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THINK TANK _RELATO “Visão do Empreendedorismo e da Inovação” AIP _CE 12 de Janeiro 2010

THINK TANK RELATO “Visão do Empreendedorismo e da … · TIC nas PME Portuguesas”, realizado em parceria com a Universidade Católica, o terceiro e último Think Tank, “A visão

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THINK TANK _RELATO

“Visão do Empreendedorismo e da Inovação”

AIP _CE

12 de Janeiro 2010

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Empreendedorismo e Inovação – Think Tank

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Índice

Enquadramento.....................................................................................................3

Necessidades e Preocupações perseguidas................................................................3

Estrutura, participantes e opções metodológicas

Abertura AIP-CE

Enquadramento no Estudo às PME

Metodologia

A Problemática: Competências, Qualificações e Emprego

Discussão e Declarações dos Grupos......................................................................11

Principais Questões para Reflexão Futura................................................................13

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THINK TANK _RELATO

“Visão do Empreendedorismo e Inovação”

“First they ignore you, then they ridicule you, then they fight you, then you win.”

Mahatma Gandhi.

"Some men see things as they are and say why - I dream things that never were and say why not." George Bernard Shaw

Enquadramento

Enquadrado no projecto que compreendeu o Estudo “Aprendizagem Informal e Utilização das

TIC nas PME Portuguesas”, realizado em parceria com a Universidade Católica, o terceiro e

último Think Tank, “A visão do Empreendedorismo e Inovação”, realizou-se em 12 de Janeiro

de 2010.

Necessidades e Preocupações Perseguidas

O desenvolvimento de Think Tanks ancorou-se desde o primeiro momento na necessidade de

reunir informação útil que concorresse para o desenvolvimento do estudo em curso

(nomeadamente no âmbito da reflexão partilhada das variáveis em presença). Cedo se

verificou que o alcance das suas reflexões e conclusões ia muito além da sua primeira

finalidade: desenhava-se um conjunto de informação passível de análise e utilização que

suportasse actuais e futuros projectos, ou seja, desenhava-se o pensamento critico e

estruturado face aos renovados desafios das pessoas, das empresas e da sociedade

portuguesa.

O grupo reunido em 12 de Janeiro foi, mais uma vez, exemplo da disponibilidade de pessoas

e entidades para reflectir e partilhar. Tornando visível o reconhecimento da importância

atribuída a um espaço de interacção que potencie o conhecimento e venha a concorrer para

a acção.

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Estrutura, Participantes e Opções Metodológicas

Com a finalidade de contribuir para reflexão sobre as temáticas, cada vez mais prementes,

do empreendedorismo e inovação o Think Tank:

Foi estruturado em 3 momentos principais:

o Abertura Institucional pela AIP-CE

o Enquadramento no estudo desenvolvido pela Universidade Católica

o Desenvolvimento de think-tank com recurso a Técnica Metaplan.

Foram enviados convites a entidades do ramo associativo e empresarial, bem como

aos profissionais com experiência comprovada no âmbito da formação e

aprendizagem.

Envolveu a participação efectiva de 13 elementos de diferentes entidades, 2

animadores e 1 relatora (conforme quadro I).

QUADRO 1 – THINK TANK I

Tema: Competências, Qualificações e Emprego Local: AIP Duração: 16h20 ÁS 18H20

ANIMADORES

Nelson Trindade

Etelberto Costa

Socio-Sistemas

AIP

INTERVENIENTES

Helena Caiado AIP

PARTICIPANTES

Aires da Silva Consultor Independente

Celeste Brito Consultora Independente

Celina Gil IAPMEI

João Tavares ATEC

Lurdes Calisto ESHTE

Manuel Borges Gonçalves LEARNABOUT

Márcia Trigo UAL

Mário Teixeira AIP

Maria Vieira AIP

Paula Fonseca AIP

Rui Brandão UCP/CEPCEP

Tiago Nascimento C4G

Vanda Vieira CECOA

RELATORA: Adelina Sequeira

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Abertura pela AIP-CE

Enquanto entidade promotora do Estudo “O Impacto das Tecnologias de Informação na

Aprendizagem Informal das PME”, bem como da Conferência Internacional Creative

Learning/ Innovation Marketplace, coube à AIP - Helena Caiado - a abertura dos trabalhos.

