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THIAGO BERNARDINO DA SILVEIRA DOSIMETRIA IN VIVO UTILIZANDO EPID Dissertação aprovada para obtenção do Grau de Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Radioproteção e Dosimetria do Instituto de Radioproteção e Dosimetria da Comissão Nacional de Energia Nuclear na área de Física Médica. Orientador: Dr. Luiz Antônio Ribeiro da Rosa Rio de Janeiro Brasil 2018

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THIAGO BERNARDINO DA SILVEIRA

DOSIMETRIA IN VIVO UTILIZANDO EPID

Dissertação aprovada para obtenção do Grau

de Doutor pelo Programa de Pós-Graduação

em Radioproteção e Dosimetria do Instituto

de Radioproteção e Dosimetria da Comissão

Nacional de Energia Nuclear na área de Física

Médica.

Orientador:

Dr. Luiz Antônio Ribeiro da Rosa

Rio de Janeiro – Brasil

2018

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T

610.153

S587d

Silveira, Thiago Bernardino da

Dosimetria in vivo utilizando EPID/ Thiago Bernardino da Silveira. Rio de Janeiro: IRD, 2018.

VIII, 89 f.: il.; tab.; 29,7 cm.

Orientador: Dr. Luiz Antônio Ribeiro da Rosa

Tese (Doutorado) - Instituto de Radioproteção e Dosimetria, Rio de Janeiro, 2018.

Referências bibliográficas: f. 65-70

Notas: Anexos em CD

1. Física Médica 2.Radioterapia 3Dosimetria in vivo 4. EPID 5.Portal Dosimetry 6. Dosimetria por

transmissão I. Título

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i

AGRADECIMENTOS

À Bianca, por ser minha inspiração e alegria diárias, minha confidente e

companheira. Que suportou todas as minhas oscilações de animação e reclamações sobre

o doutorado e, mesmo assim, não somente discutiu pontos importantes do trabalho

comigo, como revisou os dois artigos e contribui imensamente para a melhoria do

conteúdo destes. Você é uma luz na minha vida.

À minha família, em especial minha irmã e minha tia Ana Maria, que sempre me

deram suporte e consideram todas minhas realizações como suas próprias.

À minha mãe, cujo papel foi fundamental para que eu suportasse as tormentas do

meu caminho e graças a quem não desisti de cumprir mais esta empreitada.

Aos meus amigos de infância, Thiago, Raphael e Paulo, que de longe

acompanham todo meu crescimento e sempre me dão forças para continuar evoluindo.

Aos meus companheiros de trabalho, físicos staffs do INCA, por todo o

comprometimento demonstrado e colaboração em meus momentos de ausência para

cumprir os compromissos do doutorado.

Ao meu orientador, que me assistiu e apoiou nesta longa jornada de oito anos

desde o início do mestrado, sempre muito solícito e disposto.

À toda equipe de técnicos de radioterapia do INCA que participaram ativamente

das medidas de dose nos pacientes, sem as quais eu não teria conseguido realizar meu

trabalho, em especial Jorge Alonso, Gláucia Cavalcante, Rafael Barros, Bruno e Márcia.

Aos meus queridos residentes do INCA que sempre me estimulam a dar meu

melhor e que comprem com presteza e esmero as tarefas árduas que lhes entrego,

inclusive no acompanhamento das irradiações dos pacientes alvos deste estudo. Em

especial às minhas queridas ex-residentes e amigas Laura Emília e Herminiane

Vasconcellos.

Por fim, aos pacientes do INCA que participaram da pesquisa por todo o apoio e

compreensão ao se submeterem de livre e espontânea vontade ao estudo.

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ii

RESUMO

A dosimetria in vivo é uma ferramenta essencial para avaliar a confiança e determinar

erros de entrega de dose em radioterapia. Muitos detectores foram utilizados com este

objetivo, porém o método mais promissor é a dosimetria por retroprojeção da dose

transmitida pelo paciente. O objetivo primário desta tese foi implantar um algoritmo

simples de obtenção da dose no isocentro de tratamento de um objeto simulador utilizando

reconstrução de dose retroprojetada medida com auxílio de um Dispositivo Eletrônico

para Imagens Portais (EPID). Adicionalmente, objetivou-se implantar clinicamente este

algoritmo para realização de dosimetria in vivo em tratamentos de radioterapia de

próstata. Este algoritmo foi desenvolvido em linguagem MATLAB, realizando a

calibração das imagens do EPID para dose absoluta, via processo de deconvolução, além

de incorporar todas as contribuições de espalhamento e atenuação devido à interação dos

fótons com o objeto simulador. O método foi validado utilizando 19 planos de tratamentos

de pacientes com 104 campos totais de tratamento irradiados em um objeto simulador,

obtendo a dose de referência através da medida de uma câmera de ionização. Para as

medidas in vivo, foram selecionados doze pacientes com tumores de próstata. Estes foram

tratados no acelerador linear Varian Trilogy, empregando energias nominais de 6 e 10

MV e técnicas com posicionamento de gantry estático, após planejamento no sistema de

planejamento (TPS) Eclipse. Verificações pré-tratamento foram realizadas utilizando

irradiação direto do EPID. Durante os tratamentos, a dose transmitida pelo paciente foi

coletada utilizando o EPID posicionado a 50 cm atrás deste. Este conjunto de imagens,

juntamente com a tomografia por feixe cônico (CBCT) diária, foram utilizadas como

parâmetros principais de entrada do algoritmo de retroprojeção. Comparações entre doses

in vivo e doses planejadas foram realizadas campo a campo e para dose diária no

isocentro. A validação final do método apresentou desvio médio entre as doses calculadas

por retroprojeção e doses determinadas pela câmera de ionização de 1,86% (DP de 1,00%)

e -0,94% (DP de 0,61%) para 6 e 10 MV, respectivamente. As análises campo a campo

normalizadas apresentaram desvios menores que 2% para 89% dos dados para feixes de

6 MV e 94% para feixes de 10 MV. Um total de 161 frações diárias de tratamento foram

alvo da dosimetria in vivo, aproximadamente 13 por paciente. O desvio de dose médio

entre a dose prevista pelo TPS para o isocentro e a dose reconstruída por retroprojeção

foi de -3,3% (DP = 2,2%). Quando comparados doses medidas versus doses prescritas

para o isocentro de tratamento, 96% dos resultados apresentaram desvio absoluto inferior

à 7%, enquanto 4% apresentaram desvio absoluto superior a 7%. Estes maiores desvios

medidos foram analisados detalhadamente. O método de investigação procurou falhas nas

três maiores fontes de incerteza do tratamento: erro no posicionamento do paciente,

mudança significativa na anatomia do paciente entre simulação e tratamento e problemas

no desempenho do aparelho de tratamento. Cinco desvios encontrados originaram-se de

problemas de desempenho do aparelho na entrega da dose na região do isocentro, gerando

erros no cálculo dos fatores de correção do algoritmo, porém considerados como desvios

na entrega da dose. O sexto desvio se tratou de uma quebra de protocolo por parte dos

técnicos de radioterapia. Concluiu-se que a dosimetria in vivo por retroprojeção das doses

transmitidas é um método eficiente para aprimorar a segurança em radioterapia,

conseguindo identificar com sucesso erros provenientes do desempenho dos aparelhos,

posicionamento incorreto ou mudanças anatômicas importantes do paciente.

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iii

ABSTRACT

In vivo dosimetry is an essential tool to test confidence and to determine errors during

dose delivery in radiotherapy. Many detectors have been used with this aim, although the

most promising method is back-projection of transit dosimetry. The primary aim of this

work was to implement a simple algorithm to evaluate isocenter dose in a phantom using

the back-projected transmitted dose acquired using an Electronic Portal Imaging Device

(EPID). The final purpose was to clinically implement that algorithm to do in vivo

dosimetry for prostate radiotherapy treatments. This algorithm was developed in

MATLAB language, to calibrate EPID measured dose in absolute dose, using a

deconvolution process, and to incorporate all scattering and attenuation contributions due

to photon interactions with phantom. The method was validated employing 19 patient

treatment plans with 104 clinical irradiation fields projected on the phantom and

measuring dose using an ionization chamber as reference. For in vivo measurements

twelve patients were selected. They were treated with a Varian Trilogy linear accelerator,

using 6 and 10 MV nominal energies and gantry static techniques, after being planned

using an Eclipse treatment planning system (TPS). Pre-treatment verification was made

using direct EPID irradiation. During the treatment, transmitted dose was acquired using

EPID positioned 50 cm beyond the patient. The image set and daily cone-beam computed

tomography (CBCT) were used as main input parameter to the back-projection algorithm.

Comparisons between in vivo and planned isocenter dose were realized for each field and

daily isocenter dose. Final method validation presented average percent deviations

between isocenter doses calculated by back-projection and isocenter doses determined

with ionization chamber of 1,86% (SD of 1,00%) and -0,94% (SD of 0,61%) for 6 and

10 MV, respectively. Normalized field by field analysis showed deviations smaller than

2% for 89% of all data for 6 MV beams and 94% for 10 MV beams. A total of 161 in vivo

isocenter daily doses were evaluated, about 13 measurements per patient. The mean

deviation between TPS predicted doses at isocenter and back-projected reconstructed

doses was -3.3% (SD = 2.2%). When comparing evaluated isocenter dose values and

prescribed doses, 96% of the results showed absolute deviations lower than 7%, while

4% of the results showed absolute deviations higher than 7%. These last deviations were

analyzed in detail. Failures were investigated due to three sources of uncertainty, namely,

incorrect patient positioning, significant changes in patient anatomy between the

simulation of his treatment and the treatment itself, and problems in the performance of

the treatment equipment. Five deviations were caused by an equipment performance

problem at central axis region, generating miscalculation of in vivo algorithm correction

factors, which were considered as dose delivery error. The sixth deviation was a break in

the CBCT acquiring protocol caused by the therapists. It was concluded that in vivo

dosimetry by back-projection of transmitted doses is an effective method to improving

safety in external beam radiation therapy and successfully identifying errors due to

equipment performance, incorrect patient positioning or significant anatomical changes.

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iv

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Acelerador linear Trilogy com EPID aS500-II em posição de uso. ............... 10

Figura 2: Ilustração esquemática da metodologia de retroprojeção da dose transmitida.

A fluência incidente (seta vermelha) interage com o objeto simulador ou paciente, é

transmitida (seta verde) e coletada no EPID. A dose medida é computacionalmente

corrigida e retroprojetada para o isocentro de tratamento (seta amarela). ............... 11

Figura 3: Curvas de probabilidade de controle tumoral e dano ao tecido normal, bases

para os fracionamentos de dose em radioterapia. .................................................... 15

Figura 4: Pastilhas de LiF (TLD). .................................................................................. 19

Figura 5: LiF (TLD) em pó. ........................................................................................... 19

Figura 6: Exemplos de diodos semicondutores com capa de build-up. ......................... 20

Figura 7: Camadas internas do IDU. .............................................................................. 22

ARTIGO Nº 1

Figure 1: On the left, axial image showing incidence angles for one of the treatment plans

used, with isocenter positioned on the IC15 chamber. On the right, coronal image

on IC plane highlighting the chamber delineation to compute dose on dose-volume

histogram. ................................................................................................................ 36

Figure 2: Normalized output factor of 6 MV (left) and 10 MV (right) photons for

ionization chamber and EPID, before and after scattering compensation by

deconvolution and absolute calibration. ................................................................. 37

Figure 3: Air scattering between phantom and EPID versus pixel intensity summation.

Fitted curves for nominal energies 6 and 10 MV are presented. ............................ 38

Figure 4: Correction due to radiation scattering inside the phantom as a function of

irradiated field size (using 300 monitor units irradiation), for 15 cm phantom

thickness. ................................................................................................................. 39

Figure 5: Percent differences between DFEPID and DFCI distribution in field by field

analisys. ................................................................................................................... 40

ARTIGO Nº 2

Figure 1: In vivo to planned dose absolute deviations distribution. .............................. 52

Figure 2: In vivo isocenter dose to planned dose ratio per patient and fraction for 6 MV

treatments, highlighting tolerance levels. ............................................................... 53

Figure 3: In vivo isocenter dose to planned dose ratio per patient and fraction for 10 MV

treatments, highlighting tolerance levels. ............................................................... 53

Figure 4: Planned structures projected on axial slice of a CBCT image showing relevant

differences on body contour on lateral side edges. ................................................. 55

Figure 5: Results of gamma analysis of composite fields using 2% / 3mm / 20% TH

parameters where green region are approved and orange reproved areas,

respectively. Images A and B evidencing poor agreement for patients 4 and 10

compared to excellent results for patients 3 and 9 (images C and D), mainly on

central axis region that are aimed on back-projection in vivo reconstruction. ...... 56

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v

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Estudos nos quais a rotina de dosimetria in vivo foi realizada ao início dos

tratamentos.* ........................................................................................................... 21

ARTIGO Nº 1

Table 1: Factors obtained by iterative process to define Kernel shape curves to describe

EPID scattering. ...................................................................................................... 37

Table 2: Scattering due to the phantom thickness normalized by primary dose inside

phantom for a fixed 10x10 cm2 field irradiation. .................................................... 39

Table 3: Scattering due to the radiation intensity normalized by primary dose inside

phantom for a fixed 15 cm phantom thickness. ....................................................... 39

ARTIGO Nº 2

Table 1: Summary of patient data. .................................................................................. 53

Tabela 1: Estudos nos quais a rotina de dosimetria in vivo foi realizada ao início dos

tratamentos.* .......................................................................................................... 21 Table 1: Factors obtained by iterative process to define Kernel shape curves to describe

EPID scattering. ...................................................................................................... 37 Table 2: Scattering due to the phantom thickness normalized by primary dose inside

phantom for a fixed 10x10 cm2 field irradiation. ................................................... 39 Table 3: Scattering due to the radiation intensity normalized by primary dose inside

phantom for a fixed 15 cm phantom thickness. ...................................................... 39 Table 1: Summary of patient data. ................................................................................. 53

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vi

LISTA DE ABREVIATURAS

AAPM – Associação Americana de Físicos em Medicina

aS ou aSi – Silício Amorfo

CBCT – Tomografia por feixe cônico

DVH – Histograma Dose-Volume

EPID – Dispositivos Eletrônicos de Imagens Portais

ESTRO – Sociedade Europeia de Radioterapia e Oncologia

IAEA – Agência Internacional de Energia Atômica

ICRU – Comissão Internacional de Unidades e Medidas de Radiação

IDU – Unidade de Detecção de Imagem

IGRT – Radioterapia Guiada por Imagem

IMRT – Radioterapia com intensidade modulada

INCA – Instituto Nacional de Câncer

MLC – Colimador Multi-lâminas

OSL – Luminescência por Estimulação Ótica

SBRT – Radioterapia Esterotáxica Corpórea

SRS – Radiocirurgia Estereotáxica

TC – Tomografia Computadorizada

TLD – Detector por Luminescência Térmica.

VMAT – Terapia Volumétrica em Arco Modulado

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vii

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 9

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 12

2.1. Alta tecnologia em radioterapia ....................................................................... 12 2.1.1. Técnicas de modulação da intensidade do feixe – IMRT e VMAT ............. 13

2.1.2. A tendência ao hipofracionamento e escalonamento das doses ................... 14

2.2. Dosimetria in vivo em radioterapia ................................................................. 17 2.2.1. TLDs. ............................................................................................................ 18

2.2.2. Diodos ........................................................................................................... 19

2.3. Dispositivos Eletrônicos para Imagens Portais (EPIDs) ................................ 21 2.3.1. Características do aS500-II ........................................................................... 22

2.3.2. Emprego clínico dos EPIDs .......................................................................... 23

2.3.3. Dosimetria in vivo utilizando EPID ............................................................. 24

3. Estrutura da tese ................................................................................................... 26

ARTIGO Nº 1 ............................................................................................................... 27

A SIMPLE METHOD TO BACK-PROJECT ISOCENTER DOSE OF

RADIOTHERAPY TREATMENTS USING EPID TRANSIT DOSIMETRY ...... 27

1. INTRODUCTION ............................................................................................ 29

2. MATERIALS AND METHODS ..................................................................... 30 2.1. Linear accelerator and EPID............................................................................ 30

2.2. The back-projection dose algorithm at isocenter ............................................. 31

2.2.1. EPID scattering correction and absolute calibration ........................... 31

2.2.2. Correction of EPID response after phantom interaction .................... 32

2.2.3. Primary dose calculation in the phantom.............................................. 33

2.2.4. Calculation of scattering dose contribution inside phantom ............... 34

2.2.5. Final dose at treatment isocenter ........................................................... 35

2.3. Isocenter back-projection algorithm validation ............................................... 35

3. RESULTS .......................................................................................................... 37 3.1. Correction due to inner scattering in EPID and absolute calibration .............. 37

3.2. EPID outcome correction after phantom interaction ....................................... 38

3.3. Scattering correction inside the phantom ........................................................ 38

3.4. Validation of isocenter back-projection algorithm .......................................... 40

4. DISCUSSION .................................................................................................... 40 4.1. The back-projection dose algorithm at the isocenter ....................................... 40

4.2. Isocenter back-projection algorithm validation ............................................... 42

CONCLUSION ......................................................................................................... 42

REFERENCES ......................................................................................................... 43

ARTIGO Nº 2 ............................................................................................................... 45

IN VIVO DOSIMETRY FOR PROSTATE RADIOTHERAPY TREATMENTS

USING EPID BACK-PROJECTED DOSE ............................................................... 45

1. INTRODUCTION ............................................................................................ 47

2. MATERIALS AND METHODS ..................................................................... 48 2.1. Linear accelerator and EPID............................................................................ 48

2.2. The back-projection dose algorithm at isocenter ............................................. 48

2.2.1. Anatomical information for input algorithm parameters ................... 50

2.3. Patient selection and treatment planning ......................................................... 50

2.3.1. Treatment section workflow ................................................................... 51

3. RESULTS AND DISCUSSION ....................................................................... 51

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viii

Case 1: Patient 1 – Single fraction low dose measured. ..................................... 54

Case 2: Patient 11 – Systematic underdosage and high average dose deviation

from prescription – Anatomy misinformation. .................................................... 54

Cases 3 and 4: Patients 4 and 10 – Systematic underdosage and high average

dose deviation from prescription – problems on machine performance. ........... 55

CONCLUSIONS ....................................................................................................... 57

REFERENCES ......................................................................................................... 58

CONCLUSÃO ............................................................................................................... 60

REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 62

APÊNDICE A – ALGORITMO UTILIZADO EM LINGUAGEM MATLAB

PARA REALIZACÃO DA RETROPROJEÇÃO DA DOSE NO ISOCENTRO. . 68

APÊNDICE B – PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP E TERMO DE

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TLCE) EMPREGADO NA

PESQUISA. ................................................................................................................... 75

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9

1. INTRODUÇÃO

A Radioterapia sempre foi uma área da medicina intimamente relacionada à

tecnologia e ao desenvolvimento de novos equipamentos e acessórios e, ao longo dos

últimos anos, este desenvolvimento foi ainda mais significativo.

