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9 TESOURO DE ANTONINIANOS DE BEJA 1 In memoriam Antonino Manuel ANTONINO POIARES Circunstâncias do achado Tendo sido abalroado pelas lâminas de um tractor que procedia no outono de 2001 ao alqueive do respectivo latifúndio num monte perto de Cuba, distrito de Beja, o contentor de barro que durante séculos havia guardado aquele tesouro monetário de 261 peças desfez-se em bocados permitindo que, acto contínuo, um significativo número de pequenas moedas se espalhassem à superfície e voltassem, de novo, a ver a luz do sol, passados que foram quase dois mil anos. Quando alguns dias mais tarde um pastor das redondezas na faina rotineira de encaminhar as suas cabras e as suas ovelhas para o pasto da encosta fronteiriça passou pelo local do enterramento não queria acreditar no que os seus olhos viam. Baixou-se, de imediato, para apanhar as primeiras peças redondinhas espalhadas à superfície, queria ter a certeza de que não estava a sonhar. A maior parte das moedas estavam envoltas numa compacta e resistente camada de terra – os célebres barros de Beja que no dizer de muita gente são piores que grude - tornando completamente impossível a sua correcta identificação e classificação, facto que nos iria obrigar futuramente a um longo e cansativo trabalho de electrólise em laboratório, com todos os inconvenientes que, por vezes, daí podem advir, e cujos vestígios, para nosso desgosto, algumas peças revelam. Enquanto corria em direcção ao rebanho que se tinha distanciado, o nosso pastor, já com meia dúzia de espécimes no bolso, ia dando voltas à imaginação para descobrir a melhor maneira de, no dia seguinte, sem falta, ir buscar os restantes numismas sem que ninguém se apercebesse disso. Tendo nós tido conhecimento do insólito achado algumas semanas depois, por interposta pessoa que não o pastor, acabaríamos um pouco às cegas e precipitadamente pela aquisição do tesouro após uma rápida observação de meia dúzia de espécimes com o campo mais decifrável, que nos revelaram, sem quaisquer dificuldades, a sua paternidade romana. As razões dessa 1 De entre as entidades que, numa perspectiva científica, tornaram possível a concretização deste trabalho, queremos destacar, ao mesmo tempo que lhe queremos manifestar o nosso profundo reconhecimento: - Dr. António Marques de Faria, a estrela polar de tudo o que de correcto ficou escrito. E também à A.N.E., particularmente ao seu presidente Senhor Josep Pellicer i Bru, pela gentileza com que sempre acolheu os textos que enviámos para publicação na Gaceta Numismática. GACETA NUMISMATICA MARZO 2011 180

TESOURO DE ANTONINIANOS DE BEJA1 In memoriam … · acordo com os dados de que dispomos e que divulgamos mais à frente, ainda tinha vida, no mínimo, cerca de cento e vinte anos

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TESOURO DE ANTONINIANOS DE BEJA1

In memoriam Antonino Manuel

ANTONINO POIARES Circunstâncias do achado Tendo sido abalroado pelas lâminas de um tractor que procedia no outono de 2001 ao alqueive do respectivo latifúndio num monte perto de Cuba, distrito de Beja, o contentor de barro que durante séculos havia guardado aquele tesouro monetário de 261 peças desfez-se em bocados permitindo que, acto contínuo, um significativo número de pequenas moedas se espalhassem à superfície e voltassem, de novo, a ver a luz do sol, passados que foram quase dois mil anos. Quando alguns dias mais tarde um pastor das redondezas na faina rotineira de encaminhar as suas cabras e as suas ovelhas para o pasto da encosta fronteiriça passou pelo local do enterramento não queria acreditar no que os seus olhos viam. Baixou-se, de imediato, para apanhar as primeiras peças redondinhas espalhadas à superfície, queria ter a certeza de que não estava a sonhar. A maior parte das moedas estavam envoltas numa compacta e resistente camada de terra – os célebres barros de Beja que no dizer de muita gente são piores que grude - tornando completamente impossível a sua correcta identificação e classificação, facto que nos iria obrigar futuramente a um longo e cansativo trabalho de electrólise em laboratório, com todos os inconvenientes que, por vezes, daí podem advir, e cujos vestígios, para nosso desgosto, algumas peças revelam. Enquanto corria em direcção ao rebanho que se tinha distanciado, o nosso pastor, já com meia dúzia de espécimes no bolso, ia dando voltas à imaginação para descobrir a melhor maneira de, no dia seguinte, sem falta, ir buscar os restantes numismas sem que ninguém se apercebesse disso. Tendo nós tido conhecimento do insólito achado algumas semanas depois, por interposta pessoa que não o pastor, acabaríamos um pouco às cegas e precipitadamente pela aquisição do tesouro após uma rápida observação de meia dúzia de espécimes com o campo mais decifrável, que nos revelaram, sem quaisquer dificuldades, a sua paternidade romana. As razões dessa

1 De entre as entidades que, numa perspectiva científica, tornaram possível a concretização deste trabalho, queremos destacar, ao mesmo tempo que lhe queremos manifestar o nosso profundo reconhecimento: - Dr. António Marques de Faria, a estrela polar de tudo o que de correcto ficou escrito. E também à A.N.E., particularmente ao seu presidente Senhor Josep Pellicer i Bru, pela gentileza com que sempre acolheu os textos que enviámos para publicação na Gaceta Numismática.

GACETA NUMISMATICA

MARZO 2011 180

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precipitação, ou talvez melhor dessa ansiedade, foram resumidamente as três seguintes que passo a enumerar. Primeira, o facto de se tratar, coisa desconhecida entre nós, de um tesouro integral, portanto de um valor histórico-numismático a ter em consideração. Segunda, evitar a sua dispersão, como várias vezes tem acontecido, pois há coleccionadores a quem só interessam as peças em bom estado de conservação, desprezando as restantes. Terceira e última razão foi a de contrariar uma sempre tentadora emigração para museus estrangeiros, que gente responsável devia evitar mas que continua surrealisticamente a fazer vista grossa. Composição e data do enterramento Constituem o tesouro de Beja, na sua totalidade, 261 peças correspondentes a nove príncipes do Império Central e a dois príncipes do Império Gaulês, abrangendo cinco oficinas monetárias (Quadro I): 254 antoninianos e 7 denários (1 de Galieno, 1 de Aureliano e 5 de Severina). A moeda mais antiga é um antoniniano de Valeriano batido na ceca de Roma no ano de 254, a mais recente é um aurelianus com o busto de Probo, datável de 276 e pertencente à 1.ª emissão de Roma (quadro1). O terminus post quem deste depósito será portanto o ano de 276, e esta, a priori, parece também ser a data em que o enterramento se concretizou. Se quanto às causas que motivaram o enterramento tudo se teria processado de acordo com os costumes da época, pois na Antiguidade os depósitos bancários eram ainda muito raros, e quando se tinha um pecúlio significativo o mais aconselhável, por motivos óbvios, era enterrá-lo2 o mais depressa possível não fosse o diabo tecê-las, e este estava sempre a espreitar atrás da porta, o mesmo já não podemos dizer quanto ao facto de os sucessivos locatários e presumíveis herdeiros da villa nunca terem sentido a necessidade de recuperar, ao longo dos tempos, esse valioso património, pois esta villa, de acordo com os dados de que dispomos e que divulgamos mais à frente, ainda tinha vida, no mínimo, cerca de cento e vinte anos após a ocultação do respectivo tesouro. Como este tesouro monetário, na realidade, não tivesse resultado de uma escavação programada mas sim de uma actividade marginal completamente alheia à investigação arqueológica, o que poderá parecer insólito ou intrigante aconteceu. Limitamo-nos, com toda a clareza, a narrar os factos. Misturadas com o tesouro de Beja e com ele formando um único conjunto segundo as informações posteriormente prestadas pelo indivíduo que se propôs a dispensar-nos o aludido tesouro, vinham mais três moedas de bronze do séc. IV que, no nosso ponto de vista, serão completamente

2 Sénec, De Vita Beata , XXV, 2 : ”thesaurus alte obrutus quem non eruas nisi fuerit necesse“

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alheias ao depósito monetário em apreço. O interregno anómalo e também intrigante de 44 anos que separa a última moeda do Tesouro de Beja (ano de 276) da moeda mais antiga do miniconjunto do séc. IV (ano de 320), constitui, no nosso entender, um dado mais que suficiente para que se ponha de parte a ideia peregrina de haver qualquer grau de parentesco entre os dois grupos de moedas. Pensamos até não ser pura ficção admitir que durante o arroteamento daquele latifúndio ao longo de vários séculos um outro tesouro3, mais recente e menos numeroso, aí enterrado posteriormente, tenha ele também sido destruído e espalhado, e que três das suas moedas tivessem sido arrastadas para junto do depósito que nos propusemos estudar e com este, simultaneamente, tenham sido encontradas pelo referido pastor. Outra hipótese, mas talvez menos verosímil no nosso entender, seria admitir que um dia alguém, gente da villa ou forasteiros, tivesse perdido essas três ou até talvez mais moedas nos terrenos do latifúndio tendo-se a charrua ou arado encarregado, um dia, de as arrastar para as imediações do contentor do nosso tesouro e aí terem permanecido até à chegada do dito pastor. A classificação das peças do miniconjunto do séc. IV, e que decidimos, por razões óbvias, não incluir na catalogação do nosso trabalho é a seguinte: 1 follis de Crispo, CAESARVM NOSTRORVM, da ceca de Aquileia, datável de 320-321 ( R.I.C. – Aq.-70 ) : 1 AE-3 de Valente, SECVRITAS REIPVBLICAE, da ceca de Alexandria, datável de 364-367 ( R.I.C.- 3-b ); e 1 AE- 2 de Teodósio I , GLORIA ROMANORVM, da ceca de Cartago e datável de 392-395, ( R.I.C.- Nic. 46 a-C ).

3 Segundo fontes orais dignas de algum crédito, há cerca de duas dezenas de anos, era prática corrente, em pesquisa de superfície, serem recolhidas a seguir ao alqueive de alguns latifúndios dos arredores de Beja numerosos bronzes dos séculos III e IV.

