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TERCEIRA AULA DE CONSTRUÇÕES RURAIS
CONCRETO ARMADO
• Os cuidados observados na escolha dos materiais para a
confecção do concreto simples, devem ser mais rigorosos quando
se trata do concreto armado. O cimento deve ser novo, cimento
pedrado não deve ser usado em hipótese alguma.
• De acordo com a quantidade de água, o concreto pode ser
fluido, empregado somente em peças leves e de muita armação;
seco, usado em obras em contato com a água e plástico, que é o
tipo mais usual e de aplicação geral.
Fases dos trabalhos em concreto armado
• Execução das formas
• Armação dos ferros
• Concretagem
Formas
De modo geral são feitas de madeira sendo o pinho de terceira qualidade o mais empregado por ser ainda econômico e impróprio para usos de carpintaria e marcenaria. O pinho é utilizado sob a forma de tábuas, de 1” X 12”, 1” X 9”, 1” X 6” e de pontaletes de 3” X 3” e 3” X 4”. O comprimento das peças varia de 4,00 a 4,90m.
Formas de pilares: são feitas com quatro tábuas,
colocando-se de 0,80 m em 0,80 m uma cinta de
sarrafos para evitar que sejam vergadas durante a
concretagem. Nos pés dos pilares, quando necessário,
são deixadas pequenas aberturas para permitir a ligação
dos ferros de um pavimento para o outro.
Formas para laje: é constituída por um assoalho de
tábuas de 1” apoiada sob uma armação de madeira
firmada por peças horizontais que por sua vez se
apóiam em peças verticais de 3” X 3”.
Quando o piso é de terra, estes pontaletes de 3” X
3” são colocados em cima de outros horizontais. Os
pontaletes são travados por meio de cunhas, a fim de
forçá-los para cima permitindo um bom nivelamento do
assoalho.
As tábuas do assoalho devem estar bem juntas
umas das outras. Folgas maiores que 5 cm, caso
apareçam, devem ser fechadas com raspas de madeira.
Armação de ferro: Os ferros devem ser adquiridos
com certa antecedência para evitar atrasos, devendo os
pedidos ser feitos com um acréscimo de 5 a 10% por
causa das perdas. Normalmente são vendidos a quilo,
em fixes de barras de 12 metros. Os de menor diâmetro
(3”/16” e 1”/4”) costumam ser fornecidos em rolos de
100 quilos.
Os serviços com a ferro compreendem duas fases: corte
e preparo e armação das formas.
O corte é executado em banca de madeira com alicate
de corte, de acordo com a planta ou relação do
material.
A armação é feita diretamente sobre as próprias formas
quando se trata de vigas e lajes; para os pilares ela é
executada previamente. A armação das barras de ferro
é feita com arame recozido nº18 que é maleável e fácil
de ser trabalhado.
ARMADURAS:
Consumo de 80kg/m³ de concreto, em média.
O comprimento normal das barras é da ordem de 11 a
12m. Às vezes as barras vem no caminhão e para
caberem na carroçaria são dobradas, por isso precisam
ser retificadas e alinhadas.
Geralmente os armadores recebem por kg de aço
dobrado na obra.
SEQUÊNCIA DOS TRABALHOS:
- Retificação ou alinhamento;
- Corte: feito de acordo com as plantas do projeto
estrutural com auxílio de serra manual, tesoura ou
máquina de corte;
- Dobra: feita com auxílio de pinos fixados em bancada
de madeira ou maquinário próprio;
- Emendas: por trespasse, por solda ou por luvas;
- Montagem: colocar a armadura na forma de madeira
de modo a permanecer na posição inicial durante a
concretagem e permitir o comprimento mínimo
prescrito e necessário.
CONCRETAGEM
Ao iniciar a operação de concretagem com a mistura preparada na ocasião, as formas e moldes são bem molhadas com uma antecedência mínima de uma hora.
Deve-se ter o cuidado de que o concreto encha integralmente a forma a fim de evitar falhas e buracos que constituem grave perigo, enfra-quecendo nestes lugares as peças. À medida que vão sendo colocadas as camadas de concreto, elas são socadas ou vibradas de modo contínuo e ao mesmo tempo bate-se nas tábuas das formas para uma ligação mais estreita entre a ferragem e o concreto.
As peças de concreto armado devem ser executadas
de uma só vez. Se houver necessidade de interrupção
da concretagem, ao ser recomeçado o serviço, a parte
que virá receber novo concreto deve ser raspada e
recortada com uma argamassa rica em cimento e areia.
Durante os três primeiros dias após a concretagem
de uma laje, recomenda-se o cuidado de serem
cobertas e molhadas diariamente, pois a cura do
cimento em ambiente úmido dará maior resistência ao
concreto, evitando-se o aparecimento de rachaduras.
CONCRETAGEM:
SEQUÊNCIA DOS TRABALHOS:
- Fechamento das brocas (janelas) da base das formas
dos pilares após limpeza total;
- Vedação das juntas das formas;
- Umedecimento das formas com jato de mangueira;
- Preparação dos caminhos sobre a laje para o
transporte do concreto por carrinho (cuidado para o
deslocamento das armaduras e proteção das tubulações
e acessórios embutidos);
- Colocação das "mestras" ou "galgas" de controle da
espessura das lajes;
- Lançamento do concreto com adensamento e
"desempeno". Esse lançamento pode ser:
Pilares+vigas+lajes, tudo de uma só vez ou
pilares+(vigas+lajes) ou pilares+vigas+lajes,
seqüencialmente;
ATENÇÃO PARA:
* Aberturas nas lajes (alçapões, passagens de tubos e
acessórios previstos);
* Peças para elevadores;
* Cobrimento da barras de aço;
* Gabaritos para os pilares que seguem;
* Recolhimento dos corpos-de-prova para verificação de
resistência e documentação;
* Redução de pilares e "esperas".
