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Título do Trabalho: Volume de Madeira Colhida a partir do Método BDq em uma Área de Cerrado no Norte de Minas Gerais. Autores: Pinto, LOR¹; Oliveira, LGG¹;Souza, DC¹; Ferreira, PHB¹; Leite, MVS²; Cabacinha, CD¹ Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Montes Claros, MG, Brasil. Email: [email protected]. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB, Vitória da Conquista, BA, Brasil. Introdução Em pequenas propriedades rurais, as áreas destinadas para reserva legal podem ser manejadas a partir de planos de manejo sustentáveis, portanto esta pode ser uma excelente opção de renda, além de conciliar a conservação com uso sustentável da vegetação. Segundo Rangel et al. (2006) para o sucesso do manejo de florestas inequianas dentre as estimativas determinantes, a distribuição diamétrica apresenta-se como uma das mais importantes, devido ao fato da colheita ser baseada na mesma. A colheita da floresta em Planos de Manejo Sustentáveis, pode ser controlada baseando-se na área basal (B), no diâmetro máximo (D) e no quociente q De Liocourt (abordagem BDq). Portanto o presente trabalho visou avaliar em diferentes opções de manejo a partir de uma abordagem BDq, o volume colhido para diferentes níveis de intervenção em uma área de transição de cerrado sensu stricto e de Mata Seca na região norte do estado de Minas Gerais.

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Título do Trabalho: Volume de Madeira Colhida a partir do Método BDq em uma Área de Cerrado no Norte de Minas Gerais.Autores: Pinto, LOR¹; Oliveira, LGG¹;Souza, DC¹; Ferreira, PHB¹; Leite, MVS²; Cabacinha, CD¹Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Montes Claros, MG, Brasil. Email: [email protected]. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB, Vitória da Conquista, BA, Brasil.

Introdução

Em pequenas propriedades rurais, as áreas destinadas para

reserva legal podem ser manejadas a partir de planos de manejo

sustentáveis, portanto esta pode ser uma excelente opção de

renda, além de conciliar a conservação com uso sustentável da

vegetação. Segundo Rangel et al. (2006) para o sucesso do manejo

de florestas inequianas dentre as estimativas determinantes, a

distribuição diamétrica apresenta-se como uma das mais

importantes, devido ao fato da colheita ser baseada na mesma. A

colheita da floresta em Planos de Manejo Sustentáveis, pode ser

controlada baseando-se na área basal (B), no diâmetro máximo (D)

e no quociente q De Liocourt (abordagem BDq). Portanto o

presente trabalho visou avaliar em diferentes opções de manejo a

partir de uma abordagem BDq, o volume colhido para diferentes

níveis de intervenção em uma área de transição de cerrado sensu

stricto e de Mata Seca na região norte do estado de Minas Gerais.

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Material e Métodos

Simulou-se quatro níveis de intervenção: 40, 50, 60 e 70% de remoção de área basal (B), para determinar a produção volumétrica de madeira colhida. Durante o inventário florestal foram lançadas 25 parcelas de 400 m² (20x20m), distribuídas de modo contíguo na área totalizando uma amostragem de 1 hectare. Todos os indivíduos lenhosos vivos com diâmetro a 1,30 m de altura do solo (DAP) igual ou superior a 3 cm, tiveram seus diâmetros a 1,30m e 0,30m do solo, e suas alturas totais mensuradas, foram plaqueteados e identificados botanicamente. A partir disso, obteve-se dados sobre a florística e fitossociologia da vegetação, distribuição diamétrica, área basal e diâmetro máximo. Estimou-se os volumes dos indivíduos a partir da seguinte equação:

VT=0,0002715*DAP1,7393*HT0,6651 (R2=87,81%; yx=39,56%) e posteriormente para diferentes estratégias de colheita, com 40%, 50%, 60% e 70% de remoção de área basal (B). Para simulação dos planos de manejo, ajustou-se aos dados de distribuição diamétrica, o modelo de Meyer para cálculo do quociente de Liocourt (q). As análises foram realizadas com auxílio dos softwares Mata Nativa e Excel.

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Resultados

As estimativas volumétricas realizadas são apresentadas na tabela 1.

Tabela 1: Estimativas volumétricas

B: Área basalD máx: Diâmetro máximo

Na Tabela 2, pode-se verificar o volume de madeira colhida e a área basal remanescente para os quatros níveis de remoção.

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Método BDqB (m²/ha) D máx (cm) q

3,228 35 3,1582

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Tabela 2: Volume de madeira colhida (Vcolhido) e área basal remanescente (Brem) por níveis de intervenção

Brem: Área basal remanescente (m²/ha)Vcolhido: Volume de madeira colhido (m³/ha)

Este volume é pequeno quando comparado a outras áreas de cerrado e está relacionado aos pequenos diâmetros observados dos indivíduos que pode estar associado a condições edafoclimáticas da região.

Níveis de Intervenção 40% 50% 60% 70%

Brem 1,94 1,60 1,30 0,97Vcolhido 5,90 6,91 8,08 9,25

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Discussão e Conclusão

Estes resultados apresentados, aliados a uma análise de viabilidade financeira para os níveis de colheita avaliados, podem gerar informações importantes sobre a produção de madeira esperada na região deste estudo e subsidiar a formulação de planos de manejo sustentáveis para a fitofisionomia estudada.

Referências

MENDONÇA, A. V. R. Diagnóstico dos planos de manejo e o potencial de exploração de vegetação do cerrado e mata seca no estado de Minas Gerais. 119 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal, área de concentração Manejo Ambiental) – Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2000.

SOUZA, F. N.; SCOLFORA, J. R. S.; SANTOS, R. M.; SILVA, C. P. C. Assessment of different management systems in an area of cerrado senso strict. Cerne, v.17, p. 85-93, 2011.

Título do Trabalho: Volume de Madeira Colhida a partir do Método BDq em uma Área de Cerrado no Norte de Minas Gerais.Autores: Pinto, LOR¹; Oliveira, LGG¹;Souza, DC¹; Ferreira, PHB¹; Leite, MVS²; Cabacinha, CD¹Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Montes Claros, MG, Brasil. Email: [email protected]. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB, Vitória da Conquista, BA, Brasil.

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Título do Trabalho: ANÁLISE DE INCREMENTOS DE Cedrela fissilis Vell. (MELIACEAE) EM FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL PELA ANÁLISE DE TRONCO PARCIAL – ATPAutores: Wolf K M; Pereira L D; Fleig F DInstituição: Universidade Federal de Santa Maria/UFSM

Introdução Para se conhecer melhor as aplicações das espécies florestais desejáveis deve-se, primeiramente, estudá-las quanto as suas ecologias, regenerações e crescimentos, para que desta forma o rendimento florestal sustentado seja atingido (SCHNEIDER E SCHNEIDER, 2008). As determinações de idade e crescimento possuem importante caráter ecológico, pois atuam como auxiliares na compreensão da dinâmica de populações e em estudos de desenvolvimento e produtividade. A variação de crescimento existente entre espécies e dentro de uma mesma espécie pode inferir sobre o estado de conservação, tipo de floresta e/ou ecossistema e sua taxa é tida como um dos principais fatores empregados para a elaboração de planos de manejo florestal sustentável para a utilização de recursos naturais (BOTOSSO E MATTOS, 2002). O objetivo deste trabalho foi analisar o comportamento dos incrementos do período de 3, 5 e 10 anos do cedro (Cedrela fissilis Vell.) através da análise de tronco parcial em uma floresta Estacional Decidual situada na região de Val Feltrina no município de Silveira Martins/RS.

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Material e Métodos O estudo foi realizado em propriedades particulares situadas na região de Val Feltrina, município de Silveira Martins/RS. A formação florestal da região é classificada como Floresta Estacional Decidual (IBGE, 2012).As árvores-amostras foram localizadas por caminhamento aleatório, tendo suas localizações georreferenciadas e mensurado o diâmetro a altura do peito (DAP). As amostras foram extraídas do tronco (método não-destrutivo) por meio da introdução do trado de Pressler a altura de 0,3 metros, as baguetas foram coladas em suporte específico e lixadas em granulometria de 80 a 400 grãos/mm² (BOTOSSO E MATTOS, 2002; PEREIRA, 2011). Para o processamento realizou-se a identificação, contagem e mensuração da largura dos anéis de crescimento através do software Image Pro-Plus versão 3.0, sincronização anual entre as repetições, média aritmética e, posteriormente, os cálculos dos incrementos nos três, cinco e dez anos por classe diamétrica (PEREIRA, 2011).

Título do Trabalho: ANÁLISE DE INCREMENTOS DE Cedrela fissilis Vell. (MELIACEAE) EM FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL PELA ANÁLISE DE TRONCO PARCIAL – ATPAutores: Wolf K M; Pereira L D; Fleig F DInstituição: Universidade Federal de Santa Maria/UFSM

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ResultadosO incremento médio radial nos últimos 3; 5 e 10 anos foram respectivamente de 0,25 (a); 0,28 (ab) e 0,32 (b) cm/ano, o maior valor de incremento médio para a média de 10 anos ocorreu provavelmente devido a inclusão de anos mais jovens da árvore (em geral árvores jovens apresentam incrementos mais vigorosos) acarretando assim num aumento do incremento médio na análise. A classe de diâmetro (Gráfico 1) que obteve os maiores incrementos médio radial foi a de 25 cm de DAP e o incremento radial médio mínimo foi de 0,04 cm/ano e o máximo de 0,57 cm/ano.O incremento médio em área basal dos últimos 3; 5 e 10 anos foram respectivamente de 13,77 (a); 14,45 (a) e 14,46 (a) cm²/ano. O incremento em área basal por classe diamétrica obteve comportamento ascendente nas primeiras classes diamétricas alcançando valor máximo na classe 25 cm de DAP para a análise de 3 anos, e valor máximo na classe de 35 cm de DAP para a análise dos últimos 5 e 10 anos, a partir dessas classes máximas houve declínio dos incrementos. O incremento em área basal médio mínimo foi de 2,3 cm²/ano e o máximo de 41,5 cm²/ano.

