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    CONTRATO COLECTIVO DE TRABALHO ENTRE A

    ANF ASSOCIAO NACIONAL DAS FARMCIAS E O

    SNF SINDICATO NACIONAL DOS FARMACUTICOS

    - Reviso global

    Reviso global do CCT publicado no BTE, n 23, de 22 de junho de 2012, com as alteraes

    publicadas no BTE, n 4, de 29 de janeiro de 2014 e no BTE, n 48, de 29 de dezembro de 2014.

    CAPTULO I

    MBITO E VIGNCIA DO CCT

    Clusula 1

    mbito pessoal e geogrfico

    1.

    O presente contrato colectivo de trabalho obriga todas as entidades empregadorasrepresentadas pela

    Associao Nacional das Farmcias que exeram a sua actividade de farmcia no territrio continental e

    nas Regies Autnomas da Madeira e dos Aores e os farmacuticos representados pelo Sindicato

    Nacional dos Farmacuticos.

    2. Este contrato abrange somente os farmacuticos de oficina que trabalham por conta de outrem.

    Clusula 2

    Vigncia

    1. Este contrato entra em vigor, aps a sua publicao no Boletim do Trabalho e do Emprego, nos termos

    legais, sem prejuzo do estipulado no n 5, e vigora por trinta e seis meses, salvo quanto s tabelas

    salariais e clusulas de expresso pecuniria, referidas nos Anexos I e II, cujo prazo de vigncia de

    doze meses.

    2.

    O CCT considera-se sucessivamente renovado por perodos doze meses enquanto qualquer das parteso no denuncie, com a antecedncia mnima de 60 dias em relao ao termo do perodo de vigncia que

    estiver em curso, atravs de carta registada dirigida ao outro outorgante, acompanhada de uma proposta

    negocial.

    3.

    Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, a denncia ou a proposta de mera reviso do presente

    CCT regem-se pelas normas legais que, em cada momento, estiverem em vigor.

    4. Em qualquer altura da sua vigncia pode, porm, este contrato ser revisto total ou parcialmente por

    acordo entre as partes contratantes.

    5.

    O disposto nas clusulas 40 a 43 e 67, bem como as tabelas salariais previstas no Anexo I produzemefeitos a partir de 1 de Janeiro de 2016, inclusive.

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    Clusula 3

    Aplicao

    O presente contrato colectivo de trabalho aplica-se a todos os contratos individuais de trabalho, excepto na

    parte em que estes definirem clusulas ou condies mais vantajosas para os farmacuticos a que

    respeitem, sem prejuzo das modificaes de que forem objeto ao abrigo do presente CCT ou da lei.

    CAPTULO II

    ADMISSO E ENQUADRAMENTO PROFISSIONAL

    Clusula 4

    Admisso

    1. A admisso, por contrato de trabalho sem termo, dos farmacuticos abrangidos pelo presente CCT ser

    feita a ttulo experimental pelo perodo de 180 dias, durante os quais qualquer das partes poder

    rescindir o contrato de trabalho, independentemente da invocao de justa causa ou de pagamento de

    qualquer indemnizao.

    2.

    Findo o perodo experimental previsto no nmero anterior, a admisso torna-se efectiva, contando-se o

    tempo de servio a partir da data de admisso provisria.

    3. No caso da admisso se processar atravs de contrato a termo, o perodo experimental ter a seguinte

    durao:

    a) 30 dias em caso de contrato a termo com durao igual ou superior a seis meses;

    b) 15 dias em caso de contrato a termo certo de durao inferior a seis meses ou de contrato a

    termo incerto cuja durao previsvel no ultrapasse aquele limite.

    Clusula 5

    Efeitos da no revalidao da cdula profissional de farmacutico,

    da sua suspenso ou do seu cancelamento

    1. A no revalidao, por parte do farmacutico, da sua cdula profissional, nos prazos e condies legais

    ou regulamentares, ou a sua suspenso, determina a inerente suspenso do contrato de trabalho.

    2. O contrato caduca no momento em que se torne certo que o impedimento definitivo.

    3. Se por deciso que j no admita recurso, a cdula profissional vier a ser retirada ao farmacutico, o

    contrato de trabalho caduca logo que as partes tenham conhecimento de tal facto.

    Clusula 6

    Categorias profissionais

    Os farmacuticos abrangidos por este contrato colectivo classificam-se em:

    a)

    Director Tcnico;b)

    FarmacuticoGrau I;

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    c)

    FarmacuticoGrau II;

    d) FarmacuticoGrau III;

    e) Farmacutico - Grau IV;

    f)

    FarmacuticoGrau V.

    Clusula 7

    Carreira profissional

    1. O acesso s categorias previstas nas alneas b) a e) da Clusula 6 processar-se- aps a verificao

    do exerccio efectivo de funes no grau anterior por um perodo de 4 anos, sem prejuzo do disposto

    no nmero 3 da presente clusula.

    2. Para efeitos do regime previsto no nmero anterior, o tempo de exerccio efetivo de funes que o

    farmacutico detenha na categoria de que seja titular data de entrada em vigor do presente CCT

    conta para efeitos do cmputo do perodo previsto no nmero anterior para acesso categoria

    profissional subsequente.

    3. O regime de progresso na carreira profissional previsto no n1 pode ser afastado por acordo escrito

    entre a farmcia e o farmacutico, nos termos e com os efeitos previstos na clusula 41, processando-

    se nesse caso, o acesso s categorias previstas nas alneas b) a e) da Clusula 6 aps o farmacutico

    obter 45 pontos no grau anterior.

    4.

    Os pontos que sejam atribudos no ano em que o farmacutico atinja o limite fixado no nmero anterior

    e que excedam tal limite sero includos na pontuao referente ao grau para o qual o farmacutico

    progrediu.

    5.

    Os crditos de desenvolvimento profissional (CDP) reconhecidos pela Ordem dos Farmacuticos para

    efeitos de revalidao da cdula profissional, e obtidos pelo farmacutico, com exceo dos que

    decorram da evidncia da prtica profissional no mbito do ato farmacutico, sero computados para

    efeitos da pontuao prevista no n 3, correspondendo 1 CDP a 1 ponto, at ao limite total, em cada

    ano civil, de 3 pontos.

    .Clusula 8

    Exerccio de funes em comisso de servio

    1. O desempenho das funes inerentes categoria de Director Tcnico, bem como as de Farmacutico

    quando envolvam as de substituio do Director Tcnico, nas suas ausncias ou impedimentos, dada a

    especial de relao de confiana que pressupem com o empregador, podem ser exercidas em regime

    de comisso de servio, por acordo entre a entidade empregadora e o farmacutico, nas modalidades

    admitidas pela lei.

    2.

    O acordo de comisso de servio deve observar os requisitos formais previstos na lei.