O objetivo primeiro da radioterapia, como modalidade terapêutica loco-regional,

é atingir uma boa cobertura tumoral poupando ao máximo os tecidos vizinhos. Os avanços

tecnológicos recentes deram origem às técnicas modernas com o uso de modulação da

intensidade do feixe de tratamento como no caso das técnicas de Radioterapia de

Intensidade Modulada (IMRT) e Radioterapia Volumétrica Modulada em Arco (VMAT).

Além da inserção destas técnicas de tratamento, houve uma crescente preocupação com

a precisão do posicionamento diário do paciente para garantir que dose altamente

conformada seja realmente entregue aos tecidos tumorais, recebendo os tecidos sadios

próximos ao volume alvo a menor dose possível. Esta preocupação incentivou o

desenvolvimento de acessórios práticos e confiáveis para a verificação do posicionamento

dos pacientes, dentre eles, o Dispositivo Eletrônico para Imagens Portais (EPID).

Tendo em vista essas evoluções e com o objetivo de manter-se na vanguarda da

radioterapia no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) completou a instalação de

um acelerador linear Trilogy (figura 1), um dos modelos mais avançados da fabricante

Varian Medical Systems (Palo Alto, CA, EUA), no final de 2009. Este aparelho pode

realizar técnicas de Radioterapia Guiada por Imagem (IGRT) com tomografia em

quilovoltagem e também técnicas de Gating respiratório. Ademais, ele possui um EPID

modelo aS500-II com matriz de detectores do tipo fotodiodos imersos em uma camada

de silício amorfo, habilitado para medir matrizes de dose acumuladas, interpretadas pelo

programa Portal Dosimetry. Este último é um componente do ambiente ARIA e que

funciona junto às demais abas de trabalho do sistema de planejamento Eclipse, versão

13.6.

O sistema de dosimetria adquirido pelo INCA, utilizando o EPID, é um dos

pioneiros no Brasil e a sua implementação para uso dosimétrico foi tema de uma

dissertação de mestrado recente [1].

Concebido para facilitar a verificação de posicionamento dos pacientes, os EPIDs

foram posteriormente alvo de estudos sobre sua função como dosímetro. Ao longo da

evolução dos modelos, firmou-se cada vez mais esta característica, consequência da

evolução dos parâmetros de estabilidade, precisão e reprodução da sua leitura,

principalmente nos modelos baseados em silício amorfo.

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10

Figura 1: Acelerador linear Trilogy com EPID

aS500-II em posição de uso.

A necessidade da criação de um programa de dosimetria in vivo foi indicada e

defendida pela Comissão Internacional de Unidades e Medidas em Radiação [2,3] para a

realização de técnicas avançadas com modulação do feixe e também para as técnicas

conformais. A dosimetria in vivo é o único procedimento de, realmente, se averiguar o

processo de entrega da dose diretamente ao paciente. Diferentes tipos de sistemas

dosimétricos foram empregados para este fim [4], seja para medidas em fantomas quanto

em pacientes. Entre eles é possível citar os dosímetros termoluminescentes (TLD), os

dosímetros de luminescência por estimulação óptica (OSL), as câmaras de ionização, os

diodos e os filmes radiocrômicos.

O objetivo desta tese é implantar uma metodologia simples de retroprojeção de

dose no isocentro, pela realização de medidas dosimétricas in vivo da dose transmitida

pelo paciente e coletada no EPID (figura 2). Dividiu-se o objetivo principal em duas

etapas, cada uma fornecendo conteúdo para um artigo original. O primeiro artigo descreve

o algoritmo computacional criado (apresentado na íntegra no Apêndice A) para

retroprojeção da dose e sua validação através de medidas em objeto simulador. O segundo

artigo, teve como objetivo analisar as medidas in vivo realizadas em 12 pacientes com

câncer de próstata tratados entre 2016 e 2017 no INCA, assim como avaliar o

procedimento quanto à sua eficiência na detecção de erros na entrega da dose.

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11

Figura 2: Ilustração esquemática da metodologia de retroprojeção da dose

transmitida. A fluência incidente (seta vermelha) interage com o objeto

simulador ou paciente, é transmitida (seta verde) e coletada no EPID. A

dose medida é computacionalmente corrigida e retroprojetada para o

isocentro de tratamento (seta amarela).

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12

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Alta tecnologia em radioterapia

As técnicas e modalidades de tratamento em radioterapia evoluíram enormemente

nos últimos 50 anos. Cada vez mais, tratamentos são personalizados e ajustados às

necessidades individuais dos pacientes. A utilização de prescrições, tamanhos de campo

e blocos de proteção de dimensões fixas estão cada vez mais no passado. E grande parte

desta evolução se iniciou com a disseminação da simulação tridimensional (3D), com

emprego de uma tomografia computadorizada (TC) no planejamento.

A inserção da TC de simulação na radioterapia permitiu aos radio-oncologistas

delimitar de forma mais precisa a região alvo de tratamento ao mesmo tempo em que

propiciou, verdadeiramente, a avaliação das doses entregues em órgãos sadios adjacentes.

Foi possível, então, correlacionar de forma estatística as probabilidades de complicações

do tratamento em função da dose recebida pelos órgãos de risco e, também, criar uma

ferramenta crucial para a análise quantitativa dos planejamentos que é o histograma dose-

volume (DVH).

A evolução iniciada pela inserção da simulação 3D veio acompanhada do

crescimento vertiginoso das aplicações de informática. Sendo assim, uma era de alta

complexidade computacional e refinamento dos algoritmos de cálculo teve início,

concomitantemente com uma maior preocupação com a segurança e o gerenciamento de

todo o fluxo de tratamento em radioterapia.

Para acompanhar este panorama de evolução, a ICRU publicou dois protocolos,

números 62 e 83 [2,3], como guias de prescrição e registro das doses entregues aos

pacientes submetidos à radioterapia. Definindo, assim, uma padronização para o

delineamento de volumes alvos e órgãos de risco.

Dentro do cenário de atualização dos sistemas de planejamento computacionais e

evolução dos algoritmos de cálculo de dose, deu-se abertura à modernização das técnicas

de entrega de dose. Por volta da década de 90 surgiram os primeiros trabalhos

empregando tratamentos com intensidade modulada do feixe de radiação (IMRT). No

início dos anos 2000, foram propostas técnicas com novos graus de liberdade e modulação

aos tratamentos de radioterapia, como por exemplo as técnicas de intensidade modulada

em arco (IMAT) [5] e intensidade volumétrica modulada (VMAT).

Ao mesmo tempo em que as técnicas de tratamento evoluíram, cresceu a

preocupação com a garantia da reprodução dos tratamentos diários e com a segurança do

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paciente. Abriu-se espaço para o avanço das técnicas de posicionamento e verificação

baseadas em imagem ou radioterapia guiada por imagem (IGRT). Estas técnicas

empregam dispositivos de aquisição de imagem integrados aos aceleradores lineares para

realizar uma aquisição prévia ou durante o tratamento. Dentre as modalidades de imagem

mais utilizadas estão a radiografia digital, via raios-X de energia na faixa de quilovolts

(kV) ou com a energia de tratamento de megavolts (MV), e a reconstrução de uma

tomografia computadorizada por feixe cônico (CBCT). Os sistemas de detecção de

imagem mais empregadas na atualidade utilizam detectores matriciais com base em

silício amorfo (aSi) e os dispositivos mais conhecidos para obtenção de imagens MV de

posicionamento são os EPIDs.

2.1.1. Técnicas de modulação da intensidade do feixe – IMRT e VMAT

A radioterapia com intensidade modulada é uma das técnicas de tratamento mais

empregadas pelos serviços de ponta em radioterapia e possui diversas vantagens quando

comparada aos tratamentos conformados. Duas de suas características principais são: a

alta conformação da distribuição de dose e a existência de altos gradientes de dose em

distâncias bem pequenas.

Desde o seu surgimento, foram várias as abordagens desenvolvidas pelos

diferentes fabricantes para atingir a modulação ideal dos feixes de tratamento. E,

juntamente com as diferentes abordagens, evoluíram os sistemas de planejamento e

algoritmos de cálculo para estimar as doses administradas.

As modalidades de IMRT mais comuns utilizam os colimadores de múltiplas

lâminas (MLC) com movimentação durante a entrega da dose. Estas técnicas de IMRT

com emprego de MLC são divididas em duas categorias, segundo o tipo de movimento

das lâminas: MLC dinâmico, ou Sliding-window e múltiplos segmentos estáticos, ou Step-

and-shoot.

A modalidade mais utilizada para os tratamentos de IMRT no INCA é a Sliding-

window, caracterizada pela movimentação de lâminas com velocidade variável enquanto

o acelerador entrega a dose com taxa aproximadamente constante. Esta técnica é

altamente dependente da constância e estabilidade das lâminas do MLC e requer

procedimentos específicos e complexos de controle da qualidade. Como rotina no setor

de radioterapia do Instituto Nacional de Câncer, emprega-se testes diários de

reprodutibilidade e identificação de erros aleatórios no MLC.

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No ano de 1995, Yu propôs a aplicação de uma nova técnica de modulação do

feixe de radiação, não mais restrita ao MLC, mas que variava também a taxa de entrega

da dose e inseria movimento dinâmico ao gantry, chamada de IMAT [5], cuja adaptação

para emprego de um arco completo único ficou conhecida como VMAT. No INCA, esta

técnica foi inserida na rotina de tratamentos do acelerador linear Trilogy no ano de 2012

e, na atualidade, já representa quase 80% do volume total de tratamentos deste aparelho.

Ela introduz uma série de vantagens dosimétricas e práticas em relação ao IMRT

tradicional, conforme comprovam estudos em literatura [6-7], além de reduzir

significativamente o tempo de tratamento em comparação com o IMRT.

Ambas as técnicas de modulação do feixe requerem um verificação pré-

tratamento, que é um assunto frequente na literatura e também preconizada por protocolos

internacionais [3]. Diferentes são as formas de realizar tal procedimento, sendo as mais

comuns realizadas com o emprego de matrizes de detectores de radiação, filmes

dosimétricos e EPIDs. Esta verificação tem o intuito de avaliar se o acelerador linear e

seu MLC têm a capacidade de reproduzir, dentro de uma margem de tolerância, os

resultados calculados nos sistemas de planejamento e, ao mesmo tempo, detectar

possíveis erros no tratamento antes da realização do mesmo.

A verificação pré-tratamento empregada por grande parte dos serviços de

radioterapia é a análise comparativa de matrizes de dose planar, planejadas versus

irradiadas, seja campo a campo ou com doses totais, e várias são as metodologias para

quantificar as diferenças entre estas distribuições de dose, sendo o Índice Gama, proposto

por Low e colaboradores [8], a mais difundida.

2.1.2. A tendência ao hipofracionamento e escalonamento das doses

A evolução das técnicas de tratamento e modalidades de imagem para verificação

de posicionamento dos pacientes fez com que as pesquisas em radioterapia revisitassem

conceitos antes dados como ultrapassados, como, por exemplo, o hipofracionamento

extremo.

Os tipos de fracionamento mais comuns em radioterapia são classificados da

seguinte forma:

a) Fracionamento convencional - doses diárias entre 1,8 e 2,0 Gy em dias

consecutivos;

b) Hipofracionamento moderado - doses diárias entre 2,5 e 3,0 Gy em dias

consecutivos;

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c) Hipofracionamento extremo - doses diárias de 6 a 18 Gy em dias

alternados;

d) Dose única - doses de 15 a 24 Gy em aplicação única.

A fundamentação teórica para os fracionamentos em radioterapia vem da

radiobiologia. Segundo o modelo linear-quadrático e curvas de sobrevida celular versus

dose de tratamento, os tecidos tumorais são mais sensíveis à radiação do que os tecidos

sadios até um limiar de dose (figura 3). Este modelo assume que existem dois

componentes atuantes na morte celular após exposição à radiação, um proporcional à dose

absorvida (descrito pela constante ) e outro proporcional ao quadrado da dose absorvida

(descrito pela constante ). Para cada tipo de tecido há uma dose para qual estas duas

componentes de atuação na morte celular se igualam, e esta dose é conhecida como razão

/. Observando as curvas de sobrevida celular conclui-se que, tumores apresentam

resposta precoce à radiação, traduzida em uma razão / grande, da ordem de 10, já os

tecidos sadios têm resposta lenta, traduzida em razão / aproximada de 3 [9]. Desta

forma, o tipo de fracionamento mais aplicado historicamente em radioterapia foi o

fracionamento convencional. Porém, novas pesquisas indicam que alguns tipos de

tumores, principalmente de próstata e mama, apresentam uma razão / aproximada de

1,5 [10] e 5,0 [11], respectivamente, o que os torna menos sensíveis ao fracionamento

convencional e alvos atrativos para hipofracionamentos moderados ou extremos.

Figura 3: Curvas de probabilidade de controle tumoral e dano ao tecido

normal, bases para os fracionamentos de dose em radioterapia.

Historicamente, o tratamento hipofracionado foi testado para diversos sítios,

porém com resultados insatisfatórios devido ao alto índice de complicações decorrentes

Dose de radiação (Gy)

Pro

bab

ilid

ade

de

con

tro

le (

%)

Controle Tumoral

Dano ao

tecido normal

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das altas doses em tecidos sadios. Isto aconteceu, basicamente, pela ausência de

metodologias eficientes de concentração e conformação de dose aos órgãos de risco,

numa época em que a técnica 3D conformacional era a tecnologia de vanguarda. A

capacidade de realmente alcançar níveis eficientes de conformação somente foi atingida

com as técnicas de IMRT e VMAT.

Neste cenário, a técnica de radioterapia estereotáxica corpórea (SBRT) surgiu

como uma extrapolação do conceito de radiocirurgia estereotáxica (SRS), utilizada desde

1950 para tratamentos de tumores e metástases cerebrais, porém contemplando o

tratamento de outros sítios pelo corpo, e.g. tumores de pulmão e coluna. A SBRT combina

alta conformação de doses das técnicas moduladas com precisão de posicionamento via

IGRT e hipofracionamento extremo para atingir resultados terapêuticos superiores em

cursos de tratamentos acelerados. Está comprovada na literatura para tratamentos de

neoplasias de pulmão em estágio inicial [12-13] e também para metástases de pulmão

[14-15] e coluna vertebral [16-17]. Atualmente alguns trabalhos para aplicação de SBRT

para tumores de próstata estão em andamento [18-19] com uso de doses diárias variando

de 6,1 Gy em 7 frações alternadas a 7,25 Gy em 5 frações.

Já o hipofracionamento moderado apresenta-se como prática consolidada para os

tratamentos de tumores de próstata e mama em diversos serviços de radioterapia pelo

mundo. Há três grandes protocolos de estudo comparativo de não inferioridade para estes

tratamentos de próstata: CHHiP (fracionamento de 60 Gy em 20 frações) [20], RTOG

0415 (fracionamento de 70 Gy em 28 frações) [21] e PROFIT (fracionamento de 60 Gy

em 20 frações) [22], sendo que o grupo de trabalho do protocolo CHHiP divulgou

recentemente um relatório de seguimento de cinco anos dos pacientes com resultados

animadores [23]. Para os tratamentos de mama, o protocolo mais difundido é o RTOG

1005 [24], que propôs o fracionamento de 40 Gy em 15 frações para tratamento de mama

isolada, com possibilidade de reforço integrado de 48 Gy com 3,2 Gy/dia.

Esta tendência atual de uso de hipofracionamento moderado e, principalmente,

hipofracionamento extremo reforça ainda mais a necessidade de um bom programa de

controle da qualidade nos serviços de radioterapia. Uma vez que, para fracionamentos

curtos, um erro de entrega da dose em uma só fração pode culminar em um efeito adverso

grave ou fatal, ou mesmo gerar uma perda terapêutica difícil de ser compensada nas

demais frações de tratamento. Sendo assim, estas modalidades de tratamento curtas se

tornam alvo prioritário e demandam implantação de um programa de dosimetria in vivo

institucional.

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2.2. Dosimetria in vivo em radioterapia

A dosimetria in vivo envolve a leitura direta da dose de radiação aplicada ao

paciente durante a radioterapia. O seu objetivo é garantir que o tratamento transcorreu de

acordo com planejamento prévio, respeitando a prescrição médica. Segundo a Agência

Internacional de Energia Atômica (IAEA) [25], o objetivo primário da dosimetria in vivo

é o controle da qualidade de todo o processo da radioterapia, sendo assim, uma parte

importante do manejo da qualidade do serviço de radioterapia. Este relatório da IAEA

descreve bem a capacidade de um bom programa de dosimetria in vivo:

“Dosimetria in vivo é usada para uma verificação completa da cadeia de preparação e

entrega do tratamento. Desta forma, ela mede a dose de radiação para o paciente, que

pode ser afetada por várias variáveis ao longo de todo processo da radioterapia. Os

resultados globais das medidas de doses dos pacientes fornecem a informação necessária

para obter a precisão e exatidão do planejamento e entrega da dose para um sítio

específico de tratamento, ou para determinada máquina de radioterapia. Dosimetria in

vivo é também uma ferramenta para a detecção de erros sistemáticos e de prevenção de

exposições indesejadas aos pacientes submetidos à radioterapia...” [25]

Ainda que um método extremamente eficiente na detecção de erros, a dosimetria

in vivo não impede a exposição acidental de uma determinada fração de tratamento, dado

que as medidas são provenientes de um tratamento já realizado.

