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TíTULO DA TESE ALGUMAS AVALIAÇÕES SOBRE A PATOLOGIA E CON-- TROLE DA EURITREMATÍASE BOVINA

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TíTULO DA TESE

ALGUMAS AVALIAÇÕES SOBRE A PATOLOGIA E CON--

TROLE DA EURITREMATÍASE BOVINA

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ALGUMAS AVALIAÇÕES SOBRE A PATOLOGIA E CON-

TROLE DA EURITREMATÍASE BOVINA

AUTOR

MILTON HISSASHI YAMAMURA

APROVADA EM: 23/05/1989

Dra. SUSANA B. AMATO

Dra. DELIR C. G. da SERRA FREIRE

Dr. LUIZ F. FERREIRA

Dr. CARLOS W. G. LOPES

Dr. MICHAEL R. HONER

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Aos meus pais SEIICHI e MASAKO, que

me orientaram o sentido da vida com

luta e perseverança e sempre servindo

com humanidade e humildade.

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AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Michael Robin Honer pela orientação pe-

las palavras sempre amigas e uma lição de vida.

Aos Profs. Carlos Wilsom Gomes Lopes e Laerte

Grisi pela co-orientação pelas sugestões que foram dadas

durante todo o experimento.

Ao Prof. Ernst Eckehart Muller pela colaboração

nos trabalhos bacteriológicos.

Ao Prof. João Waine Pinheiro e Prof(a) Nilva Apa-

recida Nicolau da Fonseca pela colaboração nos trabalhos de

processamento de texto e estatístico.

Ao Prof. Joaquim Carvalho da Silva, a Profª. Ali-

ne Artioli Machado Yamamura e ao Prof. Lúcio Alberto F. An-

tunes pela revisão de texto.

Aos Profs. Odilon Vidotto, Ademir Benedito da Luz

Pereira e José da Silva Guimarães pela compreensão e amiza-

de.

Aos Profs. Francisco Coelho Marquês e Alvaro Bra-

ga Filho pelo material cedido do Frigorífico Frigozé de Lon-

drina.

Ao Dr. Orency Garcia de Moraes e Dr. Jaime Canet

Junior pelos animais cedidos nos experimentos.

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vi

Aos técnicos José Aldevino, Antônio Carlos Fer-

nandes e Walter Leila pela colaboração.

A Fundação Universidade Estadual de Londri-

na (FUEL), Universidade Federal Rural do Rio de Janei-

ro (UFRRJ), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal

de Nível Superior (CAPES) e a todos que direta ou indireta-

mente proporcionaram condições necessárias à realização des-

te trabalho.

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B I O G R A F I A

MILTON HISSASHI YAMAMURA, filho de Seiichi Yama-

mura e Masako Yamamura, nasceu a 16 de dezembro de 1949 em

Bastos, Estado de São Paulo.

Ingressou na Universidade de São Paulo em 1971,

onde graduou-se em Medicina Veterinária em 1975.

Em 1976 foi contratado para exercer o cargo de

Professor Auxiliar de Ensino na Fundação Universidade Esta-

dual de Londrina, nas disciplinas de Parasitologia Veteriná-

ria e Moléstias Parasitárias do curso de Medicina Veteriná-

ria.

Realizou o curso de pós graduação em Parasitolo-

gia Veterinária, nível de mestrado na Universidade Federal

Rural do Rio de Janeiro, de 1977 a 1979.

Foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvi-

mento Científico e Tecnológico (CNPg) e da Coordenação do

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), durante

o curso de pós graduação em Parasitologia Veterinária, nível

de doutorado, na Universidade Federal Rural do Rio de Janei-

to, tendo ingressado no ano de 1983.

Durante este período tem desenvolvido estudos em

Parasitologia Veterinária, com trabalhos publicados em re-

vistas cientifícas, em congressos regionais e nacionais e

uma tese de Mestrado, referente a hemoparasitos de Cairina

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viii

moschata, Parahaemoproteus nettionis, em condições brasilei-

ras.

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R E S U M O

Foi estudada a infecção natural de Eurytrema coe-

lomaticum (Giard & Billet, 1892), Looss 1907 em pâncreas bo-

vino, com o objetivo de avaliar a extensão das lesões que

este trematódeo causou no órgão. Estas lesões foram correla-

cionadas com a população existente, com os números de ovos

encontrados nas fezes de bovinos e com os tamanhos do trema-

tódeo.

Macroscópicamente estas lesões foram classifica-

das em três tipos, de acordo com a extensão das lesões pro-

duzidos por E. coelomaticum:

Tipo I - ausência de lesões macroscópicas nos

ductos e parênquima;

Tipo II - presença de lesões macrooscópicas so-

mente nos duc tos ;

Tipo III - Presença de lesões macroscópicas nos

duc tos e parênquimas.

Os resultados mostraram que o parasito causa al-

terações nas células acinares e nos casos mais extremos ha-

via a ausência destas células, decorrente a destruição acar-

retada pela fibrose.

Esta patologia pode ser corroborada também pela

infecção intercorrente de bactérias entéricas e entre estas

a Escherichia coli, notadamente a bactéria mais frequente na

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euritrematíase em bovino.

Quanto as exigências nutricionais, este tremató-

deo requer elementos elaborados pelas células acinares, pois

espécime colhido de pâncreas comprometido com uma infiltra-

ção gordurosa, onde havia a ausência destas células, ele era

reduzido em seu tamanho, sua coloração era róseo pálida e

notou-se a ausência de ovos no útero e quando presente estes

eram i n f é r t e i s .

Quando exemplares de E. coelomaticum foram subme-

tidos a estudos experimentais de sobrevivência em meios de

cultivos, como Gay ABC, 199 e soro de ovino e neste último

meio, o trematódeo sobreviveu por um período superior a

1.000 horas. O soro de ovino também serviu como meio de es-

colha para os testes de drogas anti-helmínticos in vitro.

As drogas testadas: nitroxinil, rafoxanide, tri-

clabendazole e closantel, tanto nos testes in vitro como in

vivo, não foram capazes de determinar a morte deste tremató-

deo. O mesmo aconteceu quando foram testadas os anti-helmín-

ticos normalmente utilizados no controle de nematóides gas-

trointestinais de bovino, como febantel, levamizole e iver-

mectin. Nos exames microscópicas, foram notadas alterações,

principalmente nas glândulas vitelogênicas, como degeneração

dos grânulos, presença de grânulos no útero, com variado grau

de degeneração, assim comprometendo a viabilidade dos ovos.

Estas modificações foram encontradas em maior proporção nos

trematódeos colhidos de animais tratados com levamizole.

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SUMMARY

A study was made of the extent of damage caused

in the pancreas of cattle by natural infections of Eurytre-

ma coelomaticum (Giard & Billet, 1892).

It was observed that the lesions were correlated

with the average number and length of the tremotodes present

in the pancreas and the feca l egg counts.

Macroscopically, these lesions were classified in

three types, according to the extent of the lesions produced

by E. coelomaticum:

Type I - absence of macroscopic lesions in the

ducts and parenchima.

Type lI - presence of macroscopic lesions in the

ducts only,

Type III - presence of macroscopic lesions in

both ducts and parenchima.

The results have shown that the trematode causes

damage to the acini cells. In extreme cases these cells were

absent as a consequence of destruction caused by fibrosis,

provoked by the presence of the parasite, cronic inflamma-

tory reaction and the presence of eggs in the pancreatic

duct walls. These factors caused fibrosis by the reduction

of the normal flow of pancreatic juice.

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x i i

The presence of enteric bacteria, mainly Escheri-

chia coli aggravates the pathology.

As far as its nutritional requerements are con-

serned, it was found that the trematode requires elements

present in acini cells. The trematode was often found in

pancreases with fatty infiltration and in these cases the

acini cells were absent and the trematodes were smaller and

pale, without eggs or only infertile eggs in uterus.

When E. coelomaticum was cultivated in variaus

media such as: Gay ABC, 199 and sheep serum, it was observed

that in sheep serum the trematode could survive for more

than 1,000 hours.

Nitroxinil, rafoxanide, closantel and triclaben-

dazole tested in vitro and in vivo did not show antihelmin-

tic action against the pancreatic fluke. The same results

were found with febantel, levamizole and ivermectin, the

most: effective drugs against cattle nematodes. Microscopic

examination showed that the vitellogenic glands of E. coelo-

maticum were the most affected by the action of levamisole.

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ÍNDICE

1

4

4

11

13

15

16

17

21

23

23

24

26

26

28

29

30

32

34

INTRODUÇÃO

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Espécie de Eurytrema e secas hospedeiros

Caracterização da espécie Eurytrema coelomaticum

Aspectos de patologia causados pelos adultos de

Eurytrema coelomaticum

Aspectos de patologia causados pelos agentes

bacterianos

Manutenção in vitro

Contrôle terapêutico, teste in vivo

Contrôle terapêutico, teste in vitro

MATERIAL E MÉTODOS

Identificação morfológica do parasito

Técnicas histológicas

Técnicas coprológicas

Técnicas bacteriológicas

Cultivo de Eurytrema in vitro

Uso de anti-helmíntico, teste in vivo

Uso de anti-helmíntico, teste in vitro

Efeito da vermifugação convencional sobre o

Eurytrema

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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xiv

34

38

51

54

54

56

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58

62

64

67

69

89

identif icação e biometria de forma adulta de

Eurytrema

Avaliação anatomopatológica e histológica

Aspectos patológicos causados por agentes

m i c r o b i a n o s

Observação in vitro de Eurytrema coelomaticum

Cultivo in vitro de forma adulta

Observação sobre ovipostura

Avaliações do controle com o uso de drogas

anti-helmínt icas

Teste in vivo

Teste in vitro

Efeitos das vermifugações usualmente empregados no

controle de nematóides gastrointestinais de bovino,

no Eurytrema

CONCLUSÕES

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APÊNDICES

Infecção natural de bovino, por forma adul-

tas de E. coelomaticum, indicando pâncreas

com lesão macroscópica do tipo I, sem alte-

rações nos lobos, da extremidade esquer-

da (L ) a d i re i ta (R) 89

Infecção natura l de bovino, por forma

adultas de E. coelomaticum, indicando pân-

creas com lesão macroscópica do t ipo II ,

Figura 1.

Figura 2.

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XV

Figura 3.

Figura 4.

Figura 5.

Figura 6.

Figura 7.

notando alterações nos ductos de calibre

menores por toda extensão do tecido pan-

creático, da extremidade direita (R) a es-

querda (L) 90

Infecção natural de bovino, por forma adul-

tas de E. coelomaticum, indicando pâncreas

com lesão macroscópica do tipo III, com al-

terações por toda extensão do tecido pan-

creático, da extermidade direita (D) a es-

querda (E ) 91

Corte transversal de pâncreas bovino (P) na-

turalmente infectado por E. coelomaticum

(E), com infiltrado gorduroso e presença de

secreção serosa (S) no ducto pancreático 92

Infecção natural de bovino com forma adulta

de E. coelomaticum, indicando pâncreas (P)

com lesão macroscópica do tipo II, demons-

trando a secreção catarral (S) no ducto

pancreático (D) 93

Infecção natural de bovino por forma adulta

de E. coelomaticum, indicando pâncreas com

infiltrado gorduroso (l) e presença de para-

sito (E) de tamanho pequeno e rósea 94

Fotomicrografia de um corte histológico de

pâncreas bovino naturalmente infectado com

E. coelomaticum (E), com alteração restrita

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xvi

a nível do epitélio do ducto pancreático (D)

e sem aIteração de células acinares (A) (X95,

H E ) 9 5

fotomicrografia de um corte histológico de

pâncreas bovino naturalmente infectado com

E. coelomaticum, demonstrando a ação da

ventosa oral (S) sobre (S) o epitél io do

dueto pancreático (E) e presença de conteúdo

no interior da boca (B). (X950, HE) 96

Fotomicrografia de um corte histológico de

pâncreas bovino infectado com E. coelo-

maticum, demonstrando reação inflamató-

ria (I) na superfície do epitélio (L) e na

região da subserosa (S). (X175, HE) 97

Fotomicrografia de um corte histológico de

pâncreas bovino, naturalmente infectado com

E. coelomaticum, demonstrando a reação por

eos inóf i los (E) . (X190, HE) 98

Fotomicrografia de um corte histológico de

pâncreas bovino naturalmente infectado com

E. coelomaticum, demonstrando tipo celura-

res presente na reação catarral (R) a nível

do epi té l io (E). (X214, HF) 99

Fotomicrografia de um corte histológico de

pâncreas bovino, naturalmente infectado com

E. coelomaticum (E), demonstrando apresenca

Figura 8.

Figura 9.

Figura 10.

Figura 11.

Figura 12.

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xvii

de calcificação (C). (X95, HE) 100

Fotomicrografia de um corte h istológico de

pâncreas bovino, naturalmente infectado com

E. coelomaticum, demonstrando obstrução

total e formação de um granuloma parasitá-

ria (N) no ducto pancreático (D) e a fibro-

se (F) invadindo o tecido acinar (A) (X95, HE) 101

Fotomicrografia de um corte histológico de

pâncreas bovino, naturalmente infectado com

E. coelomaticum, demonstrando ausência de

reações inflamatórias em torno dos ovos

(O), encapsulados no tecido acinar (A) e en-

tre a fibrose (F). (X238, HE) 102

Fotomicrografia de um corte histológico de

pâncreas bovino, naturalmente infectado com

E. coelomaticum, demonstrando a reação in-

flamatória representada pelas células gi-

gante (G) e a tentativa de englobar o ovo (O)

(O) (X700, HE) 103

Visualisação dos ovos férti l (F) e infér-

teis (I) no útero (T) de E. coelomaticum.

(X710) 104

Glândulas vitelínica (N) de E. coelomaticum,

demonstrando a ausência de alteração

(X160) 105

Figura. 13.

Figura. 14.

Figura 15.

Figura 16.

Figura 17.

