Tipos de aterramentos

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4.2.2.2 Esquema de aterramento Nesta Norma so considerados os esquemas de aterramento descritos em 4.2.2.2.1 a 4.2.2.3, cabendo as seguintes observaes sobre as ilustraes e smbolos utilizados: a) as figuras 1 a 5, que ilustram os esquemas de aterramento, devem ser interpretadas de forma genrica. Elas utilizam como exemplo sistemas trifsicos. As massas indicadas no simbolizam um nico, mas sim qualquer nmero de equipamentos eltricos. Alm disso, as figuras no devem ser vistas com conotao espacial restrita. Deve-se notar, neste particular, que como uma mesma instalao pode eventualmente abranger mais de uma edificao, as massas devem necessariamente compartilhar o mesmo eletrodo de aterramento, se pertencentes a uma mesma edificao, mas podem, em princpio, estar ligadas a eletrodos de aterramento distintos, se situadas em diferentes edificaes, com cada grupo de massas associado ao eletrodo de aterramento da edificao respectiva. Nas figuras so utilizados os seguintes smbolos:

b) na classificao dos esquemas de aterramento utilizada a seguinte simbologia: primeira letra -- Situao da alimentao em relao terra: = um ponto diretamente aterrado; T I = isolao de todas as partes vivas em relao terra ou aterramento de um ponto atravs de impedncia; segunda letra -- Situao das massas da instalao eltrica em relao terra: T = massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de um ponto da alimentao; N = massas ligadas ao ponto da alimentao aterrado (em corrente alternada, o ponto aterrado normalmente o ponto neutro); outras letras (eventuais) -- Disposio do condutor neutro e do condutor de proteo: S = funes de neutro e de proteo asseguradas por condutores distintos; C = funes de neutro e de proteo combinadas em um nico condutor (condutor PEN). 4.2.2.2.1 Esquema TN O esquema TN possui um ponto da alimentao diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a esse ponto atravs de condutores de proteo. So consideradas trs variantes de esquema TN, de acordo com a disposio do condutor neutro e do condutor de proteo, a saber: a) esquema TN-S, no qual o condutor neutro e o condutor de proteo so distintos (figura 1); b) esquema TN-C-S, em parte do qual as funes de neutro e de proteo so combinadas em um nico condutor (figura 2);

c) esquema TN-C, no qual as funes de neutro e de proteo so combinadas em um nico condutor, na totalidade do esquema (figura 3).

Figura 1 Esquema TN-S

NOTA As funes de neutro e de condutor de proteo so combinadas num nico condutor em parte do esquema. Figura 2 Esquema TN-C-S

NOTA As funes de neutro e de condutor de proteo so combinadas num nico condutor, na totalidade do esquema. Figura 3 Esquema TN-C

4.2.2.2.2 Esquema TT O esquema TT possui um ponto da alimentao diretamente aterrado, estando as massas da instalao ligadas a eletrodo(s) de aterramento eletricamente distinto(s) do eletrodo de aterramento da alimentao (figura 4).

Figura 4 Esquema TT 4.2.2.2.3 Esquema IT No esquema IT todas as partes vivas so isoladas da terra ou um ponto da alimentao aterrado atravs de impedncia (figura 5). As massas da instalao so aterradas, verificando-se as seguintes possibilidades: massas aterradas no mesmo eletrodo de aterramento da alimentao, se existente; e massas aterradas em eletrodo(s) de aterramento prprio(s), seja porque no h eletrodo de aterramento da alimentao, seja porque o eletrodo de aterramento das massas independente do eletrodo de aterramento da alimentao.

1) O neutro pode ser ou no distribudo; A = sem aterramento da alimentao;

