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INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO José Nuno Mendes da Fonseca Nº 3715 Janeiro 2009 RELATÓRIO FINAL PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL EM ENGENHARIA CIVIL

Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

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INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

José Nuno Mendes da Fonseca

Nº 3715

Janeiro 2009

RELATÓRIO FINAL PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL

EM

ENGENHARIA CIVIL

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Índice de texto

Capitulo I – Apresentação Página

1.1 – Ficha de identificação 1 1.2 – Apresentação do estágio 2 1.3 – Apresentação do relatório 3

Capitulo II – A Instituição

2.1 - Introdução 4 2.2 – Objectivos de superintendência 4 2.3 – Organigrama da Instituição 6

Capitulo III – Pavimentação em Casas do Rio

3.1 - Apresentação 7 3.2 - Introdução 8

3.3 - Saneamento do Pavimento 9 3.4 - Pavimentação 10

3.4.1 - Base de agregado de granulometria extensa 11 3.4.2 – Rega betuminosa de impregnação e colagem 12

3.4.3 – Camadas de misturas betuminosa a quente

Capitulo IV – Arranjo e requalificação de Santa Eufêmea

4.1 – Apresentação da obra 18 4.2 – Implantação e piquetagem 19 4.3 – terraplanagens 20 4.3.1 – Demolições \ remoções 21

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4.3.2 – Desmatação 4.3.3 – Decapagem 4.3.4 -- Escavações 4.3.5 – Aterros 4.3.6 – Leito de pavimento 4.4 - Drenagens 4.4.1 – Rede de Esgotos e águas pluviais 4.4.2 – Abertura de valas 4.4.3 – Enchimento de valas 4.4.4 – Execução de caixas de visita 4.4.5 – Execução de sumidouros 4.4.6 – Drenagem das caldeiras 4.5 – Pavimentação 4.5.1 – Camadas granulares (sub-base e base) 4.5.2 – Aplicação de lancis 40 4.5.3 – Pavimentação de passeios e zona de estacionamento 41

Capitulo V – Medições e Orçamentação

5.1 – Medições em projecto 5.1.1 - Introdução 5.1.2 - Objectivos 5.1.2.1 - Princípios de base 5.1.2.2 - Condições a que devem de satisfazer as medições 5.1.2.3 - Regras gerais 5.2 – Medições em obra 5.3 – Orçamentação 5.3.1 - Introdução 5.3.2 - Calculo do orçamento 5.3.2.1 - Custos directos 5.3.2.2 - Custos indirectos

2 22 23 26 29 32 33 33 34 35 37 38 39 39 39

3443 43 44 46 48 49 58 63 63 64 65 67

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Capitulo V I – Concursos Públicos.

6.1 - Introdução 68 6.2 – Caderno de Encargos 70

Capitulo V II– Acessibilidades

7.1 – Introdução 68 7.2 - Objectivo 68 7.3 – Boas Praticas a adoptar 68

Capitulo V III – Projecto

8.1 - Introdução 90 8.2 – Descrição do Projecto 90

Capitulo V II - Conclusão

9 - Conclusão 91

Bibliografia 93

Anexos

Anexo I Erros e omissões na obra de requalificação de Santa Eufêmea

Anexo II

Projecto de arrelvamento sintético de campo de jogos

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• Índice de figuras Fig.1 – Situação inicial 7 Fig.2 – Perfil transversal tipo 8 Fig.3 – Zona a sanear 9 Fig.4 – Compactação do tout-venant 12 Fig.5 – Descarregamento do betuminoso 13 Fig.6 - Pavimentação 14 Fig.7 – Cilindro de pneus 15 Fig.8 – Cilindro de rastos lisos 16 Fig.9 – Pavimentação mal fechada 16 Fig.10 – Rega de colagem 17 Fig.11 – Levantamento de pavimento 21 Fig.12 - Árvore depois de derrubada 22 Fig.13 – Decapagem do terreno 23 Fig.14 – Giratória com balde variável 24 Fig.15 – Motoniveladora 25 Fig.16 – Solo com teor de humidade bastante elevado 30 Fig.17 – Cilindro a efectuar a compactação 31 Fig.18 – Abertura de uma vala 34 Fig.19 – Regularização do fundo de uma vala 35 Fig.20 – Esquema das camadas do terrapleno 36 Fig.21 – Execução de uma caixa de visita 37 Fig.22 – Execução de um sumidouro 38 Fig.23 – Assentamento de calçada 42 Fig.24 – Roda de agrimensor 59 Fig.25 – Passeios e caminhos de peões 85 Fig.26 – Escadarias na via pública 86 Fig.27 – Rampas na via pública 87 Fig.28 – Passagens de peões de superfície 89

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• Índice de quadros Quadro I (calendarização da obra polidesportivo em Espinheiro) 53 Quadro II (mapa de quantidades para polidesportivo em Espinheiro) 54 Quadro III (mapa de quantidades para arranjo de caminho na Velosa) 56 Quadro IV (medições de aguas pluviais em Santa Eufêmea) 60 Quadro V (medições de aguas pluviais em Santa Eufêmea) 61 Quadro VI ( medições de calçada na Velosa) 62

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Fig.21 – Execução de uma caixa de visita 37 Fig.22 – Execução de um sumidouro 38 Fig.23 – Assentamento de calçada 42 Fig.24 – Roda de agrimensor 59 Fig.25 – Passeios e caminhos de peões 85 Fig.26 – Escadarias na via pública 86 Fig.27 – Rampas na via pública 87 Fig.28 – Passagens de peões de superfície 89 Fig.32 - Aspecto do acesso numa camada intermédia 93 Fig.33 - Aspecto da plataforma numa camada intermédia 93 Fig.34 - Aspecto do acesso na camada final 93 Fig.35 - Aspecto da plataforma na camada final 93 Fig.36 - Aspecto frontal exterior final 93 Fig.37 - Aspecto lateral exterior final 93

Fig.38 - Garrafas de areia para determinação da baridade seca 94

• Índice de quadros

Quadro 1 - Correspondência entre classes e designações 37 Quadro 2 - Classes de consistência 38 Quadro 3 - Classe de exposição ambiental segundo a ENV 206 39 Quadro 4 - Classe de exposição ambiental especificação LNEC E378 40 Quadro 5 - Numero de amostras a recolher para o controlo da conformidade 57 Quadro 6 - Regras de aceitação dos lotes 58 Quadro 7 - Resultados obtidos no ensaio de análise granulométrica 73 Quadro 8 - Características dos tipos de compactação 78 Quadro 9 - Resultados obtidos no ensaio de análise granulométrica 85

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Quadro 10 - Resumo das medições nas paredes laterais dos carotes 95

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José Fonseca

1. APRESENTAÇÃO

1.1. FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

ALUNO: José Nuno Mendes da Fonseca

EMPRESA: Câmara Municipal de Celorico da Beira

Morada: Rua Sacadura Cabral

6360 Celorico da Beira

TEL: 271 747400

Fax: 271 747409

INÍCIO DO ESTÁGIO: 2 de Maio de 2008

FIM DO ESTÁGIO: 7 de Novembro de 2008

ACOMPANHANTE NA EMPRESA: Engº Cristina Martins

GRAU ACADÉMICO: Licenciatura em Engenharia Civil

PROFESSOR ACOMPANHANTE: Engº Elsa Silva

GRAU ACADÉMICO: Licenciatura em Engenharia Civil

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1.2. APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO

O estágio efectuado na Câmara Municipal de Celorico da Beira,

decorreu durante seis meses. O presente relatório e o estágio que lhe deu

origem, vai servir para que o estagiário obtenha o grau de Bacharel em

Engenharia Civil.

Pelo que o estagiário pode constatar, este contacto com a profissão

foi um dos objectivos da existência de estágio no curso, pois este tem como

principal função a inserção e contacto com a realidade, que é o mundo do

trabalho, onde muita coisa muda, principalmente na área da fiscalização,

sendo uma área muito pouco abordada ao longo do curso. Contudo, o curso

fornece uma base que vai ser necessária para que se possa exercer esta

futura actividade profissional.

O estágio foi realizado na secção de obras públicas, na Câmara

Municipal de Celorico da Beira, e incidiu na área de vias de comunicação,

onde foi proposto o acompanhamento e fiscalização de duas empreitadas,

sendo elas as seguintes:

- Arranjo e Requalificação Urbana de Santa Eufêmea.

- Arruamentos em Casas do Rio.

O estagiário também efectuou trabalhos de medição e orçamentação,

e também elaborou um caderno de encargos segundo a nova lei da

contratação pública e ainda um projecto de arrelavamento sintético de um

campo de jogos.

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1.3. APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO

O relatório está ordenado por vários capítulos, onde através de texto

e fotografias se descrevem os temas abordados.

Assim sendo, este relatório apresenta:

No capítulo I, uma breve apresentação do trabalho desenvolvido e

como este se encontra organizado.

No capítulo II , é feita uma descrição do local de estágio.

No capítulo III, é apresentada a empreitada designada por

“Arruamentos em Casas do Rio”, onde constam todos os trabalhos

efectuados na obra.

No capítulo IV, são descritos todos os trabalhos referentes à obra

designada por “Arranjos e Requalificação de Santa Eufêmea”, onde é feita

uma descrição de todos os trabalhos necessários à execução do projecto da

referida empreitada.

No capítulo V, é feita uma simples referência às medições e

orçamentação efectuadas pelo estagiário, bem como a sua importância.

No capítulo VI, é feita uma referência à elaboração de um caderno de

encargos segundo a nova regulamentação da contratação pública.

No capítulo VII, é feita referência às normas construtivas adoptadas

para melhorar a acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida.

No capítulo VIII, é feita referência à elaboração de um projecto.

No capítulo IX, é feita uma conclusão que abrangerá algumas

considerações em relação ao curso e uma reflexão sobre estágio.

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2. A INSTITUIÇÃO

2.1. INTRODUÇÃO

A Câmara Municipal constitui um órgão deliberativo e legislativo da

administração municipal, entidade que tem a seu cargo a administração dos

concelhos.

2.2. OBJECTIVOS DOS SERVIÇOS MUNICIPAIS

2.2.1. DE SUPERINTENDÊNCIA

- A Superintendência e coordenação dos serviços municipais

compete ao presidente da Câmara Municipal, nos termos da

legislação em vigor.

- Os vereadores terão nesta matéria os poderes que lhe forem

delegados pelo presidente da Câmara.

Os serviços municipais devem ter os seguintes objectivos:

- Melhorar a eficiência e a transparência da administração

municipal.

- Máximo aproveitamento possível dos recursos disponíveis.

- Criar condições de estimulo profissional dos trabalhadores.

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2.2.2. DOS SERVIÇOS TÉCNICOS

2.2.2.1. DEPARTAMENTO DE OBRAS MUNICIPAIS

Tendo sido neste departamento que o estagiário realizou estágio,

passa-se a descrever as funções no âmbito da sua competência:

- Fiscalização das obras adjudicada por empreitada.

- Desenvolver e conservar a rede viária urbana e rural.

- Desenvolver e conservar as obras de abastecimento de água

e saneamento.

- Promover a construção e conservação dos edifícios

municipais.

- Promover e velar pela sinalização do trânsito nas ruas e

estradas camarárias.

- A elaboração e a actualização sistemática do cadastro das

rodovias municipais para fins de conservação, estatística e

informação.

- Analisar sistematicamente as influências de rede viária

nacional e das mudanças nas normas de circulação na rede

municipal, elaborando estudos e propostas de actuação.

- Superintender nos armazéns, oficinas e viaturas.

- Coordenar os diversos trabalhos com as juntas de freguesia

e dar apoio necessário aos trabalhos por elas executados.

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2.3. ORGANIGRAMA DA EMPRESA

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3. “PAVIMENTAÇÃO EM CASAS DO RIO”

3.1. APRESENTAÇÃO

Esta empreitada foi adjudicada à empresa Manuel Aleixo da Cruz e

Filhos Lda. uma empresa sedeada no concelho de Celorico da Beira cuja

principal actividade é execução de pavimentações.

Esta empreitada corresponde a uma obra de via de comunicação

numa aldeia, do conselho de Celorico da Beira. Os trabalhos em causa

englobam principalmente a pavimentação que se encontrava em muito mau

estado, e ainda a instalação de uma zona com bancos e algumas árvores.

O projecto aproveitou na totalidade o traçado existente.

Na figura 1 mostra-se o estado da via de comunicação antes de

iniciar a intervenção.

Fig.1 – Situação inicial

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Fig. 2 – Perfil transversal tipo

n

3.2. INTRODUÇÃO

Esta obra foi obtida por ajuste directo. Com este projecto a Câmara

Municipal de Celorico da Beira pretende, assim, dar continuidade ao

trabalho que tem vindo a desenvolver no sentido de melhorar as estradas

que servem as diversas freguesias do conselho, contribuindo desta forma

para a melhoria das condições de vida da população aí residente, bem como

dotar os munícipes de melhores condições de circulação, preservando e

mantendo deste modo as características originais das aldeias. Esta

intervenção era um desejo antigo da população da freguesia.

O tipo de pavimentação que foi aplicado é composta por uma

camada de tout-venant, nas zonas mais degradadas, uma camada em betão

betuminoso a quente com uma espessura mínima de 6 cm após recalque,

com características de regularização e desgaste. O perfil adoptado foi que

se encontra na fig. 2.

Zona degradada

Camada de regularização e desgaste em betuminoso

Tout-venant Pavimento existente

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Uma das situações que chamou a atenção do estagiário foi a não

existência de um plano de Higiene e Segurança no Trabalho, que a seu ver

é um assunto muito importante, pois cada vez se ouve falar mais em

acidentes de trabalho, devendo um organismo Autárquico dar bons

exemplos. Embora não seja fácil fazer passar a informação aos

trabalhadores sabendo eles os riscos que correm.

3.3. SANEAMENTO DE PAVIMENTO

Como já foi atrás mencionado, esta obra refere-se à pavimentação de

uma via já existente mas que se encontrava bastante degradada.

Sempre que se verificou que a plataforma não se apresentava

convenientemente estabilizada devido à existência de manchas de solos de

fraca qualidade, susceptíveis de comprometer a prestação da pavimentação,

estes eram saneados. A designação de saneamento em pavimentos,

corresponde à operação de remoção a nível estrutural no local onde o

pavimento se degradou. Na fig. 3 pode-se observar uma zona a ser saneada.

Fig.3- Zona a sanear

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Assim este terá de ser saneado, fazendo-se uma escarificação da

plataforma, de onde são retirados os solos de má qualidade e substituídos

por um solo ou material com boas características. Normalmente este tipo de

problemas está associado a uma deficiente drenagem do solo.

3.4. PAVIMENTAÇÃO

Os pavimentos são estruturas laminares estratificadas em que os

materiais são dispostos em camadas a partir da fundação por ordem

crescente de resistência.

Nesta obra, manteve-se aplicado o pavimento flexível constituído

pelas camadas inferiores de base e sub-base, habitualmente granulares e

cuja principal função neste tipo de pavimentos é a degradação das cargas

de modo a que estas se distribuam ao nível da fundação com valores

adequados à resistência desta permitindo acessoriamente e quando

necessário a drenagem e uma protecção flexíveis, incluem como

componentes estruturais uma camada adicional contra o gelo.

Além destas camadas, colocam-se os pavimentos de regularização e

uma camada de desgaste relativamente fina, cuja função é proporcionar

uma superfície de rolamento regular resistente ao trânsito e impermeável.

Neste caso, dado o fim a que se destina e a utilização prevista,

apenas se previu em projecto a aplicação de uma única camada servindo

simultaneamente de regularização e desgaste.

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3.4.1. BASE DE AGREGADO DE GRANULOMETRIA

EXTENSA

A principal função da base nos pavimentos flexíveis é degradar as

solicitações provenientes do peso dos veículos para os materiais

subjacentes, de tal forma que as pressões tanto ao nível da sub-base como

da fundação sejam compatíveis com as respectivas capacidades de suporte.

A base deve ter uma espessura adequada e os materiais que a

constituem devem apresentar natureza e distribuição tais que possam

resistir, quer aos esforços derivados do tráfego, quer ao efeito de

esmagamento dos seus elementos, no sentido de garantir uma transmissão

de esforços eficaz e duradoura.

Nas bermas e no local onde foi necessário a abertura de caixas de

pavimento, tendo estas cerca de 30 cm de profundidade, foi colocado um

agregado de granulometria extensa ( tout-venant ), que é uma das bases não

tratadas de maior utilização.

A sua granulometria integra partículas de todas as dimensões uma

vez que este material resulta do aproveitamento completo do material

pétreo e por isso tem custos inferiores aos de outras bases em que se

desperdiça o material de menores dimensões.

Mas, para este ser de boa qualidade, convém ter um pouco de pó de

pedreira, contudo, este não continha essa característica, o que levaria a que

as condições de adesão não fossem as melhores.

Na fig. 4 pode-se ver como foi efectuada a compactação da camada

de tout-venant.

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3.4.2. REGA BETUMINOSA DE IMPREGNAÇÃO E

COLAGEM

Antes da aplicação da camada de regularização deve proceder-se à

limpeza dos materiais soltos que é efectuada por uma vassoura mecânica e

em seguida a colocação de uma rega de impregnação /colagem.

Esta rega é usual efectuar-se quando se aplicam tapetes em betão

betuminoso sobre bases não betuminosas, procurando deste modo melhorar

a ligação e colagem entre a base e a camada superior, normalmente de

regularização.

Fig. 4- Compactação do tout-venant

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3.4.3. CAMADAS DE MISTURAS BETUMINOSA A

QUENTE

Esta pavimentação é em betão betuminoso, constituída por brita,

areia e filer, que depois de doseados nas proporções adequadas são

aquecidos a temperatura na ordem dos 160 a 180 ºC, adicionando-se então

o betume previamente aquecido entre 140 e 160 ºC, realizando a mistura

até ficar homogénea.

As misturas são depois transportadas para o local, onde devem

chegar com temperaturas superiores a 130 ºC, para que possa haver uma

boa compactação.

Na fig. 5 pode-se ver como foi feito o descarregamento do

betuminoso após a chegada ao local onde foi aplicado.