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    Clusula 9

    Funes

    1. Compete ao Director Tcnico:

    a)

    Assumir a responsabilidade pela execuo de todos os actos farmacuticos praticados na farmcia,

    cumprindo-lhe respeitar e fazer respeitar os regulamentos referentes ao exerccio da profisso

    farmacutica, bem como as regras de deontologia, por todas as pessoas que trabalham na farmcia

    ou que tm qualquer relao com ela;

    b) Prestar ao pblico os esclarecimentos por ele solicitados, sem prejuzo da prescrio mdica, e

    fornecer informaes ou conselhos sobre os cuidados a observar com a utilizao dos

    medicamentos, aquando da entrega dos mesmos sempre que no mbito das suas funes o julgue

    til ou conveniente;

    c) Manter os medicamentos e substncias medicamentosas em bom estado de conservao, de modo

    a serem fornecidos nas devidas condies de pureza e eficincia,

    d) Promover que na farmcia sejam observadas boas condies de higiene e segurana;

    e) Prestar a sua colaborao s entidades oficiais e promover as medidas destinadas a manter um

    aprovisionamento suficiente de medicamentos.

    2. Compete aos Farmacuticos coadjuvarem o director tcnico no exerccio das suas funes e substitu-

    lo nas suas ausncias e impedimentos, quando tal lhe for expressamente determinado, bem como, se

    for o caso, coadjuvar o farmacutico substituto do director tcnico.

    CAPTULO III

    DEVERES

    Clusula 10

    Deveres do Farmacutico

    So, em geral, deveres dos farmacuticos:

    a) Exercer com competncia, zelo e assiduidade as funes que lhe tiverem sido confiadas;

    b)

    Guardar segredo profissional;

    c) Obedecer entidade patronal e superiores hierrquicos em tudo o que respeite ao trabalhador,

    salvo na medida em que as ordens e instrues dimanadas se mostrarem contrrias aos seus

    direitos, garantias e deveres deontolgicos;

    d)

    Defender os interesses legtimos da entidade patronal;

    e) Respeitar e fazer-se respeitar dentro dos locais de trabalho;

    f) Zelar pelo bom estado e conservao do material que lhe tenha sido confiado;

    g)

    Proceder na sua vida profissional de forma a prestigiar no apenas a sua profisso como a prpria

    entidade que representa;h)

    Informar com verdade, iseno, esprito de justia e respeito dos seus subordinados;

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    i)

    Actualizar os seus conhecimentos e cuidar do seu aperfeioamento profissional;

    j) Cumprir rigorosamente as disposies do presente contrato;

    Clusula 11

    Deveres da Farmcia

    So, em geral, deveres da farmcia:

    a)

    Tratar e respeitar o farmacutico como seu colaborador;

    b) Cumprir rigorosamente as disposies do presente contrato,

    c)

    Proporcionar boas condies de trabalho, tanto do ponto de vista fsico como moral;

    d)

    Exigir de cada farmacutico apenas as tarefas comportveis com as respectivas categorias;

    e) Permitir aos farmacuticos actualizar os seus conhecimentos e ainda cuidar do seu aperfeioamento

    profissional.

    CAPTULO IV

    PRESTAO DE TRABALHO

    SECO I

    LOCAL DE TRABALHO

    Clusula 12

    Local de trabalho

    1.

    O farmacutico deve, em princpio, exercer a sua actividade no local contratualmente definido.

    2. O farmacutico encontra-se adstrito s deslocaes inerentes s suas funes ou indispensveis sua

    formao profissional.

    3.

    A transferncia de local de trabalho rege-se pelo disposto na lei.

    SECO II

    DURAO E ORGANIZAO DO TEMPO DE TRABALHO

    Clusula 13

    Perodo normal de trabalho e horrio de trabalho

    1. O perodo normal de trabalho ter a durao mxima de 8 horas por dia e de quarenta horas semanais,

    podendo ser definido em termos mdios, de acordo com o estabelecido na clusula 15, sem prejuzo do

    disposto na lei e no presente CCT, nomeadamente nas clusulas 16 e 17.

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    2.

    Os directores tcnicos e farmacuticos so obrigados ao cumprimento do perodo normal de trabalho

    referido no nmero anterior, salvo quando forem admitidos com um perodo normal de trabalho

    especfico, sem prejuzo das obrigaes resultantes da legislao farmacutica.

    3.

    Compete ao empregador determinar o horrio de trabalho, dentro dos limites da lei e do presente

    contrato colectivo, tendo em conta o horrio de funcionamento da farmcia.

    4.

    O intervalo de descanso no pode ter uma durao inferior a trinta minutos nem ser superior a duas

    horas, no podendo o trabalhador prestar mais de seis horas de trabalho consecutivo.

    Clusula 14

    Horrio fixo

    Horrio fixo aquele em que as horas de incio e de termo do perodo de trabalho, bem como as do intervalo

    de descanso, so previamente determinadas e fixas.

    Clusula 15

    Horrios em regime de adaptabilidade

    1.

    O perodo normal de trabalho pode ser definido em termos mdios, caso em que poder ser aumentado

    at 2 horas, no podendo o perodo normal de trabalho semanal exceder as 50 horas.

    2. A durao mdia do perodo normal de trabalho apurada por referncia a um perodo que no poder

    exceder 6 meses.

    3. Nas semanas em que a durao do perodo normal de trabalho seja menor, o acerto da mdia do

    perodo normal de trabalho poder efectuar-se por via da reduo do perodo de trabalho dirio at ao

    limite de 2 horas, ou da reduo da semana de trabalho em dias ou meios-dias, sem prejuzo do

    subsdio de refeio.

    Clusula 16

    Regime de banco de horas

    1. O perodo normal de trabalho dirio, nas condies e casos previstos nos nmeros seguintes, pode ser

    aumentado at 3 horas, tendo o acrscimo por limite 200 horas por ano.

    2. A entidade empregadora tem de comunicar ao farmacutico a necessidade de prestar trabalho em

    regime de banco de horas, salvo nos casos previstos no n 3, com a antecedncia de um dia de trabalho

    ou, por motivos fundamentados, no prprio dia at ao incio do intervalo de descanso, dentro dos limites

    previstos no n1, sendo o trabalho a mais compensado com a atribuio de descanso, nos termos

    previstos na presente clusula.

    3. Se estiver em causa a ultimao de receiturio urgente ou o suprimento de atraso ou falta imprevista de

    farmacutico que deveria apresentar-se ao servio, a entidade empregadora pode comunicar ao

    farmacutico a necessidade de prestar trabalho ao abrigo do regime referido no n1, logo que tomarconhecimento do motivo justificativo.

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    4.

