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TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PERMANENTES CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO SEÇÃO I Dos Princípios Fundamentais ART.1º - O Município de Nova Maringá, com sede na localidade do mesmo nome, criado pela Lei nº 5.898, de dezenove de dezembro de 1991, em união indissolúvel ao Estado de Mato Grosso e à República Federativa do Brasil, constituído dentro do Estado Democrático de Direito em esfera de governo local, objetiva, na sua área territorial e de sua competência, o seu desenvolvimento com a construção de uma comunidade livre, justa e solidária, fundamentada na sua autonomia na cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho, na livre iniciativa e no pluralismo político, exercendo o seu poder por decisão dos munícipes, pelos seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Lei Orgânica da Constituição Estadual e da Constituição Federal. PARÁGRAFO ÚNICO – A ação municipal desenvolve-se em todo o seu território, sem privilégios de Distritos ou Bairros, reduzindo as desigualdades regionais e sociais, promovendo o bem-estar de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. ART.2º - São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Executivo e o Legislativo. ART.3º - O Município, objetivando integrar a organização planejamento e execução de funções públicas de interesses regionais comuns, poderá associar-se aos demais municípios limítrofes e ao Estado para formar um polo de desenvolvimento regional e influenciar a política de investimento empresarial para Região, inclusive Órgãos Regionais de administração pública, através de Convênios. PARÁGRAFO ÚNICO – A defesa dos interesses municipais fica assegurada por meio de associação ou convênio com outros municípios ou entidades localistas, que tenham como objetivo comum o desenvolvimento, num sistema de mutirão e colaboração, na forma de lei. ART.4º - São símbolos do município de Nova Maringá, a Bandeira, o Hino e o Brasão Municipal, criados por lei. SEÇÃO II Da Organização Político – Administrativa

TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PERMANENTES · III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais

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TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PERMANENTES CAPÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO SEÇÃO I

Dos Princípios Fundamentais

ART.1º - O Município de Nova Maringá, com sede na localidade do mesmo nome, criado pela Lei nº 5.898, de dezenove de dezembro de 1991, em união indissolúvel ao Estado de Mato Grosso e à República Federativa do Brasil, constituído dentro do Estado Democrático de Direito em esfera de governo local, objetiva, na sua área territorial e de sua competência, o seu desenvolvimento com a construção de uma comunidade livre, justa e solidária, fundamentada na sua autonomia na cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho, na livre iniciativa e no pluralismo político, exercendo o seu poder por decisão dos munícipes, pelos seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Lei Orgânica da Constituição Estadual e da Constituição Federal.

PARÁGRAFO ÚNICO – A ação municipal desenvolve-se em todo o seu território, sem privilégios de Distritos ou Bairros, reduzindo as desigualdades regionais e sociais, promovendo o bem-estar de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

ART.2º - São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o

Executivo e o Legislativo.

ART.3º - O Município, objetivando integrar a organização planejamento e execução de funções públicas de interesses regionais comuns, poderá associar-se aos demais municípios limítrofes e ao Estado para formar um polo de desenvolvimento regional e influenciar a política de investimento empresarial para Região, inclusive Órgãos Regionais de administração pública, através de Convênios. PARÁGRAFO ÚNICO – A defesa dos interesses municipais fica assegurada por meio de

associação ou convênio com outros municípios ou entidades localistas, que tenham como objetivo comum o desenvolvimento, num sistema de mutirão e colaboração, na forma de lei.

ART.4º - São símbolos do município de Nova Maringá, a Bandeira, o Hino e o

Brasão Municipal, criados por lei.

SEÇÃO II

Da Organização Político – Administrativa

ART. 5º - O município prioriza os setores de educação, saúde, saneamento e transporte.

PARÁGRAFO ÚNICO – Para efeito de plano de diretrizes as prioridades contidas neste artigo serão expressamente detalhadas.

ART.6º - O município de Nova Maringá, unidade territorial do Estado de Mato

Grosso, pessoa jurídica de direito público interno, com autonomia política, administrativa e financeira, é organizado com direito de instalar administração Provisória como pontes estratégicas, dentro do município, da Constituição Estadual e da Constituição Federal.

