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TEOLOGIA DO MINISTÉRIO André Anéas

Teologia do ministério · 2020. 11. 10. · “Apesar de o pastor dever lealdade primeiramente a Deus, essa devoção jamais pode servir de pretexto para se eximir das obrigações

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TEOLOGIA DO MINISTÉRIOAndré Anéas

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TEOLOGIA DAS PRÁTICAS MINISTERIAIS

Teologia do Ministério

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ATIVIDADE AVALIATIVAEnsaio falando acerca de prática ministerial

em tempos de pandemia + novas

lições acerca de quem o ministro/a é (8/12).

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OBJETIVOS1. Refletir quais são os paradigmas que precisam ser

revisitados/atualizadas/descontruídos;

2. Apresentar fundamentos teológicos que sustentem as nossas práticas ministeriais.

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INTRODUÇÃO Teologia das práticas ministeriais

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QUAIS SÃO AS ATIVIDADES PASTORAIS?

1. Pregar;

2. Ensinar;

3. Visitar;

4. Administrar;

5. Promover;

6. Recrutar;

7. Dirigir cultos;

8. Realizar trabalhos comunitários...

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QUAIS SÃO OS PERIGOS PARA O MINISTRO ATAREFADO?1. Se perder em um ministério repleto de tarefas;

2. Desnorteamento em relação ao que fazer;

3. Desnorteamento em relação a quem servir;

4. Pastorear pessoas ou “clientes”?

5. Igreja ou “empresa”?

6. A obsessão pelo crescimento quantitativo;

7. ... ?

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O “CHAMADO” Teologia das práticas ministeriais

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O “CHAMADO”

1. O conceito de “vocação” é importante na compreensão da ética ministerial;

2. Existe de fato um chamado de Deus?

3. Simplesmente alguém escolhe a carreira ministerial?

4. O ministro/a é uma ocupação ou uma profissão?

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“PROFISSÃO PERPLEXA” (R. NIEBUHR)

1. Os pastores estão confusos;

2. Seminaristas desejosos de pastorearem igrejas importantes;

3. Descoberta: a igreja parece mais uma “empresa secular” a ser gerida do que um empreendimento espiritual;

4. Calendário lotado de atividades (reuniões, problemas, queixas de membros...);

5. Expectativas diferentes entre a igreja e o/a jovem pastor/a;

6. Novamente: para que o/a ministro/a é chamado/a?; serve a Cristo ou a congregação?

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“A construção de um ministério alicerçado na integridade exige do pastor a consciência de seu chamado e um conceito de serviço que seja bíblico, ético e coerente com o exemplo de Cristo.”

CARTER; TRULL, p. 27

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EXEMPLOS BÍBLICOS

1. Chamada:1. Jeremias 1:4-5;2. Gênesis 12:1-3;3. Êxodo 3:10;4. Isaías 6:8.

2. Mensagem:1. Isaías 6:8-9;2. Amós 7:15;3. João 1:6-8;4. 1Coríntios 9:16.

3. Trata-se de uma vocatio, um chamado de Deus.

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“E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.”

Efésios 4:11-13

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COMO SE CUMPRE TAL CHAMADO?

1. Serviço a uma congregação do povo de Deus;

2. (outro modelos)...

3. O grupo de cristãos paga um salário para o líder em troca de alguns tipos de serviços ministeriais;

4. Como se deve interpretar essa relação com a igreja?

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“Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir. Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho.”

1Pedro 5:2-3

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A IGREJA Teologia das práticas ministeriais

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IGREJA E MINISTRO/A

1. É impossível falar de pastores e suas atividades de forma independente da igreja;

2. (teólogo)...

3. Desde o início a igreja chamou alguns dos seus membros para liderar;

4. Objetivo: promoção das virtudes necessárias para a vida e o trabalho na comunidade;

5. Independente da nomenclatura (pregadores, sacerdotes, pastores, profetas...), a vocação é clara: edificação da congregação.

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“Apesar de o pastor dever lealdade primeiramente a Deus, essa devoção jamais pode servir de pretexto para se eximir das obrigações pastorais. O ministério traz consigo privilégios e responsabilidades. O chamado do pastor deve sempre ser exercido no seio de uma comunidade, normalmente, uma igreja local. Não se pode servir a Cristo sem servir pessoas, pois servir pessoas é servir a Cristo (Mt 25:31-46).”