    A compensao do trabalho prestado em acrscimo, ao abrigo e dentro dos limites do disposto no

    nmero anterior, efectuar-se- pela concesso do correspondente tempo de descanso,

    5. O gozo do tempo de descanso compensatrio previsto no nmero anterior dever efectivar-se, no

    mximo, salvo diferente acordo entre as partes, no prazo de 30 dias a partir do momento em que perfaa

    o tempo correspondente a um dia de trabalho ou, se no o perfizer, at ao fim do ano civil a que

    respeitar, devendo o mesmo ser marcado por acordo, ou na falta deste, pela entidade empregadora com

    uma antecedncia de, pelo menos, 4 dias.

    6. Por acordo entre a entidade empregadora e o farmacutico, o tempo correspondente ao descanso

    compensatrio referido no nmero precedente pode ser remido a dinheiro.

    Clusula 17

    Iseno de horrio de trabalho

    1.

    Os Directores Tcnicos e os Farmacuticos podem prestar trabalho, mediante acordo com a entidade

    empregadora, em regime de iseno de horrio de trabalho, em qualquer das modalidades previstas na

    lei.

    2.

    O acordo de iseno de horrio de trabalho est sujeito aos requisitos formais previstos na lei.

    Clusula 18

    Descanso semanal

    1. O dia de descanso semanal obrigatrio o domingo.

    2. O dia de descanso semanal obrigatrio pode no ser o domingo, quando o horrio de funcionamento da

    farmcia abranja aquele dia e mediante acordo escrito entre a entidade empregadora e o farmacutico,

    sendo, neste ltimo caso, salvaguardado o gozo de um domingo, como dia de descanso semanal

    obrigatrio, em cada ms de calendrio.

    3.

    Para alm do dia de descanso semanal obrigatrio, os farmacuticos tm direito a um dia de descanso

    semanal complementar.

    4. O dia de descanso semanal complementar pode ser fraccionado em dois meios dias.

    5.

    O dia de descanso semanal complementar pode no coincidir com a semana de calendrio a que

    respeitaria, desde que ao farmacutico seja assegurado, num perodo de referncia no superior a um

    ms, um nmero de dias de descanso semanal complementar igual ao nmero de semanas de

    calendrio abrangidas pelo perodo de referncia que for fixado.

    6.

    O perodo de referncia previsto no nmero anterior poder ter uma durao at ao limite de trs

    meses, mediante acordo escrito entre a farmcia e o farmacutico.

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    CAPTULO V

    FERIADOS, FRIAS E FALTAS

    SECO I

    FERIADOS

    Clusula 19

    Feriados obrigatrios

    1.

    So feriados obrigatrios, aquele que estiverem estabelecidos na lei.

    2.

    O feriado de sexta-feira Santa poder ser observado em outro dia com significado local no perodo da

    Pscoa.

    Clusula 20

    Feriados facultativos

    1. So ainda concedidos os feriados facultativos seguintes:

    a) O feriado municipal da localidade ou, quando este no existir, o feriado distrital;

    b) A tera-feira de Carnaval.

    2. Em substituio de qualquer dos feriados referidos no nmero anterior poder ser observado, a ttulo de

    feriado, qualquer outro dia em que acordem a entidade patronal e os trabalhadores.

    Clusula 21

    Prestaes relativas a dia feriado

    O farmacutico tem direito retribuio correspondente aos feriados, quer obrigatrios, quer facultativos,

    sem que a entidade patronal os possa compensar com trabalho suplementar.

    SECO II

    FRIAS

    Clusula 22

    Direito a frias

    O direito a frias reporta-se ao trabalho prestado no ano civil anterior e no est condicionado assiduidade

    ou efectividade de servio, sem prejuzo do disposto na lei.

    Clusula 23

    Aquisio do direito a frias

    1.

    O direito a frias adquire-se com a celebrao do contrato de trabalho e vence-se no dia 1 de Janeiro decada ano civil

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    2.

    O direito a frias, em regra, reporta-se ao trabalho prestado no ano civil anterior, salvo o disposto na lei e

    nos ns 2 e 3 da clusula seguinte.

    Clusula 24

    Durao do perodo de frias

    1.

    O perodo anual de frias tem a durao prevista na lei, sem prejuzo do disposto nos nmeros 2 e 3 da

    clusula 43 e do n 2 da clusula 67.

    2. No ano da contratao, o farmacutico tem direito, aps seis meses completos de durao do contrato,

    a gozar 2 dias teis por cada ms de durao do contrato, at ao mximo de 20 dias teis, nos termos

    da lei.

    3. O farmacutico admitido com contrato cuja durao total no atinja seis meses tem direito, nos termos

    da lei, a gozar 2 dias teis de frias por cada ms completo de durao do contrato.

    4.

    Para efeitos do previsto nos nmeros anteriores, consideram-se como dias teis os dias de semana de

    segunda-feira a sexta-feira, com excepo dos feriados.

    5. Para efeitos da determinao do ms completo de execuo do contrato devem contar-se todos os dias,

    seguidos ou interpolados, em que foi prestado trabalho.

    6. Aos cnjuges, ascendentes ou descendentes ao servio da farmcia ser concedida a faculdade de

    gozarem as suas frias simultaneamente.

    Clusula 25

    Cumulao de frias

    1.

    As frias devem ser gozadas no decurso do ano civil em que se vencem, no sendo permitido acumular

    no mesmo ano frias de dois ou mais anos.

    2. As frias podem, porm, ser gozadas at 30 de Abril do ano civil seguinte, em acumulao ou no com

    as frias vencidas no incio deste, por acordo entre empregador e trabalhador ou sempre que este

    pretenda gozar as frias com familiares residentes no estrangeiro.

    3. Os trabalhadores podero ainda acumular no mesmo ano metade do perodo de frias vencido ano

    anterior com o vencido no incio desse ano, mediante acordo com o empregador.

    Clusula 26

    Marcao do perodo de frias

    1.

    A marcao do perodo de frias deve ser feita, por mtuo acordo, entre a entidade empregadora e o

    farmacutico.

    2. Na falta de acordo, caber entidade empregadora a elaborao do mapa de frias, ouvindo para o

    efeito, caso exista e esteja legalmente constituda, a comisso de trabalhadores.

    3.

    No caso previsto do nmero anterior, a entidade empregadora s pode marcar o perodo entre 1 de Maioe 31 de Outubro, salvo nas farmcias a funcionar em praias ou termas que pelos condicionalismos

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    prprios tenham de ter no referido perodo de tempo laborao intensiva, ou no caso da farmcia ter 10

    ou menos trabalhadores, unicamente sendo computados para efeitos deste limite os farmacuticos e os

    trabalhadores que, nos termos da lei e da contratao colectiva aplicvel, coadjuvem o farmacutico.

    4.

    As frias podero ser marcadas para serem gozadas em dois perodos interpolados.

    5.

    O mapa de frias definitivo dever estar elaborado at ao dia 15 de Abril de cada ano e afixado nos

    locais de trabalho entre aquela data e 31 de Outubro.

    Clusula 27

    Alterao da marcao do perodo de frias

    1.

