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Testes Bioquímicos São usados: Despiste Diagnóstico Prognóstico Monitorização Na selecção, há que atender: Tipo de informações pedidas Informações que esse teste pode fornecer

Testes Bioquímicos - · PDF file•Ocasionalmente, os testes bioquímicos são utilizados ... Preparar a mesa de colheita Seleccionar a veia a puncionar Flexura do braço Pulso

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Testes Bioquímicos

São usados:Despiste

Diagnóstico

Prognóstico

Monitorização

Na selecção, há que atender:Tipo de informações pedidas

Informações que esse teste pode fornecer

Objectivos da investigação bioquímica

Como são usados os testes Bioquímicos?

Objectivos da investigação bioquímica

• O diagnóstico é baseado nos dados clínicos (história

e exame) e investigações.

•Ocasionalmente, os testes bioquímicos são utilizados

no diagnóstico de doenças particulares

(p.ex o teste de tolerância à glicose na Diabetes

Mellitus)

•A maior parte das vezes os testes bioquímicos

confirmam o diagnóstico ou indicam que um síndrome

metabólico particular está presente (p.ex hipoglicemia)

Diagnóstico

Objectivos da investigação bioquímica

•Informação sobre o curso da doença

(p.e. o tratamento da hipercolesterolemia em doentes com

doença coronária mostrou melhorar o prognóstico. Assim,

a determinação do colesterol em doentes com doença

isquémica cardíaca permite avaliar os possíveis benefícios

de um determinado tratamento)

Prognóstico

Objectivos da investigação bioquímica

•Para acompanhar a resposta à terapia em disfunções

agudas

(p.ex na cetoacidose diabética é importante monitorizar os

niveis de glicose sanguínea após administração de insulina)

•Para avaliar o tratamento em doenças crónicas(p.ex a concentração de hemoglobina glicosilada é um

importante indicador dos niveis de glicose ao longo de

diversas semanas na diabetes e é usado para avaliar se o

tratamento é adequado)

Monotorização

Objectivos da investigação bioquímica

•Para avaliar a terapia com drogas•Para testar se foram conseguidas as gamas

terapêuticas

•Para investigar sobredosagens

Monotorização

Testes urgentes resultados necessários para

alteração de tratamento imediato

Objectivos da investigação bioquímica

•Detecção de doença que não é aparente

(p.e doenças metabólicas hereditárias –fenilcetonúria,

hipotiroidismo neonatal)

Screening

Testes Bioquímicos

Pré-requesitos de um método analítico:

Exacto

Preciso

Sensível

Específico

Variação dos resultados

• Precisão e exactidão

•Sensibilidade e especificidade

Termos que descrevem os resultados :

Precisão – define a proximidade dos valores ao valor médio

Repetibilidade – precisão intrateste

Reprodutibilidade – precisão interteste

Exactidão – medida da aproximação do resultado do verdadeiro

valor

Sensibilidade - quantidade mínima de substância que o método

pode detectar

Especificidade - a capacidade do método em discriminar entre a

substância pretendida e possíveis substâncias

interferentes

Variação dos resultados

Resultados fiáveis dependem:

Colheita apropriada da amostra

Adequado manuseamento e processamento daamostra

Boa manipulação do equipamento

Uso de reagentes de qualidade

Controlo

Amostras:

•Sangue venoso, soro ou plasma

•Sangue arterial

•Sangue capilar

Amostras usadas para análise

•Urina

•Fezes

•Fluido cerebroespinal

•Saliva

•Tecidos e células

•Aspirados p.e.

