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DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO DE RIO DO FOGO Setembro/2005 RIO D O FOGO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL RIO GRANDE DO NORTE PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO POR ÁGUA SUBTERRÂNEA CPRM Ser vi ço Geológi co do Brasi l Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral Secretaria de Desenv olvi mento Ener géti co Ministério de Minas e Energi a CPRM - SERVI ÇO G E OLÓ GIC O DO BR ASI L PROD EEM - PROG RAMA DE DESEN VOLVIMENTO ENERGÉT ICO DOS ESTADOS EMUNI CÍPI OS

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DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIODE RIO DO FOGO

Setembro/2005

RIO DO FOGO

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIASECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E

TRANSFORMAÇÃO MINERAL

RIO GRANDE DO NORTE

PROJETO CADASTRODE FONTES DE

ABASTECIMENTO PORÁGUA SUBTERRÂNEA

CPRMSer vi ço Geológi co do Brasi l

Secretaria de Geologia,Mineração e Transformação Mineral

Secretaria deDesenvolvimento Energético

Ministério deMinas e Energia

CPRM - SERVI ÇO G EOLÓ GIC O DO BR ASI LPROD EEM - PROG RAMA DE DESEN VOL VIMENTO

ENERGÉTICO DOS ESTADOS E MUNI CÍPI OS

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIASilas Rondeau Cavalcante Silva

Ministro de Estado

SECRETARIA EXECUTIVANelson José Hubner Moreira

Secretário Executivo

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO EDESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO

Márcio Pereira ZimmermamSecretário

SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃOE TRANSFORMAÇÃO MINERAL

Cláudio ScliarSecretário

PROGRAMA LUZ PARA TODOSAurélio Pavão

Diretor

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTOENERG ÉTICO DOS ESTADOS E

MUNICÍPIOSPRODEEM

Luiz Carlos VieiraDiretor

SERVI ÇO GEOL ÓGICO DO BRASIL – CPRM

Agamenon Sérgio Lucas DantasDiretor-Presidente

José Ribeiro MendesDiretor de Hidrologia e Gestão Territorial

Manoel Barretto da Rocha NetoDiretor de Geologia e Recursos Minerais

Álvaro Rogério Alencar SilvaDiretor de Administração e Finanças

Fernando Pereira de CarvalhoDiretor de Relações Institucionais e

Desenvolvimento

Frederico Cláudio PeixinhoChefe do Departamento de Hidrologia

Fernando Antonio Carneiro FeitosaChefe da Divisão de Hidrogeologia e Exploração

Ivanaldo Vieira Gomes da CostaSuperintendente Regional de Salvador

José Wilson de Castro TemóteoSuperintendente Regional de Recife

Hélbio PereiraSuperintendente Regional de Belo Horizonte

Darlan Filgueira MacielChefe da Resid ência de Fortaleza

Francisco Batista TeixeiraChefe da Residência Especial de Teresina

Ministério de Minas e EnergiaSecretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético

Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação MineralPrograma Luz Para Todos

Programa de Desenvolvimento Energético dos Estados e Municí pios - PRODEEMServiço Geológico do Brasil - CPRM

Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial

PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO PORÁGUA SUBTERRÂNEA

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

DIAGNÓSTICO DO MUNICÍ PIO DE RIO DO FOGO

ORGANIZAÇÃO DO TEXTO

Breno Augusto BeltrãoDunaldson Eliezer G. A. da Rocha

João de Castro MascarenhasLuiz Carlos de Souza Junior

Saulo de Tarso Monteiro PiresValdecí lio Galvão Duarte de Carvalho

RecifeSetembro/2005

CPRM - Serviç o Geológico do BrasilProjeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea. Diagnóstico do municí pio

de Rio do Fogo, estado do Rio Grande do Norte / Organizado [por] Joã o de Castro Mascarenhas,Breno Augusto Beltrã o, Luiz Carlos de Souza Junior, Saulo de Tarso Monteiro Pires, DunaldsonEliezer Guedes Alcoforado da Rocha, Valdecí lio Galvã o Duarte de Carvalho. Recife:CPRM/PRODEEM, 2005.

11 p. + anexos

“ Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea, estado do Rio Grandedo Norte.”

1. Hidrogeologia – Rio Grande do Norte - Cadastros. 2. Água subterrânea – Rio Grande doNorte - Cadastros. I. Mascarenhas, Joã o de Castro org. II. Beltrã o, Breno Augusto org. III. SouzaJúnior, Luiz Carlos de org. IV. Pires, Saulo de Tarso Monteiro org. V. Rocha, Dunaldson EliezerGuedes Alcoforado da org. VI. Carvalho, Valdecí lio Galvã o Duarte de org. VII. Tí tulo.