O enquadramento inicial permitiu a partilha dos objectivos perseguidos pela AIP, bem como

a finalidade última deste Think Tank:

o O Estudo realizado pela AIP e UCP/CEPCEP encontra-se em fase final de

apresentação de resultados, espelhada em Relatório Final e apresentação

pública no Seminário de Lançamento a realizar em 27 de Janeiro no Centro

de Congressos de Lisboa.

o Os dois Think Tanks foram incorporados no estudo e concorreram com

informação pertinente ao afinamento de questões e varáveis consideradas

relevantes para a recolha directa e indirecta de informação.

o O presente Think Tank verá ainda as suas conclusões agregadas às

conclusões finais do estudo mas, constitui-se sobretudo como um momento

privilegiado de reflexão sobre as temáticas de empreendedorismo e

inovação. Isto num momento importante e crucial para AIP, dado que se

encontra a desenvolver um projecto especifico no âmbito do

empreendedorismo.

Enquadramento no estudo desenvolvido

À semelhança dos Think Tanks anteriores, foi apresentada, por Etelberto Costa uma síntese

do Estudo “Aprendizagem Informal e Utilização das TIC nas PME Portuguesas”,

nomeadamente no que respeita às principais questões perseguidas, bem como as variáveis

directamente relacionadas com a temática empreendedorismo e inovação. Relembramos aqui

as principais linhas enquadradoras já partilhadas em relatos anteriores e focadas neste

último think tank:

As principais questões perseguidas no âmbito da problemática olham o tecido

empresarial português questionando o seu futuro desenvolvimento ou seja a nível

macro: Como podemos perspectivar para o futuro uma agenda de desenvolvimento?

Por outro lado, situa-nos nas questões cujo foco são as empresas e cujo centro o

conhecimento: nesta óptica e a nível meso Qual o significado das aprendizagens

informais? Que competências existem, perseguem?

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O Think Tank aparece, assim, integrado numa estratégia de recolha de dados (que

inclui questionário e workshop) e obedece a uma lógica reflexiva gradativa que

pretende aferir um referencial das variáveis estudadas e consequentemente uma baliza

conceptual que possibilite situar a realidade das PME face ao necessário/desejável.

Resultaram , assim, três grandes áreas temáticas de reflexão, as quais servirão de

mote aos 3 momentos de reflexão conduzidos através das metodologias perseguidas

pela Técnica de Think Tank:

o Competências, Qualificações e Emprego

o Conhecimento e Mudança

o Empreendedorismo e Inovação

Metodologia

Etelberto Costa iniciou a sessão com a apresentação do animador - Nelson Trindade - e a

sensibilização dos participantes para a aplicação prática da metodologia seguida, bem como

para o esforço de focalização e trabalho de equipa que permitisse o atingimento dos fins no

tempo disponível.

Apresentou a metodologia de desenvolvimento adoptada e ancorada na técnica de dinâmica

de grupo ‘Metaplan’, a qual subentende momentos diferenciados:

1. Apresentação faseada de perguntas focalizadas na problemática.

2. Resposta individual e anónima (registada em suporte papel), não partilhada com o

grupo e focalizada em frases de acção (ou seja que incluam pelo menos uma forma

verbal).

3. Formação de 3 grupos de trabalho (atendendo à dimensão do grupo em presença).

4. Leitura das respostas individuais; agrupamento em cluster das respostas (por

decisão conjunta) por cada um dos grupos de trabalho.

5. Discussão da problemática, tendo como pano de fundo a análise das respostas

individuais - o que pressupõe a sua consideração nos clusters definidos ou pode

igualmente pressupor a sua rejeição pelo grupo e a inclusão de novas

ideias/respostas à problemática – o objectivo é a escrita colectiva.

6. Apresentação final, por representante do grupo, da resposta à problemática.

Esta técnica permitiu responder ao objectivo especifico deste Think Tank: “promover a

integração de modo a recolher ‘statements’ que respondam às perguntas-chave e esbocem

um referencial para as temáticas em reflexão”.

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A Problemática: Empreendedorismo e Inovação

Sob o mote Empreendedorismo e Inovação, foram solicitadas ao grupo global

frases/reflexões individuais no âmbito de cada uma das seguintes questões:

Imagem 1

Uma visãode quemprocura

aprendere aplicar

Qual a característica fundamental

que o novo modelo organizacional decomunicação e colaboração tem que ter ?

AutonomiaRisco

Microdecisões

Nova-acção

...ou seja, Pessoas e Acções,assim,...

Imagem 2

Como facilitar (possibilitar) esta interacção ?

