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Conceito de Direito Civil / Importância O ramo do Direito privado destinado a reger relações familiares, patrimoniais e obrigacionais que se formam entre indivíduos considerados como tais, ou seja, enquanto membros de uma sociedade. Objeto e conteúdo do Código Civil O Direito Civil tem por finalidade regular “os direitos e obrigações de ordem privada concernentes às pessoas, aos bens e às suas obrigações” ÉTICA Do ponto de vista etimológico não há distinção entre os termos “ética” e “moral”. Pois, ta êthé (em grego, os costumes) e mores (em latim, hábitos) possuem, com efeito, acepções muito próximas uma da outra; se o termo ‘ética’ é de origem grega (ethos) e o moral, de origem latina, ambos remetem a conteúdos semelhantes, à idéia de costumes, de hábitos, de modos de agir determinados pelo uso. DISTINÇÃO Direito e Moral A moral e o Direito têm fins explicativos, formativos e normativos. O Direito além de normativo é coercitivo e coativo, exercido pelo Estado, detentor do Jus puniendi, através da Lei

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Direito civil

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Conceito de Direito Civil / Importância

O ramo do Direito privado destinado a reger relações familiares, patrimoniais e obrigacionais que se formam entre indivíduos considerados como tais, ou seja, enquanto membros de uma sociedade.

Objeto e conteúdo do Código Civil

O Direito Civil tem por finalidade regular “os direitos e obrigações de ordem privada concernentes às pessoas, aos bens e às suas obrigações”

ÉTICA

Do ponto de vista etimológico não há distinção entre os termos “ética” e “moral”. Pois, ta êthé (em grego, os costumes) e mores (em latim, hábitos) possuem, com efeito, acepções muito próximas uma da outra; se o termo ‘ética’ é de origem grega (ethos) e o moral, de origem latina, ambos remetem a conteúdos semelhantes, à idéia de costumes, de hábitos, de modos de agir determinados pelo uso.

DISTINÇÃO

Direito e Moral

A moral e o Direito têm fins explicativos, formativos e normativos. O Direito além de normativo é coercitivo e coativo, exercido pelo Estado, detentor do Jus puniendi, através da Lei

(Direito Positivo). A moral está relacionada com a ética, e pode ter origem social, religiosa ou filosófica.

filosofia Amor pelo saber, e, particularmente, pela investigação das causas e dos efeitos. Do ponto de vista etimológico não há distinção entre os termos “ética” e “moral”. Pois, ta êthé (em grego, os costumes) e mores (em latim, hábitos)

Direito Potestativo

Caracteriza-se por atribuir ao titular a possibilidade de produzir efeitos jurídicos em determinadas situações mediante um ato próprio de vontade, inclusive atingindo a terceiros interessados nessa situação que não poderão opor-se. São poderes do titular de formar situações jurídicas pela sua própria vontade, impondo a terceiros determinados comportamentos. Ex. de direitos potestativos: a) a possibilidade de o mandante, a qualquer tempo, revogar o mandato concedido; b) o poder de o empregador (patrão) despedir o seu empregado; c) o direito reconhecido ao herdeiro de aceitar, ou não, a herança que lhe foi transmitida (CC/2002, art. 1.804); d) a prerrogativa do sócio de retirar-se da sociedade constituída.

O que é um Código do novo dicionário Aurélio: substantivo masculino - coleção de leis - coleção de regras e preceitos - norma; regra; lei

- conjunto metódico e sistemático de disposições legais relativas a um assunto ou ramo do direito Utilidade da codificação Citando Caio M. J. Pereira, Maria Helena Diniz em seu livro, Teoria Geral do Direito Civil, afirma: "Difícil é a tarefa de codificar o direito, pois não é uma simples reunião de preceitos normativos a certo tema. É preciso coordenar e classificar metodicamente as normas concernentes às relações jurídicas de uma só natureza, criando princípios harmônicos, dotados de uma unidade sistemática; para tanto deve-se eleger um critério objetivo, lógico e racional." A codificação do direito consiste, portanto, na tendência a enfeixar, englobar, em lei, toda a matéria pertinente a uma parte substanciosa do direito, de modo a dar, a tal parte, unidade de tratamento jurídico às relações jurídicas que dela brotam. Eliminando a legislação dispersa, a codificação unifica o direito, consubstanciando, numa só lei, parte considerável do direito, inspirando-se, por vezes, numa filosofia, como o Código Civil francês, elaborado por determinação de Napoleão Bonaparte (cf. Paulo Dourado de Gusmão, Introdução à Ciência do Direito, 7ª ed., Rio de Janeiro, 1976, p. 171). Assim, um código é sempre uma coleção unitária e orgânica, sistemática, de disposições de caráter legislativo, ligadas a determinado ramo do direito positivo.

Divisões do direito civil:

o direito civil regula as relações jurídicas das pessoas; a parte geral trata das pessoas, dos bens e dos atos e fatos jurídicos; a parte especial versa sobre direito de família (disciplina as relações pessoais e patrimoniais da família), o direito das coisas ( trata do vínculo que se estabelece entre as pessoas e os bens), o direito das obrigações (trata do vínculo pessoal entre credores e devedores, tendo por objeto uma prestação patrimonial) e o direito das sucessões (regula a transmissão dos bens do falecido

Parte Geral: estabelece as regras abstratas e genéricas sobre pessoas, bens e fatos jurídicos em sentido amplo.

Parte Especial:

Direito das Obrigações – arts. 233 a 965

Direito de Empresa – arts. 966 a 1.195

Direito das Coisas (Direitos Reais) – arts. 1.196 a 1.510

Direito de Família – arts. 1.511 a 1.783

Direito das Sucessões – arts. 1.784 a 2.027.

Princípios do direito civil:

a) Da personalidade: aceita a idéia que todo ser humano é sujeito de direito e obrigações;

b) Da autonomia da vontade: reconhece que a capacidade jurídica da pessoa humana lhe confere o poder de praticar ou abster-se de certos atos, conforme sua vontade;

c) Da liberdade de estipulação negocial: decido à permissão de outorgar direitos e de aceitar deveres, nos limites legais, dando origem à negócios jurídicos;

d) Da propriedade individual: pela idéia assente de que o homem pelo seu trabalho ou pelas formas admitidas em lei pode exteriorizar a sua personalidade em bens imóveis ou móveis que passam a constituir o seu patrimônio;

e) Da intangibilidade familiar: ao reconhecer a família como uma expressão imediata de seu ser pessoal;

f) Da legitimidade da herança e do direito de testar: pela aceitação de que, entre os poderes que as pessoas têm sobre seus bens, se inclui o de poder transmiti-los, total ou parcialmente, a seus herdeiros;

g) Da solidariedade social: ante a função social da propriedade e dos negócios jurídicos, a fim de conciliar as exigências da coletividade com os interesses particulares.