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THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO TEMPORADA 2013 CONCERTOS AGOSTO / SETEMBRO / OUTUBRO

THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO TEMPORADA 2013 · ... portanto, às partituras “pro- ... ou “de programa”. Para refinar ... creditar o tipo de melodismo vocal floreado da sinfonia

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THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULOTEMPORADA 2013

cOncertOsaGOstO / setemBrO / OutuBrO

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Orquestra experimental de repertóriO10/8 sábado 20h

Orquestra sinfônica municipal de sãO paulO31/8 sábado 20h

1/9 domingo 11h

Orquestra experimental de repertóriO12/10 sábado 17h

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Orquestra experimental de repertóriO

Victor Hugo Toro – Regente

Soledad Yaya – Harpa

Luíz Fílip – Violino

10/8 sábado 20h

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felix mendelssOHn-BartHOldYAbertura A Gruta de Fingal, Op. 26

max BrucHFantasia Escocesa, Op. 46

Einleitung: Grave

Adagio Cantabile

Scherzo: Allegro

Andante Sostenuto

Finale: Allegro Guerriero

intervalo 20'

rOBert scHumannSinfonia n. 1 em Si Bemol Maior, Op. 38 - “Primavera”

Andante un Poco Maestoso – Allegro Molto Vivace

Larghetto

Scherzo: Molto Vivace

Allegro Animato e Grazioso

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felix mendelssOHn-BartHOldY(1809-1847)

Abertura A Gruta de Fingal, Op. 26

Neto do filósofo iluminista Moses Mendelssohn, e filho do banqueiro

Abraham Mendelssohn, o alemão Felix Mendelssohn cresceu em

“berço de ouro”, em meio a abundância material e cultural, e foi um

dos mais espantosos meninos-prodígio da História da Música. Virtuose

do piano, pioneiro da regência e da musicologia (a vez em que regeu

a Paixão Segundo São Mateus, em 1829, à frente da Orquestra Gewan-

dhaus, de Leipzig, costuma ser considerada o marco do “resgate” da

obra de J. S. Bach), Mendelssohn é habitualmente colocado, no qua-

dro dos compositores germânicos do século XIX, entre os “tradiciona-

listas”, que escreviam música pura nas formas tradicionais, herdadas do

Classicismo – uma corrente que se oporia, portanto, às partituras “pro-

gramáticas” das “vanguardas” de Liszt e Wagner.

Isso não significa que, diante de estímulos externos, Mendelssohn

não pudesse escrever obras descritivas, ou “de programa”. Para refinar

e cultivar o gosto, o jovem e abastado músico partiu, em 1829, por uma

grande viagem pela Europa, incluindo Itália, França e Inglaterra. No

ano seguinte, chegou à Escócia, travando conhecimento com Sir Wal-

ter Scott (cujos romances históricos faziam grande sucesso na época)

e visitando as Highlands.

O clima e a paisagem do país inspirariam uma das mais executadas

sinfonias de Mendelssohn, a de n. 3 (não por acaso, conhecida como “Es-

cocesa”), assim como sua abertura As Hébridas, também conhecida como

A Gruta de Fingal. As Hébridas são um arquipélago a oeste da Escócia, ao

qual pertence a ilha desabitada de Staffa, onde está localizada a Gruta de

Fingal, de basalto, cujos arcos dão a impressão de uma catedral construída

pela natureza. O nome do local em gaélico, An Uaimh Bhinn, significa “a

gruta da melodia”, possivelmente devido aos ecos produzidos pelas ondas.

Mendelssohn mandou à família um cartão postal com a primeira

frase musical daquela que seria a abertura, escrevendo que a melodia

dava uma ideia de o quanto sua imaginação fora afetada pela gruta –

à época, com 11 metros de altura e 60 de profundidade.

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Finalizada em 1830, com o título de Die einsame Insel (A Ilha Soli-

tária), a obra foi revisada e rebatizada pelo compositor, estreando em

1832. Como era praxe no período romântico, aqui o termo “abertura”

não se refere a uma obra de introdução a nada – trata-se de uma peça

autônoma, e de alto poder sugestivo.

max BrucH(1838-1920)

Fantasia Escocesa, Op. 46

Enquanto Mendelssoh escreveu A Gruta de Fingal sob o impacto da

paisagem das Hébridas, Max Bruch não havia colocado o pé no solo

da Escócia quando escreveu sua Fantasia Escocesa para violino e or-

questra. A obra foi composta em Berlim, em 1879-80 e, embora Bruch

tenha regido na Inglaterra pela primeira vez em 1878, só esteve no país

vizinho em 1882, mais de um ano depois da estreia da obra.

Autor de óperas, obras corais, canções, sinfonias e música de câ-

mara, Bruch teve a maioria de sua produção obscurecida pela de seu

contemporâneo absoluto, Johannes Brahms (1833-1897). Sucesso

mesmo, ele só obteve com o primeiro concerto para violino – cuja exe-

cução ele chegou a “proibir”, em vida, em bem-humorado bilhete, jul-

gando que sua excessiva exposição prejudicava a divulgação de suas

outras obras.

Na opinião de Bruch, o violino “pode cantar uma melodia melhor

do que o piano, e a melodia é a alma da música”. Amigo de alguns dos

maiores violinistas de seu tempo, compôs nada menos do que nove

obras concertantes para o instrumento.

A Fantasia Escocesa, por exemplo, foi originalmente pensada para o

virtuose espanhol Pablo de Sarasate (1844-1908), celebrado pela doçura

e pureza sonora. Foi justamente depois de uma performance de seu Con-

certo n. 1 que Bruch se encantou com Sarasate, escrevendo para ele um

segundo concerto para violino, que a dupla (o espanhol empunhando o

instrumento e, o alemão, a batuta) estreou em Londres, em 1877.

Dois anos depois, o entusiasmo não havia desaparecido: em carta

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a um amigo, Bruch conta que, pensando em Sarasate, escreveu em

uma noite metade daquela que seria a Fantasia Escocesa. A relação

teve idas e vindas: como o espanhol se mostrasse frio diante da pers-

pectiva de colaborar na feitura da obra, o compositor se voltou a ou-

tro gigante do violino no século XIX, seu compatriota Joseph Joachim

(1831-1907), que estreou a fantasia, em 1882. Considerando, contudo,

que Joachim “aniquilou” a obra, Bruch finalmente fez as pazes com Sa-

rasate, que acabou por tocar a peça no ano seguinte.