CARTER; TRULL, p. 28

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PROFISSÃO? Teologia das práticas ministeriais

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VOCAÇÃO, PROFISSÃO E CARREIRA

1. Problema: confusão terminológica;

2. Vocação = todo o cristão possui e está relacionada a um compromisso com Deus e com o próximo;

3. Carreira = buscar os próprios alvos e propósitos (o que desejo ser, que rumo desejo tomar?);

4. Lutero e Calvino enfatizam que todo crente é “chamado” para servir a Deus em sua vocação e por meio dela (sacerdócio universal dos crentes);

5. Os pastores estão entre o conceito genérico de vocação para todo crente e uma carreira específica;

6. Logo, não apenas escolhem uma carreira, mas cumprem um chamado;

7. O chamado singular para o ministério apresenta características que produzem obrigações incomuns;

8. O pastor/a, nesse sentido, deveria ser profissional?

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MINISTRO/A PROFISSIONAL

1. O que significa ser “profissional”?

2. Com frequência está associado a ideia de preocupação com prestígio e posição;

3. Toda forma digna de trabalho era uma vocação divina (Lutero e Calvino) – todos, não somente sacerdotes;

4. Com o passar do tempo na história ingressar em uma profissãosignifica se preparar para tal profissão;

5. O profissional passou a ser avaliado de acordo com a sua competência e desempenho;

6. Uma questão: o termo “profissional” pode ser empregado ao ministro/a?

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“[...] podemos definir o profissional como um indivíduo bastante instruído, com aptidões e conhecimento bem desenvolvidos, que trabalha de forma autônoma sob a disciplina de uma ética elaborada e aplicada por seus colegas de profissão, que presta um serviço social de caráter essencial e singular, e que toma decisões complexas cujas consequências são potencialmente arriscadas. O profissional é aquele que se preocupa mais com o interesse da comunidade do que consigo mesmo e mais com o serviço que presta do que com os benefícios financeiros.”

CARTER; TRULL, p. 42

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MINISTRO/A PROFISSIONAL

1. As diferenças em relação ao conceito de “profissional”:1. Nem sempre o ministro/a possui nível superior de instrução;2. O pastor contemporâneo precisa de conhecimento que está para além de sua

formação (administração, por exemplo);3. A vocação do/a pastor/a possui um ingrediente “não profissional” – a vocatio

não é deste mundo.

2. As aproximações:1. Competência em sua área de atuação (teologia, compreensão integral do ser

humano, etc.);2. Como líderes de uma comunidade religiosa, seu ofício é singular e essencial;3. Dedicam-se a servir os outros, e o benefício financeiro e a posição social não

são as suas motivações principais (colocam as necessidades dos outros antes da sua);

4. Muitas denominações possuem códigos de ética aos ministros religiosos.

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“O pastor de hoje deve aceitar o título de ‘profissional’ ou rejeitá-lo? A nosso ver, o pastor tem mais a ganhar que a perder ao assumir o título de profissional. Isso não significa que a designação se encaixe perfeitamente ou que a proposta seja isenta de desvantagens.”

CARTER; TRULL, p. 46

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6 DEVERES ÉTICOS

1. Instrução - educação (2Tm 2:15);

2. Competência – desenvolvimentos de dons e aptidões (Ef 4:11-12);

3. Autonomia – toma decisões e exerce autoridade pastoral conforme modelo líder-servo de Jesus (Jo 13:1-16);

4. Serviço – movido pelo amor ágape (1Co 13);

5. Dedicação – dedicação aos valores do Evangelho (Rm 1:11-17);

6. Ética – disciplina em sua moralidade (1Tm 3:1-7).

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“[...] a vocação, como chamado de Deus, é o elemento essencial responsável por evitar que o conceito de pastor profissional seja desvirtuado e se transforme em uma busca por sucesso pessoal.”

CARTER; TRULL, p. 47

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PERFIL DO MINISTRO Teologia das práticas ministeriais

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“Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo [...]”

