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This is about love (ou isto é sobre o amor) Ranyane Melo 1ª edição 2011

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This is about love (ou isto é sobre o amor)

Ranyane Melo

1ª edição

2011

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Este livro é dedicado ao Pai Celestial que me deu o dom da escrita e ao meu amor eterno

Jake ...

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O amor pode transformar as coisas baixas e vis em dignas, excelsas.

O amor não enxerga com os olhos, mas com a alma, e, por este motivo, O alado cupido aparece cego nas pinturas. Nem na mente do amor foi

Registrado qualquer sinal de discernimento. Asas sem olhos são emblemas Da pressa imprudente e, por causa disso, dizem que o amor é uma criança, Porque na escolha erra frequentimente. Assim, como as crianças travessas, Infringem, nas brincadeiras, os juramentos feitos, assim o jovem amor é

Perjuro em todas as partes.

(William Shakespeare)

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Sumário

Prefácio ................................................................................................... 5

Você acredita no amor ? ....................................................................... 5

Experiência I ........................................................................................... 5

Experiência II ......................................................................................... 6

Experiência III ........................................................................................ 7

Experiência IV ......................................................................................... 8

Experiência V............................................................................................ 9

Alguns dias depois ................................................................................... 12

A foto ........................................................................................................ 13

A Viagem ................................................................................................. 15

O Acidente .............................................................................................. 23

O Acontecimento .................................................................................... 30

O Sepultamento ..................................................................................... 35

Casulo ..................................................................................................... 41

Uma nova fase (borboleta) .................................................................... 47

A Canção ............................................................................................... 51

Experiência VI (A hora da revanche) ............................................... 65

O Grande Dia ....................................................................................... 67

Epilogo .................................................................................................. 73

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Prefácio Vocês devem estar se perguntando por que eu resolvi escrever algo sobre o amor. Simples, eu sempre fui uma pessoa que nunca tive muita sorte no amor e com o passar do tempo eu fui desacreditando neste sentimento tido por todos como sublime. E agora para mim este sentimento só realmente existe nas telas de cinema e serve apenas para vender livros como os de Shakespeare.

Você acredita no amor?

Como já deu para ver eu não sou muito fã de romances, mas eu não vou mentir em dizer que eu nunca invejei casais apaixonados. Mas o que é a final o amor? Os cientistas dizem que as paixões assim como o amor são apenas reações químicas que ocorrem em nosso cérebro e que essas reações duram apenas dois anos e meio. E depois? Então Como existem casais que conseguem viver juntos por 10, 20,50 anos com uma mesma pessoa? Eu não consigo entender! Então para encontrar as respostas para essa e outras perguntas eu decidi fazer algumas experiências. Não experiências como são feitas no laboratório com ratos e outras cobaias, mas experiências emocionais, com pessoas reais, eu vou tentar descobrir o que os homens gostam e como fazer para eles apaixonar-se por você e finalmente como encontrar o amor.

Experiência I

Essa é a nossa primeira experiência, mas para dar inicio a ela precisamos primeiro de alguém para ser a nossa primeira cobaia, quer dizer experiência. Perfeito! Encontrei o cara certo para ser a minha primeira cobaia, quer dizer experiência, ah vocês entenderam o que eu quis dizer. Bem, ele parece um pouco desastrado, tímido e nada normal, ou seja, o cara que com certeza nenhuma menina em sã consciência ficaria ao seu lado. Perfeito esse é o cara mais idiota que eu já conheci. Então vamos lá! Primeiro passo; tentar uma aproximação. Resultado; embora ele não gostasse de falar, ele me revelou uma coisa muito interessante, ele disse que gosta de garotas que saibam conversar, que tenham um bom papo. Entenderam garotas quando virem um garoto comecem a tagarelar sem parar é disso que eles gostam.Mas para confessar – lhes uma coisa ouve um momento em que eu já não sabia se ele realmente estava prestando atenção no que eu estava dizendo, ou se ele apenas estava achando bonito o movimento dos meus lábios. Mas de qualquer forma ele contribuiu com a nossa pesquisa. Poderíamos ter passado para o segundo passo nesta experiência, mas com um cara tão chato e intediante eu prefiro passar para a próxima experiência.

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Experiência II

Vamos agora para a segunda experiência, mas este porem é bem diferente do outro, ele fala muito, acha-se o melhor em tudo. A última bolacha do pacote, a bala que matou John Lennon, o galã da novela que ainda não terminou. Ele seria o maior conquistador que poderíamos encontrar se não fosse um detalhe. Ele infelizmente caiu nas garras de um carrasco que não tem misericórdia, de um ladrão que roubo-lhe o bem que lhe é mais precioso... A vida. E que lhe prendeu com duras amaras de ferro até a escravidão; ou seja, o amor! Não que eu seja a pessoa mais indicada para falar no assunto, apenas eu não quis perder a oportunidade de demonstrar os meus talentos como poetiza. Eu se fosse você ia agora comprar um desses livretos de poemas ao invés de ler o que eu estou escrevendo, mas como você não tem outra escolha mesmo então vamos continuar! Ele apaixonou-se por uma linda garota, mas ainda não se sabe se ela gosta dele. Isso é tão típico o famoso caso de amor platônico. Eu já vivi vários desses amores, eles não fazem nem mal, nem bem, apenas servem para se dizer que já se amou um dia. Vocês entenderam? Um rapaz quer que você demonstre que também esta interessada nele, eles tem medo de levar um “não”, mas cuidado! Demonstrar se muito interessada em um homem acaba fazendo com que eles percam o interesse pela caçada. É serio! Os rapazes assim como os animais gostam de competir, conquistar a sua fêmea. É parece que o processo evolutivo não conseguiu mudar isso, por isso que eu gosto de ser uma mulher, nos somos animais racionais ao contrario dos animais “homens”. No começo para aquele casal, no qual eu já havia dito antes, estava mais para dança de pavões do que para um romance. Eles se exibiram até chegarem a ser conhecer melhor.A amizade infantil não durou muito tempo, não mais que uma semana e entre palavras de desprezo; pois quem desdenha quer comprar, e entre aquela raivinha; ódio prematuro nos futuros casais. Pois, o ódio é o inverso do amor e não se pode amar sem odiar algo no ser amado. E depois de algum tempo finalmente eles conseguiram ficar juntos. Mesmo com uma briguinha aqui e algumas juras de amor ali. E assim que terminamos a nossa segunda experiência. Conseguimos aprender muitas coisas nesta experiência, sobre como conquistar a pessoa amada e também aprendemos como ficamos bobos ao nos apaixonarmos, podendo deixar para trás alguns traços da nossa personalidade, como ele o fez. Ou até mesmo abrir mão de nossa própria vida como fizeram Romeu e Julieta, por amor. As coisas começaram a ficar interessantes, mas já é hora de partirmos para a nossa próxima experiência!

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Experiência III Há! Vocês não podem imaginar o quanto eu esperei por esse momento. A tão sonhada hora da doce vingança. Já faz muito tempo que eu estava doida para dar o troco em certo rapaz. Não que eu seja assim... Uma pessoa vingativa, e, mas com o passar do tempo à vida vai lhe deixando um pouco mais amarga depois de tantas decepções. No entanto, vocês não podem imaginar o quanto eu fui apaixonada por esse garoto, e quem sabe ainda seja... Mas eu nem quero lembrar o quanto ele brincou comigo e com os meus sentimentos. Mas como dizem eu não sou mais a caça, agora eu sou o caçador, então vamos logo, Porque estou ansiosa para me deleitar nesta experiência! Jogando a isca. Todo rapaz metido e garanhão tem um ponto fraco... A VAIDADE. Não apenas a vaidade em se achar belo e tudo mais. Mas também a vaidade em ser irresistível no fato de nenhuma mulher poder ficar imune aos seus encantos. Então a única forma de conquistá-lo é não ceder, fingir que não estar nem aí para esse tipo de cara, você precisa fazer com que ele implore pela sua atenção. Assim como fez a Ana Bolena, para conquistar o Henrique VIII. E olha que Henrique VIII era o maior dos garanhões daquela época. Mas Bolena na soube muito bem o que fazer com o ele. Primeiro ela o seduziu e fez com que ele abandonasse tudo por ela; filhos, esposa e ele até rompeu com a igreja. Tudo por causa dela, então ela é um ótimo exemplo que devemos seguir. Mas a nossa experiência III, não é nada fácil. Eu como ninguém sei disso. Ele sempre quis ser o melhor em tudo, não se importando em fazer com que as outras pessoas ao seu redor se sentissem menosprezadas ou indignas de estarem em sua presença. Lembro de quando o achava um idiota e me dava até nojo de lhe olhar nos olhos. Nessa época eu era tudo o que ele queria, a preza certa para o seu irremediável veneno. Foi com muito esforço que ele me conquistou, eu burra e ao mesmo tempo inocente demais me deixei levar, mal sabia o que me esperava. Ele assim como tantos outros rapazes assim que me conquistou, e teve a certeza que eu estava suficientemente apaixonada e totalmente dependente para não o deixá-lo. Ele começou a me humilhar, me fazendo sentir a pior pessoa que existe, não atribui todos os meus problemas sentimentais única e exclusivamente a ele, mas como certeza ele tem uma boa parcela nisso tudo. Eu acho que vocês estão curiosos para saber o que eu fiz depois disso. Nada, mas precisamente. Eu deixei que o destino por si só se encarregasse de castigá-lo e foi exatamente isso o que aconteceu. Depois de algum tempo o vi totalmente acabado, soube que havia ficado noivo e nas vésperas do seu tão sonhado casamento. A noiva fugiu com o seu melhor amigo e ainda levou boa parte do seu dinheiro. E já dizia o dito popular o garanhão de hoje é sempre o traído de amanhã. Mais nada disso me interessa, o que interessa mesmo é o que aprendemos com essa experiência, a vida sempre dá voltas e em uma dessas voltas nos nunca sabemos aonde podemos parar.

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Experiência IV Confesso que depois da nossa última experiência eu até pensei em desistir de ver até onde as pessoas podem ir por amor. Isso me pouparia muito de ter que me deparar com lembranças do passado, que a tanto me fazem sofrer. Então decidi continuar só para comprovar aquele velho clichê que diz que todos os homens são iguais. Mas lembrem- se que eu não estou aqui para criticar os homens! Eu apenas estou à procura de uma resposta para o que é o amor. Eu apenas comecei com os rapazes porque, para mim é mais interessante saber como os rapazes reagem a esse sentimento. A nossa nova experiência não é assim tão diferente dos outros que nos já vimos. Mais por incrível que pareça, há algo de especial nele, talvez seja o seu olhar, ou o seu enigmático sorriso, eu não sei como explicar. Talvez seja a sua alma infantil, o seu jeitinho de criança. Ele ainda não sabe muito bem como lhe dar com os seus sentimentos, ainda é muito jovem, acha que pode conquistar todas, mas sabe que isso não é certo. Talvez seja melhor deixá-lo em paz, desistir disso tudo. Mais será que devo deixá-lo se arriscar e depois sofrer? Sim, é melhor, é como dizem; você só aprende a andar, se cair. Mais ele sem querer brincou sem perceber com o coração alheio. A pobre moça não havia percebido que ele não era para ela, ele não era para ela e nem para mais ninguém além da solidão. Prefiro não contar mais detalhes daquele ser enigmático demais até para mentes preparadas para lhe dar com o desconhecido. Irei deixá-lo em paz agora, esperarei até que o seu coração esteja maduro o suficiente para a colheita.

Experiência V Eu sempre gostei desse número 5, eu não sei mais para mim ele parece um número místico. Ele me atrai de uma forma que não posso explicar e como algo que me fizesse ter esperança em algo que ainda desconheço. Bem, a nossa nova experiência... O que eu poderia dizer dele? Para mim ele é apenas mais um, e ao contrario dos outros não tem algo que eu possa achar especial ou interessante. Definitivamente alguém com que eu não gostaria de me relacionar normalmente. Simplesmente eu não sei o que poderemos aprender com ele. Mais o principal motivo para estar fazendo todas essas pesquisas é primeiramente: Saber como surge o amor. Segundo saber de onde o amor vem e finalmente como os rapazes reagem a esse sentimento. Então nos temos que continuar, mas dessa vez irei fazer diferente. Irei perguntar ao invés de tentar interpretá-lo. Primeiro passo: perguntas

1) Você tem alguma perspectiva em relação ao amor? 2) O que você acha que é o amor?

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3) Você já se apaixonou? Agora vamos ver as respostas que aquele garoto deu, eu o pedi para escrever as respostas em um pedaço de papel e depois deixá-lo em cima da minha mesa e claro que eu não quero interferi, ao menos não ainda. Então o que estamos esperando vamos ver logo as respostas! Respostas: 1) Sim, o meu maior sonho é viver um grande amor, de verdade não como aqueles de cinema que eu sei que não existem. Eu quero amar e ser amado, casar e construir uma família. Eu sei que isso é um pouco difícil hoje em dia, mas para mim seria o suficiente. 2) Para mim o amor é a coisa mais sublime e pura já antes encontrada em toda a terra e quem sabe até nos céus. Ele nos faz sorrir e ao mesmo tempo chorar, nos precisamos dele assim como precisamos do ar. Sem o amor não há vida e sem vida o que ainda nos falta para morrer? 3) Não, eu ainda não me apaixonei. Quer dizer só uma vez, mas já faz muito tempo

nos éramos muito jovens... Talvez jovens demais para entender o que aquilo tudo era.

Mas esperem há algo no canto da folha, algo como um borrão. P.S. Eu já respondi a todas as suas perguntas, então eu tenho o direito de fazer uma. Porque você esta fazendo tudo isso? Como se ela fosse saber Eu vi o que você fez com aqueles rapazes, você os engana, humilha e os usa para as suas “experiências”, miseras cobaias e o que você sabe sobre o amor?Você é apenas uma lunática, obcecada por ver todos como você, seca e amarga e eu espero que quando eu me apaixonar que não seja por uma pessoa como você. Igual ao que aconteceu E Quando você tiver as respostas para as minhas perguntas, venha me encontra. Rua; Santa Mônica, numero 45. Se você tiver coragem para isso eu estarei esperando, preciso lhe mostrar uma coisa que pode mudar o curso da sua historia.

O que? Quem esse cara pensa que é? Esse cara é muito abusado mesmo! Então ele acha que sabe muito sobre o amor, não é? Ah... E por acaso ele já se apaixonou? Deixa que eu responda, NÃO! Ele definitivamente não sabe o que é gostar de alguém e em troca só receber ponta Pés. Dedicar todo o seu tempo e apresso por alguém que só lhe quer ver sofrer. Mais com isso eu também aprendi, aprendi que não há razoes para amar... E melhor apenas viver, segui em frente sem ter que olhar para traz para ver o que se Perdeu, pois não se perde o que nunca se teve. Há, mais eu preciso encontrá-lo, dizer lhe umas coisas, ele é um tolo se acha que Ninguém ira machucá-lo, gostaria de saber como uma pessoa ainda pode depositar todas as suas esperanças em um sentimento sem sentido. Por que amar é sofrer? Porque não podemos apenas amar e em troca ser amados? Será que assim tão difícil? Porque

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homens matam uns ao outros na guerra ou porque não podemos amar igualmente alguém que estar nas ruas? Há algo de errado, talvez seja comigo, não sei... Acho que é toda essa conversa de amor pra cá e amorzinho para lá já esta me deixando tonta. Mais Agora eu não posso perder o foco eu preciso achar aquele impetulante metido a guardião do amor. Então ela saiu indignada pela afronta do moço, ela foi correndo pedir esclarecimentos do ocorrido. O procurou até encontrá-lo e olha que essa não foi uma tarefa muito fácil, mas ela conseguiu ou teria sido melhor ela não ter conseguido. Ela estar de frente para ele, olhando ferozmente para os seus olhos. - Há finalmente lhe encontrei. Gritei. - Ah, então você estava me procurando? Disse ele sarcastamente - Presta atenção aqui sou eu quem faz as perguntas! - Há, e mesmo? Iguais as que eu tive de responder? Disse ele com quase um sorriso - Dá para parar com isso? Ela disse irritada - Parar com o quê? Disse lhe quase não podendo conter a gargalhada - Vamos me diz por que você veio me procurar. Perguntou sereno - Não seja hipócrita, você sabia que eu viria. - Há, ta bom e agora eu além de ter que ser uma das suas cobaias para as suas experiências malucas, ainda tenho que ser adivinho. Disse lhe querendo parecer irritado. - E claro, pelas coisas que você escreveu como queria que eu reagisse? Falou um pouco mais calma. - E por acaso eu não lhe disse a verdade? Disse lhe observando a sua reação. - Talvez... Ela admitiu - Porque você esta fazendo isso? Quando lhe conheci... - Quando o quê? - Nada, e besteira. - Começou agora vai ter que terminar. - Terminar o quê? - De falar, e claro! - Há...

