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Formador: Paulo Costa 1 de 43 Segurança e Higiene do Trabalho Módulo de Armazenagem Formador: Paulo Costa

Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

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Segurança e Higiene do Trabalho

Módulo de Armazenagem

Formador: Paulo Costa

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Índice

OBJECTIVO DO MÓDULO ................................................................................................... 3

INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4

INSTALAÇÕES DE ARMAZENAGEM (GERAL) .................................................................. 4

ARMAZENAGEM DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS ............................................................... 5

1. INCOMPATIBILIDADE NA ARMAZENAGEM DE SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS 10

2. PRODUTOS QUÍMICOS INCOMPATÍVEIS .......................................................... 12

ARMAZENAGEM EM SEGURANÇA DE PRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS .............. 16

1. REGRAS A TER EM CONTA NA CONSTRUÇÃO/BENEFICIAÇÃO DE

ARMAZÉNS DE PRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS ............................................................ 16

2. REGRAS DE ARMAZENAGEM OBRIGATÓRIAS ................................................ 17

ARMAZENAMENTO DE COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS PARA AQUECIMENTO ................ 21

1. RESERVATÓRIO SUBTERRÂNEO (ENTERRADO) ........................................... 21

2. RESERVATÓRIO AÉREO (NÃO ENTERRADO) ................................................. 21

3. RECOMENDAÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA INSTALAÇÃO DE

COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS PARA AQUECIMENTO ................................................................ 22

ARMAZENAMENTO DE GARRAFAS DE GÁS .................................................................. 23

CONSTRUÇÃO CÍVIL ......................................................................................................... 26

4. QUEDA INCONTROLADA DE MATERIAIS .......................................................... 27

VIAS DE CIRCULAÇÃO NUM ARMAZÉM .......................................................................... 28

RISCOS DE INCÊNDIO ...................................................................................................... 31

1. EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE ARMAZENAGEM ............................................ 31

2. RESISTÊNCIA AO FOGO DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO ....................... 32

2.1. Características dos Materiais Armazenados .................................................. 32

2.2. Materiais Combustíveis e sua armazenagem ................................................ 33

3. INSTALAÇÕES AUTOMÁTICAS CONTRA INCÊNDIO ....................................... 33

3.1. Detecção Automática de Incêndio.................................................................. 33

4. CURVA DO FOGO ................................................................................................ 33

4.1. Protecção com Sprinklers .............................................................................. 34

LEGISLAÇÃO DE ARMAZENAGEM DE PRODUTOS ....................................................... 36

LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA ARMAZÉNS ................................................................... 40

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 43

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OBJECTIVOS DO MÓDULO

Armazenagem, utilização e eliminação de produtos químicos perigosos:

riscos

medidas preventivas e de protecção

legislação aplicável

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INTRODUÇÃO

O conceito de armazenamento surge ligado ao homem, desde os primórdios da vida

em sociedade por este compreender que nem sempre e ao longo do ano dispunha dos bens

essenciais para a sua subsistência, vendo-se então obrigado a guardar nas ocasiões de

abundância, para consumir nos momentos de escassez.

Com o aparecimento da indústria, este conceito de armazenagem tomou outra face. A

produção em série destinada a consumos vastos obrigou a um conceito mais rigoroso de

armazenamento e do espaço onde ele se faz, a que se chama Armazém.

INSTALAÇÕES DE ARMAZENAGEM (GERAL)

As instalações de armazenagem devem ser concebidas de acordo com a natureza dos

produtos a armazenar, dos equipamentos de trabalho necessários para a movimentação de

cargas e dos riscos inerentes (incêndio, explosão, intoxicação, quedas e choques).

Tendo em consideração que os produtos a armazenar podem ser matérias primas,

produtos intermédios, produtos finais, ou resíduos, torna-se necessário a demarcação e/ou

separação destas zonas relativamente às zonas sociais e de produção.

A armazenagem dos produtos ou substâncias inflamáveis, perigosos, tóxicos ou

infectantes deve ser efectuada em compartimento próprio, não comunicando directamente com

os locais de trabalho e respeitando sempre a incompatibilidade entre produtos.

As zonas de armazenagem deverão ter:

Ter sistema de ventilação eficiente, de modo a impedir acumulação perigosa

de gases ou vapores;

Fechar hermeticamente, de modo a evitar que os locais de trabalho sejam

inundados pelos cheiros, gases ou vapores.

Dispor de instalação eléctrica estanque e antideflagrante e sistemas de

detecção e/ou extinção automática, quando os produtos armazenados forem

inflamáveis ou explosivos, simples ou misturados.

Na armazenagem de materiais secos a granel devem ser previstas superfícies

resistentes, estáveis e com área suficiente de modo a evitar-se armazenagem em altura.

Na armazenagem de líquidos deve-se prever reservatórios situados acima do solo ou

fossas, dotados dos dispositivos necessários para garantir a sua manutenção segura, incluindo

tinas de retenção para recolha de eventuais derrames.

Na armazenagem de gases deve-se conceber locais de armazenagem no exterior dos

edifícios para colocação de botijas de gás sob pressão com cobertura ligeira e boa ventilação,

e dotados de dispositivos para evitar a sua queda.

Nota: deverá ter-se em atenção nos casos de armazenagem de produtos perigosos o

disposto em legislação específica relativa à prevenção de riscos industriais graves.

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ARMAZENAGEM DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

A adequada armazenagem de produtos

químicos é fundamental para a segurança da produção.

A armazenagem inadequada contribui para a ocorrência

de acidentes e incidente graves.

As etapas que devem ser implementadas para

se obter uma armazenagem segura das substâncias

químicas em geral:

Fase 1 Formar e informar um elemento da organização para identificar, avaliar,

transportar e armazenar as substâncias perigosas.

Fase 2 Identificar as propriedades de todas as substâncias perigosas a serem

armazenadas (exemplo: inflamáveis, oxidantes, corrosivos, tóxicos, etc.).

Obter informações sobre:

Os requisitos de armazenagem destas substâncias que devem incluir

informações quanto à contenção, à neutralização e à limpeza de

derrames;

Medidas a tomar em caso de incêndio;

Requisitos específicos de armazenagem, tais como separação e

segregação necessárias.

Consulta as informações que constam na rotulagem e nas fichas de segurança.

Fase 3 Decidir sobre os requisitos apropriados de armazenagem, implementados e

assegurar a sua manutenção;

Assegurar que as substâncias incompatíveis, em caso de incidente (exemplo:

incêndio derrames, etc.), estejam separadas.

Por exemplo, se ocorrer um incêndio na zona de armazenagem, estando as

substâncias oxidantes e as inflamáveis juntas, o incêndio terá proporções mais

graves do que no caso de aquelas substâncias estarem armazenadas em locais

separados.

Fase 4 Procedimentos a adoptar em caso de derrames:

Existir informação disponível sobre os perigos das substâncias

armazenadas;

Seleccionar os equipamentos de protecção individual (EPI`s) adequados

aos riscos e às pessoas e tê-los disponíveis.

Treinar os colaboradores quanto à forma correcta de lidar com os

derrames, incluindo o uso correcto de EPI`s.

Existem equipamentos de retenção , tais como tabuleiros, tanques e

materiais absorventes, para evitar derrames e salpicos.

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Fase 5 Existir um plano de emergência para actuar

em caso de incidente (exemplo: incêndios e

explosão). O plano deverá incluir:

A listagem de substâncias

armazenadas (incluindo quantidades)

e a sua localização na

armazenagem: esta lista fornece

informação importante para a

intervenção das equipas, em caso de acidente ou incidente;

Equipamento de detecção e/ou extinção automática de incêndios;

Treino dos colaboradores no uso de extintores de incêndio;

Procedimentos de evacuação;

Sinalização de segurança adequada: aspectos a verificar na

armazenagem de embalagens de substâncias perigosas;

Verificar que as embalagens estão devidamente rotuladas;

Verificar se as embalagens não estão danificadas, para que não ocorra a

contaminação de outras embalagens armazenadas;

Armazenar as embalagens em local apropriado e separado de locais de

trabalho, devendo, de preferência, ser construído em materiais

incombustíveis e com elementos estruturais corta-fogo;

Identificar substâncias compatíveis e incompatíveis. É essencial que as

substâncias incompatíveis se mantenham separadas de modo a que seja

minimizada;

A probabilidade de progressão e intensificação de um incêndio;

A probabilidade de ocorrerem reacções entre substâncias, em caso de

derrame, provocando problemas agravados, tais como a produção de

substâncias tóxicas.

Tendo em conta as substâncias mais utilizadas nas actividades deste sector de

industria e de acordo com as suas características, enumeram-se, de seguida alguns dos

requisitos gerais a observar na armazenagem das mesmas.

Substâncias Tóxicas:

Dificilmente se consegue obter uma estanquicidade absoluta dos contentores que

albergam produtos químicos tóxicos, havendo sempre o perigo de substâncias tóxicas voláteis

se libertarem para a atmosfera, pelo que se torna determinante a existência de locais de

armazenamento destes produtos, fora dos locais de trabalho, como boas condições de

arejamento e com adequados sistemas de ventilação.

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Para além disso e porque algumas dessas substâncias são susceptíveis de decompor-

se em contacto com os calor, humidade, ácidos e fumos ácidos, devem manter-se nesses

locais, temperaturas baixas, situando-se, de preferência, em zonas não afectadas por raios

solares. Todas as fontes de calor e combustão devem também ser afastadas desses locais.

Algumas dessas substâncias podem reagir quimicamente com outras substâncias, pelo

que deverão manter-se em armazéns separados.

Substâncias Corrosivas:

É uma denominação genérica para substâncias cuja principal característica se traduz

no facto de lesionar gravemente os tecidos novos (humanos), bem como deteriorar outro tipo

de substâncias, como metais e madeiras.