B = alimentao aterrada atravs de impedncia; B.1 = massas aterradas em eletrodos separados e independentes do eletrodo de aterramento da alimentao; B.2 = massas coletivamente aterradas em eletrodo independente do eletrodo de aterramento da alimentao; B.3 = massas coletivamente aterradas no mesmo eletrodo da alimentao. Figura 5 Esquema IT TN-C - o uso de um mesmo e nico condutor para as funes de condutor de proteo e de condutor neutro (condutor PEN) est sujeito ao disposto em 5.4.3.6, s prescries de 6.4.6.2 e, alm disso, s admitido em instalaes fixas; e) no esquema TN, no seccionamento automtico visando proteo contra choques eltricos, podem ser usados os seguintes dispositivos de proteo: dispositivos de proteo a sobrecorrente; dispositivos de proteo a corrente diferencial-residual (dispositivos DR), observado o que estabelece a alnea f); f) no se admite, na variante TN-C do esquema TN, que a funo de seccionamento automtico visando proteo contra choques eltricos seja atribuda aos dispositivos DR. NOTAS: 1 Para tornar possvel o uso do dispositivo DR, o esquema TN-C deve ser convertido, imediatamente a montante do ponto de instalao do dispositivo, em esquema TN-C-S. Isto : o condutor PEN deve ser desmembrado em dois condutores distintos para as funes de neutro e de PE, sendo esta separao feita do lado fonte do dispositivo DR, passando ento o condutor neutro internamente e o condutor PE externamente ao dispositivo. 2 Admite-se tambm que, na separao entre neutro e PE a que alude a nota 1, o condutor responsvel pela funo PE no seja ligado ao PEN, do lado fonte do dispositivo DR, mas a um eletrodo de aterramento qualquer cuja resistncia seja compatvel com a corrente de atuao do dispositivo. Neste caso, porm, o circuito assim protegido deve ser ento considerado como conforme o esquema TT, aplicando-se as prescries de 5.1.2.2.4.3. a) no esquema TT, no seccionamento automtico visando proteo contra choques eltricos, devem ser usados dispositivos a corrente diferencial-residual (dispositivos DR); A impedncia Z, de aterramento da alimentao, indicada nas Figuras 28C e 29C, deve ser numericamente da ordem de 5 a 6 vezes o valor da tenso de fase (Uo) da instalao, como por exemplo, de 1000 ara 230/400V. p b) Em um esquema IT, no caso da ocorrncia de uma nica falta fase-massa, a corrente de falta, Id, deve ser limitada de tal modo que no possa surgir nenhuma tenso de contato perigosa, isto , superior tenso de contato limite, UL, na instalao. Essa condio permite evitar qualquer seccionamento automtico, dando continuidade ao funcionamento da instalao. No entanto, importante que a (primeira) falta seja localizada e eliminada o mais rpido possvel. Caso contrrio, ocorrendo uma segunda falta que envolva uma outra fase, ocorrer o seccionamento automtico, como se a instalao fosse TN ou TT, perdendo-se a grande vantagem do esquema IT. d) deve ser previsto um dispositivo supervisor de isolamento (DSI), para indicar a ocorrncia de uma primeira falta massa ou terra. Esse dispositivo deve acionar um sinal sonoro e/ou visual, que dev

perdurar enquanto a falta persistir. Caso existam as duas sinalizaes, sonora e visual, admite-se que o sinal sonoro possa ser cancelado, mas no o visual, que deve perdurar at que a falta seja eliminada; NOTA A primeira falta deve ser localizada e eliminada o mais rpido possvel. Por essa razo, recomenda-se o us de sistemas supervisrios de localizao de faltas. e) o seccionamento automtico da alimentao visando proteo contra choques eltricos na ocorrncia de uma segunda falta deve ser equacionado seguindo-se as regras definidas para o esquema TN ou TT, dependendo de como as massas esto aterradas: quando a proteo envolver massas ou grupos de massas vinculadas a eletrodos de aterramento distintos, as condies aplicveis so aquelas prescritas para o esquema TT; quando a proteo envolver massas ou grupos de massas que estejam todas interligadas por condutor de proteo (vinculadas todas ao mesmo eletrodo de aterramento), as consideraes aplicveis so aquelas do esquema TN, devendo ser atendida a seguinte condio, quando o neutro no for distribudo: f) no esquema IT, no seccionamento automtico visando proteo contra choques eltricos na ocorrncia de uma segunda falta, podem ser usados os seguintes dispositivos de proteo: dispositivos de proteo a sobrecorrente; dispositivos de proteo a corrente diferencial-residual (dispositivos DR). Esquemas de aterramento para Alta Tenso. Nesta Norma so considerados os esquemas de aterramento descritos a seguir, com as seguintes observaes: a) as figuras 1 a 6 mostram exemplos de sistemas trifsicos comumente utilizados; b) para classificao dos esquemas de aterramento utilizada a seguinte simbologia: primeira letra - situao da alimentao em relao terra: T = um ponto de alimentao (geralmente o neutro) diretamente aterrado; I = isolao de todas as partes vivas em relao terra ou aterramento de um ponto atravs de uma impedncia; segunda letra - situao das massas da instalao eltrica em relao terra: T = massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de ponto de alimentao; N = massas ligadas diretamente ao ponto de alimentao aterrado (em corrente alternada, o ponto aterrado normalmente o neutro); terceira letra - situao de ligaes eventuais com as massas da subestao: R = as massas da subestao esto ligadas simultaneamente ao aterramento do neutro da instalao e s massas da instalao; N = as massas da subestao esto ligadas diretamente ao aterramento do neutro da instalao, mas no esto ligadas s massas da instalao; S = as massas da subestao esto ligadas a um aterramento eletricamente separado daquele do neutro e daquele das massas da instalao.