Outra característica importante da dosimetria in vivo é a possibilidade de fazer um

registro real das doses recebidas pelos pacientes em radioterapia, mesmo que não sejam

identificadas variações importantes ou desvios significativos em relação à dose prescrita.

A metodologia mais bem estabelecida na literatura para a sua realização é a

medida da dose de entrada na pele dos pacientes empregando dosímetros de estado sólido,

principalmente diodos. Nesta metodologia uma série de correções deve ser aplicada para

obtenção da dose estimada dentro do volume alvo do paciente. Apresenta-se como um

método eficaz para a identificação de erros provenientes da calibração do feixe, uso

incorreto de acessórios, movimentação inesperadas das lâminas do MLC e diferenças de

distância no posicionamento do paciente. Já a dosimetria in vivo por transmissão, ou de

saída, é um método que detecta todos os tipos de erros indicados acima e, adicionalmente,

fornece informação sobre alterações na anatomia do paciente, como perda ou ganho de

peso. Porém, ambas as metodologias estão limitadas a verificações pontuais. Neste

campo, a evolução dos sistemas de detecção de imagem tipo EPID vem se popularizando

como ferramenta para realização de medidas in vivo. Uma vez que, além de possuir alta

resolução espacial, representa uma matriz de pontos avaliados, permitindo, assim,

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avaliações mais complexas planares ou mesmo reconstruções tridimensionais. Além

disso, talvez a característica mais interessante do emprego dos EPIDs para dosimetria in

vivo seja a praticidade, já que este se encontra agregado ao aparelho de tratamento, possui

manipulação automatizada na maioria dos casos e, finalmente, pode ser usado sem

contato ou preparo específico do paciente.

A falta de praticidade pode ser uma das justificativas para explicar porque, apesar

de recomendada por órgãos de referência, a dosimetria in vivo ainda se encontra pouco

difundida e implantada em rotina clínica nos serviços de radioterapia pelo mundo. Mesmo

considerando a existência de vários sistemas comerciais de dosimetria in vivo, as

metodologias empregando diodos ou detectores de leitura indireta, como os TLD e OSL,

ainda são pouco utilizadas fora do ambiente de pesquisa. Desta forma, e como medida de

incentivo, a IAEA [25], a Associação Europeia para Radioterapia e Oncologia (ESTRO)

[26] e a Associação Americana de Físicos em Medicina (AAPM) [27] publicaram

relatórios e guias de implantação clínica de dosimetria in vivo em radioterapia. Fruto

destes documentos, em conjunto com a literatura pertinente, abaixo são descritas

suscintamente as características e experiências em dosimetria in vivo utilizando alguns

sistemas comerciais.

2.2.1. TLDs.

Os dosímetros termoluminescentes ou TLDs são dosímetros que se baseiam no

princípio físico de que os elétrons produzidos pela interação de fótons com o meio, desde

que providos com energia suficiente, podem interagir e ficar armadilhados em materiais

que apresentam estados metaestáveis.

Depois de irradiados, os TLDs devem ser estimulados termicamente para

produção de fótons ópticos. Estes fótons são coletados por um aparato de detecção, que

quantifica esta emissão, permitindo, assim, uma associação com a dose absorvida pelo

detector. Uma característica importante a ser considerada no uso dos TLDs está no fato

de que o registro da dose se perde depois de realizada a leitura. Por outro lado,

empregando um tratamento térmico e calibrações adequadas o dosímetro TL pode ser

utilizado inúmeras vezes.

Os dosímetros TL podem ser encontrados em diversas formas físicas e químicas,

sendo a composição mais comum para uso em radioterapia o fluoreto de lítio dopado com

magnésio e titânio (LiF:Mg,Ti), normalmente fornecido em pó ou em pastilhas (figura 4

e 5).

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Figura 4: Pastilhas de LiF (TLD).

Figura 5: LiF (TLD) em pó.

A resposta TL, de modo geral, apresenta ótima linearidade com a dose e pequena

dependência energética [28]. Além disso, uma boa calibração em dose, usualmente

referenciada a uma medida com câmara de ionização, associada a um bom aparato óptico

de leitura, permite se alcançar resultados com precisão e exatidão na faixa de 1 a 2% [29].

Nos últimos 40 anos, os TLDs têm sido empregados como metodologia

consolidada para verificações in vivo em radioterapia [30-32].

2.2.2. Diodos

A maioria dos diodos semicondutores é feita de silício dopado. Dependendo do

tipo de material da dopagem, este pode ser um diodo tipo “n” ou “p”. De toda forma, faz-

se necessária a criação de uma junção tipo p-n para configurar suas características

dosimétricas. Desta forma, durante uma irradiação do detector, são criados pares elétron-

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lacuna, que se movem sob a ação do campo elétrico na região de depleção do diodo. A

corrente elétrica gerada pela movimentação destas cargas elétricas pode ser coletada e

correlacionada com a dose absorvida via uma curva de calibração.

Os diodos são detectores sensíveis e, por conta disto, estes dispositivos são

comercializados na forma encapsulada, que, além de proteger o detector, ainda fornece

capa de build-up que facilita obtenção de condição de equilíbrio eletrônico de partículas

(figura 6). A resistência interna e sensibilidade dos diodos apresenta variação com a

temperatura, sendo assim é recomendada a quantificação deste efeito durante a calibração

do dispositivo ou a utilização de materiais isolantes junto ao detector, de modo a evitar

variações bruscas de temperatura, como, por exemplo, ao contato com a pele dos

pacientes.

Figura 6: Exemplos de diodos semicondutores

com capa de build-up.

Em geral, os diodos semicondutores são ótimas escolhas para a dosimetria in vivo

em radioterapia devido a sua alta sensibilidade, boa resolução espacial proferida graças

ao pequeno volume de detecção, resposta instantânea e robustez. Há uma série de

publicações sobre emprego destes dosímetros [32-36] e protocolos com orientações sobre

calibração e utilização dos diodos em dosimetria in vivo [27].

Marion Essers e Bem Mijnheer realizaram uma revisão crítica da literatura sobre

dosimetria in vivo em 1999 [29], na qual apresentaram uma tabela com resultados de

diversos estudos (tabela 1). Os resultados incluem doses projetadas em um ponto dentro

do paciente e também doses superficiais, empregando tanto TLDs quanto diodos.

Observou-se que a dosimetria in vivo foi capaz de identificar desvios de dose acima de

5% em relação à prescrição em aproximadamente 4% dos tratamentos, média

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considerando os estudos, sendo a maioria destes desvios de origem estatística. Os autores

concluem que é razoável estimar que o percentual de pacientes de radioterapia que

recebem tratamentos com desvios de dose em relação à prescrição superiores à 5% é da

ordem de 0,5 a 1,0%. Este valor é conservador e considera o emprego de aceleradores

lineares modernos que possuam sistemas de gravação e verificação (R&V), a existência

de um programa de garantia da qualidade efetivo e técnicas de tratamento mais

convencionais. Para cenários diferentes, este intervalo de desvios de dose pode chegar a

10% dos pacientes. Além disso, somente metade dos desvios de entrega de dose acima de

5% identificados seria efetivamente detectada utilizando outras modalidades de

verificação que não a dosimetria in vivo.

Tabela 1: Estudos nos quais a rotina de dosimetria in vivo foi realizada ao início dos

tratamentos.*

Referência Nº de

pacientes

Ponto de

medida Erros >5%

Erros

sistemáticos >5%

Lahtine et al. [37]

Noel et al. 1987 [38]

Noel et al. 1995 [39]

Calandrino et al. [40]

Lanson et al. [41]

1991

792

7519

650

378

Entrada (pele)

Interno

Interno

Entrada (pele)

Interno

197 (9,0%)

17 (2.1%)

654 (8.7%)

-

-

57 (2.9%)

7 (0.9%)

49 (0.65%)

3 (0.45%)

3 (0.8%)

* Retirada e traduzida do trabalho de Essers et al. [29], página 251.

2.3. Dispositivos Eletrônicos para Imagens Portais (EPIDs)

A precisão necessária para a boa reprodutibilidade dos tratamentos em

radioterapia quanto ao posicionamento diário dos pacientes foi amplamente abordada por

diversos estudos em décadas passadas e a estratégia da realização de verificações através

de imagens portais difundida pelo mundo [42-43].

Primariamente, estas imagens eram obtidas com a utilização de filmes

radiológicos ou similares aprimorados para o uso em oncologia. Entretanto, a evolução

tecnológica permitiu a substituição deste método de detecção por outros mais diretos, seja

com o uso de fluoroscopia ou de matrizes de câmaras de ionização líquidas. Já nos anos

1990 surgiram os primeiros EPIDs baseados em câmaras tipo CCD e deu-se início às

pesquisas com semicondutores. Esta evolução culminou nos modelos mais recentes de

matrizes de fotodiodos imersos em silício amorfo (aSi).

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22

2.3.1. Características do aS500-II

A nomenclatura aS500-II foi determinada pela Varian para o sistema duplo

constituído pela unidade de detecção de imagem (IDU) modelo 20 e o sistema de

aquisição de imagens de terceira geração (IAS3). Sendo o IAS3 responsável pelas

interfaces entre o acelerador, o IDU e o braço mecânico do Portal, modelo Exact Arm no

Trilogy do INCA. Algumas das características do detector dependentes do sistema de

aquisição de imagens são: número de frames por segundo e saturação do detector.

A unidade de detecção de imagem é composta por três camadas (figura 7), sendo

a mais superficial de 1 mm de cobre, usada para remover fótons de baixas energias e

elétrons produzidos no paciente. A segunda camada é de material cintilador, o oxissulfeto

de gadolínio dopado com térbio (Gd2O2S:Tb), de espessura micrométrica. O material

cintilador converte parte da energia depositada no mesmo em luz visível e esta é coletada

pelos fotodiodos da terceira camada. Estes fotodiodos são compostos de silício amorfo e

estão depositados sobre um transistor de filme fino (TFT) em uma matriz de 512 x 384

elementos em uma área de 40 x 30 cm². O sinal eletrônico obtido em cada elemento é lido

separadamente e o processamento de todos os sinais em conjunto dá origem à imagem

bruta do EPID [44].

Figura 7: Camadas internas do IDU.

A espessura água equivalente do IDU é de aproximadamente 1 cm. A resolução

espacial obtida nas imagens com este modelo de EPID é de 0,784 mm e o sistema de

aquisição de imagens permite a medida de trinta frames por segundo.

Vários foram os estudos publicados sobre a caracterização dos EPIDs baseados

em silício amorfo dos mais diversos fabricantes dentre eles um trabalho de Van Esch e

colaboradores [45] sobre o EPID modelo aS500 com sistema de aquisição IAS2. Os

autores mostraram que a saturação do detector é um fator altamente relevante para

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medidas com o EPID próximo ao isocentro do aparelho. Este efeito torna-se mais

importante com o aumento da taxa de dose, podendo gerar erros de até 25%. Esta

saturação foi bastante reduzida, segundo o fabricante, com a adoção do sistema de

aquisição de imagens IAS3, tornando-se perceptível somente para taxas de dose

superiores a 1000 cGy/min. A análise da linearidade do detector em função da dose

mostrou um desvio menor do que 2%, quando comparada àquela obtida com câmara de

ionização para um número de unidades monitoras acima de trinta. Para valores menores

de unidades monitoras, o desvio pode chegar a 6%. As medidas de dependência da leitura

do EPID com a taxa de dose foram feitas variando a posição do portal e apresentaram

uma concordância superior a 98% com a adoção da câmara de ionização como dosímetro

de referência. A concordância mostrou-se superior a 99% quando os resultados foram

comparados àqueles obtidos teoricamente com o emprego da lei do inverso do quadrado

da distância.

A durabilidade e a resistência dos detectores tipo aSi foram investigadas por

Antonuk e colaboradores [46]. Estes autores reportaram uma variação de apenas 1,3% na

leitura de referência do portal após uma irradiação de 104 Gy.

A dependência espectral do detector aSi foi analisada por Kirkby e colaboradores

[47] e foi constatada alta sensibilidade para baixas energias, 6 MeV ou menos,

justificando assim a inserção de placas metálicas antes do cintilador.

A caracterização das propriedades dos modelos de EPID baseados em silício

amorfo e seu melhor conhecimento pela comunidade científica ajudaram a impulsionar a

sua aplicação como dispositivo único para verificações pré-tratamento de tratamentos

dinâmicos. O seu desempenho comparado ao filme dosimétrico para avaliações relativas

foi abordado por alguns autores [44,48]. Concomitantemente, uma metodologia

diferenciada foi desenvolvida e implementada comercialmente pela Varian para cálculo

de doses previstas para o EPID dentro do sistema de planejamento a partir do trabalho de

Van Esch e colaboradores [45].

2.3.2. Emprego clínico dos EPIDs

Em adição ao uso rotineiro do EPID para realização de imagens portais, novas

aplicações têm sido propostas ao longo dos últimos anos para explorar sua potencialidade

como dosímetro ou mesmo sua alta resolução espacial como um substituto prático para

verificações mecânicas antes realizadas com filmes.

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Os modelos mais recentes de EPID possuem características de estabilidade e

repetitividade mais acuradas para o uso dosimétrico, principalmente os modelos baseados

em silício amorfo. Sendo assim, seu uso para verificação de parâmetros de estabilidade

do feixe, como simetria, planura e rendimento relativo também foi alvo de estudo [49].

Budgell e colaboradores [50] abordaram a capacidade de medida do EPID para baixas

doses, comparando seus resultados com aqueles obtidos com uma câmara de ionização

para campos relacionados a poucas unidades monitoras, usualmente empregados na

modalidade de tratamento de IMRT por múltiplos segmentos.

Uma consequência natural do emprego dosimétrico dos EPIDs foi seu uso para

verificação pré-tratamento, originalmente em planejamentos conformais e,

posteriormente, em planejamentos modulados. São frequentes as publicações envolvendo

EPID para o controle da qualidade dos tratamentos de IMRT [44,51].

Recentemente, como uma evolução dos trabalhos mais antigos de verificação de

dose planar, vários estudos foram conduzidos na direção de utilizar o EPID na verificação

pré-tratamento de modalidades de tratamento volumétricas e moduladas (VMAT) [52-

53], através de comparações de doses previstas e irradiadas de maneira acumulativa.

Além desta última, outras vertentes em franca ascensão do emprego dos portais

são a dosimetria in vivo dos tratamentos e a estimativa de dose volumétrica a partir das

imagens obtidas pelo EPID.

2.3.3. Dosimetria in vivo utilizando EPID

Van Elmt e colaboradores [54] discutiram as mais diversas formas e abordagens

de dosimetria portal disponíveis na literatura, classificando-as de acordo com a posição

do detector, presença de objeto simulador ou paciente no caminho do feixe e localização

do cálculo da dose, seja no nível do próprio detector ou reconstruída para o nível do

paciente. As abordagens consideradas mais efetivas para identificação de erros na entrega

da dose são as que calculam a dose ao nível do paciente utilizando medidas de dose

transmitida, conhecidas como dosimetria in vivo por retroprojeção.

François e colaboradores [55] descreveram e implantaram uma metodologia de

dosimetria in vivo pontual correlacionando o sinal medido com um EPID da Varian

Medical Systems com a dose em água para um objeto simulador em diferentes condições.

Metodologia similar foi implantada por pesquisadores italianos liderados por Angelo

Piermattei, que corrigiram os efeitos de espalhamento da radiação interno no paciente

através do uso da razão tecido-máximo (TMR) [56-58]. Uytven e colaboradores [59]

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empregaram uma metodologia diferente, utilizando a medida de dose no EPID,

manipulada computacionalmente, para obter a fluência de energia incidente e, de posse

desta, calcular a dose depositada no paciente utilizando um algoritmo do tipo cone-

colapsado, baseado no trabalho de Anders Ahnesjo [60].

Os pioneiros na utilização de dosimetria in vivo com EPID foram os pesquisadores

do The Netherlands Cancer Institute - Antoni van Leeuwenhoek Hospital, que

desenvolveram um algoritmo complexo e em tempo real para reconstrução de dose 3D,

para as mais diversas técnicas de tratamento, incluindo IMRT e VMAT, já implantado

clinicamente e cujos resultados cumulados de seis anos foram publicados em 2010 [61].

Certos autores [62-63] propõem, inclusive, a metodologia de dosimetria in vivo

bidimensional ou por reconstrução tridimensional como substituta da metodologia

tradicional de verificação pré-tratamento de feixes modulados utilizando doses planares.

Apesar de bem estudados e estabelecidos em alguns centros, a dosimetria in vivo

com EPID ainda é subutilizada, já que a maioria das soluções desenvolvidas envolvem

algoritmos e softwares “caseiros”, criados e estabelecidos para uso local. Seu potencial é

enorme, por ser uma metodologia que apresenta resultados confiáveis e cuja praticidade

de realização é muito superior aos métodos que empregam detectores de leitura indireta

ou afixados na pele dos pacientes. Além disso, favorece a análise da entrega de dose de

forma mais completa, podendo inclusive ser tridimensional e com significância clínica,

através da construção de histogramas dose-volume reais dos tratamentos diários.

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3. ESTRUTURA DA TESE

Esta tese foi estruturada de forma a apresentar a metodologia, resultados e

discussão do trabalho efetuado no formato em que foi apresentado à comunidade

científica, através da submissão de dois artigos científicos originais sequenciais.