Título do Trabalho: ANÁLISE DE INCREMENTOS DE Cedrela fissilis Vell. (MELIACEAE) EM FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL PELA ANÁLISE DE TRONCO PARCIAL – ATPAutores: Wolf K M; Pereira L D; Fleig F DInstituição: Universidade Federal de Santa Maria/UFSM

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Título do Trabalho: ANÁLISE DE INCREMENTOS DE Cedrela fissilis Vell. (MELIACEAE) EM FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL PELA ANÁLISE DE TRONCO PARCIAL – ATPAutores: Wolf K M; Pereira L D; Fleig F DInstituição: Universidade Federal de Santa Maria/UFSM

Gráfico 1. Incremento médio radial por classes diamétricas de Cedrela fissilis.

Gráfico 2. Incremento médio em área basal por classes diamétricas de Cedrela fissilis.

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Discussão e ConclusãoO incremento médio radial no período de 10 últimos anos alcançou o maior valor observado em 25cm de DAP. As médias de incremento radial foram diferentes entre si no teste Tukey com significância de 5%, diferente das médias de incremento em área basal que não demonstraram diferença nos períodos analisados. Para tanto, o incremento médio em área basal aumentou alcançando valor máximo na classe de 25 cm de DAP para a análise de 3 anos, e valor máximo na classe de 35 cm de DAP para os últimos 5 e 10 anos reduzindo nos indivíduos acima de 40 cm. Referências BOTOSSO, P. C.; MATTOS, P. P. de. Conhecer a idade das árvores: importância e aplicação. Colombo: Embrapa Florestas, 2002. 25 p. (Embrapa Florestas. Documentos, 75).IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual da Vegetação Brasileira. 2ª edição, Rio de Janeiro/Brasil, 2012.PEREIRA, L. D. Dendroecologia de Cedrela fissilis (Vill) na região de Santa Maria, RS. 2011, 63 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal), Universidade Federal de Santa Maria, RS.SCHNEIDER, P. R.; SCHNEIDER, P. S. P. . Introdução ao manejo florestal. 2. ed. Santa Maria: FACOS - UFSM, 2008. v. 1000. 566p.

Título do Trabalho: ANÁLISE DE INCREMENTOS DE Cedrela fissilis Vell. (MELIACEAE) EM FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL PELA ANÁLISE DE TRONCO PARCIAL – ATPAutores: Wolf K M; Pereira L D; Fleig F DInstituição: Universidade Federal de Santa Maria/UFSM

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Diagnóstico Ambiental quanto ao uso e ocupação do solo no riacho Palmeirinha em Bom Jesus-PI.

Vieira, M.L.; Santos, J. S.; Dias, P.B.; Oliveira, R.J.Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Salinas

Introdução O uso e a ocupação do solo ás margens de um

curso d’água ocasionam diversos e intensos impactos aos meios, muitas vezes irreversíveis, pois se configuram como consequência das alterações decorrentes das urbanizações desordenadas e empreendimentos. Mesmo protegidas pelas disposições legais existentes, as áreas de Preservação Permanente continuam sendo impactadas ou reduzidas.(BASTOS;FREITAS,2004).

De acordo com o Código Florestal Brasileiro (BRASIL,1989) as áreas no entorno de nascentes, qual seja sua situação topográfica num raio mínimo de 50 metros de largura são consideradas Áreas de Preservação Permanente , e nelas não podem ser explorados.

Muitas espécies de água doce estão sendo ameaçadas, devido principalmente, ao desmatamento, com vistas á aberturas de novas fronteiras agropecuárias e de urbanização, causando diminuição do volume de água e danos por contaminação.(BRAGA;PORTO;TUCCI,2006).

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Material e MétodosO método de estudo utilizado para atingir o

objetivo proposto, foi observacional descritivo no qual foram realizadas várias visitas à área de estudo, anotações sobre suas condições ambientais, levantamento florístico, mapa de uso e ocupação do solo e também foi aplicado um questionário aberto aos moradores locais.

Para delimitação da bacia, foi utilizado um Modelo Digital de Elevação Hidrologicamente Consistente (MDECH), onde foi possível gerar processos hidrológicos da bacia permitindo identificar suas características morfo-métricas. A imagem RGB, foi obtida junto ao site do Google Earth, e trata da data de 4 de junho de 2011. Em seguida foi executada a classificação não supervisionada.

Nesse processo foi utilizado o classificador da Máxima Verossimilhança, considerando apenas duas classes. Veget. (Áreas com componente árboreo) e Antrop.(Áreas que estão com solo exposto, perímetro urbano e escarpa da serra).

Todo o pós-processamento foi realizado no software Arc Gis 10.0.

Diagnóstico Ambiental quanto ao uso e ocupação do solo no riacho Palmeirinha em Bom Jesus-PI.

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Salinas

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Resultados

Através do diagnóstico ambiental realizado verificou-se que houve o desmatamento para a ocupação urbana desordenada às margens do riacho Palmeirinha.

Nos levantamentos de campo, verificou-se também a existência de uma área desmatada próxima ao “riacho do coco” utilizada para implantação de pastagens principalmente para bovinos . A ocupação do solo por pastagens provoca à compactação do mesmo acarretando à diminuição do fluxo nos cursos d’água.

Observou-se que a maioria da população de Bom Jesus não pratica hábitos que visem à preservação ambiental das fontes aquáticas presentes na região, foram registrado diferentes tipos de agressões praticadas a esse córrego, como implantação de cercas para fins agropecuários e o acúmulo de lixo e resíduos diversos nos pontos de maiores visitação turístico .

Presença de espécies vegetais queimados, provavelmente por conta de cigarros ou pelos “piqueniques” realizados pelos visitantes, assoreamento do Rio e erosão do solo também poderam ser visualizados na área de estudo.

Diagnóstico Ambiental quanto ao uso e ocupação do solo no riacho Palmeirinha em Bom Jesus-PI.

Vieira, M.L.; Santos, J. S.; Dias, P.B.; Oliveira, R.J.Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Salinas

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Imagens e Tabelas

Diagnóstico Ambiental quanto ao uso e ocupação do solo no riacho Palmeirinha em Bom Jesus-PI.

Vieira, M.L.; Santos, J. S.; Dias, P.B.; Oliveira, R.J.Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Salinas

Imagem 1 - Mapa de uso e ocupação do solo, da bacia do riacho Palmeirinha, Bom Jesus-PI.

Figura 10: Espécies citadas pela comunidade.Figura 10: Espécies citadas pela comunidade.Figura 10: Espécies citadas pela comunidade.

Imagem 2 - Espécies citadas pela comunidade.

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Discussão e ConclusãoOs dados não refletem uma visão positiva, haja vista que

com o desmatamento e a degradação ambiental na região, houve diversos impactos ambientais refletindo na atual situação em que se encontra a área estudada. Portanto sabemos que mais trabalhos dessa área precisam ser realizados, trilha educativa, palestras que tragam conceitos de preservação, podendo ser qualquer ferramenta no que tange a conscientização e manutenção de toda a vida ao redor desse riacho Palmeirinha recuperando a área que foi desmatada com mata ciliares, flora nativa e manutenção dos recursos hídricos.

Assim se faz necessário o desenvolvimento de medidas efetivas de intervenção, realizadas pelo poder público do município e órgãos ligados a proteção do meio ambiente.

ReferênciasBASTOS, A.C.S. E FREITAS, A. C. Agentes e processos de interferência, degradação e dano ambiental. In GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. (org.). Avaliação e Perícia Ambiental. 5ª. Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004

BRAGA, B.; PORTO, M.; TUCCI, C. E. M. Monitoramento de quantidade e qualidade das águas. In: Rebouças, A. C.; Braga, B.; Tundisi, J. G.(org.). Água doces no Brasil: Capital ecológico, uso e conservação. 3. ed., São Paulo: Escrituras Editoras, cap.5, p.145-160, 2006.

BRASIL. Decreto nº 97.632, de 10 de abril de 1989. Brasília, 1989.

Diagnóstico Ambiental quanto ao uso e ocupação do solo no riacho Palmeirinha em Bom Jesus-PI.

Vieira, M.L.; Santos, J. S.; Dias, P.B.; Oliveira, R.J.Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus

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Estrutura diamétrica e hipsométrica de uma Reserva legal no município de Montes Claros, MG

Autores: Souza DC¹; Silva PN¹; do Nascimento TM¹; Pinto LOR¹; Ferreira PHB¹; Cabacinha CD²

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Minas Gerais, Montes Claros, MG, Brasil. Email: [email protected]. 2Professor adjunto da Universidade Federal de Minas Gerais, Montes Claros,

MG, Brasil. Instituição:UFMG

Introdução

• Exploração do cerrado.• Caracterização do nível de conservação e fase sucessional.• Elaboração de planos de manejo florestal sustentável em Reserva legal.• Uso dos recursos florestais mantendo a estrutura balanceada.• Auxilio na escolha de metodologias adequadas para recuperação de áreas, estudos de biomassa, conservação e manejo do local.

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Material e Métodos

• O estudo foi realizado em uma Reserva legal, localizada na comunidade Camela, município de Montes Claros, MG.• Foram amostradas seis parcelas de 10x100m (1000 m²).• O critério de inclusão adotado foi de espécies arbóreas vivas com DAS (diâmetro a altura do solo) maior que 5cm e delas foram coletados o DAS e a altura total.