CDD 551.49098132

COORDENA ÇÃO GERALFrederico Cláudio Peixinho - DEHID

COORDENA ÇÃO T ÉCNICAFernando Antônio C. Feitosa - DIHEXP

COORDENA ÇÃO ADMINISTRATIVO-FINANCEIRAJos é Emílio C. de Oliveira – DIHEXP

APOIO T ÉCNICO-ADMINISTRATIVOSara Maria Pinotti Benvenuti-DIHEXP

COORDENA ÇAO REGIONALJaime Quintas dos S. Colares - REFOFrancisco C. Lages C. Filho - RESTEJoão Alfredo C. L. Neves - SUREG-REJo ão de Castro Mascarenhas – SUREG-REJos é Alberto Ribeiro - REFOJos é Carlos da Silva - SUREG-RELuiz Fernando C. Bomfim - SUREG-SAOderson A. de Souza Filho - REFO

EQUIPE T ÉCNICA DE CAMPO

SUREG-REAri Teixeira de OliveiraBreno Augusto BeltrãoCícero Alves FerreiraCristiano de Andrade AmaralDunaldson Eliezer G. A. da RochaFranklin de MoraesFrederico José Campelo de SouzaJardo Caetano dos SantosJo ão de Castro MascarenhasJorge Luiz Fortunato de MirandaJos é Wilson de Castro TemoteoLuiz Carlos de Souza JúniorManoel Julio da Trindade G. GalvãoSaulo de Tarso Monteiro PiresS érgio Monthezuma Santoianni GuerraSimeones Néri PereiraValdecílio Galvão Duarte de CarvalhoVanildo Almeida Mendes

SUREG-SAEdmilson de Souza RosasEdvaldo Lima MotaHermínio Brasil Vilaverde LopesJo ão Cardoso Ribeiro M. FilhoJos é Cláudio ViegasLuis Henrique Monteiro PereiraPedro Antônio de Almeida CoutoVânia Passos Borges

SUREG-BHAngélica Garcia SoaresEduardo Jorge Machado SimõesEly Soares de OliveiraHaroldo Santos VianaReynaldo Murilo D. Alves de Brito

REFOÂngelo Tr évia VieiraFelicíssimo MeloFrancisco Alves PessoaJáder Parente FilhoJos é Roberto de Carvalho GomesLiano Silva VeríssimoLuiz da Silva CoelhoRob ério B ôto de Aguiar

RESTEAntonio Reinaldo Soares FilhoCarlos Ant ônio LuzCipriano Gomes OliveiraHeinz Alfredo TreinNey Gonzaga de Souza

EM DESTAQUEAlmir Araújo Pacheco- SUREG-BEAna Cl áudia Vieiro – SUREG-PABráulio Robério Caye - SUREG-PACarlos J. B. Aguiar - SUREG-MAGeraldo de B. Pimentel – SUREG-PAPaulo Pontes Araújo – SUREG-BETomás Edson Vasconcelos - SUREG-GO

RECENSEADORESAcácio Ferreira JúniorAdriana de Jesus FelipeAlerson Falieri SuarezAlmir Gomes Freire – CPRMÂngela Aparecida PezzutiAntonio Celso R. de Melo - CPRMAntonio Edílson Pereira de SouzaAntonio Jean Fontenele MenezesAntonio Manoel Marciano SouzaAntonio Marques HonoratoArmando Arruda C. Filho - CPRMCarlos A. Góes de Almeida - CPRMCelso Viana MarcielCícero René de Souza BarbosaCláudio Marcio Fonseca VilhenaClaudionor de FigueiredoCleiton Pierre da Silva VianaCristiano Alves da SilvaEdivaldo Fateicha - CPRMEduardo Benevides de FreitasEduardo Fortes CrisóstomosEliomar Coutinho BarretoEmanuelly de Almeida Le ãoEmerson Garret MenorEmicles Pereira C. de SouzaÉr ika Peconnick VenturaErval Manoel Linden - CPRMEwerton Torres de MeloFábio de Andrade LimaFábio de Souza PereiraFábio Luiz Santos FariaFrancisco Augusto A. LimaFrancisco Edson Alves RodriguesFrancisco Ivanir Medeiros da SilvaFrancisco José Vasconcelos SouzaFrancisco Lima Aguiar JuniorFrancisco Pereira da Silva - CPRMFrederico Antonio Araújo MenesesGeancarlo da Costa VianaGenivaldo Ferreira de AraújoGustavo Lira MeyerHaroldo Brito de SáHenrique Cristiano C. AlencarJamile de Souza FerreiraJaqueline Almeida de SouzaJeft é Rocha HolandaJo ão Carlos Fernandes CunhaJoão Luis Alves da SilvaJoelza de Lima EnéasJorge Hamilton Quidute GoesJos é Carlos Lopes - CPRMJoselito Santiago LimaJosemar Moura Bezerril JuniorJulio Vale de OliveiraK ênia Nogueira Di ógenesMarcos Aurélio C. de Góis FilhoMatheus Medeiros Mendes CarneiroMichel Pinheiro RochaNarcelya da Silva AraújoNicácia Débora da SilvaOscar Rodrigues Acioly JúniorPaula Francinete da Silveira BaiaPaulo Eduardo Melo CostaPaulo Fernando Rodrigues GalindoPedro Hermano Barreto Magalh ãesRaimundo Correa da Silva NetoRamiro Francisco Bezerra SantosRaul Frota Gonçalves

Saulo Moreira de Andrade -CPRMS érvulo Fernandez CunhaThiago de Menezes FreireValdirene Carneiro AlbuquerqueVicente Calixto Duarte Neto - CPRMVilmar Souza Leal – CPRMWagner Ricardo R. de AlkimimWalter Lopes de Moraes Junior