O primeiro artigo, denominado “A simple method to back-project isocenter dose

of radiotherapy treatments using EPID transit dosimetry”, objetivou descrever e detalhar

o método de retroprojeção de dose desenvolvido bem como apresentar os resultados da

validação deste método através de medidas em um objeto simulador e auxílio de uma

câmera de ionização de pequeno volume. Foi submetido à Brazilian Journal of Radiation

Sciences em 03 de setembro de 2017 e aceito para publicação em 16 de outubro de 2017,

portanto, o texto inserido na tese corresponde integralmente ao texto publicado.

O segundo artigo, denominado “In vivo dosimetry for prostate radiotherapy

treatments using EPID back-projected dose” objetivou descrever a metodologia

empregada na realização das medidas realizadas in vivo em pacientes do INCA entre 2016

e 2017, bem como discutir e analisar criticamente os resultados encontrados. Foi

submetido à Physica Medica como artigo original em 12 de janeiro de 2018.

A segunda parte da tese envolveu diretamente medidas in vivo com pacientes em

tratamento de neoplasia de próstata no acelerador linear Varian Trilogy do INCA.

Portanto, previamente a realização destas medidas, o projeto de pesquisa intitulado

“Dosimetria in vivo por retroprojeção utilizando EPID para pacientes com neoplasias de

próstata” foi devidamente submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) institucional,

através da plataforma online unificada chamada Plataforma Brasil do Ministério da

Saúde. Em 26 de maio de 2016, o CEP emitiu parecer consubstanciado de aprovação para

o projeto de pesquisa sob o número 1.556.593 (Apêndice B). Este parecer condicionou a

realização da pesquisa à apresentação de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(TCLE) aprovado aos pacientes alvos da pesquisa. O modelo de TCLE utilizado objetivou

descrever os riscos e benefícios da pesquisa para o paciente e esclarecer ao mesmo todos

os pontos do procedimento ao qual ele seria submetido. A título de registro, o modelo de

TCLE aprovado e apresentado aos pacientes foi anexado a esta tese no Apêndice B.

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ARTIGO Nº 1

A SIMPLE METHOD TO BACK-PROJECT ISOCENTER DOSE OF

RADIOTHERAPY TREATMENTS USING EPID TRANSIT DOSIMETRY

Braz J Rad Sci. 2017, 5(3), pp. 1-18. doi: 10.15392/bjrs.v5i3.319

Silveira, Thiago Bernardino1,2, Cerbaro, Bianca de Quadros2, da Rosa, Luiz Antônio

Ribeiro2.

1Instituto Nacional de Câncer, Seção de Física Médica, Praça da Cruz Vermelha 23,

Centro, 23230-130, Rio de Janeiro, Brasil. 2Instituto de Radioproteção e Dosimetria, CNEN, Av. Salvador Allende, Barra da

Tijuca, 22783-127, Rio de Janeiro, Brasil.

Submetido em 03 de Setembro de 2017, revisado em 14 de Outubro de 2017, aceito para

publicação em 16 de Outubro de 2017.

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A SIMPLE METHOD TO BACK-PROJECT ISOCENTER DOSE OF RADIOTHERAPY

TREATMENTS USING EPID TRANSIT DOSIMETRY

ABSTRACT

The aim of this work was to implement a simple algorithm to evaluate isocenter dose in

a phantom using the back-projected transmitted dose acquired using an Electronic Portal

Imaging Device (EPID) available in a Varian Trilogy accelerator with two nominal 6

and 10 MV photon beams. This algorithm was developed in MATLAB language, to

calibrate EPID measured dose in absolute dose, using a deconvolution process, and to

incorporate all scattering and attenuation contributions due to photon interactions with

phantom. Modeling process was simplified by using empirical curve adjustments to

describe the contribution of scattering and attenuation effects. The implemented

algorithm and method were validated employing 19 patient treatment plans with 104

clinical irradiation fields projected on the phantom used. Results for EPID absolute dose

calibration by deconvolution have showed percent deviations lower than 1%. Final

method validation presented average percent deviations between isocenter doses

calculated by back-projection and isocenter doses determined with ionization chamber

of 1,86% (SD of 1,00%) and -0,94% (SD of 0,61%) for 6 and 10 MV, respectively.

Normalized field by field analysis showed deviations smaller than 2% for 89% of all

data for 6 MV beams and 94% for 10 MV beams. It was concluded that the proposed

algorithm possesses sufficient accuracy to be used for in vivo dosimetry, being sensitive

to detect dose delivery errors bigger than 3-4% for conformal and intensity modulated

radiation therapy techniques.

Keywords: EPID, portal dosimetry, transit dosimetry, radiotherapy.

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1. INTRODUCTION

Over the years, radiotherapy has established itself as a leading modality for the

treatment of malignant tumors, through the insertion of modulated techniques of IMRT

(Intensity Modulated Radiation Therapy) and VMAT (Volumetric Modulated Radiation

Therapy), as well as improvement in patient positioning accuracy using image-guided

radiotherapy (IGRT).

These technological advances were followed up by major concerns on quality

assurance (QA) procedures and equipment performance tests [1]. Additionally, achieving

precision and reproducibility of treatments is one of the primary objectives of a

comprehensive quality assurance program in radiotherapy [2]. Among all methods of

error detection and dose delivery deviations measurements, in vivo dosimetry relies

among the most efficient. It is preconized when a radiotherapy department adds a new

technology or treatment modality, to verify complex dose delivery or even in daily routine

to identify gross errors that might occur [3].

The advent of Electronic Portal Imaging Devices (EPID) facilitated the acquisition

of digital images of patient positioning and gave rise to a series of studies on its dosimetric

properties, principally considering modern devices using amorphous silicon detectors

[4,5]. Presently the use of EPIDs is widespread for modulated techniques pre-treatment

verifications and some studies already demonstrated its application in both in vivo and

phantom transit dosimetry [6,7]. Mans et al. [8] highlighted the importance of this

modality on clinical routine after detecting only 17 errors, of which more than a half of

them would not be observed using other QA methods, among 4337 patients during an

EPID in vivo evaluation study.

Among all modalities described for in vivo dosimetry, the most efficient on

catching errors of different kinds, such as positioning, prescription, anatomic variation

and dose delivery deviation, were those that use transit dose measurements [9]. Dahlgren

et al. [10] and Spezi et al. [11] have created methods to predict dose transmitted by the

patient and collected at EPID level using refined algorithms of dose calculation, as Monte

Carlo or Superposition Convolution. Piermattei et al. [12] and Putha et al. [13] have

studied methods of in vivo punctual isocenter dose reconstruction. The former used

anatomic information provided by treatment planning computed tomography on the

algorithm of back projection of isocenter dose. The latter adjusted EPID measurements

using a Farmer ionization chamber (0,6 cm3) affixed on top of EPID cover. Recently,

Mijnheer et al. [14] and Celi et al. [15] have published results of their clinical experience

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using advanced tridimensional reconstruction and back projected transit dose

measurements.

It is observed that the major challenges for an adequate, efficient and reliable

methodology for the application of in vivo dosimetry with EPID are: the creation of

methods that use the patient's online anatomical information (i.e. IGRT with cone-beam

computed tomography - CBCT), the use of transmitted dose images as the primary and

exclusive source for calculating the back-projected doses (without reference to the

auxiliary detectors) and the use of computational methodologies and simple algorithms

for greater agility in the analysis process and response.

Therefore, the aim of this paper was to develop and establish a simple algorithm

to back project transmitted doses for isocenter treatment using static gantry techniques,

as conformal radiotherapy (3DCRT) and IMRT. The proposed algorithm was based on

empirical measurements in solid water associated to a deconvolution process of EPID

images and back projection of delivered doses to obtain isocenter absorbed doses.

2. MATERIALS AND METHODS

2.1. Linear accelerator and EPID

The linear accelerator used to carry out all characterization measurements and to

validate the proposed algorithm was a Trilogy (Varian Medical Systems, Palo Alto, CA),

with two photon beams available, namely 6 and 10 MV. It is equipped with an amorphous

silicon EPID model aS500-II and On-board Imager (OBI). The aS500-II is composed of

an image detection unit model IDU 20, a third-generation image acquisition system

(IAS3) and a mechanical arm attached to the accelerator. EPID useful detection area at

isocenter level is 40x30 cm2 and its images are generated with a resolution of 512x384

pixels.

The EPID works with a range of image acquisition modes, the one used for portal

dosimetry is named integrated image. When this acquisition mode is selected, the EPID

captures a group of frames, at a rate of approximately 9.5 frames/second, during all beam-

on time for a field. After beam stops, all frames are processed to compose a unique digital

image, already converted to dose by an arbitrary unit named Calibration Unit. More

details on this dosimetric calibration and detector characteristics were provided elsewhere

[6].

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2.2. The back-projection dose algorithm at isocenter

The basic operation principle of the proposed algorithm was to mathematically

process dosimetric images (integrated image) acquired with EPID positioned at the exit

of the radiation field after its interaction with a phantom. The algorithm was fully written

in MATLAB language (Math Works Inc., Natick, MA), version R2015a, due to its

efficiency in reading and interpreting data from DICOM images (Digital Imaging and

Communications in Medicine) and performing matrix operations.

The standard EPID positioning for all measurements was at a source detector

distance of 150 cm. In this configuration, the spatial resolution of acquired images was

approximately 0.5 mm projected on the isocenter plane. Several phenomena of beam

interaction were considered during the beam pathway until detection in the EPID:

scattering in the EPID, scattering on air between phantom and EPID and scattering inside

the phantom. These scattering effects together with an absolute dose calibration

referenced to an ionization chamber made the basis of the dose calculation algorithm.

It should be emphasized that the algorithm always considered the physical

thicknesses to calculate attenuation (equivalent water), and none heterogeneities

correction was made.

The steps for characterization and adjustment of the correction factors considered

in the algorithm for two photon energies, 6 and 10 MeV, are described in the following

sections.

2.2.1. EPID scattering correction and absolute calibration

As a first step, the algorithm defines the correction due to the difference in yield

between the measured doses in the central axis of the EPID for different sizes of radiation

field compared to the doses measured using an ionization chamber located at the same

distance from the radiation source. That difference arises from the fact that EPID is not

made of water equivalent material, thus its inner scattering is peculiar.

Measurements with ionization chamber were carried out with a Scanditronix-

Wellhoffer model IC15 chamber, with a sensitive volume of 0.13 cm3, using a 30 mm

diameter acrylic build-up cap to both qualities with the chamber effective point of

measurement placed at 150 cm source detector distance. The same distance was used for

EPID measurements. Square field sizes of 3x3, 4x4, 5x5, 8x8, 10x10, 12x12, 15x15 and

20x20 cm2 were irradiated. The final dose for both dosimetric sets was taken as the

average of three measurements. The ionization chamber was previously calibrated in a

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60Co source and all data was obtained by following recommendations and correction

factors proposed in the TRS No. 398 code of practice [16].

The doses in the central axis of the EPID were acquired by averaging the values

registered in a 6x6 pixels area, approximately 9 mm2. This approach minimized

misalignment deviations caused by uncertainties in EPID positioning.

The absolute dose conversion of EPID images can be described by equation 1.

𝐷𝑃𝑖𝑗 is the dose in the ij pixel of EPID as a function of the measured dose for each pixel

in Calibration Units (𝑀𝑃𝑖𝑗), after a deconvolution by a Kernel shaped curve (𝐾𝑒𝑟𝑛𝑒𝑙𝐸𝑃𝐼𝐷)

and fit by a correction factor (𝐹𝑐). The Kernel shaped curve used followed the formulation

developed by Wendling and collaborators [7], considering a Gaussian function with radial

symmetry described in equation 2.

𝐷𝑃𝑖𝑗 = 𝑀𝑃𝑖𝑗 ⊗−1 𝐾𝑒𝑟𝑛𝑒𝑙𝐸𝑃𝐼𝐷𝑖𝑗. 𝐹𝐶 (Equation 1)

𝐾𝑒𝑟𝑛𝑒𝑙𝐸𝑃𝐼𝐷𝑖𝑗 = 𝐶1 . {

𝐶2𝑒

−µ𝑟𝑖𝑗

𝑟𝑖𝑗2 𝑓𝑜𝑟 𝑟𝑖𝑗 ≠ 0

1 𝑓𝑜𝑟 𝑟𝑖𝑗 = 0 (Equation 2)

where 𝑟𝑖𝑗 was the distance between the ij pixel and the central axis of the image. The

values for C1, C2, µ and FC were obtained by an iterative process aiming the best fit to

minimize the differences between dose values measured on central axis of EPID and with

the ionization chamber.

2.2.2. Correction of EPID response after phantom interaction

A phantom positioned between the original radiation fluence and the detector

scatters the photons. This interaction contributes to the total amount of transmitted dose

measured on EPID. One can define the primary dose fluence collected in EPID (𝐹𝑙𝑢𝑖𝑗𝑃𝑟𝑖)

after phantom transmission as a function of the total dose measured in EPID (𝐷𝑃𝑖𝑗) and

additional scattering contribution for phantom insert on EPID (𝑆𝑐𝑎𝑖𝑗𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡−𝐸𝑃𝐼𝐷) as

described by equation 3.

𝐹𝑙𝑢𝑖𝑗𝑃𝑟𝑖 = 𝐷𝑃𝑖𝑗 − 𝑆𝑐𝑎𝑖𝑗

𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡−𝐸𝑃𝐼𝐷 (Equation 3)

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According to Wendling et al. [7], this radiation scattering contribution is related

to the exposed area and can be described as a function of total transmission (𝑇𝑖𝑗𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙)

measured by the portal imaging device, a ratio between the measurements with and

without phantom as attenuation material, by the following equation:

𝑇𝑖𝑗𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑇𝑖𝑗

𝑝𝑟𝑖 − 𝑆𝑐𝑎𝑖𝑗

𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡−𝐸𝑃𝐼𝐷

𝐷𝑃𝑖𝑗𝑎𝑖𝑟 (Equation 4)

whereupon 𝐷𝑃𝑖𝑗𝑎𝑖𝑟 is the EPID measured dose calculated by equation 2 for a direct

irradiation and 𝑇𝑖𝑗𝑝𝑟𝑖

is the primary transmission of the beam. This primary transmission

represents the dose interacting component transmitted by the phantom and incident on the

EPID. By definition, is also independent of the irradiated area and can be approximated

by the total transmission of an infinitesimal field size [7]. Authors observed that this

scattering contribution is also strongly influenced by dose variations within the irradiated

area.

To consider the impact of additional scattering contribution and its incorporation

in the back-projection algorithm, measurements were carried out in a solid 20 cm edge

cubic water phantom with its geometric center positioned at the isocenter of the

accelerator. Square field sizes of 3x3, 4x4, 5x5, 8x8, 10x10, 12x12, 15x15 and 20x20 cm²

were irradiated. To analyze dose variations inside irradiated area dependence, all

previously mentioned fields were also irradiated using dynamic filters (EDW) with

angulations of 30 and 60 degrees. By fitting a polynomial curve of total transmission

versus irradiated area and projecting the zero area, the values of 𝑇𝑖𝑗𝑝𝑟𝑖

were obtained for

each photon energy. The additional scattering contribution was calculated as a single,

uniform approximate factor for the whole dose matrix as a simplification of equation 4.

A graphic of 𝑆𝑐𝑎𝐶𝐴𝑋𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡−𝐸𝑃𝐼𝐷 versus dose pixel intensity values summation (Ʃ𝐷𝑃𝑖𝑗

𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡)

was plotted using these data, in association with the primary and total transmission values.

2.2.3. Primary dose calculation in the phantom

Calculation of primary dose inside the phantom (𝐷𝑖𝑗𝐼𝑠𝑜−𝑃𝑟𝑖) is dependent on the

primary fluence (𝐹𝑙𝑢𝑖𝑗𝑃𝑟𝑖) through the phantom, on the inverse square law to consider the

distance of detection to isocenter and on the length of attenuation material from isocenter

to the surface of beam exit. The source-detector distance to EPID was fixed, 150 cm, and

the isocenter was always located at 100 cm from the beam source. The process of beam

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interaction, from the point of interest of reconstruction to the exit of the phantom is given

in equation 5, which is a function of the total phantom thickness (Ltotal) and primary

transmission (𝑇𝑝𝑟𝑖).

𝐷𝑖𝑗𝐼𝑠𝑜−𝑃𝑟𝑖 = 2,25 . 𝐹𝑙𝑢𝑖𝑗

𝑃𝑟𝑖 . 1 (𝑇𝑝𝑟𝑖𝐿𝑒𝑥𝑖𝑡 𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙⁄ )⁄ (Equation 5)

2.2.4. Calculation of scattering dose contribution inside phantom

The scattering dose inside phantom was difficult to model due to its dependency

on several factors such as phantom width, irradiation area and intensity. Usually,

treatment planning systems calculate doses using convolution and superposition

algorithms to completely describe that phenomenon. To simplify the proposed algorithm

for back-projection, a procedure was chosen to use empirical reference doses measured

with ionization chambers and curve fitting processes to obtain scattering factors due to

the phantom thickness and due to the radiation intensity, ScaPhant-Thick and ScaPhant-Int,

respectively. This approach differs remarkably from the method proposed by Wendling

and collaborators [9], simplifying the previous methodology. Therefore, the total

scattering inside phantom can be described as:

𝑆𝑐𝑎𝑖𝑗𝐼𝑠𝑜 = 𝑆𝑐𝑎𝑖𝑗

𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡−𝑇ℎ𝑖𝑐𝑘. 𝑆𝑐𝑎𝑖𝑗𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡−𝐼𝑛𝑡 (Equation 6)

𝑆𝑐𝑎𝐶𝐴𝑋𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡−𝑇ℎ𝑖𝑐𝑘 was closely related to the primary transmission. The larger the

phantom width, the lower the primary transmission and the higher the scattering

contribution due to the radiation attenuation inside the material. In order to model this

phenomenon a phantom was irradiated considering fixed radiation field size, 10x10 cm2,

and dose, but varying phantom width from 5 to 25 cm. To quantify the contribution of

scattering within the phantom due to the variation of the irradiated area, a 15 cm fixed

thickness phantom of solid water was irradiated for square fields of 3x3, 4x4, 5x5, 8x8,

10x10, 12x12, 15x15 and 20x20 cm². Doses were measured with an ionization chamber

placed at the isocenter. 𝑆𝑐𝑎𝐶𝐴𝑋𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡−𝑇ℎ𝑖𝑐𝑘 and 𝑆𝑐𝑎𝐶𝐴𝑋

𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡−𝐼𝑛𝑡 were modeled by means of a

curve fitting of its value as a function of the phantom thickness and irradiated area,

respectively.