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- Então? Ela perguntou - Então o quê? - Fala! - Um dia você vai saber - Saber do quê? - Um segredo - Que segredo? Perguntou curiosa. - Eu não posso lhe contar, ao menos não ainda. - Então o que falta para esse dia? - Tudo e nada ao mesmo tempo, na hora certa você irar saber. - E quando saberei qual será à hora certa? - Quando você não puder ouvi mais a minha voz. - Então cala a boca! - Não é isso, e quando eu não estiver mais aqui. - Então você vai viajar? - Não exatamente é quando eu partir para um lugar que um dia todos iremos. - E onde fica esse lugar? - Há, esquece você não vai entender. Os anos não fizeram você mudar nada. - Mudar? Eu sei que por trás dessa pessoa amargurada e seca aparentemente, há uma menina que apenas estar com medo de cometer outro erro. - Cometer outro erro? - Eu já cometi um erro grave? - Para mim sim. - Então o que eu fiz? - Desculpa, mas agora eu tenho que ir. - Não, espere! Você ainda não respondeu a minha pergunta.

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- Você não acha que já teve respostas demais? Falou e partiu deixando a sozinha. - Mais o que tudo isso significa? Eu estou tão confusa. Falou com sigo mesma

Alguns dias depois...

Desde aquela conversa que tive com aquele garoto, algumas coisas começaram a clarear, mas ainda não é a luz no final do túnel. Passei os últimos 10 dias refletindo sobre as coisas que ele disse, mas ainda tenho um quebra cabeça nas mãos. O que ele quis dizer quando disse você entenderá quando eu não mais estiver aqui... Para onde ele vai eu preciso saber. Será que ele já me conhecia? De onde? Mais eu se quer sei o seu nome. Esperem irei olhar na ficha de pesquisa provavelmente ele deixou o nome. Então ela abriu uma gaveta que se encontrava debaixo da sua escrivaninha e lá encontrou todas as fichas das suas experiências, e as observou com cuidado uma a uma até encontrar uma ficha que era muito semelhante à dele. - Achei! Finalmente! Vamos ver idade, não. Telefone, não; e quem vai ligar para aquele cretino! Sibilou - Sim, aqui esta o seu nome é Jake. Jake Thustal, incrível esse nome não me é estranho, ao contrario até acho que me soa bem família e como se eu houvesse ouvido o som do seu nome ecoando em meus sonhos por toda a vida. - Estranho. Mais tudo bem ao menos agora sei o seu nome, mas isso pouco me importa agora, tenho ainda muitas coisas para resolver, irei para casa tomar um bom banho e depois tentarei relaxar. Então ela partiu para a casa sozinha, quem sabe até atordoada com o ocorrido. E como o prometido tomou o seu tão esperado banho e depois deitou na sua grande e espaçosa cama de lençol vermelho, vermelho como sangue. Tentou dormir, não conseguiu então partiu para uma nova técnica, ler um livro.

A foto... Vasculhou atentamente a sua estante e puxou delicadamente um pequeno livro que há muito não leia, desde a mais terna infância. Começou a folheá-lo, mas erra claro o seu desinteresse pelo mesmo, quando ia o fechá-lo para definitivamente nunca mais o abri-lo e então que dele cai uma foto, Ela a observou como se quisesse decifrar um código que apenas ela sabia. - Eu não posso acreditar! Essa foto há anos que eu não a via, pensei que estivesse perdida, mas não ela esta aqui em minhas mãos! Disse ela estonteante. Na foto havia duas crianças um menino e uma menina. Pelas feições era fácil decifrar que era ela tão

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jovem e sorridente com um amigo, irmão ou alguém conhecido do lado. Já o menino há, esse era igual a um anjo, tinha um lindo par de olhos azuis escuros e um rosto quase igual ao de uma pintura e na foto parecia que estava sorrindo para qualquer direção que olhamos embora seus olhos fossem tristes. - Esta sou eu, eu não consigo lembrar quando exatamente foi tirada essa foto... Mas, esperem agora eu posso me lembrar claramente! Foi quando eu estava saindo da minha cidade natal. Há mais quanta saudade! Sinto falta do campo, do cheiro da terra e é claro da deliciosa comida da minha mãe. Há como eu pude me esquecer de tudo isso? Como eu pude me afastar do que eu realmente sou. Ou do que eu era... Talvez fosse melhor eu fazer uma visita a minha mãe, eu acho que ela ira adorar me ver de novo. Agora enquanto a esse garoto eu realmente não consigo me lembrar, talvez quando eu estiver de volta a minha cidade eu possa perguntar a alguém quem é esse garoto aqui na foto comigo. Então ela pegou o telefone e começou a discar os números do telefone da sua antiga casa, parecia desconfortada em ter que ligar depois de tanto tempo longe, mas nada a impediria de começar a desvendar o seu segredo. - Alô? Mãe é você? - Quem esta falando? - Sou eu Katty. - Katty minha filha senti tanto a sua falta! Disse jubilosa - Eu também mãe, desculpa por não ter lhe ligado antes. - Tudo bem, o importante é que você esta bem. Não é? - Sim, estou. Mas mãe eu tenho um coisa para lhe dizer. - Eu não acredito você finalmente se casou eu irei ter alguns netos? - Não mãe, não é isso. Disse embaraçada. - Há então o que é? Sibilou decepcionada. - Eu estou voltando para casa. - E dessa vez é para ficar? - Não, eu irei ficar apenas alguns dias. Por quê? - Por nada, você sabe as portas estão abertas para você assim como sempre estiveram.

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Mais você não acha que esta na hora de você aninhar esse coraçãozinho? - Eu ainda não achei ninguém especial. Respondeu. - Então me prometa que quando o acha-lo não o deixe escapar, certo? - Ta bom mãe, mas agora eu preciso desligar. - Certo, estarei lhe esperando, tchau. - Tchau. Eu desliguei o telefone, mas ainda não conseguia me concentrar em nada, são muitas coisas para uma pessoa só. E a imagem daquele menino não me saia da cabeça, aqueles olhos tristes em contra oposição ao seu sorriso era como os dois principais elementos do teatro a comedia e a tragédia encontrados na sua mais pura essência. - Chega! Não se deve deixar para amanhã o que se pode fazer hoje. E é exatamente o que eu irei fazer! Vou correndo para o aeroporto comprar as minhas passagens, é o melhor que eu posso fazer. Então ela saiu foi ate o aeroporto e comprou as passagens para um novo recomeço em sua vida. [Recepcionista] – Pra quando você desejaria que fossem as suas passagens? - Para hoje, ou melhor, pra agora! Qual será o próximo voo? - Para as 3 da tarde. - Perfeito! Eu quero embarcar nesse voo. - Certo, estarei imprimindo as suas passagens neste exato momento, por favor, aguarde alguns estantes. Por que será que todas as atendentes falam da mesma forma? Será que elas são robôs controlados a distancia e que a única inteligência vem de um micro chip ultrapassado? Resmungou para ela mesma. - Desculpa você disse alguma coisa? - Não, eu estava apenas pensando alto! Que bom que além de burra ela também tem problemas de audição! - Pronto, as suas passagens estão aqui faça uma ótima viagem. - Obrigada! Eu realmente espero que esta viagem seja muito boa.

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A viagem... Bem, em breve estarei em casa novamente, agora faltam duas horas para eu embarcar, apenas mais duas horas para reencontrar o meu passado. Algum tempo passou e finalmente chegou à hora de embarcar então eu subi no avião e estava completamente calma embora tivesse pânico de avião, confesso que estava tão entretida com os meus pensamentos que nem reparei que estava usando um vestido azul de seda que foi me dado pela minha avó, há alguns anos atrás. Então entrei no avião e comecei a observá-lo, meio distante mais nunca distraída, eu ainda sinto calafrios em pensar que estou a milhas acima do chão. Quando vinha para cá, evitei ligar a televisão, só para não ter que ver algum acidente. Estou ao lado da janela observando como é engraçado ver a vida aqui de cima, vejo as pessoas tão pequeninas, pessoas que não vejo, mas que sinto. Elas parecem que vivem em um tempo antigo, elas são tão simples e ao mesmo tempo tão complexas, vivem um dia após o outro sem se importarem como o amanhã; elas nascem,crescem, dão se em casamento, multiplicam-se vivem então morrem... Simples assim! Então porque a vida tem que ser tão complicada? Porque o felizes para sempre não é real como nos contos de fada? Eu não sei... É melhor esquecer todas essas questões que tanto me atormentam e tentar dormir um pouco, enquanto não chego ao meu destino: [Sonho] - Bem vinda de volta. Alguém disse. - Quem é você? Perguntei. - Alguém que sentiu muito a sua falta. Ele respondeu. - impossível, nem eu mesma sinto a minha própria falta. Respondi. - Mais eu senti. - Por favor, pare logo com esse joguinho e me diga logo quem é você?! - Eu já disse, alguém que gostou de você, alguém que realmente lhe amou. - Eu não acredito em você. Eu disse - Porque não? Você pensa que você é a única pessoa no mundo que já sofreu por amor, é isso? - Não, e que... Tentei falar - Pare um instante, me deixe continuar. Por noites eu molhei o meu travesseiro com lagrimas, pensando em você, eu bebi a taça amarga da solidão e é você quem acha que já sofreu demais? - Cala a boca, você não sabe o que diz! Gritei

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- Há, eu sei sim, o problema é você com todas essas especulações, esta destruindo a única coisa que sobrou de bom a humanidade. - E o que é? - O amor... Para o amor não existem regras nem formulas, ele não é como uma receita de bolo, em que basta misturar os ingredientes certos e pronto! - Por favor, pare de me atormentar! Sibilei - Não o farei até que você entenda. Eu quis lhe proteger, mas a vida te lançou dardos flamejantes. Você aprendeu da pior forma como é sofrer. Eu estive ao seu lado todo esse tempo sem você perceber; vi cada derrota e cada vitória sua, mas agora eu preciso lhe deixar sozinha, como você sempre achou que estivesse. - Será que eu não posso nem apenas ver o seu rosto? Tentei ver o seu rosto, mas não pude, ele parecia que estava encoberto por uma nevoa que o separava de mim. - Não, ainda não. - Posso então saber o seu nome? - N... E melhor assim, você vai ver. Agora vai, vai viver o que você escolheu para você. - Não, por favor não vá ainda. Eu gritei [Aeromoça] – Senhorita, senhorita, o que foi? Ela perguntou. - Nada, não foi nada. Eu respondi ofegante. - Eu só perguntei por que você estava gritando e dizendo algo como por favor não vá... - É, acho que foi realmente isso que aconteceu, mas esta tudo bem, foi só um pesadelo, um horrível pesadelo. Eu enfim disse a ela. - Se esta realmente tudo bem, então eu posso ir, certo? Ela perguntou. - Certo, tudo bem. Disse tentando não parecer nervosa. Ah, será que isso foi apenas um sonho ou não? Eu não sei, mas ainda consigo ouvir aquela voz é estranho, mas e como se eu ainda pudesse sentir o perfume dele. [Aeromoça] – Senhorita. Eu nem pude acreditar que lá vinha ela de novo. - Sim. Confesso que neste momento tive vontade de me jogar pela pequenina janela que estava ao meu lado, tudo para não ter que ver aquela irritante mulher de novo. - Senhorita, chegamos ao nosso destino. Esperamos que tenha feito uma boa viagem e que... Ao ouvir que chegamos, falei logo antes que ela começasse a dizer mais alguma frase decorada.

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- Cala a boca, você não é paga para me bajular, obrigada! Eu disse aliviada. Corri aliviada para fora do avião e respirei fundo o ar de uma nova vida. Era o que eu pensava que iria acontecer daquele momento em diante. Todas aquelas coisas que aconteceram na foto, aquele garoto e finalmente o sonho. Era como se tudo isso fosse se transformando em um infinito quebra cabeça. - Agora não vejo a hora de reencontra todos! - Táxi! [Taxista] – Para onde a mocinha quer ir. - Rumo à felicidade, ops! Quer dizer para a fazenda dos Klingers. [Taxista] - Sim, eu sei aonde é. - Então o que você esta esperando, vamos logo! Durante a interminável viagem eu fui observando com cuidado toda a paisagem que aos poucos ia ficando para trás e de como tudo aquilo me lembrava da minha infância. Eu não estava tão feliz o quando achei que poderia estar, mas também não estava tão triste o quanto geralmente ficava quando pensava em meu passado. Para ser sincera eu estava um misto dos dois a alegria e a tristeza, assim como os dois elementos do teatro a comedia e a tragédia, bem dizia Aristóteles que a comedia e a tragédia nunca poderiam ficar separados completamente, agora eu sei como isso se dá na pratica. - Taxista, por favor, pare! Gritei [Taxista] - O que foi? Ele perguntou - Nos já chegamos. [Taxista] - Mas, já? - Sim, eu tenho certeza, jamais me esqueceria desse lugar nem que eu levasse mil anos para voltar a esse lugar. - Por favor, o quanto custou? [Taxista] - 140 dólares. - Que bom, lá se vai todo o meu dinheiro, mas tudo bem. [Taxista] - Volte sempre.

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- Talvez um dia, quem sabe... Estou agora esquadrilhando cada coisinha que vejo, procuro em minha memória o que restou de mim. Estou tentando me reconhecer em cada lugarzinho desta casa, e digo para mim mesma: - Vamos garota é hora de entrar, você não pode ficar aqui parada pelo resto da sua vida. Vamos coragem! Sim eu tenho que entrar. Disse para mim mesma. Então finalmente decidi bater palmas, e logo depois disso ouvi uma voz fraca que vinha do interior da casa e me perguntou: - Quem é? - Sou eu. Respondi - Eu quem? Novamente me perguntou a voz. - Katty. Katty Klinger. Disse lhe - Katty é você mesmo? - Sim, sou eu, há quem mais você esperava o Papai Noel? Pois se for, lamento lhe decepcionar, mas o natal ainda esta longe. - Agora vejo que é você mesmo, você ainda continua com esse humor sarcástico de sempre. - E então você não vai me deixar entrar? - Há claro! Eu já vou abrir a porta. Então neste exato momento vi sair da casa uma senhora de cabelos brancos, mas que entre eles ainda haviam resquícios de alguns fios ainda loiros, o que indicava que quando jovem era loira. Mais alguma coisa nela era familiar, como algo que já havia visto na vida. Talvez fosse a sua expressão ou os seus longos e lindos cachos que me lembravam a minha mãe. Mas espere é ela sim! Com uma feição um pouco mais cansada, talvez pela dura passagem do tempo, mas ela ainda tinha aquele olhar doce que me lembrava a minha infância. Ao vê-la não pude me controlar... - Mãe! Eu disse, enquanto corria para os seus braços. - Filha, como é bom ver você! Ela disse, me abraçando. - Eu que digo o mesmo. Disse já me retirando do seu abraço. - Filha, você não sabe o quanto esperei ver você mais uma vez, ainda nesta vida.

