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Teologia da Vida Religiosa Formação para a Vida Religiosa METODOLOGIA CIENT METODOLOGIA CIENT Í Í FICA FICA Vanildo Luiz Vanildo Luiz Zugno Zugno

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Teologia da Vida Religiosa

Formação para a Vida Religiosa

METODOLOGIA CIENTMETODOLOGIA CIENTÍÍFICAFICA

Vanildo Luiz Vanildo Luiz ZugnoZugno

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MONOGRAFIA

Trabalho feito em moldes científicos onde o estudante aborda um problema relacionado com o ramo de estudos em que pretende formar-se.

O QUE É UMA MONOGRAFIA E PARA QUE SERVE

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Elaborar uma monografia significa

� “identificar um tema preciso;� recolher documentação sobre ele;� pôr em ordem estes documentos;� reexaminar em primeira mão o tema à luz da documentação recolhida;� dar forma orgânica a todas as reflexões precedentes;� empenhar-se para que o leitor compreenda o que se quer dizer e� possa, se for o caso, recorrer à mesma documentação a fim de retomar o tema por conta própria” (ECO, 5).

O QUE É UMA MONOGRAFIA E PARA QUE SERVE

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Dois modos:

1. “...fazer dela o início de uma pesquisa mais ampla, que prosseguirá nos aos seguintes, desde que haja oportunidades e interesse para isso” (ECO, 4).2. Apreendendo “...a pôr ordem nas próprias idéias e ordenar os dados: é uma experiência de trabalho metódico; quer dizer, construir um ‘objeto’ que, como princípio, possa servir também para os outros” (ECO, 5).

“...não importa tanto o tema da tese quanto a experiência de trabalho que ela comporta” (ECO, 5).

“... embora seja melhor fazer uma tese sobre um tema que nos agrade, ele é secundário com respeito ao método de trabalho e à experiência daí advinda” (ECO, 5).

COMO UMA MONOGRAFIA PODE SERVIR APÓS O CURSO

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“1) Que o tema responda aos interesses do candidato/a;

2) Que as fontes de consulta sejam acessíveis, isto é, estejam ao alcance material do candidato;

3) Que as fontes de consulta sejam manejáveis, ou seja, estejam ao alcance cultural do candidato;

4) Que o quadro metodológico da pesquisa esteja ao alcance da experiência do candidato” (ECO, 6);

[5) Que o professor/a orientador/a seja adequado/a].

QUATRO REGRAS ÓBVIAS NA ESCOLHA DO TEMA

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TIPOS DE MONOGRAFIA

Uma monografia pode ser de compilação ou de pesquisa:

Trabalho de compilação: “o estudante (...) demonstra haver compulsado criticamente a maior parte da ‘literatura’ existente (isto é, das publicações sobre aquele assunto) e ter sido capaz de expô-la de modo claro, buscando harmonizar os vários pontos de vista e oferecer assim uma visão panorâmica inteligente, talvez útil sob o aspecto informativo mesmo para um especialista do ramo que, com respeito àquele problema específico, jamais tenha efetuado estudos aprofundados” (ECO, 3);

Trabalho de pesquisa: o/a estudante recolhe dados sobre uma determinada realidade e, à luz de um referencial teórico explicitado, analisa estes dados e elabora conclusões.

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AUTOR/TEMA CONTEMPORÂNEO

� Desvantagens• bibliografia dispersa;• quadro interpretativo ainda não definido.

� Vantagem• leitura mais fácil.

AUTOR/TEMA CLÁSSICO

� Desvantagem• Leitura mais árdua.

� Vantagem• quadros interpretativos mais definidos;• bibliografia mais organizada e completa.