TEXTO

ORGANIZA ÇÃOBreno Augusto BeltrãoDunaldson Eliezer G. A. da RochaJo ão de Castro MascarenhasLuiz Carlos de Souza JuniorSaulo de Tarso Monteiro PiresValdecílio Galvão Duarte de Carvalho

CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICIPIO EDIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOSCADASTRADOSBreno Augusto BeltrãoDunaldson Eliezer G. A. da RochaJo ão de Castro MascarenhasLuiz Carlos de Souza JúniorSaulo de Tarso Monteiro PiresValdecílio Galvão Duarte de Carvalho

ASPECTOS SOCIOECON ÔMICOSBreno Augusto Beltrão

FIGURAS ILUSTRATIVASAloízio da Silva LealFabiane de Andrade Lima Amorim AlbinoJaqueline Pontes de LimaNúbia Chaves GuerraWaldir Duarte Costa Filho

MAPAS DE PONTOS D’ ÁGUARobson de Carlo SilvaFabiane de Andrade Lima Amorim Albino

BANCO DE DADOS

Desenvolvimento dos SistemasJosias Barbosa de LimaRicardo César Bustillos Villafan

CoordenaçãoFrancisco Edson Mendonça Gomes

AdministraçãoEriveldo da Silva Mendonça

EDITORA ÇÃO ELETR ÔNICAAline Oliveira de LimaFabiane de Andrade Lima Amorim AlbinoJaqueline Pontes de Lima

SUPORTE T ÉCNICO DE EDITORA ÇÃOClaudio ScheidJos é Pessoa Veiga JuniorManoel Júlio da T. Gomes Galvão

ANALISTA DE INFORMA ÇÕESDalvanise da Rocha S. Bezerril

Permitida a reprodução desde que mencionada a fonte

APRESENTAÇÃ O

A CPRM – Serviço Geológico do Brasil, cuja missão é gerar e difundirconhecimento geológico e hidrológico básico para o desenvolvimento sustentável doBrasil, desenvolve no Nordeste brasileiro, para o Ministério de Minas e Energia,ações visando o aumento da oferta hí drica, que estão inseridas no Programa deÁgua Subterrânea para a Região Nordeste, em sintonia com os programas dogoverno federal.

Executado por intermédio da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial,desde o iní cio o programa é orientado para uma filosofia de trabalho participativa einterdisciplinar e, atualmente, para fomentar ações direcionadas para inclusão sociale redução das desigualdades sociais, priorizando ações integradas com outrasinstituições, visando assegurar a ampliação dos recursos naturais e, em particular,dos recursos hí dricos subterrâneos, de forma compatí vel com as demandas daregião nordestina.

É neste contexto que está sendo executado o Projeto Cadastro de Fontes deAbastecimento por Água Subterrânea, localizado no semi-árido do Nordeste, queengloba os estados do Piauí , Ceará, Rio Grande do Norte, Paraí ba, Pernambuco,Alagoas, Sergipe, Bahia, norte de Minas Gerais e do Espí rito Santo. Embora commúltiplas finalidades, este projeto visa atender diretamente as necessidades doPRODEEM, no que se refere à indicação de poços tubulares em condições dereceber sistemas de bombeamento por energia solar.

Assim, esta contribuição técnica de significado alcance social do Ministério deMinas e Energia, em parceria com a Secretaria de Geologia, Mineração eTransformação Mineral e com o Serviço Geológico do Brasil, servirá para darsuporte aos programas de desenvolvimento da região, com informaçõesconsistentes e atualizadas e, sobretudo, dará subsí dios ao Programa Fome Zero, notocante às ações efetivas para o abastecimento público e ao combate à fome dascomunidades sertanejas do semi-árido nordestino.

José Ribeiro MendesDiretor de Hidrologia e Gestão Territorial

CPRM – Serviço Geológico do Brasil

SUMÁ RIO

APRESENTAÇÃO

1. INTRODUÇÃO 1

2. ÁREA DE ABRANGÊNCIA 1

3. METODOLOGIA 2

4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍ PIO DE RIO DO FOGO 2

4.1 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO 24.2 - ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS 34.3 - ASPECTOS FISIOGRÁFICOS 34.4 - GEOLOGIA 4

5. RECURSOS HÍ DRICOS 4

5.1 - ÁGUAS SUPERFICIAIS 55.2 - ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 5

5.2.1 - DOMÍ NIOS HIDROGEOLÓGICOS 5

6. DIAGN ÓSTICO DOS POÇOS CADASTRADOS 5

6.1 - ASPECTOS QUALITATIVOS 8

7. CONCLUS ÕES E RECOMENDAÇÕES 10

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11

ANEXOS

1 - PLANILHAS DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO

2 - MAPA DE PONTOS DE ÁGUA

3 - ARQUIVO DIGITAL - CD ROM

Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água SubterrâneaDiagnóstico do Municí pio de Rio do Fogo

Estado do Rio Grande do Norte

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1. INTRODU ÇÃO

O Polígono das Secas apresenta um regime pluviométrico marcado por extrema irregularidadede chuvas, no tempo e no espaço. Nesse cen ário, a escassez de água constitui um forte entrave aodesenvolvimento socioeconômico e, até mesmo, à subsistência da população. A ocorrência cíclicadas secas e seus efeitos catastróficos são por demais conhecidos e remontam aos prim órdios dahist ória do Brasil.