Esta categoria, entre outras substâncias, os ácidos fortes e bases (por exemplo: ácido

fluorídrico, ácido clorídrico, ácido sulfúrico, ácido nítrico, ácido fórmico, ácido perclórico,

hidróxido de sódio e de potássio,...). estas podem provocar irritações da pele, das membranas

mucosas ou olhos, e queimaduras que podem ser bastantes profundas no caso de serem

provocadas pela utilização de ácido crómio.

A armazenagem destas substâncias tem, desde logo, um risco associado à danificação

dos contentoras onde se encontram depositadas, libertando-se, desta forma, para a atmosfera

dos locais de trabalho. Para além disso, algumas dessas substâncias são voláteis e outras

reagem violentamente na presença de humidade, matéria orgânica, ou outros produtos

químicos, podendo, nesta situação, provocar incêndios. Os vapores e fumos ácidos podem

corroer materiais das estruturas e equipamentos, tendo também uma acção tóxica sobre as

pessoas.

Estas substâncias devem, por isso, manter-se a baixas temperaturas, mas claramente

acima do seu ponto de congelação, já que as substâncias, como o ácido acético por exemplo,

podem solidificar a uma temperatura relativamente alta, no lugar ou recipiente que o contém, e

escapar-se, quando a temperatura chega novamente acima do seu ponto de congelação.

Algumas destas substâncias corrosivas podem também ter outras propriedades

perigosas. Por exemplo, o ácido perclórico, além de extremamente corrosivo, é também um

agente extremamente oxidante, podendo causar incêndios e explosões. A água régia tem três

propriedades perigosas: é corrosiva, devido aos seus compostos (ácido clorídrico e ácido

nítrico); é um oxidante muito poderoso; e, quando se lhe aplica uma pequena quantidade de

calor, origina a formação de um gás muito tóxico, o cloreto de nitrosilo.

Os locais de armazenamento das substâncias corrosivas devem ser isolados dos

restantes armazéns (não se devendo armazenar simultaneamente misturas de ácido nítrico e

ácido sulfúrico). Este isolamento pode ser feito através de paredes e pisos impermeáveis,

tendo em atenção o problema da segurança relativa a derrames. Os pisos devem ser feitos em

material resistente, (todas as instalações, estruturas e depósitos, em que são utilizadas estas

substâncias, devem ser de materiais resistentes e com adequados sistemas de protecção

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anticorrosiva). Um sistema adequado de ventilação, local e geral, é fundamental para evitar a

concentração de gases na atmosfera de trabalho.

Por vezes há necessidades de armazenar líquidos corrosivos e tóxicos em contentores

especiais. Por exemplo, o ácido fluorídrico deve estar guardado em garrafas de chumbo ou

ceresinas. Nenhuma garrafa que contenha ácido fluorídrico deve ser armazenada perto dos

recipientes de vidro, ou de louça, que contenha outros ácidos. Devem ainda, os recipientes que

contêm ácidos corrosivos, ser envolvidos em material inorgânico, eficazmente isolante.

É essencial que haja nos locais de trabalho e acessível aos trabalhadores,

equipamentos necessários aos primeiros socorros, vestuário adequado (de preferência

impermeável) e outros meios de protecção das várias zonas do corpo que podem se afectadas

(mãos, pés, rosto, olhos, cabeça).

No entanto, o mais importante será sempre evitar, ou limitar, a quantidade de utilização

destas substâncias. Quando tecnicamente não for possível a sua substituição, deverá, a sua

utilização, ser feita em sistema de circuito fechado.

Substâncias Inflamáveis :

Um gás é inflamável se arde em presença de ar ou de oxigénio. Dos mais comuns

podemos referir o hidrogénio, o propano, o butano, o etileno, o acetileno e o etano. Outros,

como o cianeto de hidrogénio e o ciacrogénio, são, não só inflamáveis, como também

venenosos.

Podemos distinguir substâncias facilmente inflamáveis, de substâncias altamente

inflamáveis, fazendo a relação entre a quantidade de calor libertada pela combustão de uma

amostra e a quantidade de calor produzida pela fonte de ignição.

Uma substância altamente inflamável pode arder com facilidade com o simples

contacto com uma fonte de ignição, mesmo que de baixa energia (tanto em recintos abertos,

como fechados). Ao contrário, uma substância pouco inflamável necessita de uma acção

prolongada de uma fonte de ignição de alta energia. Relativamente a substâncias líquidas

inflamáveis, o risco de incêndio será tanto maior, consoante a temperatura de inflamação.

É por isso muito importante que o local de armazenamento destas substâncias não se

situe perto de qualquer fonte de calor, ou de qualquer fonte de ignição, devendo encontrar-se

suficientemente frescos, para evitar a combustão acidental no caso de haver mistura de

vapores no ar. As substâncias facilmente inflamáveis devem manter-se separadas de agentes

oxidantes, ou de materiais susceptíveis de encontrarem em combustão espontânea.

Quando se armazenam líquidos extremamente voláteis, qualquer dispositivo, ou

aparelho de energia eléctrica, deve ser anti-deflagrante, não se devendo permitir a existência

de qualquer fonte de ignição nesses locais, ou na sua proximidade. As instalações eléctricas

devem ter ligação à terra, sendo periodicamente inspeccionadas, devendo, estes locais de

armazenagem, ser equipados, também, com dispositivos automáticos de detecção de

incêndios.

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As válvulas de controlo dos recipientes de armazenagem que contêm líquidos

inflamáveis devem ser convenientemente etiquetadas e dos tubos pintados com as cores de

segurança, para indicar o tipo de líquidos e a direcção do fluído, consultar a Norma Portuguesa

NP-182 de 1966 – Identificação de Fluídos.

Os reservatórios que contêm líquidos inflamáveis devem estar situados em locais com

uma certa inclinação e distantes dos edifícios principais. Em locais nivelados, deve optar-se por

tintas de retenção que, preferencialmente, devem ter 1,5 vezes a capacidade do reservatório

de armazenagem, já que um líquido inflamável pode entrar em ebulição e transbordar.

Esses locais devem, ainda, dispor de sistemas de detecção e extinção de incêndios

adequados. Deve existir a proibição de fumar e foguear.

Substâncias Oxidantes:

As substâncias oxidantes são fontes de oxigénio, facilitando, por isso, a combustão e

intensificando a violência de qualquer incêndio. Algumas destas fontes de oxigénio libertam-se

à temperatura ambiente, outras necessitam de fontes de calor para se libertar. Se os

contentores de materiais oxidantes estiveram danificados, pode o seu conteúdo misturar-se

com os outros materiais combustíveis, constituindo risco de incêndio. Este risco pode ser

evitado, armazenando os materiais oxidantes em locais separados.

Armazenar substâncias fortemente oxidantes junto a líquidos mesmo os que têm, baixa

temperatura de inflamação, ou de materiais ligeiramente inflamáveis, é um risco. É, pois, mais

seguro manter todos os materiais inflamáveis distantes do local onde se armazenam

substâncias oxidantes. A área de armazenagem deve manter-se a baixa temperatura, bem

ventilada e ser de construção resistente ao fogo.

Como a maioria dos agentes oxidantes são compostos de muitos tóxicos, é importante

a racionalização das quantidades armazenadas destas substâncias, bem como a utilização de

recipientes hermeticamente fechados.

Classes das substâncias perigosas:

As substâncias perigosas estão agrupadas nas classes que a seguir se descrevem,

segundo os riscos inerentes:

Classe 1: Explosivos;

Classe 2: Gases comprimidos

Inflamáveis

Não inflamáveis / não tóxicos

Tóxicos

Classe 3: Líquidos inflamáveis

Classe 4: Sólidos inflamáveis

Combustíveis facilmente inflamáveis

Combustíveis espontâneos

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Perigosos quando humedecidos

Classe 5: Substâncias oxidantes

Substâncias oxidantes

Peróxidos orgânicos

Classe 6: Substâncias tóxicas

Classe 7: Material radioactivo

Classe 8: Substâncias corrosivas

Classe 9: Misturas de substâncias perigosas

1. INCOMPATIBILIDADE NA ARMAZENAGEM DE SUBSTÂNCIAS

PERIGOSAS

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Tabela de

separação Classe

2

3 4 5 6 8

Chave 2

A separação não é estritamente

necessária – a separação não é estritamente necessária, porém devem ser consultados os suportes informáticos (rotulagem, fichas de segurança) de cada substância. Em particular deve ter-se em conta que os químicos da mesma classe podem reagir violentamente, libertando calor ou fumos tóxicos.

3

Afastados – manter as embalagens

separadas entre si, pelo menos 3 metros. Materiais em embalagens não combustíveis e que não sejam substâncias perigosas e que apresentam baixo risco de incêndio podem ser armazenadas intercaladamente nesse espaço de 3 metros. Este padrão de separação deve ser empregue pelo menos, entre substâncias que se sabe que reagem facilmente.

4

5

Separados- Estas combinações

não devem manter-se no mesmo compartimento. As paredes do local de armazenagem devem ser corta fogo CF30.

6

Isolamento- É usado para os peróxidos orgânicos para os quais se recomenda compartimentos próprios. Alternativamente alguns peróxidos podem ser armazenados no exterior em locais resistentes ao fogo.

8

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2. PRODUTOS QUÍMICOS INCOMPATÍVEIS

A lista abaixo contém uma relação de produtos químicos que, devido ás suas

propriedades químicas, podem reagir violentamente entre si resultando numa explosão, ou

podendo produzir gases altamente tóxicos ou inflamáveis. Por este motivo quaisquer

actividades que necessitem o transporte, o armazenamento, a utilização e o descarte devem

ser executados de tal maneira que as substâncias da coluna da esquerda, acidentalmente, não

entrem em contacto com as correspondentes substâncias químicas na coluna do lado direito.

