96
THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHER INFILTRAÇÃO SECUNDÁRIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL EM PACIENTES COM LINFOMA DIFUSO DE GRANDES CÉLULAS B: ENTENDENDO O PASSADO PARA DEFINIR DIRETIVAS ATUAIS E FUTURAS. Dissertação apresentada ao curso de Pós- Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo para obtenção do Título de Mestre em Ciências da Saúde. SÃO PAULO 2019

THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

  • Upload
    others

  • View
    5

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHER

INFILTRAÇÃO SECUNDÁRIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL EM PACIENTES COM LINFOMA DIFUSO DE GRANDES CÉLULAS B: ENTENDENDO

O PASSADO PARA DEFINIR DIRETIVAS ATUAIS E FUTURAS.

Dissertação apresentada ao curso de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo para obtenção do Título de Mestre em Ciências da Saúde.

SÃO PAULO

2019

Page 2: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHER

INFILTRAÇÃO SECUNDÁRIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL EM PACIENTES COM LINFOMA DIFUSO DE GRANDES CÉLULAS B: ENTENDENDO

O PASSADO PARA DEFINIR DIRETIVAS ATUAIS E FUTURAS.

Dissertação apresentada ao curso de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo para obtenção do Título de Mestre em Ciências da Saúde. Área de Concentração: Ciências da Saúde. Orientador: Prof. Dr. Carlos Sergio Chiattone Co-orientadora: Prof. Dra. Talita Maira Bueno da Silveira

SÃO PAULO

2019

Page 3: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

FICHA CATALOGRÁFICA

Preparada pela Biblioteca Central da

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Fischer, Thais Rodrigues da Cunha Infiltração secundária do Sistema Nervoso Central em pacientes com Linfoma Difuso de Grandes Células B: Entendendo o passado para definir diretivas atuais e futura. / Thais Rodrigues da Cunha Fischer.São Paulo, 2019.

Tese de Mestrado. Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – Curso de Pós-Graduação em Ciências da Saúde.

Área de Concentração: Ciências da Saúde Orientador: Carlos Sérgio Chiattone Co-orientadora: Talita Maira Bueno da Silveira

1. Linfoma Difuso de Grandes Células B 2. Sistema Nervoso Central 3. Infiltração do Sistema Nervoso Central 4. Estudo retrospectivo.

Page 4: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

DEDICATÓRIA

À Deus, por tudo que já me concedeu.

Ao, Felipe Pacheco,

Exemplo de competência, dedicação e

Meu grande amor.

.

Aos meus pais, Adolfo e Patrícia,

Meus maiores exemplos,

A quem tenho tanto orgulho,

Que me prepararam para os desafios da vida.

À minha irmã caçula Cecília,

Para quem pretendo ser exemplo.

À minha irmã, Luly Fischer,

Minha inspiração e eterna incentivadora.

Page 5: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

AGRADECIMENTO ESPECIAL

Ao Prof. Dr. Carlos Sergio

Chiattone, orientador deste trabalho,

pelo exemplo de profissional, a quem

tenho muito orgulho de ser aluna.

Pelo encorajamento nos caminhos da

pesquisa clínica e da pós-graduação.

Page 6: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

AGRADECIMENTOS

À Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo –

FCMSCSP – e à Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde fiz

Clínica Médica e Hematologia, sem os quais não seria a médica que sou hoje;

À Universidade do Estado do Pará, universidade que me formou, que me ensinou e

incentivou os princípios da pesquisa básica e clínica, através da iniciação científica.

Responsável inicial pelo meu interesse científico;

Ao Ac Camargo Câncer Center, local onde diariamente se concretiza meu amor e

respeito pelos pacientes da onco-hematológia;

À Dra Talita Bueno da Silveira co-orientadora deste trabalho, pelo exemplo

profissional e por tanto me encorajar na pos-gradução e na pesquisa clínica;

À Dra Vania Hungria, que durante a residência médica, foi exemplo pessoal e

profissional. Por ter me incentivado ao não desistir dos meus ideais;

Ao Dr. Sérgio Costa Fortier, por ter me introduzido os difíceis conceitos de estatística,

uma das minhas áreas de grande interesse nos últimos anos;

À Dra Natalia Pin Chuen Zing pelo apoio e companheirismo nesses anos dedicados a

onco-hematologia, serei sempre grata;

À minha família e amigos, a quem sou grata por sempre entenderem os momentos de

ausência;

Aos pacientes, por terem me ensinado muito mais que medicina e por serem a razão

maior deste estudo.

Page 7: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

“Cada sonho que você deixa para trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de existir."

Steve Jobs

Page 8: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

ABREVIATURAS

ACVBP: Doxorrubicina, Ciclofosfamida, Doxorrubicina, Vindesina, Bleomicina e

Predinisona)

BCCA: British Columbia Cancer Agency Lymphoid Cancer

BHE: Barreira Hemato-encefálica

CHOP: Ciclofosfamida, Doxorrubicina, Vincristina e Predinisona

CNS- IPI: Central Nervous System- Interantional Prognostic Index

COO: Célula de origem

DHL: Desidrogenase Lactea

DSHNHL/MInT: German High-Grade Non-Hodgkin Lymphoma Study Group /

MabThera International Trial

DWI: Diffusion weighted image

FLAIR: Fluid attenuated inversion recovery

IPI: Índice Prognóstico Internacional

isSNC: Infiltração secundária do SNC

LCR: Líquido céfalo-raquidiano

LDGCB-CBA: Linfoma Difuso de Grandes Células B- Célula B Ativada

LDGCB-CG: Linfoma Difuso de Grandes Células B- Centro Germinativo

LDGCB-NCG: Linfoma Difuso de Grandes Células B- Não Centro Germinativo

LDGCB: Linfoma Difuso de Grandes Células B

LDPSNC: Linfoma Difuso Primário de SNC

LLA: Leucemia Linfoide Aguda

LNH: Linfoma Não-Hodgkin

MTX-HD: Metotrexate-high dose

PET-CT: Tomografia por emissão de positrons

Page 9: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

QTIT: Quimioterapia intratecal

RCHOP: Rituximabe, Ciclofosfamida, Doxorrubicina, Vincristina e Predinisona

RM: Ressonância Magnética

SIADH: Secreção Inapropriada dos Hormônios Anti-diuréticos

SNC: Sistema nervoso central

TC: Tomografia computadorizada

WHO: World Health Organization

Page 10: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

SUMÁRIO

1. REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................

1

1.1. Histórico da infiltração secundária do Sistema Nervoso Central....................

2

1.2. Epidemiologia...............................................................................................

1.2.1. LDGCB ......................................................................................................

1.2.2. isSNC ........................................................................................................

1.2.3. LDPSNC ....................................................................................................

1.2.4. LDGCB “double/ triple-hit”, Linfoma de Burkitt e Leucemia Linfoide Aguda

6

6

7

7

8

1.3. Etiologia e Fisiopatologia...............................................................................

11

1.4. Era Rituximabe e o impacto na epidemiologia e fisiopatologia da isSNC ......

12

1.5. Aspectos clínicos e diagnóstico ...................................................................

1.5.1. Clínica da isSNC ........................................................................................

1.5.2. Exames de imagem ...................................................................................

1.5.3. Confirmação diagnóstica ...........................................................................

15

15

16

17

1.6. Fatores de risco.............................................................................................

18

2. OBJETIVO E JUSTIFICATIVA……………………………………………………

23

3. RESULTADOS: Real-life CNS-IPI score validation: a retrospective analysis

of two centers in Brazil outside of clinical trial …………………………...................

25

4. PROFILAXIA PARA A isSNC .........................................................................

56

5. PROPOSTA PARA PROFILAXIA DA isSNC .................................................

61

Page 11: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

6. PERSPECTIVAS FUTURAS ........................................................................... 63

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................

67

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................

70

RESUMO.............................................................................................................

82

Page 12: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

1. REVISÃO DE LITERATURA

Page 13: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece
Page 14: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

2

1.1- Histórico da infiltração secundária do Sistema Nervoso Central

As primeiras descrições de infiltração secundária do Sistema Nervoso

Central (isSNC) associadas a doenças linfoproliferativas datam de 1870.

Murchison 1, em seu trabalho, descreveu um “linfadenoma” infiltrando múltiplos

órgãos e a dura-máter.

Estudos subsequentes, como o de Sparling e col. (1947) 2 e, por

conseguinte, com melhor sistematização patológica, descreveram 28 casos de

infiltração, em sua maioria, com compressão medular. Estes autores relataram

que o acometimento por contiguidade (vértebras ou calota craniana - infiltrando

o SNC) eram mais comuns que a disseminação à distância, entretanto, até este

momento a diferenciação entre as neoplasias hematológicas ainda era

incipiente.

Verifica-se, portanto, que até os anos 1945, a isSNC era uma coleção de

casos raros associada a doenças linfoproliferativas.

Em 1956 é descrita a classificação de Rappaport (revisada em 1966) 3.

Trata-se da primeira classificação sistemática com melhor diferenciação entre os

subtipos de linfoma, com características clinico-patológicas, bem como história

natural. Assim sendo, verifica-se que determinados subtipos eram mais

agressivos, incluindo maior chance de isSNC (Figura 1).

No entanto, até este momento, os diagnósticos de isSNC por linfoma

eram, em sua maioria, por autópsias e os tratamentos paliativos. Tratavam-se

estes pacientes com combinação de mostarda nitrogenada, antimetabólitos e

radioterapia, ainda de forma incipiente 4.

Em 1970, Griffin e col.5 relataram 21 pacientes com isSNC (a maioria

proliferação difusa histiocítica e a indiferenciada) e sugeriram que este evento

Page 15: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

3

deveria ser mais comum que previamente demonstrado, decorrente do sub-

diagnóstico.

Observa-se, nas décadas de 1970-1980, um avanço nas terapêuticas

oncológicas, com novas drogas disponíveis, bem como maior acurácia

diagnóstica (avaliação do líquor e patologia) 5-8. Inclui-se também neste contexto,

as novas classificações das doenças linfoproliferativas como: Lukes (1974) 9,

Kiel (1975) 10 e Working formulation (1982) 11 – Figura 1.

A quimioterapia combinada para linfomas 12-15 – incluindo o esquema

CHOP (ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e predinisona) – são

consideradas um grande avanço na onco-hematologia. A partir de então, até

50% dos pacientes passam a atingir resposta completa, mesmo em estádios

avançados. No entanto, permanece a ressalva quanto ao SNC, considerado um

“santuário” de difícil penetração dos quimioterápicos habitualmente empregados

7.

Apesar dos primeiros tratamentos para isSNC (meningite leucêmica ou

linfomatosa) datarem da década de 60-70, utilizando metotrexate 16, 17 e

citarabina 18 através da via intratecal, foi somente em 1982 que o metotrexate,

citarabina e corticoide de foram utilizados de forma combinada 19.

Com experiência majoritária da meningite leucêmica, foi proposto o

tratamento para o SNC. Este consistia em quimioterapia intratecal (metotrexate

e ou citarabina), citarabina sistêmica em altas doses e/ou radioterapia,

demonstrando a potencialidade em tratar a infiltração, a despeito da “barreira

hemato-encefálica 5.

Sendo assim, como previamente relatado em outras doenças onco-

hematológicas, alguns autores iniciam o questionamento sobre a profilaxia como

Page 16: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

4

possível estratégia para prevenir a doença em SNC, especialmente alguns

subtipos de linfoma, ideia esta que persiste até os dias atuais 7 6.

A classificação REAL 20, seguida pela classificação da WHO (World

Health Organization) 200821 e 201622 inauguram a era atual das doenças

linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB),

como se conhece nos dias de hoje, subtipo mais comum (35%) de linfoma não

Hodgkin (LNH).

Classificações progressivamente mais precisas e diferenciação adequada

dos subtipos permitiram a melhoria no tratamento. O advento do rituximabe23

(anticorpo quimérico anti-CD20), inicialmente como monoterapia e após,

associado à poliquimioterapia, como no estudo de Coffier e col. 2002 24

reafirmaram este caminho. Estes autores demonstraram a superioridade do

rituximabe- CHOP (RCHOP) vs CHOP no linfoma LDGCB, com respostas mais

duradouras.

Hoje, acumula-se mais 20 anos de experiência com RCHOP. A sobrevida

global em 5 anos dos pacientes com LDGCB atinge até 70% dos casos 25.

Segue-se a discussões de novas combinações e, de como ir além do RCHOP

no LDGCB. Novas drogas são associadas ao esquema como: Bortezomibe 26,

Lenalidomida 27, 28, Ibrutinibe 29 e Venetoclax 30 assim como modificação dos

anticorpos monoclonais (Obinutuzumab 31 e Polatuzumab-vedotin 32).

Entretanto, a isSNC, apesar de infrequente e a despeito dos avanços acima

descritos, permanece como uma área deficitária, seja no determinismo da

infiltração, na profilaxia e ou no tratamento.

Page 17: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

5

Figura 1. Evolução temporal nas classificações das doenças linfoproliferativas à direta. Primeiras descrições de infiltração do sistema nervoso central, bem como evolução no tratamento à esquerda.

Page 18: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

6

1.2- Epidemiologia:

1.2.1- Linfoma Difuso de grandes células B – LDGCB

O LDGCB é o subtipo mais comum dos LNH (25-35% dos casos),

corresponde a um terço dos novos casos de linfoma diagnosticados nos EUA.

É discretamente mais prevalente em homens, mais comum na sétima década de

vida e com maior prevalência em países em desenvolvimento 22.

Conforme o perfil molecular (gene expression profile) caracteriza-se os

seguintes subtipos de acordo com a célula de origem (COO): LDGCB centro

germinativo (LDGCB-CG) – 56%; LDGCB células B ativadas (LDGCB-CBA) –

32% e inclassificável – 11% dos casos 33 22. Destaca-se que LDGCB-CBA

apresenta pior prognóstico (sobrevida global e sobrevida livre de progressão),

com piores taxas de respostas ao tratamento 34.

A maioria LDGCB-CBA (2/3 dos casos) apresenta dupla expressão

imunohistoquimica – MYC e BCL2 (entidade diferente do linfoma B de alto grau

com MYC + BCL2 +/- BCL6 – “double/ triple-hit” pela classificação da WHO,

2016) 22. Esta dupla expressão define um subgrupo de mais alto risco de

progressão e falha de tratamento 33.

Hans e col. 35 propuseram um algoritmo imunohistoquimico para a

categorização da COO, sendo proposto a existência do LDGCB de centro

germinativo (LDGCB-CG) e LDGCB não centro germinativo (LDGCB-NCG).

Sabe-se que há perda de acurácia em relação ao perfil molecular, mas pela

disponibilidade, este segue como o modelo mais utilizado na prática clínica 22.

O SNC pode ser acometido por LDGCB de duas formas: isSNC – objeto

deste trabalho, e o linfoma difuso primário de SNC (LDPSNC).

Page 19: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

7

1.2.2- Infiltração secundária do SNC – isSNC

A isSNC é uma complicação rara do LDGCB e está associado à

agressividade da doença, à refratariedade ao tratamento e ao óbito, na maioria

dos casos 36-38. A incidência é estimada de 5-20% dos casos, dependendo da

população estudada e dos testes diagnósticos utilizados 39-41 – Tabela 1

(Referências: 39, 42-61).

Sabe-se que isSNC pode ser concomitante ao quadro sistêmico (nodal

e/ou extranodal) ou posterior ao quadro sistêmico (recaída isolada em SNC).

Estudos mais recentes, após o advento do rituximabe, descrevem

predominância da infiltração tardia (entre o 1o e 2o ano de seguimento), restrita

ao SNC, com lesões predominantemente, parenquimatosas 39, 45, 62 . A mediana

de sobrevida após a infiltração é dois a cinco meses, reforçando a gravidade

desta complicação 63, 64.

Do ponto de vista molecular, a maioria dos pacientes com isSNC são

pacientes CBA / NCG – por “gene expression profile” e algoritmo de Hans e

respectivamente 60 61.

Observa-se na tabela abaixo as principais coortes da literatura e suas

características – Tabela 1

1.2.3- Linfoma difuso primário de SNC (LDPSNC)

Já o LDPSNC é uma entidade descrita separadamente pela WHO. Neste

subtipo de linfoma se evidencia o acometimento exclusivo de parênquima

cerebral, intraocular, leptomeníngeo e raramente medula espinhal 65.

Corresponde a 2-3% dos LNH, pode afetar pacientes em todas as idades, mas

é mais comum entre a quinta e sétima década de vida.

Page 20: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

8

Em indivíduos imunocompetentes, a etiologia não é adequadamente

estabelecida e vírus não parecem estar associados 63. Já nos pacientes

imunossuprimidos [vírus da imunodeficiência humana / síndrome da

imunodeficiência adquirida (HIV/AIDS) ou pós-transplante] há associação de

quase 100% com o vírus Epstein-barr (EBV) 66 e há um aumento de risco da

ocorrência deste tipo de linfoma em cerca de 1-7%.

Na maioria dos casos LDPSNC em imunocompetentes trata-se de uma

lesão única (60-70% dos casos) e destes 60% dos casos estão localizados no

compartimento supratentorial. A ocorrência intraocular (20%), na fossa posterior

(13%) e na medula espinhal (1%) são menos frequentes. O acometimento da

leptomeninge pode ocorrer por continuidade, mas isoladamente é raro 22, 65.

No que tange o perfil imunofenotipico, a maioria é NCG (algoritmo de

Hans) e a positividade para marcadores de centro germinativo (como

positividade para CD10) obriga a investigação extensiva de sítios sistêmicos

ocultos 22.

Apesar da importância do LDPSNC, este não será o escopo deste

trabalho devido suas particularidade e diferenças no tratamento.

1.2.4- LDGCB “double/ triple-hit”, Linfoma de Burkitt e Leucemia Linfoide Aguda

Os linfomas de alto grau como linfoma de Burkitt, linfoma B de alto grau

com MYC + BCL2 +/- BCL6 – “double/ triple-hit” e leucemia linfoide aguda (LLA)

apresentam também riscos muito aumentados de isSNC (30-50%) e, portanto,

também não serão abordados neste trabalho 67.

