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Teoria Geral do Processo

Teoria Geral Do Processo_caderno de Exercicios

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Teoria Geral do Processo

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Expediente

Curso de Direito – Coletânea de ExercíciosCoordenação Nacional do Curso de Direito da Universidade Estácio de Sá

Coordenação do ProjetoNúcleo de Qualificação e Apoio Didático-PedagógicoPresidente: Professor Sérgio Cavalieri Filho

Coordenação PedagógicaProf.ª Tereza MouraProf. Marcelo Machado Lima

Organização da ColetâneaProfessores da disciplina, sob a coordenação do Prof. Luis Carlos Araújo

ColaboradoresProf. Antonio Carlos MartinsProf.ª Liane Linhares IsoldiProf. Luis Carlos de AraújoProf.ª Maria Carolina AmorimProf.ª Sava Hoffmann

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Caro Aluno

A Metodologia do Caso Concreto, aplicada em nosso Curso de Direito, é centrada na articulação entre teoria e práti-ca, com vistas a desenvolver o raciocínio jurídico. Ela abarca o estudo interdisciplinar dos vários ramos do Direito, permitindo o exercício constante da pesquisa, a análise de conceitos, bem como a discussão de suas aplicações.

O objetivo é preparar os alunos para a busca de resoluções criativas a partir do conhecimento acumulado, com a susten-tação por meio de argumentos coerentes e consistentes. Desta forma, acreditamos ser possível tornar as aulas mais interativas e, conseqüentemente, melhorar a qualidade do ensino ofere-cido.

Na formação dos futuros profissionais, entendemos que não é papel do Curso de Direito da Universidade Estácio de Sá tão-somente oferecer conteúdos de bom nível. A excelência do curso será atingida no momento em que possamos formar pro-fissionais autônomos, críticos e reflexivos.

Para alcançarmos esse propósito, apresentamos a Cole-tânea de Exercícios, instrumento fundamental da Metodologia do Caso Concreto. Ela contempla a solução de uma série de ca-sos práticos a serem desenvolvidos pelo aluno, com auxílio do professor.

Como regra primeira, é necessário que o aluno adquira o costume de estudar previamente o conteúdo que será ministrado pelo professor em sala de aula. Desta forma, terá subsídios para enfrentar e solucionar cada caso proposto. O mais importante não é encontrar a solução correta, mas pesquisar de maneira dis-ciplinada, de forma a adquirir conhecimento sobre o tema.

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A tentativa de solucionar os casos em momento anterior à aula expositiva aumenta consideravelmente a capacidade de compreensão do discente.

Este, a partir de um pré-entendimento acerca do tema abor-dado, terá melhores condições de não só consolidar seus conheci-mentos, mas também dialogar de forma coerente e madura com o professor, criando um ambiente acadêmico mais rico e exitoso.

Além desse, há outros motivos para a adoção desta Cole-tânea. Um segundo a ser ressaltado é o de que o método estimula o desenvolvimento da capacidade investigativa do aluno, incen-tivando-o à pesquisa e, conseqüentemente, proporcionando-lhe maior grau de independência intelectual.

Há, ainda, um terceiro motivo a ser mencionado. As constantes mudanças no mundo do conhecimento – e, por con-seqüência, no universo jurídico – exigem do profissional do Di-reito, no exercício de suas atividades, enfrentar situações nas quais os seus conhecimentos teóricos acumulados não serão, per si, suficientes para a resolução das questões práticas a ele confiadas.

Neste sentido, e tendo como referência o seu futuro pro-fissional, consideramos imprescindível que, desde cedo, desen-volva hábitos que aumentem sua potencialidade intelectual e emocional para se relacionar com essa realidade. E isto é propor-cionado pela Metodologia do Estudo de Casos.

No que se refere à concepção formal do presente mate-rial, esclarecemos que o conteúdo programático da disciplina a ser ministrada durante o período foi subdividido em 15 partes, sendo que a cada uma delas chamaremos “Semana”. Na primeira semana de aula, por exemplo, o professor ministrará o conteúdo condizente com a Semana nº1; na segunda, com a Semana nº2, e, assim, sucessivamente.

O período letivo semestral do nosso curso possui 22 se-manas. O fato de termos dividido o programa da disciplina em

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15 partes não foi por acaso. Levou-se em consideração não so-mente as aulas que são destinadas à aplicação das avaliações ou os eventuais feriados, mas, principalmente, as necessidades pe-dagógicas de cada professor.

Isto porque o nosso projeto pedagógico reconhece a im-portância de destinar um tempo extra a ser utilizado pelo profes-sor – e a seu critério – nas situações na qual este perceba a neces-sidade de enfatizar de forma mais intensa uma determinada parte do programa, seja por sua complexidade, seja por ter observado na turma um nível insuficiente de compreensão.

Hoje, após a implantação da metodologia em todo o cur-so no Estado do Rio de Janeiro, por intermédio das Coletâneas de Exercícios, é possível observar o resultado positivo deste tra-balho, que agora chega a outras localidades do Brasil. Recente convênio firmado entre as Instituições que figuram nas páginas iniciais deste caderno permitiu a colaboração dos respectivos docentes na feitura deste material disponibilizado aos alunos.

A certeza que nos acompanha é a de que não apenas tor-namos as aulas mais interativas e dialógicas, como se mostra mais nítida a interseção entre os campos da teoria e da prática no Direito.

Por todas essas razões, o desempenho e os resultados obti-dos pelo aluno nesta disciplina estão intimamente relacionados ao esforço despendido por ele na realização das tarefas solicita-das, em conformidade com as orientações do professor. A aqui-sição do hábito do estudo perene e perseverante não apenas o levará a obter alta performance no decorrer do seu curso, como também potencializará suas habilidades e competências para um aprendizado mais denso e profundo pelo resto de sua vida.

Lembre-se: na vida acadêmica, não há milagres; há estudo com perseverança e determinação. Bom trabalho.

Coordenação Geral do Curso de Direito

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Procedimentos para Utilização das Coletâneas de Exercícios

1. O aluno deverá desenvolver pesquisa prévia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legisla-ção, a doutrina e a jurisprudência, e apresentar soluções, por meio da resolução dos casos, preparando-se para debates em sala de aula.

2. Antes do início de cada aula, o aluno depositará sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pré-resolvidos, para que o docente rubrique e devolva no início da própria aula.

3. Após a discussão e solução dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno deverá aperfeiçoar o seu trabalho, uti-lizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudên-cia pertinentes aos casos.

4. A entrega tempestiva dos trabalhos será obrigatória, para efeito de lançamento dos graus respectivos (zero a dois), independentemente do comparecimento do aluno às provas.

5. Até o dia da AV1 e da AV2, respectivamente, o aluno deverá entregar o conteúdo do trabalho relativo às aulas já mi-nistradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeiçoamento dos mesmos, organizado de forma cro-nológica, em pasta ou envelope, devidamente identificado, para atribuição de pontuação (zero a dois), que será somada à que for atribuída à AV1 e à AV2 (zero a oito).

6. A pontuação relativa à Coletânea de Exercícios na AV3 (zero a dois) será a média aritmética entre os graus atri-

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buídos aos exercícios apresentados até a AV1 e a AV2 (zero a dois).

7. As AV1, AV2 e AV3 valerão até oito pontos e con-terão, no mínimo, três questões baseadas nos casos constantes da Coletânea de Exercícios.

Coordenação Geral do Curso de Direito

Procedimentos para Utilização das Coletâneas de Exercícios

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Semana 1 Compreensão, autonomia e instrumentalidade do processo; natureza das leis processuais; relações do direito processual com os outros ramos do direito; finalidade do processo civil, processo penal e do trabalho; leis processuais no tempo e no espaço.

Semana 2Princípios informativos do direito processual; distinção entre ação, jurisdição e processo; a informatização do processo judicial – noções gerais.

Semana 3Jurisdição; conceito, caráter substitutivo, finalidades, limitações e ca-racterísticas; princípios fundamentais; poderes. Distinção entre fun-ções do Estado; poderes compreendidos na jurisdição; espécies de tutela jurisdicional. Jurisdição contenciosa e voluntária no processo civil e penal; substitutivos da jurisdição; jurisdição de direito e de equidade.

Semana 4Meios alternativos de solução de conflitos (arbitragem e a conciliação nos Juizados Especiais Cíveis e Criminais); solução de conflitos traba-lhistas: autodefesa, autocomposição, comissões de conciliação prévia (noções). Do Judiciário Trabalhista: O Poder Judiciário, sua organiza-ção, e o Ministério Público.

Semana 5Estrutura Judiciária Brasileira. As Justiças Especiais. Justiça Federal. TRF e Juízes Federais. Organização da Justiça Estadual. Órgãos da Jus-tiça Estadual. Órgãos Especiais das Justiças Estaduais. Câmaras Cíveis, Juízes de Direito. Juizados Especiais Cíveis Estaduais e da Justiça Fede-ral. Turmas Recursais.

Sumário

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Semana 6Ação. Conceito. Condições de Legítimo Exercício da Ação. Condi-ções Genéricas e Específicas. Específicas Positivas e Negativas.

Semana 7Processo Civil, Penal e do Trabalho. Compreensão e conceito. Na-tureza jurídica. Relação jurídico-processual e seus sujeitos. O MP no processo civil, penal e do trabalho. Pressupostos processuais de exis-tência e de validade.

Semana 8Competência. Conceito. Natureza Jurídica. Competência Interna-cional e Interna. Competência das Justiças Especiais. Competência da Justiça Comum Federal e dos Estados.