Por causa do grande número de substâncias perigosas, relacionei aqui apenas as principais.

Substâncias Incompatível com

Acetileno Cloro, bromo, flúor, cobre, prata, mercúrio

Acetona Bromo, cloro, ácido nítrico e ácido sulfúrico.

Ácido Acético

Etileno glicol, compostos contendo hidroxilas, óxido de cromo IV,

ácido nítrico, ácido perclórico, peróxidios, permanganatos e peróxidos,

permanganatos e peroxídos, ácido acético, anilina, líquidos e gases

combustíveis.

Ácido cianídrico Álcalis e ácido nítrico

Ácido crômico [Cr(VI)]

Ácido acético glacial, anidrido acético, álcoois, matéria combustível,

líquidos, glicerina, naftaleno, ácido nítrico, éter de petróleo, hidrazina.

Ácido fluorídrico Amônia, (anidra ou aquosa)<>

Ácido Fórmico Metais em pó, agentes oxidantes.

Ácido Nítrico

(concentrado)

Ácido acético, anilina, ácido crômico, líquido e gases inflamáveis, gás

cianídrico, substâncias nitráveis.

Ácido nítrico

Álcoois e outras substâncias orgânicas oxidáveis, ácido iodídrico,

magnésio e outros metais, fósforo e etilfeno, ácido acético, anilina

óxido Cr(IV), ácido cianídrico.

Ácido Oxálico Prata, sais de mercúrio prata, agentes oxidantes.

Ácido Perclórico

Anidrido acético, álcoois, bismuto e suas ligas, papel, graxas,

madeira, óleos ou qualquer matéria orgânica, clorato de potássio,

perclorato de potássio, agentes redutores.

Ácido pícrico

amônia aquecida com óxidos ou sais de metais pesados e fricção com

agentes oxidantes

Ácido sulfídrico

Ácido nítrico fumegante ou ácidos oxidantes, cloratos, percloratos e

permanganatos de potássio.

Água Cloreto de acetilo, metais alcalinos terrosos seus hidretos e óxidos,

peróxido de bário, carbonetos, ácido crômico, oxicloreto de fósforo,

pentacloreto de fósforo, pentóxido de fósforo, ácido sulfúrico e trióxido

de enxofre, etc

Alumínio e suas ligas Soluções ácidas ou alcalinas, persulfato de amônio e água, cloratos,

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(principalmente em pó) compostos clorados nitratos, Hg, Cl, hipoclorito de Ca, I2, Br2 HF.

Amônia

Bromo, hipoclorito de cálcio, cloro, ácido fluorídrico, iodo, mercúrio e

prata, metais em pó, ácido fluorídrico.

Amônio Nitrato

Ácidos, metais em pó, substâncias orgânicas ou combustíveis

finamente divididos

Anilina

Ácido nítrico, peróxido de hidrogênio, nitrometano e agentes

oxidantes.

Bismuto e suas ligas Ácido perclórico

Bromo

acetileno, amônia, butadieno, butano e outros gases de petróleo,

hidrogênio, metais finamente divididos, carbetos de sódio e

terebentina

Carboneto de cálcio ou

de sódio

Humidade (no ar ou água)

Carvão Activo Hipoclorito de cálcio, oxidante

Cianetos Ácidos e álcalis, agentes oxidante, nitritos Hg(IV) nitratos.

Cloratos e percloratos

Ácidos, alumínio, sais de amônio, cianetos, ácidos, metais em pó,

enxofre,fósforo, substâncias orgânicas oxidáveis ou combustíveis,

açúcar e sulfetos.

Cloratos ou percloretos

de potássio

Ácidos ou seus vapores, matéria combustível, (especialmente

solventes orgânicos), fósforo e enxofre

Cloratos de sódio

Ácidos, sais de amônio, matéria oxidável, metais em pó, anidrido

acético, bismuto, álcool pentóxido, de fósforo, papel, madeira.

Cloreto de zinco Ácidos ou matéria orgânica

Cloro

Acetona, acetileno, amônia, benzeno, butadieno, butano e outros

gases de petróleo, hidrogênio, metais em pó, carboneto de sódio e

terebentina

Cobre Acetileno, peróxido de hidrogênio

Cromo IV Óxido Ácido acético, naftaleno, glicerina, líquidos combustíveis

Dióxido de cloro Amônia, sulfeto de hidrogênio, metano e fosfina.

Flúor Maioria das substâncias (armazenar separado)

Enxofre Qualquer matéria oxidante

Fósforo Cloratos e percloratos, nitratos e ácido nítrico, enxofre

Fósforo branco Ar (oxigênio) ou qualquer matéria oxidante.

Fósforo vermelho Matéria oxidante

Hidreto de lítio e

alumínio

Ar, hidrocarbonetos cloráveis, dióxido de carbono, acetato de etila e

água

Hidrocarbonetos

(benzeno, butano,

gasolina, propano,

Flúor, cloro, bromo, peróxido de sódio, ácido crômico, peróxido da

hidrogênio.

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terebentina, etc.)

Hidrogênio Peróxido Cobre, cromo, ferro, álcoois, acetonas, substâncias combustíveis

Hidroperóxido de

cumeno

Ácidos (minerais ou orgânicos)

Hipoclorito de cálcio Amônia ou carvão ativo.

Iodo Acetileno, amônia, (anidra ou aquosa) e hidrogênio

Líquidos inflamáveis

Nitrato de amônio, peróxido de hidrogênio, ácido nítrico, peróxido de

sódio, halogênios

Lítio Ácidos, umidade no ar e água<>

Magnésio (principal/em

pó)

Carbonatos, cloratos, óxidos ou oxalatos de metais pesados (nitratos,

percloratos, peróxidos fosfatos e sulfatos).

Mercúrio

Acetileno, amônia, metais alcalinos, ácido nítrico com etanol, ácido

oxálico

Metais Alcalinos e

alcalinos terrosos (Ca,

Ce, Li, Mg, K, Na)

Dióxido de carbono, tetracloreto de carbono, halogênios,

hidrocarbonetos clorados e água.

Nitrato

Matéria combustível, ésteres, fósforo, acetato de sódio, cloreto

estagnoso, água e zinco em pó.

Nitrato de amônio

Ácidos, cloratos, cloretos, chumbo, nitratos metálicos, metais em pó,

compostos orgânicos, metais em pó, compostos orgânicos

combustíveis finamente dividido, enxofre e zinco

Nitrito Cianeto de sódio ou potássio

Nitrito de sódio Compostos de amônio, nitratos de amônio ou outros sais de amônio.

Nitro-parafinas Álcoois inorgânicos

Óxido de mercúrio Enxofre

Oxigênio (líquido ou ar

enriquecido com O2)

Gases inflamáveis, líquidos ou sólidos como acetona, acetileno,

graxas, hidrogênio, óleos, fósforo.

Pentóxido de fósforo Compostos orgânicos, água

Perclorato de amônio,

permanganato ou

persulfato

Materiais combustíveis, materiais oxidantes tais como ácidos, cloratos

e nitratos

Permanganato de

Potássio

Benzaldeído, glicerina, etilenoglicol, ácido sulfúrico, enxofre, piridina,

dimetilformamida, ácido clorídrico, substâncias oxidáveis

Peróxidos

Metais pesados, substâncias oxidáveis, carvão ativado, amoníaco,

aminas, hidrazina, metais alcalinos.

Peróxidos (orgânicos) Ácido (mineral ou orgânico).

Peróxido de Bário Compostos orgânicos combustíveis, matéria oxidável e água

Peróxido de hidrogênio

3%

Crômio, cobre, ferro, com a maioria dos metais ou seus sais, álcoois,

acetona, substância orgânica

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Peróxido de sódio

Ácido acético glacial, anidrido acético, álcoois benzaldeído, dissulfeto

de carbono, acetato de etila, etileno glicol, furfural, glicerina, acetato

de etila e outras substâncias oxidáveis, metanol, etanol

Potássio Ar (unidade e/ou oxigênio) ou água

Prata

Acetileno, compostos de amônia, ácido nítrico com etanol, ácido

oxálico e tartárico

Zinco em pó Ácidos ou água

Zircônio (principal/em

pó)

Tetracloreto de carbono e outros carbetos, pralogenados, peróxidos,

bicarbonato de sódio e água

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ARMAZENAGEM EM SEGURANÇA DE PRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS

1. REGRAS A TER EM CONTA NA CONSTRUÇÃO/BENEFICIAÇÃO DE

ARMAZÉNS DE PRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS

Na construção ou beneficiação de instalações de armazenamento e/ou venda de

produtos fitofarmacêuticos (designados no texto abreviadamente por PF) devem ser

respeitadas as regras a seguir descritas.

1. O local a escolher para a construção de um armazém de PF deverá ser sempre

afastado de casas, hospitais, escolas, outros armazéns e fábricas alimentares. A

preferência deve ser dada a locais isolados ou destinados a indústrias, evitando-se

sempre as áreas sujeitas a inundações ou próximas de águas superficiais ou

captações de água. No caso de armazéns já existentes, deverão proceder-se às

devidas modificações ou à alteração de local.

2. O local escolhido deverá ter bons acessos, em especial no caso de ser necessário

a carga e descarga de grandes quantidades. O edifício deverá estar isolado dos

restantes, deixando-se uma distância de pelo menos 10 metros entre o armazém e

os restantes.

3. Os armazéns não deverão ficar em caves ou situados abaixo do nível do solo, já

que os vapores libertados pelos PF, como são mais densos que o ar, ficam

aprisionados no armazém, aumentando o risco de incêndio e intoxicação.

