38

TITULAR DO ÓRGÃO: EQUIPE INSPECIONANTE - tcm.rj.gov.br · ÉPOCA DA INSPEÇÃO: 01 de outubro a ... Coordenador da Coordenadoria de ... Visando a identificação dos problemas existentes

Embed Size (px)

Citation preview

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

3

TITULAR DO ÓRGÃO:

ALEXANDRE PINTO DA SILVA

ÉPOCA DA INSPEÇÃO:

01 de outubro a 30 de novembro de 2009

V

EQUIPE INSPECIONANTE:

• Gláucia Araújo da Rocha Técnico de Controle Externo

Matrícula nº 40/901.245

• Maria Claudia Lameira Garcia Engenheira - Assessora

Matrícula nº 40/900.388

• Paulo Roberto Vieira Técnico de Controle Externo

Matrícula nº 40/901.239

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

4

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO

1.1 IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO DA AUDITORIA 1.2 OBJETIVO E ESCOPO DA AUDITORIA 1.3 METODOLOGIA

2. VISÃO GERAL DO PROGRAMA

2.1 PRINCIPAIS ATORES ENVOLVIDOS 2.2 CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO

3. ANÁLISE DO PROGRAMA APÓS A AUDITORIA

3.1 FUNCIONAMENTO 3.1.1 DESDE A AUDITORIA ATÉ O MONITORAMENTO 3.1.2 PROPOSIÇÃO FUTURA 3.2 DESCONTINUIDADE DO PROGRAMA 3.3 ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS (PLANO PLURIANUAL – PPA, LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO e LEI DO ORÇAMENTO ANUAL – LOA) 3.4 ALOCAÇÃO DE RECURSOS 3.4.1 ORÇAMENTO DO PROGRAMA CONSERVANDO ESCOLAS 3.4.2 ORÇAMENTO DO SISTEMA DESCENTRALIZADO DE PAGAMENTOS – SDP PARA OBRAS 3.4.3 VERIFICAÇÃO “IN LOCO” DA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DO CONSERVANDO ESCOLAS X SDP 3.4.3.1 SERVIÇOS E OBRAS - RECURSOS DO SDP 3.4.3.2 SERVIÇOS E OBRAS - RECURSOS DO PROGRAMA CONSERVANDO ESCOLAS 3.4.3.3 SERVIÇOS E OBRAS AGUARDANDO INTERVENÇÃO DO PROGRAMA CONSERVANDO ESCOLAS 3.5 INFLUÊNCIAS INTERNAS E EXTERNAS 3.6 INDICADORES DE DESEMPENHO 3.7 COMENTÁRIOS SOBRE OS ACHADOS DE AUDITORIA E AS BOAS PRÁTICAS

4. RECOMENDAÇÕES

5. CONCLUSÃO

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

5

1. INTRODUÇÃO

Esta auditoria visa o Monitoramento do Programa Conservando Escolas que foi

auditado em setembro de 2004 (processo nº 40/1373/2005), tendo sido o relatório conhecido

em sessão de 02/10/2006, nos termos do voto do Sr. Conselheiro Antonio Carlos Flores de

Moraes.

A presente auditoria encontra-se prevista na programação de Inspeções e Auditorias

para o atual exercício, aprovada em Sessão Plenária de 09/02/2009, processo n.º

40/000.318/2009.

1.1 IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO DA AUDITORIA

O objeto desta auditoria é o Monitoramento do Programa Conservando Escolas.

O Programa Conservando Escolas foi selecionado anteriormente como conseqüência

da relevância dos programas de execução de obras da RIO-URBE. A auditoria buscou

avaliar o programa quanto ao seu objetivo de garantir a integridade do prédio escolar,

através da continuidade de pequenas intervenções de manutenção preventiva e corretiva.

O Programa Conservando Escolas foi instituído pelo Convênio nº 07, de 18 de junho

de 1998, entre a Secretaria Municipal de Educação – SME e a RIO-URBE, tendo por

objetivo a cooperação entre as duas entidades para realização de licitação, contratação,

execução por administração indireta, acompanhamento e fiscalização das obras de

manutenção e conservação dos prédios escolares da Rede Pública Municipal do Rio de

Janeiro.

Este não é um programa específico do Plano Plurianual – PPA quadriênios

2002/2005 e 2006/2009, estando, portanto, incluído no Programa Modernização da Infra-

estrutura Educacional - ação de Manutenção e Revitalização das Unidades da Rede de

Ensino das Coordenadorias Regionais de Educação.

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

6

1.2 OBJETIVO E ESCOPO DA AUDITORIA

O objetivo da auditoria para o monitoramento do programa foi o acompanhamento

das soluções encontradas para o atendimento, apenas parcial, da demanda de cada CRE, a

descontinuidade do programa, o elevado número de rescisões contratuais e o critério de

alocação de recursos para execução do programa nas CREs.

Inclui-se, também, a verificação da implementação das boas práticas e

recomendações aludidas na 1ª fase e se essas contribuíram para melhorar a execução e a

operacionalização do funcionamento do programa.

Coube também ao monitoramento a atualização das duas questões investigadas na

1ª fase do trabalho:

1. A execução do programa tem promovido a conservação das instalações físicas das

unidades escolares?

2. Como é otimizada a aplicação dos recursos do programa?

1.3 METODOLOGIA

A metodologia utilizada no monitoramento baseou-se em consulta à documentação e

análise de dados referentes à evolução do programa; entrevista com o gestor e aqueles

envolvidos diretamente com a sua execução.

2. VISÃO GERAL DO PROGRAMA

2.1 PRINCIPAIS ATORES ENVOLVIDOS

Houve alterações entre os atores (Stakeholders) interessados e/ou envolvidos com a

atuação do programa, desde a auditoria até a fase de monitoramento, com a incorporação

de 5 (cinco) técnicos, 1 (um) controlador administrativo financeiro e 3 (três) consultores

especializados, a saber:

1. Equipe técnica da COP-1/RIO-URBE: composta por 1 (um) coordenador, 2 (dois)

gerentes master de operação e manutenção (GOM1 e GOM2), 2 (dois) assistentes

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

7

técnicos administrativos, 4 (quatro) gerentes servidores públicos, 3 (três) gerentes de

projeto, 1 (um) controlador administrativo financeiro. Atuam, na elaboração dos

orçamentos estimativos do processo de licitação, na supervisão da execução dos

serviços, na atestação das faturas e recebimento dos serviços;

2. Coordenador da Coordenadoria de Infra-Estrutura – C.I.N. da Secretaria Municipal de

Educação – S.M.E1.: responsável pela direção de todas as atividades que envolvam

a ampliação, reformulação ou preservação da rede física escolar da Prefeitura;

3. Coordenadores Regionais de Educação - CREs: são os ordenadores de despesas

dos contratos, sendo responsáveis pela disponibilização orçamentária para o

Programa Conservando Escolas;

4. Gerentes de Infra-Estrutura - GINs: recebem e concentram as solicitações de

serviços de reparos da rede física de cada CRE., planejam os serviços junto à

fiscalização da RIO-URBE, aprovam os orçamentos e atestam a execução das

intervenções;

5. Diretores das Unidades Escolares: identificam as necessidades, solicitam os serviços

às GINs. e atestam a execução dos mesmos. Também contratam, sob sua

responsabilidade, serviços de engenharia, entre outros, utilizando o Sistema

Descentralizado de Pagamento - S.D.P;

6. Engenheiros/Arquitetos Residentes: 10 profissionais selecionados através dos

contratos de gerenciamento técnico, incluindo atualmente mais 3 (três) consultores

especializados, fornecem suporte técnico diretamente às unidades escolares e às

GINs, elucidando dúvidas, identificando as ocorrências, sugerindo soluções técnicas

e atuando junto às empresas de engenharia contratadas;

7. Empresas de Engenharia: contratadas pela RIO-URBE através de licitação,

executam diretamente os serviços de manutenção preventiva e corretiva,

programados ou emergenciais.