Semana 9Competência. Critérios de Fixação da Competência. Competência de Foro. Critério Territorial. Competência de Juízo. Critério Objetivo e Funcional. Incompetência Relativa e Absoluta.

Semana 10(Continuação) Competência. Critérios de Fixação da Competência. Competência de Foro. Critério Territorial. Competência de Juízo. Cri-tério Objetivo e Funcional. Incompetência Relativa e Absoluta.

Semana 11Competência. Modificações da Competência. Prevenção. Conexão. Continência. Prorrogação e Perpetuação. Controle da Competência e seus Instrumentos: Controle de Ofício, Exceção de Incompetência e Conflito de Competência.

Semana 12(Continuação) Competência. Modificações da Competência. Preven-ção. Conexão. Continência. Prorrogação e Perpetuação. Controle da Competência e seus Instrumentos: Controle de Ofício, Exceção de Incompetência e Conflito de Competência.

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Semana 13Partes. Sujeitos do Processo. Sujeitos da Lide (Distinção). Capacida-de. Conceito. Capacidade de ser parte e capacidade de estar em Juízo. Conseqüências da falta de capacidade processual.

Semana 14Processo e Procedimento: Civil, Penal e do Trabalho. Espécies de processo. Espécies de procedimento. A informatização do processo judicial. Princípios Gerais do Processo e do Procedimento. Garantias Constitucionais Processuais. Atos Atentatórios ao Exercício da Juris-dição. Formação do processo. Sucessão e substituição processual. Tra-tamento especial ao idoso.

Semana 15Procedimentos e suas Estruturas. Procedimento Ordinário, Sumário e os Especiais. A Conversão dos Procedimentos Especiais para o Or-dinário.

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Semana 1Compreensão, autonomia e instrumentalidade do processo; natureza das leis processuais; relações do direito processual com os outros ramos do direito; fina-lidade do processo civil, processo penal e do trabalho; leis processuais no tempo e no espaço.

CASO 1

Na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro encontra-se em votação um projeto de lei que visa a limitar o alcance dos procedimentos estabelecidos na lei 11.419, de 19/12/2006, que dispõe sobre a informatiza-ção do processo judicial, alterando vários dispositivos, sob o argumento da inexistência de condições práticas específicas, sobretudo no interior, para atendê-los.

Indaga-se:

a) A Assembléia Legislativa estadual pode legislar sobre matéria pro-cessual? Justifique indicando o dispositivo legal pertinente. Justifi-que a resposta.

b) E quanto aos procedimentos administrativos de apoio ao processo? Justifique a resposta.

c) Este projeto seria constitucional? Justifique.

Pesquisa na doutrina: 1) Ada Pelegrini Grinover, Teoria Geral do Processo, 23ª edição. Rio de Janeiro, Malheiros, 2007, p. 114; 2) Ale-xandre Freitas Câmara, Lições de Direito Processual Civil, vol. 1, 14ª ed., Ed. Lumen Juris, p. 18. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

CASO 2

Antenor e Alice, brasileiros, prósperos empresários do ramo da constru-ção civil, casados há cinco anos, apresentam problemas de fertilidade apesar de vários tratamentos em modernas clínicas especializadas. Decidem então congelar embriões para uma inseminação artificial futura. Ocorre que Ante-nor falece, vítima de um desastre de avião em uma de suas viagens de negó-cios. Viúva, Alice procura a clínica para submeter-se à fertilização, porém a clínica, diante da notícia do falecimento de Antenor, se nega a fazê-lo. In-dignada, Alice busca amparo para sua pretensão junto ao Poder Judiciário. O

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magistrado, por sua vez, deixa de apreciar a questão alegando que tal situação não encontra amparo legal no ordenamento jurídico brasileiro.

Indaga-se:

Agiu de forma correta o magistrado? Por quê? Fundamente.

Pesquisa na doutrina : 1) Ada Pelegrini Grinover, Teoria Geral do Processo, 23ª edição. Rio de Janeiro, Malheiros, 2007, p. 109; 2) Mo-acyr Amaral Santos, Primeiras linhas de Direito Processual Civil, São Paulo: Saraiva, 2007, v. 1, p. 30; 3) Humberto Dalla Bernardina de Pi-nho, Teoria Geral do Processo Civil Contemporâneo, 1ª ed. Rio de Janei-ro: Lumen Juris. 2007, p. 23. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

CASO 3

Carlos promoveu ação de conhecimento em face de Antônio. Postula a condenação do réu a pagar a importância de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a título de dano moral. O feito correu até a sentença, que julgou procedente o pedido do autor. Houve recurso, no segundo grau; o relator designado na 2ª Câmara Civil constata que o autor foi interditado no curso do processo. Determina, de imediato, a regularização do feito, com intimação pela im-prensa oficial para no prazo de 10 dias ser eliminado o vício, conforme art. 515, § 4º, do CPC.

A análise da abordagem histórica do Direito Processual é necessária para que possamos entender e valorizar as reformas do Código de Processo Civil, cujo objetivo precípuo é garantir expressivo acesso à justiça.

Indaga-se:

a) Quais são as fases de evolução do Direito Processual? Justifique a resposta.

b) O que se entende por instrumentalidade do processo? Fundamente a resposta.

Pesquisa na doutrina: 1) Ada Pellegrini Grinover, Teoria Geral do Processo, 23ª edição, Rio de Janeiro: Malheiros, 2007, p. 48; 2) Hum-berto Theodoro Junior, Curso de direito processual civil, 43ª ed., Rio de Janeiro, Forense, 2005, v. 1, p. 48; Moacyr Amaral Santos, Primeiras linhas de Direito Processual Civil, São Paulo, Saraiva, 2007, v. 1. pp. 37-62.

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Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema. Consultar também – Teoria Geral do Processo – Ada Pellegrini Gri-

nover – 23ª ed., Ed. Malheiros – 2007 – pp. 47 e 48, e Moacyr Amaral Santos – Primeiras linhas de Direito Processual Civil.

QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 1

Julgue as alternativas abaixo:

I) o Direito Processual Civil tem por objeto o estudo das normas jurídi-cas que regem a atividade jurisdicional do Estado;

II) o Direito Processual Civil é ramo do direito público; III) obrigações são medidas estabelecidas pelo Direito, como conse-

qüência da desobediência de um imperativo legal; IV) o Direito Processual Civil, como ramo do direito acessório, subme-

te-se ao direito material.

São corretas as alternativas:

a) I, II e III.b) I e II. c) II, III e IV. d) I, III e IV.

QUESTÃO 2

Quanto à interpretação da lei processual indique a alternativa incor-reta:

a) são métodos de interpretação da lei processual: literal, sistemático, histórico, comparativo e teleológico;

b) o chamado fenômeno da integração não encontra previsão no orde-namento jurídico brasileiro;

c) a atividade interpretativa pode ser classificada em declarativa, res-tritiva, extensiva ou ab-rogante;

d) o método teleológico objetiva alcançar a finalidade social da norma;

e) o método comparativo visa a comparar as previsões do ordenamento jurídico brasileiro e estrangeiro.

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QUESTÃO 3

Assinale a alternativa incorreta:

a) jurisdição, ação e processo formam a trilogia fundamental do direito processual;

b) a ação é um direito subjetivo e autônomo;c) os Estados e Municípios têm competência concorrente para legislar

sobre normas de organização judiciária;d) o direito processual civil mantém relações com os demais ramos

do Direito;e) aplica-se o princípio da territorialidade quanto tratamos da apli-

cação da lei processual no espaço.

Semana 2Princípios informativos do direito processual; distinção entre ação, jurisdição e processo; a informatização do processo judicial – noções gerais.

CASO 1

O Direito Processual Civil foi objeto de profundas alterações recentes; entre elas citamos a Lei 11.277, de 7/2/2006, que criou o artigo 285-A, que estabelece no seu caput: “Quando a matéria controvertida for unicamente de di-reito e no juízo já houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzin-do-se o teor da anteriormente prolatada.”

Indaga-se:

Este dispositivo ofende os princípios do contraditório e da ampla defe-sa? Justifique a resposta.

Pesquisa na doutrina: 1) Cássio Scarpinella Bueno, A nova etapa da reforma do Código de Processo Civil, vol. II, São Paulo, Ed. Saraiva, 2006, p. 55. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

CASO 2

Antônio Marcos, morador de Petrópolis, dirigia seu veículo em direção ao trabalho, como fazia todas as manhãs, quando foi atingido por um poste de

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iluminação pública que tombou na avenida onde trafegava, devido ao pés-simo estado de conservação. Por conta do acidente, Antônio Marcos restou seriamente lesionado. Decidiu então ajuizar Ação de Indenização por danos materiais e morais em face do Município de Petrópolis. O juiz na sentença julgou procedente o pedido, pois considerou que o Município é responsável pela conservação dos postes de iluminação pública, condenando-o ao paga-mento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) a título de indenização por danos materiais e morais.

Indaga-se:

a) Qual o Princípio do Direito Processual Civil que permite um novo julgamento das decisões de primeiro grau? Este princípio tem sede constitucional? Justifique a resposta.

b) Esta sentença, tendo em vista o disposto no artigo 475, I, do Código de Processo Civil, está sujeita à chamada revisão obrigatória. Isto constitui ofensa ao chamado Princípio da Igualdade das Partes? Justifique a resposta.

Pesquisa na doutrina: 1) Ada Pellegrini Grinover, Teoria Geral do Processo, 23ª ed., Rio de Janeiro, Malheiros, 2007, pp. 60 e 81. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

CASO 3

Lourenço, funcionário público estadual, foi punido em procedimento administrativo disciplinar com a suspensão de suas atividades por trinta dias. Diante disto, ingressou em juízo pleiteando a anulação da decisão adminis-trativa ao argumento de que não foram garantidos os princípios do contra-ditório e da ampla defesa esculpidos no artigo 5º, LV, da CRFB. Através de seu procurador, o Estado defende-se afirmando que esta decisão na esfera administrativa não pode ser modificada, tornando-se, portanto, imutável, pois operou a chamada coisa julgada administrativa.