Como potenciar (fortalecer) esta interacção?

Tec. Informação

Aprendiz.informal

PME’s

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Imagem 3

Imagem 3

Como fomentar estas redes ?

deAprendizagem

deEmpresas

deInovação

(mín 1,máx 3)

(Identificar a rede)

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Frases/ideias Individuais_ Síntese - QUADRO 1

TEMA/QUESTÃO FRASES/IDEIAS

1. Qual a característica fundamental que o novo modelo

organizacional de comunicação e colaboração tem que ter?

Interagir e Partilhar multiculturalmente.

Conhecer o utilizador/a população alvo; “customer insight”.

Capacidade de gerar redes de conhecimento nacionais e

internacionais de modo a permitir decisões mais rápidas,

fundamentadas e actualizadas.

Vontade genuína das pessoas para, de mente aberta, comunicar,

partilhar e colaborar sem tabus nem preconceitos.

Facilitador de Informação!

Tem que ser operacional, dinâmico, colaborativo.

Aberto, estar disponível, para...

De fácil utilização (“user friendly”) e de utilidade fácil

(interesse/relevância).

Deve ter: transparência, clareza de informação, ferramentas que

permitam chegar aos destinatários.

De navegação muito fácil intuitiva.

Interacção.

Surpreender pela positiva…atitude activa.

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TEMA/QUESTÃO FRASES/IDEIAS

2. Como facilitar (possibilitar) esta interacção [entre destrezas TI,

PME e aprendizagem informal]?

Criar Redes, promover a sua utilização.

Promover a procura colectiva de problemas.

Sistemas de Gestão de Conhecimento.

Vontade e capacidade para experimentar e reflectir em conjunto e

em rede.

Experimentar, ousar, fazer, praticar…em rede e comunidade de

prática.

Redes de Conhecimento experiencial. Baseado na realidade das

empresas.

Comunicação forte; troca de ideias a vários níveis.

Aproveitar diferentes formas de aprendizagem formal/informal.

Através de gestores/decisores envolvidos, motivados e conscientes

da necessidade de fomentar a aprendizagem nas PME via TIC.

Destreza. Inteligência intercultural internacionalização.

Criando uma visão, Missão e alinhamento entre as partes.

Consciencializar as pessoas que a aprendizagem informal ocorre de

forma permanente nos “espaços” que ocorrem entre os momentos

de aprendizagem formal. As TIC ajudam a sistematizar e a acelerar

este processo.

Formação permanente. Motivação pela aprendizagem.

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TEMA/QUESTÃO FRASES/IDEIAS

3. Como potenciar (fortalecer) esta interacção?

Motivar, reconhecer, celebrar, estimular.

Criando sistemas de “performance support”

Divulgar resultados e promover metodologia semelhante para

procurar soluções.

Com um estilo de liderança que facilita esta interacção.

Desenvolver mecanismos de monitorização e ir adequando em

conformidade.

Criar uma cultura de aprendizagem e criar as condições

organizacionais para aplicar os conhecimentos, competência e

aptidões.

Fomentar redes de conhecimento.

Criar Redes.

Transversal à organização.

Criar redes de conhecimento.

Rede: pela qualidade e pertinência da informação.

Criação de consórcios/projectos em várias áreas de intervenção.

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TEMA/QUESTÃO FRASES/IDEIAS

4. Como fomentar estas redes [aprendizagem, inovação,

empresas]

Redes de aprendizagem: seleccionar temas de interesse

comunicar aos elementos da rede.

Redes de Aprendizagem, fomentar com “sede” de conhecimento.

Aprendizagem: plataformas electrónicas/web de conhecimento.

Aprendizagem (redes): estabelecer e criar pontos de contacto.

Redes de Inovação: partilhar ideias/recurso métodos.

Redes de Inovação: fomentar através da “necessidade do

mercado”.

Inovação: sessões de design thinking.

Rede de Inovação: aprendizagem.

Redes de confiança/visão/partilha e conhecimento; envolver

elementos chave da PME com capacidade de facilitação da

aprendizagem (interna) e capacidade de partilhar boas práticas

(boas práticas). PME aprendentes.

Redes de Empresa: identificar interesses comuns.

Redes de Empresas: fomentar com a gestão colaborativa.

Empresa: Partilha de experiências (formal); “best practices”,

“storytelling”, inovação. Criar momentos de partilha de insucessos

(aprender pelo “erro”).

