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Introdução à administração Professor: Alexandre Maduro Aluno: Ana Laura Sousa e Custódio Matrícula: 090062221 TEORIA ADMINISTRATIVA RESENHA A Teoria Administrativa é o segundo componente das teorias clássicas da administração. Um dos teóricos mais influentes dessa escola foi Henry Fayol (1841- 1925) que, como engenheiro de minas, trabalhou em uma empresa francesa de mineração e, por desempenhar um bom trabalho, foi promovido a gerente e, posteriormente, a diretor-geral da mesma. Quando a empresa começou a passar dificuldades, Fayol conseguiu revitaliza-la através da centralização da produção em Montluçon, outro local de atividade do consórcio, para ganhar em economia de escala. Além disso, adquiriu novos depósitos de carvão em Bressac, Decazeville e em Jondreville. A nova companhia, denominada Comambault, compõe até hoje o maior grupo de mineração e metalurgia na França Central. Assim, foi a partir destas experiências que Fayol desenvolveu sua proposta de administração. Fayol iniciou estudos nos quais começou a separar a habilidade administrativa do conhecimento tecnológico. Fayol notou que, primeiramente, o efeito da administração sobre as atividades de um negócio não foi completamente entendido e que as recomendações dos especialistas técnicos poderiam ser completamente destruídas por procedimentos administrativamente falhos. Segundamente, notou que um líder que seja bom administrador, mas tecnicamente medíocre é, geralmente, muito mais útil à empresa do que se ele fosse um técnico brilhante, mas um administrador medíocre. Dessa forma, o sucesso organizacional depende mais das habilidades administrativas do que das habilidades técnicas. Fayol também fez uma lista inicial de princípios de administração, como unidade de comando,

Teoria Administrativa

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Resenha de Teoria Administrativa, relativa à matéria de Introdução à ADM.

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Page 1: Teoria Administrativa

Introdução à administraçãoProfessor: Alexandre MaduroAluno: Ana Laura Sousa e CustódioMatrícula: 090062221

TEORIA ADMINISTRATIVA

RESENHA

A Teoria Administrativa é o segundo componente das teorias clássicas da administração. Um dos teóricos mais influentes dessa escola foi Henry Fayol (1841- 1925) que, como engenheiro de minas, trabalhou em uma empresa francesa de mineração e, por desempenhar um bom trabalho, foi promovido a gerente e, posteriormente, a diretor-geral da mesma. Quando a empresa começou a passar dificuldades, Fayol conseguiu revitaliza-la através da centralização da produção em Montluçon, outro local de atividade do consórcio, para ganhar em economia de escala. Além disso, adquiriu novos depósitos de carvão em Bressac, Decazeville e em Jondreville. A nova companhia, denominada Comambault, compõe até hoje o maior grupo de mineração e metalurgia na França Central. Assim, foi a partir destas experiências que Fayol desenvolveu sua proposta de administração. Fayol iniciou estudos nos quais começou a separar a habilidade administrativa do conhecimento tecnológico. Fayol notou que, primeiramente, o efeito da administração sobre as atividades de um negócio não foi completamente entendido e que as recomendações dos especialistas técnicos poderiam ser completamente destruídas por procedimentos administrativamente falhos. Segundamente, notou que um líder que seja bom administrador, mas tecnicamente medíocre é, geralmente, muito mais útil à empresa do que se ele fosse um técnico brilhante, mas um administrador medíocre. Dessa forma, o sucesso organizacional depende mais das habilidades administrativas do que das habilidades técnicas. Fayol também fez uma lista inicial de princípios de administração, como unidade de comando, cadeia hierárquica de comando, separação de poderes, centralização e ordem. Em complementação a estes princípios, falou de previsão, a qual antecipava o futuro planejado e orçamentos preparados. Ele falou ainda da necessidade de diagramas organizacionais, reuniões e relatórios. A partir dos estudos de Fayol, podemos notar a importância da habilidade administrativa para o desempenho organizacional. Se a administração era tão importante, por que as escolas e as universidades a negligenciavam focando o ensino nas habilidades técnicas? De sua longa experiência, notou que um grupo de administradores teorizava, mas, na prática, existiam muitas contradições e pouca reflexão sistemática. Isto ajudou a dificultar o ensino e a prática da administração. Fayol assegurava que qualquer organização necessitava de administração, fosse do tipo comércio, indústria, política, religião, militar, etc. Os administradores, segundo Fayol, necessitavam de algumas qualidades, conhecimentos e experiências, a saber: 1. qualidades físicas (saúde, vigor,...); 2. qualidades mentais (habilidade de aprender e entender); 3. qualidades morais (lealdade, dignidade,...); 4. educação geral (conhecimentos gerais); 5. conhecimento especial (aquele peculiar à função); e 6. experiência.

