-se Efetivamente Resistir ao Espírito anto

4. A Vocação Eficaz do Espírito  ou a Graça Irresistível

Graça

Irresistível

O E s p í ri to c h a m a i n t e rn a m e n t e t o d o s o s q u e

s ã o c h a m a d o s e x t e r n a m e n t e p e l o c o n v i t e d o

E v a n g e l h o ; e l e fa z tu d o o q u e p o d e p a r a l e v a r

c a d a p e c a d o r à s a l v a ç ã o . P o r é m , n a m e d i d a

em q ue o s e r humano é l i vre , e l e pode re s i s t i r

c o m ê x i t o à c h a m a d a d o E s p í r it o . O E s p í r it o

n ã o p o d e r e g e n e r a r o p e c a d o r a t é q u e e s t e

c r e ia ; a f é ( q u e é u m a c o n t r ib u i ç ã o h u m a n a )

p r e c e d e e t o m a p o s s ív e l o n o v o n a s c i m e n t o .

A s s i m , o l i v r e - a r b í t r i o h u m a n o l i m i t a o

E s p í ri to n a a p l i c a ç ã o d a o b r a r e d e n t o r a d e

C r i s to . O E s p í ri to S a n t o s o m e n t e p o d e l e v a r

a C r i s t o a q u e l e s q u e l h e p e r m i t e m f a z ê -l o .

A t é q u e o p e c a d o r r e s p o n d a , o E s p í r i t o n ã op o d e d a r v id a . P o r t a n to , a g r a ç a d e D e u s n ã o

é i r re s i s tí v e l ; e l a p o d e s e r e f r e q ü e n t e m e n t e

é r e s i s t i d a e f r u s t r a d a p e l o s s e r e s h u m a n o s .

A l é m d o c h a m a d o g e ra l e x te r n o p a r a a s a l v a ç ã o ,

f e it o a t o d o s o s q u e o u v e m o E v a n g e l h o , o E s p í r it o

S a n t o d i ri g e a o s el e it o s u m c h a m a d o i n t e r n o

e s p e c i a l q u e o s le v a i n e v i t a v e l m e n t e à s a l v a ç ã o .

O c h a m a d o e x t e r n o ( fe i to a to d o s se m d i s ti n ç ã o )

p o d e s e r e m u i t a s v ez e s é r e j e it a d o , a o p a s s o q u e

o c h a m a d o i n t e rn o ( f e i to s o m e n t e a o s e l e it o s )

n ã o p o d e s e r r e j ei t a d o , m a s s e m p r e r e s u l t a e m

c o n v e r s ã o . P o r m e i o d e s s e c h a m a d o e s p e c i a l o

Es p í r i to l eva i r re s i s t ive lmente os pecadore s a

C r i s t o . E le n ã o e s t á li m i t a d o e m s u a o b r a d e

a p l ic a r a s a lv a ç ã o à v o n t a d e d o s e r h u m a n o , n e m

d e p e n d e d a c o o p e r a ç ã o h u m a n a p a r a t e r êx i to .

O E s p ír it o g ra c io s a m e n t e f a z c o m q u e o p e c a d o re le i to coopere , c re i a , a r rependa- s e e vá l i vre e

e s p o n t a n e a m e n t e a C r i s t o . P o r t a n t o , a g r a ç a d e

D e u s é i r r es is tí v el ; e l a n u n c a d e i x a d e r e s u l ta r n a

s a lv a ç ã o d a q u e l e s a q u e m é e s t e n d i d a .

5. Decair da Graça

5. Perseverança dos antos

Perseverança

dos

  antos

A q u e l e s q u e c r ê e m e s ã o v e r d a d e ir a m e n t e

s a l v o s p o d e m p e r d e r a s u a s a lv a ç ã o s e

d e i x a r e m d e g u a r d a r a s u a f é.

N e m t o d o s o s a rm i n ia n o s c o n c o r d a m n e s se

p o n t o ; a l g u n s s u s t e n t a m q u e o s c r e n t e s

e s t ã o e t e rn a m e n t e s e g u ro s e m C r i s to - q u e

u m a v e z o p e c a d o r e s t a n d o r e g e n e r a d o , e l e ja m a is p o d e r á p e rd e r - se .

T o d o s o s q u e sã o e s c o l h i d o s p o r D e u s , r e d i m i d o s

p o r C r i s to e r e c e b e m f é p o r m e i o d o E s p í ri to

e s t ã o e te r n a m e n t e s a lv o s . E l e s s ã o m a n t i d o s n a

f é p e l o p o d e r d o D e u s T o d o - p o d e r o s o e a s si m

p e r s e v e r a m a t é o f i m .

Rejeitado pelo ínodo de Dort

E s t e fo i o s i st e m a d e p e n s a m e n t o c o n t i d o n a

“ R e m o n s t r â n c i a ” ( e m b o r a o r i g in a l m e n t e os

“ c i n c o p o n t o s ” n ã o e s t iv e s se m d i s p o s to s n e s s a

o r d e m ) . E s s e s i st e m a f o i a p r e s e n t a d o p e l o s

a r m i n i a n o s à Ig r e ja d a H o l a n d a e m 1 6 1 0 , m a s

f o i r e j e it a d o p e l o S í n o d o d e D o r t e m 1 6 1 9

s o b a j u s t i f i c a t i v a d e q u e e r a a n t i -b í b l i c o .

Reafirmado pelo ínodo de Dort

Es te s i s tema de teo log ia fo i r ea f i rmado pe lo S ínodo

d e D o r t e m 1 6 1 9 co m o s e n d o a d o u t r in a d a

s a l v a ç ã o c o n t i d a n a s E s c r i tu r a s S a g r a d a s . N a q u e l a

o c a s iã o , o s i s te m a f o i f o r m u l a d o e m “ c i n c o p o n t o s ”

( em r e s p o s t a a o s c i n c o p o n t o s a p r e s e n t a d o s p e l o s

a r m i n i an o s ) e d e s d e e n t ã o t e m s id o c o n h e c i d o

c o m o “ o s c i n c o p o n t o s d o c a l v i n i s m o ” .

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61. Diferentes Concepções Acerca dos Meios de Graça

Reformada Arminiana Luterana Católica Romana

Fé Salvadora pelaGraça Eficaz

Fé Salvadora pelaGraça Comum

fé sem meios

Batismo eEucaristia

Batismo, Eucaristia eOutros Sacramentos

fé por meio da fé meios sem fé

(ex opere operato)  operação pelocontato físico

Page 109: Teol.cristã Em Quadros- h

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62* Vocação Geral versus Vocação Eficaz

Vocação Geral Vocação Eficaz

Definição

Refere-se à apresentação do Evangelho, na qual se ofereceao indivíduo a promessa de salvação em Cristo e o convitepara aceitar a Cristo pela fé a fim de receber o perdão dospecados e a vida eterna.

Refere-se ao cham ado geral de Deus no Evangelho tornadoeficaz em uma pessoa quando ela crê no Evangelho e aceita

a Cris to como Salvador e Senhor.

Agente

Dirigida pelo Pai a todos os que ouvem o Evangelho;

transmitida principalmente por meio de crentes capacitados

pelo Espír i to Santo de Deus qu e comunicam o Evangelhocomo é revelado na P alavra de Deus .

Dirigida pelo Pai e tornada eficaz pela obra do Espírito Santo

quando ele ilumina e capacita o indivíduo a compreender eresponder pos it ivamente ao E vangelho do Senhor Jesus

contido na Palavra de Deus .

Destinatários e Exemplos

È para todas as pessoas, mas é recebida somente por aquelesque ouvem o Evangelho.

“Muitos são chamados , m as poucos , escolhidos” (M t 22.14) .

É dirigida somente a todos os eleitos.

Saulo (At 9 .1-19) ; Lídia (At 16.14) ; Rm 8.30.

Propósito

Revela o grande amor de Deus para com os pecadores em

geral.

Revela a santidade e a just iça de Deus .

Por causa da depravação total do ser humano, é absolutamente

necessária para levar os eleitos à fé e à conversão.

Resultados

N ão resulta necessariamente em salvação.

Pode ser re je i tada, resultando na co ndenaç ão d o pecador.

Por ser eficaz e irrevogável, resulta necessariamen te nasalvação.

E impossível que seja rejeitada.

Ocasião

É anterior à conversão e pode ou não conduzir a ela. E logicamente anterior à conversão e necessariamente conduz a ela

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63. Os ete acramentos Católicos Romanos

  ac r a m e n to P r o c e d im e n to ig n if ic a d o

Ê n f a s e d o V a t i c a n o I I

Bat i smo

O s a c e r d o t e a p l ic a o r it o a

c r i a n ç a s .

P r o d u z r e g e n e r a ç ã o , “ u m n o v o

c r i s t ã o ” .

E n e c e s s á ri o p a r a a s a l v a ç ã o .

L i b e r t a d o p e c a d o e d a c u l p aor ig ina l .

U n e a p e s s o a a C r i s to e à i g r e ja .

O batismo deve receber maior ênfase .

O s c o n v e r t i d o s d e v e m r e c e b e r

i n s t r u ç ã o p r é v ia .

I l u st r a o c o m p r o m i ss o c o m C r i s to .A c e n t u a a u n i d a d e d e t o d o s o s

m e m b r o s e m C r is to .

C onf i rmaç ão

O b i s p o i m p õ e a s m ã o s s o b r e a

p e s s o a e e s t a r e c e b e o

E s p í r it o S a n t o .

E a l g o n e c e s s á r i o a p ó s o b a t i s m o .

J u n t a m e n t e c o m o b a t is m o , é

p a r t e d o “ sa c r a m e n t o d ei n i c i a ç ã o ” .

A p e s s o a r e c e b e o E s p ír it o

S a n t o , r e s u l t a n d o e m

m a t u r i d a d e e d e d i c a ç ã o .

E s f o r ç o n o s e n t i d o d e u n i r o

b a t i s m o e a c o n f ir m a ç ã o c o m o

u m s ó a t o d e i n i c i a ç ão .A s e p a r a ç ã o d o s d o i s s a c r a m e n t o s

s u g e r e q u e e x i s t e m g r a u s d e

m e m b r e s ia n a i g r ej a .

Eucarist ia

O s a c e r d o t e c e l e b r a a m i s sa .

A o d e c l a r a r “ I st o é o m e u

c o r p o ” , o p ã o e o v i n h o

t o r n a m - s e o c o r p o e os a n g u e d e C r i s t o .

A m i s s a é a c o n t i n u a ç ã o d o

s a c r i f íc i o d e C r i s t o .

E i g u a l a o C a l v á r io , e x c e t o q u e

a m i s s a n ã o é s a n g r e n t a .N a m i ss a , C r i s to o f e r e c e

e x p i a ç ã o p e l o p e c a d o .

O p a r t i c i p a n t e r e c e b e o p e r d ã o

d o s p e c a d o s v e n i a i s .C o m e r o p ã o é c o m e r a C r is to .

I n c e n t i v o à p a r t ic i p a ç ã o

f r e q ü e n t e p a r a a u m e n t a r a

“ u n i ã o c o m C r i st o ” .

A g o r a a c e r i m ô n i a i n c l u i l e i g o s .C e r i m ô n i a m a i s b r e v e e s i m p l e s;

m a i o r u s o d a s E s c r i t u r a s .

C o n f i s s ã o

(Penitência)

Três pa s s os :

1 . Tr i s teza pe lo pecado

2 . C o n f i s s ã o o r a l a o s a c e r d o t e

3 . A b s o l v i ç ã o d o s p e c a d o s p e lo

s a c e r d o t e

T e n d o c o n f e s s a d o a o s a c e r d o t e

t o d o s o s p e c a d o s c o n h e c i d o s

e t e n d o d e c l a r a d o a i n t e n ç ã o

d e n ã o p e c a r n o f u t u r o , o f i e lr e c e b e a b s o l v iç ã o d o s p e c a d o sp e l o s a c e r d o t e .

N o v a c o n c e p ç ã o d e p e ca d o :

r e l a c i o n a m e n t o s e m o t i v a ç õ e s

p e s s o a i s d i s t o r c i d o s .

P e r m i t e c o n f i s s ã o e a b s o l v i ç ã ogera l .

A c o n f i s s ã o g e r a l é fe i ta e m c u l t o

c o m p o s t o d e c â n t i c o s , l e it u r a

b í b l i c a , o r a ç ã o , s e r m ã o , a u t o -

e x a m e , c o n f i s s ã o e a b s o l v iç ã o .

  antas

Ordens

O r d e n a ç ã o a o s o f í ci o s d e b i sp o ,

s a c e rd o t e e d i á c o n o . C o m os u c e s s o r d o s a p ó s t o l o s , ob i s p o o r d e n a o s a c e r d o t e .

C o n f e r e a o r e c i p ie n t e o p o d e rs a c e r d o t a l d e m e d i a r a g r a ç a p o r

m e i o d o s s a c r a m e n t o s , t a l c o m oo f e r ec e r o c o r p o e o s a n g u e d e

C r i s t o p a r a r e m i r o s p e c a d o s .

O s a c e r d o t e é m e d i a d o r e n t r e

D e u s e o s se r e s h u m a n o s ,

c o m o C r is t o f oi m e d i a d o r

e n t r e D e u s e o s s e r e s

h u m a n o s .

M a i o r e n v o l v i m e n t o d e l ei g os n om i n i s t é r io .

O s l e ig o s d e v e m d e s e n v o l v e r e

u t i li z a r o s d o n s n a i g r e ja .

R e d u z i u a d i s t in ç ã o e n t res a c e r d o t e e p o v o .

O s a c e r d o t e é c o n s i d e r a d o u m

“ i r m ã o e n t r e i r m ã o s ” .

Matr imônio

F a z - se a t r o c a d e v o t o s n a

p r e s e n ç a d e u m s a c e r d o t e .

S i n a l d a u n i ã o e n t r e C r i st o e a

i g r e j a . E i n d i s s o l ú v e l p o r q u e oc a s a m e n t o e n t r e C r i s t o e a

ig re ja é indi s s o lúve l .

O m a t ri m ô n i o n ã o é s o m e n t e p a r a

a p r o c r i a ç ã o .M a i o r ê n f a se a o a m o r n o

c a s a m e n t o .

A m i s sa é p e r m i t id a e m

c a s a m e n t o s c o m n ã o - c a tó l ic o sb a t i z a d o s .

U n ç ã o d o s Enfermos

O b i s p o c o n s a g r a o ó l e o . O

s a c e r d o t e u n g e a p e s s o a q u e

e s t á p r ó x i m a d a m o r t e .

R e m o v e a s f ra q u e z a s e

o b s t á c u l o s d e i x a d o s p e lo

p e c a d o , q u e i m p e d e m q u e a

a l m a e n t r e n a g l ó r i a .

P r e p a r a a s p e s s o a s p a r a a m o r t ea o f o r t a l e c e r a g r a ç a n a a l m a .

U s o a m p l ia d o : m u d a n ç a d e“ e x t re m a u n ç ã o ” p a r a “ u n ç ã od o s e n f e rm o s ” .

U t i l i z a d a p a r a f o r t a l e c e r / c u r a r oc o r p o e a a l m a .

A p e s s o a e n f e r m a p a r t ic i p a d a sl e i t u r a s e o r a ç õ e s .

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64. Concepções Acerca da ExpiaçãoTeor ia do Res ga te

a Sa tanás

Teoria daRecap i tu l ação

Teoria

D r a m á t i c a

TeoriaMís t i ca

Teoria doE x e m p l o

Definição

A morte de Cristo foi um

resgate pago a Satan áspara libertar o ser

humano cativo das

reivindicações deSa tanás .

Em sua vida, Cristo

recapitulou todos os

estágios da vida humana,e assim fazendo reverteu

o caminho q ue Adão

havia iniciado.

Cristo é o Vencedor de

um conflito divinoentre o bem e o mal e

conquista a libertaçãodo ser humano docativeiro.

Cristo assumiu umanatureza humana e

pecaminosa, mas por

meio do poder doEspírito Santo triunfou

sobre a mesma. Oconhecimento desse

fato influencia o ser

humano misticamente.