Mateus 6:34

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Parte I – Da Relevância à Oração

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A TENTAÇÃO: CAUSAR IMPACTO

“[...] o líder relevante do futuro é chamado para ser completamente irrelevante e a estar neste mundo sem nada a oferecer a não ser a sua própria pessoa vulnerável. Foi assim que Jesus veio revelar o amor de Deus.” (NOUWEN, p. 18)

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A PERGUNTA: “VOCÊ ME AMA?”

“Esta pergunta tem de ser o centro de todo o nosso ministério porque é a pergunta que permite que sejamos, ao mesmo tempo, irrelevantes e verdadeiramente autoconfiantes.” (NOUWEN, p. 23)

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A DISCIPLINA: ORAÇÃO

“Para viver uma vida que não seja dominada pelo desejo de ser relevante mas esteja firmemente ancorada no conhecimento do primeiro amor de Deus, temos de ser espirituais. Um cristão espiritual é uma pessoa cuja identidade está profundamente fundamentada no primeiro amor de Deus.

Se existe uma área onde o líder cristão do futuro precisará dar atenção, é a disciplina de habitar na presença daquele que está sempre nos perguntando: ‘Você me ama? Você me ama? Você me ama?’ É a disciplina da oração.” (NOUWEN, p. 27)

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Parte II – Da Popularidade ao Ministério

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A TENTAÇÃO: SER ESPETACULAR

“A ambição de ser uma estrela ou um herói individual, que é tão comum na nossa sociedade competitiva, também não é um sentimento estranho na Igreja. Lá também, a imagem dominante é aquela do homem ou mulher que conseguiu o sucesso sem a ajuda de ninguém, ou daquele que pode fazer tudo sozinho.” (NOUWEN, p. 35)

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A TAREFA: “APASCENTAR AS

MINHA OVELHAS"

“[...] Jesus fala sobre pastorear, ele não quer que pensemos em um pastor valente e individualista que toma conta de um grande rebanho de ovelhas obedientes. De muitas maneiras diferentes, Jesus mostrava que ministrar é uma experiência coletiva e mútua.” (NOUWEN, p. 37)

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A DISCIPLINA: CONFISSÃO E PERDÃO

“Assim como os futuros líderes devem buscar o sobrenatural, profundamente embevecidos na oração, eles também devem estar sempre dispostos a confessar a sua fragilidade e a pedir perdão daqueles a quem ministram.” (NOUWEN, p. 41)

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Parte III – De Líder a Liderado

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A TENTAÇÃO: SER PODEROSO

“Uma coisa está bem clara para mim: a tentação do poder é maior quando a intimidade representa uma ameaça. A maior parte da liderança cristã é exercida por pessoas que não sabem desenvolver relacionamentos sadios e íntimos, e por isso fazem opção pelo poder e domínio. Muitos cristãos que construíram impérios para si foram incapazes de dar e receber amor.” (NOUWEN, p. 50)

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O DESAFIO: “OUTRO O CONDUZIRÁ”

“O caminho do líder cristão não é o caminho da ascensão, no qual o mundo atual investe tanto. É o caminho descendente que termina na cruz. Isto pode soar meio mórbido ou masoquista, mas para aqueles que ouviram a voz do primeiro amor e responderam ‘sim’, o caminho descendente de Jesus é o caminho para a alegria e a paz de Deus, uma alegria e paz que não são deste mundo.” (NOUWEN, p. 52)

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REFLEXÃO TEOLÓGICA

“Os líderes cristãos do futuro precisam ser teólogos, pessoas que conhecem o coração de Deus e são treinadas –através da oração, do estudo e da análise detalhada – a manifestar o supremo evento da obra redentora de Deus no meio dos inúmeros eventos aparentemente casuais da sua época.” (NOUWEN, p. 57)

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CONSELHOS Teologia das práticas ministeriais

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CONSELHOS...

1. Não seja um revolucionário;

2. Espiritualidade é fundamental;

3. Compromisso social;

4. A boa preparação do clero é algo importante para sociedade (F. Schleiermacher) - Nunca deixe de estudar;

5. Você é pastor/a independente do título?

6. Religião não é o Evangelho.

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BIBLIOGRAFIA• NOUWEN, Henri. O perfil do líder cristão do século XXI. Belo Horizonte: Atos, 2002.

• CARTER, Jamas; TRULL, Joe. Ética ministerial. São Paulo: Vida Nova, 2010.