1 Codificação Institucional alterada pelo Decreto nº 30.482 de 26/02/2009

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

8

2.2 CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO

Após a auditoria, foram celebrados 29 contratos de manutenção, abrangendo três

períodos subseqüentes para as dez CREs: 2004/2005, 2006/2007 e 2008/2009, sendo que

a 8ª CRE não formalizou contrato no último período.

Inclui-se, no período de 2009/2010, a prorrogação por 360 dias de oito contratos de

manutenção, fundamentados no artigo 57, inciso II da Lei Federal nº 8.666/93.

3. ANÁLISE DO PROGRAMA APÓS A AUDITORIA

3.1 FUNCIONAMENTO

3.1.1 DESDE A AUDITORIA ATÉ O MONITORAMENTO

O funcionamento do programa é viabilizado através da celebração de 10 (dez)

contratos com as 10 (dez) CREs, de manutenção preventiva, corretiva emergencial e

programada. Celebrado concomitantemente a estes contratos, a partir de 2001, foi

introduzido o contrato de gerenciamento técnico, para prestação de suporte técnico

diretamente às CREs.

Os serviços executados são: manutenção e conservação de telhados, instalação

elétrica, hidráulica, esgoto, esquadrias e pintura, limpeza, higienização e desobstruções das

redes, muros e calçadas, impermeabilização e recuperação estrutural.

Ao longo do tempo, o Programa passou a atuar em intervenções de obras, em

detrimento das de manutenção e preventivas.

A partir de setembro de 2009, a atual Coordenadoria do Conservando Escolas

implementou uma reorganização estrutural organizacional, dentro de uma perspectiva de

descentralização do programa, com a finalidade de tornar as gerências mais ágeis e

efetivas.

Buscou-se, assim, dar uma maior efetividade e presteza no atendimento às Unidades

Escolares (UEs).

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

9

De acordo com a referida reorganização, já em funcionamento, foram criadas 4

(quatro) Gerências Efetivas e 2 (duas) Gerências Máster de Operação e Manutenção, GOM

1 e GOM 2 que supervisionam as Gerências Efetivas (GEs) assim distribuídas:

Gerências Efetivas

APs Local/Sede Equipe Supervisão

GE 1

1

Barra

01 Gerente 01 Bombeiro 01 Eletricista 02 Ajudantes 01 Técnico edif.

GOM 1

GE 2

2 e 3

Centro

01 Gerente 01 Bombeiro 01 Eletricista 02 Ajudantes 01 Técnico edif.

GOM 2

GE 3

4

Bonsucesso

01 Gerente 02 Bombeiros 02 Eletricistas 04 Ajudantes 02 Técnico edif.

GOM 2

GE 4

5

Bangu

01 Gerente 01 Bombeiro 01 Eletricista 02 Ajudantes 01 Técnico edif.

GOM 1

Tabela 1 –Distribuição das Gerências Efetivas pelas Áreas de Planejamento (APs).

Cada GE possui um engenheiro integrante dos quadros da RIO-URBE (Gerente)

e o restante da equipe pertence à contratada.

Os escritórios destinados às sedes das GEs terão instalação do tipo Contêiner.

3.1.2 PROPOSIÇÃO FUTURA

Com a finalidade de implementar melhorias no programa, a atual Coordenadoria

pretende implantar um “software Sigma” de manutenção de rede industrial, ora em fase de

estudos, de forma a aprimorar os controles dos serviços de engenharia e obras realizados.

Pretende, também, fazer um cadastramento dos equipamentos instalados nas UEs e das

ordens de serviços processadas visando, principalmente, implantar um sistema eficiente que

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

10

permita reproduzir resultados sobre a alocação de mão-de-obra, sobre a morosidade na

execução de serviços, entre outros.

O fluxograma do Conservando Escolas deverá ser ampliado, incluindo duas etapas

no processo; o planejamento dos serviços demandados pelas GINs/CREs passará a ser

submetido também ao Núcleo Central da SME, para a tomada de decisão sobre a

realização dos serviços, previamente à elaboração dos orçamentos, que será de

responsabilidade do Fiscal de Campo, da Gerência Efetiva – GE e do Engenheiro da

contratada; os referidos orçamentos serão apreciados pela COP-1 e posteriormente

encaminhados para a programação dos serviços pelas GINs GOM e GEs (Anexo 1).

Visando a identificação dos problemas existentes na infra-estrutura da rede escolar

municipal, está prevista a elaboração de Edital de Licitação para contratação de empresa

especializada em cadastramento técnico geral (instalação e equipamentos).

Pretende-se elaborar um Manual de Operação, com o intuito de fornecer orientação

aos Diretores das UEs, sobre a utilização adequada dos recursos do SDP, em serviços de

engenharia e obras.

3.2 DESCONTINUIDADE DO PROGRAMA

Para viabilizar a execução do Programa, é necessária a celebração dos contratos de

manutenção e de gerenciamento técnico, sendo a continuidade das intervenções e da

supervisão uma das principais ações que garantem o bom desempenho do programa.

A conservação das escolas é uma atividade de caráter permanente e preventiva, uma

vez que o desgaste das instalações é contínuo. A interrupção deste procedimento gera

demanda acumulada por serviços e onera os custos das intervenções do mesmo.

A exemplo do que foi estudado na 1ª fase (1998-2004), voltou-se a constatar,

durante a análise processual (em média 3 contratos para cada CRE), a ocorrência de

defasagem temporal nas etapas do procedimento de licitação e contratação, desde a

solicitação de abertura de licitação pela SME até a assinatura dos contratos pela RIO-

URBE.

As tabelas, a seguir, destacam as 5 (cinco) fases mais críticas nos dois períodos

estudados, a saber:

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

11

a. intervalo entre as datas de previsão de término do contrato anterior e

solicitação de abertura de licitação pela SME;

b. solicitação de abertura de licitação pela SME e autuação do processo;

c. autuação do processo e abertura do envelope “A”;

d. abertura do envelope “A” e início do contrato;

e. término do contrato anterior + prorrogações e início do novo contrato (período

sem contrato).

Contrato/etapa a b c d e

1998/1999 +36,7 +38 +55,9 +66,8 +87,3

1999/2000 +167,7 +104 +57,9 +75,2 +56,5

2000/2001 -38,9* -11* +100 +60,7 +93,2

2001/2002 -75* +22,1 +35,7 +47,2 +116,2

2002/2004 -68,3* +53,5 +151,3 +37,8 +254,8

Tabela 2 - Evolução do intervalo médio (nº dias) das etapas do processo de contratação no período 1998-2004.