Page 21: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

9

Tabela 1. Principais coortes da literatura correlacionando LDGCB e isSNC

Autor, ano Método Total Idade anos (media ou mediana

ou %)

Estadio III- IV (%)

IPI 3- 5 (%) BMO (%) DHL elevado (%)

Uso de Rituximab (R-Quimio / Quimio)

Benefício?

Tempo LDGCB-isSNC / isSNC-

óbito

Profilaxia para SNC- Tipo (%)

isSNC(%)

Feugier e col, 2004 (GELA) 42

1 e 3 399 69 (mediana)

79.6 15 (IPI-A) 27.8 65.9 202 / 179 Não 6 meses / 4 meses Não 5.0

Arkenau e col, 2007 43 1 259 a 62 anos (mediana)

42.4 35.9 NA 535 (mediana)

59 / 200 NA 31 meses / 2.4 meses

QTIT-MTX (16.9); QTIT-MTX + Citarabina (2.7)

1.1

Shimazu e col, 2009 44 1 403 b 71 (mediana)

56.3 50.3 18.8 53.3 242 / 161Sim 20 meses / NA QTIT-MTX (4.5) 10.4

Villa e col, 2010 (BCCA) 45

1 e 4 435 55% (>60 anos)

70.1 55.6 11.4 62.7 309 / 126 Sim 8.1 (CHOP) e 6.7 (RCHOP) meses / 1.8 (CHOP) e 3.6 (RCHOP) meses

MTX-HD (100); QTIT-MTX (6.2)

7.1

Abramson e col, 2010 46 1 e 4 65 60 (mediana)

78.4 67.6 21.5 73.8 63 / 2 NA 5.5 meses / 2.6 meses

QTIT-MTX + Citarabina (4.6)

3.0

Yamamoto e col, 2010 47 2 375 66,2% (>60 anos)

39.2 35.5 10.1 19.7 203 / 172 Não 4.0 (CHOP) e 5.6 (RCHOP) meses / 6.5 meses (CHOP

e RCHOP)

Paciente que realizaram profilaxia foram excluídos

3.5

Chihara e col, 2011 48 1 386 62 anos (mediana)

41.1 31.3 9.8 46.1 203 / 183 Não 20.5 meses / 11.2 meses

QTIT-MTX + Citarabina (1.5)

6.2

Tai e col, 201149 1 499 38.4 (>60 anos)

44.2 26.0 10.5 46.6 179 / 320 Não 6 meses / meses QTIT-MTX (16.4) 6.0

Cao e col, 2012 50 1 315 49 (CHOP) / 50

(RCHOP) anos

(mediana)

50.8 14.3 10.4 44.1 150 / 165 Não 17.2 meses / 15.2 meses

Paciente que realizaram profilaxia foram excluídos

3.1

Tomita e col,2012 51 1 1221 64 anos (mediana)

45.9 35.4 9.7 54.9 1221/ 0 NA 12 meses / 6.1 meses

Paciente que realizaram profilaxia foram excluídos

6.7

Kumar e col, 2012 52 1 989 58 anos (mediana)

54.4 29.8 13.2 43.3 989 /0 NA 13 meses/ NA QTIT-MTX (8.4); MTX-HD (3.3)

2.0

Guirguis e col, 2012 53 1 214c 64 anos (mediana)

70.6 49.1 20.1 42.6 214/ 0 Sim 17 meses/ 2 meses QTIT-MTX (4.6); MTX-HD (0.9); QTIT-MTX + MTX-

HD (6.9)

3.7

Deng e col, 2013 39 1 599 35,7% (>60 anos)

60.9 31.2 3.0 42.4 294 / 305 Não NA / 8 (CHOP) e 5 (RCHOP) meses

Não 5.3

Da Rocha e col, 2013 54 2 133 52,7 anos (média)

54.1 36.7 10 74.8 26 / 103 NA 7.9 meses / 1.3 meses

QTIT(6.7) 6.7

Aviles e e col, 2013 55 1 e 4 3258 41,7% (>60 anos)

100 92 27.6 91.8 911/ 2347 Não 11.6 meses / NA Radioterapia (3.3); QTIT-MTX+/- Citarabina (8.4);

MTX-HD (9.1)

5.7

Cheah e col, 2014 56 1 e 4 217 d

1- 43; 1- 54 anos; 1- 73; 1- 48; 1- 35; NA 157/217 NA 10.8 meses/ NA 1-27.9;

Page 22: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

10

2- 125; 2- 63 anos; 2- 84; 2- 67; 2- 27; QTIT-MTX (19.8); QTIT-MTX + MTX-HD (77.4)

2- 8.0;

3- 43 3- 45 anos (mediana)

3- 88 3- 66 3- 35 3- 2.3

Tomita e col, 2015 57 1 e 5 322 64 anos (mediana)

39.1 29.1 12.7 46.2 322/322 NA 8.2 meses / NA QTIT-MTX (12.4) 3.5

Ferreri e col, 2015 58 1 e 4 e 200 f,g

1- 93; 1- 65; 1- 29; 1- 32 e; 26 (152 pacientes apenas)

1- 23; 200/0 NA 12 meses / 2 meses

QTIT-Citarabina lipossomal (3.5); MTX-HD

(16.5)

1-1;

2- 107. 2- 66. (mediana)

2- 78 2-83 e. 2- 78 2-8.

Schimitz e col, 2016 59

DSHNHL/MInT (Desenvolvimento do

modelo)

1 2164c 58 anos 53 29 NA 53 2164/0 NA 7.2 meses / 3.5 meses

NA 3.0

BCCA (Coorte de validação)

1597 65 anos (mediana)

57 45 NA 49 1597/0 NA 6.7 meses / 2.8 meses

4.4

Savage e col, 2016 60 1 428 65 (mediana)

54.0 NA NA 47.0 428/0 NA NA QTIT-MTX (2.1) 2.1

Klanova e col, 2019 61 (Goya trial)

1 1418 57.4% (>60 anos

75.9 NA NA 57.7 706/0; 712/0 NA 8.5 meses / 5.9 meses

QTIT-MTX+/- Citarabina (9.9)

2.6

Legenda: Método: 1- Excluído os pacientes com Infiltração do SNC ao diagnóstico; 2- Não exclui pacientes com infiltração ao diagnóstico; 3- Coorte apenas com pacientes idosos.; 4- Coorte apenas cm pacientes de alto risco; 5- Somente paciente com recidiva em SNC isolada; CHOP: Ciclofosfamida, Doxorrubicina, Vincristina, Predinisona; NA: não avaliado; IPI: Índice prognóstico internacional; QTIT: Quimioterapia intratecal; IPI-A: IPI ajustado para idade; ECOG: Eastern Cooperative Oncology Group; a: 49 pacientes não eram LDGCB, após a revisão (incluiu Linfoma Folicular e Linfoma do Manto); b: 37 pacientes secundários a linfoma indolentes, após revisão; c: 82.2% eram LDGCB, outros transformados; d: Estratificação em grupos: 1- RCHOP + MTX IT; 2- RCHOP + MTX IT + EV; 3- HCVAD/ CODOXM/IVAC MTX IT + EV; e: IPI maior ou igual a 2; f: 80% eram LDGCB, outros transformados; g: Estratificação em grupos: 1) Baixo Risco; 2) Alto Risco; h: Obinutuzumab- CHOP

Page 23: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

11

1.3- Etiologia e Fisiopatologia

A etiologia da isSNC pelo LDGCB, bem como a completa sequência patológica

de eventos não são completamente estabelecidas.

Estudos iniciais propostos por Griffin e col., em 1971 e Bunn e col., em 1976

sugeriam que o acometimento da medular óssea era o principal mecanismo para a

isSNC. Para estes autores, as células do linfoma que infiltravam a medula óssea,

perfuravam vasos e nervos, seguindo através da dura-máter e aracnoide para os

“espaços de Virchow-Robin", em um mecanismo análogo a isSNC nas leucemias

agudas 5, 7.

Atualmente, sabe-se que as células do linfoma podem atingir o SNC através de

ossos adjacentes ou por crescimento centrípeto ao longo de vasos e nervos – via por

proximidade anatômica – como historicamente proposto. No entanto, apesar da via

anatômica ser mais facilmente entendida e validada, sabe-se que existem outros

mecanismos envolvidos, ao nível genético e molecular, responsáveis por transpor a

BHE, o qual pode se denominar via por seleção clonal 67 – Figura 2.

Estudos retrospectivos e observacionais reforçam a existência de diferentes

mecanismos para isSNC. Descreve-se que a isSNC detectada mais precocemente

(média de 4- 6 meses após o diagnóstico) pressupõe doença preexistente, oculta ao

diagnóstico e disseminação por contiguidade – via anatômica. Já a isSNC

diagnosticada tardiamente (média de um a dois anos após o diagnóstico) favorece o

mecanismo de seleção clonal – pelo microambiente tumoral ou quimioterapia ou ainda

evolução genética. 68-71. No entanto, sabe-se que esses mecanismos não são

estanques e podem ocorrer simultaneamente.

Discute-se ainda, se a quebra/ descontinuidade da BHE poderia ocorrer pela

presença do linfoma (isSNC e LDPSNC). Esta hipótese é favorecida por estudos que

Page 24: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

12

demonstraram respostas clinicas em pacientes com LDPSNC submetidos apenas a

tratamentos sistêmicos, que suspostamente não atravessariam a BHE, como

rituximabe 72 e 90Y-anti-CD20 ibritumomab tiuxetan 73.

Estratégias mais recentes, entretanto, favorecem a necessidade de agentes

permeabilizadores da BHE para ação dos quimioterápicos no SNC, notadamente para

LDPSNC 74 75. Dados quanto agentes permeabilizadores na prevenção e/ou

tratamento da isSNC ainda não estão disponíveis, mas são alvos promissores de

estudos futuros.

Postula-se ainda, que mutações no CD79b, MYD88 e desregulação da via

NFkB 76, 77 estariam associadas a maior incidência isSNC. Algumas citocinas também

poderiam ter influencia quanto a migração do linfoma para SNC, como CXCR4,

CXCL12, CXCR5 78, bem como CXCL979. Outros biomaracadores que também

parecem promissores são: ITGA10, PTEN 80, 81.

1.4- Era ritixumabe e o impacto na epidemiologia e fisiopatologia da isSNC

O rituximabe revolucionou o tratamento LDGCB 24, com respostas mais

eficazes e profundas, entretanto, a isSNC continua a ocorrer. Há discordância na

literatura quanto ao impacto do na incidência da infiltração, visto que relativa

estabilidade na incidência de isSNC ao longo dos anos – Tabela 1.

Os estudos de farmacodinâmica demonstram baixa penetração do rituximabe

no SNC (na dose habitual de 375mg/m2), com apenas 0.1% do nível plasmáticos da

droga sendo detectados no liquido cefalo-raquidiano (LCR) 82. Por outro lado, outros

autores sugerem que o rituximabe seria capaz de atingir alguma concentração no

SNC, consequente a quebra da BHE pela presença do linfoma 73 72.

Page 25: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

13

Maza e col. 73, em um estudo com LDPSNC, verificaram que o 90Y-anti-CD20

ibritumomab tiuxetan (Zevalin) sistêmico apresentava concentração no SNC (em 4 dos

6 pacientes). Além disso, outros autores também evidenciaram graus de resposta em

LDPSNC com rituximabe intravenoso em monoterapia 72.

No que tange as características da isSNC na era rituximabe, sabe-se que houve

mudanças no padrão de recaída das lesões em SNC. Na era pre-rituximabe as

recidivas tendiam a ser mais precoces, nos primeiros 10-12 meses do diagnóstico e a

maioria das recaídas em SNC eram concomitantes com a sistêmicas. Após a

introdução do rituximabe, descreve-se a infiltração tardia (10 meses até mais de 24

meses) e restrita ao SNC (53.8% versus 10.5%, com e sem rituximabe,

respectivamente) 39, 45, 62 83. Discute-se que esta mudança na isSNC pode ser

secundária a melhora no controle clínico da doença (maiores taxas de resposta

completa), diminuindo a infiltração precoce e por contiguidade 45.

Destaca-se ainda que na era pre-rituximabe o envolvimento meníngeo era mais

frequente (apenas um terço dos casos eram parenquimatosos). Após a

imunoquimioterapia, observou-se a inversão, com predomínio parenquimatoso das

isSNC (76%) 45 39, 44, 45, 53, 83.

A ação do rituximabe na isSNC é defendida pela maioria dos autores,

considerando seus inquestionáveis benefícios na doença sistêmica, além disso, como

previamente discutido, ressalta-se a possível ação direta no SNC, 84, 85 .

Page 26: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

14

Figura 2. Apresentação esquemática da disseminação dos linfomas para o sistema nervoso central. A- Disseminação por proximidade anatômica: ocorre crescimento centrípeto ao longo de vasos e nervos atingindo dura-máter e aracnóide. B- Disseminação por seleção clonal: ocorre por seleção de clones mais resistentes ou pela permanência em ”santuários” (ex: testículo) ou por evolução genética. Nesta situação áreas previamente infiltradas por linfoma podem ou não estar presentes.

Page 27: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

15

1.5- Aspectos clínicos e diagnóstico

O rastreamento do SNC com exames de imagens e/ ou líquor, não é obrigatório

nos pacientes recém diagnosticados com LDGCB, exceto, nos pacientes

considerados de alto risco pelos índices prognósticos, a serem discutidos nas

próximas sessões.

No entanto, todo o paciente com LDGCB e sintomas neurológicos, no

diagnóstico, tratamento ou ao longo do seguimento clínico devem, obrigatoriamente,

ser avaliado.

1.5.1- Clínica da isSNC

É valido destacar que as síndromes clínicas são diversas e dependem da

localização das lesões.

Os sintomas neurológicos podem decorrer da expansão de lesões intra-

parenquimatosa e/ou hipertensão intracraniana, como cefaleia, confusão e vômitos. A

infiltração meníngea pode cursar ainda paralisia de alguns nervos cranianos. Já o

acometimento de áreas específicas do encéfalo como hipotálamo pode cursar com

hipotermia, secreção inapropriada dos hormônios anti-diuréticos (SIADH), alterações

sensoriais e/ou motoras. Pode haver ainda, acometimento cerebral generalizado com

crise convulsiva e/ ou alterações da marcha 67.

A isSNC também pode ocorrer ainda na medula espinhal, cursando com

paralisia de alguns nervos, além de dor lombar, parestesias, retenção ou incontinência

urinária e fecal 67.

Page 28: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

16

1.5.2- Exames de imagem

A neuroimagem é uma ferramenta complementar primordial na avaliação dos

pacientes com doença linfoproliferativa em SNC – isSNC ou LDPSNC67, 86.

O estudo de tomografia computadorizada (TC) do crânio já pode sugerir o

comprometimento, tanto nos casos de lesão intraparenquimatosa, como nos casos de

invasão direta (meníngea/ dural), através da avaliação minuciosa das estruturas da

base do crânio 87.

Entretanto, é o estudo de ressonância magnética (RM) do crânio com contraste

o método de escolha na investigação complementar. As lesões linfoproliferativas em

SNC apresentam características que se correlacionam com sua alta celularidade nos

estudos de anatomia patológica. Estas lesões apresentam baixo sinal nas sequências

ponderadas em T2/FLAIR, uma impregnação homogênea ao gadolínio, e restrição à

livre movimentação das moléculas de água na sequência de difusão (DWI), todas

estes dados corroboram com a hipercelularidade tumoral 88.

Nos casos de doença meníngea, as alterações são mais sutis, e por isso

habitualmente podem não ser visualizadas na TC do crânio. No estudo de RM do

crânio pode-se observar lesões/espessamentos focais com baixo sinal em T2/FLAIR

na dura-máter, material com alto sinal em FLAIR nos sulcos da alta convexidade

cerebral e/ou disseminação subependimária nas paredes do sistema ventricular, todas

estas alterações também apresentando impregnação anômala ao gadolínio 88

Do ponto de vista da imagem é importante a classificação entre doença

parenquimatosa, leptomeninge ou ambas, tendo em vista a possível especificidade do

tratamento. A infiltração parenquimatosa pode comprometer a cortical e substância

branca subcortical e/ou as estruturas centrais do encéfalo. Já a infiltração

leptomeníngea pode ser classificada de acordo com o comprometimento da

Page 29: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

17

leptomeninge, da dura-máter, da região subependimária e/ou dos nervos cranianos

87.

É importante salientar que os achados de TC e RM na isSNC e LDPSNC são

indistinguíveis, tornando impossível diferenciar estas entidades baseado em

neuroimagem, para tanto, é imprescindível uma história clinica adequada 89 .

No que tange reprodutibilidade, Qin e col., em 2018 86 avaliaram sensibilidade,

especificidade e acurácia dos exames de imagem com pacientes comprovadamente

diagnosticados com LDPSNC. Segundo estes autores a acurácia da TC foi de 82.8%,

da RM 83.9% e das modalidades em conjunto foi de 89.9%. Isto reforça, portanto, a

importância de combinar metodologias.

Cabe ainda salientar a importância da neuroimagem não apenas no momento

do diagnóstico, mas também, durante o acompanhamento das lesões, assim como

quanto a resposta a quimioterapia versus progressão.

1.5.3- Confirmação diagnóstica

A despeito da clinica e dos exames de imagem poderem sugerir fortemente o

acometimento secundário do SNC, é mandatório a confirmação histológica e/ ou

citológica (se possível com imunofenotipagem) 67.

Sabe-se que a citologia oncótica tem alta especificidade, entretanto, esta

associada com baixa sensibilidade (20-60% de resultados são falso negativos). Além

disso, há dificuldade na interpretação pela baixa celularidade. Já a imunofenotipagem,

apesar de mais difícil análise e execução, é capaz de aumentar muito sensibilidade,

mesmo em amostras pobres (de 6% para 22%, comparando citologia versus

imunofenotipagem). A maioria dos autores, entretanto, sugere novamente a utilização

combinada das duas técnicas 90.

Page 30: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

18

É valido ressaltar que casos com LDGCB já confirmados previamente por

biopsia, em que as imagens sejam sugestivas e haja rápida deterioração clinica, bem

como dificuldade técnica na realização do exames “padrão-ouro”, a discussão quanto

rápido início de tratamento é permitida e recomendada 67.