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35

2.2.5. Final dose at treatment isocenter

The algorithm to achieve final dose at the treatment isocenter is composed of:

EPID image deconvolution and absolute dose conversion, with and

without phantom;

Calculation of scattering contribution in air between phantom and EPID

using fitted curve and pixel intensity summation;

Primary transmission calculation using total transmission and additional

scattering contribution for phantom insert EPID;

Calculation of primary fluence at EPID by equation 3;

Calculation of entrance and exit path lengths inside the phantom;

Calculation of primary dose at isocenter by equation 5;

Calculation of attenuation dependent scattering contribution inside

phantom using fitted curve and phantom thickness;

Calculation of intensity dependent scatter contribution inside phantom

using fitted curve and irradiated area;

Quantification of total scattering inside the phantom by equation 6; and

Calculation of final dose at isocenter as a sum of primary dose and

scattering contribution (equation 7).

𝐷𝐶𝐴𝑋𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝐷𝐶𝐴𝑋

𝐼𝑠𝑜−𝑃𝑟𝑖 + 𝑆𝑐𝑎𝐶𝐴𝑋𝐼𝑠𝑜 (Equation 7)

2.3. Isocenter back-projection algorithm validation

In order to evaluate and validate the algorithm described and implanted for back-

projection of EPID measurements, comparative measurements using ionization chamber

were carried out in a solid water phantom. The phantom was composed of 30 x 30 cm2

solid water plates, summing 19 cm of total thickness, with a small volume (0.13 cm3)

ionization chamber placed 2.5 cm away from the geometric isocenter on the anterior-

posterior axis. The ionization chamber was calibrated in water by cross-calibration to a

Farmer type chamber that had been calibrated in 60Co source at a SSDL laboratory. All

readings were corrected by influence factors according to TRS 398 [18]. The phantom

was irradiated according to 19 treatment plans from previously treated patients. The

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treatment planning system (TPS) used was Eclipse (Varian Medical Systems, Palo Alto,

CA), version 8.6, using 3DCRT and IMRT techniques. Nine plans used 6 MV beams and

ten plans used 10 MV beams, totalizing 53 and 51 irradiation fields, respectively. The

algorithm used was the Analytical Anisotropic Algorithm (AAA) with no heterogeneity

correction applied. Validation plans were chosen to contemplate an extensive range of

therapeutic approaches, from box techniques with opposed fields to large IMRT fields

with split fields requirements. In each case, by multiple irradiations with identical field

setup of original plans, and projecting treatment isocenter at ionization chamber reference

effective point, as showed in figure 1, a set of three data were obtained: the EPID with

the direct irradiation (without phantom) of the detector positioned at 150 cm from the

source, dose transmitted through the phantom measured in the EPID and, simultaneously

to the second measurement, dose at the isocenter measured with the small volume camera.

Both EPID results were mandatory input parameters to perform back-projection

algorithm calculations. Furthermore, a cone-beam computed tomography was acquired

before irradiation and all DICOM data were used as source of information to the

algorithm to achieve attenuation thicknesses for each central axis projection along

irradiation gantry angles.

Dose analysis were carried out for total accumulate dose at isocenter (DI) and

field-by-field (DF), normalized to total isocenter dose, comparing back-projected results

(DFEPID and DIEPID) versus IC measurements (DFIC e DIIC). An analysis of deviations and

correlations were made to establish the intrinsic error associated to the implemented

method and to quantify its sensibility in identifying small errors or discrepancies on dose

delivery, aiming its use on in vivo dosimetry.

Figure 1: On the left, axial image showing incidence angles for one of the treatment plans

used, with isocenter positioned on the IC15 chamber. On the right, coronal image on IC

plane highlighting the chamber delineation to compute dose on dose-volume histogram.

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3. RESULTS

3.1. Correction due to inner scattering in EPID and absolute calibration

After an iterative process, C1, C2, µ and FC values were obtained for the best fit of

Kernel curves that describe EPID scattering, for both energies, as presented in table 1. In

each attempt, the proposed Kernel curve was applied in a deconvolution of EPID images.

To obtain central axis doses measured by the EPID, the overall fitting process was

finalized when a good agreement was obtained, lower than 0,5%, between ionization

chamber and EPID measurements for central axis doses considering all field size range.

Mean deviation calculated comparing EPID and ionization chamber dose results were -

0,20% and -0,26% to 6 and 10 MV, respectively. Figures 2 show output factors,

normalized for a reference field of 10x10 cm2, for 6 MV.

Table 1: Factors obtained by iterative process to define Kernel shape curves to describe

EPID scattering.

Beam C1 C2 µ Fc (cGy/CU)

6 MV

10 MV

1,028

0,892

5,00E-03

2,49E-03

2,20E-03

1,50E-03

160,0

105,2

Figure 2: Normalized output factor of 6 MV (left) and 10 MV (right) photons for

ionization chamber and EPID, before and after scattering compensation by deconvolution

and absolute calibration.

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38

3.2. EPID outcome correction after phantom interaction

Primary transmission (𝑇𝑖𝑗𝑝𝑟𝑖

) values of 0,3427 and 0,4694 were obtained for 6 and

10 MV, respectively, using a 20 cm thickness phantom. The graphics of the additional

scattering contribution (𝑆𝑐𝑎𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡−𝐸𝑃𝐼𝐷) versus pixel intensity summation of doses

measured by EPID were plotted according to equation 4, for open field irradiations and

dynamic wedges of 30 and 60 degrees. A linear fit was applied with good agreement for

all the data, as presented in figure 3.

Figure 3: Air scattering between phantom and EPID versus pixel intensity

summation. Fitted curves for nominal energies 6 and 10 MV are presented.

3.3. Scattering correction inside the phantom

As expected, it was observed that the contribution by primary transmission at the

phantom isocenter reduces with increased phantom thickness. Using fitted curves for

𝑆𝑐𝑎𝐶𝐴𝑋𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡−𝑇ℎ𝑖𝑐𝑘 and 𝑆𝑐𝑎𝐶𝐴𝑋

𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡−𝐼𝑛𝑡 the final scattering contribution was mathematically

modeled. For 𝑆𝑐𝑎𝐶𝐴𝑋𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡−𝐼𝑛𝑡 factor versus irradiated area, a fit of a polynomial curve as a

function of the area logarithm was made. For both energies, the best fit was achieved

using quadratic expressions, with good correlation coefficients: 0,999 for 6 MV and 0,984

for 10 MV.

Tables 2 and 3 presents 𝑆𝑐𝑎𝐶𝐴𝑋𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡−𝑇ℎ𝑖𝑐𝑘 and 𝑆𝑐𝑎𝐶𝐴𝑋

𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡−𝐼𝑛𝑡 values, normalized by

primary dose inside the phantom calculated following equation 5, as a function of

phantom thickness and irradiated area, respectively, considering 300 monitor units

irradiation per field.

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39

Table 2: Scattering due to the phantom thickness

normalized by primary dose inside phantom for a

fixed 10x10 cm2 field irradiation.

Thickness (cm) 6 MV 10 MV

5

7

0,211

0,255

0,223

0,270

9

15

19

25

0,291

0,347

0,384

0,428

0,290

0,325

0,345

0,371

Table 3: Scattering due to the radiation intensity

normalized by primary dose inside phantom for a

fixed 15 cm phantom thickness.

Irrad. Area (cm2) 6 MV 10 MV

9

16

0,200

0,242

0,244

0,279

25

64

100

144

225

400

0,271

0,326

0,352

0,362

0,379

0,398

0,298

0,320

0,326

0,328

0,330

0,338

In figure 4, the curve relating scattering radiation dose at isocenter versus radiation

field size is presented.

Figure 4: Correction due to radiation scattering inside the

phantom as a function of irradiated field size (using 300 monitor

units irradiation), for 15 cm phantom thickness.

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40

3.4. Validation of isocenter back-projection algorithm

A comparative analysis of isocenter doses calculated by the back-projection

algorithm obtained a mean percentage difference of 1,86% for the integral accumulate

dose (DI), for nine 6 MV irradiated plans, with a relative standard deviation (SD%) of

1,26%. For 10 MV, it was obtained a mean percentage difference of -0,94% with SD%

of 0,61%.

Considering normalized field-by-field comparisons, the distribution of individual

percentage differences is show on figure 5. One can note that most of the percentage

differences between DFEPID and DFCI were smaller than 2%, approximately 89% for 6

MV and 94% for 10 MV.

Figure 5: Percent differences between DFEPID and DFCI distribution

in field by field analisys.

4. DISCUSSION

4.1. The back-projection dose algorithm at the isocenter

The process of deconvolution and absolute calibration of EPID images has

showed a good agreement when compared with reference doses obtained with dosimetric

process using the ionization chamber, for both energies considered (6 and 10 MV). It was

obtained differences within 1% for all small field sizes up to 15x15 cm2. The biggest

differences of 1,4% for 6 MV and 0,77% for 10 MV were obtained at the edge regions.

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41

Therefore, it is reasonable to consider that differences smaller than 1% are adequate to

suggest future clinical application of the proposed method.

A good fit was also obtained by linear regression for characterization of additional

scattering contribution for phantom insert on EPID, showing higher coefficients of

determination, 0,985 to 6 MV and 0,991 to 10 MV. By analyzing acquired data for total

transmission, pixel intensity summation in EPID images and in air scattering

(𝑆𝑐𝑎𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡−𝐸𝑃𝐼𝐷), it was concluded that this effect cannot be calculated only as a function

of irradiated area. It was observed that, for the same irradiated field size and monitor

units, in the presence of enhanced dynamic wedges of 30 and 60 degrees, total

transmission was identical, but pixel intensity summation differed owing to beam

modulation. Consequently, values of 𝑆𝑐𝑎𝑃ℎ𝑎𝑛𝑡−𝐸𝑃𝐼𝐷 were very different, even

considering the same irradiation area. This phenomenon, as incorporated on proposed

algorithm, was extremely important on interpretation and back-projection of doses from

modulated beams from IMRT technique.

By separating the scattering inside the phantom in two co-dependent

contributions, ScaPhant-Esp and ScaPhant-Int, and relating them to IC chamber results, it was

possible to minimize computational cost of implemented algorithm, as well as facilitate

results analysis. Aiming to simplifying the algorithm, all differences encountered in

isocenter projected and actual doses were considered as coming from the inner scattering.

Since inner scattering is a very difficult phenomenon to describe, referring it to actual

measured doses was a conservative option.

As showed in figure 4, inner scattering contribution to the isocenter dose sharply

increases with field size, for both energies, following a near quadratic behavior for field

areas between 3x3 cm2 and 8x8 cm2. For larger values of the field area, the curve grows

smoother. For 10 MV, the curve presents, approximately, a plateau for fields bigger than

10x10 cm2, indicating that larger fields do not contribute significantly to the dose at

isocenter. Additionally, for 6 MV, although the curve does not present any plateau, the

increase of scattering dose for larger field sizes shows an almost linear behavior with

small slope. This fact can be explained by the range of secondary particles generated by

primary scattering due to radiation interaction with matter. The bigger the distance of

photon interaction, the lower the probability of deposited dose due to electrons at the

central axis area. Therefore, as observed, the increase of field sizes does not influence

scattering doses at the isocenter, although it exerts an important influence on other

considered factors to the method, such as on-air scattering between phantom and EPID.

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42

According to Wendling and collaborators [7] method, scattering of a beam inside

a phantom or patient is better described by a convolution operation using a Gaussian

composed Kernel curve. This procedure is very usual on radiotherapy, serving as the base

for several implemented algorithms of dose calculation available in commercial TPS. To

achieve a simple algorithm that simplifies back-projection for punctual dose, convolution

approach represents a laborious computational way, but without significant improvement

of accuracy for punctual dose analysis. However, for the proposed aim, the established

method is a simple solution and allows other radiotherapy departments to apply it soon,

despite smaller computational resources and programming knowledge.

4.2. Isocenter back-projection algorithm validation

Percent deviations obtained during algorithm validation indicate a good

agreement between back-projected doses and experimental measurements.

It was not observed significant differences in dose deviations at isocenter level

when comparing both treatment techniques, 3DCRT and IMRT, thus indicating good

performance of the method even when considering back-project doses due to modulated

beams.

A limitation of the method was identified when analyzing results for splitted

IMRT fields. In those cases, central axis doses were too small for some fields, at cGy

level (1 to 10 cGy), and measurements uncertainties in EPID and IC became more

relevant. This effect had small influence when total isocenter doses were analyzed, that

is, poor results comparing DFEPID with DFCI do not necessarily reflect as bigger deviation

comparing DIEPID with DICI. Hence, it does not represent a practical limitation.

Considering means and standard deviations obtained during validation, one can

conclude that the proposed method is sensitive in detecting isocenter dose deviations

greater than 4 and 3%, for 6 and 10 MV, respectively, and field-by-field deviations greater

than 3 and 2% (considering a confidence level of 95% and approximating data distribution

to a Gaussian behavior). These threshold values are compatible with others found in

literature to back-projection methods using EPID [13,14].

CONCLUSION

The implemented back-projection algorithm, by transmitted dose collected in

EPID, based on empirical measurements and computational model, have proved itself

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43

accurate and trustworthy method. It was modeled to use a single deconvolution process

to achieve EPID absolute dose and account for all radiation scattering contributions by

fitted curves. It successfully incorporated effects of inner scattering in EPID, air scattering

between phantom and EPID and inside phantom scattering.

All fitted curves used to describe and simplify mathematical approach regarding

scattering effects presented correlation coefficients above 98%. Absolute EPID

calibrations were carried out with deviations compared to ionization reference chamber,

being lower than 1% for both photon nominal energies: 6 and 10 MV.

The method was validated using nineteen treatment plans of 3DCRT and IMRT,

with static gantry angles, and a total of 104 irradiation fields projected on a specific

phantom, while collecting transmitted dose in EPID and absolute dose with an ionization

chamber positioned on isocenter. Average deviations comparing absolute isocenter doses

were smaller than 2% and field-by-field analysis showed agreement smaller than 2% for

89% and 94% of the fields for 6 and 10 MV, respectively.

Considering validation results, it was concluded that the proposed algorithm and

method have sufficient accuracy to be future tested in in vivo dosimetry for patients

treated with 3DCRT and IMRT techniques. The method was developed and designed in

such a way that it can be easily implemented clinically. It is expected to improve

radiotherapy quality assurance program as it might catch delivered dose deviations and

identify or even prevent accidental exposures.

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ARTIGO Nº 2

IN VIVO DOSIMETRY FOR PROSTATE RADIOTHERAPY TREATMENTS

USING EPID BACK-PROJECTED DOSE

Silveira, Thiago Bernardino1,2, Cerbaro, Bianca de Quadros2, da Rosa, Luiz Antônio

Ribeiro2.

1Instituto Nacional de Câncer, Seção de Física Médica, Praça da Cruz Vermelha 23,

Centro, 23230-130, Rio de Janeiro, Brasil. 2Instituto de Radioproteção e Dosimetria, CNEN, Av. Salvador Allende, Barra da

Tijuca, 22783-127, Rio de Janeiro, Brasil.

Submetido à revista PHYSICA MEDICA, com fator de impacto avaliado em 1.990, em 12

de Janeiro de 2018.

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IN VIVO DOSIMETRY FOR PROSTATE RADIOTHERAPY TREATMENTS USING

EPID BACK-PROJECTED DOSE

ABSTRACT

The purpose of this work was to evaluate the clinical implementation of a previously

validated algorithm to perform in vivo dosimetry for prostate radiotherapy treatments

using the back-projection of transmitted dose acquired using an Electronic Portal Imaging

Device (EPID). Twelve patients were selected presenting prostate tumors. They were

treated with a Varian Trilogy linear accelerator, using 6 and 10 MV nominal energies and

gantry static techniques. During the treatment, transmitted dose was acquired using EPID

positioned 50 cm beyond the patient. The image set and daily cone-beam computed

tomography (CBCT) were used as main input parameter to the back-projection algorithm.

Comparisons between in vivo and predicted isocenter dose were carried out for each field

and daily isocenter dose. A total of 161 in vivo isocenter daily doses were evaluated, about

13 measurements per patient. The mean deviation between TPS predicted doses at

isocenter and back-projected reconstructed doses was -3.3% (SD = 2.2%). When

comparing evaluated isocenter dose values and prescribed doses, 4% of the results

showed absolute deviations higher than 7%. These last deviations were analyzed in detail.

Five deviations were caused by an equipment performance problem at central axis region,

which were considered as dose delivery errors. The sixth deviation was a break in the

CBCT acquiring protocol. It was concluded that in vivo dosimetry by back-projection of

transmitted doses is an effective method to improve safety in external beam radiation

therapy and successfully identify errors due to equipment performance, incorrect patient

positioning or significant anatomical changes.

Keywords: EPID, portal dosimetry, transit dosimetry, radiotherapy, in vivo dosimetry,

prostate cancer.

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47

1. INTRODUCTION

The electronic portal image device (EPID) is one of the most used tools in

advanced radiotherapy. Its application varies from acquiring images for patient

localization to relative dosimetry and pre-treatment verification of intensity modulated

techniques. Nowadays, a clear trend of its use for absolute dosimetry and in vivo

dosimetry is emerging.