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xviii

Glândulas vitelínica (N) de E. coelomaticum,

demonstrando alterações estruturais e dege-

neratiras das células. (X160) 106

Presença de grande quantidade de ovos in-

férteis (I) no interior do útero (U) de E.

coelomaticum, recuperado de pâncreas bovi-

no. (X260) 107

Figura 20. Presença de glânulos vitelogênico no inte-

rior do útero (T) de E. coelomaticum, recu-

perados de pâncreas bovino. (X285) 108

Presença de glânulos vitelogênico e grande

quantidade de ovos inférteis (I) no interior

do útero (U) de E. coelomaticum, recuperados

de pâncreas bovino (X700) 109

Presença de concreções de ovos inférteis (I)

e grânulos vitelogênico liquefeito, no in-

terior do útero (U) de E. coelomaticum, re-

cuperados de pâncreas bovino. (X226) 110

Avaliação biométrica (comprimento) dos para-

sitos colhidos de pâncreas bovino, natural-

mente infectados e correlacionado com

carga parasitária 111-112

Avaliação biométrica (largura) dos parasitos

obtidos de bovinos, naturalmente infectados

e correlacionado com a carga parasitária 113-114

Figura 18.

Figura 19.

Figura 21.

Figura 22.

Figura 23.

Figura 24.

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xix

Avaliação quantitativa de ovos de E. coelo-

maticum eliminados nas fezes de bovinos,

correlacionados com a carga parasitária 115-116

Porcentagens de ovos férteis de E. coeloma-

ticum encontrados nas fezes de bovinos e no

útero do parasito adulto 117-118

Porcentagem de sobrevivência de forma adul-

ta de E. coelomaticum em soro de ovino 119-120

Dados de carga parasitária, biometria dos

principais caracteres de E. coelomaticum e

análises das lesões provocadas nos pâncreas

de bovino (boi), naturalmente infectados 121-122

Dados de carga parasitária, biometria dos

principais caracteres do E. coelomaticum e

análises das lesões provocadas nos pâncreas

de bovino (vaca), naturalmente infectados 123-124

Presença de infecção bacteriana na euritre-

matíase bovina e em animais sem o E. coelo-

maticum 125-126

Dados sumarizados de características biomé-

tricos de E. coelomaticum encontrados por

outros autores em infecção bovina 127-128

Figura 25.

Figura 26.

Figura 27.

Tabela 1.

Tabela 2.

Tabela 3.

Tabela 4.

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1. INTRODUÇÃO

Entre os parasitos comumente encontrados em pân-

creas de bovinos, tem sido relacionados os trematódeos dige-

néticos do Gênero Eurytrema Looss, 1907, que incluem as espé-

cies: E. coelomaticum (Giard & Billet, 1892) Looss, 1907; E.

pancreaticum (Janson,1889) Looss, 1907; E. escuderoi Eduardo,

Manuel & Tongson, 1976; E. parvum Senoo, 1907; E. dajii Bhale-

rao, 1924; E. cladorchis Chin, Li & Wei, 1965; E. medium Ts-

chertkova, 1959; E. tonkinense Galhard & Ngu, 1941. Muitas

investigações tem sido realizadas com E. coelomaticum e E.

pancreaticum, sem dúvida, as espécies que possuem uma maior

distribuição geográfica e que também têm gerado contravér-

sias quanto a sua posição taxonômica. Alguns autores como

LOOSS & CUFFEY (1907), TRAVASSOS (1944), WATANABE (1960), NOSA-

KA et alii (1970) e SAKAMOTO (1981) basearam-se nas caracte-

rísticas fenotípicas para determinação da espécie de Eury-

trema; outros como MORIYAMA et alii (1980) fizeram isto

através das características genotípicas, revelando ainda que

as duas espécies podem não coexistir no mesmo hospedeiro

animal, fato este que não foi observado por EDUARDO et

alii (1976) que encontraram infecção mista de E. coelomaticum

e E. escuderoi em bovinos procedentes das Filipinas. Entre-

tanto PRYADKO (1962) in MORIYAMA (1980) registrou que E. coe-

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2

lomaticum e E. pancreaticum sejam a mesma espécie e CHINONE

& ITAGAKI (1976) demostraram a similaridade das espécies no

hospedeiro final.

CABRAL (1981) reportou que no Brasil os helmintos

são fatores importantes na baixa produtividade dos rebanhos,

sendo os nematódeos gastrointestinais aqueles parasitos mais

investigados e indaga em relação a euritrematose que parcela

de prejuizo é determinado por esta doença, a sua distr ibui-

ção geográfica, tanto do agente causador, como dos seus hos-

pedeiros, moluscos e gafanhotos, a sua variação estacional,

a sobrevivência das metacercárias, a época e idade de infec-

ção de ruminantes com euri trematose, os efei tos das infec-

ções na produtividade dos rebanhos, o uso de medicações es-

tratégicas e o custo benefício dos tratamentos.

De acordo com as nossas observações o Estado do

Paraná, essencialmente a região Norte, possui um alto índice

de euritrematíase bovina e que, ao passar dos anos, estes

índices vêm aumentando gradativamente, Considerando-se a

importância dos trematódeos na patologia e epidemiologia das

doenças que acometem os bovinos no Brasil, os parasitos do

Gênero Eurytrema tem sido mais notados pela frequência, que

vai desde a citação inicial de HORTA (1918), seguida das des-

crições de lesões patológicas produzidas pelo E. coelomati-

cum em pâncreas bovino feita por TORRES & PINTO (1936), RI-

BEIRO et alii (1980) e até mais recentes trabalhos de biolo-

gia desta espécie por RAGUSA & CAMPOS (1976) e MATTOS

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Jr (1987).

O presente trabalho teve como objetivo avaliar a

infecção do E. coelomaticum em pâncreas de bovino, e corre-

lacionar a população existente no órgão, com a lesão produ-

zida e com os dados de ovipostura do trematódeo. Paralela-

mente desenvolveu-se estudos experimentais de sobrevivência

do E. coelomaticum fora do habitat natural e para isto uti-

l izou-se de meios de culturas como Gay ABC, 199 e o soro de

animais, cuja finalidade principal foi para obter informa-

ções que foram empregadas no teste de drogas anti-helmínti-

cas in vitro. As drogas uti l izadas foram as mesmas que foram

testadas em bovinos naturalmente infectados com E. coeloma-

t icum. Também aval iou-se a interferência das drogas ant i -

helmínt icas, usualmente apl icadas para o controle de nema-

tóides gastrointest inais e pulmonares de bovinos, sobre o

trematódeo de localização pancreática.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Espécies de Eurytrema e seus hospedeiros

Eurytrema coelomaticum

Bovino

Autor(s) ano

GIARD & BILLET (1892)

HORTA (1918)

TRAVASSOOS (1918)

FIGUEIREDO (1928)

PINTO & ALHEIDA (1935)

TORRES & PINTO (1936)

CARVALHO (1940)

TRAVASSOS (1944)

CÔDO (1952)

WATANABE (1960)

BRANT & COSTA (1963)

NOSAKA et alii (1970)

CAMPOS et alii (1974)

MOLFI (1976)

EDUARDO et alii (1976)

TANG & TANG (1977)

Procedência

Tonkin

Brasil

Brasil

Brasil

Brasil

Brasil

Brasil

Brasil

Brasil

Japão

Brasil

Japão

Brasil

Brasil

Filipinas

China

tipo de infecção

natural

natural

natural

natural

natural

natural

natural

natural

natural

natural

natural

natural

natural

natural

natural

natural

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5

SHIEN e t alii (1978)

MORIYAMA e t alii (1980)

KONO et alii (1980) Japão

SOUZA & RABELO (1981)

YAMAMURA e t alii (1982)

MATTOS J r ( 1 9 8 7 )

C h i n a

Japão

B r a s i l

B r a s i l

B r a s i l

n a t u r a l

n a t u r a l

n a t u r a l

na tu ra l

n a t u r a l

n a t u r a l

C a p r i n o

Autor ( s ) , ano

PROENÇA (1935)

TRAVASSOS (1944)

TANG & TANG (1977)

SAKANOTO et alii (1980)

KONO et alii (1986)

MATTOS Jr (1987)

p r o c e d ê n c i a

B r a s i l

Brasil

China

J a p ã o

J a p ã o

Brasi l

t i p o d e i n f e c ç ã o

natu ra l

n a t u r a l

e x p e r i ment a l

e x p e r i m e n t a l

e x p e r i m e n t a l

exper imenta l

L e b r e

Autor(s), ano procedência

SAKAMOTO (1981) Japão

tipo de infecção

natural

Camundongo Balb c / nude+mouse

Autor (s), ano procedência

SAKAMOTO et alii (1981) Japão

t i p o de i n f e c ç ã o

e x p e r i m e n t a l

Gato

Auto r (s ) , ano p rocedênc ia t i po de in fecção

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6

CHINONE et a l i i (1984) Japão exper imental

Ovino

Autor (s), ano

CARVALHO (1940)

TRAVASSOS (1944)

TANG & TANG (1977)

p r o c e d ê n c i a

B r a s i l

B r a s i l

C h i n a

tipo de infecção

natural

n a t u r a l

n a t u r a l

Bubalinos

Autor (s), ano

YAMAMURA et alii (1982)

p r o c e d ê n c i a

Brasil

tipo de infecção

n a t u r a l

Eurytrema pancreaticum

B o v i n o

Autor(s), ano

PURVIS (1931)

TRAVASSOS (1944)

FLORENCE (1939)

TANG (1950)

MAYAUDON (1954)

WATANABE (1960)

BASCH (1966)

FREIRE (1967)

NOSAKA et alii (1970)

CAMPOS et alii (1974)

EDUARDO et alii (1976)

p r o c e d ê n c i a

Malasia

B r a s i l

M a d a g a s c a r

China

VenezueIa

J a p ã o

M a l a s i a

Brasil

J a p ã o

B r a s i l

F i l i p i n a s

tipo de infecção

na tu ra l

n a t u r a l

n a t u r a l

n a t u r a l

n a t u r a l

n a t u r a l

na tu ra l

n a t u r a l

n a t u r a l

na tu ra l

n a t u r a l

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TANG et alii

SHIEN et alii

MORIYAMA et alii

RIBEIRO et alii

SANTOS (1986)

(1977)

(1977)

(1980)

(1980)

China

China

Japão

B r a s i l

B r a s i l

natural

natural

natural

natural

natural

Lebre

Autor (s), ano

TANG (1950)

procedência

China

tipo de infecção

n a t u r a l

Coelho

Autor(s), ano

CHINONE & ITAGAKI (1976)

SAKAMOTO et alii (1981)

procedência

Japão

J a p ã o

tipo de infecção

experimental

experimental

G a t o

Autor(s), ano

CHINONE et alii (1984)

p r o c e d ê n c i a

J a p ã o

tipo de infecção

exper imenta l

Bubalino

Autor(s), ano

TRAVASSOS (1944)

TANG (1950)

BUSETTI et alii (1983)

procedência

B r a s i l

C h i n a

B r a s i l

t ipo de infeccão

n a t u r a l

n a t u r a l

n a t u r a l

Ovino

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Autor (s), ano

JANSON (1889)

TRAVASSOS (1944)

TANG (1950)

FREIRE (1967)

p r o c e d ê n c i a

J a p ã o

B r a s i l

C h i n a

B r a s i l

tipo de infecção

n a t u r a l

n a t u r a l

n a t u r a l

n a t u r a l

Capr ino

Autor (s), ano

TRAVASSOS (1944)

TANG (1950)

BASCH (1966)

CHINONE & ITAGAKI (1976)

p r o c e d ê n c i a

Brasil

China

Malásia

J a p ã o

tipo de infecção

n a t u r a l

n a t u r a l

e x p e r i m e n t a l

e x p e r i m e n t a l

Camelo

Autor (s), ano

TRAVASSOS (1944)

TANG (1950)

p r o c e d ê n c i a

B r a s i l

Ch ina

tipo de infecção

n a t u r a l

n a t u r a l

M a c a c o

Autor(s), ano

TANG (1950)

p r o c e d ê n c i a

C h i n a

t i p o de i n f e c ç à o

n a t u r a l

Humano

Autor(s), ano

T A N G ( 1 9 5 0 )

CHANG & LI (1964)

p r o c e d ê n c i a

C h i n a

C h i n a

tipo de infecção

n a t u r a l

n a t u r a l

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ASADA et alii (1966)

ISHII(1983)

Suíno

Autor(s), ano

TRAVASSOS (1944)

TANG (1950)

Eurytrema dajii

Bovino

Autor(s), ano

BHALERAO (1924)

HANDOKO (1981)

Eurytrema tonkinense

Bovino

Autor(s), ano

GALLIARD & NGU (1941)

Eurytrema satoi

S i m e o

Autor(s), ano

KOBAYASHI (1920)

Eurytrema rebele

Canino

Japão

Japão

p r o c e d ê n c i a

B r a s i 1

C h i n a

procedência

I n d o n é s i a

Indonésia

procedência

Vietnã

procedência

J a p ã o

natural

natural

tipo de infecção

n a t u r a l

natural

tipo de infecção

natural

natural

tipo de infecção

n a t u r a l

tipo de infecção

n atu r a l

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Autor (s), ano

RAILLIET (1924)

procedência

Indochina.

tipo de infecção

natural

Eurytrema parvum

Bovino

Autor(s), ano

SENOO (1907)

procedência

Japão

tipo de infecção

natural

Eurytrema ovis

Ovino

Autor(s), ano

TUBANGUI (1925)

procedência

Filipinas

tipo de infecção

natural

Eurytrema cladorchis

Nemobius

Autor(s), ano

TANG & TANG (1977)

procedência

China

tipo de infecção

natural

Eurytrema escuderoi

Bovino

Autor(s), ano

EDUARDO et alii (1976)

procedência

Filipinas

tipo de infecção

natural

Carabao

Autor(s), ano

EDUARDO et alii (1976)

procedência

Filipinas

tipo de infecção

natural

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Eurytrema hydropodes

Hydropotes inermis

Autor (s), ano

TANG & TANG (1975)

procedência

China

tipo de infecção

natural

Eurytrema medium

Ovino

Autor (s), ano

TSCHERTKOVA (1959)

procedência

Russia

tipo de infecção

natural

2.2. Caracterização da espécie Eurytrema coelomaticum

Na classificação sistemática dos trematódeos de

localização pancreática, ao longo dos anos surgiram dúvidas

e quase todos os trabalhos, inicialmente, descreviam os pa-

rasitos pela sua localização habitual nos órgão, pela loca-

lização errática, pelo seus hospedeiros, em seguida pelas

características fenotípicas, através das descrições morfoló-

gicas das estruturas dos órgãos do parasito e por fim pelas

análises citológicas dos cromossomos do trematódeo.