Entusiasta do folclore, Bruch utilizou, em diversas obras, temas de

origem sueca, russa e judaica. Aqui, ele se debruça sobre a tradição

escocesa, não apenas ao eleger a harpa como acompanhante primor-

dial do violino solista, mas também ao incluir material melódico vindo

da coletânea Scottish Musical Museum (Museu Musical Escocês), de

James Johnson (Edimburgo, 1787-1789).

Assim, se a introdução (Einleitung) é baseada em Sir Walter Scott,

descrevendo um velho bardo a contemplar as ruínas de um castelo,

nostálgico das glórias do passado, cada movimento subsequente é

baseado em uma canção escocesa – Bruch dizia conhecer nada me-

nos de 400 peças do gênero. O resultado é uma obra vigorosa e me-

lódica, na mais típica retórica do Romantismo.

rOBert scHumann(1810-1856)

Sinfonia n. 1 em Si Bemol Maior, Op. 38 - “Primavera”

Uma das figuras mais influentes do mundo musical germânico do sé-

culo XIX, quer como compositor, quer como crítico musical, Robert

Schumann teve que lutar nos tribunais contra seu antigo professor, Frie-

drich Wieck, pelo direito de casar com a filha deste, Clara.

Compositora de talento, e pianista de renome, um ano antes do ma-

trimônio, em 1839, Clara escreveu em seu diário que seria melhor se

seu futuro marido, que até então se dedicara primordialmente a obras

para teclado, passasse a compor para orquestra: “sua imaginação não

consegue encontrar escopo suficiente no piano... Suas composições

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têm todas um sentido orquestral.... Meu mais elevado desejo é que ele

componha para orquestra – este é seu campo!”.

Na verdade, em 1832, aos 22 anos, o compositor chegara a fazer

dois movimentos de uma sinfonia em sol menor, mas acabou repu-

diando essa tentativa de juventude. Apenas depois de casado com

Clara, no início de 1841, Schumann se animou a retomar a escrita or-

questral.

Ao que parece, a obra toda foi esboçada ao longo de quatro dias

(entremeados por noites de insônia): entre 23 e 26 de janeiro daquele

ano, com a orquestração finalizada no dia 20 do mês seguinte.

Não é à toa que, em carta ao crítico de música Wolfgang Robert

Griepenkerl, o compositor disse que a sinfonia havia “nascido em um

momento de entusiasmo”, ideia desenvolvida em correspondência com

o compositor e regente Ludwig Spohr: “escrevi a sinfonia naquele ím-

peto primaveril que arrebata a pessoa mesmo quando ela está velha,

e se renova a cada ano. Descrição e pintura não foram parte de minha

intenção, mas creio que a época em que ela surgiu podem ter influen-

ciado sua forma, e feito dela o que é”.

Embora tenha sido composta no inverno, a sinfonia foi baseada

em uma balada do poeta e tradutor Adolf Böttger (1815-1870), que

começa com os sugestivos versos: O wende, wende deinen Lauf/Im

Thale blüht der Frühling auf! (Oh, gira e muda teu curso/A primavera

floresce no vale!).

Regida pelo amigo Mendelssohn, em Leipzig, em 1841, a estreia foi

um sucesso. Na opinião de Robert Simpson, a obra conta “toda a histó-

ria amorosa de Robert Schumann, poeta dos timbres”, sem que jamais

se intrometa “nenhum pensamento obscuro e melancólico”.

Irineu Franco Perpetuo

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Orquestra sinfônica municipal de sãO paulO

Oleg Caetani – Regente

31/8 sábado 20h

1/9 domingo 11h

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franZ scHuBertSinfonia n. 6 em Dó Maior, D.589

Adagio - Allegro

Andante

Scherzo: Presto – Più Lento

Allegro Moderato

intervalo 20'

JOHannes BraHmsSinfonia n. 2 em Ré Maior, Op. 73

Allegro non Troppo

Adagio non Troppo

Allegreto Grazioso (Quasi Andantino)

Allegro con Spirito

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franZ scHuBert(1797-1828)

Sinfonia n. 6 em Dó Maior, D.589

Autor de quase mil obras em apenas 31 anos de vida, o vienense Franz

Schubert foi um gigante cuja verdadeira estatura musical só mereceu a

devida avaliação depois de seu prematuro falecimento. Em vida, a repu-

tação de Schubert repousava, essencialmente, em seus mais de 600 lie-

der (canções) – uma forma musical na qual ele estabeleceria os padrões

de excelência pelos quais seriam julgados os compositores posteriores.

Seu legado sinfônico, contudo, seria descoberto apenas postuma-

mente. Das oito sinfonias de Schubert (há uma tradição de numerá-las

de 1 a 9, pulando a sétima, que foi uma atribuição errônea), as poucas

que foram executadas em seu tempo de vida receberam apenas per-

formances privadas.

Caso da que ouviremos hoje, estreada na casa do violinista Otto

Hatwig, em Viena, em 1818. Essa foi ainda a primeira sinfonia de Schu-

bert a merecer uma execução pública, na capital austríaca, em 14 de

dezembro de 1828 – pouco menos de um mês depois do falecimento

do compositor.

O programa original, na verdade, previa a execução da outra sinfo-

nia em dó maior de Schubert, sua derradeira obra no gênero, conhe-

cida como a Grande sinfonia. Porém, como a orquestra considerou essa

partitura difícil demais, recorreu-se à sexta sinfonia que, desde então,

para se diferenciar da outra, tem sido chamada de Pequena (muito em-

bora o manuscrito original do compositor a designe como Grosse Sin-

fonie, ou seja, grande sinfonia).

Trata-se de uma obra contemporânea das duas aberturas de Schu-

bert que receberam a alcunha de “em estilo italiano”. Devemos lem-

brar que o compositor foi aluno do italiano Antonio Salieri (1750-1825)

e, além disso, estava em grande voga na Viena daquela época o flore-

ado estilo do bel canto das óperas do também italiano Gioachino Ros-

sini (1792-1868). Parece justo, portanto, creditar o tipo de melodismo

vocal floreado da sinfonia ao fascínio de Schubert pela música do au-

tor de O Barbeiro de Sevilha.