Fig.5 – Descarregamento do betuminoso

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Este tapete de betão betuminoso é constituído por uma camada de

6cm de espessura com características de regularização e desgaste.

A espessura desta nunca deve ser menor que 4 cm, pois apesar do

tout-venant estar bem compactado, apresenta sempre alguma

irregularidade, a qual iria provocar uma quebra na camada de betão

betuminoso.

O controle da espessura é feita pela própria pavimentadora que

trabalha com sensores nivelantes, que permitem regular a espessura

desejada havendo só necessidade de marcar a largura.

Fig.6 - Pavimentação

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Um dos problemas de que o estagiário se apercebeu foi no que diz

respeito à união dos dois pavimentos, (lado esquerdo com o direito),

denominada junta de trabalho. Nesta obra, em particular, detectou-se que os

camiões ficavam muito tempo parados antes de serem descarregados, sendo

esta uma razão que também poderia influenciar a sua união e compactação,

pois a mistura já não estava à temperatura ideal.

A compactação é efectuada por intermédio de dois tipos de cilindros,

primeiramente o cilindro de pneus, (ver figura 7) que faz as primeiras

passagens, cuja energia de compactação vai fazer com que os inertes de

maior dimensões, que são os mais resistentes, fiquem em baixo e os de

menor dimensão em cima.

Por último deve passar-se o cilindro liso, (ver figura 8) pois como os

inertes mais finos estão em cima logo vai haver uma melhor compactação,

pois estes vão preencher de uma melhor forma os respectivos espaços

livres, havendo assim um menor índice de vazios.

Fig.7 – Cilindro de pneus

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Após vistoria a toda a extensão da pavimentação foi detectado sítios

onde a pavimentação tinha ficado mal fechada, como se pode ver na fig.9,

então foi aconselhado colocar sobre esta um pouco de rega de

impregnação/colagem para ser cilindrada novamente como se pode ver na

fig.10.

Fig. 8 – Cilindro de rastos lisos

Fig. 9 – Pavimentação mal fechada

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Um factor muito importante a ter em conta na pavimentação com

materiais betuminosos a quente são as condições atmosféricas. Assim a

temperatura deve estar compreendida entre os 15 ºC e os 25 ºC, e o tempo

deve estar seco, não se prevendo a ocorrência de chuva.

Fig.10 – Rega de colagem

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4. “ARRANJO E REQUALIFICAÇÃO URBANA DE

SANTA EUFEMEA” 4.1. APRESENTAÇÃO DA OBRA Esta empreitada foi obtida de concurso Público nos termos previstos

de dec. Lei 59/99 de 2 de Março e foi adjudicada à empresa Constrope

Construções, SA, com sede em Belmonte.

Esta obra trata de intervir sobre um espaço com grande potência

referencial ao nível de vivência, de imagem e das funções sociais de

Celorico da Beira. Com esta obra o município pretendeu redefinir

funcionalmente o estacionamento e a circulação automóvel de modo a

proporcionar uma maior fluidez do trânsito naquela zona da vila de

Celorico da Beira. Pretendendo-se renovar a imagem da zona, onde se

encontra a Escola Secundaria, o Mercado Municipal e o Centro Cultural.

Locais de elevada importância sócio-cultural.

Esta empreitada tem uma grande diversidade de trabalhos, como a

colocação de novos pavimentos, terraplanagens, instalação de diversas

redes (redes de drenagem de águas pluviais, rede de rega e rede eléctrica) e

arborização. O estagiário teve a seu cargo a fiscalização da referida

empreitada.

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4.2. IMPLANTAÇÃO E PIQUETAGEM

Os trabalhos de implantação e piquetagem de uma obra consistem na

transposição para o terreno dos elementos representados no projecto da

obra que se pretende executar.

Aqui, é de salientar a importância da topografia, pois qualquer erro

nesta fase, pode causar prejuízos e danos graves na obra e seu decurso.

Estes trabalhos compreendem as operações de marcação no terreno

da posição desses elementos na sua dimensão natural ( implantação ) e as

operações de cravação de estacas ( piquetagem ) nos pontos principais para

definir temporariamente a localização de cada um desses elementos.

A realização desses trabalhos compete ao empreiteiro adjudicatário a

partir das cotas, alinhamentos e referências fornecidas pelo dono da obra, a

quem cabe a tarefa de verificação final.

Estas referências foram registadas em elementos fixos existentes no

local ou, e em maciços de betão executados expressamente para este fim.

Como meios auxiliares foram utilizados equipamentos topográficos,

fitas métricas, fios, esquadros, réguas e estacas em madeira.

As marcações sinalizadas no terreno através de estacas, em alguns

casos impediam a execução da obra pelo que, antes do início é necessário

transferir essas marcações para um dispositivo exterior à área de trabalho.

Em relação à implantação definida no projecto ou pela fiscalização

serão em regra, admissíveis as tolerâncias seguintes:

• Os desvios por excesso em relação às superfícies definidas pela

implantação, não excederão em regra 5 cm.

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• Os desvios por defeito, em relação às superfícies definidas pela

implantação, não são em geral permitidas.

4.3. TERRAPLANAGENS

Entende-se por terraplanagens, ou movimentos de terra, o conjunto

das operações de escavação, transporte, espalhamento ou depósito e

compactação das terras, necessárias para a realização de uma obra.

Normalmente esta é a fase da obra que absorve a parcela mais

importante das despesas a realizar. É nesta fase que se incluem todos os

trabalhos de movimentação de terras necessárias para a respectiva

construção, nomeadamente as obras correspondentes às respectivas

drenagens, bem como caso seja necessário a obtenção de materiais em

empréstimo é nesta parte que se gera um maior impacto a nível

paisagístico.

O movimento de terras é feito com base nos perfis transversais pois,

estes têm como finalidade o cálculo dos volumes de escavação e aterro que

irão ser necessários na respectiva obra.

É também durante esta fase que se faz um estudo sobre todos os

equipamentos necessários para que haja um maior rendimento, ou seja,

uma maior rapidez na execução de todos os trabalhos, relativamente às

terraplanagens.

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4.3.1 DEMOLIÇÕES/REMOÇÕES

Os trabalhos de demolições incluem:

- Remoção de pavimentos de estacionamento.

- Remoção de lancis.

Os trabalhos de demolições/remoções foram executados nas devidas

condições de segurança e com o máximo de cuidado, pois o material a

demolir ou remover iria servir para posterior aproveitamento (ver fig.11),

visto que tanto o pavimento como os lancis foram reaproveitados, deste

modo foram tratados com o máximo de cuidado evitando a sua

deterioração, e transportados para o local indicado pela fiscalização.

Fig.11 – Levantamento de pavimento

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4.3.2. DESMATAÇÃO

A desmatação refere-se aos trabalhos de limpeza do revestimento

vegetal existentes na área onde se vão realizar os trabalhos de

terraplanagem.

Devem ser bem analisados os métodos, equipamentos e

procedimentos a adoptar pois, neste caso, engloba a desmatação de árvores

de grande porte, logo tem que se verificar qual o equipamento mais

aconselhável para este tipo de trabalho.

É uma tarefa que compreende o corte de árvores e arbustos, o

respectivo desenraizamento, o transporte dos materiais retirados e a sua

colocação em vazadouro. Incluindo também as indemnizações por depósito

e todas as operações de destruição daqueles materiais.

Ao se efectuar a desmatação há que ter previamente um local

escolhido para o seu depósito.

Fig.12 – Árvore depois de derrubada

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4.3.3. DECAPAGEM

Após as necessárias operações de desmatação fez-se uma

decapagem, que consistiu na remoção da terra vegetal de toda a área

definida no projecto.

Este trabalho teve como objectivo garantir a necessária preparação

das fundações dos aterros, por vezes estas terras também são utilizadas para

actividade agrícola, e revestimento de taludes, por serem de óptima

qualidade. Neste caso, foram utilizadas para espaços ajardinados da

respectiva obra.

A decapagem foi feita com a espessura descrita no projecto com o

auxílio da giratória e da motoniveladora, nalguns casos também se pode

utilizar uma buldozer, mas neste tipo de terreno não se justificava a sua

utilização.

Os produtos resultantes foram carregados em camiões pela giratória

para colocação em vazadouro.

Fig.13 – Decapagem do Terreno

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Para a execução destas operações foram usados como equipamentos,

a giratória e a motoniveladora.

A giratória é uma maquina constituída por um braço móvel, tendo no

extremo um balde de capacidade variável, a zona dos rastos é fixa enquanto

que a cabine e a lança giram em toda a sua volta, estas máquinas são cada

vez mais utilizadas devido à rapidez dos seus movimentos pois, resultam

em máquinas de boa produção.

A operação de carga realiza-se por tracção para a máquina, enquanto

a extensão do braço possibilita a descarga.

Nesta máquina o balde pode ser substituído consoante os trabalhos

que se pretende realizar, como se pode verificar na figura que se segue.

Por vezes e sempre que o terreno assim o justifique também pode ser

munida de um martelo hidráulico que se usa para partir rocha. Esta pode vir

a substituir a utilização dos tão perigosos explosivos, caso que não se

verificou nesta obra, pois felizmente neste solo existia rocha em pequena

quantidade, o que facilitou bastante este tipo de trabalhos.

Fig. 14 – Giratória com balde variável

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A motoniveladora é um equipamento muito importante nas

terraplanagens, pois nenhuma equipa de terraplanagens pode prescindir da

sua utilização, em todas as fases de trabalho, já que esta é capaz de

desempenhar inúmeras tarefas, como:

- Corte, transporte e espalhamento nos trabalhos de raspagem, isto é,

escavação de altura reduzida e pequenas distâncias de transporte.

- Espalhamento e regularização das camadas a serem compactadas nos

aterros.

- Acabamentos dos taludes das escavações e das plataformas,

confirmando-as com os perfis longitudinais e transversais do projecto.

- Abertura de pequenas valetas de drenagem.

- Escarificação leve de terrenos compactos e com teores de humidade

muito altos.

- Limpeza, quando houver vegetação rasteira e pequenos arbustos bem

como remoção da camada de terra vegetal desde que não haja raízes e

troncos.

Fig.15 - Motoniveladora

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4.3.4. ESCAVAÇÕES

Qualquer trabalho de terraplanagem corresponde sempre a uma

escavação, por exemplo, escavação para aterro, escavação para depósito ou

escavação de empréstimo.

Estes trabalhos abrangem a escavação e o desmonte, a colocação em

aterro ou em vazadouro, a regularização dos taludes de escavação e aterro e

a modelação das zonas envolventes à obra.

Os volumes a escavar são delineados pela topografia, embora se

tenha de efectuar o acompanhamento do desenvolvimento da escavação.

Acompanhamento este que é feito de modo a garantir que a escavação

corra conforme o previsto.

Convém que o volume entre escavação e aterro seja mais ou menos

equilibrados para que estes se compensem. O ideal seria que o volume da

escavação fosse igual ao do aterro, pois assim não haveria necessidade de

se arranjar local para o depósito (caso que se verifica quando o volume de

escavação é maior que o aterro) ou recorrer a solos de empréstimo (caso

que se verifica quando o volume dos aterros é maior que o de escavação),

mas como isso é muito difícil de se verificar, convém que eles estejam

equilibrados.

Nesta obra foi necessário recorrer a terras (saibro) de empréstimo,

mas em pouca quantidade, em virtude das escavações feitas conterem muita

terra vegetal.

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Os materiais provenientes das escavações podem ser divididos em

dois grupos distintos, que se distinguem pelo tipo de desmonte que exigem;

meios mecânicos ou meios com recurso a explosivos.

Nesta empreitada só se utilizaram meios mecânicos, pois o solo não

continha nenhum tipo de rocha que fosse necessário o recurso a explosivos.

4.3.4.1. ESCAVAÇÃO PARA ATERRO, ESCAVAÇÃO PARA

DEPÓSITO OU ESCAVAÇÃO DE EMPRESTIMO

► ESCAVAÇÃO PARA ATERRO DOS MATERIAIS

PROVENIENTES DA LINHA

Inclui todas as operações para colocação em aterro dos materiais

provenientes da escavação, designadamente a carga, o transporte, o

espalhamento e a compactação recorrendo sempre aos equipamentos mais

adequados.

Nem todos os materiais escavados na linha têm boas características

para serem utilizados em aterros, por isso é necessário selecioná-los de

modo a que estes se possam utilizar.

Nesta obra o volume de escavação era superior ao do aterro, mas

como o solo continha muita terra vegetal esta não pode ser toda utilizada,

sendo necessário recorrer a solos de empréstimo, mas em pouca

quantidade.

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Nas escavações foram utilizadas a giratória e a recto-escavadora. Na

compactação um cilindro, compactação esta que depende sempre de vários

factores, como:

- Espessura da camada.

- Área sobre a qual a pressão é aplicada.

- Valor da pressão transmitido ao solo.

- Tipo de cilindros.

- Numero de passagens do cilindro

► ESCAVAÇÃO PARA DEPÓSITO DOS MATERIAIS

PROVENIENTES DA LINHA

Este trabalho é análogo ao anterior. As diferenças resultam no facto

dos materiais provenientes da escavação se destinarem a vazadouro, não

sendo necessários tantos cuidados, visto que estes foram os solos rejeitados

por falta de características para utilização em aterro.

Estes solos foram escavados e carregados em camiões com a ajuda

da giratória e da recto-escavadora, e levados para vazadouro, sendo sempre

preciso ter cuidado com o local onde se vão descarregar, de modo a não

causarem um impacto ambiental negativo.

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► ESCAVAÇÃO EM EMPRÉSTIMO

Do ponto de vista económico deve-se procurar que haja

compensação entre os volumes de aterro e de escavação, mas quando isso

não for possível é preferível que o volume de escavação exceda o de aterro.

Caso contrário é necessário recorrer a solos de empréstimo, que geralmente

comporta custos mais elevados.

No caso desta obra foi necessário um baixo volume de materiais

(saibro) para empréstimo.

4.3.5. ATERROS

As áreas onde é necessário a construção de aterros terão de ser

previamente desmatadas e desenraizadas, quando necessário escavadas e

compactadas. É necessário um extremo cuidado na sua construção pois a

existência de problemas nesta fase poderá causar elevados prejuízos e

incómodos.

Os materiais utilizados nos aterros devem estar isentos de matéria

orgânica, vegetação ou de qualquer tipo de material impróprio. Os

materiais utilizados foram praticamente solos de boa qualidade, resultantes

da escavação na linha. Foi necessário recorrer a uma pequena quantidade

de solos de empréstimo.

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Surgiram problemas com o excesso de humidade no solo, devido a

nesta altura ocorrerem grandes chuvadas, (ver figura 16) o que foi

necessário atrasar os trabalhos até os solos se encontrarem novamente com

um teor óptimo de humidade. Pois a compactação que iria ser efectuada iria

ser mal executada devido ao excesso de humidade no solo.

A compactação é uma acção mecânica de modo a provocar um

menor índice de vazios no solo. As máquinas de compactação a utilizar

variam consoante as características do solo e estado em que se encontra o

terreno, na fig. 17 pode-se observar um cilindro a efectuar a compactação

do terreno, uma operação essencial para uma boa aplicação do pavimento.

Fig.16 – Solo com um teor de humidade bastante elevado

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Um factor muito importante é o acompanhamento de um técnico de

laboratório que vai efectuando diversos tipos de ensaio para garantir um

bom aterro. Um dos ensaios efectuados é o troxler, uma vez que este

aparelho nos dá com uma maior rapidez os resultados obtidos, o que é

muito importante em obra, pois diz-nos rapidamente se o aterro se encontra

bem compactado ou se é necessário mais passagens do cilindro.

Fig.17 – Cilindro a efectuar a compactação

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4.3.6. LEITO DO PAVIMENTO A camada de leito do pavimento faz parte integrante da fundação dos

pavimentos. Nesta obra, a fundação dos pavimentos é constituída pelo

produto final dos trabalhos de terraplanagens. Destina-se essencialmente a

conferir boas condições de fundação ao pavimento, permitindo uma fácil e

adequada compactação.

Ela deve assegurar as seguintes funções:

- Oferecer uma superfície regular e desempenada que possibilite a

execução das camadas subjacentes com as espessuras previstas no

projecto.

- Garantir uma capacidade de suporte uniforme que

- a curto prazo permita a realização (compactação ) da

camada subjacente em boas condições.

- a longo prazo garanta o bom funcionamento estrutural do

pavimento.

- Assegurar a circulação do equipamento para construção do

pavimento, embora para o equipamento mais pesado se preveja

muitas vezes nos estaleiros a existência de caminhos de serviços.

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4.4. DRENAGENS

4.4.1. REDE DE ESGOTOS DE ÁGUAS PLUVIAIS

A empreitada compreende a execução da rede de drenagem de águas

pluviais , bem como a ligação ao colector geral.

Os trabalhos de execução da rede de drenagem incluem a construção

de sarjetas, sumidouros, caixas de visita, caixas de recepção, colocação de

colectores e geodrenos, selagem de caixas e subaceleração de grelhas de

sumidouros.

A drenagem é um aspecto muito importante a ter em conta na

elaboração de um projecto de vias de comunicação ou arranjo urbanístico,

já que a presença da água implica consequências graves para a estabilidade

e conservação dos pavimentos.

Na drenagem inclui-se todos os trabalhos relativos à criação de um

sistema de drenagem de águas pluviais, garantindo a continuidade do

sistema natural existente e protegendo a estabilidade da infra-estrutura

criada, nomeadamente ao evitar a interferência nas condições de serviço e

de capacidade estrutural dos pavimentos.

Sendo a água um dos principais problemas que surge em qualquer

pavimento é preciso que a drenagem se realize de uma maneira bastante

eficaz, para que a água que cai no pavimento seja o mais rapidamente

conduzida pelo sistema de drenagem.

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4.4.2. ABERTURA DE VALAS

O trabalho a que se refere esta condição consiste na abertura de valas

necessárias para a execução da rede de águas pluviais.

As valas foram abertas de forma a permitir um espaço livre de cada

lado do tubo de 0,30m.