LOOSS & CUFFEY (1907) revendo a nomenclatura taxo-

nômica dos trematódeos digenéticos descritos por diversos

autores, salientaram que a medida e a posição relativa das

ventosas representavam características específicas de E.

coelomaticum, ou seja, o diâmetro da ventosa oral tinha a

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12

mesma medida do diâmetro da ventosa ventral e a distância

entre as duas ventosas era menor em E. coelomaticum, quando

comparado com E. pancreaticum; também era menor a formação

de grupos de folículos da glândula vitelogênica encontrada

em E. coelomaticum. A partir destas considerações, outros

autores começaram a caracterizá-los como espécies distintas

e acrescentaram outras estruturas, como o útero, que em E.

coelomaticum não forma curvas anteriores à ventosa ventral,

e as glândulas vitelogênicas que são constituídos de peque-

nos folículos arredondados. Tais observações foram realiza-

dos por EDUARDO et alii (1976).

TRAVASSOS (1944) na revisão da familia Dicrocoeli-

idae, considerou quatro subgêneros: Eurytrema (Eurytrema) Lo-

oss, 1907; Eurytrema (Platynosomum) Nicole, 1914; Eurytrema (Lu-

bens), Travassos, 1919 e Eurytrema (Skrjabinus) Bhalerao, 1936 e

também descreveu e analisou os espécimes de E. coelomaticum

e E. pancreaticum, já descritos por diversos autores brasi-

leiros e internacionais, bem como os espécimes que recebeu,

procedentes, na sua maioria, de diferentes Estados da Fede-

ração e uma amostra da Índia. Reconheceu, também, efetiva-

mente o E. coelomaticum, como espécie distinta e pela análi-

se morfológica coloca outras espécies como sinonímia de uma

das duas espécies e ressaltou ainda que a espécie prevalente

na América do Sul era E. coelomaticum. Muitos autores a de-

nominaram em seus trabalhos como E. pancreaticum, como HOR-

TA (1918); FREIRE (1967); CAMPOS et alii (1974); RIBEIRO et

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1 3

bem como a morfologia das formas larvais encontradas em hos-

alii (1980); BUSETTI et alii (1983); CORREA et alii (1984) e

SANTOS (1986) na realidade, deve-se tratar de E. coelomati-

cum, levando em consideração a afirmação feita por TRAVAS-

SOS (1944). O mesmo deve acontecer em outros países do conti-

nente sulamericano, como a Venezuela, onde MAYAUDON (1954)

reportou a ocorrência de E. pancreat icum e o autor levantou

suspeita de que o animal parasitado fora importado do Bra-

TANG & TANG (1977) realizaram trabalhos, que di-

ferenciaram os aspectos morfológicos dos parasi tos adultos,

pedeiros intermediários, ressaltando a segunda geração de

esporocisto.

MORIYAMA et alii (1980) estudou paralelamente a

característ icas fenotípicas e genotípicas, através das aná-

lises cariológicas de cromossos de tecido gonadal de E. coe-

lomaticum e E. pancreaticum, designando-os neste estudo de

tipo I e tipo II respectivamente e concluiu haver diferenças

morfológicas e biométricas dos cromossomos, bem como as po-

sições dos centrômeros destas duas espécies.

2 . 2 . Aspectos de P a t o l o g i a

a. Causados pelos adul tos de Eurytrema coelomat icum

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14

TORRES & PINTO (1936) descreveram a ação do para-

sitismo de formas adultas de E. coelomaticum em pâncreas de

bovino naturalmente infectado e caracterizaram as lesões ma-

croscópicas e microscópicas, bem como a implicação que os

ovos exercem neste mecanismo. Trabalhos como de KONO & FUKU-

YOSHI (1966), NOSAKA et alii (1970) também investigaram o me-

canismo da ação patológica dos ovos na infecção de Eurytre-

ma.

Anterior aos trabalhos de TORRES & PINTO (1936),

FIGUEIREDO (1928) e PINTO & ALMEIDA (1935) também descreveram

a ação parasitária de E. coelomaticum em bovinos.

BASCH (1966) estudou a biologia de E. pancreati-

cum, também fez observações sobre a patologia e registrou

alterações microscópicas e macroscópicas e ainda fez corre-

lação entre o tamanho e a coloração dos parasitos e as con-

dições dos órgãos parasitados.

CAMPOS et alii (1974) verificaram que havia corre-

lação positiva e significativa entre o número de parasitos e

o peso de pâncreas parasitado com E. pancreaticum, ou seja,

à medida que aumenta o número de parasitos aumenta também o

peso do pâncreas.

SAKAMOTO et alii (1981) notaram que não havia di-

ferança significativa no tamanho dos parasitos obtidos de

infecção experimental de caprino e de camundongo nude hete-

rogêno. À medida que aumentou a carga parasitária, também

houve um aumento da atrofia dos órgãos e os parasitos obti-

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15

dos em infecção experimental nestes animais tiveram tamanho

maiores, se comparados com aqueles colhidos de bovinos natu-

ralmente infectados. Ressaltaram ainda os autores que a tro-

ca regressiva dos tecidos acinares foi vista em pâncreas de

camundongos infectados. Por este achado, eles consideram que

o parasito teve severa patogenicidade sobre o tecido acinar

de pâncreas.

Recentemente MATTOS Jr (1987) observou que as es-

pécimes de E. coelomaticum colhidos dos caprinos experimen-

talmente infectados era de tamanho menor do que os colhidos

dos bovinos naturalmente infectados.

b. Causados por agentes b a c t e r i a n o s

Quando se estuda a patogenicidade de um agente

parasitário, a atenção é sempre dirigida ao agente primário,

no entanto, a severidade do quadro pode ser acarretada por

agentes considerados secundários, notadamente quando o para-

sito cria um estado imunodepressor, como mostrou o trabalho

desenvolvido por AITKEN et alii (1979) com animais infectados

com Fasciola hepatica.

EUZEBY (1954) assinalou que a infecção intercor-

rente pode ser realizada pela transferência de agentes bac-

terianos, pela migração dos trematódeos, como na fasciolose,

entre estes incluem-se agentes anaeróbicos como Clostridium,

assim facilitando o aparecimento de hepatite necrótica e au-

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16

mentando o potencial patogênico dos esporos de Clostridium

novyi, evidenciados pelos trabalhos realizados por MUZQUIZ

MORACHO et alii (1981) e BAGADI & SEWELL (1973).

No entanto a maioria dos trabalhos citam a ocor-

rência de Escherichia coli, como um dos agentes enterobacte-

rianas que aparecem com maior frequência e porcentagem, como

pode ser visto nos trabalhos de MUZQUIZ MORACHO et

alii (1981) e OGUNRINADE & ADEGOKE (1982), que trabalharam com

infecção de Fasciola hepatica.

A necessidade de averiguar a real extensão da pa-

tologia da euritrematiase bovina se deve a problema de saúde

pública, uma vez que este órgão sofre um processo de indus-

trialização na extração de hormônios, entre eles a insulina,

que é destinada para o uso humano.

2.3. Manutenção "in vitro"

Um dos primeiros passos no estudo da fisiologia

do parasito adulto é tentar manter o parasito vivo fora da

localização habitual do hospedeiro vertebrado e por maior

tempo possível e a outra importância prática refere-se á ve-

rificação do efeito de drogas de ação anti-helmíntica. Não

foram encontradas nas pesquisas bibliográficas consultadas

nenhuma tentativa sistemática do cultivo de E. coelomaticum,

bem como dados de sobrevivência, condições respiratórias,

empregando o soro de animais como meio de manutenção.

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17

As tentativas com outros parasitos já foram ob-

servadas, como ROSS & BUEDING (1950) que testaram o saro bo-

vino fitrado e não filtrado e verificaram que o período de

sobrevivência de Schistosoma mansoni não diferira nestes

dois meios, indicando que as proteínas e outros componentes

não dializáveis da soro tinham pequeno significado na sobre-

vivência deste parasito. Também este experimento mostrou que

o metabolismo respiratório tem pouca importância na manuten-

ção em condições experimentais e esta completa inibição da

respiração foi provocada pela incubação do parasito em "cya-

nida" 1x10-3M. Quando o parasito tratava-se de Litomosoides

carinii, nematódeo filarídeo, não sobreviveu mais que doze

horas; mudando as condições respiratória para aeróbica a so-

brevida deste parasito foi de sete dias.

2.4 Controle terapêutico

a. Teste "in vivo"

O controle químico da euritrematíase em animais

doméstico tem sido efetivado, especialmente em bovinos natu-

ralmente infectados com Eurytrema. Muitas drogas foram tes-

tadas, em função da atividade anti-helmíntica, principalmen-

te contra os trematódeos de ruminantes e assim ITAGAKI (1961)

in SAKAMOTO et alii (1980) utilizou Niclofolan, Bithionol,

Tetracloreto de carbono, Hexaclorofeno, Niclosamida e com-

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18

plexos antimoniais; KUKHARENKO (1971) testou drogas como He-

xacloroparaxilol, Hexide, Hexacloroetano, Cyazide, Sulfeno,

e Clorofos e nenhuma destas drogas foram capazes de agirem

contra a infecção de Eurytrema em ruminantes. Os mesmos re-

sultados foram obtidos por NOSAKA et alii (1977) quando em-

pregaram o Bithionol, Bithionol sulfóxido, Thiabendazole e

Piperazina.

As drogas que se mostraram efetivas para Eurytre-

ma foram obtidas por SAKAMOTO et alii (1980) quando testaram

Nitroxinil e Praziquantel, notaram evidências de serem efe-

tivos anti-helmínticos para E. coelomaticum, baseandos-se

nos dados relativos a decréscimo da quantidade de ovos eli-

minados pelas fezes, bem como a degeneração destes, refor-

çando, com o encontro de trematódeos degenerados. O encontro

de células em regeneração ativa dos tecidos tissulares, ob-

servados em exames histopatológicos de pâncreas de animais

tratados, reforça ainda mais as atividades destas drogas.

Estes mesmos autores sugerem que Praziquantel seja um anti-

helmíntico ideal contra trematódeos do gênero Eurytrema e

assim observaram que utilizando a droga, havia um acréscimo

de ovos anormais de E. coelomaticum.

Os testes anti-helmínticos em animais infectados

experimentalmente foram realizados por KONO et alii (1986)

seguindo as indicações de SAKAMOTO et alii (1980) que utili-

zaram o Praziquantel em caprinos e que mostrou ser efetivo,

observados pelo decréscimo de quantidade de ovos nas fezes e

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o encontro de pequenas quantidades de parasitos e no órgão

haviam muitos leucócitos e assim demonstraram uma eliminação

gradual do parasito e a recuperação do tecido, com a prol i-

feração do epitél io do ducto pancreático. Neste mesmo expe-

rimento os autores testaram Triclabendazole e este não mos-

trou nenhuma atividade anti-helmíntica para trematódeo pan-

creático.

Na literatura sobre os anti-helmínticos uti l iza-

dos no controle da F. hepatica, como de ARMOUR & BOGAN (1982)

notou se que havia uma seletividade muito grande das drogas

testadas que agem sobre este parasito e sendo mais restr i to

quando se tratou de fase parasitária abaixo de quatro sema-

nas após infecção, entre estas drogas incluíam Dianfenetide,

esta não fo i indicada para bovino, e Tr ic labendazole não

mostrou ser at ivo para trematódeo de Iocal ização pancreáti-

ca.

ARMOUR & BOGAN (1982) registraram excelentes re-

sultados tanto para as formas adultas jovens e maturas de F.

hepatica em ovinos e bovinos, Na fase parasitária entre qua-

tro e oito semana de F. hepatica , além destas drogas acima

ci tadas, a inda inc luem o Ni t rox in i l como observou LU-

CAS (1967).

GAN (1985) foram próximo de 90% de eficiência na el iminação

Os resultados obtidos por MOHAMMMED ALI & BO-

deste parasito dos ductos bil iares dos animais, util izando

Rafoxanide e Closantel.

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Estes ant i -helmínt icos têm função de e l iminar

tanto as formas jovens e adultas, mas alguns destes agem de

uma outra maneira, interferindo no desenvolvimento.

LUCAS (1967) observou a atividade de Nitroxinil,

que era relacionada com a dosagem da medicação e a idade de

infecção e que o desenvolvimento e as características biomé-

tricas tem sido retardadas em grande proporção

A implicação desta droga no sistema reprodutivo

foram observadas por FOREYT & TODD (1976) com a ação inibitó-

r ia na produção de ovos de FascioIoides magna, em cervos

tratados com Nitroxinil, mas sem que ocorresse a morte do

parasito. Os ovos não foram evidenciados nos úteros de para-

sito, de animais sacrificados 17, 18 e 20 dias após o trata-

mento. Os autores alegam que apesar do anti-helmíntico não

matar o parasito, este tem o potencial de interromper tempo-

rariamente a sua transmissão e ainda não se conhece a alte-

ração deste estado de inibição

Trabalhos efetuados, com F. hepatica, em ovinos,

utilizando Nitroxinil, STAMMERS (1976) obteve a redução da

quantidade de ovos nas fezes, isto foi maior após 28 dias de

infecção. Após 42 dias do tratamento, o grupo tratado apre-

sentou uma redução na viabilidade dos ovos, em relação ao

grupo controle. As anormalidades dos orgãos reprodutivos,

como a dos testículos, foram verif icadas com pique na 8º se-

mana do tratamento, havendo estreitamento da parte distal do

túbulo, com distenção tubular periódica e redução do número

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de túbulos brancos, enquanto que as anormalidades no ovário

só foram observadas após a 8ª semana, podendo notar-se dis-

tenção e atrofia, desenvolvimento incompleto ou ainda a sua

ausência. O efeito mais marcante notado no útero foi a redu-

ção em número de circunvoluções e do tamanho do órgão e por

fim no sistema vitelogênico notaram-se a distenção e, algu-

mas vezes, a bifurcação.

b. Teste "in vitro"

Foram poucos os trabalhos que tentaram observar a

atuação de medicamentos anti-helmínticos sobre formas adul-

tas de trematódeos de l o c a l i z a ç ã o p a n c r e á t i c a .

VYKHRESTYUK et alii (1984) efetuaram testes com

drogas derivadas de Salicilanilida (G937 e G1026) e com um

derivado de Bisfenol (Oksinid) em E. pancreaticum, cujos re-

sultados mostraram que as três drogas testadas atuaram sobre

esta forma do trematódeo, matando num intervalo de 24 horas,

na dose de 5x19-5M/litro do meio de cultivo. Os autores re-

gistraram também alterações que ocorreram a nível de metabo-

lismo de carbohidrato.