    Se depois de marcado o perodo de frias, exigncias imperiosas do funcionamento da entidade

    empregadora determinarem o adiamento ou a interrupo das frias j iniciadas, o trabalhador tem

    direito a ser indemnizado pela entidade empregadora dos prejuzos que comprovadamente haja sofrido

    na pressuposio de que gozaria integralmente as frias na poca fixada.

    2. A interrupo das frias no poder prejudicar o gozo seguido de metade do perodo a que o

    trabalhador tenha direito.

    3.

    Haver lugar a alterao do perodo de frias sempre que o trabalhador na data prevista para o seu

    incio esteja temporariamente impedido por facto que no lhe seja imputvel.

    Clusula 28

    Efeitos da suspenso do contrato de trabalho por impedimento prolongado

    1. No ano da suspenso do contrato de trabalho por impedimento prolongado, respeitante ao trabalhador,

    se se verificar a impossibilidade total ou parcial do gozo do direito a frias j vencido, o trabalhador tem

    direito retribuio correspondente ao perodo de frias no gozado e respectivo subsdio ou ao gozo

    do mesmo at 30 de Abril do ano seguinte e, em qualquer caso, ao respectivo subsdio.

    2.

    No ano da cessao do impedimento prolongado o trabalhador tem direito a frias, aps seis meses

    completos de servio, a gozar 2 dias de frias por cada ms de durao do contrato, at ao mximo de

    20 dias de frias.

    3.

    No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de decorrido o prazo referido no nmero anterior ou antes

    de gozado o direito a frias, pode o farmacutico usufru-lo at 30 de Junho do ano civil subsequente.

    4. Cessando o contrato aps impedimento prolongado respeitante ao farmacutico, sem prejuzo do

    disposto no n1, este tem direito retribuio e ao subsdio de frias correspondentes ao tempo de

    servio prestado no ano de incio da suspenso.

    Clusula 29

    Doena no perodo de frias

    1.

    Se o trabalhador adoecer durante as frias, sero as mesmas suspensas desde que o empregador sejado facto informado, prosseguindo logo aps a alta, o gozo dos dias de frias compreendidos ainda

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    naquele perodo, cabendo ao empregador, na falta de acordo, a marcao dos dias de frias no

    gozados, sem sujeio aos limites previstos no n3, da clusula anterior.

    2. Cabe ao empregador, na falta de acordo, a marcao dos dias de frias no gozados, que podem

    ocorrer em qualquer perodo, aplicando-se neste caso o n3, da clusula anterior.

    3.

    A prova da doena prevista no n1 feita por estabelecimento hospitalar, por declarao do centro de

    sade ou por atestado mdico, podendo o empregador, nos termos da lei, requerer a fiscalizao da

    doena.

    Clusula 30

    Efeitos da cessao do contrato de trabalho

    1. Cessando o contrato de trabalho por qualquer forma, o trabalhador ter direito a receber a retribuio

    correspondente a um perodo de frias proporcional ao tempo de servio prestado no ano da cessao,

    bem como ao respectivo subsdio.

    2. Se o contrato cessar antes de gozado o perodo de frias vencido no incio desse ano, o trabalhador ter

    ainda direito a receber a retribuio correspondente a esse perodo, bem como o respectivo subsdio.

    3.

    O perodo de frias a que se refere o nmero anterior embora no gozado, conta-se sempre para efeitos

    de antiguidade.

    4. Em caso de cessao de contrato no ano civil subsequente ao da admisso ou cuja durao no seja

    superior a 12 meses, o cmputo total das frias ou da correspondente retribuio a que o trabalhador

    tenha direito no pode exceder o proporcional ao perodo de frias tendo em conta a durao do

    contrato.

    Clusula 31

    Violao do direito a frias

    Caso o empregador obste culposamente ao gozo das frias nos termos previstos na lei e no presente

    Contrato, o trabalhador recebe, a ttulo de compensao, o triplo da retribuio correspondente ao perodo

    em falta, que deve obrigatoriamente ser gozado at 30 de Abril do ano civil subsequente.

    Clusula 32

    Exerccio de outra actividade durante as frias

    1.

    O trabalhador no pode exercer durante as frias qualquer outra actividade remunerada, salvo se j a

    viesse exercendo cumulativamente ou o empregador o autorizar a isso.

    2. A violao do disposto no nmero anterior, sem prejuzo da eventual responsabilidade disciplinar do

    trabalhador, d ao empregador o direito de reaver a retribuio correspondente s frias e respectivo

    subsdio, da qual metade reverte para o servio responsvel pela gesto financeira do oramento da

    segurana social.

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    SECO III

    FALTAS

    Clusula 33

    Definio

    1.

    Considera-se falta a ausncia do farmacutico do local em que devia desempenhar a sua actividade

    durante o perodo normal de trabalho dirio.

    2. Nos casos de ausncia do trabalhador por perodo inferiores ao perodo normal de trabalho a que est

    obrigado, os respectivos tempos sero adicionados para determinao dos perodos normais de trabalho

    dirio em falta.

    3. Caso a durao do perodo normal de trabalho dirio no seja uniforme, considera-se a durao mdia

    para efeito do disposto no nmero anterior.

    Clusula 34

    Tipos de faltas

    1.

    As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.

    2. So consideradas faltas justificadas:

    a) As dadas por altura do casamento, at quinze dias seguidos;

    b)

    As motivadas por falecimento do cnjuge, parente ou afins, nos termos da clusula seguinte;

    c) As motivadas pela prestao de provas em estabelecimento de ensino, nos termos da lei;

    d) As motivadas por impossibilidade de prestar trabalho devido a facto que no seja imputvel ao

    trabalhador nos termos da lei, nomeadamente por doena, acidente ou cumprimento de obrigaes

    legais;

    e) As motivadas pela necessidade de prestao de assistncia inadivel e imprescindvel a filho, neto

    ou a membro do agregado familiar do trabalhador, nos termos previstos na lei;

    f) As ausncias no superiores a quatro horas e s pelo tempo estritamente necessrio, justificadas

    pelo responsvel pela educao de menor, uma vez por trimestre, para deslocao escola tendo

    em vista inteirar-se da situao educativa de filho menor;

    g) A de trabalhadores eleitos para as estruturas de representao colectiva, nos termos da lei ;

    h) A de candidato a cargo pblico, nos termos da correspondente lei eleitoral;

    i)

    A prvia ou posteriormente autorizada pela entidade empregadora;

    j)

    A que por lei forem como tal qualificadas.

    3. So consideradas injustificadas todas as faltas no previstas no nmero anterior.

    Clusula 35

    Faltas por motivo de falecimento de parentes ou afins1.

    No termos da alnea b) do n 2 da clusula anterior, o trabalhador pode faltar justificadamente:

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    a)

    At cinco dias consecutivos por falecimento de cnjuge no separado de pessoas e bens ou de

    parente ou afim do 1 grau da linha recta;

    b) At dois dias consecutivos por falecimento de outro parente ou afim da linha recta ou 2 grau da

    linha colateral.