A profundidade das valas obedeceu às cotas dos projectos das redes,

considerando-se como mínimo a profundidade de 1m entre o extra dorso do

tubo e o nível do terreno.

Fig.18 – Abertura de uma vala

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Fig.19 – Regularização do fundo de uma vala

4.4.3. ENCHIMENTO DE VALAS

Para assegurar a perfeita estabilidade dos colectores o fundo das

valas foi regularizado (ver fig.19) ficando sem covas nem ressaltos, de

modo a permitir um apoio contínuo do colector. Estes foram assentes sobre

uma almofada de 10cm de areia, de modo a permitir um apoio perfeito e

evitar o contacto com elementos rígidos da fundação, o que poderia levar à

ruptura ou danificação dos tubos.

O terrapleno foi executado por camadas horizontais onde a tubagem

foi envolvida numa camada de saibro isento de pedras e recoberta por

aterro, tendo sido devidamente compactado (ver esquema na fig. 20).

A compactação das camadas foi efectuada com placas vibrantes, não

muito pesadas para não provocar danos nas tubagens. Os materiais

utilizados nas valas eram produtos da própria escavação, limpos e

compactados uniformemente.

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1.0 m

D ext.

0.1 m Areia

Saibro crivado

Material do próprio terreno

Fig. 20 –Esquema das camadas do terrapleno

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4.4.4. EXECUÇÃO DE CAIXAS DE VISITA

As caixas de visita servem para facilitar o acesso aos colectores, para

verificação e operações de manutenção em condições de segurança e

eficiência.

Estas devem ser colocadas sempre que se pretenda mudar de

direcção, de inclinação ou de diâmetros dos colectores. Nos alinhamentos

rectos o afastamento máximo entre caixas de visita não deve exceder os

60m.

As caixas de visita utilizadas nesta obra são formadas por anéis de

betão simples pré-fabricados com 1m de diâmetro, foram usados dois anéis

com 50cm de altura cada um. As tampas e os aros são de ferro fundido, a

soleira é constituída por betão simples que serve também de suporte ao

corpo (ver fig. 21).

Fig. 21 – Execução de uma caixa de visita

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4.4.5 EXECUÇÃO DE SUMIDOUROS

Os sumidouros são órgãos de captação de águas superficiais

normalmente utilizados junto a lancis. Estes implicam necessariamente a

existência de uma grade que permite a entrada de água sem prejudicar a

circulação rodoviária, grade esta que deve ser sempre na direcção do

escoamento (ver fig. 22).

Devem-se implantar sumidouros:

- Nos pontos baixos, para evitar retenção de água na plataforma.

- Nos cruzamentos, de modo a evitar que a água atravesse a faixa de

rodagem.

A ligação dos sumidouros às caixas de visita são feitas através de

tubagens em PVC rígido de 6kg/cm² e de diâmetro 200mm.

Fig.22 – Execução de um sumidouro

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4.4.6 DRENAGEM DAS CALDEIRAS

Todas as caldeiras, implantadas em zonas de solo pouco permeável

foram devidamente drenadas.

Para a sua drenagem foi colocada uma camada de brita sobre uma

manta geotextil onde a água se ira sumir, para as sarjetas mais próximas,

por meio de um dreno condutor.

4.5. PAVIMENTAÇÃO 4.5.1 CAMADAS GRANULARES (SUB-BASE E BASE)

Mais uma vez aqui é imprescindível a utilização da motoniveladora,

pois foi com a sua ajuda que foi feito o espalhamento das camadas de modo

a que toda a camada seja perfeitamente homogénea e se mantenha

aproximadamente com forma definida.

As motoniveladoras são máquinas que fazem os trabalhos de

acabamento e de confirmação final das cotas de projecto da terraplanagem,

devido à precisão de movimentos e à colocação nas mais variadas posições

que é possível dar à lâmina.

Nenhuma equipa de terraplanagem pode prescindir de uma

motoniveladora, em todas as fases de trabalho.

O transporte foi realizado por camiões basculantes e a sua

compactação com a ajuda de um cilindro.

A espessura da sub-base é de 20 cm, esta compactação foi efectuada

por 2 vezes tendo cada camada 10 cm.

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A espessura da base foi de 20 cm, sendo esta aplicada em 3 camadas

consecutivas de 10, 5 e 5 cm cada. O material utilizado foi um agregado de

granulometria extensa (tout-venant). A sua granulometria integra partículas

de todas as dimensões uma vez que este material resulta do aproveitamento

completo do material pétreo e por isso tem custos inferiores aos de outras

bases em que se desperdiça o material de menores dimensões.

A superfície da camada deve ficar lisa, uniforme, isenta de fendas

ondulações ou material solto, não podendo em qualquer ponto, apresentar

diferenças superiores a 2,5 cm, em relação aos perfis transversais e

longitudinais estabelecidos, o que poderia levar a uma irregularidade do

pavimento.

4.5.2 APLICAÇÃO DE LANCIS

A colocação de lancis é um trabalho que é efectuado um pouco antes

de ser aplicado o pavimento, para permitir um bom acabamento.

Os lancis eram em pedra de granito bujardado com dimensões de

20x25x100 cm.

Na sua execução foi aberta uma fundação, a qual foi enchida em

betão simples e por fim, com a ajuda de um fio esticado e alinhado, pelos

níveis préviamente colocados, foram aplicados os lancis, onde as juntas de

topo foram cheias em calda de cimento, garantindo-se um assentamento

desempenado.

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4.5.3 PAVIMENTAÇÃO DE PASSEIOS E ZONA DE

ESTACIONAMENTO

Os trabalhos, a que se referem este capítulo, incluem todas as

operações necessárias para garantir uma adequada materialização da

geometria dos traçados e implantação definida no projecto e ainda a

construção da fundação de acordo com o projecto.

Depois de se espalhar, nivelar e compactar o tout-venant, de igual

modo nas zonas de passeios e estacionamento numa camada de 20 cm de

espessura, foi espalhada e nivelada uma camada de areia com

aproximadamente 5 cm de espessura, onde foram assentes os blocos

graníticos (ver fig. 23).

Nas zonas de circulação pedonal foi assente uma calçada em granito

com as dimensões de 7x7x7 cm.

Nas zonas de circulação rodoviária optou-se por assentar dois tamanhos de

blocos, sendo para a calçada de 11x11x11 cm na zona de estacionamento e

de 7x7x7 cm nos locais de entrada para o estacionamento.

As juntas entre cubos era o menor possível, nunca sendo permitidos

afastamentos superiores a 5 mm, sendo estas refechadas com areia fina.

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Fig. 23 – Assentamento de calçada

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5. MEDIÇÕES

5.1. MEDIÇOES EM PROJECTO

5.1.1 INTRODUÇÃO

A medição que deve praticar-se dentro de qualquer empresa,

deverá ser o resultado de um percurso que conduzirá ao conhecimento dos

valores quantitativos-qualitativos de todos os componentes a considerar

para a concretização de um projecto técnico.

São todos os trabalhos a executar para a completa realização da obra,

incluindo todos os preparatórios e auxiliares esclarecidos, em termos de

permitirem a avaliação segura e rigorosa de toda a mão-de-obra, materiais,

equipamento e outros meios necessários.

Tudo o que reclame a intervenção de meios técnicos, meios

tecnológicos, materiais, etc, contabilizável, directamente ou indirectamente,

nos trabalhos, é também componente do “custo” da obra e portanto,

abrangido pelas preocupações de avaliação referidas.

As regras de medição seguidas, são as preconizadas pelo Laboratório

Nacional de Engenharia Civil uma vez que na grande maioria dos

projectos, as regras apontadas nos cadernos de encargos, são as indicadas

por este organismo ou semelhantes ás mesmas.

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5.1.2 OBJECTIVOS

As medições constituem a determinação analítica das quantidades de

trabalhos previstas no projecto ou executados em obra, e têm, em regra os

objectivos seguintes:

- Possibilitar a todas as empresas que apresentam propostas a concurso

ou consultas de empreitadas, a determinação dos custos e a elaboração de

orçamentos, com base nas mesmas informações de quantidades e de

qualidade de execução dos trabalhos indicados no projecto;

- Proporcionar às empresas adjudicatárias o cálculo das quantidades de

materiais e a avaliação das quantidades de mão de obra, de equipamento ou

de outros recursos a utilizar na execução dos trabalhos;

- Permitir o cálculo das variações de qualidade ou de modificações de

qualidade que se verificarem durante a construção;

- Facilitar a facturação e o pagamento das situações mensais, no prazo de

execução da obra e a elaboração da conta da empreitada, aquando da

recepção provisória da obra;

- Estabelecer as bases para que as empresas realizem a análise e o

controlo de custos dos trabalhos.

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A apresentação, em concursos ou consultas, de medições correctas e

adaptadas às características de cada obra, constitui uma das actividades

importantes do projecto, na medida em que permitir:

- O cálculo, pelas empresas concorrentes, dos custos de cada trabalho

em função do volume de produção, dos materiais a utilizar, dos pormenores

de execução, dos processos de construção e das condições de implantação e

organização do estaleiro;

- A elaboração de orçamentos em bases comuns, por todas as empresas

concorrentes, que facilitem a apreciação das propostas pelo dono da obra.

A evolução da dimensão e complexidade das empreitadas tem

incrementado a necessidade das empresas disporem de medições, como

elemento que sirva de base ao concurso, pois torna-se praticamente

impossível a determinação das quantidades de trabalhos, por cada

concorrente, nos prazos de apresentação das propostas que são correntes

nas empreitadas.

A avaliação das quantidades de mão de obra, de materiais, de

equipamento ou de outros recursos a utilizar na execução da obra, pode ser

deduzida das medições, desde que se conheçam os rendimentos dos

trabalhos, o que facilita quer o estudo da implantação e organização do

estaleiro, quer a programação dos recursos durante a construção.

A determinação dos trabalhos a mais e a menos, e, das situações

mensais de pagamento tem de fundamentar-se em medições realizadas

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sobre o projecto que, em geral, são rectificadas posteriormente, com

medidas obtidas directamente da obra.

A análise e o controlo de custos pelas empresas, durante a execução

da obra, podem ser facilitados, se as medições além de serem correctas,

forem estabelecidas de acordo com determinados princípios de

organização, nomeadamente o estabelecimento da relação ou lista de

trabalhos, de acordo com sistemas de classificação e ordenamento que

individualizem cada trabalho, segundo os critérios seguintes:

- Os trabalhos medidos devem corresponder às actividades que são

exercidas por cada categoria profissional de operário.

- As medições devem descriminar todos os trabalhos, principais e

auxiliares, que são realizados durante a execução da obra.

- As medições devem ser decompostas por partes da obra, que facilitem a

determinação das quantidades de trabalhos realizados pelas equipas de

pessoal, durante a progressão da construção, ou seja, as medições são

decompostas em capítulos, e estes subdivididos em artigos.

5.1.2.1 PRINCÍPIOS DE BASE

As medições podem ser elaboradas a partir do projecto ou da obra

sendo as suas regras aplicáveis a ambos os casos.

No entanto, na medição sobre projecto, os medidores devem ter

conhecimentos e experiência suficiente para poderem equacionar e

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procurar esclarecer, junto dos autores dos projectos, as faltas de informação

que são indispensáveis à determinação das medições e ao cálculo dos

custos dos trabalhos.

Apesar de cada obra possuir, em regra, particularidades que a

diferenciam das restantes, podem ser definidos alguns princípios de base a

ter em consideração na elaboração das medições, nomeadamente, os

seguintes:

- O estudo da documentação do projecto – peças desenhadas e escritas,

caderno de encargos e cálculos – deve constituir a primeira actividade do

medidor.

- As medições devem estar de acordo com as peças desenhadas do

projecto e com as condições técnicas, gerais e especiais, do caderno de

encargos. (Na análise das peças desenhadas e na sua confrontação com o

caderno de encargos, surgem, com frequência, contradições, erros e

omissões que o medidor esclarecerá com o autor do projecto, tornando-se

um dos colaboradores importantes dos projectistas).

- As medições devem ser realizadas de acordo com as regras de medição

adoptadas e na falta, o medidor deve adoptar critérios que conduzam a

quantidades correctas. Estes critérios devem ser descriminados, de forma

clara, nas medições do projecto.

- As medições devem ter em consideração as normas construtivas

relacionadas com materiais e técnicas de execução.

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- Dentro dos limites razoáveis das tolerâncias admissíveis para a

execução das obras, as medições devem ser elaboradas de forma a que não

seja desprezado nenhum dos elementos constituintes dos edifícios.

- Durante o cálculo das medições, devem ser realizadas diversas

verificações das operações efectuadas e confrontações entre soma de

quantidades parcelares com quantidades globais. (O grau de rigor a obter

com estas verificações e confrontações depende, como é evidente, do custo

unitário de cada trabalho).

A coordenação das informações das diversas partes do projecto pode

ser facilitada, durante a execução das medições, se forem adoptados um

ordenamento e uma codificação adequados para os trabalhos previstos no

projecto.

Se a cada trabalho corresponder uma classificação e um código, estes

podem ser aplicados nas peças desenhadas, nas condições técnicas dos

cadernos de encargos e nas rubricas das medições, o que facilita a

integração das informações para a obra.

5.1.2.2 CONDIÇÕES A QUE DEVEM SATISFAZER AS

MEDIÇÕES

- Devem estabelecer uma definição clara de cada trabalho e indicar as

características mais importantes e necessárias à sua boa execução. Sempre

que possível, esta definição deve ser esclarecida com a discriminação dos

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desenhos, das condições técnicas ou de outras informações existentes

noutras peças do projecto.

- Devem possibilitar a determinação correcta dos custos de cada trabalho

e dos orçamentos dos projectos.

- Devem indicar as quantidades de trabalho dos projectos, com uma

ordenação que permita uma comparação com projectos similares.

- Devem estabelecer as bases necessárias para o cálculo das alterações

que forem determinadas, durante a execução das obras.

5.1.2.3 REGRAS GERAIS

As medições devem descrever, de forma completa e precisa os

trabalhos previstos no projecto ou executados em obra.

Recomenda-se que esta descrição, seja sempre que possível, sucinta

e indique as referências dos desenhos e das rubricas dos cadernos relativas

a estes trabalhos.

Os trabalhos que impliquem diferentes condições ou dificuldades de

execução, serão sempre medidos separadamente em artigos próprios.

As dimensões a adoptar serão, em regra, as de cada elemento de

construção, arredondadas ao centímetro.

Sempre que possível, nas medições de projecto, as dimensões serão

as indicadas nas cotas dos desenhos ou calculadas a partir destas.

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Salvo indicação em contrário, o cálculo das quantidades dos

trabalhos será efectuado por aplicação das dimensões, segundo a ordem

seguinte:

- Comprimento

- Largura

- Altura ou profundidade

As dimensões que não puderem ser determinadas com rigor, deverão

ser indicadas com a designação de “Quantidades aproximadas”.

As medições devem ser apresentadas com as indicações necessárias à

sua perfeita compreensão, de modo a permitir uma fácil verificação ou

rectificação, e a determinação correcta do custo.

Em regra, as dimensões utilizadas na medição deverão ser sempre

verificáveis pelo utilizador.

Recomenda-se que as medições sejam organizadas por forma a

facilitar a determinação dos dados necessários à preparação da execução da

obra, inclusive, a sua programação e o controlo de produção,

nomeadamente nos aspectos seguintes: repartição dos trabalhos por

diferentes locais de construção, cálculo das situações mensais de

pagamento e controle de custos.

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Os capítulos das medições e da lista de medições poderão ser

organizados de acordo com a natureza dos trabalhos ou pela evolução

natural da construção.

Quando o critério de organização for o da natureza dos trabalhos,

estes deverão ser integrados nos capítulos indicados nestas regras e

apresentados pela mesma ordem.

A organização dos capítulos, segundo a natureza dos trabalhos, é a

que permite a empreiteiros e subempreiteiros uma fácil elaboração das

propostas a concurso.

As medições dos trabalhos exteriores ao edifício (acessos, jardins,

vedações, instalações exteriores ao perímetro do edifício, etc.) deverão ser,

no seu conjunto, apresentadas separadamente dos trabalhos relativos ao

edifício – Arranjos exteriores.

Esta divisão permite uma análise mais rápida, e com menos

probabilidade de erro, dos custos relativos ao edifício. Além disso, permite

uma preparação mais fácil dos trabalhos.

Dado que se vai seguir uma lista previamente organizada, deve

explorar-se a medição de cada tarefa, em todos os locais e níveis em que se

aplique, havendo o cuidado de se indicar sempre o piso (referência da

planta) em que cada medição ou série de medições são efectuadas.

Quando na mesma planta de trabalho figure mais do que um edifício,

iguais ou não, as medições devem ser individualizadas. Quando iguais em

tudo, deverá indicar-se que a medição se repete em tantos edifícios, com os

números tal a tal, referenciados na planta geral.

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Quando em obras de grande dimensão, como instalações industriais,

centros escolares, complexos comerciais ou desportivos, é conveniente o

estabelecimento de um código local sobre uma quadrícula de referência.

Este código permite a localização das operações, quer para

verificações, quer para alterações e finalmente, para a preparação de

trabalho e gestão de meios.

A título de exemplo apresentam-se a seguir os quadros com as

medições para as obras: Polidesportivo do Espinheiro com a

calendarização da obra e Projecto de arranjos exteriores do Caminho do

cemitério da Velosa.

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5.2. MEDIÇÕES EM OBRA

Um dos trabalhos efectuados durante a realização do estágio foi a

medição de trabalhos já efectuados, para a elaboração de autos de medição.

As medições para além de servirem para elaborar os autos de

medição para posterior facturação, têm também outro objectivo muito

importante, pois permite em conjunto com o plano de obra controlar os

prazos de execução de cada trabalho. Comparando o plano de trabalhos

previsto com o que realmente se encontra efectuado (realizado com os

valores da medição) consegue-se determinar se a obra se encontra atrasada

ou se está dentro do prazo previsto, aferindo-se os eventuais desvios.

O estagiário efectuou alguns trabalhos de medição, como os de

pavimentação, drenagem, caixas de visita, muros, lancis, etc.