Encontros mensais (1,3h) com uma determinada temática e para

um cluster especifico de empresas.

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TEMA/QUESTÃO FRASES/IDEIAS

Redes de Empresas: ganhos evidentes: competências, relações.

Redes de Aprendizagem: Inovação.

Troca de experiências, boas práticas (ou casos menos bons).

Participar, colaborar.

Partilhar experiências e conhecimento star traker, comunidade de

prática.

Face ao baixo nível de utilização de sistemas de comparação,

começar por criar experiências piloto que estimulem o gosto pelo

uso de redes, e anulem os “medos”. A AIP pode ter um papel

crucial.

Fornecendo inputs, polenizando e rebatendo.

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Discussão e Declarações dos Grupos

Foram constituídos 3 grupos de Discussão.

QUADRO 3 – Grupos de Discussão

Grupo PARTICIPANTES

I

Manuel Borges Gonçalves

Maria Vieira

Tiago Nascimento

Vanda Vieira

II

Aires da Silva

Celeste Brito

Lurdes Calisto

Márcia Trigo

Paula Fonseca

III

Celina Gil

João Tavares

Mário Teixeira

Rui Brandão

No final foram apresentadas as afirmações resultantes da discussão e conclusões globais, de

cada grupo, conforme sintetizado no quadro seguinte.

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QUADRO 4 – Declarações por Grupo

Questão Grupo Declarações Finais

Qual a característica

fundamental que o novo modelo

organizacional de comunicação

e colaboração tem que ter?

I Ser um agregador de informação.

Criar efeito surpresa.

Permitir a criação de estimulos.

Fomentar a inteligência intercultural.

Ser Dinâmico.

Como facilitar (possibilitar) esta

interacção [entre destrezas TI,

PME e aprendizagem informal]?

II

Skills Gestão:

o Definir estratégia ousada que

permita o envolvimento e a

conscientização dos diferentes

actores para a ALV (informal e

formal).

Ferramentas:

o TIC – Facilitadoras e aceleradoras do

processo de aprendizagem (formal x

informal) integrado e suportado por

uma comunicação empática e na

automotivação.

Experimentação:

o Criar e animar redes baseadas na

realidade das PME para a

experimentação e reflexão que

promovam a gestão do

conhecimento, a aprendizagem e a

resolução de problemas.

Como potenciar (fortalecer)

esta interacção? II

Liderança:

o Exercicio de uma liderança

inspiracional/transformacional que

estimule, reconheça e celebre uma

cultura ALV.

Monitorização:

o Criar sistemas de performance

support que promovam a

monitorização e divulgação de

resultados de experiências de

aprendizagem informal suportadas

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Questão Grupo Declarações Finais

em TIC (Web 2.0) com o objectivo

de adequar as destrezas às

necessidades das PME.

Redes

o Animar Redes intra e interempresas

e/ou com outras entidades em

diferentes áreas de intervenção e

focalizadas na qualidade e

pertinência da informação.

Como fomentar estas redes

[aprendizagem, inovação,

empresas]

III

Necessita de interesse comum, com

aceitação mútua para surgir.

Necessita de ganho distribuido, para se

manter (pela eficiência, colaboração e

Necessita de governance, skills e energia;

plataforma.

Na sequência da apresentação das declarações, por representante do grupo, seguiu-se uma

discussão alargada sobre as temáticas em questão, focalizando dimensões chave que tocam

as questões do empreendedorismo e inovação:

As PME portuguesas debatem-se com constrangimentos concretos ao nível da sua

dimensão média (recursos humanos, materiais e financeiros), o que por si é

limitativo de iniciativas inovadoras (porque requerem pesquisa, know-how e tempo).

Em paralelo, o tecido empresarial das PME encontra-se ainda preso a pré-conceitos e

ideias de senso comum, emergindo um sentido de destino/fatalidade: “nasce-se

empreendedor”. Márcia Trigo foi aqui peremptória ao afirmar que “Os empresários

fazem-se!”. Nesta afirmação incidiu e insistiu na necessidade premente de contrariar

ideias feitas e da necessidade, ou melhor obrigatoriedade, do ‘regresso à escola’ por

parte dos empresários - únicas formas de garantir a competitividade.