    2.

    Aplica-se o disposto na alnea b) do nmero anterior ao falecimento de pessoas que vivam em unio de

    facto ou economia comum com o trabalhador, nos termos previstos na lei.

    3.

    So nulas e de nenhum efeito as normas dos contratos individuais de trabalho que disponham de forma

    diversa da estabelecida nesta clusula.

    Clusula 36

    Comunicao e prova sobre faltas justificadas

    1. As faltas justificadas, quando previsveis, sero obrigatoriamente comunicadas entidade patronal com

    a antecedncia mnima de cinco dias.

    2. Quando imprevistas, as faltas justificadas sero obrigatoriamente comunicadas entidade patronal logo

    que possvel.

    3.

    A comunicao tem de ser reiterada para as faltas justificadas imediatamente subsequentes s previstas

    nas comunicaes indicadas nos nmeros anteriores, mesmo quando a ausncia determine a

    suspenso do contrato de trabalho por impedimento prolongado.

    4.

    O no cumprimento do disposto nos nmeros anteriores torna as faltas injustificadas.

    5. A entidade patronal pode, nos 15 dias seguintes comunicao referida na presente clusula, em

    qualquer caso de falta justificada, exigir ao trabalhado prova dos factos invocados para a justificao

    Clusula 37

    Efeitos das faltas justificadas

    1.

    As faltas justificadas no determinam a perda ou prejuzo de quaisquer direitos ou regalias do

    trabalhador, salvo o disposto no nmero seguinte.

    2. Sem prejuzo do disposto na lei, determinam perda de retribuio, nomeadamente, as seguintes faltas,

    ainda que justificadas:

    a) Dadas por motivos de doena, desde que o trabalhador tenha direito a subsdio de previdncia

    respectivo;

    b)

    Dadas por motivo de acidente no trabalho, desde que o trabalhador tenha direito a qualquer

    subsdio ou seguro.

    c) As previstas na alnea j), do n2, da clusula 34, quando superiores a 30 dias por ano;

    d) As prvias ou posteriormente autorizadas pela entidade patronal;

    3.

    Nos casos previstos na alnea e) do n. 2 da clusula 34, se o impedimento do trabalhador se prolongar

    para alm de um ms aplica-se o regime de suspenso da prestao do trabalhador por impedimentoprolongado.

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    Clusula 38

    Efeitos das faltas injustificadas

    1. As faltas injustificadas determinam sempre perda de retribuio correspondente ao perodo de ausncia,

    o qual ser descontado, para todos os efeitos, na antiguidade do trabalhador.

    2.

    Tratando-se de faltas injustificadas a um ou meio perodo normal de trabalho dirio, imediatamente

    anteriores ou posteriores aos dias ou meios-dias de descanso ou feriados, considera-se que o

    trabalhador praticou uma infraco grave.

    3. No caso de a apresentao do trabalhador, para incio ou reincio da prestao de trabalho, se verificar

    com atraso injustificado superior a trinta ou sessenta minutos, pode a entidade patronal recusar a

    aceitao da prestao durante parte ou todo o perodo normal de trabalho, respectivamente.

    Clusula 39

    Efeitos das faltas no direito a frias

    Nos casos em que as faltas determinem perda de retribuio, as ausncias podem ser substitudas, se o

    trabalhador expressamente assim o preferir, por perda de dias de frias, na proporo de um dia de frias

    por cada dia de falta, desde que seja salvaguardado o gozo efectivo de 20 dias teis de frias ou da

    correspondente proporo, se se tratar de frias no ano de admisso.

    CAPTULO VI

    RETRIBUIES, REGIME PREMIAL

    OUTRAS PRESTAES PECUNIRIAS

    Clusula 40

    Tabelas salariais e remuneraes mensais

    1. As remuneraes mnimas mensais dos farmacuticos que tenham sido admitidos at 27 de Junho de

    2012, so as constantes da Tabela A do Anexo I, sem prejuzo do disposto nas clusulas 41 a 43 e na

    clusula 67.

    2. As remuneraes mnimas mensais dos farmacuticos que sejam admitidos aps a data referida no

    nmero anterior so as constantes da Tabela B do Anexo I, sem prejuzo do disposto nas clusulas 41

    a 43 e na clusula 67.

    3. As remuneraes mensais dos farmacuticos que acordem com a farmcia a aplicao do regime

    premial e de progresso por pontos nos termos previstos na clusula 41, so as constantes da Tabela

    B do Anexo I.

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    momento estiver em vigor, a respetiva remunerao base mensal, por acordo escrito ao qual dever ser

    anexada cpia da comunicao efetuada pela farmcia ao INFARMED relativa verificao das

    condies de acesso ao supra referido regime excecional, poder ser reduzida at ao montante fixado

    para tais situaes nos termos das tabelas salariais previstas no Anexo I.

    2.

    O acordo referido no nmero anterior no pode ter durao superior a 1 ano, renovvel por acordo

    escrito, devendo em cada renovao ser anexado ao acordo cpia da comunicao efetuada pela

    farmcia ao INFARMED relativa verificao das condies de acesso ao supra referido regime

    excecional.

    3.

    Verificado o termo do acordo, o Diretor Tcnico retomar o direito remunerao base mensal que

    auferia antes da reduo.

    4. Nas farmcias abrangidas pelo regime referido no n 1, todos os valores constantes na coluna prmio

    anual da Tabela B so reduzidos para metade.

    Clusula 43

    Regime remuneratrio e de frias especial

    1.

    Sem prejuzo de outras situaes previstas na lei, ou neste CCT, por acordo escrito entre o empregador

    e o farmacutico que tenha sido admitido antes da entrada em vigor do presente CCT e a quem seja

    aplicvel a tabela A constante do Anexo I, pode a remunerao deste ser diminuda por perodo

    determinado, no superior a 1 ano, renovvel por acordo entre as partes, e desde que tal reduo no

    implique o pagamento de uma remunerao mensal inferior que estiver prevista na Tabela B do

    Anexo I para a categoria profissional detida pelo farmacutico.2. Aos trabalhadores que, ao abrigo do disposto no nmero anterior, acordem na reduo da

    remunerao, ser garantido um dia adicional de frias, o qual, por acordo escrito, poder ser

    aumentado at ao limite de dois dias de adicional de frias, a gozar em cada perodo de um ano em que

    o acordo de reduo de remunerao estiver em vigor e produzir efeitos.

    3. No caso da reduo do montante de remunerao acordada, ao abrigo do n 1, resultar num valor

    coincidente com a remunerao mensal prevista na Tabela B do Anexo I para a categoria profissional

    detida pelo trabalhador, este ter direito a trs dias adicionais de frias, a gozar em cada ano civil em

    que o acordo de reduo de remunerao estiver em vigor e produzir efeitos.

