Título do projeto:

PERCEPÇÃO AMBIENTALEM ÁREAS URBANAS:

A qualidade de vida sob o olhar do cidadão.

Grupo de pesquisa: Laboratório de Estudos Ambientais eGestão do Território – LEAGET.

Orientadora: Creuza Santos Lage

OBJETIVO GERAL

Realizar um estudo de caso sobre a qualidade de vida urbana no Bairro do Cabula, a partir da percepção que o morador tem do

lugar onde vive, ou seja, analisar a qualidade de vida dos habitantes através da forma como ele percebe a cidade onde vive

a partir do lugar.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Analisar e o diagnosticar o território dos espaços estudados;Caracterização da qualidade de vida desses logradouros; Elaborar propostas para o desenvolvimento local; Avaliar a linha teórico-metodológica para estudos de percepção

ambiental e qualidade de vida em espaços urbanos.

METODOLOGIA

Primeira fase: análise do processo de produção do espaço do bairro do Cabula, na cidade de Salvador, através de uma pesquisa documental e bibliográfica.

Segunda fase: trabalho empírico sobre o perfil sócio-econômico dos moradores, as condições sócio-ambientais desses espaços, suas formas de usos e ocupação, o acesso da comunidade aos equipamentos urbanos e a percepção dos moradores em relação a esses problemas. O levantamento dessas informações se fará través de matrizes de observação direta e entrevistas com a comunidade e lideranças locais.

Questões relevantes:

A cidade como objeto de percepção das pessoas;• A percepção ambiental informacional.

Análise sobre a qualidade de vida urbana.• Conceitos e indicadores• Parâmetros objetivos e subjetivos

A QUALIDADE DE VIDA URBANA“O conceito de qualidade de vida (e seus indicadores) pode ser uminstrumento de planejamento, servindo como um parâmetro do grau de cobertura das necessidades dos indivíduos, ou grupos sociais, permitindo a detecção de desigualdades socioespaciais, derivadas dos diferentes graus de satisfação das necessidades, proporcionando bases para a elaboração de estratégias para melhorar o bem estar” (cf. Camargo Mora, 1966).

A qualidade de vida, como sugere Maria Gabriela Camargo Mora, pode ser analisada essencialmente sob dois aspectos :

Através de indicadores sócio-econômicos como: ambiente físico; saúde; educação; habitação; serviços básicos; participação socioeconômica (emprego e renda) e seguridade social e pessoal (segurança pública e seguridade)

Como ela é percebida pelos indivíduos.

ÁREA DE ESTUDOS

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDOS

O bairro do Cabula, pertence ao Sub-distrito de São Caetano, possuindo 1202 domicílios ocupados e uma população total de 42305 habitantes e um rendimento médio de 4,99 salários mínimos, segundo o censo demográfico do IBGE 2002.

A ocupação do Cabula é recente, sua configuração enquanto bairro se deu há cerca de 40 nos, em parte pela evolução dos antigos núcleos quilombolas que pertenciam a área e sobretudo através da ação doEstado.

A área de estudos corresponde a oito setores censitárias (160, 179, 180, 181, 182, 273, 274 e 371) localizados ao longo da Avenida Silveira Martins. Esses setores possuem no total 3423 domicílios e um população total de 18.871 habitantes.

Os trabalhos serão realizados em alguns logradouros inseridos nos setores citados acima, são eles: conj. CHOPM1, conj. Bahia de Todos os Santos, Conj. Recanto do Cabula, Engomadeira, São Gonçalo do Retiro e rua Leila Diniz.

IMAGENS DA ÁREA

Rua Leila Diniz Rua Leila Diniz

Conj. CHOPM1Conj. Recanto do Cabula

IMAGENS DA ÁREA

EngomadeiraConj. Bahia de Todos os Santos

“Baixinha”, setor 179Engomadeira

A proposta deste trabalho não se restringe ao enfoque nas áreas degradadas e problemas sociais, nem tampouco tem a pretensão de indicar soluções pontuais para os problemas diagnosticados, mas parte da idéia de que a melhor forma de diminuir os impactos e problemas relacionados ao lugar é estimular o sentimento de afinidade e mutualismo entre o lugar e os seus moradores, ou seja, potencializar o sentimento na comunidade de que estes pertencem ao lugar, assim como o lugar os pertence.

“ A cidade é uma explosão de informações que se renova constantemente na medida em que O Homem, impelido a uma nova forma de ganhar a vida, desenvolve complexas relações com a natureza, consigo e com os outros homens. O ambiente urbano decorre dos impactos produzidos por aquelas relações que, conquanto eficientes para a explicação do fenômeno urbano, não são auto-evidentes, ou seja, não podem ser apreendidas senão pelas marcas e sinais que deixam impressas na coletividade”

(FERRARA, Lucrecia Dálessio, 1996)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DEL RIO, Vicente e Oliveira, Lívia. Org. Percepção ambiental A experiência brasileira. São Paulo: Ed. Studio Nobel; São Carlos, SP,1996.

KEINERT, Tânia, M., KARRUZ, Ana P. Qualidade de Vida, observatórios, experiências e metodologias. São Paulo: Annablume, Fapersb, 2002.

LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. São Paulo: Ed. Martim Fontes, 1998.

TUAN, Yi-Fu. Topofilia. São Paulo: Difusão Editorial S,A. 1980.

TUAN, Yi-Fu. Espaço e Lugar. São Paulo: Ed. Diefel S.A. 1983.