A morte de Cris toofereceu um exemplo

de fé e obediência painspirar o ser humano

a ser obediente.

Proponentes O rígenes Irineu Aulen Schleiermacher Pelágio, So cino,

Abelardo

Base

Bíblica

Mateus 20.28; Marcos

10.45; 1 Coríntios 6 .20Romanos 5 .15-21;

Hebreus 2.10Mateus 20.28; Marcos

10.45; 1 Coríntios

15.51-57

Hebreus 2.10,14-18;4.14-16

1 Pedro 2.21; 1 João 2.

Objeto Sa tanás Sa tanás Sa tanás O ser hum ano O ser hum ano

Condição Espiritual do Homem

Servidão a Satanás Servidão a Satanás Servidão a Satanás Falta de consciência deDeus

Espiritualmente vivo(Pelágio)

  entido da Morte de Cristo

A vitória de D eus sobre

Sa tanás

A recapitulação fe i ta por

Cristo de todos os

estágios da vida hum ana.

A vitória de D eus sobre

Sa tanásO triunfo de Cristo sobre

a sua própria natureza

pecaminosa

Um exemplo de

verdadeira fé eobediência

Valor para o er  H uma n o

Libertação da servidãoa Satanás

Reversão do caminho da

humanidade, dadesobediência para aobediência .

A reconci liação do

mundo efetuada por

Deus , l ivrando-o da

sua servidão ao mal.

Uma influência mística

subconscienteInspiração para uma vi

fiel e obediente

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64. Concepções Acerca da Expiação (continuação)

Teor ia da Inf luênc ia Mora l Teor i a Comerc ia l Teor i a G overnamenta l Teor ia da Subs t i tu i ção Pena l

Definição A morte de Cristo demonstrou oamor de Deus , o que am oleceo coração do ser hum ano e oleva a arrepender-se.

A morte de Cris to trouxehonra infinita a Deus. Assim,Deus concedeu a Cris to umarecompensa da qual e le nãonecessitava, e Cristotransferiu-a ao ser humano.

A morte de Cristo demonstra a alta

consideração de Deus para coma sua lei. Ela mostra a atitude deDeus em relação ao pecado. Pormeio da morte de Cristo, Deustem uma justificativa paraperdoar os pecados daqueles quese arrependem e aceitam a morte

substitutiva de Cristo.

A morte de Cristo foi um

sacrifício vicário (substitutiv

que satisfez as exigências da

 ju st iç a de D eu s em re la çã o a

pecado, pagando a penal idaddo pecado humano, trazendoperdão, imputando justiça ereconci l iando o ser humanocom Deus .

Proponentes

Abelardo, Bushnell, Rashdall Ans e lmo Grócio Calvino

Base Bíblica

Romanos 5 .8 ; 2 Coríntios 5 .17 '

19; Filipenses 2.5-11;

Colossenses 3 .24

João 10.18 Salmos 2, 5; Isaías 42.21 João 11.50-52; Romanos 5 .8-9

Tito 2 .14; 1 Pedro 3.18

Objeto O ser humano Deus/ser humano Deus/ser humano Deus

Condição  Espiritual do Homem

O ser humano está enfermo e

necessita de auxílio.

O ser humano desonra a Deus . O ser hum ano é um violador

da lei moral de Deus.

O ser humano é totalmente

depravado.

  entido da Morte de Cristo

Demonstrou o amor de Deus

para com o ser humano.

Trouxe honra infinita a Deus. Foi um substituto para a

penal idade do pecado emostrou a atitude de Deuspara com o pecado.

Cristo suportou a penalidade dpecado em lugar do ser

humano.

Valor para o er  Humano

Ao ver o amor de Deus pelo serhum ano, es te é movido aaceitar o perdão de Deus .

Essa honra, da qual Cristo nãonecessita, é aplicada aos

pecadores para a salvação.

Torna legal o desejo de Deus deperdoar aqueles que aceitam aCristo como seu substituto.

Por meio do arrependimento oser humano pode aceitar asubsti tuição de C ris to com opagamento pelo pecado.

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65. A Extensão da Expiação

Expiação IlimitadaDeclaração do

C o n c e i t oA morte de C ris to foi suficiente para todas as pessoas , mas eficaz para um nú mero l imitado.

Apoio Objeções

Numerosas passagens parecem indicar que a morte de Cris to foipor toda a humanidade. Os dois vers ículos principais são 1Tim óteo 4-10 e 1 João 2.2 , que declaram que Cris to é apropiciação e o Salvador do mundo. Outros vers ículos sãoIsaías 53.6 ; João 1.29; 1 Tim óteo 2.6 ; Tito 2 .11; Hebreus 2 .9.

As palavras “todos” e “inteiro” nem sempre se referem à totalidadede seus conteúdos . Um exemplo é a tr ibutação de todo o m undopor César; isso não incluiu os japone ses. O mu ndo inteiro nessesversículos significa pessoas de todas as áreas geográficas.

A proclamação universal do evangelho está baseada naexpiação i l imitada de Cris to. Para que o Evangelho se jaoferecido s inceramente a toda a humanidade, Cris to precisater morrido por toda a humanidade (Mt 24-14; 28.19; Atos1.8; 17.30).

A proc lamação do Evange lho e stá ba s eada na obra con s umada deCris to. Os e le i tos es tão em todo o mundo e necess i tam ouvir oEvangelho para serem salvos . A pregação d o Ev angelho a todosé uma questão de obediência e não de expiação i l imitada.

O amor de Deus é dir ig ido a todo o mundo e todo aquele quecrê é salvo. Portanto, a ex tensão d a m orte de Cris to incluitodas as pessoas .

O amor de D eus é dir ig ido a um grupo especial, com o se pod e verno seu amor para com Israel (Am 3 .2) . O seu amor é dir igidoaos e le itos de todas as áreas geográficas do mun do. A queles

que crêem são os que Deus deu ao Fi lho (Jo 6 .37-40) .

A obra de Cristo é suficiente para assegurar a salvação doseleitos, mas é ohtida por meio da fé (Rm 10.17).

Se a morte de Cristo foi suficiente para todos, a fé torna-sedesnecessária e sem sentido.

Os benefícios naturais do mundo também são desfrutadospelos não-eleitos. Esses benefícios incluem o sol, a chuva,boa saúde etc.

Os benefícios naturais são resultado da graça comum de Deus .Essas coisas são dadas por Deus por causa do caráter de Deus .Ele pode ser bondoso a quem ele quer.

Expiação Definida e Limitada

Declaração doConce i to

Cris to não veio para proporcionar salvação a toda a humanidade, mas para tornar certa a salvação doseleitos.

Apoio Objeções

Aqueles que defendem uma expiação l imitada dizem que Deusprovidenciou salvação somente para o seu povo (Mt 1.21) ,suas ovelhas (Jo 10.15,26), seus amigos (Jo 15.13), a igreja(At 20.28) e a esposa (Ef 5 .25) .

A expiação n ão salva todas as pessoas, m as é disponível paratodas. Esses versículos referem-se àqueles que Deus escolheu.São estes que tornam a expiação eficaz.

Aqueles por quem Cris to m orreu são aqueles que o Pai lhe deu(Jo 6 .37-40) . Cris to não morreu por aqueles que o Pai nãolhe deu. Portanto, foi por um certo número que ele morreu.

Esses vers ículos não mencionam uma expiação l imitada. Eevidente que somente um determinado número é escolhido,pois nem todos se salvam.

Cristo morreu pelos eleitos de todas as áreas do mundo. E issoque a Escri tura quer dizer quando afirma que C ris to m orreu

pelo mund o inteiro (1 Tm 4 .10; 1 Jo 2 .2) .

Que a morte de Cris to foi por toda a humanidade faz maissentido do que entender que ele morreu por pessoas de todas

as áreas geográficas.

Que l igação a morte de Cris to tem com os não-elei tos? Se e lemorreu por todos , por que algumas p essoas não são salvas?

A morte de Cristo toma potencial a salvação de todos, mas ela toma-se real somente para um determinado nú mero. E ssa é a únicaconexão. A queles que rejeitam isso devem sofrer as conseqüências.

A obra intercessória de Cris to foi a favor dos seus . Com o eleorou somente por um determinado grupo, e le pretendiaoferecer salvação para um número l imitado.

Somente um certo número efetivamente será salvo. Cris to sabiaquem seriam essas pessoas e foi por elas que ele orou.

Paulo diz que a obra de Cristo foi em favor de gruposespecíficos: Israel, a igreja. Isso mostra que a sua obra nãotem um escopo i l imitado.

A sua salvação é tom ada real para certos grupos, m as e le morreupor todos . Os grupos que recebem a salvação são apenas umaparcela daqueles pelos quais ele morreu.

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66. A Teoria Penal ubstitutiva da Expiação

Necessidade Substituição Propiciação Imputação

Explanação

Deus não podesimplesmente ignoraro pecado do serhumano, nem podemeramente perdoaro s e r humano s emexigir um pagamentoou uma punição pelopecado. Nesse sentido,a expiação énecessária para queo ser hum ano se jareconci l iado com oseu Criador.

O sentido normal dapalavra deve ser aceitoneste contexto. Elasimplesmente significaque a expiação é umsacrifício oferecido emlugar do pecador. Assim,o sacrifício leva a culpado pecador.

Para recuperar o favor ouaplacar a ira de Deus.Para satisfazer as suasexigências e assimafastar a sua ira. Opecado humano nãoapenas entristece aDeus , mas o deixairado. A sua irasomente pode sersatis fe i ta pela execuçãoda sua just iça . O seus istema judicial nãopode ser negl igenciado.

Enquan to a substituição ea propiciação estãorelacionados com osaspectos negativos daexpiação (o que Deustirou de nós), aimputação estárelacionada com osaspectos positivos daexpiação (o que Deusnos deu). Deus tirou aculpa dos crentes, mastambém lhes imputou a

 ju st iç a de C ris to .

Referência

Bíblica

H ebreus 9.22 Jo ã o 1.29; 2 C orín tios 5 .21;Gálatas 3 .13

Levít ico 4-35; Romanos3.25-26; 5.9

Romanos 6 .3-4

Objeção

Por que Deussimplesmente não nosperdoa como um atode boa vo ntade em vezde requerer umpagamento?

Não é impróprio e injustopenalizar uma parteinocente?

O ap lacamento da i r a doPai pelo Filho nãorevela confl i to dentroda Divindade?

Não é impróprio e injustorecompensar um a parteculpada?

Resposta à Objeção

Mesmo que Deuspudesse ignorar opecado contra simesmo como um atode boa vontade, eleainda assim éconstrangido por suanatureza a preservara justiça no universo.Ignorar o pecadodestruiria o significadodo conceito de justiça.Alé m disso, os sereshumanos podemsimplesmente perdoaroutros seres humanoscom o um a to de boavontade porque somosimperfeitos e temosnós mes mos umades e s peradanecessidade de perdão.Porém, Deus é perfeitoe não necess i ta deperdão. Ass im sendo,o paralelo entre operdão humano e operdão de Deus nãos e mantém.

A resposta a essa perguntaé sim, a menos que aparte inocente receba apunição voluntariamentee o juiz seja inseparávelda parte inocente. Jesussatisfaz ambos osrequisitos. Ele deu a suavida voluntariamente(Jo 10.17-18) e ele erainseparável do Pai.Ass im, com efeito oJuiz puniu a si mesmo.

A resposta a essapergunta pode sercolocada na forma deoutra pergunta: umapessoa pode estar iradae ser amorosa aomesmo tempo? Todopai e mãe sabe que aresposta é sim. O Paificou irado com opecado do mundo, mase le amou o m undo detal modo que enviou oseu Filho para expiar opecado do ser humano.Assim, o Pai nãomudou de um Deusirado para um Deusamoros o q uandoCristo morreu na cruz.O amor de Deusestava presente otempo todo e de tatofoi a motivação daexp iação . A s uasantidade exigia umpagamento pelopecado. O seu amorofereceu o pagamento.

Essa pergunta é o outrolado da objeção contraa substi tuição. Nãoparece justo que umaparte inocente se japunida e , do mesmomodo, não parece justoque uma parte culpadaseja recompensada.Todavia, é isso o queacontece na expiação.Mas a razão por queDeus vê essa transaçãocomo absolutamente

 ju st a é qu e qu an dodepositamos a nossa fénele, somos unidos comCristo. Em certosentido, nós ficamoscasados, inseparáveis,de modo que não étanto umatransferência de justiçaquanto possuí-la emcomum. Ela écomparti lhada.

Implicações Acerca do Caráter de Deus

Enfase na soberania e naposição de Deus comoadministrador oficialdo s is tema judicial douniverso.

Ênfase no amor de Deuspela sua criação. Eledefine o amor pela suanatureza. O amorverdadeiro semprerequer sacrifício pessoal.

Enfase na absolutasantidade e na ira

 ju st if ic ad a de D eu squanto ao pecado. Elemerece respeito eabsoluta obediência emanifesta a sua iracontra a impiedade.

Enfase no desejo de Deusde ter comunhãoíntima com a suacriação. Por causa daexpiação somosherdeiros do Pai e co-herdeiros com o Filho.

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67. Os Resultados da Morte de Cristo  ubstituição dos Pecadores

Jesus tomou o nosso   lugar; ele sofreu a punição dos nossos   pecados (Lc22.19-20; Jo 3.36; 6.51; 15.13; Ef 1.3; Hb 2.9; 1 Pe 3.18; 1 Jo 5.11-12).

Cumprimento d a Lei

A justiça imp utada de Jesus torna-se a just iça do crente diante de D eus

como o perfeito cumprimento da lei (At 15.10; Rm 1.16-17; 3.21-22,31;

4.5,11,13-16,23-24; 5.19; 10.4; 2 Co 5.21; G1 3.8; 4.19-31; 5.1).

Redenção do Pecado

O próprio Deus pagou o resgate do pecado h umano por m eio da mortedo seu Filho (At 20.28; Rm 3.23-24).

Reconciliação do er Hum ano com Deus

A ati tude de Deus para com o mundo mudou completamente (Rm 5.10-11; 2 Co 5 .18-20; E f 2.16; Cl 1.20-22).

Propiciação em Relação a Deus

A ju stiça e a lei de Deu s foram vindicada s (satisfeitas) (Rm 3.25; H b 4-16;

1Jo 2 .2 ; 4 .10) .

Julgamento da Natureza Pecaminosa

A natureza pecaminosa foi julgada na cruz e agora pode ser controlada

pelo Espírito na vida do crente. Em termos de sua posição, o crente

participa da crucificação, morte, sepultamente e ressurreição de Cristo.

Perdão e Purificação

O crente em Jesus tem perdão e p uri ficação tanto na just ificação quanto

na santi ficação por meio do sangue e da con tínua intercessão de C ristonos céus (1 Jo 1.1-2.2).

Afastamento dos Juízos Divinos

Deus vê o p ecado com o julgado na morte do seu Filho. O crente está protegidpelo sangue redentor de Cristo (Rm 2.4-5; 4-17; 9.22; 1 Pe 3.20; 2 Pe 3.9,15)

Rem oção dos Pecados Cob ertos por acrifícios Antes da Cruz

Os pecad os cometidos entre a época de Ad ão e a m orte de Cris to na cruzforam cobertos pelos sacrifícios. Em Cristo eles são removidos (At 17.30;

Rm 3.25; Hb 9.15; 10.2-26).

  alvação Nacional de Israel

O futuro Israel crente terá seus pecados removidos (Rm 9-11,especialmente 11.25-29).

Bênçãos Milenais e Eternas sobre os Gentios

As bênçãos terrenas milenais, que estão asseguradas a Israel, serão

partilhadas pelos gentios (Mt 25.31-46; At 15.17; Ap 21.24).

O Despojamento dos Principados e Potestades

Na cruz Cristo obteve uma vitória legal direta sobre Satanás e suas hostes

0o 12.31; 16.11; Ef 1.21; Cl 2.14-15).

O Fundamento da Paz

A cruz produziu a paz entre Deus e os seres hum anos (Rm 5.1; Ef 2.13-14a

Cl 1.20), entre judeus e gentios (Ef 2.14-18; Cl 3.11) e paz universal(1 Co 15.27-28; Ef 2.14-15; Cl 1.20).