•Fluido pleural

•Ascites

•Fluido sinovial

•Intestinal (duodenal)

•Cálculos (pedras)

Mecanismos de investigação bioquímica

Amostras

Sangue

Punção venosa

Punção capilar

Punção arterial

Punção arterial (executar pelo Clínico)

Tensão de O2

Tensão de CO2

pH

Sangue

Mecanismos de investigação bioquímica

Pode ser:

Arterial

utilizado apenas em estudos muito específicos

ex: doseamento de gases sanguíneos

Capilar

geralmente como alternativa à punção venosa quando esta é difícil

Ex: Crianças (ex: picada no pezinho – DP) e Obesos

Venoso

mais utilizado

Após a colheita o sangue deve ser rapidamente processado em

função do que se quiser obter:

Soro

SANGUE Sangue total (raramente)

Plasma

Mecanismos de investigação bioquímica

Soro vs. Plasma

Sangue total

Tubo seco tubo com anticoagulante

20-30 min/37ºC homogeneização por inversão

Fibrinogénio fibrina

separação das células por

centrifugação

Coágulo

Mecanismos de investigação bioquímica

Separação por

Centrifugação

SORO PLASMA

Mecanismos de investigação bioquímica

Punção Capilar

Técnica de colheita:

Escolher a área a puncionar: Polpa do dedo polegar do dedo médio ou do dedo indicador da

mão

Superfície plantar do calcanhar

Polpa do dedo grande do pé

Lóbulo da orelha

Friccionar o local de colheita

Desinfectar a área a puncionar; deixar secar

Puncionar com lanceta estéril e descartável

Desprezar a 1ª gota

Recolher a amostra

Pressionar, sem massajar, a área puncionada

Punção Capilar

Vantagem

Fácil

Inconveniente

Volume exíguo

Caso necessário repetição, necessária nova

punção

Não apresenta tão boa reprodutibilidade

Aplicações

Crianças

Obesos

Serviços de urgência

Controlo rápido de algumas doenças

Punção Venosa

Permite obterSangue completo tornado incoagulável

Plasma

Soro

VantagemPermite obter volume de amostra pretendido

Com a mesma amostra pode fazer-se umasérie de determinações e repeti-las, senecessário

Não há variação de valores para amostrasobtidas de veias diferentes

Punção Venosa Identificação do doente

Verificar se foram cumpridas indicações

Preparar a mesa de colheita

Seleccionar a veia a puncionar Flexura do braço

Pulso

Dorso da mão

Dorso do pé

Colocar o garrote acima do local a puncionar

Pedir ao indivíduo para fechar a mão

Desinfectar o local e deixar secar

Praticar a punção/recolher a amostra

Retirar a agulha e colocar compressa de algodão

Anticoagulantes

Sólidos

Líquidos

Selecção em função do analito a avaliar

Escolha em função da determinaçãoRespeitar relação sangue/anticoagulante

Promover a mistura

Conhecer acções adversas

Conhecer tempo e condições de preservação

AnticoagulantesEDTA

Sólido; 1 mg/mL (20%)

Actua por remoção do ião cálcio, quelatação

EDTA GV;GB;PLT VGM; CHGM; nº PLT

Oxalato duplo

2 Ox amónio 3 Ox potássio

Sólido; 2 mg/mL (20%)

Actua removendo o ião cálcio

Não usar em esfregaços de sangue (rápida alteração da morfologia celular; não previne a agregação plaquetária)

Anticoagulantes

Heparina

Líquido; 152,2 UI/mL (0,2 mg/mL sg)

Actua neutralizando a trombina

Curta duração

De escolha para estudos de fragilidade

osmótica (preserva o tamanho celular)

Não usar: esfregaços de sangue,

numeração de GB, fórmula leucocitária

AnticoagulantesCitrato Trissódico

Líquido; 0,11 M Provas de coagulação 1/9

VS (Westergreen) 1/4

Actua por remoção do cálcio

ACD e CPD

Preservação de amostra por período longo

Processos de transfusão

Ordem de colheita

Tubos sem anticoagulante

Tubos com anticoagulante Citrato

Heparina

EDTA

Oxalato

Urina

Avaliação

Química

Bacteriologica

Exame microscópico

Colheita

Urina tipo II

Urina de 24 horas, ou outro intervalo de tempo

Exame Bacteriológico

Urina de 24 horas Colheita

Eliminar 1ª urina da manhã

Recolher toda a urina durante 24 H

Recolha para recipiente limpo

Manuseamento

Medir o volume final

Misturar todo o volume recolhido

Recolher aliquota (cerca de 40 mL)