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Vale recordar, ainda, que Schubert transcorreu sua vida à sombra

de Ludwig van Beethoven (1770-1827), que, embora nascido em Bonn,

morava em Viena. As sinfonias de Beethoven influenciaram profunda-

mente quase todos os compositores do século XIX que se dedicaram

a essa forma, e Schubert não foi exceção. Na Sexta Sinfonia, tal influ-

ência se faz sentir especialmente no terceiro movimento, um Scherzo

que remete ao movimento análogo da Sinfonia n. 7 de Beethoven. Ou-

viremos hoje, portanto, uma síntese singular: uma obra cujos alicerces

formais repousam no classicismo vienense, mas cujo melodismo bebe

na fonte do bel canto italiano.

JOHannes BraHms(1833-1897)

Sinfonia n. 2 em Ré Maior, Op. 73

“Desde a finalização da última delas, em 1885, todas as quatro sinfonias de

Brahms têm desfrutado de um lugar mais ou menos regular no repertó-

rio central. Embora representem uma produção relativamente pequena,

com relação à sua vasta produção camerística, as sinfonias de Brahms

conquistaram uma posição de destaque na sala de concertos; um desa-

fio às orquestras, tanto em equilíbrio quanto na exigência de qualidade

dos instrumentistas em todos os departamentos, elas ainda representam

um meio pelo qual o mais alto padrão orquestral é julgado”, escreve Kofi

Agawu, em longo ensaio sobre a produção sinfônica brahmsiana.

Ele acrescenta: “talvez mais do que quaisquer obras sinfônicas com

as quais possam ser comparadas no século XIX, elas incorporam uma

série de asserções musicais, gestos ou 'afirmações' que abrem diferen-

tes interpretações estruturais e relações de ideias. Para alguns ouvintes,

o campo de apreensão dessas características são o exterior clássico e

o terreno seguro da tradição musical austro-germânica, dando a essas

obras apelo emocional, espiritual e intelectual único; outros citarão a

criatividade com a qual Brahms enfrentou o desafio da composição

sinfônica depois de Beethoven, um desafio inseparável daquele da

composição sinfônica no tempo de Liszt e Wagner. As contradições e

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paradoxos estéticos inerentes a essas soluções são parte essencial do

apelo das obras”.

No panorama do Romantismo germânico do século XIX, Brahms ha-

bitualmente é alinhado no lado oposto, dos “formalistas”, que recusa-

vam a “música de programa” advogada por Liszt e seguiam compondo

“música pura”, dentro das formas herdadas do Classicismo e reconfigu-

radas por Beethoven.

A sombra do autor da Nona Sinfonia se projetava sobre a música de

um Brahms sempre perfeccionista e exigente consigo próprio, que, de

tão oprimido pelo legado sinfônico beethoveniano, apenas aos 43 anos

de idade, em 1876, permitiu-se estrear sua primeira obra no gênero.

Quebrado o encanto, a pena do compositor passou a fluir com

muito mais segurança. Poucos meses depois da primeira audição mun-

dial de sua Sinfonia n. 1, Brahms já estava empenhado em uma segunda

sinfonia, durante um verão em Pörtschach, na província da Caríntia, ao

sul da Áustria. A cidade fica às margens do Wörthersee, um lago al-

pino cuja visão, sem dúvida, inspirou Brahms, como ele escreveu a um

amigo: “há tantas melodias voando por aqui que você tem que tomar

cuidado para não tropeçar nelas”.

Quando o compositor enviou o primeiro movimento da obra para

Clara Schumann, sua velha amiga previu que a música faria maior sucesso

com o público do que a atormentada Primeira Sinfonia – e ela estava certa.

A estreia, em Viena, em 30 de dezembro de 1877, sob regência de Hans

Richter, foi um triunfo, e o terceiro movimento teve que ser bisado.

Dentre as sinfonias de Brahms, a Segunda normalmente é conside-

rada a mais idílica – sua equivalente à Pastoral, de Beethoven, não apenas

pela óbvia ligação com o meio ambiente, como pelo clima geral da obra.

Claro que toda música é feita de contrastes, e o retrato da natureza

por Brahms traz momentos de sombra em meio a luz. Porém, como to-

dos os movimentos estão em tonalidades maiores, os toques ocasionais

de melancolia não tiram a impressão geral de suavidade e encantamento,

que, no movimento final, acaba se transfigurando em pura euforia.

Irineu Franco Perpetuo

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Orquestra experimental derepertóriOcia. imaGO

Thiago Tavares – Regente

Fernando Anhê – Direção/Criação Cênica/

Iluminação/Figurinos/Desenho de Bonecos

Jamil Maluf – Narrador

12/10 sábado 17h

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camille saint–saËnsO Carnaval dos Animais – Grande Fantasia Zoológica

intervalo 20'

serGei prOKOfieVPedro e o Lobo – Conto Sinfônico para Crianças, Op. 67

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camille saint-saËns(1835-1921)

O Carnaval dos Animais – Grande Fantasia Zoológica

O parisiense Camille Saint-Saëns teve um começo de vida difícil: seu

pai, funcionário do Ministério do Interior, morreu quando ele tinha ape-

nas três meses de idade. Tuberculoso, passou dois anos em uma casa

de repouso antes de ser criado pela mãe e pela tia viúva, Charlotte

Masson.

Tia Masson foi a responsável pelas primeiras aulas de piano do pe-

queno Camille, que, aos três anos de idade, revelou ter ouvido abso-

luto, e uma espantosa aptidão para a música. Sua primeira obra é dessa

época e, aos dez anos, fez sua estreia formal na badalada Salle Pleyel,

em Paris, tocando de cor o Concerto para Piano n. 3, e o Concerto para

Piano K. 450, de Mozart – para o qual compôs sua própria cadenza.

Hoje em dia, Saint-Saëns possivelmente seria considerado um pe-

queno nerd. Além de tocar piano, aos três anos de idade sabia ler e es-

crever e, aos sete, já tinha conhecimentos de latim. Estudou, na infância,

religião e grego, adquirindo um apreço por matemática, ciências na-

turais, astronomia, arqueologia e fi losofi a. Ao vender seus Seis Duos

para harmônio e piano ao editor Girod, aos 13 anos de idade, usou o

dinheiro para comprar um telescópio.