Com relação à utilização de soro sanguíneo, como

meio de manutenção do trematódeo, BERETTA & LOCATELLI (1969)

investigaram com detalhes a interação entre o Nitroxinil e o

soro sanguíneo em si ou com algumas proteínas séricas e ob-

servaram ser esta droga um potente fasciolicida in vitro,

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tanto em contacto direto, mas também quando introduzido por

diál ise (30 a 80ºA) e em contacto como meio: solução de gl i-

cose, de pol ivini l pirrol idona (PVP) e de leite, onde houve a

atividade anti-helmíntica e quando em contacto com soro san-

guíneo bovina, houve a redução da atividade anti-helmíntica

a nível zero, isto por que a difusão desta droga era extrema-

mente pequena em soro sanguíneo e na solução de albubina sé-

r ica e que este soro era caracter izado por forte l iga-

ção (binding) através da molécula da droga.

SAKAMOTO et al i i (1984) desenvolveram testes in

vi tro, ut i l izando cercátr ias de E. coelomaticum, obt idos de

esporocistos de Bradybaena similaris . A manutenção destas

cercár ias era fe i ta em meios básicos s intét icos, contento

20% de soro fetal bovino, 0,812% de lactoalbumina hidrol isá-

vel, 0,625% de extrato seco e 0,5% de glucose e incubados a

28°C e acondicionados em tubos de Falcon, contendo 5 mil i l i -

tros do meio. Foram testadas 88 drogas que eram dissolvidas

ou suspensas em propi leno gl icol na concentração de 0,002,

0,02, 0,2, 2,0 ou 20,0 mil igramas por mil i l i tro. As altera-

ções morfológicas das cercárias foram observadas por 24 ho-

ras, através do uso de microscópio com contraste de fase e

também foi testada a motil idade,

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23

3 . MATERIAL E MÉTODOS

Este trabalho foi realizado nos Laboratórios de

Parasi to logia e de Microbio logia, do Departamento de Medic i -

na Veterinária Preventiva, Patologia Animal e Zootecnia, do

Centro de Ciências Agrárias, da Fundação Universidade Esta-

dual de Londrina; nos Laboratórios da Área de Parasitologia

Veterinária do Departamento de Biologia Animal, do Instituto

de Biologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

As colheitas de pâncreas parasitados e não para-

sitados, bem como as fezes dos respectivos animais, foram

realizadas nas dependências do Matadouro-Frigorífico Frigo-

zé, em Londrina, Paraná. Os bovinos constituídos para estes

estudos eram na sua maioria de raça zebuina e o período se

estendeu, de Janeiro de 1983 a dezembro 1986.

3 . 1 . I n d e n t i f i c a ç ã o m o r f o l ó g i c a do p a r a s i t o

seada nos trabalhos de descrição original real izados por

GIARD & BILLET (1892) e de LOOSS & CUFFEY (1907), de KOBAYAS-

HI (1920), de TRAVASSOS (1944), de TRAVASSOS, FREITAS &

KOHN (1969) e de CHINONE, FUKASE & ITAGAKI (1984).

A ident i f icação da espécie de Eurytrema fo i ba-

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Os espécimes foram colhidos diretamente dos duc-

tos pancreático de bovino, colocados em bandeja de plástico,

contendo solução salina fisiológica e mantidos em temperatu-

ra de geladeira (entre 6 a 10 graus centígrados) por um pe-

ríodo de 12 horas. Alguns destes trematódeos foram colocados

para compressão entre duas lâminas de vidro e amarrados

através de um fio de algodão e mantidos em álcool, formol e

ácido acético (AFA), por um período de 2 a 3 dias e em tempe-

ratura ambiente. Após a compressão, os espécimes eram manti-

dos em solução de AFA até a sua montagem. A coloração empre-

gada foi o carmim clorídrico alcoólico, seguindo a técnica

descrito por TRAVASSOS (1950).

Os registros morfológicos e micrométricos de

Eurytrema foram realizados com o auxílio de microscópio óp-

tico, com ocular micrométrico. Foram considerados as seguin-

tes estruturas do trematódeo o comprimento e a largura do

corpo, os diâmetros das ventosas oral e acetabular a dis-

tância, das ventosas e a razão entre as ventosas.

3.2. Técnicas histológicas

Os pâncreas bovino naturalmente parasitados foram

obtidos de animais abatidos no matadouro e procederam dos

municípios de Maria Helena (3 vacas), Londrina (3 bois), Pero-

bal (3 vacas), Paranavaí (3 vacas), Cornélio Procópio (3 va-

cas), Umuarama (1 vaca), Altônia (3 vacas), Tapejara (4 bois),

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Sertanópolis (4 bois), Marumbi (4 vacas), Alto Piquiri (4

bois), Castelo Branco (1 boi), Matelândia (2 bois) municípios

sito no Estado do Paraná e Brasilândia (2 bois) de Mato Gros-

so do Sul, totalizando 40 amostras de pâncreas, sendo consti-

tuídos de 20 vacas, animais fêmeas e com idade superior a 60

meses e de 20 bois, animais que na sua maioria eram machos e

com idade entre 36 a 48 meses. Estas amostras foram colhidas

no período de janeiro a fevereiro de 1983 e remetidos a La-

boratório de Parasitologia Veterinária da FUEL. Para o pro-

cedimento de exames macroscópicos foram feitos o exame su-

perficial do órgão como o aspecto, coloração e a sua consis-

tência, para em seguida realizar o corte transversal do pân-

creas para avaliar o estado do ducto e parênquima pancreáti-

co.

Para os estudos histológicos, colheu-se fragmen-

tos de pâncreas de três regiões distintas, os ductos da ex-

tremidade direita, da posição mediana e da extremidade es-

querda e, em seguida, foram acondicionados em recipientes de

vidro, contendo solução neutra de formalina a 10%: poste-

riormente foram desidratados em etanol e a inclusão foi efe-

tuada em parafina. A peça emblocada foi seccionada com o au-

xílio de micrótomo em fragmentos com espessura de cinco mi-

crômetros. A coloração foi obtida, utilizando-se a hematoxi-

lina-eosina (HE), de acordo com o método de PUTT (1948).

Os registros das lesões produzidas por Eurytrema

foram realizados com o auxílio de microscópio óptico da mar-

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26

ca Nikon, utilizando filme Ektachrome-Kodak, 35 milímetros,

ASA 64.

3.3. Técnicas coprológicas

Concomitantemente às colheitas de pâncreas para-

sitados, foram támbém realizadas as de amostras de fezes dos

respectivos animais, para estudar a correlação da carga pa-

rasitária, com a quantidade de ovos eliminados pelas fezes

e as possíveis interferências decorrentes a tipos de lesões

nos pâncreas.

Cada amostra constituiu de 10 gramas de fezes e

acrescida de dois mililitros de formalina a 10%. Para diag-

nóstico parasitológico quantitativo, foi empregada a técnica

descrita por CHINONE & ITAGAKI (1976) que consistia na tami-

zação desta amostra de fezes em malhas com abertura de

150,106 e 76 micrómetros e o filtrado submetido a sedimenta-

ção em cálice de Hoffman e a contagem total da amostra foi

realizada com o auxílio de um microscópio esterescópio-

Zeiss, com capacidade de aumento de 100 vezes.

3.4. Técnicas bacteriológicas

As amostras de pâncreas bovino parasitados com

Eurytrema foram colhidas e acondicionadas em sacos plásticos

limpos, devidamente identificadas, e, em seguida, remetidas

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passa do intestino para o pâncreas pelo Canal de Virsung,

assim a forma juvenil poderia transportar agentes microbia-

nos.

para o Laboratório de Microbiologia da FUEL para realizações

dos exames bacteriológicos, visando constatar a presença de

enterobactérias, devido & proximidade do órgão com o trato

intestinal. No ciclo evolutivo de Eurytrema, PRYADKO (1962)

reportou que a espécie E. pancreaticum na sua forma juvenil

As técnicas bacteriológicas utilizadas para estes

estudos foram baseadas, segundo a descrição de JAWETZ et

alii (1984). Para o isolamento de enterobactérias, o material

constituiu em raspar a mucosa pancreática por meio de alça

de platina. Em seguida, semeada em ágar sangue e incubados

em estufas a 37 graus centígrados, durante 24 horas. Os mi-

croorganismos que cresciam neste meio eram identificados pe-

la técnica de Gran. Se Gran negativo eram replicados em meio

de ágar MacConkey e incubados a 37 graus centígrados, duran-

te 24 horas e em condição aeróbica, para em seguida serem

submetido a testes bioquímicos, que consistiam nas passagens

pelo Indol, TSI (triple sugar iron agar lactose, sucrose and

glucose), Nitrato (N03), Fenil Alanina, Uréia, Citrato, Ver-

melho Metila, Reação de Voges Proskaner, Manitol e Lisina.

Os microorganismos que reagiam como Gran positivos foram

submetidos a prova de coagulase rápida, diferenciando a coa-

gulase rápida positiva como Staphilococcus aureus, que é um

agente patogênico, invasor, hemolítico, fermenta manitol e

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poduz pigmento amarelo. A prova de coagulase rápida negati-

va como Staphilococcus epidermitis, que é um agente apatogê-

nico, não é invasor, costuma não ser hemolítico, não fermen-

ta o manitol e produz pigmento branco.

3.5. Cultivo de Eurytrema "in varro"

Para a manutenção de Eurytrema fora do seu habi-

tat natural que é o pâncreas e em condiões experimentais,

foram utilizados o soro de ovino, o meio de Gay ABC e o meio

199, estes dois meios são largamente empregados para o cul-

tivo de células de origem animal.

Os espécimes do trematódeos foram colhidos em

condições assépticas do ducto pancreático de bovino natural-

mente infectado. No total de dez amostras de orgãos parasi-

tados, foram selecionados dez parasitos de cada pâncreas e

acondicionados em recepiente de vidro com capacidade de dez

mililitros e com tampa de borracha. Em cada recepiente foram

colocados um mililitro do meio e incubados em estufas a 38

graus centígrados.

Para obtenção de soro de ovino, o sangue foi co-

lhido da veia jugular do animal e acondicionados em rece-

litros e mantidos na temperatura de geladeira por 24 horas,

piente de vidro, contendo vácuo, com capacidade de 600 mili-

para o seu desoramento. O soro foi colhido através de uma

pipeta e acondicionado em garrafa xarope e mantido a tempe-

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ratura de geladeira até a sua utilização. Este soro não foi

submetido a qualquer processo de inativação ou de filtragem.

O critério para observar a sobrevida dos tremató-

deos nos meios de cultivo foi através da motilidade do para-

sito, não havendo nenhum estímulo externo para verificar tal

fenômeno. Caso houvesse dúvidas, recorreu-se ao uso de mi-

croscópio estereoscópio, principalmente após um longo perío-

do de manutenção dos parasitos nos meios, quando se perde

muito a motilidade.

Baseando-se nas técnicas utilizadas no cultivo

do Eurytrema in vitro, foram observadas a oviposição média

diária deste parasito. As leituras só foram consideradas pa-

ra amostras que possibilitaram duas leituras consecutivas,

com espaço de 24 horas cada uma, consequentemente, neste pe-

ríodo, foram realizadas as trocas dos meios e de recepien-

tes; e assim os trematódeos teriam que sobreviver no mínimo

por 72 horas.

3.6. Uso de anti-helmínticos

a. Teste "in vivo"

Foram selecionados 28 bovinos, com idade aproxi-

mada de 36 meses, de raça Nelore, de um total de 60 animais,

naturalmente infectados com Eurytrema, comprovados pela pre-

sença de ovos nas fezes, para isto utilizou-se a técnica de

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CHINONE & ITAGAKI (1976). Estes animais procederam de Londri-

na e f o r a m d i v i d i d o s em s e i s g r u p o s :

Nº a n i m a i s T r a t a m e n t o

dias após as inoculações, inicialmente através da observa-

ções macroscópicas para observar o estado geral dos parasi-

tos encontrados nas necrópsias e posteriormente pela visua-

D o s e V i a

4 Nitroxini l (Dovenix.-Rhodia-Merieux) 20 mg/Kg Inj .

3 Closantel (Seponver-Smith kline) 10 mg/Kg Oral

4 Rafoxanide (Ranide-MSD AGEVET) 3 mg\Kg Inj.

6 Triclabendazole (Fasinex-Ciba Geigy) 10 mg\Kg Oral

5 Controle infectado

6 C o n t r o l e n ã o i n f e c t a d o

As avaliações terapêuticas foram real izadas 30

l ização microscópica, através de compressão em duas lâminas

de vidro e também pela montagem dos espécimes, fixados em

formalina a 10% e corados pelo carmim clorídrico, seguindo

a t é c n i c a d e s c r i t o p o r TRAVASSOS (1950).

b. Teste "in vitro"

Os ovinos utilizados neste experimento e que ser-

viram como doadores de sangue foram preparados previamente,

não recebendo nenhuma medicação anti-helmíntica por um pe-

ríodo de 180 dias quando me fez o contrôle de helmintos que

causam a gastroenterite verminótica, não houvendo a interfe-

rência dos resíduos destes vemífugos. Antes das aplicações

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31

das drogas selecionadas para este experimento foram reali-

zadas colheitas de sangue, que na etapa posterior, serviram

para formarem os lotes testemunhos. Neste experimento também

foram empregadas as normas de assepsia para evitar a conta-

minação do soro.

Os anti-helmínticos inoculados em ovinos foram as

mesmas utilizados no teste in vivo:

T r a t a m e n t o D o s e V i a

Nitroxinil (Dovenix-Rhodia Merieux) 20,0 mg/Kg Inj.

