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© Mussacchio Laniello 29 MAIO ‘21 DANÇA sáb 21h00 Sala de espetáculos THE SHOW MUST GO ON JÉRÔME BEL ESTREIA

THE SHOW MUST

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29MAIO‘21

DANÇA

sáb 21h00

Sala de espetáculos

THE SHOW MUST GO ONJÉRÔME BEL

ESTREIA

Page 2: THE SHOW MUST

“The show must go on” é o título de uma canção dos Queen e também o nome de um dos mais importantes trabalhos do coreógrafo francês Jérôme Bel. Uma peça que junta afeto e conceito, subconsciente coletivo e demonstração de singularidade através da presença em palco de 20 intérpretes, 19 canções e um DJ. O espetáculo é feito de canções, corpos em movimento e declarações, quase como se de um karaoke coreográfico se tratasse. Os intérpretes fazem exatamente o que lhes é dito nas letras das canções, alterando a relação entre o que vemos e o que ouvimos, o que esperamos e o que acontece, o que sentimos e o que percebemos.

Vinte anos depois da sua estreia, continua a ser nesta duplicação de significados que se encaixa o nome desta peça: “O espetáculo tem de continuar”.

“Nunca o público de uma estreia tinha estado tão ativo como em “The show must go on”, de Jérôme Bel. Risos, aplausos, canções entoadas em coro. E uma panóplia de comentários: desde o entusiasmo aos palavrões mais obscenos. O coreógrafo francês, conhecido pelas suas encenações provocadoras, não errou nos seus cálculos. Não foram os atores que, como é costume, interpretaram um papel para o público. Desta vez, os espectadores assumiram eles mesmos os papéis e nem sempre se saíram bem. “Esta é da província”, brincou um provinciano hanseático. Uma senhora mais subtil diagnosticou: “Agonia da espera”. Relevante para todos aqueles que, no teatro, nada esperam para além de teatro.”

in Hamburger Abendblatt, outubro de 2000

É um jogo mental cativante que coloca Johannes Sundrup em palco como disc- -jockey e 18 performers como seus peões no que é, essencialmente, uma dança divertida a partir da coleção de discos de Bel. O que salva o espetáculo da banalidade é o sentido de humor cerebral de Bel, nascido da literalidade com que a encenação se relaciona com a música. A nota pretensiosa do programa é desanimadora, mas esta peça é tudo menos pretensiosa. Bel pode estar a pôr em destaque a relação entre o artista e o espectador, bem como a lançar farpas às convenções teatrais aceites, mas o seu toque é tão deliciosamente leve que é difícil não alinhar no jogo.

Debra Craine, in The Times, fevereiro de 2008

Segundo o diário francês La Croix, Jérôme Bel é um “não coreógrafo de não peças apresentadas em palco, de preferência por não bailarinos”. O Sr. Bel, que se tornou uma figura de culto internacional no mundo da dança por questionar convenções, concorda com esta descrição. “O virtuoso não existe”, disse Bel sobre o seu elenco de 40 artistas. “Não estamos aqui para ser admirados. Não somos sedutores. É uma perspetiva muito radical para colocar em cena.” Provocador, cerebral e engraçado, as suas criações minimalistas anulam a distância reconfortante que existe entre o artista e o espectador. “Tento criar um equilíbrio entre o palco e o público”, disse Bel, “e não dominar o público.“ Isso rendeu-lhe elogios e a ira dos críticos europeus. (…)