4. Os materiais de construção a escolher deverão, sempre que possível, ser

incombustíveis (ex. betão reforçado é preferível a barras de aço desprotegidas). Os

materiais de isolamento deverão também ser incombustíveis (ex. fibra de vidro),

sempre que possível.

5. Os pormenores construtivos deverão ter em conta que o armazém deverá ser de

preferência um local seco e não sujeito a temperaturas elevadas (risco de

degradação dos PF e de incêndio) ou muitas baixas (risco de congelação dos PF).

6. Os pavimentos deverão ser impermeáveis a líquidos e deverão ter um acabamento

que permita uma fácil limpeza e evite a contaminação das paredes interiores (nas

junções destas com o pavimento), em caso de derrame ou incêndio. Como medida

temporária, os pavimentos não impermeáveis

poderão ser cobertos com chapas densas de

PE.

7. As paredes exteriores poderão ser em chapa

de aço ou similar desde que não exista risco

de incêndio, devido a factores externos ao

edifício; no caso de existir, as paredes

exteriores deverão ser sempre que possível de construção sólida.

Page 17: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 17 de 43

8. Os materiais a escolher para as paredes internas deverão fornecer

simultaneamente boa resistência física e ao fogo.

9. O telhado deverá ser em material incombustível, podendo ser do tipo relativamente

frágil para em caso de incêndio, facilitar a libertação dos gases e fumos; ou no

caso de ser em construção robusta, deverão existir suficientes painéis de

ventilação, com uma área total de abertura igual a 0,7 a 2% da área do pavimento.

Estes painéis deverão estar permanentemente abertos ou ser possível abri-los

manualmente ou, ainda disporem de abertura automática em caso de incêndio.

10. Deverão ser previstos meios para reter quaisquer derrames ou água de combate a

incêndio.

11. No caso de existirem depósitos com grande volume de líquidos, uma solução fácil

para evitar que um derrame se alastre a outras áreas, é construir uma bacia de

retenção (caixa em cimento impermeável) capaz de reter pelo menos 110 % do

volume de líquidos existentes dentro dessa caixa.

12. A instalação de uma boa rede de drenagem, que termina numa caixa de retenção

de capacidade adequada (sob o pavimento), permite reter o volume total de

líquidos derramados e água contaminada de combate a incêndio. A caixa de

retenção poderá ser independente por armazém ou partilhada por vários, sendo

normalmente em ferro ou aço.

13. Deverá ter-se em atenção a eventual entrada das águas da chuva, no armazém,

sendo de prever um bom sistema de escoamento destas águas.

14. O armazém deverá ser bem ventilado, com entradas de ar perto do pavimento e do

tecto, protegidas. Para se garantir uma boa ventilação, deve-se deixar um espaço

de pelo menos um 1 metro entre a entrada de ar e qualquer material armazenado.

15. Todas as saídas, incluindo as de emergência, deverão estar espaçadas de no

máximo 30 metros de modo a evitar que alguém fique aprisionado no interior. As

saídas de emergência deverão estar sempre desimpedidas e devidamente

assinaladas.

16. Se no armazém existirem escritórios ou outras salas, estes deverão estar situados

longe da área principal de armazenagem e deverão ter saídas para exterior sem

passar pelo armazém.

2. REGRAS DE ARMAZENAGEM OBRIGATÓRIAS

As seguintes regras têm a ver com a arrumação e a disposição dos produtos

fitofarmacêuticos dentro do armazém, de modo a permitir uma boa armazenagem dos mesmos,

com riscos mínimos para o pessoal do armazém. Os equipamentos para armazenamento e

acondicionamento de produtos fitofarmacêuticos a ser adquiridos devem ter em conta o

respeito a estas regras.

Page 18: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 18 de 43

1. Os produtos fitofarmacêuticos deverão ser arrumados de modo a permitir que os

mesmos conservem as suas propriedades físicas e químicas e o teor da(s)

substância(s) activa(s) durante o período de conservação normal.

2. A arrumação dos produtos será feita de modo a evitar a contaminação entre eles.

Os PF que libertam odores intensos, ou seja os PF voláteis, deverão ser

armazenados em áreas com bom arejamento e ficar separados dos não voláteis.

Por outro lado, também poderão ser agrupados de acordo com a classificação

toxicológica (tóxico, corrosivo, inflamável, etc.) e ainda serem agrupados por

função: herbicidas, insecticidas, fungicidas, reguladores de crescimento, etc.;

particularmente os herbicidas, deverão ser armazenados com um certo isolamento

relativamente aos restantes PF.

3. Os símbolos indicados nos rótulos dos PF têm forma quadrada com pictograma

negro sobre fundo cor de laranja amarelado. No caso de não existir símbolo,

significa que o produto é “Isento de classificação”, em termos de classificação

toxicológica. Ter em atenção que o vulgar símbolo “inflamável” só virá no rótulo do

PF, no caso do produto ser facilmente inflamável (ou seja, quando a sua

temperatura de inflamação é inferior a 21ºC). No caso de o PF ser classificado

apenas como inflamável, virá referida no rótulo apenas a seguinte frase “Atenção:

produto inflamável”.

Símbolos referidos nos rótulos dos PF

Deverá haver sinalização de segurança adequada quanto a riscos, saídas de

emergência e equipamento de combate a incêndio e acções não permitidas no local.

Os diferentes tipos de sinalização possíveis são os seguintes (ver os exemplos abaixo

referidos na página seguinte):

Sinais de proibição – de forma redonda com pictograma negro sobre fundo branco e

margem e faixa diagonal vermelhas (ex.: proibição de entradas a pessoas não

autorizadas, proibição de fazer lume e de fumar, proibição de fumar)

Page 19: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 19 de 43

Sinais de obrigação – de forma circular com pictograma branco sobre fundo azul (ex.:

usar protecção obrigatória das mãos, protecção obrigatória das vias respiratórias,

protecção obrigatória da cabeça)

Sinais de aviso – de forma triangular com pictograma negro sobre fundo amarelo e

margem negra (ex.: produtos inflamáveis, produtos tóxicos, produtos corrosivos)

Sinais relativos ao material de combate a incêndios – de forma rectangular ou

quadrada com pictograma branco sobre fundo vermelho (ex.: indicação/localização de

extintor, mangueira, carretel ou agulheta de incêndio)

Sinais de salvamento ou de emergência – de forma rectangular ou quadrada com

pictograma branco sobre fundo verde (ex.: direcção a seguir, primeiros socorros, duche

de segurança, saída de emergência)

4. Prever meios de protecção contra incêndios e meios de primeira intervenção

(extintores, mangueiras com comprimento suficiente para alcançar todas as zonas

do armazém ou outros dispositivos equivalentes)

Sinalização de segurança em armazéns de PF

Nota: os pictogramas utilizados na sinalização podem variar ligeiramente ou ser mais

detalhados em relação às figuras previstas no decreto-lei n.º 141/95 de 14 de Junho, com a

condição de que o seu significado seja equivalente e de que nenhuma diferença ou adaptação

torne incompreensível o seu significado.

5. Os PF deverão ser armazenados apenas na sua embalagem original, colocada na

sua posição correcta e com o rótulo bem visível para permitir a sua identificação.

6. Não armazenar directamente sobre o pavimento.

Page 20: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 20 de 43

7. A quantidade armazenada deverá ser apenas a necessária, tendo o cuidado de

utilizar o critério “primeiro a chegar, primeiro a sair”.

8. A armazenagem deverá ser feita de modo a permitir um fácil acesso a toda área

para inspecção e segurança.

9. Os locais de armazenamento terão de permitir um acesso fácil a água.

10. Os produtos obsoletos deverão ser removidos.

11. As embalagens a adquirir terão de estar invioladas, de modo a garantir que o

produto no seu interior é de facto o indicado no rótulo.

12. Todos os locais, compartimentos e armazéns que contenham PF deverão estar

fechados à chave, de modo a evitar o acesso a pessoas não autorizadas.

13. Os PF deverão ser sempre armazenados longe de alimentos, vestuário ou outros

objectos de uso diário.

14. Deverão existir à disposição dos trabalhadores (e os mesmos deverão ser

aconselhados a utilizar) roupas, luvas adequadas e outro EPI. Este equipamento

deve ser guardado fora da zona de armazenagem. O EPI deverá ser

verificado/inspeccionado regularmente, mantido limpo e em condições, sendo

substituído sempre que necessário.

Abreviaturas

EPI – equipamento de protecção individual PF – produto fitofarmacêutico

PE – polietileno PVC – policloreto de vinilo

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ARMAZENAMENTO DE COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS PARA AQUECIMENTO

A construção e utilização de uma instalação de armazenagem de combustíveis líquidos

para aquecimento deve obedecer a determinados requisitos de higiene, saúde, segurança e

ambiente bem como à lei geral existente, mesmo não sendo necessária a obtenção de alvará.

1. RESERVATÓRIO SUBTERRÂNEO (ENTERRADO)

O reservatório subterrâneo deve

ser de preferência em aço, de parede

dupla, com sinalizadores para aviso de

ruptura/contaminação do meio ambiente;

Deve ter indicação da capacidade

total do reservatório;

Deve ter sonda ou processo de

sondagem;

A tubagem de ligação do tanque à

caldeira (tubo de pesca) deve ficar a uma

distância mínima de 10cm do fundo do

tanque;

A caixa de visita deve ter uma tubagem de drenagem (esgoto);

Este tipo de reservatório deve estar fixo, principalmente se o nível freático do local for

elevado;

Este tipo de reservatório não pode e não deve estar dentro de zona coberta (caves,

garagens, etc.).

Assim evita:

Ocorrência de sobreenchimentos / derrames durante toda a operação de enchimento

(contaminação de solos);

Ocorrência de problemas ao nível dos queimadores da caldeira;

Ocorrência de acidentes graves, (incêndio, explosão).