Estrutura diamétrica e hipsométrica de uma Reserva legal no município de Montes Claros, MGAutores: Souza DC¹; Silva PN¹; do Nascimento TM¹;

Pinto LOR¹; Ferreira PHB¹; Cabacinha CD² 1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal,

Universidade Federal de Minas Gerais, Montes Claros, MG, Brasil. Email: [email protected]. 2Professor adjunto da Universidade Federal de Minas Gerais, Montes Claros,

MG, Brasil. Instituição:UFMG

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Resultados• Foram amostrados um total de 240 indivíduos.• Os diametros variaram de 5cm a 39,6cm.• A primeira classe diamétrica concentrou 77,5% dos indivíduos e a segunda somente 10% seguindo o comportamento em exponencial negativo.• As alturas variaram de 1,8m a 12m. • A primeira classe hipsométrica concentrou 55,25% dos indivíduos e a segunda 38,4% do total.

Estrutura diamétrica e hipsométrica de uma Reserva legal no município de Montes Claros, MG

Autores: Souza DC¹; Silva PN¹; do Nascimento TM¹; Pinto LOR¹; Ferreira PHB¹; Cabacinha CD²

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Minas Gerais, Montes Claros, MG, Brasil. Email: [email protected]. 2Professor adjunto da Universidade Federal de Minas Gerais, Montes Claros,

MG, Brasil. Instituição:UFMG

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Imagens e TabelasImagem 1: histograma de frequência dos valores observados e esperados dos diâmetros.

Estrutura diamétrica e hipsométrica de uma Reserva legal no município de Montes Claros, MG

Autores: Souza DC¹; Silva PN¹; do Nascimento TM¹; Pinto LOR¹; Ferreira PHB¹; Cabacinha CD²

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Minas Gerais, Montes Claros, MG, Brasil. Email: [email protected]. 2Professor adjunto da Universidade Federal de Minas Gerais, Montes Claros,

MG, Brasil. Instituição:UFMG

2.7 4.7 6.7 8.7 10.7 12.70

40

80

120

160

Centro da classe

N° d

e in

diví

duos

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120

50

100

150

200

Classe

N° d

e in

diví

duos Valor observado

Valor esperado

Imagem 2: histograma de frequência da altura dos individuos.

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Discussão e Conclusão• A estrutura diamétrica em algumas classes apresentaram déficit e em outras superávit de indivíduos, o que indica que a área se encontra em processo de regeneração.• A floresta estudada está desbalanceada, o que pode ser explicado pelo histórico de degradação que a área sofreu.• O manejo apropriado da vegetação pode balancear as taxas de recrutamento e mortalidade da reserva legal.ReferênciasMARANGON, Luiz Carlos et al. Relações florísticas, estrutura diamétrica e hipsométrica de um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual em Viçosa (MG). Floresta, Curitiba, PR, v. 38, p. 699-709, 2008.GOMIDE, Lucas Rezende; SCOLFORO, José Roberto Soares; DE OLIVEIRA, Antônio Donizette. ANÁLISE DAS ESTRUTURAS DIAMÉTRICA E HIPSOMÉTRICA DE FRAGMENTOS FLORESTAIS LOCALIZADOS NA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO, EM MINAS GERAIS, BRASIL.FLORESTA, v. 39, n. 2, 2009.

Estrutura diamétrica e hipsométrica de uma Reserva legal no município de Montes Claros, MG

Autores: Souza DC¹; Silva PN¹; do Nascimento TM¹; Pinto LOR¹; Ferreira PHB¹; Cabacinha CD²

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Minas Gerais, Montes Claros, MG, Brasil. Email: [email protected]. 2Professor adjunto da Universidade Federal de Minas Gerais, Montes Claros,

MG, Brasil. Instituição:UFMG

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Florística e Fitossociologia de Cerrado sensu stricto em uma Reserva Legal no Norte de Minas Gerais

Autores: Silva PN; Souza DC; do Nascimento TM; Ferreira PHB; Oliveira LGG; Cabacinha CDInstituição: Universidade Federal de Minas Gerais -Campus Montes Claros

Introdução

O cerrado é um bioma de riqueza inigualável e está na lista dos hotspots globais para conservação. Além de belas paisagens, abriga uma diversidade de espécies frutíferas, lenhosas e medicinais, as quais muitas são endêmicas, juntamente com sua fauna ele ocupa o segundo lugar dos biomas de maior biodiversidade do país. Também exerce grande importância na conservação dos recursos hídricos. Levantamentos florísticos e fitossociológicos têm fornecido informações importantes para a compreensão dos padrões biogeográficos do cerrado e auxiliado na tomada de decisões sobre as áreas recomendadas à conservação (DURIGAN et al., 2011).

Desse modo o trabalho teve como objetivo caracterizar uma área de Cerrado sensu stricto na comunidade de Camelas, Montes Claros, MG, para assim auxiliar as ações de conservação e manejo dos recursos existentes na região.

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Material e Métodos

Foi realizado um levantamento florístico e fitossociológico, onde foram alocadas seis parcelas de 10x100m e amostrados todos os indivíduos com CAS≥15,7cm, foram coletados materiais botânicos dos mesmos e identificados com literatura especializada. Os dados coletados foram processados no software Mata Nativa.

Florística e Fitossociologia de Cerrado sensu stricto em uma Reserva Legal no Norte de Minas Gerais

Autores: Silva PN; Souza DC; do Nascimento TM; Ferreira PHB; Oliveira LGG; Cabacinha CDInstituição: Universidade Federal de Minas Gerais -Campus Montes Claros

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Resultados

• Foram encontradas 13 famílias botânicas e 21 espécies. A família Combretaceae apresentou maior número de indivíduos (65), seguida por Fabaceae (49), Apocynaceae (23), Vochysiaceae (22) e Caryocaceae (19).

Tabela 1. Espécies que apresentaram maiores valores de densidade relativa (DR), frequência relativa (FR), dominância relativa (DoR) e valor de importância (VI).

Florística e Fitossociologia de Cerrado sensu stricto em uma Reserva Legal no Norte de Minas Gerais

Autores: Silva PN; Souza DC; do Nascimento TM; Ferreira PHB; Oliveira LGG; Cabacinha CDInstituição: Universidade Federal de Minas Gerais -Campus Montes Claros

Nome Científico DR FR DoR VITerminalia fagifolia 27,08 7,59 35,8 71Caryocar brasiliensis 7,92 7,59 24,7 40Qualea multiflora 7,50 5,06 4,36 17Eriotheca pubescens 7,92 5,06 3,59 17Vatairea macrocarpa 5,42 5,06 2,42 13

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Resultados

• Sobre a estrutura vertical do povoamento a maioria dos indivíduos concentrou-se no estrato médio (2,43m <=HT >4,84 m).

• Das cinco espécies de maior VI, as que apresentaram especialidade de estratos foram Q. multiflora (médio e superior) e E. pubecens (inferior e médio).

• O padrão de distribuição a partir do Índice de MacGuinnes (IGA) foi: T. Fagifolia, uniforme; C. Brasilienses, uniforme; Q. Multiflora, agregada; E. Pubecens, agregada e V. Macrocarpa, tendendo a agrupada.

• A densidade do povoamento foi 400 indivíduos/ha e área basal 1,935 m²/ha. O índice de Shannon encontrado (H’) 2,92.

Florística e Fitossociologia de Cerrado sensu stricto em uma Reserva Legal no Norte de Minas Gerais

Autores: Silva PN; Souza DC; do Nascimento TM; Ferreira PHB; Oliveira LGG; Cabacinha CDInstituição: Universidade Federal de Minas Gerais -Campus Montes Claros

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Discussão e Conclusão

Através dos resultados pode-se inferir que o fato da espécie T. fagifolia ter obtido maior VI, está relacionado com seus maiores valores de DAS, pois apresentou mesmo valor de frequência relativa que o C. brasiliensis. O valor de densidade encontrado para a área foi mediano e a diversidade baixa (embora dentro dos limites relatados na literatura), talvez este resultado esteja relacionado ao fato da área em estudo estar em processo de regeneração natural.

Referências DURIGAN, G; MELO, A. C. G. de; MAX, J. C. M.; BOAS, O. V.; CONTIERI, W. A.; RAMOS, V. S. Manual para recuperação da vegetação de cerrado. 3. ed. São Paulo : SMA, 2011. 19 p. Disponível em: < http://appvps5.cloudapp.net/sigam3/Repositorio/222/Documentos/Manual_recuperacao_cerrado.pdf > Acesso em: 21 mar. 2015.

Florística e Fitossociologia de Cerrado sensu stricto em uma Reserva Legal no Norte de Minas Gerais

Autores: Silva PN; Souza DC; do Nascimento TM; Ferreira PHB; Oliveira LGG; Cabacinha CDInstituição: Universidade Federal de Minas Gerais -Campus Montes Claros

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Título do Trabalho: AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS DE AMOSTRAGEM QUANTO À DIVERSIDADE DE UMA ÁREA DE CERRADÃO EM PALMAS-TOAutores: Mirella Basileu de O. Lima; Milton Serpa Meira Júnior; Éder Miguel Pereira Instituição: Universidade de Brasília- UnB

Introdução A fim de conhecer a composição florística, a

diversidade, a riqueza e a estrutura fitossociológica das populações presentes, destaca-se a realização de inventários como forma de levantamento dessas áreas (PÉLLICO NETTO e BRENA, 1997; SOUZA e SOARES, 2013).

O método de amostragem mais utilizado é o método da área fixa, que consiste em lançar parcelas com tamanhos iguais, onde, dentro de seus limites, são medidos os indivíduos-alvo do estudo. Contudo, Existem outros métodos menos utilizados, dentre os quais, Strand, Prodan e Quadrantes, que podem ser uma boa alternativa para solucionar entraves financeiros, operacionais e estatísticos. (CAMPOS e LEITE, 2013).

Objetivo deste trabalho foi analisar o comportamento dos diferentes métodos de amostragem frente ao censo florestal quanto a diversidade em uma área de 2,16 hectares de cerradão, localizado na no Parque Estadual do Lajeado, no município de Palmas, Tocantins.