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CULTO: ELEMENTOS TEOLÓGICOS E PRÁTICOS

Teologia do Ministério

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A DIVERSIDADE DE DONS Teologia do Ministério

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O PREPARO DO MINISTRO Teologia do Ministério

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É POSSÍVEL PENSAR EM

ESPIRITUALIDADE NA FORMAÇÃO

PASTORAL?O preparo do ministro

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FÉ E RAZÃOO preparo do ministro

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M1 - TEOLOGIA É UMA DISCIPLINA

RACIONAL

Exemplo disso são as Cinco Vias de Tomás de Aquino, em que ele busca de forma racional sustentar os conceitos da fé. Entretanto, não havia um pensamento que limitava o cristianismo ao que poderia ser comprovado pela razão. Em outras palavras, a fé vai além da razão. A ideia era de que a filosofia era “a serva da teologia”. Embora houvesse fundamento construído com base na razão humana, a construção ultrapassava a razão em si.

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M2 - TEOLOGIA É A REPRESENTAÇÃO

DAS PERCEPÇÕESDA RAZÃO

Se compreendeu que o cristianismo podia ser totalmente deduzido de pressuposições racionais, podendo ser comprovado pela razão cada aspecto da fé. Dessa forma, sendo o cristianismo racional, logo ele passou a ser submetido a uma redução, pois tendo a razão prioridade em relação a revelação, qualquer aspecto da fé que não tivesse uma base racional teria de ser descartada.

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[...] ter a doutrina correta era o caminho para a espiritualidade. Este passou, portanto, a ser praticada como uma atividade primariamente intelectual de subordinação e defesa dos conteúdos doutrinários da fé cristã. Baseada em uma santa motivação, a subordinação da razão à fé gerou efeitos inesperados e contrários aos desejados: o dogmatismo e seu irmão gêmeo, o fundamentalismo, em sua luta radical contra a razão, acabaram inadvertidamente tornando-se formas igualmente racionalista da fé cristã.

ZABATIERO, p. 260

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M3 - TEOLOGIA É REDUNDANTE

Conhecida como “racionalismo iluminista”, essa posição considera que a razão tem o direito de julgar a religião, pois possui uma posição de supremacia.

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DESAFIOS DA “PÓS-MODERNIDADE”

A. Desconfiança generalizada na capacidade da razão e da ciência de resolver os problemas da humanidade;

B. Grande valorização da experiência emocional e atémesmo mística, tanto na vida cotidiana quanto nadimensão religiosa;

C. Desconfiança em relação às instituições religiosas;

D. Construção da identidade pessoal a partir do consumismo, inclusive o religiosos;

E. Indiferença quanto às transformações sociais.

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REAÇÕES AOS DESAFIOS DO MUNDO “PÓS-MODERNO”

1. Revalorização da comunhão;

2. Novas formas de espiritualidade, que conjugam afeto e o compromisso com Deus e com a missão no mundo;

3. Revalorização da reflexãoteológica, em perspectiva prática e crítica;

4. Investimento na educação teológica(docentes com pós-graduação, cursos reconhecidos pelo MEC);

5. Publicações teológicas;

6. Missão integral da igreja + novosmodelos de teologia e espiritualidade.

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É NECESSÁRIO RECONHECER:

1. O crescimento espiritual não é promovido por nenhuma instituiçãohumana, mas por Deus. “Desisti de esperar que pessoas e instituiçõesme proporcionassem aquilo que jáestava bem ali, no meu quintal.” (E. Peterson)

2. A responsabilidade do crescimentoespiritual é do estudante, pois é neleque habita o Espírito Santo;

3. A igreja local e as escolas de teologia são corresponsáveis.

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Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual.E isso para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento de Deus esendo fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que tenham toda a perseverança e paciência com alegria,dando graças ao Pai, que nos tornou dignos de participar da herança dos santos no reino da luz.Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado,em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados.

Colossenses 1:9-14

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BÍBLIA E ESPIRITUALIDADE: É POSSÍVEL CONCILIAR?O preparo do ministro

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Sacrifício e oferta não pediste, mas abriste [cavou] os meus ouvidos; holocaustos e ofertas pelo pecado, não exigiste.