    4.

    Os acrscimos de dias de frias remuneradas previstos nos nmeros 2 e 3, apenas tero lugar nos

    anos em que se mantiver em vigor o acordo de reduo de remunerao em que se fundamentem, no

    conferindo direito a qualquer correspondente aumento do subsdio de frias.

    5. No caso de diminuio da remunerao efetuada por acordo no termos da presente clusula, o

    montante do subsdio de frias e do subsdio de Natal relativos ao ano em que vigorar o acordo dever

    ser calculado em funo da mdia remuneraes mensais, relevantes para o respetivo clculo,

    auferidas, ou a auferir, no ano a que o mesmo respeite.

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    6.

    Em caso de cessao do contrato de trabalho por facto no imputvel ao trabalhador na pendncia de

    acordo de reduo salarial previsto no n 1 da presente clusula, os crditos laborais decorrentes de tal

    cessao referentes ao subsdio de frias sero calculados nos termos do n 5, devendo no caso de

    proporcionais do subsdio de frias e de natal relativos ao ano de cessao do contrato, o respetivo

    montante ser calculado tomando em conta a mdia as remuneraes mensais, relevantes para o efeito,

    auferidas no ano da cessao do contrato e at data em que esta ocorrer.

    7.

    No caso previsto no nmero anterior, dever a compensao legal, se mesma houver lugar, ser

    calculada com base na remunerao auferida anteriormente entrada em vigor do acordo de reduo a

    que se refere o n 1.

    8.

    O disposto na presente clusula no aplicvel aos farmacuticos enquadrados nas categorias de

    Diretor-Tcnico e farmacutico Grau V.

    Clusula 44

    Clculo do valor da retribuio horria

    Para os efeitos do presente CCT, o valor da retribuio horria (valor/hora) ser calculado segundo a

    seguinte frmula:

    R m x 1 2

    5 2 x n

    em que Rm o valor da retribuio mensal

    e n o perodo normal de trabalho semanal

    Clusula 45Trabalho especial

    1. Sempre que o farmacutico ou director tcnico exera funes que ultrapassem as descritas na clusula

    9, nomeadamente as de gerncia comercial da farmcia, ter direito a um suplemento mensal de 10 %

    calculado sobre o vencimento mensal.

    2.

    Estas funes sero confiadas ao trabalhador farmacutico atravs de delegao escrita da entidade

    empregadora, que ter a durao de seis meses renovvel por iguais perodos.

    3. Se a entidade empregadora pretender avocar as funes delegadas, dever comunic-lo ao trabalhador,

    por escrito, at trinta dias antes do termo do ltimo perodo de seis meses.

    4.

    A no renovao das funes delegadas implica para o trabalhador a perda automtica do suplementar

    referido no n1.

    5.

    Se a entidade empregadora no usar da faculdade referida no n.3, entende-se que renova a delegao

    por novo perodo de seis meses.

    6. Dentro de seis meses aps a renovao, a entidade empregadora no poder delegar aquelas funes

    em qualquer outro trabalhador, sendo permitido, no entretanto, voltar a deleg-las no mesmo

    trabalhador.

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    Clusula 46

    Diuturnidades

    1.

    Os farmacuticos abrangidos pelo presente CCT tm direito a uma diuturnidade por cada trs anos de

    antiguidade na farmcia, independentemente das funes que exercerem, at ao limite de cinco

    diuturnidades, cada uma no valor constante do Anexo II.

    2.

    As diuturnidades previstas no nmero anterior podero deixar de ser concedidas aos farmacuticos se,

    entretanto, o respectivo vencimento, estabelecido voluntariamente pela entidade empregadora, ou por

    acordo com o farmacutico, for superior ao valor da remunerao mnima da respectiva categoria

    acrescido da diuturnidade vencida.

    Clusula 47

    Trabalho suplementar

    1.

    A remunerao do trabalho suplementar efectuado pelos farmacuticos rege-se pelo disposto na Lei

    sem prejuzo do disposto nos nmeros seguintes.

    2. Nos dias em que as farmcias estiverem de servio permanente, a prestao de trabalho cubra o

    perodo entre as 22 horas e as 9 horas do dia seguinte, ser unicamente remunerado por taxa fixa, nos

    termos e montantes constantes do Anexo II, no sendo a taxa fixa cumulvel com o regime previsto no

    nmero anterior.

    3.

    Para alm das taxas fixas previstas no nmero anterior, as taxas de chamada pagas pelos utentes

    pertencem ao farmacutico que faz a noite de servio.

    4. Os farmacuticos que efectuem trabalho suplementar no dia de descanso semanal obrigatrio ou em dia

    feriado, devero obrigatoriamente descansar num dos trs dias teis seguintes.

    5. O farmacutico que efetue servio permanente noturno nos termos previstos no n 2, devero descansar

    todo o perodo normal de trabalho desse mesmo dia, sem perda da remunerao e do subsdio de

    refeio

    6. O trabalho suplementar poder ser efectuado por outro farmacutico. Porm, ser o director tcnico o

    responsvel e orientador do farmacutico que o substituir nas horas suplementares. O salrio/hora do

    farmacutico que for contratado para fazer as horas suplementares ser o mnimo da tabela salarial

    respectiva proporcional ao nmero destas calculado pela frmula legal:

    R x 12

    52 x N

    sendo:

    R = remunerao base;

    N = nmero de horas semanais.

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    Clusula 48

    Subsdio de disponibilidade1.

    Por cada semana completa em que preste servio de disponibilidade, o farmacutico auferir um

    subsdio no valor previsto no Anexo II, acrescido das taxas de chamada atendidas pelo trabalhador

    naquele perodo.

    2.

    Quando o servio de disponibilidade for prestado por perodos inferiores a uma semana, o subsdio ser

    atribudo proporcionalmente.

    3. A atribuio do subsdio cessa quando cessar a prestao do servio de disponibilidade.

    4. O subsdio de disponibilidade no integra a retribuio de frias, o subsdio de frias e o subsdio de

    Natal.

    Clusula 49

    Retribuio durante as frias e subsdio de frias

    1. A retribuio correspondente ao perodo de frias no pode ser inferior que os trabalhadores

    receberiam se estivessem em servio efectivo e deve ser paga antes do incio daquele perodo.

    2. At cinco dias antes do incio das suas frias os farmacuticos abrangidos por este contrato, e que

    tenham direito a gozar o perodo de frias referido no n1, recebero da entidade patronal um subsdio

    de frias nos termos legais, sem prejuzo do disposto no n 4 da clusula 41.3. A reduo do perodo de frias nos termos da clusula 40 no implica reduo correspondente na

    retribuio ou no subsdio de frias.

    Clusula 50

    Subsdio de Natal

    1.

    A todos os farmacuticos com um ano de servio ser atribudo o 13 ms, o qual dever ser pago at

    ao dia 15 de Dezembro.