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Material e Métodos Dentro do conjunto de dados

advindos do censo, foi implementado um inventário florestal, obedecendo o método da área fixa (AF) e o processo sistemático, nesta ocasião 13 parcelas de 20 x 20 metros (400 m²) foram lançadas. Sequencialmente, foi lançado o mesmo número de unidades amostrais (ua) para os métodos de Strand, Prodan e Quadrantes nas mesmas áreas em que ocorreram a medição dos indivíduos pelo método de AF.

Com o uso do programa EstimateS foram estimadas curvas de rarefação para cada método de amostragem, relacionando a riqueza com o esforço amostral e a abundância de indivíduos.

Título do Trabalho: AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS DE AMOSTRAGEM QUANTO À DIVERSIDADE DE UMA ÁREA DE CERRADÃO EM PALMAS-TOAutores: Mirella Basileu de O. Lima; Milton Serpa Meira Júnior; Éder Miguel Pereira Instituição: Universidade de Brasília- UnB

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Resultados (Tamanho da Fonte: 16(mínimo))O modelo que melhor estimou o

conjunto de dados foi o Bootstrap. Além da análise gráfica, comparou-se o número de espécies que cada método amostrou com o censo da área. Os gráficos representaram visualmente que não houve diferença entre os métodos no comportamento da curva, já que se trata da mesma comunidade. Entretanto, o número de indivíduos amostrados se atrelou diretamente proporcional com a riqueza amostrada.

A contagem do número de espécies demonstraram que o método da AF (68,24%) foi o que mais se aproximou da riqueza total, seguindo os métodos de Strand (38,82%), Prodan (24,71%) e Quadrantes (20%), respectivamente.

Título do Trabalho: AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS DE AMOSTRAGEM QUANTO À DIVERSIDADE DE UMA ÁREA DE CERRADÃO EM PALMAS-TOAutores: Mirella Basileu de O. Lima; Milton Serpa Meira Júnior; Éder Miguel Pereira Instituição: Universidade de Brasília- UnB

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Gráfico 1: Curvas de riqueza em relação ao número de parcelas de cada método de amostragem. AF: área fixa; S: Strand; P: Prodan e Q: Quadrantes.

Gráfico 2: Curvas de riqueza em relação ao número de indivíduos de cada método de amostragem. AF: área fixa; S: Strand; P: Prodan e Q: Quadrantes.

Título do Trabalho: AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS DE AMOSTRAGEM QUANTO À DIVERSIDADE DE UMA ÁREA DE CERRADÃO EM PALMAS-TOAutores: Mirella Basileu de O. Lima; Milton Serpa Meira Júnior; Éder Miguel Pereira Instituição: Universidade de Brasília- UnB

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Discussão e Conclusão A diversidade de uma comunidade é

analisada pelo número de espécies e o número de indivíduos, logo, quanto maior é a amostragem, melhor será estimada a diversidade.

Conclui-se que o método da AF melhor estima a diversidade local, porém, recomenda-se que aumente o esforço amostral de métodos de parcelas de tamanho variável.

ReferênciasCAMPOS, J.C C.; LEITE, H.G. Mensuração florestal: perguntas e respostas. 4ª ed. Viçosa, MG: Editora UFV, 2013. v. 1. 605p.PÉLICO NETTO, S.; BRENA, D. A. 1997. Inventário Florestal. Curitiba, 316 p.SOUZA, A. L.; SOARES, C. P. B. Florestas nativas: estrutura, dinâmica e manejo. Viçosa, MG: Ed. UFV, 2013. 322 p.

Título do Trabalho: AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS DE AMOSTRAGEM QUANTO À DIVERSIDADE DE UMA ÁREA DE CERRADÃO EM PALMAS-TOAutores: Mirella Basileu de O. Lima; Milton Serpa Meira Júnior; Éder Miguel Pereira Instituição: Universidade de Brasília- UnB

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Título do Trabalho: Mapeamento da Produtividade em Plantios de Eucalipto por meio de Imagem NDVIAutores: Chemenes, L. L. S. ; Alves, G. ; Stolle, L.Instituição: UFMS

IntroduçãoA demanda por espécies florestais de rápido crescimento teve um aumento significativo nas últimas décadas. O mapeamento da produtividade é uma técnica que auxilia no gerenciamento e manejo. A aplicação do sensoriamento remoto é de fundamental importância, pois permite estudar a superfície terrestre de forma mais precisa e eficiente.A técnica de sensoriamento remoto em estudos de vegetação baseia-se no conhecimento de sua resposta espectral (Ponzoni, 2001). Os sensores OLI e TIRS do satélite Landsat-8 captam e registram a energia refletida ou emitida da superfície e podem gerar imagens e outros tipos de dados que são utilizados para a elaboração de mapas. Índices espectrais de vegetação ou simplesmente índices de vegetação, têm sido largamente utilizados para monitorar a cobertura vegetal da Terra em escalas global e/ou local (Miura et al., 2001).Os índices são combinações de dados espectrais de duas ou mais bandas, sendo o mais usual o NDVI (Índice de Vegetação da Diferença Normalizada).O objetivo deste trabalho consistiu em identificar por meio do NDVI as áreas com maior produtividade e avaliar se existe correlação do NDVI com os dados médios de volume/ha, DAP (diâmetro a altura do peito) e altura dominante (Hdom) inventariados de um povoamento de Eucalipto (Eucalyptus urograndis) com quatro anos de idade.

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Material e Métodos O estudo foi realizado em uma área de 71,90 ha de Eucalyptus urograndis localizada na região de Chapadão do Sul - MS, cujas coordenadas UTM são 356.495E 7.908.358N (SIRGAS 2000 Fuso 22S).Para o levantamento dos dados dendrométricos do povoamento, foram lançadas oito parcelas circulares de 400 m² onde mediu-se o DAP, a altura total e altura dominante. Foram cubadas 90 árvores para o levantamento do volume. As parcelas tiveram sua localização identificadas por um aparelho de GPS (Global Positioning System) de frequência L1.O cálculo do índice de vegetação (NDVI) foi realizado por meio da ferramenta Raster Calculator do programa ArcGIS 10.2. Foram utilizadas as bandas do vermelho e do infravermelho próximo do sensor OLI do satélite Landsat-8, convertidos para valores de reflectância. O NDVI é a razão da diferença entre as bandas Infravermelho Próximo e do Vermelho, pela soma das mesmas bandas, conforme Equação.

Os valores de NDVI foram correlacionados com os valores de volume/ha, DAP médio e altura dominante das parcelas.

Título do Trabalho: Mapeamento da Produtividade em Plantios de Eucalipto por meio de Imagem NDVIAutores: Chemenes, L. L. S. ; Alves, G. ; Stolle, L.Instituição: UFMS

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ResultadosA análise descritiva dos dados (Tabela 1) mostrou que o povoamento apresenta em média 269 m3/ha, 14,9 cm de DAP e altura dominante de 24,9 m. O valor médio de NDVI encontrado foi de 0,72, variando de 0,65 a 0,76.Os coeficientes de correlação (Tabela 1) encontrados foram sempre positivos: 0,80; 0,84 e 0,80 para as variáveis volume/ha, DAP e Hdom respectivamente considerando os dados de 75% das parcelas.A imagem NDVI obtida (Figura 1) permite obter uma identificação preliminar das áreas com maior potencial produtivo.

Título do Trabalho: Mapeamento da Produtividade em Plantios de Eucalipto por meio de Imagem NDVIAutores: Chemenes, L. L. S. ; Alves, G. ; Stolle, L.Instituição:UFMS

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Imagens e TabelasTabela 1: Análise descritiva dos dados e coeficiente de correlação das variáveis dendrométricas e NDVI

Figura 1: NDVI da área de estudo

Título do Trabalho: Mapeamento da Produtividade em Plantios de Eucalipto por meio de Imagem NDVIAutores: Chemenes, L. L. S. ; Alves, G. ; Stolle, L.Instituição: UFMS

Variável Média Desvio Padrão

CV (%) Mínimo Máximo r

NDVIVolume/ha 269,0 26,0 9,7 226,2 300,2 0,80DAP (cm) 14,9 0,8 5,6 13,5 15,9 0,84H dom (m) 24,9 2,2 8,8 21,9 28,0 0,80NDVI 0,72 0,0 4,9 0,65 0,76 1,00

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Discussão e Conclusão A imagem NDVI analisada apresenta valores no intervalo de 0,65 a 0,76. Bolfe (2010) observou nas imagens NDVI valores acima de 0,55 e indicando maior densidade de cobertura vegetal, conforme levantado em campo. Todas as variáveis apresentaram coeficiente de correlação igual ou acima de 0,80, sendo que a variável DAP foi a de maior correlação. O índice NDVI pode ser utilizado para estimar o volume, o DAP e a altura dominante do povoamento florestal, sendo necessário o ajuste de modelos matemáticos que expressem esta relação. O mapa NDVI pode ser utilizado para detectar as áreas mais produtivas do povoamento florestal.Referências•Bolfe, E. L.; Desenvolvimento de uma metodologia para a estimativa de Biomassa e de Carbono em sistemas agroflorestais por meio de imagens orbitais. Campinas: UNICAMP, 2010.•Miura, T.; Huete, A. R.; Yoshioka, H.; Holben, B. N. An error and sensitivity analysis of atmospheric resistant vegetation indices derived from dark target-based atmospheric correction, 2001.•Ponzoni, F. J. Comportamento espectral da vegetação. In. Sensoriamento Remoto - Reflectância dos alvos naturais. Brasília: UnB, EMBRAPA, 2001. p.157-199.

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Flutuação populacional de Tenuipalpus heveae Baker (Acari: Tenuipalpidae) em seringueira

Joyce Martins Rezende¹; Jaqueline Magalhães Pereira¹; Rodrigo Damasco Daud; Ohana Daroszewski Rodrigues¹;

Fernanda Gomes Araújo.1Programa de Pós-graduação em Agronomia,

Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil.