2. RESERVATÓRIO AÉREO (NÃO ENTERRADO)

O reservatório aéreo deve ser de preferência em aço, podendo ser parede simples

(apenas uma parede de espessura), devendo estar instalado dentro de uma bacia de retenção;

Deve ter indicação da capacidade total do reservatório;

Deve ter sonda ou existir um processo de sondagem;

A tubagem de ligação do reservatório à caldeira (tubo de pesca) deve ficar a uma

distância mínima de 10cm do fundo do tanque;

Neste tipo de reservatório deve existir, de preferência, no seu fundo (ponto mais baixo)

uma válvula para se efectuar a drenagem/limpeza, quando necessário;

Page 22: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 22 de 43

Este tipo de reservatório não pode e não deve estar dentro de zona coberta (caves,

garagens, etc.), devendo estar instalado em zona bem ventilada, arejada.

Assim evita:

Ocorrência de sobreenchimentos / derrames durante toda a operação de enchimento

(contaminação de solos);

Ocorrência de problemas ao nível dos queimadores da caldeira;

Ocorrência de acidentes graves, (incêndio, explosão).

3. RECOMENDAÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA INSTALAÇÃO DE

COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS PARA AQUECIMENTO

O reservatório, caso seja construído em material "tipo plástico" não deve ficar sob

acção directa da luz ou perto de fontes de calor;

O reservatório deve estar ligado á terra;

De preferência, deve existir um terminal de terra, onde o carro-tanque se possa ligar

durante a operação de abastecimento;

O reservatório deve ter uma tubagem de ventilação (respiro), a qual deve ter uma altura

mínima de 4 m, contados a partir do nível do solo, devendo terminar numa zona livre e

desimpedida (afastado de portas, janelas, etc.);

Quando necessário, pode existir um abastecimento à distância, para ser possível ao

carro-tanque abastecer o depósito sem se ter de deslocar até junto deste;

No local do depósito, da caldeira e da tubagem de ventilação, devem existir:

Um extintor de pó químico seco, de 6 Kg para fogos do tipo ABC;

Balde c/areia seca;

Sinalética de aviso "proibido fumar e foguear, nestes locais".

Page 23: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 23 de 43

ARMAZENAMENTO DE GARRAFAS DE GÁS

A segurança na manipulação de gases sob pressão, em vários processos de soldadura

e de um modo geral apresentam dos seguintes riscos:

Pressão, que pode provocar explosões e rupturas;

Temperaturas, que é um elemento potenciador do risco anterior;

Características físico-químicas dos gases.

Os gases mais utilizados nas empresas, suas características e recomendações de

segurança estão no seguinte quadro:

Gaz sob Pressão Características Recomendações de Segurança

Oxigénio (O2)

Apresenta uma pureza de 99% Não lubrificar as peças (exemplo:

torneiras das garrafas), devido ao

risco de explosão.

Obtido a partir da destilação

fraccionada do ar líquido

Armazenado e distribuído em

garrafas sob pressão de cerca de

200 bar

Não substitui o ar comprimido

(risco de incêndio)

Acetileno (C2H2)

HC, combustível e menos denso

que o ar Não armazenar garrafas em caves

Odor características Em contacto com Cobre, Mercúrio

e Prata pode formar compostos

explosivos

Provoca misturas explosivas com

o ar

Armazenado e distribuído em

garrafas sob pressão de cerca de

1.5 bar, dissolvido em Acetona.

Detecção de fugas só com água e

sabão

Anidrido Carbónico

(CO2)

Incolor, inodoro, sabor picante e

mais pesado que o ar

Implementação de sistemas de

aspiração, devido ao risco de

provocarem uma carência de

Oxigénio

Obtida na combustão do carvão,

fuel ou gás natural

Não combústivel e é misturado

com Árgon na soldadura

MIG/MAG

Argon (Ar)

Inerte ou raro (sem actividade),

incolor e inodoro

Obtida da destilação fraccionada

do ar líquido

Utilizado na soldadura TIG e MIG.

Page 24: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 24 de 43

Requisitos gerais de armazenagem de gases comprimidos ou liquefeitos são:

Existência de uma cobertura ligeira, porta para o exterior e rede a vedar o local.

Evitar a incidência dos raios solares;

As botijas devem:

o Estar todas identificadas;

o Estar separadas por tipo de gás: Acetileno/Hidrogénio; outros gases

combustíveis; gases tóxicos incombustíveis;

o Ficar afastadas de locais com produtos

inflamáveis, combustíveis líquidos ou

gasosos, gasolinas, etc.;

o Permanecer na vertical durante o transporte,

utilização e armazenagem;

o Ser transportadas por carrinhos próprios;

o Permanecer afastadas de zonas de grande

movimentação de peças.

O local para o armazenamento em especial das garrafas de Acetileno deve obedecer

às seguintes condições, segundo a norma NP- 1560 de 1978:

Situar-se afastado dos locais de trabalho;

Possibilitar a protecção das garrafas contra as intempéries e os raios solares

(cobertura leve);

Ter ventilação natural suficiente e ambiente húmido;

Estar afastado dos locais de trabalho (ar livre);

Ter ventilação natural suficiente e ambiente húmido;

Estar afastado dos outros locais de armazenagem de produtos inflamáveis

(óleos gasolinas, diluentes, etc.) ou corrosivos (ácidos, gases ou produtos

químicos corrosivos, etc.);

Situar-se fora da vizinhança de qualquer fonte de calor;

Possuir espaço para manter devidamente separadas as garrafas cheias de

acetileno e as garrafas vazias;

Estar afastado de locais onde haja movimentação de peças pesadas que

possam bater ou cair sobre as garrafas de acetileno;

Dispor de iluminação natural; no caso de ser necessário recorrer a iluminação

artificial, esta dever ser do tipo antideflagrante;

Permitir a colocação das garrafas de acetileno de forma tal que estas estejam

defendidas de quedas, choques ou rolamento;

Dispor de extintores próprios em número adequado e devidamente sinalizados;

Ter colocados, de maneira bem visível, avisos proibindo fumar ou fazer lume.

As garrafas contendo gases, nomeadamente oxigénio ou ar comprimido,

quando armazenado sob a mesma cobertura, devem estar separadas das

garrafas de acetileno por divisórias adequadas resistentes ao fogo e ao calor.

Page 25: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 25 de 43

As garrafas armazenadas, mesmo quando vazias, devem ter a válvula fechada

e o respectivo capacete de protecção montado e ser conservadas na posição

vertical.

A identificação das garrafas deve estar gravada na parte superior da (ogiva) da garrafa

e deve conter os seguintes dados:

Identificação do fabricante;

Identificação do proprietário;

Data da prova hidráulica;

Gás contido no interior

A identificação por código de cores das garrafas, para se tornar mais fácil, deve cumprir

o seguinte:

Gaz Sob Pressão Código de Cor

Oxigénio ogiva pintada de Branco

Acetileno castanho

Anidrido Carbónico Cinzento

Árgon Amarelo esverdeado

Page 26: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 26 de 43

CONSTRUÇÃO CIVIL

Na indústria da construção a dificuldade em

adquirir determinados materiais, na altura da sua

aplicação em obra, obrigaram as empresas a efectuar

aquisições prévias, de modo a que o desenvolvimento

dos trabalhos não sofresse perturbações por falta

desses materiais. Esta necessidade é ainda agravada

pelo facto de muitas vezes as obras desenrolarem-se

em espaços diminutos, que implicam um empilhamento desordenado de materiais com riscos

de deterioração para os próprios materiais e riscos de acidente para o homem que junto deles

trabalha.

Entende-se por armazém de estaleiro a zona da obra destinada ao depósito temporário

de materiais.

As regras de armazenagem procuram combater simultaneamente os quatro espécies

de perigos que lhe surgem invariavelmente associados e resultam de:

Mau empilhamento do material a armazenar;

Má utilização dos meios de manutenção dos materiais e do mau

dimensionamento das vias de circulação;

Incêndio no armazém ou dos materiais nela armazenados;

Especiais características dos materiais armazenados, tais como a possibilidade

de explosão, intoxicações, efeitos corrosivos ou radiações ionizantes.

Os riscos recorrentes dos perigos podem ser:

Queda incontrolada de materiais durante ou após a armazenagem;

Entalamento;

Corte;

Esmagamento;

Intoxicação;

Queda de altura;

Queda ao mesmo nível;

Incêndio.

Contudo, não se pode estabelecer regras fixas para a organização do armazém, por

isso, apenas podemos referir a constituição mais comum do armazém de construção civil.

Consoante a dimensão da empresa e localização das obras, assim ela poderá

constituir um ou vários armazéns.

Geralmente, existe o chamado armazém central, o qual apoia os armazéns das obras.

Estes são situados localmente em cada obra, fazendo o seu próprio abastecimento e

apoiando outras obras na sua proximidade.

Page 27: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 27 de 43

Em certas situações, principalmente em obras de pequeno vulto, podem-se destacar

diferentes armazéns:

Armazém de cimento, cal e gesso;

Armazém de tijolo;

Armazém de madeira;

Armazém de ferro para armaduras;

Etc.

4. QUEDA INCONTROLADA DE MATERIAIS

A armazenagem em altura comporta o risco de queda incontrolada de materiais, além

de agravar o risco de incêndio, como adiante se verá.

Como é evidente, o risco de queda incontrolada

está relacionado com as características básicas dos

materiais e com a forma de efectuar o empilhamento, além

das características da superfície que lhes serve de apoio.

Assim, esta superfície deve:

Ser plana e ter resistência compatível com a carga a que vai estar sujeita.

Opor uma certa resistência por atrito ao

escorregamento do material armazenado.

A altura de armazenamento é muito mais

condicionada pelos riscos de incêndio que pela forma física

dos materiais, no entanto, há que ter em conta o peso, a

fragilidade e a forma física dos mesmos num eficaz processo de armazenamento.