Literature for characterization and exploring dosimetry capabilities of EPID is

well-established [1-3]. Van Elmt et al [4] have discussed different approaches of portal

dosimetry in a review article. They considered the detector position, the presence of

phantom/patient in beam pathway and the dose calculation at the EPID or patient level.

The approach classified as the most effective way to identify any sort of dose delivery

error employs patient transmitted dose to calculate real time dose inside the patient`s

body, commonly known as back-projection in vivo dosimetry. This method requires great

computational resources due to its algorithm complexity.

Francois et al. [5] have described and implemented in vivo dosimetry exploring

Varian EPID dosimetry tools using an empirical approach to relate EPID signal to dose-

to-water at a single point inside the patient. A similar method was also implemented by

an Italian group led by Angelo Piermattei. They corrected scattering inside patient using

tissue-maximum ratio (TMR) values [6-8]. A Canadian group led by McCurdy used a

different approach for EPID transit dosimetry [9]. They estimated incident energy fluence

by manipulating EPID acquired images and then used it as an input on a collapsed-cone

convolution algorithm, based on Anders Ahnesjo work [10], to calculate in vivo doses

inside patient. Historically, researchers from The Netherlands Cancer Institute - Antoni

van Leeuwenhoek Hospital, were the pioneers on EPID dosimetry and have developed a

complex method that provides a quasi-real time in vivo dosimetry procedure, well

established in clinical routine and recently published, contemplating an almost 6 years’

experience on catching errors on patient treatments [11].

Despite being already investigated and established in some centers, in vivo

dosimetry with EPID still remains underused. Most of implemented solutions are in-

house developed software applying complex algorithms adjusted for local use. Besides,

computer processing often requires delayed analysis which difficults real-time errors

identification. Considering this scenario, simpler methods to calculate back-projection

with low-cost software requirements, replicable calibration and easy validation are

desirable. Highlighting that in vivo method aim to primarily identify significant dose

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delivery errors, avoiding clinical adverse events and providing safety for radiation

treatments.

The aim of this work was to describe the initial experience of the National Cancer

Institute of Brazil (INCA) in in vivo back-projection dosimetry for prostate cancer

patients and to demonstrate that previously implemented and validated isocenter dose

reconstruction method [12] was able to detect significant errors in dose delivery and to

help improving safety for a daily treatment routine in the radiotherapy department.

2. MATERIALS AND METHODS

2.1. Linear accelerator and EPID

All treatments and obtained EPID images were carried out using a linear accelerator

model Trilogy (Varian Medical Systems, Palo Alto, CA), utilizing either 6 or 10 MV

photon beams. The accelerator is equipped with a multileaf collimator model Millenium

120, amorphous silicon EPID model aS500-II and On-board Imager (OBI). The aS500-II

is composed of an image detection unit model IDU 20, a third-generation image

acquisition system (IAS3) and a mechanical arm attached to the accelerator, named Exact-

arm. EPID useful detection area at isocenter level is 40x30 cm2 and its images are

generated with a resolution of 512x384 pixels. The EPID image acquisition mode used

was the one specifically designed and calibrated for portal dosimetry, named integrated

image. When this acquisition mode is selected, the EPID captures a group of frames, at a

rate of approximately 9.5 frames/second, during all beam-on time for a field. After beam

stops, all frames are processed to compose a unique digital image, already converted to

dose by an arbitrary unit named Calibration Unit. More details on this dosimetric

calibration and detector characteristics were provided elsewhere [1].

2.2. The back-projection dose algorithm at isocenter

The basic principle of operation of the established in-house algorithm was to

mathematically process dosimetric images acquired with EPID positioned at the exit of

the radiation field after its interaction with the patient to achieve isocenter dose and

compare it with predicted reference dose. The algorithm was fully written in MATLAB

language (Math Works Inc., Natick, MA). The standard EPID positioning for all

measurements was at a source detector distance of 150 cm and images were acquired with

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49

approximately 0.5 mm of spatial resolution. The input variables for dose back-projection

were EPID measurements without patient (pre-treatment verification), transmitted doses

measured on EPID during treatment and online anatomical information from computed

tomography images.

Mathematical formalism and approach of used algorithm was based on Wendling

et al [13] work, modeling exponential attenuation, compensating distance effect by

inverse square law and correcting three scattering interactions phenomena during beam

pathway until beam detection in the EPID: scattering inside the EPID, scattering

contribution on EPID caused by air-gap between patient and detector and scattering inside

the patient. Although using same interactions phenomena basis for correction, the

established algorithm differs remarkably from the original work in model and

manufacturer of EPID, absolute calibration procedure using integrated dose images rather

than composed cine-acquisitions and its simplicity on describing scattering inside

phantom. Wendling et al proposed a convolution process by a two-dimensional Kernel

curve to account for scattering; instead, the established algorithm decomposes inside

phantom dose correction in two separate but co-dependent variables, one as a function of

patient width on radiation incident axis and another as a function of irradiated area on the

patient. These two variables are calculate using empirical adjusted mathematical

unidimensional functions. Detailed formalism and validation of the used algorithm was

published for static field irradiation techniques [12]. After validation, it was identified a

sensitivity of approximately 3-4% for the proposed back-projection method. As a result,

all in vivo measurements with isocenter dose presenting deviation below sensitivity range

was considered as in full agreement between treatment planning system (TPS) and in vivo

doses. Each step from the established algorithm is summarized below; they are applied

for each treatment field in order to calculate total isocenter dose by summing individual

field contributions.

1. EPID image deconvolution and absolute dose conversion, with and without

patient;

2. Calculation of scattering contribution on EPID caused by air-gap between

patient and detector using fitted curve and EPID image pixel intensity

summation;

3. Calculation of primary dose fluence at EPID;

4. Calculation of entrance and exit path lengths inside the patient using online

anatomical information from CBCT;

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50

5. Calculation of primary dose at isocenter correcting primary dose fluence by

distance and attenuation factors;

6. Calculation of width dependent scattering contribution inside patient using

fitted curve and anatomical thickness;

7. Calculation of intensity dependent scatter contribution inside patient using

fitted curve and irradiated area;

8. Quantification of total scattering inside the patient;

9. Calculation of final dose at isocenter as a sum of primary dose and scattering

contribution.

2.2.1. Anatomical information for input algorithm parameters

A vital input for any back-projection transmitted dose method is the correct

compensation of radiation attenuation due to the patient. The choice of an online image

acquisition method is comprehensive and encouraging as an exclusive routine that

provides reliable information on “how and where” patient was during treatment time. The

linear accelerator used possess an On-boarder Imager (OBI) capable of acquiring Cone-

Beam Computed Tomography (CBCT) images online at a reasonable time-consuming

rate. Therefore, CBCT images were inserted as an input parameter to the algorithm and

all data of total path length of interaction and attenuation were estimated using its image

information provided. For simplicity, heterogeneity tissue corrections were not

considered. Also, all path length estimated were considered to be water equivalent.

2.3. Patient selection and treatment planning

Prostate cancer treatments were selected as primary targets for implementation of

in vivo back-project isocenter dose program because of its prevalence and some particular

characteristics. Prostate treatments are usually planned using 7 gantry angles static field

with intensity modulated radiation (sliding-window IMRT) or 2 full arcs of VMAT

technique, using either 6 or 10 MV nominal energies following planner choice. For this

work, we limited planning on just static gantry fields.

To most of the patients, field sizes did not exceed 10 by 10 square centimeters,

and isocenter is usually located inside prostate volume; both are critical conditions to

minimize errors and improve accuracy of in vivo dose calculations due to detector size.

Twelve patients were selected and treated between 2016 and 2017 with an average

prescribed dose of 72.5 Gy, ranging from 66 up to 74 Gy. All treatment plans were carried

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out using an Eclipse TPS (Varian Medical Systems, Palo Alto, CA), version 8.6 and 13.6

(upgraded on October 2016). One patient was planned with 4 fields box 3-dimensional

conformal technique and the other eleven with 5 to 7 IMRT static fields. Five with 6 MV

nominal energy and seven with 10 MV.

Research was previously presented to institutional Ethics and Research

Committee and approved under 1.556.593 protocol number. All patients were submitted

to conceptual informed form and spontaneously assigned.

In vivo dosimetry was planned to occur on an alternated days basis for each

patient, intending not to overload daily machine schedule. Both kV orthogonal images

and CBCT volumetric images acquisition were required, as described in follow section.

2.3.1. Treatment section workflow

At sections selected for in vivo dosimetry, firstly, therapists did skin markers

localization as usual, followed by two orthogonal kilovoltage images acquisition (kV-

kV), then registered those images with planned digital reconstructed radiographs (DRR)

and applied encountered deviations as table corrections. Then a CBCT acquisition was

carried out and no more modification and adjustments on table/patient position was made,

insuring that CBCT image center corresponded to treated isocenter, which is a mandatory

condition for back-projection reconstruction method. Following localization, patients

were treated with EPID extended and positioned at 150 cm source-to-detector distance,

50 cm from isocenter.

3. RESULTS AND DISCUSSION

Among 12 patients, in vivo measurements were performed 161 times, an average

of 13,4 fractions per patient (8-18 range). All images were analyzed using the established

back-projection method. As in vivo analysis was not intended to change treatment

conduction or prescription, it was conducted only after the patient treatment was finished.

Data were collected at two levels, total dose at isocenter for each fraction and isocenter

field-by-field dose normalized by the total dose at the isocenter. Field-by-field

measurements totalized 1041 dose comparisons.

Mean deviation between TPS predicted dose at the treatment isocenter and back-

projected reconstructed dose was -3.3% (SD = 2.2%). Three analysis intervals were

selected, one considering that a maximum deviation of 5% on external beam treatments

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52

were cited for World Health Organization as acceptable [14], additional range of 5 to 7%

were accepted as random errors on in vivo reconstruction method and above 7% as

potential undesirable dose delivery errors. 75% of all isocenter doses obtained presented

absolute deviations inside 5% of prescribed dose, 21% presented deviations between 5-

7% and only 4% resulted deviations above 7% (figure 1). The maximum absolute

deviation founded was -7.6%.

Figure 1: In vivo to planned dose absolute deviations

distribution.

Figures 2 and 3 show a graphical representation of isocenter dose deviations

separated by patient and treatment fraction and table 1 summarizes patient data. It was

not observed any visible trend or difference on deviations comparing two energies. It is

clear that almost all dose deviations showed underdosage. These findings are compatible

with other isocenter dose analysis presented on literature [5,15,16]. The total amount of

dose deviations greater than 5% was surprisingly low. Detailed patient data analysis (table

1) has helped to understand such increased underdosage. The majority of poorer results

were concentrated on patients 4, 10 and 11, whose mean in vivo dose deviations were

approximately -5%.

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53

Figure 2: In vivo isocenter dose to planned dose ratio per patient and fraction for 6 MV

treatments, highlighting tolerance levels.

Figure 3: In vivo isocenter dose to planned dose ratio per patient and fraction for 10 MV

treatments, highlighting tolerance levels.

Table 1: Summary of patient data.

Patient Energy (MV)

Technique Number of fields

Fractions with in vivo

Mean isocenter dose deviation (%)

1 6 3D-CRT 4 15 -3,9 2 6 IMRT 7 10 -4,6 3 6 IMRT 7 18 -0,7 4 6 IMRT 7 13 -6,6 5 6 IMRT 7 12 -0,9 6 10 IMRT 7 9 -3,7 7 10 IMRT 7 13 -2,8 8 10 IMRT 6 16 -1,1 9 10 IMRT 7 13 -3,9

10 10 IMRT 7 13 -5,7 11 10 IMRT 7 11 -5,0 12 10 IMRT 5 18 -2,7

0,9

0,95

1

1,05

1,1

1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37

In v

ivo d

ose

/ P

lan

ned

do

se

Treatment fraction

In vivo isocenter dose results for 6 MV patients

Patient 1

Patient 2

Patient 3

Patient 4

Patient 5

Tolerance

levels

0,9

0,95

1

1,05

1,1

1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37

In v

ivo d

ose

/ P

lan

ned

do

se

Treatment fraction

In vivo isocenter dose results for 10 MV patientsPatient 6

Patient 7

Patient 8

Patient 9

Patient 10

Patient 11

Patient 12

Tolerance

levels

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54

Five out of six higher isocenter dose deviations founded were measured on the

same patient, numbered 4 on table 1. The other treatment fraction considered out of

tolerance range (above 7% absolute deviation) was an isolated day on patient 1.

An investigation method was used trying to identify the reason of these out of

tolerance dose delivery errors and worse mean deviation per patient results, chasing on

three major sources of uncertainty on radiotherapy treatments: wrong patient positioning,

significant anatomy changes from simulation to treatment and deviations on machine

performance on a specific day. Errors on patient positioning and anatomy changes could

be recognized on daily CBCT images. However, errors on machine performance could

be patient specific, recognized on pre-treatment verification tests, or in general,

recognized on routine daily quality assurance program. Detailed case-by case-

investigation is presented below.

Case 1: Patient 1 – Single fraction low dose measured.

This patient presented one fraction with underdosage below -7% from prescribed

dose on the 19th treatment section. Following investigation method, first it was analyzed

the correspondent CBCT and it was encountered a protocol break conduct by the

therapists. They acquired CBCT images, corrected patient positioning based on that

image and then treated patient without another image acquisition. As a result, isocenter

position on image was different of treated isocenter and center of transmitted dose

measured on EPID. Consequently, isocenter dose was back-projected using wrong

anatomical information.

That case was a protocol break and the resulted dose deviation should not be

considered since it was not delivered to the patient. However, it is important to notice

that the in vivo method would correctly identify wrong patient positioning.

Case 2: Patient 11 – Systematic underdosage and high average dose deviation from

prescription – Anatomy misinformation.

Patient number 11 presented a systematic underdosage in all in vivo analysis,

ranging from -6,35 to -4,8%. Investigated anatomical data from CBCT images elucidated

the problem. It was actually not a real underdosage, but a previously unidentified

limitation on back-projection method. The CBCT is the exclusive source of anatomical

information for back-projection EPID measured dose on patient isocenter, therefore any

limitation on that acquisition reflects on in vivo reconstructed dose, and this was the case.

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55

Patient was obese, so that his pelvis dimensions were bigger than reconstruction field-of-

view (FOV) of CBCT, as showed on figure 4. As a result, all estimation of radiation

entrance and exit path length on patient and width dependent inside patient scattering

contribution were underestimated, so was total isocenter in vivo dose.

Figure 4: Planned structures projected on axial slice of a

CBCT image showing relevant differences on body contour on

lateral side edges.

Cases 3 and 4: Patients 4 and 10 – Systematic underdosage and high average dose

deviation from prescription – problems on machine performance.

Considering the cases of patients number 4 and 10, that also presented a systematic

underdosage in all in vivo analysis, none anatomical changes and patient positioning

errors were identified. Otherwise, it was observed an interesting effect on machine

performance tests. During pre-treatment patient-specific verification, which is mandatory

for treatments using modulated techniques in our institution, all IMRT measured doses

on EPID are compared to predicted portal images generated by the TPS. Comparisons are

made using field-by-field gamma analysis [17] with 3% local dose, 3 mm of distance-to-

agreement (DTA) and 20% of threshold criteria. Following institution protocol, these

particular patient plans were easily approved. Since in vivo method analyzes only

isocenter region of the EPID images, more detailed pre-treatment irradiations and gamma

comparisons of this specific region were verified, defined as a 6x6 pixels2 or equivalent

3x3 mm2 area. A poor agreement of predicted and irradiated doses exactly at isocenter

region was identified, corroborating worse results observed in in vivo measurements.

Figure 4 shows gamma analysis maps for both patients, highlighting poor agreement on

central axis region. Isocenter point dose deviations between measured and predicted

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56

portal images for all used combined fields were 4,9% and 2,5% of overdose for patient 4

and 10, respectively.

Figure 5: Results of gamma analysis of composite fields using 2% / 3mm /

20% TH parameters where green region are approved areas and orange

regions reproved areas. Images A and B evidencing poor agreement for

patients 4 and 10 compared to excellent results for patients 3 and 9 (images

C and D), mainly on central axis region that are aimed on back-projection in

vivo reconstruction.

The overdose measured on pre-treatment verification irradiations brings an

important issue on back-projection algorithm, since it depends on the primary

transmission ratio that is calculated using EPID dose with patient divided by EPID dose

from pre-treatment (without patient). That machine yield loss and overdose on isocenter

impact more significantly on direct irradiations acquired images, although for transit

measured images that contribution loses its strength after inside patient photon interaction

process occurs. Consequently, primary transmissions were underestimated and so did

other correction factor used on in vivo calculation method, like attenuation correction and

inside patient intensity dependent scattering correction factor. Nonetheless, those five

outside tolerance range in vivo dose measurements for patient 4 were considered as real

delivery errors.

As extensively described on literature [18-21] and concluded by Nelms et al [22]

a simple bi-dimensional pre-treatment verification provides only metrics for dose analysis

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but lack of clinical significance. This highlights the importance of in vivo dosimetry as a

method for identifying deviations that actually occur during patient’s treatment.

The results showed that in vivo back-projection method proved to be capable of

identify errors on machine performance during radiotherapy treatments.

CONCLUSIONS

In vivo dosimetry using back-projected algorithm and transmitted dose collected

on EPID had proved itself as an accurate and trustworthy method to identify dose delivery

errors on prostate cancer treatments. A total of 161 in vivo measurements were performed

for 12 patients in the initial experience at National Cancer Institute of Brazil. All of them

were treated with static gantry techniques and punctual doses reconstructed at two levels:

total dose at isocenter for each fraction and isocenter field-by-field dose normalized by

the total dose at the isocenter.