Salmos 40:6

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É claro que para ouvir as Escrituras é necessário lê-las. Temos que ler, antes que possamos ouvir, mas é possível ler sem ouvir. A leitura acurada, que leva à compreensão da Bíblia, é uma das tarefas mais difíceis que existe. Gilbert Highet, um classicista, dizia que qualquer pessoa que leia a Bíblia sem ficar confusa, pelo menos durante um tempo, não está com a sua mente ligada ao que está fazendo.”

PETERSON, p. 95

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TEORIA E PRÁTICA?O preparo do ministro

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[...] considero ruim haver uma disciplina na escola que trate da “espiritualidade”. É preferível que todas as disciplinas do currículo sejam vistas como contribuição para o crescimento espiritual, e não apenas como disciplinas “acadêmicas”.

ZABATIERO, p. 271

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INDIVIDUALISMO OU EXPERIÊNCIA COMUNITÁRIA?O preparo do ministro

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O QUE É SER ESPIRITUAL?O preparo do ministro

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O QUE É SER ESPIRITUAL?

1. Obediência ética?

2. Obediência moral?

3. Ser conforme as expectativas ministeriais?

4. Caminhada em novidade de vida?

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Não se pode julgar a igreja ou o seminário pela espiritualidade de seus membros ou de seus estudantes. O que se pode avaliar é se a igreja e a escola teológica proporcionam ambientesaudável e propício para que cada pessoa, no poder do Espírito, cresça espiritualmente.

ZABATIERO, p. 267

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BIBLIOGRAFIA

• McGRATH, Alister. Teologia sistemática, histórica e filosófica: Uma introdução à teologia cristã. São Paulo: Shedd Publicações, 2005.

• PETERSON, Eugene. Um pastor segundo o coração de Deus. Rio de Janeiro: Textus, 2000.

• ZABATIERO, Júlio Paulo Tavares. A espiritualidade e a formação pastoral. In: BOMILCAR, Nelson. O melhor da espiritualidade brasileira. São Paulo: Mundo Cristão, 2005.

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A ESPIRITUALIDADE DO MINISTRO Teologia do Ministério

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POR QUE A BUSCA POR

ESPIRITUALIDADE NOS DIAS DE HOJE?

Teologia do Ministério

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Há um vazio profundo, um buraco imenso dentro do seu ser, suscitando questões como gratuidade e espiritualidade, futuro da vida e do sistema-Terra. Esse buraco existencial é do tamanho de Deus. Por isso só Deus é capaz de preenchê-lo.

BOFF, p. 12

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ESPIRITUALIDADE: MUDANÇA INTERIOR

Teologia do Ministério

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[...] espiritualidade é aquilo que produz dentro de nós uma mudança. O ser humano é um ser de mudanças, pois nunca está pronto, está sempre se fazendo, física, psíquica, social e culturalmente. Mas há mudanças e mudanças. Há mudanças que não transformam nossa estrutura de base. São superficiais e exteriores, ou meramente quantitativas.

BOFF, p. 17

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DISTINÇÃO ENTRE ESPIRITUALIDADE E

RELIGIÃOTeologia do Ministério

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A religiões constroem edifícios teóricos – as doutrinas –, práticos – as morais –, festivos e simbólicos – as liturgias e os ritos. Mas constrói também edifícios artísticos, grande templos e catedrais. Vejam os fantásticos templos levantados pelo hinduísmo, na Índia. Ou as grandes catedrais medievais, verdadeiras sumas teológicas em pedra e em vitrais. Através da arte em geral, da música sacra e das artes plásticas, as religiões nos elevam a Deus. Houve sempre um casamento fiel e feliz entre arte e religião.

BOFF, p. 25-26

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QUANDO A RELIGIÃO SE ESQUECE DA

ESPIRITUALIDADETeologia do Ministério

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As religiões constituem uma das construções de maior excelência do ser humano. Elas todas trabalham com o divino, com o sagrado, com o espiritual. Mas elas não são o espiritual. Espiritualidade é outra coisa.

BOFF, p. 28

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QUANDO A RELIGIÃO SE ESQUECE DA ESPIRITUALIDADE• Alianças entre trono e altar;

• Homens espirituais ou burocratas do sagrado?

• Pastores que se colocam no meio do povo ou “autoridades” acima do povo?