Purificação das Coisas no Céu

As “coisas” celestiais foram purificadas por causa do sangue de Cristo(Hb 9.23-24).

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68. Variedades do Universalismo

Reconciliação Universal

( s eg u n d o a l g u n s b a r t ia n o s )

S u s t e n t a q u e a m o r t e d e C r i s t o a l c a n ç o u o s e u p r o p ó s i to d e

r e co n c i li ar t o d a a h u m a n i d a d e c o m D e u s . Q u a l q u e r se p a r a ç ã o

q ue ex i s ta entre o s e r hum ano e os bene f íc ios da g raça de Deu s

é d e n a t u r e z a s u b je t iv a , e x i s t in d o s o m e n t e n a m e n t e d o s er

h u m a n o . A r e c o n c il ia ç ã o é u m f a t o c o n s u m a d o .

Perdão Universal

( se g u n d o C . H . D o d d )

S u s t e n t a q u e D e u s , s e n d o a m o r o s o , n ã o i r á a t e r - s e

r e s o l u t a m e n t e à s c o n d i ç õ e s q u e e s t a b e l e c e u . E m b o r a

t e n h a a m e a ç a d o c o m a p u n i ç ã o e t e r n a , n o f im e l e i rá

c e d e r e p e r d o a r a t o d o s . D e u s i r á t ra t a r t o d a s a s p e s s o a s

c o m o s e t iv e s s e m c r i d o .

Restauração Universal

( s e g u n d o O r í g e n e s )

E m a l g u m p o n t o d o ' f u t u r o t o d a s a s c o i s a s s e rã o r e s t a u r a d a s

a o s e u e s t a d o o r i gi n a l e p r e t e n d i d o . A s a l v a ç ã o p l e n a

p o d e r á s e r p r e c e d i d a d e c i c lo s d e r e e n c a r n a ç ã o o u d e

a l g u m p e r í o d o d e p u r i fi c a ç ã o n o i n í ci o d a v i d a f u t u r a .

A Doutrina da egunda Oportunidade

A o b r a d e C r i st o é s u f i c ie n t e p a r a a s s e g u r a r a s a lv a ç ã o d o s

e l e it o s , m a s a s a l v a ç ã o é a s s e g u r a d a e f e t i v a m e n t e p o r m e i o

d a f é ( R m 1 0 . 1 0 - 1 3 ) . T o d a s a s p e s s o a s , m e s m o a q u e l a s q u e

o u v i r a m e r e j e i ta r a m , s e r ã o c o n f r o n t a d a s c o m a s

r e i v i n d i c a ç õ e s d e C r i s t o n a v i d a f u t u r a . E v i d e n t e m e n t e ,

t o d o s o s q u e t iv e r e m t a l o p o r t u n i d a d e i r ã o a c e i tá - la .

Bênçãos Temporais Universais

O s b e n e f í c i o s n a t u r a i s d o m u n d o t a m b é m s ã o d e s f r u t a d o s

p o r t o d o s . E s s e s b e n e f í c i o s i n c l u e m o s o l , a c h u v a , b o a

s a ú d e e t c ., e s ã o r e su l t a d o d a g r a ç a c o m u m d e D e u s .

E s s a s c o is a s s ã o d a d a s p o r D e u s p o r c a u s a d o c a r á t e r d e

D e u s .

Argumentos a Favor Argumentos Contra

E r id í c u lo i m a g i n a r q u e u m D e u s v i v o, t o d o - p o d e r o s o

e s o b e r a n o p o d e r i a c r i a r u m s is t e m a p e l o q u a l u m a

p a r t e d a h u m a n i d a d e ( o a u g e d a su a c r ia ç ã o ) s e r ia

c o n d e n a d a à p u n i ç ã o e te r n a .

D e u s n ã o f a r á n a d a q u e c o n t r a d i g a q u a l q u e r u m d e s e u s

a t r ib u t o s . A s s i m , a f im d e h a r m o n i z a r o s e u p e r f e it o a m o r

e a s u a p e r f e i ta j u s t iç a e l e c o n c e b e u o s i st e m a d e r e d e n ç ã o

e x p o s t o n a s E s c r it u r a s . D e v e m o s a c e i t a r o r e g is tr o b í b li co

e n ã o n o s s o s p r ó p r i o s r a c i o c í n i o s f i n i t o s .

E i n j u s t o c o n d e n a r o s n ã o - s a l v o s à p u n i ç ã o e t e r n a c o m o

r e s u l ta d o d e s u a v i d a r e l a t iv a m e n t e b r e v e n a t e rr a .

D e u s é o p a d r ã o f in a l d e ju s t i ç a , e n ã o o s e r h u m a n o .

S e u m D e u s t o d o - p o d e r o s o e s o b e r a n o d e s e j a q u e t o d a s

a s p e s s o a s s e ja m s a l v a s (1 T m 2 . 3 - 4 ; 2 P e 3 . 9 ) , e n t ã o

s e g u r a m e n t e t o d o s s e r ão s a l v o s.

E m b o r a D e u s d e s e je a s a l v a ç ã o d e t o d a a h u m a n i d a d e , as

p e s s o a s d e v e m r e s p o n d e r à o f e r t a d i v i n a d e s a l v a ç ã o , e

m u i t o s n ã o o f a z e m ( J o 5 . 4 0 ) .

A m o r t e d e C r i s t o a b s o lv e u t o d a a h u m a n i d a d e d e s u a

c o n d e n a ç ã o d i a n t e d e D e u s , as si m c o m o A d ã o l e v o u

t o d a a r a ç a h u m a n a a o p e c a d o ( R m 5 . 1 8 ; 1 C o 1 5 .2 2 ) .

O c o n t e x t o d o s d o i s v e r sí c u l o s m o s t r a c la r a m e n t e q u e o s

b e n e f í c i o s d a m o r t e d e C r i st o s ã o p a r a o s q u e e s t ã o e m

C r i s t o , a s s i m c o m o a s p e n a l i d a d e s d o p e c a d o d e A d ã o s ã o

p a r a a q u e le s q u e e s tã o e m A d ã o .

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69. Concepções Acerca da antificação

Randy Gleason. Adaptado e usado mediante permissão.

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70. Cinco Concepções Acerca da SantificaçãoPonto de Partida A Obra de Deus A Responsabil idade Humana Efeitos da Santificação A Extensão da Santificação

Wesleyana A santificação começa naconversão (novonascimento), quando apessoa responde à graçapreveniente de Deus paraa salvação (19, 25).*

A santificação é uma obra dagraça de Deus. O EspíritoSanto opera a regeneraçãodo coração do crente,levando-o da rebelião aoamor total. Após a salvação(a resposta humana à graçapreveniente de Deus), Deusconcede ao ser humano agraça santificadora para

capacitá-lo a evitar opecado deliberado (25).

O ser humano está obrigadoa fazer a vontade de Deus(27). Ele deve ser santo (1Pe 1.15-16) e revestir-se do“novo homem” (Ef 4.22,24).Pela contínua desobediênciaa Deus pode-se perder asalvaçao. O cristão deve“cumprir a lei com basena fé” (27).

A santificação produz amorem ação (27). O ser humanoé libertado do poder da lei(27). O Espírito Santocomunica aos crentes anatureza de Deus e lhesconcede uma vida de amor;dá-lhes um novo coração,fazendo-os amar em vezde desobedecer (28).

O cristão deve atingir um pontem que ele não pecadeliberadamente contra Deu(Mt 5.48; 6.13; Jo 3.8) (15).Nesse momento cessa a lutaentre o bem e o mal (17). Essé um estado de “inteirasantificação” (17-19). Somenna segunda vinda de Cristo ocrente será aperfeiçoado em

termos de suas deficiênciasdesconhecidas.

Reformada A santificação começa naconversão por meio da fésalvadora (61-62).

Deus nos renova à suasemelhança, conformando-nos com Cristo (Rm 8.29).É um processo contínuo,no qual o Espírito Santoatua em nós (2 Co 3.18).

O ser humano deve seguir oexemplo de Cristo (67). Eledeve servir aos membros docorpo de Cristo (Jo 13.14-15). Ele também deverevestir-se do sentimentode Cristo (Fp 2.5-11). Oser humano precisa cooperarcom a obra de Deus nele,expressando gratidão pelasalvação (85).

O cristão já não tem o seu velhoeu, que foi crucificado (Rm6.6). Por meio da santificação,o cristão é genuinamentenovo, embora não seja umapessoa totalmente nova (74) •A santificação continua portoda a vida, e por ela a pessoaé renovada. Por exemplo, apessoa é capaz de resistir aopecado (82). Além disso,Deus conforma o crente àsua imagem (Rm 8.29).

Pela santificação, o crentetorna-se mais semelhantea Cristo. No entanto, aperfeição não é alcançadanesta vida (84). O crentedeve continuar a lutar contro pecado enquanto viver(G1 5.16-17).

Pentecostal Os pentecostais holiness crêemque uma segunda obra doEspírito Santo santifica ocrente em uma experiênciade crise na qual o pecadooriginal é inteiramenteremovido (108-9, 134).Outros pentecostais (comoas Assembléias de Deus)afirmam que os crentes que

 já re ceb era m no va vid a pormeio do Espírito (salvação)mais tarde recebem umbatismo capacitador doEspírito Santo que inicianeles uma vida decrescimento espiritual (193).Essa obra posterior doEspírito é contínua, e nãouma única experiência decrise (109-10).

Deus produz um batismo noEspírito (a obra inicial dasantificação) para produzircrescimento (118). Osangue de Cristo tambémnos purifica do pecadocontinuamente (1 Jo 1.7)(117). A Palavra de Deustambém produzsantificação n o crente(120).

O ser humano deve cooperarcom o Espírito Santo,apresentando-se a Deus(Rm 12.1-2) (120).Devemos obedecer a Deusconstantemente (126).Isso inclui mortificar ascoisas pecaminosas quepertencem à nossanatureza terrena (1 Ts 4.3-4)(117).

A santificação é ao mesmotempo progressiva e umaquestão de posição (113-14).A santificação é instantâneano sentido de queimediatamente separa ocrente do pecado para Deus(Cl 2.11-12) (115-16). Asantificação é tambémprogressiva, pois por meiodela Deus continua apurificar-nos do pecadod Jo 1.7) (117).

O alvo da santificação é a“inteira santificação”, pelaqual o crente alcança o“pleno desejo e determinaçãde fazer a vontade de Deus”(124). O crente ainda étentado e ainda conserva asua velha natureza durantetoda a sua vida terrena(124).

*Os números entre parênteses indicam as páginas de Melvin E. Dieter e outros, Five Views on Sanctification   [Cinco Conce pções Acerc a da Santificação] (Grand Rapids: Zondervan, 1987). Usado mediante permiss

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70. Cinco Concepções Acerca da antificação (continuação)

Ponto de Partida A Obra de Deus A Responsabi l idade H umana Efeitos da S antificação A Extensão da Santificação

Keswick A santificação começa nomomento em que se crê(com a salvação).

Deus (Pai, Filho e EspíritoSanto) vem habitar como crente e o renovasegundo a semelhançade Deus (174).

O ser human o deve viver noEspírito para receber todaa plenitude de Deus (Ef3.19). O alvo primordialda vida do cristão deve sero de ter um íntimorelacionamento comDeus (166).

O cristão “normal” (que estásendo santificado) deve teruma vitória contínua sobrepecados conhecidos (15 3).A velha natureza não estáerradicada, mas écontrabalançada pela obrado Espírito San to no crente(157). A santificação é tantoem termos de posição (perdão,

 jus tif ica ção , re ge ne ra ção [anova vida recebida]) quantode experiência (nossochamado à santidade, 2 Co7.1). O ser humano ainda éinfluenciado pelo pecado, masnão está necessariamente sobseu controle (174). A pessoatem um novo potencial - acapacidade de escolhercorretamente e de fazê-loconsistentemente (178).

O crente não irá alcançar aperfeição nesta vida, masdeve experimentar êxitoconsistente em vencer opecado (155). A vida docristão deve ser controladapelo Espírito Santo (155).A santificação total não iráocorrer até a segunda vindade Cristo (1 Jo 3.2) (160).

AgostinianaDispensacionalista

A santificação começa porocasião da conversão (fésalvadora) (205).

Na regeneração (nomomento da salvação),Deus prepara o indivíduo

para a santificaçãoexperiencial (209). Obatismo do Espírito Santocoloca o crente no corpode Cristo, capacitando-oa ter comunhão, receberpoder espiritual, dar frutoetc. (213). O Espíritohabita todos os crentes etambém enche aquelesque se rendem a elevoluntariamente (218).Por causa da habitaçãodo Espírito, o cristão podecrescer em santificação.

O ser humano tem aresponsabilidade de andarno Espírito (dependendo

continuamente do poderdo Espírito) (220).Utilizando o poder de Deus,os cristãos devem evitar opecado, que entristece oEspírito que neles habita(219). Devemos estarprontos a seguir a vontadee a direção de Deus paraas nossas vidas (219). Oscrentes de hoje devemrefletir a santidade deDeus como um exemploda graça de Deus (226).

O cristão tem duas naturezas,a carne e o espírito, que sãoopostas entre si (Rm 7) (203).

As du as naturezas do serhumano são paralelas às duasnaturezas de Cristo (humanae divina) (203-4). O crenterecebe um “novo eu”, umanova vida que brota da suanova natureza (Cl 3.9-10)(208).

Os cristãos não irão receberperfeição completa até queestejam no céu (Ef 5.25-27;

1Jo 3.2) .

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71. O Fundamento da Igreja

Posição 1 Posição 2 Posição 3

“A Pedra” = Pedro “A Pedra” = Cris to “A Pedra” = a confissão de Pedro

Sustentada por Tertuliano, Cipriano,

VaticanoI

eII

Sustentad a por Agostinho, C alvino, Zuíngl io Sustentada por Crisóstomo, Zahn

Argumentos a favor:

Cristo estava se dirigindo a Pedro quandofalou da pedra.

Petros   (Pedro) significa uma pequena rocha.

De acordo com o catol icismo romano, Pedrofoi o primeiro papa.

Argumentos a favor:

Passagens como 1 Corín tios 3.11; 1 Pedro 2.4-8.

Petra  é apl icada m etaforicamente a Cris to noNovo Testamento.

Cristo faz uma distinção entre  petros   e  pe tra .

Argumentos a favor:

Cristo agradou-se da confissão de Pedro (Mt 16.1618).

O ofício da pregação foi estabelecido sobre aconfissão de Pedro.

Argumentos contra:

Há uma diferença entre  petro s   (uma pequenapedra) e  pe tra   (uma grande pedra) .

Pedro chama a Cristo de fundamento (1 Pe

2.4-8).

Pedro nunca afirmou ser papa.

1 Corín tios 3.11 torna impossível que Pedroseja o fundamento da igreja.

Argumentos contra:

Cristo pode não ter falado exatamente essaspalavras, já que ele falava aramaico.

Cristo nunca afirma ser a rocha.

Argumentos contra:

Pedro negou a morte iminente de Cristo (Mt 16.2223).

O ofício da pregação foi estabelecido muito antesda confissão de Pedro.

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72. Uma Comparação Dispensacional entre Israel e a Igreja

Israel Igreja

SemelhançasNenhum deles representa a totalidade do programa de Deus.Ambos participam do programa mais amplo do reino de Deus.

Ambos visam glorificar a Deus, embora de maneiras diferentes.

Existe uma continuidade entre as duas entidades.