1.6- Fatores de risco (clínicos, laboratoriais e biológicos)

A isSNC permanece, nos os dias atuais, como evento catastrófico, com

evolução para óbito na grande maioria dos casos 59. O desafio permanece na

adequada caracterização dos fatores de risco e na seleção dos subgrupos de alto

risco para profilaxia e/ou intensificação do tratamento 45 39.

A definição precisa dos fatores de riscos já foi estudado por inúmeros trabalhos

como pode ser observado na Tabela 2 (Referências: 39, 42, 44-46, 48, 49, 51, 53, 54, 56, 59-61).

Os mais clássicos são DHL, estádios avançados e sítios extranodais específicos

(como testículo, medula óssea, rim e seios paranasais) e o índice prognóstico

internacional – IPI 91. No entanto, é valido destacar que se tratam de estudos

retrospectivos, alguns ainda na era pre-rituximabe 39, 42-45, 54 e, portanto, com baixas

taxas de reprodutibilidade.

Hollender e col., em 2002 37, em um estudo com LNH foi um dos primeiros a

tentar definir um modelo para predizer isSNC. Os fatores considerados foram: idade

>60 anos; DHL elevado; albumina baixa; envolvimento retroperitoneal e >1 sítio

extranodal. Pacientes com mais que quatro destes fatores apresentavam um risco

maior que 25% de desenvolver recidiva em SNC, em cinco anos e, portanto, deveriam

receber profilaxia. No entanto, não diferenciava os subtipos de linfoma, o que

possivelmente incorria em erros.

Page 31: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

19

É valido ressaltar ainda que apesar da infiltração ser muito grave e

determinante de prognóstico, sua incidência é baixa, o que dificulta a realização de

estudos clínicos, prospectivos e randomizados para definição acurada de riscos 68.

Ademais, a profilaxia realizada não é isenta de risco (quimioterapia intratecal ou

drogas que atravessam a barreira hemato-encefálica) incluindo neurotoxicidade

grave, o que aumenta a necessidade de individualização dos subtipos de linfoma e

estratificação dos pacientes 67.

Schmitz e col., em 2016 59 definiriam o CNS-IPI (Central Nervous System-

International Prognostic Index), escore prognostico robusto com mais de três mil

pacientes, desenvolvido na coorte do German High-Grade Non-Hodgkin Lymphoma

Study Group / MabThera International Trial - DSHNHL/MInT, posteriormente validado

no banco de dados da British Columbia Cancer Agency Lymphoid Cancer - BCCA.

Trata-se de um escore que atribui um ponto para as seguintes variáveis considerada

de alto risco para isSNC: rim e adrenal; idade > 60 anos; DHL elevado; estadio III-IV

e >1 sítio extranodal. Pacientes são então estratificados em 3 subgrupos: baixo risco

(1 ponto); risco intermediário (2 e 3 pontos) e alto risco (4 a 6 pontos), com taxas de

isSNC em dois anos de 0.6%; 3.4% e 10.2%, respectivamente. Segundo estes

autores, pacientes com alto risco deveriam ser submetidos a investigação direta do

SNC (exames de imagem e líquor, de preferência com imunofenotipagem) e, por

conseguinte, profilaxia. Duas exceções são descritas, pacientes de baixo risco e

envolvimento testicular e pacientes com risco intermediário e envolvimento de rim e

adrenal. Estes casos devem ser individualizados e possivelmente submetidos a

investigação específica para SNC e realização de profilaxia.

Como descrito previamente, alguns sítios extranodais são preditores

independentes para isSNC: mama, útero, testículo e rim/adrenal. Mama e útero não

Page 32: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

20

parecem entrar nos escores de risco pela baixa frequência, apesar serem descritos

como fatores de risco independente por outros autores 92,93,94. Rim e adrenal foram

incluídos no modelo do CNS-IPI 59, enquanto que testículo, não, apesar ser fator de

risco independente na coorte de validação da BCCA.

Sabe-se que as taxas de isSNC em paciente com infiltração testicular podem

atingir 12-25%, mesmo em estádios iniciais e apresentarem-se tardiamente (até 10

anos após a orquiectomia) 95, 96. Sugere-se que exista uma relação fisiopatológica

entre o acometimento do testículo e SNC. Ambos são LDGCB-CBA / NCG e

frequentemente carreiam mutações no MYD88, amplificação no NFKBIZ e

desregulação no BCL-6 97. Além disso, é descrito alteração em moléculas de adesão,

que facilitaria a ocorrência no SNC e testículo, bem como aumento na expressão de

PD-L1 e PD-L2 facilitando o escape da resposta imune 97, 98.

Ademais, o número de sítios extranodais também parece exercer papel

independente como fator de risco. El-Galay e col., em 2017 99 avaliaram o número de

sítios extranodais em uma coorte independente de 1532 pacientes com LDGCB, cujo

estadiamento foi realizado com PET-CT. Estes autores observaram uma estreita

correlação entre o número de sítios extranodais e isSNC. Pacientes com três ou mais

sítios (>2) extranodais apresentavam um risco isSNC de até 15.2% em dois anos.

Segundo os autores valores preditivos foram semelhantes ao CNS-IPI e este modelo

seria mais facilmente utilizado.

Cada vez mais fatores biológicos, além dos clínicos, parecem influenciar nas

definições de riscos e, o conhecimento nesta área avança rapidamente, o que inclui a

isSNC.

Cox e col., em 2014 76 descreveram que a presença de gamopatia monoclonal

IgM (LDGCB secretores de IgM), estava associada com LDGCB-NCG e mutação no

Page 33: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

21

MYD88, o qual definia um subgrupo de pior prognóstico, inclusive com maior risco de

isSNC 7/17 casos – 41% de isSNC.

Ademais, Savage e col., em 2016 60 descreverem que a dupla expressão de

MYC e BCL2 (por imunohistoquimica) em pacientes com LDGCB (sem a presença

das respectivas translocações) foi considerado fator de risco independente para

isSNC (9.7% em dois anos), o qual foi independente da COO e do CNS-IPI. Para estes

autores, a dupla expressão deveria ser considerada como fator de risco,

especialmente naqueles pacientes com CNS-IPI intermediário, que não receberiam

profilaxia habitualmente.

Neste mesmo contexto, de integrar biomarcadores (COO) ao CNS-IPI, Klanova

e col., em 2019 61 descreveram que CNS-IPI 4 (alto) e LDGCB-CBA ou inclassificável

(por gene expression profile) estavam associados de forma independente à isSNC.

Categorizaram 3 subgrupos de risco atribuindo um ponto para CNS-IPI alto e um ponto

para LDGCB-CBA / inclassificável. Verificou-se que os paciente com baixo (0 pontos),

intermediário (1 ponto) e alto risco (2 pontos) apresentavam taxas de recaída em SNC,

em 2 anos de: 0.4%; 4.4%; e 15.2%, respectivamente. Para estes autores, entretanto,

a dupla expressão MYC e BCL2 (por imunohistoquimica) não foi capaz de definir uma

população de mais alto risco, contrapondo-se ao estudo anterior de Savage e col. 60.

Klanova e col., sugerem que novos estudos devem ser realizados para esclarecer tal

divergência, entretanto, ressalta uma alta incidência de pacientes de alto risco em sua

coorte, em que a frequência de duplo expressores também é maior.

Predizer risco permanece um desafio, escores de riscos não são

determinísticos e cada vez mais deve-se utilizar aspectos clínicos, histopatológicos e

biológicos integrados para indicação da profilaxia para SNC.

Page 34: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

22

Tabela 2. Fatores de risco das principais coortes da literatura para isSNC em LDGCB

Autor, ano Fatores de risco (Análise multivariada)

Feugier e col, 2004 (GELA) 42 ECOG >1; IPI-A

Shimazu e col, 2009 44 Idade >60; >1 sitio extranodal; medula óssea; DHL elevado; rituximabe Villa e col, 2010 (BCCA) 45 Estadio IV; rim; testículo; rituximabe Abramson e col, 2010 46 >2 Sítios extrandais; DHL elevado;

Chihara e col, 2011 48 Massa bulky; sítio extranodal; linfócito < 1.0 x 109; recidiva extra SNC

Tai e col, 201149 ECOG>1; menos que RC; testículo; rim; mama Tomita e col,2012 51 Mama; adrenal; osso Guirguis e col, 2012 53 Testículo Deng e col, 2013 39 DHL elevado; mama; testículo; rituximab Da Rocha e col, 2013 54 Sexo masculino; menos que RC Cheah e col, 2014 56 Tratamento administrado

Tomita e col, 2015 57 Pele; >1 sítio extranodal

Schimitz e col, 2016 59

DSHNHL/MInT (Desenvolvimento do modelo) Idade > 60 anos; DHL elevado; ECOG>1; estadio III-IV; rim e adrenal; pele BCCA (Coorte de validação) DHL elevado; >1 sitio extranodal; rim e adrenal; medula óssea; testículo e órbita Savage e col, 2016 60 Dupla expression: MYC and BCL2 Klanova e col, 2019 (Goya) 61 CNS-IPI4; LDGCB-CBA ou inclassificável

Page 35: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

23

2. OBJETIVO E JUSTIFICATIVA

Page 36: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

24

O presente trabalho tem como o objetivo reproduzir e validar o escore CNS-

IPI59 fora do cenário de estudos clínicos, bem como, propor um algoritmo para

profilaxia da isSNC.

Sabe-se que o processo de validação de escores previamente certificados local

ou internacionalmente tem a intenção de assegurar a qualidade do instrumento e de

sua utilização na prática clínica diária, neste caso em específico, predizer risco de

isSNC nos pacientes com LDGCB.

Ressalta-se neste processo oportunidade de revisão das variáveis do escore e,

se necessária inclusão / modificação destas. Ademais, leva-se em consideração as

especificidades genéticas, ambientais e sociais da população.

Page 37: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

25

3. RESULTADOS

Page 38: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

26

Real life CNS-IPI score validation: a retrospective analysis of two centers in Brazil

outside of clinical trial.

Fischer, T1,2; Zing, NPC1; Fortier SC1; Schmidt, J2; Silveira, TB 1,2; Chiattone, CS1.

1- Hematology Department, Santa Casa de São Paulo Medical School

2- Hematology-oncology Department, Ac Camargo Cancer Center São Paulo

Keywords: lymphoma; Non-Hodgkin lymphoma; central nervous system; rituximab;

methotrexate; intrathecal

Address for correspondence

Thais Fischer, MD

Ac Camargo Cancer Center

Rua Professor Antonio Prudente, 211

São Paulo, SP, Brazil

01509-010

E-mail: [email protected]

Tel: 11- 21895000

Page 39: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

27

INTRODUCTION

Diffuse large B cell lymphoma (DLBCL) is the most common type of Non-

Hodgkin lymphoma (NHL) corresponding to one third of the cases 1 . Treatment has

improved over the years and can achieve 70% of survival (OS) in five years 2, 3.

Despite all progress in this field, central nervous system infiltration (CNSi) still

occurs. A relatively unaltered incidence has been observed over the years, ranging

between 2-10% 4-20 . In spite of CNSi being a relatively rare event, it is considered a

devastating complication with lowers responses, refractoriness to treatment and

death in the majority of the cases 21-23 . Thus, CNSi is an unmet medical need.

Defining high-risk patients who consequently need prophylaxis seems to be

the most adequate approach 24, 25. Different risk models have been described over

the years 20, 26-28. It is known that all of them are based on retrospective studies

which included clinical and laboratorial findings only, which can always incur in

errors. However, while more precise risk factors are not daily-practice available,

such as molecular 29-32, clinical models would still be useful on defining risk and on

deciding therapy strategies.

In this way, central nervous system international prognostic index (CNS-IPI)

is a robust and well-designed model. This score has been developed by the German

High-Grade Non-Hodgkin Lymphoma Study Group/ MabThera International Trial -

DSHNHL/ MinT, and validated by the British Columbia Cancer Agency Lymphoid

Cancer – BCCA. CNS-IPI consists of the individual international prognostic index –

IPI factors (age>60; lactate dehydrogenase – LDH > normal; Eastern Cooperative

Oncology Group – ECOG >1; Stage III-IV; Extranodal involvement >1) and

involvement of kidney and/or adrenal glands, totalizing six risk factors (1 point to

each factor). This model stratified patients in three-risk group model (low,

intermediate and high risk) and demonstrated a 2-year rate of CNS disease of 0.6%,

3.4% and 10.2%, respectively 20.

Therefore, the objective of the present study is to evaluate CNS-IPI score

regarding reproducibility and validity of the model in a heterogeneous cohort

outside of clinical trial.

Page 40: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

28

METHODOLOGY

Patients inclusion and exclusion criteria

This retrospective research study was approved by the Santa Casa de

Misericórdia de São Paulo Medical School (SCMSP) and Ac Camargo Cancer Center

(ACCC) Ethics Committee (Supplement Figure 1 and 2). All participants were

studied in accordance with the Helsinki declaration and the Nuremberg code, also

respecting the Brazilian National Health Council (Resolution CNS 466/2012). The

study was conducted after informed consent being signed (Supplement Figure 3).

Since this study included two different institutions, the selection of patients

was distinct in order to have a comparable cohort. At the SCMSP patients were

selected using pathology base, and at ACCC the information system was used to

reach for C85 - international disease code and/or for “diffuse large B cell”. Patients

were deemed eligible for the analysis if they were sequentially diagnosed with

primary DLBCL, between January 2007 and January 2016. Also, if patients had

complete chart data, pathological review and had started treatment at the

respective institution (SCMSP or ACCC).

Patients were excluded if they had primary mediastinal lymphomas; primary

CNS lymphoma and secondary CNS infiltration at diagnosis. They were also

excluded if they were less than 18 years old; had human deficiency virus (HIV); were

treated without rituximab-based chemotherapy or; had been followed less than one

month, unless those started on treatment, considered early deaths

(Supplement Figure 4 A, B and C).

Patients treatment and CNS prophylaxis

Patients were submitted to physical examination, routine chemistry profiles

and images such as computed tomography (CT), magnetic resonance imaging (MRI)

and/or fluorodeoxy-glucose-positron emission tomography (FDG-PET). Bone

marrow biopsy was performed by physician decision to complete staging.

Lymphoma staging was defined according to the Ann Arbor system 33 and patients

were also categorized by the international prognostic index – IPI 34 at baseline. All

patients were treated with rituximab-based chemotherapy, mostly R-CHOP

(rituximab, cyclophosphamide, doxorubicin, vincristine and prednisone).

Chemotherapy modifications or number of chemotherapy courses were defined

Page 41: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

29

according to patient performance status and stage of the disease. Response to

chemotherapy followed the Revised International Working Group response criteria

35, 36.

Given the retrospective nature of the study and due to inexistence of CNS

prophylaxis protocol at both institutions (SCMSP and ACCC), CNS prophylaxis was

administered according to physician’s decision. Prophylaxis included at least one

cycle of metotrexate (12-15mg) plus dexamethasone (4 mg) intrathecal with or

without intrathecal citarabine 40mg. Methotrexate high-dose (MTX-HD) 3.0-

3.5g/m2 intravenous was also included.

CNS infiltration

CNS infiltrations were diagnosed by liquor (positive cytology and/or

immunophenotype), CT, MRI and/or FDG-PET, requested only in symptomatic

patients when secondary CNS infiltration was clinically suspected. Confirmed cases

were classified as parenchymal, leptomeningeal or both, following Halderson et al

classification 37.

Statistical analysis

Patient characteristics were summarized by average, medians and ranges for

continuous variables and frequencies, and percentages for categorical variables.

Patient characteristics were compared among patient groups using Mann-Whitney

test for continuous variables and Chi-square test / Fisher’s exact test for categorical

variables.

For survival analysis Kaplan-Meier method was utilized. Overall survival (OS)

was calculated from the date of pathological diagnosis to death, or to the last date of

follow-up, while Time to CNS relapse (TTCNS) was calculated from the date of

pathological diagnosis to CNS relapse, or death, or to the last date of follow-up (the

last two were censored). Impact on survival of clinical and therapeutic variables was

evaluated by comparing the survival curves by means of the log-rank test.

Difference between groups was determined by univariable analysis using Chi-

square test or Fisher’s exact test. Moreover, the differences were analyzed

considering time to the event using Kaplan-Meier method and log rank test.

Page 42: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

30

Cox model was used to analyses of potential risk factor. Univariate analysis

followed what was described by the original CNS-IPI 20 (IPI factors individually and

kidney/adrenal). For multivariate analysis, we included variables with p value < 0.1

or those clinically important.

Validation of the CNS‐IPI was assessed by graphical comparison between our

results of Kaplan‐Meier curves (risk stratification groups: low, intermediate and

high risk) and those previously defined by CNS‐IPI 20 and by calibration.

Significance level was fixed at 5% for all tests. Statistical analyses were

performed using IBM SPSS Statistics version 23.0 (IBM Corp., Armonk, NY, USA) and

R software version 3.4 (R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria).

RESULTS

Patients characteristics

From January 2007 to January 2015, 388 patients were diagnosed with

primary DLBCL at the SCMSP. After inclusion and exclusion criteria described at the

methods section, 151 patients were available for analysis. At the same period, 403

patients were diagnosed with primary DLBCL at ACCC. Using the same inclusion and

exclusion criteria, we obtained 171 patients. Therefore, the total DLBCL available

patients for analysis were 322. Distributions between the two institutions were of

55% at ACCC vs. 46% at the SCMSP. The detailed consort is available in Supplement

Figure 4 A, B and C. Histogram with number of patients/ years at the SCMSP and at

ACCC is also available in Supplement Figure 5

Analyzing the entire cohort and the group of patients with or without CNS

infiltration

Patient characteristics are summarized in Table 1. Considering the entire

cohort, median follow-up was 60 months (ranging from 57 to 64) and median age

was 58 years. There was similar distribution between male and female (47.8 vs.

52.2, respectively), and also similar distribution between localized (stage I-II) and

advanced disease (stage III-IV), 47.2 vs. 51.2%, respectively. More than half of

patients were low or low-intermediate IPI (59.6%) and low and intermediate CNS-

IPI 0-3 (77.6%). The minority was submitted to CNS prophylaxis (19.9%), and the

majority achieved complete response at the end of therapy (73.3%).