• Fiéis criativos ou obedientes?

• Maturidade na fé ou infantilismo?

• Resultado: mediocridade, acomodação, vazio de profetas e mártires, emudecimento da palavra inspiradora de ânimo e de nova vida.

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As instituições religiosas podem tornar-se, com seus dogmas, ritos e morais, o túmulo do Deus vivo.

BOFF, p. 29

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A ESPIRITUALIDADE DE JESUS

Teologia do Ministério

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MÍSTICA A espiritualidade de Jesus

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[...] é a experiência de sentir-se Filho de Deus. Ela se expressa pela palavra Abbá, que nos vem diretamente da boca do Jesus histórico. Abbá é a linguagem das crianças para com seus pais e avós. Traduz confiança, entrega, enternecimento e total aconchego. Abbá significa simplesmente “meu querido paizinho”.

BOFF, p. 32

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Como Jesus é um irmão nosso, portador da mesma humanidade que nós, essa sua consciência significa uma porta aberta para cada um de nós. Ele abriu a possibilidade de nós também fazermos esta experiência de Deus como Paizinho e de nos sentirmos como seus filhos e filhas queridos.

BOFF, p. 34

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POLÍTICA A espiritualidade de Jesus

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A segunda experiência de Jesus é de natureza político-religiosa. Ela se expressa em sua pregação. Ele não pregou a Igreja, nem a ele mesmo, nem as tradições dos antepassados. Ele anunciou o Reino de Deus que está iminente e que já se encontra em nosso meio. Reino de Deus significa a política que o Pai conduz na história e em sua criação.

BOFF, p. 34-35

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[...] é dentro de cada pessoa que está o Reino de Deus, é a partir do interior de cada ser humano que Deus mesmo produz transformações.

BOFF, p. 35

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JESUS PREGOU O REINO E EM SEU

LUGAR VEIO A IGREJA

Teologia do Ministério

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A Igreja deve ser como a vela acesa. O que ilumina é a chama, não a vela. A vela é o suporte para que a chama queime, irradiando luz e calor. A vela é a Igreja, a chama é Jesus e sua experiência fundadora. [...]

BOFF, p. 39

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Nós seremos herdeiros de Jesus não por habitarmos a instituição cristã, e seguirmos seus preceitos. Seremos herdeiros se tentarmos continuamente refazer a experiência de Jesus, se entrarmos no movimento de Jesus, nos sentirmos filhos e filhas de Deus e, ao mesmo tempo, olharmos os outros também como filhos e filhas, tratando-os com sumo respeito, como quem contempla, reverente, Deus nascendo dentro de cada um e fazendo de cada mulher, de cada homem, seus filhos e filhas, nossos irmãos e irmãs.

BOFF, p. 39-40

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A RELIGIÃO CRISTÃ PRODUZ ESSE CAMINHO ESPIRITUAL, RUMO À ESSA EXPERIÊNCIA?

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A ESPIRITUALIDADE PERMITE VER DEUS

Teologia do Ministério

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“Você não vê Deus, mas eu O vejo todos os dias. Quando o sol se põe lá no horizonte, Deus passa com um manto fantástico, lindo. [...]”

BOFF, p. 77

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A ESPIRITUALIDADE NA CARNE QUENTE

E MORTALTeologia do Ministério

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Em nossos escritórios e nos nossos gabinetes de trabalho podemos ser cínicos, podemos acreditar ou desacreditar de qualquer coisa. Mas não podemos desprezar a aurora que vem, não podemos desfazer o olhar inocente de uma criança, não podemos contemplar com indiferença a profundidade do céu estrelado sem cair no silêncio e na profunda reverência, nos perguntando o que se esconde atrás das estrelas, qual é o caminho da minha vida, o que posso esperar depois dela?

BOFF, p. 80-81

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Se reservarmos em nossa vida um pouco de espaço para essa espiritualidade, ela vai nos transformando, pois este é o condão da espiritualidade: produzir uma transformação interior. Essa transformação acenderá nossa chama interior que produz luz e calor e nos dá mil razões para vivermos como humanos.

BOFF, p. 86-87

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BIBLIOGRAFIA • BOFF, Leonardo. Espiritualidade: um caminho de transformação. Rio de Janeiro: Sextante, 2001.