A aprendizagem informal e todas as ferramentas disponíveis e associadas à Web 2.0

foram mencionadas como as grandes potenciadoras das competências necessárias ao

empreendedorismo e inovação. A aprendizagem apareceu neste debate (mais uma

vez) como central. Tendo sido afirmado que a aprendizagem formal deveria servir

para sistematizar a informal. Por outro lado, foi sublinhado que esta última não é em

grande parte transmissível (uma vez que falamos em conhecimento tácito), embora

possa ser passível de circulação, existindo empresários que já se aperceberam da

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importância no seio da empresa deste conhecimento tácito e da aprendizagem que

ocorre fora dos circuitos formais pré-estabelcidos (tantas vezes alvo de posturas

criticas e resistências que não concorrem para resultados efectivos).

Nesta linha de ideias, foi ainda introduzido em debate a ideia de aprender com o

erro. Por esta via, toda e qualquer iniciativa que potencie a partilha, que vise uma

maior circularidade do conhecimento tácito deve prever uma memória: seja pela

criação de FQA, seja por técnicas como o storytelling ou pela criação de intra-redes

capazes de resolver problemas (já prática em algumas empresas internacionais).

Verificou-se uma postura unânime face à necessidade de análise do erro, do

insucesso (não só das boas práticas). “Somos culturalmente ineficazes na

documentação de experiências.”, afirmou-se.

No âmbito do empreendedorismo e inovação foi, por fim, sublinhada a importância

da internacionalização. Para qualquer empresa é importante que saia do país desde a

sua criação: a viagem a outros países enquanto conhecimento, aprendizagem; na

observação do que se faz e como se faz.

No final da discussão, Nelson Trindade contextualizou e clarificou a emergência das questões

debatidas e reflectidas neste Think Tank, com base no seguinte esquema:

What…….. Ever

When…….. Ever

Where…….. Ever

Why?

Why not?

What if?

Próprio Contexto

Modelo

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As questões colocadas: What (o quê?), When (quando?) e Where (onde?) têm associadas a

expressão Ever (sempre/nunca). Esta aparece aqui no seu duplo significado, demonstrando,

neste esquema do empreendedorismo, que a grande questão se centra na transformação do

Nunca (traduzido nos constrangimentos, a prioris, barreiras e demais desafios/entraves

colocados à acção empreendedora) e do Sempre (traduzido na fatalidade da imutabilidade

das coisas). O grande atrevimento do empreendedor será assim, conforme apresentado,

atacar os “Ever” – e substitui-los por outras questões impulsionadoras da criação/invenção e

abertura ao mundo: Why (porquê? – interrogação primeira); Why not (porque não?) e What

if (e se?).

Assim, a noção de empreendedorismo colocando o indivíduo face ao contexto (a mais das

vezes adverso e resistente a mudanças) a criar/inventar/construir o seu próprio modelo de

respostas/a sua ideia/o seu empreendimento.

Por fim, Nelson Trindade deixou uma nota face às tentativas impulsionadoras de

empreendedorismo: este só ocorre em plena liberdade (verbos como permitir não podem

aqui ser equacionados – a permissão pressupõe um ascendente externo que por si só é

inibidor da iniciativa individual).

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Principais Questões para Reflexão Futura

Empreendedorismo e Inovação estão hoje na ordem do dia. A necessidade de crescimento

económico e de resposta a uma crise sem precedentes (onde ainda se discutem as razões e

soluções adjacentes) parece impor a procura de uma nova visão (ainda que a simples ideia

de imposição pareça aqui uma contradição).

O presente Think Tank foi conduzido e impulsionado por esta ideia de imperativo, ancorada

na percepção e construção de soluções que potenciem empreendedorismo e inovação: a

iniciativa da AIP-CE no seu projecto de empreendedorismo foi assim um dos motes da

discussão (Qual a melhor forma de apoiar e potenciar uma rede de empreendedores e

criadores?).

Tendo por base 4 questões principais, que incluíam já a associação de ideias-chave à visão

de empreendedorismo e inovação - comunicação, colaboração, interacção e rede – foram

solicitados aos participantes contributos individuais (primeira fase) e contributos dos grupos

constituídos (segunda fase):

Qual a característica fundamental que o novo modelo organizacional de comunicação

e colaboração tem que ter? – Os contributos individuais apontam uma reflexão dos

participantes ancorada em duas perspectivas de análise: ao nível lato de um modelo

de comunicação e colaboração e ao nível estrito de uma ferramenta que sirva esse

mesmo modelo. Verificamos que ao nível do modelo este deverá ter transparência,

clareza e capacidade de gerar redes de conhecimento nacionais e internacionais,

bem como integrar uma aceitação por parte das pessoas. A declaração final centrou-

se na utilização de uma ferramenta (foco aliás da maioria das declarações

individuais), agregadora de informação, dinâmica, aberta, de fácil utilização e

adaptada ao seu público-alvo. A interacção e dinamismo foram aqui as palavras-

chave apontando para a necessidade de colaboração.