• “Trabalhe sobre um Contemporâneo como se fosse um antigo, e vice-versa.”(ECO. 14)

TEMAS/AUTORES ANTIGOS OU CONTEMPORÂNEOS

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� “o estudo debruça-se sobre um objeto reconhecível e definido de tal maneira que seja conhecível igualmente pelos outros”. (...) Definir o objeto significa definir as condições sob as quais podemos falar, com base em certas regras que estabelecemos ou que outros estabeleceram antes de nós (ECO,21);

� “O estudo deve dizer do objeto algo que ainda não foi dito ou rever sob uma óptica diferente o que já se disse” (ECO, 22);

� “O estudo deve ser útil aos demais” (ECO, 22);

� “O estudo deve fornecer elementos para a verificação e a contestação das hipóteses apresentadas e, portanto, para uma continuidade pública” (ECO, 23).

CIENTIFICIDADE

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� “Pode-se fazer uma tese política observando-se todas as regras da cientificidade necessárias.”(Eco, 24)

� “por um lado, pode dizer-se que todo trabalho científico, na medida em que contribui para o desenvolvimento do conhecimento em geral, tem sempre um valor científico positivo (tem valor negativo toda ação que tenda a bloquear o processo do conhecimento): mas, por outro lado, cumpre dizer que toda empresa política com possibilidade de êxito deve possuir uma base de seriedade científica.”(Eco, 25)

CIENTIFICIDADE E ENGAJAMENTO

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� “analisando estudos ‘sérios’ sobre temas semelhantes,

� não se metendo num trabalho de pesquisa social sem pelo menos ter acompanhado a atividade de um grupo com alguma experiência,

� munindo-se de alguns métodos de coleta e análise de dados,

� não presumindo fazer em poucas semanas trabalhos de pesquisa que comumente são longos e difíceis” (Eco, 27).

COMO ABORDAR CIENTIFICAMENTE UMA EXPERIÊNCIA ATUAL

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� delimitar com precisão o âmbito de estudo;

� ao trabalhar com amostras, estabelecer os critérios de escolha da amostra;

� tornar públicos os parâmetros de definição do objeto.

COMO TRANSFORMAR UM ASSUNTO DE ATUALIDADE EM TEMA CIENTÍFICO?

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A qualidade das fontes é definida a partir do objeto que se pretende trabalhar.

Dois tipos de fontes:� Fontes primárias: Obras que tratem diretamente o

tema a ser estudado ou um fato em si;� Fontes secundárias: Obras sobre o autor a ser estudado ou estudos e comentários feitos sobre o fato por outras pessoas.

“Em geral, aceita-se o tema sem saber se se está em condições de aceder às fontes, e é preciso saber:

� onde podem ser encontradas,� se são facilmente acessíveis,� se estou em condições de compulsá-las” (ECO, 36-37).

AS FONTES DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

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� Tendo o assunto definido, buscar por catálogos de autores, assuntos e títulos (catálogos de bibliotecas e editoras disponíveis on line);

� Ver livros ou revistas especializadas (Revista CLAR, Convergência...);

� Aproveitar as bibliografias das obras de referência.

A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

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Elaborar um FICHÁRIO BIBLIGRÁFICO através ARQUIVO DE FICHAS com os dados o mais detalhadamente possível de modo a permitir uma rápida e fácil localização do livro ou artigo.

� LivrosSOBRENOME, Nome do autor. Título (número da edição se houver). Cidade: Editora, Ano. Eventualmente número de páginas.

� ArtigosSOBRENOME, Nome do autor. Título do artigo. Título da

Revista, Local da Publicação, Volume, nº do fascículo, página inicial e página final do artigo, ano da publicação.

(Ver: Manual... P. 13-19 o modo de apresentar as referências bibliográficas)

A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

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Exemplo de ficha bibliográfica

A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 18ed.

São Paulo: Perspectiva, 2002

Pp. 170

Dá dicas bem concretas para a elaboração de um trabalho científico.

Ver principalmente pp. 29-48

Elaborar uma tese significa “identificar um tema preciso, recolher documentação sobre ele; pôr em ordem estes documentos; reexaminar em primeira mão o tema à luz da documentação recolhida; dar forma orgânica a todas as reflexões precedentes; empenhar-se para que o leitor compreenda o que se quer dizer e possa, se for o caso, recorrer à mesma documentação a fim de retomar o tema por conta própria” (ECO, 5).