Closantel (Sponver-Smith Kline) 10,0 mg/Kg Oral

Rafoxanide (Ranide-MSD AGEVET) 7,5 mg/Kg Oral

TCBZ (Fasinex-Ciba Geigy) 10,0 mg/Kg Oral

TCBZ (Triclabendazole)

As amostras de sangue dos ovinos foram obtidos

através da punção da veia jugular, quando a concentração

plasmática das drogas atingiu o seu pico máximo, baseando-se

nos dados a seguir:

Tratamento Autor (Ano)

Nitroxinil PARNELL (1970)

C1osantel JOHNSON & JOHNSON

Rafoxanide MSD AGEVET

TCBZ BOGAN et alii (1985)

Dose

20,0 mg/Kg

10,0 mg/Kg

7,5 mg/Kg

10,0 mg/Kg

Este sangue foi colhido em frascos de vidro, con-

Hs/Concentratação

24/55,0 microgr./ml

24/115,8 microgr./ml

24/ 32,5 microgr./ml

24/ 11,0 microgr./ml

tendo vácuo, após o desoramento por 24 horas, os soros dos

ovinos foram distribuídos em frascos de vidro transparente e

com capacidade de dez mililitros e receberam cada um, um mi-

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lilitro do soro em teste. Para cada droga selecionada foram

empregadas dez amostras e o mesmo número, com o soro que

serviu como testemunho.

c. Efeitos da vermifugação convencional sobre Eurytrema

Foram selecionados, através de exame de fezes,

utilizando a técnica descrita por CHINONE & ITAGAKI (1976),

40 bovinos de raça mista de Nelore e Charolês, naturalmente

infectados com Eurytrema. Estes animais foram divididos em

Dose Via

7,50 mg/Kg Oral

0,20 mg/Kg Inj.

3,75 mg/Kg Inj.

Os bovinos foram mantidos nas pastagens, agrupa-

dos num mesmo piquete e receberam durante o experimento qua-

tro aplicações anti-helmínticas nos dias 24/9/85, 17/12/85,

4/6/86 e 24/9/86. Estas vermifugações foram realizadas em

bovinos a partir de doze meses de idade.

Os animais foram sacrificados com 32 a 36 meses e

os pâncreas foram colhidos, devidamente identificados e re-

metidos ao Laboratório de Parasitologia Veterinária da FUEL.

Em parte da amostra dos trematódeos colhida dos ductos pan-

creático dos bovinos, verificou-se a porcentagem de ovos

quatro grupos a saber:

G r u p o \ T r a t a m e n t o

10 Febantel (Rintal-Bayer)

10 Ivermectin (Ivomec-MSD AGEVET)

10 Levamizole (Ripercol-Cyanamid)

10 Controle

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férteis presentes na porção final do útero do parasito adul-

to, o estado das glândulas vitelogênicas, bem como os órgãos

reprodutivos. Estes exames foram feitos colocando o parasito

comprimidos entre duas lâminas de vidro. Outra parte da

amostra colhida foi fixada em AFA por dois a três dias, em

temperatura ambiente, comprimidos entre duas lâminas de vi-

dro, posteriomente corados em carmim clorídrico, de acordo

com a técnica descrita por TRAVASSOS (1950), para exame das

estruturas, principalmente do sistema reprodutivo do trema-

tódeo.

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34

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 . Ident i f i cação e b iomet r ia da fo rma adu l ta de Eury t rema

t rabalho foram o comprimento e a largura do corpo de forma

adul ta, o d iâmetro das ventosas oral e acetabular , a razão

entre as ventosas e a distância entre as ventosas. Foram

As est ruturas morfo lóg icas consideradas neste

mensurados 699 espécimes, colhidos de pâncreas bovina natu-

ralmente infectados e dist inguindos os animais quanto ao se-

xo e fa ixa etár ia. Os bois foram const i tuídos de animais na

sua maior ia de machos, com idade entre 36 a 48 meses e as

vacas foram consti tuídas de animais fêmeas e com idade supe-

r ior a 60 meses. Os resultados foram sumarizados na tabela 1

e 2.

Na l i te ra tura consu l tada como EDUARDO et a l i i

(1976) e LOOSS & CUFFEY (1907) deixam claro que o método de

compressão e coloração para d iagnót ico especí f ico dos hel -

mintos do gênero Eurytrema é sat isfatório. Baseando-se nes-

tes dados e através das anál ises biométr icas e comparando

com de outros autores (Tabela 4), o espécime do presente tra-

batho trata-se de E. coelomaticum.

Os espécimes colhidos de bovinos t inham tamanhos

semelhantes, não se observando diferenças signif icat ivas en-

tre aqueles que se encontravam em bois e em vacas.

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35

ver i f icou a mesma co isa quando houve a var iação populac io-

n a l .

Também não houve diferenças nos tamanhos quando

variou-se a carga parasitária, mesmo quando a população de

parasito era muito al ta, os trematódeos encontradas conse-

guiram atingir tamanhos que se aproximaram, se comparados

com os de baixa população, como pode ser v is to na Fig.

23 (comprimento) e Fig. 24 (largura).

As variações observadas nestas mensurações foram

afetadas por fatores como o desenvolvimento do parasito no

pâncreas bovino, grau e t ipo de lesão; estas lesões podem

ser decorrentes de causas extrínsecas, como l ipomatose, e

morfológicamente os parasitos colhidos neste tipo de altera-

ção tinham tamanhos reduzidos.

As característ icas biométr icas dos ovos encontra-

dos nas fezes (Tabela 1, de boi e Tabela 2 de vaca), obt idas

de 790 mensurações.

O índice de fert i l idade, quando comparados com

aquele que foi encontrado nas fezes com o que foi verif icado

na porção f inal do útero (Fig. 16) é mostrado na Fig. 26.

As medidas de comprimento e largura dos ovos não

variaram, se encontrados nas fezes de vaca ou de boi e se

Pelo número de ovos encontrados nas fezes (opg) de

bovinos pôde-se notar que à medida que aumentou a população

do parasito houve um aumento proporcional de ovos.

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36

contratavam na porção final do útero revelaram existir uma re-

lação direta nas porcentagens de ovos férteis pesquisados

nestes dois locais, cujo resultado pode ser visto na Fig.

Os estudos de viabilidade realizados tanto em

ovos que eram eliminados nas fezes como aqueles que se en-

26. Isto demonstrou que com a técnica empregada para pesqui-

sa quantitativa e qualitativa foi possível detectar tanto

ovos férteis como ovos inférteis. Os ovos inférteis foram

observados com maior frequência naqueles parasitos de tama-

nho reduzido (Fig. 19), mas quando se aumentou o número de

parasitos adultos imaturos nos órgãos, não foi verificado um

aumento proporcional deste tipo de alteração.

A técnica empregada no exame total de 10 gramas

de fezes, resultado na ausência de ovos em uma amostra, no

total de 40, apesar desta estar parasitada. As exigências

quanto a quantidade foram satisfatórias, sendo que a sensi-

bilidade verificada foi na ordem de 97,5%. Esta eficiência

também fica condicionada a fatores como observou CHINONE &

ITAGAKI (1976) sendo difícil detectar ovos nas fezes quando o

número de E. pancreaticum era pequeno nos hospedeiros fi-

nais. A quantidade de fezes empregada para pesquisa de ovos

ITAGAKI (1976); estes autores realizaram a técnica de sedi-

de trematódeos tem sido relativamente grande, se comparados

com a de nematódeos; variando de uma grama, quantidade uti-

lizada por DENNIS et alii (1954); UENO & GUTIERRES (1987),

cinco gramas por VIANNA (1985) e dez gramas por CHINONE &

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37

final.

mentação e ou parcelando em alíquotas para fazer a leitura

Pelas análises entre a eliminação de ovos pelas

fezes dos bovinos e tipo de lesões macroscópicas encontradas

nos pâncreas bovino, pôde-se observar que na lesão do tipo

I, os ovos eram eliminados de forma relativamente homogênea,

guardando uma proporção isto é, à medida que cresceu o nú-

mero de parasitos, aumentou o número de ovos encontrados nas

fezes, como mostra a Fig. 25. Já em relação às lesões do ti-

po II e III, os números foram relativamente baixos, demos-

trando que os ovos nestas condições sofreram uma maior in-

terferência das lesões presentes na parede dos ductos pan-

creático, com possível retenção parcial até total (Fig. 13).

A configuração da distribuição de ovos nas lesões

Fig. 25, isto é, as áreas envolventes na correlação entre a

do tipo I e II foram semelhantes, como pode ser visto na

carga parasitária e o fluxo de eliminação de ovos nas fezes

foram coicidentes e que a quantidade de ovos eliminados nas

fezes (opg), nestas condições foi considerada baixa.

Pela grande carga parasitária, presente na lesão

do tipo III, como consequência, deveria haver um aumento

proporcional de opg, mas desenvolveram-se situações que pro-

porcionaram maiores obstáculos, como reação inflamatória e o

próprio número de parasito presente nos ductos. Muitos ovos

sofreram retenção junto ao órgão, outros tiveram uma elimi-

nação mais lenta ou mais rápida e assim resultaram nesta

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38

g r a n d e v a r i a ç ã o de opg n e s t e t i p o de l e s ã o .

A n á l i s e s e s t a t í s t i c a s

Tipo de lesão Coef. Correlação

I 0 , 8 1 8 0 , 6 7

I I 0 , 6 5 2

I I I 0 , 0 4 7 0 , 0 0 2 2 1

Coef. Determinação

0,425

Na coproscopia a níve l ind iv idual , mesmo decor-

rente de uma grande variação de infecção de Eurystrema, o opg

não estimou precisamente o número de trematódeos e muito me-

nos exist iu uma correlação segura do grau de patologia que

os parasitos provocaram nos pâncreas bovino e estas observa-

ções estão de acordo com MATTOS Jr & VIANNA (1987) ao regis-

trarem, que os ovos eliminados nos ductos pancreáticos pelos

parasitos adultos sofrem um retardamento ou obstrução pelas

reações ou modif icações dos tecidos pancreát icos e por isto

o número de ovos el iminados com as fezes não está relaciona-

do com o número de trematódeos albergados no órgão.

CALAMEL & GIAUFFRET (1976) trabalharam com Dicro-

coelium lanceolatum, parasito de localização hepática, porém

da mesma família do gênero Eurytrema. Os resultados coproló-

gicos deste trabalho realizado em 55 ovinos foram util izados

como parâmetro para interpretar a intensidade parasitária.

4.2. Avaliação anatomopatológicas e histopatológicas

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39

Nos pâncreas de bovinos naturalmente infectados,

foram encontrados as formas adultas de E. coelomaticum nos

ductos pancreáticos.

Quando o número de parasitos foi pequeno, eram

distribuidos no ducto principal e em órgão onde havia uma

maior quantidade de parasitos foi possível constatar muitos

se alojando em ductos de menor calibre (Fig. 7).

Nenhuma vez foi verificada a localização deste

trematódeo fora destes locais citados. Somente em ovinos foi

constatada a presença deste parasito na vesícula biliar e

nos ductos pancreáticos e quando comparados biométricamente

não foram observadas diferenças significativa em seus tama-

n h o s .

GIARD & BILLET (1892) reportaram na descrição ori-

ginal de E. coelomaticum, dando-lhe o nome específico, a lo-

calização do parasito que fora encontrada, na cavidade geral

e ainda na pleura e no epíplom de bovino.

TRAVASSOS (1944) na revisão da família Dicrocoeli-

idae, relatou a ocorrência de E. coelomaticum, além do pân-

creas de ruminantes, sendo raramente encontrados nos ductos

biliares destes animais e, em vitelo foi encontrado exemplar

no Canal de Virsung, mas não fez nenhuma referência ao tama-

nho do trematódeo. CHINONE & ITAGAKI (1976) através de infec-

ção experimental de E. pancreaticum em coelhos, observaram

grande quantidade de forma juvenil na porção marginal do

pâncreas, estes trematódeos mediram 1,1 milímetro de compri-

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mento, ficando difícil confirmar o registro realizado por

TRAVASSOS (1944).

Os exames macroscópicos de pâncreas parasitados

que consistiram nas análises da consistência, coloração e a

presença do parasito foram feitos através do corte transver-

sal e em seguida pela compressão e consequente expulsão de

agromerados de trematódeos.

Para uma melhor compreensão, os pâncreas bovinos

parasitados naturalmente foram classificados em três tipos,

de acordo com a extensão das lesões produzidas por E. coelo-

maticum:

Tipo I - ausência de lesões macroscópicas nos ductos e pa-

rênquima (Fig. 1).

Tipo II - presença de lesões macroscópicas somente nos duc-

tos (Fig. 2) (Fig. 5),

Tipo III - presença de lesões macroscópicas nos ductos e pa-

rênquimas (Fig. 3) (Fig. 6).

NOSAKA et alii (1970) mencionaram uma classifica-

ção de acordo com o tipo de infecção causado por Eurytrema,

em bovino, baseando-se nas nodulações do processo inflamató-

rio: como sendo altamente severo, moderadamente, levemente e

em último como sendo de menor grau de lesão.

ASHIZAWA et alii (1971) também classificaram,

quanto a localização das lesões, de acordo com a região ana-

tômica do pâncreas: como severo, se a lesão era presente no

ducto principal e ducto colateral, grupo médio, quando a le-

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são era restr i ta a ducto principal e o grupo intermediário,

quando a lesão era presente no ducto do lobo direito era

maior do que o esquerdo.

Lesão do t ipo I

bovino fo i causada pr imar iamente pelos parasi tos em desen-

Invar iavelmente a patologia da eur i t rematíase em

volv imento nos ductos pancreát icos, pela ação das ventosas

sobre a mucosa dos ductos (Fig. 8) . Esta ação i r r i tat iva es-

tabeleceu uma reação secretória de maior intensidade de cé-

lulas cal ic i formes (Fig. 4). Os pâncreas ao exame externo não

apresentaram nenhuma lesão apreciável, sua coloração era ró-

sea, assemelhando aspecto de um órgão não parasi tados, mas

sendo v is ível na d i ferença do cal ibre do ducto pancreát ico,

com l igeiro espessamento. Demonstrando assim, que a presença

do parasi to const i tu iu um obstáculo para o escoamento uni -

forme dos sucos pancreáticos.

As lesões microscópicas v ieram conf i rmar a af i r -

• mação acima que foi a presença de f ibrose per iductal e quan-

do a intensidade fo i maior , esta al teração se estendeu para

o ínterst íc io e não foram ver i f icadas consequências d i retas

em outras estruturas do órgão. As reações celu lares por mo-

nonucleares e notadamente por eosinof i l ia foram em pequena

intensidade e se local izaram nas áreas de f ibrose. Em casos

mais avançadas, havia reação inf lamatór ia na região da sub-

serosa (Fig. 9) e nesta mesma f igura pode se notar uma es-

t re i ta malha de f ibr ina, representada por célu las mono e po-

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limorfonucleares.