Page 43: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

31

We observed that most of the characteristics of the cohort without CNSi were

comparable or even equivalent to the entire cohort, however there was statistical

difference between patients with CNSi and without CNSi in some specific

characteristics. Patients with CNSi had higher IPI- 4-5 (57.1% vs. 8.3%, p <0.000),

higher CNS-IPI (57.1% vs. 10.2%, p= 0.001), and most of them did not achieve

complete response at the end of therapy (42.9% vs. 12.1%, p <0.000). In addition,

patients with CNSi had a tendency of higher LDH (85.7% vs. 46.0%, p=0.054), 3 or

more extranodal sites (42.9% vs. 4.4%, p=0.006), and specific sites such as: adrenal

/ kidney involvement (28.6% vs. 4.1%, p=0.037).

CNS infiltration time and characteristics

A total of 7 patients experienced CNSi, characterizing an incidence of 2.17%

(7/322). The median time from diagnosis of DLBCL to CNSi was six months (range

2-52 months), while the median time of CNSi to death was 19 days (range 0 days -

9.3 months). Four patients presented with brain parenchymal involvement, two

patients presented with leptomeningeal disease and one patient presented with

both (Table 2). CNS-IPI was retrospectively calculated for these patients.

Patients without and with CNSi – comparison between groups and risk factors

Comparison between groups demonstrated at baseline that LDH, number of

extranodal sites, IPI, kidney/ adrenal were statically different in patients without

and with CNSi (Table 1). Furthermore, regarding treatment, absence of complete

response was also statistically different.

Differences between patients without and with CNSi were also analyzed

considering time to the event and we similarly obtained: LDH (p=0.029), number of

extranodal sites (p<0.000), IPI (p<0.000), kidney/ adrenal (p<0.000) and

complete response at the end of treatment (p<0.000). In addition, orbital

involvement (p<0.000) and positive BM biopsy (p=0.049) were more frequent in

patients with CNSi (Figure 1).

A univariate and multivariate analysis model was also performed in our

cohort. However, our results should be evaluated with caution, given the small

number of events/ relapses (7/322) and the existence of 6 predictors in the original

Page 44: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

32

model (age>60; LDH > normal; ECOG >1; Stage III-IV; Extranodal involvement >1;

kidney and/or adrenal glands) – Table 3 A and B.

A demonstrative table comparing our univariate and multivariate

results with CNS-IPI model (including original model and validation cohort) can be

seen in Table 4.

Validation of CNS-IPI score

The CNS-IPI model stratified patients in a three-risk group model (low [0-1

points], intermediate [2-3 points] and high risk [4-6 points]) and demonstrated a 2-

year rate of CNS relapse of 0.6%, 3.4% and 10.2%, respectively. In our cohort, we

respected the same stratification – low, intermediate and high risk. Similarly, the 2-

year rate of CNS relapse was of 0.0%, 0.8% and 13.8%, respectively (Figure 2).

In the original CNS-IPI score, 55% of patients with CNS relapse belonged to

the high-risk group and 40%, to the intermediate-risk group. Our cohort observed

similar distribution: 57.1% of patients with CNS relapse were in the high-risk group

and 28%, in the intermediate-risk group. We also had 14.3% (1/7 cases) of non-

available data.

Calibration of CNS-IPI model was also performed. First, we calculated the

CNSi probability in 2-years for the entire cohort (CNS-IPI original model). Then we

compared the estimated probability with the events observed in our cohort (real

probability). Based on the results a calibration curve was built. This analysis,

however, is limited by the small number of events (7 patients with CNSi) – Figure 3.

CNS Prophylaxis

The majority of patients without CNSi were not submitted to any modality of

CNS prophylaxis (80.5%), while almost half of patients with CNSi (42.9%) were

submitted to some modality of CNS prophylaxis (MTX-HD 28.6%; Intrathecal +

MTX-HD 14.3%), p <0.000 – Table 1.

CNS prophylaxis was administered according to physician’s decision, due to

inexistence of an institutional protocol at SCMSP and ACCC. We sought to

understand the rational to perform CNS prophylaxis by calculating CNS-IPI

retrospectively– Table 5 and Figure 4. We observed that the majority of patients

Page 45: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

33

considered high CNS-IPI high risk were not submitted to prophylaxis (61.1% vs.

13.9%, p=0.015).

Comparison between the types of CNS prophylaxis applied would be

inadequate in our study considering there was only 7 events (2.17% incidence of

CNSi)

Survival

The median overall survival (OS) for the entire cohort was not reached and

was estimated in 88% in 5 years (average: 8.8 years [95% CI:8.3-9.3]). OS in ACCC

cohort was estimated in 86% in 5 years (average: 8.6 years [95% CI:8.1-9.1]) and

OS in SCMSP cohort was estimated in 74% in 5 years (average: 8.1 years [95%

CI:7.3-8.9]). There was a statistical survival difference between the cohort of

patients without or with CNSi. Median OS for patients without CNSi was not reached

(average: 9.0 years [95% CI:8.5-9.5]) while median OS for patient with CNSi was of

8 months (95% CI: 2.8- 13.1). Log-rank p<0.000 (Figure 5).

DISCUSSION

Central nervous infiltration in diffuse large B cell lymphoma is still a rare

event. Nevertheless, when it occurs it is associated with a dismal prognosis with

almost all patients evolving to death. It is usually an early event in the natural history

of DLBCL, with the majority of the cases been diagnosed while finishing first line

therapy (within six months) 21, 24, 38, 39.

In accordance with information previously published in the rituximab era, our

cohort demonstrates 2.17% of CNSi and parenchymal involvement as the most

common presentation 7 6, 7, 14, 40. Moreover, our results also demonstrated its

catastrophic evolution with a median time of 19 days between CNSi and death.

Thus, prediction at diagnosing which patient is in higher risk may guide more

intensive approaches such as CNS prophylaxis, which has already been proved do

reduce the incidence of CNSi 19. In this scenario prognostic indexes are of value.

Based on clinical and laboratorial findings, they aim to stratify patients and possibly

standardize practices such as more preemptive CNSi diagnosis and prophylaxis.

Over the years, many scores have been proposed 26 34 and, more recently, CNS-IPI

20.

Page 46: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

34

It is well known, especially in the era of precision medicine, that clinical scores

are not perfect. They are usually built based on retrospective data, including only

clinical and laboratorial findings, which are often not reproducible.

In addition, CNS-IPI has been developed in the scenario of clinical trials

(DSHNHL/MInT), which can intrinsically carry selection bias. However, to make

CNS-IPI a powerful instrument, it has already been validated at BCCA dataset 20.

Despite all the disadvantages of a clinical and laboratorial score, they would

continue to be a useful instrument in daily practice, while more accurate model, such

as molecular ones 41, 42, do not became routinely available.

Therefore, the rationale for validating risk scores after its design is to

determine its utility in a different environment, with geographic and genetic

specificities, and also to guarantee the safety and reproducibility in daily practice.

In our cohort CNS-IPI adequately stratified patients. The 2-year rate of CNS relapse

in our cohort, compared to the original CNS-IPI model, was, respectively: 0.0% vs.

0.6% for low risk; 0.8% vs. 3.4% for intermediate risk; and 13.8% vs. 10.2% for high

risk (Figure 2).

With the same objective of the present study, CNS-IPI has also been validated

in a large Asian dataset, in which it was considered an adequate tool for risk

stratification 43.

To build the CNS-IPI score, a risk factor model has been cautiously proposed

at DSHNHL/MInT and this was also performed at the BCCA cohort 20. However, in

our cohort, given the small number of events (seven cases of CNSi), producing a risk

factor model was a limitation. Only kidney/ adrenal was able to predict risk in our

univariate analysis k. Even so, we statistically compared the groups of patients

without and with CNSi and observed differences in the following characteristics:

LDH, number of extranodal sites, IPI, kidney/ adrenal, BM and orbit. Respecting the

different methodology, it presented a result similar to the risk factors proposed by

the original study, reinforcing the importance of these baseline characteristics to

CNSi (Table 1).

Kidney/ adrenal, BM and orbit were different in patients without and with

CNSi in our cohort. Also. It is important to emphasize that in the original CNS-IPI

(DSHNL/MInT and BCCA cohorts), extranodal sites were different in the

multivariable analysis, as follows: kidney/adrenal and skin (in DSHNL/MInT

Page 47: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

35

cohort) and testis, pericardium, orbit and BM (in BCCA cohort). Kidney and adrenal

were included in the CNS-IPI prognostic score; however, testicular involvement was

not (Table 4) 20. It is already known that patients with testicular involvement have

a higher risk of CNSi, which can achieve an incidence of 12-25%, even as late event

(10 years after the first line therapy) 44, 45. This reinforces that CNS-IPI score is a

tool to guide therapy but, as always, it is still necessary to individualize and

personalize therapy.

Other groups are still trying to study other characteristics aspects to increase

the power of CNS-IPI, such as cell of origin (COO) and BCL2 and MYC expression 28,

46. Others are studying isolated characteristics which can predict CNSi, such as the

number of extranodal sites > 2 27. In our study, the number of extranodal site 3

detected by CT and/or PET-CT was also a different characteristic between patients

without and with CNSi (p<0.000) (Figure 1).

After defining high-risk patients, CT/MRI, lumbar puncture (with

immunophenotype) and CNS prophylaxis should be proponed to patients. This

approach increases the diagnosis of occult disease, and CNS prophylaxis can

decrease the incidence of CNSi, specifically with high-dose methotrexate (MTX-HD)

8 18 19. Our data showed that the majority of patients without CNSi were not

submitted to any modality of CNS prophylaxis (80.5%). Meantime, less than half of

patients with CNSi (42.9%) were submitted to some modality of CNS prophylaxis

(MTX-HD or Intrathecal). Considering the small number of events (7/322), the

impact of each specific CNS prophylaxis cannot be analyzed.

CNS-IPI was retrospectively calculated in patients without and with CNSi and

we observed by the new prognostic score, more high-risk patients (up to 50%)

would have been benefited by CNS prophylaxis. This favor the relevance of a

systematic protocol to guide prophylaxis (Table 2 and 5, Figure 4).

It is known that CNSi carries a dramatic outcome with a median OS of 8 months

(95% CI: 2.8- 13.1), which was also demonstrated by others 4, 5, 7-9, 11, 13-15, 19, 20, 40 . On

the other hand, OS for the entire cohort was estimated in 88% in 5 years (average:

8.8 years [95% CI:8.3-9.3]). The excellent results of patients with DLBCL treated

with RCHOP-based chemotherapy have already been shown for more than 20 years

2.

Page 48: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

36

Despite CNSi being an early and high mortality event, in terms of frequency it

is an exception. Therefore, we should be careful not to delay a highly curative

treatment to perform a prophylaxis of a rare event.

Our analysis is limited by its retrospective design. A similar shortcoming is

true of others previously published analyses. The retrospective analysis might

result in bias of patients’ selection, confounding factors and missing data. More

studies are still necessary in the field. Risk factors which include clinical and

biological factors would better segregate higher risk patients.

New drugs such as ibrutinib 47 and lenalidomide 48, 49, which can cross the

blood barrier area promising in this area and their combination with RCHOP

backbone, may change the paradigm of CNSi.

CONCLUSION

CNSi in patients with DLBCL treated with rituximab-based chemotherapy

remains a rare but devastating complication. Despite the limitation of all prognostic

index, which include CNS-IPI, they are of value to stratify patients and to standardize

practice. Our study reinforces the validity and reproducibility of CNS-IPI, specific

outside of clinical trials. Also guarantee the safety of CNS-IPI use in daily practice.

Our results demonstrate that almost 80% of patients are low or intermediate risk of

CNSi with no need of interventions. Those considered high risk would benefit from

more intensive diagnosis and prophylaxis approach. Furthermore, it is important to

emphasize that CNS-IPI score is a tool to guide therapy but, as always, it is still

necessary to individualize and personalize therapy.

ACKNOWLEDGMENT

This study was funded by a Grant from the Coordination for the Improvement of

Higher Education Personnel (CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal

de Nível Superior)

DISCLOSURES

The authors declare that they have no conflict of interest.

Page 49: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

37

TABLE AND FIGURE LEGENDS

Table 1. Patients characteristics, including group with and without central nervous

system infiltration. Statistical analysis.

Table 2. Central nervous system infiltration time and characteristics.

Table 3 A and B. Univariate and Multivariate analysis.

Table 4. Comparison between our cohort and CNS-IPI (original model and validation

cohort).

Table 5. CNS-IPI retrospectively calculated in patients submitted to CNS-

prophylaxis.

Figure 1. Baseline characteristics in ppatients without and with central nervous

system infiltration considering time to the event

Figure 2. Validation of the CNS‐IPI assessed by graphical comparison: our results of

Kaplan‐Meier curves and those previously defined by CNS‐IPI.

Figure 3. CNS-IPI calibration curve

Figure 4. CNS-IPI retrospectively calculated in patients submitted to CNS-

prophylaxis.

Figure 5. Overall survival. Patients without and with CNSi

Page 50: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

38

TABLES

Table 1.

TOTAL N (%)

PATIENTS WITHOUT CNSi N (%)

CNSi N (%)

p-value

322 (100) 315 (100) 7 (100)

Median follow up (months)

60 (57-64)

ACCC SCMSP

171 (53.1) 151 (46.9)

168 (53.3) 147 (46.7)

3 (42.9) 4 (57.1)

0.710

Public system

Private system

183 (56.8) 139 (43.2)

179 (56.8) 136 (43.2)

4 (57.1) 3 (42.9)

0.648

Average age (years) 56 (19-94) 56 (19-94) 62 (42-75) 0.297

Median age (years) 58 (19-94) 58 (19-94) 65 (42-75) 0.297

Male Female

154 (47.8) 168 (52.2)

153 (48.6) 162 (51.4)

1(14.3) 6 (85.7)

0.123

Age of diagnosis < 60 years

> or equal 60 years

174 (54.0) 148 (46.0)

172 (54.6) 143 (45.4)

2 (28.6) 5 (71.4)

0.254

High LDH 151 (46.9) 145 (46.0) 6 (85.7) 0.054

ECOG** (256pts) 0-1 > 2 NA

221 (68.6) 35 (10.9)

218 (69.2) 34 (10.8)

3 (42.9) 1 (14.3)

0.447

Stage I- II

III- IV NA

152 (47.2) 165 (51.2)

5 (1.6)

150 (47.6) 160 (50.8)

5 (1.6)

2 (28.6) 5 (71.4)

0.451

Number of extranodal sites 0-1 2

3 or more

274 (85.1)

31 (9.6) 17 (5.3)

270 (85.7)

31 (9.8) 14 (4.4)

4 (57.1) 0 (0.0)

3 (42.9)

0.006

Bulky mass** Yes No

93 (28.9)

229 (71.1)

89 (28.3)

226 (71.7)

4 (57.1) 3 (42.9)

0.110

B symptoms 148 (46.0) 143 (45.4) 5 (71.4) 0.257

Positive BM 28 (8.7) 26 (8.3) 2 (28.6) 0.125

Kidney/Adrenal 15 (4.7) 13 (4.1) 2 (28.6) 0.037

Lung/ Pleura 33 (10.2) 33 (10.5) 0 (0.0) 0.466

Peritoneum 5 (1.6) 5 (1.6) 0 (0.0) 0.737

Testis 4 (1.2) 4 (1.3) 0 (0.0) 0.764

Orbit 3 (0.9) 2 (0.6) 1 (14.3) 0.64

IPI 0-1 2 3

4-5 NA

118 (36.6) 74 (23.0) 64 (19.9) 30 (9.3)

36 (11.2)

118 (37.5) 72 (22.9) 64 (20.3) 26 (8.3)

35 (11.1)

0 (0.0)

2 (28.6) 0 (0.0)

4 (57.1) 1 (14.3)

<0.000

CNS-IPI 0-1 2-3 4-6 NA

117 (36.3) 133 (41.3) 36 (11.2) 36 (11.2)

117 (37.1) 131 (41.6) 32 (10.2) 35 (11.1)

0 (0.0)

2 (28.6) 4 (57.1) 1 (14.3)

0.001

Page 51: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

39

Type of CNS prophylaxis None

Intrathecal MTX-HD

Intrathecal + MTX-HD

258 (80.1) 52 (16.1)

7 (2.2) 5 (1.6)

254(80.6) 52 (16.5)

5 (1.6) 4 (1.3)

4 (57.1) 0 (0.0)

2 (28.6) 1 (14.3)

<0.000

Complete response at the

end of treatment Yes Não NA

236 (73.3) 41 (12.7) 45 (14.0)

236 (74.9) 38 (12.1) 41 (13.0)

0 (0.0) 3 (42.9) 4 (57.9)

<0.000

Table 2.

Patient Age (years),

Sex

Ann Harbor Stage, B

symptoms (A/B); Bulky

Extranodal CNS- IPI A

CNS prophylaxis

was indicated

(baseline)?

Classification of CNS relapse

Time to relapse

CNS (months)

Time to CNS to

death or last

contact (days)

OS (months)

1 75y, F IVB Uterus NA No Parenchyma - cerebellum

52 0 52

2 73y, F IA No 4 No Parenchyma + Meninges –

Cranial nerves

3 19 4

3 42y, F IVB; Bulky BM 4 No Cerebral spinal fluid

8 1 8

4 57y, F IVB; Bulky Orbit 2 QTIT + MTX-HD

Direct extension – Skull base - Meninges

2 27 3

5 65y, M II; Bulky No 2 MTX-HD Parenchyma 15 62 17

6 63y, F IVB; Bulky Liver, kidney/

adrenal and BM

4 No Parenchyma 5 8 6

7 65y, F IVB Heart, kidney / adrenal

4 MTX-HD Parenchyma 6 279 15

A: CNS IPI retrospectively calculated

Table 3 A.

Univariate analysis HR CI p-value

Age > or qual 60 3.21 0.622-16.55 0.164

Stage III e IV 2.55 0.495-13.15 0.263

Extranodal disease >1 4.234 0.947-18.93 0.059

High LDH 7.41 0.891-61.67 0.064

ECOG>1 2.02 0.21-19.46 0.542

Kidney / Adrenal 11.89 2.27-62.30 0.0034

Page 52: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

40

Table 3 B.