Casa Provincial

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Por onde começar as leituras

� “... abordar em primeiro lugar dois ou três textos críticos dos mais gerais. O suficiente para formar uma idéia do terreno onde se está movendo;

� passar depois ao autor original, procurando entender algo do que ele diz;

� a seguir examinar o resto da literatura critica;

� por fim, voltar ao autor original e reexaminá-lo à luz das novas idéias adquiridas.” (ECO, 78)

� Cada um tem seu próprio método e seu próprio ritmo.

A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

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1. Elaboração de um título secreto: é a pergunta que se quer responder (É diferente do título fantasia que se dará no fim do trabalho);

2. Elaboração de um índice-hipótese: são os vários passos que se pretende dar para responder àpergunta colocada. Um índice hipótese deverá ter a seguinte estrutura:

� posição do problema;� os estudos precedentes;� nossa hipótese;� dados que estamos em condições de apresentar;� sua análise;� demonstração da hipótese;� conclusões e referências posteriores.

PASSOS PARA A ELABORAÇÃO DE UM PROJETO

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3. Introdução: é o comentário analítico do índice. Tem por objetivos:

� mostrar o que se pretende fazer

� demonstrar que já se tem as idéias em ordem

� estabelecer o NÚCLEO e a PERIFERIA da monografia

� organizar as fichas (a partir da numeração do índice)

� organizar as REFERENCIAS INTERNAS

���� ÍNDICE e INTRODUÇÃO serão constantemente refeitos ao longo do trabalho.

PASSOS PARA A ELABORAÇÃO DE UM PROJETO

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Os tipos de ficha dependem do tipo de trabalho que se faz e do modo de organização de cada um. O importante é:

� nunca ler sem anotar;� anotar de forma organizada;� sempre anotar todas as indicações para que o material seja facilmente localizável.

Vários tipos de ficha:� ficha bibliográfica: serve para localizar os livros e artigos;

� fichas temáticas: anotar as idéias conforme o índice;� fichas de autores: anotar as idéias de um determinado autor sobre um determinado assunto;

� fichas de citações;� fichas de idéias...

Fontes primárias: É bom tê-las à mão para poder sublinhar, riscar, anotar...

FICHAS E APONTAMENTOS

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� Até 30 de setembro: enviar ao Professor de Metodologia ([email protected]) o Pré-projeto de Monografia com três sugestões de orientador/a;

� Outubro-novembro: diálogo para ajustes no Projeto;� Dezembro: a Coordenação comunica quem será o/a orientador/a;

� Janeiro 2009: encontro(s) presenciais com o/a orientador/a;

� Janeiro de 2009 a fevereiro de 2010: elaboração da Monografia;

� Março de 2010: entrega da Monografia;� Abril-maio de 2010: avaliação e retorno para correções e envio da cópia definitiva para a Secretaria da ESTEF.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

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� Temática

� Justificativa

� Objetivo (Geral e específicos)

� Índice hipotético

� Introdução Provisória

� Bibliografia

� Três sugestões de orientador/a

ELEMENTOS DO PRÉ-PROJETO

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Adelino PilonettoAldir CrócoliAna FormosoArno FrehlichBruno GlaabCleusa AndreattaCristina Gianni SalaElida DebastianiFlávio GuerraGilmar ZampieriIrineu TrentinItacir BrassianiItacir GasparinJailton de LimaJoão Carlos Karling

PROFESSORES/AS ORIENTADORES/AS

José BernardiJosé Ivo UllrichJosete RechLucia Weiler Luiz Carlos SusinLuiz TurraMarcos SandriniMarileda BagioMaurício PerondeNelcy ZwirtesNestor SchwertzPedro KramerRaquel Pena PintoRoque JungesSusana RoccoVanildo Luiz ZugnoWilson Dal’Agnol