- Acompanhamento dos serviços por engenheiro,
encarregado, bombeiro, eletricista, armador e
carpinteiro.
- Cura: molhar o concreto endurecido por 7 dias, no
mínimo (ABNT) para hidratação do cimento evitando-se
também a perda de água por evaporação, necessária
para as reações no concreto.
O QUE É CURA DO CONCRETO E COMO ELA É FEITA?
• É o nome dado ao trabalho que o concreto realiza enquanto esta endurecendo, é fundamental uma boa cura para se obter um concreto resistente e de qualidade. Para a cura, molhar continuamente a superfície do concreto logo após o endurecimento do mesmo, durante pelo menos os primeiros 7 dias. A laje deve ser molhada levemente com auxílio de regador ou mangueira. O concreto fresco exposto ao sol e ao vento perde muito rapidamente por evaporação a água da mistura, antes que tenha endurecido.
• Como essa água é indispensável, resultará em um concreto fraco. Por isto se fazem necessárias medidas que visem impedir aquela evaporação, ou seja, proceder a cura do concreto. O fator mais importante na cura do concreto é promover uma ação que garanta água suficiente para que todo o processo de reação química do cimento se complete. Se o concreto não for curado, ficará sujeito à fissuras em sua superfície. Um concreto não curado, ou mal curado, pode ter resistência até 30% mais baixa, além de ser muito vulnerável aos agentes agressivos, devido a grande quantidade de fissuras que se formam, às vezes imperceptíveis a olho nu.
QUANDO PODE OCORRER INFILTRAÇÃO NA LAJE?
• Quando a cura do concreto não foi feita corretamente
proporcionando o aparecimento de rachaduras, ou
quando a laje permite acúmulo de água criando poças.
Para evitar rachaduras molhe a laje durante 7 dias, e
para evitar a formação de poças faça a laje com
caimento e escoamento para água.
O QUE PODE ATRAPALAHAR A CURA DA LAJE?
• A cura é a forma de garantir que o concreto fique
úmido pelo tempo certo, isto é, sete dias. É durante
esse período que podem haver alguns problemas de
clima que atrapalham a cura como ventanias, muito
calor e baixa umidade do ar. No caso do calor, aqui vai
uma dica simples: no verão, evite fazer laje ao meio dia,
quando o sol está muito forte. Procure os períodos de
menos calor.
RETIRADA E LIMPEZA DAS FORMAS:
- Respeitar prazos da ABNT:
* Faces laterais, 3 dias;
* Faces inferiores, com reescoramento, 14 dias;
* Faces inferiores, sem reescoramento, 21 dias.
- Limpeza de pregos e concreto.
REPARO DAS FALHAS:
- Analisar a gravidade do caso no concreto endurecido
e;
- Proceder a limpeza do local, retirando partes soltas e
completando em seguida a peça com novo concreto.
REVESTIMENTO
• O revestimento de paredes com a finalidade de
proteção contra as intempéries e higienização, é
executado com uma argamassa contínua e uniforme, o
emboço, ou por duas camadas, sendo a primeira o
emboço e a segunda aplicada sobre a primeira, o
reboco.
• O emboço é iniciado após completa solidificação da
argamassa da alvenaria, colocação das canalizações e
dos tacos para fixação das esquadrias e rodapés.
PISO
• Os mais utilizados em construções rurais são: concreto
simples, tijolos, pedra e madeira. Este último é bastante
empregado em instalações para aves, coelhos e
caprinos.
• O piso de concreto consiste numa laje
impermeabilizante em toda a superfície da construção,
com 8 a 10 cm de espessura. O traço normalmente
utilizado é de 1:3:5 de cimento, areia e brita. O
acabamento é feito com argamassa de cimento e areia,
traço 1:4, alisado a desempenadeira.
• O piso de tijolos tem boa aceitação em alojamento
para animais de pequeno porte. O rejuntamento dos
tijolos é feito com argamassa de cimento e barro, traço
1:8.
• O de madeira, em geral, deve ser desmontável. Quando
é destinado a aves consiste em quadros executados
com sarrafos de 3” X 1”, nos quais são pregadas ripas de
1” X 1” espaçadas de 2,5 cm. As dimensões dos quadros
não devem ser superiores a 3,00 X 1,00 m.
ESCADAS
• Podem ser construídas de madeira ou de concreto
armado. Num projeto de uma escada deve ser
observada a relação entre a largura e a altura do
degrau, de modo a não torná-la incômoda com
inclinação excessiva. Esta relação é dada pela fórmula:
2H+L=62 a 64 cm, em que H é a altura do degrau e L a
largura. Normalmente a altura oscila entre 16 a 19 cm e
a largura entre 25 28 cm.
A largura da escada varia de 0,90 a 1,20 m
ESQUADRIAS
• Devem ser confeccionadas de madeira de boa
qualidade e de preço acessível. As suas dimensões irão
depender da instação rural onde serão utilizadas.
• Em instalações para animais elas são rústicas, feitas de
tábuas com espessura variável de 2 a 4 cm. Para aves é
comum o emprego de portas teladas ou ripadas.
• Nos galpões de depósito são tambem bastante usadas
as portas de correr.
• Quando se trata de habitações, em que se deseja
melhor acabamento, as esquadrias devem ser de
melhor qualidade ou seja: portas lisas ou almofadadas;
janelas do tipo veneziana e vidro (guilhotina de abrir ou
de correr); janelas basculantes de ferro ou madeira,
etc..
• As madeiras mais utilizadas na fabricação de esquadrias
são: cedro, canela, jequitibá e algumas vezes o pinho.