* intervalo de tempo negativo (solicitação de abertura de licitação pela SME posterior a previsão de término do contrato anterior).

Contrato/etapa a b c d e

2004/2005 -59* +52 +103 +81 +168

2006/2007 +99 +64 +79 +118 +81

2008/2009 +118 +27 +113 +78 -x-

Tabela 3 – Evolução do intervalo médio (nº dias) das etapas do processo de contratação no período 2004-2009.

Ao se comparar as duas tabelas, verifica-se que ocorreram modificações nas

diversas fases do processo de contratação, porém permanece a descontinuidade do

Programa.

Na composição das médias da Tabela 3 não foram computadas situações atípicas

como na 1ª CRE que teve, em dois contratos, os itens d e e com 356 e 442 dias,

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

12

respectivamente e na 8ª CRE que está sem cobertura contratual desde 05/12/08 quando foi

rescindido o contrato 30/06 com a Construtora Mello Júnior.

Cabe ressaltar ainda, em relação à 8ª CRE, que a Concorrência nº 13/08 que daria

seqüência ao contrato nº 30/06, foi deserta e a licitação seguinte CO nº 50/08, foi,

inadequadamente, revogada, por erro processual, uma vez que os motivos apresentados

referiam-se à CO nº 13/08.

Vale salientar que a perspectiva de interrupção do procedimento, em face de demora

na lavratura de novo contrato, leva à necessidade de prorrogações de prazo, como

alternativa de minimizar o acúmulo de demanda por serviços.

Durante os períodos sem cobertura de contrato de manutenção, as intervenções

urgentes que se fazem necessárias, são atendidas pelo Sistema Descentralizado de

Pagamento – SDP

Em relação aos contratos de Gerenciamento Técnico, foram celebrados 2 (dois)

termos no período 2004-2008, sendo que àquele relativo ao período 2009/2010 encontra-se

em fase de homologação da licitação para posterior lavratura de contrato.

Também nas contratações de gerenciamento, verificou-se a ocorrência de

defasagem temporal nas diversas etapas do procedimento de licitação e contratação,

conforme apresentado na Tabela 4.

Contrato/etapa a b c d e

2004/2005 +15 +134 +66 +341

2006/2008 -118 +33 +118 +72 +292*

Tabela 4 - Evolução do intervalo médio (nº dias) das etapas do processo de contratação de gerenciamento técnico.

* intervalo de tempo entre o término do contrato e a homologação da nova licitação.

Entende-se, ao se ponderar os intervalos médios de todos os processos de

contratação pela freqüência em que eles ocorrem, que a antecedência mínima para o início

do procedimento licitatório deveria ser de seis meses.

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

13

3.3 ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS (PLANO PLURIANUAL – PPA, LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO e LEI DO ORÇAMENTO ANUAL – LOA)

O Programa Conservando Escolas diz respeito à manutenção e conservação das

unidades escolares, sendo identificadas como uma das ações, de número 0057, que

compõem o Programa de Modernização da Infra-estrutura Educacional.

O Monitoramento do Programa abrangeu o Plano Plurianual referente ao quadriênio

2006-20092, a Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO – exercício 20093 e a Lei de Orçamento

Anual – LOA – exercício 20094.

Plano Plurianual (quadriênio 2006-2009)

Lei nº 4.271 de 16/01/2006 e Decreto nº 26.368 de 12/04/2006 Programa: 0057 Modernização da Infra-estrutura Educacional Ação: 2081 – Manutenção e revitalização das unidades da rede

de ensino Tipo: A – Atividade Órgão Executor: Secretaria Municipal de Educação Objetivo Específico: Manter, conservar e expandir a rede publica municipal de

ensino Produto: 0410 – Unidades da rede atendidas Unidade de Medida: Unidade

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO exercício de 2009) Lei nº 4.983 de 14/01/2009 Programa: 0057 Modernização da Infra-estrutura Educacional Ação: 2081 – Manutenção e revitalização das unidades

da rede de ensino Objetivo Específico: Manter, conservar e expandir a rede publica

municipal de ensino Produto: 0410 – Unidades da rede atendidas Unidade de Medida: Unidade

Esta ação destina-se à manutenção e revitalização das unidades da rede de ensino e

o correspondente orçamento está distribuído entre as 10 (dez) CREs que possuem

autonomia financeira.

2 Aprovado pela Lei nº 4.271 de 16/01/2006 e Decreto nº 26.368 de 12/04/2006. 3 Aprovada pela Lei nº 4.983 de 14/01/2009.

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

14

As Coordenadorias têm autonomia orçamentária, sendo o Coordenador o ordenador

de despesas. Desta forma, cada uma delas possui Programa de Trabalho próprio, cujas

fontes de recursos são provenientes do Tesouro Municipal, Governo Federal, através do

Salário Educação e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básico e de

Valorização do Magistério - Fundeb.

A Lei do Orçamento Anual – LOA - exercício de 2009, em vigor, referente aos PTs

1601.1236100571.064 (Gabinete), 1601.1236100571.474 (Gabinete), 1602.1236100572.081

(1ª CRE), 1603.1236100572.081 (2ª CRE), 1604.1236100572.081 (3ª CRE),

1605.1236100572.081 (4ª CRE), 1606.1236100572.081 (5ª CRE), 1607.1236100572.081 (6ª

CRE), 1608.1236100572.081 (7ª CRE), 1609.1236100572.081 (8ª CRE),

1610.1236100572.081 (9ª CRE) e 1611.1236100572.081 (10ª CRE) de Modernização da

Infra-estrutura Educacional distribui a dotação do exercício entre as fontes 100, 107 e 142:

Fonte de Recursos LOA ANO 2009 (R$) Fonte 100 93.456.032,00

Fonte 1075 95.001.869,00

Fonte 142 113.439.466,00

Total 301.897.367,00

Total Conservando 20.832.323,00

É importante destacar que esta verba não se destina exclusivamente ao Programa

Conservando, mas a todas as atividades destinadas à manutenção e revitalização da rede

física escolar, ou seja, reformas, reconstrução e também a conservação.

A Tabela 5, a seguir, apresenta a distribuição do orçamento do exercício de 2009

entre o Programa de Modernização da Infra-estrutura Educacional relativo a cada CRE e as

parcelas destinadas ao Conservando no período 2008/2009.

4 Aprovada pela Lei nº 4.983 de 14/01/2009. 5 Foram considerados também os valores provenientes dos PTs 1601.1236100571.064 (Gabinete) e 1601.1236100571.474 (Gabinete).

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

15

CRE Orçamento do Programa

Conservando 2008/2009

Orçamento do Programa de Modernização

2009

% do Conservando

1 1.385.000,64 14.695.943,00 9,42

2 1.999.999,79 19.221.000,00 10,40

3 2.435.783,97 23.710.336,00 10,27

4 2.084.978,18 29.840.188,00 6,98

5 1.473.690,65 21.250.763,00 6,93

6 1.290.044,01 19.045.871,00 6,77

7 2.399.788,28 30.031.876,00 7,99

8 2.948.339,10 28.652.526,00 10,28

9 1.999.999,78 29.524.392,00 6,77

10 2.499.978,22 45.734.537,00 5,46

Tabela 5 – Distribuição do orçamento para o exercício 2009.