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- Mãe, você não sabe como é horrível viver longe de você e daqui. - há, eu sei muito bem como é isso. - Você sabe? Perguntei surpresa. - Sim, eu senti a mesma coisa quando tive que deixar a minha família para casar como o seu pai. - Mas você não se arrependeu da escolha que fez? - Não Katty, graças a isso eu tenho você. - Já enquanto ao seu pai, ele foi um homem bom, até... - Até o quê? Eu sempre quis saber o que houve com o papai, mas você disse que só me contaria quando eu estivesse grande. Você não acha que eu já estou bem grandinha para saber de tudo agora? - Sim acho, mas primeiro vamos entrar, eu não quero que os vizinhos fiquem sabendo de coisas que pertencem a nossa família. - Certo. Então ela entrou em sua antiga casa e delicadamente vasculhou cada cômodo da casa, como se estivesse procurando nas paredes, pedaços de um quebra cabeça que ela esta tentando resolver. - Pronto! Já entramos então podemos continuar com a nossa conversa. Eu disse ansiosa. - Sim. Como estava dizendo o seu pai sempre foi um homem maravilhoso, até começar a se envolver com outras mulheres, no começo eu não sabia disso, mas quando soube foi um choque muito grande na minha vida. Então eu o perdoei, ele fez de novo, e eu novamente o perdoei, mas agora já não havia mais controle. Cada vez mais eu fui-me mais esquecendo de mim e isso estava me destruindo por dentro, então foi quando eu decidi acabar com tudo isso, e me separar, isso seria o mínimo que eu poderia fazer naquele momento. - Então é como eu sempre digo não se deve confiar em um homem? Eu disse quase satisfeita como a resposta que teria. - Não. Ela disse. - Mais como não, você viu o que ele fez com você e você ainda consegue dizer que, não, mas como você pode dizer que... - Calma, eu vou explicar tudo. - Então é melhor explicar direito porque eu não estou entendendo é mais nada!

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- O que aconteceu com o seu pai, poderia ter acontecido com qualquer um. Existem homens certos e errados, assim como existem pessoas boas e más. Isso é relativo, você não pode cortar uma macieira apenas porque ela deu uma maça podre. Da mesma forma é com o amor, você não pode dizer que não tem sorte no amor se apenas um relacionamento não deu certo. - E o que você acha de 12 relacionamentos frustrados? - Você tem que continuar procurando, até achar um que seja compatível com você, como era o caso do Jake. - Que Jake? Eu perguntei mesmo sabendo que esse nome não me erra estranho. - Você não se lembra do Jake? Ela perguntou. - Acho que não. Respondi um pouco confusa. - Tem certeza? - Por quê? Eu deveria me lembrar? - Tecnicamente sim. - E fora da teoria? - Também sim. - Por favor, me explica. Ou melhor, primeiro eu quero lhe mostrar uma coisa e depois voltamos a esse assunto. - Tudo bem, mas o que você esta procurando aí na sua bolsa? - Uma foto. - E de algum amigo ou namorado? - É. Quer dizer talvez seja, mas isso você vai ter que me dizer. Achei! - Achou? Que bom, vamos logo para esse jogo de adivinhação. - Mãe, não é hora de brincar! - Tudo bem, mas você não vai me mostrar logo essa foto? - Vou, da para esperar mais um pouco. - Certo.

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- A questão é a seguinte: em um dos meus antigos livros eu encontrei uma foto minha de quando eu era criança... - Há que fofo me deixa ver! - Mãe, você já tem fotos demais minha. - Mas talvez essa eu não tenha. - Eu aposto que tem sim. Mas continuando... - A única coisa que você tem para fazer e olhar a foto e me dizer quem é o menino que esta ao meu lado na foto. Você acha que pode fazer isso? - Claro sem problemas, mas primeiro você pode pegar os meus óculos que estão em cima daquela mezinha? - Posso, mas da ultima vez que estive aqui, você não usava óculos. - Eu sei, mas a idade vai chegando e tirando o que de bom nos temos. - Há, ta bom. [ela pega os óculos da mezinha] toma, aqui estão. - Obrigada. - Não tem de que. - Então [Katty põem a foto em cima da mesa], sim. - Sim, o que? - Eu me lembro dele. - A família dele ainda mora aqui. - Mas aonde. - Em uma fazenda há apenas alguns metros daqui. - Então o que estamos esperando, vamos até lá. - Espere. - Nos temos que esperar o quê? - Eles viajaram, e só iram estar aqui amanhã no finalzinho da tarde. - Perfeito! Mais um dia sem as minhas respostas. - Que respostas?

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- Sobre esse menino... E sobre um monte de coisas que estão me atormentando. - Mais isso eu posso resolver. - Como? - Eu irei lhe dizer, mas só se você ficar para o jantar. - Mas é claro que eu fico. Eu não tenho outra escolha mesma, só assim eu descubro tudo, de uma vez por todas. - Eu irei preparar o seu prato preferido! - Que bom para mim. Disse tentando parecer animada. - Mais a única coisa que eu realmente quero é descobrir esse segredo. Disse para mim mesma. - Mãe posso assistir um pouco de televisão? - Claro. - Há que bom está passando o jornal.

O Acidente [Repórter] - Neste exato momento acaba de acontecer um acidente envolvendo dois caros na Rua Buena Vista com cruzamento na Santa Monica. - Mas essa é a minha rua! Disse abismada. [Repórter] - Não se sabe se há sobreviventes, mais ambos os motoristas estão gravemente feridos. [Mãe de Katty] – Katty, o que ouve? - Nada, que dizer acabou de haver um acidente bem na minha rua, que falta de sorte não é? [Mãe de Katty] - Alguém morreu? - Ainda não se sabe. [Repórter] – Os motoristas ainda não foram identificados. Mais detalhes do acidente no próximo bloco.

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- Mas o que isso nos interessa não é? Não é ninguém que nos conhecemos, eu acho... Neste momento senti um arrepio percorrer todo o meu corpo. - Filha, você esta com frio? - É talvez seja isso. - Você quer que eu feche a janela? - Sim, por favor. Então ela fechou a janela da sala. - Assim esta melhor? - Sim, obrigada. - Mas mãe e sobre o menino da foto, você consegui lembrar mais de alguma coisa? - Sim, mas primeiro gostaria de lhe mostrar o álbum da nossa família. - Mais mãe eu já vi esse álbum uma centena de vezes. - Eu sei, mas eu coloquei novas fotos. - Eu tenho mesmo que ver é? - Sim, não vai doer nada! - Em quem? - Há, há engraçadinha. - Ta bom vamos logo eu quero dormir cedo. - Você tem que ver as fotos suas que eu coloquei aqui. - Mãe já não basta eu ter que me olhar todos os dias no espelho, eu ainda vou ter que me ver nas fotos. - Já que você esta relembrando o passado, vamos começar com as fotos de você pequena. - Mãe você não vai ver nenhuma diferença, olha para mim, eu ainda não cresci. - Deixa de reclamar e vem olhar essas fotos. - Ta certo.

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Então ela abriu o álbum e pude ver as fotos de todos da minha família, o tio Jonas, sempre com cara de inteligente. A tia Lena, moleca como sempre e os meus primos Mike e Dan, o Dan sempre foi o meu primo preferido, mas nos últimos tempos o Mike tem me chamado mais a atenção. Principalmente depois do ultimo verão quando nos reencontramos e eu não pude acreditar como ele estava lindo, não que eu tenha esquecido o Dan, porque é como dizem, amor de primo é para sempre, mas eu não pude resistir aos encantos do sorridente Mike. - Mãe é quem é esse aqui? Porque ele parece na maioria das fotos? Ele é da família? - Você realmente não se lembra dele? Ela continuava a me perguntar insistentemente. - Eu já disse que não. - Olhe. E quando olhei novamente no álbum vi que estava faltando uma foto, e por incrível que pareça, parecia que a foto que estava faltando era exatamente a foto que eu tinha. - Era essa foto que estava faltando, não era? Eu perguntei. - Sim, eu achei que a havia perdido para sempre, mas olhem só ela esta aqui. Que tola eu fui deixá-la cair bem nas suas coisas. - É, ate parece coincidência. - Ou o destino. - Mas você não ia falar do garoto da foto, então fale. - Sim, continuando ele era... Neste momento começamos a sentir um cheiro meio estranho. Parecido como se algo estivesse queimando, mas pensando bem algo realmente estava e foi quando a minha mãe saiu gritando... - Há não o jantar! Ela disse decepcionada. - E aí sobrou algum chamusquinho para o jantar? Eu disse ironicamente. - Há claro, se você quiser eu ponho um pouco disso acompanhado de um incrível molho picante. Disse ela apontando para o que sobrou do jantar queimado. - Tudo bem mãe, ainda podemos pedir uma pizza.

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- Mas esse era o seu prato preferido. - Sim, ele era o meu prato preferido, agora o meu prato preferido é pizza. Então vamos pedir uma antes que fique tarde e tenhamos que comer esses torresmos. - Você esta certa, será como você quer. - Eu sempre estou certa. Disse enfim para mim mesma. Depois disso eu liguei para a pizzaria e pedi a minha tão sonhada pizza de mussarela, e enquanto esperávamos pela pizza, fiz a minha mãe voltar para o sofá e me contar direitinho aquela historia. Mais realmente não acho que aquele menino da foto seja alguém especial, se fosse eu o lembraria e se não lembro é porque não deveria lembrar. - Podemos continuar? Perguntou me. - Sim, é claro. Respondi ansiosa e ao mesmo tempo curiosa. - Bem, a coisa mais curiosa sobre ele é que vocês eram melhores amigos, sempre estavam juntos o tempo todo para cima e para baixo, vocês não paravam quietos. Certo dia após assistirem a um filme que estava passando na TV, não me lembro bem o nome dele, mas sei que se tratava de um filme de romance, um quase Romeu e Julieta se assim o posso chamar. Depois de assistirem vocês vieram até mim e me perguntaram se poderiam começar a namorar, neste momento fiquei chocada e até mesmo um pouco surpresa com a cena que acabava de presenciar. Bem acho que é só isso que posso lhe dizer neste momento. - E depois, o que aconteceu? - Continuando a brincadeira vocês de fato começaram a “namorar”, era um pouco estanho ver duas crianças como um casal, ao invés de coleguinhas que a única coisa em comum era brincar e se sujar o tempo todo. - Mais ouve alguma hora em que isso acabou não foi? - Sim, mais isso foi um pouco mais longe. - Longe o quanto? - Longe o bastante para machucar vocês dois, mas me deixe contar um outro fato que aconteceu. Algum tempo depois mais ou menos quando vocês tinham cerca de 10 anos, vocês decidiram se casar. - O que? Casar como assim, me explica isso direito. - Calma, foi só uma brincadeira, uma antecipação do que iria acontecer quando vocês estivessem já assim, adultos. - Há bom, continue.

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- Lembro de você ter me mandado fazer um bolo e vários docinhos para ocasião eu fiz é claro me divertindo até certo ponto com a brincadeira. Você como toda noiva teve o seu vestido. Mas o seu vestido era especial, ele era feito com um pedaço de pano branco que pertencia a uma antiga cortina da sala. Ela ria compulsivamente ao se lembrar do ocorrido. - E o que aconteceu depois desse momento Cinderela da minha infância, por favor, não me diga que eu tive a ajuda de uma fada madrinha, ratinhos ou coisa parecida para fazer essa papagaiada toda, por favor! Disse quase me alterado. - Não... Ela disse tentando se controlar de tanto rir. - Por favor, se recomponha. Disse lhe asperamente. - Certo você tem razão eu tenho que tentar me controlar antes que tenha um ataque de asma. Eu ainda não havia percebido como a minha mãe já estava velha, até ela me revelar mais essa doença, que quando jovem a minha mãe não possuía. - Lembro também do noivo, ele estava muito engraçado com um paletó que pegou escondido do pai dele. E o Joy, nossa você ainda se lembra do Joy? - Também não. - Ele era o gordinho que todos tiravam saro dele. Ele foi o “juiz” do casamento. Hoje em dia ele vive bem em uma pequena província de Paris, tem um ótimo emprego e está casado com uma ex – atriz de Hollywood, e há claro ele finalmente emagreceu. - Ele fez uma dieta? - Não, ele fez uma lipoaspiração, hoje em dia ninguém com dinheiro faz dieta, eles preferem ir para a faca a ter que cortar calorias diariamente. Você entendeu? Faca, cortar, há... Deixa para lá. Outra coisa que preciso contar e que a minha mãe é péssima piadista, talvez seja por causa dela que eu seja assim sem graça. - E depois? - Depois o quê? - Depois do casamento? - Não houve nada, foi só uma brincadeira, se esqueceu? - É claro, eu esqueci.

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- Algum tempo depois eu me divorcie do seu pai, por motivos que você já sabe, e você decidiu ir com ele para a Califórnia e depois nós ficamos sem nos falarmos. E o Jake ficou muito triste com isso, ele fez você prometer que não o esqueceria e que em breve estariam juntos novamente, mas pelo visto essa promessa não valeu de nada. - Mãe, por favor, que Jake? - O Jake Thustal, de quem você acha que eu estou falando? - Esse Jake é o mesmo da foto? - Mas é claro, por quê? - Eu acho que estou ficando um pouco tonta. - Será que é fome? Nesse momento ouvimos batidas na porta. - Mas quem será a essa hora? - Será que devo abrir? Perguntou me. - Vai logo ver quem é! Exclamei quase sem forças. Então a mãe de Katty abre a porta e se depara com uma visita esperada. [Entregador de pizzas] – Foi daqui que pediram uma pizza de mussarela? - Foi sim. Disse a minha mãe ainda parada diante a porta aberta. [Entregador de pizzas] – São 12 dólares. - Aqui esta. [A mãe de Katty paga o entregador e fecha a porta] - Olha filha a nossa pizza chegou! - Que bom, já estava faminta! Katty diz e após isso desmaia no sofá. - filha, filha! A mãe de Katty grita desesperada. - Pelo que estou vendo será inútil acordá-la agora, acho que foram tantas recordações em um mesmo dia que ela não aguentou. Imaginem só se ela soubesse de tudo o que realmente aconteceu, é melhor que ela não saiba. Disse a mãe de Katty enquanto a via desmaiada. Um outro dia se passa e logo pela manhã Katty acorda do seu mais profundo sono. Ela parece um pouco ainda atordoada com o que houve na ultima noite, mas com um salto ela levanta do sofá e corre escada acima para o quarto onde a sua mãe dormia.

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- Mãe, mãe acorde! Disse Katty. - O que esta acontecendo? A casa pegou fogo? Fomos tragados por uma onda gigante? Há é você katty. - Sim mãe sou eu, lembra que você disse que o menino da foto, quer dizer o Jake, não a família dele morava aqui perto e que eles iriam voltar hoje e que... Neste momento de esteria faltou me o ar e achei que iria desmaiar novamente. - Calma Katty você precisa descansar. - Descansar? Como? Sabendo que eu estou tão perto de um verdadeiro amor, desculpa mãe, mais eu não consigo, eu preciso ir. - Você sabe ao menos onde fica? - Não eu esperava que você me dissesse. - Não. - Não como assim não? Você não quer me dizer onde fica por quê? - Não, eu vou fazer melhor eu vou te levar até lá. - Que bom. Então vamos! - Calma filha você ainda não esta bem. - Sim, mãe eu estou. - Mais ainda é cedo filha, vamos descer e tomar o nosso café da manhã, mais tarde nós iremos. - Mas mãe você disse que a casa deles ficava um pouco longe daqui. - Eu disse isso? - Sim, até nos chegarmos lá, já será à tarde. - Ta bom, então me deixa ao menos me vestir. - Tudo bem, se vista logo. Ou melhor, rápido, não muito rápido. Mãe você já esta pronta? - Sim, já estou. - Então vamos logo! Há e só mais uma coisinha mãe, por favor, pare de ver filmes de terror antes de dormir. - Mas como foi que ela descobriu? Perguntou-se a mãe de Katty.

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Eu mal podia esperar para vê-lo novamente e lhe perguntar tudo aquilo que eu queria saber, há pesar que eu já saiba da maioria das respostas, mas eu gostaria de ouvi-lo dizer uma a uma. Neste exato momento as duas pegaram um carro e em seguida partiram rumo ao leste para a casa da família Thustal.