Multivariate analysis A HR CI p-value

Age > or qual 60 2.12 0.379-11.86 0.391

Stage III e IV 1.09 0.185-6.50 0.916

High LDH 5.35 0.609-47.11 0.130

Extranodal disease >1 2.01 0.324-12.52 0.452

Kidney / Adrenal 5.34 0.731-39.08 0.098

A: ECOG was not considered in multivariate analysis, because there was no events in this category

Table 4.

Present cohort (n=322) CNS IPI cohort

DSHNL/MInT (n= 2164) BCCA (n=1597)

Univariable analysis -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Kidney / adrenal -- -- -- -- -- -- --

Age ECOG

LDH > normal Stage

Number of extranodal sites IPI

Bulky B Symptoms

Albumin Sex

Kidney / adrenal Lung Skin

Peritonium -- -- -- --

-- ECOG

LDH > normal Stage

Number of extranodal sites -- -- -- -- --

Kidney / adrenal Pleura

-- --

Pericardium Bone marrow

Testis Orbit

Multivariable analysis NAA Age 60 years; LDH> normal; ECOG >1; Advanced stage -

III/IV disease; Kidney and/or adrenal glands; Skin D

LDH> normal; extranodal>1; Testis; Pericardium; Orbit;

Bone marrow

A: Multivariable analysis model was performed, but none of the characteristics were predictors; B: Extranodal involvement was not statically different; however, given its importance in other studies it was included in the model; NA: Not evaluated

Table 5.

CNS prophylaxis

CNS-IPI Total p-value

Low risk N (%)

Intermediate risk N (%)

High risk N (%)

NA

Yes 24 (20.5) 21 (15.8) 14 (38.9) 5 (13.9) 64 (100) 0.15

No 93 (79.5) 112 (84.2) 22 (61.1) 31 (86.9) 258 (100)

NA: Not available

Page 53: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

41

FIGURES

Figure 1.

Page 54: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

42

Figure 2.

Page 55: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

43

Figure 3.

Figure 4.

Page 56: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

44

Figure 5.

Page 57: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

45

SUPLEMENT

Figure 1. Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Medical School ethical committee

approval.

Figure 2. Ac Camargo Cancer Center ethical committee approval.

Figure 3. Informed consent

Figure 4. Detailed consort. A- Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Medical School; B-

Ac Camargo Cancer Center; C-Present study cohort.

Figure 5. Histograms with number of patients/ years at the SCMSP and at ACCC

Page 58: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

46

Figure 1.

Figure 2.

Page 59: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

47

Figure 3.

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Título: “Infiltração do Sistema Nervoso Central em pacientes com Linfoma Difuso de Grandes

Células B”.

Este termo será lido e explicado a você e, caso não se sinta esclarecido após a leitura cuidadosa

deste você pode solicitar mais informações ao responsável da pesquisa.

A proposta de estudo em que você participará será “Infiltração do Sistema Nervoso Central em

pacientes com Linfoma Difuso de Grandes Células B”.

Esta pesquisa tem por finalidade avaliar a frequência de acometimento do sistema nervoso

central (cérebro e medula espinal) nos pacientes como linfoma difuso de grandes células B.

O pesquisador utilizará os dados coletados somente para esta pesquisa, sendo que esta poderá

vir a ser exposta e publicada futuramente, mantendo sempre sua identidade em sigilo absoluto.

A pesquisa deverá ter um benefício para toda a sociedade, bem como para você, participante da

mesma, uma vez que haverá fornecimento de dados ao sistema de saúde para implantação de programas

informativos, de detecção precoce e /ou melhora no tratamento oferecido. Além disso, permitirá a sua

utilização para futuras pesquisas relacionadas.

Como riscos, você poderá ter sua identidade acidentalmente revelada para membros da

sociedade, gerando constrangimento significativo ao paciente. Diante de tal situação, os pesquisadores

se comprometem em conduzir este trabalho com seriedade e responsabilidade, cuidando para preservar

a sua integridade.

Não haverá modificação ou qualquer alteração no curso do seu tratamento por se tratar de um

estudo retrospectivo

Caso você não possua capacidade jurídica plena, o Termo de Consentimento deverá ser aceito

por você e por seus tutores/curadores, sendo assinado por ambos; se houver recusa, você será excluído

da pesquisa. Após sua inclusão você ainda apodera solicitar seu desligamento a qualquer momento, sem

qualquer prejuízo ou interferência nos cuidados médicos ou no tratamento a ser instituído.

Page 60: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

48

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) - CONTINUAÇÃO

Título: “Infiltração do Sistema Nervoso Central em pacientes com Linfoma Difuso de Grandes

Células B”.

Você será tratado com respeito e dignidade, respeitando a moral e os bons costumes, bem como

seus aspectos culturais e sócio-econômicos. Assim, haverá diminuição da possibilidade de seu possível

constrangimento. Não haverá também nenhum custo ou ganho monetário para você no que se refere à

pesquisa.

Você tem direito de se manter informado a respeito dos resultados parciais da pesquisa. Em

qualquer momento do estudo você, seus responsáveis e familiares terão acesso aos profissionais

responsáveis pela pesquisa, para esclarecimento de dúvidas, através do tel. 986868806 ou 2176-7000

ou pelo endereço Rua Cesário Mota Junior 112, com a pesquisadora Talita Maíra Bueno da Silveira da

Rocha, médica, CRM 113065 ou com a pesquisadora Thais Rodrigues da Cunha Fischer CRM 152164.

Este trabalho será realizado com recursos próprios, não tendo financiamento ou co-participação

de nenhuma instituição de pesquisa. Também não haverá nenhum pagamento por sua participação.

_______________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSÁVEL

Declaro que li as informações acima sobre a pesquisa, que me sinto esclarecido sobre o conteúdo

da mesma, assim como os seus riscos e benefícios. Declaro ainda que, por minha livre vontade, aceito

participar da pesquisa permitindo a inclusão dos dados obtidos dos exames aos quais fui submetido

cooperando com a coleta de dados para o projeto.

São Paulo, ____, de ___________________de 20____

______________________________________________________________________

ASSINATURA DO SUJEITO DA PESQUISA E/ OU DE SEU REPRESENTANTE LEGAL

Page 61: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

49

Figure 4A.

Figure 4B.

Page 62: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

50

Figure 4C.

Figure 5.

14

19

21

12

16

17

28

14

10

10

17

25

21

21

31

30

9

7

0 5 10 15 20 25 30 35

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

ACCC SCMSP

Page 63: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

51

REFERENCES

1. Swerdlow SH, Campo E, Pileri SA, Harris NL, Stein H, Siebert R et al. The 2016 revision of the World Health Organization classification of lymphoid neoplasms. Blood 2016; 127(20): 2375-2390. doi: 10.1182/blood-2016-01-643569

2. Ziepert M, Hasenclever D, Kuhnt E, Glass B, Schmitz N, Pfreundschuh M et al.

Standard International prognostic index remains a valid predictor of outcome for patients with aggressive CD20+ B-cell lymphoma in the rituximab era. J Clin Oncol 2010; 28(14): 2373-2380. doi: 10.1200/JCO.2009.26.2493

3. Pfreundschuh M, Schubert J, Ziepert M, Schmits R, Mohren M, Lengfelder E et al. Six

versus eight cycles of bi-weekly CHOP-14 with or without rituximab in elderly patients with aggressive CD20+ B-cell lymphomas: a randomised controlled trial (RICOVER-60). Lancet Oncol 2008; 9(2): 105-116. doi: 10.1016/S1470-2045(08)70002-0

4. Feugier P, Virion JM, Tilly H, Haioun C, Marit G, Macro M et al. Incidence and risk

factors for central nervous system occurrence in elderly patients with diffuse large-B-cell lymphoma: influence of rituximab. Ann Oncol 2004; 15(1): 129-133.

5. Arkenau HT, Chong G, Cunningham D, Watkins D, Agarwal R, Sirohi B et al. The role of

intrathecal chemotherapy prophylaxis in patients with diffuse large B-cell lymphoma. Ann Oncol 2007; 18(3): 541-545. doi: 10.1093/annonc/mdl434

6. Shimazu Y, Notohara K, Ueda Y. Diffuse large B-cell lymphoma with central nervous

system relapse: prognosis and risk factors according to retrospective analysis from a single-center experience. Int J Hematol 2009; 89(5): 577-583. doi: 10.1007/s12185-009-0289-2

7. Villa D, Connors JM, Shenkier TN, Gascoyne RD, Sehn LH, Savage KJ. Incidence and

risk factors for central nervous system relapse in patients with diffuse large B-cell lymphoma: the impact of the addition of rituximab to CHOP chemotherapy. Ann Oncol 2010; 21(5): 1046-1052. doi: 10.1093/annonc/mdp432

8. Abramson JS, Hellmann M, Barnes JA, Hammerman P, Toomey C, Takvorian T et al.

Intravenous methotrexate as central nervous system (CNS) prophylaxis is associated with a low risk of CNS recurrence in high-risk patients with diffuse large B-cell lymphoma. Cancer 2010; 116(18): 4283-4290. doi: 10.1002/cncr.25278

9. Yamamoto W, Tomita N, Watanabe R, Hattori Y, Nakajima Y, Hyo R et al. Central

nervous system involvement in diffuse large B-cell lymphoma. Eur J Haematol 2010; 85(1): 6-10. doi: 10.1111/j.1600-0609.2010.01438.x

10. Chihara D, Oki Y, Matsuo K, Onoda H, Taji H, Yamamoto K et al. Incidence and risk

factors for central nervous system relapse in patients with diffuse large B-cell

Page 64: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

52

lymphoma: analyses with competing risk regression model. Leuk Lymphoma 2011; 52(12): 2270-2275. doi: 10.3109/10428194.2011.596966

11. Tai WM, Chung J, Tang PL, Koo YX, Hou X, Tay KW et al. Central nervous system (CNS)

relapse in diffuse large B cell lymphoma (DLBCL): pre- and post-rituximab. Ann Hematol 2011; 90(7): 809-818. doi: 10.1007/s00277-010-1150-7

12. Cao B, Zhou X, Ji D, Cao J, Guo Y, Zhang Q et al. Central nervous system involvement

in adult patients with diffuse large B-cell lymphoma: Influence of rituximab. Oncol Lett 2012; 4(3): 541-545. doi: 10.3892/ol.2012.755

13. Tomita N, Yokoyama M, Yamamoto W, Watanabe R, Shimazu Y, Masaki Y et al.

Central nervous system event in patients with diffuse large B-cell lymphoma in the rituximab era. Cancer Sci 2012; 103(2): 245-251. doi: 10.1111/j.1349-7006.2011.02139.x

14. Guirguis HR, Cheung MC, Mahrous M, Piliotis E, Berinstein N, Imrie KR et al. Impact of

central nervous system (CNS) prophylaxis on the incidence and risk factors for CNS relapse in patients with diffuse large B-cell lymphoma treated in the rituximab era: a single centre experience and review of the literature. Br J Haematol 2012; 159(1): 39-49. doi: 10.1111/j.1365-2141.2012.09247.x

15. da Rocha TM, Sergio Costa F, Pinto MS, da Silva IC, Paes RP, Chiattone CS. Secondary

infiltration of the central nervous system in patients with diffuse large B-cell lymphoma. Rev Bras Hematol Hemoter 2013; 35(4): 256-262. doi: 10.5581/1516-8484.20130094

16. Aviles A, Jesus Nambo M, Neri N. Central nervous system prophylaxis in patients with

aggressive diffuse large B cell lymphoma: an analysis of 3,258 patients in a single center. Med Oncol 2013; 30(2): 520. doi: 10.1007/s12032-013-0520-0

17. Tomita N, Takasaki H, Ishiyama Y, Kishimoto K, Ishibashi D, Koyama S et al.

Intrathecal methotrexate prophylaxis and central nervous system relapse in patients with diffuse large B-cell lymphoma following rituximab plus cyclophosphamide, doxorubicin, vincristine and prednisone. Leuk Lymphoma 2015; 56(3): 725-729. doi: 10.3109/10428194.2014.931953

18. Cheah CY, Herbert KE, O'Rourke K, Kennedy GA, George A, Fedele PL et al. A

multicentre retrospective comparison of central nervous system prophylaxis strategies among patients with high-risk diffuse large B-cell lymphoma. Br J Cancer 2014; 111(6): 1072-1079. doi: 10.1038/bjc.2014.405

19. Ferreri AJ, Bruno-Ventre M, Donadoni G, Ponzoni M, Citterio G, Foppoli M et al. Risk-

tailored CNS prophylaxis in a mono-institutional series of 200 patients with diffuse large B-cell lymphoma treated in the rituximab era. Br J Haematol 2015; 168(5): 654-662. doi: 10.1111/bjh.13194

Page 65: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

53

20. Schmitz N, Zeynalova S, Nickelsen M, Kansara R, Villa D, Sehn LH et al. CNS International Prognostic Index: A Risk Model for CNS Relapse in Patients With Diffuse Large B-Cell Lymphoma Treated With R-CHOP. J Clin Oncol 2016; 34(26): 3150-3156. doi: 10.1200/JCO.2015.65.6520

21. Siegal T, Goldschmidt N. CNS prophylaxis in diffuse large B-cell lymphoma: if, when,

how and for whom? Blood Rev 2012; 26(3): 97-106. doi: 10.1016/j.blre.2011.12.001 22. Cheah CY, Seymour JF. Central nervous system prophylaxis in non-Hodgkin

lymphoma: who, what, and when? Curr Oncol Rep 2015; 17(6): 25. doi: 10.1007/s11912-015-0450-4

23. Zhang J, Chen B, Xu X. Impact of rituximab on incidence of and risk factors for central

nervous system relapse in patients with diffuse large B-cell lymphoma: a systematic review and meta-analysis. Leuk Lymphoma 2014; 55(3): 509-514. doi: 10.3109/10428194.2013.811239

24. Qualls D, Abramson JS. Advances in risk assessment and prophylaxis for central

nervous system relapse in diffuse large B-cell lymphoma. Haematologica 2019; 104(1): 25-34. doi: 10.3324/haematol.2018.195834

25. Chin CK, Cheah CY. How I treat patients with aggressive lymphoma at high risk of CNS

relapse. Blood 2017; 130(7): 867-874. doi: 10.1182/blood-2017-03-737460 26. Hollender A, Kvaloy S, Nome O, Skovlund E, Lote K, Holte H. Central nervous system

involvement following diagnosis of non-Hodgkin's lymphoma: a risk model. Ann Oncol 2002; 13(7): 1099-1107.

27. El-Galaly TC, Villa D, Michaelsen TY, Hutchings M, Mikhaeel NG, Savage KJ et al. The

number of extranodal sites assessed by PET/CT scan is a powerful predictor of CNS relapse for patients with diffuse large B-cell lymphoma: An international multicenter study of 1532 patients treated with chemoimmunotherapy. Eur J Cancer 2017; 75: 195-203. doi: 10.1016/j.ejca.2016.12.029

28. Savage KJ, Slack GW, Mottok A, Sehn LH, Villa D, Kansara R et al. Impact of dual

expression of MYC and BCL2 by immunohistochemistry on the risk of CNS relapse in DLBCL. Blood 2016; 127(18): 2182-2188. doi: 10.1182/blood-2015-10-676700

29. Brunn A, Montesinos-Rongen M, Strack A, Reifenberger G, Mawrin C, Schaller C et al.

Expression pattern and cellular sources of chemokines in primary central nervous system lymphoma. Acta Neuropathol 2007; 114(3): 271-276. doi: 10.1007/s00401-007-0258-x

30. Venetz D, Ponzoni M, Schiraldi M, Ferreri AJ, Bertoni F, Doglioni C et al. Perivascular

expression of CXCL9 and CXCL12 in primary central nervous system lymphoma: T-cell infiltration and positioning of malignant B cells. Int J Cancer 2010; 127(10): 2300-2312. doi: 10.1002/ijc.25236

Page 66: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

54

31. Lemma SA, Pasanen AK, Haapasaari KM, Sippola A, Sormunen R, Soini Y et al. Similar

chemokine receptor profiles in lymphomas with central nervous system involvement - possible biomarkers for patient selection for central nervous system prophylaxis, a retrospective study. Eur J Haematol 2016; 96(5): 492-501. doi: 10.1111/ejh.12626

32. Lemma SA, Kuusisto M, Haapasaari KM, Sormunen R, Lehtinen T, Klaavuniemi T et al.

Integrin alpha 10, CD44, PTEN, cadherin-11 and lactoferrin expressions are potential biomarkers for selecting patients in need of central nervous system prophylaxis in diffuse large B-cell lymphoma. Carcinogenesis 2017; 38(8): 812-820. doi: 10.1093/carcin/bgx061

33. Carbone PP, Kaplan HS, Musshoff K, Smithers DW, Tubiana M. Report of the

Committee on Hodgkin's Disease Staging Classification. Cancer Res 1971; 31(11): 1860-1861.