O orçamento destinado ao Programa Conservando Escolas (Tabela 5) foi reduzido

em 20% sobre o saldo existente nos contratos em vigor, a partir de 01/01/2009, em

observância ao Decreto nº 30.360/2009. Os novos valores são apresentados na Tabela 6.

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

16

CRE Orçamento do Programa

Conservando 2008/2009

Orçamento do Programa de Modernização

2009

% do Conservando

1 1.107.668,15 14.695.943,00 7,53

2 1.761.210,31 19.221.000,00 9,16

3 2.112.376,41 23.710.336,00 8,90

4 1.861.557,88 29.840.188,00 6,23

5 1.473.690,65 21.250.763,00 6,93

6 1.247.478,82 19.045.871,00 6,54

7 2.178.185,71 30.031.876,00 7,25

8 2.948.338,80 28.652.526,00 10,28

9 1.799.829,31 29.524.392,00 6,09

10 2.126.429,07 45.734.537,00 4,64

Tabela 6 - Distribuição do orçamento para o exercício 2009 incluindo a redução contratual de 20% sobre o saldo contratual do Conservando.

Os contratos do Conservando relativos ao período 2009/2010 foram prorrogados por

360 dias com os valores reduzidos apresentados na Tabela 6.

3.4 ALOCAÇÃO DE RECURSOS

3.4.1 ORÇAMENTO DO PROGRAMA CONSERVANDO ESCOLAS

Com o intuito de verificar a eficiência e a economicidade do Conservando Escolas, na

primeira etapa do trabalho e em resposta à segunda questão de auditoria, foram

pesquisados os critérios utilizados para alocação dos recursos entre as dez CREs, para que

fossem apurados possíveis diferenças, distorções, carências e desequilíbrios. Conforme

informação da SME à época (Oficio SME nº 1980 de 08/11/2004), não era atribuído um valor

fixo para cada unidade escolar, em função das características diversificadas das mesmas.

Diante dessa informação, foram realizados estudos de dados e gráficos com os parâmetros

de cada CRE, como a área total construída, nº de alunos e nº de unidades escolares em

confronto com o orçamento, os quais concluíram que o parâmetro que mais se aproximava

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

17

dos critérios de distribuição utilizados era o número de unidades escolares. Sem a

determinação precisa, o critério de distribuição de recursos permaneceu sem

esclarecimentos, culminando com um dos Achados de Auditoria, o qual preconizava que o

então critério de alocação de recursos não expressava a realidade das CREs e suas

necessidades.

Os dados atualizados referentes a 2009 constam da Tabela 7:

CRE

Orçamento atual (R$)6

Área construída

(m2)

Nº de unid.

escolares

Nº alunos

Custo por m2 (R$)

Custo por escola (R$)

Custo por aluno (R$)

1 1.384.585

90.1445,82

84

34.330

9,87

16.483

40,33

2 1.998.986

202.508,20

142

60.039

8,17

14.077

33,29

3 2.435.053

149.134,41

122

61.127

11,51

19.959

39,83

4 2.083.727

259.245,95

167

99.708

8,03

12.477

20,89

5 1.342.113

160.024,23

126

68.251

15,35

14.619

19,66

6 1.271.983

155.601,36

96

51.610

11,33

13.249

24,86

7 2.392.588

211.000,45

141

91.413

11,67

16.968

26,17

8 2.948.342

259.311,19

168

93.520

11,37

17.549

31,52

9 1.979.999

169.562,59

125

74.603

16,32

15.839

26,54

10 2.494.978

141.747,62

146

92.697

17,60

17.088

26,91

Tabela 7 - Orçamento/2009, Área Total Construída, Nº Alunos e Nº Unidades Escolares da 1ª a 10ª CRE.

As diferenças entre os orçamentos e as distorções apuradas na primeira fase do

trabalho mantiveram-se ao longo desse tempo, sem modificações no sentido de corrigi-las

ou mesmo atenuá-las. Como exemplo, citamos a 4ª CRE, também referenciada antes, como

a Coordenadoria cuja relação custo/beneficio, no programa Conservando Escolas, é um dos

6 O orçamento atual diz respeito aos valores contratados.

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

18

mais baixos. Atualmente, possui a maior quantidade de alunos, a segunda maior rede de

unidades escolares e área construída. Porém, em função do seu baixo orçamento, detém o

menor custo por escola e por metro quadrado – R$ 12.477 (doze mil, quatrocentos e setenta

e sete reais) e R$ 8,03 (oito reais e três centavos) respectivamente. A 3ª CRE, oitava

colocada em nº de escolas, área construída e nº de alunos, devido ao grande incremento

sofrido em seu orçamento nesse período, possui o maior custo por escola R$ 19.959

(dezenove mil novecentos e cinqüenta e nove reais). Relevante ressaltar que a 4ª CRE é a

Coordenadoria com o maior desgaste e grau de depredação das escolas, em função do

vandalismo, em áreas deflagradas, como Complexo da Maré, Vigário Geral, Vila Cruzeiro

entre outras. Várias unidades escolares da Vila Cruzeiro, por exemplo, encontram-se

isoladas, sem telefone, devido ao furto do cabeamento. E é, também, uma das

Coordenadorias com uma das maiores quantidades de escolas a serem adaptadas para

tornarem-se Escolas do Amanhã7, com recursos do Conservando. Diante desses fatos,

conclui-se que esta CRE deveria ter um dos maiores orçamentos.

Os dados referentes ao orçamento do Programa de cada Coordenadoria, desde 2004

até o presente, constam da Tabela 8, que exibe o percentual de alteração por biênio e o

custo por escola:

7 O projeto “Escolas do Amanhã” tem como principal objetivo reduzir a evasão escolar e melhorar o desempenho dos alunos, e vai abranger 150 escolas dentro de comunidades carentes, inseridas nos bolsões do tráfico de drogas do Rio.

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

19

CRE 2004-2005 Alteração 1 2006-2007 (2004-2005 acrescido da alteração 1)

Alteração 2 2008-2009 (2006-2007 acrescido da alteração 2)

Total (aumento % de 2004-2005 a 2008-2009)

Custo p/ escola orçamento 2009 (R$)

1ª 816.102 30,74% 1.066.999 29,76% 1.384.585 69,65% 16.483

2ª 1.376.227 30,79% 1.799.706 11,07% 1.998.986 45,25% 14.077

3ª 1.411.200 55,42% 2.197.647 10,80% 2.435.053 72,55% 19.959

4ª 1.600.000 2,18% 1.634.999 27,44% 2.083.727 30,23% 12.477

5ª 1.600.000 7,99% 1.727.905 (-) 22,33% 1.342.113 (-)17% 14.619

6ª 964.994 36,93% 1.321.447 (-) 3,75% 1.271.983 31,81% 13.249

7ª 1.710.044 23,97% 2.119.968 12,85% 2.392.588 39,91% 16.968

8ª 1.799.549 30,02% 2.339.833 26% 2.948.342 63,83% 17.549

9ª 1.533.998 5,97% 1.625.678 21,79% 1.979.999 29,07% 15.839

10ª 2.150.734 (-) 5% 2.045.211 22% 2.494.978 16,00% 17.088

Total 14.962.850 19,49% 17.879.399 16,51% 20.832.323 69,65% Custo médio

15.830

Tabela 8 - Orçamento do programa de cada Coordenadoria, desde 2004 até o presente, com o percentual de alteração por biênio e o custo por escola:

Da análise da Tabela 8, tem-se que os percentuais de alteração nos orçamentos são

notadamente diferenciados, variando de alterações negativas, como é o caso da 5ª CRE, e

alterações positivas bastante significativas, como é o caso da 3ª CRE.