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Quadro 1 - Composição do tesouro de Beja, em função das cecas

Roma Milão Síscia Cízico Treves Imitaçoes Total Imp. Central : Valeriano (253-60) 1 1 Galieno (253-68) 106 2 5 3 116 Salonina 8 1 9 Cláudio II (268-70) 79 4 6 2 11 102 Divo Cláudio 4 2 6 Quintilo (270) 12 12 Aureliano (270-75) 2 1 1 4 Severina 5 5 Tácito (275-76) 1 1 Probo (276-82) 1 1 Imp. Gaulês : Vitorino (268-70) 2 2 Tétrico I (270-73) 2 2 Total 219 6 13 5 4 14 261

Estrutura do depósito monetário Passou a ser prática corrente entre os estudiosos desta área da numismática, após a publicação dos Trésors Monétaires IX, proceder-se à divisão dos depósitos monetários escondidos no reinado de Probo –independentemente da sua variabilidade individual – em dois grupos principais (Quadro 2) que passamos a enunciar. O grupo A que se caracterizaria essencialmente por apresentar muito poucas peças anteriores ao ano de 253, um número de moedas pouco representativo dos anos 253 a 269 (reinados de Valeriano, de Galieno e de Póstumo) e uma fraca representação também de Cláudio II e Vitorino. Os depósitos deste grupo seriam, na realidade, ainda marcados por uma grande concentração de moedas de Tétrico entre as quais costuma predominar uma elevada percentagem de amoedações irregulares. Diferentemente, o grupo B deve apresentar como características fundamentais as seguintes: um pequeníssimo número de numismas cunhados antes de 253, um entesouramento volumoso de espécies dos reinados de Valeriano e Galieno, entesouramento esse que deve começar a baixar com Cláudio II, para sofrer uma desaceleração violenta com Vitorino e Tétrico. Tudo faz supor que os tesouros do grupo A serão, a maior parte das vezes, conjuntos formados entre os reinados de Tétrico e de Probo e num espaço de tempo muito curto. Daí a justificação do aparecimento neles de

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grandes quantidades de imitações de radiados cujo ponto culminante de produção viria a ter lugar logo a seguir à polémica reforma monetária de Aureliano de 274 e ao encerramento das cecas da Gália. Em contrapartida, os conjuntos do grupo B revelam-se como autênticos entesouramentos organizados paulatina e criteriosamente ao longo de algumas décadas e quase sempre incluem um pequeno número de aureliani, seleccionados em função da perfeição do seu módulo, da arte do seu relevo, do rigor do seu peso e da qualidade da sua lei. A representação neste grupo B, por sua vez, quase insignificante de imitações ou de numerário irregular só poderá revelar, quanto a nós, a vontade do respectivo aforrador em evitar um numerário de baixa qualidade. O depósito de Beja, pelas características extrínsecas e intrínsecas do seu numerário, faz, no nosso entender, e como mais à frente iremos tentar demonstrar mais detalhadamente, parte integrante deste último grupo, ou seja, do grupo dos conjuntos de entesouramento.

Quadro 2 : Estrutura de depósitos enterrados durante o reinado de Probo (276-282)

Antes de

253

Vale-riano

-Galien

o

Póstu-mo*

Lelia-no*

-Mário

*

Vito-rino

Té-trico

Cláu-dio

Divo Cláu.

Quin tilo

Aure-liano

Tá-cito

Probo

Imita-ções

Grupo A - % média 0,01 4,17 0,35 0,03 7,81 81,1 6,05 0,17 0,06 0,01 0,03 61,7 Grupo B - % média 2,52 35,3 11,08 0,64 10,58 13,9 20,09 1,38 1,14 1,06 1,48 4,2 Brains % 0,12 26,91 4,27 0,3 20,18 26,13 19,36 1,05 0,44 0,14 1,1 4,42 Beja %

0 a) 47,13 0 0 0,77 0,77 37,17 4,6 3,44 0,38 0,38 5,36

*- Estes imperadores não se encontram representados no tesouro de Beja. a) A moeda mais antiga de Beja reporta-se ao ano de 254 .

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As emissões de Galieno e Cláudio das cecas de Roma e Milão De entre as diversas cecas do Império que abasteciam de numerário o mercado lusitano entre 254 e 276, Roma é a Casa da Moeda que, de entre todas, deve ser considerada pela sua regularidade e grau de frequência, a mais importante. Desde o ano de 261, primeiro ano de governo de Galieno até ao ano de 276 provável data do enterramento do tesouro alentejano - exceptuando, evidentemente, os anos intermédios de 262 (Sízico), de 264 (Síscia), de 271 (Síscia), e de 273 (Treves) – são as emissões das laboriosas officinae da capital do Império que, ano a ano, hão de permitir que os circuitos comerciais da Lusitânia funcionem sem qualquer espécie de sobressaltos de capital. O hiato na importação de antoninianos verificado no período de 254 a 261 por parte da província da Lusitânia e expresso no nosso Quadro n.º 9, teria resultado, no nosso entender, de uma fase de “crise política” por que teria passado a ceca de Roma entre os anos de 253-260, cuja produção, nessa altura, de acordo com as estatísticas de Callu não teria ido além dos 50% da sua congénere de Colónia4 recentemente criada por razões militares. Para que possamos verificar até que ponto o tesouro de Beja se aproxima ou se afasta em termos de estrutura monetária dos outros tesouros seus contemporâneos, também estes da área dos entesouramentos, torna-se indispensável confrontá-lo com alguns conjuntos de referência ingleses, caso do Cunetio e do Normanby, os quais não só pelo volume do seu numerário (mais de 75.000 peças) como também pelas datas do respectivo enterramento, respectivamente 275 e 290, (o enterramento do depósito português – ano de 276 – apresenta um cronologia muito próxima da do Cunetio) constituem paradigmas inquestionáveis da forma como evoluíram os stoques monetários, nas cecas do Império, ao longo das décadas de 60, 70 e 80 do séc. III. Decidimos ainda, quando o achássemos oportuno, estabelecer algumas comparações também com o tesouro francês de Brains, na Bretanha, enterrado em 282, um tesouro tal como o português de origem continental. A divisão das cunhagens de Galieno da ceca de Roma em três períodos cronológicos (Quadro 3), o primeiro englobando as amoedações da 1.ª à 4.ª emissão, o segundo constituído pelas moedas do Sétimo Consulado e o terceiro período a que correspondem as moedas do Bestiário, permite-nos aferir não só da capacidade de produção da ceca de Roma em determinados momentos da sua laboração como ainda do volume de peças que daí saíam em direcção a determinados pontos do império para satisfação de exigências que podiam ser de carácter militar, económico , religioso ou administrativo. 4 “ ... os antoninianos dos anos 253-260, constatamos que o contingente de Colónia é o dobro de Roma, (1065 contra 515 ). ... “ (a tradução é nossa), J.P. Callu, “ La politique monétaire ...à 311 “ pg. 272.

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Em relação a Beja as exigências deveriam ser sobretudo de carácter económico, ligadas a bens de consumo, exportação muito provavelmente de azeite, e o transporte do numerário poderia muito bem ser feito Guadiana acima até Mértola ou mesmo, algumas vezes, até ao Cerro Furado, assentamento inicialmente indígena e posteriormente romanizado como o atestam moedas da República, hispano-romanas e romanas imperiais achadas neste local: denários da República, asses de Gades, semisses de Ilipense, duas Pax Iulia e um AE4 de Constâncio, SPES REIPVBLICE ( sic) , RIC 213 . As relações comerciais da Lusitânia com o Império, nesta altura, não se limitariam apenas à civitas de Beja, achados aleatórios de antoninianos noutras regiões do actual território português5 provam que também estas regiões, cada uma delas dispondo dos produtos que aquele mercado estava interessado em adquirir, participavam nesse movimento comercial colectivo.

Quadro 3 - As emissões de Galieno cunhadas na ceca de Roma

Beja Brains Cunetio Normanby Frequência Média

Da 1.ª à 4.ª emissão %

19 16,67

12314,4

321428,9

4308,3

17,06

"Sétimo consulado %

59 51,75

38945,4

515846,4

290455,9

49,86

"Bestiário" %

36 31,58

34440,2

273724,7

185835,8

33,08

Total %

114 100

856100

11109100

5192100

100

As semelhanças em termos de percentagens entre o tesouro francês de Brains e o de Beja, em tempos de Galieno, são evidentes, com valores

5 A relação de antoninianos que se segue (cada um deles poderá corresponder a um hipotético tesouro de radiados cuja dimensão se desconhece) e as respectivas localidades onde foram encontrados são um testemunho documental de que as trocas comerciais, no séc. III, entre a Lusitânia Ocidental e o Império não se limitavam apenas à civitas de Beja, como à primeira vista poderá supor-se, mas que outrossim se estenderiam a vários outros pontos da Lusitânia Ocidental. Foram encontrados radiados em Baleizão, um AEQVITAS AVGG de Carino, RIC 238 e um CONCORDIA MILITVM de Maximiano, RIC 595; em Ferreira do Alentejo um INVICTVS de Vitorino, RIC 114; em Viana do Alentejo um ROMAE AETERNAE de Salonina, RIC 67-C; em Benavila um MARS VLTOR de Cláudio II, RIC 67; em Ponte de Sor um SOLI INVICTO de Probo (IMP C M AVR PROBVS P AVG (sic) ), RIC 203; em Setúbal um FELICITAS SAECVLI de Tácito, RIC 184, e um PAX AVG de Galieno, RIC 256 – S; em Muge um VIRTVS AVG de Galieno, RIC 325 - S; em Alcobaça um ANNONA AVG de Cláudio II, RIC 18, e um VENVS FELIX de Severina, RIC 6.