34. International Non-Hodgkin's Lymphoma Prognostic Factors P. A predictive model for

aggressive non-Hodgkin's lymphoma. N Engl J Med 1993; 329(14): 987-994. doi: 10.1056/NEJM199309303291402

35. Cheson BD, Pfistner B, Juweid ME, Gascoyne RD, Specht L, Horning SJ et al. Revised

response criteria for malignant lymphoma. J Clin Oncol 2007; 25(5): 579-586. doi: 10.1200/JCO.2006.09.2403

36. Cheson BD, Fisher RI, Barrington SF, Cavalli F, Schwartz LH, Zucca E et al.

Recommendations for initial evaluation, staging, and response assessment of Hodgkin and non-Hodgkin lymphoma: the Lugano classification. J Clin Oncol 2014; 32(27): 3059-3068. doi: 10.1200/JCO.2013.54.8800

37. Haldorsen IS, Espeland A, Larsson EM. Central nervous system lymphoma:

characteristic findings on traditional and advanced imaging. AJNR Am J Neuroradiol 2011; 32(6): 984-992. doi: 10.3174/ajnr.A2171

38. Boehme V, Zeynalova S, Kloess M, Loeffler M, Kaiser U, Pfreundschuh M et al.

Incidence and risk factors of central nervous system recurrence in aggressive lymphoma--a survey of 1693 patients treated in protocols of the German High-Grade Non-Hodgkin's Lymphoma Study Group (DSHNHL). Ann Oncol 2007; 18(1): 149-157. doi: 10.1093/annonc/mdl327

39. McCann KJ, Ashton-Key M, Smith K, Stevenson FK, Ottensmeier CH. Primary central

nervous system lymphoma: tumor-related clones exist in the blood and bone marrow with evidence for separate development. Blood 2009; 113(19): 4677-4680. doi: 10.1182/blood-2008-09-179366

40. Deng L, Song Y, Zhu J, Zheng W, Wang X, Xie Y et al. Secondary central nervous

system involvement in 599 patients with diffuse large B-cell lymphoma: are there any

Page 67: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

55

changes in the rituximab era? Int J Hematol 2013; 98(6): 664-671. doi: 10.1007/s12185-013-1458-x

41. Hickmann AK, Frick M, Hadaschik D, Battke F, Bittl M, Ganslandt O et al. Molecular

tumor analysis and liquid biopsy: a feasibility investigation analyzing circulating tumor DNA in patients with central nervous system lymphomas. BMC Cancer 2019; 19(1): 192. doi: 10.1186/s12885-019-5394-x

42. Rimelen V, Ahle G, Pencreach E, Zinniger N, Debliquis A, Zalmai L et al. Tumor cell-

free DNA detection in CSF for primary CNS lymphoma diagnosis. Acta Neuropathol Commun 2019; 7(1): 43. doi: 10.1186/s40478-019-0692-8

43. Lee Y FS, Goh SC, Nagarajan C, Grigoropoulos NF, Gopalakrishnan S, Chen S.

Validation of the CNS international prognostic index in a large Asian cohort–data from the Singapore lymphoma study group. Hematological Oncology 2017; 35(S2): 197-198. doi: 10.1002/hon.2438_59

44. Kridel R, Telio D, Villa D, Sehn LH, Gerrie AS, Shenkier T et al. Diffuse large B-cell

lymphoma with testicular involvement: outcome and risk of CNS relapse in the rituximab era. Br J Haematol 2017; 176(2): 210-221. doi: 10.1111/bjh.14392

45. Zucca E, Conconi A, Mughal TI, Sarris AH, Seymour JF, Vitolo U et al. Patterns of

outcome and prognostic factors in primary large-cell lymphoma of the testis in a survey by the International Extranodal Lymphoma Study Group. J Clin Oncol 2003; 21(1): 20-27. doi: 10.1200/JCO.2003.11.141

46. Klanova M, Sehn LH, Bence-Bruckler I, Cavallo F, Jin J, Martelli M et al. Integration of

cell of origin into the clinical CNS International Prognostic Index improves CNS relapse prediction in DLBCL. Blood 2019; 133(9): 919-926. doi: 10.1182/blood-2018-07-862862

47. Younes A FI, Berdeja JG, et al. Phase Ib study combining ibrutinib with rituximab,

cyclophosphamide, doxorubicin, vincristine, and prednisone (R-CHOP) in patients with CD20-positive B-cell non-Hodgkin lymphoma (NHL). J Clin Oncol 2013; 31(suppl; abstr 8502).

48. Vitolo U, Chiappella A, Franceschetti S, Carella AM, Baldi I, Inghirami G et al.

Lenalidomide plus R-CHOP21 in elderly patients with untreated diffuse large B-cell lymphoma: results of the REAL07 open-label, multicentre, phase 2 trial. Lancet Oncol 2014; 15(7): 730-737. doi: 10.1016/S1470-2045(14)70191-3

49. Nowakowski GS, LaPlant B, Macon WR, Reeder CB, Foran JM, Nelson GD et al.

Lenalidomide combined with R-CHOP overcomes negative prognostic impact of non-germinal center B-cell phenotype in newly diagnosed diffuse large B-Cell lymphoma: a phase II study. J Clin Oncol 2015; 33(3): 251-257. doi: 10.1200/JCO.2014.55.5714

Page 68: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

56

4. PROFILAXIA PARA isSNC

Page 69: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

57

A administração de profilaxia para todos os pacientes com LDGCB é

inadequada, além de danosa, devido ao risco aumentado de toxicidade 58. Definir qual

paciente se beneficia de profilaxia, bem como outros questionamentos como droga,

dose, via de administração, além do momento ideal do ciclo em que a droga deve ser

empregada, permanecem em constante debate e seguem controversos 39, 57, 68, 94. A

maioria dos trabalhos publicados são retrospectivos, dificultando a comparação entre

os tipos de profilaxias utilizadas 46, 56, 94.

A profilaxia que vem sendo utilizada nos últimos anos, entretanto, é

historicamente extrapolada dos linfomas de alto grau, como LLA e linfoma de Burkitt,

cuja frequência de infiltração é maior (30-50%) e a localização é predominantemente

meningea39, 68. Diferente da clínica atual da isSNC no LDGCB.

A abordagem inicial com radioterapia total do crânio e da medula foram

progressivamente abandonada e substituídas pela QTIT (punção lombar ou com

dispositivos como o Ommaya) ou por drogas sistêmicas que atravessem a BHE 100.

As drogas citadas como benéficas na profilaxia para SNC são: citarabina (IT ou

sistêmica), metotrexate (IT ou sistêmica) e ifosfamida (sistêmica) 56. Atualemnte, a

citarabina em combinação com MTX estão presentes como profilaxia na maioria dos

protocolos de LLA e linfoma de Burkitt. Enquanto na profilaxia da isSNC no LDGCB,

o metotrexate isoladamente (IT ou sistêmica) parece ser droga mais frequentemente

utilizada e avaliada.

Um dos estudos que definiram o metotrexate como droga relevante para a

profilaxia do SNC foi o de Tilly e col., em 2003 101 (GELA LNH- 93-5). Este estudo

randomizou pacientes com linfomas agressivos para receberem CHOP-21dias ou

esquema intensivo com ACVBP (doxorrubicina, ciclofosfamida, doxorrubicina,

vindesina, bleomicina e predinisona). Pacientes do grupo CHOP-21 não receberam

Page 70: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

58

profilaxia para o SNC, enquanto os pacientes do grupo ACVBP receberam profilaxia

com quatro doses de QTIT (metotrexate 15mg) e duas doses de MTX-HD (3g/m2).

Demonstrou-se menor incidência de isSNC no grupo ACVBP quando comparado com

o grupo CHOP (2.7% vs 8%, respectivamente). No entanto, apesar de ter

demonstrado o benefício do MTX na isSNC, houve dificuldade em se interpretar qual

a via era mais efetiva, visto que o grupo com menor taxa de isSNC recebeu

concomitantemente QTIT com MTX e MTX-HD.

Outros autores sugeriram benefício isolado da QTIT 43, na era pré-rituximabe,

entretanto, este dado não foi confirmado pelo RICOVER-60 102. Estudo prospectivo,

com 1222 pacientes idosos (61- 80 anos), com linfomas de células B CD20+,

randomizados para CHOP (14 vs. 21 dias), oito vs. seis ciclos, com ou sem rituximabe.

Verificou-se que não houve diferença de isSNC entre os grupos com e sem QTIT, com

uma possível ressalva ao linfoma testicular 85, 102.

Frente aos resultados negativos da QTIT isolada em prevenir a isSNC, o MTX-

HD é sugerido como melhor escolha para profilaxia do SNC. Abramson e col., em

2010 46, em análise de 65 pacientes com LDGCB e alto risco para isSNC, demonstrou

que o MTX-HD (mediana de 3 ciclos) na dose de 3.5g/m2 (no dia 15 dos ciclos pares

do RCHOP-21 – C2, C4 e C6) estava associado a menor risco de isSNC. Para estes

autores a QTIT isolada deveria ser reservada apenas aos pacientes sem condição de

tolerar MTX-HD. A definição de iniciar a profilaxia a partir do 2o ciclo tem objetivo de

não atrasar o início do RCHOP.

Cheah e col. 56 em concordância com o estudo acima, também demonstraram

que o MTX-HD, dois ciclos (1-3 g/m2), duas a quatro semanas após o término do R

+/- CHOP ou CHOP-like, estava associado com menor incidência de isSNC, quando

comparado com a QTIT (12mg), a cada ciclo do R+/- CHOP.

Page 71: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

59

Ademais, Ferreri e col. 58 avaliaram retrospectivamente a isSNC em 200

pacientes com LDGCB tratados com RCHOP ou esquemas similares. Os pacientes

considerados de alto risco eram submetidos a QTIT (3-4 ciclos de citarabina

lipossomal) com ou sem MTX-HD (2-3 ciclos de 3g/m2, quatro semanas após o último

ciclo de RCHOP). A incidência de isSNC foi de 12% (9/74) para pacientes tratados

sem profilaxia ou com QTIT e 0% (0/33) para pacientes tratados com MTX-HD,

demonstrando neste cenário a superioridade do MTX-HD vs. QTIT.

Sabe-se que não existem um estudo clínico randomizado que comparem as

duas estratégias de profilaxia (QTIT vs. MTX-HD). A QTIT com metotrexate parece ter

benefício apenas para profilaxia meníngea, visto que apresenta baixa penetração

parenquimatosa. Já a profilaxia com MTX-HD sistêmico é capaz de atingir níveis

terapêuticos tanto no parênquima encefálico (metotrexate ≥1g/m2), quanto na

leptomeninge (metotrexate ≥3g/m2) 52, 53, 85, 103.

Uma recente revisão sistemática da literatura reforçou o dado da QTIT

isoladamente não ser capaz de prevenir a isSNC, na era pós-rituximabe, mas uso

combinado da modalidade intratecal e sistêmica não foi avaliado neste trabalho 83.

Permanece então, a discussão do benefício do uso combinado de MTX-HD e

QTIT, o qual defendido nos protocolos de Cheah e col. 56, Ferreri e col. 58 e Chin e col.

94 especialmente quando o MTX-HD é administrado apenas após o termino do

RCHOP, com objetivo de prevenir possíveis isSNC precoces 56, 58.

É valido ainda ressaltar a dicotomia na escolha do momento ideal para a

realização da profilaxia. Sabe-se que a isSNC é em geral um evento precoce na

evolução do LDGCB, o que enfatiza a lógica em se realizar concomitante ao RCHOP.

Contrapõem-se a este fato, tratar-se de um evento raro (isSNC), e a profilaxia com

MTX-HD aumentar a toxicidade de forma significativa – hematológicas e renais (esta

Page 72: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

60

ultima em ate 9% dos casos 104), resultando em atraso na sequencia do RCHOP, que

é a prioridade, uma vez que se trata de um esquema curativo, a maioria dos caso 94.

É importante salientar a necessidade de centros especializados para a

administração de MTX-HD (≥3g/m2), como o objetivo de prevenir toxicidades. As

medidas preconizadas são: controle de peso e diurese; alcalinização da urina (soro

fisiológico e bicarbonato intravenoso); administração de ácido folínico 24h após o

término do metotrexate. É importante ainda checar possíveis interações

medicamentosas, bem como a existência de derrames cavitários 56, 94. Alguns autores

ainda recomendam a pesquisa de polimorfismo do metil-tetrahidrofolato redutase

(MTHFR) 58.

Conforme as evidências dos estudos acima, bem como a predominância de

infiltração parenquimatosa na era pós-rituximabe, o MTX-HD sistêmico, concomitante

ou pós-RCHOP, parece ser o mais indicado, quando tolerado, para a profilaxia do

SNC 39, 45, 57.

Page 73: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

61

5. PROPOSTA PARA PROFILAXIA DA isSNC

Page 74: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

62

Abordagem dos linfomas difusos de grandes células B quanto ao risco de isSNC, bem como proposta de profilaxia A - MTX-HD 3.0-3.5g/m2 dois ciclos com intervalo de 15 ou 21 dias, realizado 2-4 semanas após o término dos 6 ciclos de RCHOP. B - Cuidados na administração de MTX-HD: centros especializados, alcalinização da urina, resgate com leucovorin 24h após o término do MTX-HD. Checar função renal e hepática, bem como ausência de derrames cavitários. C - Considerar comorbidades para administrar ou não MTX-HD.

Page 75: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

63

6. PERSPECTIVAS FUTURAS

Page 76: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

64

Nos últimos anos, verificou-se uma evolução no estudo das neoplasias

hematológicas e isto se deve ao melhor entendimento do genoma tumoral e das

técnicas de biologia molecular. O LDGCB e isSNC também estão incluídos neste

cenário. Novas perspectivas incluem: estratificação de risco, diagnóstico,

tratamento e avaliação de resposta 105.

A maioria destas novas tecnologias ainda não estão disponíveis em larga

escala, mas são importantes para o entendimento da doença e de futuros

desenhos de estudos / intervenções clínicas 105.

No âmbito da estratificação de risco, Schmitz e col., em 2018 77,

integraram a avaliação da COO (por gene expression profile) com mutações

genéticas recorrentes e, subestratificaram o LDGCB em quatro categorias, com

diferentes evoluções e resposta a imunoquimioterapia. São estas: EZB (mutação

no EZH2 e translocação de BCL2); BN2 (fusão de BCL6 e mutação de NOTCH2);

MCD (co-ocorrência de MYD88 e CD79b) e N1 (mutação de NOTCH2). EZB e

BN2 apresentaram melhores respostas (sobrevida global e sobrevida livre de

progressão), enquanto os subtipos MCD e N1 apresentaram os piores

desfechos. O subtipo MCD se apresenta clinicamente como LDGCB refratário

primário, com acometimento de múltiplos sítios extranodais, dentre estes o SNC.

MYD88 é notadamente reconhecido como marcador de LDPSNC e vem se

estudando seu papel na isSNC.

Em relação ao diagnóstico e acompanhamento dos pacientes, a biópsia

líquida, realizada através do sequenciamento gênico do DNA tumoral circulante

(ctDNA) por next generation sequencing (NGS) parece ser uma ferramenta

promissora. Trata-se de uma tecnologia pouco invasiva e com possibilidade de

múltiplas avaliações durante o tratamento (acompanhamento da resposta).

Page 77: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

65

Kurtz e col., em 2018 106 demonstraram que o ctDNA era detectado em

98% dos pacientes com LDGCB (sangue periférico) e descreveram que as

variações dos níveis de ctDNA após o 1o e 2o ciclo eram preditores de respostas,

independentes do IPI e PET-CT, sugerindo, portanto, o ctDNA como marcador

para terapêuticas de risco-adaptado.

Ademais, estudos preliminares demonstram que o ctDNA pode ser

identificado no líquor e no sangue de pacientes com LDPSNC, através do

sequenciamento do MYD88. A sensibilidade e especificidade foi 86% e os

autores sugerem esta como uma ferramenta diagnóstica e de seguimento 107.

Esta tecnologia que também poderia ser aplicada para estratificação de risco na

isSNC.

No que tange ao tratamento, em um estudo fase 1b de pacientes com

LDPSNC, o Ibrutinibe (inibidor da Bruton tirosino-quinase) associado ao MTX-

HD obteve resposta completa em 12/15 pacientes e deverá seguir para fases

subsequentes. Esta também pode ser considerada uma terapêutica passível de

ser explorada para a isSNC no LDGCB. É valido ressaltar que neste estudo

incluiu-se a análise do ctDNA no liquor. Àqueles pacientes que se mantiveram

sem doença detectada no liquor, por este método, também foram os que

atingiram melhores respostas 108.

Ainda em relação ao tratamento, novas drogas que aumentam a

permeabilidade da BHE aos quimioterápicos, incluindo rituximabe, vem sendo

exploradas. Ferreri e col. 74 avaliaram o Rituximabe + CHOP associado ao fator

de necrose tumoral-alfa ligado com NGR (anti-CD13) [NGR-hTNF] como

permeabilizador endotelial para BHE em pacientes LDPSNC refratário/

recidivados. Nos pacientes submetidos ao NGR-hTNF houve aumento de 45%

Page 78: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

66

da captação nas lesões do SNC através de SPECT, mas, não houve modificação

dos níveis séricos e liquóricos de rituximabe e doxorrubicina. 9/12 pacientes

atingiram resposta completa com esta estratégia, sendo valido ressaltar que se

tratava de um grupo previamente submetido a múltiplas linhas de tratamento.

Por fim, tem-se a engenharia genética com o Chimeric antigen receptor

targeting CD19 (CART-cells) que foi recentemente aprovada pelo FDA para

tratamento de LDGCB refratário e recidivado 109. Os pacientes isSNC foram

incialmente excluídos dos estudos pelo temor de neurotoxicidade. Frigault e col.,

em 2019 110, descreveram a atividade do CART em 8 pacientes, mesmo sem

doença sistêmica. Destes, 4 pacientes apresentaram resposta parcial ou

completa; 2 pacientes tiveram doença estável; 2 pacientes progrediram.

Neurotoxicidade grave não foi observada e os autores sugerem o CART como

sendo uma terapêutica factível para pacientes com isSNC.

Page 79: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

67

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Page 80: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

68

O LDGCB é o subtipo mais comum de LNH, e com o tratamento atual

(RCHOP), atinge-se uma sobrevida global de 70% em cinco anos. A despeito

dos excelentes resultados, a isSNC continua a ocorrer e está associada a

refratariedade ao tratamento e ao óbito na grande maioria dos casos. Apesar de

ser uma complicação rara, merece atenção pela relativa estabilidade na

incidência e por pior prognóstico.

Predizer qual paciente está sob risco de isSNC permanece um desafio

aos onco-hematologistas e tem sido tema de inúmeros trabalhos nos últimos

anos. Modelos de risco que utilizam variáveis clínicas, laboratoriais, e até mesmo

moleculares, ainda não são perfeitos e continuam a falhar.

Ademais, indicar profilaxia com MTX-HD, de forma irrestrita para

pacientes com LDGCB, além de incorreto é danoso aos pacientes. A isSNC é

um evento raro e, a profilaxia pode atrasar a sequência do RCHOP, que é

comprovadamente uma terapêutica curativa.

O CNS-IPI, modelo clínico-laboratorial internacionalmente proposto, é

valido e reproduzível, como demonstrado neste trabalho, em uma população fora

de estudos clínicos controlados. Isto garante a segurança da utilização na prática

clínica. Entretanto, são prioritários o entendimento e a individualização da

terapêutica.

Neste trabalho sugerimos um modelo para indicação de profilaxia para

isSNC, baseado no CNS-IPI. Incluímos ainda dados mais recentes da literatura,

tais como: número de sítios extranodais; sítios específicos (mama, útero,

testículo, rim e adrenal), bem como, COO por gene expression profile.