O Acontecimento No carro... - Mãe já esta perto. - Sim, esta mais perto do que você imagina. - Que bom então. - Só faltam mais alguns metros e... A mãe de Katty freia bruscamente. - O que é isso? Disse Katty. - Uma comitiva eu acho. Disse a mãe de Katty - E desde quando os Thustal são tão famosos assim. Katty perguntou. - Pelo que eu saiba, eles nunca foram. Respondeu a sua mãe. - Talvez eles ganharam algum prêmio ou coisa parecida. - Eu nunca soube que eles tinham talento para alguma coisa. - É mais afinal agente entra ou espera todos saírem? - Bem já que nos estamos aqui, vamos entrar talvez nos ficamos um pouco famosas também. - Esse era o seu sonho. - E o seu também. - Então vamos? - Sim! Confesso que foi quase impossível atravessar aquele mar de gente, diria que seria impossível se eu não tivesse tanta força de vontade para o fazê-lo. Todos aqueles reportes e câmeras ao redor da casa dos Thustal iguais a um grupo de urubus famintos

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esperando pela carniça. Quis desistir deixar para lá, mas não podia era melhor continuar... [Em frente à casa dos Thustal] - Mãe aonde esta você? - Eu estou bem atrás de você querida. - Que bom, achei que a houvesse perdido. - Vamos entrar ou viemos ficar aqui conversando? Katty disse. - Nossa até parece que sou eu falando. - Não sei se você sabe, mas nesses casos a genética ajuda. - Ou atrapalha. Neste momento nos estávamos de frente para a porta, e o meu coração batia tão forte que parecia que iria explodir a qualquer momento, mas eu não poderia morrer sem o vê-lo, se eu pudesse pedir algo, esse seria o meu ultimo pedido. Toc-toc – Katty batia na porta. - Quem é? Ouvi de dentro da casa uma voz fraca e melancólica. - É Katty Klinger. Eu disse. - E a mãe dela também. - E a minha mãe também. Será que você pode abrir? Perguntei cautelosa. - Bem só para vocês, por favor, não deixem que nenhum desses parasitas entre, certo? - Tudo bem, você pode confiar na gente. - Então vocês podem entrar. Disse por fim a mãe de Jake. Então nos entramos na casa os Thustal, mas ela não estava da mesma forma que eu me lembrava, na minha memória a casa era ensolarada e refletia a alegria que todos sentiam uns pelos outros. Bem diferente do que agora eu via com os meus olhos. Agora toda a casa tinha uma atmosfera de tristeza e desolação. Mais o que eu menos podia entender era porque todos estavam chorando, o que será que havia acontecido? E porque todos esses fotógrafos estavam lá fora? Será que foi algo muito grave? Todas essas perguntas inundavam a minha cabeça, mas eu não via outras forma de respondê-

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las a não ser perguntando, embora me pareça indelicado de qualquer forma, eu precisava saber. - Senhora Thustal, mas o que finalmente aconteceu? - Você não soube? Ela me perguntou com repugnância. - Não. - Você desaparece por anos e ainda nem sabe o que aconteceu com o seu... - Com o meu? - Você sabe o que ele é para você, ou o que você era para ele. - Eu era? Porque eu não sou mais? - Hipócrita! Ele morreu. Ela exclamou. - Ele quem? - O Jake. - Ele o quê? Perguntei ainda sem conseguir respirar. - É isso mesmo que você ouviu. - Mas quando, onde? - Em um acidente de carro. - E quando foi isso? - Ontem, nos soubemos pelo jornal da tv. - O acidente... Agora eu posso me lembrar o acidente que eu vi ontem... Era ele, bem que eu senti aquele arrepio, eu sabia que alguma coisa havia acontecido, mas nunca pensei que pudesse ser algo como o que aconteceu. Eu não posso acreditar, logo agora que eu finalmente o encontrei, agora o perdi para sempre... - E onde ele esta? Perguntei aflita. - Eu já disse ele esta morto. - Não, eu quero dizer aonde esta o corpo dele?

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- Há, ele esta na Califórnia. - E vocês não irão trazê-lo para cá? - Não, nos achamos melhor enterrá-lo no lugar onde ele sempre sonhou estar. - E quando isso vai ser? - O meu marido foi ate o aeroporto comprar as nossas passagens, nos estamos indo essa noite para a Califórnia, e lá nos arranjaremos tudo para o velório. - Certo, eu também vou. - Não há lugar para você. - Tudo bem eu vou de carro. - Mais filha você irar levar quase um dia inteiro para chegar lá. Disse a mãe de Katty. - Eu não me importo. Respondi. - E não se esqueça que você não veio de carro. Replicou a mãe de Katty. - É eu não havia pensado nisso, mas você tem um carro não tem? - Sim, ele já é bem velho, mas acho que ele vai conseguir chegar lá. - Obrigada mãe. - Mais mesmo assim eu acho que é loucura. - A vida é feita de loucuras, e acho que a maior delas foi vir até aqui. - Tudo bem você pode ir, mas nos iremos na frente de avião e providenciaremos tudo. Disse a mãe do Jake. - Isso façam isso, mas a única coisa que eu quero é ter esta ultima oportunidade de dizer sentirei a sua falta... Mesmo sem me lembrar muito bem que ele era. - Então nos encontraremos lá? Eu disse. - Certo combinado. Disse por fim a Senhora Thustal. O mais difícil de tudo não foi enfrentar o rancor da Senhora Thustal ou a morte do Jake, o pior seria conviver com o fantasma da duvida e das perguntas sem resposta, eu queria fechar um buraco, mas acabei cavando um ainda pior. Após Katty ter conseguido passar por todos aqueles fotógrafos, jornalistas e paparazzos, ela entrou ferozmente no carro da mãe.

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- Pera aí, mãe e você? Como eu irei deixar você aqui tão longe da sua casa? - Não tem problema, eu pego um táxi. - Mas vai ficar tudo bem mesmo não é? - Sim, vai ficar tudo bem, mas vai logo que você já esta desperdiçando o seu tempo falando aqui comigo. - Certo, eu vou. E não se esqueça eu te amo. - Eu também te amo, mas agora vai! Foi difícil dizer adeus, e difícil ver tudo findar desse jeito eu nunca quis isso, mas a vida nos leva por caminhos que nem nos mesmos podemos entender.

O Sepultamento

Confesso que fiquei durante toda a viajem pensando como poderia ter sido, se nos houvéssemos nos encontrado antes. Talvez tenha sido melhor assim, mas o que eu não consigo entender é porque eu não consigo lembrar de tudo o que todos dizem que aconteceu. É como se houvesse um livro em cujas folhas houvessem sido arrancadas, e assim que eu me sinto, como um livro em branco que começou a ser escrito agora e que ainda não se sabe se terá um final feliz. Eu estou dirigindo há horas e cada vez mais parece que eu não chegarei ao meu destino, se é realmente o meu destino chegar lá, mas eu não vou desistir, eu não posso desistir não até saber tudo o que eu preciso saber. Ele se foi, mas deve haver algo que possa me fazer lembrar dessa historia que para mim parece mais um conto de fadas, do que algo que possa realmente ter acontecido. Mais será que isso realmente aconteceu? Ao ficar assim a pensar não percebi que em minha direção esta vindo um caminhão abarrotado de mercadorias. E parece que o destino dos amantes é mesmo a morte, mas não foi isso o que aconteceu. No último instante eu consegui desviar rapidamente do caminhão e por incrível que pareça eu sobrevivi. Pena que não teve a mesma sorte aquele que agora me causa tanta preocupação. Melhor assim, eu acho que já tenho tragédia demais na minha vida para me acontecer mais essa. Foi então que olhei para a longa estrada e vi uma placa. Na placa estava escrito que faltavam apenas mais 10 metros para chegar à Califórnia. - Que bom, eu já estou chegado. Embora uma parte de mim quisesse chegar logo ao destino, outra parte de mim me pedia para ir mais devagar, talvez eu não estivesse realmente preparada para encarar aquela situação, vê-lo ali daquele jeito imóvel e sem ação poderia ser demais até para uma pessoa descrita por todos como fria e sem sentimentos. Mentem os que dizem que nunca se sentiram em alguma vez na vida sozinhos, desamparados e sem amor. Que a hipocrisia rompa com a mentira de suas palavras, pois amar é sofrer e sofrer é realmente amar. Agora estou apenas alguns metros do local marcado para o... Para o...

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Não eu não posso aguentar. Neste momento senti chegar aos meus olhos um jato de lagrimas capazes de inundar qualquer rosto que pudesse assim senti-las, mas não a mim, tentei com um esforço quase subi humano levá-las para o lugar da onde não deveriam nunca ter saído. Tentei, quase consegui a façanha pela qual mais tarde me orgulharia de repetir diversas vezes a mim mesma, mas não consegui, deixei talvez por impulso cair uma daquelas gotas formadas de água e sal, e ela deslizou delicadamente pelo canto do meu olho direito, como se para esse fim ela tivesse sido feita. Para me deixar envergonhada de mim mesma e para me lembrar de que ainda, embora não parecesse que eu sou humana. - Chega! Eu tenho que prosseguir. Disse a mim mesma. Então enxuguei as lágrimas e retornei a dirigir, as ruas são tão desertas no outono, até parece que as pessoas começam a desaparecer quando as primeiras folhas das arvores caem. A queda das folhas das arvores representam a morte e depois chegará o inverno e as pessoas assim como a neve que vai caindo irão ficar mais frias a cada dia. Mais depois tudo isso passará e a primavera logo vai chegar para mostrar que a vida se renova e assim que é... E é assim que deve ser. Mesmo depois de ter dirigido da hora do crepúsculo até durante toda noite e madrugada, eu realmente não estava cansada eu queria chegar logo lá, sim eu estava um pouco deprimida e confusa ao mesmo tempo, mas nada que ver o amanhecer não curasse. Eu nunca me importei muito com as coisas simples da vida como esse amanhecer lindo que estou desfrutando agora, eu sempre achei que isso era tão normal que não precisasse se prestar atenção. Eu estava errada, às vezes nos precisamos perder algo que nos parece muito valioso, para realmente aprendermos a viver. Em quanto estava perdida com os meus pensamentos eu não havia percebido que já havia chegado ao meu destino. Bom agora vem a pior parte, encarar a realidade dos fatos e me despedir de uma vez por todas da tão sonhada felicidade. Então eu sai do carro e comecei a caminhar sem destino, eu estava um pouco fraca tanto por ter passado a noite toda dirigindo, assim como por ter passado horas e horas sem comer absolutamente nada. Mais eu não tinha fome e não conseguiria fazer descer nem um gole de água que seja naquele exato momento. Quem disse que amor não mata? Não que eu seja incessível com os sentimentos e que faz parte da minha personalidade fazer piadas sem graça de tudo e de todos. Eu apenas estou tentando me acalmar, mas eu não consigo. Talvez este seja o momento em que a loucura transcenda a razão e eu perca o senso, sim isso seria bom para mim. Passa um rapaz ao lado de Katty e a vê andando de um lado para o outro e falando sozinha. - Você esta bem? - Sim, acho que estou. - Você não precisa de nada mesmo? - Sim, espera um estante que horas são?

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- São quase 2 horas da tarde. - Da tarde? Eu achei que ainda era manhã. Talvez eu tenha ficado tanto tempo ocupada com os meus pensamentos que não percebi que a manhã foi apenas uma sombra iluminada pelo sol. - Só mais uma pergunta. Você sabe se há algum cemitério aqui por perto? - Sim, há um. - E por aqui só existe este cemitério ou há outros por aqui? - Sim há outros, mais pelo que eu saiba apenas o Eternity irá funcionar hoje, parece que a maioria da cidade foi convidada para o funeral de um certo Jacky. - Você quis dizer Jake não foi? - Sim é esse mesmo! Você o conhece? Quer dizer conheceu? - Pelo que dizem sim. - Então você não vai até lá? - Sim, eu vou... - Então é melhor você correr porque o funeral vai começar... Exatamente agora! - O quê? - Então vamos! - Pera aí, eu nem conheço você! - Oi, meu nome é Katty e prazer em conhecê-lo. Agora podemos ir? - O meu nome é... Há esquece vamos. - Vamos! Você não vai? - Bem daqui até lá é um pouco distante, você não acha que vai conseguir chegar até lá a tempo indo a pé, ou você achou? - Há é claro eu tenho um carro! Entra. Eles entram no carro dela. - É um pouco constrangedor entrar no carro de uma mulher.

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- Há ta bom, além de tudo que eu tenho que passar eu ainda tenho que aguentar um machista! - Eu não sou machista, eu apenas sou conservador. - Conservador é a mesma coisa que antiquado! Para que direção? - Em que direção eu sou conservador? Bem eu sou assim desde... - Eu disse para que direção eu deva ir para chegar lá! - Há bom, apenas vai adiante. - “Apenas vai adiante”, porque ele não disse logo, pelo que estou vendo esse é mais um garoto idiota. A minha sorte foi que esse garoto realmente sabia o caminho até lá, mas ele foi o caminho inteiro me enchendo o saco com inúmeras perguntas. O pior foi que eu não me importei, até que em alguns momentos me senti feliz em ter companhia por alguns instantes que seja. Mais logo retomei o meu foco e me mantive concentrada em chegar ao meu destino. - Você está com aquela cara de novo. - Escuta, eu não estou agora com muita paciência para ficar com essas... - Essas? - Esquece, já estamos perto? - Nos já passamos de lá faz algum tempo. - E porque você não me avisou! - Eu tentei, mas você mais parecia um zumbir do que uma pessoa viva. - Vamos voltar, mas agora ver se me avisa. - E você vê se fica acordada. Cabecinha de vento. - Você me chamou de quê? Olha só sabe o que você é? Você é um... - Para! Ele disse. Freei bruscamente. - O que foi? - Chegamos. - É aqui?

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- Sim. Eu não seria capaz de descrever com palavras a sensação de chegar naquele lugar horrendo. O que eu posso dizer? Quando eu o vi de longe abri rapidamente a porta do carro e sai quase que instantaneamente do automóvel que estava ainda se movimentando e me permiti contemplar aquele lugar frio e sombrio por frações de segundos que sejam, antes de definitivamente decidi entrar. Pude ver pelas grades do cemitério que todos já estavam lá de preto, a minha cor preferida que agora não mais me importava em usar. Fiquei tão perplexa com aquela cena que nem percebi que começava a chover e que em poucos minutos já estaria completamente molhada. Por um momento eu fiquei observando as gotas de chuva caírem no chão e levantarem aquele cheiro de terra molhada maravilhosa. Enquanto a chuva teimava em cair cada vez mais forte eu via as outras pessoas que também estavam naquele local correndo cada um para um lado, iguais a formigas que perderam o rumo. Foi então quando todos se afastaram para fugir da chuva que pode o ver. O ver ali naquele estado de inércia assim como uma rocha foi uma das piores coisas que já me aconteceram, porém ele estava ali... Calmo, com um sorriso cerrado no rosto, que me faziam sentir que tudo aquilo tinha uma razão de ser, razão pela qual não entendia naquele momento. Ele agora está bem repetia diversas vezes para mim mesma enquanto o observava em silêncio. Em quanto à chuva insistia em cair e molhava assim o meu rosto e se misturava de uma forma igualmente com as minhas lágrimas, foi então que fui subitamente tomada por um impulso violento e nocivo que me sentia cada vez mais tentada a ceder... Aproximei-me do corpo dele e me inclinei devagar em sua direção e permiti-me contemplar o seu belo rosto mais uma vez, uma última vez. Ao permanecer o contemplando, tentei não executar o plano que pairava em minha mente, pensei em recuar, mas agora era tarde demais, eu já tinha sido tomada pelos meus instintos. Foi então que fui dominada por um impulso violento e como um relâmpago forte e imprevisível aproximei-me mais perto ainda do corpo que ali jazia e fechei os meus olhos. Foi neste momento em que eu flexionei os meus lábios nos dele delicadamente por uns breves segundos até poder sentir a sua pele fria. E quando abri os olhos e voltei a minha posição normal, reparei que todos ao meu redor estavam me olharam com um olhar que era um misto de reprovação e repugnância. Mais não me importei aproximei-me novamente, mais dessa vez foi para lhe dizer o que estava engasgado em minha garganta e em meu coração, então me aproximei de seus ouvidos e sussurrei: - Agora sou eu que lhe prometo que nunca irei lhe esquecer. Disse por fim embora soubesse que ele já não pudesse mais me ouvir ou sentir o meu beijo, o seu primeiro beijo, dado pelo seu primeiro amor. Depois disso sai correndo o mais rápido possível dali, acompanhada por todos os olhares atrás de mim e com uma sensação de vazio no qual jamais havia sentido antes

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de lho conhecer. Nem percebi que aquele garoto que havia conhecido há alguns minutos atrás também havia assistido a toda aquela cena. Mais isso não importa tanto agora, primeiro eu precisava sair daquele lugar que fazia questão de o mais rápido o possível esquecer e depois eu pensaria no que iria fazer de agora em diante. Corri, corri até não restarem mais forças em cada fibra de meu corpo, passei de uma forma imprevisível por todas aquelas sepulturas que ali estavam como um labirinto sem fim. Até agora ainda não sei se eu estava fugindo daquilo tudo ou apenas estava fugindo de mim mesma. Nascer, crescer e morrer isso nunca foi estranho para ninguém ou ao menos não devia ser, quando uma rosa murcha não lamentamos a sua perda, pois mantemos na mente a sua beleza que durante um breve tempo nos trousse alegria ao coração. Da mesma forma não devemos lembrar daqueles que partiram com tristeza e sim com alegria, pois é essa lembrança que nos faz ter a vontade de continuar não importando o que aconteça.