IntroduçãoA cultura de seringueira encontra-se em expansão nas regiões centro-oeste e sudeste do Brasil, áreas que oferecem condições edafo-climáticas favoráveis para este tipo de cultivo. A heveicultura nos principais estados produtores do Brasil é realizada em sistema de monocultivo que favorece o aumento populacional de espécies como Calacarus heveae Feres (1992) e Tenuipalpus heveae Baker (1945). Consequentemente, essas pragas são as mais abundantes no cultivo nestas regiões. Conhecido como ácaro plano vermelho da seringueira, T. heveae causa o bronzeamento e a senescência prematura das folhas quando em alta abundância populacional, provocando um significante declínio na produção de látex (Flechtmann, 1985; Pontier, 2000).Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a flutuação populacional de T. heveae em clones de seringueira, no município de Goianésia, GO.

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Material e MétodosA pesquisa foi realizada nas áreas comerciais de produção de látex da empresa Vera Cruz Agropecuária Ltda., localizada em Goianésia, GO (15°19’21”S e 49°9’32”W). As coletas dos ácaros foram realizadas em média a cada quinze dias entre junho de 2013 e junho de 2014 em plantios dos clones RRIM 600, GT 1, PB 235 e PR 255. Foram selecionadas dez plantas de seringueira/clone.Em cada coleta foram amostradas sete folhas de cada planta, a uma altura de 7,0 m, com o auxílio de um podão. As folhas capturadas foram acondicionadas em sacos de papel individualizados para cada planta e transportados em caixa isotérmica refrigerada com bolsas de Gelo X®. No laboratório, as amostras foram mantidas sob refrigeração à 10º C. Foi avaliado a parte abaxial do folíolo central, superfície da qual é de ocorrência preferencial de T. heveae.A contagem do fitófago foi feita em média quinzenalmente sob microscópio estereoscópio em quatro áreas de 1 x 1 cm², dispostas aleatoriamente nas nervuras das folhas, foi avaliada a face abaxial do limbo foliar para T. heveae.

Flutuação populacional de Tenuipalpus heveae Baker (Acari: Tenuipalpidae) em seringueira

Joyce Martins Rezende¹; Jaqueline Magalhães Pereira¹; Rodrigo Damasco Daud; Ohana Daroszewski Rodrigues¹;

Fernanda Gomes Araújo.1Programa de Pós-graduação em Agronomia, Universidade

Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil.

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ResultadosForam registrados um total de 219 indivíduos de T. heveae em um ano de coleta. No presente estudo, foi verificada uma pequena abundância de T. heveae. Essa espécie foi observada praticamente durante todo o período de estudo, entre os meses de junho a julho; outubro a dezembro 2013 e de abril a maio de 2014, respectivamente nos clones PR 255 e RRIM 600; PR 255 e GT 1, e entre abril a maio de 2014 nos clones PR 255 e RRIM 600.

Flutuação populacional de Tenuipalpus heveae Baker (Acari: Tenuipalpidae) em seringueira

Joyce Martins Rezende¹; Jaqueline Magalhães Pereira¹; Rodrigo Damasco Daud; Ohana Daroszewski Rodrigues¹;

Fernanda Gomes Araújo.1Programa de Pós-graduação em Agronomia, Universidade

Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil

Figura 1. Flutuação sazonal de Tenuipalpus heveae em clones de seringueira, Goianésia, Goiás.

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Flutuação populacional de Tenuipalpus heveae Baker (Acari: Tenuipalpidae) em seringueira

Joyce Martins Rezende¹; Jaqueline Magalhães Pereira¹; Rodrigo Damasco Daud; Ohana Daroszewski Rodrigues¹;

Fernanda Gomes Araújo.1Programa de Pós-graduação em Agronomia, Universidade

Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil

Figura 2. Tenuipalpus heveae, espécime coletado em Goianésia, GO.

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Discussão e ConclusãoDevido sua pequena abundância, T. heveae se enquadra como praga secundária e, provavelmente, não causa danos de relevância para a cultura, para este estudo, se comparado ao fitófago dominante C. heveaeFeres et al., (2002) observaram grande abundância de T. heveae no cultivo, em contrapartida, o registro de C. heveae foi raro em Taquaritinga, SP. Área do cultivo na qual passou por aplicações periódicas de acaricidas. Os autores relacionaram o uso do controle químico à mudança na composição das espécies de ácaros encontradas no cultivo. Na ausência de C. heveae nos clones em Taquaritinga, SP, T. heveae se tornou um fitófago abundante no cultivo, demonstrando a competição existente entre os fitófagos.Portanto, mais estudos devem ser realizados para monitorar a dinâmica populacional e flutuação de T. heveae.ReferênciasPONTIER, K.J.B.; MORAES, G.J.; KREITER, S. Biology of Tenuipalpus heveae (Acari, Tenuipalpidae) on rubber tree leaves. Acarologia, Paris, v. 41, n. 4, p. 423–427, set. 2000.

Flutuação populacional de Tenuipalpus heveae Baker (Acari: Tenuipalpidae) em seringueira

Joyce Martins Rezende¹; Jaqueline Magalhães Pereira¹; Rodrigo Damasco Daud; Ohana Daroszewski Rodrigues¹;

Fernanda Gomes Araújo.1Programa de Pós-graduação em Agronomia, Universidade

Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil

Agradecimentos

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Título do Trabalho: Efeito da omissão de potássio sobre o crescimento de clones do híbrido

Eucalyptus grandis vs. E. urophylla Autores: Momentel, LT; Silva, LD

Instituição: Universidade de São Paulo

IntroduçãoO gênero Eucalyptus tem grande importância econômica para o Brasil e a implantação desta cultura vem se expandindo para a região do Cerrado, onde a restrição hídrica é mais intensa. Esta condição apresenta um fator restritivo para o desenvolvimento da planta, influenciando negativamente o seu crescimento (SINCLAR & LUDLOW, 1986). Tal fato exige o entendimento dos processos ecofisiológicos envolvidos, que limitam o desenvolvimento e crescimento dos clones e a seleção de espécies que apresentam mecanismos eficientes de uso da água e de nutrientes, de modo a garantir uma boa produtividade pelos clones implantados nessas condições de restrição hídrica mais intensa. Dessa forma, a eficiência do uso da água demonstra uma versatilidade da planta em adaptar-se a diferentes condições ambientais, até mesmo aquelas menos favoráveis (LIMA, 1995).Desse modo, este estudo teve como objetivo avaliar o crescimento em diâmetro à altura do peito (DAP) e a altura total de seis clones de Eucalyptus grandis vs. E. urophylla, quando submetidos à omissão de potássio.

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Material e Métodos O projeto foi desenvolvido na Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga – SP, em um Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico arenoso e clima do tipo temperado úmido, com inverno seco e verão quente – Cwa (Koeppen) e precipitação média anual de 1350 mm.O experimento foi implantado em dezembro de 2011, em delineamento experimental de blocos casualizados com seis blocos e 12 tratamentos em um arranjo fatorial 6x2, com seis clones do híbrido Eucalyptus grandis vs. E. urophylla e duas doses de potássio (0 kg.ha-1 e 140 kg.ha-

1). As parcelas são compostas por 25 árvores em espaçamento 3m x 2m, sendo considerada como parcela útil de medição as 9 árvores centrais. Os clones foram classificados em três grupos de acordo com a resistência ao déficit hídrico: clones 1 e 2 representam o grupo susceptível; clones 3 e 4 estão no grupo com moderada tolerância e; clones 5 e 6 representando o grupo resistente.Aos 24, 27, 30, 33 e 36 meses de idade foram medidas as variáveis diâmetro à altura do peito (DAP) e a altura das plantas da parcela útil. Para a medição do DAP foi utilizada suta de 40 cm, com precisão de 1cm, e para a medição da altura, hipsômetro vertéx com precisão de 0,1 metro.

Título do Trabalho: Efeito da omissão de potássio sobre o crescimento de clones do híbrido

Eucalyptus grandis vs. E. urophylla Autores: Momentel, LT; Silva, LD

Instituição: Universidade de São Paulo

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ResultadosPara a variável altura houve diferença significativa para clones e para dose de potássio em todos os meses avaliados, e os clones que receberam a adubação foram superiores aos clones em omissão de potássio. Na figura 1 verifica-se que os clones 3, 5 e 6 foram os que apresentaram maior crescimento em altura, sendo que os clones 1, 2 e 4 foram inferiores.O efeito da omissão de potássio não foi significativa somente no mês de setembro de 2014. No mês de dezembro de 2013, o clone 3 apresentou efeito da omissão de potássio. No mês de março os clones 3, 4 e 6 apresentaram esse efeito. No mês de junho foram os clones 1, 3 e 4 que apresentaram esse efeito. E no mês de dezembro de 2014, os clones 1, 3, 4 e 6 foram os que tiveram resposta à omissão de potássio. Isso indica que não há um padrão de resposta dos clones nos meses avaliados.Para a variável diâmetro à altura do peito (DAP) também houve diferença significativa para clones e para dose de potássio em todos os meses. Entretanto, não houve efeito da omissão de potássio para os clones.Na figura 1, verifica-se que os clones 4, 5 e 6 foram os que apresentaram maiores valores para esta variável; o clone 3 apresentou um resultado mediano e; os clones 1 e 2 apresentaram os menores valores.