No presente monitoramento, mediante questionamentos aos Gerentes de Infra-

estrutura e Analistas de Planejamento e Orçamento das Coordenadorias, obteve-se a

informação de que os recursos do Conservando Escolas dentro de cada CRE são alocados

conforme a conveniência e oportunidade da Coordenadoria, que determina, com sua equipe

de planejamento e orçamento, e conforme sua autonomia financeira, o montante que o

Programa deve receber naquele exercício. Portanto, as discrepâncias existentes não são

aleatórias e/ou resultado de uma falta de critério, como se pensava anteriormente, mas

decorrem da discricionariedade de cada CRE.

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

20

A informação retromencionada modifica substancialmente a análise que se faz da

avaliação do Programa, características e conseqüências do seu desempenho, inclusive dois

Achados de Auditoria do relatório anterior: o primeiro, sobre o atendimento da demanda, e o

quarto, sobre a alocação de recursos. A autonomia gerencial que tem a Coordenadoria,

reservando os recursos que julgar convenientes para a execução do Programa implica, para

a própria, maior responsabilidade quanto aos resultados obtidos, uma vez que o

atendimento insatisfatório ou parcial da demanda, a ser atendida pelo Conservando, pode

ser decorrente da insuficiência de recursos.

Um fator apontado como ameaça na Análise de Possíveis Influências (análise swot),

na primeira fase do trabalho, foi a ampliação do atendimento do Programa para creches e

outros prédios não escolares sem a contrapartida orçamentária necessária. No presente

monitoramento há que se ressaltar a inclusão das Escolas do Amanhã no orçamento do

Conservando Escolas, devido às adaptações que serão realizadas nas escolas escolhidas

pelo projeto.

O projeto “Escolas do Amanhã” tem como principal objetivo reduzir a evasão escolar

e melhorar o desempenho dos alunos, e vai abranger 150 escolas dentro de comunidades

carentes, inseridas nos bolsões do tráfico de drogas do Rio. Resumidamente, as inovações

introduzidas pelo projeto são: novo formato das aulas em período integral; oficinas de

música, dança, arte e teatro; reforço escolar e atividades físicas; cada sala de aula dos

alunos do 6º ao 9º ano contará com dois computadores com acesso à internet, um

laboratório de ciências e quadro digital. Além disso, o projeto prevê a formação de 150

educadores comunitários e para resolver problemas de evasão escolar, a remuneração de

mães da comunidade para buscar, em casa, as crianças que faltem às aulas, além de

investigar a razão para esta ocorrência.

Para implantação do projeto, as escolas escolhidas em áreas deflagradas sofreriam

as seguintes ações corretivas: telhados, elétrica, recuperação estrutural, muros e calçadas,

acessibilidade, dois pontos para computadores nas salas de aula, escovódromo (saúde

bucal), bebedouros, sala de pronto atendimento médico, quadra de esportes, biblioteca,

sanitários, pintura externa, pintura nos corredores e sala interativa.

Uma possibilidade de desoneração do orçamento do Conservando, inclusive

mencionado por alguns gerentes de CREs, seria a celebração de contratos específicos de

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

21

instalações (elétrica principalmente), recuperação de telhados e adaptação dos prédios

escolares para a implantação das Escolas do Amanhã.

3.4.2 ORÇAMENTO DO SISTEMA DESCENTRALIZADO DE PAGAMENTOS – SDP PARA OBRAS

Apontada como um dos pontos fracos do Programa, na primeira fase (análise swot), a

utilização de recursos do Sistema Descentralizado de Pagamentos – SDP - em obras e

serviços de engenharia nas unidades escolares, sem responsabilidade técnica, continua

preocupando a atual Coordenação do Conservando Escolas. As intervenções em

conservação e manutenção das escolas têm fulcro no Decreto no 20.633 de 18/10/01, que

institui o SDP, e no artigo 3º, parágrafo 4º dispõe: “A Secretaria Municipal de Educação

poderá utilizar recursos para a aplicação especifica em conservação, manutenção e reparos

das unidades escolares, os quais serão empenhados no código de despesa especifico”.

Ocorre que os recursos do SDP têm sido cada vez mais utilizados em obras e

serviços de engenharia nas unidades escolares e seus valores incrementados ao longo dos

anos. Para que pudessem ser comparados com o orçamento do Conservando Escolas, foi

solicitado a cada CRE, o montante dos recursos utilizados em obras e serviços de

engenharia por exercício - no período compreendido entre 2004 e 2009.

Na Tabela 9 foram utilizados, para análise, os dados relativos aos anos de 2004, que

foi o ano base da auditoria e, em virtude do presente exercício ainda não ter se encerrado,

os dados do SDP de 2008 e o orçamento atual do Conservando:

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

22

2004/2005 2008/2009

CRE Recursos do SDP 2004 (R$)

Orçamento do Conservando 2004/2005(R$)

Recursos do SDP 2008 (R$)

Orçamento do Conservando

2008/2009 (R$)

1 497.626 816.102 935.740 1.384.585

2 0,00 1.376.227 344.339 1.998.986

3 406.451 1.411.199 1.653.792 2.435.053

4 40.500 1.600.000 2.191.303 2.083.727

5 510.807 1.600.000 2.069.835 1.342.113

6 431.634 964.994 1.927.800 1.271.983

7 0,00 1.710.043 1.877.262 2.392.588

8 155.630 1.799.549 1.664.158 2.948.342

9 509.965 1.533.998 1.774.377 1.979.999

10 58.100 2.150.734 1.861.811 2.494.978

Tabela 9 – Alocação de recursos do SDP e do Conservando Escolas em 2004/2005 e 2008/2009.

� Comparando-se os dados dos anos de 2004 e 2008, verifica-se que os recursos do

SDP em obras e serviços de engenharia aumentaram substancialmente.

� Em 2004, não houve recursos do SDP em duas CREs e representavam, de modo

geral, uma parcela pequena em comparação com o orçamento do Conservando

Escolas no mesmo ano.

� Em 2008 os recursos do SDP são bastante significativos, chegando a ultrapassar os

recursos do Conservando em três CREs (em destaque) e nas outras

Coordenadorias, de modo geral, sofreram um elevado percentual de aumento em

sua utilização.

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

23

A equipe do Programa Conservando Escolas teme que a utilização de recursos do

SDP em obras e serviços de engenharia nas escolas, não venha acompanhada de

comprovação de responsabilidade técnica o que seria um risco para a realização desses

serviços. Na verdade, não há fiscalização nem acompanhamento quanto ao projeto,

adequação do orçamento e do dispêndio com a obra ou serviço e, principalmente, à

execução em si.