D

T

Relação

Relacionamento baseado nonascimento físico

Relacionamento baseado nonascimento espiritual

I

s Chefia

Abraão Cristo

T

T

Nacionalidade

Uma nação De todas as nações

JL

NInteração

Divina

Nacional e individual Salvação individual, masrelacionamento no corpo deCristo

çDispensações

A partir de Abraão Restrita somente à presente era

oE

Princípio

Incorporado na aliança mosaica Um sistema de graça que inclui a lei

sRegente

(no futuro, a nova aliança)

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73. A Igreja Local Contrastada com a Igreja Universal

Visível Invisível

Membros: salvos e perdidos Membros: somente os salvos

Somente pessoas presentemente vivas Tanto os mortos quanto os vivos em Cristo

Muitas igrejas locais Somente uma igreja universal

Diferentes denominações Nenhuma denominação específica

Parte do corpo de Cristo Todo o corpo de Cristo

Diíerentes tipos de governo Cristo é o único cabeça

Ministra as ordenanças (ou sacramentos) Ordenanças cumpridas (por ex., 1 Co 11.23-26;Ap 19.9)

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74. Analogias entre Cristo e a Igreja

Cristo Igreja Passagem Terminologia

Cabeça Corpo Colossenses 1.18a “Ele é a cabeça do corpo, da igreja”.

Pedra Angular Templo Efésios 2.20-21 “... sendo ele mesmo, Cristo Jesus,a pedra angular”.

Amado Virgem 2 Coríntios 11.2 “... vos tenho preparado para vosapresentar como virgem pura aum só esposo, que é Cristo”.

Noivo Noiva Apocalipse 21.9 “Vem, mostrar-te-ei a noiva, aesposa do Cordeiro”.

Governante(implícito)

Cidade Apocalipse 21.9-10 “... e me mostrou a santa cidade,Jerusalém, que descia do céu,da parte de Deus”.

Possuidor Povo Tito 2.14 "... e purificar para si mesmo umpovo exclusivamente seu”.

Pastor Rebanho 1 Pedro 5.2-4 “Pastoreai o rebanho de Deus...Logo que o Supremo Pastor semanifestar, recebereis aimarcescível coroa da glória”.

Primogênito Família Efésios 2.19

Colossenses 1.18b

“... sois da família de Deus”.

“Ele é o princípio, o primogênitode entre os mortos”.

Criador Novo Homem Efésios 2.15 “... para que dos dois criasse, em simesmo, um novo homem”.

Fundador

(implícito)

Povo Eleito 1 Pedro 2.9 “Vós, porém, sois raça eleita, ...

nação santa, povo de propriedadeexclusiva de Deus”.

Sumo Sacerdote Sacerdócio Real Hebreus 4.14

1 Pedro 2.9

“Tendo, pois, a Jesus, o Filho deDeus, como grande sumosacerdote.” “... sacerdócio real...”

Herdeiro Herança Efésios 1.18 “... a riqueza da glória da suaherança nos santos”.

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75. Os Ofícios de Presbítero e Diácono - Qualificações e Deveres

Qualificações

Presbíteros

Hospitaleiros

1 Timóteo 3.2; Tito1.8

Aptos para ensinar

1 Timóteo 3.2; 5.17;Tito 1.9

Não violentos, porémcordatos

1Timóteo 3.3; Tito 1.7

Nã o avarentos

1Timóteo 3.3

Inimigos de cont endas

1 Timóteo 3.3

Não sejam neófitos

1 Timóteo 3.6

Sóbrios Tenham bom

testemunho dosde fora

Não arrogantes Não irascíveis Amigos do bem Justos e piedosos Que tenham domínio

de si

1 Timóteo 3.2;Tito 1.8

1 Timóteo 3.7 Tito 1.7 Tito 1.7 Tito 1.8 Tito 1.8 Tito 1.8

Diáconos e Presbíteros

Irrepreensíveis Esposos de uma sómulher

Temperantes Respeitáveis N ão dados ao vinho Que governem bema própria casa

1 Timóteo 3.2,9;Tito 1.6

1 Timóteo 3.2,12;Tito 1.6

1 Timóteo 3.2,8;Tito 1.7

1Timóteo 3.2,8 1 Timóteo 3.3,8;Tito 1.7

1 Timóteo 3.4,12;Tito 1.6

Que tenham filhosobedientes

Não cobiçosos desórdida ganância

Apegados à palavrafiel

Diáconos

De uma só palavra Experimentados

1Timóteo 3.4-5,

12; Tito 1.6

1 Timóteo 3.8;

Tito 1.7

1 Timóteo 3.9;

Tito 1.9 1Timóteo 3.8 1 Timóteo 3.10

Deveres

Presbíteros

Administrativos -presidir a igreja

Pastorais - pastoreara igreja

Educacionais -ensinar a igreja

Oficiativos - dirigiros ofícios da igreja

Representativos -representar a igreja

1 Timóteo 5.17;Tito 1.7

1 Pedro 5.2; Judas 12 Efésios 4.12-13; 1Timóteo 3.2

Tiago 5.14 Atos 20.17;1Timóteo 5.17

Diáconos

Socorrer os pobres

Ato s 6.1 -6

Liberar os presbíteros

Atos 6.1-4

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76. Qualificações Funcionais dos Presbíteros e Diáconos

Em Relação a Deus J  

Apegados à palavra fiel

1Timóteo 3.9; Tito 1.9

justos e piedosos

Tito 1.8

Aptos para ensinar

1Timóteo 3.2; 5.17; Tito 1.9

Irrepreensíveis

1 Timóteo 3.2,9; Tito 1.6

Não sejam neófitos

1 Timóteo 3.6

Amigos do bem

Tito 1.8

Experimentados

1 Timóteo 3.10

Em Relação aos Outros^)

De uma só palavra

1 Timóteo 3.8Respeitáveis

1 Timóteo 3.2,8

Hospitaleiros

1 Timóteo 3.2; Tito 1.8

Inimigos de contendas

1 Timóteo 3.3

Não violentos, porém cordatos

1Timóteo 3.3; Tito 1.7Tenham bom testemunho dos de fora

1 Timóteo 3.7

Não arrogantes

Tito 1.7

Não cobiçosos de sórdida ganância

1 Timóteo 3.8; Tito 1.7

Em Relação a Si Mesmos^)Que tenham domínio de si

Tito 1.8

Temperantes

1 Timóteo 3.2,8; Tito 1.7

Não avarentos

1Timóteo 3.3

  óbrios

1 Timóteo 3.2; Tito 1.8

Não irascíveis

Tito 1.7

Não dados ao vinho

1Timóteo 3.3,8; Tito 1.7

Esposos de uma só mulher

1 Timóteo 3.2,12; Tito 1.6

Em Relação à Família ^

Que tenham filhos obedientes

1 Timóteo 3.4-5,12; Tito 1.6

Que governem bem a própria casa  1 Timóteo 3.4,12; Tito 1.6

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77. O Ofício de PresbíteroAssunto Palavra grega: pre sby ter os;

literalmente, “pessoa mais velha”Nos tempos antigos, os idosos eram governantes.

O termo tomou-se um título dado a qualquergovernante, de qualquer idade.

Uso no N.T.: ofícios de liderança em geral: os anciãosda nação judaica (Atos 4.8), os presbíteros da igrejacristã (At 14-23).

O presbiterato da igreja não provémdo presbiterato judaico.

Qualificações do

Presbítero

1 Timóteo 3.1-7Tito 1.5-9

Vida irrepreensível(comportamento íntegro:Tt 1.6-8; 1Tm 3.2,9)

Cordato (não agressivo,paciente: 1 Tm 3.3;Tt 1.7-8)

Amigo do bem (não dado aovinho, nem avarento, injusto,egoísta: 1 Tm 3.3; Tt 1.8)

Homem de família que tem umaesposa e filhos fiéis (1 Tm 3.2,4;Tt 1.6)

Boa reputação junto aos de fora da igreja;piedoso dentro e fora (1 Tm 3.7)

Apegado à palavra (fiel àdoutrina: Tt 1.9)

Apto para ensinar (possuiconhecimento:

1 Tm 3.2)

Mente sóbria e sadia (refletesobre os problemas: 1 Tm

3.2; Tito 1.7)

Cristão maduro (somente os madurospodem exercer a autoridade da

liderança: 1 Tm 3.6)

Deve ser um homem (as mulheres nãotêm permissão para presidir na igreja:

1 Tm 2.11-12)

Deveres do Presbítero Administrativos (presidir aigreja como mordomo deDeus: Tt 1.7; 1Pe 5.2-3)

Pastorais (pastorear a igreja;apascentar o rebanho: At 20.28; 1 Pe 5.2)

Educacionais (ensinar a igreja,corrigir, exortar: 1 Tm 3.2;Tt 1.9)

Oficiativos (liderar a igreja,presidir sobre a igreja:Tg5.14)

Representativos (representar a igrejaquando necessário: At 20.17-31)

A Autoridade

do Presbítero

A autoridade do presbítero é espiritual; sua autoridade não éeclesiástica - isto é, não é fundamental para a existência oucontinuidade da igreja.

A autoridade do presbítero é delegada pela igreja. O presbítero nãotem outra autoridade na igreja a não ser aquela que lhe é d ada pelaigreja. Ela é concedida pela igreja e pode ser retirada dele p ela igreja.

A autoridade do presbítero estálimitada à igreja local que o elegeu.

Número dos

Presbíteros

A pluralidade de presbíteros e ra comum nas antigasigrejas do Novo Testamento (At 14.23; 20.17;Fp 1.1; Tt 1.5).

1Timóteo 3.2 é um e xemplo de presbiteratosingular: “bispo”. Porém, isso provavelmenterefere-se a um líder, um presidente dospresbíteros/diáconos.

Não se dispõe que a igrejadeva eleger um númerodefinido.

Presbiterato colegiado aparentementecom a mesma autoridade (Tg 5.14)

Eleição do Presbítero Aquele que aspira a esse oficio, almejauma “excelente obra” (1 Tm 3.1).

A igreja deve realizar um exame cuidadoso para verificar se a vida do candidato confere com asqualificações (1 Tm 3.1-13; Tt 1.5-9).

A duração da liderança não éespecificada.

Ordenação do

Presbítero

“Ordenação”: deve referir-se ao ato de“nomear”, e não a uma cerimôniaformal de investidura no oficio.

A cerimônia de ordenação é comosegue: imposição de mãos, oração,

 jejum, leitura das qualificações,votos.

Os presbíteros da igreja devem dirigir acerimônia, assim como devem fazerem todas as reun iões oficiais.

A ordenação é o reconhecimento da igreja daaptidão espiritual de seus oficiais eleitos(At 6.3-6).

A Dignidade do

Presbítero

Jesus foi chamado de “bispo” (1 Pe 2.25). Pedro foi chamado de “co-presbítero” (1 Pe 5.1). João e ra um presbítero (2 Jo 1). A igreja foi exortada a respeitar a dignidade desse oficio(1 Ts 5.12-13; Hb 13.7,17,24).

A Responsabilidade

do Presbítero

0 presbítero deve se r considerado e deve considerar-se a si mesm o como vim mordomo de Deus (1 Co 4.1-2; Tt 1.7).

Recompensas

do Presbítero

Crescerá em sua autoridade (Lc 12.43-44). Também terá uma ete rna coroa de glória que não é para todos os cristãos, mas para o p resbítero fiel (1 Pe 5.1-4).

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79. Quatro Concepções sobre o Batismo com AguaPosição

C a t ó l i c a R o m a n a

Instrumento d a graça salvadoraL u t e r a n a

Con cede a graça salvadora àquele que exerce uma fé verdadeira

Declaração da Posição/ 

ignificado  do Batismo

“Quer despertando ou fortalecendo a fé, o batismo efetua alavagem da regen eração”. Para os católicos, isso ocorre no

batismo ex opere operato, ou seja, pela atuação do próprio ele

mento. A fé não precisa estar presente. A obra é somente obrade Deus na pessoa. O batismo erradica tanto o pecado originalquanto os pecados veniais e infunde graça santificadora.

Para que o batismo seja eficaz, a fé salvadora deve ser exercida

antes do batismo. Sem a graça salvadora o batismo é ineficaz.

Objetos Crianças e adultos Adu ltos e cr ianças

Modo Aspersão Aspersão ou imersão

Fundamentação Atos 22.16 e Tito 3.5 fazem uma conexão entre salvação e batismo.

Atos 2.38 relaciona o arrependimento e o batismo com a salvação.

Ou tras bases bíblicas: Joã o 3.5; Rom ano s 6.3; 1 Corín tios 6.11;1 João 3.9 ; 5 .8 .

Apoio dos pais da igreja: Epístola de Barnabé, o Pastor de

Hermas, Justino, Tertuliano, Cipriano. O Concílio de Trentoapoiou essa posição.

Atos 2.41; 8.36-38; 10.47-48; 16.15,31-34; 18.8; Romanos 6.1-11

Objeções Efésios 2.8-9 diz que a salvação é pela graça mediante a fé.

A ênfase do No vo T estamen to é sobre a fé, à parte das obras.

No Novo Testamento o batismo está intimamente l igado àconversão, mas nu nca é um requis ito da conversão.

Os crentes do Novo Testamento eram todos adultos . Não hánenhum exem plo claro de batismo infantil no No vo

Testamento.

Esta posição difere da católica som ente com respeito à fé. Aposição católica não requer fé salvadora da parte de quem estásendo batizado. O batismo é eficaz em e de si mesmo. Marcos16.16 não reflete a necessidade do batismo. Em Marcos 16.16somente a incredulidade condena.

O uso do batismo com o m eio de obter a graça não foi claramenteensinado por Cristo ou por Paulo. Isso sugere que ele não é

essencial. As muitas pessoas com quem Jesus se relacionou não

foram confrontadas com a necess idade do batismo, m as somentcom a necess idade de fé.

Associar o batismo e a fé com vistas à salvação transgride Efésios2.8-9. Existe o problema das obras.

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 /

79. Quatro Concepções sobre o Batismo com Agua (continuação)

Posição R e f o r m a d a

Sinal e selo da aliança

Bat i s ta

Símbolo da salvação

Declaração da Posição/  

ignificado do Batismo

Os sacramentos são sinais e selos exteriores de uma realidadeinterior. “O batismo é o ato de fé pelo qual somos incluídos naaliança e assim experimentamos os seus benefícios”. O batismoé a iniciação na aliança e um sinal da salvação.

É simplesmente um testemu nho - a primeira profissão de fé queo crente faz. O rito mostra à comunidade que o indivíduo agoraestá identificado com Cristo. E um símbolo de uma realidadeinterior, e não um sacramento. Não ocorre nenhum efeitoobjetivo sobre a pessoa.

Objetos Crianças e adultos Adultos crentes e crianças crentes

Modo Aspersão ou efusão Imersão

Fundamentação

O batismo dá continuidade à al iança fe i ta com A braão e suadescendência (Gn 17.7). O batismo substitui a circuncisão

(At 2 .39; Rm 4.13-18; Hb 6.13-18; Cl 2 .11-12) .

Famílias inteiras foram incluídas no batismo, assim como noVelho Testamento as famílias foram incluídas na aliança

(At 16.15,33; 18.19).

No Novo Testamento, a fé salvadora é sempre um pré-requisito

da salvação.

Exemplos do Novo Testamento mostram crentes adultos sendo

batizados.

O batismo por imersão ilustra melhor a morte e a ressurreição de Cristo

Muitas passagens do Novo Testamento discutem a salvação pelafé à parte do batismo (Lc 23.43; At 16.30-31; Ef 2.8-9).

Objeções

A igreja e Israel não são a mesma entidade.

A circuncisão m arcava a entrada na teocracia , que incluía tanto

crentes como descrentes .

A circuncisão era somente para os homens; o batismo é para

todos os crentes.

Os crentes do Novo Testamento eram todos adultos . Não hánenhum exemplo claro de batismo infantil no No voTestamento.

O N ovo Testamento tem exem plos de batismos de famíl ias , que

provavelmente incluíam crianças (At 16.29-34).

A igreja primitiva aparentemente batizava crianças não crentes

de pais crentes.

Muitas passagens do Nov o Testamento relacionam estrei tamente

o batismo com a salvação.

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80. Quatro Posições Acerca da Ceia do Senhor (continuação)T r a n s u b s t a n c i a ç ã o C o n s u b s t a n c i a ç ã o R e f o r m a d a M e m o r i a l

Principais

Documentos

Decretos do C oncíl io de Trento Confissão de Augsburgo

Catec is mo Menor

Confissão de Westminster

Segunda Confissão Helvética

Confissão de Schleitheim

Confissão de Dordrecht

Minis trante Apropriado

Sacerdote Ministro Ordenado Pastor

Líderes da igreja

Pastor

Líderes da igreja

Participantes Pão (óstia) para os membros da

igreja; o cálice não é dado aosleigos

Somente os crentes Somente os crentes Somente os crentes (algunsgrupos praticam a comunhãrestrita, em que os

participantes devem ser

membros da denominação.Outros praticam a

comunhão exclus iva, em

que se deve ser membroda igreja local).