Quando o armazenamento não é feito em estrutura, a

possibilidade de queda pode ser reduzida ao mínimo,

observando elementares regras de estabilidade, em particular

as ligadas ao travamento dos materiais.

O empilhamento de formas cilíndricas longas, como

tubagens, deverá efectuar-se dispondo-as no sentido

longitudinal e alternando-as fila a fila tomando uma forma

prismática. Das dificuldades de conseguir um atrito

suficientemente forte entre a base de apoio dos tubos

e os próprios tubos, deve travar-se o empilhamento

das tubagens com peças laterais presas ao pavimento

de forma a poderem impedir o seu deslocamento.

O armazenamento em prateleiras, estruturas

metálicas ou outras, elimina, regra geral, muitos dos

riscos de armazenagem, permitindo maior liberdade na disposição de mercadorias no que

respeita à sua estabilidade.

Page 28: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 28 de 43

VIAS DE CIRCULAÇÃO NUM ARMAZÉM

Por mais pequeno que seja, um armazém terá de ter vias interiores de circulação de

pessoas e, eventualmente, veículos destinados a manutenção e movimentação dos materiais

armazenados.

Na armazenagem, as vias de circulação interiores devem obedecer às seguintes

regras:

Serem rectilíneas ou com o mínimo de ângulos ou curvas;

Terem pavimentos de superfícies lisas e estarem isentos de obstáculos;

Não terem rampas muito inclinadas;

Terem a mesma largura em todos os pontos do percurso.

Quando for prevista a circulação de veículos deve ser dada uma folga de 0,60m, para

além da largura máxima do veículo previsto se a via for de sentido único e 0,90m, se a via for

de dois sentidos.

O dimensionamento das vias de circulação não se relaciona só com o trânsito de

veículos e pessoas, mas também, com os riscos de propagação de incêndio às várias pilhas de

materiais.

Em caso algum, será aconselhável que a distância de separação de pilhas seja inferior

a 30% da altura de armazenagem, sendo recomendados os seguintes valores:

Altura de armazenagem Largura da Via

H < 6,00 m L= 2,40 m

6,00 m < H < 7,20 m L= 3,00 m

H > 7,20 m L > H/2

As vias de circulação devem ser adaptadas aos movimentos de manutenção do

armazém, de modo a permitir e facilitar o combate a possíveis incêndios e reduzir o risco de

propagação do fogo pilha a pilha.

No tocante à armazenagem de matérias com riscos especiais, estas geralmente,

constam de uma “lista de materiais que envolvem riscos especiais” na sua manipulação, tais

como: cimentos, tintas, vernizes, solventes, etc.

Page 29: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 29 de 43

No armazenamento de todos os materiais,

deve procurar-se dividi-los por categorias e

organizar o seu empilhamento de modo que a sua

remoção se possa fazer sequencialmente e em

condições de segurança.

A organização do empilhamento de

materiais, deverá ser feita de modo a evitar a queda

dos mesmos. Assim, a arrumação de tijolos, blocos, sacos e outros materiais, deverão ser

armazenados em fiadas cruzadas de maneira a travar a pilha.

Quanto à elevação, transporte e empilhamento e armazenagem de materiais secos a

granel e de líquidos perigosos, o Regulamento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho,

refere que:

Na elevação e transporte de materiais, devem ser utilizados meios técnicos

apropriados na carga e descarga, circulação transporte e armazenagem de materiais, de forma

a evitar, na medida do possível, os esforços físicos,

recomendando-se que os trabalhadores

encarregados do manuseamento dos materiais

devem ser instruídos no que respeita à maneira de

elevar e transportar cargas com segurança.

Quando tiverem de ser elevados ou

transportados objectos muito pesados por uma

equipa de trabalhadores, a elevação e a deposição das cargas devem ser comandadas por

forma a manter a unidade da manobra e a segurança das operações.

No emprego de planos inclinados para facilitar a subida ou descida de tambores ou

reservatórios carregados, deve regular-se a deslocação destes por meio de cordas ou outros

aprestos, além de calços ou cunhos indispensáveis, e impedir-se a permanência de operários

no acto da descarga.

Quando a deslocação seja auxiliada por

rolos, devem utilizar-se barras para mudar a posição

dos rolos em movimento.

Os trabalhadores ocupados na manutenção

de objectos que apresentem arestas vivas, rebarbas,

falhas ou outras saliências perigosas, ou na

manutenção de matérias escaldantes, cáusticas ou

corrosivas, devem ter à sua disposição e utilizar o equipamento de protecção apropriado.

O empilhamento de materiais deve efectuar-se por forma a oferecer segurança,

devendo tomar-se precauções especiais sempre que a natureza daqueles o exija.

Os materiais devem ser empilhados sobre bases resistentes, devendo, além disso,

verificar se o seu peso não excede sobrecarga prevista para os pavimentos.

Page 30: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 30 de 43

Não se deve permitir o empilhamento de materiais contra paredes ou divisórias dos

edifícios que não estejam convenientemente dimensionadas para resistir aos impulsos laterais.

A altura de empilhamento dos materiais não deve comprometer a estabilidade da pilha.

O empilhamento deve realizar-se de maneira que não prejudique a conveniente

distribuição da luz natural ou artificial, o bom funcionamento das máquinas ou de outras

instalações, a circulação nas vias de passagem e o funcionamento eficaz dos equipamentos ou

do material de luta contra incêndios.

O armazenamento de materiais secos a granel devem, quando possível, ser

armazenados em silos que permitam a sua descarga pelo fundo. Os silos devem ser

constituídos de materiais resistentes ao fogo, cobertos e munidos de sistema de ventilação

eficaz. As operações de manutenção devem efectuar-se com toda a segurança para os

trabalhadores. Todo o trabalhador que penetre num silo deve dispor de cinto de segurança

preso ao cabo, com folga mínima e solidamente amarrado a um ponto fixo e ser assistido,

durante toda a operação, por outro operário colocado no exterior. Quando necessário, deve

estar provido de máscara ou outro equipamento adequado com fornecimento do oxigénio.

Deve ser impedida a entrada de trabalhadores nos silos durante a sua alimentação e

descarga, ou quando não tenham sido tomadas precauções para prevenir o recomeço

intempestivo destas operações.

Page 31: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 31 de 43

RISCOS DE INCÊNDIO

1. EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE ARMAZENAGEM

As modernas técnicas de armazenagem e a escassez do espaço habitualmente

disponível para o efeito, determinou a configuração dos armazéns actuais, onde a

armazenagem se faz mais em altura, aumentando consideravelmente a probabilidade de risco

de incêndio.

Também por outro lado, as construções destinadas a armazéns, normalmente

provisórios, oferecem fraca resistência ao fogo, pelo que o aspecto de risco de incêndio deve

ser sempre considerado.

A experiência tem comprovado que existe uma relação directa entre as percas por

incêndio em armazéns e as técnicas de armazenamento adoptadas. O débito calorífico de uma

pilha de mercadorias combustíveis é quase dez vezes maior quando se lhe duplica a altura.

Entre os factores capazes de influenciar na sensibilidade dos espaços dos armazéns

ao risco de incêndio, uns são inerentes à própria construção do armazém e outros ligados às

características dos materiais armazenados. Assim, e para os primeiros, têm-se em

consideração às seguintes características:

Elementos de madeira – se forem de madeira

maciça e grossa, a sua resistência ao fogo, embora

não sendo grande, é de 1 mm/Mn. No caso de

tabiques, a velocidade de propagação é alta.

Elementos de aço – fraca resistência ao fogo, dado atingirem rapidamente os 500ºCe

perderem a estabilidade por enfraquecimento e

desequilíbrio da estrutura, devido à grande dilatação.

Deverá a estrutura ser revestida com tinta ignífoga.

Elementos de cerâmica cimento e gesso – grande

resistência ao fogo.

Pilares, vigas e tectos – em princípio, deverá

considerar-se que resistam cerca de 1h 30min. ao fogo.

Concepção de juntas de dilatação – A estrutura deve prever a existência de juntas,

de forma a absorver as dilatações devidas ao aquecimento.

Isolamento – Em relação aos outros edifícios deve existir um espaço livre de, pelo

menos, 10 metros.

Ainda no âmbito dos materiais, convém relembrar a classificação dos materiais de

construção quanto à Reacção ao fogo.

Assim, quanto à combustibilidade, os materiais classificam-se em:

a) Materiais incombustíveis – (MØ) – (M – Zero)

b) Materiais combustíveis

Quanto à inflamabilidade, os materiais combustíveis classificam-se em

Page 32: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 32 de 43

(M1) – Não inflamáveis:

(M2) – Dificilmente inflamáveis:

(M3) – Medianamente inflamáveis:

(M4) – Facilmente inflamáveis:

2. RESISTÊNCIA AO FOGO DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Quanto à resistência, podem classificar-se os materiais em classes adoptando a

seguinte simbologia:

Elementos estáveis ao fogo (EF)

Elementos pára – chamas (PC)

Elementos corta – fogo (CF)

2.1. Características dos Materiais Armazenados

Classe I – Risco muito Fraco – Inclui materiais inertes ou pouco

combustíveis (metais, cimento, gesso, vidro, cerâmica etc.).

Classe II – Risco Médio – Inclui os materiais da Classe I agravados por

embalagens bastante combustíveis e ainda plásticos pouco combustíveis.

Classe III – Risco Elevado – Inclui materiais muitos combustíveis e

materiais inflamáveis (madeira, papel, materiais embolados com EPS

(esferovite), etc.).

Classe IV – Risco Muito elevado – Inclui materiais com grande quantidade

de plástico, espumas de borracha ou EPS (esferovite).