Indaga-se:

Procede o argumento do procurador? Justifique a resposta.

Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Dalla Bernardina de Pinho, Teo-ria Geral do Processo Civil Contemporâneo, 1ª ed., Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2007, p. 30; 2) Cássio Scarpinella Bueno, Curso Sistematizado de Direito Processual Civil. Teoria Geral do Processo, vol. I, 2ª ed., São Pau-lo: Saraiva, 2007, p. 101.

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QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 1

São princípios informativos do processo:

a) princípio da concentração da defesa, da eventualidade e da impug-nação especificada;

b) princípio da inércia, da substitutividade e da instrumentalidade c) princípios da identidade física do juiz, dos atos processuais e da

publicidade; d) princípio do impulso oficial, da oralidade, motivação das decisões

judiciais; e) princípio do duplo grau de jurisdição, da simetria e da simplici-

dade.

QUESTÃO 2

O princípio que impõe deveres de moralidade e probidade a todos os que participam do processo é chamado de :

a) princípio do devido processo legal; b) princípio do contraditório e da ampla defesa; c) princípio da efetividade; d) princípio da lealdade processual;e) princípio da economia processual.

QUESTÃO 3

O juiz é livre para apreciar e avaliar as provas produzidas nos autos for-mando o seu convencimento. Tal disposição traduz o princípio:

a) dispositivo;b) do devido processo legal; c) do juiz natural; d) do livre convencimento motivado;e) da motivação das decisões judiciais.

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Semana 3Jurisdição; conceito, caráter substitutivo, finalidades, limitações e características; princípios fundamentais; poderes. Distinção entre funções do Estado; poderes compreendidos na jurisdição; espécies de tutela jurisdicional. Jurisdição conten-ciosa e voluntária no processo civil e penal; substitutivos da jurisdição; jurisdição de direito e de equidade.

CASO 1

Cláudio e Marlene, após quinze anos de casados, dois filhos menores, de seis e doze anos, não suportando mais a convivência comum, resolvem separar-se amigavelmente e buscam, através de um mesmo advogado, ampa-ro no Poder Judiciário.

Indaga-se:

a) Trata-se de jurisdição voluntária ou contenciosa? Justifique.b) Neste caso está presente o caráter substitutivo da jurisdição? Jus-

tifique.c) Este casal poderia obter a separação por via administrativa nos

termos da lei? Por quê? Justifique.

Pesquisa na doutrina: 1) Moacyr Amaral Santos, Primeiras linhas de Direito Processual Civil, São Paulo: Saraiva, 2007, v. 1, pp. 76-80; 2) Athos Gusmão Carneiro, Jurisdição e Competência, 24ª ed., São Paulo, Ed. Malheiros, 2005, pp. 43-47.

Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

CASO 2

No condomínio Morada do Sol, localizado no subúrbio do Rio de Ja-neiro, reside uma senhora de noventa e dois anos de idade, chamada Au-rora, que apesar de ser proprietária de três outros pequenos imóveis nesta Cidade vive com dificuldades, pois sustenta-se sozinha com o valor da pensão do INSS do falecido marido. Doente, gastou suas economias com tratamentos e remédios e com isso deixou de pagar as cotas condominiais durante nove meses. O condomínio, por sua vez, ajuizou ação de cobrança junto ao juízo cível, que culminou com um pedido de penhora do imóvel. O magistrado deixou de terminar a penhora do bem, sob o argumento que tal medida afasta-se do ideal de justiça, que deve nortear as decisões ema-nadas do Poder Judiciário.

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Indaga-se:

a) Agiu corretamente o magistrado? Justifique a resposta.b) Trata-se de jurisdição de direito ou de equidade? Fundamente a

resposta Pesquisa na doutrina: 1) Alexandre Freitas Câmara, Lições de Di-

reito Processual Civil, vol. I, 24ª ed., Ed. Lumen Juris, 2005, pp. 75 e 76. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

CASO 3

A jurisdição, segundo CHIOVENDA, pode ser definida como a função estatal que tem por finalidade a atuação da vontade concreta da lei, substi-tuindo a atividade do particular pela intervenção do Estado. A doutrina, para facilitar a nossa compreensão, a classifica quanto à pretensão em jurisdição cível e criminal.

Indaga-se:

Intercomunicam-se, entretanto, as mesmas repercutindo uma na outra? Justifique indicando os dispositivos legais pertinentes.

Pesquisa na doutrina: 1) Athos Gusmão de Carneiro, Jurisdição e Competência, 24ª ed., São Paulo: Ed. Malheiros, 2005, p. 28. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 1

Consideram-se elementos da jurisdição:

a) parte, objeto e a causa de pedir;b) legitimidade ad causam, o interesse de agir e a possibilidade jurídica

do pedido;c) jurisdição de direito e de equidade;d) cognitio, vocatio e coercio, juditio e executio;e) nenhuma das alternativas anteriores.

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QUESTÃO 2

A jurisdição contenciosa caracteriza-se pela:

a) ausência de substitutividade;b) presença de interessados e de um procedimento;c) presença de um conflito de interesses qualificado por uma preten-

são resistida – lide;d) homologação da vontade dos interessados;e) nenhuma das alternativas anteriores.

QUESTÃO 3

Julgue os seguinte itens CERTO (C) ou ERRADO (E) :

( ) a jurisdição compreende três poderes: o de decisão, coerção e do-cumentação;

( ) jurisdição é o meio pelo qual a parte provoca a atividade do Esta-do;

( ) a jurisdição é atividade preponderantemente estatal, podendo ser delegada ao particular;

( ) quanto ao grau em que é exercida, pode ser classificada em supe-rior e inferior.

Consultar: Teoria Geral do Processo Civil Contemporâneo. Hum-berto Dalla, pp. 39-46.

Semana 4Meios alternativos de solução de conflitos (arbitragem e a conciliação nos Juizados Especiais Cíveis e Criminais); solução de conflitos trabalhistas: au-todefesa, autocomposição, comissões de conciliação prévia (noções). Do Judiciário Trabalhista: O Poder Judiciário, sua organização, e o Ministério Público.

CASO 1

O Projeto de Lei 94/2002 da Câmara dos Deputados regula a chamada “mediação paraprocessual”. Sabemos que a mediação é uma forma alternativa

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de solução de conflitos em que o mediador deverá estimular os envolvidos a alcançarem um resultado pacífico e que a idéia é a oportuna e ampla utiliza-ção deste instrumento. Diante disto,

Indaga-se:

a) Quais são os chamados meios alternativos de pacificação de con-flitos? Justifique a resposta.

b) Quais são as espécies de mediação existentes? Fundamente a res-posta.

Pesquisa na doutrina: 1) Cássio Scarpinella Bueno, Curso Sistema-tizado de Direito Processual Civil – Teoria Geral do Direito Processual Civil, v. 01, Ed. Saraiva, 2007, pp. 12-15. Não deixe de examinar a juris-prudência sobre o tema.

CASO 2

Uma empresa japonesa e outra brasileira celebram um contrato no Ja-pão, em 1994, estabelecendo expressamente a cláusula arbitral e indicando o foro do Japão como o responsável para dirimir eventuais controvérsias. No Brasil, a arbitragem só foi regulamentada algum tempo depois pela Lei 9307/96.

Indaga-se:

a) Aplicam-se as disposições da lei de arbitragem neste contrato? Fun-damente a resposta.

b) A arbitragem ofende o chamado princípio do acesso à justiça, escul-pido no artigo 5º, XXXV, da CRFB? Justifique a resposta.

c) Cabe a revisão pelo Poder Judiciário das decisões proferidas no procedimento de arbitragem? Justifique.

Pesquisa na doutrina: 1) Alexandre Freitas Câmara, Arbitragem, 4ª ed., Ed. Lumen Juris, 2005, pp. 9-20. Não deixe de examinar a jurispru-dência sobre o tema.

CASO 3

Ana Paula promove ação de indenização em face da viação Boa via-gem Ltda. por danos materiais perante o juizado especial cível, requerendo a condenação ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais) por conta de

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uma colisão com seu veículo, ocorrida em 05 de outubro de 2007, enquanto dirigia-se ao trabalho. Frustrada a conciliação na AIJ (Audiência de Ins-trução e Julgamento), a autora apresentou 08 (oito) testemunhas do fato. O magistrado, por sua vez, limitou-se a ouvir apenas 03 (três) testemunhas, decidindo e proferindo a sentença na própria audiência de acordo com o ar-tigo da Lei 9099/95.

Indaga-se:

a) É possível afirmar que o Juizado Especial Cível é meio facilitador do acesso à justiça? Justifique a resposta.

b) Quais são os princípios basilares dos Juizados Especiais Cíveis? Fun-damente indicando o dispositivo legal pertinente.

c) No caso em tela, agiu corretamente o magistrado? Justifique a res-posta.

Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Junior, Curso de Direi-to Processual Civil, vol. 1, 47ª ed. Ed. Forense, pp. 28-36. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 1

Quanto à arbitragem é incorreto afirmar:

a) cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes em um contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os lití-gios que possam vir a surgir relativamente a tal contrato;

b) o compromisso arbitral é uma convenção celebrada pelas partes que submetem um litígio, envolvendo direito disponível, à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial;

c) é desnecessário constar do compromisso arbitral a matéria que será objeto da arbitragem;

d) se a cláusula compromissória nada dispuser sobre a nomeação de árbitros, caberá ao juiz, ouvidas as partes, estatuir a respeito;

e) o compromisso arbitral extrajudicial será celebrado por escrito particular, assinado por duas testemunhas, ou por instrumento público.