Interpretação  de “Isto é o meu corpo”

Interpretação literal Interpretação literal Interpretação não literal Interpretação não literal

Pontos de Convergência

1. A Ceia do Senhor foi instituída pelo próprio Jesus (Mt 26.26-28; Mc 14-22-24; Lc 22.19-20).

2 . Jesus ordenou a repetição da Ceia do Sen hor (Mt 26.29) .

3 . A C eia do Senhor proclama a m orte de Jesus Cris to (1 Co 11.26) .

4- A Ceia do Senhor concede algum tipo de benefício espiritual ao participante.

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80. Quatro Posições Acerca da Ceia do Senhor

T ran su b sta n c iaç ão C o n su b sta n c ia ç ã o R efo rm ad a M em o ria l

Grupos

(Tradições)

C atólica Rom ana Luterana Presbiteriana, outras IgrejasReformadas

Batis ta , Menonita

“Fundador”  da Posição

Tomás de Aquino Martinho Lutero Jo ão C alv ino U lrico Zuínglio

Presença de Cristo

Pela consagração do p ão e do

vinho, o pão transforma-seno corpo de Cristo e o vinho

transforma-se no sangue de

Cristo. Cristo está

verdadeiramente e

substancialmente presentenos próprios elementos.

Os elem entos não setransformam na presença de

Cristo, mas ele está realmentepresente em, com e sob oselementos .

Cristo não está literalmentepresente nos elementos.

Ele está presente espiritualmente na participação dos

elementos .

Cristo não está presente noselementos, seja literalmen

ou espiritualmente.

  ignificado da Ceia do 

enhor

Alimento espiritual para a’

alma; fortalece o participante

e livra dos pecados veniais.Cristo é sacrificado em cada

missa para fazer expiação

pelos pecados docomungante .

O recipiente tem o perdão dos

seus pecados e a confirmaçãoda sua fé . A participação deveincluir a fé, caso contrário osacramento não traz nenhum

benefício.

Uma comemoração da morte de

Cris to que concede graça paraselar os participantes no amor

de Cris to. A ceia proporciona

alimento espiritual e leva apessoa para mais perto da

presença de Cristo.

Uma comemoração da mor tde Cristo. O participante

é lembrado dos benefíciosda redenção e salvaçãoproduzida pela morte de

Cristo.

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81. Disciplina Eclesiástica

“Muitas pessoas deixam de fazer uma clara distinção entre punição e disciplina, e existe umadiferença muito significativa entre esses dois conceitos. A  punição  visa aplicar uma retribuiçãopor um erro cometido. A disciplina,  por outro lado, visa incentivar a restauração   da pessoaenvolvida no erro. A punição é concebida primariamente para vingar um erro e afirmar a justiça.

A disciplina é concebida primariamente como uma correção daquele que deixou de viversegundo os pad“' í3s da igreja e/ou da sociedade”*.

Passagem Problema Procedimento Propósito

M a t e u s 1 8 .1 5 - 1 8

1 C o r í n t io s 5

2 Cor ínt ios 2 .5 - 11

G á l a t a s 6 . 1

2 T e s s a l o n i c e n s e s 3 . 6 - 1 5

1 T i m ó t e o 5 . 1 9 -2 0

T i t o 3 . 9 - 1 1

O p e c a d o d e u m “ i r m ã o ”

( n ã o d e f i n id o )

I m o r a l i d a d e

A v a r e z a

I d o l a t r i a

E m b r i a g u e z

F r a u d e

N ã o c i t a d o

“A l g u m a f a l t a ”

P r e g u i ç a , m a l e d i c ê n c i a

( “ s e i n t r o m e t e m ” )

D e n ú n c i a c o n t r a p r e s b í t e r o

s e m t e s te m u n h a s

C o m p o r t a m e n t o f a c c i o s o

1 . R e p r e e n s ã o e m p a r t ic u l a r

2 . R e u n i ã o e m p a r t ic u l a r

3 . A n ú n c i o p ú b l ic o

4 . E x c l u s ã o p ú b l i c a

1. L a m e n t a r c o l e ti v a m e n t e .

2 . R e m o v e r d o g r u p o .

3 . N ã o s e a s s o c ia r .

A p ó s o a r r e p e n d i m e n t o

s i n c e r o :

1 . Perd oar

2 . C o n f o r t a r

3 . A m a r

R e s t a u r a r :1 . C o m o p e s s o a s e s p i r it u a i s

2 . C o m b r an d u r a

3 . C o m r e f l e x ã o

1. O b s e r v á - l o .

2 . N ão s e a s s oc i a r com e le.

3 . Ad ver t i - lo ( com o i rmão,

n ã o c o m o i n im i g o ) .

1. N e c e s s i d a d e d e 2 -3

t e s t e m u n h a s .

2 . S e o p e c a d o c o n t i n u a r ,

r e p r e e n d e r d i a n t e d e

t o d o s .

1 . A d m o e s t á - l o d u a s v e z e s .

2 . E v i t á - l o ( c o m o

p e r v e r ti d o , p e c a m i n o s o ,

a u t o - c o n d e n a d o ) .

R e s t a u r a ç ã o ( g a n h a r

“ a t e u i r m ã o ” )

R e s t a u r a ç ã o ( 5 . 5 )

P u r i f i c a ç ã o ( 5 . 7 )

R e s t a u r a ç ã o ( 2 . 1 1 )

P r o t e ç ã o ( 2 . 1 1 )

R e s t a u r a ç ã o

R e s t a u r a ç ã o ( “ p ar a q u e

f iq u e e n v e r g o n h a d o ” )

P u r i f i c a ç ã o ( “ p a r a q u e

t a m b é m o s d em a i s

t e m a m ” )

P r o t e ç ã o ( c o n t r a d i v is õ e s)

* Carl Laney, A Guide to Church Discipline   [Guia sobre Disciplina Eclesiástica] (Minneapolis: Bethany, 1985), p. 79.

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82. Fluxograma de Disciplina Eclesiástica

1. Imoralidade sexual aberta (1 Coríntios 5.1-13)

2. Conflitos pessoais não resolvidos (Mateus 18.15-20)

3. Espírito faccioso (Romanos 16.17-18; Tito 3.10)

4. Falsos ensinos (Gálatas 1.8-9; 1 Timóteo 1.20; 6.3-5; 2 João 9—11;Apocalipse 2.14-16)

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83. Termos Básicos sobre a Segunda Vinda de Cristo

Termos

“ P a r o u s i a ” “ A p o c a l i p s e ” “ E p i f a n i a ”

Referências Bíblicas 1 Tes s a lon icens e s 3 .13 1 C o r í n t i o s 1.7 1 Tim óteo 6 .14

1 Tes s a lon icens e s 4 .15 2 Tes s a lonicens e s 1 .6 - 7 2 T i m ó t e o 4 . 8

1 Pedro 4.13 T i t o 2 . 1 3 - 1 4

  entido Literal

“ e s t a r j u n t o ” “ r e v e l a ç ã o ” “ a p a r e c i m e n t o ”

“ p r e s e n ç a ”

  entido Traduzido “ p r e s e n ç a ” “ r e v e l a r ” “ a p a r e c e r ”

“ v i n d a ”

“ c h e g a d a ”

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84. Concepções Acerca do Arrebatamento

Pré-Tribulação

Declaração da Posição

Cristo virá para os seus santos ; depois e le virá com os seus santos . O primeiro estágio da vinda de Cris to échamado de arrebatamento; o segundo é chamado de revelação. A escola mais antiga acentuava a questãoda “ iminência” . Todavia , atualmente o ponto crucial desta pos ição concentra-se mais no aspecto da ira deD eus e se a igre ja será cham ada a experimentar parte dela ou tod a ela durante a tr ibulação.

Proponentes

John F. Walvoord, J. Dwight Pentecost, John Feinberg, Paul Feinberg, Herman Coyt, Charles Ryrie, Rene Pache,Henry C. Thiessen, Leon Wood, Hal Lindsay, Alva McClain, John A. Sproul , Richard Mayhue.

Argumentos a Favor

Argumentos Contra

A Bíblia diz que o s cristãos (a igreja) estão isentos d a ira divina(1 Ts 1.10). Essa isenção não significa que a igreja nãoexperimenta provações , perseguição ou sofr imento.

Os cris tãos es tão i sentos da ira de Deus {òpyq)  , mas a maiorparte dos textos que tratam da tr ibulação (8\ttpLç)   referem-seà tr ibulação que os crentes sofrem. Isenção da ira não s ignificaisenção de tribulação. Além disso, se os cristãos estão isentosda ira da tr ibulação, aqueles que cressem durante a tr ibulaçãoteriam de ser arrebatados no momento da conversão.

Os crentes também estão i sentos do tempo d a ira regis tradoem Apocal ipse 3 .10. Is to é apoiado pela maneira com quea preposição grega ek (éic) é   usada nesta passagem.

O sentido normativo de ek ( èk  )   é   “ t irado do meio de” e nãoimplica em ser afas tado da provação. Pode s ignificar preservadoda tr ibulação sem ser t irado da provação. A preposição normalcom o sentido de “manter afas tado de” é ap ó   (á n o ) .

Todas as pos ições de arrebatamento tr ibulacionis ta prevêemum reino m ilenal . A pos ição pré-tr ibulação requer quecrentes vivo s e não glori ficados entrem no reino, para ass imo repovoarem (Zc 12.10-13.1; Rm 11.26) .

Os 144 mil do Apocal ipse podem povoar a terra durante aépoca do milênio.

Esta pos ição faz uma clara dis t inção entre o arrebatamento ea revelação , um intervalo de tempo. Is so é consis tente comdiferentes passagens que tratam d esses dois eventos .Q ua nt o ao arrebatamento: Jo 14.1-4; 1 C o 15.51 -58; 1 Ts4-13-18; qu anto à revelação ou à segunda v inda de Cris to:Zc 14; Mt 24.29-31; Mc 13.24-27; Lc 21.25-2 7; A P 19.

A “bendita esperança” e o “glorioso aparecimento” são o mesmoevento ( a r reba tamento e reve lação) . O N o vo T es tamento fa lade uma segunda vinda, e não de duas vindas ou de uma vindaem d ois es tágios . A d is t inção po de estar na natureza doseventos e não em diferenças de tempo.

Esta pos ição dá ênfase à iminência . Cris to pode voltar aqualquer momento; portanto, os crentes têm uma ati tudede expectativa (Tt 2 .3) . Não exis tem advertênciaspreparatórias de uma tr ibulação próxima para os crentesda era da igre ja (At 20.29-30; 2 Pe 2.1 ; 1 Jo 4 .1-3) .

Para os apóstolos e para a igreja primitiva durante essa época, aiminência es tava relacionada com a segunda vinda de Cris to.Ass im, os dois eventos são coincidentes e não separados (Mt24.3,27,37,39; 2 Ts 2.8 ; Tg 5.7-8; 1 Jo 2 .28) . Adem ais , 2Tessalonicenses 2 .1-10 pode enumerar eventos que devem seresperados antes do arrebatamento.

Esta pos ição contempla uma tr ibulação l i teral conformemos trada em Apoca l ip s e 6 - 19 . N ão há nenhuma mençãoà igre ja em Apocal ipse 4-18 (argumento do s i lêncio) .

Boa parte da l inguagem de Apocal ipse 6-19 é figurada; atr ibulação também o pode ser . O argum ento do s i lêncio é umraciocínio inerentemente fraco.

Aquele que detém, mencionado em 2 Tessalonicenses 2 .1-12,é o E spír ito San to que habita na igre ja . Ele precisa removê-la(a igreja) antes do início da tribulação.

O minis tério de habitação do Espír i to Santo não é equivalente àsua obra de retenção. Além disso, o texto não equiparaclaramente o que detém com o Espír i to Santo, ou a remoçãoda retenção com o arrebatamento da igre ja .

Várias partes desta tabela foram adaptadas de Millard J. Erickson, Christian Theobgy, Vol. 3 (Grand Rapids: Baker Book House, 1985), pp. 1149-1224-

Usado mediante permissão. Também Gleason L. Archer, Jr., Paul D. Feinberg, Douglas J. Moo e Richard R. Reiter, The Rapture: Pré-, Mid-, Post-  

Tribulational ? [O Arrebatamento: Pré, Meso ou Pós-Tribulacionista?] (Grand Rapids: Zondervan, 1984). Usado mediante permissão.

Page 137: Teol.cristã Em Quadros- h

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84. Concepções Acerca do Arrebatamento (continuação)

Arrebatamento Parcial

Declaração da Posição

Esta pos ição declara que somente os crentes que est iverem vigiando e esperando pelo Senhor serão arrebatadosem diferentes ocas iões antes e durante a tr ibulação de sete anos . Os que forem arrebatados serão os santosespir itualmente m aduros , tanto m ortos quanto vivos (1 Ts 4-13-18) .

Proponentes Joseph Seiss , G. H. Lang, Robert Govett , Witness Lee, G. H. Pember, Ira E. David, D. H. Panton

Argumentos a Favor Argumentos Contra

O N o vo Tes tamento f req üentemente vê a re s s urre ição comouma recompensa pela qual se deve lutar (Mt 19.28-29;Lc 9 .62; 20.35; Fp 3.10-14; Ap 2; 11; 3 .5) . Portanto, nemtodos os cren tes serão alcançado s pela primeira ressurreição,somente aqueles que forem dignos .

O arrebatamento é parte da consumação da salvação. Deusinicia a salvação pela graça e irá completá-la por sua graça,não por nossas obras (Ef 2.8-9).

Outras passagens indicam o arrebatamento parcial dos crentesou algo semelhante a i s so (Mt 2 4.40-51) .

Existe confusão entre versículos que se aplicam a Israel evers ículos que se apl icam à igre ja em passagens dos E vangelhos .

Isso não é o arrebatamento, mas um envio ao juízo, como noexemplo do dilúvio em Mateus 24.39. Em 1 Coríntios 15.51-52está escri to que todos os crentes serão arrebatados .

Há uma ênfase em vigiar, aguardar, trabalhar e esperarrecompensas (Mt 24.41-42; 25.1-13; 1 Ts 5 .6 ; Hb 9.2«) ,

A ênfase es tá em trabalhar por recompen sas (coroas , 2 T m 4.8)e não em participação no arrebatamento.

Há versículos que enfatizam a necessidade de sofrer a fim dereinar (Rm 8.16-17; Lc 22.28-30; At 14.22; Cl 3.24; 2 Ts1.4-5). Portanto, os crentes devem sofrer agora ou durantea tr ibulação antes que possam reinar com Cris to.

O s crentes sofrem em todas as épocas e todo s os crentes irãoreinar com Cris to. O sofr imento e o reinado dos cr is tãosnunca é l igado a qualquer suposta ordem do arrebatamento.

Por causa do pecado, u m crente po de perder o direi to adesfrutar da primeira ressurreição e do reino (1 Co 6.19-20;G1 5.19-21; Hb 12.14).

Essas passagens falam que os não salvos não entram no reino.Elas não se aplicam aos crentes.

Os crentes dignos e vig i lantes terão a recom pensa de seremarrebatados antes da tr ibulação (Ap 3.10) .

A í es tá a divisão na igre ja , no corpo de Cris to. Parece queaqueles que são dignos de serem levad os serão arrebatados ,ao passo que os n ão dignos serão deixados para trás .Passagens com o Joã o 14.1 e 1 Co ríntios 15.51-52evidentemente incluem todos os crentes .

Como o batismo do Espír i to capacita para tes temunhar (At 1 .8)e nem todos os crentes tes temunham, nem todos os crentesestão no corpo de Cris to (1 Co 12.13) e nem todos serãoarrebatados .

O batismo do Espír i to coloca todos os crentes no corpo deCristo (1 Co 12.13).