Não obstante a autonomia e a discricionariedade das CREs na utilização dos

recursos do seu orçamento, há que se ressaltar que se trata de verba pública empregada

em próprios municipais, que são as escolas e creches. Portanto, os valores utilizados em

obras e serviços de engenharia nas unidades através do SDP e não pela equipe técnica do

Conservando – criado para esse fim, ou seja, para realizar intervenções na conservação e

manutenção dos prédios escolares – podem constituir-se em má utilização de recursos

públicos, se executados de forma inapropriada.

3.4.3 VERIFICAÇÃO “IN LOCO” DA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DO CONSERVANDO ESCOLAS X SDP

A seleção das intervenções de obras e serviços de engenharia a serem verificados foi

realizada segundo critério de caracterização da procedência dos recursos de cinco CREs (3ª,

4ª, 5ª, 7ª e 8ª CRE):

1. Obras e serviços de engenharia com recursos do SDP – foram considerados os serviços

realizados em unidades escolares da 3ª, 4ª, 5ª, 7ª e 8ª CRE;

2. Obras e serviços de engenharia com recursos do Programa Conservando Escolas – foram

considerados os serviços realizados em unidades escolares da 3ª, 4ª, 5ª e 7ª CRE;

3. Obras e serviços de engenharia aguardando intervenção do Programa Conservando Escolas

– foram consideradas pendências de obras nas unidades escolares da 3ª, 4ª, 7ª e 8ª CRE;

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

24

3.4.3.1 SERVIÇOS E OBRAS - RECURSOS DO SDP

Ilustração 1 – 3ª CRE – E M Professor Augusto Paulino Filho, Méier – Fachada.

Ilustração 2 – 3ª CRE – E M Professor Augusto Paulino Filho, Méier – Dispensa da cozinha.

Ilustração 3 - 4ª CRE – E M Maestro Francisco Braga, Ilha do Governador – Revestimento das paredes e bancada da pia do banheiro dos alunos.

Ilustração 4 - 4ª CRE – E M Maestro Francisco Braga, Ilha do Governador – Banheiro infantil.

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

25

Ilustração 5 – 5ª CRE – E M Itália, Rocha Miranda – Fachada.

Ilustração 6 - 5ª CRE – E M Itália, Rocha Miranda – Piso do refeitório em cerâmica.

Ilustração 7 – 5ª CRE – E M Velinda Maurício da Fonseca, Rocha Miranda – Revestimento de escada e parede do acesso ao 2º andar.

Ilustração 8 – 5ª CRE – E M Velinda Maurício da Fonseca, Rocha Miranda – Revestimento de fachada em cerâmica.

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

26

Ilustração 9 – 7ª CRE – Creche Margarida Gabinal, Cidade de Deus – Fachada – Revestimento em azulejo.

Ilustração 10 - 7ª CRE – Creche Margarida Gabinal, Cidade de Deus – Revestimento do pátio interno em cerâmica.

Ilustração 11 – 8ª CRE – E M Engº Pires do Rio, Senador Camará – Fachada.

Ilustração 12 - 8ª CRE – E M Engº Pires do Rio, Senador Camará – Cobertura construída entre os dois prédios.

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

27

Ilustração 13 - 8ª CRE – E M Engº Pires do Rio, Senador Camará – Construção de circulação interna.

Ilustração 14 - 8ª CRE – E M Engº Pires do Rio, Senador Camará – Construção de banheiro da sala de professores.

3.4.3.2 SERVIÇOS E OBRAS - RECURSOS DO PROGRAMA CONSERVANDO ESCOLAS

Ilustração 15 - 3ª CRE – E M Rio Grande do Sul, Engenho de Dentro – Fachada.

Ilustração 16 - 3ª CRE – E M Rio Grande do Sul, Engenho de Dentro – Parte do telhado executado, tendo desabado recentemente, necessitando ser refeito.

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

28

Ilustração 17 – 4ª CRE – E M Maestro Francisco Braga, Ilha do Governador – Fachada.

Ilustração 18 – 4ª CRE – E M Maestro Francisco Braga, Ilha do Governador – Teto da circulação interna.

Ilustração 19 – 5ª CRE – E M Velinda Maurício da Fonseca, Rocha Miranda – Fachada.

Ilustração 20 – 5ª CRE - E M Velinda Maurício da Fonseca, Rocha Miranda – Execução de muro e banco do pátio externo.

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

29

Ilustração 21 – 7ª CRE – E M Pedro Aleixo, Cidade de Deus – Fachada.

Ilustração 22 - 7ª CRE – E M Pedro Aleixo, Cidade de Deus – Laboratório de Ciência da Escola do Amanhã – Adaptação do espaço com a construção de bancada e piso.

3.4.3.3 SERVIÇOS E OBRAS AGUARDANDO INTERVENÇÃO DO PROGRAMA CONSERVANDO ESCOLAS

Ilustração 23 – 3ª CRE – E M Bento Ribeiro, Méier – Necessitando de recuperação da fachada.

Ilustração 24 - 3ª CRE – E M Bento Ribeiro, Méier – Aguardando intervenção para recuperação da estrutura (ferragem aparente).

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

30

Ilustração 25 - 4ª CRE – E M Brigadeiro Eduardo Gomes, Ilha do Governador – Fachada.

Ilustração 26 – 4ª CRE – E M Brigadeiro Eduardo Gomes, Ilha do Governador – Aguardando intervenção para recuperação do telhado.

Ilustração 27 – 7ª CRE – CIEP João Batista dos Santos, Pechincha – Fachada.

Ilustração 28 – 7ª CRE – CIEP João Batista dos Santos, Pechincha - Infiltração no teto proveniente do telhado – aguardando obras de recuperação.

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

31

Ilustração 29 – 8ª CRE – E M Edison Carneiro, Senador Camará – Fachada.

Ilustração 30 - 8ª CRE – E M Edison Carneiro, Senador Camará – Alagamento da sala 13 proveniente do telhado, aguardando intervenção para reparo.

3.5 INFLUÊNCIAS INTERNAS E EXTERNAS

Ao longo da auditoria foram detectados pontos fortes e fracos dentro da perspectiva

interna do Programa. Na fase atual, de monitoramento, constatou-se que alguns pontos

considerados fracos foram aprimorados, outros permaneceram sem alteração e alguns não

podem ser considerados fortes como anteriormente, sendo apresentados no quadro a seguir:

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

32

INFLUÊNCIAS INTERNAS – PONTOS FRACOS

AUDITORIA MONITORAMENTO

Restrições orçamentárias O orçamento destinado ao programa permanece não atendendo às suas necessidades

Entraves nos procedimentos de contratação causando interrupções no atendimento às escolas – descontinuidade

Permanece a descontinuidade dos contratos devido aos entraves processuais

Inadequação da infra-estrutura para a execução: insuficiência dos meios de comunicação e ausência de escritório de apoio para a contratada

Atualmente a infra-estrutura está adequada para a execução do programa

Ausência de avaliação geral e periódica do programa Permanece a ausência de avaliação geral e periódica do programa

Utilização, por parte de diretores das escolas e/ou diretores da DIE, de recursos do Sistema Descentralizado de Pagamentos - SDP em obras nas escolas sem responsabilidade técnica

A utilização de recursos do SDP na execução de obras foi ampliada sem a devida responsabilidade técnica

Ausência de dados, cadastro e levantamento do estado geral das unidades escolares

Ausência de controle dos serviços solicitados e não realizados. Não há registro da demanda acumulada, daquilo que ficou pendente.