    2.

    No caso de o farmacutico no ter ainda completado naquela poca um ano de servio, bem como nosoutros casos previstos na lei, ser-lhe- atribudo o subsdio proporcional ao tempo de servio prestado.

    Clusula 51

    Subsdio de refeio

    Por cada dia completo de trabalho efectivo prestado os trabalhadores tm direito a um subsdio de refeio

    no montante constante do Anexo II

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    CAPTULO VII

    VICISSITUDES CONTRATUAIS

    SECO I

    TRANSMISSO DA FARMCIA

    Clusula 52

    Transmisso da Farmcia

    1.

    Em caso de transmisso, fuso ou incorporao da farmcia, os contratos de trabalho continuaro com

    a entidade adquirente, mantendo os farmacuticos as regalias adquiridas.

    2. Os contratos de trabalho podero manter-se com a entidade transmitente se essa prosseguir a sua

    actividade noutra farmcia, no caso de o farmacutico anuir.

    3. Nos casos de transmisso obrigatria prevista pela lei, mesmo quando o novo proprietrio seja

    farmacutico e assuma a direco tcnica, o farmacutico trabalhador mantm todos os seus direitos e

    regalias.

    SECO II

    CEDNCIA OCASIONAL

    Clusula 53

    Cedncia ocasional

    1. A cedncia ocasional pode verificar-se em qualquer outra situao para alm das previstas na lei desde

    que haja acordo escrito entre a entidade empregadora, o farmacutico e a entidade cessionria.

    2. O acordo de cedncia ter a durao que for acertada entre os contraentes e ser renovado nos termos

    previstos nesse mesmo acordo.

    3.

    O acordo de cedncia est sujeito forma escrita e deve observar o contedo previsto na lei.

    SECO III

    LICENA SEM RETRIBUIO

    Clusula 54

    Termos e efeitos

    1.

    A entidade patronal pode atribuir ao trabalhador, a pedido deste, licena sem retribuio.2.

    O perodo de licena sem retribuio conta-se para efeitos de antiguidade.

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    3.

    Durante o mesmo perodo cessam os direitos, deveres e garantias das partes, na medida em que

    pressuponham a efectiva prestao de trabalho.

    Clusula 55

    Direito ao lugar

    1.

    O farmacutico beneficirio da licena sem vencimento mantm o direito ao lugar.

    2.

    Poder ser contratado um substituto para o trabalhador na situao de licena sem vencimento, nos

    termos previstos para o contrato a termo.

    CAPTULO VIII

    FORMAO

    Clusula 56

    Formao por iniciativa da farmcia

    1.

    As farmcias so obrigadas a assegurar aos farmacuticos, sem perda de retribuio, uma mdia anual

    de quarenta horas de formao, apurada por perodos de referncia de trs anos.

    2. Em cada ano civil, salvo no ano de admisso do farmacutico, ou em situaes de ausncias ao

    trabalho que a lei no considere como prestao efetiva de trabalho que totalizem isolada ou

    conjuntamente mais do que 30 dias, as farmcias devero assegurar um mnimo de 20 horas de

    formao, as quais sero computadas nas previstas no n1.

    3.

    No caso de inobservncia do disposto no nmero anterior, ser atribudo ao farmacutico 1,5 pontos, os

    quais sero computados para efeitos do limite total de pontuao previsto no n 5 da clusula 7 e dos

    pontos relevantes para progresso na carreira previstos no n 3 da clusula 7:

    Clusula 57

    Formao por iniciativa do farmacutico

    1.

    Os Farmacuticos podero beneficiar de dois dias por semestre, para frequncia de aces de formaoprofissional, promovidas ou participadas pela Associao Nacional das Farmcias, pela Ordem dos

    Farmacuticos ou por estabelecimentos de ensino superior que confiram a licenciatura em Cincias

    Farmacuticas.

    2. A participao dos farmacuticos em aces de formao, ao abrigo do regime previsto na presente

    clusula est dependente de autorizao prvia do Director Tcnico da Farmcia.

    3. Nos casos referidos nos nmeros anteriores, a entidade empregadora conceder ao farmacutico a

    necessria dispensa de comparncia ao trabalho para frequncia da mesma, sem perda de

    remunerao.

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    4.

    O nmero de horas de formao de que o farmacutico beneficiar ao abrigo da presente clusula ser

    computado no nmero de horas de formao previstas na clusula 56.

    CAPTULO IX

    PARENTALIDADE

    Clusula 58

    Parentalidade

    1.

    As trabalhadoras grvidas, purperas e lactantes beneficiam da proteco que lhes conferida pela lei.

    2. A me e o pai trabalhadores, por nascimento de filho, tm direito, nos termos da lei, nomeadamente, a

    uma licena parental inicial, nos termos e com a durao prevista na lei, que data da celebrao do

    presente Contrato pode ser de 120 ou 150 dias, a qual podem partilhar sem prejuzo dos direitos da me

    previstos na lei.

    3. obrigatrio o gozo, por parte da me, de seis semanas de licena parental inicial a seguir ao parto.

    4.

    Em caso de internamento hospitalar da criana ou do progenitor que estiver a gozar a licena parental

    inicial durante o perodo aps o parto, o perodo de licena suspende-se, a pedido do progenitor, pelo

    tempo de durao do internamento.

    5.

    A trabalhadora ter, sem prejuzo do seu vencimento e outras regalias previstas na lei, direito a usufruir

    de dois perodos dirios, com a durao mxima de uma hora cada um, para aleitao natural.

    6. No caso de no haver lugar a aleitao natural, a me ou o pai tm direito, por deciso conjunta,

    dispensa referida no nmero anterior para aleitao at o filho perfazer um ano.

    7. No caso da me ou do pai trabalhar a tempo parcial, a dispensa diria referida nos nmeros 5 e 6

    reduzida na proporo do respectivo perodo normal de trabalho, no podendo ser inferior a 30 minutos.

    8.

    Para efeitos da aplicao do regime premial e de pontos previsto na clusula 41, nas licenas por

    parentalidade, independentemente da sua durao, no pode ser atribudo ao trabalhador pontuao

    inferior a 6 pontos.

    9.

    O disposto na presente clusula no prevalece, nem prejudica, os direitos conferidos pela lei,

    nomeadamente pelo Cdigo do Trabalho, relativos proteo na parentalidade.

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    CAPTULO X

    PREVIDNCIA

    Clusula 59

    Previdncia

    As entidades empregadoras e os farmacuticos ao seu servio abrangidos por este contrato contribuiro para

    as instituies de previdncia que obrigatoriamente os abranjam nos termos dos respectivos regulamentos.

    CAPTULO XI

    CESSAO DO CONTRATO DE TRABALHO

    Clusula 60

    Cessao do contrato

    A cessao do contrato de trabalho rege-se pelo disposto no Cdigo do Trabalho, sendo proibidos os

    despedimentos sem justa causa.