Título do Trabalho: Efeito da omissão de potássio sobre o crescimento de clones do híbrido

Eucalyptus grandis vs. E. urophylla Autores: Momentel, LT; Silva, LD

Instituição: Universidade de São Paulo

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Título do Trabalho: Efeito da omissão de potássio sobre o crescimento de clones do híbrido

Eucalyptus grandis vs. E. urophylla Autores: Momentel, LT; Silva, LD

Instituição: Universidade de São Paulo

Figura 1: Crescimento em altura (m) e em diâmetro (cm) dos seis clones nos 5 meses de avaliação. Médias que apresentam a mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey no mesmo período de análise (P>0,05)

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Discussão e ConclusãoO grupo de maior resistência ao déficit hídrico (clones 5 e 6) foi o que apresentou maior produtividade, indicando uma maior eficiência no uso da água pelos mesmos. A intensidade da resposta à omissão de potássio variou com o material genético no período de avaliação, sendo que somente o clone 3 apresentou diferença significativa para a variável altura em todos os períodos avaliados, e também foi o clone que apresentou os maiores valores para esta variável a partir dos 30 meses. Para a variável DAP, não houve efeito da omissão de potássio, sendo os clones 4, 5 e 6 os que apresentaram os melhores crescimentos. Vale ressaltar que o ano de 2014 foi um ano atípico com relação ao clima no local de realização do teste, apresentando um déficit hídrico no solo de 400mm durante o verão que perdurou até dezembro do mesmo ano, fato que foi importante para os resultados do trabalho. Entretanto, para discriminar com mais detalhes as respostas ecofisiológicas entre os clones, seria interessante instalar réplicas do teste em áreas onde o déficit hídrico seja mais rigoroso.

Referências LIMA, W.P. Impactos da cultura do eucalipto. Revista Silvicultura, n.64, 1995.SINCLAIR, T.R. & LUDLOW, M.M. Influence of soil watersupply on the plant water balance of four tropical grain legums. Aust. J. Plant Physiol., 13, 1986.

Título do Trabalho: Efeito da omissão de potássio sobre o crescimento de clones do híbrido

Eucalyptus grandis vs. E. urophylla Autores: Momentel, LT; Silva, LD

Instituição: Universidade de São Paulo

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Título do Trabalho: Mapeamento do Volume de um Plantio de Eucalipto por Meio de GeoestatísticaAutores: Alves, G.; Chemenes, L. L. S.; Stolle, L.Instituição: UFMS

IntroduçãoA determinação do volume de uma floresta através do inventário florestal é de suma importância para diagnosticar o potencial produtivo e assim predizer o seu valor comercial.A alocação de parcelas no campo pode se tornar uma tarefa com elevado custo em função do tempo gasto na medição dos dados. A interpolação de dados de volume utilizando técnicas de geoestatística tem sido estudada visando obter dados de produtividade com a redução do número de parcelas instaladas. O objetivo deste trabalho consistiu em realizar um inventário florestal para elaborar um mapa com a produtividade (volume/ha) através da krigagem para áreas que não foram amostradas.

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Material e Métodos O estudo foi realizado em uma fazenda com plantio de 66,6 ha de Eucalyptus urograndis localizada no município de Chapadão do Sul – MS. Para a realização do inventário foram instaladas 8 parcelas circulares de 400 m², onde foram medidos CAP (circunferência a altura do peito) de todas as árvores com fita métrica e depois transformadas em diâmetro a altura do peito (DAP), a altura total (Ht) das dez primeiras e a altura das árvores dominantes (Hdom). Foram cubadas 90 árvores para ajuste dos modelos hipsométricos e volumétricos. Após a análise exploratória dos dados e do teste de normalidade (Shapiro-Wilk), foi realizada a interpolação por krigagem ordinária da variável volume. O modelo utilizado para o ajuste do semivariograma foi selecionado por validação cruzada.Para os cálculos, produção dos gráficos e ajuste do semivariograma foi utilizado o programa estatístico R e o pacote GeoR (RIBEIRO e DIGGLE, 2001), ambos os programas livres dentro da licença internacional GPL (General Public Licence). O mapa foi elaborado no ArcGis 10.2.

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Resultados Os melhores modelos escolhidos foram o de Trorey (R² ajustado = 0,94; syx (%) = 6,29) para a estimativa da altura total e o de Schumacher e Hall (R² ajustado = 1,0; syx (%) = 4,40) para a estimativa do volume total com casca. As variáveis desvio padrão (s=27,55) e coeficiente de variação (CV=10,2%), apresentaram valores baixos indicando homogeneidade do povoamento. O volume mínimo encontrado foi de 223,2 m³/ha e o máximo foi de 302,4 m³/ha (Tabela 1). Para o ajuste do semivariograma foi utilizado o modelo esférico, que apresentou 93% de dependência espacial com erro médio absoluto de 1,67 (1,76) m³/ha e erro médio reduzido de 0,0313 m³/ha (0,035)selecionado por validação cruzada. Não foram identificados dados discrepantes, e o teste de normalidade indicou que o volume é proveniente de uma população normal.Na análise do semivariograma foi possível detectar que o volume apresenta-se estruturado espacialmente com índice de dependência espacial de 93%. Este método demonstrou eficiência para estimativa do volume em áreas não amostradas podendo ser utilizado para mapear e determinar unidades de manejo produtivo florestal para o eucalipto.O mapa obtido pela krigagem pode ser observado na Figura 1.

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Imagens e Tabelas

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Tabela 1: Análise descritiva dos dados e parâmetros do modelo ajustado

Onde:C0 = efeito pepita; C0+C1 = contribuição; A = alcance

Figura 1: Mapa de volume obtido por krigagem

Variável Média s CV (%) Mín Máx Modelo C0 C0+C1 A

Volume (ha) 269,0 27,55 10,2 223,2 302,4 Esférico 74,19 1101,60 850,09

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Discussão e Conclusão A existência da dependência espacial em variáveis dendrométricas pode ser observada em diversos trabalhos (PELISSARI, 2015; KANEGAE, 2007; MELLO, 2004) evidenciando a aplicação desta técnica no manejo florestal.Este método demonstrou eficiência para estimativa do volume em áreas não amostradas podendo ser utilizado para mapear e determinar unidades de manejo produtivo florestal para o eucalipto.Referências KANEGAE, H. J. et al . Avaliação da continuidade espacial de características dendrométricas em diferentes idades de povoamentos clonais de Eucalyptus sp. Rev. Árvore, Viçosa, v. 31, n. 5, p. 859-866, out. 2007.MELLO, J. M. Geoestatística aplicada ao inventário florestal. 2004. 110p. Tese (Doutorado em Recursos Naturais) Escola �Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2004.PELISSARI, A. L. Geoestatística aplicada ao manejo de povoamentos de Tectona grandis L. f. 2015. 119p. Tese (Doutorado em Ciências Florestais) Universidade Federal �do Paraná, Curitiba, 2015.RIBEIRO JÚNIOR, P.J.; DIGGLE, P.J. geoR: a package for geostatistical analysis. RNEWS, v.1, n.2, p.15-18, 2001.

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Título do Trabalho: Um Algoritmo Guloso para Otimizar o Sortimento Florestal em Plantios de Pinus taeda L.Autores: Montes D. P.1; Silva R. F.2

Instituição: 1Ciências Biológicas-Santa Marcelina (FASM-Muriaé/MG); 2Depto de Computação (CCA/UFES)

Introdução A determinação do sortimento florestal se baseia na escolha de um padrão de corte ótimo de um fuste a ser traçado. As toras retiradas podem ter comprimentos e larguras diferentes, calculados principalmente em função das variáveis dendométricas do fuste, de modo a obter maior rentabilidade com a comercialização das toras. O objetivo deste trabalho é otimizar o sortimento florestal, feito em função de demandas comerciais por multiprodutos, por meio da aplicação de um algoritmo guloso simples implementado a partir de um problema de otimização combinatória conhecido como Corte e Empacotamento (PCE) (Silva et al., 2014). Foi então implementado um algoritmo guloso para geração das solução, utilizado posteriormente para maximizar os lucros. O algoritmo guloso proposto faz uma busca iniciando pela base do fuste, levando em consideração suas características como altura comercial (Hc) e os diâmetros ao longo do fuste (di), procurando localmente dentre todos os produtos candidatos (pi) aquele que traria mais lucro. Em seguida, após a retirada da primeira tora e levando em consideração o que sobrou do fuste, esse processo se repete enquanto restar produtos candidatos viáveis comercialmente.

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Título do Trabalho: Um Algoritmo Guloso para Otimizar o Sortimento Florestal em Plantios de Pinus taeda L.Autores: Montes D. P.1; Silva R. F.2

Instituição: 1Ciências Biológicas-Santa Marcelina (FASM-Muriaé/MG); 2Depto de Computação (CCA/UFES)

Material e Métodos Os dados utilizados neste trabalho foram obtidos de Menon (2005). Segundo o autor, são provenientes da Região Sul do Brasil, do município de Correia Pinto – SC, de propriedade das Indústrias Klabin. Definiu-se a utilização do Talhão 18 de Pinus taeda L., com 11,5 hectares e plantio realizado em 1978, da Fazenda Capela I. Foram colhidas 408 árvores e 31 delas cubadas para a construção da relação hipsométrica e da função de afilamento a ser utilizada. As simulações ocorreram a partir dos dados obtidos do inventário florestal, sendo que as classes de DAP obtidas foram de 17.5cm até 81.5cm. Os multiprodutos comercializáveis são descritos na tabela a seguir:

Tabela 1 - Produtos comercializáveis.