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Coletânea de Exercícios

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QUESTÃO 2

É nula a sentença arbitral:

a) quando for emanada por árbitro escolhido pelas partes;b) quando proferida nos limites da convenção da arbitragem;c) quando for nulo o compromisso;d) quando decidir integralmente todo o litígio submetido à arbitra-

gem;e) nenhuma das alternativas anteriores.

QUESTÃO 3

Quanto aos Juizados Especiais Cíveis Estaduais, baseando-se na Lei 9099/95, é correto afirmar:

a) admite-se a reconvenção;b) tem competência para conciliação, processo e julgamento das cau-

sas cíveis de menor complexidade, assim consideradas na forma do artigo 3º da lei 9099/95;

c) o incapaz pode ser parte no processo instituído pela Lei 9099/95;d) a contestação só poderá ser apresentada na forma escrita;e) nenhuma das alternativas anteriores.

Semana 5Estrutura Judiciária Brasileira. As Justiças Especiais. Justiça Federal. TRF e Juízes Federais. Organização da Justiça Estadual. Órgãos da Justiça Estadual. Órgãos Especiais das Justiças Estaduais. Câmaras Cíveis, Juízes de Direito. Juizados Es-peciais Cíveis Estaduais e da Justiça Federal. Turmas Recursais.

CASO 1

A empresa Tubo S/A deseja impetrar um mandado de segurança contra ato de comissão de licitação da Petrobrás S/A por ter sido inabilitada para o certame. Entende que cumpriu com as exigências previstas no edital de lici-tação por concorrência pública.

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Teoria Geral do Processo

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Indaga-se:

Qual é o juízo competente para processar e julgar a referida demanda? Justifique a sua resposta.

Pesquisa na doutrina: 1. Ada Pellegrini Grinover, Teoria Geral do Processo, 23ª ed., São Paulo: Malheiros, 2007, p. 246; Humberto Theo-doro Júnior, Curso de Direito Processual Civil, vol. I, Editora Forense, 47ª ed., Rio de Janeiro, 2007, p. 178. Não deixe de examinar a jurispru-dência sobre o tema.

CASO 2

João, empregado da empresa Cimento S/A, sofreu um acidente de tra-balho. Com o intuito de receber o benefício previdenciário auxílio-acidente e pleitear danos morais e materiais, decidiu demandar em face do INSS (Ins-tituto Nacional do Seguro Social) e do seu empregador. Tendo em vista as modificações trazidas pela EC nº 45/04.

Indaga-se:

É possível a cumulação dos referidos pedidos em uma mesma demanda? Justifique sua resposta:

Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Júnior, Curso de Direito Processual Civil, vol. I, Editora Forense, 47ª ed., Rio de Janei-ro, 2007, pp. 410-414. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

CASO 3

Maria, residente e domiciliada em Casimiro de Abreu, deseja mover uma ação em face do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), uma vez que a predita autarquia federal se negou a lhe conceder a aposentadoria sob o fundamento de que não tinha preenchido os requisitos constitucionais e legais.

Indaga-se:

Qual é o juízo competente para apreciar tal demanda? Justifique sua resposta.

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Coletânea de Exercícios

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Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Júnior, Curso de Direi-to Processual Civil, vol. I, Editora Forense, 47ª ed., Rio de Janeiro, 2007, p. 185. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 1

Compete ao Supremo Tribunal Federal:

a) processar e julgar, originariamente nos crimes comuns, os Governa-dores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsa-bilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Minis-tério Público da União que oficiem perante tribunais;

b) processar e julgar, originariamente nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Con-gresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;

c) julgar, em recurso ordinário, os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;

d) julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recor-rida contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência, julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal ou der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

QUESTÃO 2

Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

a) processar e julgar, originariamente, a ação direta de inconstitucio-nalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação decla-ratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;

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Teoria Geral do Processo

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b) processar e julgar, originariamente, a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias;

c) julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida contrariar dispositivo desta Constituição; declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição ou julgar válida lei local contestada em face de lei federal;

d) aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa ofi-cial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

QUESTÃO 3

Assinale a alternativa incorreta a respeito da competência dos Tribu-nais Regionais Federais:

a) processar e julgar, originariamente, os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Tra-balho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

b) processar e julgar, originariamente, os mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal;

c) processar e julgar, originariamente, os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal e juízos estaduais;

d) julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição.

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Coletânea de Exercícios

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Semana 6Ação. Conceito. Condições de Legítimo Exercício da Ação. Condições Genéricas e Específicas. Específicas Positivas e Negativas.

CASO 1

Mário alugou seu apart-hotel para João durante um período de um ano. Passados dois meses da assinatura do contrato de locação, João deixou de pa-gar o aluguel e demais encargos locatícios. Com o intuito de rescindir o re-ferido negócio jurídico e reaver o imóvel, Mário propôs ação de despejo por falta de pagamento cumulada com cobrança em face do locatário.

Indaga-se:

Estão presentes as condições para o legítimo exercício da ação? Justifi-que a sua resposta.

Pesquise na doutrina: 1) Ada Pellegrini Grinover e Cândido Rangel Dinamarco, Teoria geral do processo, 23ª ed., São Paulo: Malheiros, 2007, p. 274; 2) Humberto Theodoro Junior, Curso de Direito Processual Civil, vol. I, Editora Forense, 47ª ed., Rio de Janeiro, 2007, p. 62. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

CASO 2

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro propôs uma ação civil pública com o intuito de impugnar as novas alíquotas do IPVA impostas pelo Governo Estadual. Tendo em vista o disposto na Lei nº 7.347/85 e o entendi-mento do Superior Tribunal de Justiça sobre o assunto, estão presentes todas as condições para o legítimo exercício da ação? Justifique a sua resposta.

Pesquisa na doutrina: 1) Ada Pellegrini Grinover e Cândido Rangel Dinamarco, Teoria geral do processo, 23ª ed., São Paulo: Malheiros, 2007, p. 274; Humberto Theodoro Júnior, Curso de Direito Processual Civil, vol. I, Editora Forense, 47ª ed., Rio de Janeiro, 2007, p. 63. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

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Teoria Geral do Processo

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CASO 3

João propôs ação de usucapião especial urbano com o intuito de ver de-clarada a aquisição do direito de propriedade de um imóvel que mede 350m², sob o fundamento de que não é proprietário de nenhum outro prédio e possui o referido bem por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-o para a sua moradia. Diante do disposto no art. 183 da CRFB/88 e do art. 9º da Lei nº 10.257/01, qual é a providência a ser tomada pelo juiz ao apreciar a petição inicial? Justifique sua resposta.

Pesquisa na doutrina: 1) Ada Pellegrini Grinover e Candido Rangel Dinamarco, Teoria geral do processo, 23ª ed., São Paulo: Malheiros, 2007, p. 274; 2) Humberto Theodoro Júnior, Curso de Direito Processual Civil, vol. I, Editora Forense, 47ª ed., Rio de Janeiro, 2007, p. 64. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

CASO 4

Adão, empregado, com carteira assinada até o presente, promoveu ação em face da Metalúrgica Carioca perante a 1ª Vara da Justiça do Trabalho da comarca da Capital postulando direitos decorrentes de salários, férias e 13º salário do ano de 2002. A ré contestou o pedido alegando prescrição dos direitos do autor.

Indaga-se:

No processo do trabalho é cabível afirmar que ocorre prescrição do di-reito de ação relativo aos créditos resultantes das relações de trabalho? Jus-tifique sua resposta.

QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 1

Quando uma das “condições da ação” não estiver presente, o juiz de-verá:

a) determinar que o autor corrija a petição inicial;b) extinguir o processo sem resolução do mérito;c) corrigir a petição inicial do autor;d) extinguir o processo com resolução do mérito.

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Coletânea de Exercícios

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QUESTÃO 2

Sobre o direito de ação, é incorreto afirmar que:

a) o reconhecimento da autonomia do direito de ação constitui con-quista definitiva da ciência processual, sendo considerado inde-pendente do direito subjetivo material;

b) a ausência de qualquer das condições para o seu regular exercício importa em perempção;

c) a teoria da asserção é aquela segundo a qual a presença das “condi-ções” da ação será verificada à luz das afirmações feitas pelo deman-dante em sua petição inicial;

d) a teoria da substanciação pode ser definida como aquela em que o demandante deve provar que as “condições” da ação estão pre-sentes.

QUESTÃO 3

Sobre a legitimidade das partes, pode-se dizer que:

a) será ordinária quando, por autorização legal, alguém vai à juízo, em nome próprio, na defesa de interesse alheio;

b) será extraordinária e exclusiva quando apenas o legitimado ordi-nário puder ir a juízo;

c) será extraordinária e concorrente quando tanto o legitimado extra-ordinário quanto o legitimado ordinário puderem ir a juízo isola-damente ou em conjunto;

d) será extraordinária e subsidiária quando o legitimado ordinário só pode ir a juízo diante da omissão do legitimado extraordinário em demandar.

Semana 7Processo Civil, Penal e do Trabalho. Compreensão e conceito. Natureza jurídica. Relação jurídica-processual e seus sujeitos. O MP no processo civil, penal e do trabalho. Pressupostos processuais de existência e de validade.