    Clusula 61

    Proibio de despedimento

    Os farmacuticos nunca podero ser despedidos sem justa causa ou por motivos polticos ou ideolgicos,

    nomeadamente por defenderem os seus direitos sindicais, exercerem ou se candidatarem ao exerccio de

    funes da sua Ordem ou em organismos sindicais, comisses de trabalhadores, instituies de previdncia

    e, em geral, pela aco que em qualquer dessas qualidades hajam desenvolvido ou pela observncia dos

    preceitos deontolgicos a que se encontrem obrigados.

    Clusula 62

    Denncia do contrato

    1. O farmacutico tem direito a denunciar o contrato individual de trabalho por deciso unilateral, que

    dever comunicar por escrito respectiva entidade empregadora com aviso prvio de sessenta dias.

    2. No caso de o farmacutico ter menos de dois anos completos de servio, o aviso prvio ser de trinta

    dias.

    3.

    No caso do farmacutico que assegure a direco tcnica da farmcia, incluindo em substituio, o

    aviso prvio de denncia ter sempre que ser efectuado com a antecedncia de 90 dias.

    Clusula 63

    Resoluo do contrato

    1.

    Ocorrendo justa causa, o farmacutico pode fazer cessar imediatamente o contrato tendo direito, noscasos previstos na lei, a indemnizao.

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    2.

    O trabalhador deve comunicar, dentro dos prazos legais, a resoluo do contrato ao empregador, por

    escrito, com indicao sucinta dos factos que a justificam.

    CAPTULO XIICOMISSO PARITRIA

    Clusula 64

    Constituio da Comisso Paritria

    1. Logo que entre em vigor este CCT, ser constituda uma comisso paritria, formada por um

    representante da ANF e outro do Sindicato, presidida por um terceiro, escolhido pelos rbitros de parte.

    2. A comisso considera-se constituda logo que empossados os respectivos membros.

    3.

    O mandato do representante de parte , a todo o tempo, revogvel e o do presidente ter a durao deum perodo, renovvel, de seis meses.

    4. Juntamente com o representante efectivo ser designado um suplente para substituir aquele nos seus

    impedimentos.

    Clusula 65

    Competncia da comisso paritria

    Compete comisso paritria dar parecer sobre divergncias de interpretao das clusulas deste CCT e

    exercer as atribuies que expressamente lhe so cometidas pelo presente CCT.

    Clusula 66

    Modo de funcionamento

    1.

    A comisso paritria rene a solicitao de qualquer das partes.

    2. A iniciativa da convocao da comisso paritria pertence a qualquer representante das partes, que

    solicitar a comparncia do presidente e do representante da outra parte atravs de meio idneo.

    3.

    As deliberaes tomadas por unanimidade consideram-se, para todos os efeitos, como regulamentao

    do presente contrato colectivo de trabalhos e so depositadas e publicadas nos termos da lei.

    CAPTULO XIII

    DISPOSIES FINAIS

    Clusula 67

    Migrao de regimes de progresso na carreira e de retribuio

    1.

    Os farmacuticos a quem seja aplicvel o regime de progresso previsto nos ns 1 e 2 da clusula 7 eo disposto nos ns 1 e 2 da clusula 40,em matria remuneratria, mediante acordo escrito com a

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    farmcia, podem passar a ser abrangidos, exclusiva e concomitantemente pelo regime de progresso

    na carreira profissional, previsto nos ns 3 e 4 da clusula 7 bem como pelo regime retributivo e

    premial previsto na clusula 41 e na Tabela B do Anexo I do presente CCT.

    2.

    Para efeitos da migrao prevista no nmero anterior, cada ano completo de exerccio no grau detido

    pelo farmacutico ser convertido em 12 pontos, sendo a frao do ano calculada proporcionalmente.

    3.

    Nos casos previstos no n 1, em compensao da migrao retributiva para o correspondente valor de

    remunerao mensal previsto na Tabela B do Anexo I para a categoria profissional detida pelo

    farmacutico, este passar a beneficiar de um dia adicional de frias, a gozar em cada ano civil

    seguinte ao ano de entrada em vigor do acordo referido no n1.

    4. O acrscimo de frias a que o farmacutico tenha direito por fora do disposto no nmero anterior no

    confere direito a correspondente acrscimo do subsdio de frias.

    Clusula 68

    CCT revogado

    1.

    O presente CCT revoga o contrato colectivo de trabalho subscrito pelos outorgantes e publicado no

    Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), n 23, de 22 de junho de 2012, com as alteraes publicadas no

    BTE, n 4, de 29 de janeiro de 2014 e no BTE, n 48, de 29 de dezembro de 2014.

    2.

    O regime constante do presente CCT globalmente mais favorvel do que o previsto na

    regulamentao coletiva de trabalho referida no nmero anterior.

    ANEXO I

    REMUNERAES MNIMAS

    1.

    As remuneraes mnimas a que se refere o n1 da clusula 40 do CCT so as que constam da tabela

    seguinte:

    TABELA SALARIAL A

    Categoria Remunerao mnima mensal

    Director (a) Tcnico (a) (*) 1.975,35

    Farmacutico (a)Grau I 1.690,29

    Farmacutico (a)Grau II 1554,65

    Farmacutico (a)Grau III 1398,14

    Farmacutico (a)Grau IV 1.314,67

    (*)Nos casos previstos na clusula 42 do CCT, a remunerao mnima mensal do (a) Diretor (a) Tcnico (a) de

    1.777,82

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    2.

    As remuneraes mnimas a que se refere o n2 da clusula 40 do CCT e as retribuies mensais a

    que se refere o n 3 da clusula 40 do CCT, bem como os objetivos, prmio anual e pontuao a que

    se refere o n 3 da clusula 41 do CCT, so os que constam da tabela seguinte:

    Categoria profissional Retribuio mensal

    Regime premial e de progresso por pontos

    Resultado dosobjetivos atingidos

    Prmio anual(**)

    Pontos

    Director (a) Tcnico (a) (*) 1.975,35

    >110% 1.244,47 14

    =>100% e 90% e 70% e 100% e 90% e 70% e 100% e 90% e 70% e 100% e 90% e 70% e 100% e 90% e 70% e 100% e 90% e 70% e

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    ANEXO II

    CLUSULAS DE EXPRESSO PECUNIRIA

    1. Diuturnidades(clusula 46) _________________________________________________ 2,49 .

    2. Trabalho suplementar taxas fixas[clusula 47, n 2]

    Noites de sbado para domingo ou de dia til para feriado ______________________ 111,10

    Noites de semana, de domingo para segunda-feira ou de dia feriado para dia til ____ 79,79

    3. Subsdio de disponibilidade (clusula 48) _______________________________________ 80

    4. Subsdio de refeio (clusula 51) ______________________________________________ 5,12