Esse quadro de escassez poderia ser modificado em determinadas regiões, através de umagestão integrada dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Entretanto, a carência de estudosde abrangência regional, fundamentais para a avaliação da ocorrência e da potencialidade dessesrecursos, reduz substancialmente as possibilidades de seu manejo, inviabilizando uma gest ãoeficiente. Al ém disso, as decisões sobre a implementação de ações de convivência com a secaexigem o conhecimento básico sobre a localização, caracterização e disponibilidade das fontes deágua superficiais e subterrâneas.

Para um efetivo gerenciamento dos recursos hídricos, principalmente num contextoemergencial, como é o caso das secas, merece atenção a utilização das fontes de abastecimento deágua subterrânea, pois esse recurso pode tornar-se significativo no suprimento hídrico da populaçãoe dos rebanhos. Neste sentido, um fato preocupante é o desconhecimento generalizado, em todos ossetores, tanto do número quanto da situação das captações existentes, fato este agravado quando seobserva a grande quantidade de captações de água subterrânea no semi-árido, principalmente emrochas cristalinas, desativadas e/ou abandonadas por problemas de pequena monta, em muitos casospassíveis de serem solucionados com ações corretivas de baixo custo.

Para suprir as necessidades das instituições e demais segmentos da sociedade atuantes naregi ão nordestina, no atendimento à população quanto à garantia de oferta hídrica, principalmentenos momentos críticos de estiagem, a CPRM está executando o Projeto Cadastro de Fontes deAbastecimento por Água Subterrânea em conson ância com as diretrizes do Governo Federal e dosprop ósitos apresentados pelo Ministério de Minas e Energia.

Este Projeto tem como objetivo a realização do cadastro de todos os po ços tubulares, poçosamazonas representativos e fontes naturais, em uma área de 722.000 km2 da região Nordeste doBrasil, excetuando-se as áreas urbanas das regiões metropolitanas.

2. ÁREA DE ABRANG ÊNCIA

A área de abrangência do projeto de cadastramento (figura 1) estende-se pelos estados doPiauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais eEspírito Santo.

Figura 1 – Área de abrang ência do Projeto

Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água SubterrâneaDiagnóstico do Municí pio de Rio do Fogo

Estado do Rio Grande do Norte

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3. METODOLOGIA

O planejamento operacional para a realização desse projeto teve como base a experi ência daCPRM nos projetos de cadastramento de poços dos estados do Cear á e Sergipe, executados comsucesso em 1998 e 2001, respectivamente.

Os trabalhos de campo foram executados por microrregião, com áreas variando de 15.000 a25.000 km2. Cada área foi levantada por uma equipe coordenada por dois t écnicos da CPRM ecomposta, em média, de seis recenseadores, na maioria estudantes de nível superior dos cursos deGeologia e Geografia, selecionados e treinados pela CPRM.

O trabalho contemplou o cadastramento das fontes de abastecimento por água subterrânea (poçotubular, poço escavado e fonte natural), com determinação das coordenadas geográficas pelo uso doGlobal Positioning System (GPS) e obtenção de todas as informações passíveis de serem coletadasatravés de uma visita técnica (caracterização do poço, instalações, situação da captação, dadosoperacionais, qualidade da água, uso da água e aspectos ambientais, geológicos e hidrológicos).

Os dados coletados foram repassados sistematicamente á Divis ão de Hidrogeologia eExplora ção da CPRM, em Fortaleza, para, ap ós rigorosa an álise, alimentarem um banco dedados. Esses dados, devidamente consistidos e tratados, possibilitaram a elaboração de ummapa de pontos d’ água, de cada um dos municípios inseridos na área de atuação do Projeto,cujas informações s ão complementadas por esta nota explicativa, visando um f ácil manuseio ecompreens ão acessível a diferentes usu ários.

Na elaboração dos mapas de pontos d‘ água, foram utilizados como base cartográfica os mapasmunicipais estatísticos em formato digital do IBGE (Censo 2000), elaborados a partir das cartastopográficas da SUDENE e DSG – escala 1:100.000, sobre os quais foram colocados os dadosreferentes aos poços e fontes naturais contidos no banco de dados. Os trabalhos de arte final eimpressão dos mapas foram realizados com o aplicativo CorelDraw. A base estadual com os limitesmunicipais foi cedida pelo IBGE.

Há municípios em que ocorrem alguns casos de poços plotados fora dos limites do mapamunicipal. Tais casos ocorrem devido à imprecisão nos traçados desses limites, seja pela pequenaescala do mapa fonte utilizado no banco de dados (1:250.000), seja por problemas ainda existentesna cartografia estadual, ou talvez devido a informações incorretas prestadas aos recenseadores ou,simplesmente, erro na obtenção das coordenadas.

Além desse produto impresso, todas as informações coligidas estão disponíveis em meiodigital, através de um CD ROM, permitindo a sua contínua atualização.

4. CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICÍPIO DE RIO DO FOGO

4.1 - Localização e Acesso

O município de Rio do Fogo situa-se na mesorregi ão Leste Potiguar e na microrregião LitoralNordeste, limitando-se com os municípios de Maxaranguape, Touros e o Oceano Atlântico,abrangendo uma área de 151 km², inseridos na folha Touros (SB.25-V-C-II), na escala 1:100.000,editada pela SUDENE.