Casulo Peguei o meu carro e voltei para casa, ao chegar desliguei todos os telefones, fechei todas as portas e janelas não queria ver mais ninguém por um longo período de tempo ou talvez para sempre. Joguei-me em cima da minha cama, a minha tão adorada cama que me fazia sonhar agora tinha um outro papel ser o mausoléu das minhas lagrimas. Mais porque tudo isso? Perguntava-me constantemente. O que eu afinal queria com tudo isso? Afinal essa situação não é igual há quando se deixa um amor para trás? Esquece talvez apenas o Senhor me dê conforto e alento. Katty abre uma bíblia que estava em sua gaveta. Então vamos ver o que temos aqui para mim. Ela segura a bíblia. Que o Senhor me ajude. Katty abre a bíblia. Apocalipse 2:4 [...] Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor [...]. Katty fecha a bíblia. - Mais será possível até as escrituras me condenam contra algo que eu nem lembro que fiz. Katty volta para a sua cama e se deita e começa a pensar em tudo o que vem acontecendo nos últimos dias. 1º dia: A doce Katty acaba adormecendo e fica nesse longo sono por horas. 2º dia:

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Katty acorda por alguns instantes e ao lembrar do ocorrido decide tomar alguns comprimidos a mais para dormir e perde a consciência. Final do 2º dia e começo do 3º dia: [Sonho] - Não! Você aqui de novo? Vá embora eu não quero falar mais com você! - Katty me escute, por favor! Diz a voz encoberta por uma nevoa. - Foi você não foi? Você quem fez isso com ele, não foi? - Eu não fiz nada! - Mentira foi você que me tirou a única chance de ser feliz! - Eu nunca faria isso com você pelo contrario. Eu lhe daria tudo e muito mais. - Não adianta tentar me enganar eu já ouvi esse discurso varias vezes. Porque você brinca assim comigo? Você não ver que eu estou frágil demais para isso? - Eu apenas juro que não fiz nada para o seu mal. - Isso é impossível, sempre que você aparece você só me traz rancor e dor. - Nem sempre. - Sempre. - Esta é a segunda vez que nos falamos como pode saber que não venho para lhe ajudar? - Ajudar? Em quê? Para quê? - Em tudo o que você precisar. - Então me mostra o seu rosto. - Eu não posso. - Sim você pode basta querer. - Esse é o problema eu não quero. - Então se é assim eu também não quero falar mais com você. - Faça o que você quiser, mas eu sempre estarei ao seu lado. - Não fique eu não quero.

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- Se é assim que as coisas vão, está bem, agora você vai saber quem eu sou. Ele sai de traz da nevoa que encobria o seu rosto e caminha em direção a Katty e descobre o rosto que estava encoberto. - Mais não pode ser! - Sim eu posso. - Então era você esse tempo todo. - Sim era eu. - Porque você mais uma vez fez isso comigo... Jake. O rapaz que pairava os seus sonhos era o Jake, agora essa era a única forma que eles podiam se ver. - Me deixe explicar, essa era a única forma de proteger você de você mesma. - Me proteger há essa é boa! Você mais me enfraqueceu do que me fortaleceu sabia? - Essa não foi a minha intenção e que desde o acidente... - O quê? Desde o acidente que aconteceu com você. - Não, não foi esse acidente, foi o seu acidente. - Como assim eu ainda estou viva ou eu realmente acho que ainda estou. - Você não lembra? - Há não joguinhos de adivinhação de novo não! - Ninguém lhe contou? - Me contou o quê? Pare com isso e me diga logo o que aconteceu de uma vez por todas! - Certo! Isso aconteceu há uns sete anos atrás, foi no seu aniversário de 19 anos eu acho em que você e algumas amigas saíram para comemorar a data e... - E? - Você bebeu demais e... - E eu bebo por acaso? - Agora não mais antes sim, mas espere até eu explicar a razão para essa sua amnésia. - Eu realmente preciso saber!

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- Continuando... Você bebeu demais e resolveu dirigir. - Eu fiz isso? Que burra! - É você realmente era. - Eu era burra? - Não, você era inconseqüente! Essa era uma das qualidades que eu mais admirava em você. - Vamos parar de falar do passado e será que você pode continuar! - Sim, e você sofreu um acidente e é isso! Pronto acabou! - Não ainda não acabou não! Você agora vai me explicar o porquê dessa amnésia. - Eu tenho que ir. - Não você não tem não! - Sim eu tenho que ir... Katty! Katty! Katty! Manhã do 3º dia: batem na porta. - Katty! Katty! Katty! Minha filha abra! - O quê? Mãe é você? - Sim, filha sou eu, agora abra essa porta, por favor! - Eu já vou. Katty abre a porta para sua mãe. - Filha, eu estava preocupada com você. - E por quê? - Você veio para cá desse jeito e eu fiquei lá preocupada com você e acabei pegando o primeiro avião e vindo visitar você. E pelo visto eu fiz bem, você não me parece nada bem. Como dizem coração de mãe nunca se engana, pena que ela não pode realmente me ajudar se pudesse todos os meus problemas estariam resolvidos. - Sim, como sempre você esta certa. - Eu sei disso.

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- Mas quanto tempo você vai ficar aqui. - Nossa, eu mal cheguei e você já quer que eu vá embora! - Não mãe não é isso, é que eu apenas queria saber se a senhora ficaria bem, porque você sabe eu estive fazendo algumas pesquisas e elas não deram muito certo. Por isso resolvi fazer uma coisa que eu sempre quis fazer. - E o que é? - Aulas de teatro! E isso teatro, o que acha? - Isso é bom, se é isso que você realmente quer para mim tudo bem. - Se tudo der certo eu começo as aulas na próxima segunda feira. - Isso vai ajudar você a tentar superar tudo isso que aconteceu, e há propósito eu tenho uma coisa para lhe entregar. - Não mãe não adianta me dar nada isso não vai mudar o meu astral. - Calma. A mãe de Katty abre a bolsa e tira um pequeno pacote. - O que é isso? Pergunta Katty ainda mais curiosa a ver o pequeno pacote. - Isso é para você, e não é um presente meu foi a mãe do Jake que me mandou entregar para você. - Mais afinal que raios é isso! Katty levanta-se da cama e retira da mão da sua mãe o pacote com violência. - Estranho. - O que é estranho? A mãe de Katty pergunta. - Eu achei que você houvesse visto o que tinha dentro da caixa antes de me entregar. - Não eu não vi. - Aqui tem um pequeno caderno ou talvez seja uma agenda eu não sei bem dizer o que é, mas tem algo escrito nele. Katty então olha a contra capa. - Não pode ser! - Não pode ser o quê? - Esse era o diário do Jake. - Sério?

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- Ao menos é o que está aqui escrito. - Mais aí tem falando tudo da vida dele? - E como eu vou saber eu ainda não o li, mas pelo visto eu vou demorar um bom tempo lendo porque sinceramente acho que tem mais de duzentas e cinquenta folhas. - Então isso não é um diário é um livro. Que tal começarmos a ler logo? - Não. - Mais porque não? - Foi eu quem ganhei, então sou eu quem vai ler. - Filha ingrata é isso que você é! Eu vou embora. - Você vai para onde? - Para um hotel que é bem melhor do que ficar aqui com você. - Não espera! Você pode ficar aqui comigo se você quiser. - Há é e onde eu vou dormir, em algum sofá velho por acaso? - É o melhor que posso oferecer no momento. - Não obrigada! Eu ainda quero acordar com a minha coluna no lugar amanhã de manhã se não fosse por isso eu aceitaria a sua tentadora proposta. - Sinta-se à-vontade. - Eu já estou. Sai à mãe de Katty. Agora eu posso ficar em paz para começar a ler e a desvendar os mistérios daquele garoto. Vamos ver por onde começo...

Uma nova Fase (borboleta) E assim ficou Katty horas, dias devorando ferozmente e vasculhando com cuidado cada pagina daquele diário até não se dar conta que dias haviam passado e que mais uma estação se fora. E o mais importante ela não havia percebido que finalmente era segunda feira e que começaria as suas tão sonhadas aulas de teatro.

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Que dia é hoje? Katty acorda e pergunta para ela mesma. Desesperada ela pula da cama e corre até o calendário mais próximo e o olha cuidadosamente. Há não! Hoje eu começo as minhas aulas de teatro, eu tenho que correr se não eu chego atrasada! Como se alguma vez eu tivesse chegado na hora alguma vez... Katty corre, se arruma as pressas e mal come alguma coisa e corre em direção ao metrô. Vamos! Vamos! Será que até os metrôs resolveram demorar hoje? Faltam apenas vinte minutos e irei me atrasar no meu primeiro dia de aula, isso causa uma péssima impressão. Há que droga! Eu acho que estou nervosa, mas só um pouco, ou melhor, muito. Eu acho que não quero mais ir. Mais eu nunca fui de desistir... Mais talvez eu deva só dessa vez. Não! Coragem garota você é linda, talentosa e cheia de coragem! É eu sou sim, quem disse que eu não sou? Nossa! Eu estou me sentindo muito melhor quem foi que disse que não é bom ter dupla personalidade, ao menos de vez enquanto eu tenho alguém para me dar conselhos, mesmo que seja eu mesma. - Que a sorte esteja comigo! Então Katty saiu do metrô e foi correndo para a sua primeira aula de teatro. - Mal posso esperar para chegar até lá, mas sinto que um novo tempo está chegando, sim tudo vai dar certo. Alguns minutos depois... - Finalmente cheguei! Confesso que estou com aquele friozinho no estomago que sinto quando estou prestes a fazer algo novo. Eu estava em frente à porta do teatro ainda decidindo comigo mesma se deveria entrar ou não. – Pronto decidi de qualquer maneira vou entrar! Quando estava entrando não pude acreditar em todos aqueles quadros de peças anteriores que haviam ocorrido, O quebra nozes, o fantasma da opera e é claro os clássicos de Shakespeare. Isso tudo é um sonho. Lembro-me de quando era criança e o meu pai me trazia para o teatro para ver os grandes espetáculos em que agora terei o prazer de atuar. É como Shakespeare disse em a Tempestade “Nos somos feitos da mesma matéria que os sonhos”. E é assim que eu me sinto, afinal de contas “O mundo é um palco” e nos somos os personagens dessa grande peça chamada vida. Enquanto ficava assim a pensar em tudo o que a minha vida era agora e em todos os meus sonhos que de alguma forma foram esquecidos ou rudemente arrancados da minha mente. Acabei me esquecendo que deveria ir para a aula, afinal foi para isso que eu vim até aqui. Então corri o mais rápido que pude até chegar a um corredor largo que levava para o local onde seriam ministradas as aulas, depois foi fácil saber onde seria a minha aula, fui sendo levada pelo som das vozes dos outro alunos que estavam assim como eu muito agitados para o primeiro dia de aula. Foi então que quando cheguei lá, foi exatamente na hora em que o professor chegou e ele também parecia bastante contente de nos encontra lá. Talvez ele realmente gostasse de transmitir todo aquele conhecimento sobre o teatro e as suas varias técnicas ou ele apenas esteja tão feliz ao pensar em todo o

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dinheiro que ele ira ganhar com as mensalidades. Mais isso não importa agora, ao menos não agora prefiro deixar isso para pensar depois, agora assim como todo professor no primeiro dia ele faz questão de fazer um daqueles discursos que nos irão manter motivados a terminar o curso ou não. [Professor] – Queridos alunos se sintam bem vindos a entrarem neste santuário da arte. Que o teatro possa ser as suas novas casas e que as suas mentes possam libertar-se do mundo que existe lá fora e que vocês possam ser transportados para uma nova dimensão. Que todos que estão aqui presentes possam por alguns minutos ou mais que seja se esquecerem de quem são e pensem quem vocês gostariam de ser neste momento. Pode ser aquele ator bonitão de Hollywood ou uma pobre vendedora de flores. Não importa o importante mesmo é sair desta realidade absurda e tentar transformar-se em uma outra pessoa ou animal... - Sim, para começarmos eu quero que vocês comecem imitando um animal, qualquer animal que queiram ser. Imaginem como é a vida dos animais que vocês escolheram e de agora em diante sejam esse animal... - Isso é idiotice, eu vou embora! Diz Katty e vira as costas e sai. - Idiotice? Quem é você uma grande atriz por acaso? Diz uma voz que vem do fundo do palco. - Quem foi que disse isso? Pergunta Katty atordoada. - Alguém é claro ou acha que foi o fantasma da opera? Os outros alunos e o professor no palco riem. - Muito engraçado eu quero ver é você me encarar. Desafia Katty. - Eu já enfrentei bichos bem piores não vai ser difícil dar um jeito em você. - há é isso que você realmente acha? - Eu não acho. Eu tenho certeza! - Então não é bom ter. Katty diz e novamente sai. Ele a acompanha e a provoca. - Sabe quando pessoas COMO você são picadas por um escorpião ou morrem ou se apaixonam pelo veneno. - Então eu prefiro morrer a ter que provar do seu veneno. Ele se aproxima lentamente dela e desliza suavemente a sua mão sobre o rosto de Katty e depois ele da meia volta e sai. - Você é mesmo um idiota! Diz Katty. Ao ouvir isso ele volta e se aproxima de Katty e a beija a força. Ao beija-lá ele se afasta um pouco de seu rosto e diz: - Agora você já pode morrer.

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Katty o olha por alguns instantes e cospe no chão. – É isso que eu faço com o seu veneno! Diz Katty. - Não adianta o veneno já começou a fazer efeito. - Eu não sei se você sabe mais eu também sou venenosa. - Mais veneno de amor não mata. - Mas intoxica. - Então eu estou pronto para sentir o seu efeito. - Você é patético! - E você é estúpida! - Casca grossa! - Megera! - Indomável eu creio. - É isso que vamos ver! Sai. Depois disso só pude ouvir os outros alunos batendo palmas e gritando. E então que o nosso professor se aproxima de mim e diz: - Muito bem essa foi uma ótima demonstração artística, realmente vocês liberaram os seus extintos animais. Simplesmente fabuloso! Não vejo a hora de chegar a nossa próxima aula para ver o que vocês irão aprontar seus danadinhos! - Nem eu. Eu disse enfim ainda chocada com tudo o que aconteceu. [Professor] – Por hoje é só vocês estão dispensados e até a próxima aula. Depois daquela aula e da afronta feita por aquele garoto sem noção tudo o que eu precisava naquele exato momento era voltar para a casa, tomar um banho relaxante e quem sabe voltar a ler o diário do Jake. E depois de fazer isso tudo eu decido o que eu vou fazer com aquele garoto. E como o prometido Katty fez tudo o que havia prometido para ela mesma que faria, e depois ela foi continuar a ler o diário do seu antigo amor. [Lendo o diário] – A minha infância foi muito boa e cheia de aventuras e de experiências que jamais irei esquecer principalmente uma delas o amor.