Adulto, transformou-se em um grande viajante, explorando diver-

sas partes da Europa, as Ilhas Canárias, a Escandinávia, a Ásia e a Amé-

rica do Sul (inclusive o Brasil, onde reverenciou o talento do compositor

carioca Henrique Oswald). E foi em um vilarejo da Áustria, ao qual se

recolhera depois de uma desastrosa turnê de concertos pela Alema-

nha, que ele escreveu, em poucos dias, seu Carnaval dos Animais (Le

Carnaval des Animaux), em fevereiro de 1886.

Ao que parece, Saint-Saëns já havia prometido uma obra do gênero,

em seus tempos de professor da École Niedermeyer. Agora, duas dé-

cadas mais tarde, a intenção era apresentá-la como item de surpresa,

em um concerto de carnaval, que teria a participação do famoso violon-

celista Charles Lebouc (1822-1893). Foi tendo Lebouc em mente, assim,

que Saint-Saëns escreveu a parte mais célebre de sua obra, O Cisne,

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que posteriormente foi arranjado para os mais diversos instrumentos

(incluindo bandolim, trompa, clarinete, harmônio, viola e corne inglês),

recebendo ainda coreografi a de Fokine, denominada A Morte do Cisne.

De intenção claramente humorística, a obra entrelaça, ao longo de

seus 14 movimentos, diversas citações de caráter paródico. Assim, Men-

delssohn e Berlioz aparecem nos Elefantes; nas Tartarugas, ouvimos

uma versão lenta do célebre Can-Can de Offenbach, enquanto o clari-

nete entoa um trecho da cavatina Una Voce Poco Fa, do Barbeiro de Se-

vilha, de Rossini, nos Fósseis – movimento em que Saint-Saëns chega a

parodiar também a Dança Macabra, de sua própria autoria, mostrando

que sua ironia, realmente, não conhecia limites. As brincadeiras de

Saint-Saëns não excluem nem os próprios executantes de sua música:

os Pianistas também entram como “animais” de sua “grande fantasia

zoológica” (como ele chamou a peça), em um trecho que os faz repetir

suas escalas de modo hesitante, como se fossem diletantes a estudar.

No fi m, a brincadeira toda parece ter assustado o próprio composi-

tor, que acabou proibindo a execução pública da obra como um todo

(apenas O Cisne estava liberado), e determinando que a publicação da

partitura fosse póstuma. Prolífi co autor de música de câmara, música

sacra, sinfonias, concertos, óperas e oratórios, Saint-Saëns temia que a

popularidade excessiva do Carnaval prejudicasse sua reputação como

músico “sério”. Hoje em dia, a obra parece é projetá-lo como um pre-

cursor das provocações com que Erik Satie (1866-1925) e, mais tarde,

John Cage (1912-1992) e Mauricio Kagel (1931-2008) sacudiriam a mú-

sica do século XX.

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serGei prOKOfieV(1891-1953)

Pedro e o Lobo – Conto Sinfônico para Crianças, Op. 67

Autor de obras pianísticas, óperas, sinfonias e balés, o compositor russo

Sergei Prokofi ev nasceu em Sontsova, propriedade rural na Ucrânia

em que seu pai, agrônomo, era administrador. Era a terceira e última

de três crianças mas, como as irmãs morreram cedo, na prática foi mi-

mado como fi lho único. A educação geral, e em ciências naturais, era

atribuição do pai; governantas francesas e alemãs ensinavam línguas

estrangeiras, enquanto a mãe se encarregava das artes – o que incluía

aulas de piano a partir dos quatro anos.

Suas primeiras tentativas de compor datam também dessa época –

pequenas peças para piano escritas entre os cinco e dez anos de idade.

Foi à ópera pela primeira vez aos oito anos, e logo quis tentar o gênero:

Velikan (O Gigante), sua primeira ópera, em três atos e seis cenas, foi

composta aos nove anos, e “estreada” em família, com a participação

de parentes e amigos. Seguiu-se a ela, no ano seguinte (1901), Na Pus-

tínnikh Óstrovakh (Nas Ilhas Desertas), com uma trama que lembra as

aventuras de Robinson Crusoé.

Essas tentativas de infância devem ter ressoado na mente de Proko-

fi ev quando o compositor, adulto, consagrado e pai de família, resol-

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veu escrever música para crianças. O ano era 1935 e, depois de fazer

grande sucesso internacional na Europa e nos EUA, Prokofi ev resol-

vera voltar à sua terra natal – depois da Revolução de 1917, rebatizada

de União Soviética.

Era um período de valorização ofi cial de partituras para os peque-

nos – Prokofi ev obteve êxito com sua Música para Crianças, doze minia-

turas pianísticas de fácil execução, e se encantou ao levar a esposa, Lina,

e os fi lhos, Sviatoslav (de 11 anos) e Oleg (de sete), a ver uma ópera no

Teatro Musical Infantil de Moscou, dirigido por Natália Satz que, por

seu turno, passou a acalentar a possibilidade de colaborar com o fes-

tejado musicista.

No ano seguinte, Prokofi ev estava defi nitivamente instalado na

URSS, e aceitou a empreitada de apresentar às crianças o mundo da

orquestra. Satz chegou a escalar uma jovem poeta, Nina Saksônskaia,

para a tarefa. O compositor, porém, se irritou com os clichês, rimas e

prolixidades do texto de Saksônskaia, e resolveu escrever ele mesmo

a trama de sua fábula infantil, transformando cada personagem em um

instrumento – ou naipe da orquestra.

Assim, Pedro, o protagonista, é representado pelo quarteto de cor-

das; seu avô, pelo fagote; o pássaro, pela fl auta; o pato, pelo oboé; o

gato, pelo clarinete; o temível lobo, pelas trompas; e os tiros dos caça-

dores, que vêm salvar a situação, pelos tímpanos e pelo bumbo.

Prokofi ev e Satz fi zeram uma estreia informal da obra, para testar

seu efeito, diante de um grupo de crianças – que aplaudiram frenetica-

mente, pedindo que a marcha fi nal dos caçadores fosse bisada três ve-

zes. A partir da estreia “ofi cial”, em 2 de maio de 1936, Pedro e o Lobo

(no original, Pétia i Volk; Pétia, um diminutivo, talvez devesse ser ver-

tido como Pedrinho) foi traduzido do russo para diversos idiomas, aju-

dando a iniciar meninos e meninas de diversas gerações no universo

da música de concerto. Para Lina, esposa de Prokofi ev, o segredo do

sucesso da partitura reside no fato de que Serguei, no espírito, conti-

nuou sempre a ser uma criança, possuindo assim uma poderosa intui-

ção para o que podia tocar de verdade a alma infantil.