INFLUÊNCIAS INTERNAS – PONTOS FORTES

AUDITORIA MONITORAMENTO

Suporte técnico às escolas - equipe de fiscais da RIO-URBE e contrato de gerenciamento técnico atuante nas CRES

Ampliação da equipe técnica da RIO-URBE e permanência do contrato de gerenciamento técnico

Tempestividade no atendimento emergencial nas unidades escolares

Permanece a tempestividade no atendimento emergencial nas unidades escolares

Descentralização da estrutura do programa para torná-lo mais ágil e efetivo

Proposta de alteração do fluxograma de execução, centralizando a tomada de decisão para a realização dos serviços

Proposta de cadastramento da infra-estrutura da rede escolar municipal

Proposta de elaboração de Manual de Operação direcionado aos Diretores das UEs

E dentro da perspectiva externa ao Programa, onde os elementos não são controláveis

diretamente pelos seus executores ou responsáveis, ocorreram algumas alterações, sendo

apresentadas a seguir:

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

33

INFLUÊNCIAS EXTERNAS – OPORTUNIDADES

AUDITORIA MONITORAMENTO

Decisão do Executivo de promover o Conservando Escolas a um Programa de governo com estrutura definida

O Conservando Escolas não foi promovido a um programa de governo

Formalização através de instrumento próprio para delimitação das atribuições dos agentes envolvidos – SME e RIO-URBE

As atribuições da SME e RIO-URBE estão delimitadas

Readequação das características do contrato de execução: tipo de licitação (técnica e preço em vez de melhor preço) e prazo

As licitações dos contratos permanecem sendo do tipo menor preço, porém foram introduzidas modificações no Edital que reduziram o número de rescisões contratuais

Integração e conscientização dos usuários na conservação das escolas

A integração e conscientização dos usuários na conservação das escolas é um trabalho permanente

Avaliação Pós – Ocupacional – Parceria Conservando/Diretorias de Projetos e Obras

Permanece como oportunidade de melhoria a adoção de Avaliação Pós – Ocupacional

Implantação do sistema informatizado de gerenciamento dos dados existentes

Proposta da atual Coordenadoria de adoção do “software Sigma”

Executar, efetivamente, manutenção de caráter preventivo

Ao invés da busca pelo caráter preventivo dos serviços, houve um retrocesso, está sendo priorizada a execução de obras em detrimento a manutenção corretiva das unidades escolares

Introdução de itens de reforma na planilha orçamentária da Prefeitura SCO-Rio

Não houve modificação dos itens constantes da planilha orçamentária

INFLUÊNCIAS EXTERNAS – AMEAÇAS

AUDITORIA MONITORAMENTO

Falta de segurança (vandalismos, furtos, invasões)

A falta de segurança aumentou devido ao incremento da violência externa à Comunidade Escolar

Ampliação de atendimento para creches e outros prédios não escolares sem a contrapartida orçamentária adequada

Nova ampliação de atendimento para as Escolas do Amanhã sem o respectivo incremento da dotação orçamentária

Influência de agentes externos à comunidade escolar e ao programa na decisão da escolha (priorização) dos serviços a serem executados

Não foi relatada à Equipe de Auditoria a ocorrência de influência de agentes externos à comunidade escolar e ao programa na decisão da escolha (priorização) dos serviços a serem executados

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

34

3.6 INDICADORES DE DESEMPENHO

Indicador de desempenho é um número, percentual ou razão que mede um aspecto

do desempenho, com o objetivo de comparar esta medida com metas preestabelecidas.

Podem ser formulados indicadores de desempenho para auxiliar o gestor a avaliar os

resultados, tanto pelo grau de comprometimento dos recursos, quanto pela relação entre o

impacto real e o previsto de uma atividade.

Na 1ª fase do trabalho buscou-se, junto aos gestores do programa, diretores das

escolas, diretores da GIN e coordenadores, a sugestão dos elementos mais relevantes que

pudessem ser medidos.

O intuito foi evitar a proposição de indicadores cuja implementação pudesse causar

transtornos às suas rotinas administrativas, visto que a formulação destes tem que ser

compatível com as possibilidades de coleta e registro de informações.

Tendo por base estes parâmetros, por ocasião da auditoria, foi sugerida a adoção de

cinco indicadores de desempenho, a saber:

1. Proporção entre a quantidade de solicitações de serviços atendidas e aquela

formulada pelas escolas;

2. Número de dias sem cobertura do Programa Conservando e a quantidade

total de dias do ano (descontinuidade);

3. Razão entre o valor gasto em obras com recursos do SDP e do Programa

Conservando (adequação orçamentária);

4. Número de atendimentos de emergência efetuados dentro do prazo

estabelecido em comparação ao total;

5. Quantidade de escolas que foram excluídas da previsão de reforma geral e o

número total de escolas.

Durante o monitoramento, constatou-se que todos os indicadores sugeridos, embora

de fácil mensuração e aplicabilidade, não foram implementados pelos responsáveis do

Programa.

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

35

3.7 COMENTÁRIOS SOBRE OS ACHADOS DE AUDITORIA E AS BOAS PRÁTICAS

A primeira fase do trabalho foi norteada por duas questões de auditoria, sobre o

desempenho do Programa e seus recursos:

1. A execução do Programa tem promovido a conservação das instalações físicas das

unidades escolares?

2. Como é otimizada a aplicação dos recursos do Programa?

Os citados questionamentos resultaram em quatro achados de auditoria: três

relacionados à primeira questão e o último relativo ao segundo questionamento.

Os achados serão descritos a seguir e atualizados, em decorrência do presente

monitoramento.

1º Achado de Auditoria: Atendimento parcial da demanda de cada CRE: o atendimento

do Programa frente às necessidades das Coordenadorias não é satisfatório, atendendo

apenas parte da demanda sinalizada por cada uma delas.

As causas do atendimento parcial detectadas na primeira fase e as evidências

apuradas no monitoramento foram:

a) Limitações de recursos orçamentários: as limitações nos recursos do Programa e

as diferenças entre os orçamentos das CREs não foram esclarecidos na primeira fase. No

monitoramento, evidenciou-se que, em virtude da autonomia administrativa e financeira que

possui, cada Coordenadoria atribui ao Conservando os recursos que julgar convenientes.

Como os resultados e o desempenho do programa têm função direta e proporcional com os

recursos alocados para a sua execução, o atendimento parcial da demanda, quando

decorrentes de limitações financeiras, são de responsabilidade das próprias CREs

(item 3.4).

b) Desempenho insatisfatório da empresa contratada: em virtude de falhas no

conhecimento da logística e operacionalidade do programa, muitas empresas contratadas

não conseguiam cumprir os cronogramas contratuais. Modificações no edital de licitação

recomendadas na primeira fase de auditoria corrigiram esta falha, esclarecendo às licitantes

a estrutura necessária que deveriam ter para atender ao contrato; com isso, houve melhoria

no desempenho das contratadas.