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Nossa as coisas que o Jake escreve em seu diário mais parecem coisas de menininhas o rapaz sensível, não me admira que nunca tenha tido sorte no amor, será que ninguém o ensinou que as garotas gostam mais dos Bad Boys. Ta bom eu acho que vou pular umas boas paginas afinal esse é um direito do leitor! Então vamos para a adolescência, vamos ver... Pronto achei! Eu sempre fui um jovem que teve muita sorte, eu cresci em um lugar lindo, tive pais maravilhosos e ótimos amigos, mas agora é hora de crescer e de correr atrás das coisas que eu realmente quero. Sim, em breve eu irei para a Califórnia e lá realizarei todos os meus sonhos, e juro para mim mesmo que encontrarei aquela pelo qual meu coração ainda bate forte, não me importa eu serei famoso conquistarei dinheiro e fama e quero ver ela não me notar. E se ela não me quiser ela então será a garota mais tola do mundo. Que loucura, toda essa obsessão por mim, eu ainda nem sou famosa e já tenho um fã, ou melhor, eu tinha... Mais qual era finalmente o talento do Jake? Eu acho que isso esta nas paginas que eu pulei, eu vou voltar e pronto eu irei descobrir... Sinceramente esse diário está começando a ficar interessante, na verdade muito interessante, deixa me ver... Katty passa paginas procurando pelo talento de Jake. Bom pelo que diz aqui ele queria ser um cantor. Pelo que eu me lembre, bom pelo pouco que eu me lembro ele não sabia cantar ao menos não que eu soubesse. Mas esperem... Katty não acredita no que vê as composições do Jake. Eu não acredito alem de cantor ele era compositor, quantas musicas! Ele realmente era alguém muito especial. Pena que só damos valor para as pessoas quando já não as temos conosco. Ta bom, por hoje chega! Katty fecha o diário do Jake. Agora eu preciso descansar porque amanhã eu provavelmente vou ter mais uma aula chata de teatro e vou ter que enfrentar aquele garoto arrogante de novo, então é bom eu estar bem descansada para amanhã. Katty dorme, mais o que ela não sabe é que os seus sonhos estão mais perto de virar realidade do que ela imagina, mas por enquanto bons sonhos Katty.

A Canção

Tri-tri [o despertador toca] – Que droga! Eu tenho que acordar cedo todos os dias agora, ninguém merece! Então Katty acorda com aquele humor típico de quem esta em TPM e levanta-se ainda resmungando e vai direto para o chuveiro tomar um banho quente e depois vai tomar o seu quase café da manhã. Veste-se e vai correndo pegar novamente o metrô, realmente nada tão diferente do que ela já vem fazendo há algum tempo, ou seja, agora essa é a rotina de Katty enquanto... Algo novo não acontecer...

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Pronto! Finalmente cheguei viva para a minha aula de teatro e por incrível que pareça eu inda não estou atrasada. Então entrei pela aquela porta marrom novamente e já estava armada (no sentido figurado é claro) para a minha tão aguardada aula. E pelo visto ele ainda não chegou. Que bom! Ao menos um dia sossegada era tudo o que eu queria. Aquele garoto chega à aula. - E aí galera prontos para o show? Porque eu já estou! Disse aquele garoto desagradável. - E parece que eu falei cedo demais! Resmungou Katty. [Professor] – Eu realmente espero que todos tenham lido o e-mail que eu mandei para vocês avisando que haverá um concurso de musicais e nos iremos participar... Katty pergunta para uma colega de aula – E que raios de e-mail foi esse? - Foi um e-mail que o professor mandou ontem para todos, sobre esse tal concurso há e parabéns foi graças aquela sua cena com o Miller que o professor decidiu nos inscrever neste concurso. Diz a garota. - O quê? Agente vai ter que participar de um concurso de musicais, é parece que a sorte realmente está do meu lado! E há propósito quem é esse tal de Miller? Continua a pergunta Katty. - É aquele garoto ali. Então ela aponta para aquele garoto sem noção que me fez de boba na ultima aula. - Então o nome dele é Miller... Bom saber! Katty diz para ela mesma. [Professor] – Já que vocês duas estão conversando tanto aposto que tem uma ótima ideia para o musical não é? - Há é claro professor! Katty mente. [Professor] – Então você não gostaria de nos revelar essa brilhante ideia? - Sim! Quer dizer ainda não, eu não quero estragar a surpresa que eu irei fazer questão de apresentar na próxima aula. [Professor] – Esta certo então na próxima aula ok? - Na próxima aula eu prometo! Ufa! Essa foi por pouco! Mas pouco mesmo, é, mas agora eu vou ter o trabalho de escrever um roteiro para um musical, isso só pode ser castigo mesmo! Isso parece é coisa do Jake. Katty sai da aula.

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Katty chega em casa. Perfeito! Eu vou ter que me ocupar pensando em um musical, mais isso não importa, eu sei que eu vou conseguir e quer saber esse vai ser o melhor musical de todos os tempos e nos vamos ganhar esse concurso eles vão ver. Eles vão ver... Todos vão ver, todos estarão lá menos quem eu gostaria que estivesse... Você Jake! Há como eu gostaria que você pudesse me ouvir, ler os meus pensamentos ao menos que fosse eu te encontrei e ao mesmo tempo te perdi para sempre, por quê? Sinto a sua falta e realmente gostaria que em qualquer lugar que você estivesse você pudesse me senti... Mais espere um momento eu já tenho as canções para esse musical, sim, as musicas do Jake! Katty então abre o diário do Jake. Eu não consigo acreditar na minha sorte! Está tudo aqui. E exatamente como você me prometeu você sempre estará ao meu lado e me ajudará como eu pude duvidar disso. Eu sou mesmo uma infeliz por em algum momento desta minha vida ter lhe negado o meu amor. Se eu pudesse está ao seu lado eu o faria e seria a melhor coisa que eu teria feito em toda a minha vida. Katty pensa então a ir ate a cozinha pegar uma faca e... Mais ela desiste no meio do caminho. Ainda não, eu irei fazer melhor. Esse musical será em sua homenagem, assim cada canção será como uma declaração de amor. E assim estará gravada na memória de todos que forem e eles contaram essa historia para os seus filhos e os seus filhos contaram para os seus netos e assim esse amor nunca morrerá, enquanto ouvirem a nossa canção. Sim eu escreverei uma canção para você assim como você escreveu tantas para mim. Eu lhe faço essa promessa. Promessa... Eu acho que já sei o nome dessa canção ela se chamará Promessas... Essas serão as minhas promessas para você Jake. Depois de certo tempo Katty começou a tentar escrever uma canção para Jake, mas infelizmente ela não conseguiu, ela tentou de novo e mais uma tentativa frustrada realmente parecia que o dom de escrever canções e poesias não era mesmo o forte de Katty. Cansada de tentar fazer algo que lhe parecia impossível Katty acaba adormecendo em cima de inúmeros papeis rabiscados. [Sonho] - Você queria falar comigo? Perguntou Jake. - Eu sempre quero falar com você em cada segundo do meu dia. Respondeu Katty. - Então não perca a oportunidade diga. - Eu só queria saber se você poderia me ajudar. Disse por fim Katty. - Eu sempre poderei lhe ajudar, eu já havia dito isso para você, mas às vezes você parece não entender. - Não é que eu não possa entender é apenas um pouco difícil de acreditar que essa é a única forma de falar com você. - Em que eu posso lhe ajudar? - Com canções, quer dizer eu li o seu diário e vi as suas canções, elas são realmente maravilhosas eu realmente acho que você estava muito apaixonado por alguém para escrever com tanto amor àquelas letras. Eu posso saber por quem você estava assim tão apaixonado? - E você ainda pergunta?

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- Eu por acaso não deveria perguntar? - Eu apenas quero lhe dar um conselho não perca o seu tempo fazendo perguntas pelas quais você já sabe a resposta. - Mas nesse caso eu não sei a resposta. - Então deixa que eu lhe diga, todo poeta, artista, ou seja, lá o que seja precisa de uma musa inspiradora e no meu caso essa musa foi você. - Mais porque eu? - Porque desde a primeira vez que eu lhe vi eu soube era você quem iria ficar comigo para sempre. - Mais eu estou aqui por você e para você. Diz Katty aos prantos. - É eu sei mais agora é tarde demais, para mim e para você também. - Então eu acho melhor você me esquecer. - Agora sou eu quem diz que é tarde demais para isso. Eu prometi que eu nunca iria lhe esquecer assim como nos éramos crianças e brincávamos juntos essa promessa jamais terá fim nem para mim nem para você isso eu lhe prometo... Eu lhe prometo... Katty então acorda do seu sonho uma caneta eu preciso de uma caneta! Você vai ver Jake essa promessas são para você Katty então escreve... Promessas Quando ilusões são o que restam Em dias normais. Quando o brilho das estrelas E o que tenho esta noite. Se eu sei que aquele amor Com o tempo acabou. Esse não é o nosso destino. Refrão: Não haverá um dia Em minha vida Que eu não pensarei em você (amor). Todo dia eu juro essa é a minha promessa Minha promessa. Lhe amarei para sempre

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Por isso estou aqui. E lhe promete que nunca Farei você sofrer. Porque no meu mundo E no meu coração Um dia surgira novamente E esse nosso amor Vira se tornar real. Refrão: Sei que um dia Você virá Ficar comigo Novamente Todo dia eu juro essa é a minha promessa Minha promessa. Sei que você é o meu amor Meu eterno amor. E ficará comigo sempre Para sempre em meu coração. Pronto eu disse Jake agora você assim como todo mundo vai saber que eu não estava brincando quando disse que esse amor é para sempre. Katty após escrever a sua canção volta a dormir.

No outro dia...

Tri – tri [o despertador toca] – Eu não acredito que eu acabei dormindo aqui, eu tive um sonho tão esquisito ontem eu sonhei que eu havia finalmente escrito uma canção chamada “promessas” isso foi tão engraçado, eu escrevendo... Katty levanta e vê a musica promessas escrita. Mas pera aí não foi um sonho eu realmente escrevi essa canção, caramba! Ta brincando isso é uma coisa realmente do outro mundo! E mais talvez seja mesmo. Obrigada Jake agora eu já sei como eu irei fazer esse musical! E mais agora novamente eu vou correndo para a minha aula de teatro, há e é claro dessa vez eu vou levar o seu diário Jake só para dar sorte.

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Katty sai alegremente. Nossa isso já esta virando rotina vir todo dia para essa aula de manhã, mas dessa vez eu tenho o comando, as cartas do jogo... Katty olha para o relógio que está no seu pulso. E eu também já estou atrasada! Katty entra mais uma vez pelas aquelas portas que a levarão para o seu destino. [Professor] – Olhem chegou a nossa mente brilhante! Se referindo à chegada de Katty a aula. - E é bom que você tenha uma boa ideia mesmo. Miller provoca mais uma vez Katty. - Você não precisa se preocupar porque eu tenho. Replica Katty. - Então você pode nos mostrar algo. - E claro que eu posso. - E os seus planos estão neste grande caderno azul? Diz Miller apontando para o diário do Jake. - Não. - Há deixa de besteira! Deixe me ver. Miller arranca o diário das mãos de Katty e o diário cai no chão. - Ta vendo o que você fez! - Me desculpa deixa que eu apanhe. Quando Miller vai apanhar o diário ele vê uma das canções do Jake. - Nossa essa é ótima! Professor vem ver. Miller chama o professor. [Professor] – O que foi? - Olha essa canção você não acha que ela é perfeita para o nosso musical? Pergunta Miller para o professor. [Professor] – Ela é sim. Bom trabalho Katty, essa música com certeza estará em nosso musical. Há e a propósito eu quero vocês dois nesta música. - O quê? Eu e ela cantando juntos? Você só pode estar de brincadeira! Diz Miller.

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[Professor] – Não eu não estou. Os ensaios começam na próxima semana lembrem-se nos não temos tempo a perder! - É parece que nos teremos que ficar juntos novamente. Diz Miller. - E por acaso nos ficamos juntos alguma vez? Disse-lhe ironicamente. - Eu só tenho uma coisa a dizer nos podemos fazer isso de uma forma fácil ou difícil é você quem decidi, mas lembre-se é o sonho de muitos que estão aqui que você irar estragando se isso não der certo. - Ta bom, mas ao menos me diz qual foi a musica que você viu. - Foi tal de quando a chuva cai. Muito bonita por sinal foi você quem fez não foi? - E digamos que... - Tudo bem eu sei que os artistas não gostam de falar de suas obras então deixa para lá. - Isso deixa para lá. Concordei. - Então nos vemos semana que vem? Perguntou-me com um sorriso malicioso. - Claro. Respondi. Em casa... É parece que o lobo finalmente se transformou em um cordeirinho, mas que canção é essa eu ainda não havia visto essa. É eu disse que eu iria levar o seu diário para me dar sorte, mas parece que aconteceu exatamente o contrario. Katty abre o diário de Jake e começa a vasculhar as paginas para encontra a musica Quando a chuva cai. [Lendo] – Esta canção é especial para mim porque ela foi feita pra alguém especial em um momento especial e que nunca mais ocorrera, porem sempre quando a chuva cair e molhar o meu rosto eu me lembrarei daquele momento especial. E está é a canção... Quando a chuva cai Já faz um tempo que nos dois Deixamos tudo para depois. Agora eu quero lhe dizer Que eu ainda amo você. Brilhantes caem do céu

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Diamantes têm gosto de mel Trovoes soam no teu olhar Porque eu quero te amar. Mais quando eu não te vejo Aparece uma ilusão Por isso eu fiz essa canção. Refrão: Quando a chuva cai Ela nos trais O amor que existe entre nos dois Mas se o amor se vai ela nos traz A lembrança desse amor. E quando eu olho para você Sinto a um toque o teu amor A fim de acontecer uma historia de amor. Uma viagem ao paraíso Sinto quanto fecho os meus olhos Para voar no oceano do teu amor. Nossa após eu ler a letra dessa musica foi como se um flashback me voltasse à mente, sim agora eu lembrei foi o nosso primeiro beijo, agora eu consigo me lembrar nitidamente estava chovendo naquele dia como eu pude me esquecer disso? Mais espera aí isso aconteceu de novo sim, foi no velório do Jake naquele dia também estava chovendo e eu o beijei novamente. E incrível como a nossa vida e feita de vários vais e vens, como dizem um dia o mundo gira e nos paramos no mesmo lugar. E assustador mais é assim que a vida é o que você faz um dia volta para você. Alguns dias depois... Katty mais uma vez passou dias trancafiada em seu quarto vegetando se assim é permitido dizer, vivendo apenas com as suas lembranças e com as paginas do diário do seu ex amor eterno Jake Thustal. É assim que vive alguém que um dia teve o privilegio de amar e ser amada, mas um dia tudo isso acaba e o que resta são apenas cinzas de um passado glorioso. Vejamos só agora eu tenho alguns problemas para resolver, então vamos por partes: primeiro eu tenho duais canções para aprender e ensaiar, segundo eu irei fazer par com um garoto que eu detesto e terceiro... Eu não sei qual é o terceiro, mas só esses dois já estão de bom tamanho para mim. E mas agora eu terei a terrível tarefa se assim a posso chamar de ter que ensaiar hoje no teatro com os meus queridos colegas.

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Katty vai para o seu temido ensaio. Katty entra no teatro e não vê ninguém. - Estranho esta tudo escuro, será que vai haver o ensaio hoje? Bem, eu acho que não, então eu vou embora. Katty vira se para ir embora. – Espere! Diz uma voz. - Quem está aí? Pergunta katty. De repente uma luz que veio do refletor ilumina Katty. - Você ainda não aprendeu que não se deve entrar em um teatro sem saudar os espíritos do teatro? Diz a voz. - Que... Quem disse isso? Katty disse gaguejando de medo. Ouve-se palmas. E as luzes se acendem. - Era assim que eu queria te ver Katty. Miller aparece rindo. - Mas você é idiota mesmo Miller, e se eu tivesse, por exemplo, um ataque cardíaco? O que você iria fazer? Diz Katty tentando recuperar o fôlego. - Eu lhe faria uma respiração boca a boca. Ironiza Miller. - Mas você é burro mesmo! Respiração boca a boca é só quando uma pessoa está se afogando. Diz Katty. - E você não está se afogando? - Eu estou? - Sim, você está se afogando no seu ego, queridinha. [Professor] – Já chega dessas brincadeirinhas infantis, agora é hora de vocês crescerem é terem responsabilidade. - Nos sabemos disso professor. Diz Miller. [Professor] – Há é mais não parece! E os ensaios? - Estão indo muito bem. Diz Katty. - Há é sim, é impossível encontrar melhores atores que nos! Diz Miller piscando para Katty. - Ele tem toda a razão professor. Concorda Katty.