Irineu Franco Perpetuo

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Orquestra experimental de repertóriO

A Orquestra Experimental de Repertório foi criada em 1990 a partir de

um projeto elaborado pelo seu regente titular, maestro Jamil Maluf, e

oficializada pela Lei nº 11.227 de 1992.

Tem por objetivos a formação de profissionais da mais alta quali-

dade, a integração ao instrumental sinfônico de instrumentos que re-

presentem uma autêntica conquista da nova tecnologia, com reflexos

estimulantes à criação musical, como os sintetizadores, por exemplo,

e a difusão de um repertório abrangente e diversificado que mostre o

extenso alcance da arte sinfônica de qualidade.

Suas várias séries de concertos com grandes nomes da música

erudita nacional e internacional, bem como estrelas da MPB, e suas

montagens de óperas, balés e gravações para TV, compõem uma pro-

gramação que vem conquistando o público e a crítica.

Em 1997 recebeu da Comissão de Música da Secretaria de Estado

da Cultura o Prêmio Carlos Gomes, como destaque de música erudita.

VictOr HuGO tOrORegente

Nascido em Santiago do Chile, realizou estudos de regência orquestral

e se graduou pela Faculdade de Artes da Universidade do Chile. Foi

vencedor do II Concurso Internacional de Regência Orquestral – Prê-

mio Osesp –, organizado pela Orquestra Sinfônica do Estado de São

Paulo, e tem sido convidado a reger as mais importantes orquestras

de seu país. Além da Osesp, onde foi regente assistente e apresentou

importantes peças do repertório internacional além de primeiras audi-

ções de repertório brasileiro, tem sido convidado a reger a Orquestra

Jovem do Estado de São Paulo, sinfônicas da Bahia, de Caxias do Sul,

de Campinas e de Porto Alegre, Camerata Antiqua de Curitiba, sinfôni-

cas do Paraná, do Sodre (Uruguai), da Universidade Nacional de Cuyo

(Argentina), de Rosário (Argentina), além das filarmônicas de Monte-

vidéu e da Universidade Nacional Autônoma do México.

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Além de desenvolver importante trabalho com orquestras jovens

de seu país, Victor Hugo Toro é também compositor e suas obras têm

sido interpretadas por diversos grupos sinfônicos e de câmara. Ele foi

escolhido um dos 100 líderes jovens do Chile pelo jornal El Mercurio

e recebeu uma homenagem da Câmara Municipal de São Paulo pelo

trabalho em pro da música, da sociedade paulistana e da aproximação

cultural entre Chile e Brasil.

Foi regente principal da Orquestra Sinfônica do Sodre, no Uruguai,

e regente residente da Companhia Brasileira de Ópera, com a qual re-

alizou uma grande turnê de 89 espetáculos por 15 cidades brasileiras.

Em 2012 foi laureado pela Sociedade Brasileira de Artes Cultura e En-

sino com a Ordem do Mérito Cultural “Carlos Gomes”, no grau de co-

mendador. Atualmente é diretor artístico e regente titular da Orquestra

Sinfônica Municipal de Campinas.

sOledad YaYaHarpa

Harpista monitora da Orquestra Experimental de Repertório, da Fun-

dação Theatro Municipal de São Paulo, Soledad Yaya é natural de Cór-

doba, Argentina, cidade onde iniciou aos oito anos de idade os estudos

musicais.

Formada em música pela Faculdade Santa Marcelina, ela deu início

à fase brasileira de sua carreira atuando como harpista convidada da

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, onde participou de tur-

nês pelos Estados Unidos e Europa.

Vencedora do I Concurso Nacional de Jovens Harpistas na Argen-

tina, Soledad se aperfeiçoou sob a orientação de mestres como Ma-

rielle Nordmann, Isabelle Moretti e Oscar Do Campo.

A artista é convidada frequente de orquestras como a Sinfônica

Municipal de São Paulo, Filarmônica de Minas, Jazz Sinfônica e Banda

Sinfônica do Estado de São Paulo, e já tocou como solista com a OSB

Jovem, a Orquestra Acadêmica do Teatro Colón, a Sociedade de Mú-

sica de Câmara de Bogotá, a Sinfônica Nacional de Bolívia e a Orques-

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tra Sinfônica Municipal de Santos.

Ao lado do marido, Peter Pas, violista solista da Osesp, Soledad

forma o Duo Portinari, onde atua como solista e arranjadora de mú-

sica de câmara.

luÍZ fÍlipViolino

Violinista da Filarmônica de Berlim, Luíz Fílip foi membro da Academia

da Filarmônica e atualmente também integra o Ensemble Berlin, grupo

de câmara da Filarmônica de Berlim.

Natural de São Paulo, ele reside na Alemanha desde 2001, apre-

sentando-se regularmente em cidades como Berlim, Roma, Tóquio, Tel

Aviv e Paris. Participa também de festivais como o Rolandseck e do Aix-

-en-Provence.

Ele recebeu prêmios nos concursos internacionais Tibor Varga,

Henry Marteau e Gerhard Taschner. Entre seus parceiros de música de

câmara figuram Guy Braunstein, Dashin Kashimoto, François Leleux, Gil-

bert Audin, Amihai Grosz e Wilfried Strehle.

Gravou um CD com o Concerto BWV 1043 de Bach com a Acade-

mia da Filarmônica de Berlim, sob regência de Reinhard Goebel, um

DVD com concertos para violino de Camargo Guarnieri, com o maes-

tro Lutero Rodrigues, e um CD com obras de Villani-Côrtes com o pia-

nista Paul Rivinius.

Luíz Fílip toca num violino Lorenzo Storioni de 1774 que perten-

cente ao Governo Alemão e oferecido pela Deutsche Stiftung Musik-

leben de Hamburgo.

Orquestra sinfônica municipal de sãO paulO

A formação da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo remonta a

1921, dez anos após a inauguração do Theatro Municipal, por meio da

Sociedade de Concertos Sinfônicos de São Paulo. A partir de 1939 o

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grupo passou a desenvolver um programa regular de atividades, com

concertos sinfônicos, espetáculos de balé e temporadas líricas.