Como facilitar (possibilitar) esta interacção [entre destrezas TI, PME e aprendizagem

informal]? Os contributos individuais e o contributo do grupo apontaram caminhos de

aprendizagem: pela via do reforço de Skills na valorização e dinamização da ALV

(pelo reforço da aprendizagem formal, mas sobretudo pela maior atenção e

aproveitamento da aprendizagem informal). Tratou-se aqui de enfatizar a utilização

adequada de ferramentas enquanto facilitadoras de comunicação e de redes que

criem canais de experimentação intra e inter PME.

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Como potenciar (fortalecer) esta interacção? Liderança, monitorização e animação de

redes. Estas foram as palavras chave emergentes da discussão de grupo, reiteradas

na discussão mais alargada que se seguiu e que apontam para um fortalecimento

através da necessidade de reequacionar/requalificar as lideranças das nossas PME,

colocar as aprendizagens no centro das dinamizações de crescimento e inovação,

conhecer/aprender, com os problemas/erros/práticas boas ou más, num intercâmbio

permanente entre PME.

Como fomentar estas redes [aprendizagem, inovação, empresas]? A criação de redes

foi concluída como um dos passos importantes para o crescimento das PME e para a

potenciação do espirito empreendedor. Identificou-se a necessidade de um sentido

comum, da percepção de distribuição de ganho e de uma orientação clara na

definição de caminhos (governance, skills e energia).

Sendo este o último dos três Think Tanks realizados, importa colocar as questões para

reflexão futura enquadradas na linha reflexiva e nos contributos de todos os grupos

envolvidos.

Este think tank reforçou a ideia da centralidade da aprendizagem: verificou-se o

reconhecimento da importância do conhecimento tácito presente nas empresas e da

importância crucial da sua valorização. Aprender – imperativo de acção subjacente

às diversas questões focalizadas: necessidade de formação das lideranças,

necessidade de partilha do conhecimento tácito e experiencial, necessidade de

(re)conhecer o erro, identificar e solucionar problemas.

Mas reforçou também a ideia de Rede/Partilha/Colaboração - a abertura ao

exterior (seja este, outra pessoa, outra empresa ou outro país), a interacção e

colaboração mediada por via tecnológica (ou dinamizada dentro da empresa) foram

apontadas como condições sine qua non para o empreendedorismo e inovação –

numa óptica de sucesso.

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No primeiro Think Tank foi questionado: Qual o desafio…que abre a porta do

sucesso? A resposta encontrada nesse momento ganha agora novos contornos:

Conhecimento (através da sua exploração, dinamização e reinvenção); Cooperação

(através da proximidade, relacionamento - pelo encontro de valores e humanização

dos meios); Adaptação (à mudança, às pessoas, aos contextos). Estando igualmente

presente e como pano de fundo a Inovação ( a ideia de encontrar novas formas de

actuar).

À questão colocada nas conclusões do segundo Think Tank, encontramos hoje a

resposta: as empresas não podem descentrar a sua atenção sobre os indivíduos e

sobretudo sobre as relações, interrelações e conexões colaborativas entre indivíduos.

Assim empreendedorismo e inovação, são uma das faces da procura de crescimento e

competitividade necessária a toda e qualquer sociedade. A iniciativa, a criatividade, a

invenção, a resiliância, a adaptabilidade tomam assim forma na urgência de ancoragem na

aprendizagem e na cooperação. Hoje, entendemos que não somos ilhas. Entendemos que

sozinhos é mais difícil e sobretudo menos rico. Seja pela fonte inspiradora que é a

emergência das novas tecnologias, seja pela constatação que muito do que

sabemos/desenvolvemos está fora dos circuitos formais de ensino/aprendizagem, neste think

tank pudemos concluir que: Potenciar/Facilitar o contacto (de forma dinâmica e

interactiva) entre indivíduos/empresas com interesses comuns, de forma aberta e

internacional, com ganhos partilhados e em aprendizagem permanente (com sentido

atribuído e reconhecido por todos) são características necessárias a qualquer modelo e

respectivas ferramentas que suportem iniciativas empreendedoras e inovadoras.