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A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIAPARA O MINISTRO

Teologia do Ministério

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A FAMÍLIA DO PASTOR NA VITRINE Família

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A FAMÍLIA DO PASTOR NA VITRINE

Querendo ou não a família do/a pastor/a está na vitrine;

Ela é observada atentamente pela comunidade;

Ela é o “modelo”, a “referência”;

Especialmente a esposa, mas também os filhos;

“na mira está o pastor – atingida é toda a família” (STRECK apud OLIVEIRA, p. 93).

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DIFICULDADES QUE AFETAM A FAMÍLIA

Sobrecarga de trabalho;

A avaliação da comunidade;

O peso do sigilo das confissões;

As deficuldades financeiras;

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A família do pastor é a primeira que sofre com ele. A igreja tem o pastor, mas a sua família nem sempre o tem. Ele tende a ser mais disponível para a igreja do que para a sua própria família. Isto é uma característica da nossa herança teológica eespiritual. [...]. É muito bom e necessário sentir-se vocacionado, mas a excessiva sacralização da vocação pode fazer com que o pastor perca o senso de si mesmo, tornando-se uma “propriedade da sua vocação”. Por isso, ocorre em muitos casos a perda da individualidade e da identidade, para não dizer da sanidade.

MARTINS apud OLIVEIRA, p. 93-94

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DESCUIDAR DA VIDA CONJUGAL NO

MINISTÉRIO É UMA POSSIBILIDADE A

SER EVITADA!

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Quando o pastor sucumbe à demanda da igreja, a de que ele tenha mulher e filhos que sejam parte do ministério, o queacontece é que o peso do ministério tira o elemento lúdico e aleveza das relações familiares. E a desembocadura disso, emgeral, inicia pelo esfriamento da alegria e do desejo conjugal eacaba recaindo sobre os filhos que, naturalmente, querem ou participarem do ministério do pai para terem um lugar ao sol ou mergulham em profunda aversão em relação à igreja, que é vista como um “vampiro insaciável”.

CAIO FÁBIO apud OLIVEIRA, p. 94

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“MEU MARIDO TEMTEMPO PARA TODAS AS

OVELHAS, MAS QUANDO PRECISODELE, ELE ALEGA

INÚMERAS RAZÕESQUE O IMPEDEM DE ME

ATTENDER, E ACABOFICANDO SEM AJUDA .”

– TRABALHO FEITO POR NANCY DUSILEK

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APARÊNCIA

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FALTA DE TEMPO

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SEPARAÇÃO

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ANSIEDADE/SOFRIMENTO

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A VIDA AFETIVA DO/A PASTOR/A Família

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A VIDA AFETIVA DO/A PASTOR/A

Pouco falado e discutido;

Tornam-se conversas de bastidores (quando há problema);

Impacto no ambiente eclesiástico;

Separações e divórcios nem sempre pacíficos;

Adultérios (combinação de inúmeros fatores);

Divórcio branco (separação não assumidas);

Além dos problemas internos, temos problemas externos: a comunidade religiosa.

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A COMUNIDADE RELIGIOSA

“Casal pastoral”;

“A família pastoral”;

Confusão: tanto para a comunidade como para os membros da relação afetiva;

Pastor e esposa ou pastora e marido avaliados em conjunto;

Não há vida própria;

Existe uma pressão exercida sobre a pessoa do pastor e sua família;

Causa: modelos idealizados, que não acompanham as modificações eclesiásticas,culturais, econômicas, familiares e sociais ocorridas no Brasil e no mundo.

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O que se percebe é que os conflitos familiares e conjugais, normais em todas as famílias, tornam-se super-dimensionadosem se tratando da família do pastor que, por sua vez, nem sempre tem onde buscar ajuda. Cumpre ajudar os pastores psicologicamente, permitindo que cada um se dê conta de que existem “luzes e sombras” em cada ser humano e em cada família, ou seja, contabilizar não somente os erros, mas também os acertos que acontecem pessoalmente e na família, ressignificando as histórias de vida de cada um e mesmo do casal.