Lesão do tipo II

O comprometimento do órgão neste tipo de lesão

revelou ser em maior grau, principalmente a nível de ductos

pancreáticos, com presença de secreção catarral, de aspecto

muco espesso e de cor amarelada (Fig. 5). Este tipo de secre-

ção também foi observada por BASCH (1966) e ASHIZAWA et

alii (1971) em infecção de animais com E. pancreaticum, na

Indonésia e Japão respectivamente.

As paredes dos ductos se apresentaram mais espes-

sas, decorrente da reação inflamatória mais intensa, asso-

ciada à carga parasitária maior, assim havia a retenção dos

sucos pancreáticos, consequentemente apareceram fibroses de

maior intensidade. A somatória destes elementos resultaram

em algumas alterações na coloração do órgão, acarretada pela

presença de ovos nas paredes dos ductos pancreáticos secun-

dários (Fig . 2)

Um achado característico neste tipo de lesão, foi

áreas de calcificação lacalizadas principalmente nos ductos

de calibre menores, cuja formação era de pequenas placas e

múltiplas, perceptível ao corte, pelo ranger do instrumento

cortante.

Microscópicamente, as alterações foram encontra-

das a nível dos epitélios dos ductos, com crescimento exage-

fado, formações que lembram palissadas, e com a presença de

rede de fibrina, distribuída por toda a extensão dos ductos

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43

e com grande número de células mono e polinucleares. Entre

estas duas áreas, havia muitas células em necrose, represen-

tadas por células em picnose e cromatólise. As fibroses pe-

riductal e intersticial foram mais abrangentes, comprometen-

do maiores áreas de células acinares e podendo notar a atro-

fia destas, sem que fosse observado o compromentimento de cé-

lulas das Ilhotas de Langerhans. Como se constatou a presen-

ça de obstrução parcial e mesmo total em alguns ductos de

menores calibre por processo inflamatória, consequentemente,

ali ficaram retidos grande quantidade de ovos. Constatou-se

ainda a presença de calcificação, junto à parede dos ductos

de pequeno calibre e na lâmina própria (Fig, 12) e nestes lo-

cais havia uma hiperplasia e crescimento desordenado das cé-

lulas epiteliais. A frequência desta alteração foi de 12,5%,

sendo 5% em bois e 7,5% em vacas e não foi encontrado em 20

animais não infectados com E. coelomaticum.

Esta alteração foi diferente daquela mostrada por

VELLING (1975) em bovinos da Dinamarca, tendo registrados 279

casos em 65.471 bovinos examinados e com uma frequência de

0,43% de pancreolitíase. A frequência foi maior em animais

com mais de 4 anos. O autor descreveu esta alteração como

concreção branca, dura, com tamanho variado e que se locali-

zaram no ducto principal do pâncreas. Esta formação na euri-

trematíase também foi observada por RIBEIRO et alii (1980)

no Brasi, e por KONO & FUKUYOSHI (1966) e NOSAKA et

alii (1970) no Japão.

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44

As calcificações encontradas na euritrematíase em

bovino provavelmente decorreram da ação parasitária que foi

um processo irritativo, como consequência, o organismo rea-

ra fase foi notada a presença de células ligadas à defesa

giu proliferando secreção de natureza catarral e durante es-

imunológica, tais como plasmócitos, linfócitos, macrófagos,

eosinófilos e mastócitos, realizando atividade imunológica

sobre a superfície da mucosa para expulsar o parasito.

DOYLE (1971) constatou que 85% da população de F.

hepatica em ductos biliares eram expelidos entre 16 a 30 se-

manas, após a infecção e que as calcificações nos ductos bi-

liares se iniciaram a partir de 20 semanas e gradativamente

se tornaram mais severas. Assim o autor sugeriu que o pro-

cesso de calcificação também seria um mecanismo de defesa do

hospedeiro e desta maneira os trematódeos eram eliminados.

Isto pode explicar a faixa de concentração limitada do núme-

ro de parasito presente nos pâncreas com calcificação.

Lesão do tipo III

Macroscópicamente, os pâncreas neste tipo de le-

são tinham uma consistência dura e apresentavam uma colora-

ção acinzentada (Fig. 3). Neste estado demonstravam uma lesão

tipicamente decorrente de uma fibrose e consequentemente ha-

via um aunmento de volume do órgão. Isto pode ser explicado

pelas observações feitas por CAMPOS et alii (1974) de que ha-

via uma correlação positiva e significatva entre o número

de E. pancreaticum e o peso de pâncreas parasitados, ou se-

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ja, à medida que aumentou o número de parasitos, o peso de

pâncreas também aumentou, devido provavelmente ao aumento de

tecido conectivo nos pâncreas parasitados.

Se o comprometimento era de natureza extrínseca,

como lipomatose, o órgão me apresentava de consistência flá-

cida, devido à infiltração do tecido gorduroso, e desta ma-

neira havia uma destruição mecânica do tecido acinar e o ta-

manho do pâncreas era reduzido. (Fig. 6).

A carga parasitária neste tipo de lesão foi bem

maior, se comparadas com os tipos de lesões, anteriomente

citados. Este tipo de alteração foi notada somente em vacas.

Lesão do Carga Paras.-Boi Carga Paras.-Vaca Média

Típo I 385 991 644

T i p o I I 1 . 4 5 2 1 . 1 7 9 1 . 3 3 5

Tipo III - 7.935 7.935

A carga parasitária na lesão do tipo III efetiva-

mente foi aquela que apresentou um número muito grande, com

uma variação de 875 a 21.332 parasitos por órgão (Tabela 2),

sendo constatado em cinco animais, portanto uma pequena par-

cela foi atigida por este tipo de lesão.

Nos pâncreas infectados com formas adultas de E.

coelomaticum, os trematódeos apresentaram-se distribuídos no

ducto principal. Quando havia um grande número de parasitos,

muitos se desenvolveram em ductos secundários do órgão e as-

sim foi possível verificar em exames histopatológicos o

achatamento dos epitélios, devido ao crescimento de tamanho

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dos trematódeos. Com o decorrer do tempo também desenvolve-

ram reações inflamatórias que ocasionaram a obstrução sendo

inicialmente de forma parcial, chegando a total, desta ma-

neira, havia descarecterização estrutural dos ductos, em cu-

jas áreas havia uma retenção muito grande de ovos (Fig. 13).

Quase todos os pesquisadores que trabalharam com a patolo-

gia da euritrematíase de animais domésticos e nos humanos,

relataram a ocorrência deste processo inflamatório e autores

como CORREA et alii (1984) sugeriram que as oclusões poderiam

prejudicar a digestão entérica. Como citamos anteriormente,

estas obstruções estabeleceram, em grau proporcional, o apa-

recimento de fibrose, seja periductal ou intersticial nos

casos mais extremos.

O processo de aparecimento da fibrose pode ser

explicado pelo trabalho realizado por AUSTIN et alii (1980)

que observaram uma estreita relação entre o grau de obstru-

ção e a severidade de alteração das funções exócrinas de

pâncreas de gatos. No relato, os autores incluíram o apare-

cimento de fibrose e notaram que quanto maior o obstáculo,

maior foi o grau de fibrose.

Apesar deste trabalho ter sido realizado em ga-

tos, as lesões provocados por Eurytrema procyonis em gatos

foram descritas por FOX et alii (1981) como sendo o espessa-

mento e fibrose dos ductos. Microscópicamente ainda, obser-

varam proliferação da mucosa e fibrose periductal. E em

áreas afetados com maior severidade, havia hiperplasia das

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47

células acinares, com completa obliteração dos ductos, sem

que houvesse uma fibrose muito severa.

Esta descrição se assemelha com a que foi relata-

da no presente trabalho em bovinos. É ainda reforçada se se

considerar que o gato pode servir como hospedeiro final de

E. coelomaticum, como comprovou trabalho experimental reali-

zado por CHINONE et alii (1984).

A infecção por outros trematódeos, como S. manso-

ni, pode acarretar fenômeno semelhante CHEEVER (1969) utili-

zou o processo de perfusão de cadáveres para recuperação

deste trematódeo e verificou que os casos de fibrose de Sym-

mers apresentaram muito mais parasitos do que os casos as-

sintomáticos. Assim em casos não tratados de fibrose de Sym-

mers havia mais de 160 casais, enquanto que nos casos sem

fibrose de Symmers havia mais de 10 casais; concluindo que a

infecção pesada constitui num requisito para desenvolvimento

de fibrose.

A fibrose pancreática tem sido reconhecida como

maior consequência da infecção por Eurytrema, em diferentes

espécies de animais. O que foi relatada nos trabalhos reali-

zados por FIGUEIREDO (1928), PINTO & ALMEIDA (1935), TORRES &

PINTO (1936) BASCH (1966), KONO & FUKUYOSHI (1966) NOSAKA et

alii (1970), ASHIZAWA et alii (1971), KONO et alii (1980), RI-

BEIRO et alii (1980), BRITO et alii (1981) e SAKAMOTO (1981).

Em consequência do desenvolvimento das fibroses,

diminuem-se as áreas de acinos glandulares e em muitos casos

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existe a ausência quase que completa deste tipo celular (Fig.

13), resguardando as células das Ilhotas de Langerhans. Em

casos muito severos, havia atrofia destas células. Os pân-

creas com esta severidade de lesões apresentaram-se com

grande quantidade de granulomas, de localização variados,

seja a nível da parede dos ductos como em parênquima pan-

creático. Se o granuloma for de localização nos ductos, ha-

via a retenção de grande quantidade de ovos, evidenciados

pela coloração visual do órgão, em tom acinzentada; na re-

gião central deste granuloma pode-se notar, algumas vezes,

grande áreas de necrose de liquefação. Alguns autores como

KONO & FUKUYOSHI (1966) também mencionaram a presença destas

alterações.

Como o número de parasitos era muito grande neste

tipo de lesão, o número de ovos também foi alto, mas devido

a dificuldade de escoamento e movimentos do corpo do parasi-

to alguns ovos se alojaram no parênquima pancreático. Este

processo também foi relatado e explicado com detalhe, ini-

cialmente por TORRES & PINTO (1936), posteriomente por KONO &

FUKUYOSHI (1966), NOSAKA et alii (1970) e CORREA et

alii (1984). Nos exames histopatológicos ao redor destes ovos

não foram observadas nenhuma reação inflamatória (Fig. 14).

BUTTERWORTH (1984) transcreveu uma observação

clássica, mostrando que os ovos de S. mansoni depositados em

tecidos estimularam uma reação granulomatosa timo dependente

e que foi descrita na patologia da esquistosomose no hospe-

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49

deiro vertebrado e como sendo causador primário e isto está

associado com uma infiltração de linfócitos, macrófagos e

eosinófilos, seguido eventualmente pela destruição de ovos e

pela fibrose, caracterizando como um granuloma e os ovos no

interior desta, eram destruídos.

Portanto, existe uma diferenciação básica que na

infecção por E. coelomaticum em pâncreas bovino havia a re-

tenção de ovos em processo inflamatório e como estes ovos

representam corpos estranhos e assim foram fagocitados por

células gigantes (Fig. 15). A interferência dos ovos de Eury-

trema, como causadores de reação inflamatória foi descrita

por FIGUEIREDO (1928), TORRES & PINTO (1936), BASCH (1966) e

KONO et alii (1980).

A reação celular presente em quase todos os pân-

creas infectados e examinados com E. coelomaticum foi a eo-

sinofilia que se encontrava principalmente na lâmina pró-

pria (Fig. 10). A intensidade desta reação celular não está

relacionada com os tipos de lesões, podendo ser intenso mes-

mo em lesão do tipo I. A reação antígeno-anticorpo, causada

pela hipersensibilidade, é conhecida por induzir a eosinofi-

lia.

Durante o desenvolvimento do parasito no pâncreas

de animais deve acontecer esta reação. Em infecção experi-

mental em caprino por E. coelomaticum e necropsiado 60 dias

após a infecção, material cedido por MATTOS Jr. (1987), foi

observado pequeno número deste tipo celular. Este dado é

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concordante com a afirmação feita por BASCH (1966) de que

ocasionalmente a reação inflamatória era intensa na infeccão

por E. pancreaticum e produzia pequenos granulomas.

TIZARD (1985) reportou que os eosinófilos parecem

apresentar pelos menos duas funções: primeiro eles apresen-

tam enzimas capazes de neutralizar os agentes vaso-ativos

liberados pelos mastócitos e o outro, em conjunto com anti-

corpos e complementos, os eosinófilos possuem uma função

protetora, onde se ligam a helmintos através do IgE. Os

efeitos citotóxicos da principal proteína básica, provenien-

te da degranulação de eosinófilo, são aumentados por fatores

derivados de mastócitos, como a histamina, assim como o com-

plemento.

DUFFUS & FRANK (1980) mostraram que bovinos infec-

tados com metacercárias de F. hepatica, produziram anticor-

pos que acoplariam na extremidade de glicocálix da recém de-

sincistada larva. Se este processo viesse acontecer no ciclo

evolutivo de E. coelomaticum no hospedeiro vertebrado pro-

vavelmente deveria ocorrer uma proliferação de eosinófilos,

uma vez que DAVIS & GOOSE (1981) injetaram larvas desincista-

das de F. hepatica, por via intraperitonial, em ratos sensi-

bizados préviamente e pela microscopia óptica e eletrônica

constataram danos nos parasitos que eram examinados perió-

dicamente, danos estes associados com a aderência de eosinó-

filos, com degranulação, demontrados citoquímicamente, pela

peroxidase. Os parasitos apresentaram vacúolos de tamanho

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que aumentava progressivamente e em casos extremos havia a

perda de tegumento

A lipomatose encontrada em pâncreas infectados

com E. coelomaticum pode ter ocorrido antes do estabeleci-

mento da infecção por este trematódeo. Quando os parasitos

foram colhidos em órgãos nestas condições possuiam uma colo-

ração róseo pálida e os sistemas reprodutivos ainda não ha-

viam sido completamente desenvolvidos e caso estivessem com-

pletos os ovos encontrados eram na sua maioria inférteis.

Com esta observação este parasito provavelmente necessitava

de algumas substâncias produzidas pelas células grandulares

dos acinos.

KONO & FUKUYOSHI (1966), ASHIZAWA et alii (1971)

fizeram associação da degeneração gordorosa no pâncreas com

a presença de Erytrema.