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

36

c) Insuficiência de infra-estrutura (pessoal, equipamentos, instalações): de acordo

com informações da nova Coordenadoria do Conservando a infra-estrutura atual do

programa atende as suas necessidades.

d) Invasões, furtos, vandalismos e outras formas de depredação do patrimônio

público: ainda subsistem em algumas Coordenadorias, como na 4ª e na 8ª CREs.

e) Maior desgaste da rede física devido ao compartilhamento das unidades escolares

entre as redes municipal e estadual de ensino: a rede física municipal continua

compartilhada com a estadual no período noturno, ocasionando um maior desgaste da rede

física.

f) Uma nova causa do atendimento parcial detectada no presente

monitoramento é a inclusão das Escolas do Amanhã no Conservando, em virtude do

elevado custo das adaptações que as escolas escolhidas terão que sofrer.

O resumo da atualização do 1º achado de auditoria encontra-se no quadro a seguir,

que tem, em negrito, as causas que sofreram alteração; em itálico as que subsistem e em

sublinhado, a nova causa.

AUDITORIA MONITORAMENTO

As limitações dos recursos orçamentários constituíam-se em um obstáculo ao bom desempenho do programa.

As limitações dos recursos orçamentários são de responsabilidade das CREs.

Desempenho insatisfatório da contratada

Modificações no edital com informações sobre o funcionamento do programa melhoraram o desempenho da empresa contratada.

Insuficiência de infra-estrutura

Com as modificações implementadas pela nova coordenação do programa, a infra-estrutura é suficiente.

Vandalismo e depredações Ainda subsistem em algumas CRÊS Maior desgaste devido ao compartilhamento Ainda são compartilhados Inclusão das Escolas do Amanhã

onerando o orçamento do programa e comprometendo o atendimento da demanda

2º Achado de Auditoria – Descontinuidade do programa.

O Programa sofre constante descontinuidade em virtude da intempestividade nos

procedimentos visando a um novo contrato.

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

37

Conforme constatado no item 3.2, não foi verificada modificação significativa em

relação ao cenário anterior. No monitoramento foram considerados os mesmos parâmetros

da auditoria, ou seja, as fases do procedimento licitatório para nova contratação.

Assim, o lapso temporal entre o término de um contrato e o início do subseqüente

ocasiona ausência de cobertura contratual. Neste período são utilizados recursos do SDP

nas intervenções que deveriam ocorrer por conta do Programa Conservando Escolas.

3º Achado de Auditoria – Elevado número de rescisões contratuais.

Devido à complexa logística de execução do contrato, à falta de estrutura da empresa

executora e dificuldades operacionais advindas da defasagem do orçamento, muitos

contratos eram rescindidos, principalmente em função de inadimplência das empresas

contratadas.

No Relatório de Auditoria de 2004, foi recomendada a inclusão, no corpo do edital de

licitação e seus anexos, de informações mais detalhadas acerca das características da

execução do programa, sua operacionalidade, instalações, equipamentos e pessoal

necessários à execução, serviços a realizar, informações sobre as CREs, como área

geográfica, número de escolas, número de alunos e outras, a fim de evitar que licitantes,

desprovidas da estrutura necessária, fossem vencedoras do certame licitatório e não

conseguissem cumprir com os compromissos avençados.

Através da verificação dos 29 (vinte e nove) contratos celebrados de 2004 até o

presente, constatou-se que, neste período, houve apenas uma rescisão contratual,

indicando, assim, uma sensível melhora em relação ao quadro anterior.

4º Achado de Auditoria – o atual critério de alocação de recursos para execução do

programa nas CREs não expressa a realidade destas e suas necessidades.

O assunto foi explanado no item 3.4 do presente relatório. Verificou-se, na primeira

fase, que os valores atribuídos ao Conservando não tinham correspondência com as

características e as necessidades das CREs. Aquelas mais necessitadas, com maior

quantitativo de unidades escolares, área construída ou número de alunos nem sempre

possuíam o maior orçamento para o Programa. Essas distorções e desequilíbrios, sem a

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

38

informação precisa do órgão – SME – caracterizou a incoerência do então critério (ou a falta

dele) na distribuição de recursos.

O quantum reservado à execução do Conservando, na verdade, é atribuição e

prerrogativa de cada CRE, que disponibiliza o valor que considera satisfatório. Portanto, na

atual fase do trabalho, a conclusão que se tem quanto a esse achado de auditoria é que o

critério de alocação de recursos é discricionário, e as discrepâncias e/ou incoerências nos

seus valores devem ser atribuídas às próprias Coordenadorias.

4. RECOMENDAÇÕES

No decorrer deste monitoramento, constatamos que algumas recomendações,

elaboradas anteriormente, deveriam ser ratificadas e outras introduzidas com o intuito de

que a RIO-URBE continue buscando soluções que visem o aperfeiçoamento do

desempenho do Programa Conservando Escolas na manutenção e revitalização dos prédios

escolares. São elas:

1) O procedimento licitatório deve ter início com a sinalização, por parte da equipe da

RIO-URBE que gerencia e fiscaliza o Conservando Escolas, da data de término do contrato

em vigor. Em decorrência, cada Coordenadoria deve, então, informar os recursos

disponíveis para o Programa, para que se possa dar início à licitação.

Esta sinalização deve ter uma antecedência mínima de 6 (seis) meses em relação ao

término do contrato vigente.

As mesmas considerações acima são aplicáveis às licitações de Gerenciamento

Técnico, cujo contrato deve ter sua vigência simultânea com os contratos de manutenção;

2) Em que pesem a autonomia e a discricionariedade das CREs na alocação dos

recursos do seu orçamento, recomenda-se a utilização de verba pública em obras e serviços

de engenharia de forma apropriada, ou seja, com o acompanhamento técnico de projeto,

adequação do orçamento e controle da execução dos serviços;

J:\INSPEÇÃO\RIOURBE\2009\Monitoramento Conservando Escolas\Relatorio Monitoramento Claudia ultima versão.doc

39

3) A análise da possibilidade e propriedade de celebração de contratos específicos

pela RIO-URBE/SME de instalações (elétrica principalmente), recuperação de telhados e

adaptação dos prédios escolares para a implantação das Escolas do Amanhã;

4) A adoção de uma avaliação geral e periódica do Programa;

5) Seja implementada a proposta de introdução de software para cadastramento do

estado geral das unidades escolares e controle dos serviços solicitados e não realizados –

registro da demanda acumulada;

6) Quanto às invasões, furtos e outros atos de vandalismo, a adoção de medidas que

visem proteger as escolas de violência externa iminente;

7) Envidar esforços para implementação dos cinco indicadores de desempenho

objetivando a mensuração da produtividade para avaliação do desempenho do Programa.

5. CONCLUSÃO

Face às considerações apresentadas, sugerimos o arquivamento do presente

relatório e que a RIO-URBE e SME sejam cientificadas das recomendações apontadas no

item 4.

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2009.

Gláucia Araújo da Rocha Técnico de Controle Externo

Matrícula 40/901.245

M.ª Claudia Lameira Garcia

Engenheira - Assessora Matrícula 40/900.388

Paulo Roberto Vieira

Técnico de Controle Externo Matrícula 40/901.239