OLIVEIRA, p. 97

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PROJEÇÕES E IMAGENS IDEALIZADAS Família

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PROJEÇÕES E IMAGENS IDEALIZADAS

Existe uma estrutura de retro-alimentação;

Existe idealização da parte da igreja;

Existe idealização da parte do pastor;

Entender o fenômeno ajuda na autoavaliação do pastor.

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IGREJA

• “Anjo da igreja”• Perfeição• “Intermediário” entre Deus e a humanidade

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PASTOR

• Status e poder (mesmo negando)• Autoimagem idealizada• Mais do que humanos• “Workaholic”• Negação da realidade

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Pressionado a não viver sua humanidade, nega seu cansaço, seus sentimentos de tristeza e fracasso, em seu sofrimento, descuida dos aspectos importantes da sua vida e submete-se em nome da “Obra do Senhor” (e de acordo com sua visão de ministério) a um ativismo alienante que pode levá-lo a uma vida extremamente solitária. Embora cercado de tantos irmãos, sente-se impedido de expressar seus autênticos sentimentos e sua vida diante deles.

FARIA apud OLIVEIRA, p. 98

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A maioria dos pastores se queixa do que eles mesmos alimentam. Na maior parte das vezes os pastores querem se passar por seres especiais, acima do bem, do mal, do erro e das carências. Se a igreja fosse ensinada a “desfetichizar” os seus pastores e se os visse como seres humanos, sujeitos aos mesmos sentimentos de Elias – não haveria tanta doença. Mas o processo é infindável: pastores querem ser mais que humanos e a igreja quer pastores que falsifiquem sua humanidade em nome do “evangelho”. O pastor gosta de ser uma figura totêmica. Um ser acima dos mortais. Enquanto a doença for esta, não há mais nada que se possa fazer a respeito.

CAIO FÁBIO apud OLIVEIRA, p. 99

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É preciso [...] que os pastores sejam humildes e reconheçam as limitações, e busquem ajuda, quando necessário. Trabalhar as próprias questões é fundamental, sendo a terapia e a supervisão, neste sentido, muito valiosas. Além disso, as instituições podem ser cuidadoras, providenciando o suporte necessário para que a crise seja devidamente trabalhada, o que não acontece magicamente: há o tempo de curar, de “cicatrizar as feridas”.

OLIVEIRA, p. 101

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QUALIDADE DA RELAÇÃO CONJUGAL Família

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O fracasso do casamento do pastor é considerado uma tragédia e, em muitos casos, é fatal no que diz respeito à sua permanência no ministério.

CARTER; TRULL, p. 84

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QUALIDADE DA RELAÇÃO CONJUGAL

O principal relacionamento do pastor é com o cônjuge;

A importância do tempo de qualidade;

Ter esse tempo como um compromisso inegociável;

“Queria ser capaz de fazer como você”;

Compromisso / Integridade / Confiança;

A graça como possibilidade de um casamento equilibrado (BARCELOS): Preservar a identidade individual; Adultos plenos; Equilíbrio de igualdade de valor.

Casamento: melhor local para conhecer a graça de Deus.

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CONSELHOS Família

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CONSELHOS

Humanização da figura pastoral e se humanize: Seu lazer; Sua vida; Sua saúde; Sua família.

Fragilidade do ministério (indicação do Antifrágil do Taleb);

Acordo claros com a igreja – proteja a sua família;

Não “pague para ver”;

Esforço contínuo;

Procure ajuda, pois você é humano;

Não transforma espiritualidade em uma espiritualização indevida e ingênua do ministério (clichês).

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BIBLIOGRAFIA

• BOMILCAR, Nelson (org.) O melhor da espiritualidade brasileira. São Paulo: Mundo Cristão, 2005.

• CARTER, Jamas; TRULL, Joe. Ética ministerial. São Paulo: Vida Nova, 2010.

• OLIVEIRA, Roseli K. Cuidando de quem cuida. São Leopoldo : EST/Sinodal, 2006.

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PROBLEMAS MINISTERIAIS: CONFLITOS PESSOAIS, CONJUGAIS E FAMILIARES Teologia do Ministério

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PROBLEMAS MINISTERIAIS: NA IGREJA

E NA SOCIEDADE (PANDEMIA)

Teologia do Ministério

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A QUESTÃO E A NECESSIDADE DE MENTORIA ESPIRITUAL

Teologia do Ministério