“As pessoas familiarizadas com os códigos performáticos entendem como jogo com elas”, disse o Sr. Bel. “E aqueles que não os conhecem adotam os meus novos códigos. Tenho um problema com aqueles que estão entre os dois: a burguesia, aqueles que estão certos dos seus valores. “São eles que encheram o Théâtre de la Ville na estreia de “The Show Must Go On” em 2001, diz ele. Mergulhados em escuridão total durante os poucos minutos da abertura, demos-lhes a ouvir “West Side Story” e “Hair”. Tomados por uma nostalgia coletiva, acenderam isqueiros, aplaudiram e riram. Quando a luz voltou, os performers, vestidos com roupas normais, olhavam para o público, como se fosse um anúncio da Gap. Depois ouviu-se David Bowie a cantar “Let’s Dance” e os artistas lançaram-se num ritmo inexpressivo. Formaram-se em pares e levantaram os braços ao estilo “Eu sou o rei do mundo!” na música “My Heart Will Go On” do filme “Titanic”. Canalizaram desajeitadamente a “Ballerina Girl” interior de Lionel Richie. Ao som de 18 sucessos musicais mundiais, executaram com rigor movimentos irónicos, destituídos de beleza, dos quais poucos eram verdadeiros passos de dança. O Sr. Bel recorda os espectadores a gritar, a assobiar, a invadir o palco e a exigir um reembolso; um crítico bateu noutro. O crítico do jornal Le Monde escreveu: “O espetáculo está na plateia”. Não há muito tempo, no seu café favorito do Centre Pompidou, o Sr. Bel, com 40 anos, disse que esse alvoroço era “um escândalo”. “Foi desagradável”, disse ele, fechando os olhos e sorrindo. “Horrível!” Magro, moreno, vestido de laranja, amarelo e magenta, ele não bebia nada e agitava os braços como o dançarino que já foi. “Foi a primeira”, disse, “e pensei que fosse a última vez”.

Kristin Hohenadel, in The New York Times, março de 2005

“THE SHOW MUST GO ON” NA IMPRENSA

90 min. | m/ 6 anos

Conceção e direção Jérôme Bel

Elenco André Araújo, Bárbara

Faustino, Carlos Deusodeu, Celise

Manuel, Diego Bagagal, Dori Nigro,

Juelce Beija Flor, Karen Sampaio,

Patricia Sarmento, Marta Jardim,

Nelson Gomes, Sara Marques, Sara

Venâncio, Sérgio Nogueira, Sofia Beça,

Teresa Chaves, Thamiris Carvalho, Tó

Maia e Zé Bernardino

Assistentes

Frédéric Seguette, Olga de Soto

Músicas Leonard Bernstein, David

Bowie, Nick Cave, Norman Gimbel

& Charles Fox, James Horner,

Waylon Jennings, Mark Knopfler,

John Lennon & Paul McCartney,

Louiguy, Galt MacDermot, George

Michael, Erick “More” Morillo & Mark

Quashie, Edith Piaf, The Police &

Hugh Padgham, Queen, Lionel Richie,

Antonio Romero Monge & Rafael Ruiz,

Paul Simon

Acompanhamento técnico e de

montagem, e operação de música em

palco Igor Pitella

Assistente de encenação

local Henrique Neves

Produção Theatre de la Ville, Gasthuis,

Centre Chorégraphique National

Montpellier Languedoc-Roussillon,

Arteleku Gipuzkoako Foru Aldundia,

R.B.

Coapresentação

Teatro Viriato, Culturgest e Teatro

Municipal do Porto - Rivoli

Companhia R.B. Jérôme Bel |

Consultoria artística e direção

executive Rebecca Lasselin

Coordenador de produção

Sandro Grando

website www.jeromebel.fr

Por razões de sustentabilidade

ambiental a Companhia R.B/ Jérôme

Bel deixou de viajar de avião.

No Teatro Municipal do Porto - Rivoli

03 e 04 de junho > 19h30

Na Cultugest, em Lisboa

16 a 18 de junho > 21h00

19 de junho > 19h00

THE SHOW MUST GO ON

DEPOIS DA APRESENTAÇÃO NO TEATRO VIRIATO, O ESPETÁCULO VAI CONTINUAR:

Page 3: THE SHOW MUST

Nascido em 1964, Jérôme Bel vive em Paris e os seus espetáculos são conhecidos por levar a palco intérpretes não tradicionais, nomeadamente não profissionais, aplicando métodos que designa como um processo de emancipação por via da arte. No seu percurso artístico encontramos os seguintes trabalhos:

