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Tipografia

A palavra “Tipografia” – do grego typos (tipo) e graphein (escrever) se origina do Tipo: um bloco de

metal no qual é gravado o caractere (letra, número ou sinal) em alto-relevo e no sentido inverso. Em

consequência disso, “Tipo” virou também sinônimo de modelo de letra.

No processo tipográfico, esses blocos são unidos um a um numa base (caixa) formando o texto. A

caixa é então fixada na impressora tipográfica, recebe a tinta e depois é prensada contra o papel,

resultando no texto impresso. Este sistema de imprimir a partir de um original é um dos mais antigos

e rudimentares, usado hoje apenas em situações especiais. S

Sua invenção é atribuída a Johannes Gutemberg, no século XIII, que pela primeira vez agrupou tipos

individuais compondo textos. Entretanto, há indícios de que cerca de três séculos antes, na China, já

se usavam tipos móveis feitos primeiramente de terracota e, mais tarde, de madeira e zinco. Essas

informações jamais chegaram à Europa antes da invenção de Gutemberg, que continua a sendo o pai

da Tipografia.

Parte da Bíblia impressa por Gutemberg e os tipos utilizados para a

impressão. Fonte: Revista Tupigrafia (2006).

Com o passar do tempo, foram surgindo importante Designers de tipos (família de letras) e muitos – criados há séculos – continuam atuais até hoje, como a família Didot, criado por gerações da família (François, Firmin e Ambroise Didot); Garamond, Austin, Bernhard, Calson, Griffo, Hammer, Baskerville e tantos outros que emprestaram seus nomes às Famíilas de tipos criadas. O tipo inclinado é batizado também de “Griffo” em homenagem ao italiano Francesco Griffo, que o desenhou a primeira vez à época do Renascimento. Até o final do século XIX, os tipos eram esculpidos através de um punção: um bastonete de aço que grava o caractere em baixo relevo, servindo de molde para a fundição de tipos. Posteriormente surgiram os sistemas Fototipo, Linotipo, Fotocomposição e, mais recentemente a Editoração Eletrônica. Conhecendo as origens dos principais modelos de letras existentes, suas características e finalidades para as quais o estilo foi criado o designer consegue desenvolver conteúdo que vai chamar a atenção e causar impacto visual, pois um estilo de letra pode transmitir força, sofisticação, leveza, entre outros. Por isso o designer precisa definir alguns itens importantes como o tipo de mensagem, o público alvo, material a ser impresso, etc. Por exemplo, um tipo de letra fina e sofisticada não ficaria bem num impresso para uma indústria de equipamentos pesados, assim como uma letra grosso não ficaria bem num anúncio de perfume feminino.

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Fonte O termo usado para definir o jogo completo de caracteres (letras, algarismos e sinais) necessários para compor qualquer texto com determinado modelo de letra. Uma fonte é classificada de acordo com sua aplicação no conjunto do texto:

Caixa Alta (CA) - quando a letra, palavra ou frase é escrita em maiúsculas;

Caixa Baixa (CB) - quando a letra, palavra ou frase é escrita em minúsculas;

Caixa Alta e Baixa (CA.b) – maiúsculas e minúsculas juntas;

Versalete – são letras maiúsculas com a mesma altura das minúsculas;

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Capitular – são aquelas letras em tamanho grande que geralmente abrem artigos ou capítulos.

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Estilos

Muitas vezes, ocorre de uma mesma fonte comportar variações de seu desenho.

Essas variações podem ser de:

Peso – Diz respeito a espessura do traço, que pode variar do mais fino para o mais espesso. Na

nomenclatura em inglês, são eles: extra light (extra fino), light, semi-light, médium (normal), semi-

bold, bold, extra-bold e ultra-bold.

Proporção – Trata-se da variação na largura da letra em relação ao seu desenho normal. A variação

mais comum vai do estreito ao mais largo.

Ângulo – Refere-se as versões inclinadas das letras, normalmente para a direita. São denominadas

itálicas, em oposição as romanas (ou redondas), que são as letras sem inclinação.

Textura – Definida pelo preenchimento da letra ou de algum efeito a ela aplicado. Há letras apenas

contornadas, com efeito sombreado, em negativo, etc.

Exemplo da fonte Univers e suas variações:

Univers normal Univers 93 Extra Black

Extended Univers Italic

Classificação das Famílias de Fontes De maneira geral, podemos dividí-las em três grupos principais:

1. Com Serifas; 2. Sem Serifas; 3. Fontes Especiais.

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1. Com Serifas A serifa é um traço inserido no final da haste da letra. Todas as fontes com serifa são originárias da escrita romana que, além de serifas, possuem também hastes irregulares (traço)que lhes proporcionam elegância e refinamento. Exemplos: Garamond, Caslon, Bodoni.

2. Sem Serifas Os tipos mais representativos entre os sem serifa são: New Gothic, Franklin Gothic, Futura, Helvetica, Univers, Lucida Sans.

3. Fontes Especiais São aquelas que não se enquadram nos tipos considerados “clássicos”, com ou sem serifa. São fontes com características ornamentais, caligráficas, góticas, inspiradas na datilografia ou em efeitos especiais. Esses grupos são muitos variados e raramente são usadas em textos longos, mas apenas como iniciais de logotipos, títulos, rótulos, diplomas, por exemplo. Exemplos: Comic Sans, Futura Black, Monotype Corsiva, Mistral.

Como combinar tipografias (Pareamento de Fontes) Se for combinar tipografias diferentes, saiba que não são todas que combinam. É importante que a relação de contraste se dê com, pelo menos, quatro desses elementos: peso, largura, estilo ou tamanho. Ou seja, se eu vou combinar uma letra com serifa, caixa baixa ou pequena, tenho que misturá-la com uma letra sem serifa, caixa alta e grande. Como três elementos foram trocados, gera-se um contraste significativo entre eles. A maioria dos designers usa fontes sem serifa no layout de sites – como Arial, Narrow e Myriad Pro Regular – porque elas são mais fáceis de ler nos monitores. Já no impresso as fontes serifadas – como Times New Roman e Baskerville – são as mais adequadas, pois apesar deixar a leitura tão clean, elas marcam um linha imaginária que ajuda o olho a acompanhar a leitura.

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Sites relacionados a fontes Google Fonts - https://fonts.google.com/ Grid lover - https://www.gridlover.net/ Combinação de Fontes – http://fontflame.com Design para facilitar a leitura - https://www.toptal.com/designers/typography/web-typography-infographic

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Fontes bibliográficas: Revista Computers Arts Brasil, ed. No. 68, Editora Europa. Revista Localweb. Ed. 90. Editora Europa. Chinen, Nobu. O que é Design Gráfico, conceitos básicos. Editora Duetto. 2014 Galesso, Laerte. Design Gráfico 1. Academia Brasileira de Arte. São Paulo, SP. 2006.