L atentamente o excerto de Os Lusadas.
22 Estava o Padre32 ali, sublime e dino33, Que vibra os feros
raios de Vulcano34, Num assento de estrelas cristalino, Com gesto
alto, severo e soberano. Do rosto respirava um ar divino, Que
divino tornara um corpo humano; Com ua coroa e cetro rutilante35,
De outra pedra mais clara que diamante.
23 Em luzentes assentos, marchetados De ouro e de perlas36, mais
abaixo estavam Os outros Deuses todos, assentados Como a Razo e a
Ordem concertavam: Precedem os antigos, mais honrados, Mais abaixo
os menores se assentavam; Quando Jpiter alto assi dizendo, C'um tom
de voz comea grave e horrendo:24 Eternos moradores do luzente,
Estelfero polo37 e claro assento38: Se do grande valor da forte
gente De Luso no perdeis o pensamento, Deveis de ter sabido
claramente Como dos Fados39 grandes certo intento Que por ela se
esqueam os Humanos De Assrios, Persas, Gregos e Romanos.25 J lhe
foi, bem o vistes, concedido, C'um poder to singelo e to pequeno,
Tomar ao Mouro forte e guarnecido Toda a terra que rega o Tejo
ameno. Pois contra o Castelhano to temido Sempre alcanou favor do
Cu sereno. Assi que sempre, em fim, com fama e glria, Teve os
trofus pendentes da vitria.
32 Jpiter, pai dos deuses. 33 Digno. 34 Filho de Jpiter e de
Juno, era o deus do fogo e fabricava os raios para o se pai. 35
Resplandecente, brilhante.36 Prolas. 37 Cu cheio de estrelas. 38
Morada cheia de luz. 39 O destino.
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que
te so dadas.
1. Identifica o episdio a que se refere o excerto
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1.1. Refere a sua importncia no contexto da viagem dos portugueses.
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2. Transcreve as expresses caracterizadoras de Jpiter, fazendo
referncia aos traos fsicos e psicolgicos e aos smbolos do poder.
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3. Indica qual o critrio de distribuio dos membros desta reunio
pela sala.
____________________________________________________________________________________________4-.Seleciona
a opo correta. Nos versos Eternos moradores do luzente, / Estelfero
polo e claro assento, Jpiter dirige-se a) aos insignes portugueses.
b) aos deuses do Olimpo. c) aos iluminados da poca. d) aos Assrios,
Persas e Romanos.
5. Explicita os argumentos apresentados por Jpiter na estrofe
25.
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_________________________________________________________________________________________6.
Jpiter refere-se aos portugueses como povo merecedor de grande
estima e admirao. D exemplos de segmentos que confirmem esta
afirmao.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________7.
Classifica as oraes sublinhadas. 7.1. Jpiter, que era o deus mais
sublime e poderoso, enalteceu o valor dos portugueses.
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7.2. Se os deuses estivessem todos de acordo, no teria havido lugar
a este episdio.
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AEscolhea opo correta em cada uma das questes seguintes:
1-O conslio dos deuses decorre no: a.mar b.Olimpo c.Orfeu
2-Os deuses foram convocados por: a.Jpiter, a mando de Mercrio
b.Marte, a mando de Jpiter c.Mercrio, a mando de Jpiter
3-Esta reunio acontece quando os nautas portugueses esto: a.a
meio da viagem b.a largar amarras de Belm c.a chegar ndia
4-Quem preside ao conslio : a.Jpiter b.Marte c.Mercrio
5-Os restantes deuses encontram-se sentados: a.aleatoriamente
b.hierarquicamente c.desordenadamente
6-Jpiter, no seu discurso, lembra glrias do passado e: a.anuncia
a derrocada dos sonhos portugueses b.prev grandes catstrofes na
viagem at ndia c.vaticina grandes feitos aosportugueses
7-No final do seu discurso, o pai dos deuses determina: a.que os
deuses no permitam que os nautas cheguem ao seu destino b.que os
portugueses recebam ajuda para alcanar a ndia c.que os
portuguesessejam forados a regressar ptria
8-Baco insurge-se contra esta posio porque: a.desconfia dos
motivos que movem os marinheiros b.os portugueses no so merecedores
de tal glria c.teme perder o seu prestgio no Oriente
9-Marte coloca-se ao lado de Vnus porque:a.o amor antigo o
obrigava e os portugueseso mereciam b.odiava o amor antigo e os
portugueses mereciam c.o amor era mais forte que as faanhas dos
portugueses