Preservação

Impede decomposição microbiológica e alterações químicas

Refrigeração

Adição de preservativos químicos

Processamento de amostras

Importância

Transporte

Processamento Tipo de amostra

Ex: evitar contacto prolongado do soro com o coágulo, pois pode afectar:

Glucose

Potássio

Fósforo

Creatinina

AST/ALT

.......

A qualidade dos produtos biológicos

depende também, da:

recepção das amostras no laboratório e dos

critérios a adoptar, quer de rejeição, quer de

aceitação.

Ao chegarem ao laboratório, as amostras devem ser

rejeitadas nos seguintes casos:

-Identificação incorrecta

-Volume inadequado da amostra

-Uso incorrecto do tubo para a análise a que se destina

-Tubo com sangue hemolisado

-Transporte inadequado (gasimetrias, PTH,hormonas)

-Temperatura

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ORIENTAÇÃO DOS TUBOS

Recomenda-se que os tubos com sangue se

mantenham rolhados em posição vertical até

á chegada do laboratório.

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TRANSPORTE

O Transporte divide-se em dois tipos , interno e

externo.

* Transporte Interno:

Precauções a tomar com os tubos das amostras

após colheita

Alterações provocadas pela agitação das

amostras

Alterações com a temperatura

Transporte Externo

Análises que sofrem alteração com a

temperatura ambiente em soros não

separados

Amostras refrigeradas

Interferências analíticas

Hemólise

Causas Agulha de calibre demasiado gde ou pqno

Aspiração forçada do sangue

Ejecção forçada do sangue para o tubo

Agitação demasiado vigorosa

Colheita de sg em área de hematoma

Álcool deixado na pele que se mistura com o sangue

Transporte pouco cuidadoso da amostra

Alterações Potássio

LDH

Glucose

Ferro

Magnésio

Cálcio

.......

Análises que sofrem alterações com a

hemólise

- MUITO AFECTADAS (aumento de valor)

A..S.T.

Potássio

L.D.H.

Hemoglobina

- MODERADAMENTE AFECTADAS

Ferro (aumenta)

A..L.T. (aumenta)

T4 (diminui)

- LEVEMENTE AFECTADAS (aumento de valor)

Proteínas Totais

Albumina

Magnésio

Cálcio

Fosfatase Ácida

Fósforo

Interferências analíticas

Hiperbilirrubinemia Proteínas

Ácido úrico

Colesterol

Creatinina

..........

Lipemia Tratamento da amostra

Alterações

Fósforo

Albumina

Proteínas totais

Ureia

Ácido úrico

........

Análises que sofrem alteração com Exposição à Luz

Deve evitar-se a exposição à luz solar e

artificial das amostras das seguintes análises:

-Vitamina A e B

-Betacarotenos

-Porfirinas

-Bilirrubinas

Nota: estas amostras devem ser protegidas

com papel de alumínio.

Interferências analíticas

Anticoagulantes

Os que actuam por remoção do cálcio podem inibir

várias enzimas

Actividade da amilase é inibida pelo oxalato e citrato

Sais de sódio e potássio de fluoreto, heparina ou

EDTA interferem com a análise destes electrólitos

Fluoreto inibe a acção da glucose-oxidase (método

enzimático para a determinação da glucose)

Interferência de drogas ou metabolitos endógenos

Outros factores

Aplicação incorrecta/prolongada do garrote

Critérios de rejeição de amostras

Ausência de identificação

Letra ilegível

Volume de amostra insuficiente

Tubo ou recipiente de colheita impróprio

Conservação ou transporte inadequado

Presença de interferentes

Amostras contaminadas ou conspurcadasexternamente

Outras Interferências

Exercício físicoDepende da intensidade e duração

Mudanças transitóriasLactato

Efeitos a longo prazoAldolase

CK

AST/ALT

LDH

Catecolaminas

Creatinina

CT

TG

Variação diurna

Factores que contribuem

Postura

Proteínas

Compostos que circulam ligados às proteínas: Ca, Fe, Bil,...