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84. Concepções Acerca do Arrebatamento (continuação)

Meso-Tribulação

Declaração da Posição

Esta pos ição entende que a igre ja , os crentes em Cris to, serão arrebatados no m eio do período da tr ibulação,antes da Grand e Tribulação. Este conceito reúne o m elhor das pos ições d a pré-tr ibulação e da pós-tr ibulação.Ele também tem o arrebatamento no meio da septuagés ima semana.

Proponentes Gleason L. Archer, Norman Harrison, J. Oliver Buswell, Merrill C. Tenney, G. H. Lang

Argumentos a Favor

Argumentos Contra

Esta pos ição apresenta menos problemas do que os conceitospré ou pós-tribulacionistas. Ela evita os problemas dos doisextremos.

Exis te uma perda de iminência nesta pos ição (ass im como n a pós-tr ibulação). N ós já n ão som os cham ados a vig iar e esperar , masa aguardar sinais preparatórios, conforme indicados no livro doApocal ipse e em Mateus 24.1-14.

As Escrituras dão grande ênfase aos 3 anos e meio (42 meses,1260 dias) que dividem os 7 anos da tribulação (Dn 7; 9.27;12.7; A P 11.23; 12.3,6,14).

A ênfase no meio da tr ibulação é devida ao rompimento daal iança com Israel (Dn 9.27) , e não ao arrebatamento.

O discurso do Monte das Oliveiras (Mt 24-25) fa la da vinda,aparecim ento e retorno de Cris to. Ele coincide com apassagem do arrebatamento em 1 Tessalonicenses 4 .15.

O único elo concreto é o uso do termo  parous ia   em ambas aspassagens. Esse elo torna-se débil por causa de muitas outrasdiferenças nos contextos .

2 Tessalonicenses 2.14 claramente especifica sinais queprecedem o arrebatamento.

2 Tessalonicenses 2 . l s s refere-se aos dois eventos que precedemo Dia do Senhor, e não ao arrebatamento da igre ja .

Apocal ipse 11.15-19 menciona a sétima trombeta, que éidêntica à trombeta de Deus em 1 Tessalonicenses 4 .16.

O arrebatamento realmente ocorre em Apocal ipse 11 só porqueexis te um toque da trombeta? O argumento é fraco e não tembase bíblica.

Esta pos ição mantém a dis t inção entre o arrebatamento e arevelação, que são assim dois estágios da vinda de Cristo.

A pré-tr ibulação também mantém a dis t inção temporal . A pós-tr ibulação igualmente mantém uma dis t inção, embora se jauma diferença em essência e não no tempo.

A igre ja é l ibertada da ira de Deus , m as não de provações etestes , uma vez que o arrebatamento ocorre no meio datr ibulação, logo antes da grande m anifestação da ira deDeus .

Aqueles que sustentam essa pos ição devem ver um novo conceitode ira no l ivro do A pocal ipse . H á um a espir itual ização forçadados capítulos 1-11 com propósitos contemporâneos e não paracumprimento futuro. A igreja pode ser libertada da ira sejapelo arrebatamento pré-tribulação ou pela proteção contra a ira.

Ass im como no l ivro de Atos há uma sobreposição em termosdo programa de De us para a igre ja e para Israel , ass im háuma sobreposição no programa de Deus no l ivro doApocal ipse .

A igreja tem em s i tanto judeus quan to gentios . Todavia , i ssonão torna necessária uma sobreposição do programa de Deuspara a igreja e para Israel como nação.

Esta posição permite que os santos não glorificados do finalda tr ibulação entrem no reino milenal para repovoar omundo.

A pré-tribulação também perm ite o repovoamento. A lém disso,é  poss ível que alguns descrentes en trem no Milênio, um a vezque a conversão de Israel não ocorrerá até a Segunda Vinda.

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84. Concepções Acerca do Arrebatamento (continuação)

Pós Tribulação

Declaração da Posição

E s t a p o s i ç ã o a f ir m a q u e o s c r e n t e s v i v o s s e r ã o a r r e b a t a d o s n a s e g u n d a v i n d a d e C r i s to , q u e i rá o c o r r e r

n o f i n a l d a t r ib u l a ç ã o . D e n t r o d e s t e g ru p o , e x i s te m q u a t r o p o s i ç õ e s c o n f o r m e c a t e g o r i z a d a s p o r

W a l v o o r d : ( a ) c l á s s i c a , ( b ) s e m i - c l á s s ic a , ( c ) f u t u r i s ta , ( d ) d i s p e n s a c i o n a l . O e s p e c t r o é a m p l o ,

a b r a n g e n d o u m p e r í o d o d e s d e o s p a i s d a i g re j a a n t i g a a té o p r e s e n t e sé c u l o .

Proponentes

C l á s s ic a : J . B a r t o n P a y n e

S e m i -c l á ss ic a : A l e x a n d e r R e e s e , N o r m a n M a c P h e r so n , G e o r g e L . R o s e , G e o r g e H . F r o m o w

F u t u r i st a : G e o r g e L a d d , D a v e M a c P h e r s o n

D i s p e n s a c i o n a l : R o b e r t H . G u n d r y , D o u g l a s J . M o o

O u t r o s : H a r o l d O c k e n g a , J . S i d lo w B a x t e r

Argumentos a Favor Argumentos Contra

O a r r e b a t a m e n t o é p r e c e d i d o p o r s i n a is i n c o n f u n d í v e is

( M t 2 4 - 3 - 3 1 ) . E s s e s s i n a i s s ã o p a r t e d o p e r í o d o d e

t r ib u l a ç ã o p e l o q u a l o s s a n t o s t ê m d e p a s sa r . S u a

c u l m i n â n c i a s e r á o r e to r n o d e C r i st o , q u e i n c lu i r á o

a r r e b a t a m e n t o d o s c r e n t e s ( M t 2 4 . 2 9 - 3 1 , 4 0 - 4 1 ) .

N o d i s c u r s o d o M o n t e d a s O l i v e ir a s , C r i s to f a l a d o

a r r eb a t a m e n t o e m c o n e x ã o c o m a r e v e la ç ã o .

E s t a p o s iç ã o l e v a n t a p r o b le m a s q u a n t o a o r e p o v o a m e n t o

d o r e i n o m i le n a l p o r cr e n t e s d e c a r n e e s a n g u e s e t o d o s

e l e s s ã o a r r e b a t a d o s e g l o r i fi c a d o s .

A p a r á b o l a d o jo i o e d o t ri go ( M t 1 3 . 2 4 ) m o s t ra q u e a

s e p a r a ç ã o i r á o c o r r e r n o f i n a l d o s t e m p o s . N a q u e l a

o c a s i ã o , o s b o n s ( c r e n t e s ) s e r ã o s e p a r a d o s d o s m a u s

( i n c r éd u l o s ) e i s s o i r á o c o r r e r n o f i n a l d a t r i b u l a ç ã o .

A n o ç ã o d e q u e o s 1 4 4 m il d o A p o c a l i p s e s ã o a q u e l e s q u e

i r ão r e p o v o a r a t e rr a d e ix a d e l e v a r e m c o n s i d e r a ç ã o o

c o n t e x t o d e s t a p a s s a g e m .

A s e q ü ê n c i a d a r e s s u r r e iç ã o e x i g e q u e t o d o s o s c r e n t e s

d e t o d a s a s e r a s s e j a m r e s s u s c i t a d o s e m s e u s c o r p o s

g l o r i f i c a d o s n o f i n a l d a t r i b u l a ç ã o ( A p 2 0 . 4 - 6 ) .

Seu argum ento exegético de Apoca l ipse 3 .10 c om ele (“de” ) é

. trace >. Interpreta r “provaç ão” com o qua lque r outr a coisa ex ceto

a i r a de D eus n ão faz ju st i ça a e s ta pa l avra ou à pa s s agem.

O s e n s in o s d o N o v o T e s ta m e n t o a c e r c a d o r e t o r n o d e

C r i s t o n ã o f a z e m d i s t i n ç ã o d e e s t á g i o s : e p i f a n i a ,

m a n i f e s t a ç ã o , r e v e l a ç ã o , p a r u s i a , o d i a , o d i a d e J e s u s

C r i s to , o d i a d o S e n h o r J e s u s e o d i a d o S e n h o r .

A s e q ü ê n c i a d o s e v e n t o s , r e l a c i o n a n d o - s e 1 T e s s a l o n i c e n s e s

4 c o m o a r r e b a ta m e n t o e 1 T e s s a l o n i c e n s e s c o m o D i a

d o S e n h o r , é d e s p r e z ad a a o s e d e t e r m i n a r a o r d e m

c r o n o l ó g i c a d o s e v e n t o s.

A e x p r e s s ã o “ t e g u a r d a r e i d a h o r a d a p r o v a ç ã o ” , e m

A p o c a l i p s e 3 . 1 0 , t a m b é m p o d e r e fe r ir - se à l i b e r t a ç ã o

d a i r a d e S a t a n á s q u e e s t a r á a t u a n d o n o p e r í o d o d a

t r i b u l a ç ã o .

A s s i m c o m o a E s c r it u r a p o d e s e r u m t a n t o r e t i c e n t e

q u a n t o a u m a r r e b a t a m e n t o p r é - t r i b u l a ç ã o , e x i s t e u m

s il ê n c io a i n d a m a i o r q u a n t o a u m a r r e b a t a m e n t o p ó s -

t r i b u l a ç ã o . I s s o é e s p e c i a l m e n t e v e r d a d e i r o n a e p í s t o l a

p r o f é t i ca jo a n i n a d o A p o c a l i p s e , q u e d á m a i s ê n f a se a o

r e t o r n o d e C r i s to . U m e x e m p l o d i ss o s ã o a s v a g a s

r e f e r ê n c i a s à i g r e j a e m A p o c a l i p s e 4 —1 8 .

O s u r g im e n t o d e a p o s t a s ia é u m s in a l q u e i r á p r e c e d e r or e t o r n o d e C r i s t o ( 2 T s 2 . 8 ) .

O a r g u m e n t o d e q u e o a r r e b a t a m e n t o p ó s - t r ib u l a ç ã o e r a ac r e n ç a d a i g r e j a c r i s t ã h i s t ó r i c a c a i p o r t e r r a q u a n d o

v e r i f i c a m o s q u e a q u i l o q u e s e a c r e d i t a v a n a i g r e j a

p r i m i t i v a é b a s t a n t e d i f e r e n t e d o q u e s e a c r e d i t a h o j e .

N ã o o b s ta n t e , o fu n d a m e n t o d e u m a v e r d a d e d o u t ri n á ri a

n ã o é a i g r e j a p r i m i t i v a , m a s a P a l a v r a d e D e u s .

B o a p a r t e d o e n s in o b í b l ic o d a d o à i g re j a a c e r c a d o t e m p o

d o f i m t o r n a - s e s e m s e n t i d o s e a i g r e j a n ã o i r á p a s s a r

p e l a t ri b u l a ç ã o ( M t 2 4 . 1 5 - 2 0 ) .

E s t a p o s i ç ã o c o n f l it a c o m o e n s i n o d o r e t o r n o i m i n e n t e

d e C r i s t o . A E s c r i tu r a n o s e n s i n a a v i g i a r e e s p e ra r , n ã o

o s s i n a is p r e p a r a tó r i o s d a v i n d a d e C r i st o , m a s a b e n d i ta

e s p e r a n ç a d a s u a v o l t a ( T t 2 . 1 3 ) .

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85. Concepções Acerca do MilênioPremilenismo Histórico

(Também denominado Premilenismo Clássico e NãoTKspensacional)

Declaração do Conceito

O s p r e m i le n i st a s s u s t e n t a m q u e o r e t o r n o d e C r i s t o s e r á p r e c e d i d o d e c e r t o s s i n a i s, d e p o i s s e gu i d o s

d e u m p e r ío d o d e p a z e ju s t i ç a n o q u a l C r i s t o i rá r e i n a r so b r e a t e r ra e m p e s s o a c o m o R e i . O s

p r e m i l e n is t as h i st ó r ic o s e n t e n d e m a v o l t a d e C r i s to e o a r r e b a t a m e n t o c o m o u m s ó e o m e s m oe v e n t o . E l e s v ê e m u n i d a d e . P o r t a n t o , e l e s s ã o d i s t i n t o s d o s p r e m i l e n i s t a s d i s p e n s a c i o n a i s , q u e o s

c o n s i d e ra m c o m o d o i s e v e n t o s s e p a r a d o s p e l a t r ib u l a ç ã o d e s e t e a n o s . O p r e m i le n i s m o f o i a

i n t e r p r e t a ç ã o e s c a t o l ó g i c a p r e d o m i n a n t e n o s t r ê s p r i m e i r o s s é c u l o s d a i g r e j a c r i s tã . O s a n t i g o s

p a i s P a p i a s , I r i n e u , J u s t i n o M á r ti r , T e r t u l i a n o e o u t r o s s u s t e n t a r a m e s s a c o n c e p ç ã o .

Proponentes

G e o r g e E . L a d d , J . B a r t o n P a y n e , A l e x a n d e r R e e s e , M i l l ar d E r i c k s o n

Argumentos a Favor

Argumentos Contra

A c r o n o l o g i a d e A p o c a l i p s e 1 0 - 2 0 m o s t r a q u e

i m e d i a t a m e n t e a p ó s a s e g u n d a v i n d a d e C r i s t o ir á

a c o n t e c e r o s e g u i n t e: a p r is ã o d e S a t a n á s ( 2 0 . 1 - 3 ) , a

p r i m e i r a r e s su r r e i ç ã o ( 2 0 . 4 - 6 ) e o i n í c i o d o r e i n o d e

C r i s t o ( 2 0 . 4 - 7 ) p o r “ m il a n o s . " ( 1 7 - 1 8 ) *

O r e in o d e C r i st o n ã o c o m e ç a a p ó s a p r i m e i r a re s su r r e iç ã o ,

p o i s e le já r e i n a à d e s t r a d o P a i ( H b 1 . 3 ) . ( 1 7 8 - 7 9 )

N o t e m p o p r e s e n t e , a i g re j a é o I s r a e l e s p ir i tu a l . D e u s i r á

r e s t a u r a r a n a ç ã o d e I s r a e l a o s e u l e g í t i m o l u g a r a f i m

d e c u m p r i r a s p r o m e s s a s d o r e i n o ( R m 1 1 ) n o r e i n o

m i le n a l . E s t a p a s s a ge m a p ó i a o e n s i n o d e R m 1 1. 2 4 :

“ . . . q u a n t o m a i s n ã o s e r ã o e n x e r t a d o s n a s u a p r ó p r ia

o l i v e i r a a q u e l e s q u e s ã o r a m o s n a t u r a i s ! ” ( 1 8 - 2 9 )

A i n d a q u e a i g re j a se b e n e f i c i e e sp i r it u a l m e n t e d a s

p r o m e s s a s f e it a s a I s r a e l, I s r a e l e a i g r e j a n u n c a s ã o

e q u i p a r a d o s e s p e c i f ic a m e n t e . ( 4 2 - 4 4 )

U m r e in o c o m p o s t o t a n t o d e s a n t o s g l o ri f ic a d o s q u a n t o

d e p e s s o a s a i n d a n a c a r n e p a r e c e e x c e s s i v a m e n t e i rr ea l

p a r a s e r p o s s í v e l . ( 4 9 )

O V e l h o T e s t a m e n t o e C r i s t o p r e d i ss e r a m u m r e i n o n o

q u a l o U n g i d o h a v e r i a d e g o v e r n a r ( SI 2 ; M t 2 5 . 2 4 ) .

O r e in o é u m e n s i n a m e n t o g e r a l d a B í b l ia . E l e a g o r a e st á

n a i g r e ja ( M t 1 2 . 2 8 ; L c 1 7 . 2 0 - 2 1 ) . C r i s t o r e i n a a g o r a

n o s c é u s ( H b 1 . 3 ; 2 . 7 - 8 ) . ( 1 7 8 - 7 9 )

C o m o a s p r o f e ci a s d o V e lh o T e s t a m e n t o fo r a m c u m p r i d a s

n o p a s s a d o , a s s im a q u e l a s re f e r e n t e s ao f u t u r o t a m b é m

o s e r ã o . E s t e é um a r g u m e n t o a f a v o r d a c o n s i st ê n c i a

n a h e r m e n ê u t i c a . ( 2 7 -2 9 ) .