A sede do município apresenta coordenadas 05°16’22,8” de latitude sul e 35°22’58,8” delongitude oeste, distando da capital cerca de 90 km, sendo seu acesso, a partir de Natal, efetuadoatravés das rodovias pavimentadas BR-406, RN-065 e RN-021.

Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água SubterrâneaDiagnóstico do Municí pio de Rio do Fogo

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Paraíba

Ceará

Ceará

Paraíba

Paraíba

Oceano Atlântico

Escala Gráfica

0 16 32 48 64kmLegenda

Sede do município

Rodovia Federal

Rodovia Estadual

Limite Municipal

Limite Estadual

N

Figura 2 - Mapa de acesso rodoviário

4.2 - Aspectos Socioeconômicos

O município de Rio do Fogo foi criado pela Lei n° 6.842, de 21/12/1995, desmembrado deMaxaranguape.

Segundo o censo de 2000, a população total residente é de 9.217 habitantes, dos quais 4.684são do sexo masculino (50,80%) e 4.533 do sexo feminino (49,20%), sendo que 3.620 vivem na áreaurbana (39,30%)e 5.597 na área rural (60,70%). A população atual estimada é de 10.620 habitantes(IBGE/2005). A densidade demográfica é de 61,24 hab/km2.

A rede de saúde dispõe de 06 Unidades Ambulatoriais. Na área educacional, o municípiopossui 14 estabelecimentos de ensino, sendo 10 de ensino médio da Administração Municipal e 04da Administração Estadual. Da população total, 64,20% são alfabetizados.

O município possui 2.002 domicílios permanentes, sendo 807 na área urbana e 1.195 na árearural. Destes, 1.719 são abastecidos de água através da rede geral, 124 através de poço ou nascentee 159 por outras fontes. Apenas 21 domicílios estão ligados à rede geral de esgotos.

As principais atividades econômicas s ão: agropecuária, pesca, extrativismo e com ércio.Com relação à infra-estrutura, o município possui 04 Pousadas, 01 Agência e 01 posto dos

Correios. (Fonte: IDEMA – 2001).No ranking de desenvolvimento, Rio do Fogo está em 137º lugar no estado (137/167

municípios) e em 4.704º lugar no Brasil (4.704/5.561 municípios) Fonte:(www.desenvolvimentomunicipal.com.br).

O IDH-M=0,598 (Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil – www.FJP.gov.br/produtos/cees/idh/Atlas_idh.php).

4.3 - Aspectos Fisiográficos

Criado pela Lei nº 6.842 de 21/12/1995, o município foi desmembrado do município deMaxaranguape, pertence à microrregião denominada de ” Litoral Nordeste” (IBGE), e est áenquadrado no Litoral Oriental, segundo o planejamento de zonas homogêneas do Estado. (IDEC –1997). O município possui um clima do tipo tropical chuvoso com ver ão seco e estação chuvosaadiantando-se para o outono, período chuvoso de março a agosto, temperatura m édia anual em tornode 25,8ºC e umidade relativa média anual de 75%. Quanto à formação vegetal, o município possuiFloresta Subperenif ólia – vegetação constituída por árvores sempre verdes, possuem grande número

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de folhas largas, troncos relativamente delgados, densa e o solo apresenta-se recoberto por umacamada de húmus. Manguezal – sistema ecol ógico costeiro tropical dominado por espécies vegetais– mangues e animais típicos, aos quais se associam outras plantas e animais adaptados a um soloperiodicamente inundado pelas mar és, com grande variação de salinidade. Formação TabuleirosLitorâneos – vegetação encontrada cobrindo os Tabuleiros Costeiros, geralmente são áreas ondeocorreu intervenção humana. Formação de Praias e Dunas – vegetação nativa fixadora de areias. Asdunas são estabilizadas ou fixas quando cobertas por vegetação natural e denominada ReservaEcológica. Campo de Várzea – vegetação que ocorre nas várzeas úmidas e periferia de cursosd’ água, constitui-se, principalmente, por espécies herbáceas da família das gramíneas e ciperáceas.Entre outras esp écies destacam-se a baronesa, junco e periperi. O solo é predominado por AreiasQuartzosas Distróficas. O município possui menos de 100 metros de altitude. (Fonte: IDEMA – 1999).

4.4 - Geologia

O município de Rio do Fogo encontra-se inserido, geologicamente, na Província Borborema,sendo constituído pelos sedimentos do Grupo Barreiras (ENb) e pelos Dep ósitos Colúvio-eluviais(NQc), Litor âneos (Q2l), Aluvionares (Q2a) e Dunas Inativas (Qd), como pode ser observado na figura3.

Rio doFogoTouros

Pureza

Oceano Atlantico

Maxaranguape

35°20’35°22’35°24’35°26’35°28’

5°16’

5°18’

5°20’

5°22’

5°24’

5°26’

5°28’

5°16’

5°18’

5°20’

5°22’

5°24’

5°26’

5°28’

35°20’35°22’35°24’35°26’35°28’

Q2l

QdQ2a

NQc

ENb

BR101

RN064

N

Cenozóico

ENbGrupo Barre iras (b): arenito e conglomerado, intercalações desil tito e arg ili to .