Em mais de 90 anos de história, a Orquestra tocou sob a regência

de maestros como Mstislav Rostropovich, Ernest Bour, Maurice Leroux,

Dietfried Bernett, Kurt Masur, além de Camargo Guarnieri, Armando

Belardi, Edoardo de Guarnieri, Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtche-

vsky, Sergio Magnani, além de vários compositores regendo suas obras,

como Villa-Lobos, Francisco Mignone e Penderecki.

Solistas de renome como Magda Tagliaferro, Guiomar Novaes, Yara

Bernette, Salvatore Accardo, Rugiero Ricci, dentre muitos outros, parti-

ciparam dos concertos da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo.

Sob direção de John Neschling desde o início de 2013, o grupo de-

senvolve uma temporada de concertos e de participação nos espetá-

culos do Balé da Cidade, sem perder a vocação lírica.

OleG caetaniRegente

Tendo sido descoberto por Nadia Boulanger, Oleg Caetani estreou no

teatro aos 17 anos, com uma produção de peças de Monteverdi e ma-

drigais que ele mesmo organizou. Estudou regência com Franco Fer-

rara no Conservatório de Santa Cecília, em Roma, e composição com

Irma Ravinale.

Sua profunda experiência, de quase trinta anos, no repertório lí-

rico de Verdi, Mussorgsky e Wagner (incluindo diversas produções do

Anel) tem influenciado sua interpretação das grandes obras sinfônicas,

especialmente Bartok, a segunda escola de Viena e o impressionismo

francês. A primeira ópera que conduziu, com a idade de 24 anos, foi

Eugene Oneghin, em 1981, ao se graduar pelo Conservatório de São

Petersburgo.

Depois de conduzir Oedipe de Enescu, como sua primeira perfor-

mance profissional em 1983, tem se esforçado para conduzir a música

maravilhosamente original de Enescu sempre que possível. Por sua

atuação em Oedipe na abertura do festival Enescu 2009 recebeu a le-

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gião da honra da Romênia por mostrar a música de Enescu ao mundo.

Ainda no Conservatório de Moscou estudou todas as sinfonias de

Shostakovich com Kondranshin, e desde então o compositor tem de-

sempenhado um papel central em seu repertório. Caetani conduziu

a estreia italiana de Moscow Cheriomushki e gravou o primeiro ciclo

completo das sinfonias de Shostakovich da Itália, com a Orquestra

Verdi em Milão.

cia. imaGO

Criada em 1999 por Fernando Anhê, a Cia. Imago mescla diversos gê-

neros dramáticos e linguagens artísticas como o teatro de formas ani-

madas e o teatro negro.

A Imago encenou as óperas: O rouxinol (Stravinsky), O menino e

os sortilégios (Ravel), A flauta mágica (Mozart), e João e Maria ( Hän-

sel und Gretel, de Humperdink).

A cia. encenou os concertos cênicos: Shéhérazade (Ravel e Kor-

sakov), Dois (Os Planetas, deGustav Holst) e O pássaro de fogo (Igor

Stravinsky) e diversas peças teatrais: Carnaval dos Animais, A mulher

que matou os peixes, Quase de Verdade, Imago, A Mão, Pedro e o

Lobo, O Quebra-Nozes, O Pássaro de Fogo, Os Ets Cantam e Dançam,

As Aventuras de Alice no País das Maravilhas, A Flauta Mágica e João

e Maria, ambas em forma de teatro de formas animadas.

A Cia. Imago recebeu inúmeros prêmios: APCA, Prêmio Carlos Go-

mes, Femsa, APETESP e Wladimir Herzog

fernandO anHÊDiretor Cênico

Diretor, cenógrafo, figurinista, ator, Ilustrador e artista plástico (formado

pela ECA – USP), Fernando Anhê criou a Cia. Imago (teatro) em 1999.

Atuou como diretor de arte, cenógrafo e figurinista nas óperas: O

rouxinol (Stravinsky), O menino e os sortilégios (Ravel), João e Maria

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(Humperdink) e A Flauta Mágica (Mozart). Dirigiu os concertos cênicos:

Dois (Holst) e Shèhèrazade (Ravel e Korsakov).

Anhê é autor de releituras plásticas projetadas nas óperas apresen-

tadas em concerto: Falstaf, Dido e Enéas, Nabucco, Fosca, Castelo do

Barba Azul.

Criou as peças: A Mão, Os Ets Cantam e Dançam, Espias e Imago.

Assinou e dirigiu as adaptacões: Pedro e o Lobo (Prokofiev), Alice No

País das Maravilhas (Carroll), Carnaval dos Animais (Saint Saëns), Qua-

sede Verdade e A Mulher que Matou os Peixes (Clarice Lispector) e O

Pássaro de Fogo (Stravinsky).

Anhê recebeu diversos prêmios: Carlos Gomes, Apca, Apetesp, Femsa,

Crianças do Brasil e Wladimir Herzog.

tHiaGO taVaresRegente

Regente Assistente da Orquestra Experimental de Repertório, atual-

mente está sob orientação do Mto. Jamil Maluf. Teve aulas com a Ma-

estrina Ligia Amadio e é Bacharel em Regência pela USP, onde estudou

com os Mtos. Marco Antonio da Silva Ramos e Aylton Escobar, além

de Violão com Edelton Gloeden. Atuou como regente e violonista nas

edições do Festival Leo Brouwer (2008-2009). Participou do II Curso

de Direccíon Orquestal do Camping Musical Bariloche (Argentina) e

foi bolsista da Academia de Direccíon Coral y Educacíon Musical de

Las Palmas de Gran Canária (Espanha). Foi aluno estagiário do Comu-

nicantus: Laboratório Coral da ECA-USP, trabalhando com o Coral da

Terceira Idade da USP, Coral Escola Comunicantus e atuando como Re-

gente Assistente do Coral da ECA-USP. Em 2002 concluiu o Curso Téc-

nico em Música pelo Conservatório Arte Musical de Osasco sendo mais

tarde professor desta Instituição. Neste período, teve a orientação do

violonista João Luiz Resende Lopes.