Para que, posteriormente, não subsistissem dúvidas as medições

foram efectuadas integrando conjuntamente com elementos da fiscalização

e do empreiteiro. O material utilizado foi a roda de medição, fita de plástico

de 50m, papel e esferográfica.

A medição de pavimentos, lancis, foi efectuada com a ajuda da roda

e com a ajuda da fita métrica, sendo esta efectuada através da determinação

das áreas trapezoidais, medindo-se o comprimento da via e as larguras. Esta

era medida mais ou menos de 25 em 25 metros, ou quando se verificava

diferenças na sua largura. A medição de serventias apenas consiste na

determinação das áreas, assim tenta imaginar-se uma (ou mais) formas

geométricas de maneira a que a área medida seja igual à que na realidade se

encontra na serventia.

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A medição de muros foi efectuada com a ajuda da fita métrica.

Com os valores medidos era necessário fazer o respectivo tratamento

da informação.

A título de exemplo apresentam-se a seguir algumas medições

efectuadas em obras nomeadamente o quadro IV e V referente a obra de

requalificação de Santa Eufêmea, o quadro VI as medições de calçada em

Velosa e no anexo I encontram-se as medições efectuadas na obra de Santa

Eufêmea para controlar os erros e omissões.

Fig.24 – Roda de agrimensor

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5.3. ORÇAMENTAÇÃO

5.3.1. INTRODUÇÃO

O orçamento de uma obra, resulta da multiplicação das quantidades

de cada tarefa a executar nessa obra pelo respectivo preço, servirá como

elemento contratual entre o empreiteiro e o dono da obra onde figurará para

além do preço global, os preços unitários de execução de cada trabalho.

Para a determinação dos preços dos trabalhos, o orçamentista deverá

previamente estudar as condições impostas no caderno de encargos e

considerar todas as especificações da obra em questão, isto, porque os

preços poderão variar de obra para obra.

Ou seja, o orçamento determinado pela empresa é a previsão do

preço global da construção da obra ou preço de venda e destina-se,

essencialmente, a satisfazer os objectivos seguintes:

- Definir o custo proposto pela empresa para a execução de cada trabalho

previsto nas peças escritas e desenhadas do projecto, de acordo com as

condições técnicas do caderno de encargos se houver.

- Constitui o documento contratual que, em regra, é o documento de

previsão da actividade comercial, e serve de base à facturação da empresa e

ao esclarecimento de dúvidas e omissões dos pagamentos a realizar pelo

dono da obra.

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- Estabelecer o documento de controle dos rendimentos e custos da mão

de obra, dos materiais, dos equipamentos e das instalações e da sua

comparação com as previsões estabelecidas;

- Como instrumento de análise, as informações necessárias ao

desenvolvimento das bases, das previsões e dos sistemas de cálculo e de

controle dos custos adoptados pela empresa, com vista ao aperfeiçoamento

da sua organização e das suas capacidades técnicas e competitividade

comercial.

O orçamento é, em regra, o resultado da multiplicação das

quantidades de cada trabalho previstas nas medições pelos respectivos

custos, de acordo com uma classificação de trabalhos e uma estrutura de

despesas que conduzam à determinação correcta de todos os encargos da

construção. A elaboração do orçamento compreende, em geral, as etapas

seguintes:

- Apresentação da proposta para concurso.

- Preparação da execução da obra.

5.3.2 CÁLCULO DO ORÇAMENTO

O cálculo do orçamento torna necessária a definição da estrutura de

custos que deve compreender todas as despesas, sem excepção, que são

realizadas na execução das obras, em regra é conveniente a adopção das

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categorias de despesas seguintes: Custos directos, Custos de estaleiro e

Custos indirectos.

5.3.2.1. CUSTOS DIRECTOS

São os custos que dizem respeito à execução da obra propriamente

dita. São os custos com os operários que trabalham directamente na obra,

os custos dos materiais empregues na obra e os custos dos equipamentos

utilizados na execução de tarefas bem específicas (bombas de água,

vibrador de betão, etc.).

A determinação destes valores, resulta de uma observação

sistemática dos tempos gastos pelos operários e máquinas, e das

quantidades de materiais gastos em diversas obras na execução dessa

tarefa.

Pode-se contudo ter como auxílio os rendimentos publicados em

diversos livros entre os quais os do LNEC.

Ou seja os custos directos englobam todas as despesas que incidem,

directa e exclusivamente, na execução de um trabalho, e em regra,

compreendem:

- Despesas de mão de obra directa.

Incluem os salários dos operários directamente ligados à execução de

cada trabalho, os encargos sociais previstos na legislação respectiva, os

atribuídos por iniciativa da empresa, e outros encargos relacionados com a

sua actividade (transportes, alojamento, prémios, etc.).

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- Despesas com materiais e elementos de construção.

Compreendem os fornecimentos de produtos que são integrados em

cada trabalho.

- Despesas com ferramentas manuais e mecânicas.

São constituídas pelas ferramentas correntes (pás, picaretas, etc.) e

pelos utensílios e ferramentas mecânicas (serras mecânicas manuais,

pistolas de pregar, pistolas de pintar, etc.) utilizadas pela mão de obra

directa na execução de cada trabalho.

- Encargos sociais atribuídos por iniciativa da empresa.

Estas despesas são dependentes da política social da empresa e, por

esta razão, devem ser determinadas para cada obra.

- Encargos sociais legais.

As despesas relativas a encargos sociais estabelecidos pela legislação

em vigor e que são incluídas nos custos directos.

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5.3.2.2 CUSTOS DE ESTALEIRO

Diz respeito a todos os custos inerentes ao estaleiro de obra. Assim,

podem considerar-se estes custos os seguintes:

-Transporte, montagem, desmontagem e despesas de todas as instalações

do estaleiro.

- Amortização das instalações.

- Montagem e desmontagem das instalações de electricidade,

abastecimento de águas e esgotos do estaleiro;

- Abertura das vias para acesso ao estaleiro.

- Vedação.

- Custos de grandes equipamentos, cujos custos dificilmente se consigam

atribuir aos diferentes trabalhos, devido à grande diversidade de tarefas que

executam, (Ex.: Gruas, Dumpers, etc.).

- Mão de obra que labore apenas no estaleiro (nas oficinas, escritórios,

armazéns, etc.).

- O custo do estaleiro da obra, é então avaliado a partir da soma dos

custos de todas as parcelas acima mencionadas. Muitas vezes é

previamente determinado, aplicando uma taxa sobre o custo directo da

obra.

Custo estaleiro = ....% x Custo directo

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5.3.2.3 CUSTOS INDIRECTOS

Os custos indirectos que incidem sobre uma obra, são uma parcela

dos seguintes:

- Despesas com o edifício central da empresa (gastos com a amortização

ou aluguer das instalações, limpezas, pagamentos de águas, electricidade,

gás, etc.).

- Vencimento e encargos sociais da direcção da empresa, do pessoal

técnico, do serviço administrativo e comercial consultores, etc.

-Amortização e despesas de exploração das viaturas de serviço da

empresa.

- Contribuições, impostos, juros de empréstimos. Etc.

- Despesas com instalações do estaleiro central da empresa (cuja

avaliação é semelhante à de um estaleiro de obra).

A soma de todas estas despesas, serão os custos indirectos gerais da

empresa. Estes custos serão distribuídos pelas diversas obras em curso em

proporção pelos respectivos custos de execução.

Muitas vezes atribui-se uma taxa sobre os custos directos e de

estaleiro de uma obra para a definição dos custos indirectos da mesma.

Custos indirectos = .....% (Custos Directos + Custos Estaleiro).

A título de exemplo apresenta-se no Anexo II o orçamento para a

obra: Arrelvamento sintético de campo de jogos.

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6. Concursos públicos 6.1. Introdução Com a entrada em vigor do código da contratação Publica em 1 de Agosto de 2008 foi necessário mudar procedimentos para a elaboração de contratos públicos relativos a ajuste directo ou empreitadas. O CCP pretende regular essencialmente duas grandes vertentes relativas aos contratos públicos: a) Formação: "Os procedimentos a cumprir para se celebrar um contrato público (por exemplo, concurso público ou ajuste directo). Estes procedimentos decorrem desde o momento em que é tomada a decisão de contratar até ao momento em que o contrato é outorgado. A esta matéria é tradição chamar-se em Portugal a contratação Pública”. b) Execução: "as regras imperativas ou supletivas que integram o regime substantivo dos contratos públicos e conformam as relações jurídicas contratuais. São aspectos da execução do contrato, nomeadamente, as obrigações das partes e o respectivo (in)cumprimento, a modificação do contrato, etc." Contratos abrangidos pelo novo Código:

1.Empreitadas de obras publicas;

2.Locação e aquisição de bens moveis;

3.Aquisição de serviços;

4.Concessão de obras publicas;

5.Concessão de serviços públicos;

6.Contrato de sociedade;

7.Outros contratos submetidos à concorrência.

Tendo em conta o novo regulamento o estagiário elaborou o seguinte

caderno de encargos relativo a um ajuste directo

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CADERNO DE ENCARGOS

RELATIVO A “FORNECIMENTO E APLICAÇÃO DE PAINÉIS

DE CHAPA SANDUICH NA COBERTURA DAS PISCINAS

MUNICIPAIS DE CELORICO DA BEIRA”

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CADERNO DE ENCARGOS

Capítulo I

Disposições gerais

Cláusula 1.ª

Objecto 1 - O presente Caderno de Encargos compreende as cláusulas a incluir no contrato a

celebrar na sequência do procedimento pré-contratual que tem por objecto principal

Fornecimento e Aplicação de Painéis de Chapa Sanduich na Cobertura das Piscinas Municipais de Celorico da Beira.

2 – O objecto do contrato abrange ainda os serviços de remoção das mansardas e

aplicação dos painéis.

Cláusula 2.ª

Contrato 1 ― O contrato é composto pelo respectivo clausulado contratual e os seus anexos. 2 ― O contrato a celebrar integra ainda os seguintes elementos:

a) Os suprimentos dos erros e das omissões do Caderno de Encargos

identificados pelos concorrentes, desde que esses erros e omissões tenham

sido expressamente aceites pelo órgão competente para a decisão de

contratar;

b) Os esclarecimentos e as rectificações relativos ao Caderno de Encargos;

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c) O presente Caderno de Encargos;

d) A proposta adjudicada;

e) Os esclarecimentos sobre a proposta adjudicada prestados pelo adjudicatário. 3 ― Em caso de divergência entre os documentos referidos no número anterior, a

respectiva prevalência é determinada pela ordem pela qual aí são indicados.

4 ― Em caso de divergência entre os documentos referidos no n.º 2 e o clausulado do

contrato e seus anexos, prevalecem os primeiros, salvo quanto aos ajustamentos

propostos de acordo com o disposto no artigo 99.º do Código dos Contratos Públicos e

aceites pelo adjudicatário nos termos do disposto no artigo 101.º desse mesmo

diploma legal.

Cláusula 3.ª

Prazo O contrato mantém-se em vigor até à entrega dos bens ao contraente público em

conformidade com os respectivos termos e condições e o disposto na lei, sem prejuízo

das obrigações acessórias que devam perdurar para além da cessação do contrato.

Capítulo II

Obrigações contratuais

Secção I

Obrigações do prestador de serviços

Subsecção I

Disposições gerais

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Cláusula 4.ª

Obrigações principais do prestador de serviços 1 - Sem prejuízo de outras obrigações previstas na legislação aplicável, no presente

Caderno de Encargos ou nas cláusulas contratuais, da celebração do contrato

decorrem para o prestador de serviços as seguintes obrigações principais:

a) Obrigação de entrega dos bens identificados na sua proposta;

b) Obrigação de garantia dos bens;

c) Obrigação de continuidade de fabrico.

2 - A título acessório, o prestador de serviços fica ainda obrigado, designadamente, a

recorrer a todos os meios humanos e materiais que sejam necessários e adequados à

prestação do serviço, bem como ao estabelecimento do sistema de organização

necessário à perfeita e completa execução das tarefas a seu cargo.

Cláusula 5.ª

Fases da prestação do serviço Os serviços objecto do contrato compreendem as seguintes fases:

a) Remoção das mansardas existentes; b) Refechamento do espaço ocupado pelas mansardas com aplicação de painéis

de chapa sanduich;

Cláusula 6.ª

Forma de prestação do serviço 1― Para o acompanhamento da execução do contrato, o prestador de serviços fica

obrigado a manter, com uma periodicidade mensal, reuniões de coordenação com os

representantes da Câmara Municipal de Celorico da Beira, das quais deve ser

lavrada acta a assinar por todos os intervenientes na reunião.

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2 ― As reuniões previstas no número anterior devem ser alvo de uma convoc ação

escrita por parte do prestador de serviços, o qual deve elaborar a agenda prévia para

cada reunião.

3 ― O prestador de serviços fica também obrigado a apresentar à Câmara Municipal de Celorico da Beira, com uma periodicidade mensal, um relatório com a evolução de

todas as operações objecto dos serviços e com o cumprimento de todas as obrigações

emergentes do contrato.

4 ― No final da execução do contrato, o prestador de serviços deve ainda elaborar um

relatório final, discriminando os principais acontecimentos e actividades ocorridos em

cada fase de execução do contrato.

5 ― Todos os relatórios, registos, comunicações, actas e demais documentos

elaborados pelo prestador de serviços devem ser integralmente redigidos em

português.

Cláusula 7.ª

Prazo de prestação do serviço 1 ― O prestador de serviços obriga -se a concluir a execução do serviço, no prazo

máximo de oito dias seguidos.

2 ― O prazo previsto no número anterior pode ser prorrogado por iniciativa da

Câmara Municipal de Celorico da Beira ou a requerimento do prestador de serviços

devidamente fundamentado.

Cláusula 8.ª

Recepção dos elementos a produzir ao abrigo do contrato – Não aplicável

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Cláusula 9.ª

Transferência da propriedade - Não Aplicável

Cláusula 10.ª

Conformidade e garantia técnica O prestador de serviços fica sujeito, com as devidas adaptações e no que se refere

aos elementos entregues à Câmara Municipal de Celorico da Beira em execução do

contrato, às exigências legais, obrigações do fornecedor e prazos respectivos

aplicáveis aos contratos de aquisição de bens móveis, nos termos do Código do

Contratos Públicos e demais legislação aplicável.

Subsecção II

Dever de sigilo

Cláusula 11.ª

Objecto do dever de sigilo 1 ― O prestador de serviços deve guardar sigilo sobre toda a informação e

documentação, técnica e não técnica, comercial ou outra, relativa à Câmara Municipal de Celorico da Beira de que possa ter conhecimento ao abrigo ou em

relação com a execução do contrato.

2 ― A informação e a documentaçã o cobertas pelo dever de sigilo não podem ser

transmitidas a terceiros, nem objecto de qualquer uso ou modo de aproveitamento que

não o destinado directa e exclusivamente à execução do contrato.

3 ― Exclui-se do dever de sigilo previsto a informação e a documentação que for

comprovadamente do domínio público à data da respectiva obtenção pelo prestador

de serviços ou que este seja legalmente obrigado a revelar, por força da lei, de

processo judicial ou a pedido de autoridades reguladoras ou outras entidades

administrativas competentes.

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Cláusula 12.ª

Prazo do dever de sigilo O dever de sigilo mantém-se em vigor até ao termo do prazo de três anos a contar do

cumprimento ou cessação, por qualquer causa, do contrato, sem prejuízo da sujeição

subsequente a quaisquer deveres legais relativos, designadamente, à protecção de

segredos comerciais ou da credibilidade, do prestígio ou da confiança devidos às

pessoas colectivas.

Secção II

Obrigações da Câmara Municipal de Celorico da Beira

Cláusula 13.ª

Preço contratual 1 ― Pela prestação dos serviços objecto do contrato, bem como pelo cumprimento

das demais obrigações constantes do presente Caderno de Encargos, a Câmara Municipal de Celorico da Beira, deve pagar ao prestador de serviços o preço

constante da proposta adjudicada, acrescido de IVA à taxa legal em vigor, se este for

legalmente devido.

2 ― O preço referido no número anterior inclui todos os custos, encargos e despesas

cuja responsabilidade não esteja expressamente atribuída ao contraente público.

a) O preço a que se refere o n.º 1 corresponde à globalidade da prestação de

serviços.

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Cláusula 14.ª

Condições de pagamento 1― A(s) quantia(s) devidas pela Câmara Municipal de Celorico da Beira, nos

termos da cláusula anterior, deve(m) ser paga(s) no prazo de 30 dias após a recepção

pela Câmara Municipal de Celorico da Beira das respectivas facturas, as quais só

podem ser emitidas após o vencimento da obrigação respectiva.

2 ― Para os efeitos do número anterior, a obrigação considera -se vencida com a

emissão da declaração de aceitação pela Câmara Municipal de Celorico da Beira

nos termos da Cláusula 8ª. – Não aplicável

3 ― Em caso de discordância por parte da Câmara Municipal de Celorico da Beira

quanto aos valores indicados nas facturas, deve esta comunicar ao prestador de

serviços, por escrito, os respectivos fundamentos, ficando o prestador de serviços

obrigado a prestar os esclarecimentos necessários ou proceder à emissão de nova

factura corrigida.

4 ― Desde que devidamente emitidas e observado o disposto no n.º 1, as facturas são

pagas através da respectiva emissão de cheque.

Capítulo III

Penalidades contratuais e resolução

Cláusula 15.ª

Penalidades contratuais 1 ― Pelo incumprimento de obrigações emergentes do contrato, a Câmara Municipal de Celorico da Beira pode exigir do prestador de serviços o pagamento de uma pena

pecuniária, de montante a fixar em função da gravidade do incumprimento, nos

seguintes termos:

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a) Pelo incumprimento das datas e prazos de entrega dos elementos referentes

ao contrato, até 20% do valor contratual;

2 ― Em caso de resolução do contrato por incumprimento do prestador de serviços, a

Câmara Municipal de Celorico da Beira pode exigir-lhe uma pena pecuniária até

20% do valor contratual.

3 ― Ao valor da pena pecuniária prevista no número anterior são ded uzidas as

importâncias pagas pelo prestador de serviços ao abrigo da alínea a) do n.º 1,

relativamente aos serviços cujo atraso na respectiva conclusão tenha determinado a

resolução do contrato.