Classe de Uso Comp. (m) dpf (cm) R$/m3

Classe 0 3,10 e 3,80 18 a 23,9 61,85

Classe 1 2,60; 3,10 e 3,80 24 a 29,9 92,15

Classe 2 2,60; 3,10 e 3,80 30 a 39,9 113,59

Classe 3 2,60; 3,10 e 3,80 >= 40 139,77

Classe 4 1 a 4 8 a 17,9 52,8

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Título do Trabalho: Um Algoritmo Guloso para Otimizar o Sortimento Florestal em Plantios de Pinus taeda L.Autores: Montes D. P.1; Silva R. F.2

Instituição: 1Ciências Biológicas-Santa Marcelina (FASM-Muriaé/MG); 2Depto de Computação (CCA/UFES)

ResultadosApós a execução do algoritmo guloso, analisando conjuntamente os resultados obtidos pelo sortimento dos fustes em multiprodutos, observa-se na tabela a seguir os padrões de corte gerados para cada centro de classe. Para exemplificar, seja o centro de classe (C.C.) com DAP 18.5 cm, do qual existe somente 1 árvore com tal medida (Freq.). O padrão de corte gerado para esse C.C. foi: corta-se inicialmente a partir da base do fuste, 4 toras de 4 metros cada, em seguida, corta-se uma tora de 1 metro. Ao final, tem-se 5 toras e a receita obtida com a venda dessas toras é de R$13.42. Essa tabela se estende até o C.C. 81.5. Contudo, parte dos resultados foram omitidos em função do tamanho da tabela.

Tabela 2 – Sortimentos gerados.C.C. Freq. Padrão de Corte (m) Receita18.5 1 4.0 4.0 4.0 4.0 1.0 13.4220.5 3 4.0 4.0 4.0 4.0 3.0 53.5221.5 4 3.1 4.0 4.0 4.0 4.0 84.422.5 5 3.8 4.0 4.0 4.0 4.0 119.4523.5 2 3.8 3.8 4.0 4.0 4.0 1.7 55.8424.5 5 3.8 3.8 3.1 4.0 4.0 3.3 158.7525.5 9 3.8 3.8 3.8 4.0 4.0 3.1 315.9

... ... ... ...

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Título do Trabalho: Um Algoritmo Guloso para Otimizar o Sortimento Florestal em Plantios de Pinus taeda L.Autores: Montes D. P.1; Silva R. F.2

Instituição: 1Ciências Biológicas-Santa Marcelina (FASM-Muriaé/MG); 2Depto de Computação (CCA/UFES)

ResultadosOs resultados obtidos foram então comparados aos dados da colheita, obtidos a partir das fichas de campo e relatados em Menon (2005). Foi então possível observar que o algoritmo guloso implementado é um método de geração de solução simples, sendo executado em apenas 1 segundo, levando em consideração o programa em Java desenvolvido para as simulações. Esse algoritmo ainda mostrou ser eficiente, obtendo 576,21 m3 de volume e uma receita de R$ 56141,94. É valido ressaltar que programação inteira (Campos et al., 2013) e outras heurísticas também podem ser utilizadas como geradora de soluções, entretanto, para este problema, dificilmente terá outra tão simples e rápida quanto a heurística gulosa, objeto deste trabalho. Por fim, foi possível concluir que o método proposto foi capaz de gerar uma receita 8,8% superior ao que foi obtido pela empresa.

Tabela 3 – Produção e Receita.

Método Volume (m3) Receita (R$)

Colheita 577,251 51590,76

Alg. Guloso 576,21 56141,94

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Discussão e ConclusãoO algoritmo guloso proposto possui definição simples e pode ser implementado facilmente. Mostrou ainda possuir função de complexidade de tempo polinomial, um tempo de processamento rápido e resultados melhores em relação aos da colheita. Além disso, esse método é flexível o suficiente para resolver outros problemas de otimização florestal como: alocação de áreas florestais, regulação florestal e roteamento de veículos para o transporte florestal.ReferênciasCampos, B. P. F. et al. Conversão de árvores em multiprodutos da madeira utilizando programação inteira. Revista Árvore, v. 37, n. 5, p. 881-887, 2013.Menon, M. U. Meta-heurísticas na Otimização do Sortimento Florestal. 2005. 119p. Tese (Doutorado em Ciências Florestais) - Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná.Silva, E.; Oliveira. J. F.; Wascher, G. 2DCPackGen: A problem generator for two-dimensional rectangular cutting and packing problems. European Journal of Operational Research, v. 237, p. 846-856, 2014.

Título do Trabalho: Um Algoritmo Guloso para Otimizar o Sortimento Florestal em Plantios de Pinus taeda L.Autores: Montes D. P.1; Silva R. F.2

Instituição: 1Ciências Biológicas-Santa Marcelina (FASM-Muriaé/MG); 2Depto de Computação (CCA/UFES)

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Título do Trabalho: Mapeamento do Potencial Produtivo de Eucalipto por Meio de Inferência FuzzyAutores: Stolle, L.; Gava, J. L.Instituição: UFMS; Suzano Papel e Celulose

IntroduçãoO eucalipto é uma das principais espécies plantadas para a produção de papel, celulose e carvão. As empresas florestais na busca do aumento da produtividade de suas áreas têm investido em técnicas relacionadas ao campo da silvicultura de precisão, de modo que o levantamento de dados tem sido cada vez mais detalhado. A identificação de áreas produtivas não está relacionada somente com a classificação de sítios florestais, mas também com as características intrínsecas de cada região que podem ser previamente modeladas, tais como tipo de solo, clima, geologia e relevo. O objetivo deste trabalho consistiu em mapear os níveis de produtividade do eucalipto com base em atributos do relevo e dos solos para identificação de áreas menos produtivas em uma propriedade piloto localizada no Maranhão.

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Material e Métodos Técnicas de SIG (Sistemas de Informações Geográficas) e de classificação fuzzy foram utilizadas para a elaboração dos mapas. Para modelagem do relevo utilizou-se dados de imagens de radar e para a variável solo foi utilizado o mapa de solos. Em seguida todas as variáveis tiveram os seus valores convertidos em valores fuzzy (com amplitude +1 a -1). Os valores mínimos e máximos de cada variável utilizada no estudo são associados a uma função de pertinência fuzzy, onde o pior valor de acordo com a característica desejada é associado ao valor fuzzy (-1) e o melhor valor é associado ao valor fuzzy (+1). Considerou-se que áreas com altitude igual ou maior que 435 m apresentam maior potencial produtivo (+1) e áreas com altitude igual ou menor que 100 m apresentam menor produtividade (-1). No caso da variável solo, por não se ter um gradiente definido para níveis de produtividade, determinou-se que os solos do tipo Argissolos apresentam menor potencial de crescimento (valor fuzzy (-1)) e os Latossolos e demais solos apresentam valor (+1), ou seja, maior potencial. A combinação dos valores fuzzy da variável solo e da variável altitude foi realizada por meio de um operador de média ponderada.

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ResultadosOs valores de pertinência fuzzy dados de forma relativa e os operadores fuzzy permitem uma grande flexibilidade na modelagem. Em outras palavras, as limitações impostas pelos modelos convencionais (classificação booleana), podem ser eliminadas pelos modelos fuzzy, devido à flexibilidade dos seus operadores (MEIRELLES, 1997).Os valores fuzzy resultantes da combinação dos valores fuzzy das variáveis solos e altitude estão no intervalo de [-0,34 a +0,88], os quais foram divididos em três classes (baixo, médio e elevado) representando microrregiões de produtividade de eucalipto.A fazenda piloto apresentou 85% de sua área como sendo de elevada produtividade, 12% como de média produtividade e apenas 3% como de baixa produtividade.O mapa de produtividade pode ser observado na Figura 1.

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Imagens e Tabelas

Figura 1: Mapa de produtividade elaborado por meio de inferência fuzzy

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Discussão e ConclusãoSegundo ELLS et al. (1997), aplicações da lógica fuzzy no campo florestal e no planejamento do uso do solo têm crescido ultimamente, devido à importância deste método na modelagem da imprecisão e na flexibilidade das constantes. Neste estudo foi observado que a utilização de operadores fuzzy permitem uma flexibilidade na análise dos resultados.Na validação em campo foi possível constatar que a indicação feita a campo sempre corresponde às áreas apontadas pelo modelo como de menor produtividade relacionada principalmente a características de estresse abiótico, o que mostra ser o modelo ou o mapeamento das áreas de risco uma ferramenta útil para detecção de áreas com menor potencial produtivo.ReferênciasELLS, A.; BULTE, E.; Van KOOTEN, C. Uncertainty and forest land use allocation in British Columbia: Vague Priorities and Imprecise Coefficients. Forest Science, Bethesda, v.43, n. 4, p. 509-520, 1997.MEIRELLES, M.S.P. Análise integrada do ambiente através do geoprocessamento: uma proposta metodológica para a elaboração de zoneamentos. Rio de Janeiro, 1997. 192 f. Tese (Doutorado em Geografia), Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Título do Trabalho: Mapeamento do Potencial Produtivo de Eucalipto por Meio de Inferência FuzzyAutores: Stolle L.; Gava, J. L.Instituição: UFMS; Suzano Papel e Celulose

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Título do Trabalho: Mapeamento de Variáveis Dendrométricas de um Plantio de Mogno Africano (Khaya Ivorensis) por Meio de GeoestatísticaAutores: Velozo, D.; Muchalak, F.; Stolle, L.; Pirez, J.Instituição: UFMS

IntroduçãoOriginário da costa ocidental Africana, o mogno africano (Khaya Ivorensis) tem se destacado no cenário mundial, sendo atualmente uma das principais madeiras nobres cultivadas no Brasil. Com interessante valor econômico, o mogno africano tem excelente uso comercial, devido à raridade e beleza da madeira. A mensuração das variáveis dendrométricas de uma floresta é de suma importância para diagnosticar o potencial produtivo de uma espécie. A interpolação de dados utilizando técnicas de geoestatística tem sido estudada visando obter dados de produtividade para áreas não amostradas. O objetivo deste trabalho consistiu em realizar o mapeamento do diâmetro a altura do peito médio (DAP) e da altura dominante (Hdom) por meio de krigagem, permitindo detectar possíveis diferenças de crescimento dentro da área de estudo e assim executar um diagnóstico preliminar do crescimento do mogno.