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muito próximos em relação ao primeiro período ou seja o período que engloba as amoedações da 1ª à 4.ª emissão, 14,4 % para o de Beja e 16,67 % para o conjunto francês, tornando-se, todavia, menos notórias as semelhanças nos dois períodos subsequentes, tanto no do Sétimo Consulado como no do Bestiário. As cunhagens de Galieno conhecidas vulgarmente pela denominação de Sétimo Consulado correspondem por ordem cronológica à sua 5.ª emissão e tiveram como pano de fundo o ano de 266, pico da produção da ceca de Roma para todos os tesouros a que nos temos vindo a referir, para o de Beja, para o Normanbay, para o Cunetio e para o de Brains. Cada um destes dois primeiros tesouros, importa salientar esse aspecto, importou mais numerário no ano de 266 – 51,75 % e 55,9 % respectivamente - que é o ano da fabricação do Sétimo Consulado, do que nos restantes sete anos de governo de Galieno, facto que nos ajuda a aceitar perfeitamente o funcionamento das doze officinae utilizadas pela casa da moeda de Roma nessa altura. Os dois restantes tesouros, o de Brains e o Cunetio também não andaram muito longe destes valores, com 45,4% de numerário para o primeiro e 46,4 % para o segundo. Razões políticas e económicas teriam estado na base dessa produção excepcional. No que concerne ao 1º período do reinado de Galieno, isto é, de 260 a 265, em termos percentuais o tesouro português com 16,67%, está muito mais próximo do tesouro francês, 14,4, do que de qualquer dos tesouros ingleses. Quanto ao segundo e terceiro período das emissões de Galieno da casa da Moeda de Roma, o depósito monetário de Beja, por sua vez, acompanha muito de perto a evolução dos stoques dos outros três restantes tesouros como o demonstram uma acentuada subida de produção no Sétimo Consulado, seguida de uma descida de produção para quase metade na amoedação do Bestiário, (não acompanhada, todavia, pelo depósito de Brains) amoedações estas, cuja nota dominante é o abaixamento de peso e a alteração da liga dos radiados. A representação, em termos globais, do depósito português, das amoedações de Galieno da Casa da Moeda de Milão (Quadro 4), inaugurada no Verão de 258, é, com efeito, não só muito pobre como também tardia pois vem a verificar-se apenas nos dois últimos anos do reinado de Galieno, isto é, cerca de oito anos após a entrada em funcionamento da referida Casa da Moeda. Esta representação, no depósito de Beja, resume-se exclusivamente a duas moedas, a mais antiga datável de 266-267 e integrada na 7.ª emissão daquela ceca, a mais recente cunhada em 267 e fazendo parte da 8.ª e última emissão do governo de Galieno, período em que o ritmo de fabricação desta Casa da Moeda acelera duma maneira muito significativa, tendo passado de 2 para 3 o número das suas officinae. A existência destes desgarrados

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antoninianos no tesouro alentejano é, no nosso entender, mais um dado a corroborar a tese de que a produção, na ceca de Milão, havia, em termos quantitativos, aumentado significativamente a partir de 266-267. De entre os tesouros que temos vindo a referir, é o de Cunetio aquele que, através das suas 2604 peças, poderá reflectir com maior exactidão a evolução da frequência relativa das amoedações da ceca de Milão.

Quadro 4 -As emissões de Galieno da ceca de Milão Cunetio

(275)*Brains(282)*

Beja(276)*

Normanby (290)*

1.ª emissão %

232 8,9

21,5

__ 4 1,0

2.ª emissão %

167 6,4

43

__ 3 0,8

3.ª emissão %

737 28,4

2720,2

__ 53 13,3

4.ª emissão %

216 8,3

129

__ 34 8,6

4.ª ou 5.ª em. %

9 0,3

__ __ __

5.ª emissão %

270 10,4

118,2

__ 30 7,6

6.ª emissâo %

98 3,8

75,2

__ 15 3,8

6.ª ou 7.ªem. %

45 1,7

__ __ 4 1

7.ª emissão %

315 12,4

2216,4

150

62 15,7

7.ª ou 8.ª em. %

__ 10,7

__ __

8.ª emissão %

515 19,8

4835,8

150

191 48,2

Total %

2604 100

134100

2100

396 100

* Data de enterramento dos tesouros

A tessitura, em termos evolutivos, das emissões romanas de Cláudio II do tesouro de Beja, (Quadro 5), com excepção da 1.ª emissão de que não

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possuímos qualquer exemplar, é muito semelhante às dos restantes depósitos monetários nossos conhecidos enterrados no período de 270-290. É notória, quanto à evolução do volume das respectivas emissões da casa da moeda de Roma, uma produção maciça sobretudo em relação à 2.ª emissão, expressa aliás tanto no depósito português como nos restantes, seguindo-se uma quebra que nalguns tesouros quase que se aproxima dos 50.% na 3.ª, e com uma 4.ª e última emissão, talvez devido à morte do imperador, limitada a valores praticamente residuais. Alguns radiados das amoedações romanas de Cláudio II são muitas vezes de má qualidade, com discos irregulares, pesos médios inferiores aos das restantes cecas, e um teor de prata, segundo alguns estudiosos, a rondar os 3%. Os pesos médios dos antoninianos do tesouro de Beja em relação às várias casas da Moeda do Império é o seguinte: casa da Moeda de Roma 2,75 gr., Milão 2,88 gr., Síscia 3,05 gr. e Cízico 2,25. A média ponderal desta última ceca tornar-se-á irrelevante na mediada em que foi obtida a partir de 2 exemplares apenas.

Quadro 5 - As emissões de Cláudio II da ceca de Roma

2.ª emissão 2.ª ou 3.ª emissão

3.ª emissão 4.ª emissão Total

Beja (276)* 45 56,96

% 5 6,33% 24 30,38% 5 6,33% 79 100%

Brains(282)* 268 49,90

% 163 30,40% 65 12,10% 41 7,60% 537 100%

Cunetio (275)* 988 55,70

% 278 15,70% 291 16,40% 217 12,20% 1774 100%

Normanby

(290)* 2179 50,20

% 971 22,40% 810 18,70% 379 8,70% 4339 100%

Frequência

media* 51,00% 18,91% 20,73% 9,36% 100%

* Data de enterramento dos tesouros

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No que concerne às três emissões milanesas do reinado de Cláudio II (a 1ª. de 268, a 2ª. de 269 e a 3.ª de 269, sempre com três officinae), também o tesouro de Beja tal como aconteceu com todos os outros que têm vindo a ser referidos (Quadro 6), denuncia, de emissão para emissão, uma gradual retracção na importação de numerário daquela oficina monetária.

Quadro 6 - As emissões de Cláudio II da ceca de Milão

1.ª emissão

(268) 2.ª emissão

(269)3.ª emissão

(269)Total

Beja (276)* 1 3 0 4

Brains (282)* 45 39 9 93

Cunetio (275)* 130 100 4 234

Normanby (290)* 209 210 38 457 * Data de enterramento dos tesouros Quanto à total ausência de qualquer moeda da 3.ª emissão milanesa no depósito alentejano, emissão que teria tido lugar em meados do ano de 269, é muito provável que esse facto possa ser, em princípio, explicado com a saída, nessa altura, de grandes volumes de numerário para fazer face não só às despesas originadas pela guerra contra o Império Gaulês, mas também às campanhas de recuperação da Hispania e de uma parte do sul da Gália. No que toca à recuperação da Hispania, tal tentativa, parece não ter correspondido por completo aos desígnios de Cláudio II se tivermos em linha de conta que é a partir dessa campanha militar que paradoxalmente começam a circular no Conventus Pacensis, segundo o nosso tesouro, amoedações datáveis de 269 oriundas do espaço galo-romano – Casa da Moeda de Treves com o busto de Vitorino. As afirmações com que às vezes deparamos aqui e ali de que em 269 a Hispânia teria voltado a ficar subordinada ao Império Central parecem-nos, portanto, não ser muito consistentes. A casa da Moeda de Milão cujo início de funcionamento teria acontecido no Verão de 258, foi encerrada no Outono de 269 e só voltou a ser activada com a aclamação de Quintilo em Setembro de 270.

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As emissões monetárias de Vitorino e de Tétrico da ceca de Treves Do império galo-romano apenas dois imperadores se encontram representados no tesouro de Beja, precisamente os dois últimos, Vitorino e Tétrico I, com dois radiados cada um da ceca de Treves; da parte do usurpador Póstumo, o mentor da secessão e cujo governo se estendeu por cerca de 9 anos, não há sequer um único exemplar. Daqui poderíamos inferir, embora com algumas reservas, que as relações económicas do sul da província da Lusitânia com o império galo-romano além de terem durado muito pouco tempo, só teriam começado a verificar-se já na fase de declínio daquela região autónoma. Futuros achados poderão, eventualmente, vir a clarificar esta interessante tese sobre as relações da Lusitânia ocidental com o dissidente Império Galo-Romano. Um hiato relativamente longo correspondente aos 7 anos que vão do ano de 254 até ao ano de 261 do reinado conjunto dos imperadores Valeriano e Galieno, e outros três hiatos cronologicamente mais curtos respeitantes aos anos de 265 (Galieno), 272 (Aureliano) e 274 (Tétrico I, Império Galo-Romano ) revelam-nos, segundo o Quadro 9, quatro momentos precisos em que o aforrador de Beja se alheou do seu tesouro. Numerário de baixa qualidade, resfriamento nas relações comerciais, crise político-social entre a província da Lusitânia e o Império, são acontecimentos que podem muito bem estar na base dos hiatos atrás referidos.

Quadro 9 - Cecas que circularam no Conventus Pacensis entre 254 e 276

Valeriano (253-260)

Galieno (260-268)

Cláudio II (268-270)

Quintilo (270)

Aureliano (270-275)

Tácito (275-276)

254 Roma 261 Roma 268 Roma, Milão 270 Roma Mi-

lão 270 Roma, Síscia 276 Roma

255 262 Síscia 269 Roma, Milão, Sízico, Treves (Vitorino)

271 Sízico

256 263 Roma 270 Roma, Treves (Vitorino)

272 Probo (276-282)

257 264 Síscia 273 Treves, (Té-trico)

258 265 274 276 Roma 259 266 Roma, Mi-

lão, Síscia 275 Roma (Seve-rina)

260 267 Roma, Mi-lão

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No que concerne ao reinado de Vitorino (Quadro 7) não é fácil encontrar uma justificação para a pobreza franciscana do seu numerário. Em relação à 5.ª emissão ainda há uma hipotética justificação, não nos custando muito aceitar a ideia de que o aforrador teria desistido de incluir no seu conjunto moedas da 5.ª emissão de Vitorino por havê-las considerado sem a qualidade que ele consideraria razoável, pois estas além de serem mais leves que as das emissões anteriores (média cerca de 2,40 gr. contra 2,80gr.), apresentavam também um título muito baixo (1,5 – 1,7 % para uma média de 2,8 % ). Em relação ao numerário do último príncipe do império galo-romano do nosso estudo, Tétrico I, a representação em exclusivo e preferencial da 5.ª emissão (Quadro 8) poderá ter resultado do facto desta emissão de radiados apresentar um peso médio mais elevado e por consequência mais atraente que o das emissões anteriores (média de 2,85 gr. contra 2,50). O peso médio dos dois exemplares da 5.ª emissão (Quadro 8) de Tétrico I do depósito de Beja é de 3,27 gr., eram portanto moedas de encher o olho como se costuma dizer. A tese que continua a ter alguns defensores de que, além da Galia e da Britania, Póstumo controlaria também a Península Ibérica, em suma, toda a “pars occidentalis,“ talvez não seja tão consistente como à primeira vista poderá parecer se quisermos ter a paciência de dar algum crédito às fontes numismáticas. Recorramos a outros tesouros achados em território peninsular, até aqui não referidos, para reflectirmos um pouco melhor acerca desse hipotético controlo. Comecemos pelo tesouro do Cerro de la Encantada, Múrcia, Espanha. Este tesouro com 205 peças, e não fragmentado, aspecto que reputamos de primordial importância, apresentando uma estrutura interna muito semelhante ao de Beja, participando de todas as características inerentes ao grupo B, e com um enterramento no reinado de Probo à semelhança do depósito português, também ele, tal como acontece com o de Beja, não apresenta uma única moeda de Póstumo, o mais ilustre dos “trinta tiranos” e cujo governo durou, é bom sublinhar este aspecto, cerca de dez anos. Como se explica então, e atrevemo-nos a acrescentar, não só durante o reinado de Póstumo mas também nos restantes imperadores dissidentes, esse tal domínio sobre a Hispania se as moedas do Império galo-romano são tão escassas nos tesouros da Península? Muito embora estejamos, com efeito, perante um depósito monetário fragmentado e cujas informações por isso mesmo tenham de ser interpretadas com certas reservas, também o volumoso tesouro português de Porto Carro, nas imediações de Torrão, não apresenta, à semelhança dos tesouros anteriores, um único radiado do reinado de Póstumo. Dos três principais usurpadores que governaram o império galo-romano apenas