4 ― Na determinação da gravidade do incumprimento, a Câmara Municipal de Celorico da Beira tem em conta, nomeadamente, a duração da infracção, a sua

eventual reiteração, o grau de culpa do prestador de serviços e as consequências do

incumprimento.

5 ― A Câmara Municipal de Celorico da Beira pode compensar os pagamentos

devidos ao abrigo do contrato com as penas pecuniárias devidas nos termos da

presente cláusula.

6 ― As penas pecuniárias previstas na presente cláusula não obstam a que a

Câmara Municipal de Celorico da Beira exija uma indemnização pelo dano

excedente.

Cláusula 16.ª

FORÇA MAIOR 1 ― Não podem ser impostas penalidades ao prestador de serviços, nem é havida

como incumprimento, a não realização pontual das prestações contratuais a cargo de

qualquer das partes que resulte de caso de força maior, entendendo-se como tal as

circunstâncias que impossibilitem a respectiva realização, alheias à vontade da parte

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afectada, que ela não pudesse conhecer ou prever à data da celebração do contrato e

cujos efeitos não lhe fosse razoavelmente exigível contornar ou evitar.

2 ― Podem constituir força maior, se se verificarem os requisitos do número anterior,

designadamente, tremores de terra, inundações, incêndios, epidemias, sabotagens,

greves, embargos ou bloqueios internacionais, actos de guerra ou terrorismo, motins e

determinações governamentais ou administrativas injuntivas.

3 ― Não constituem força maior, designadamente:

a) Circunstâncias que não constituam força maior para os subcontratados do

prestador de serviços, na parte em que intervenham;

b) Greves ou conflitos laborais limitados às sociedades do prestador de serviços ou a

grupos de sociedades em que este se integre, bem como a sociedades ou grupos

de sociedades dos seus subcontratados;

c) Determinações governamentais, administrativas, ou judiciais de natureza

sancionatória ou de outra forma resultantes do incumprimento pelo prestador de

serviços de deveres ou ónus que sobre ele recaiam;

d) Manifestações populares devidas ao incumprimento pelo prestador de serviços de

normas legais;

e) Incêndios ou inundações com origem nas instalações do prestador de serviços

cuja causa, propagação ou proporções se devam a culpa ou negligência sua ou

ao incumprimento de normas de segurança;

f) Avarias nos sistemas informáticos ou mecânicos do prestador de serviços não

devidas a sabotagem;

g) Eventos que estejam ou devam estar cobertos por seguros.

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4 ― A ocorrência de circunstâncias que possam consubstanciar casos de força maior

deve ser imediatamente comunicada à outra parte.

5 ― A força maior determina a prorrogação dos prazos de cumprimento das

obrigações contratuais afectadas pelo período de tempo comprovadamente

correspondente ao impedimento resultante da força maior.

Cláusula 17.ª

Resolução por parte do contraente público

1 ― Sem prejuízo de outros fundamentos de resolução previstos na lei, a Câmara Municipal de Celorico da Beira pode resolver o contrato, a título sancionatório, no

caso de o prestador de serviços violar de forma grave ou reiterada qualquer das

obrigações que lhe incumbem, designadamente nos seguintes casos:

a) Pelo atraso na conclusão dos serviços;

2 ― O direito de resolução referido no número anterior exerce-se mediante declaração

enviada ao prestador de serviços e abrange a repetição das prestações já realizadas

pelo fornecedor se assim for determinado pelo contraente público.

Cláusula 18.ª

Resolução por parte do prestador de serviços

1 - Sem prejuízo de outros fundamentos de resolução previstos na lei, o prestador de

serviços pode resolver o contrato quando:

a) Qualquer montante que lhe seja devido esteja em dívida há mais de seis meses ou

o montante em dívida exceda 25% do preço contratual, excluindo juros;

2 ― O direito de resolução é exercido por via judicial, sendo competente o Tribunal

Administrativo e fiscal de Castelo Branco , com expressa renúncia a qualquer outro.

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3 ― Nos casos previstos na alínea a) do n.º 1, o direito de resolução pode ser

exercido mediante declaração enviada à Câmara Municipal de Celorico da Beira

que produz efeitos 30 dias após a recepção dessa declaração, salvo se este último

cumprir as obrigações em atraso nesse prazo, acrescidas dos juros de mora a que

houver lugar.

4 ― A resolução do contrato nos termos dos números anteriores não determina a

repetição das prestações já realizadas pelo prestador de serviços, cessando, porém,

todas as obrigações deste ao abrigo do contrato [com excepção daquelas a que se

refere o artigo 444.º do Código dos Contratos Públicos].

Capítulo IV

Projectos de investigação e desenvolvimento

– Não Aplicável

Cláusula 19.ª

Obrigação de elaborar projectos de investigação e desenvolvimento – Não Aplicável

Cláusula 20.ª

Acessoriedade do contrato de projecto de investigação e desenvolvimento – Não Aplicável

Capítulo V

Caução e seguros

Cláusula 21.ª

Execução da caução 1 ― A caução prestada para bom e pontual cumprimento das obrigações decorrentes

do contrato, nos termos do Programa do Procedimento, pode ser executada pela Câmara Municipal de Celorico da Beira, sem necessidade de prévia decisão judicial

ou arbitral, para satisfação de quaisquer créditos resultantes de mora, cumprimento

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defeituoso, incumprimento definitivo pelo prestador de serviços das obrigações

contratuais ou legais, incluindo o pagamento de penalidades, ou para quaisquer outros

efeitos especificamente previstos no contrato ou na lei.

2 ― A resolução do contrato pela Câmara Municipal de Celorico da Beira não

impede a execução da caução, contanto que para isso haja motivo.

3 ― A execução parcial ou total da caução referida nos números anteriores constitui

o prestador de serviços na obrigação de proceder à sua reposição pelo valor existente

antes dessa mesma execução, no prazo de 15 dias após a notificação da Câmara Municipal de Celorico da Beira para esse efeito.

4 ― A caução a que se referem os números anteriores é liberada nos termos do artigo

295.º do Código dos Contratos Públicos.

Cláusula 22.ª

Seguros – Não aplicável

Capítulo VI

Resolução de litígios

Cláusula 23.ª

Foro competente

Para resolução de todos os litígios decorrentes do contrato fica estipulada a

competência do tribunal Administrativo e fiscal de Castelo Branco , com expressa

renúncia a qualquer outro.

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Capítulo VII

Disposições finais

Cláusula 24.ª

Subcontratação e cessão da posição contratual A subcontratação pelo prestador de serviços e a cessão da posição contratual por

qualquer das partes depende da autorização da outra, nos termos do Código dos

Contratos Públicos.

Cláusula 25.ª

Comunicações e notificações

1 ― Sem prejuízo de poderem ser acordadas outras regras quanto às notificações

comunicações entre as partes do contrato, estas devem ser dirigidas, nos termos do

Código dos Contratos Públicos, para o domicílio ou sede contratual de cada uma,

identificados no contrato. 2 ― Qualquer alteração das informações de contacto constantes do contrato deve ser

comunicada à outra parte.

Cláusula 26.ª

Contagem dos prazos

Os prazos previstos no contrato são contínuos, correndo em sábados, domingos e dias feriados.

Cláusula 27.ª

Legislação aplicável

O contrato é regulado pela legislação portuguesa

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7. ACESSIBILIDADES

7.1. INTRODUÇÃO

Facilitar a vida aos cidadãos deficientes e de mobilidade reduzida é o

compromisso dos 76 municípios que integram a Rede Nacional de Cidades

e Vilas com Mobilidade Para Todos. No intuito do município de Celorico

Da beira poder aderir a essa Rede Nacional de Cidades e Vilas com

Mobilidade Para Todos foi feito um plano de boas praticas que vão passar a

ser implementadas nas obras que são promovidas pelo Município.

7.2. OBJECTIVO

O que se propõe a realizar são os planos de acessibilidade e

mobilidade para zonas confinadas ou globais.

7.3. BOAS PRATICAS A ADOPTAR

Com recurso a figuras ilustradas se mostra quais seram as praticas

construtivas que se pretende adoptar em todas as obras do concelho

promovidas pela Autarquia.

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Passeios e Caminhos de Peões

Recomenda-se, como boa prática, a colocação, do mobiliário urbano

e dos restantes elementos numa “faixa de infraestruturas”, libertando-se a

restante área de passeio de obstáculos. Os passeios adjacentes a vias

principais e vias distribuidoras devem ter uma largura livre não inferior a

1,5 m.

Fig.25 – Passeios e caminhos de peões

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Escadarias na via pública

As escadarias na via pública devem satisfazer o especificado no DL,

e devem possuir patamares superior e inferior com uma faixa de

aproximação constituída por um material de revestimento de textura

diferente e cor contrastante com o restante piso. Se vencerem desníveis

superiores a 0,4 m devem ter corrimãos de ambos os lados ou um duplo

corrimão central, se a largura da escadaria for superior a 3 m, ter corrimãos

de ambos os lados e um duplo corrimão central, se a largura da escadaria

for superior a 6 m.

Fig.26 – Escadarias na via pública

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Rampas na via pública

As rampas na via pública devem satisfazer o especificado no DL, e

as que vencerem desníveis superiores a 0,4 m devem ainda ter corrimãos de

ambos os lados ou um duplo corrimão central, se a largura da rampa for

superior a 3 m e ambos se a largura for superior a 6 m.

Passagens de peões de superfície

A altura do lancil em toda a largura das passagens de peões não deve

ser superior a 2 cm. O pavimento do passeio na zona imediatamente

adjacente à passagem de peões deve ser rampeado. A zona de intercepção

das passagens de peões com os separadores centrais das rodovias deve ter,

Fig.27 – Rampas na via pública

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em toda a largura das passagens de peões, uma dimensão não inferior a 1,2

m e uma inclinação do piso e dos seus revestimentos não superior a 2%,

medidas na direcção do atravessamento dos peões. As passagens de peões

que estejam dotadas de dispositivos semafóricos que sinalizam a travessia

de peões, devem ter o dispositivo de accionamento manual a uma altura do

piso compreendida entre 0,8 m e 1,2 m. O sinal verde de travessia de peões

deve estar aberto o tempo suficiente para permitir a travessia, a uma

velocidade de 0,4 m/s. Os semáforos instalados em vias com grande

volume de tráfego devem ser equipados com mecanismos complementares

que emitam um sinal sonoro quando o sinal estiver verde para os peões.

Fig.28 – Passagens de peões de superfície

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Pois com a pratica corrente destas medidas construtivas o município

de Celorico da Beira pensa que a promoção da acessibilidade constitui um

elemento fundamental na qualidade de vida das pessoas, sendo um meio

imprescindível para o exercício dos direitos que são conferidos a qualquer

membro de uma sociedade democrática, contribuindo decisivamente para

um maior reforço dos laços sociais, para uma maior participação cívica de

todos aqueles que a integram e, consequentemente, para um crescente

aprofundamento da solidariedade no Estado social de direito.

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8. PROJECTO 8.1. INTRODUÇÃO

Durante o período de estágio na Câmara Municipal de Celorico da

Beira, surgiu a necessidade de elaboração de um projecto relativamente, ao

arrelvamento sintético de um campo de futebol. Visto o executivo

camarário pretender candidatar-se a um programa de financiamento para

execução de equipamentos desportivos.

Campo esse que já existia mas era em terra batida. Cabendo ao

estagiário a execução de todo o projecto.

A execução desse projecto em tempo útil seria uma das condições

necessárias para a aprovação nos órgãos competentes neste caso na

secretaria de estado do desporto.

8.2. DESCRIÇÃO DO PROJECTO

O projecto teria de conter os seguintes documentos:

- Elaboração de uma memoria descritiva e Justificativa.

- Caderno de encargos.

- Elaboração de um mapa de quantidades.

- Elaboração de pormenores relativos a rega em autocad.

Os quais se encontram no anexo II

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9. CONCLUSÃO Na generalidade, penso ter atingido todos os objectivos que me

foram propostos e que eram do meu interesse. Contudo, devo reconhecer as

dificuldades sentidas para o conseguir, mas todas foram superadas graças

ao auxílio dos meus orientadores, bem como ao bom funcionamento e ao

auxílio prestado por alguns dos funcionários da instituição.

No desenvolver das actividades apercebi-me que a realidade nas

empresas se afigura um pouco diferente daquela que nos procuram ensinar

e para a qual nos tentaram preparar. O curso de Engenharia Civil do

Instituto Politécnico da Guarda não aprofunda muito esta área sendo por

isso mais difícil a transição da teoria à prática, tendo os estagiários de

descobrir por si este novo tema. A meu ver o curso deveria conter uma

parte mais prática podendo os futuros engenheiros terem contacto com as

obras logo no início do curso, pois acaba-se o curso e não se conhece

determinados equipamentos, materiais, técnicas de construção, etc. Mesmo

assim, verifiquei que os conhecimentos teóricos adquiridos, em alguns

casos servem como base para melhor nos entrosarmos profissionalmente, e

se bem aplicados poderão ser a chave do nosso sucesso.

Durante o meu estágio desenvolvi actividades que me interessaram

bastante, pois tive a possibilidade de me integrar e participar na vida activa

da empresa, adquirindo assim novos conhecimentos, principalmente através

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do contacto directo com pessoas que com a sua experiência, se

disponibilizaram a orientar-me e a esclarecer as minhas dúvidas.

Acho que o estágio é fundamental para a formação de um bom

Engenheiro, tratando-se seguramente, da melhor forma de um técnico

iniciar a sua vida profissional.

Em resumo, considero ter sido muito positiva esta fase de

aprendizagem, por nos elucidar e, de alguma forma, preparar para uma

parte da vida profissional que se avizinha.

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Bibliografia

• Estudo e concepção de estradas

Fernando M. M. Figueira

Almedina

• Apontamentos de Vias de Comunicação

I.P.G

• Caderno de encargos da Obra – Arranjo e requalificação urbana de

Santa Eufemea

• Decreto de Lei Nº 163/2006 de 8 de Agosto

• Decreto de Lei Nº 18/2008 de 29 de Janeiro

• Normas do IEP – “Critérios de Medição”

93

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C.IP.RO.07_00 Página 1 de 8

Obra:

531

A menosA maisValores [€]

Camara Municipal de Celorico da Beira

MedidoContratoPreço

unitárioA menosMedidasQuantidades

ContratoUni.Artigo Designação

A maisDiferenças

ERROS E OMISSÕESNº obra:

Data:

Cliente:Santa Eufemea

2310,44 2310,44

3107,18 3107,18

2273,91 2273,91

2273,912273,91

2273,91 2273,91

2273,912273,91

796,74 796,74

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C.IP.RO.07_00 Página 2 de 8

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unitárioA menosMedidasQuantidades

ContratoUni.Artigo Designação

A maisDiferenças

ERROS E OMISSÕESNº obra:

Data:

Cliente:Santa Eufemea

612,10612,10

350,00350,00

1,001,00

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C.IP.RO.07_00 Página 3 de 8

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A menosA maisValores [€]

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unitárioA menosMedidasQuantidades

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A maisDiferenças

ERROS E OMISSÕESNº obra:

Data:

Cliente:Santa Eufemea

1,00 1,00

1,001,00

80,00 80,00

115,00 115,00

81,0081,00

7,00 7,00

275,80 275,80

28,8028,80

82,00 82,00

Page 100: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

C.IP.RO.07_00 Página 4 de 8

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A menosA maisValores [€]

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unitárioA menosMedidasQuantidades

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A maisDiferenças

ERROS E OMISSÕESNº obra:

Data:

Cliente:Santa Eufemea

1,13

22,00 22,00

308,00308,00

308,00 308,00

507,95507,95

35,00 35,00

35,00 35,00

583,50583,50

35,00 35,00

Page 101: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

C.IP.RO.07_00 Página 5 de 8

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ERROS E OMISSÕESNº obra:

Data:

Cliente:Santa Eufemea

550,00550,00

200,00200,00

583,50 583,50

583,50583,50

44,0044,00

147,50 147,50

48,00 48,00

192,00 192,00

442,50442,50

Page 102: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

C.IP.RO.07_00 Página 6 de 8

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A maisDiferenças

ERROS E OMISSÕESNº obra:

Data:

Cliente:Santa Eufemea

vg

vg

vg

ml

mlmlml

987,50

O M I S S Õ E S

195,50 195,50

11,00 11,00

1,00 1,00

195,50 195,50

987,50a Trabalhos de demolição de passeio existente incluindo 1,00transporte a vazadouro

3 190,13bTrabalhos de escavação em terreno de qualquer natureza na area apavimentar.(giratoria 4 dias 80 eu hora com martelo+camião paratransp)

1,00 3 190,13

-6 000,00b MENOR VALIA PELA PAVIMENTAÇÃO COM 0.2MTV+0.04B+0.04DES+REGAS 1,00 -6 000,00

12,501,1 Abertura e tapamento de vala, incluindo todos os meios humanos 283,30e mecanicos ao perfeito acabamento da tarefa

3 541,25 3 541,25

1,2 Fornecimento e colocação, em vala, de tubagem corrugado PN4, incluindo todos os trabalhos necessários ao perfeito acabamento da tarefa

8,75Ligações entre sumidouros e ligação á boca de saida

1.2.1 DN 90 193,00 1 688,75 1 688,75

26,2512,501.2.1 DN 160 75,20

1.2.2 DN 200 15,10 396,38 396,38940,00 940,00

1.3.1 Fornecimento e aplicação de caixa tronco-conica de diametro um metr, incluindo tampa em FFD400

Page 103: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

C.IP.RO.07_00 Página 7 de 8

Obra:

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A menosA maisValores [€]

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unitárioA menosMedidasQuantidades

ContratoUni.Artigo Designação

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ERROS E OMISSÕESNº obra:

Data:

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un

un

un

un

un

un

un

vgP2 Trabalhos de encaminhamento da conduta da pluvial no talude 1,00 1 175,00 1 175,001,00 1 175,00

9,65 781,65 781,65P1 81,00 81,00

O Director de obra:

12,70%Valor dos trabalhos a menosValor das omissões 11 840,66 €Valor do adicional ao contrato 11 840,66 €Acresce IVA à taxa em vigorOs valores apresentados reportam a data da abertura da proposta

RESUMO: Valor do contrato Notas:Valor dos trabalhos a mais

312,50Inclui este trabalho a escavação e aterro da caixa 1,00 312,50 312,50

1.3.2 Fornecimento e aplicação de cone excentrico, valvula da agua75,00Inclui este trabalho a escavação e aterro da caixa 1,00 75,00 75,00

156,251.4.1 Fornecimento e execução de sumidouros,colocação de grelha 14,00em FF, incluindo escavação e aterro dos mesmos.