“Nome dado pelo autor” (1994) é uma coreografia de objetos. “Jérôme Bel” (1995) é baseado na nudez total dos performers. “Shirtologie” (1997) apresenta uma dançarina vestindo várias dezenas de t-shirts. “O último espetáculo” (1998) cita o solo da coreógrafa Susanne Linke, assim como Hamlet e André Agassi. “Xavier Le Roy” (2000) é assinado por Jérôme Bel, mas inteiramente interpretado pelo coreógrafo Xavier Le Roy. “The show must go on” (2001) reúne vinte performers, dezanove canções pop e um DJ. “Véronique Doisneau” (2004) é um solo sobre a obra da bailarina da Ópera de Paris, Véronique Doisneau. “Isabel Torres” (2005), para o ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, é a versão brasileira do espetáculo anterior. “Pichet Klunchun e eu” (2005) é desenhado em Bangkok com a tradicional dançarina tailandesa Pichet Klunchun. Segue-se “Cédric Andrieux” (2009), bailarino da Merce Cunningham. “3Abschied” (2010) é uma colaboração de Anne Teresa De Keersmaeker e Jérôme Bel baseada na “Canção da Terra”, de Gustav Malher. “Disabled Theatre” (2012) é uma peça com atores profissionais com deficiência mental do Theatre Hora, companhia com sede em Zurique. “Cour d’honneur” (2013) apresenta catorze espectadores da corte de honra do Palácio dos Papas de Avinhão. Com “Gala” (2015), o coreógrafo reúne profissionais da dança e amadores de diversas origens. Para “Tombe” (2016), peça criada a convite da Opéra National de Paris, Jérôme Bel propôs aos bailarinos que convidassem, para um dueto, a pessoa com a qual jamais dividiriam o palco. “Posé arabesque, temps lié en arrière, marche, marche...” (2017) é uma peça para todos os bailarinos do Ballet de l’Opéra de Lyon que se baseia na famosa “entrada das sombras” do ballet La Bayadère. “Danes comem persone ne regardait” (2018) e leitura da “conference sur le rien”, de John Cage apela a uma atitude estética contemplativa. Com “Retrospectiva”, Jérôme Bel volta aos seus arquivos de vídeo e faz um corte transversal dentro do seu corpus, para melhor evidenciar a interseção entre a dança e a política. “Isadora Duncan” (2019) retrata esta coreógrafa. Em 2013, publica “Emails 2009-2010” (Les Presses du Réel), coescrito com o coreógrafo Boris Charmatz. Este livro é publicado online e em inglês, ainda pelas edições Les Presses du Réel, em 2016.

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Vivace Dão · Quinta do Perdigão • Andante Seridois • Adágio Ana Cristina Santos Almeida • Ana Maria Albuquerque Sousa • Ana Paula Ramos Rebelo • Centro de Saúde Familiar de Viseu, Lda. • Conceição e Ricardo Brazete • Eduardo Melo e Ana Andrade • Fernando Gomes Morais • Fernando Poças Figueiredo e Maria Adelaide Poças • Isabel Pais e António Cabral Costa • Isaías Gomes Pinto • Joana Santareno Ferreira • João José da Fonseca e Maria José Agra Regala da Fonseca • José Luís Abrantes • Júlia Alves • Júlio da Fonseca Fernandes • Magdalena Rondeboom e Pieter Rondeboom • Maria de Fátima Ferreira • Maria de Lurdes Poças • Marina Bastos • Martin Obrist e Maria João Obrist • Nanja Kroon • Paula Costa • Paula Cristina Cardoso • Paula Nelas • Renato Lopes e Margarida Leitão • Júnior Beatriz Afonso Delgado • Gaspar Gomes • E outros que optaram pelo anonimato.

Patrícia Portela Direção Artística • Sandra Correia Direção Administrativa e Financeira • Maria João Rochete Adjunta de Direção • Carlos Fernandes Coordenação de Produção • Gi da Conceição Produção • Paulo Matos Coordenação Técnica • Nelson Almeida e João Rodrigues Técnicos de Palco • Ana Filipa Rodrigues e Liliana Rodrigues Comunicação e Imprensa • Teresa Vale Produção Gráfica • Gisélia Antunes Coordenadora de Frente de Casa e Bilheteira • Susana Cardoso Assistente de Bilheteira e Comunicação • Consultores Maria de Assis Swinnerton Programação • Colaboradores António Ribeiro de Carvalho Assuntos Jurídicos • José António Loureiro Eletricidade • Contraponto Contabilidade • José António Pinto Encarregado da Proteção de Dados • Info Things Informática • Carlos Fernandes e Raquel Balsa Fotografia de Espetáculo • Colaboração Especial José Fernandes • Acolhimento do Público André Rodrigues, Catarina Loureiro, Filipa Antunes, Francisco Pereira, Joana Silva, João Almeida, José Vaz, Leonor Esteves, Luís Sousa, Natália Rodrigues, Roberto Terra, Ricardo Meireles e Sandra Amaral

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