Sabe-se que o advento das novas técnicas como cDNA, bem como a

biologia molecular trazem novas perspectivas quanto a identificação,

Page 81: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

69

estratificação de risco e intervenção em pacientes de alto risco para isSNC, mas

ainda não estão disponíveis em larga escala, ficando reservado ao contexto dos

estudos clínicos.

Até o presente momento, modelos clínico-laboratoriais, como o CNS-IPI

devem nortear a prática clínica diária, especialmente após a validação loco-

regional, sendo esta a maior motivação para realização deste trabalho.

Estudos subsequentes ainda são necessários para que possamos

entender a correta sequência fisiopatológica para isSNC, bem como para

prevenção e tratamento deste evento, ainda catastrófico.

Page 82: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

70

8. REFERÊNCIAS

Page 83: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

71

1. Murchison C. Case of "Lymphadenoma". of the Lymphatic System, Liver, Lungs, Heart and Dura mater Tr. Path. Soc. London 1869; 31: 372-389.

2. Sparling HJ, Jr., Adams RD, Parker F, Jr. Involvement of the nervous system by

malignant lymphoma. Medicine (Baltimore) 1947; 26(3): 285-332. 3. H. R. Tumors of the Hematopoeitic System. Atlas of Tumor Pathology. Fascicle

8. Armed Forces Institute of Pathology 1966. 4. DeVita VT, Jr., Chu E. A history of cancer chemotherapy. Cancer Res 2008;

68(21): 8643-8653. doi: 10.1158/0008-5472.CAN-07-6611 5. Griffin JW, Thompson RW, Mitchinson MJ, De Kiewiet JC, Welland FH.

Lymphomatous leptomeningitis. Am J Med 1971; 51(2): 200-208. 6. Herman TS, Hammond N, Jones SE, Butler JJ, Byrne GE, Jr., McKelvey EM.

Involvement of the central nervous system by non-Hodgkin's lymphoma: the Southwest Oncology Group experience. Cancer 1979; 43(1): 390-397.

7. Bunn PA, Jr., Schein PS, Banks PM, DeVita VT, Jr. Central nervous system

complications in patients with diffuse histiocytic and undifferentiated lymphoma: leukemia revisited. Blood 1976; 47(1): 3-10.

8. Nies BA, Thomas LB, Freireich EJ. Meningeal Leukemia; a Follow-up Study.

Cancer 1965; 18: 546-553. 9. Lukes RJ, Collins RD. Immunologic characterization of human malignant

lymphomas. Cancer 1974; 34(4 Suppl): suppl:1488-1503. 10. Gerard-Marchant R. Classification of non-Hodgkin’s lymphomas. . Lancet 1974;

2: 406-408. 11. National Cancer Institute sponsored study of classifications of non-Hodgkin's

lymphomas: summary and description of a working formulation for clinical usage. The Non-Hodgkin's Lymphoma Pathologic Classification Project. Cancer 1982; 49(10): 2112-2135.

12. Fisher RI, DeVita VT, Jr., Johnson BL, Simon R, Young RC. Prognostic factors for

advanced diffuse histiocytic lymphoma following treatment with combination chemotherapy. Am J Med 1977; 63(2): 177-182.

13. DeVita VT, Jr., Canellos GP, Chabner B, Schein P, Hubbard SP, Young RC.

Advanced diffuse histiocytic lymphoma, a potentially curable disease. Lancet 1975; 1(7901): 248-250.

14. Schein PS, DeVita VT, Jr., Hubbard S, Chabner BA, Canellos GP, Berard C et al.

Bleomycin, adriamycin, cyclophosphamide, vincristine, and prednisone

Page 84: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

72

(BACOP) combination chemotherapy in the treatment of advanced diffuse histiocytic lymphoma. Ann Intern Med 1976; 85(4): 417-422.

15. Gaynor ER, Ultmann JE, Golomb HM, Sweet DL. Treatment of diffuse histiocytic

lymphoma (DHL) with COMLA (cyclophosphamide, oncovin, methotrexate, leucovorin, cytosine arabinoside): a 10-year experience in a single institution. J Clin Oncol 1985; 3(12): 1596-1604. doi: 10.1200/JCO.1985.3.12.1596

16. Whiteside JA, Philips FS, Dargeon HW, Burchenal JH. Intrathecal amethopterin

in neurological manifestations of leukemia. AMA Arch Intern Med 1958; 101(2): 279-285.

17. Frei E, 3rd, Karon M, Levin RH, Freireich EJ, Taylor RJ, Hananian J et al. The

effectiveness of combinations of antileukemic agents in inducing and maintaining remission in children with acute leukemia. Blood 1965; 26(5): 642-656.

18. Ziegler JL, Morrow RH, Jr., Fass L, Kyalwazi SK, Carbone PP. Treatment of

Burkitt's tumor with cyclophosphamide. Cancer 1970; 26(2): 474-484. 19. Komp DM, Fernandez CH, Falletta JM, Ragab AH, Humphrey GB, Pullen J et al.

CNS prophylaxis in acute lymphoblastic leukemia: comparison of two methods a Southwest Oncology Group study. Cancer 1982; 50(6): 1031-1036.

20. Harris NL, Jaffe ES, Stein H, Banks PM, Chan JK, Cleary ML et al. A revised

European-American classification of lymphoid neoplasms: a proposal from the International Lymphoma Study Group. Blood 1994; 84(5): 1361-1392.

21. Swerdlow SH CE, Harris NL, et al. WHO Classification of Tumours of

Haematopoietic and Lymphoid Tissues. Lyon, France: IARC Press 2008. 22. Swerdlow SH, Campo E, Pileri SA, Harris NL, Stein H, Siebert R et al. The 2016

revision of the World Health Organization classification of lymphoid neoplasms. Blood 2016; 127(20): 2375-2390. doi: 10.1182/blood-2016-01-643569

23. Coiffier B, Haioun C, Ketterer N, Engert A, Tilly H, Ma D et al. Rituximab (anti-

CD20 monoclonal antibody) for the treatment of patients with relapsing or refractory aggressive lymphoma: a multicenter phase II study. Blood 1998; 92(6): 1927-1932.

24. Coiffier B, Lepage E, Briere J, Herbrecht R, Tilly H, Bouabdallah R et al. CHOP

chemotherapy plus rituximab compared with CHOP alone in elderly patients with diffuse large-B-cell lymphoma. N Engl J Med 2002; 346(4): 235-242. doi: 10.1056/NEJMoa011795

25. Ziepert M, Hasenclever D, Kuhnt E, Glass B, Schmitz N, Pfreundschuh M et al.

Standard International prognostic index remains a valid predictor of outcome

Page 85: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

73

for patients with aggressive CD20+ B-cell lymphoma in the rituximab era. J Clin Oncol 2010; 28(14): 2373-2380. doi: 10.1200/JCO.2009.26.2493

26. Ruan J, Martin P, Furman RR, Lee SM, Cheung K, Vose JM et al. Bortezomib plus

CHOP-rituximab for previously untreated diffuse large B-cell lymphoma and mantle cell lymphoma. J Clin Oncol 2011; 29(6): 690-697. doi: 10.1200/JCO.2010.31.1142

27. Vitolo U, Chiappella A, Franceschetti S, Carella AM, Baldi I, Inghirami G et al.

Lenalidomide plus R-CHOP21 in elderly patients with untreated diffuse large B-cell lymphoma: results of the REAL07 open-label, multicentre, phase 2 trial. Lancet Oncol 2014; 15(7): 730-737. doi: 10.1016/S1470-2045(14)70191-3

28. Nowakowski GS, LaPlant B, Macon WR, Reeder CB, Foran JM, Nelson GD et al.

Lenalidomide combined with R-CHOP overcomes negative prognostic impact of non-germinal center B-cell phenotype in newly diagnosed diffuse large B-Cell lymphoma: a phase II study. J Clin Oncol 2015; 33(3): 251-257. doi: 10.1200/JCO.2014.55.5714

29. Younes A FI, Berdeja JG, et al. Phase Ib study combining ibrutinib with

rituximab, cyclophosphamide, doxorubicin, vincristine, and prednisone (R-CHOP) in patients with CD20-positive B-cell non-Hodgkin lymphoma (NHL). J Clin Oncol 2013; 31(suppl; abstr 8502).

30. Zelenetz AD, Salles, G. A., Mason, K. D., Casulo, C., Le Gouill, S., Sehn, L. H., Tilly,

H., Cartron, G., Chamuleau, M. E., Goy, A., Tam, C. S., Lugtenburg, P. J., Elstrom, R., Farazi, T., Liu, J., Szafer-Glusman, E., Mobasher, M., & Morschhauser, F. Results of a Phase Ib Study of Venetoclax Plus R- or G-CHOP in Patients with B-Cell Non-Hodgkin Lymphoma. Blood 2016; 128(22): 3032.

31. Vitolo U, Trneny M, Belada D, Burke JM, Carella AM, Chua N et al.

Obinutuzumab or Rituximab Plus Cyclophosphamide, Doxorubicin, Vincristine, and Prednisone in Previously Untreated Diffuse Large B-Cell Lymphoma. J Clin Oncol 2017; 35(31): 3529-3537. doi: 10.1200/JCO.2017.73.3402

32. Palanca-Wessels MC, Czuczman M, Salles G, Assouline S, Sehn LH, Flinn I et al.

Safety and activity of the anti-CD79B antibody-drug conjugate polatuzumab vedotin in relapsed or refractory B-cell non-Hodgkin lymphoma and chronic lymphocytic leukaemia: a phase 1 study. Lancet Oncol 2015; 16(6): 704-715. doi: 10.1016/S1470-2045(15)70128-2

33. Scott DW, Mottok A, Ennishi D, Wright GW, Farinha P, Ben-Neriah S et al.

Prognostic Significance of Diffuse Large B-Cell Lymphoma Cell of Origin Determined by Digital Gene Expression in Formalin-Fixed Paraffin-Embedded Tissue Biopsies. J Clin Oncol 2015; 33(26): 2848-2856. doi: 10.1200/JCO.2014.60.2383

Page 86: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

74

34. Lenz G, Wright G, Dave SS, Xiao W, Powell J, Zhao H et al. Stromal gene signatures in large-B-cell lymphomas. N Engl J Med 2008; 359(22): 2313-2323. doi: 10.1056/NEJMoa0802885

35. Hans CP, Weisenburger DD, Greiner TC, Gascoyne RD, Delabie J, Ott G et al.

Confirmation of the molecular classification of diffuse large B-cell lymphoma by immunohistochemistry using a tissue microarray. Blood 2004; 103(1): 275-282. doi: 10.1182/blood-2003-05-1545

36. Gualco G, Weiss LM, Barber GN, Bacchi CE. Diffuse large B-cell lymphoma

involving the central nervous system. Int J Surg Pathol 2011; 19(1): 44-50. doi: 10.1177/1066896910386476

37. Hollender A, Kvaloy S, Nome O, Skovlund E, Lote K, Holte H. Central nervous

system involvement following diagnosis of non-Hodgkin's lymphoma: a risk model. Ann Oncol 2002; 13(7): 1099-1107.

38. Kim SJ, Oh SY, Kim JS, Kim H, Lee GW, Won JH et al. Secondary central nervous

system (CNS) involvement in patients with diffuse large B-cell lymphoma: a therapeutic dilemma. Ann Hematol 2011; 90(5): 539-546. doi: 10.1007/s00277-010-1104-0

39. Deng L, Song Y, Zhu J, Zheng W, Wang X, Xie Y et al. Secondary central nervous

system involvement in 599 patients with diffuse large B-cell lymphoma: are there any changes in the rituximab era? Int J Hematol 2013; 98(6): 664-671. doi: 10.1007/s12185-013-1458-x

40. Bierman P, Giglio P. Diagnosis and treatment of central nervous system

involvement in non-Hodgkin's lymphoma. Hematol Oncol Clin North Am 2005; 19(4): 597-609, v. doi: 10.1016/j.hoc.2005.05.003

41. Hegde U, Filie A, Little RF, Janik JE, Grant N, Steinberg SM et al. High incidence

of occult leptomeningeal disease detected by flow cytometry in newly diagnosed aggressive B-cell lymphomas at risk for central nervous system involvement: the role of flow cytometry versus cytology. Blood 2005; 105(2): 496-502. doi: 10.1182/blood-2004-05-1982

42. Feugier P, Virion JM, Tilly H, Haioun C, Marit G, Macro M et al. Incidence and

risk factors for central nervous system occurrence in elderly patients with diffuse large-B-cell lymphoma: influence of rituximab. Ann Oncol 2004; 15(1): 129-133.

43. Arkenau HT, Chong G, Cunningham D, Watkins D, Agarwal R, Sirohi B et al. The

role of intrathecal chemotherapy prophylaxis in patients with diffuse large B-cell lymphoma. Ann Oncol 2007; 18(3): 541-545. doi: 10.1093/annonc/mdl434

Page 87: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

75

44. Shimazu Y, Notohara K, Ueda Y. Diffuse large B-cell lymphoma with central nervous system relapse: prognosis and risk factors according to retrospective analysis from a single-center experience. Int J Hematol 2009; 89(5): 577-583. doi: 10.1007/s12185-009-0289-2

45. Villa D, Connors JM, Shenkier TN, Gascoyne RD, Sehn LH, Savage KJ. Incidence

and risk factors for central nervous system relapse in patients with diffuse large B-cell lymphoma: the impact of the addition of rituximab to CHOP chemotherapy. Ann Oncol 2010; 21(5): 1046-1052. doi: 10.1093/annonc/mdp432

46. Abramson JS, Hellmann M, Barnes JA, Hammerman P, Toomey C, Takvorian T et

al. Intravenous methotrexate as central nervous system (CNS) prophylaxis is associated with a low risk of CNS recurrence in high-risk patients with diffuse large B-cell lymphoma. Cancer 2010; 116(18): 4283-4290. doi: 10.1002/cncr.25278

47. Yamamoto W, Tomita N, Watanabe R, Hattori Y, Nakajima Y, Hyo R et al.

Central nervous system involvement in diffuse large B-cell lymphoma. Eur J Haematol 2010; 85(1): 6-10. doi: 10.1111/j.1600-0609.2010.01438.x

48. Chihara D, Oki Y, Matsuo K, Onoda H, Taji H, Yamamoto K et al. Incidence and

risk factors for central nervous system relapse in patients with diffuse large B-cell lymphoma: analyses with competing risk regression model. Leuk Lymphoma 2011; 52(12): 2270-2275. doi: 10.3109/10428194.2011.596966

49. Tai WM, Chung J, Tang PL, Koo YX, Hou X, Tay KW et al. Central nervous system

(CNS) relapse in diffuse large B cell lymphoma (DLBCL): pre- and post-rituximab. Ann Hematol 2011; 90(7): 809-818. doi: 10.1007/s00277-010-1150-7

50. Cao B, Zhou X, Ji D, Cao J, Guo Y, Zhang Q et al. Central nervous system

involvement in adult patients with diffuse large B-cell lymphoma: Influence of rituximab. Oncol Lett 2012; 4(3): 541-545. doi: 10.3892/ol.2012.755

51. Tomita N, Yokoyama M, Yamamoto W, Watanabe R, Shimazu Y, Masaki Y et al.

Central nervous system event in patients with diffuse large B-cell lymphoma in the rituximab era. Cancer Sci 2012; 103(2): 245-251. doi: 10.1111/j.1349-7006.2011.02139.x

52. Kumar A, Vanderplas A, LaCasce AS, Rodriguez MA, Crosby AL, Lepisto E et al.

Lack of benefit of central nervous system prophylaxis for diffuse large B-cell lymphoma in the rituximab era: findings from a large national database. Cancer 2012; 118(11): 2944-2951. doi: 10.1002/cncr.26588

53. Guirguis HR, Cheung MC, Mahrous M, Piliotis E, Berinstein N, Imrie KR et al.

Impact of central nervous system (CNS) prophylaxis on the incidence and risk factors for CNS relapse in patients with diffuse large B-cell lymphoma treated in

Page 88: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

76

the rituximab era: a single centre experience and review of the literature. Br J Haematol 2012; 159(1): 39-49. doi: 10.1111/j.1365-2141.2012.09247.x

54. da Rocha TM, Sergio Costa F, Pinto MS, da Silva IC, Paes RP, Chiattone CS.