2 187,50 2 187,50

62,501.4.2 Fornecimento e execução de sumidouros 5,00 312,50 312,50 incluindo escavação e aterro dos mesmos.

31,251,5 Execução de ligações dos tubos de queda ao sumidouro, incluindo abe 26,00incluindo abertura e tapamento de valas

812,50 812,50

27,501,6 Trabalhos de acerto de cota de tampas de caixa existentes incluindo to 16,00 440,00 440,00 incluindo todos os remates necessários ao perfeitoacabmento da tarefa

1 000,001,7 Fornecimento e aplicação de muros de blocos devidamente 1,00 1 000,00 1 000,00rebocados e cheios de argamassa, incluindo perfeitoacabamento da tarefa

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C.IP.RO.07_00 Página 8 de 8

Obra:

531

A menosA maisValores [€]

Camara Municipal de Celorico da Beira

MedidoContratoPreço

unitárioA menosMedidasQuantidades

ContratoUni.Artigo Designação

A maisDiferenças

ERROS E OMISSÕESNº obra:

Data:

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Page 105: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

CAP 1

1.1 Escavação e abertura de caixa, efectuado por meiosmecânicos, em espessura de 20 cm, eliminando camadade terras existente, incluindo carga e transporte avazadouro. 7 844,00 m2 0,65 € 5 098,60 €

1.2 Compactação geral do terreno com decapagem das áreasnecessárias até alcançar as cotas de projecto. 7 844,00 m2 0,45 € 3 529,80 €

1.3 Escavação a céu aberto de valas para saneamento edrenagem, por via mecânica. 100,80 m3 19,50 € 1 965,60 €

1.4 Remoção das guardas existentes, e posterior recolocaçãodas mesmas incluindo execução de maciços de fundação,decapagem e pintura. 336,00 ml 7,50 € 2 520,00 €

13 114,00 €

CAP 2

2.1 Fornecimento e colocação de tubagem de PVC, comdiâmetro 200, na recolha de águas procedentes da caleira,perímetros e areeiros centrais com ligação da mesma àcaixa de visita. Inclui parte proporcional de cotovelos,derivações e peças especiais. 336,00 ml 14,00 € 4 704,00 €

2.2 Fornecimento e colocação de tubagem de PVC, comdiâmetro 300, na ligação a rede existente de aguaspluviais. Inclui parte proporcional de cotovelos, derivaçõese peças especiais. 30,00 ml 15,00 € 450,00 €

2.3 Fornecimento e colocação de caleira de drenagemperimetral, pré-fabricada do tipo ACO-SPORT G-100 ouequivalente, com grelha de aço galvanizado, sobre lage debetão B-15, recebendo a mesma com argamassa C.P.,perfeitamente nivelada, incluindo todos os trabalhos.

366,00 ml 21,00 € 7 686,00 €

2.4 Caixa de registo, do tipo ACO-SPORT, ou equivalente, embetão polímero, com grelha em aço galvanizado e cestometálico de limpeza, ligado mediante tubo PVC à caixa desaneamento. 10,00 un 150,00 € 1 500,00 €

2.5 Caixa em alvenaria de bloco de betão, rebocado no seuinterior, com as seguintes dimensões: 40 x 40 cm.,incluindo aro e tampa em ferro, de acordo com desenho depormenor 10,00 un 280,00 € 2 800,00 €

2.6 Ligação ao colector de aguas pluviais existente mediante aconstrução de caixa registro circular de 1000 mm dediâmetro com peças de betão pré-fabricado e tampa emferro fundido 1,00 un 390,00 € 390,00 €

17 530,00 € TOTAL CAPITULO 2

MUNICÍPIO DE CELORICO DA BEIRA

Empreitada: "Arrelvamento artificial do campo de jogos de terra batida de Celorico da Beira"

V/ TOTAL

MOVIMENTO DE TERRAS E INFRAESTRUTURAS

TOTAL CAPITULO 1

CANALIZAÇÕES E SANEAMENTO

MAPA DE QUANTIDADES

ITEM DESIGNAÇÃO UN QTE V/ UNIT.

Page 106: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

MUNICÍPIO DE CELORICO DA BEIRA

Empreitada: "Arrelvamento artificial do campo de jogos de terra batida de Celorico da Beira"

V/ TOTAL

MAPA DE QUANTIDADES

ITEM DESIGNAÇÃO UN QTE V/ UNIT.

CAP 3

3.1 TUBAGENS E ACESSÓRIOS

3.1.1 Tubagem de PEAD com diâmetro 110mm-10atm, incluindoparte proporcional de peças especiais, acessórioselectrosoldáveis, instalada e testada. 290,00 ml 13,00 € 3 770,00 €

3.1.2 Hidrantes de 3" diâm. para colocação dos canhões 6,00 un 100,00 € 600,00 €

3.1.3 Ligação à bomba e todos os acessórios 1,00 un 150,00 € 150,00 €

3.1.4 Válvula de esfera roscada "mestra" RAIN-BIRD BPE 300,ou equivalente, diâmetro 3", incluindo parte proporcionalde peças especiais e ligação, sem incluir caixa da obra deconstrução civil e tampa em chapa, instalada e testada.

1,00 un 250,00 € 250,00 €

3.1.5 Caixa em fibra RAIN BIRD, ou equivalente, rectangular comparafusos de fecho, com as dimensões 54,6 x 38,1 cm,com altura de 30,5 cm, instalada. 1,00 un 75,00 € 75,00 €

3.2 CANHÕES

3.2.1 Canhão marca RAIN-BIRD, modelo SR 2005,ouequivalente, incluindo adaptador ao hidrante, instalados etestados. 4,00 un 1 260,00 € 5 040,00 €

3.2.2 Electroválvula RAIN-BIRD modelo BPE 300 - 3" diâm.ouequivalente 4,00 un 230,00 € 920,00 €

3.2.3 Caixa em fibra VB 1419, ou equivalente, para alojar aselectroválvulas. 4,00 un 70,00 € 280,00 €

3.3 CABLAGEM E AUTOMATISMOS

3.3.1 Programador electrónico digital RAIN BIRD, ou equivalente,modelo SI-8, instalado e testado. 1,00 un 1 100,00 € 1 100,00 €

3.3.2 Cabo eléctrico TELEFLEX, ou equivalente, de secção 1 x1,5mm/2, incluindo tubo de protecção diâm. 40, instalada.

600,00 ml 1,90 € 1 140,00 €

3.4 VALAS

3.4.1 Abertura de valas para canalização do sistema de rega 336,00 ml 3,70 € 1 243,20 €

3.5 BOMBAS

3.5.1 Conduta de aspiração, completa de 4" diâm. 1,00 un 300,00 € 300,00 €

SISTEMA DE REGA AUTOMÁTICA

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MUNICÍPIO DE CELORICO DA BEIRA

Empreitada: "Arrelvamento artificial do campo de jogos de terra batida de Celorico da Beira"

V/ TOTAL

MAPA DE QUANTIDADES

ITEM DESIGNAÇÃO UN QTE V/ UNIT.

3.5.2 Quadro eléctrico em caixa estanque com arrancadorestrela/triângulo e protecção do motor de 20 CV; ligação aoprogramador e ligação de sondas de nível de água, ligaçãodo motor de 20 CV e ligação de pressostatos de máxima emínima. 1,00 un 900,00 € 900,00 €

3.5.3 Grupo electrobomba submergivel de 20 CV, marcaGRUNDFOS, ou equivalente, mod. SP60 - 9B ou similar,instalada. 1,00 un 2 300,00 € 2 300,00 €

3.5.4 Fornecimento de depósito poliester 15.000 l, incluindoenchimento, com electroválvula e caixa de comando desondas de nivel, e construção de laje de apoio em betão de10 cm de espessura, com 12m x 5m, com apoios emalvenaria de bloco de betão. 1,00 un 6 500,00 € 6 500,00 €

24 568,20 €

CAP 4

4.1 Fornecimento, estendimento, nivelação, rega ecompactação por camada até 95% Próctor Modificado deTout-venant, em camadas de 15 cm. 1 020,00 m3 20,50 € 20 910,00 €

20 910,00 €

CAP 5

5.1 Fornecimento e aplicação de betão betuminoso na camadainferior, incluindo limpeza da camada subjacente e rega deimpregnaçao com emulsão catiónica de ruptura rápida àtaxa de 0,5 kg/m2 e com uma espessura média de 4 cm.

6 800,00 m2 6,00 € 40 800,00 €

40 800,00 €

CAP 6

6.1 Fornecimento e instalação de relva sintética Real Grass60, composta por fibras 100 % PE, monofilamentomonoextrudado, sobre um revestimento secundário acrílico,de 60 mm de altura. O sistema leva uma carga de grânulosde borracha SBR e areia de silica, em proporções a indicarpelo fabricante. Os rolos são unidos por cola de poliuretanobicomponente, sobre bandas especiais de poliester.

6 800,00 m2 20,70 € 140 760,00 €

140 760,00 €

CAP 7

TOTAL CAPITULO 6

EQUIPAMENTO

TOTAL CAPITULO 3

SUB-BASES

TOTAL CAPITULO 4

BETÃO BETUMINOSO

TOTAL CAPITULO 5

RELVA SINTÉTICA

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MUNICÍPIO DE CELORICO DA BEIRA

Empreitada: "Arrelvamento artificial do campo de jogos de terra batida de Celorico da Beira"

V/ TOTAL

MAPA DE QUANTIDADES

ITEM DESIGNAÇÃO UN QTE V/ UNIT.

7.1 Baliza de futebol-11 com 7,32 x 2,44 m Equipamentohomologado pela F.P.Futebol. Fabricado de acordo com asnormas da FIFA. Postes e trave em aluminio lacado,secção circular com diâmetro 0,10 m. Armação posteriorem aco com tratamento anticorrosivo para suporte da rede,com profundidade de 1,0 m e redes. 2,00 Un 1 350,00 € 2 700,00 €

7.2 Bandeirola de canto com poste flexivel para futebol de 114,00 Un 35,00 € 140,00 €

2 840,00 €

CAP 88.1 Fornecimento e colocação de estaleiro de obra , incluindo a

sua retirada e desmontagem na conclusão dos trabalhos.Vg 1,00 1 500,00 € 1 500,00 €

1 500,00 €

CAP 9 TESTES LABORATORIAIS

9.1 Ensaios de Qualidade do Campo de acordo a FIFAQuality ConceptDeclive < 1,00% (EN 22768-1)

Uniformidade (EN 22768)

< 10mm à régua de 3m

< 2mm à régua de 3Ocm

Permeabilídade da base> 180mm/hr (EN 12616) Teste de absorção de impactos - requerido 55-70% Ensaios de tracção - requerido 25-50 N.M. (Newton-Metro)

Aderência de bota com pitons. requerido 0,6 -1,0 (NSFTESTE 'Le Roux' modificado).

Distância de escorregamento - requerido 8-10m. Vg 1,00 9 500,00 € 9 500,00 €

9 500,00 €

CAP. 1 13 114,00 € CAP. 2 17 530,00 € CAP. 3 24 568,20 € CAP. 4 20 910,00 € CAP. 5 40 800,00 € CAP. 6 140 760,00 € CAP. 7 2 840,00 € CAP. 8 1 500,00 € CAP. 9 9 500,00 €

271 522,20 € TOTAL DO ORÇAMENTO:

CANALIZAÇÕES E SANEAMENTOSISTEMA DE REGA AUTOMÁTICASUB-BASES

EQUIPAMENTOESTALEIROTESTES LABORATORIAIS

BETÃO BETUMINOSORELVA SINTÉTICA

TOTAL CAPITULO 7

TOTAL CAPITULO 8

TOTAL CAPITULO 9

RESUMO

ESTALEIRO

MOVIMENTO DE TERRAS E INFRAESTRUTURAS

Page 109: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

MUNICÍPIO DE CELORICO DA BEIRA

Empreitada: "Arrelvamento artificial do campo de jogos de terra batida de Celorico da Beira"

V/ TOTAL

MAPA DE QUANTIDADES

ITEM DESIGNAÇÃO UN QTE V/ UNIT.

NOTA: A presente empreitada refere-se exclusivamenteaos trabalhos constantes no presente mapa dequantidades de trabalhos.

Page 110: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

Memoria Descritiva e Justificativa O objecto do presente projecto é a construção de um campo de relva sintética para a prática da modalidade de Futebol. O presente projecto contempla a construção de um campo de dimensões de 100 x 68 m (marcações 94 x 64 m) segundo os requisitos para a prática do futebol estabelecidos pela Federação Portuguesa de Futebol. Dotar-se-á o campo de pendentes tipo coberta a quatro águas com inclinação de 0,8% lateralmente. Projectar-se-á uma caleira perímetral de recolha de águas que servirá também como elemento de fixação da relva sintética. Nas quatro esquinas serão criados desagúes com ligação ao saneamento exterior. Prevista a realização de uma escavação em caixa de 20 cm com compactação do terreno a essa profundidade, com enchimento de Tout-venant seleccionado, devidamente compactado e perfilado adoptando-se as pendentes prefixadas. Após a comprovação do grau de compactação do Tout-venant, proceder-se-á ao estendimento de betão betuminoso em duas camadas para assegurar a correcta planimetría. A primeira camada será de 4cm de espessura, sendo a segunda de 3 cm de espessura. Sobre o betão betuminoso estender-se-á os rolos de relva sintética colados nas juntas mediante fita de geotextil recomendada pelo fabricante, transversalmente ao sentido longitudinal do campo. A relva sintética é de 100% PE, monofilamento, com carga de areia e borracha com as características descritas no Caderno de Encargos. 11 -- GGEENNEERRAALLIIDDAADDEESS

Page 111: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

11..11 –– CCOOLLOOCCAAÇÇÃÃOO O campo de futebol situa-se dentro do recinto do campo de jogos do Complexo Desportivo Municipal, propriedade da Câmara Municipal de Celorico da Beira. 11..22 –– AANNTTEECCEEDDEENNTTEESS EESSTTAADDOO AACCTTUUAALL A actual instalação consta de um terreno nivelado e compactado de 100 x 68 m constituído por um campo pelado. JJUUSSTTIIFFIICCAAÇÇÃÃOO UURRBBAANNÍÍSSTTIICCAA O projecto que nos ocupa realiza-se no interior do recinto do campo de jogos do Complexo Desportivo Municipal, propriedade da Câmara Municipal de Celorico da Beira. PPRROOGGRRAAMMAA DDEE NNEECCEESSSSIIDDAADDEESS O programa de necessidades apresentado é seguinte:

a) Desmatação, nivelamento e limpeza da zona. b) Caleira de drenagem perimetral para recolha das águas. c) Colector perimetral com pendente para recolha das águas da caleira. d) Sub-base em tout-venant compactado e pendentado. e) Base em betão betuminoso de regularização de 4 cm de espessura. f) Camada de 3 cm de espessura em betão betuminoso. g) Campo de futebol de relva sintética, com carga de areia e borracha. h) Rede de rega automática completa, incluindo grupo de pressão e equipamento,

programador automático de 8 estações. 22 -- DDEESSCCRRIIÇÇÃÃOO DDOO PPRROOJJEECCTTOO 22..11 -- SSOOLLUUÇÇÃÃOO AADDOOPPTTAADDAA Do estudo de emprazamento e características do terreno de jogo existente, projecta-se a seguinte solução: Projecta-se um campo de futebol de dimensões 100 x 68 m. 22..22 -- DDIIMMEENNSSÕÕEESS EE SSUUPPEERRFFÍÍCCIIEESS

Page 112: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

Terreno de jogo Futebol 94 m x 64 m Área total relvado 100 m x 68 m

TOTAL SUPERFICIE: 6.800m2 22..33 -- CCOONNSSIIDDEERRAAÇÇÕÕEESS CCOONNSSTTRRUUTTIIVVAASS EE DDAASS IINNSSTTAALLAAÇÇÕÕEESS RREELLVVAA SSIINNTTÉÉTTIICCAA O revestimento do campo será constituído por relva sintética com carga mista de areia de sílica e grânulo de borracha marca “REAL GRASS 60” da RADICCI ou similar, incluindo remates e cortes. A relva sintética a empregar terá as seguintes características técnicas: DADOS TÉCNICOS DA RELVA: AALLTTUURRAA DDAA FFIIBBRRAA 60 mm TTIIPPOO DDEE TTEELLAA ¾ TTIIPPOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO ((DDIINN 6611115511)) Tuftada NN..ºº DDEE IINNSSEERRÇÇÕÕEESS CCAADDAA 1100 CCMM 17 NNÚÚMMEERROO DDEE PPOONNTTOOSS PPOORR MM22 8.925 PPEESSOO TTOOTTAALL 2.467 gr/m² DDIIÂÂMMEETTRROO DDOO BBUURRAACCOO DDEE DDRREENNAAGGEEMM 5 mm PPEERRMMEEAABBIILLIIDDAADDEE DDAADDOOSS TTÉÉCCNNIICCOOSS DDAA FFIIBBRRAA::

1.900 mm/h>

CCOOMMPPOOSSIIÇÇÃÃOO 100% PE DDEECCIITTEEXX 11.550 Dtex EESSPPEESSSSUURRAA DDAA FFIIBBRRAA 180 microns EESSTTRRUUTTUURRAA Monofilamento monoextrudado a oito fios CCÔÔRR Verde bicolor PPEESSOO TTOOTTAALL DDAADDOOSS TTÉÉCCNNIICCOOSS DDOO TTEECCIIDDOO BBAASSEE::