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[Professor] – Então vamos ver! - E agora o que nos vamos fazer? Pergunta Katty cochichando para Miller. - Está tudo sobre o controle, confie em mim. Diz Miller. - Esse é o problema eu não confio. Replica Katty. - O que você deveria fazer é ter um pouco mais de confiança nas pessoas. - Eu sei esse sempre foi o meu problema. [Professor] – Eu adoraria que os dois parassem de cochichar por um minuto que seja. - Nos já acabamos a nossa D.R. Diz Miller olhando para Katty. [Professor] - Muito bem eu quero que vocês me mostrem o que vocês tanto ensaiaram. - Droga! Isso não vai prestar! Diz Katty falando consigo mesma. Miller sobe encima do palco e olha para o professor e os outros alunos e depois mantém o seu olhar em Katty. [Miller Explicando ] - Bom o que nos preparamos é uma versão um pouco mais moderna do clássico Romeo e Julieta. Nesta versão ao invés da morte os separar são as suas próprias ações que determinam esse afastamento, assim como acontece com os casais normais. Miller desce do palco. [Professor] – Isso é absolutamente brilhante! Palmas! O professor e os outros alunos batem palmas. - Realmente brilhante! Diz katty batendo palmas. - Eu não disse que tudo estava bem. Diz Miller passando por Katty. - Eu odeio ter que admitir, mas você estava certo. Diz Katty um pouco distante de Miller. [Professor] - Katty minha querida estou ansioso para ver vocês aqui neste palco que já pisaram tantas estrelas, e quando esse dia chegar você vai ser a estrela mais brilhante deste espetáculo. - Obrigada. Diz Katty. [Professor] – Não me agradeça uma estrela não pede desculpas todas às noites por brilhar demais, somo-nos que somos gratos pelo seu brilho iluminar as nossas vidas. Lembre-se disso. O professor diz e logo em seguida sai. O professor da meia volta...

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[Professor] – Katty você não vai ficar aí vi? - Há é claro, eu fiquei tão... Que nem percebi que eu iria ficar presa aqui. [Professor] – Então vamos. - Sim. De volta em casa... Nossa eu mal pude acreditar aquele garoto finalmente teve uma boa ideia, e afinal não foi uma má ideia, quem sabe isso possa dar certo. Mas quer saber de uma coisa eu até que estou bem ansiosa para esse musical, isso não é algo típico de mim ficar feliz com qualquer coisa, mas dessa vez é diferente, eu sinto que vai ser diferente. De repente o telefone começa a tocar... - Quem será? Não que eu seja a pessoa mais chata do mundo, mas normalmente ninguém liga para mim. Katty atende ao telefone... - Alô? - Eu gostaria de falar com Katty Klinger. Disse alguém ao telefone. - Sim, você está falando com ela. Respondeu Katty. - Então é com você mesmo que eu quero falar. Eh... Garota você não esta reconhecendo a minha voz? - Não. - Sou eu. - Eu quem? - Miller. - Ah, é você de novo. - Eu só liguei para saber se você e eu... Você e eu, ao ouvir essa pequena frase eu comecei há ficar um pouco nervosa pensando se ele iria me pedir em namoro ou qualquer coisa parecida. - Se você e eu? Katty repete nervosa a ultima parte da frase. - Se você e eu poderíamos de uma vez por todas começar esses ensaios.

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- Há é só isso? - Sim, você pensou que eu iria dizer o quê? - Nada, eu pensei que você iria dizer nada. Diz Katty decepcionada. - É como eu digo você é estranha mesmo! - Já chega você já disse o que queria agora eu vou desligar. Diz Katty furiosa. - Não espere. Diz Miller. - Esperar o quê? Pergunta Katty. - Nos... Ainda não marcamos os nossos encontros. - Os nossos encontros? Pergunta Katty duvidosa. - Quero dizer... Os nossos ensaios foi isso que eu queria dizer. Diz Miller desconcertado. - Há claro, quando você está livre... Quero dizer disponível? - Sempre. Respondeu Miller alegremente. - Sério? Eu sempre achei que o galanzinho sempre estivesse ocupado olhando-se no espelho e dando autógrafos para as suas fãs desesperadas. - Você tem razão eu sempre estou ocupado com tudo isso e com outras muitas coisas, mas para você eu abro uma exceção. - Nossa agora eu estou me sentindo realmente especial. Diz Katty ironicamente. - É você é... Diz Miller sussurrando no telefone. - Eu não ouvi o que você disse. Pergunta Katty. - Nada. Podemos ensaiar hoje à tarde as quatro PM? - É parece que hoje você está com sorte, eu tenho um espaço na minha agenda. Responde Katty. - Então eu sou um homem de sorte. - Possamos dizer que sim. - Então até as 4 horas certo? - Certo, mas espere!

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- O que foi? - Nos não marcamos o local. - Realmente eu não havia pensado nisso. - Eu ainda estou supressa que ele pense... Diz Katty para ela mesma. - O que disse? Pergunta Miller. - É você quem decide, foi isso que eu disse. Diz Katty tentando se safar. - Então que tal nós nos encontrarmos no parque que fica próximo do teatro? - Eu acho ótimo! - As 4:00 PM? - Combinado, eu te vejo lá! Katty desliga o telefone. Eu não sei por que, mas eu não vejo à hora de estar lá. Talvez seja porque as estações mudaram quando tudo aquilo aconteceu com o Jake estávamos em um outono que logo se transformou em um interminável inverno. E agora depois de tanto tempo sem ver o brilho do sol e as lindas flores que desabrocham em nossa primavera, eu me sinto grata por tudo isso. Talvez esta seja a forma que eu arranjei para tentar superar a dor, a imensa dor que me despedaçava a cada dia e que quase me levou a loucura. É isso que eu quero dizer que é o amor, é ter que encontra a peça perfeita que faltava em seu quebra cabeça e depois perder todo o jogo. Como o prometido eu fui para o tal parque, mas será que ele realmente vai vir ou vai me deixar aqui esperando de boba? Não eu sei que ele vai vir eu sinto que ele vem. É vai ser muito bom nos começarmos a ensaiar, nos iremos fazer o melhor espetáculo que a cidade já viu, ou melhor, que o mundo já viu, e nos vamos ganhar o concurso e pronto! Todos vão ficar felizes, sim, é isso que vai acontecer. Eu acho... Como eu sabia que provavelmente ele iria se atrasar me dei ao luxo de senta em um banquinho na praça e ficar observando as flores, tão lindas elas eram a minha flor preferida sempre foi à flor de cerejeira, aquela flor que sempre aparece nos filmes japoneses e nos animes também. Sempre adorei ver a forma como as pétalas dessa flor caia e suavemente se misturava com a paisagem. Lembro de uma época em que sonhava em ir para o oriente, mas isso ficou no passado escondido em um lugar secreto em minha mente junto com os meus tantos outros sonhos. Eu tenho que deixar de sonhar e viver mais a realidade! Foi nesse momento enquanto mais uma vez eu estava pensando na minha monótona vidinha que o vi chegar e naquele instante eu pude sentir o sol brilhar mais forte, era impressão minha ou estava realmente quente naquele dia. Mas toda a minha radiante felicidade se esvaio rapidamente ao perceber que ele estava acompanhado de uma linda jovem, com um cabelo que brilhava tanto que eu nem um dia inteiro em um salão de beleza conseguiria aquele efeito. E o sorriso, não dá para

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acreditar que existam clareadores tão bons a ponto de causar aquele efeito extra claro. Traduzindo ela era perfeita não que eu também não seja de se jogar fora, mas ela só pode ser modelo! E ela era eu soube disso quando ele me apresentou ela, na verdade eu não prestei muita atenção no que ele estava dizendo, eu apenas estava prestando atenção na miss beleza, foi quando final mente ele pronunciou aquela palavra que eu não gostaria que ele dissesse... - Katty, eu lhe apresento a minha... Não por favor, não diz... Eu implorava em pensamento para não ouvi aquilo. - Esta é a minha namorada. Confesso que se uma flecha houvesse me atingindo naquele momento com certeza teria me machucado menos do que ouvi aquilo. Mas porque tudo isso? Eu não sei, mas novamente eu estava sentindo um sentimento pelo qual há muito tempo não sentia, mas isso não é possível! Isso era o que eu gostaria de acreditar, mas a verdade era que eu estava sentindo ciúmes daquele... Daquele turrão e não poderia fazer nada para mudar aquilo, ao menos não agora. - E aí Katty nos vamos ensaiar ou não? - Nos três vamos ensaiar? - Não. Que bom que ele disse isso, porque se não eu provavelmente seria capaz de pegar ela pelos cabelos e fazer questão de afogá-la na bacia de banho dos passarinhos, não que eu não houvesse pensado em fazer isso, eu apenas não o fiz, porque eu tenho que manter a minha fama de boa moça, mas vontade não foi o que faltou. - Katty! Grita Miller. - Não precisa gritar eu estou bem aqui. - Eu sei, mas é que você estava tão distante. Que pena que ele não pode ler os meus pensamentos, porque se pudesse saberia que eu não estava com a cabeça longe, mas estava bem aqui. - Vamos ensaiar! Disse Katty aparentemente animada. - Então vamos! Senta aí e olha o que nos preparamos. Diz Miller. - Olhar? Mas nos não vimos aqui para ensaiar? Diz Katty indignada. - Sim, nos viemos eu e ela [Miller aponta para a sua namorada] e você vê se ficou bom.

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Katty respira fundo. - Mas esse papel é meu e seu, era para nos estarmos ensaiando e não ela! Katty quase se exalta. - Esse não é mais o seu papel. - Como assim? - Eu falei com o nosso professor eu disse que nos nunca daríamos certo juntos, foi então que ele achou melhor lhe substituir e por incrível que pareça foi exatamente quando o meu amor estava voltando da sua turnê na Europa. E não é incrível, ela fez aulas de atuação na França. Eu só fiz isso porque sabia que você se sentiria melhor em não ter que me olhar todos os dias. Eu fiz certo não fiz? Katty pensa por uns breves minutos... - Você está certo eu REALMENTE não iria suportar vê essa sua cara nem mais por um minuto, e quer saber vocês se merecem e eu desejo que vocês quebrem a perna no palco, eu estou dizendo isso na forma mais literal o possível. Vão, façam um grande espetáculo inesquecível e vão para a MERDA com tudo isso! Katty sai correndo e segurando as lágrimas dali. Eu ainda não consigo acreditar como mais uma vez eu pude me deixar levar pelos meus sentimentos, eu já deveria der aprendido, mas eu sou como uma aluna burra que precisa repassar a matéria mil vezes até finalmente aprender. Isso nunca teria acontecido se eu houvesse prestado atenção nos meus próprios conselhos, veja só como a vida é engraçada eu sou ótima para dizer o que cada um deve ou não fazer para tentar ser feliz, mas quando o assunto sou eu mesmo, eu apenas me esqueço de tudo o que eu digo e tento por meus próprios atos conseguir um êxito inexistente. Mas esta sou eu uma boba inocente que tudo o que quer na vida é ter uma chance, apenas mais uma chance para encontrar a tão sonhada felicidade. Estou indo e voltando, e como tudo em minha vida fosse um interminável circulo eterno, mas nem tudo é pra sempre. O que eu tenho que entender é que ele não é nada para mim, ao menos é isso que eu acho. Ele é para mim como um minúsculo grão de areia é esse espaço que ele ocupa em minha vida e em meu coração. Por favor, a quem eu estou tentando enganar? A mim mesma quem sabe... Não eu não gosto dele ao menos eu não deveria, é isso! Isso só pode ser uma prova ou um castigo que o Jake está mandando para mim. Ou talvez eu apenas... O que eu posso fazer agora? Ele tem a sua miss perfeição e eu o que tenho? Apenas algumas lembranças e um diário que ultimamente não tem me ajudado muito, mas é melhor ter isso do que não ter nada além de sonhos impossíveis para alguém como eu. Hei essa não sou eu! Não mesmo, cadê aquela garota que acreditava em si mesma e que não tinha medo de nada, sim esta sou eu! – E é hora de você voltar garota!

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Para quem tinha desistido das experiências e melhor se preparar porque agora ele vai ver quem é a verdadeira Katty Klinger, e pode se preparar Miller!

Experiência VI (A hora da revanche)

Eu sempre fui boa em como saber conquistar um rapaz, mas particularmente eu sou melhor em como me vingar deles depois que eles lhe usam como um lenço e depois lhe jogam fora em uma lixeira. Sabe qual é a primeira coisa a fazer nesta situação? Então espere para ver! A primeira coisa a fazer é levantar a poeira. Serio não vale a pena ficar choramingando porque a única coisa que você vai conseguir com isso é ficar com os olhos inchados e com lindos pés de galinha que depois vão lhe dar muita dor de cabeça para você retira-los em uma cirurgia plástica. O melhor mesmo e traçar uma lista de coisas que o seu ex adora para depois começar a destruir tudo isso. Você não sabe com você vai se sentir melhor depois disso! Mas se você é do tipo que odeia confusão ou detestaria ir para a justiça responder a um processo. Então é melhor você fazer tudo o que eu vou fazer a partir de agora e se ainda sim você ainda não se sentir melhor eu realmente vou começar a pensar que o problema não é do seu ex – love. Primeiro passo: Tome um banho de loja e mude o visual. Você deve estar se perguntando no que um banho de loja vai lhe ajudar? A resposta é simples! Em tudo! Garotos adoram garotas lindas e maravilhosas essa historia de o que realmente conta é a beleza interior, isso não passa de baboseira escrita por escritores de livros de auto-ajuda e quer saber ele só querem o seu dinheiro, queridinha. E eu sei a vida é cruel, mas fazer o que ela tem que ser assim e a chamada seleção natural apenas os fortes sobrevivem. Mas voltando para o assunto, em relação a mudar o visual é simples! Você quer mudar de vida quero dizer virar a pagina não é? Então nada melhor do que um novo visual para uma nova pessoa. E o truque do novo visual também serve para provocá-lo, ou seja; quando ele lhe vir linda e maravilhosa e é claro os outros rapazes não podem deixar de lhe notar para isso ficar mais interessante. Com certeza quando ele vir o que ele perdeu, com certeza ele vai vir atrás de você como um cachorrinho e é claro que você vai dizer que não. E mas para ficar pior a situação dele você deve dizer não para ele em publico de preferência na frente dos amigos dele ou em pleno teatro da mesma forma que eu irei fazer... Nada pior para um garoto do que ser desmoralizado em publico e ainda não satisfeita você deve começar a namorar um dos melhores amigos dele e ele tem que acabar sabendo disso. Se ele não tiver melhor ou melhores amigos só fica com o irmão dele e estará tudo resolvido. Mas mais uma vez se você não gostou desse meu plano um pouco maléfico demais para algumas garotas com um bom coração igualzinho o meu então passamos para o passo dois dessa experiência.