Mean deviation between TPS predicted dose at treatment isocenter and back-

projected reconstructed dose was -3.3% (SD = 2.2%) and only six out of 161 in vivo

measurements presented absolute dose deviation above 7%. These cases were

individually investigated, altogether with two specific patients in which it was identified

a systematic pattern of in vivo underdosage. Five out of six higher deviations originated

of a machine performance problem on central axis region generating overdose on pre-

treatment acquired images and misinformation on in vivo algorithm correction factors and

the other one was a CBCT protocol break by the therapists. Therefore, five dose delivery

errors on isocenter region were identified that potentially lead to dose deviations. Also,

errors originated from a back-projection method limitation associated to the maximum

field-of-view of CBCT images were observed.

In vivo measurements successfully identified errors on machine performance

during dose delivery and were sensitive to patient positioning errors and significant

anatomical changes.

It was concluded that in vivo dosimetry by back-projection of transmitted doses

measured on EPID is an effective method to improve safety on external beam therapy. It

is critical as a component of a comprehensive quality assurance program and could

become, in a near future, the gold standard of patient-specific verifications on

radiotherapy. Improvement on quality of back-projections and increased resolution by 2D

and 3D reconstructions of transit dose are encouraged as a major form to bring clinical

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relevance information to patient quality assurance on radiotherapy and will be aimed by

our group on future works.

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60

CONCLUSÃO

O algoritmo implantado de retroprojeção da dose transmitida coletada pelo EPID,

baseado em ajustes e calibrações feitas através de modelos empíricos, se provou uma

metodologia precisa e confiável.

A calibração das imagens do EPID para dose absoluta, referenciada inicialmente

a medidas com câmera de ionização, apresentou desvio médio inferior à 1% para ambas

as energias de fótons empregadas, 6 e 10 MV, do acelerador linear Varian Trilogy. Os

resultados de validação do método foram igualmente satisfatórios com desvios médios de

dose no isocentro inferiores à 2%.

Seguindo os resultados animadores da validação, a metodologia foi implantada

clinicamente para tratamentos de tumores de próstata de pacientes que empregam técnicas

de tratamento com gantry estático, como experiência inicial no INCA. Novamente, a

dosimetria in vivo por retroprojeção da dose transmitida medida com EPID se provou

confiável e capaz de identificar erros de entrega de dose de diferentes fontes. Um total de

161 medidas de dose diária no isocentro para 12 pacientes foi realizada. O desvio de dose

médio obtido quando comparada a dose prevista, calculada pelo sistema de planejamento

Eclipse, com a dose medida in vivo foi de -3,3% (DP = 2,2%). O que se encontra dentro

do padrão de desvios de dose aceitáveis em radioterapia que é da ordem de 5% da

prescrição original. Dentre todos os resultados foram analisados particularmente aqueles

com os maiores desvios absolutos. Observou-se então a precisão e alta capacidade de

identificação de erros da metodologia proposta, uma vez que foi possível identificar erros

provenientes de diferentes origens, como desvios de posicionamento ou alterações

anatômicas no paciente e erro de desempenho do aparelho ao entregar o tratamento.

O método desenvolvido foi desenhado de forma a ser o mais simples possível para

permitir sua implantação clínica e facilitar sua reprodução em outros centros de

radioterapia. Uma vez que sua precisão e eficiência o tornam atrativo como elemento

essencial de programas de controle de qualidade e segurança cada vez mais aprimorados

no cenário da radioterapia atual.

Conclui-se que a dosimetria in vivo por reconstrução da dose projetada pode se

tornar o novo padrão ouro de verificações de qualidade específicas dos tratamentos

avançados em radioterapia. Uma vez que, ao contrário da maior parte das verificações

pré-tratamento empregadas para as técnicas de alta complexidade atuais, cuja análise

permeia somente parâmetros dosimétricos e mapas de dose projetados em objetos

simuladores, esta emergente modalidade fornece informação clínica sobre a entrega da

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61

dose. Desta forma, ajudando no poder de decisão e análise crítica dos resultados,

principalmente quando empregada reconstrução de dose tridimensional e cálculo de

histogramas dose-volume.

As perspectivas futuras para desenvolvimento do trabalho efetuado envolvem

aplicação mais difundida da metodologia já estabelecida de dosimetria in vivo,

principalmente para outros tratamentos em sítio pélvico, como tumores de reto, canal

anal, colo de útero e bexiga, e aprimoramento do algoritmo para aumento de abrangência

e melhoria da relevância clínica. Com efeito, estão em progresso modificações do

algoritmo para permitir análise de resultados bidimensionais em planos de dose coronais,

o que abrirá portas para projeção em diversos planos e reconstrução tridimensional. Outro

campo de aprimoramento que será estudado detalhadamente no futuro é a possibilidade

de realização de reconstrução de medidas de dose transmitidas coletadas em tratamentos

com modulação em arco, como o VMAT, os quais são os mais aplicados nos tratamentos

de alta dose e hipofracionados do INCA na atualidade.

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VMAT treatments using on-treatment EPID images and a model-based forward-

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68

APÊNDICE A – ALGORITMO UTILIZADO EM LINGUAGEM MATLAB PARA

REALIZACÃO DA RETROPROJEÇÃO DA DOSE NO ISOCENTRO.

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69

ROTINA PRINCIPAL

%ROTINA PARA ABRIR ARQUIVOS DCM DE UMA PASTA E SUBMETÍ-LOS A UMA

%DECONVOLUÇÃO 2D. RETORNA TAMBÈM OS VALOR DE CAX PARA CADA IMAGEM

%EM UM VETOR.

CLEAR ALL, CLC,

EN=INPUT('ENERGIA UTILIZADA (1 PARA 6MV E 2 PARA 10 MV):');

FATORCONVERSAO=[160 105.2];

FC=FATORCONVERSAO(1,EN);

LOAD KERNELEPID; %CARREGAR DADOS DO KERNEL.

KERNEL=K(:,:,EN); % KERNEL DO EPID PARA A ENERGIA ESCOLHIDA

KERNELFFT=FFT2(KERNEL); % TRANSFORMADA DE FOURIER DO KERNEL DO EPID

% ROTINA PARA ACHAR EPIDDOSE SEM PACIENTE

CD 'C:\USERS\THIAGO\DESKTOP\PROG MATLAB\PASTA DE TRABALHO DICOM\MEDIDAS

SEM PACIENTE' % ACESSA PASTA COM OS ARQUIVOS

[CAXDOSEEPID,EPIDDOSEAR,N]=DECONV2D_EPID(KERNELFFT,FC);

% ROTINA PARA ACHAR EPIDDOSE COM PACIENTE

CD 'C:\USERS\THIAGO\DESKTOP\PROG MATLAB\PASTA DE TRABALHO DICOM\MEDIDAS

COM PACIENTE' % ACESSA PASTA COM OS ARQUIVOS

[CAXDOSEPAT,TPRI,PRIEPID,SC,TTOTAL,SOMA,VMAX,AREA,ANGGANTRY]=DECONV2D_P

AT(KERNELFFT,FC,CAXDOSEEPID,EPIDDOSEAR,EN);

% ELIMINANDO VALORES NEGATIVOS

T=FIND(PRIEPID<0);

PRIEPID(T)=0;

T=FIND(TPRI<0);

TPRI(T)=0;

% OBTENDO DADOS DO CBCT

RAZAOL=DADOSCBCT(ANGGANTRY);

% CALCULO DA DOSE PRIMARIA DENTRO DO PACIENTE

FOR I=1:N-2

PRIMIDPLANE(:,:,I)=PRIEPID(:,:,I)*(150/100)^2./(TPRI(:,:,I).^RAZAOL(I));

END

T=ISNAN(PRIMIDPLANE); PRIMIDPLANE(T)=0; % ELIMINANDO NANS

% CALCULO DA DOSE ESPALHADA DENTRO DO PACIENTE

FOR I=1:N-2

TPRICAX=TPRI(190:196,254:260,I);

CAX_TPRI(I)=MEAN(MEAN(TPRICAX));

% RAZAO ESPALHAMENTO-PRIMARIO E ESPALHAMENTO NO PACIENTE

IF EN==1

SPR(I)=-0.0257*(CAX_TPRI(I)^2)-0.4437*CAX_TPRI(I)+0.5437;

CORRESPPAT(I)=-0.1186*(LOG10(AREA(I)))^2+0.7679*(LOG10(AREA(I)))-0.0571;

ELSE

SPR(I)=-0.4336*(CAX_TPRI(I)^2)+0.1832*CAX_TPRI(I)+0.3625;

CORRESPPAT(I)=-0.1444*(LOG10(AREA(I)))^2+0.671*(LOG10(AREA(I)))+0.2307;

END

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70

SCMIDPLANE(:,:,I)=PRIMIDPLANE(:,:,I)*SPR(I)*CORRESPPAT(I);

END

T=ISNAN(SCMIDPLANE); SCMIDPLANE(T)=0; % ELIMINANDO NANS

% CALCULO DA DOSE FINAL NO PLANO CENTRAL

DOSE_MIDPLANE=PRIMIDPLANE+SCMIDPLANE;

% DOSES NO CAX PARA AVALIACAO

FOR I=1:N-2

PRIMIDPLANEDOSECAX=PRIMIDPLANE(190:195,254:259,I);

CAX_PRIMIDPLANE(I)=MEAN(MEAN(PRIMIDPLANEDOSECAX));

SCMIDPLANEDOSECAX=SCMIDPLANE(190:195,254:259,I);

CAX_SCMIDPLANE(I)=MEAN(MEAN(SCMIDPLANEDOSECAX));

MIDPLANEDOSECAX=DOSE_MIDPLANE(190:195,254:259,I);

CAX_MIDPLANE(I)=MEAN(MEAN(MIDPLANEDOSECAX));

END

DOSEISO=SUM(CAX_MIDPLANE), CAX_MIDPLANE,

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71

FUNÇÕES AUXILIARES

FUNCTION [CAXDOSE,EPIDDOSE,N]=DECONV2D_EPID(KERNELFFT,FC)

FILES=DIR;

N=SIZE(FILES,1);

MFLIP=ZEROS(385,513,N-2);

FOR I=3:N

NAME=GETFIELD(FILES(I),'NAME');

IMG=DOUBLE(DICOMREAD(NAME));

DATA_IMG=DICOMINFO(NAME);

RS=DOUBLE(GETFIELD(DATA_IMG,'RESCALESLOPE'));

RI=DOUBLE(GETFIELD(DATA_IMG,'RESCALEINTERCEPT'));

% MATRIZ M CORRIGIDA PARA CU E ESPELHADA

MFLIP(1:384,1:512,I-2)=IMG*RS+RI;

M(:,:,I-2)=FLIPUD(MFLIP(:,:,I-2));

% TRANSFORMACAO PARA O ESPACO DE FOURIER

MFFT(:,:,I-2)=FFT2(M(:,:,I-2));

% DECONVOLUCAO NO ESPACO DE FOURIER

MDECONVFFT(:,:,I-2)=MFFT(:,:,I-2)./KERNELFFT;

% RETORNO AO ESPACO NORMAL

MDECONV(:,:,I-2)=IFFT2(MDECONVFFT(:,:,I-2));

END

% SUBTRAINDO LINHAS E COLUNAS EM EXCESSO E REALOCACAO

MDECONV(193,:,:)=[]; MDECONV(:,257,:)=[];

EPIDCU(1:192,1:256,:)=MDECONV(193:384,257:512,:);

EPIDCU(1:192,257:512,:)=MDECONV(193:384,1:256,:);

EPIDCU(193:384,1:256,:)=MDECONV(1:192,257:512,:);

EPIDCU(193:384,257:512,:)=MDECONV(1:192,1:256,:);

% CONVERTENDO PARA DOSE E SUBTRAINDO VALORES NEGATIVOS

EPIDDOSE=EPIDCU*FC;

T=FIND(EPIDDOSE<0);

EPIDDOSE(T)=0;

FOR I=1:N-2 % ACHAR A DOSE NO CAX

EPIDDOSECAX=EPIDDOSE(190:195,254:259,I);

CAXDOSE(I)=MEAN(MEAN(EPIDDOSECAX));

END

END

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72

FUNCTION

[CAXDOSEPAT,TPRI,PRIEPID,SC,TTOTAL,SOMA,VMAX,AREA,ANGGANTRY]=DECONV2D_P

AT(KERNELFFT,FC,CAXDOSEEPID,EPIDDOSEAR,EN)

FILES=DIR;

N=SIZE(FILES,1);

MFLIP=ZEROS(385,513,N-2);

FOR I=3:N

NAME=GETFIELD(FILES(I),'NAME');

IMG=DOUBLE(DICOMREAD(NAME));

DATA_IMG=DICOMINFO(NAME);

ANGGANTRY(I-2)=GETFIELD(DATA_IMG,'GANTRYANGLE');

RS=DOUBLE(GETFIELD(DATA_IMG,'RESCALESLOPE'));

RI=DOUBLE(GETFIELD(DATA_IMG,'RESCALEINTERCEPT'));

% MATRIZ M CORRIGIDA PARA CU E ESPELHADA

MFLIP(1:384,1:512,I-2)=IMG*RS+RI;

M(:,:,I-2)=FLIPUD(MFLIP(:,:,I-2));

% TRANSFORMACAO PARA O ESPACO DE FOURIER

MFFT(:,:,I-2)=FFT2(M(:,:,I-2));

% DECONVOLUCAO NO ESPACO DE FOURIER

MDECONVFFT(:,:,I-2)=MFFT(:,:,I-2)./KERNELFFT;

% RETORNO AO ESPACO NORMAL

MDECONV(:,:,I-2)=IFFT2(MDECONVFFT(:,:,I-2));

END

% SUBTRAINDO LINHAS E COLUNAS EM EXCESSO E REALOCACAO

MDECONV(193,:,:)=[]; MDECONV(:,257,:)=[];

EPIDCU(1:192,1:256,:)=MDECONV(193:384,257:512,:);

EPIDCU(1:192,257:512,:)=MDECONV(193:384,1:256,:);

EPIDCU(193:384,1:256,:)=MDECONV(1:192,257:512,:);

EPIDCU(193:384,257:512,:)=MDECONV(1:192,1:256,:);

% CONVERTENDO PARA DOSE E SUBTRAINDO VALORES NEGATIVOS

EPIDDOSE=EPIDCU*FC;

T=FIND(EPIDDOSE<0);

EPIDDOSE(T)=0;

FOR I=1:N-2

% ACHAR A DOSE NO CAX

EPIDDOSECAX=EPIDDOSE(190:195,254:259,I);

CAXDOSEPAT(I)=MEAN(MEAN(EPIDDOSECAX));

% CALCULANDO AREA E O FATOR ESPALHAMENTO (SC)

VMAX(I)=MAX(MAX(EPIDDOSE(:,:,I)));

PIXELS(I)=SIZE(FIND(EPIDDOSE(:,:,I)>VMAX(I)*0.2),1);

AREA(I)=2.7E-3*PIXELS(I); % TAMANHO DO CAMPO NO ISOCENTRO 0.78 X 0.78 MM

SOMA(I)=SUM(SUM(EPIDDOSE(:,:,I)));

IF EN==1 % EQUACOES OBTIDAS NO EXCEL

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SC(I)=1.0807E-6*SOMA(I);

ELSE

SC(I)=0.9628E-6*SOMA(I);

END

% CALCULO DA DOSE PRIMARIA NO EPID (PRIEPID) E DA TRANSMISSAO PRIMARIA

%(TPRI)

PRIEPID(:,:,I)=EPIDDOSE(:,:,I)-SC(I);

TTOTAL(:,:,I)=EPIDDOSE(:,:,I)./EPIDDOSEAR(:,:,I);

TPRI(:,:,I)=TTOTAL(:,:,I)-(SC(I)./CAXDOSEEPID(I));

END

END

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74

FUNCTION

[RAZAOL,CORTEISOFILL,CLEANCORTEISOFILL,XX,YY]=DADOSCBCT(ANGGANTRY)

CD 'C:\USERS\THIAGO\DESKTOP\PROG MATLAB\PASTA DE TRABALHO DICOM\CBCT'

% INDEXANDO ARQUIVOS NA PASTA

FILES=DIR;

N=SIZE(FILES,1);

% COLETANDO DADOS DA MATRIZ DA IMAGEM CBCT

NAME=GETFIELD(FILES(3),'NAME');

DATA=DICOMINFO(NAME);

TAMANHO=DOUBLE(GETFIELD(DATA,'ROWS')); % MATRIX SIZE

PIXEL=DOUBLE(GETFIELD(DATA,'DATACOLLECTIONDIAMETER'))/TAMANHO; % PIXEL

%SIZE MM

MFLIP=ZEROS(TAMANHO,TAMANHO,N-2);

FOR I=3:N

NAME=GETFIELD(FILES(I),'NAME');

IMG=DOUBLE(DICOMREAD(NAME));

DATA_IMG=DICOMINFO(NAME);

RS=DOUBLE(GETFIELD(DATA_IMG,'RESCALESLOPE'));

RI=DOUBLE(GETFIELD(DATA_IMG,'RESCALEINTERCEPT'));

% MATRIZ M CORRIGIDA PARA HU E ESPELHADA

MFLIP(1:TAMANHO,1:TAMANHO,I-2)=IMG*RS+RI;

M(:,:,I-2)=FLIPUD(MFLIP(:,:,I-2));

END

% CONVERTENDO HU EM UNIDADE, ELIMINANDO REGIOES SEM INTERESSE

T=FIND(M>-400); M(T)=1000;

T=FIND(M<-400); M(T)=0;

M=M/1000; M(FIND(M<0))=0;

% OPERANDO AS ROTACOES NA IMAGEM DA LINHA MEDIA E MEDINDO AS DISTANCIAS

CORTEISO=M(:,:,SIZE(M,3)/2);

CORTEISOFILL=IMFILL(CORTEISO,'HOLES');

CLEAN=BWAREAOPEN(CORTEISOFILL,10000);

A=FIND(CLEAN==0);

CORTEISOFINAL=CORTEISOFILL;

CORTEISOFINAL(A)=0;

FOR I=1:SIZE(ANGGANTRY,2)

IMGROT(:,:,I)=IMROTATE(CORTEISOFINAL,0-ANGGANTRY(I),'CROP');

LSAIDA(I)=SUM(SUM(IMGROT(1:TAMANHO/2,TAMANHO/2:TAMANHO/2+1,I)))*PIXEL/2;

LENTRADA(I)=SUM(SUM(IMGROT(TAMANHO/2+1:TAMANHO,TAMANHO/2:TAMANHO/2

+1,I)))*PIXEL/2;

END

RAZAOL=LSAIDA./(LENTRADA+LSAIDA);

END

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75

APÊNDICE B – PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP E TERMO DE

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TLCE) EMPREGADO NA

PESQUISA.