Actividade

“stress”

Ingestão de alimentos

Repouso/levantar

Conhecer hora da colheita

Catecolaminas, cortisol, ......

Jejum inexistente ou prolongado

Ex: glicose

Dieta

Ex: rica em proteínas :

UR

AU

Restrições da dieta dependem do teste ou prova bioquímica a realizar

Ingestão de bebidas alcoólicas

Dependente do tipo de consumo

Pode interferir

AU

TG

GGT,....

TabacoDepende do nº de cigarros fumados e fumo inalado

Ex: catecolaminas, cortisol,...

Aumenta os níveis de carboxiHb

Efeito fisiológico das drogas

IdadeCriança/ Idoso

Declínio da função de órgãos com o avançar da idade

Alteração de parâmetros com o avançar da idade: CT, Glu, AU, PT, Albumina,....

Outros “Stress”

Estado de doença

Gravidez

Alteração Causa

ureia TFG; volume plasmático

albumina volume plasmático

PT volume plasmático

T4 total TBG

cortisol transcortina

cobre ceruloplasmina

glicosúria “threshold” renal

tolerância à gluc

Trig (VLDL) estrogénios

LDL estrogénios

HDL estrogénios

ALP isoenzima placentária

Efeitos da temperatura e pH na

estabilidade da amostra

Controlo preciso da temperatura necessário em

algumas determinações

A actividade enzimática dependente da temperatura

Temperatura dos banhos

Efeito de evaporação, refrigeração, congelação

de CO2 de pH

Temperatura de armazenamento pode interferir com

alguns parâmetros

Cuidados Especiais para Colheitas de:

COLHEITA PARA RENINA ACTIVA

COLHEITA PARA ACTH

COLHEITA PARA PTH

COLHEITA PARA PSA LIVRE

COLHEITA PARA PAP

COLHEITA PARA ÁCIDO FÓLICO

COLHEITA PARA VITAMINA B12

COLHEITA PARA CORTISOL soro

COLHEITA PARA CORTISOL urina de 24 horas

COLHEITA PARA GASTRINA

COLHEITA PARA CA 125, CA 19.9, CA 15.3, CA 72.4,

CYFRA 21.1

COLHEITA PARA NSE

COLHEITA PARA CALCITONINA

COLHEITA PARA PROLACTINA

COLHEITA PARA ESTRADIOL e DHEA-S

PROCESSAMENTO DE AMOSTRAS PARA

DETERMINAÇÃO DO GLUCAGON, VIP E

RENINA ACTIVA

VIP – Peptídeo intestinal vasoactivo

Glucagon

Renina Activa

D - FACTORES INTERVENIENTES NA PRÉ-ANALÍTICA –

SEU IMPACTO NA QUALIDADE DOS RESULTADOS

FACTORES INEVITÁVEIS

- Idade

- Raça

- Gravidez

MUDANÇA DE HÁBITOS

Factores variáveis:

-Dieta

-Fome/Miséria

-Exercício

-Altitude

-Cafeína

-Efeitos do Tabaco

-Álcool

-Drogas

Métodos de desproteinização

Físicos

Calor (55 ºC/ 30`)

Radiações UV ou ionisantes

Químicos

Ácido tricloroacético

Ácido nítrico

Ácido perclórico

Soluções de metais pesados

Sulfato de zinco

Ácido túngstico

Desproteinização

Eventual precipitação das proteínas da amostra

Posteriormente:

Filtração (pequenos volumes)

Centrifugação