22

Vitorino se encontra representado em Porto Carro e mesmo assim em termos muito humildes, com apenas um desgarrado antoniniano. As relações comerciais e concomitantemente políticas da província da Lusitânia, ou, com mais precisão, do conventus pacensis com o império gaulês durante os dez anos do reinado do imperador independentista, se realmente chegaram a existir, ter-nos-iam deixado, pelo menos em termos monetários, um eco muito tímido.

Quadro 7- As emissões de Vitorino da ceca de Treves Vitorino Beja

( 276)* Brains(282)*

Cunetio (275)*

Normanby

(290)* Treves, 1ª emis. 0 3 21 9

Treves, 2ª emis. 1 36 376 251

Treves, 3ª emis. 1 383 3758 3175

Treves, 4ª emis. 0 3 94 39

Treves, 5ª emis. 0 105 402 2522

Total 2 530 4651 6011

Quadro 8 - As emissões de Tétrico I da ceca de Treves

Beja a) (276)*

Brains (282)*

Cunetio (275)*

Normanby

(290)*

Treves, 1ª e 2.ª emis. 0

2

15

111

Treves , 3.ª emis. 0

24

195

1285

Treves , 4.ª emis. 0

268

1523

9411

Treves , 5.ª emis. 2

172

346

1596

Treves - Total 2

466

2079

12403

a) Apenas Tétrico I * Data de enterramento dos tesouros

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Algumas moedas menos vulgares Não conseguimos detectar, no universo das moedas de Beja, um único reverso que possamos considerar totalmente desconhecido ou original. O que nos aconteceu efectivamente foi deparar com uns quantos reversos onde um ou outro elemento do conjunto tipológico atraiçoa o padrão, ou porque esse elemento se encontra ausente, ou porque esse elemento foi substituído por outro diferente, ou ainda porque as suas dimensões se encontram substancialmente ampliadas ou reduzidas etc. etc. Há, na realidade, algumas peças, neste trabalho, com estas características que podem ser facilmente detectadas no catálogo em virtude de serem apresentadas, às vezes, com letras ou números em negro. Moedas como estas são na gíria dos coleccionadores conhecidas pelo nome de variantes. Quanto aos anversos dos radiados, portanto a face correspondente ao busto ou à cabeça do imperador, já há algumas coisas a dizer embora de somenos importância. Uma dessas peças é por exemplo o radiado n.º 107 do catálogo, cujo busto atribuído a Cláudio II pela respectiva legenda circular nos parece não ter semelhanças absolutamente nenhumas com os restantes bustos desse mesmo imperador exibidos neste trabalho. Nem com os de Cláudio II, nem com nenhum dos restantes imperadores. As mesmas observações fazemo-las também em relação ao antoniniano n.º 133. Das 261 peças que, na sua totalidade, compõem este conjunto de Beja apenas 7 são denários, 1 de Galieno - SECURIT PERPET – (var.); 1 de Aureliano – VICTORIA AVG – (var.); e 5 com o busto de Severina da tipologia da VENVS FELIX. Os denários de Aureliano e da sua mulher, que possuímos, exibem um excelente estado de conservação. Também o relevo e a nitidez dos de Severina nos levam a pensar terem sido moedas cunhadas com cunhos muito novos. Tanto o denário de Aureliano como o de Galieno podem considerar-se peças pouco vulgares na medida em que são variantes tanto dos espécimes exibidas pelo Cunetio como dos exibidos pelo Normanby, os quais, por sua vez, não vão além de 1 exemplar referenciado por cada catálogo. Podemos concluir, sem medo de errar muito, que esta representação tão baixa de denários documentada pelo depósito de Beja, 2,68%, é uma prova muito forte de que eram já neste período emissões de numerário em vias de extinção. Entre os antoninianos, no entanto, também se encontram algumas moedas que, em virtude do reduzido número de exemplares catalogados, merecem também a nossa atenção. De entre eles queremos destacar particularmente as seguintes: - n.º 72: MARTI PACIF, Marte 4b, cunhagem irregular com a titulatura GALLIENVS AVG, referenciada pelo M.I.R., com um só exemplar e ignorada, cremos, pelos outros catálogos.

24

- n.º 98 : VICTORIA GM, 2.ª emissão de Roma de Cláudio II. Trata-se de uma peça rara. Tanto o Cunetio (n.º 1942) como o Normanby (n.º720) só apresentam 1 exemplar cada um. Quanto ao tesouro de Brains, desconhece esta peça. - n.º 113: GENIVS EXERCI, 3.ª emissão de Roma, do imperador Cláudio II. O tradicional altar onde o Génio, geralmente sacrifica, segurando uma pátera, aparece, nesta peça, substituído por um grande pote? sem asas, ânfora ?, pequeno pormenor que torna a peça, de certo modo, inédita. - n.º 135: TEMPORVM FELI, 3.ª emissão de Síscia, de Cláudio II, moeda desconhecida do Normanby e do Cunetio. Apenas referenciada, segundo supomos, pelo Alfoldi IV, 25. - n.º 136: VBERITAS AVG, 4.ª emissão de Siscia de Cláudio II, a Uberitas segura não a tradicional bolsa mas, parece-nos, um grande odre de ovelha velha. O busto deste radiado também não é o do tradicional Cláudio Gótico, é bastante diferente. - n.º 138: VICTOR GERMAN, 3.ª emissão de Cízico, de Cláudio II, são conhecidos somente 5 exemplares, 3 no La Venera, 1 no Alföldi , pg. 67, e outro no RIC, n.º 247. - n.º 165: CONCORDIA MILI, 1ª emissão da casa da Moeda de Síscia, de Aureliano . O Normanby exibe um exemplar, tanto o Cunetio como o tesouro de Brains desconhecem este antoniniano.

- n.º166: PM TR PT PP / COS, 2.ª emissão de Cízico do imperador Aureliano, com a efígie B1. O catálogo conhecido pelo nome de La Venera faz referência também a este antoniniano, apresentando um único exemplar com o n.º 10071, mas com a efígie D2. No Cabinet des Médailles de Paris, existe também um exemplar mas com a particularidade de exibir um busto ligeiramente diferente tanto do de Beja como do La Venera, isto é, com vestígios de paludamentum sobre o ombro esquerdo. São, em suma, três curiosas variantes de uma mesma tipologia. BIBLIOGRAFIA DOS ANTONINIANOS

ALARCÃO, J. (1987). Portugal Romano, 4.ª ed., Editorial Verbo, Lisboa. ALARCÃO, J. (1988), O domínio romano em Portugal, 2.ª ed. Publicações Europa-América, Sintra. ALFÖLDI, A. (1938). «Siscia I: die Prägungen des Gallienus», Numismatikai Közlöny, 26/7, 1927-28, pg. 14-48; «Siscia II die Prägungenvon Claudius und Quintilus» , Numismatikai Köslöny, 34/5, 1935-36, Budapeste. AMANDRY, M. (2001). Trésors monétaires. Tome XIX –2000, Bibliothèque Nationale de France. Paris BALIL, A.; VALLS, M. (1979). Tesorillo de Antoninianos en Honclada (Valladolid). Monografias del Museo Arqueológico de Valladolid, Valladolid.

25

CALLU, J.P. (1969). La politique monétaire des empereurs romains, de 238 à 311, (BÉFAR 214) Paris. CENTENO, RUI M. S.(1987). Circulação Monetária no Noroeste de Hispânia até 192. Publicações da Sociedade Portuguesa de Numismática, Porto. CEPEDA, J. J. (2002) Tesoros monetários de la segunda mitad del siglo III. Valsadorin, 1937. Porto Carro, 1974.. X Congreso Nacional de Numismática, 2002, págs. 411-423. Madrid. COHEN, HENRY, (1930) Description historique des monnaies frappées sous l`Empire romain, 2.ª edição, vol. 5.º e 6.º, Buchandlung Gustav Foek G.M.B.H., Leipzig. CUNETIO (1983) Besly, R. e Bland, R. The Cunetio Treasure, Roman Coinage of the Third Century AD. British Museum Publications Limited, London. ESTIOT, S. (1995). (La Venera II). Ripostiglio della Venera, Nuovo Catalogo Illustrato, volume II/ 1, Aureliano. Comune di Verona, Musei e Gallerie d´Arte, Centre National de la Recherche Scientifique, Roma. FARIA, A. MARQUES DE, (2001). Pax Iulia, Felicitas Iulia, Liberalitas Iulia. Revista Portuguesa de Arqueologia, vol. 4, n.º 2. FOUILLES DE CONIMBRIGA, (1974), III. Les Monnaies , Paris. GIARD, J. B. (1995). (La Venera I) Ripostiglio della Venera, Nuovo Catalogo Illustrato, Volume I, Giordiano III – Quintillo. Comune di Verona , Musei e Gallerie d`Arte, Centre National de la Recherche Scientifique. Roma. GIJS DE GREEF – (2002) – Roman Coin Hoards and Germanie Invasions AD 253-269. A study of the Western Hoards from the Reigns of Valerian, Gallienus and Postumus, in Revue Belge de Numismatique, 148. GÖBL, R. (1993) – ( MIR), Moneta Imperii Romani, Die Münzprägung des Kaisers Aurelianus (270-275 ) 2 volumes. Viena. GÖBL, R. (2000) - (MIR) Moneta Imperii Romani, Die Munzprägung der Kaiser Valerianus I . / Galienus / Saluninus (253/ 258) . Regalianus (260) und Macrinus / Quietus ( 260/ 262).Viena. MARTÍNEZ MIRA, I. – ( 2000-2001)- Tesorillos del siec. III en la Península Ibérica (II) , in Lucentum XIX – XX . NORMANBY – (1988) Bland , R. e Burnett , A. , The Normanby Hoard and other Roman coin hoards , British Museum Publications, London . RIC., 5-1 : - ( 1927 ) – Percy H. Webb, The Roman Imperial Coinage, vol. 5, part 1, Harold Mattingly, M.A., London. Lx. Janeiro de 2009

26

" UM TESOURO DE ANTONINIANOS DE BEJA”

CATÁLOGO I IMPÉRIO CENTRAL

VALERIANO e GALIENO ( 253-260)

( Reinado conjunto )

VALERIANO

N.º de catalog

REVERSO : descrição da legenda EFÍGIE

MARCA MONET.