4.2.3.1 Esquema TNR O esquema TNR possui um ponto da alimentao diretamente aterrado, sendo as massas da instalao e da subestao ligadas a esse ponto atravs de condutores de proteo (PE) ou condutor de proteo com funo combinada de neutro (PEN). Nesse esquema, toda corrente de falta direta fase-massa uma corrente de curto-circuito (figura 1).

onde: RPnA a resistncia do eletrodo de aterramento comum massa da subestao, do neutro e das massas da instalao. Figura 1 Esquema TNR 4.2.3.2 Esquemas TTN e TTS Os esquemas TTx possuem um ponto da alimentao diretamente aterrado, estando as massas da instalao ligadas a eletrodos de aterramento eletricamente distintos do eletrodo de aterramento da subestao. Nesse esquema, as correntes de falta direta fase-massa devem ser inferiores a uma corrente de curtocircuito, sendo, porm suficientes para provocar o surgimento de tenses de contato perigosas. So considerados dois tipos de esquemas, TTN e TTS, de acordo com a disposio do condutor neutro e do condutor de proteo das massas da subestao, a saber: a) esquema TTN, no qual o condutor neutro e o condutor de proteo das massas da subestao so ligados a um nico eletrodo de aterramento (figura 2);

onde: Rpn a resistncia do eletrodo de aterramento comum massa da subestao e do neutro; RA a resistncia do eletrodo de aterramento das massas da instalao. Figura 2 Esquema TTN

b) esquema TTS, no qual o condutor neutro e o condutor de proteo das massas da subestao so ligados a eletrodos de aterramento distintos (figura 3).

onde: Rp a resistncia do eletrodo de aterramento da subestao; Rn a resistncia do eletrodo de aterramento do neutro; RA a resistncia do eletrodo de aterramento das massas da instalao. Figura 3 Esquema TTS 4.2.3.3 Esquemas ITR, ITN e ITS. Os esquemas Itx no possuem qualquer ponto da alimentao diretamente aterrado ou possuem um ponto da alimentao aterrado atravs de uma impedncia, estando as massas da instalao ligadas a seus prprios eletrodos de aterramento. Nesse esquema, a corrente resultante de uma nica falta fase-massa no deve ter intensidade suficiente para provocar o surgimento de tenses de contato perigosas. So considerados trs tipos de esquemas, ITR, ITN e ITS, de acordo com a disposio do condutor neutro e dos condutores de proteo das massas da instalao e da subestao, a saber: a) esquema ITR, no qual o condutor neutro, os condutores de proteo das massas da subestao e da instalao so ligados a um nico eletrodo de aterramento (figura 6).

onde: Rpn a resistncia do eletrodo de aterramento comum massa da subestao, do neutro e das massas da instalao. Figura 6 Esquema ITR

b) esquema ITN, no qual o condutor neutro e o condutor de proteo das massas da subestao so ligados a um nico eletrodo de aterramento e as massas da instalao ligadas a um eletrodo distinto (figura 4);

onde: Rpn a resistncia do eletrodo de aterramento comum massa da subestao e do neutro; RA a resistncia do eletrodo de aterramento das massas da instalao.

Figura 4 Esquema ITN c) esquema ITS, no qual o condutor neutro, os condutores de proteo das massas da subestao e da instalao so ligados a eletrodos de aterramento distintos (figura 5);

onde: Rp a resistncia do eletrodo de aterramento da subestao; Rn a resistncia do eletrodo de aterramento do neutro; RA a resistncia do eletrodo de aterramento das massas da instalao.

Figura 5 Esquema ITS 4.2.3.4 Aterramento do condutor neutro Quando a instalao for alimentada por concessionrio, o condutor neutro, se existir e o concessionrio permitir, deve ser aterrado na origem da instalao. NOTA Do ponto de vista da instalao, o aterramento do neutro na origem proporciona uma melhoria na equalizao de potenciais essencial segurana. As tenses nominais da instalao so as seguintes: 3 kV, 4,16 kV, 6 kV, 13,8 kV, 23,1 kV e 34,5 kV. Cores de fios: Neutro Azul Claro. PE PEN Fase Verde-amarelo ou s verde. Azul claro com anilhas verde-amarelo nos pontos visveis. Qualquer outra cor fora as cores acima ou amarelo quando puder se confundir com o PE.

Tabela 1 - Separao tima dos cabos telefnicos em relao redes de energia 480 V Distncia de separao Condio < 2 kVA Rede de energia sem eletroduto metlico, instalada em prumada sem elemento metlico Rede de energia sem eletroduto metlico, instalada prxima a elemento metlico aterrado Rede de energia instalada em eletroduto metlico aterrado. 13 cm 6 cm 3 cm 2 a 5 kVA 30 cm 15 cm 8 cm > 5 kVA 60 cm 30 cm 15 cm