Secondary infiltration of the central nervous system in patients with diffuse large B-cell lymphoma. Rev Bras Hematol Hemoter 2013; 35(4): 256-262. doi: 10.5581/1516-8484.20130094

55. Aviles A, Jesus Nambo M, Neri N. Central nervous system prophylaxis in

patients with aggressive diffuse large B cell lymphoma: an analysis of 3,258 patients in a single center. Med Oncol 2013; 30(2): 520. doi: 10.1007/s12032-013-0520-0

56. Cheah CY, Herbert KE, O'Rourke K, Kennedy GA, George A, Fedele PL et al. A

multicentre retrospective comparison of central nervous system prophylaxis strategies among patients with high-risk diffuse large B-cell lymphoma. Br J Cancer 2014; 111(6): 1072-1079. doi: 10.1038/bjc.2014.405

57. Tomita N, Takasaki H, Ishiyama Y, Kishimoto K, Ishibashi D, Koyama S et al.

Intrathecal methotrexate prophylaxis and central nervous system relapse in patients with diffuse large B-cell lymphoma following rituximab plus cyclophosphamide, doxorubicin, vincristine and prednisone. Leuk Lymphoma 2015; 56(3): 725-729. doi: 10.3109/10428194.2014.931953

58. Ferreri AJ, Bruno-Ventre M, Donadoni G, Ponzoni M, Citterio G, Foppoli M et al.

Risk-tailored CNS prophylaxis in a mono-institutional series of 200 patients with diffuse large B-cell lymphoma treated in the rituximab era. Br J Haematol 2015; 168(5): 654-662. doi: 10.1111/bjh.13194

59. Schmitz N, Zeynalova S, Nickelsen M, Kansara R, Villa D, Sehn LH et al. CNS

International Prognostic Index: A Risk Model for CNS Relapse in Patients With Diffuse Large B-Cell Lymphoma Treated With R-CHOP. J Clin Oncol 2016; 34(26): 3150-3156. doi: 10.1200/JCO.2015.65.6520

60. Savage KJ, Slack GW, Mottok A, Sehn LH, Villa D, Kansara R et al. Impact of dual

expression of MYC and BCL2 by immunohistochemistry on the risk of CNS relapse in DLBCL. Blood 2016; 127(18): 2182-2188. doi: 10.1182/blood-2015-10-676700

61. Klanova M, Sehn LH, Bence-Bruckler I, Cavallo F, Jin J, Martelli M et al.

Integration of cell of origin into the clinical CNS International Prognostic Index improves CNS relapse prediction in DLBCL. Blood 2019; 133(9): 919-926. doi: 10.1182/blood-2018-07-862862

62. Gisselbrecht C, Glass B, Mounier N, Singh Gill D, Linch DC, Trneny M et al.

Salvage regimens with autologous transplantation for relapsed large B-cell

Page 89: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

77

lymphoma in the rituximab era. J Clin Oncol 2010; 28(27): 4184-4190. doi: 10.1200/JCO.2010.28.1618

63. Ghose A, Elias HK, Guha G, Yellu M, Kundu R, Latif T. Influence of Rituximab on

Central Nervous System Relapse in Diffuse Large B-Cell Lymphoma and Role of Prophylaxis--A Systematic Review of Prospective Studies. Clin Lymphoma Myeloma Leuk 2015; 15(8): 451-457. doi: 10.1016/j.clml.2015.02.026

64. Bernstein SH, Unger JM, Leblanc M, Friedberg J, Miller TP, Fisher RI. Natural

history of CNS relapse in patients with aggressive non-Hodgkin's lymphoma: a 20-year follow-up analysis of SWOG 8516 -- the Southwest Oncology Group. J Clin Oncol 2009; 27(1): 114-119. doi: 10.1200/JCO.2008.16.8021

65. Rubenstein JL, Gupta NK, Mannis GN, Lamarre AK, Treseler P. How I treat CNS

lymphomas. Blood 2013; 122(14): 2318-2330. doi: 10.1182/blood-2013-06-453084

66. Cingolani A, Gastaldi R, Fassone L, Pierconti F, Giancola ML, Martini M et al.

Epstein-Barr virus infection is predictive of CNS involvement in systemic AIDS-related non-Hodgkin's lymphomas. J Clin Oncol 2000; 18(19): 3325-3330. doi: 10.1200/JCO.2000.18.19.3325

67. Ferreri AJ, Assanelli A, Crocchiolo R, Ciceri F. Central nervous system

dissemination in immunocompetent patients with aggressive lymphomas: incidence, risk factors and therapeutic options. Hematol Oncol 2009; 27(2): 61-70. doi: 10.1002/hon.881

68. Qualls D, Abramson JS. Advances in risk assessment and prophylaxis for central

nervous system relapse in diffuse large B-cell lymphoma. Haematologica 2019; 104(1): 25-34. doi: 10.3324/haematol.2018.195834

69. Siegal T, Goldschmidt N. CNS prophylaxis in diffuse large B-cell lymphoma: if,

when, how and for whom? Blood Rev 2012; 26(3): 97-106. doi: 10.1016/j.blre.2011.12.001

70. Boehme V, Zeynalova S, Kloess M, Loeffler M, Kaiser U, Pfreundschuh M et al.

Incidence and risk factors of central nervous system recurrence in aggressive lymphoma--a survey of 1693 patients treated in protocols of the German High-Grade Non-Hodgkin's Lymphoma Study Group (DSHNHL). Ann Oncol 2007; 18(1): 149-157. doi: 10.1093/annonc/mdl327

71. McCann KJ, Ashton-Key M, Smith K, Stevenson FK, Ottensmeier CH. Primary

central nervous system lymphoma: tumor-related clones exist in the blood and bone marrow with evidence for separate development. Blood 2009; 113(19): 4677-4680. doi: 10.1182/blood-2008-09-179366

Page 90: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

78

72. Batchelor TT, Grossman SA, Mikkelsen T, Ye X, Desideri S, Lesser GJ. Rituximab monotherapy for patients with recurrent primary CNS lymphoma. Neurology 2011; 76(10): 929-930. doi: 10.1212/WNL.0b013e31820f2d94

73. Maza S, Kiewe P, Munz DL, Korfel A, Hamm B, Jahnke K et al. First report on a

prospective trial with yttrium-90-labeled ibritumomab tiuxetan (Zevalin) in primary CNS lymphoma. Neuro Oncol 2009; 11(4): 423-429. doi: 10.1215/15228517-2008-108

74. Ferreri AJM, Calimeri T, Conte GM, Cattaneo D, Fallanca F, Ponzoni M et al. R-

CHOP preceded by blood-brain barrier permeabilization with engineered tumor necrosis factor-alpha in primary CNS lymphoma. Blood 2019; 134(3): 252-262. doi: 10.1182/blood.2019000633

75. Doolittle NK, DF; Lacy, C; Tyson, RM; Neuwelt, EA. Enhanced Delivery of

Rituximab In Combination with Methotrexate-Based Blood-Brain Barrier Disruption for Patients with Newly Diagnosed Primary CNS Lymphoma. Blood 2010; 116: 2792.

76. Cox MC, Di Napoli A, Scarpino S, Salerno G, Tatarelli C, Talerico C et al.

Clinicopathologic characterization of diffuse-large-B-cell lymphoma with an associated serum monoclonal IgM component. PLoS One 2014; 9(4): e93903. doi: 10.1371/journal.pone.0093903

77. Schmitz R, Wright GW, Huang DW, Johnson CA, Phelan JD, Wang JQ et al.

Genetics and Pathogenesis of Diffuse Large B-Cell Lymphoma. N Engl J Med 2018; 378(15): 1396-1407. doi: 10.1056/NEJMoa1801445

78. Brunn A, Montesinos-Rongen M, Strack A, Reifenberger G, Mawrin C, Schaller C

et al. Expression pattern and cellular sources of chemokines in primary central nervous system lymphoma. Acta Neuropathol 2007; 114(3): 271-276. doi: 10.1007/s00401-007-0258-x

79. Venetz D, Ponzoni M, Schiraldi M, Ferreri AJ, Bertoni F, Doglioni C et al.

Perivascular expression of CXCL9 and CXCL12 in primary central nervous system lymphoma: T-cell infiltration and positioning of malignant B cells. Int J Cancer 2010; 127(10): 2300-2312. doi: 10.1002/ijc.25236

80. Lemma SA, Pasanen AK, Haapasaari KM, Sippola A, Sormunen R, Soini Y et al.

Similar chemokine receptor profiles in lymphomas with central nervous system involvement - possible biomarkers for patient selection for central nervous system prophylaxis, a retrospective study. Eur J Haematol 2016; 96(5): 492-501. doi: 10.1111/ejh.12626

81. Lemma SA, Kuusisto M, Haapasaari KM, Sormunen R, Lehtinen T, Klaavuniemi T

et al. Integrin alpha 10, CD44, PTEN, cadherin-11 and lactoferrin expressions are potential biomarkers for selecting patients in need of central nervous

Page 91: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

79

system prophylaxis in diffuse large B-cell lymphoma. Carcinogenesis 2017; 38(8): 812-820. doi: 10.1093/carcin/bgx061

82. Rubenstein JL, Combs D, Rosenberg J, Levy A, McDermott M, Damon L et al.

Rituximab therapy for CNS lymphomas: targeting the leptomeningeal compartment. Blood 2003; 101(2): 466-468. doi: 10.1182/blood-2002-06-1636

83. Eyre TA, Djebbari F, Kirkwood AA, Collins GP. A systematic review of the

efficacy of CNS prophylaxis with stand-alone intrathecal chemotherapy in diffuse large B cell lymphoma patients treated with anthracycline-based chemotherapy in the rituximab era. Haematologica 2019. doi: 10.3324/haematol.2019.229948

84. Zhang J, Chen B, Xu X. Impact of rituximab on incidence of and risk factors for

central nervous system relapse in patients with diffuse large B-cell lymphoma: a systematic review and meta-analysis. Leuk Lymphoma 2014; 55(3): 509-514. doi: 10.3109/10428194.2013.811239

85. Boehme V, Schmitz N, Zeynalova S, Loeffler M, Pfreundschuh M. CNS events in

elderly patients with aggressive lymphoma treated with modern chemotherapy (CHOP-14) with or without rituximab: an analysis of patients treated in the RICOVER-60 trial of the German High-Grade Non-Hodgkin Lymphoma Study Group (DSHNHL). Blood 2009; 113(17): 3896-3902. doi: 10.1182/blood-2008-10-182253

86. Qin Y, Bao A, Li H, Wang X, Zhang G, Zhu J. Application value of CT and MRI in

diagnosis of primary brain lymphoma. Oncol Lett 2018; 15(6): 8500-8504. doi: 10.3892/ol.2018.8404

87. Haldorsen IS, Espeland A, Larsson EM. Central nervous system lymphoma:

characteristic findings on traditional and advanced imaging. AJNR Am J Neuroradiol 2011; 32(6): 984-992. doi: 10.3174/ajnr.A2171

88. Malikova H, Burghardtova M, Koubska E, Mandys V, Kozak T, Weichet J.

Secondary central nervous system lymphoma: spectrum of morphological MRI appearances. Neuropsychiatr Dis Treat 2018; 14: 733-740. doi: 10.2147/NDT.S157959

89. Senocak E, Oguz KK, Ozgen B, Mut M, Ayhan S, Berker M et al. Parenchymal

lymphoma of the brain on initial MR imaging: a comparative study between primary and secondary brain lymphoma. Eur J Radiol 2011; 79(2): 288-294. doi: 10.1016/j.ejrad.2010.01.017

90. Quijano S, Lopez A, Manuel Sancho J, Panizo C, Deben G, Castilla C et al.

Identification of leptomeningeal disease in aggressive B-cell non-Hodgkin's lymphoma: improved sensitivity of flow cytometry. J Clin Oncol 2009; 27(9): 1462-1469. doi: 10.1200/JCO.2008.17.7089

Page 92: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

80

91. International Non-Hodgkin's Lymphoma Prognostic Factors P. A predictive

model for aggressive non-Hodgkin's lymphoma. N Engl J Med 1993; 329(14): 987-994. doi: 10.1056/NEJM199309303291402

92. Hosein PJ, Maragulia JC, Salzberg MP, Press OW, Habermann TM, Vose JM et al.

A multicentre study of primary breast diffuse large B-cell lymphoma in the rituximab era. Br J Haematol 2014; 165(3): 358-363. doi: 10.1111/bjh.12753

93. El-Galaly TC, Cheah CY, Hutchings M, Mikhaeel NG, Savage KJ, Sehn LH et al.

Uterine, but not ovarian, female reproductive organ involvement at presentation by diffuse large B-cell lymphoma is associated with poor outcomes and a high frequency of secondary CNS involvement. Br J Haematol 2016; 175(5): 876-883. doi: 10.1111/bjh.14325

94. Chin CK, Cheah CY. How I treat patients with aggressive lymphoma at high risk

of CNS relapse. Blood 2017; 130(7): 867-874. doi: 10.1182/blood-2017-03-737460

95. Kridel R, Telio D, Villa D, Sehn LH, Gerrie AS, Shenkier T et al. Diffuse large B-cell

lymphoma with testicular involvement: outcome and risk of CNS relapse in the rituximab era. Br J Haematol 2017; 176(2): 210-221. doi: 10.1111/bjh.14392

96. Zucca E, Conconi A, Mughal TI, Sarris AH, Seymour JF, Vitolo U et al. Patterns of

outcome and prognostic factors in primary large-cell lymphoma of the testis in a survey by the International Extranodal Lymphoma Study Group. J Clin Oncol 2003; 21(1): 20-27. doi: 10.1200/JCO.2003.11.141

97. Chapuy B, Roemer MG, Stewart C, Tan Y, Abo RP, Zhang L et al. Targetable

genetic features of primary testicular and primary central nervous system lymphomas. Blood 2016; 127(7): 869-881. doi: 10.1182/blood-2015-10-673236

98. Deng L, Xu-Monette ZY, Loghavi S, Manyam GC, Xia Y, Visco C et al. Primary

testicular diffuse large B-cell lymphoma displays distinct clinical and biological features for treatment failure in rituximab era: a report from the International PTL Consortium. Leukemia 2016; 30(2): 361-372. doi: 10.1038/leu.2015.237

99. El-Galaly TC, Villa D, Michaelsen TY, Hutchings M, Mikhaeel NG, Savage KJ et al.

The number of extranodal sites assessed by PET/CT scan is a powerful predictor of CNS relapse for patients with diffuse large B-cell lymphoma: An international multicenter study of 1532 patients treated with chemoimmunotherapy. Eur J Cancer 2017; 75: 195-203. doi: 10.1016/j.ejca.2016.12.029

100. McMillan A, Ardeshna KM, Cwynarski K, Lyttelton M, McKay P, Montoto S et al.

Guideline on the prevention of secondary central nervous system lymphoma: British Committee for Standards in Haematology. Br J Haematol 2013; 163(2): 168-181. doi: 10.1111/bjh.12509

Page 93: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

81

101. Tilly H, Lepage E, Coiffier B, Blanc M, Herbrecht R, Bosly A et al. Intensive

conventional chemotherapy (ACVBP regimen) compared with standard CHOP for poor-prognosis aggressive non-Hodgkin lymphoma. Blood 2003; 102(13): 4284-4289. doi: 10.1182/blood-2003-02-0542

102. Pfreundschuh M, Schubert J, Ziepert M, Schmits R, Mohren M, Lengfelder E et

al. Six versus eight cycles of bi-weekly CHOP-14 with or without rituximab in elderly patients with aggressive CD20+ B-cell lymphomas: a randomised controlled trial (RICOVER-60). Lancet Oncol 2008; 9(2): 105-116. doi: 10.1016/S1470-2045(08)70002-0

103. DeAngelis LM, Yahalom J, Thaler HT, Kher U. Combined modality therapy for

primary CNS lymphoma. J Clin Oncol 1992; 10(4): 635-643. doi: 10.1200/JCO.1992.10.4.635

104. May J, Carson KR, Butler S, Liu W, Bartlett NL, Wagner-Johnston ND. High

incidence of methotrexate associated renal toxicity in patients with lymphoma: a retrospective analysis. Leuk Lymphoma 2014; 55(6): 1345-1349. doi: 10.3109/10428194.2013.840780

105. He J, Abdel-Wahab O, Nahas MK, Wang K, Rampal RK, Intlekofer AM et al.

Integrated genomic DNA/RNA profiling of hematologic malignancies in the clinical setting. Blood 2016; 127(24): 3004-3014. doi: 10.1182/blood-2015-08-664649

106. Kurtz DM, Scherer F, Jin MC, Soo J, Craig AFM, Esfahani MS et al. Circulating

Tumor DNA Measurements As Early Outcome Predictors in Diffuse Large B-Cell Lymphoma. J Clin Oncol 2018; 36(28): 2845-2853. doi: 10.1200/JCO.2018.78.5246

107. Rimelen V, Ahle G, Pencreach E, Zinniger N, Debliquis A, Zalmai L et al. Tumor

cell-free DNA detection in CSF for primary CNS lymphoma diagnosis. Acta Neuropathol Commun 2019; 7(1): 43. doi: 10.1186/s40478-019-0692-8

108. Grommes C, Tang SS, Wolfe J, Kaley TJ, Daras M, Pentsova EI et al. Phase 1b

trial of an ibrutinib-based combination therapy in recurrent/refractory CNS lymphoma. Blood 2019; 133(5): 436-445. doi: 10.1182/blood-2018-09-875732

109. Schuster SJ, Bishop MR, Tam CS, Waller EK, Borchmann P, McGuirk JP et al.

Tisagenlecleucel in Adult Relapsed or Refractory Diffuse Large B-Cell Lymphoma. N Engl J Med 2019; 380(1): 45-56. doi: 10.1056/NEJMoa1804980

110. Frigault MJ, Dietrich J, Martinez-Lage M, Leick M, Choi BD, DeFilipp Z et al.

Tisagenlecleucel CAR T-cell therapy in secondary CNS lymphoma. Blood 2019; 134(11): 860-866. doi: 10.1182/blood.2019001694

Page 94: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

82

9. RESUMO

Page 95: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

83

O linfoma difuso de grandes células B (LDGCB) é o subtipo mais comum dos

linfomas não-Hodgkin, correspondendo a 25-35% dos casos. Sabe-se infiltração

secundária do sistema nervoso central (isSNC) neste subtipo é rara, entretanto,

está associado à agressividade da doença, à refratariedade ao tratamento e ao

óbito, na maioria dos casos. A despeito do grande avanço no tratamento deste

subtipo de linfoma, a isSNC continua a ocorrer e está associada ao óbito na

grande maioria dos casos. Predizer qual paciente está sob risco de isSNC

permanece um desafio aos onco-hematologistas e tem sido tema de inúmeros

trabalhos nos últimos anos. O CNS-IPI, modelo clínico-laboratorial

internacionalmente proposto, é valido e reproduzível, como demonstrado neste

trabalho, em uma população fora de estudos clínicos controlados, garantindo a

segurança da utilização na prática clínica. Entretanto, são prioritários o

entendimento e a individualização da terapêutica. Sugerimos um modelo para

indicação de profilaxia para isSNC, baseado no CNS-IPI. Incluímos ainda dados

mais recentes da literatura, tais como: número de sítios extranodais; sítios

específicos (mama, útero, testículo, rim e adrenal), bem como, COO por gene

expression profile e o MTX-HD parece ser a metodologia mais adequado. O

advento das novas técnicas como cDNA, bem como a biologia molecular trazem

novas perspectivas quanto a identificação, estratificação de risco e intervenção

em pacientes de alto risco para isSNC, mas ainda não estão disponíveis em

larga escala, ficando reservado ao contexto dos estudos clínicos. Até o

momento, modelos clínico-laboratoriais, como o CNS-IPI devem nortear a prática

clínica diária, especialmente após a validação loco-regional.

Page 96: THAIS RODRIGUES DA CUNHA FISCHERfcmsantacasasp.edu.br/wp-content/uploads/2019/12/2019...linfoproliferativas. Descreve-se o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), como se conhece

84