PESOgr.

N.º EXEMPL.

/ PESO MÉD.

BIBLIOG.

PESOS

CASA DA MOEDA DE ROMA

ANTONINIANOS

2.ª emissão ( Normanby ), Primavera a fins de 254.

( ou 5.ª emissão, meados de 257 a começos doVerão de 258, segundo " T. M." t. XIX-2000 .)

IMP C P LIC VALERIANVS P F AVG

1 ORIENS AVGG Sol 2

D1 - - // - 3,1 1 NORM. 7RIC. 106

GALIENO (260-268)

N.º de catalog

REVERSO: descrição da legenda

EFÍGIE MARCA MONET.

PESOgr.

N.º EXEMPL.

/ PESO MÉD.

BIBLIOG. PESOS

27

CASA DA MOEDA DE ROMA 2.ª emissão, ano de 261; 6 officinae.

GALLIENVS AVG 2 Pax [a]VG

Pax 1 A1 V - // - 2,19 2 / 2,51 NORM. 88

RIC. 256 2,83

3 VICTORIA AVG III Vitória 3a

B1 T - // - 2,89 1 CUN. cf. 949RIC cf 305

3.ª emissão , ano de 263, 6

officinae. GALLIENVS AVG 4 A[equitas] AVG

Aequitas 1 A1 - - / / - 2,66 2/ 2,9 NORM.142

RIC. 159 3,14

5 LAETITIA AVG Laetitia 1

A1 - -// - 3,21 3 / 2,83

NORM.136RIC.cf 226

2,42; 2,85.

6 [laeti]TIA AVG Laetitia 1

A1 - V // - 2,46 1 NORM. 134RIC. cf . 226

8 LAETITI[a] A[vg] Laetitia 1

B1 - V // - 2,32 1 NORM. 135RIC. cf 226

9 [l]IBERAL AVG Liberalitas 1

B1 - T // - 3,79 1 NORM. cf 124RIC. cf 227

10 LIB[era]L AVG Liberalitas 1.

B1 S - // - 2,5 1 NORM. 109RIC. 227

11 LIBERAL AVG Liberalitas 1.

B1 - S // - 2,36 1 NORM. 112RIC. 227

12 Pax AVGPax 1

B1 T - // - 3,08 1 NORM. 119RIC. 256

13 P[r]OVID [av]G Providentia 1

A1 - - / / - 2,58 1 NORM. 106RIC. cf 270

14 VIRTVS [av]G Virtus 1

B1 - VI // - 3,01 1 NORM. 146RIC. 325

15 VIRTVS AVG Virtus 1

A1 - VI // - 3,49 1 NORM. 145RIC.325

SALONINA AVG

16 VENVS VICTRIX Vénus 2

E2 - - // - 2,77 1 NORM.CUN. 1112

28

5.ª emissão, conhecida por Sétimo Consulado, ano de 266; 9 e depois 12 officinae.

GALLIENVS AVG 17 [abun]DANTIA AVG

Abundantia 1 A1 - - / / - 2,63 1 NORM. 185

RIC. 157 18 ABVNDA[nti]A AVG

Abundantia 1 A1 B - / / -

2,54 3 /

2,33 NORM. 181RIC 157

2,5; 1,94.

19 AB[und]ANTIA AVG Abundântia 1

B1 B - // - 2,93 1 NORM. 182RIC. 157

20 AETE[rnitas] [a]VG Sol 2

A1 Γ-/ / - 2,77 5 / 2,49

NORM. 187RIC.160

2,41; 2,01; 2,78 ; 2,50.

21 AET[ern]ITAS AVG Sol 2

B1 Γ -/ / - 2,77 1 NORM. 188 RIC.160

22 CONSERVAT PIETAT Imperador 6a

A1 - - / / ? 3,53 1 NORM. 276CUN. 1302 RIC. 171a

23 FIDES [mili]TVM Fides 3.

A1 - - / / - 2,37 1 NORM. 253RIC. 192a

24 FORTVNA RED[vx] Fortuna 2

A1 - S // - 2,39 6 / 2,70

NORM. 217RIC. cf.193

2,73; 3,08; 2,18; 3,40; 2,39.

25 [fortu]NA REDVX Fortuna 2

A1 - XII // - 2,361

La Veneran.º 3290

26 [indulgent]IA AVG Indulgentia 2

A1 -XI // - 2,05 1 NORM. 267RIC. 206

27 [iovi] CONSERVAT Júpiter 1

A1 N - // - 2,23 3 / 2,51 NORM.255RIC. 210

2,93 ; 2,37.

28 IOVI PROPVG[nat] Júpiter 5

A1 XI - // - 1,86 3 / 2,19 NORM.270RIC. 214

2,49 ;2,21.

29 [liber]TAS AVG Libertas 1c

A1 XI / / - 2,821

MIR. 644aNORM. cf.272

30 [orien]S AVG Sol 3

A1 Z - // - 2,79 1 NORM. 230RIC. 249

31 ORIENS AVG Sol 3

A1 X - // - 2,83 1 NORM. 235RIC. 249

IMP GALLIENVS AVG

32 PAX AETERNA AVG Pax 1

A1 ∆ - // - 3,4 1 NORM. 199RIC. 252

GALLIENVS AVG

33 PAX AVGPax 1

A1 ∆ - // - 3,08 1 NORM.206RIC. 256

34 [p]ROVID [avg] A1 - - // - 2,2 1 NORM. 262

29

Providentia 2. RIC. 267

35 SECURIT PERPET Securitas 2

A1 - H // - 3,31 8/2,67 NORM.244RIC. 280

1,96; 2,75; 3,27; 1,87; 1,95;3,31;

2,92. GALLIENVS AVG

36 V[beri]TAS AVG Uberitas 1.

A1 - ε // - 2,11 6 / 2,19 NORM.209RIC 287

2,60; 2,22 ; 2,23;1,95; 2,03.

37 VBERITAS AVG Uberitas 1

A1 - - / / - 3,6 3 / 2,51 NORM.214RIC. 287

1,97; 1,95.

38 VICT[o]RIA A[e]T Vitória 1

A1 Z - // - 2,3 2 / 2,50

NORM.238RIC 297

2,63.

SALONINA AVG

39 [fec]VNDITAS AVG Fecunditas 1

E2 - ∆ // - 2,32 3 / 2,11 NORM.287RIC. 5

1,91;;2,10.

40 [v]ENVS VICTRI[x] Vénus 2

E2 - H // - 2,8 1 NORM.289RIC. cf. 31

COR SALONINA AVG

41 [fecundit]AS AVG Fecunditas 1

E2 - ∆ // - 1,62 1 NORM.284RIC. 5a

DENÁRIO IMP GALLIENVS AVG

42 SECURI[t] [per]PET Securitas 2

B 1* -- //- 1,57 1 NORM. cf. 3 89 CUN. 1425 var.

6ª emissão, conhecida por Bestiário, ano de 267-268; 12 officinae.

ANTONINIANOS

GALLIENVS AVG 43 [an]NONA

Annona 1a A1 - - // - 3,1 1

NORM. 382CUN. cf 1961

44 APOLLINI CON[s] [a]VG Centauro 2

A1 - - / / Z 3,12 1 NORM. 340RIC. 163

45 APOLLINI CONS AVG Grifo 1

A1 - - // ∆ 2,8 3/2,59 NORM. 321RIC. 166

2,48; 2,50.

30

IMP GALLIENVS AVG

46 [apollini] CONS AVG Grifo 1

A1 - - / / ∆ 2,87 2/2,61 NORM. 316RIC 165

2,35

GALLIENVS AVG

47 [apollini] CONS AVG Centauro 2.

A1 - - / / Z 2,96 2/2,77. NORM.340RIC. 163

2,58

48 APOLLIN[i] [cons] [avg] Centauro 1

A1 - - / / H 2,32 4/2,61 NORM.345RIC 164

2,45; 2,78; 2,9

49 [d]I[anae] CONS AUG Antílope 1

A1 - - / / Γ 3,27 1 NORM. 310RIC. cf. 181

IMP GALLIENVS AVG

50 [dian]AE CONS AVG Corça 1.

A1 - -// ε 2,46 4/2,38 NORM.323RIC. 176

2,76; 2,47; 1,83

GALLIENVS AVG

51 [dian]AE CONS AVG Gazela 1

A1 - - / / ? 1,46 1 NORM. 371RIC. 181

52 [dianae] CONS A[vg] Gazela 1

A1 - - // ? 2,53 1 NORM. 371RIC. 181

53 DIANAE CONS [av)G Gazela 1

A1 - - / / XII 2,93 3/3,01 NORM.366RIC. 181

2,82; 3,29.

54 DIANAE CONS AVG Gazela 2

A1 - - / / XI 2,83 1 NORM. 360RIC.181

55 [dianae] [co]NS AVG Veado 2

A1 - - / / X 2,62 1 NORM. 358RIC. 179

56 [dianae] [co]NS AVG Corça 1

A1 - -/ / ε 3,14 1 NORM. 327RIC.177

57 D[ianae] CONS AVG Veado 1

A1 - - / / X 2,64 1 NORM. 354RIC. 179

58 DIAN[ae] [cons] [a]VG Antílope 2.

A1 - - / / Γ 2,52 1 NORM. 315CUN. 1347

59 [iovi] [con]S AVG Cabra 2

A1 - - / / S 2,12 1 NORM 333RIC. 207

60 [libe]RO P CONS AVG Tigre 1

A1 - - // B 2,61 3/2,52 NORM.305RIC. 230

2,77; 2,17.