A i n t e r p r e t a ç ã o d e A p o c a l i p s e 2 0 . 1 - 7 n ã o e x i g e l i te r a li sm o .

E s s e s v e r sí c u l o s p o d e m s e r e n t e n d i d o s s i m b o l i c a m e n t e ,

u m a v e z q u e o l iv r o d o A p o c a l i p s e u t il iz a m u i to s

s í m b o l o s . ( 1 6 1 )

A i g r e j a se r v e p a r a c u m p r i r a l g u m a s d a s p r o m e s s a s f e i ta s

a I s r a e l . C r i s t o d e i x o u i s t o c l a r o d e p o i s q u e o s j u d e u s

o r e je i t a r a m ( M t 1 2 . 2 8 ; L c 1 7 . 2 0 - 2 1 ) . ( 2 0 - 2 6 )

E s t a c o n c e p ç ã o i n si st e q u e o N o v o T e s t a m e n t o i n te r p r et a

p r o f e ci a s d o A n t i g o T e s t a m e n t o e m c a s o s n o s q u a i s o

N o v o T e s t a m e n t o n a r e a l i d a d e e s t á a p l ic a n d o u m p r in c íp io

e n c o n t r a d o e m u m a p r o f e c i a d o V e l h o T e st a m e n t o ( O s

1 1 .1 e m M t 2 . 1 5 ; O s 1 . 1 0 e 2 . 2 3 e m R m 9 . 2 4 - 2 6 ) . ( 4 2 -4 3 )

O s e n t i d o d e “ v i v e ra m ” ( A p 2 0 . 4 ) p o d e s e r e n t e n d i d o

c o m o “ v i v o s ” , e n ã o c o m o r e f e r ê n c i a à r e s su r r e iç ã o .

M u i t o s d o s p a i s d a i g r ej a a n t i g a a b r a ç a r am e s t a v i s ã o d a

e s c a t o l o g i a . ( 9 )

N ã o é f á c il e n c a i x a r o s p a i s d a i g r e j a d e f in i t iv a m e n t e e m

u m a c o n c e p ç ã o d a e s c a t o l o g i a . A l é m d i s so , a s d o u t r in a s

n ã o s ã o d e f i n i d a s p e l a a n á l i s e d o s p a i s d a i g r e j a , m a s p e l o

e s t u d o d a E s c r i t u r a . (4 1 )

U m r e i n o t e rr e n o l it e ra l d e m i l a n o s é m e n c i o n a d o s o m e n t e

e m u m a p a s sa g e m ( A p 2 0 . 1- 6 ) e ta m b é m o c o r re n al it e r a tu r a a p o c a l í p t ic a . O V e l h o T e s t am e n t o n ã o p o d e s e r

u s a d o p a r a s u p r i r i n f o r m a ç õ e s a c e r c a d o M i l ê n i o . ( 3 2 )

A s p r o f e c ia s d o V e l h o T e s t am e n t o c o n s t i tu e m o f u n d a m e n t o

d a s p r o fe c ia s d o N o v o T e s ta m e n t o . O N o v o T e s t a m e n t oe s t a b e l e c e o l o c a l e a d u r a ç ã o d o m i lê n i o ( A p 2 0 . 1 - 6 ) e

o V e l h o T e s t a m e n t o f o r n e c e m u i t a i n f o r m a ç ã o s o b r e a

n a t u r e z a d o m i lê n i o . ( 4 3 - 4 6 )

R o m a n o s 1 1 . 2 6 d iz q u e a n a ç ã o d e I s ra e l s e r á c o n v e r t id a .

( 2 7 - 2 8 )

M u i t a s p a s s a g e n s d o N o v o T e s t a m e n t o d i s s o lv e m a s d i s ti n ç õ e s

entre Israel e a igre ja (G1 2.28-29; 3 .7 ; Ef 2 .14-16) . (109)

D e u s r e s e r v o u u m l u g a r e sp e c i a l p a r a a n a ç ã o d e I s ra e l

n o s e u p l a n o . ( 2 7 - 2 8 )

I s ra e l fo i e s c o lh i d o c o m o a n a ç ã o p o r i n t e rm é d i o d a q u a l

v i ri a o M e s s ia s . C o m o J e s u s c o n s u m o u s u a o b r a , o

p r o p ó s i t o e s p e c i a l d e I s r a e l j á f o i c u m p r i d o . ( 5 3 )

* 0 s números que seguem as afirmações referem-se às páginas de Robert G. Clouse, The Meaning of the Millennium: Four Views  [O Significado do Milênio:

Quatro Posições] (Downers Grove: InterVarsity Press, 1977). U sado m ediante permissão. Outras afirmações proced em de diferentes autores.

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85. Concepções Acerca do Milênio (continuação)

Premilenismo Dispensacional

Declaração 

do Conceito

O s a d e p t o s d e s t a e s c o l a s ã o a q u e l e s q u e g e r a l m e n t e su s t e n t a m o c o n c e i t o d e d o i s e s t á g io s n a v i n d a

d e C r i s t o . E l e v i r á  p a r a   a s u a i g r e ja ( a r r e b a t a m e n t o ) e d e p o i s c o m a s u a i g r e ja ( r e v e l a ç ã o ) . O s d o i s

e v e n t o s s ã o s e p a r a d o s p o r u m a t r i b u l aç ã o d e s e t e a n o s . E x i st e u m a d i s t in ç ã o c o n s i s t e n t e e n t r e

I s r a e l e a ig r e j a a o l o n g o d a h i s t ó r ia .

Proponentes

J . N . D a r b y , C . I . S c o f ie l d , L e w i s S p e rr y C h a f e r , J o h n W a l v o o rd , C h a r l e s F e in b e r g , H e r m a n H o y t ,

H a r r y I r o n s i d e , A l v a M c C l a i n , E r i c S a u e r , C h a r l e s R y ri e

Argumentos a Favor

Argumentos Contra

E s te c o n c e i t o m a n t é m u m a h e r m e n ê u t ic a c o n s i st e n t e

q u e p e r m i t e a I s r a e l cu m p r i r a s p r o m e s s a s q u e l h e f o ra m

f e i ta s e à ig r e j a c u m p r i r a s s u a s p r o m e s s a s . ( 6 6 - 6 8 )

I s ra e l j á c u m p r i u a s p r o m e s s a s d e u m a t e r r a c o m a

c o n q u i s ta d e C a n a ã 0 s 2 1 . 4 3 ,4 5 ) . S e u p r o p ó s i t o d e

t ra z e r o M e s s i a s t a m b é m j á f o i c u m p r i d o . ( 1 0 1 )

A e x p r e s s ão “ e v iv e r a m ” ( A p 2 0 . 4 - 5 ) , e n t e n d i d a c o m o a

p r i m e i r a r e s s u r r e i ç ã o , s u s t e n t a e s t a c o n c e p ç ã o . E s s a

r e s s u r r e i ç ã o p r e c e d e o r e i n o m i l e n a l . ( 3 7 - 3 8 )

E s s a r e s su r r e i ç ão n ã o é f í si ca p o r q u e s o m e n t e p o d e o c o r r e r

u m a r e s su r r e i ç ã o f ís ic a ( J o 5 . 2 8 - 2 9 ) ; A t 2 4 - 1 5 ) . E s s a é

u m a r e s s u r r e i ç ã o es p i r it u a l . ( 5 6 - 5 8 ; 1 6 8 )

A E s c r it u r a r ev e l a t a n t o u m r e in o u n i v e r sa l q u a n t o u m

r e i n o m e d i a t o r i a l , q u e s ã o d o i s a s p e c t o s d o g o v e r n o d e

D e u s . 0 r e in o m e d i a to r i al é o M i l ê n i o , n o q u a l C r i s t o

i rá re inar na te r ra . (72- 73s s ; 91 )

O g o v e r n o d e D e u s s o b r e a c r ia ç ã o s e m p r e t e m s i d o p o r

u m m e d i a d o r . A s s i m , o s eu g o v e r n o m e d i a t o r i a l n ã o

p o d e s e r r e s tr i n g i d o a o M i l ê n i o . ( 9 3 )

U m a l e it u ra l it e ra l d e A p o c a l i p s e 1 9 - 2 0 c o n d u z a u m a

c o n c e p ç ã o p r e m i l e n i st a d i s p e n s a c i o n a l . O u t r a s

c o n c e p ç õ e s p r e c i sa m e s p ir it u a l iz a r o s e v e n t o s .

G r a n d e p a r t e d o A p o c a l i p s e d e v e s e r e n t e n d i d a

s i m b o l i c a m e n t e e m r a z ã o d e su a n a t u r e z a a p o c a l í p t i c a .

O p a c t o a b r a â m i c o s e r á p l e n a m e n t e c u m p r i d o e m I sr a e l

( G n 1 2 . 1 - 3 ). S u a r e a l i z a ç ã o é v i st a n o s p a c t o s p a l e s ti n o

e d a v í d i c o e n a n o v a a l i a n ç a . A i g re j a p a r ti c ip a d a s

b ê n ç ã o s d a n o v a a l i a n ç a , m a s n ã o c u m p r e a s s u a s

p r o m e s s a s ( G 1 3 . 1 6 ) .

A s p r o m e s s as f e it a s a o I sr a el d o A n t i g o T e s t a m e n t o

f o r a m s e m p r e c o n d i c io n a i s e b a s e a d a s n a o b e d i ê n c i a

e f i d e l id a d e d e I s ra e l . A n o v a a l i a n ç a é p a r a a i g r e j a ,

e n ã o p a r a I s r a e l. ( 1 0 0 )

O c o n c e i t o d e u m r e in o t e r r e n o l i te r a l é u m a

c o n s e q ü ê n c i a d o s e n s i n a m e n t o s g e ra i s a c e r c a d o r e i n ot a n t o n o A n t ig o c o m o n o N o v o T e s ta m e n t o . ( 4 2 -4 3 )

O N o v o T e s ta m e n t o , q u e é a ú n i ca a u t o r i d a d e p a r a a

i g r e ja , s u b s t it u i u o V e lh o T e s t a m e n t o e s u a s p r o m e s s a s .( 9 7 )

O M i lê n i o é p o s sí v e l e n e c e s s á r io p o r q u e n e m t o d a s a s

p r o m e s s a s f e i t as a I s r a e l f o r a m c u m p r i d a s . ( E n n s , 3 9 0 )

A d e s o b e d i ê n c i a d e I s r ae l a n u l o u a s s u a s p r o m e s s as , q u e

e s t a v a m b a s e a d a s n a s u a f i d e l id a d e ( Jr 1 8 . 9 - 1 0 ). ( 9 8 )

O V e lh o T e s t a m e n t o d e s c re v e o r e i n o c o m o u m r e i n o

l it e r a l d o M e s s i a s so b r e t o d o o m u n d o , n a t e r r a . ( 7 9 - 8 4 )O N o v o T e s t a m e n t o m o s tr a q u e C r i st o e s t ab e l e ce u u m

r e in o e m s u a p r im e i r a v i n d a e e s t á r e i n a n d o a g o r a s o b r e

t o d o o m u n d o . ( 1 0 2 )

Page 142: Teol.cristã Em Quadros- h

8/16/2019 Teol.cristã Em Quadros- h

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85. Concepções Acerca do Milênio (continuação)

Pós'Milenismo

Declaração do Conceito

O s p ó s - m i l e n is t as c r ê e m q u e o r e i n o d e D e u s e s t á s e n d o e s t a b e l e c id o a g o r a p o r m e i o d o e n s i n o , d a

p r e g a ç ã o , d a e v a n g e l i z a ç ã o e d a s a t i v i d a d e s m i s si o n á r i a s. O m u n d o s e r á c r i st ia n i z a d o e a

c o n s e q ü ê n c i a s e r á u m l o n g o p e r í o d o d e p a z e p r o s p e r i d a d e c h a m a d o d e M i lê n i o . I s so s e r á se g u id op e l a v o l t a d e C r i st o . E s t a p o s iç ã o a p a r e n t e m e n t e e s t á a l c a n ç a n d o m a i s a d e p t o s e m c í r c u lo s

c o n t e m p o r â n e o s , c o m o o I n s t it u t o d e E s t u d o s C r i st ã o s p a r a a R e c o n s t r u ç ã o C r i st ã . A p r i n c ip a l

p r o p o n e n t e d o p ó s - m i l e n i s m o t r a d i c i o n a l f o i L o r r a i n e B o e t t n e r . V e r s e u l i v r o The Millennium  

( F i la d é l fi a : P r e s b y t e ri a n a n d R e f o r m e d P u b l i s h i n g C o . , 1 9 5 7 ) .

Proponentes

A g o s t i n h o , L o r a i n e B o e t t n e r, A . H o d g e , C h a r l e s H o d g e , W . G .T . S h e d d , A . H . S t ro n g , B . B .

W a rf ie ld , Jo a q u i m d e F i o r e , D a n i e l W h i tb y , J a m e s S n o w d e n , o s r e c o n s t r u c io n i s t a s c r is tã o s

Argumentos a Favor

Argumentos Contra

E m c e r t o s e n t i d o , o g o v e r n o d o E s p í r it o d e D e u s n o

c o r a ç ã o d o c r e n t e é u m m i l ê n i o ( J o 1 4 - 1 6) . ( 1 2 1 )

E s t a c o n c e p ç ã o d e i x a d e e n c a r a r a d e q u a d a m e n t e

A p o c a l i p s e 2 0 a o f o r m u l a r e d e f in i r a su a n o ç ã o d o

M i l ê n i o . ( E r i c k s o n , 1 2 0 8 )

A d i f u s ã o u n i v e rs a l d o e v a n g e l h o é p r o m e t id a p o r C r i s t o

( M t 2 8 . 1 8 - 2 0 ).

A G r a n d e C o m i ss ã o n ã o o r d e n a a p r o c l a m a ç ã o u n i v er sa l

d o e v a n g e l h o ; o m u n d o é c a r a c t e r iz a d o p o r d e c l ín i o e

n ã o p o r c r e s c i m e n t o e s p i ri tu a l .

O t r o n o d e C r i s to e s t á n o c é u , o n d e e l e a g o r a re i n a e

g o v e r n a ( S I 4 7 . 2 ; 9 7 . 5 ) . A i g r e j a t e m a t a r e f a d e

p r o c l a m a r e s sa v e r d a d e e a j u d a r a s p e s s o a s a c r e r em

n e l e . ( 1 1 8 - 1 1 9 )

N e n h u m a d e s s a s a f i rm a ç õ e s e x ig e o p ó s- m i l e n i sm o o u

a f a s t a u m f u t u r o r e i n o t e r r e s t r e .

A s a l v a ç ã o v i r á a t o d a s a s n a ç õ e s , t r i b o s , p o v o s e lí n g u a s( A P 7 .9 - 1 0 ) .

A i n d a q u e a s a l v a ç ã o v e n h a a t o d a s a s n a ç õ e s , i s s o n ã os i g n i f i c a q u e t o d o s , o u q u a s e t o d o s , s e r ã o s a l v o s , n e m o

N o v o T e s t a m e n t o d iz q u e o e v a n g e l h o v i s a m e l h o r a r as

c o n d i ç õ e s s o c i a i s d o m u n d o .

A p a r á b o l a d e C r i s to s o b re o g rã o d e m o s t a r d a m o s t ra

c o m o o e v a n g e l h o s e e st e n d e e se e x p a n d e l e n t a m e n t e ,

m a s c o m s e g u r a n ç a , a té q u e v e n h a a c o b r ir t o d o o

m u n d o ( M t 1 3 . 3 1 -3 2 ).

O s s a l v o s s e r ã o m u i t o m a i s n u m e r o s o s q u e o s p e r d id o s

n o m u n d o . ( 1 5 0 - 51 )

U m a m a i o r ia d e p e s s o a s s a l v a s n a t e r ra n ã o g a r a n t e a e r a

d o u r a d a q u e o p ó s - m i l e n i s m o e s p e r a q u e v e n h a .