1.452 gr/m2

CCOOMMPPOOSSIIÇÇÃÃOO PP/Feltro PPEESSOO 215 gr/m2 CCOOMMPPOOSSIIÇÇÃÃOO DDOO RREEVVEERRSSOO DDIIMMEENNSSÃÃOO DDOO RROOLLOO:: CCOOMMPPRRIIMMEENNTTOO LLAARRGGUURRAA

Látex Synterb 230 40 ml até á medida 410 cm

Page 113: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

DDAADDOOSS TTÉÉCCNNIICCOOSS AARREEIIAA//BBOORRRRAACCHHAA:: TTAAXXAA EE TTIIPPOO DDEE AARREEIIAA TTAAXXAA EE TTIIPPOO DDEE GGRRÂÂNNUULLOO DDEE BBOORRRRAACCHHAA

Areia de sílica, redonda, seca e lavada, granulometria 0,4 – 0,9 mm á taxa de 16 kg/m2 Grânulo de borracha SBR de granulometria 0,8 – 2,0 mm á taxa de 18 kg/m2

Colocação do tapete: Flutuante sobre suporte de betão betuminoso já existente. As juntas serão coladas com cola de poliuretano bicomponente. EEXXEECCUUÇÇÃÃOO DDAA SSUUBB--BBAASSEE Uma vez efectuada a limpeza, nivelamento e desmatação do solo, proceder-se-á à dotação de pendentes transversais de 0,8% e à compactação do fundo até 95% P.M. Terminada esta primeira fase, colocar-se-á a caleira perimetral para delimitação da caixa, procedendo-se à abertura de uma vala perimetral de desagúe, colocação de tubo de PVC e posteriormente fecho e compactação da mesma. Em continuação, será executada a camada de suporte de Tout-venant de 35 cm de espessura, a qual será nivelada e compactada até 95% P.M. Esta camada deverá ficar acabada superficialmente com uma planímetria admissível máxima de 0,1% em qualquer ponto e direcção, medidas com uma régua de 3 m. A curva granulométrica desta camada, bem como sua composição e características, definirá a fiscalização aquando se conheça a pedreira de procedência. (O construtor deverá trazer um camião de amostra do material ao pé da obra). Uma vez aceite a superfície, proceder-se-á à rega com herbicida. Sobre a camada de suporte, colocar-se-á uma dupla camada de betão betuminoso de 7 cm de espessura em duas camadas. A camada base será de 4 cm de espessura, de aglomerado a quente, rega de aderência e camada rodadura de 3 cm de espessura, de aglomerado a quente e com uma tolerância máxima de 0,1% em qualquer ponto e direcção medido com uma régua de 3 m. O construtor deverá apresentar análises da sua composição, densidade e demais características de todas as camadas que formam a sub-base, devendo ser expressamente aprovadas pela fiscalização. Correrá por conta do construtor os ensaios de densidade que se executem na obra, recusando aqueles que não alcancem 95% P.M. mesmo que o termo médio de todos os pontos supere esta cifra.

Page 114: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

QQUUAADDRROO RREESSUUMMOO Explanação Tout-venant Asfaltos Relva

Pendente Longitudinal 0% 0% 0% 0%

Pendente Transversal 0.8% 0.8% 0.8% 0.8%

Espessura _________ 35cm 7cm (4+3) 6.0cm

Planimetria 10mm/3m 5mm/3m 3mm/3m 3mm/3m RREEDDEE DDEE DDRREENNAAGGEEMM A experiência em campos de relva sintética em todo o mundo aconselha, para manter um nível óptimo de humidade em todo o campo, é necessária a realização de uma drenagem no solo de forma superficial com recolha de águas na caleira perímetral. Na referida caleira, colocar-se-ão umas caixas-areeiros, quatro em cada lateral e uma em cada topo, para evitar que a areia, pó e restos de materiais possam chegar a obturar a caleira ou colector perimetral de drenagem. Haverá que estudar a ligação do saneamento exterior da instalação. RREEDDEE DDEE RREEGGAA Tubagens e Acessórios Seleccionou-se uma rede de rega com canhões, dado que a Federação Portuguesa de Futebol em comunicado, “interdita a existência de quaisquer obstáculos rígidos, mesmo que disfarçados sob o tapete “ assim a única solução de rega que cobre esta área são canhões de alcance 42 m – 45 m. Todas as tubagens utilizadas na instalação são de Polietileno de Alta Densidade (PE100), para uma pressão de trabalho de 10 atm., cumprindo as normas vigentes UNE53.112 e UNE 53.131/90.

A tubagem secundária formará um anel em redor do campo, com a finalidade de manter uma pressão constante em cada ponto da instalação, podendo inclusive, desta forma, reduzir o diâmetro da tubagem, utilizando assim um diâmetro de 110 mm. A tubagem desde a ligação até á união do anel da secundária é de 110 mm de diâmetro.

Canhões São projectados canhões SR 2005 da marca RAIN BIRD desenhados especialmente para a rega de grandes instalações. As condições de funcionamento deste equipamento de rega são de 50m3/h de consumo de água a uma pressão de 5,5 kg/cm2, conseguindo um alcance aproximado de 45m. As características do canhão sectorial são as seguintes:

Page 115: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

a) Retorno lento b) Ângulo de trajectória 23º c) Tomada standard com fixação d) Modelos de Rega sectorial ajustáveis entre 40º e 360º e) Ajuste simples do sector de rega. Não são necessárias ferramentas para ajustar o

colarinho de fricção. f) Configuração mono tubagem g) Tem um desenho de anel ajustável, que aumenta ou diminui a velocidade de

rotação. h) Rolamentos de bolas impermeáveis. São fornecidos já lubrificados para todo o

seu ciclo de vida.

Automatismos e Cablagens Para a gestão de toda a instalação será instalado um programador da marca RAIN BIRD modelo SI-8, capaz de controlar 8 estações. O programador tem as seguintes características:

a) Programador - híbrido - programador electrónico com programação tipo electromecânico

b) Duplo programa c) Visualização em LCD (ecrã de cristal liquido) d) Controlo de afluência de água “Water Budget” de 0 até 200% em passos de

10%) e) Função de armazenamento de um arranque em caso de solapamento f) Função ligar / desligar g) Arranque manual de uma estação 0 de um ciclo h) O programador SI está equipado com um disjuntor automático que indica sobre

que estação existe um curto-circuito ou uma sobrecarga. i) Circuito de salvaguarda do programa com carregador incorporado para bateria

recarregável Ni-Cd de 9V. j) A bateria totalmente carregada permite guardar o programa durante 4 dias. Um

programa de emergência arrancará 8 horas depois de voltar a corrente, durante 10 minutos, a cada estação de rega todos os dias.

k) Transformador interno l) Carcaça de plástico (possível fecho com cadeado). m) Montagem mural exterior.

Sempre que na instalação não intervenha uma bomba, accionada desde o programador mediante um relê, no ramal de encanamento geral da rega, será instalado uma electroválvula mestra marca RAIN BIRD modelo 300 – BPE de 3”com diâmetro que deixe passar um caudal máximo de 68 m3/h com regulador de caudal, dispositivo de depuração e filtro de aço inoxidável.

Junto a cada canhão e unidade de tubagem secundária mediante um colarinho de fundição, instalar-se-á uma electroválvula igual à colocada na ligação mestra.

Para a automatização, empregar-se-á cabo de 1x2,5mm2, para o fio comum do circuito e 1 x 1,5 mm2 para o fio de sinal, todos eles com isolante 0,6/1kv.

Page 116: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

Grupo de Bombagem Está previsto no local um grupo de bombagem com uma bomba submersível de 20 Cv que é suficiente para alimentar a rede de rega do relvado sintético. Depósito Para abastecer o sistema de rega será colocado um depósito de poliéster de 15.000 l, incluindo enchimento com electroválvula e caixa de comando de sondas de nível. O depósito é colocado sobre uma laje de betão de 10 cm de espessura com apoios em alvenaria de bloco de betão.

Com base nesta memoria descritiva e justificativa foi elaborado um mapa de quantidades o qual se encontra em anexo

Page 117: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

CCaaddeerrnnoo ddee EEnnccaarrggooss 11 -- OOBBJJEECCTTOO DDAA EEMMPPRREEIITTAADDAA A empreitada compreende o fornecimento de todos os materiais e a execução de todos os trabalhos necessários á construção de um CAMPO DE FUTEBOL em RELVA SINTÉTICA, no local e com as características definidas na MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA. 22 -- DDEESSCCRRIIÇÇÃÃOO DDOOSS TTRRAABBAALLHHOOSS 2.1- IMPLANTAÇÃO DA OBRA Antes do começo dos trabalhos o dono da obra estabelecerá por proposta do Empreiteiro a implantação da obra colocando-se marcas visíveis referentes a todos os seus componentes.

O empreiteiro é obrigado a vigiar pela conservação de tais marcas, mandando substituir as que, por qualquer causa, desapareçam ou sejam danificadas. 2.2 - LIMPEZA E DESMATAÇÃO As superfícies dos terrenos a escavar deverão ser previamente limpas de peças grossas e resíduos de toda ordem. 2.3 - DECAPAGEM DA TERRA SOLTA As áreas do terreno a escavar, deverão ser previamente decapadas da terra solta geralmente ocupando camadas superficiais de 0,20 metros de espessura que serão armazenados com os devidos cuidados em locais sujeitos a prévia aprovação da Fiscalização para aplicação posterior se forem adequadas. 2.4 - MODELAÇÃO DO TERRENO O empreiteiro procederá à modelação do terreno projectado compreendendo a eliminação de arestas, saliências e reentrâncias que resultam da intersecção dos diversos planos definidos pelas cotas de projecto. 2.5 - ESCAVAÇÕES As escavações não deverão ser levadas abaixo das cotas indicadas no projecto, salvo em circunstâncias especiais surgidas durante a construção, tais como a presença de rochas, etc.

As escavações deverão sempre desenvolver-se cuidadosamente de forma a não pôr em causa a estabilidade de todas as estruturas existentes. 2.6 - ATERROS

Page 118: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

O início da construção dos aterros só será possível após o dono da obra ter inspeccionado e apurado a área respectiva. Imediatamente antes do lançamento de cada camada, a superfície da camada anterior será aprovada pela Fiscalização.

Qualquer camada que tenha ficado exposta depois da sua compactação será reexaminada pela Fiscalização, a qual exigirá o tratamento que for necessário, inclusive a eventual remoção, no caso de fendas profundas de secagem.

O movimento de todo o equipamento necessário para a realização dos aterros deverá ser previamente bem planeado de forma a evitar o tráfego de veículos de transporte sobre as camadas de lançamento evitando-se assim a laminação dos aterros compactados.

A compactação dos materiais a empregar será efectuada após o seu espalhamento utilizando-se os equipamentos mecânicos que, propostos pelo empreiteiro, sejam aprovados pelo Dono da Obra.

Na compactação dos aterros deverá evitar-se a concentração de elementos grossos procurando-se assim que o efeito da compactação não seja particularmente afectado em zonas muito localizadas. Esses elementos grossos devem ser retirados para o exterior dos aterros.

A execução dos aterros inclusivamente no que diz respeito à velocidade de construção deverá ser submetida à aprovação do Dono da Obra.

O número de passagens de cilindro deverá ser ajustado aos resultados obtidos e definidos pelo Dono da Obra. As espessuras das camadas deverão ser em princípio de 0,35 m., podendo o Dono da Obra alterar este valor tendo em conta os resultados a obter. 2.7 - ABERTURA DE CAIXAS Previamente à construção dos diversos componentes do campo em relva sintética, o

empreiteiro procederá à abertura da caixa de formação da base da relva sintética. As

operações anteriores incluem a carga, transporte e descarga a vazadouro dos materiais

sobrantes considerando um coeficiente de empolamento de 20%. A base deve ficar com

pendente de 0,8 % a quatro águas, e uma compactação de 95% do P.M.

2.8 - ESCAVAÇÕES PARA ASSENTAMENTO DE CABOS E CANALIZAÇÕES As dimensões, tolerâncias e acabamentos destas escavações serão as correspondentes aos trabalhos a que a escavação se destina (águas, pluviais, electricidade, rega, etc.). O empreiteiro deverá dar ás superfícies lateral das escavações a inclinação adequada à natureza do terreno e, quando necessário, proceder à sua envitação. O programa dos trabalhos deve ser organizado de modo a fazer-se a abertura das trincheiras e valas em ritmo compatível com o do assentamento e ensaio, se for caso disso, de modo a não se deixarem escavações abertas durante demasiado tempo.

Page 119: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

2.9 - DRENAGEM SUPERFICIAL Fornecimento construção e assentamento dos seguintes órgãos de drenagem.

1. Caleira com grelha metálica pré-fabricadas tipo “ACO-DRAIN” ou equivalente

com as dimensões indicadas nos desenhos, incluindo o seu fornecimento, assentamento, remates e todos os trabalhos acessórios e complementares.

2. Colector de ligação em PVC rígido, da classe 0,4 com Ø 200 mm incluindo

acessórios, ligações, abertura e tapamento de valas, almofada de assentamento em areia, terra cirandada e todos os trabalhos complementares.

3. Caixas de visita quadrados de 40x40 c/paredes em alvenaria rebocada, incluindo

tampas, aros e contra-aros, pinturas de protecção, movimentos de terras, ligações e todos os trabalhos complementares.

4. Sumidouros com grelha em betão pré-fabricado, incluindo aros e grelhas

metálicos, pinturas de protecção, movimentos de terras, ligações e todos os trabalhos complementares.

2.10 – SUB BASES A superfície da camada deve ficar lisa, uniforme, isenta de fendas, ondulações ou material solto, não podendo, em qualquer ponto, apresentar diferenças superiores a 2,5 cm em relação aos perfis longitudinal e transversalmente estabelecidos, quando se assenta uma régua de 5 m sobre ela. No espalhamento do agregado deve utilizar-se uma moto niveladora ou outro equipamento similar de forma que a superfície de cada camada se mantenha aproximadamente com a forma definitiva. O espalhamento deve ser feito regularmente e de forma a evitar-se as agregações dos materiais, não sendo de forma alguma permitidas bolsas de material fino ou grosso. Será feita a prévia humidificação dos agregados na central de produção justamente para que a segregação no transporte e espalhamento seja reduzida. Se na operação de compactação o agregado não tiver a humidade necessária (cerca de 4,5%) terá de se proceder a uma distribuição uniforme de água. Se durante o espalhamento se formarem lombas, vincos ou qualquer outro tipo de marca inconveniente que não possa facilmente ser eliminada por cilindragem, deve proceder-se á escarificação e homogeneização da mistura e regularização da superfície. A espessura da base depois da compactação e o número de camadas serão os indicados nas peças desenhadas.

Page 120: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

A curva granulométrica dos materiais, bem como a sua composição e características, será definida pelo Dono da Obra assim que for conhecida a pedreira de procedência. 2.11 - BASE EM BETÃO BETUMINOSO. Sobre a camada de suporte, colocar-se-ão duas camadas de betão betuminoso com a espessura indicada nas peças desenhadas. Antes de se iniciar o espalhamento, a superfície sobre a qual a camada vai assentar deve apresentar-se livre de sujidade, detritos e poeiras que devem ser retirados do pavimento para local onde não seja possível voltarem a depositar-se na superfície a revestir. A superfície da camada base deve sofrer um tratamento de impregnação preliminar de betume a uma taxa de 1,2 Kg./M2. O espalhamento do tapete de regularização betuminosa deve obedecer ás mesmas prescrições fixadas para o tapete de betão betuminoso. A espessura da camada de regularização betuminosa, depois da compactação, é a indicada nos desenhos. A tolerância planimétrica desta camada será de ±5 mm em relação aos perfis longitudinais e transversais estabelecidos, quando se assenta uma régua de 3 m sobre ela. Os métodos empregados na execução do trabalho e todo o equipamento, ferramentas e maquinaria usada na manipulação dos materiais e execução das camadas, devem obedecer ás normas técnicas aplicável, reservando-se o Dono da Obra o direito de, em qualquer altura, exigir a sua total ou parcial substituição sempre que se verifiquem anomalias no seu funcionamento. 2.11.1 - Fabrico, transporte e espalhamento da mistura betuminosa. As massas deverão ser fabricadas em estaleiros localizados de acordo com a fiscalização, sendo observados os seguintes pontos:

1. A temperatura dos agregados antes da mistura destes com o betume deve ser tal que não altere as características físicas das partículas e será fixada pela fiscalização, devendo estar compreendida entre 35ºC e 40ºC.

2. O teor em humidade da mistura betuminosa não será superior a 0,5%, quer

durante a operação da mistura, quer durante o espalhamento;

3. O betume deve ser aquecido lenta e uniformemente na temperatura compreendida entre 130ºC e 160ºC.

4. As massas deverão ser fabricadas e transportadas para que tenha lugar o seu

rápido espalhamento. A sua temperatura nesta fase não deverá ser inferior a 100ºC, nem superior a 150ºC. A fiscalização poderá exigir o recobrimento das massas durante o transporte para protecção da mistura contra poeiras ou o tempo.

5. O espalhamento só poderá ter início depois de a superfície sobre a qual a camada

vai assentar estar limpa de todos os detritos e material solto e ter sido aprovado

Page 121: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

pela fiscalização. O espalhamento deverá fazer-se numa largura mínima de 3 m. e deverá processar-se do eixo para as bermas em perfis de duas pendentes, ou, em perfis de outro tipo, do ponto mais alto para o mais baixo, mantendo as inclinações previstas no projecto.

6. Não é permitida qualquer circulação de veículos sobre a camada antes da

compactação da mistura ter atingido os valores especificados. 2.11.2 - Cilindragem

O processo de compactação e regularização betuminosa deve ser tal que seja observado o seguinte:

1. A compactação relativa, referida ao ensaio Marshall, não será inferior a 95%.

Independentemente da exigência anterior é obrigatória a aplicação de um cilindro de pneus enquanto a temperatura da mistura for superior a 60ºC com, pelo menos, quatro passagens completas. A pressão nos pneus será à volta de 6 Kg./Cm2. A velocidade do cilindro deve ser muito lenta para evitar o deslocamento das massas quentes;

2. A superfície acabada deve ficar bem desempenada, com um perfil transversal

correcto e livre de depressões, lombas ou vincos. Não serão de admitir irregularidades superiores a 3 mm quando feita a verificação com uma régua de 5 m.