61 NEPTVNO CONS AVG Hipocampo 1

B1 - - // N 3,71 1 NORM.CUN. 1393

62 SOLI CONS AVG. Pégaso 2

A1 - - // A 3,28 1 NORM. 302RIC. 283

31

COR SALONINA AVG

63 IVNONI CONS [aug] Capreolus 1

E2 - -// ∆ 2,43 2 / 2,50

NORM.378RIC. 16

2,56

CASA DA MOEDA DE MILÃO

7.ª emissão , ano de 266-267 ; 3

officinae . GALLIENVS AVG

64 [pr]OVID AVG Providentia 2b.

A1 - - // MT 2,33 1 NORM. 484RIC. cf. 509

8.ª emissão , ano de 267 , 3

oficinas. GALLIENVS AVG

65 SECVR TENPO Securitas 2

A1 - - // MS 3,52 1 NORM. 501RIC. 513

CASA DA MOEDA DE SÍSCIA 1.ª emissão ; ano 262-264. GALLIENVS AVG

66 SPES P[vblica] Spes 1

A1 - - / / - 2,81 1 NORM. 526CUN. 1808

3.ª emissão ; ano de 264-266. GALLIENVS AVG

67 PAX AVGPax 1

A1 - - // - 2,84 2/2,75 NORM.538CUN. 1821

2,66

68 PAX [au]G Pax 1

B1 - - / / - 2,32 1 NORM. 539CUN. 1822

SALONINA AUG

69 [piet]AS AV[g] Pietas 4

E2 - - // - 3,81 1 NORM. 542CUN. 1825

32

4.ª emissão ; ano de 266-267. GALLIENVS AVG

70 PAX AVGPax 1

A1 S I // - 3,05 1 NORM. 544CUN. 1827

CUNHAGENS IRREGULARES - IMITAÇÕES

GALLIENVS AVG

71 FELICITAS AVG Felicitas 1

A1 - - // - 2,32 1 MIR, 36 n.º 475-f

72 [m]ARTI PACIF Marte 4 b

A1 -- // - 2,83 1 NORM. - MIR. ZF 76

73 MARTI [pacifero] Marte 4

A1 - - // - 1,94 1 NORM. 1629

74 [marti] PACIFERO Marte 4

A1 A - // - 2,82 1 NORM. 1627

CLÁUDIO II (268-270)

N.º de catálogo

REVERSO: descrição da legenda.

CABEÇA/

BUSTO

MARCA MONET.

PESOgr.

N.ºEXEMP

L./ PESO MÉD.

BIBLIOG. PESOS

CASA DA MOEDA DE ROMA

ANTONINIANOS 2.ª emissão , fins do ano de 268 princípios de 269 ; 12 officinae.

IMP C CLAVDIVS AVG

75 [aequit]AS AVG Aequitas 1 .

B1 - - // - 2,34 3/2,36 NORM. 651RIC. 14

2,58; ;2,16.

76 ANNONA AVG Annona 1a

D2 - - // - 2,67 2/2,70 NORM.638RIC. 18

2,73

77 ANNON[a] AVG Annona 1a

B1 - - // - 3,3 4/3,13 NORM.637RIC. 18

2,93; ;2,81; ;3,48

78 FELIC[ita]S AVG Felicitas 1

A1 - - // - 2,43 2/2,49 NORM.623RIC, 32

2,54

79 [fel]ICITAS AVG Felicitas 1

B1 - - // - 2,97 2/2,46 NORM.624RIC. 32

1,95

33

80 [f]ELICITAS A[vg] Felicitas 1

A1 - B // - 2,83 1 NORM. 628RIC. cf. 32

81 [fid]ES EXER[ci] Fides 2b.

B1 - - // - 2,61 3/2,74 NORM.689CUN.2006

3,39; 2,22

82 [fides] EXERCI Fides 2a

B1 - - // - 2,71 2/2,3 NORM.cf. 690 CUN. cf. 2010

1,93

83 G[e]NIVS AVG. Genius 2a

B1 - Γ // - 2,67 1 NORM. 635RIC. 45

84 GENIVS EXERCI Genius 1a

D1 - - // - 3,36 1

NORM. 660RIC. 48

85 GENIVS [e]XERCI Genius 1a

B1 - - // - 2,55 2/2,74 NORM.659RIC. 48

2,92

86 [io]VI STATO[ri] Júpiter 2

D2 - - // - 3,3 3/3,1 NORM.596RIC. 52

2,5; 3,5

87 LIBERALITAS AVG Liberalitas 1.

B1 - - // - 3,7 2/3,5 NORM.599RIC. 57

4,1

88 L[i]B[ert] [a]VG Libertas 1

B1 - - // - 3,3 1 NORM.684RIC. 62

89 [mars] VLTOR Mars 2b

B1 - H // - 2,65 1 NORM. 672RIC. 66

90 MARS V[lto]R Mars 2b.

D2 - - // - 2,43 1 NORM. 669RIC. 66

91 PM TR P [ll cos p p ] Imperador 5

B1 - - // - 3,23 1 NORM. 603RIC. 10

92 [provid]ENT AVG Providentia 3

A1 - XII // - 2,54 1 NORM. 709RIC. 91

93 [s]ALVS AVG Salus 1

B1 - - // - 2,27 1 NORM. 606RIC. 98

94 VBER(it]AS AVG Uberitas 1

D2 - - // - 2,54 1

NORM.cf587 CUN.cf. 2112

95 VICTORIA AVG Victoria 1

B1 A - // - 3,01 1 NORM. 621RIC. cf.104

96 VICTORIA [avg] Victoria 1

A1 A - // - 3,2 1 NORM. 620RIC. cf.104

97 VICTORIA AVG Victoria 1

B1 - - // - 3,35 3 / 2,97 NORM. 616RIC. 104

2,65; 2,90

34

98 VICTORI[a] GM Victoria [ CUN.: 1.ª emis.; NORM. : 2.ª ou 3.ª emis.] La Venera I: 2.ª emiss.: Vitória, de pé, à esq., entre dois prisioneiros, ajoe-lhados e amarrados, a qual segura com a mão dt. um es-cudo assente no chão e com a esquerda uma palma trans-versal.

A1 --// - 2,67 1 La Venera I, 6205 - 6206

99 VIRTVS AVG Virtus 4b .

D2 - - // - 1,84 1 NORM. 645RIC. 109

100 VIRTVS [avg] Virtus 4b

B1 - - // - 2,63 3 / 2,81 NORM.643RIC. 109

3,45 ; 2,34

101 [virtus] AVG Virtus 4b

Z - - // - 3,91 1

NORM.cf. 643RIC. cf 109

2.ª ou 3.ª emissão , ano 268-269 ; 12

officinae . IMP [C] CLAVDIVS AVG

102 GE[nivs] [a]VG Genius 1a

B1 - - // - 2,25 1

NORM 728CUN. cf. 1958

103 I[ovi] [vi]CTORI Júpiter 1

B1 - - / - 2,43 2 / 2,37 NORM.676RIC. 54

2,32

104 LIBERT AVG Libertas 1a

A1 -X // - 2,94 1 NORM. 787CUN. 2084

3.ª emissão, ano 269 ; 12 officinae .

IMP CLAVDIVS AVG

105 AEQVITAS AVG Aequitas 1

A1 - S // - 3,12 3 / 2,35

NORM.855RIC. 15

1,44 ; 2,61

106 [aeqvit]AS AVG Aequitas 1.

A1 - - // - 4,05 1 NORM. 852RIC. 15

107 [a]EQVITAS AVG Aequitas 1

Z/D2 - - // - 4,31 1

NORM-cf. 852RIC cf. 15

108 [a]EQVITA[s] [avg] Aequitas 1

D2 - - // - 3,19 1

NORM.cf 854RIC cf 15

109 [aeqvita]S AVG Aequitas 1

B1 - S // - 2,23 1 NORM. 856RIC. 15

110 [genius] EXERCI Genius 1a

A1 - Z // - 2,69 1 NORM. 864RIC. 49

35

111 [ge]NIVS E[xerci] Genius 1a

A1 - - // - 1,84 1 NORM. 861RIC. 49

112 GEN[ivs] [avg] Genius 2a

A1 - - // - 1,97 1 NORM. 630RIC. 45

IMP C CLAVDIVS AVG

113 GENIVS EXERCI Genius 2 b

A1 - - // - 3,05 1 NORM. cf. 658RIC. cf. 48

IMP CLAVDIVS AVG

114 [io]VI VICTO[r]I Júpiter 1

B1 - N // - 3,63 2/3,05 NORM.878RIC. 55

2,48

115 [l]IBE[r]T AVG Libertas 1

A1 - X // - 2,73 1 NORM. 884RIC. 63

116 LI[bert] AVG Libertas 1

B1 - X // - 2,91 1 NORM. 885RIC. 63

117 [mars] [v]LTOR Mars 2b

A1 - - // - 2,37 1 NORM. 868RIC. 67

118 MARS VLTOR Mars 2b

A1 - H // - 2,2 1 NORM. 873RIC. 67

119 [pro]VID AVG Providentia 3

A1 - XII // - 2,29 1 NORM. 897RIC. 88

120 PROVID AVG Providentia 3

B1 - XII // - 2,36 1 NORM. cf.898RIC. cf. 88

121 PROVIDENT AVG Providentia 3

A1 - XII // - 3,05 1 NORM. 905RIC. 92

122 [provid]ENT AV[g] Providentia 3

D1 - XII // - 2,98 1

NORM. 907RIC. 92

123 [victo]RIA AVG Victoria 1

A1 - - // - 3,14 1 NORM. 823RIC. 105

124 VIRTVS A[vg] Virtus 4b

A1 - ε // - 3 2/2,43 NORM.850RIC. 110

1,85

4.ª emissão, ano 270 ; 12

officinae. IMP CLAVDIVS AVG

125 AETER[nit] [av]G Sol 2

D1 - N // - 1,74 1 NORM. cf. 971RIC. cf.16

36

126 [aeter n]IT AVG Sol 2

A1 N - // - 2,15 1

NORM. 968RIC. 16

127 MARTI PAC[i]F Marte 1b

A1 X - // - 2,61 1 NORM. 980RIC. 72

128 PROVID[e]NT AVG Providentia 2b

A1 -S // - 2,39 2/2,45 NORM.945RIC. 94

2,51

CASA DA MOEDA DE MILÃO

1.ª emissão , ano 268 ;3 officinae. IMP CLAVDIVS PF AVG

129 S[p]E[s] [pub]LICA Spes 1

D2 - - // P 2,69 1 NORM. 1004RIC. 168

2.ª emissão, ano de 269 , 3 officinae.