E x i s t e m m u i t a s e v i d ê n c i a s a d e m o n s t r a r q u e o n d e o

e v a n g e l h o é p r e g a d o a s c o n d i ç õ e s s o c i a is e m o r a i se s tã o m e l h o r a n d o a c e n t u a d a m e n t e .

A a t i tu d e d e i d e a l is m o o t i m i s t a i g n o r a a s p a s sa g e n s q u e

m o s t r a m a c o n f u s ã o e a p o s t a s i a d o f in a l d o s te m p o s( M t 2 4 . 3 - 1 4 ; 1 T m 4 - 1 - 5 ; 2 T m 3 . 1 -7 ) .

A l é m d i s so , p o d e - s e r e u n i r a m e s m a q u a n t i d a d e d e

e v i d ê n c i a s p a r a p r o v a r q u e a s c o n d i ç õ e s d o m u n d o

e s t ã o p i o r a n d o . ( 1 5 )

P o r m e i o d a p r e g a ç ã o d o e v a n g e l h o e d a o b r a s a lv í f ic a d o

E s p í r i t o , o m u n d o s e r á c r i s t i a n i z a d o e C r i s t o v o l t a r á a o

f in a l d e u m l o n g o p e r í o d o d e p a z co m u m e n t e c h a m a d o

d e M i l ê n i o . ( 1 1 8 )

O u s o d e u m a a b o r d a g e m a l e g ó r i c a n a in t e r p r e t a ç ã o

b í b l i c a d e A p o c a l i p s e 2 0 a l e g o r i z a i n t e i r a m e n t e o r e i n o

d e m i l a n o s .

E x i s t e u m a q u a n t i d a d e l i m i t a d a d e a p o i o b íb l ic o p a r a

e s s a p o s i ç ã o .

Page 143: Teol.cristã Em Quadros- h

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85. Concepções Acerca do Milênio (continuação)

Amilenismo

Declaração do Conceito

A B í b l ia p r ed i z u m c o n t í n u o c r e s c i m e n t o p a r a l e lo d o b e m e d o m a l n o m u n d o e n t r e a p r i m e i ra e a

s e g u n d a v i n d a s d e C r i s t o . O r e in o d e D e u s e s t á p r e s en t e a g o r a n o m u n d o p o r m e i o d a s u a P a l a v ra ,

d o s e u E s p í r it o e d a s u a i g re j a. E s t a p o s i ç ã o t a m b é m t e m s i d o c h a m a d a d e “ m i le n i s m o r e a l i z a d o ” .

Proponentes

O s w a l d A l li s, L o u i s B e r k h o f , G . B e r k o u w e r , W i ll ia m H e n d r i c k s e n , A b r a h a m K u y p e r, L e o n M o r r is ,

A n t h o n y H o e k e m a , o u t r o s t e ó l o g o s r e f o rm a d o s , e a I g r ej a C a t ó l i c a R o m a n a .

Argumentos a Favor

Argumentos Contra

A n a t u re z a c o n d i c io n a l d o p a c t o a b r a â m i c o ( b em c o m o

d o s o u t r o s p a c t o s ) i n d i c a q u e o s eu c u m p r i m e n t o , o u

f a l t a d e c u m p r i m e n t o , é t r a n s f e r i d o p a r a a i g r e ja p o r

m e i o d e J e s u s C r i s t o ( G n 1 2 . 1 - 3 ; R m 1 0 ; G 1 3 . 1 6 ) .

M u i t a s p a s s a g e n s m o s t r a m q u e o p a c t o a b r a â m i c o fo i

i n c o n d i c io n a l e d e v e r i a s e r l i te r a l m e n t e c u m p r i d o p o r

I s rae l .

A s p r o m e s s a s d e u m a t e rr a f ei ta s n o p a c t o a b r a â m i c o

f o r a m e x p a n d i d a s a p a r t i r d o s j u d e u s p a r a t o d o s o s

c r e n t e s e d a t e r r a d e C a n a ã p a r a a n o v a t e r ra .

E s t a p o s i ç ã o t e m p r o b l e m a s p a r a s e r h e r m e n e u t i c a m e n t e

c o n s i s t e n t e n a i n t e r p r e t a ç ã o d a E s c r i t u r a . E l a

e s p i r it u a l iz a p a s s a g e n s q u e c l a r a m e n t e p o d e m s e r

e n t e n d i d a s l i t e r a l m e n t e .

A p r o f e c ia e x ig e u m a a b o r d a g e m s i m b ó l i c a n a

i n t e r p r e t a ç ã o d a B í b l i a . P o r t a n t o , a s p a s s a g e n s

p r o f é ti c a s p o d e m s e r e n t e n d i d a s n o c o n t e x t o g e r a l

d a c o n c r e t i z aç ã o d o p a c t o p o r D e u s ( p o r e x . , A p 2 0 ) .

(161)

A c r o n o l o g i a d e A p o c a l i p s e 1 9 - 2 0 é c o n t í n u a e d e s c r e v e

e v e n t o s q u e i r ã o o c o r re r n o f in a l d a t r i b u l a ç ã o e a n t e s

d o r e i n o m i l e n a r d e C r i s t o .

O V e lh o e o N o v o T e s t a m e n t o e s tã o i n t im a m e n t e u n i d o ss o b o p a c t o d a g r a ç a . A g o r a , I s r a e l e a i g r e j a n ã o s ã o

d o i s p r o g r a m a s d i s t in t o s m a s u m s ó c u m p r i m e n t o d o s

p r o p ó s i to s e p l a n o s d e D e u s . ( 1 8 6 )

A E s c r i tu r a n ã o r e v e l a c l a ra m e n t e u m p a c t o d a g r a ç a .E s s e é u m t e r m o t e o l ó g ic o q u e f o i c u n h a d o p a r a

e n c a i x a r n o e s q u e m a a m i l e n is t a d e e s c a t o lo g i a .

O r e i n o d e D e u s é c e n t r a l n a h i s t ó r i a b íb l i c a . F o i c e n t r a l

n o V e l h o T e s t a m e n t o , n o m i n is t é ri o d e J e s u s e n a i g r ej a ,

e ir á c o n s u m a r - se c o m o r e t o r n o d e C r i s t o . N ã o h á

n e c e s s id a d e d e e s p e r a r u m r e in o e m u m a é p o c a f u t u r a ,

p o i s o r e i n o s e m p r e e x i s t i u . ( 1 7 7 - 7 9 )

A p o s i ç ã o o b v i a m e n t e c o n si d er a q u e D e u s n ã o t e m u m

l u g a r p a r a I s r a e l n o f u t u r o . O s a m i l e n i s t a s t ê m

d i f ic u l d a d e d e e x p l i ca r R o m a n o s 1 1.

A h i s tó r i a e s t á se m o v e n d o p a r a o a l v o d a r e d e n ç ã o t o t a l

d o u n i v e r s o ( E f 1 . 1 0 ; C l 1 . 1 8 ) . ( 1 8 7 )A r e d e n ç ã o t o t a l d o u n i v e r s o é o a l v o d e t o d a s a s

c o n c e p ç õ e s m i le n i st a s. I s so n ã o a p ó i a e s p e c i f i c a m e n t e

u m c o n c e i t o a m i le n i st a .

A p o c a l ip s e 2 0 . 4 - 6 r e f e re - s e a o r e in o d a s a l m a s c o m

C r i s to n o c é u , e n q u a n t o e l e r e i n a p e l a s u a P a l a v r a

e p e l o se u E s p ír i to . ( 1 6 4 - 6 6 )

A p o c a l i p s e 2 0 . 4 - 5 c l a r a m e n t e r e f e r e - se a u m a r e s su r r e iç ã o ,

m a s o s a m i le n i s ta s e v it a m o a s s u n t o . A l g u m a s f o rm a s d o

v e r b o g r e g o zao (Cáui ) , “ v i v e r ” , s ã o u s a d a s n o s e n t i d o d e

r e s su r r e iç ã o e m J o ã o 5 . 2 5 e A p o c a l i p s e 2 . 8 .

O N o v o T e s t a m e n t o f r e qü e n t e m e n t e e q u i p a ra I s ra e l

e a ig r e ja c o m o u m a u n i d a d e ( A t 1 3 . 3 2 - 3 9 ; G1 6 .1 5 ;

1 P e 2 . 9 ) . ( H o e k e m a , 1 9 7 - 9 8 )

A n a ç ã o d e I s r ae l e a i g re j a sã o t r a t a d a s c o m o d i s t in t a s n o

N o v o T e s t a m e n t o ( A t 3 .1 2 ; 4 - 8 - 1 0 ; 2 1 . 2 8 ; R m 9 . 3 - 4 ;

10 .1 ; 11 ; E f 2 .12 ) .

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86. Quadro Cronológico Dispensacional das Últimas Coisas

Encarnação O ápTrayrjcrofieda   O Dia do enhor O ánoKaÁvipiç   Estado Eterno

I (“arre batam ento” ) I ( revela ção ) I

1 Era da Igreja I I„ tervalo 1 O Tempo da Angústia de Jacó I Milênio i

W - I - W (Inbulaçao Intermediaria) X i J

Mt 1.18-23 Ef 2.3-6 1 Ts 4.17 Ml 4.5 Dn 9.27 Mt 24.30-31 Ap 20.1-6 1 Co 15.24-28

Cl 4.4 1 Ts 5.4 1 Pe 1.7,13 Ap 7.26-27 Ap 21-22

Fp 2.6-8 2 Ts 2.2 Ap 1.1

2 Pe 3.10

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87. Concepções Acerca das Últimas CoisasCategorias Amilenismo Pós-Milenismo Pré'Milenismo

HistóricoPré'MilenismoDispensacional

Segunda Vindade Cristo

Um único evento; nenhumadistinção entre arrebatamentoe segunda vinda; introduz oestado eterno.

Um único evento; nenhumadistinção entre arrebatamentoe segunda vinda; Cristo retornaapós o milênio.

Arrebatamento e segunda vindasimultâneos; Cristo volta parareinar na terra.

A segunda vinda será em duasfases; arrebatamento da igrejasegunda vinda à terra sete anodepois.

R essurreição R essurreição geral d os crentese incrédulos na segunda vindade Cristo.

Ressurreição geral dos crentes eincrédulos na segunda vindade Cristo.

Ressurreição dos crentes no iníciodo Milênio. Ressurreição dosincrédulos no final do Milênio.

Distinção entre duas ressurreiçõ1. Igreja no arrebatamento; 2.

Santos do Velho Testamento eda tribulação na segunda vind3. Incrédulos no final do Milên

Julgamentos Julgamento geral de todas aspessoas.

Julgamento geral de todas aspessoas.

Julgamento na segunda vinda.Julgamento no final da tribulação.

Distinção no julgamento:1. Obras dos crentes no

arrebatamento; 2. Judeus/gentno final da tribulação; 3.Incrédulos no final do Milênio

Tribulação A tribulação é experimentadanesta era presente.

A tribulação é experimentadanesta era presente.

Conceito pós-tribulação; a igrejapassará pela futura tribulação.

Con ceito pré-tribulação: a igrejarrebatada antes da tribulação

Milênio Nenhu m milênio literal na terraapós a segunda vinda. O reinoestá presente na era da igreja.

A era presente tranforma-se noMilênio por causa d o progressodo evangelho.

O Milênio é tanto presentequanto futuro. Cristo estáreinando no céu. O Milênio nãotem necessariamente mil anos.

Na segunda vinda, Cristo inauguum milênio literal de mil anosna terra.

Israel e a Igreja A igreja é o novo Israel. Não hádistinção entre Israel e a igreja.

A igreja é o novo Israel. Não hádistinção entre Israel e a igreja.

Alguma distinção entre Israel e aigreja. Há um futuro para Israel,mas a igreja é o Israel espiritual.

Completa distinção entre Israel a igreja. Programa distinto parcada um.

Defensores L. Berkhof; O. T. Allis; G. C.Berkhouwer

Charles Hodge; B. B. Warfield; W.G. T. Shedd; A. H. Strong

G. E. Ladd; A. Reese; M. J.Erickson

L. S. Chafer; J. D. Pentecost; C. Ryrie; J. E Walvoord

Adaptado de Paul Enns, Moody Handbook of Theology (Chicago: Moody Press, 1989), p. 383. Usado mediante permissão.

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88. Perspectivas sobre o Extincionismo

Declaração doConceito

Todas as pessoas são criadas imortais, mas aquelas que persistirem no pecado serãocompletamente aniquiladas, ou seja, reduzidas à não-existência.

Proponentes Arnóbio, Edward Fudge, Clark H. Pinnock, socinianos, John R. W. Stott, B. B. Warfield,

John WenhamPrincípios Existe um inferno literal.

Nem todos serão salvos.

Existe apenas um tipo de existência futura.

Aqueles que não forem salvos serão eliminados ou aniquilados. Eles simplesmentedeixarão de existir.

Ninguém merece um sofrimento eterno e consciente.

Argumentos a Favor Argumentos Contra

É inconsistente com o amor de Deus que ele permitao tormento eterno de suas criaturas.

Essa noção dá ênfase excessiva ao aspecto materialdo ser humano.

A cessação da existência está implícita em certostermos aplicados ao destino dos ímpios, tais comodestruição (Mt 7.13; 10.28; 2 Ts 1.9) e perecer(Jo 3.16).

Não há nenhuma evidência lexicográfica ou exegéticaque sustente a afirmação de que tais termossignificam aniquilação. A maneira como essestermos são usados na Escritura revela que nãopodem significar aniquilação.

A punição eterna mencionada em Mateus 25.46

não significa algo infindável.

Em Mateus 25.46, é feito um paralelo entre a

existência dos crentes e a dos incrédulos. Afirma-seque ambas as formas de existência são eternas. Amesma palavra é usada em ambos os casos. Se apassagem fala de vida eterna para o crente, tambémdeve estar falando de punição eterna para oincrédulo. De outro modo, a palavra “eterno” temdois sentidos contrastantes no mesmo versículo.

Somente Deus possui imortalidade (1 Tm 1.17;6.16).

Deus também confere imortalidade aos santos anjos eà humanidade redimida. Somente Deus tem vida eimortalidade em si mesmo (Jo 5.26), mas isso nãosignifica que ele não tenha conferido existênciainfindável como uma dádiva natural às suascriaturas racionais. A Escritura apresenta a mortecomo uma punição pelo pecado (Gn 2.17; Rm 5.12)em vez da imortalidade como uma recompensapela obediência.

A imortalidade é um dom especial relacionado coma redenção em Jesus Cristo (Rm 2.7; 1 Co 15.52-54; 2 Tm 1.10).

A vida eterna é uma qualidade de vida que os ímpios jamais experimentarão. A expressão “vida eterna"não indica uma existência sem fim, mas refere-seà felicidade da verdadeira comunhão com DeusQo 17.3).

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89* Castigo Eterno

Descrição Trevas (Mt 8.12)

Choro e ranger de dentes (Mt 8.12; 13.50; 22.13; 24-51)Fornalha de fogo (Mt 13.50)

Fogo eterno (Mt 25.41)

Fogo inextinguível (Lc 3.17)Abismo (Ap 9.1-11)

Tormento eterno, sem descanso de dia ou de noite (Ap 14.10-11)Lago do fogo (Ap 19.20; 21.8)Negridão das trevas (Judas 13)

Participantes Satanás (Ap 20.10)

A besta e o falso profeta (Ap 20.10)

Anjos pecaminosos (2 Pe 2.4)Seres humanos (corpo e alma) serão lançados na punição eterna (Mt 5.30; 10:28; 18.9;

Ap 20.15).

Efeitos Separação de Deus e da sua glória (2 Ts 1.9)

Diferentes graus de punição (Mt 11.21-24; Lc 12.47-48)

Estado eterno final; sem segunda oportunidade (Is 66.24; Mc 9.44-48; Mt 25.46; 2 Ts 1.9)

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IS'IAEM QUADROS

Teologia Cristã em Quadros  apresenta de uma maneira sucin

ta, equilibrada e sistemática as diferentes perspectivas acerca de uma grande variedade de temas teológicos de enorme im

portância, tais como:

• Teorias evangélicas da inerrância