NQcDepósitos colúvio-eluviais : Se dimento arenoso, areno-argilosoe conglomerático.

Q2a Depósitos Aluvionares (a ) : areia, cascalho e níveis de argi la.

Qd Dunas Inativas (d): areia bem selecionada

Depósitos li torâneos (l ): areia fina a grossa e dunas mó veisQ2l

Contato g eológ ico

CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS

CONVENÇÕES GEOLÓGICAS

Limites Intermunicipais

Rios e riachos

Sede Municipa l

Lag oa

Rodovias

UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS

NQc

Q2a

Qd

NQc

Figura 3 - Mapa Geológico

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5. RECURSOS HÍDRICOS

5.1 - Águas Superficiais

O município de Rio do Fogo possui 45% de seu territ ório inserido nos domínios da baciahidrogr áfica do Rio Punaú, 14,8% nos domínios da bacia hidrogr áfica do Rio Maxaranguape e40,20% nos domínios da Faixa Litor ânea Leste de Escoamento Difuso, sendo banhado pela sub-bacia do Rio Punaú, que o atravessa na direção SW-NE. Seus principais tributários são os riachosPunaú, das Piranhas, das Curicacas, do Fogo, Catolé e d’ Água. Os principais corpos de acumulaçãosão as lagoas do Catolé, Mutuca, das Cutias, Barrenta e Puna ú. O município é banhado a NE peloOceano Atl ântico. Não existem açudes com capacidade de acumulação igual ou superior a100.000m3. O padrão da drenagem é do tipo dendrítico e alguns cursos d’ água s ão perenes próximoà foz.

5.2 - Águas Subterrâneas

5.2.1 - Domínios Hidrogeológicos

O município de Rio do Fogo está totalmente inserido no Domínio Hidrogeológico Intersticial .O Domínio Intersticial é composto de rochas sedimentares do Grupo Barreiras, dos Dep ósitosColúvio-eluviais, Dep ósitos Aluvionares, Depósitos Litorâneos e das Dunas Inativas.

6. DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS

O levantamento realizado no município registrou a existência de 20 pontos d’ água, sendo todospoços tubulares, conforme mostra a fig.6.1.

Poçostubulares

100%

Poços tubulares

Fig.6.1 – Tipos de pontos d’ água cadastrados no município

Com relação à propriedade dos terrenos onde estão localizados os pontos d’ água cadastrados,podemos ter: terrenos públicos, quando os terrenos forem de serventia pública e; particulares, quandoforem de uso privado. Conforme ilustrado na fig.6.2, existem 16 pontos d’ água em terrenos p úblicos e04 em terrenos particulares.

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Públicos80%

Particulares20%

Particulares

Públicos

Fig.6.2 – Natureza da propriedade dos terrenos onde existem poços tubulares.

Quanto ao tipo de abastecimento a que se destina a água, os pontos cadastrados foramclassificados em: comunitários, quando atendem a várias famílias e; particulares, quando atendemapenas ao seu proprietário. A fig.6.3 mostra que 12 pontos d’ água destinam-se ao atendimentocomunitário e 08 pontos não tiveram a finalidade do abastecimento definida.

Indefinidos40%

Comunitários60%

Indefinidos

Comunitários

Fig.6.3 – Finalidade do abastecimento dos poços.

Quatro situações distintas foram identificadas na data da visita de campo: poços em operação,paralisados, não instalados e abandonados. Os poços em operação são aqueles que funcionavamnormalmente. Os paralisados estavam sem funcionar temporariamente devido a problemasrelacionados à manutenção ou quebra de equipamentos. Os não instalados representam aquelespoços que foram perfurados, tiveram um resultado positivo, mas não foram ainda equipados comsistemas de bombeamento e distribuição. E por fim, os abandonados, que incluem poços secos epoços obstruídos, representam os poços que n ão apresentam possibilidade de produção.

A situação dessas obras, levando-se em conta seu caráter público ou particular, é apresentadaem números absolutos no quadro 6.1 e em termos percentuais na fig.6.4.

Quadro 6.1 – Situação dos poços cadastrados conforme a finalidade do usoNatureza do Poço Abandonado Em Operação Não Instalado Paralisado IndefinidoComunitário - 12 - - -Particular - - - - -Indefinido - 2 3 3 -Total - 14 3 3 -

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Em Operação70%

Não Instalados15%

Paralisados15%

Em Operação

Não Instalados

Paralisados

Fig.6.4 – Situação dos poços cadastrados

Em relação ao uso da água, 46% dos pontos cadastrados são destinados ao consumodoméstico primário ( água de consumo humano para beber), 54% são utilizados para o consumodom éstico secundário (água de consumo humano para uso geral), conforme mostra a fig.6.5.

DomésticoSecundário

54%

DomésticoPrimário

46%

Doméstico Primário

Doméstico Secundário

Fig.6.5 – Uso da água

A fig.6.6 mostra a relação entre os poços tubulares atualmente em operação e os poçosinativos (paralisados e não instalados) que são passíveis de entrar em funcionamento. Verificou-se aexist ência de 02 poços particulares e 04 públicos, não instalados ou paralisados e, portanto,passíveis de entrar em funcionamento, podendo vir a somar suas descargas àquelas dos 14 poçosque estão em operação.