IMP CLAVDIVS PF AVG

130 FIDES M[ili]T Fides 1

D2 - - // S 3,35 1 NORM. 1025RIC. 149

131 PAX AVG Pax 4

D2 - - // T 2,61 2/2,95 NORM.1031RIC 157

3,28

CASA DA MOEDA DE SÍSCIA

3.ª emissão A , ano de 269, efígie pequena.

IMP CLAVDIVS AVG

132 [laetiti]A AVG Laetitia 3

B1 - I // - 3,15 1

NORM. 1074CUN. 2288

133 [pro]VIDEN AVG Providentia 2

B1 - - // - 3,24 1

NORM.1095CUN.

3.ª emissâo B , ano de 269 IMP CLAVDIVS AVG

134 PAX AVGPax 1

B1 - - // - 2,73 1 NORM. 1094CUN. 2306

37

4.ª emissão, ano 269. IMP CLAVDIVS AVG

135 [te]MPORVM FELI Felicitas 1

B1 - P // - 2,91 1 NORM.-Alföldi IV, 25

136 V[b]ERITAS AVG Uberitas 1a

B1 - T // - 2,7 1

NORM.cf.1103 CUN.

137 [vbe]RITAS AV[g] Uberitas 1

B1 - - // - 3,59 1 NORM. 1102CUN. 2311

CASA DA MOEDA DE CíZICO

3.ª emissão, fins de 269 IMP CLAVDIVS P F AVG

138 VICTOR GERMAN Troféu

D1 - - // - 2,34 1

La VENERA In.º 9906-9909

IMP CLAVDIVS AVG

139 [a]ETERN[it] [aug] Sol 2

A1 N - // - 2,15 1 NORM. cf. 968RIC. cf. 16

DIVO CLAUDIO

CASA DA MOEDA DE ROMA

Nº de catálogo

REVERSO: descrição da legenda.

EFÍGIE

MARCA MONET.

PESOgr.

BIBLIOG. PESOS

140 CONSECRA[tio]

Águia 2 A1 - - // - 1,57 1 NORM. 1115

RIC.266 141 CONSECRATIO

Altar 1a A1 - - // - Aureli

ano?3,18

3 / 2,79 NORM 1110RIC. 261

2,6 ; 2,61

CASA DA MOEDA DE CÍZICO ( Reinado de Aureliano, segundo Rome XIII )

142 CONSECRATIO Águia 2

A1/ .. - - // - 3,64 12 pontos

NORM.cf.1145RIC. cf. 266

38

143 CONSECRATIO Águia 2

A1 - - // - 3,99 1 NORM. 1145RIC. 266

CUNHAGENS IRREGULARES - IMITAÇÕES ( chamadas também minimi )

DIVO CLAUDIO 144 [... ] ONAIA

Annona 1a? A1 - // - 2,39 1 NORM. 1841?

145 [a]NNON[a] A[vg]

A1 - ∆ // - 2 1 Recunha-da

146 CONSECRATIO Águia 2

Z - - // - 1,61 1 NORM. 1835?CUN. 2314?

147 C[onsecra]TIO Águia 2.

Z - - // - 2,16 1 NORM. 1835?RIC. 2314?

148 CO[nsec]RATIO Águia 2

A1 - - // - 1,81 2 / 2,40 NORM.1835CUN. 2314

2,99

149 CONS[ecratio] Águia 2

A1 - - // - 2,11 1

NORM.-1835?Cun.-2314?

150 CONS[ecratio] Altar 1a

A1 - - // - 1,68 3 / 2,14 NORM.1829CUN. 2313

2,03; 2,71

IMP CLAVDIVS AVG

151 [con]SECRATIO Altar 1b

A1 - - // - 2,77 1 NORM. 1868CUN

QUINTILO (270)

N.º de catálogo

REVERSO: descrição da legenda

EFÍGIE

MARCA MONET.

PESOgr.

N.º EXEMP

L./ PESO MÉD.

BIBLIOG. PESOS

CASA DA MOEDA DE ROMA Emissão do ano de 270 ; 12 officinae.

IMP CM AVR CL QVINTILLVS AVG

152 [a]ETERNIT AVG Sol 2

D1 N - // - 2,98 1 NORM. 1185RIC. 7

39

153 [apol]LINI CON[s] Apolo 2

Z - H // - 2,84 1

NORM. 1182RIC 9

154 CONCORDIA A[vg] Concordia 4

Z - - / ? 2,08 1 NORM. 1161RIC. 13

155 PAX AVGVSTI Pax 1

D1 - ∆ // - 3,18 1

NORM.cf.1146RIC. cf. 26

156 PAX AVGVS[ti] Pax 1

D1 A - // - 3,19 1 NORM. 1146RIC. 26

157 VICTORIA AVG Vitória 8

D1 - Γ // - 3,34 4/2,68 NORM.1152RIC. 33

2,82 ;2,35 ;2,2

158 [vi]RT[us] AVG Virtus 4b

D1 - - // - 2,1 1

NORM.cf1212CUN. cf 2135

159 [vi]RTVS AVG Virtus 1

D1 - B // - 2,8 1 NORM. 1149RIC. 35

CASA DA MOEDA DE MILÃO 2.ª emissão , Outubro do ano de

270. IMP QVINTILLVS AVG

160 [fi]D[es] MILIT Fides 1

D2 - - // S 3,05 1 NORM. 1224RIC. 52

AURELIANO (270-275)

N.º de catálogo

REVERSO : descrição da legenda .

EFÍGIE

MARCA MONET.

PESOgr.

N.ºEXEMP

L./ PESO MÉD.

BIBLIOG. PESOS

CASA DA MOEDA DE ROMA

1.ª emissão, Outubro - Dezembro de 270 , em 12 officinae , segundo Callu, 1969, pg 232.

IMP CL DOM AVRELIANVS AVG

161 [victori]A AVG Vitória 8

D1 - Γ // - 2,46 1 NORM.cf.1239RIC cf. 39

40

DENÁRIOS 11.ª emissão, início de 275 a Setembro de 275;

6 officinae.

IMP AVRELIANVS AVG

162 VICTORIA AVG ; Vitória 2 ( La VENERA II / 1 ) = Vitória,em andamento, à esq, com uma coroa na mão dt. e uma palma transversal na esq ; à sua frente, um prisioneiro ajoelhado.

B1* - - // A 2,52 1

La VENERA II / 1 n.º 1497-1501

SEVERINA AVG 12.ª emissão, Setembro a Outubro de 275; 6 officinae - ROME X - ; V - Atelier de Rome pg. 6 da Web.

11.ª emissão, inícios de 275 a Setembro de 275, segundo La Venera II / 1

163 VENVS FELIX

Vénus 9 E3 - - // ε 2,8 4 / 2,55 La VENERA

II / 1 n.º 1510-1511

2,98,;2,37; 2,04

164 VENVS FELIX Vénus 9

E3 - - // Γ 2,49 1 La VENERA II / 1 n.º 1504-1506

CASA DA MOEDA DE SÍSCIA ANTONINIANOS 1.ª emissão , ano de 270 . IMP C AVRELIANVS AVG

165 C[onco]RDIA MILI Concordia 3.

D1 - T // - 2,52 1

NORM. 1270RIC 192

CASA DA MOEDA DE CÍZICO 2.ª emissão ,início do ano de 271, 2

officinae .

41

IMP AVRELIANVS AVG ( . )

166 PM TR PT P P Leão 2

B1 - - // COS

3,5 1

La VENERA II / 1 n.º 10071

TÁCITO (275-76)

N.º de catálogo

REVERSO : descrição da legenda

EFÍGIE

MARCAMONET.

PESOgr.

N.ºEXEMPL./ PESO MÉD.

BIBLIOG. PESOS

CASA DA MOEDA DE ROMA 2.ª emissão, começos do ano 276, 5.ª officina IMP CM CL TACITVS AVG

167 SPES PVBLICA Spes 1

D1 - - // XXIε

3,4 1

La VENERA II. 2/ 154 RIC. 94

PROBO (276-82)

N.º de catálogo

REVERSO : descrição da legenda .

EFÍGIE

MARCA MONET.

PESOgr.

N.ºEXEMP

L./ PESO MÉD.

BIBLIOG. PESOS

CASA DA MOEDA DE ROMA 1.ª emissão , ano de 276 ; 3.ª officina. ( segundo Rome V, que apresenta as mesmas referências para a marca monetária)

- XX I Γ // - ) IMP CM AVR PROBVS AVG

168 AEQVITAS AVG Aequitas 1..

B1 - - // XXIΓ

4,26 1

NORMRIC. 150F

II - IMPÉRIO GALO-ROMANO (260-274)

42

VITORINO (269-71) N.º de catálogo

REVERSO : descrição da legenda

EFÍGIE

MARCA MONET.

PESOgr.

N.ºEXEMP

L. PESO MÉD.

BIBLIOG. PESOS

CASA DA MOEDA DE TREVES 2.ª emissão, ano de 269. IMP C PIAV VICTORINVS PF AVG

169 FIDES MILIT[v]M Fides 1

D1 - - // - 1,89 1 NORM. 1403CUN. 2522

3.ª emissão, 2.ª fase, ano de 270. IMP C VICTVRINVS PF AVG

170 [in]VI[ctvs] Sol 3b

D1 * - // - 3,98 1 NORM. 1409CUN 2534/9

TÉTRICO I (271-274)

Nº de catálogo

REVERSO : descrição da legenda

EFÍGIE

MARCA MONET.

PESOgr.

N.ºEXEMP

L./ PESO MÉD.