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Teoria Geral do Processo

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CASO 1

O Condomínio Copa Estrela promoveu ação de cobrança de cotas condominiais em face do proprietário da unidade 201, Sra. Maria Amália. Na contestação, a ré sustenta a inadequação de rito, tendo o autor adotado o procedimento ordinário, afrontando o CPC.

Indaga-se:

a) A defesa da ré deve ser acolhida pelo juiz. Fundamente a res-posta.

b) No caso, se o juiz acolher as razões da ré, qual a conseqüência pro-cessual resultante. Justifique a resposta.

Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Junior, Curso de direi-to processual civil, 47ª ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, Parte V – Processo e Procedimento, p. 374. Não deixe de examinar a jurisprudên-cia relacionada ao tema.

CASO 2

Pedro Matias requereu, nos termos do art. 1.177, II, do CPC, a inter-dição de seu pai, Luciano, que se encontra, atualmente, em tratamento em clínica psiquiátrica.

Indaga-se:

a) No caso, qual o procedimento a ser observado? Fundamente a res-posta.

b) O jurisdicionado pode, livremente, escolher o procedimento a ser adotado para a medida a ser proposta? Fundamente a resposta.

Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Junior, Curso de direi-to processual civil, 47ª ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, Parte V – Processo e Procedimento, pp. 375 e 378. Não deixe de examinar a juris-prudência relacionada ao tema.

CASO 3

Decorações Sol Ltda., empresa que atua no segmento de decorações, com produtos importados, com sede em Vitória, Espírito Santo, é notificada, pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, para apresentar guias de impor-

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Coletânea de Exercícios

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tação, de um determinado período de apuração, do imposto de importação. Ângelo Pimenta, agente fiscal do órgão fazendário, ao visitar a empresa, na data prevista, verifica irregularidades na arrecadação do imposto, notifica o contribuinte para regularizar o pagamento devido ao fisco, no prazo de trinta dias; após esse período, retorna ao estabelecimento, constatando que as pendências não foram regularizadas. Nesse sentido autua a empresa, apli-cando-lhe sanções fiscais e administrativas, nos termos da legislação aplica-da ao caso.

Indaga-se:

a) O procedimento administrativo fiscal está sujeito ao princípio do contraditório e da ampla defesa? Fundamente a resposta.

b) Caso a administração fazendária, em decisão final, mantenha o auto de infração, qual a medida que o contribuinte poderá utilizar? Fundamente a resposta.

Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Junior, Curso de direi-to processual civil, 47ª ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, Parte V – Processo e Procedimento, p. 373. Não deixe de examinar a jurisprudên-cia relacionada ao tema.

QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 1

Nos Juizados Especiais Cíveis podem processar-se, entre outras, as se-guintes ações:

a) apenas causas com valor inferior a 20 salários mínimos;b) causas de valor inferior a 40 salários mínimos e questões trabalhis-

tas de qualquer valor;c) questões envolvendo acidentes de trabalho em que não haja morte

e ações de alimentos de valor até 40 salários mínimos;d) ações de despejo para uso próprio e de indenização por acidentes

de veículos de via terrestre.

QUESTÃO 2

É caso de indeferimento da petição inicial:

a) a falta de capacidade da parte;b) a inadequação de procedimento;

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Teoria Geral do Processo

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c) a falta de capacidade postulatória;d) a cumulação de pedidos.

Semana 8Competência. Conceito. Natureza Jurídica. Competência Internacional e Interna. Competência das Justiças Especiais. Competência da Justiça Comum Federal e dos Estados.

CASO 1

Plínio, em férias, decide visitar sua mãe Aline, que reside em Petrópo-lis. Chegando lá, tem conhecimento que o Sr. Waldemar, vizinho de Aline, ao realizar uma manobra com sua picape, bateu no muro da casa da mesma, derrubando-o e causando o desabamento do telhado da garagem sob o qual estava estacionado o carro de sua mãe. Aborrecido, Plínio procura o vizinho e diante da recusa deste em recebê-lo resolve propor uma ação pleiteando a reparação de danos sofridos por sua mãe.

Indaga-se:

a) Em relação às condições exigidas pela lei para o legítimo exercício da ação, está correta a propositura da ação por Plínio? Fundamente a resposta.

b) A ação será proposta perante a Justiça Estadual ou Federal? Fun-damente a resposta.

Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Júnior, Curso de Processo Civil, 47ª ed., vol. 1, Forense, pp. 186-187; 2) Alexandre de Freitas Câmara, Lições de Direito Processual Civil, pp. 128-129, vol. I, 16ª ed., Lumen Juris. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

CASO 2

Jacques, francês e residente em Paris, em férias no Rio de Janeiro, ad-quire um terreno na Barra da Tijuca para construir uma casa. Necessitan-do retornar ao seu país, deixa seu amigo Denis encarregado de contratar os profissionais necessários para a elaboração e execução da obra. Informado pelo amigo que ao visitar o imóvel encontrou Severino que alegou ser o pro-

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Coletânea de Exercícios

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prietário, pretende promover adequada ação a fim de ter reconhecido seu direito de propriedade. Sabendo-se que o autor não reside no Brasil e o réu é domiciliado em Petrópolis,

Indaga-se:

a) A competência para conhecer da ação reivindicatória pertence à autoridade judiciária estrangeira? Fundamente a resposta.

b) Trata-se de competência de foro ou de juízo? Por quê? Indique o dispositivo legal.

Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Júnior, Curso de Pro-cesso Civil, 47ª ed., vol. 1, Forense, pp. 181-184-185 e 190; 2) Alexandre de Freitas Câmara, Lições de Direito Processual Civil, vol. I, 16ª ed., pp. 100-101; 3) Cintra, Grinover e Dinamarco, Teoria Geral do Processo, 23ª ed., Ed. Malheiros, p. 246. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

CASO 3

A empresa brasileira Seguro e Vida S/A foi citada por carta rogatória advinda da Justiça da Espanha, da Companhia de Resseguros Espanhola, como autora. A causa envolve alegação de descumprimento de obrigação contratual entre a autora e a ré.

Indaga-se:

a) A jurisdição brasileira seria a competente? Fundamente a res-posta.

b) Trata-se de competência exclusiva ou concorrente da justiça bra-sileira? Justifique a resposta.

Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Júnior, Curso de Pro-cesso Civil, 47ª ed., vol. 1, Forense, 2007, p. 181. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 1

O deslocamento da competência da justiça local para a federal terá lu-gar, sempre:

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Teoria Geral do Processo

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a) quando a União Federal for intimada para se manifestar em pro-cesso de seu interesse;

b) quando a matéria for de interesse público;c) quando a União Federal manifestar interesse na solução da

demanda;d) quando a União Federal for admitida como autora, ré, assistente

ou opoente.

QUESTÃO 2

Assinale a alternativa correta:

a) é determinada a competência no momento em que a ação é pro-posta, sendo irrelevantes as alterações de competência em razão da matéria ou da hierarquia, diante do princípio do Juízo Natural,

b) a ação intentada perante Tribunal estrangeiro induz à litispen-dência, obstando a que autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas,

c) argúi-se, por meio de exceção, a incompetência relativa e, como preliminar de contestação, a incompetência absoluta;

d) são condições da ação a capacidade e legitimidade das partes, o interesse de agir e a possibilidade jurídica do pedido.

QUESTÃO 3

Manoelina, portuguesa, após viver longo período no Brasil, decide vol-tar à sua terra natal, para viver ao lado de seu único irmão. Dois meses após desembarcar em Portugal, Manoelina veio a falecer vítima de acidente au-tomobilístico. Seu vasto patrimônio é constituído por dois imóveis no Rio de Janeiro, cinco na Espanha e três em Portugal.

Indique a alternativa correta:

a) caberia à justiça portuguesa por três motivos: a falecida era portu-guesa, deixou bens neste país e o único herdeiro reside em Portu-gal;

b) os herdeiros podem optar entre justiça brasileira ou portuguesa, uma vez que a falecida possuía bens em ambos os países;

c) Seria exclusivamente da justiça brasileira, pois somente a autori-dade judiciária brasileira pode decidir acerca da partilha de bens situados em território nacional;

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Coletânea de Exercícios

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d) Tendo em vista que a maior parte do patrimônio de Manoelina encontra-se na Espanha, a justiça deste país seria competente para processar o inventário.

Semana 9Competência. Critérios de Fixação da Competência. Competência de Foro. Cri-tério Territorial. Competência de Juízo. Critério Objetivo e Funcional. Incompe-tência Relativa e Absoluta.

CASO 1

Carla, domiciliada na Comarca da Capital (Rio de Janeiro), é citada, em ação de cobrança de honorários promovida por seu advogado, Ataulfo, sob o fundamento que com a mesma celebrou contrato verbal de honorários que não foram pagos. A ação foi proposta no domicílio do advogado, Co-marca de São Gonçalo.

Indaga-se:

a) Em relação ao foro em que foi proposta a ação, verifica-se alguma irregularidade? Justifique a resposta.

b) Qual o procedimento adequado para a citada ação? Fundamente a resposta.

Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Júnior, Curso de Pro-cesso Civil, 47ª ed., vol. 1, Forense, pp. 190-191; 2) Alexandre de Freitas Câmara, Lições de Direito Processual Civil, pp. 103-104-105, vol. I, 16ª ed., Lumen Juris. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

CASO 2

Dalva, natural de Barbacena-MG, casou-se com Eduardo, natural de Niterói; o casal fixou residência nesta cidade. Após alguns anos, Dalva re-torna à sua terra natal, para morar com sua irmã, separando-se judicialmente de seu marido.

Indaga-se:

a) Desejando Eduardo propor ação de divórcio direto, esta deverá ser proposta perante a justiça especial ou comum? Estadual ou federal? Fundamente a resposta.