02468

1012

Particular 2 2

Público 12 4

Em Operação Paral/N. Instalado

Fig.6.6 – Relação entre poços em uso e desativados

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Com relação à fonte de energia utilizada nos sistemas de bombeamento dos poços, a fig.6.7mostra que 14 poços utilizam energia elétrica, sendo 12 públicos e 02 particulares, enquanto 03poços utilizam outras fontes de energia, sendo 02 públicos e 01 particular.

02468

1012

Particular 2 1

Público 12 2

Energia Elétrica Outras Fontes

Fig. 6.7 – Tipo de energia utilizada no bombeamento d’ água

6.1 - Aspectos Qualitativos

Com relação à qualidade das águas dos pontos cadastrados, foram realizadas in loco medidasde condutividade el étrica, que é a capacidade de uma substância conduzir a corrente el étrica estandodiretamente ligada ao teor de sais dissolvidos sob a forma de íons.

Na maioria das águas subterrâneas naturais, a condutividade el étrica multiplicada por um fator,que varia entre 0,55 a 0,75, gera uma boa estimativa dos sólidos totais dissolvidos (STD) na água.Para as águas subterrâneas analisadas, a condutividade el étrica multiplicada pelo fator 0,65 forneceo teor de sólidos dissolvidos.

Conforme a Portaria no 1.469/FUNASA, que estabelece os padrões de potabilidade da águapara consumo humano, o valor máximo permitido para os s ólidos dissolvidos (STD) é 1000 mg/l.Teores elevados deste parâmetro indicam que a água tem sabor desagradável, podendo causarproblemas digestivos, principalmente nas crianças, e danifica as redes de distribuição.

Para efeito de classificação das águas dos pontos cadastrados no município, foramconsiderados os seguintes intervalos de STD (Sólidos Totais Dissolvidos):

0 a 500 mg/l água doce501 a 1.500 mg/l água salobra

> 1.500 mg/l água salgada

Foram coletadas e analisadas amostras de 14 poços tubulares. Os resultados das an álisesmostraram valores oscilando de 33,15 e 265,20 mg/l, com valor médio de 72,01 mg/l. Observando oquadro 6.2 e a fig.6.8, que ilustra a classificação das águas subterrâneas no município, verifica-se apredominância de água doce, com 100% dos poços amostrados.

Quadro 6.2– Qualidade das águas subterrâneas no município conforme a situação do poçoQualidade da água Em Uso Não Instalado Paralisado Indefinido Total

Doce 14 - - - 14Salobra - - - - 0Salina - - - - 0Total 14 0 0 0 14

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Doce100%

Salobra0%

Salina0%

Doce

Salobra

Salina

Fig.6 8 – Qualidade das águas subterr âneas do município.

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7. CONCLUS ÕES E RECOMENDA ÇÕES

A an álise dos dados referentes ao cadastramento de pontos d´água executado no municípiopermitiu estabelecer as seguintes conclusões:

• A situação atual dos poços tubulares existentes no município é apresentada no quadro 7.1 aseguir:

Quadro 7.1 – Situação atual dos poços cadastrados no município.Naturezado Poço Abandonado Em

OperaçãoNão

Instalado Paralisado Indefinido Total

Público - 12 (75%) 2 (13%) 2 (13%) - 16 (80%)Particular - 2 (50%) 1 (25%) 1 (25%) - 4 (20%)Indefinido - - - - - 0 (0%)Total - 14 (70%) 3 (15%) 3 (15%) - 20 (100%)

• Os 20 pontos d’ água cadastrados são todos poços tubulares, sendo que 14 (70,00%)encontram-se em operação. Os 06 pontos restantes (30,00%) incluem os não instalados e osparalisados, por motivos os mais diversos. Estes poços representam uma reserva potencialsubstancial, que pode vir a reforçar o abastecimento no município se, após uma análisetécnica apurada, forem considerados aptos à recuperação e/ou instalação. Cabe àadministração municipal promover ou articular o processo de análise desses poços, podendoaumentar substancialmente a oferta hídrica no município.

• Foram feitos testes de condutividade em 14 amostras d’ água (70,00% dos poçoscadastrados), resultando todas em águas doces (100,00%).

• Deve ser analisada a possibilidade de treinamento de moradores das proximidades dospoços, para manutenção de bombas em caso de pequenos defeitos, ou ainda, para serem osresponsáveis por fazer a comunicação à Prefeitura Municipal, em caso de problemas maisgraves, para que sejam tomadas ou articuladas as medidas cabíveis.

• Todos os poços deveriam sofrer manutenção peri ódica para assegurar o seu plenofuncionamento, principalmente em tempos de estiagem prolongada; por manutençãoperi ódica entende-se um período, no mínimo anual, para retirada de equipamento do poço esua manutenção e limpeza, além de limpeza do poço como um todo, possibilitando arecuperação ou manutenção das suas vazões originais.