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ORQUESTRA EXPERIMENTAL DE REPERTÓRIO

Regente titularJamil MalufRegente assistenteThiago Tavares

Primeiros violinosCláudio Micheletti (Spalla)Ana Rebouças GuimarãesCaik RodriguesGabriela FogoJessé Xavier ReisJonas Alves de SouzaLucas Oliveira da SilvaMatheus BaiãoRamon Rodrigues de AndradeRenato Pereira Rodolfo Guilherme da SilvaRômulo MoreiraThais MoraisWallace Bispo Wellington RebouçasWillian Gizzi Segundos violinosLuis Fernando Dutra (Monitor)Alexandre BrittoAnanda FukudaCaio Paiva dos SantosDanilo Alves Diego Adinolfi VieiraDiogo Amorim SilvaDouglas AraújoEvaldo AlvesFernanda Garcia Gabriel Nunes de OliveiraKarin HigaPaulo Galvão Renan GonçalvesRicardo GaldinoWagner FilhoViolasEstela Ortiz (Monitora)Bruno RochaCatarina Schmitt RossiGustavo AssumpçãoJennifer Cardoso Joel Alves

Mauro Koiti ShimadaPedro FlorenceRodrigo Ramos Thiago Neres VioloncelosJúlio Cerezo Ortiz (Monitor)Agton dos SantosDouglas PereiraElton AraújoJonatas PereiraLuiz Sena Patrícia Rezende VanuciRafael de Caboclo Rodrigo PradoYgor GhensevContrabaixosAlexandr Iurcik (Monitor)Adriano Costa ChavesDaniel CamargoFernando TostaGustavo QuintinoHaran Magalhães Júlio Nogueira Marcos MagniFlautasMarcos Kiehl (Monitor)Aline VianaDanilo Crispim Felipe ManczOboésRodolfo Hatakeyama (Monitor)Gabriel P. MarcacciniGutierre MachadoRafael Felipe ClarinetesAlexandre F. Travassos (Monitor)Evandro Alves Felipe ReisGleyton Ladislau FagotesJosé Eduardo Flores (Monitor)Ana Paula AdorroMatheus Parizon AmaralSandra RibeiroTrompasWeslei Lima (Monitor)Álvaro BragaEdson R. NascimentoEric Silva

Gerson PierottiWesley MedeirosTrompetesLuciano Melo (Monitor)Mauro Stahl JúniorRoger BritoTrombonesJoão Paulo Moreira (Monitor)Arthur da Silva Rita Hélio GóesIgor Bueno da SilvaMaurício LundgrenTubaSérgio Teixeira (Monitor)PianoLucas Gonçalves (Monitor)HarpaSoledad Yaya (Monitora)PercussãoRichard Fraser (Monitor)Bruno Rogério OliveiraMónica Navas Rosângela Rhafaelle Thiago Lamattina

CoordenadorRonaldo Ribeiro Mariano Chefe AdministrativaAna Paula MaselliInspetoraRaquel RosaArquivistaBruno LacerdaMontadoresMárcio Cavalcante BessaWellington Nunes Pinheiro

ORQUESTRA SINFôNICA MUNICIPAL DE SãO PAULO

Diretor ArtísticoJohn Neschling

Primeiros-violinosPablo De León (spalla)Martin Tuksa (spalla)Maria Fernanda KrugFabian FigueiredoAdriano Mello

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Fábio BrucoliFábio ChammaFernando TravassosFrancisco Ayres KrugGraziela FortunatoHeitor FujinamiJohn SpindlerJosé Fernandes NetoMizael da Silva JúniorPaulo CalligopoulosRafael Bion LoroSílvio BalazGérson Nonato**Segundos-violinosAndréa Campos*Laércio Diniz*Nadilson GamaOtávio NicolaiAlex XimenesAndré LuccasAngelo MonteEdgar Montes LeiteEvelyn CarmoLiliana ChiriacOxana DragosRicardo Bem-HajaSara SzilagyiUgo KageyamaHelena Piccazio**ViolasAlexandre De León*Silvio Catto*Abrahão SaraivaTânia de Araújo CamposAdriana SchincariolAntonio Carlos de MelloEduardo CordeiroEric Schafer LicciardiMarcos FukudaRoberta MarcinkowskiElisa Monteiro**Jessica Wyatt**Pedro Visockas**VioloncelosMauro Brucoli*Raïff Dantas Barreto*Cristina ManescuRicardo FukudaFlávia Scoss Nicolai

Gilberto MassambaniIraí de Paula SouzaJoel de SouzaMaria Eduarda CanabarroSandro FrancischettiTeresa CattoContrabaixosRubens De Donno*Sérgio de Oliveira*Mauro DomenechIvan DecloedtMiguel DombrowskiRicardo BusattoSanderson Cortez PazSérgio Scoss NicolaiWalter MüllerAndré Teruo**FlautasCássia Carrascoza*Marcelo Barboza*Cristina PolesMônica Ferreira Camargo**Sarah Hornsby**OboésAlexandre Ficarelli*Rodrigo Nagamori*Giane MartinsMarcos MincovRoberto AraújoClarinetesOtinilo Pacheco*Luís Afonso Montanha*Diogo Maia SantosDomingos EliasMarta VidigalFagotesRonaldo Pacheco*Marcos Fokin*Fábio CuryMarcelo ToniOsvanilson CastroTrompasAndré Ficarelli*Luiz Garcia*Angelino BozziniDaniel MisiukDavid MisiukDeusenil SantosRogério Martinez

Vagner RebouçasTrompetesFernando Guimarães*Marcos Motta*Breno FleuryEduardo MadeiraAlbert Santos**TrombonesRoney Stella*Gilberto Gianelli*Hugo KsenhukLuiz CruzMarim MeiraTubaGian Marco de AquinoHarpaAngélica ViannaPianoCecília MoitaTímpanosJohn Boudler**Sérgio Coutinho (assistente)PercussãoMarcelo Camargo*Magno BissoliPaschoal RomaReinaldo CalegariSérgio Coutinho

Gerente da OrquestraClarisse De ContiAssistenteYara de MeloInspetorCarlos NunesMontadoresAlexandre GreganyckPaulo BrodaVítor Hugo de Oliveira

* Chefe de naipe** Músico convidado

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CIA. IMAGOValter FelipePriscila MonsanoDaniela SakumotoIsa GouveaJanette SantiagoFernando AnhêDenis Goyos (ator convidado)