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Teoria Geral do Processo

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b) Se a ação fosse proposta perante juízo incompetente, em razão do critério territorial, de que modo Dalva poderia argüir a incompe-tência? Esta alegação esta sujeita a algum prazo ou forma? Funda-mente a resposta.

c) Segundo o CPC, quais são os critérios de competência que viola-dos acarretam o vício da incompetência absoluta? Fundamente a resposta.

Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Júnior, Curso de Pro-cesso Civil, pp. 186-190-191; 2) Alexandre de Freitas Câmara, Lições de Direito Processual Civil, pp. 106-107, vol. I, 14ª ed., Lumen Juris. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

CASO 3

Antonio Carlos ajuizou ação anulatória de contrato de compra e ven-da de um imóvel situado na Comarca de Friburgo, em face de Pedro, Silvio e Flávio. A ação foi distribuída para a 2ª vara cível da Comarca de Friburgo. No prazo da resposta, os réus apresentam exceção de incompetência relati-va, argüindo a incompetência do juízo tendo em vista tratar-se de ação pes-soal, devendo ser ajuizada no domicílio de um dos réus, conforme art. 94, § 4º, do CPC.

Indaga-se:

a) Sendo acolhida a exceção, qual a providência a ser adotada pelo juiz? Fundamente a resposta.

b) Havendo divergência entre dois juízes acerca da competência para julgamento de uma determinada causa, qual a providência a ser adotada? Fundamente a resposta.

Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Júnior, Curso de Pro-cesso Civil, 47ª ed., vol. 1, Forense, pp. 206-207-208; 2) Alexandre de Freitas Câmara, Lições de Direito Processual Civil, vol. I, 16 ª ed., pp. 106-107-108. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

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Coletânea de Exercícios

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QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 1

Segundo o Código de Processo Civil, a incompetência relativa não po-de ser declarada de ofício.

PORQUE não envolve matéria de ordem pública, devendo ser alegada mediante exceção de incompetência, no prazo legal, sob pena de preclusão e prorrogação.

a) se as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira;b) se as duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira;c) se a primeira é verdadeira e a segunda é falsa;d) se a primeira é falsa e a segunda é verdadeira.

QUESTÃO 2

A falta de competência do juízo acarreta:

a) a extinção do processo sem julgamento de mérito;b) a extinção do processo com julgamento de mérito;c) a remessa dos autos do processo ao juízo competente;d) não acarreta nenhum efeito em relação ao processo.

QUESTÃO 3

Pelo critério de competência – Territorial – podemos afirmar que não sendo observado:

a) acarreta sempre a incompetência absoluta;b) acarreta um vício que pode ser argüido em qualquer tempo;c) acarreta nulidade absoluta;c) pode ser adaptado pelo juiz de ofício;e) deve ser argüido por meio de exceção.

QUESTÃO 4

O prazo para o juiz declarar a incompetência absoluta:

a) 15 dias, contados da data do despacho liminar positivo;b) 10 dias, contados da data do despacho liminar positivo;c) antes de proferir a sentença;d) não existe prazo previsto em lei.

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Teoria Geral do Processo

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Semana 10(Continuação) Competência. Critérios de Fixação da Competência. Competência de Foro. Critério Territorial. Competência de Juízo. Critério Objetivo e Funcional. Incompetência Relativa e Absoluta.

CASO 1

Denise, natural de Juiz de Fora, casou-se com Denílson, natural do Rio de Janeiro; o casal fixou residência nesta cidade. Após alguns anos, Denise volta a residir na sua terra natal, para morar com sua irmã, separando-se de seu marido.

Indaga-se:

a) Desejando Denílson propor ação de separação, esta deverá ser pro-posta perante a justiça especial ou comum? Estadual ou Federal? Fundamente a resposta.

b) Se a ação fosse proposta perante juízo incompetente, em razão do critério territorial, de que modo Denise poderia argüir a incompe-tência? Esta alegação esta sujeita a algum prazo ou forma? Funda-mente a resposta.

c) Segundo o CPC, quais são os critérios de competência que vio-lados acarretam o vício da incompetência absoluta? Justifique a resposta.

Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Júnior, Curso de Pro-cesso Civil, 47ª ed., vol. 1, Forense, 2007, pp. 184-217-220. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

CASO 2

Danúbia promoveu ação de investigação de paternidade em face de seu pai Edésio, tendo sido distribuída para a 2ª Vara Cível da Comarca de Petró-polis. Citado, o réu alega em preliminar, na contestação, a incompetência absoluta do juízo, em conta que o objeto da ação diz respeito à matéria de competência de uma das varas de família da mesma comarca.

a) Sendo acolhida a preliminar, qual a providência a ser adotada pelo juiz? Fundamente a resposta.

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Coletânea de Exercícios

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b) A incompetência argüida é de foro ou de juízo? Justifique a res-posta.

Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Júnior, Curso de Pro-cesso Civil, 47ª ed., vol. 1, Forense, pp. 427-428; 2) Alexandre de Freitas Câmara, Lições de Direito Processual Civil, vol. I, 16 ª ed., pp. 344-345. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

CASO 3

Ângelo pretende fazer prova de relação de trabalho, de período em que sua carteira de trabalho não estava assinada pelo empregador da época (ano de 1970), para efeito de alcançar a aposentadoria. O justificante reside na comarca da capital do Estado do Rio de Janeiro.

Indaga-se:

a) Qual justiça comum é a competente? Fundamente a resposta.b) Se o justificante tivesse domicílio na comarca de Sumidouro, que

órgão do judiciário seria o competente. Fundamente a resposta.

QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 1

Relativamente à competência, é incorreto afirmar:

a) dá-se a conexão entre duas ou mais ações quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir;

b) a identidade quanto às partes e à causa de pedir, entre duas ou mais ações, aliada ao fato do objeto de uma abranger o das demais, caracteriza a continência;

c) a prevenção é o critério utilizado para determinar em que juízo ocorrerá a reunião de ações conexas, reputando-se prevento, em se tratando de juízos com a mesma competência territorial, aquele que despachou em primeiro lugar;

d) a competência absoluta será reconhecida pelo juízo desde que argüida pelo réu, em sede de preliminar, na contestação.

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Teoria Geral do Processo

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QUESTÃO 2

Proposta em face do Estado do Rio de Janeiro, em Comarca do Interior, ação de reparação de dano moral ali ocorrido, para tal demanda:

a) a ré terá foro privilegiado na Comarca da Capital, devendo o juiz declinar, de ofício, da competência;

b) a ré não desfrutará de foro privilegiado nem de juízos privativos na Comarca da Capital;

c) a ré terá foro privilegiado na Comarca da Capital, cujo reconhe-cimento dependerá da apresentação de exceção declinatória;

d) a ré terá juízos privativos na Comarca da Capital, devendo o juiz declinar, de ofício, da competência.

QUESTÃO 3

Assinale a alternativa incorreta. No processo penal determinará a com-petência jurisdicional:

a) o lugar da infração;b) o domicílio ou residência do réu;c) a natureza da infração;d) o valor da causa;e) a distribuição, conexão ou continência.

Semana 11Competência. Modificações da Competência. Prevenção. Conexão. Continência. Prorrogação e Perpetuação. Controle da Competência e seus Instrumentos: Con-trole de Ofício, Exceção de Incompetência e Conflito de Competência.

CASO 1

Camilo ajuizou ação anulatória de contrato de doação de um imóvel situado na Comarca de São Gonçalo, em face de Paulo, Severino e Fábio. A ação foi distribuída para a 2ª vara cível da referida Comarca. No prazo da resposta, os réus apresentam exceção de incompetência relativa, argüindo a incompetência do juízo tendo em vista tratar-se de ação pessoal, devendo ser ajuizada no domicílio de um dos réus, conforme art. 94, § 4º, CPC.

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Coletânea de Exercícios

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Indaga-se:

a) Trata-se de competência de foro ou de juízo? Fundamente a res-posta.

b) Sendo acolhida a exceção, qual a providência a ser adotada pelo juiz? Justifique a resposta.

c) Havendo divergência entre dois juízes acerca da competência para julgamento de uma determinada causa, qual a providência a ser adotada? Fundamente a resposta.

Pesquise na doutrina: Athos Gusmão de Carneiro, Jurisdição e Com-petência, 14ª ed., Ed. Saraiva, 2007, p. 264. Não deixe de examinar a ju-risprudência sobre o tema.

CASO 2

Mário César promoveu ação em face de Ricardo Marques, na Comarca de Duque de Caxias, narrando como causa de pedir que é credor do réu em razão de contrato de prestação de serviços, já cumprido pelo autor. Não re-cebeu os valores ajustados no pacto. Citado, o réu argüiu em preliminar que dois dias após a sua citação mudou de endereço, passando a residir na Co-marca vizinha de São João de Meriti, para onde os autos deverão ser remeti-dos, certo que a competência é de foro, de critério territorial, aplicando-se o disposto no art. 94 do CPC.

Indaga-se:

a) A preliminar do réu deverá ser acolhida? Fundamente a res-posta.

b) Qual o significado da Perpetuatio Jurisdicionis? Fundamente a res-posta, indicando os dispositivos legais pertinentes.

Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Júnior, Curso de Processo Civil, 47ª ed., vol. 1, Forense, 2007, p. 190; 2) Athos Gusmão de Carneiro, Jurisdição e Competência, 14ª ed., Ed. Saraiva, 2007, p. 96.

Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

CASO 3

Alexandre requereu perante o Juízo da 1ª Vara de Órfão e Sucessões, da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, levantamento da interdi-

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Teoria Geral do Processo

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ção de seu filho Anselmo, sujeito à curatela de sua mãe, Maria Isabel, e com ela residente nesta Cidade do Rio de Janeiro. O Ministério Público oficiou no sentido de que o foro competente para conhecer do pedido seria o da Co-marca de Macaé-RJ, onde a interdição fora decretada.

Indaga-se:

A manifestação do órgão de atuação do Ministério Público está correta? Fundamente a resposta.

Pesquisa na doutrina: 2) Athos Gusmão de Carneiro, Jurisdição e Competência, 14ª ed., Ed. Saraiva, 2007, p. 137.

Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 1

Marque a opção correta:

a) a ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu;

b) a ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens imóveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu;

c) a ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do autor;

d) a ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens imóveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do autor.

QUESTÃO 2

Competência no processo civil

I. A incompetência em razão da hierarquia não precisa ser argüida me-diante exceção.

II. A competência em razão do valor nunca pode ser derrogada pelas partes.

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Coletânea de Exercícios

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III. A incompetência em razão do território deve ser argüida em preli-minar da contestação.

IV. A ação que versar sobre imóvel situado no Brasil é de competência exclusiva da autoridade judiciária brasileira.

V. A incompetência em razão da matéria é absoluta e deve ser declarada de ofício pelo juiz.

a) I, II e III estão corretas.b) I, II e IV estão corretas.c) I, IV e V estão corretas.d) II, III e V estão corretas.

QUESTÃO 3

Assinale a alternativa correta:

a) determina-se a competência no momento em que a ação é pro-posta, sendo irrelevantes as alterações de competência em razão da matéria ou da hierarquia, diante do princípio do Juízo Natural;

b) a ação intentada perante Tribunal estrangeiro induz à litispen-dência, obstando a que autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas;

c) argúi-se, por meio de exceção, a incompetência relativa e, como preliminar de contestação, a incompetência absoluta;

d) são condições da ação a capacidade e legitimidade das partes, o interesse de agir e a possibilidade jurídica do pedido.

Semana 12(Continuação) Competência. Modificações da Competência. Prevenção. Cone-xão. Continência. Prorrogação e Perpetuação. Controle da Competência e seus Instrumentos: Controle de Ofício, Exceção de Incompetência e Conflito de Com-petência.

CASO 1

Flávio, alegando inadimplemento contratual, propõe demanda no Fo-ro Central da Comarca da Capital. Citados, Armando e Sérgio, no prazo da resposta oferecem exceção de incompetência decorrente de foro de eleição

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Teoria Geral do Processo

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constante do contrato como sendo a Vara Regional da Barra da Tijuca. O magistrado, ao receber a exceção, determina imediatamente a remessa dos autos para o juízo indicado pelos réus.

Indaga-se:

a) A eleição de foro contida no contrato alcança também o juízo, sendo então correta a remessa ordenada pelo juiz? Justifique a res-posta.

b) Na hipótese de o juiz da Vara Regional da Barra da Tijuca discor-dar da remessa ordenada pelo outro juiz, deverá determinar alguma providência? Fundamente a resposta.

Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Júnior, Curso de Proces-so Civil, pp. 217-218 e 222-223; 2) Alexandre de Freitas Câmara, Lições de Direito Processual Civil, pp. 115-116, vol. I, 14ª ed., Lumen Juris. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

CASO 2

Cássio propôs ação de cobrança, que tramita sob o rito ordinário em face de Demétrio, na Cidade de São Paulo, perante Justiça Estadual de pri-meira instância. Dois dias após este propõe em face de Cássio, na Cidade de Araraquara, também na Justiça Estadual de primeira instância, ação decla-ratória de inexistência de relação jurídica, na qual questiona a legalidade do crédito cobrado por Cássio em sua ação. A ação de Cássio foi despachada em 1º lugar, enquanto que a de Demétrio, apesar de despachada, posteriormente obteve a citação antes da ação ajuizada por Cássio.

Indaga-se:

a) Constata-se a existência de conexão entre as ações? De que espé-cie? Justifique a resposta.

b) Sendo possível a reunião das ações, qual o critério a ser utilizado para estabelecer o juízo que conhecerá de ambas? Fundamente a resposta.

Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Júnior, Curso de Proces-so Civil, pp. 205/207; 2) Alexandre de Freitas Câmara, Lições de Direito Processual Civil, pp. 108-109, vol. I, 14ª ed., Lumen Juris. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

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Coletânea de Exercícios

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CASO 3

Antônio comprou o sítio São José, na Comarca de Petrópolis, pelo preço de R$ 500.000,00, com área de 22.000 metros quadrados, para nele instalar uma empresa. Antônio fez constar da escritura de aquisição, com a concordância do vendedor Benedito, que essa área é a mínima necessária ao estabelecimento de referida empresa. Realizada a compra e venda, com o re-gistro do título no Registro Imobiliário, Antônio constatou, com perícia, ao cabo de seis meses após esse registro, que a área adquirida só possuía 18.000 metros quadrados, o que inviabilizou, parcialmente, o empreendimento de Antônio, que pretende desfazer o negócio. Distribuída a ação perante a 4ª Vara Cível de Friburgo, domicílio do réu, o juiz declina para a Comarca de Petrópolis sob o fundamento do art. 95 do CPC.

Indaga-se:

a) Trata-se de ação real ou pessoal? Fundamente a resposta.b) Trata-se de competência de foro ou de juízo? Por quê? Indique o

dispositivo legal.

Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Júnior, Curso de Proces-so Civil, p. 195/197; 2) Alexandre de Freitas Câmara, Lições de Direito Processual Civil, pp. 98/103, vol. I, 14ª ed., Lumen Juris. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 1

Para uma ação de reintegração de posse de imóvel cuja área esteja situ-ada em mais de uma comarca, determinar se a competência:

a) pela prevenção, podendo a ação ser ajuizada em qualquer delas e estendendo-se a competência sobre a totalidade do imóvel;

b) pelo foro do domicílio do réu, mesmo que não se localize em uma das comarcas onde está situado o imóvel;

c) pelo foro do lugar em que estiver localizada a maior parte da área do imóvel;

d) pelo foro do lugar em que estiverem localizadas as principais ben-feitorias.

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Teoria Geral do Processo

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QUESTÃO 2

Assinale a opção correta:

a) as competências territorial e funcional podem ser modificadas pela conexão e continência;

b) dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre quando há identidade de partes e de objeto;

c) a prevenção, entre juízos de comarcas distintas, dar-se-á em favor do juízo que despachar primeiro a petição inicial;

d) a conexão ocorrerá quando duas ou mais ações tiverem o mesmo objeto ou a mesma causa de pedir.

QUESTÃO 3

Correndo uma ação de consignação em pagamento pelo locatário e uma outra de despejo, proposta pelo locador, na mesma comarca, em juízos diversos, é correto afirmar:

a) prevento é o juízo da causa continente;b) prevento é o juízo onde se deu em primeiro lugar a citação

válida;c) prevento é aquele juízo onde se deu em primeiro lugar o despacho

de “cite-se”;d) não há prevenção, pois entre as ações inexiste conexão pela de

pedir remota;e) não há que se falar, neste caso, em prevenção de juízo, inexistindo

conexão pelo objeto ou pela causa de pedir.

Semana 13Partes. Sujeitos do Processo. Sujeitos da Lide (Distinção). Capacidade. Conceito. Capacidade de ser parte e capacidade de estar em Juízo. Conseqüências da falta de capacidade processual.

CASO 1

Dois fetos, em litisconsórcio ativo, representados por suas respectivas mães, a primeira, Lúcia Pereira, e a segunda Helena Silva, grávidas, cum-

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Coletânea de Exercícios

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prindo pena na Carceragem Pública Feminina de São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, propõem ação em face do Estado de São Paulo, através da Defensoria Pública, com o objetivo de resguardar o direito de atendimen-to pré-natal. O Juízo da Vara da Infância e Juventude de São Bernardo não aceitou que a ação fosse proposta em nome do feto, determinando que a ini-cial fosse emendada em nome das mães.

Indaga-se:

a) Indique, no caso, os sujeitos do processo e da lide. Fundamente a resposta.

b) Está correta a decisão do Juízo da Vara da Infância e Juventude de São Bernardo do Campo? Justifique a resposta.

Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Junior, Curso de direito processual civil, 47ª ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, Parte II – Su-jeitos do Processo – partes e procuradores, p. 86. Não deixe de examinar a jurisprudência relacionada ao tema.

CASO 2

Pedro Henrique, menor de treze anos, órfão de pai e mãe, move ação de indenização em face de José Antônio, objetivando a condenação deste em danos materiais e morais. Citado, o réu alega, preliminarmente, a incapaci-dade de Pedro para figurar no pólo ativo.

Indaga-se:

a) No caso, qual a providência que deve tomar o juiz, para o regular desenvolvimento do processo? Fundamente a resposta.

b) Qual a conseqüência processual da incapacidade processual do autor para o processo? Fundamente a resposta.

Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Junior, Curso de direito processual civil, 47ª ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, Parte II – Su-jeitos do Processo – partes e procuradores, p. 89. Não deixe de examinar a jurisprudência relacionada ao tema.

CASO 3

Em ação de cobrança de cotas condominiais, ora em fase de execução, movida pelo Condomínio Comary em face de Nelson de Souza, sustenta

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Teoria Geral do Processo

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o executado que o Condomínio teve cancelada sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas da Receita Federal – CNPJ – e, portanto, a ausência de personalidade jurídica agrava-se ainda mais por esse fato o que revela a perda da capacidade processual. Nesses termos, requer o executado a suspensão da execução até a regularização da inscrição do exeqüente no CNPJ, nos termos do art. 265, I, e 791, II, ambos do CPC.