4.3. Aspectos patológicos causados por agentes microbianos

As lesões macroscópicas de pâncreas infectados

por E. coelomaticum se caracterizaram por apresentar secre-

ções que variaram de intensidade, podendo observar desde pe-

queno traço de líquido seroso até a forma catarral purulen-

ta. Com o intuito de verificar a interferência de agentes

microbianos, sobretudo aqueles comuns da flora intestinal

fez se a isolação e indentificação destes, o que está sumari-

zado na Tabela 3.

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Nestes resu l tados, os an imais paras i tados com o

trematódeo se mostraram mais prevalentes no isolamento des-

tes microorganismos, se comparados com animais não parasi ta-

dos . Es te resu l tado es tá de acordo com aque le ob t ido por

OGUNRINADE & ADEGOKE (1982) em bovinos infectados com F. he-

patica, na Nigéria.

Apesar de não ter sido verif icada nenhuma refe-

rência na l i teratura consultada, trabalhos desta natureza

com infecção por E. coelomaticum em pâncreas bovino, ou re-

sultados obtidos neste experimento estão de acordo com a

maioria dos autores que trabalharam com outros parasitos e

em outros órgãos, como OGUNRINADE & ADEGOKE (1982) e MUZQUIZ

MORACHO et alii (1981) de que a bactéria mais prevalente seja

a Escherichia coli. Mesmo sendo agente comum da flora intes-

tinal.

No pâncreas não existiu evidência de que produzam

formas patogênicas como colisepticêmicas, entérica, e ente-

ricatoxêmica, que se manifestam principalmente em bezerros e

ci tados por GAY et a l i i (1964) e GAY (1965).

GUERREIRO et al i i (1984) reportou que este agente

provavelmente se adere à mucosa e coloniza nova superf íc ies

celulares do epitél io pancreático, provacando reações celu-

lares, podendo levar à formação de granulomas. Esta citação

explica o aparecimento de reações inespecíficas encontradas

em cortes histológicos de pâncreas de bovinos não infectados

com o E. coelomaticum que serviram como grupo controle nos

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53

F.

foi

SEWELL ( 1973).

estudos de patologia e ainda por que foi possível o isolamen-

to desta enterobactéria neste tipo de pâncreas.

Provavelmente as bactérias que normalmente estão

presentes no intestino migram para os ductos pancreáticos e

esta relação entre o hospedeiro e o agente microbiano seja

uma relação não agressiva. Portanto, a infecção por E. coe-

lomaticum não constitui uma condição para a instalação de

enterobactérias no pâncreas e nem de exacerbar as lesões pa-

togênicas produzidos pelo trematódeo.

Como as migrações de formas juvenis de E. coelo-

maticum possivelmente ocorreram penetrando, diretamente no

Canal de Virsung, desta maneira não daria possibilidade e

condições adequadas para a proliferação de agentes anaeróbi-

cos. O principal agente intercorrente e o mais importante

causador de alterações patogênicas em ovinos infectados com

hepatica é Clostridium novyi Oedematiens, Tipo B, como

demostrado nos trabalhos de WILLIAMS (1962) e BAGADI &

No presente trabalho foi possível observar que

tanto os pâncreas não parasitados como parasitados com E.

coelomaticum podem conter agentes microbianos, principalmen-

te coliformes e portanto torna-se necessário um tratamento

prévio no processamento, tecnológico do pâncreas para extra-

ção de insulina, cujo produto é largamente consumido pelas

pessoas que sofrem de Diabetes melito.

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54

4.4. Observação "in vitro" de Eurytrema coelomaticum

a. Cu l t i vo "in vi tro" de forma adu l ta

Os meios de cult ivo mais comuns empregados no

cultivo celular não mostraram serem adequados, porque os pa-

rasitos colocados nestes meios morreram em um período infe-

rior a 24 horas, devido a mudança acentuada do pH, verifica-

do pela mudança de cor do indicador no meio de cultivo.

MICHAELS & PRATA (1968) uti l izaram o meio 199, no culti-

vo de S. mansoni, porém acrescido de soro em uma proporção

de 9 p a r a 1 .

A manutenção de E. coelomaticum em soro ovino por

tempo maior foi possível sempre que o parasito era mantido

no mesmo frasco, sem efetuar a troca do soro, inicialmente

estabelecida a cada 72 horas. Quando se fez a troca, houve

muitos casos de contaminação, apesar dos cuidados de assep-

sia. Assim não houve possibil idade do trematódeo manter-se

vivo nestas condições, mostrando evidência de que um dos fa-

tores importantes para prolongamento de sobrevivência do pa-

rasito em soro foi o controle de microorganismo.

Este fato também foi observado por STEPHEN-

SON (1947) trabalhando com F. hepatica, na sua manunteção in

vitro, obteve a sobrevida por 75 horas e um dos elementos

era o boráx, que atuou como agente bacteriostático.

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ROHBACHER (1957) confirmou também estes achados,

obtendo a manuntenção de F. hepatica in vitro por três sema-

nas em excelente condições e por até 30 dias quando livre de

bactérias.

SAKAMOTO et alii (1984) ressaltaram a dificuldade

de obter trematódeos adultos de pâncreas bovino abatidos em

matadouros e em condições assépticas propuseram efetuar os

estudos in vitro a partir de cercárias colhidas de espocis-

tos que eram expelidos pelo caramujo terrestre de forma as-

séptica.

Uma das razões pelas quais não se efetuou nenhum

tratamento deste soro foi obter conhecimento prévio do em-

prego do soro animal, como substrato em teste in vitro de

drogas anti-helmínticas. Outra razão foi o fato de, ROSS &

BUEDING (1950) mostrarem que o período de sobrevivência de S.

mansoni em soro bovino foi de 14 a 18 dias e em soro filtra-

do de 10 a 12 dias, demonstrando que as proteínas e outros

componentes não dializáveis do soro tinham pequeno signifi-

cado na sobrevivência deste parasito, apesar de se tratar de

um organismo de metabolismo respiratório facultativo.

O desenvolvimento do trematódeo pancreático, foi

realizado em condições aeróbicas, assim os resultados deste

experimento podem ser visto na Fig. 27. A sobrevivência da

metade da amostragem ocorreu ao redor de 96 horas, 20% so-

breviveram por 216 horas, 10% por 504 horas, 3% por 1.032

horas e 1% por mais de 1.200 horas.

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Muitos autores consideram o soro como meio de

prolongar a vida do parasito.

BERETTA & LOCATELLI (1968) verificaram que F. he-

patica, quando incubada em meio de Tyrode, acrescido de soro

bovino na proporção de 1:1 começam a morrer após 36 horas,

enquanto que em meio simples de Tyrode, este tempo se ini-

ciava a partir de 24 horas; metade da amostra morria dentro

de 60 horas e em meio acrescido de soro este tempo era de

120 horas. Daí concluem os autores que o soro bovino repre-

senta um fator de sobrevida para F. hepatica, em condições

experimentais.

Como as exigências nutricionais de E. coelomati-

cum podem ser semelhantes às de F. hepatica, em decorrência

do encontro do trematódeo pancreático em ductos biliares de

ovino, corroborando ainda, que os tamanhos destes parasitos

eram semelhantes, isto significa que o E. coelomaticum pode

encontrar elementos necessários também em ductos biliares.

b. Observação sobre ovipostura

Dos resultados obtidos de oito amostras com 47

contagens, obteve-se a média diária de ovipostura de E. coe-

lomaticum, que foi de 641 ovos, com uma amplitude de 12 a

3.434 ovos por parasito e a amplitude por amostra de 247 a

1.272. Considerando que um bovino de 500 kilogramas produzam

em média 41.500 gramas de fezes em média, se exames coproló-

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5 7

gicos forem real izados; estes números corresponderiam o opg

de 15; 0,2; 82; 6 e 30 respect ivamente, admit indo-se uma

carga parasi tár ia de 1.000 trematódeos. Neste presente tra-

balho; foram considerados os resul tados das pr imeira e se-

gunda 24 horas, tendo sido encontrado uma média de 473 para

a primeira e 673 para a segunda, perfazendo assim uma média

geral de 641 ovos. Em decorrência da troca diár ia do meio e

do recepiente e mesmo mantendo as normas de assepsia, não

fo i poss íve l cons iderar , a não ser os resu I tados ac ima men-

c i o n a d o s .

Estes dados foram d i ferentes daqueles obt idos por

LOCATELLI & PAOLETTI (1969) que foram de 1.800 ovos na pr i -

mei ra 24 horas e 300 ovos na segunda, quando contaram ovos

de F. hepatica, produzidos por formas adultas e mantidos in

vitro, e entre a terceira até a sexta 24 horas não foram ob-

servadas postura de nenhum ovo; demostrando a dificuldade de

adaptação do trematódeo ao meio uti l izado e consequente per-

da de moti l idade gradativa, acarretando uma diminuição da

ovipostura. Alguns trematódeos como S. mansoni responderam

melhor, quando o soro animal foi de or igem portal , seja de

animal permissivo ou não permissivo, estimulando a oviposi-

ção in vi tro, indicando que este t ipo de soro possui um po-

tencial para aumentar a capacidade reprodutiva, como mostra-

ram os t rabalhos de WU & WU (1986), in POPIEL (1986).

Os números da média diária de ovos de E. coeloma-

ticum foram considerados baixos e bastante irregulares. Es-

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58

tes resultados também foram verificados quando se estudou o

opg de bovino infectado naturalmente.

No Japão, SAKAMOTO et alii (1980) e CHINONE & ITA-

GAKI (1976) encontraram resultados também semelhantes com as

infecções de E. coelomaticum e E. pancreaticum respectiva-

mente; ressaltam os autores da dificuldade de detectar ovos

nas fezes de animais com pequeno número de parasitos.

Outros trematódeos, como S. mansoni, também pro-

dia, com variação de 157 a 380, como mostraram MOORE &

SANDGROUND (1956) isto pode ser justificado neste parasito

por apresentar um ovo no ootipo.

duzem pequena quantidade de ovos, em torno de 253 ovos por

4.4. Avaliações do controle, com o uso de drogas anti-hel-

mínticas

a. Teste "in vivo"

Os resultados indicaram que as medicações não fo-

ram capazes de eliminar os parasitos dos pâncreas. Os para-

sitos encontrados nos animais tratados e não tratados, nos

exames macroscópicos não se observou qualquer alteração, co-

mo degeneração ou mudança de coloração.

Nos exames microscópicos também não se registrou

qualquer alteração das estruturas dos trematódeos e esta

pesquisa objetivou encontrar modificações, principalmente

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nos órgãos reprodutivos.

Os exames histológicos do pâncreas mostraram que

não ocorreram modificações celulares, indicando que possi-

velmente o órgão não recebeu quantidade de droga capaz de

sensibilizar as células do epitélio pancreático e as células

ligadas ao sistema imune que indicasse a expulsäo dos para-

sitos.

A literatura consultada registra que existem dois

produtos químicos que comprovadamente atuaram no controle da

euritrematíase dos animais domésticos.

SAKAMOTO et alii (1980) obtiveram uma eliminação

considerada pelos menos satisfatória do E. coelomaticum em

bovinos naturalmente infectados no Japão, quando administra-

ram uma dosagem grande de nitroxinil, 30 miligrama por kilo-

grama de peso vivo, com três aplicações, com intervalo de 30

dias. Esta dose aplicada corresponde próximo a dose máxima

tolerada pelo bovino de acordo com o trabalho de LUCAS

(1967), que foi de 40 miligrama por kilograma de peso vivo.

SAKAMOTO et alii (1980) mostraram que o nitroxinil

não atuou contra E. coelomaticum quando administrado em doses

recomendadas pelo fabricante no controle de fasciolose, como

10 miligrama por kilograma de peso vivo e em dose única. As

avaliações da eficiência das drogas, foram verificadas pela

contagem de ovos e pela necrópsia para observar a presença

do parasita no pâncreas. No tratamento anti-helmíntico, com

o emprego de praziquantel, na dose de 10 miligrama por kilo-

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férteis foram encontrados mesmo na primeira 24 horas e per-

s is t iu ao f ina l do nono d ia e este índ ice de in fer t i l idade

fo i de 86 ,7% no p r ime i ro d ia , 87 .9% no segundo , 82 ,5% no

terce i ro e no quar to 93,5%.

grama de peso vivo, com três apl icações em intervalo de dois

dias quando do exame dos ovos, a contagem chegou a zero no

nono dia após a aplicação e uma alta porcentagem de ovos in-

STAMMERS (1976) obteve a redução de opg, sendo

maior após 28º dia de infecção por F. hepatica , em ovinos, e

a viabil idade dos ovos sofreram redução após 42º dia do tra-

tamento, porque as anormal idade nos órgãos reprodut ivos

ocorreram a partir da 6º semana e acentuou na 8º semana.

CLEGG (1957) in SMYTH & CLEGG (1959) quando colheu

espécimes de F. hepatica de coelhos e manteve in vitro con-

seguiu a sobrevivência por 17 dias e observou que a formação

dos ovos tornou-se rapidamente anormal e grande número de

célula vi telogênica era encontrada no útero dentro de seis

horas. O autor afirmou ainda que durante o transporte do ma-

tadouro para o laboratório, mesmo mantidos em boas condi-

ções, no processo de formação de ovos, t iveram alta taxas de

formas anormais.

No presente trabalho, com E. coelomaticum, na ob-

servação sobre a ovipostura e contagens, não foram constata-

dos tais fenômenos, mesmo efetivando mudança de meios.

Existem grandes dif iculdades na determinação de

eficiência das drogas anti-helmínt icas em animais com infec-

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ção natural com Eurytrema, decorrente da variação de amos-

tra, da diferença de tempo de infecção dos animais, da pre-

sença de diferentes números de parasitos no pâncreas, bem

como de alterações provocados por fatores que não dependeram

dos parasitos.

Estes problemas persistem mesmo quando se tratar

de situação controlada, como infecção experimental realizado

por KONO et alii (1986) que inocularam 2.500 a 4.000 metacer-

cárias de E. coelomaticum, obtidos de Conocephalus maculatus

e estes caprinos foram submetidos a tratamentos anti-helmín-

ticas com praziquantel e triclabendazole, o praziquantel foi

aplicado na dose de 20 miligrama por kilograma de peso vivo

por dois dias e o triclabendazole em 10 miligrama por kilo-

grama de peso vivo.

As avaliações também foram baseadas na quantidade

de ovos eliminados nas fezes e pela necrópsia, para verifi-

car a presença dos parasitos no órgão. As anomalias encon-

tradas foram em relação aos ovos e nenhuma vez fizeram refe-

rências às alterações em parasitos adultos, sendo mencionada

a quantidade dos parasitos encontrados em animais tratados

com praziquantel.