Estas classes de materiais devem ser empilhadas de forma diferente no que respeita à

altura das pilhas e superfícies dos lotes.

H máxima das

Pilhas (m)

Classe I Classe II Classe III Classe IV

6,00 6,00 5,00 4,00

Altura

aconselhável (m) 3,50 3,50 2,00 2,00

Superfície

máxima m2 2,00 300 225 150

Page 33: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

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2.2. Materiais Combustíveis e sua armazenagem

A armazenagem de produtos líquidos combustíveis em taras, é frequente para produtos

cujo consumo não é continuo.

A armazenagem destes produtos deve ser efectuada em local próprio e afastado de

áreas sensíveis da instalação, permitindo limitar os danos, humanos e materiais, em caso de

eventual acidente.

Torna-se também importante verificar a compatibilidade entre os produtos

armazenados.

3. INSTALAÇÕES AUTOMÁTICAS CONTRA INCÊNDIO

Os armazéns, sendo áreas geralmente não controladas pela presença humana em

grandes períodos do dia, correm sérios riscos de incêndio nas horas “mortas”, quando a

intervenção directa do homem é em geral tardia. Nesta situação, a dimensão do sinistro já

apresenta grandes dificuldades ao seu combate e corresponde a elevadíssimos prejuízos

materiais. Por isso, os armazéns são campo privilegiado para a montagem de instalações

automáticas contra incêndios.

3.1. Detecção Automática de Incêndio

Uma detecção automática de incêndio comporta um conjunto de dispositivos que têm

por objectivo, não só detectar o incêndio logo que ele deflagra como localizar a zona de sinistro

,accionando o alarme e controlando a entrada em funcionamento das instalações automáticas

contra incêndios. É normalmente composto por:

Detectores Automáticos;

Central de Sinalização e controle;

Dispositivos de Alarme.

Para melhor compreensão, abordaremos o princípio em que se baseia a detecção

automática de incêndios.

4. CURVA DO FOGO

Sabemos que à medida que o fogo se desenvolve, o fumo e o calor aumentam criando

um ambiente de grande risco para a vida humana. A rapidez com que o ambiente se pode

deteriorar é difícil de prever, visto que intervém muitas variáveis.

A maioria dos incêndios desenvolvem-se lentamente no princípio, pelo que o risco é

pequeno. Eventualmente, a intensidade do fogo crescerá de uma forma mais significativa, ao

aumentar o nível dos produtos perigosos originados pela combustão.

A um certo nível de acumulação de produtos de combustão, o incêndio será detectado

precocemente por detectores automáticos de incêndio ou, no caso de existirem pessoas nas

proximidades, pelo cheiro característico ou pela visão.

Page 34: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 34 de 43

Ao nível de risco a que ocorre a detecção, corresponde um tempo específico, no

decurso do incêndio, chamado tempo de detecção.

Em geral, os sistemas de detecção de incêndios têm por objectivo a produção de

alarme de fogo, durante e em qualquer das fases do incêndio.

4.1. Protecção com Sprinklers

Existem vários processos de detecção automática de incêndios no entanto o de maior

divulgação continua a ser o sprinkler. Na verdade, a sua acção é de rara amplitude, pois

encarrega-se de detectar o fogo, dar o alarme e simultaneamente extinguir ( ou pelo menos

fazer com que a violência do mesmo diminua).

Quando a temperatura ambiente atinge um valor perigoso (que pode ser, de acordo

com a sensibilidade do sprinkler de 68ºC, 98ºC ou 141ºC, escolhida de acordo com o material

armazenado), o fusível parte-se fazendo a água jorrar sobre o deflector que provoca a sua

dispersão sob a forma de chuveiro. A abertura de um único sprinkler faz funcionar um

dispositivo de controle eléctrico, que dá o alarme.

O projecto de instalação de sprinkler faz-se tendo presente a existência de 3 variáveis:

Tipo de armazenamento

Altura de armazenamento

Características dos materiais armazenados

Um incêndio num armazém tem características que dependem não só do material

armazenado, mas também da forma como este está armazenado, passando sempre por fases

sucessivas, subdividindo-se estas em 4:

1.º Gases de combustão (invisíveis)

2.º Fumo;

3.º Chamas;

4.º Calor.

Entre a primeira e a terceira fase, decorre um período de tempo relativamente longo.

Como os sprinklers só reagem ao calor ( 4ª fase), será desejável que haja instalações capazes

de assinalar um processo de incêndio nas duas primeiras fases, quando ainda há apenas

gases de combustão e fumos.

Assim, uma detecção automática de incêndio deve optar por:

Sprinklers – em caso de incêndio onde é rápido o aparecimento de chamas e que é

possível apagar com água.

Detectores de chamas ou detectores térmicos – Em caso de incêndio onde é

rápido o aparecimento de chamas e que não devem ser apagados com água.

Detectores ópticos de fumos – Em caso de incêndio onde é prolongada a fase de

fumos sem chama.

Page 35: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 35 de 43

Detectores iónicos de Fumos – Em caso de incêndio cuja gravidade aconselha a

sua detecção logo na fase da existência de gases de combustão invisíveis.

Nos casos em que o incêndio de um armazém pode ser apagado com água. Em

simultâneo com a instalação de sprinklers, pode instalar-se um sistema de detectores ópticos

ou iónicos de fumos que entrará em funcionamento antes do sistema de sprinklers.

Page 36: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 36 de 43

LEGISLAÇÃO DE ARMAZENAGEM DE PRODUTOS

ARMAZENAGEM (Geral).

Regulamento Geral de Segurança e Higiene no

Trabalho nos Estabelecimentos Industriais;

Portaria n.º 53/71 de 3 de Fevereiro

alterada pela Portaria 702/80 de 22

Setembro

ARMAZENAGEM DE PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS(Geral).

Ideia geral sobre condições de construção e exploração

das instalações de armazenagem, manipulação e

tratamento industrial de petróleo brutos.

DL nº 36270 / 47 de 9 de Maio

Segurança e higiene nos estabelecimentos comerciais Portaria n.º 53/71 de 3 de Fevereiro

Estabelece a classificação dos vários agentes

económicos intervenientes na actividade comercial.

DL n.º 339/85 de 21 de Agosto

Aprova o Regulamento Geral de Higiene e Segurança

do Trabalho nos Estabelecimentos Comerciais, de

Escritório e Serviços (embora seja regulamento geral

de SHST em estabelecimentos comerciais na Secção

III Artº29 refere armazenagem).

DL n.º 243/86 de 20 Agosto

Aprova o regime de protecção contra riscos de incêndio

em estabelecimentos comerciais (revoga o DL 239/86

de 19 Agosto e foi revogado pelo 368/99 de 18 Setº).

DL 61 / 90 de 15 de Fevereiro

Aprova o regime de licenciamento de obras particulares

( alterado pelo DL 250/94 de 15 Outº ).

DL 445/91 de 20 de Novembro

Altera o Dl 445/91 de 20 de Novº (regime jurídico do

licenciamento de obras particulares).

DL 250/94 de 15 de Outubro

Estabelece as disposições respeitantes à aprovação

dos regulamentos de segurança das instalações de

armazenagem de gases de petróleo liquefeitos (GPL).

DL 124 / 97 de 23 de Maio ( GPL )

Altera o DL 186/90 de 6 de Junho (sujeita a uma

avaliação de impacto ambiental os planos e projectos

que possam colidir com a preservação do ambiente)(

imposto ambiental e licenciamentos ).

DL 278 / 97 de 8 de Outubro

Aprova o regime de protecção contra riscos

de incêndio em estabelecimentos comerciais . (

revoga o DL 61/90 de 15 Fevº )

DL 368 / 99 de 18 de Setembro

Aprova o regime jurídico de instalação dos

estabelecimentos que vendem produtos alimentares e

de alguns estabelecimentos de comercio não alimentar

e de serviços que possam envolver riscos para a saúde

DL 370 / 99 de 18 Setembro

Page 37: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 37 de 43

e segurança das pessoas

Aprova a lista de estabelecimentos abrangidos pelo

anterior Decreto Lei.

Portaria 33 / 2000 de 28 de Janeiro

Aprova o regime jurídico da prevenção e controlo dos

perigos associados a acidentes graves que envolvem

substancias perigosas(Revoga o DL 204/93 de 03/06).

DL 164/2001 de 24/05 (Seveso II)

Rectifica o DL 164/2001 Rectificação n.º 13-R/2001 de 30/06

(2º Supl.)

Aprova as medidas de segurança contra riscos de

incêndio a observar nos estabelecimentos comerciais e

de prestação de serviços com área inferior a 300 m2.

Portaria nº 1299/2001 de 21 Novº

PRODUTOS EXPLOSIVOS

Regulamento sobre o licenciamento dos

estabelecimentos de fabrico e Armazenagem de

produtos explosivos, o Regulamento sobre o fabrico,

armazenagem, comercio e emprego de produtos

explosivos e o regulamento sobre a fiscalização de

produtos explosivos

D.L. n.º 376/84 de 30 de Novembro

Alterado pelo D.L. n.º 474/88 de 22 de

Dezembro

Revoga os D.L. n.º 334/83 de 15 de

Julho, 336/83 de 19 de Julho e 342/83,

de 22 de Julho.

Rectificações ao regulamento sobre o licenciamento

dos Estabelecimentos de fabrico e armazenagem de

produtos explosivos.

Declaração de rectificação de 31 de

Janeiro de 1985

Rectificações à Declaração de Rectificação e

Alterações ao Regulamento sobre o fabrico,

armazenagem, comércio e emprego de produtos

explosivos.

Declaração de Rectificação de 30 de

Março de 1985

Altera o regulamento sobre o licenciamento dos

estabelecimentos de fabrico e armazenagem de

produtos explosivos, o regulamento sobre o fabrico,

armazenagem, comercio e emprego de produtos

explosivos e o regulamento sobre a fiscalização de

produtos explosivos.