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Material e MétodosEste trabalho foi realizado em uma fazenda com plantio de 30 ha de Khaya Ivorensis com três anos de idade localizada no município de Chapadão do Sul – MS. Foram instaladas 16 parcelas circulares de 1.257 m², realizando-se em seguida a medição do CAP (circunferência a altura do peito) de todas as árvores com fita métrica, e a altura das árvores dominantes (Hdom) com o clinômetro Haglöf. Os valores de CAP foram convertidos para valores de DAP.Após a análise exploratória dos dados e do teste de normalidade (Shapiro-Wilk), foi realizada a interpolação por krigagem ordinária das variáveis DAP e Hdom. O modelo utilizado para o ajuste do semivariograma foi selecionado por validação cruzada.Para os cálculos, produção dos gráficos e ajuste do semivariograma foi utilizado o programa estatístico R e o pacote GeoR (RIBEIRO e DIGGLE, 2001), ambos os programas livres dentro da licença internacional GPL (General Public Licence). Os mapas foram elaborados no ArcGis 10.3.

Título do Trabalho: Mapeamento de Variáveis Dendrométricas de um Plantio de Mogno Africano (Khaya Ivorensis) por Meio de GeoestatísticaAutores: Velozo, D.; Muchalak, F.; Stolle, L.; Pirez, J.Instituição: UFMS

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ResultadosNesta área de estudo verificou-se que as duas variáveis apresentaram coeficiente de variação (CV%) baixo (5,2% para DAP e 6,0% para Hdom) indicando uma população homogênea apesar do plantio ser proveniente de mudas seminais. O DAP médio encontrado foi de 12,8 cm, variando de 11,7 cm a 13,7 cm. A altura dominante média foi de 10 m, variando de 9,1 a 11 m (Tabela 1).Não foram identificados dados discrepantes, e o teste de normalidade indicou que a Hdom é proveniente de uma população normal, o que não foi observado para o DAP. Na análise do semivariograma foi possível detectar que as duas variáveis apresentam-se estruturadas espacialmente.Foi utilizado o modelo circular, o qual apresentou um erro padrão relativo de 2,5% para o DAP e 4,7% para a Hdom.Os mapas obtidos pela krigagem podem ser observados na Figura 1.

Título do Trabalho: Mapeamento de Variáveis Dendrométricas de um Plantio de Mogno Africano (Khaya Ivorensis) por Meio de GeoestatísticaAutores: Velozo, D.; Muchalak, F.; Stolle, L.; Pirez, J.Instituição: UFMS

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Imagens e TabelasTabela 1: Análise descritiva dos dados e parâmetros do modelo ajustado

Onde:C0 = efeito pepita; C0+C1 = contribuição; A = alcance

Figura 1: Mapas de DAP e Hdom obtidos por krigagem

Variável Média CV (%) Mín Máx Modelo C0 C0+C1 A

DAP (cm) 12,8 5,2 11,7 13,7 Circular 0 0,581 386,25H dom (m) 10,0 6,0 9,1 11,0 Circular 0 0,443 297,95

Título do Trabalho: Mapeamento de Variáveis Dendrométricas de um Plantio de Mogno Africano (Khaya Ivorensis) por Meio de GeoestatísticaAutores: Velozo, D.; Muchalak, F.; Stolle, L.; Pirez, J.Instituição: UFMS

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Discussão e ConclusãoA existência da dependência espacial em variáveis dendrométricas pode ser observada em diversos trabalhos (PELISSARI, 2015; KANEGAE, 2007; MELLO, 2004) evidenciando a aplicação desta técnica no manejo florestal.Os mapas obtidos permitiram apontar que as áreas com menor DAP e menor Hdom foram aquelas com maior sombreamento proporcionado por um povoamento de eucalipto anexo.

ReferênciasKANEGAE, H. J. et al . Avaliação da continuidade espacial de características dendrométricas em diferentes idades de povoamentos clonais de Eucalyptus sp. Rev. Árvore, Viçosa, v. 31, n. 5, p. 859-866, out. 2007.MELLO, J. M. Geoestatística aplicada ao inventário florestal. 2004. 110p. Tese (Doutorado em Recursos Naturais) Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", �Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2004.PELISSARI, A. L. Geoestatística aplicada ao manejo de povoamentos de Tectona grandis L. f. 2015. 119p. Tese (Doutorado em Ciências Florestais), Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015.RIBEIRO JÚNIOR, P.J.; DIGGLE, P.J. geoR: a package for geostatistical analysis. RNEWS, v.1, n.2, p.15-18, 2001.

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AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS DECORRENTES DO PROGRESSO TECNOLÓGICO

NA ATIVIDADE DE CORTE FLORESTAL Luis Carlos de Freitas1; Talita Sousa Lopes2, Ângelo

Márcio Pinto Leite3

1 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; 2Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia;

3Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.

A Colheita florestal passou por um intenso progresso progresso tecnológico nas ultimas décadas (Freitas, 2008). No processo de corte, as operações evoluíram do método manual para o semimecanizado adquirindo, nas últimas décadas, um aspecto expressivo em termos de mecanização, com utilização de máquinas modernas e de alto padrão tecnológico. Este trabalho buscou avaliar os impactos da inovação tecnológica no corte florestal, considerando a motosserra (pré-inovação) e o Harvester (pós-inovação). Avaliou-se os impactos em relação aos seguintes indicadores: meio físico (solo) e meio biótico (flora). Para o indicador solo percebeu-se um adicional de impacto em relação aos componentes compactação e erosão, quando da substituição da motosserra pelo Harvester. Tais impactos foram provenientes do tráfego de máquinas nas áreas de corte. Todavia, o Harvester apresentou também benefícios ambientais em relação a motosserra, uma vez que é capaz de realizar o descascamento da madeira no talhão, contribuindo assim para os processos de ciclagem. Quanto a flora, percebeu-se um adicional de impacto no subbosque, quando da inovação tecnológica, proporcionado principalmente pelos danos mecânicos dos rodados.

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Material e Métodos Avaliou-se os impactos em relação aos seguintes indicadores: meio físico (solo) e biótico (flora). Os impactos foram ponderados em relação a escala de ocorrência e fator de importância. Quanto maior a abrangência do impacto maior a ponderação em relação a escala de ocorrência (impacto pontual =1; impacto local = 2 e impacto regional =5). O somatório do fator de importância de todos componentes de cada indicador totalizou + 1 ou - 1. Os coeficientes de alteração dos impactos resultantes do processo de inovação tecnológica (substituição da motosserra pelo Harvester) foram determinados da seguinte forma: grande aumento do componente (+3); moderado aumento (+1); componente inalterado (0); moderada diminuição (-1); grande diminuição (-3). Os coeficientes de impacto (C.I) resultaram-se do produto dos coeficientes de alteração pelos fatores de ponderação, enquadrando numa escala de -15 a +15, de forma captar as alterações positivas e negativas proporcionadas pela processo de inovação avaliado.

AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS DECORRENTES DO PROGRESSO TECNOLÓGICO

NA ATIVIDADE DE CORTE FLORESTAL Luis Carlos de Freitas1; Talita Sousa Lopes2, Ângelo

Márcio Pinto Leite3

1 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; 2 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia;

3Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.

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Resultados A maioria dos componentes apresentaram coeficientes de impacto negativo para o processo de inovação tecnológica avaliado (Tabelas 1 e 2). Os mais expressivos foram a compactação pelo trânsito de máquinas (-1,17) e os danos gerados às cepas pelos rodados (-1,50). Os componentes que apresentaram coeficientes positivos foram “danos a vegetação do entorno (matriz flora)” e “exportação de nutriente (matriz solo)”. Os coeficientes totais de impactos apresentaram índices de -0,74 e -0,95, respectivamente para as matrizes solo e flora (Tabelas 1 e 2).

AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS DECORRENTES DO PROGRESSO TECNOLÓGICO

NA ATIVIDADE DE CORTE FLORESTAL Luis Carlos de Freitas1; Talita Sousa Lopes2, Ângelo

Márcio Pinto Leite3

1 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; 2 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia;

3Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.

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Imagens e Tabelas

AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS DECORRENTES DO PROGRESSO TECNOLÓGICO

NA ATIVIDADE DE CORTE FLORESTAL Luis Carlos de Freitas1; Talita Sousa Lopes2, Ângelo Márcio

Pinto Leite3

1 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; 2 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; 3Universidade

Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.

Tabelas 1 - Matriz de ponderação para avaliação de impactos ambientais do processo de inovação tecnológica na atividade de colheita florestal (Indicador do aspecto físico - solo).

Tabelas 2 - Matriz de ponderação para avaliação de impactos ambientais do processo de inovação tecnológica na atividade de colheita florestal (Indicador do aspecto biótico - flora).

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Discussão e Conclusão

Analisando as melhorias ambientais do processo de inovação tecnológica avaliado, pode-se concluir que o melhor direcionamento de queda das árvores, pelo sistema mecanizado, contribuiu para redução dos danos à vegetação nativa do entorno. Em relação a exportação de nutrientes, houve também melhorias ambientais, uma vez que o Harvester realiza o descascamento da madeira no campo, favorecendo portanto o processo de ciclagem em relação ao corte semimecanizado. Embora o progresso tecnológico na colheita florestal tem proporcionado condições ambientais favoráveis, no contexto global, ambas matrizes apresentaram coeficiente total de impacto negativo, contudo, com índices pouco expressivos em relação a escala (-15 / +15).

Referências

FREITAS, L. C. AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NA COLHEITA FLORESTAL. Viçosa: UFV, 2008. 118 p. Tese (Doutorado em Ciência Florestal) - Universidade Federal de Viçosa, 2008.

AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS DECORRENTES DO PROGRESSO TECNOLÓGICO

NA ATIVIDADE DE CORTE FLORESTAL Luis Carlos de Freitas1; Talita Sousa Lopes2, Ângelo Márcio

Pinto Leite3

1 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; 2 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; 3Universidade

Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.