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SãO PAULO

PrefeitoFernando HaddadSecretário Municipal de CulturaJuca Ferreira

FUNDAÇãO THEATRO MUNICIPAL DE SãO PAULO

DIREÇãO GERALDiretorJosé Luiz HerenciaAssessores TécnicosMaria Carolina G. de FreitasSecretáriaAna Paula Sgobi MonteiroCerimonialEgberto CunhaMaria Rosa Tarantini Sabatelli

DIREÇãO ARTÍSTICADiretorJohn NeschlingAssessoria Direção ArtísticaStefania GambaLuís Gustavo PetriSecretáriaEni Tenório dos SantosCoordenação de Programação ArtísticaJoão MalatianFigurinista ResidenteVeridiana PiovezanProdutora de FigurinosFernanda CâmaraDiretora Cênica ResidenteJuliana Santos

CastingSérgio Spina

ARQUIVO ARTÍSTICOCoordenadoraMaria Elisa P. PasqualiniAssistenteCatarina Fernandes OliveiraArquivistasGiancarlo CarretoKaren FeldmanLeandro José SilvaLeandro LigockiCopistaAna Cláudia Oliveira

CENTRO DE DOCUMENTAÇãOChefe de seçãoMauricio StoccoEquipeLumena A. de Macedo Day

DIREÇãO DE PRODUÇãODiretoraAline SultaniAssessorCharles BosworthPergy GrassiCoordenadora de ProjetosVioleta Saldanha Kubrusly

PRODUÇãO EXECUTIVACoordenadoraCristiane SantosProdutoresRosa CasalliGabriel BaroneAssistentes de produçãoAelson LimaPedro Guida

PALCODiretor de PalcoRonaldo ZeroChefe da CenotécnicaAníbal Marques (Pelé)Chefe de PalcoSidnei Garcia da Fonseca (Sidão)

Técnicos de PalcoAntonio Carlos da SilvaEdival DiasEdson AstolfiJesus Armando BorgesJoão Batista B. da CruzJoceni Serafim (Tatau)Jorge R. do Espírito SantoJosé Muniz RibeiroLourival Fonseca ConceiçãoLuis Carlos LeãoRodrigo NascimentoWilson José LuisAssistentesElisabeth de PieriIvone DucciContrarregrasAlessander de OliveiraRodriguesBruno FariasCarlos BessaDiogo ViannaJulio de OliveiraMarcelo BessaMarcelo Luiz FrosinoPiter SilvaChefe de SomSérgio Luis FerreiraOperadores de SomGuilherme RamosKelly Cristina da SilvaChefe de IluminaçãoCarmine D'AmoreIluminadoresAnselmo PlazaEduardo Vieira de SouzaIgor Augusto de OliveiraRafael PlazaValeria Regina LovatoYuri MeloCamareirasAndréa Maria de Lima DiasIsabel Rodrigues MartinsLindinalva Margarida CelestinoMaria Gabriel MartinsNina de MelloRegiane Bierrenbach

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CENTRAL DE PRODUÇãO – CHICO GIACCHIERICoordenação de CosturaElisa Gaião PereiraCoordenadora de FigurinoMarcela de Lucca M. DutraAssistenteIvani Rodrigues UmbertoExpedienteJosé Carlos SouzaJosé LourençoMarcela de Lucca M. DutraPaulo Henrique Souza

DIREÇãO DE GESTãODiretoraAna Flávia Cabral Souza LeiteAssessorasLais Gabriele WeberSecretáriaOziene Osano dos Santos

NÚCLEO JURÍDICOAssessoraCarolina Paes SimãoAssistente JurídicoJoão Paulo Alves Souza

ASSISTÊNCIA ADMINISTRATIVASonia Gusmão de LimaAlexandro Robson BertonciniEsmeralda Rosa dos Prazeres

SEÇãO DE PESSOALCleide Chapadense da MotaJosé Luiz P. NocitoSolange F. Franca ReisTarcísio Bueno CostaParceriasSuzel Maria P. Godinho

CONTABILIDADEAlberto CarmonaCristiane Maria SilvaDiego SilvaJocileide Campos F. AlbanitMarcio Aurélio Oliveira CameirãoThiago Cintra de Souza

COMPRAS E CONTRATOSGeorge Augusto dos SantosRodriguesJosé Pires VargasMarina Aparecida B. AugustoVera Lucia Manso

CORPOS ESTÁVEISPaula Melissa NhanJuçara Aparecida de OliveiraRicardo Luiz dos Santos

INFRAESTRUTURAMarly da Silva dos SantosAntonio Teixera LimaCleide da SilvaEli de OliveiraEva RibeiroIsrael Pereira de SáLourde Aparecida F. RochaLuiz Antonio de MattosMaria Apª da Conceição LimaNelsa Alves F. F. da SilvaPedro Bento Nascimento

INFORMÁTICARicardo Martins da SilvaRenato DuarteEstagiáriosEmerson de Oliveira KojimaVictor Hugo A. Lemos

ARQUITETURALilian JahaEstagiáriosMarina CastilhoVitória R. R. dos Santos

SEÇãO TÉCNICA DE MANUTENÇãOEdisangelo Rodrigues da RochaAilton Lauriano FerreiraNarciso Martins LemeRegina Célia de Souza FariaEstagiárioVinícius LealCopaOlga BritoTherezinha Pereira da Silva

AÇãO EDUCATIVAAureli Alves De AlcântaraCristina Gonçalves NunesMaria Elizabeth P. M. GaiaEstagiáriosAbner Rubens de OliveiraAlana dos Santos SchambaklerAlessandra Noronha da SilvaAlex de Carvalho MattosBeatriz Santana FerreiraDanilo Costa GusmãoElizabeth Costa MarcolimoHelena ArianoLarissa Lima da PazLetícia EpiphanioSandra Brito da SilvaSelma Eleutério de SouzaStefan Barbosa de Oliveira

COMUNICAÇãOEditorMarcos FecchioAssessoriaAna Clara Lima GasparElisabete Machado

PROGRAMADesign Kiko Farkas/ Máquina EstúdioDesigners assistentesAndré KavakamaRoman Iar AtamanczukAtendimentoMichele AlvesImpressãoImprensa Oficial do Estado de São Paulo

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municipal. O palcO de sãO paulO

co-realização

apoio cultural