3. No fim da cilindragem deverá espalhar-se sobre o tapete uma ligeira camada de

cimento ou filer, de modo que toda a superfície fique coberta e que lhe fique aderente;

4. O trânsito nunca poderá ser estabelecido sobre o tapete nas três horas posteriores

á cilindragem, devendo no entanto, aquele prazo ser aumentado para vinte e quatro horas sempre que for possível

2.12 - REDE DE REGA 2.12.1 -Tubagens e Acessórios

Todas as tubagens utilizadas na instalação são de Polietileno de Alta Densidade (PE100), para uma pressão de trabalho de 10 atm., cumprindo as normas vigentes UNE53.112 e UNE 53.131/90. Nas instalações em que o funcionamento dos aspersores seja de dois em dois, a tubagem do ramal de encanamento geral, é de 110mm∅ colocada e que deverá conduzir o caudal necessário para dois canhões; caso não seja possível por não existirem estes requerimentos e ter de se efectuar a rega um a um, a tubagem poderá ser de 90mm∅. Para uma maior precisão no nivelamento do equipamento de rega e com a finalidade de que as pressões exercidas, sobre a cabeça do aspersor não sejam transmitidas directamente sobre a tubagem, serão utilizados hidrantes fixos, alojados em caixas de tijolo rebocadas.

Page 122: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

2.12.2 - Canhões

São projectados canhões de rega, marca RAIN BIRD modelos SR 2005, ou equivalente, ligados a electroválvulas RAIN BIRD modelo BPE 300 de 3” de diâmetro.

A pressão de trabalho é de 6 atm., com um consumo de 15,80m3/h um alcance máximo de 45 m; as restantes características são as seguintes:

- Ângulo de trajectória 23º - Tomada de Rosca 3” - Altura máxima do esguicho 5.2m - Bicos de alcance codificadas por cores - Passagem directa da água

2.12.3 - Automatismos e cablagens Para a gestão de toda a instalação será instalado dois programadores da marca RAIN BIRD modelo SI – 8,ou equvalente, capaz de governar 8 estações. O programador tem as seguintes características:

- Duplo programador A e B - Duração do ciclo 7 dias - Controlo de afluência de água (de 0 até 200%) - Arranque manual de uma estação de um ciclo - Disjuntor automático que indica a estação sobre a que há um curto-circuito ou

sub carga - Circuito de salvaguarda do programa em caso falha de energia eléctrica.

Incorpora um carregador de bateria. A bateria tem uma autonomia de 4 dias. Sempre que na instalação não intervenha uma bomba, accionada desde o programador mediante um relé, no ramal de encanamento geral da rega, será instalado uma electroválvula mestra marca RAIN BIRD modelo 300-BPE de 3”, ou equivalente, com diâmetro que deixe passar um caudal máximo de 68 m3/h com regulador de caudal, dispositivo de depuração e filtro de aço inoxidável.

Para a automatização, será instalado um cabo de 1 x 2.5mm2 para o fio comum do circuito e 1 x 1.5 mm2 para o fio de sinal, todos eles com isolante 0.6/1kv.

2.12.4 - Grupo de bombagem

O grupo de bombagem a instalar deverá satisfazer as necessidades do sistema, com o qual deverá proporcionar ao menos 30m3/h a 80m.c.a. caso se queira regar de dois em dois aspersores e 15mm3/h a 80m.c.a. se preferir regar de uma a uma.

Será instalado com um quadro de bomba composto por:

Page 123: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

- Hidronível para enchimento de depósito - Hidronível para protecção da bomba - Magneto térmico - Arranque estrela – triângulo - Interruptor de bomba - Diferencial

2.12.5 – DEPÓSITO Para abastecer o sistema de rega será colocado um depósito de poliéster de 15.000 l, incluindo enchimento com electroválvula e caixa de comando de sondas de nível. O depósito é colocado sobre uma laje de betão de 10 cm de espessura com apoios em alvenaria de bloco de betão. 2.13 – ESPECIFICAÇÕES DA RELVA SINTETICA DO CAMPO DE FUTEBOL 2.13.1 – Constituição O revestimento do campo será constituído por relva sintética com carga mista de areia de sílica e grânulo de borracha “REAL GRASS 60 ”da RADICCI ou similar, incluindo remates e cortes. A relva artificial a empregar terá as seguintes características técnicas: DADOS TÉCNICOS DA RELVA: AALLTTUURRAA DDAA FFIIBBRRAA 60 mm TTIIPPOO DDEE TTEELLAA ¾ TTIIPPOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO ((DDIINN 6611115511)) Tuftada NN..ºº DDEE IINNSSEERRÇÇÕÕEESS CCAADDAA 1100 CCMM 17 NNÚÚMMEERROO DDEE PPOONNTTOOSS PPOORR MM22 8.925 PPEESSOO TTOOTTAALL 2.467 gr/m² DDIIÂÂMMEETTRROO DDOO BBUURRAACCOO DDEE DDRREENNAAGGEEMM 5 mm PPEERRMMEEAABBIILLIIDDAADDEE DDAADDOOSS TTÉÉCCNNIICCOOSS DDAA FFIIBBRRAA::

1.900 mm/h>

CCOOMMPPOOSSIIÇÇÃÃOO 100% PE DDEECCIITTEEXX 11.550 Dtex EESSPPEESSSSUURRAA DDAA FFIIBBRRAA 180 microns EESSTTRRUUTTUURRAA Monofilamento monoextrudado a oito fios CCÔÔRR Verde bicolor PPEESSOO TTOOTTAALL DDAADDOOSS TTÉÉCCNNIICCOOSS DDOO TTEECCIIDDOO

1.452 gr/m2

Page 124: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

BBAASSEE:: CCOOMMPPOOSSIIÇÇÃÃOO PP/Feltro PPEESSOO 215 gr/m2 CCOOMMPPOOSSIIÇÇÃÃOO DDOO RREEVVEERRSSOO DDIIMMEENNSSÃÃOO DDOO RROOLLOO:: CCOOMMPPRRIIMMEENNTTOO LLAARRGGUURRAA DDAADDOOSS TTÉÉCCNNIICCOOSS AARREEIIAA//BBOORRRRAACCHHAA:: TTAAXXAA EE TTIIPPOO DDEE AARREEIIAA TTAAXXAA EE TTIIPPOO DDEE GGRRÂÂNNUULLOO DDEE BBOORRRRAACCHHAA

Látex Synterb 230 40 ml até á medida 410 cm Areia de sílica, redonda, seca e lavada, granulometria 0,4 – 0,9 mm á taxa de 16 kg/m2 Grânulo de borracha SBR de granulometria 0,8 – 2,0 mm á taxa de 18 kg/m2

2.13.2 - Método de instalação do tapete de relva sintética para Futebol Flutuante sobre suporte de betão betuminoso conforme descrito neste Caderno de Encargos. 2.13.3 - Colocação do tapete de relva sintética A união dos rolos é feita através de fita de geotextil e adesivo de poliuretano bi-componente. O espalhamento da carga será executado mediante equipamento especial de acordo com as indicações do fabricante. 33 -- DDIISSPPOOSSIIÇÇÕÕEESS AADDIICCIIOONNAAIISS.. 3.1 - MATERIAIS E EXECUÇÃO DE TRABALHOS. No omisso neste caderno de encargos na ausência de especificações oficiais aplicáveis, os materiais a empregar nas obras serão de boa qualidade, satisfazendo as exigências e os fins para que se destinam. Todos os trabalhos serão executados com solidez e perfeição e de acordo com as melhores regras da arte de bem construir. O Dono da Obra poderá autorizar, com previa consulta ao projectista, a substituição dos materiais e métodos previstos quando convenientemente justificado, não podendo tal substituição em nenhum caso, dar lugar a aumento de custos dos próprios trabalhos ou dos que deles dependam. 3.2 - CONSERVAÇÃO.

Page 125: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

O empreiteiro é responsável pela conservação imediata de todos os defeitos e estragos verificados nos trabalhos até a sua recepção, com origem em defeitos de construção em sob a acção normal das intempéries.

3.3 - CONTEÚDO DA CONSTRUÇÃO. O empreiteiro é responsável pelos encargos de todos os ensaios necessários para o controlo da qualidade dos materiais e a boa execução, nomeadamente os ensaios de controlo de betão, etc. a realizar no LNEC ou em outras instituições para isso acreditadas.

Quando o empreiteiro pretenda utilizar equipamento que altere os processos de construção previstos deverá submeter à aprovação prévia da Fiscalização a sua proposta com uma descrição suficientemente detalhada dos métodos que pretende adoptar realçando as vantagens daí decorrentes.

Page 126: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

CALENDARIZAÇÃO DA OBRAObra:CONSTRUÇÃO DE UM POLIDESPORTIVO NO ESPINHEIRODono da Obra: CÂMARA MUNICIPAL DE CELORICO DA BEIRALocal: ESPINHEIRO

DIASActividades 2 6 10 14 18 22 26 30 34 38 42

Pavimento Drenagens Piso em betão porosoVedação Prumos RedePintura do PavimentoMarcaçõesColocação de Acessórios

Celorico da Beira, 24 de Maio de 2008

QUADRO I

Page 127: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

DESIGNAÇÃO UN. QUANT. PREÇOUNITÁRIO PARCIAIS TOTAIS

5º Por cima do murete será aplicada umarede periférica com 3 metros de altura nosmuretes laterais e 4 m de altura nos topos.Os ângulos serão reforçados com umaenfinca para cada lado e no restanteespaço levará postes de 3 em 3 metros.Todos os postes terão os topos tapadoscom chapa soldada e a fixação dos aramesé feita no exterior dos tubos, serão,portanto, tubos sem qualquer orifício. Ostubos a utilizar terão 45 mm de diâmetro, 2mm de espessura e serão tratados contra acorrosão ( metalizados ) e pintados emverde escuro. O tratamento anticorrosivodos tubos só será feito após o fabrico deserralharia. A rede periférica que encima osmuretes será plastificada em verde commalha 50 mm e arame 12/8. m² 440,00 11,00 € 4 840,00 €

6º - PinturaAs tintas utilizadas para pintar o pavimentosão essencialmente concebidas para pisosdesportivos em betão poroso. Serãoaplicadas à pistola em duas demãos deemulsão acrílica anti-derrapante quetotalizarão 420 grs por metro quadrado. Ascores a utilizar são o verde e o vermelho.Serão feitas marcações para asmodalidades pretendidas. m² 968,00 4,25 € 4 114,00 €

7º - Fornecimento e colocação de: 2 postespara ténis; 2 balizas para a prática defutebol de salão; 1 rede de ténis; 2 redespara futebol de salão; 1 centro guia paraténis; 3 chumbadouros para a fixação dospostes de ténis e centro guia. vg 1,00 800,00 € 800,00 €

Total 33 426,00 €

TOTAIS

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CÂMARA MUNICIPAL DE CELORICO DA BEIRAOBRA: Projecto de arranjos exteriores do Caminho do cemitério da Velosa

LOCAL: Celorico da BeiraARTIGO DESIGNAÇÃO UN. PREÇO TOTAIS

QUANT. UNITÁRIO PARCIAIS TOTAIS

CAP. I PAVIMENTAÇÃO

01.01.01- Limpeza, desmatação, desenraizamento, abatede árvores, abertura de caixa para os diversosrevestimentos cumprindo as cotas do projecto,incluindo terras de empréstimo, compactação e se necessário transporte dos produtosresultantes a vazadouro.

m² 3172,00 2,25 € 7 137,00 €

01.01.02- Fornecimento e assentamento de calçada acubos de granito 0,10*0,10 m, incluindoalmofada de assentamento em areia com 0,10m de espessura, incluindo recalque e todos ostrabalhos acessórios.

m² 2800,00 14,96 € 41 888,00 €

01.01.03- Fornecimento e assentamento de calçada acubos de granito 0,20*0,10 m, incluindoalmofada de assentamento em areia com 0,10m de espessura, incluindo recalque e todos ostrabalhos acessórios.

m² 225,00 19,96 € 4 491,00 €

01.01.04- Fornecimento e colocação de lançil L8,incluindo movimento de terras, fundações embetão e todos os trabalhos acessórios.

ml 312,87 7,48 € 2 340,27 €

01.01.05- Fornecimento e assentamento de lagetas degranito 0,60*1,00 m, incluindo almofada deassentamento em areia com 0,10 m deespessura, incluindo recalque e todos ostrabalhos acessórios.

m² 22,00 60,00 € 1 320,00 €

Total do CAP. I 57 176,27 €

QUADRO III

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AGUAS PLUVIAIS

Santa Eufêmea∅ ∅

SARJETAS31,20 m 2,00 4,4030,30 m 4,90 10,00 CAIXAS13,00 m 5,00 1,2029,00 m 2,70 3,3031,00 m 4,10 2,2028,50 m 3,50 3,1030,20 m 3,5031,60 m 3,80 2,8928,70 m 4,60 3,7034,30 m 3,10 2,7031,80 m 2,20 3,2033,00 m 2,30 4,1034,00 m 2,3084,00 m 10,20 9,4032,00 m29,00 m 3,90 3,9023,50 m2,00 m

10,30 6,4027,80 m 4,00 4,0026,30 m 2,00 4,0030,70 m 2,40 4,2031,30 m 2,304,20 m 100,00

44,00 m27,20 m39,00 m50,00 m

TOTAL 837,60 m TOTAL 251,79 m

290,60 m

RAMAIS 2CAIXAS 7

200315

ESGOTOS (m)

QUADRO IV

Page 130: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

50

24

Page 131: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

Águas Pluviais

Conduta (Tubo corrugado)Diametro Comprimento (m) caixas Preço Unitário Total

Ø315 290 10 9,78 € 2 836,20 €

Conduta (Tubo corrugado)Diametro Comprimento (m) Caixas Preço Unitário TotalØ400 192 6 16,68 € 3 202,56 €

Esgoto

Conduta (Tubo corrugado)Diametro Comprimento (m) caixas Preço Unitário Total

Ø200 220 7 4,22 € 928,40 €

Ramais (Tubo corrugado)Diametro Qtd Comprimento Comp Total Preço Unitário TotalØ125 6 5 30 2,22 € 66,60 €Ø160 1 8 8 3,64 € 29,12 €

Conduta (Tubo corrugado)Diametro Comprimento (m) Caixas Preço Unitário TotalØ200 10 1 4,22 € 42,20 €

Ramais (Tubo corrugado)Diametro Qtd Comprimento Preço Unitário TotalØ160 1 8 3,64 € 29,12 €

QUADRO V

Mira Serra - Aqueduto

Turismo - Mira Serra

Turismo - Mira Serra

Mira Serra - Aqueduto

Page 132: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

DES. N.

DES.

LEV.

Eng. Director:

PROJ.

VÁRIAS

DES. N.DATA.

PORMENORES DECAIXA DE VISITA

ESCALA :

01

CAMPO EM RELVA SINTÉTICACÂMARA MUNICIPAL DE CELORICO DA BEIRA

0,7

0,4

VARIÁVE

L

TUBAGEM PVC Ø100

CAIXA DE DRENAGEMEM BLOCO DE BETÃO

0.47

PORMENOR CAIXA DE VISITA

LAJE DE BETÃO B-15 ARMADACOM FERRO 15x15Ø8

TAMPA EM FERRO FUNDIDO 40x40

0.30

B B

TUBAGEM PRINCIPAL DE REGA

CALEIRA EM BETAO POLIESTER ACO G-100

RELVADO SINTETICO

Page 133: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

DES. N.

DES.

LEV.

Eng. Director:

PROJ.

VÁRIAS

DES. N.DATA.

PORMENORES DE LIGAÇÃOCALEIRA COLECTOR

ESCALA :

04

CAMPO EM RELVA SINTÉTICACÂMARA MUNICIPAL DE CELORICO DA BEIRA

COLECTOR PVC Ø 200

CALEIRACAIXA DE VISITA

PORMENOR DA LIGAÇÃO CALEIRA-COLECTOR

PVC Ø100

AREEIRO ACO-SPORT

Page 134: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

DES. N.

DES.

LEV.

Eng. Director:

PROJ.

VÁRIAS

DES. N.DATA.

PORMENORES DECONSTRUÇÃO

ESCALA :

02

CAMPO EM RELVA SINTÉTICACÂMARA MUNICIPAL DE CELORICO DA BEIRA

AREEIRO COM LIGAÇÃOAO COLECTOR

Ø200 mm i=0.5% Ø200 mm i=0.5% Ø200 mm i=0.5%

Ø200 mm i=0.5% Ø200 mm i=0.5%Ø200 mm i=0.5%

PEND

ENTE

0.

8%

PEND

ENTE

0.

8%

PEND

ENTE

0.

8%

PEND

ENTE

0.

8%

PENDENTE

0.8%

PENDENTE

0.8%

PENDENTE

0.8%

PENDENTE

0.8%

Ø20

0 mm i=0.5%

Ø20

0 mm i=0.5%

Ø20

0 mm i=0.5%

Ø20

0 mm i=0.5%

LIGAÇAO A REDE DE ÁGUAS PLUVIAIS

PVC Ø 300 mm

CALEIRA ACO G-100 COLECTOR PVC Ø 200 mm

Page 135: Tese - Acompanhamento de Obras de Requalificação Urbana

DES. N.

DES.

LEV.

Eng. Director:

PROJ.

VÁRIAS

DES. N.DATA.

PORMENORES DECONSTRUÇÃO

ESCALA :

03

CAMPO EM RELVA SINTÉTICACÂMARA MUNICIPAL DE CELORICO DA BEIRA

A A

30mm BETAO BETUMINOSO

RELVADO SINTETICO

PENDENTE 0.8% PENDENTE 0.8%

TOUT-VENANT DE 35 CM

TUBAGEM PRINCIPAL DE REGA

CALEIRA EN BETAO POLIESTER ACO G-100

COLECTOR PERIMETRAL Ø 200 mm.

LIMITE DO RELVADO 68 m.

40mm BETAO BETUMINOSO