BIBLIOG. PESOS

CASA DA MOEDA DE TREVES

5.ª emissão A, ano de 273-274. IMP TETRICVS PF AVG

171 HIL[ar]ITAS AVGG Hilaritas 1

B1 - - // - 2,69 1 NORM. 1489CUN. 2648

5.ª emissão, ano de 273-274 IMP C TETRICVS PF AVG

172 VIRTVS AVGG Roma 3

D1 - - // - 3,85 1 NORM. 1485CUN. 2618

43

CÓDIGO DAS ALEGORIAS DOS REVERSOS

Abundantia 1.- Abundantia à dt., de pé, despejando uma cornucópia com as duas mãos. Aequitas 1.- Aequitas à esq., de pé, com balança na mão dt. e cornucópia na esq. Águia 2.- Águia à esq., de pé, com a cabeça virada à dt. Altar 1.a.- Altar iluminado, e decorado com caixões. 1.b.- Altar iluminado, e decorado com uma grinalda. Annona 1.a - Annona, à esq., de pé, com uma espiga na mão dt. e uma cornucópia na esq; o pé dt. Da A. repousa sobre a proa de um barco. Antílope 1.- Antílope caminhando, à esq. 2.- Antílope caminhando, à dt. Apolo 2.- Apolo à esq., de pé, segurando um ramo de oliveira na mão dt., e na esq. uma lira que se encontra em cima de uma rocha . Cabra 2.- Cabra, em andamento, à dt. Capreolus 1.- Capreolus , cabrito-montês em andamento, à esq. Centauro 1.- Centauro, em andamento, à esq., com um globo na mão dt., e um leme sobre o ombro esq. 2.- Centauro, em andamento, à dt., fazendo apontaria com arco e flecha . Concordia 3 – Concordia, à esq., de pé, segurando um estandarte vertical em cada mão4.- Concordia, à esq., de pé, despejando uma pátera sobre um altar com a mão dt.; na mão esq. tem uma cornucópia. Corça 1.- Corça, à dt., em pé, com a cabeça virada à esq. Fecunditas 1.- Fecunditas, à esq., de pé, com pátera na mão dt. e cornucópia na esq.; junto de si, à sua dt., uma criança, em pé, estendendo-lhe os braços. Felicitas 1.- Felicitas, à esq., de pé, segurando um grande caduceu vertical com a mão dt., e uma cornucópia com a esq. Fides 1.- Fides, à esq., de pé, com um estandarte vertical em cada mão.

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2a –Fides, à esq., de pé, cabeça virada à dt., com um estandarte vertical na mão dt., e um estandarte transversal na esq. 2b – Fides, à esq., de pé, cabeça virada à esq., com um estandarte vertical na mão dt., e um ceptro transversal na esq. 3.- Fides, à esq., de pé, segurando um estandarte vertical com a mão dt. e uma lança vertical com a esq. Fortuna 2.- Fortuna, à esq., de pé, com um leme na mão dt., e uma cornucópia na esq. Gazela 1.- Gazela, à esq., caminhando . 2 – Gazela, à dt., caminhando. Genius 1a.- Genius, à esq., de pé, com uma pátera na mão dt., e uma cornucópia na esq. 2a.- Genius, à esq., de pé, com uma pátera na mão dt., e uma cornucópia na esq., sacrificando em frente de um altar. 2b - Genius, à esq., de pé, com uma pátera na mão dt., e uma cornucópia na esq., sacrificando junto de um grande vaso, tipo ânfora sem asas. Grifo 1.- Grifo, à esq., caminhando. Hilaritas 1.- Hilaritas, à esq., de pé, segurando uma palma vertical, assente no chão, com a mão dt., e cornucópia na mão esq. Hipocampo 1.- Hipocampo, à dt. Imperador 5.- Imperador com toga, à esq., de pé, com ramo de oliveira na mão dt., e um pequeno ceptro na esq. 6a – Imperador, à esq., de pé, levantando uma mulher ajoelhada, e segurando um grande ceptro vertical com a mão esq. Indulgentia 2- Indulgentia, à esq.,de pé, com o cotovelo esq. apoiado numa coluna, uma vara na mão dt. e cornucópia na esq.; no chão, à sua dt., uma roda . Júpiter 1.- Júpiter, à esq., de pé, com raio na mão dt., e ceptro vertical na esq. 2.- Júpiter, à esq., de pé, com a cabeça à dt., ceptro vertical na mão dt. e um raio virado para baixo na esq. 5.- Júpiter, à esq., com a cabeça à dt., caminhando com a capa solta ao vento, e brandindo um raio com a mão dt.

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Laetitia 1.- Laetitia ,à esq., de pé, com uma bolsa/coroa na mão dt., e uma âncora na esq. 3.- Laetitia , à esq., de pé, com uma bolsa/coroa na mão dt., e cornucópia na esq. Leão 2.- Leão caminhando , à dt. Liberalitas 1.- Liberalitas, à esq., de pé, com uma tessera na mão dt., e uma cornucópia na esq. Libertas 1 – Libertas , à esq., de pé, segurando um pileus na mão dt. e um grande ceptro vertical na esq. 1a – Libertas , à esq., de pé, segurando um pileus na mão dt. e um grande ceptro transversal na esq. 1c- Libertas, à esq., de pé, segurando um pileus na mão dt. , e um pequeno ceptro transversal na esq. Marte 1b – Marte , à esq., marchando, com um ramo de oliveira na mão dt., e segurando na esq. um pequeno escudo e uma lança transversal com a ponta virada para cima . 2b – Marte, à dt., marchando, com uma lança na mão dt. apontada para a frente, e um troféu sobre o ombro esq. 4 – Marte , à esq., de pé, com ramo de oliveira na mão dt. , e uma lança vertical na esq.; tocando o chão, encostado à sua perna esq., um escudo . 4b - Marte , à esq., de pé, com ramo de oliveira na mão dt., e uma lança vertical na esq. ; tocando o chão , encostado à sua perna dt,, um escudo . Pax 1 – Pax , à esq., de pé, com um ramo de oliveira ( por vezes, com azeitonas agarradas e outras caindo) na mão dt., e um grande ceptro transversal na esq. 4 – Pax , à esq., correndo, com um ramo de oliveira na mão dt., e um grande ceptro transversal na esq. Pégaso 2 – Pégaso, à dt., cabriolando. Pietas 4 – Pietas , à esq., de pé, com véu, sacrificando com a mão dt. sobre um altar, e com a esq. segurando uma caixa de perfumes . Providentia 1 – Providentia, à esq., de pé, com um globo na mão dt. e um grande ceptro transversal na esq.

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2 – Providentia, à esq., de pé, com uma vara na mão dt., e uma cornucópia na esq.; no chão, à sua dt., um globo. 2b –Providentia , à esq., de pé, com uma vara na mão dt. e um grande ceptro vertical na esq.; no chão, à sua dt., um globo. 3 – Providentia , à esq., de pé, o cotovelo esq. apoiado numa coluna, com uma vara na mão dt., e uma cornucópia na esq.; no chão, do seu lado dt., um globo. Roma 3 – Roma , à esq., de pé , segurando um escudo, assente no chão, com a mão dt., e uma comprida lança vertical na mão esq. Salus 1 - Salus, à esq., de pé, com pátera na mão dt., dando de comer a uma serpente que se ergue de um pequeno altar; na mão esq. S. segura um comprido ceptro vertical. Securitas 2 – Securitas , à esq., de pé, pernas cruzadas, o cotovelo esq. apoiado numa coluna , e segurando um grande ceptro vertical com a mão dt. Sol 2 - Sol, à esq., de pé, a mão dt. levantada, e segurando um globo com a esq. 3 – Sol, à esq., em andamento, a mão dt. levantada, e segurando um chicote com a esq.; a capa flutuando ao vento, atrás de si. 3b – Como 3, mas a capa é-nos sugerida por dois pequenos arcos de círculo paralelos. Spes 1 – Spes , à esq., caminhando, com uma flor na mão dt., e levantando a bainha do seu vestido com a esq. Tigre 1 – Tigre fêmea, à esq., caminhando. Troféu 1 – Troféu de guerra, com um cativo de cada lado, sentado e amarrado. Uberitas 1 – Uberitas, à esq., de pé, com uma bolsa na mão dt., e uma cornucópia na esq. 1a - Como 1, mas a bolsa é enorme, assemelhando-se a um odre de ovelha velha. Veado 1 - Veado, à esq., caminhando, com as patas traseiras vistas de frente. 2 – Veado, à dt., caminhando. Vénus 2 – Vénus, à esq., de pé, com um elmo na mão dt., e uma lança vertical na esq.; do seu lado dt., assente no chão e encostado à perna, um escudo .

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9 – Vénus, à esq., de pé, com um Cupido na mão dt.,e segurando um grande ceptro vertical na esq Virtus 1 – Virtus, à esq., de pé, segurando com a mão dt. um escudo que assenta no chão, e uma comprida lança vertical na mão esq. 4b – Virtus, à esq., de pé, com um ramo de oliveira na mão dt., e uma lança vertical na esq.; encostado à perna , do seu lado dt., um escudo . Vitória 1 – Vitória, à esq., de pé, com uma palma encostada ao ombro esq., e segurando uma coroa com a mão dt.. 2 – Vitória, à esq., de pé, amparando um escudo assente no chão com a mão dt, e com a esq. segurando uma palma encostada ao ombro ou ao braço esq.. 2.b – Vitória, à dt,, segurando uma vara com a mão dt., uma palma encostada ao seu ombro esq, e com um cativo sentado , de cada lado . 3.a –Vitória, à esq., correndo, com uma palma encostada ao ombro esq., e uma coroa na mão dt. 8 –Vitória, à dt., correndo, com uma palma transversal ao ombro esq., e uma coroa na mão dt. 9 -Vitória, à esq., correndo, com uma palma transversal na mão esq., e segurando uma coroa com a mão dt.; a Vitória afasta com o pé dt. um cativo que se encontra à sua frente, ajoelhado e maniatado. ABREVIATURAS

As principais abreviaturas usadas desenvolvem-se do seguinte modo : BIBLIOG. bibliografia CUN. Cunetio DT. direita ESQ. esquerda EXEMPL. exemplar GR. Grama La Venera Ripostiglio della Venera

MÉD. médio MIR. Moneta Imperii Romani MONET. monetária NORM. Normanby RIC Roman Imperial Coinage T. M. Trésors Monétaires VAR. Variante.

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CÓDIGO DAS EFÍGIES Dos IMPERADORES, sempre à dt. : A1 – Cabeça ou busto nu . B1 - Busto radiado com couraça, visto de frente. B2 - Busto radiado com couraça, visto de lado . C1 - Busto radiado e drapeado, visto de frente. C2 - Busto radiado e drapeado, visto de lado.

D1 - Busto radiado, drapeado e com couraça, visto de frente. D2 - Busto radiado, drapeado e com couraça, visto de lado . Z - Busto indeterminado. Das IMPERATRIZES, sempre à dt. : E2 - Busto com diadema , drapeado, e com crescente atrás, visto de frente. E3 - Busto com diadema, drapeado, visto de frente

O asterisco * significa que o imperador se encontra laureado, nos denários.

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