• Para assegurar a boa qualidade da água, do ponto de vista bacteriol ógico, devem serimplantadas em todos os poços ativos e paralisados, passíveis de recuperação, medidas deproteção sanit ária tais como: selo sanitário, tampa de proteção, limpeza permanente doterreno, cerca de proteção, etc. O que pode ser articulado entre a Prefeitura Municipal e aprópria população benefici ária do poço. Quanto aos poços abandonados, devem ser tomadasmedidas de contenção, como a colocação de tampas soldadas ou aparafusadas, visandoevitar a contaminação do lençol freático por queda acidental de pequenos animais eintrodução de corpos estranhos, especialmente por crianças, fato muito comum nas áreasvisitadas.

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8. REFER ÊNCIAS BIBLIOGR ÁFICAS

ANU ÁRIO MINERAL BRASILEIRO, 2000. Brasília: DNPM, v.29, 2000. 401p.

BRASIL. MINIST ÉRIO DAS MINAS E ENERGIA. Secretaria de Minas e Metalurgia; CPRM – ServiçoGeológico do Brasil [CD ROM] Geologia, tect ônica e recursos minerais do Brasil, Sistema deInforma ções Geográficas SIG. Mapas na escala 1:2.500.000. Brasília: CPRM, 2001. Disponívelem 04 CD’s.

FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Geografia doBrasil. Região Nordeste. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. Disponível em 1 CD.

FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Mapas Base dosmunicípios do Estado do Rio Grande do Norte.

RODRIGUES E SILVA, Fernando Barreto; SANTOS, José Carlos Pereira dos; SILVA, Ademar Barrosda et al [CD ROM] Zoneamento Agroecológico do Nordeste do Brasil: diagnóstico eprogn óstico. Recife: Embrapa Solos. Petrolina: Semi-Árido, 2000. Disponível em 1 CD

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ANEXO 1

PLANILHA DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO

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C ÓDIGO LATITUDE LONGITUDE PONTO DE NATUREZA PROF. VAZÃO SITUAÇÃO EQUIPAMENTO DE FONTE FINALIDADE STDPOÇO

LOCALIDADES W ÁGUA DO TERRENO (m) (L/h) DO POÇO BOMBEAMENTO DE ENERGIA DO USO (mg/L)

DU408 RIO DE FOGO 051631,3 352258,3 Poço tubular Público 70 Em Operação Bomba submersa Trifásica Doméstico Primário, Doméstico Secund ário, 52DU409 RIO DE FOGO 051613,9 352307,7 Poço tubular Público 55 Em Operação Bomba submersa Trifásica Doméstico Primário, Doméstico Secund ário, 76,05

DU410 RIO DE FOGO 051624,9 352248,4 Poço tubular Particular 12 Não Instalado ,

DU411 RIO DE FOGO 051629,7 352246,0 Poço tubular Particular 12 Em Operação Bomba centrifuga Monofásica Doméstico Secundário, 265,2

DU412 RIO DE FOGO 051715,5 352224,1 Poço tubular Particular 24 Em Operação Bomba injetora Trifásica Doméstico Secundário, 114,4

DU413 RIO DE FOGO 051636,9 352301,0 Poço tubular Público 60 Em Operação Bomba submersa Trifásica Doméstico Primário, Doméstico Secund ário, 54,6

DU414 RIO DE FOGO 051720,6 352317,7 Poço tubular Particular 50 Paralisado Catavento ,

DU415 RIO DE FOGO 051821,8 352235,7 Poço tubular Público 50 Paralisado Catavento ,

DU416 ZUMBI 051947,8 352145,1 Poço tubular Público 54 Não Instalado ,

DU417 ZUMBI 052001,6 352148,5 Poço tubular Público 54 Em Operação Bomba submersa Trifásica Doméstico Primário, Doméstico Secund ário, 58,5

DU418 ZUMBI 051959,1 352151,7 Poço tubular Público 54 Em Operação Bomba submersa Trifásica Doméstico Primário, Doméstico Secund ário, 57,2

DU419 ZUMBI 052003,7 352152,1 Poço tubular Público 54 Paralisado Bomba submersa Trifásica ,

DU420 ZUMBI 052005,5 352149,5 Poço tubular Público 76 Em Operação Bomba submersa Trifásica Doméstico Primário, Doméstico Secund ário, 44,85

DU421 PITITINGA 052254,9 352013,6 Poço tubular Público 60 Não Instalado ,

DU422 PITITINGA 052255,1 352014,0 Poço tubular Público 80 Em Operação Bomba submersa Trifásica Doméstico Primário, Doméstico Secund ário, 73,45

DU423 PITITINGA 052257,3 352015,9 Poço tubular Público 60 Em Operação Bomba submersa Trifásica Doméstico Primário, Doméstico Secund ário, 57,85

DU424 PUNAU 052143,0 352453,6 Poço tubular Público 60 Em Operação Bomba submersa Trifásica Doméstico Primário, Doméstico Secundário, 40,3

DU425 PUNAU 052146,3 352452,6 Poço tubular Público 56 Em Operação Catavento Doméstico Primário, Doméstico Secund ário, 33,15

DU426 PUNAU 052153,1 352448,2 Poço tubular Público 56 Em Operação Bomba submersa Trifásica Doméstico Primário, Doméstico Secund ário, 41,6

DU427 CATOLE 052302,4 352842,4 Poço tubular Público 56 Em Operação Bomba submersa Trifásica Doméstico Primário, Doméstico Secund ário, 39

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ANEXO 2

MAPA DE PONTOS D’ ÁGUA