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Assim, Fayol registrou a relativa importância dos requisitos para as pessoas, dependendo da sua situação na hierarquia, separando em níveis as habilidades técnicas das administrativas. A Teria Administrativa e a Teoria Burocrata são muito relacionadas, em alguns aspectos são idênticas. Ambas são largamente dedutivas e vêem a organização normativamente, como uma entidade abstrata. Ambas defendiam organizações formais que teriam vantagens com a especialização, um elemento fundamental das mesmas. A maioria dos elementos da teoria administrativa parece estar projetada para organizar coisas. Existe uma grande prioridade em evitar o caos e a desorganização. Fayol estabeleceu que todas as atividades ou operações de uma empresa podem ser divididas em seis grupos: 1. Atividades técnicas (relacionadas à transformação e produção de bens); 2. Atividades comerciais (transações de compra e venda); 3. Atividades financeiras (captação e bom uso do capital); 4. Atividades de segurança (proteção das pessoas e dos bens); 5. Atividades contábeis (controles e registros das despesas organizacionais); 6. Atividades administrativas (relacionadas à integração de todas as operações da organização). Fayol achava que mesmo sendo uma das seis grandes atividades organizacionais, as administrativas eram mais importantes que as outras cinco atividades. Fayol define administração como a realização das atividades administrativas, que são as funções de previsão (tentativa de avaliar o futuro), organização (mobilização dos recursos humanos e materiais para transformar o plano em ação), comando (estabelecimento de orientações para empregados), coordenação (unificação e harmonia) e controle (verificação de que as coisas aconteceram como propostas no comando). Além disso, Fayol considerava a previsão como a principal fução administrativa. Apesar de terem se passado muitas décadas desde o estabelecimento destas funções, elas ainda são descritas como funções administrativas. Os princípios gerais da administração de Fayol são ainda considerados por grande parte dos administradores, úteis na prática administrativa contemporânea, são eles: 1. Divisão do trabalho (especialização do trabalho); 2. Autoridade e responsabilidade; 3. Disciplina (necessidade de esforço comum dos trabalhadores); 4. Unidade de comando (trabalhadores devem receber ordens de um gerente somente); 5. Unidade de direção (organização toda deveria estar se movendo em direção a um objetivo comum); 6. Subordinação do interesse individual ao interesse geral; 7. Remuneração do pessoal (o pagamento deveria ser justo e recompensar o bom desempenho); 8. Centralização; 9. Cadeia escalar (linha de autoridade); 10. Ordem; 11. Equidade (todos os empregados deveriam ser tratados o mais “igualmente” possível); 12. Estabilidade do pessoal no cargo (retenção dos trabalhadores mais produtivos). Os trabalhos de Fayol e Taylor foram essencialmente complementares; ambos perceberam que a chave do sucesso industrial estava no problema do pessoal e de sua administração. Ambos foram pioneiros e prestaram uma grande colaboração ao moderno pensamento administrativo. Os pontos principais de Taylor são: teoria da administração científica, ênfase na definição das tarefas dos empregados e aumentar a eficiência da organização por meio da especialização dos operários. Os pontos principais de Fayol são: Teoria administrativa (clássica), ênfase na estrutura da organização e aumentar a eficiência da organização por meio da definição de vários níveis de responsabilidade.

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CRÍTICAS

Lydall Urwick revelou-se talvez o mais ilustre crítico de Fayol, e seus fundamentos estavam apoiados na concepção de que, para especializar o trabalho administrativo, a organização deveria se restringir ao estudo da estrutura da empresa, compreendendo órgãos, atividades desempenhadas por estes órgãos, métodos por meio dos quais essas atividades eram realizadas, e o respectivo interligamento e inter-relacionamento. Daí o surgimento da denominação “organização e métodos”, oferecida para designar esses dois aspectos básicos da organização: estrutura e funcionamento. O fator “pessoal”, em conseqüência, deveria ser desconsiderado pela organização e atribuído a uma disciplina especial – administração de pessoal – como Luther Gulick propôs no seu estudo chamado POSDCORB. A Escola de Relações Humanas provocaria grandes reformulações dos postulados até então comumente aceitos. Uma dessas reformulações foi justamente a de atribuir à organização uma nova dimensão: a organização informal; esta é uma contraposição à organização formal, isto é, à concepção de organização tradicionalmente aceita, que excluía o fator humano das suas preocupação, contrapondo-se, portanto, à concepção de Fayol, que já incluía essa preocupação dentro da organização.Fayol enfatizava o elemento pessoal como o objetivo fundamental da função de organizar. A Teoria Administrativa sofre das mesmas disfunções da burocracia, incluindo rigidez, impessoalidade, e excessiva categorização. Os “princípios da administração” falharam como verdades universais; eles falharam também em satisfazer os estudiosos que se queixavam que tais princípios eram como provérbios, que apresentava falta de origem científica e verificação.