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Segundo passo: O Menosprezar completamente. Isso pode no principio parecer fácil demais, mas não é principalmente se vocês acabaram de se separar ou se o idiota lhe traiu ou simplesmente arranjou uma modelo esquelética para andar para cima e para baixo. Você deve o evitar em todos os momentos e lugares fingir realmente que ele não existe, agora ele será para você como nada mais que o verme que se pisa após jogar inseticida nele. O seu mais querido ex amor eterno de agora em diante passará a ser o homem invisível que deve apenas aparecer em seus sonhos se você lho permitir. E se isso tudo não funcionar? É isso que vamos descobrir agora vamos passar da teoria para a prática e dessa vez eu serei a minha própria cobaia, afinal eu não tenho nada mais a perder. E assim eu continuei com o meu malévolo plano, incerto eu diria, pois os homens são imprevisíveis, mas quando eu digo os homens eu estou me referindo à raça humana e não ao clã masculino. Como eu havia antes dito a primeira coisa a fazer é torrar todo o credito do seu cartão de credito em compras e em produtos para beleza. Sinceramente eu nunca fui uma compradora acida. Mas sacrifícios devem ser feitos para se alcançar um determinado objetivo e eu decidi definitivamente que a partir de hoje eu não vou deixar, mas nada passar. Então eu fui “felicíssima” para o shopping fazer algumas compras, vocês não sabem o quanto é cansativo ter que escolher no meio de tantas a roupa perfeita, quem foi que disse que ser mulher é mais fácil ou que garotas apenas querem se divertir?Isso não importa agora o importante é que no meio daquelas roupas todas eu finalmente consegui encontrar o que eu queria um vestido um pouco decotado na frente e com um grande corte vertical nas costas e uma delicada abertura na perna direita. Traduzindo; era um pano vermelho todo rasgado. E sabe o pior ele foi caríssimo cerca de 1.000 dólares dá para acreditar? O que agente não faz para dar o troco em um garoto... Depois dessa batalha, porque para mim isso foi uma batalha e das grandes! Depois disso tudo eu fui finalmente para o cabeleireiro, coisa pela qual eu não via há anos eu sempre achei melhor eu mesma cortar o meu cabelo e dizer para todos que foi um cabeleireiro chiquíssimo e que esse penteado louco é o grito da moda em Paris. Eu sei isso é terrível, mas fazer o quê? Como diria os franceses “C’est la vie”! Continuando o meu passeio inesquecível pelo shopping e agora minha breve passagem ao salão decidi fazer uma transformação total! É isso mesmo! Se aquela anorexica pode eu também posso. Então eu comecei pelo cabelo é claro! Eu resolvi alongar um pouco o meu cabelo ao invés de cortar, porque eu sei que os homens acham mais sex mulheres de cabelos longos. E inspirada talvez pelo meu novo vestido ou pelo filme Mulan Rouge eu decidi pintar os meus agora longos cabelos de vermelho. Eu poderia ter escolhido transformar os meus lindos e sempre adorados cabelos castanhos em loiros, mas eu não queria parecer com aquela... E o melhor é sempre se destacar e não ser igual às outras garotas. Confesso que foi um pouco estranho ter agora lindos e longos fios ruivos e sempre mantive o meu cabelo na cor natural e eles nunca passaram dos ombros, e eu sempre gostei deles assim, mas dessa vez foi preciso. E você deve estar se perguntando qual seria o passo seguinte? Pois bem eu iria esperar até o dia da estréia para aparecer no dia e estragar tudo, mas até lá eu preciso dar umas desculpas para não ter que ir para as aulas de teatro, coisas como uma doença contagiosa (de preferência gripe), ou uma viagem interminável pela Europa. Não importa o importante é eu só aparecer lá no momento certo é estragar o sonho dele de ser um grande ator. Com isso ele vai aprender a nunca mais mexer com os sentimentos dos outros.

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Meses depois...

O Grande dia

Finalmente chegou o tão esperado dia da minha revanche e ele é tão doce como o mais puro mel silvestre, vocês podem senti-lo? Talvez sim, talvez não o que eu realmente quero neste dia, ou melhor, em meu relógio são exatamente 10:00 PM da noite e o que eu quero é de uma vez por todas acabar com isso. Mesmo ele tendo deixado milhares de recados em minha secretaria eletrônica me pedindo para retornar a ligação eu não o fiz. Faz parte do plano ignorá-lo completamente. E eu ainda não me arrependi disso... Ainda. Eu tenho que ir estar na hora do show! E eu disse isso literalmente. Então eu entrei pela porta da frente do teatro como uma estrela pairando no imenso tapete vermelho. Neste momento eu senti por não esta lá com todos eles fazendo esse musical. Sempre foi o meu sonho estar em um palco ser uma estrela igual àquelas que eu tanto invejei. Mas eu sei que um dia eu também terei a minha chance e a minha estrela irá brilhar e quando isso acontecer eu sei que serei o melhor que eu posso ser. Eu estava tão nervosa como se fosse eu que iria estrear e de certa forma eu iria. Com o meu novo visual ninguém desconfiou que fosse eu aquela ruiva maravilhosa, mas mesmo sem me reconhecer todos olhavam para mim, mal sabiam eles o que eu iria aprontar no momento certo. Como dizem a vingança é um prato que se come frio, mas o melhor é saborear ela aos pouquinhos. Ao cruzar o corredor que chegava ao local onde iria haver o musical a minha respiração começou a falhar e a cada passo o meu coração acelerava cada vez mais. Então eu me sentei em uma das poltronas que ficava no final do teatro e fiquei ali parada imóvel esperando o espetáculo começar... Sem mim... Mas não por muito tempo. Alguns instantes depois que todos haviam se sentado o musical começou... Tudo estava perfeito as musicas, o cenário os outros atores tudo estava perfeito... Estava... Até ele aparecer e aquele foi o momento em que eu havia planejado fazer o que eu tinha vindo fazer... Mas eu não conseguir seria terrível demais até para mim estragar aquele momento que todos eles tiveram tanto trabalho para fazer. Então foi nesse exato momento em que eu decidi ir embora daquele lugar, foi neste momento em que lá no palco ele me viu e me reconheceu... - Espere! Disse Miller no palco na presença de todos que assistiam ao musical. - Eu não tenho mais nada para esperar. Eu disse. - Esse é o nosso momento. - Não mais, este é o seu momento. Disse por fim e virando de costas para o palco.

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- Essa é a sua música. - Você não pode ter feito isso. - Agora eu entendi o que é o amor. Disse Miller. Neste momento todos começaram a pedir para o musical continuar. - Sobe aqui. Pediu Miller para que eu subisse no palco. - Eu não vou. Disse lhe e, mas uma vez dei meia volta para ir embora, mas faltaram me forças para isso. - Me desculpe. Disse-me Miller. [Miller Cantando] Posso ver e sentir o que passa em seu interior... Sei que errei, mas não foi por querer. São necessárias algumas palavras para destruir um coração, mas nenhuma capaz de voltar atrás. Somente o silencio pode curar ou machucar ainda mais. Não tem como impedir que lágrimas desçam se o interior esta inundado. Chora por dentro eu sei que chora, sofre tanto quanto eu. Se senti sozinha, mas esquece que um amor é a melhor companhia. Este foi o melhor pedido de desculpas que eu já recebi em toda a minha vida! Todos batem palmas de pé e as cortinas são fechadas e todos começam a sair do teatro. - Eu não mereço nada pelo show? Perguntou Miller. - É claro seu bobinho! Eu disse radiante e ao mesmo tempo com lágrimas nos olhos. Eu o beijei com se fosse o meu primeiro beijo. Eu estava tão feliz por aquilo tudo que nem lembrei que ele tinha uma namorada. - Mas espere! Eu disse. - Sim o que foi? Perguntou Miller surpreso. - E a sua namorada a anorexica? - O que? Perguntou Miller incrédulo pela minha pergunta. - É aquela loira, esquelética que você estava com ela naquele dia no parque? - Era sobre exatamente isso que eu gostaria de falar com você.

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- Há não o que foi que aconteceu agora? Perguntei. - Eu que devo lhe pergunta o que foi que aconteceu com você durante todo esse tempo? Eu tentei lhe ligar inúmeras vezes e sempre parecia que o seu telefone estava fora do gancho ou coisa parecida. Será que você pode me explicar isso? - Calma você ainda não respondeu a minha pergunta e ela? - Ela já não é nada para mim. Naquele dia quando você saiu daquele jeito eu percebi que era você que eu realmente gostava e sabia que não poderia deixar as coisas daquele jeito. - Eu ainda não posso acreditar nisso. - Então é bom começar a acreditar, porque isso é a mais pura verdade. Eu tentei lhe ligar para dizer que eu havia terminado tudo com ela e que queria você de volta aqui comigo de novo na minha vida e neste musical também. Neste momento eu me senti uma completa idiota por ter deixado o meu rancor e o desejo de vingança me dominar completamente e me senti mais burra ainda por orgulho não ter atendido aquelas ligações. - Agora sou eu que devo lhe pedir desculpas. Eu disse. - Pedir desculpas pelo que? Você não me fez nada. - Pelo o que eu iria fazer. Você não sabe o plano que eu tinha para destruir esse musical e fazer você passar a maior vergonha que você já passou na sua vida e... - Sih... Não diga mais nada para não nos machucarmos ainda mais. Ele disse. - Mas você tem que me ouvir! Eu quase implorei. - Eu sei o que você tem passado e acho que você já sofreu demais nestes últimos tempos... - Não você nem pode imaginar um terço do que já aconteceu comigo. - Há eu posso sim. Eu estava lá... - Você estava aonde? - Eu estava no enterro do Jake. - Não é possível. Eu disse incrédula. - Nada é impossível. Katty olha para mim você não lembra de mim?

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- Há não jogos de adivinhar de novo não! Eu disse para mim mesma. - Katty olhe para mim. Ele me pediu. Embora os seus traços me fossem familiar eu não conseguia lembrar de onde eu poderia o ter conhecido antes de lho conhecer aqui no teatro. - Já chega eu desisto! Eu disse. - Sou eu Katty, aquele garoto que teve a infeliz ideia de lhe ajudar a chegar até o enterro do seu Jake. - Não pode ser! Disse surpresa. - Eu não estou mentido, então, por favor, tente se lembra. Miller me pediu por fim.

Ao ouvir aquilo e ao tentar lembrar daquele terrível dia pude perceber que ele não estava mentindo. Agora parecia claro para mim. As minhas lembranças pareciam feixes em minha mente, mas eu ainda posso o vê-lo ali comigo. Lembro-me de mal lhe ter lhe olhando naquele dia seu rosto em minha mente era como uma pintura que foi borrada pela chuva, mas algo dentro de mim me dizia que sim, que o Miller era realmente aquele garoto... - Então conseguiu se lembrar? Perguntou Miller aflito. - Sim. Mais como você pode ficar tão perto de mim e não ter me dito nada? - Eu achei que fosse desnecessário. - Talvez você tenha razão. Eu disse lhe. - Então finalmente eu tenho razão. - Sim. Mas só desta vez, certo? - Tudo bem, fique tranquila eu não irei contar nada para ninguém do que aconteceu. - Obrigada. - Não por isso. - Bom, hoje foi a sua grande estréia, que tal nós sairmos para comemorar? - Ah...

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- O que foi? Se você não quiser sair tudo bem eu entendo... - E que eu tenho mais uma coisa para lhe dizer. Diz Miller. Neste momento eu congelei de surpresa e ao mesmo tempo de pavor por algo que ia acontecer. E eu sabia que alguma coisa ia acontecer. - Pode falar eu estou pronta. Menti para mim mesma. - Na mesma época em que nós ficamos sem nós falarmos... - O quê aconteceu? - Eu estava tão desesperado que acabei aceitando uma proposta para ir para a Broadway. - Que bom isso é ótimo, não é? - Sim, realmente é... - Você tem mais alguma coisa para me contar? - Sim, eu tenho. - É alguma coisa boa? - Talvez nem tanto. - Por favor, me diga não me torture mais com todas essas respostas incompletas! Eu disse quase me alterando e até um pouco suplicando. - Eu irei viajar para lá hoje as 11:00 PM. - Como assim? - Foi o acordo assim que eu terminasse esse musical eu iria pegar o avião e ir direto para lá e... - E? - E o contrato diz que eu não posso desistir... - Entendo. - Mais eu prometo lhe visitar sempre que eu puder. - Não faça promessas que não poderá cumprir. Eu lhe disse. - Se é assim que você quer.

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- Assim será melhor para nos dois. - Então ao menos eu posso lhe fazer um pedido. O meu último pedido? - Claro! Ao menos você está vivo e eu poderei atender a esse pedido seja ele lá o que for. - Eu quero que você vá comigo até ao aeroporto. - Mais para quê? - Eu quero que você seja a última pessoa que eu veja antes de ir embora. - Sim. Eu estarei lá. - Promete? - Eu já disse nada de promessas. - Então lhe vejo lá, vou ficar lhe esperando. - Certo, lhe vejo lá. - Ok. Miller sai. É parece que o inverno das minhas emoções parece frio e solitário novamente e eu uma pobre refém de minhas próprias emoções agora me vejo desolada e quebrada em pedaços. Katty senta-se no chão. Sinto ter que mais uma vez derramar as minhas lágrimas, mas não posso evitar eu já vivi de mais atormentada pelo fantasma do ontem será que eu sou a única pessoa na face da terra que não tem direito a um final feliz? Eu também tenho um coração, ou não tenho? Katty abaixa a sua cabeça por alguns instantes respira fundo e levanta novamente a sua cabeça e levanta-se do chão com um pulo. - Agora chega! Eu tenho que ir até lá. Katty sai da porta do teatro e pega um táxi. [Taxista] – Para onde mocinha? - Para o aeroporto. E rápido! [Taxista] – O seu pedido é uma ordem. Enquanto eu estava indo em direção ao aeroporto eu pude ver um filme em minha mente com tudo o tem acontecido comigo nestes últimos tempos. Primeiro eu conheço o

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amor da minha vida e depois o perco para sempre e agora eu tenho uma segunda chance de amar novamente e dessa vez eu não o deixarei partir. - Não dessa vez! Disse para mim mesma. [Taxista] – Chegamos. São... Katty abre a porta do carro e sai. - Toma [Katty lhe dar 200 dólares] e pode ficar com o troco! [Taxista] - Mais isso é muito senhorita. - Nada é o bastante para o verdadeiro amor! [Taxista] – Se é assim, boa sorte senhorita! - Obrigada eu vou precisar! Começa a chover. Eu finalmente entrei no aeroporto o meu coração quase estava saindo pela boca, mas eu estava feliz e lá fora a chuva começava a cair como uma sinal dos céus que agora tudo estava em meu favor, ou talvez devessem estar. Então foi quando cheguei ao saguão que o desespero começou a me tomar com tal violência que cheguei a pensar que estivesse tudo perdido. Foi então que o pude avistar distante o bastante para não conseguir me ouvir mesmo se eu tentasse gritar o mais alto possível. Senti que o jogo já estava terminado e que eu fui à perdedora mais uma vez. Nada mais me restava então ao invés de chorar como eu sempre tinha feito eu comecei a cantar a canção que eu havia escrito para o Jake e que eu iria apresentar naquele maldito musical. Katty fecha os olhos e começa a cantar... “Quando ilusões são o que restam”... Em dias normais... Quando o brilho das estrelas é o que tenho está noite. Se eu sei que aquele amor com o tempo acabou Esse não é o nosso destino... Não haverá um dia em minha vida que eu não pensarei em você Todo dia eu juro (Essa é a minha promessa).” Cantam. Katty abre os olhos.

- Ah, o quê como... Como você veio parar aqui? Estava tão distraída que não havia percebido que o Miller estava agora ao meu lado. - Simples, eu reconheceria essa voz em qualquer lugar do mundo! Diz Miller. - Mas eu achei que você já havia ido embora. Diz Katty.

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- Você deveria saber que eu não iria a lugar nenhum sem você. - Então você não vai viajar? - Sim eu vou. Mas com algo a mais na bagagem. - O quê? - Você! - Ah, então agora eu virei uma mala para você? Eu disse rindo. - Sim, e uma das mais pesadas. Disse Miller rindo comigo. E por falar nisso, cadê as suas malas? - É pelo que parece eu serei a única mala que você irá carregar. - Não tem problema ao menos eu não pago excesso de bagagem. - Você não tem jeito mesmo! Eu disse. - E você ainda gostaria de mim se eu fosse de outro jeito? - Quem sabe, mas quer saber eu gosto de você desse jeito. - É disso eu já sabia. E aí você está pronta para viver com um trapalhado e irritante ator da Broadway? - Isso é o que eu sempre sonhei. - Então me promete uma coisa? - O que você quiser. - Nunca mais me deixe. - E... Essa será a promessa mais fácil de cumprir! Eles se beijam. - Vamos? Miller pergunta. - Sim.

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Então eu e o Miller, ou melhor, agora eu posso dizer o meu Miller partimos em direção a uma nova vida, cheia de amor e carinho. E vocês querem saber o que eu pude aprender com isso tudo, bom, eu aprendi que o amor é imprevisível e ele pode estar aonde você menos espera e que não há formulas e nem regras para ele. Foi isso que eu pude aprender. Bem agora eu tenho que ir e até a próxima e não se esqueçam deixem o amor entrar em suas vidas! Bom, essa foi a minha história, essa é a minha vida e isso é sobre o amor.

Fim.