Indaga-se:

a) O Condomínio tem capacidade de ser parte? Fundamente a res-posta.

b) Está correta a tese do executado? Justifique a resposta.

Pesquisa na doutrina: Marcus Vinicius Rios Gonçalves, Novo curso de direito processual civil, 3ª ed., vol. 1., Saraiva, 2006, p. 116. Não deixe de examinar a jurisprudência sobre o tema.

QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 1

Sobre capacidade processual é falso afirmar que:

a) toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capaci-dade para estar em juízo;

b) ao réu preso o juiz dará curador especial;c) o administrador representa apenas passivamente a massa falida;d) verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da repre-

sentação das partes, o juiz, suspendendo o processo, marcará prazo razoável para ser sanado o defeito.

QUESTÃO 2

Serão representados em juízo:

a) a herança jacente por seu curador;b) o condomínio por síndico residente no prédio;c) o Município por um de seus secretários;d) o Distrito Federal por seu governador.

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Coletânea de Exercícios

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Semana 14Processo e Procedimento: Civil, Penal e do Trabalho. Espécies de processo. Espé-cies de procedimento. A informatização do processo judicial. Princípios Gerais do Processo e do Procedimento. Garantias Constitucionais Processuais. Atos Atenta-tórios ao Exercício da Jurisdição. Formação do processo. Sucessão e substituição processual. Tratamento especial ao idoso.

CASO 1

Karina Bastos propõe ação acidentária em face do INSS, por acidente ocorrido durante atividade laborativa, objetivando a concessão de auxílio-doença, benefício negado pela Autarquia em processo administrativo. A ré na defesa nega a existência de nexo causal entre o acidente e a atividade profissional desenvolvida pela autora segurada e, ainda, de que a matéria foi apreciada definitivamente na esfera administrativa. O Juízo, afinal, julga procedente o pedido, condenando a ré ao benefício pretendido, no valor de R$ 4.200,00 (quatro mil e duzentos reais), desde a citação e, ainda, condena a ré à indenização por danos morais, fixados em oito salários mínimos, pelas conseqüências que o acidente resultou para a autora.

Indaga-se:

a) Após a decisão negativa na esfera administrativa, a autora pode submeter à matéria ao Judiciário? Fundamente a resposta.

b) A decisão judicial, no caso, submete-se ao duplo grau de jurisdição obrigatório? Fundamente a resposta.

c) A decisão judicial está correta? Justifique a resposta.

Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Junior, Curso de di-reito processual civil, 43ª ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, Parte I – Noções Fundamentais – princípios informativos do direito processual, p. 28; 2) Luiz Rodrigues Wambier e Outros, Curso avançado de processo civil, vol. 1, teoria geral do processo e processo de conhecimento, 8ª ed., São Paulo, RT, 2006: Cap. 3: Princípios processuais, p. 66. Não deixe de examinar a jurisprudência relacionada ao tema.

CASO 2

Espólios de Moacyr Colombo e Rosalina Martins Colombo, ambos representados por seu inventariante, inconformados com a decisão do Juiz

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Teoria Geral do Processo

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que, em ação de conhecimento, sob o rito ordinário, cassou a gratuidade de justiça inicialmente deferida aos autores, recorrem da decisão para o Tribu-nal, para reforma da decisão.

Indaga-se:

a) Admite-se a concessão do benefício da assistência judiciária a espó-lio, para assegurar o acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º, LXXIV, da CRFB e na Lei nº 1060/50 – arts. 2º, 4º e § 1º? Fundamente a resposta.

b) Poderia, no caso, o juiz cassar o benefício à gratuidade, se antes foi concedido? Fundamente a resposta.

Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Junior, Curso de di-reito processual civil, 43ª ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, Parte I – Noções Fundamentais – princípios informativos do direito processual. pp. 27-36; 2) Luiz Rodrigues Wambier e Outros, Curso avançado de pro-cesso civil, vol. 1, teoria geral do processo e processo de conhecimento, 8ª ed., São Paulo, RT, 2006: Cap. 3: Princípios processuais, p. 66. Não deixe de examinar a jurisprudência relacionada ao tema.

CASO 3

O Estado do Rio de Janeiro ajuíza execução fiscal em face de Comesa – Comércio e Importação Ltda, fundada em título executivo extrajudicial, sendo determinada pelo juízo a penhora de 5% do faturamento da empresa. Ocorre que, não obstante a falta de garantia do juízo, a empresa oferece embargos à execução, requerendo a extinção da execução, sob o fundamento de nulidade da inscrição na Dívida Ativa da Fazenda. O juízo, mais uma vez, determina sejam efetuados os depósitos referentes à penhora da renda deferida, nos autos do processo de execução, no prazo de 72 horas, sob pena de não recebimento dos embargos. Consta nos autos que a empresa, mesmo intimada pessoalmente por seu representante legal, não cumpriu a determinação judicial. O juízo, afi-nal, julga extinto o processo sem resolução de mérito, nos termos do art. 267, IV, do CPC, considerando os artigos 9º e 16, parágrafo 1º, da Lei nº 6.830/80, condenando, ainda, a empresa ao pagamento das despesas processuais (TJRJ – 17ª CC. AC nº 2007.001.29364, Rel. Des. Camilo Ribeiro Ruliére).

Indaga-se:a) A conduta processual da empresa pode ser considerada como “ato

atentatório ao exercício da jurisdição”? Fundamente.b) Está correta a decisão do juiz? Fundamente.

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Coletânea de Exercícios

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Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Junior, Curso de di-reito processual civil, 43ª ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, p. 96. Não deixe de examinar a jurisprudência relacionada ao tema.

QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 1

O princípio regulado pelo art. 132 do CPC diz respeito ao princípio:

a) da imediatidade, que vincula o juiz da audiência ao subseqüente julgamento da lide;

b) da concentração em face do liame vinculatório estabelecido pelo próprio ato de realização da audiência;

c) da identidade física do juiz, vez que estará em melhores condições de proferir a sentença aquele que tomou as provas;

d) da oralidade, que consagra os debates orais em audiência culmi-nando pela sentença, no final da audiência.

QUESTÃO 2

Assinale a alternativa que traduz, na esfera da ordem constitucional, a celeridade processual ou da prestação jurisdicional:

a) o princípio da motivação das decisões judiciais;b) o princípio da recorribilidade;c) o princípio do devido processo legal;d) o princípio da razoável duração do processo.

Semana 15Procedimentos e suas Estruturas. Procedimento Ordinário, Sumário e os Especiais. A Conversão dos Procedimentos Especiais para o Ordinário.

CASO 1

Sandra propõe ação de adjudicação compulsória, pelo rito sumário, dando à causa valor de R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais) em face de Márcia, objetivando a regularização da cadeia sucessória dos atos nota-riais relativos ao seu direito ao domínio do bem recebido em doação de Cle-

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Teoria Geral do Processo

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mentina, dentre os quais se encontra a promessa de cessão, com quitação de preço, feita pela ré à referida doadora. Márcia, inconformada com a decisão, proferida em audiência, que indeferiu a conversão do rito em ordinário e a realização de provas pericial e testemunhal, por ela requeridos, em sua defesa, recorre da decisão para que o tribunal examine a questão.

Indaga-se:

a) Está correta a decisão do juiz? Fundamente.b) No caso, em que momento deve a ré ter apresentado sua contes-

tação? Fundamente.

Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Junior, Curso de di-reito processual civil, 43ª ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, p. 375. Não deixe de examinar a jurisprudência relacionada ao tema.

CASO 2

Helena promoveu ação de reintegração de posse em face de Marcelo. O juiz determinou a audiência de justificação prévia da posse. Segue-se que na audiência, após ouvir as testemunhas arroladas pela autora, o juiz deferiu o mandado de reintegração, correndo o prazo para oferecer contestação, pre-visto no art. 928 do CPC.

Indaga-se:

a) No caso, qual o procedimento adotado por Helena? Justifique a resposta.

b) Caso o réu apresente contestação, há mudança no rito? Justifique a resposta.

Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Junior, Curso de di-reito processual civil, 43ª ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, p. 375. Não deixe de examinar a jurisprudência relacionada ao tema.

CASO 3

Pedro está em vias de propor ação objetivando a condenação de Car-los a lhe pagar a importância de R$ 7.200,00 (sete mil e duzentos reais), em razão de reforma do telhado da casa de praia de Carlos, que, na época da en-trega dos serviços, ficou satisfeito, no entanto, não cumpriu com a obrigação de pagamento.

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Coletânea de Exercícios

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Indaga-se:

a) Pedro para propor a pretendida ação deverá valer-se do procedi-mento sumário ou sumaríssimo de que trata a Lei 9.099/95? Justi-fique a resposta.

b) Quais as características do procedimento sumaríssimo? Fundamente a resposta.

Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Junior, Curso de di-reito processual civil, 43ª ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, p. 382. Não deixe de examinar a jurisprudência relacionada ao tema.

QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 1

Assinale a alternativa correta:

a) admite-se no procedimento sumário a reconvenção;b) admite-se no procedimento sumário a ação declaratória inciden-

tal;c) admite-se no procedimento sumário pedido em favor do réu;d) no procedimento sumário, permite-se que as testemunhas sejam

arroladas, em momento posterior à propositura da ação.

QUESTÃO 2

Assinale a alternativa correta:

a) o autor não pode livremente optar por um determinado rito;b) o autor pode livremente adotar o rito que desejar imprimir à ação

proposta;c) o rito sumário não é obrigatório;d) o rito ordinário é adotado nas ações até o valor de 45 salários míni-

mos.