D.L. n.º 474/88 de 22 de Dezembro

Altera o D.L. n.º 376/84 de 30 de

Novembro

Torna aplicáveis as normas dos Regulamentos

aprovados pelo D.L. n.º 474/88 de 22 de Dezembro

ao fabrico, armazenagem, comércio e emprego de

artifícios pirotécnicos luminosos, fumígenos ou

sonoros destinados à sinalização.

D.L. n.º 303/90 de 27 de Setembro

Aprova o regulamento de segurança dos

estabelecimentos de fabrico e armazenagem de

produtos explosivos

D.L. n.º 139/2002 de 17 de Maio

Revoga o D.L. n.º 142/79 de 23 de Maio

e as Portarias n.º 29/74 de 16 de

Page 38: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 38 de 43

Janeiro, n.º 831/82, de 1 de Setembro e

a n.º 506/85 de 25 de Julho

RESERVATÓRIOS

Regulamenta as exigências essenciais de segurança

e regras respeitantes à documentação técnica de

fabrico, definições e símbolos referentes a

recipientes sob pressão simples.

Portaria n.º 770/92, de 7 de Agosto

Aprova as normas técnicas respeitantes à

resistência e estanquidade dos materiais e formas

de protecção contra roturas das embalagens

aerossóis.

Portaria n.º 778/92, de 10 de Agosto,

alterada pela Portaria n.º 749/94, de 13

de Agosto.

Revoga as disposições do Decreto nº 36:270 de 9

de Maio de 1947 aplicáveis a Postos de

Abastecimento. Aprova o Regulamento de

Construção e Exploração de Postos de

Abastecimento de Combustíveis.

Decreto-Lei n.º 246/92, de 30 de

Outubro

Altera a Portaria nº 778/92, de 10 de Agosto, que

aprova as normas técnicas respeitantes à resistência

e estanquicidade dos materiais e formas de

protecção contra rupturas das embalagens

aerossóis.

Portaria n.º 749/94, de 13 de Agosto

Sujeita a medida preventiva a área a afectar à

instalação dos depósitos de gás e derivados de

petróleo.

Decreto Regulamentar Regional n.º

8/94/A, de 31 de Agosto

Altera o artigo 4º do Decreto-Lei nº 246/92, de 30 de

Outubro (aprova o Regulamento de Construção e

Exploração de Postos de Abastecimento de

Combustíveis).

Lei n.º 302/95, de 18 de Novembro

Estabelece o novo quadro legal para a aplicação do

Regulamento de Construção e Exploração de Postos

de Abastecimento de Combustíveis(dito regulamento

será aprovado por portaria e nessa altura aplica-se a

norma revogatória do art. 8º deste DL).

Decreto-Lei n.º 302/2001, de 23 de

Novembro (Ministério da Economia).

Transpõe para o direito interno as Directivas n.os

1999/36/CE, do Conselho, de 29 de Abril, e

2001/2/CE, da Comissão, de 4 de Janeiro, relativas

aos equipamentos sob pressão transportáveis

Decreto-Lei n.º 41/2002, de 28 de

Fevereiro Ministério do Equipamento

Social

Promulga medidas de segurança relativas à

armazenagem de gases de petróleo liquefeito.

Decreto-Lei n.º 422/75 de 11 de Agosto

que complementa o DL 36:270 de 9 de

Maio de 1947.Rectificado no DR 200/75,

Page 39: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 39 de 43

série I de 30 de Agosto de 1975.

(Consultar também armazenagem na

secção de Resíduos a ser publicada

com a possível brevidade.)

ALGUNS DIPLOMAS NO CAMPO FARMACÊUTICO E VETERINÁRIO

RELACIONADOS COM ARMAZENAGEM.

Estabelece normas disciplinadoras do exercício da

actividade industrial

Decreto-Lei n.º 109/91, de 15 de Março

Guia para o bom fabrico dos medicamentos Portaria n° 42/92, de 23 de Janeiro

Estabelece as regras relativas à inspecção e

verificação dos princípios da OCDE de boas práticas

de laboratório (BPL)

Decreto-Lei 95/2000, de 23 de Maio

Transpõe a Directiva n.° 87/18/CEE, do Conselho,

de 18 de Dezembro de 1986, relativa a aplicação

dos princípios da OCDE de boas práticas de

laboratório (BPL) e ao controlo da sua aplicação

para os ensaios sobre as substâncias químicas, e a

Directiva n.° 99/11/CE, da Comissão, de 8 de Março,

que adapta ao progresso técnico os princípios

contidos naquela directiva

Decreto-Lei n.° 99/2000, de 30 de Maio

ÓLEOS USADOS

Regula a actividade de armazenagem, recolha e

queima de óleos usados

Decreto-Lei n.º 88/91, de 23 de

Fevereiro

Aprova o Regulamento de Licenciamento das

Actividades de Recolha, Armazenagem, Tratamento

Prévio, Regeneração, Recuperação e Combustão e

Incineração dos Óleos Usados

Portaria n.º 240/92, de 25 de Março

GROSSISTAS E ARMAZENISTAS

Regime jurídico da distribuição por grosso de

medicamentos de uso humano

Decreto-Lei nº135/95, de 9 de Junho

Boas práticas de distribuição de medicamentos de

uso humano e medicamentos veterinários

Portaria n.° 348/98, de 15 de Junho

Page 40: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 40 de 43

LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA ARMAZÉNS

N° Questão Sim Não

Localização e Construção

1. O armazém satisfaz os requisitos mínimos no que diz respeito a

localização? Se for não, em quais aspectos existem falhas?

2. O acesso ao armazém (entradas e saídas) satisfaz os requisitos

mínimos?

3. Qual a capacidade nominal do armazém? ...... toneladas.

4. Em relação à construção, o armazém corresponde aos requisitos

considerados:

Edificação?

Pavimentação?

Drenagem?

Ventilação?

Iluminação?

Saídas de Emergência?

Pára-Raios?

Se não for, em quais aspectos existem falhas?

5. O armazém contém sistema de diques de no mínimo 20 cm de altura?

6. O armazém possui sistema adicional para contenção de resíduos

procedentes de incêndios? Qual?

Fôsso para retenção?

Parede externa para contenção?

Outros? Descrever

7. Se houver algum tipo de acomodação ou escritório na estrutura do

armazém:

Está adequadamente separado deste?

Tem pelo menos uma saída que não passa pelo depósito?

Organização do Armazém

8. O armazém está:

Bem sinalizado?

Limpo?

Isolado?

Com disposição correcta de produtos?

Com equipamentos de proteção (contra incêndio e individual)?

Equipado com materiais absorventes e neutralizantes?

Equipado com tambores para retirada de material descartado?

Page 41: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 41 de 43

Com telefones de emergência em local visível?

Com fichas de emergência e segurança dos produtos armazenados?

9. Respeitando a altura máxima de empilhamento das embalagens?

10. Há uma estrutura organizativa definida, com responsabilidades claras

das pessoas que trabalham no armazém?

11. Estas responsabilidades incluem:

Recebimento e despacho de mercadorias?

Higiene, saúde e segurança?

Condições de armazenamento apropriadas?

Sistema de segurança do armazém (contra assalto e incêndio

criminoso)?

Protecção ao meio ambiente?

Procedimentos do plano de emergência?

Requisitos mínimos quando forem realizados trabalhos

secundários?

12. Precauções de segurança contra assalto e incêndio criminoso, incluem:

Sistema de alarme?

Janelas e portas protegidas?

Vigilância durante 24 horas?

Suficiente iluminação externa?

13. Todos os trabalhadores do armazém estão treinados com relação à:

Conhecimento dos riscos à saúde dos diferentes produtos

armazenados?

Manuseio seguro e correto destes produtos?

Procedimentos de emergência?

14. Estão as Fichas de Emergência e Segurança de Produtos,

actualizadas?

15. Existem os registros de entrada e saída (estoque) de produtos,

actualizados? Este facto garante saber quantidade e localização destes

produtos a qualquer momento que for necessário?

Higiene e Segurança Pessoal

16. São adequados os padrões de higiene e segurança pessoal?

17. São usadas roupas específicas para o trabalho realizado no armazém?

18. Quando necessário, são usados Equipamentos de Protecção Individual?

Descarte de Resíduos e Embalagens

19. Há um procedimento no caso de derrame ou vazamento de produtos?

20. Este material resultante é absorvido e descartado adequadamente?

Page 42: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 42 de 43

21. Há um procedimento de emergência no caso de intoxicações?

22. Se houver, as embalagens vazias são armazenadas e descartadas

adequadamente?

Incêndio

23. Existem sinais de "É Proibido Fumar" no armazém?

24. Os produtos são armazenados distantes de equipamentos que possam

causar faísca e consequentemente fogo?

25. O número de extintores de incêndio, hidrantes e geradores de espuma

são suficientes no caso de incêndio no depósito?

26. O depósito contém detectores de fumo e incêndio (alarme)?

27. O alarme está automaticamente ligado ao corpo de bombeiros?

28. Existe um plano de emergência?

29. Funcionários são treinados e praticam frequentemente o plano de

emergência?

30. Autoridades locais conhecem o sistema de segurança do armazém?

Page 43: Textos Apoio Armazenagem Zona Verde

Formador: Paulo Costa 43 de 43

BIBLIOGRAFIA

IDICT, Informação Técnica 12 - Riscos de Processos de electrodeposição – Manual de

Prevenção

www.ohra.de

www.trainmar.com.br

www.fiocruz.br

www.bp.pt

www.galpenergia.com

www.elekeiroz.com.br

www.dgpc.min-agricultura.pt

www.nvtec.com.br