E os exames histológicos de pâncreas de animais

tratados com praziquantel serviram para atestar a eliminação

de parasitos, pela numerosa migração de leucócitos a nível

do epitélio dos ductos pancreáticos.

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Os autores relataram que o triclabendazole não

teve nenhuma atividade anti-helmíntica contra este tremató-

deo pancreático.

Muitas drogas foram testadas como: niclofolan,

bithionol, tetracloreto de carbono, hexacloroparaxileno, he-

xacloroetano, clorophós, hexaclorofeno, niclosamida, comple-

xo antimoniais, bithionol sufóxido, thiabendazole, pipera-

zina, triclabendazole; anti-helmínticos sabidamente que pos-

suem ação efetiva contra F. hepatica e em outros trematódeos

e nematódeos, mas nenhum destes mostraram atividade contra a

infecção de Eurytrema em animais domésticos.

Algumas destas drogas como bisphenol, salicilani-

lidas, nitroxinil e praziquantel, nos testes in vitro se

mostraram capazes de matar o trematódeos pancreático em me-

nos de 24 horas, demostrando assim que estas drogas não ti-

veram ação efetiva nos testes in vivo; assim o pâncreas con-

titui em um órgão de barreira, para que as drogas antipara-

sitárias não alcançem os ductos pancreáticos e se o fazem,

deve acontecer em pequena quantidade.

b. Teste "in vitro"

Os ovinos que receberam nitroxinil, closantel,

rafoxanide e triclabendazole serviram como doadores de san-

gue e o soro destes animais foi empregado como meio de cul-

tivo.

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63

Para a quantidade destes anti-helmínticos na sua

concentração máxima ao nível plasmático foram considerados

os dados obtidos por outros pesquisadores e de indústria

fabricantes do medicamento. Para obter os níveis plasmáticos

próximos a estas concentrações, foi inoculada a quantidade

de medicamento em ovinos de acordo com as dosagens que foram

estabelecidas pelos pesquisadores e de Indústrias fabrican-

tes.

Os resultados demostraram que nenhuma das drogas

testadas por este sistema lograram sucesso para matar o tre-

matódeo. Estas observações foram extendidas por um período

de 12 horas e em cada hora eram examinados macroscópicamente

para avaliar a motilidade e nenhuma das vezes foram consta-

tada a diminuição ou a morte do parasito.

Este resultado pode ser decorrente de que o para-

sito, mesmo ingerindo o soro para sua manuntenção não é afe-

tado porque estas drogas normalmente estão acoplados a algu-

mas frações de uma proteína plasmática, formando assim um

"binding", muitas delas com a albumina. Para que haja a ati-

vidade anti-helmíntica, o parasito precisaria quebrar esta

ligação da albumina com a droga e no presente trabalho, com

o trematódeo pancreático não deve ter acontecido tal fato.

Estas observacões podem ser reforçadas pelos da-

dos obtidos por LUCAS (1967) que utilizou o nitroxinil em

conjugação com o soro bovino, relatando que neste meio a

mortalidade de F. hepatica era menor, justamente porque ha-

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via esta formação de "binding" e assim prorrogou a vida do

trematódeo e se este meio não era o soro, havia o aumento de

mortalidade.

SAKAMOTO et alii (1984) desenvolveram teste in vi-

tro, utilizado cercárias de E. coelomaticum, obtidos de es-

porocistos expelidos pelo caramujo. E a manutenção destas

cercárias era feita em meios básicos sintéticos. Foram tes-

tadas 88 drogas que eram dissolvidos ou suspenso em propile-

no glicol. As alterações morfológicas das cercárias foram

observadas por um período de 24 horas e estas consistiram de

degeneração morfológicas, das células flama, a inativação de

enzimas e a motilidade. As sobrevidas das cercárias foram

menores entre as drogas como praziquantel, derivados de qui-

nolina-cobre8 quinolina, 3, 5, 5,' tribromo salicyl-0-toluidina,

3,5-dibromo-3'-trifluorometil salicilanilida e 2,5-diclo-

ro-4'-nitrosalicilanilida-derivado de salicilanilida, um de-

rivado de benzimidazole-mebendazole e derivado de fenol-ni-

troxinil.

c. Efeitos das vermifugações usualmente empregado no

trema

controle de nematóides gastrointestinais de bovinos no Eury-

Tratamento

Controle

Febantel

Os resultados obtidos nos grupos foram:

Carga parasitária

432

319

% fertilidade ovo

82,7

79,2

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Avermectina

Levamizole

Os grupos de animais tratados foram aqueles que

apresentaram os parasitos com porcentagem de fertilidade do

3 7 2 7 8 , 8

4 2 8 7 0 , 2

ovo em taxas menores do que a do grupo controle, isto mos-

trou que as drogas possuem uma atividade residual pequena e

com o decorrer do tempo interferem principalmente nos órgãos

reprodutivos e dos grupos tratados.

O levamizole foi o grupo que apresentou uma menor

porcentagens de ovos e também foi aquele que teve maior nú-

mero de anomalias como pequena quantidade de massa vitelo-

gênica, ausência de ovos nos úteros, massa granular vitelo-

gênica localizada no útero Fig.20, massa vitologênica ene-

grecida nos úteros Fig. 22, e distribuição anormal de glân-

dula vitelogênica Fig. 18. Quando comparado com glândulas

vitelínicas de parasito colhidos de animais testemu-

nho (Fig. 17), pode-se notar uma grande quantidade de grânulos

degenerados.

Estes resultados estão de acordo, com os dados

apresentados por STAMMERS (1975) que testou o efeito de rafo-

xanide e nitroxinil sôbre F. hepatica em coelhos e observou

uma alta incidência de anormalidade principalmente no siste-

ma reprodutivo do trematódeo.

Estes efeitos subletais podem ser explicado com o

que disse DAWES & HUGHES (1964). Os trematódeos submetidos a

ação de drogas tenderá a sacrificar os órgãos não vitais e

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conservar os órgãos vitais."

As drogas utilizadas no controle de nematódeos

são possíveis de permanecer no plasma e em outros órgãos de

animais por um longo período, mas em nenhum trabalho ficou

constatada a sua análise quantitativa e residual no pâncreas.

Acredita-se, porém, que a sua quantidade seja bastante pe-

quena e assim os trematódeos podem ficar potencialmente su-

jeitos e apresentam estas alterações, sem que ocorra a morte

do parasito.

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5. CONCLUSÕES

Assim, tendo por base os resultados obtidos na

presente investigação pode-se concluir que:

1 - Os espécimes adultos de E. coelomaticum co-

lhidos de pâncreas bovino nas análises biométricas não dife-

riram entre aqueles que se encontravam em bois e vacas e o

gão;

mesmo aconteceu quando variou a população de parasito no ór-

2 - A quantidade de ovos encontrada nas fezes não

estimou precisamente o número de trematódeos e não existiu

uma correlação segura do grau de patologia que o E. coeloma-

ticum provocou no pâncreas de bovino;

3 - A patologia do E. coelomaticum em pâncreas

bovino está relacionado diretamente com o número de tremató-

deo encontrado no órgão e, entre as patologias, a fibrose

tem sido uma causa constante e de maior consequência na eu-

ritrematíase bovina;

4 - A patologia da euritrematíase bovina foi cor-

roborada pela presença de bactérias e entre estas a mais

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prevalente foi E. coli;

5 - O soro ovino constituiu em um meio de sobre-

vida de E. coelomaticum, tendo sido possível a sobrevivência

por até 50 dias;

6 - A ovipostura média diária in vitro, utilizan-

do soro ovino foi de 641 ovos;

7 - As drogas anti-helmínticas: nitroxinil, clo-

santel, rafoxanide, triclabendazole não causaram a morte de

E. coelomaticum, seja no teste in vivo e no testes in vitro.

E ainda febantel, ivermectim e levamizole em teste in vivo

em bovino também não mostraram capacidade para matar o tre-

matódeos pancreático.

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APÊNDICES

Fig. 1. Infecção natural de bovino por forma adulta de E.

coelomaticum indicando pâncreas com lesão macros-

cópica do tipo 2, notando a integridade do tecido

pancreático por toda extensão, da extremidade di-

reita (R) a esquerda (L).

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coelomaticum, indicando pâncreas com lesão macros-

Fig. 2. Infecção natural de bovino por forma adulta de E.

cópica do tipo II, notando alterações nos ductos de

calibre menores por toda extensão do tecido pan-

creático, da extremidade direita (R) a esquerda (L).

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Fig. 3. Infecção natural de bovino por forma adulta de E.

coelomaticum, indicando pâncreas com lesões macros-

cópica do tipo III, com alteações por toda exten-

são do tecido pancreático, da extremidade direita (D)

a esquerda (E).

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Fig. 4. Corte transversal de pâncreas bovino (P), natural-

mente infectado por E. coelomaticum (E), com infil-

trado gorduroso e presença de secreção serosa (S) no

ducto pancreático.

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Fig. 5. Infecção natural de bovino por forma adulta de E.

coelomaticum, indicando pâncreas (P) com lesões macros-

cópica do t ipo II , demonstrando a secreção ca-

tarral (S) no ducto pancreático (D).

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94

F ig . 6 . I n fecção na tu ra l de bov ino po r f o rma adu l ta de

Eurytrema coelomaticum , indicando pâncreas com in-

filtrado gorduroso (I) e presença de parasito (E) pequeno e róseo.

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95

Fig. 7. Fotomicrografia de um corte histológico de pâncreas

bovino naturalmente infectado com E. coelomati-

cum (E), com alteração restrita a nível do epitélio

do ducto pancreático (D) e sem alteração de células

acinares (A). (95X, HE).

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96

Fig. 8. Fotomicrografia de um corte histológico de pâncreas

bovino, naturalmente infectado por E. coelomaticum,

demonstrando a ação da ventosa oral (S) sôbre o epi-

télio do ducto pancreático (E) e presença de conteú-

do no interior da boca (B). (950X, HE).

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97

Fig. 9. Fotomicrografia de um corte histológico de pâncreas

bovino, naturalmente infectado por E. coelomaticum,

demonstrando reação inflamatória (I) na superfície

do epitélio (L) e na região da subserosa (S). (175X,

HE).

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98

Fig. 10. Fotomicrografia de um corte histológico de pâncreas

bovino, naturalmente infectado por E. coelomaticum,

demonstrando a reação por eosinófilos(E). (190X, HE).

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99

Fig. 11. Fotomicrografia de um corte histológico de pâncreas

bovino naturalmente infectado por E. coelomaticum,

demonstrando tipo celulares presente na reação ca-

tarral (R), notadamente a nível do epitélio. (214X,

HE ) .

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Fig. 12. Fotomicrografia de um corte histológico de pâncreas

bovino, naturalmente infectado por E. coelomati-

cum (E), demonstrando a presença de calcifica-

ções (C). (95X, HE).

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Fig. 13. Fotomicrografia de um corte histológico de pâncreas

bovino, naturalmente infectado por E. coelomaticum,

demonstrando obstrução total e formação de um gra-

nuloma parasitária (N) no ducto pancreático (D) e as

fibroses (F) invadindo o tecido acinar (A). (95X, HE).

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Fig. 14. Fotomicrografia de um corte histológico de pâncreas

bovino, naturalmente infectado por E. coelomaticum,

demonstrando ausência de reações inflamatórias em

torno dos ovos (O), encapsulados no tecido acimar (A)

e entre a fibrose (F). (238X, HE).

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Fig. 15. Fotomicrografia de um corte histológico de pâncreas

bovino, naturalmente infectado por E. coelomaticum,

demonstrando a reação inflamatória representada pe-

las células gigantes (G) e a tentativa de englobar o

ovo (O). (700X, HE).

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Fig. 16. Visual ização dos ovos fér t i l (F) e in fér t i l ( I ) no

útero (T) de E. coelomaticum. (710X).

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Fig. 17. Glândulas vitelogênica (N) de E. coelomaticum, de-

monstrando a ausência de a1terações. (160X).

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Fig. 18. Glândulas vitelogênica (N) de E. coelomaticum, de-

monstrando alterações estruturais e degenerativas

das células (160X).

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Fig. 19. Presença de grande quantidade de ovos inférteis (I)

no interior do útero (U) de E. coelomaticum, recupe-

rado de pâncreas bovino. (260X).

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Fig. 20. Presença de glânulos vitelogênico no interior do

útero (T) de E. coelomaticum, recuperados de pân-

creas bovino. (285X).

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Fig. 21. Presença de glânulos vitelogênico e grande quanti-

dade de ovos inférteis (I) no interior do útero (U)

de E. coelomaticum, recuperados de pâncreas bovino. (700X).

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Fig. 22. Presença de concreções de ovos inférteis (I) e glâ-

nulos vitelogênico liquefeito no interior do úte-

ro (U) de E. coelomaticum, recuperado de pâncreas

bovino. (226X).

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Fig. 23. Avaliação biométrica (comprimento) dos parasitos co-

lhidos de pâncreas bovino, naturalmente infectados

e correlacionado com a carga parasitária.

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113

Fig. 24. Avaliação biométrica (largura) dos parasitos obtidos

de bovinos, naturalmente infectados e correlaciona-

do com a carga parasitária.

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1 1 5

eliminados nas fezes de bovinos, correlacionado com

Fig. 25. Aval iação quanti tat iva de ovos de E. coelomaticum

a carga parasitária.

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117

Fig. 26. Porcentagens de ovos férteis de E. coelomaticum en-

contrados nas fezes de bovinos e no útero do para-

sito adulto.

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119

coelomaticum em soro de ovino.

Fig. 27. Porcentagem de sobrevivência de forma adulta de E.

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121

Tabela. 1. Dados de carga parasitária, biometria dos princi-

pais caracteres de E. coelomaticum e análises das

lesões provocadas nos pâncreas de bovinos (boi) na-

turalmente infectados.

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1 2 3

Tabela. 2. Dados de carga parasitária, biometria dos princi-

pais caracteres do E. coelomaticum e análise das

lesões provocadas nos pâncreas de bovinos (vaca),

- naturalmente infectados.

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Tabela. 3. Presença de infecção bacteriana na euritrematíase

bovina e em animais sem o E. coelomaticum.

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127

Tabela. 4. Dados sumarizados de características biométricas de

E. coelomaticum encontrados por outros autores em

infecção bovina.

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