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INSTITUTO NACIONAL DECÂNCER JOSÉ ALENCARGOMES DA SILVA - INCA

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

Pesquisador:

Título da Pesquisa:

Instituição Proponente:

Versão:

CAAE:

Dosimetria in vivo por retroprojeção utilizando EPID para pacientes com neoplasia depróstata

Thiago Bernardino da Silveira

Hospital do Câncer I

2

54320516.7.0000.5274

Área Temática:

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Número do Parecer: 1.556.593

DADOS DO PARECER

Conforme apresentado no Parecer Consubstanciado do CEP-INCA de número 1.505.616, datado de 19 de

Abril de 2016.

Apresentação do Projeto:

Conforme apresentado no Parecer Consubstanciado do CEP-INCA de número 1.505.616, datado de 19 de

Abril de 2016.

Objetivo da Pesquisa:

Conforme apresentado no Parecer Consubstanciado do CEP-INCA de número 1.505.616, datado de 19 de

Abril de 2016.

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

Conforme apresentado no Parecer Consubstanciado do CEP-INCA de número 1.505.616, datado de 19 de

Abril de 2016.

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

1) Folha de Rosto para pesquisa envolvendo seres humanos: documento devidamente preenchido, datado e

assinado.

2) Projeto de Pesquisa: adequado.

Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:

Hospital do Câncer IPatrocinador Principal:

20.231-092

(21)3207-4550 E-mail: [email protected]

Endereço:Bairro: CEP:

Telefone:

RUA DO RESENDE, 128 - SALA 203CENTRO

UF: Município:RJ RIO DE JANEIROFax: (21)3207-4556

Página 01 de 05

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INSTITUTO NACIONAL DECÂNCER JOSÉ ALENCARGOMES DA SILVA - INCA

Continuação do Parecer: 1.556.593

3) Orçamento financeiro e fontes de financiamento: adequado.

4) Termo de Consentimento Livre e Esclarecido: solicita dispensa. adequado.

5) Cronograma: adequado.

6) Formulário para Submissão de Estudos no INCA: adequado.

7 )Currículo do pesquisador principal e demais colaboradores: contemplados no documento

"PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_PROJETO_668172.pdf".

8) Documentos necessários para armazenamento de material biológico humano em

biorrepositório/biobanco: não se aplica.

Não se aplica.

Recomendações:

Trata-se da análise das respostas às pendências apresentadas no Parecer Consubstanciado do CEP-INCA

de número 1.505.616, datado de 19 de Abril de 2016:

1.1 - O Pesquisador refere que sua amostra será de 10 participantes da pesquisa sem, contudo, referir como

chegou a este cálculo amostral. Solicita-se adequação.

Resposta:

Será corrigido o texto do Projeto, na seção sobre o tamanho da amostra, ressaltando e explicitando que

cada paciente utilizado no estudo fornece um quantitativo de dados potencial muito mais elevado do que o

número de pacientes leva a entender, conforme descritivo a seguir. Serão feitas análises para cada campo

de tratamento dentro de cada aplicação. Considerando que são utilizados de quatro a sete campos de

tratamento por dia e a média de duração dos tratamentos é de 35 dias, cada paciente gera dados para,

aproximadamente, 210 análises. Com 10 pacientes em estudo teremos um total aproximado de 2000

análises. Quantitativo mais que satisfatório para uma boa análise estatística. Julgamos interessante a

amostra de 10 pacientes por ser uma quantidade que permite diminuir vieses, por ser comum na literatura e

para que o volume

Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:

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de dados seja plausível de análise em tempo hábil para publicação e defesa da tese.

Local de alteração no texto do projeto: Seções Tamanho da amostra e Metodologia Proposta.

ANÁLISE: PENDÊNCIA ATENDIDA.

1.2 - O Pesquisador não apresenta Critérios para Inclusão dos participantes da pesquisa que estarão

convidados a participar. Apenas cita que "...serão selecionados, prospectivamente, 10 pacientes com câncer

de próstata, submetidos ao tratamento de radioterapia com as técnicas de IMRT ou 3D-CRT no Hospital do

Câncer I do INCA.". Solicita-se adequação.

Resposta:

O texto do projeto foi adequado, incluindo a informação de que o critério de seleção será pela ordem de

entrada no serviço de Radioterapia. Ou seja, a partir da liberação do projeto pelo CEP, os primeiros

pacientes atendidos pelo Serviço de Radioterapia do HC-I, cujo agendamento do tratamento for direcionado

pelo médico ao acelerador linear Trilogy, serão convidados a colaborar. Quando alcançarmos o quantitativo

de 10 pacientes em colaboração, com os devidos TCLE assinados, finalizaremos seleção.

Local de alteração no texto do projeto: Seção de Metodologia Proposta.

ANÁLISE: PENDÊNCIA ATENDIDA.

1.3 - O Pesquisador, no item RISCOS refere apenas aqueles no ponto de vista físico, quando registras:

"...haja vista que não haverá contato direto do detector com o paciente...". Cabe ressaltar que, de acordo

com o item V da Resolução CNS 466/2012: "Toda pesquisa com seres humanos envolve risco em tipos e

gradações variados...". Solicita-se adequação.

Resposta:

Os dizeres do projeto foram reformulados, na seção de Riscos, para incorporação e adequação ao texto do

item V da Resolução CNS 466/2012, ressaltando a presença de eventuais riscos, não tratando apenas do

ponto de vista físico.

Local de alteração no texto do projeto: Seção Riscos.

ANÁLISE: PENDÊNCIA ATENDIDA.

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2. No Formulário para Submissão de Estudos no INCA: Muito embora o projeto vá se desenvolver no

ambiente da Seção de Radioterapia por envolver participantes de pesquisa do Serviço de Urologia, sua

chefia deverá estar ciente no local próprio. Solicita-se adequação.

Resposta:

Foi colhida assinatura da Chefia da Urologia do HC-I e o projeto assinado foi escaneado para inserção na

Plataforma Brasil.

Local de alteração no texto do projeto: Não se aplica.

ANÁLISE: PENDÊNCIA ATENDIDA.

3. No TCLE: O Pesquisador solicita sua dispensa com argumentações que não se aplicam. Seu projeto não

é prospectivo e só por isso já justifica apresentar um TCLE, conforme a Resolução CNS 466/2012

preconiza. Solicita-se adequação.

Resposta:

Em atendimento a exigência, foi elaborado um TLCE para o projeto de pesquisa e este será submetido junto

à esta resposta para análise e consideração do CEP.

Local de alteração no texto do projeto: Não se aplica.

ANÁLISE: PENDÊNCIA ATENDIDA.

ESCLARECIMENTO ADICIONAL: Foi relacionado no parecer consubstanciado uma observação sobre

ausência de descrição e previsão de uso de material biológico no projeto detalhado, porém com inclusão de

declaração de uso deste material assinada por mim. Venho esclarecer que foi um erro da minha parte e

inexperiência com o processo de submissão ao CEP que fez com que eu enviasse uma declaração

assinada que nada tem a ver com o conteúdo do Projeto. Peço que a mesma seja desconsiderada e me

desculpo pelo infortúnio.

ANÁLISE: SOLICITAÇÃO ATENDIDA.

Diante do exposto, o Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (CEP-INCA), de

Considerações Finais a critério do CEP:

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acordo com as atribuições definidas na Resolução CNS 466/12 e na Norma Operacional Nº 001/2013 do

CNS, manifesta-se pela aprovação do projeto de pesquisa proposto.

Ressalto o(a) pesquisador(a) responsável deverá apresentar relatórios semestrais a respeito do seu estudo.

RIO DE JANEIRO, 23 de Maio de 2016

Carlos Henrique Debenedito Silva(Coordenador)

Assinado por:

Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:

Tipo Documento Arquivo Postagem Autor Situação

Informações Básicasdo Projeto

PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_PROJETO_668172.pdf

19/05/201622:50:12

Aceito

Brochura Pesquisa Formulario_de_submissao_novo_com_urologia.pdf

19/05/201622:48:51

Thiago Bernardino daSilveira

Aceito

TCLE / Termos deAssentimento /Justificativa deAusência

TLCE_versao1.doc 19/05/201610:36:50

Thiago Bernardino daSilveira

Aceito

Outros Resposta_ParecerConsubstanciadoCEP.doc

19/05/201610:33:05

Thiago Bernardino daSilveira

Aceito

Projeto Detalhado /BrochuraInvestigador

Projeto_Detalhado_com_figuras_versao_revisada.doc

19/05/201610:32:08

Thiago Bernardino daSilveira

Aceito

Outros demaisDeclaracoes.pdf 17/03/201612:05:18

Thiago Bernardino daSilveira

Aceito

Declaração dePesquisadores

compromisso_pesquisador.pdf 17/03/201611:58:59

Thiago Bernardino daSilveira

Aceito

Folha de Rosto Folha_de_Rosto_Assinada.pdf 17/03/201611:58:06

Thiago Bernardino daSilveira

Aceito

Situação do Parecer:Aprovado

Necessita Apreciação da CONEP:Não

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Rubrica do participante ou

representante legal Rubrica do investigador

responsável Página 1 de 6

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DOSIMETRIA IN VIVO POR RETROPROJEÇÃO UTILIZANDO EPID PARA

PACIENTES COM NEOPLASIA DE PRÓSTATA.

Você está sendo convidado(a) a participar de uma pesquisa porque foi atendido(a)

ou esta sendo atendido(a) nesta instituição e teve diagnóstico ou suspeita de um tipo

de câncer chamado Neoplasia de Próstata. Para que você possa decidir se quer

participar ou não, precisa conhecer os benefícios, os riscos e as conseqüências pela

sua participação.

Este documento é chamado de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e tem

esse nome porque você só deve aceitar participar desta pesquisa depois de ter lido

e entendido este documento. Leia as informações com atenção e converse com o

pesquisador responsável e com a equipe da pesquisa sobre quaisquer dúvidas que

você tenha. Caso haja alguma palavra ou frase que você não entenda, converse

com a pessoa responsável por obter este consentimento, para maiores

esclarecimentos. Converse com os seus familiares, amigos e com a equipe médica

antes de tomar uma decisão. Se você tiver dúvidas depois de ler estas informações,

entre em contato com o pesquisador responsável.

Após receber todas as informações, e todas as dúvidas forem esclarecidas, você

poderá fornecer seu consentimento por escrito, caso queira participar.

PROPÓSITO DA PESQUISA O propósito desta pesquisa é aprimorar a qualidade dos tratamentos futuros dos

pacientes submetidos a Radioterapia em neoplasia de próstata. Com este objetivo,

será realizada análise da eficiência de entrega do planejamento proposto por meio

de medidas de dose em situação real e utilizando dados instantâneos dos

tratamentos dos pacientes alvo da pesquisa.

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Rubrica do participante ou

representante legal Rubrica do investigador

responsável Página 2 de 6

PROCEDIMENTOS DA PESQUISA A dose prescrita pelo seu médico radioterapeuta por campo de tratamento e para o

isocentro de tratamento (centro de convergência da radiação em seu tumor) será

verificada para cada dia de seu tratamento. Você passará por dois procedimentos de

imagem da rotina, a aquisição de imagens de tomografia de posicionamento e a

aquisição de imagens de dose transmitidas. Para tal, utilizamos detectores

acoplados aos aparelhos de tratamento, que não entram em contato com você,

conforme exemplo da figura abaixo:

DETECTOR

PACIENTE

FONTE DE RADIAÇÃO

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Rubrica do participante ou

representante legal Rubrica do investigador

responsável Página 3 de 6

Representação do posicionamento do detector durante a aquisição dos dados, mostrando a não interação com o paciente.

Estas informações e imagens coletadas durante o tratamento serão processadas em

algoritmo próprio, desenvolvido em linguagem MATLAB® pelo pesquisador. Serão

analisados os seguintes aspectos:

1. Dose diária no isocentro para cada aplicação de tratamento, seu desvio em

relação a referência do planejamento.

2. Dose campo a campo média global ao final do tratamento e seu desvio em

relação a referência do planejamento.

3. Desvios superiores a 5% serão investigados em sua origem para melhor

entendimento das fontes de erros institucionais.

BENEFÍCIOS Você não será remunerado por sua participação e esta pesquisa poderá não poderá

oferecer benefícios diretos a você. Se você concordar com o uso de suas

informações e/ou do material do modo descrito acima, é necessário esclarecer que

você não terá quaisquer benefícios ou direitos financeiros sobre eventuais

resultados decorrentes desta pesquisa.

O benefício principal da sua participação é possibilitar que no futuro, com os

resultados alcançados com esta pesquisa, o diagnóstico e o tratamento para esse

tipo de câncer beneficiem outros pacientes.

RISCOS Este trabalho não gera risco esperado adicional a você, seja físico ou biológico, haja

vista que não haverá contato direto do detector contigo. Ressalva-se que quaisquer

riscos adicionais descobertos no decorrer da pesquisa serão comunicados a você.

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Rubrica do participante ou

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responsável Página 4 de 6

CUSTOS Você não terá quaisquer custos ou despesas (gastos) pela sua participação nessa

pesquisa. Você não pagará por qualquer procedimento ou teste exigido como parte

desta pesquisa.

CONFIDENCIALIDADE Se você optar por participar desta pesquisa, as informações sobre a sua saúde e

seus dados pessoais serão mantidas de maneira confidencial e sigilosa. Seus dados

somente serão utilizados depois de anonimizados (ou seja, sem sua identificação).

Apenas os pesquisadores autorizados terão acesso aos dados individuais,

resultados de exames e testes bem como às informações do seu registro médico.

Mesmo que estes dados sejam utilizados para propósitos de divulgação e/ou

publicação científica, sua identidade permanecerá em segredo.

TRATAMENTO MÉDICO EM CASO DE DANOS Todo e qualquer dano decorrente do desenvolvimento desta pesquisa, e que

necessite de atendimento médico, ficará a cargo da instituição. Seu tratamento e

acompanhamento médico independem de sua participação nesta pesquisa.

BASES DA PARTICIPAÇÃO A sua participação é voluntária e a recusa em autorizar a sua participação não

acarretará quaisquer penalidades ou perda de benefícios aos quais você tem direito,

ou mudança no seu tratamento e acompanhamento médico nesta instituição. Você

poderá retirar seu consentimento a qualquer momento sem qualquer prejuízo. Em

caso de você decidir interromper sua participação na pesquisa, a equipe de

pesquisadores deve ser comunicada e a pesquisa será imediatamente interrompida.

ACESSO AO RESULTADOS DE EXAMES

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Rubrica do participante ou

representante legal Rubrica do investigador

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Você pode ter acesso a qualquer resultado relacionado à esta pesquisa. Estes

resultados serão enviados ao seu médico e ele os discutirá com você. Se você tiver

interesse, você poderá receber uma cópia dos mesmos.

GARANTIA DE ESCLARECIMENTOS A pessoa responsável pela obtenção deste Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido lhe explicou claramente o conteúdo destas informações e se colocou à

disposição para responder às suas perguntas sempre que tiver novas dúvidas. Você

terá garantia de acesso, em qualquer etapa da pesquisa, sobre qualquer

esclarecimento de eventuais dúvidas e inclusive para tomar conhecimento dos

resultados desta pesquisa. Neste caso, por favor, ligue para o Thiago Bernardino da Silveira no telefone (21) 998861639 de 8 as 12 hs. Esta pesquisa foi aprovada

pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do INCA, que está formado por

profissionais de diferentes áreas, que revisam os projetos de pesquisa que envolvem

seres humanos, para garantir os direitos, a segurança e o bem-estar de todos as

pessoas que se voluntariam à participar destes. Se tiver perguntas sobre seus

direitos como participante de pesquisa, você pode entrar em contato com o CEP do

INCA na Rua do Resende N°128, Sala 203, de segunda a sexta de 9:00 a 17:00 hs,

nos telefones (21) 3207-4550 ou 3207-4556, ou também pelo e-mail:

[email protected].

Este termo está sendo elaborado em duas vias, sendo que uma via ficará com você

e outra será arquivada com os pesquisadores responsáveis.

CONSENTIMENTO

Li as informações acima e entendi o propósito da solicitação de permissão para o

uso das informações contidas no meu registro médico. Tive a oportunidade de fazer

perguntas e todas foram respondidas.

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Rubrica do participante ou

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responsável Página 6 de 6

Ficaram claros para mim quais são procedimentos a serem realizados, riscos e a

garantia de esclarecimentos permanentes.

Ficou claro também que a minha participação é isenta de despesas e que tenho

garantia do acesso aos dados e de esclarecer minhas dúvidas a qualquer tempo.

Entendo que meu nome não será publicado e toda tentativa será feita para

assegurar o meu anonimato.

Concordo voluntariamente em participar desta pesquisa e poderei retirar o meu

consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidade ou

prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido.

Eu, por intermédio deste, dou livremente meu consentimento para participar nesta

pesquisa.

/ /

Nome e Assinatura do participante Data

Nome e Assinatura do Responsável Legal/Testemunha Imparcial

(quando pertinente)

Data

Eu, abaixo assinado, expliquei completamente os detalhes relevantes desta pesquisa ao paciente indicado acima e/ou pessoa autorizada para consentir pelo mesmo. Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido deste paciente para a participação desta pesquisa.

/ / Nome e Assinatura do Responsável pela obtenção do Termo Data