PARÁGRAFO 1º - O município tem sua sede na cidade de Nova Maringá.

PARÁGRAFO 2º - O município compõe-se da cidade de Nova Maringá e do Distrito de Brianorte, com direito de instalar-se quantos outros forem viáveis e que tenham condições na forma de lei.

PARÁGRAFO 3º - A criação, a organização e a supressão de distritos dependem da Lei Municipal, observada a Legislação Estadual.

PARÁGRAFO 4º - Qualquer alteração territorial do Município de Nova Maringá só poderá ser feita na forma da Lei Complementar Estadual, preservando a continuidade territorial, a unidade histórico - cultural do ambiente urbano da sede, dependendo da consulta prévia à população diretamente interessada, mediante plebiscito, nunca prejudicada a sede do Município e a administração do restante do território.

ART. 7º - É verdade ao Município:

I – impedir a instalação de igrejas e cultos religiosos ou seitas, desde que organizados na forma da lei e sem fins lucrativos.

II – recusar fé aos documentos públicos, desde que estejam fundamentados em lei.

III – proporcionar atendimento público, estabelecendo preferência entre que busquem benefícios da mesma natureza.

IV – interromper obra autorizada pela Câmara Municipal, sem específica autorização desta.

SEÇÃO III

DOS BENS E DA COMPETÊNCIA

ART. 8º - São bens do Município de Nova Maringá:

I – Os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vieram a ser atribuídos, ou adquiridos, os desapropriados por força da lei para atender ao interesse público e bens cuja caução esteja vencida em conformidade com a lei.

II – Os bens que estão sob seu domínio, em forma de comodato. PARÁGRAFO ÚNICO – O Município admitirá qualquer pesquisa desde que haja prévia

autorização e terá o direito à participação ao resultado da exploração de qualquer atividade.

ART. 9º - compete ao Município:

I – legislar sobre assuntos de interesse local:

II – Suplementar a Legislação Federal e a Estadual, no que couber principalmente quanto à participação do Município no produto da arrecadação, taxas de atividades desenvolvidas no território do Município e em tudo que vier proporcionar o desenvolvimento municipal;

III – Instituir e arrecadar tributos de sua competência;

IV – Aplicar as suas rendas e prestar contas por publicação de balancetes mensais, bem como o balanço geral no Diário Oficial do Estado, ou em jornal com circulação normal no Estado;

V – Criar, organizar e suprimir Distritos, observada a legislação estadual;

VI – Organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluindo os de transporte coletivo, que terão caráter essencial, ou ainda criar uma empresa de desenvolvimento para reger esses serviços;

VII – Prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré - escolar e de ensino fundamental, bem como desenvolver projetos educacionais de nível médio técnico agrícola, manter convênio com a unidade de ensino superior, no sentido de dotar ao Município capacidade de oferecer cursos de interesse da comunidade e ainda dar apoio a faculdade que queiram instalar extensão no Município, respeitada a Lei Orçamentária;

VIII – Prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população, priorizando atendimento à população mais carente e ainda proporcionando à população medicina preventiva;

IX – promover adequadamente ordenamento territorial mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano, criando uma legislação urbanística capaz de assegurar correta ocupação do solo urbano;

X – promover a proteção do patrimônio histórico - cultural local, criando, através de lei complementar, mecanismos que venham assegurar a preservação de bens históricos e culturais.

XI – elaborar e executar a política de desenvolvimento urbano com o objetivo de ordenar as funções sociais das áreas habitadas do Município e garantir o bem-estar de seus habitantes, criando mecanismos para solucionar os problemas de poluição causados por atividades comercias e industriais extremas em áreas habitadas, regulamentados por lei complementar;

XII – elaborar e executar o Plano Diretor, como instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana;

XIII – exigir do proprietário de área de solo urbano, não edificado, sub - utilizado ou não utilizado, a documentação de cada propriedade, notificando-o para que promova seu adequado aproveitamento, na forma do Plano Diretor, sob pena, sucessivamente, de parcelamento ou edificação compulsórios, imposto sobre a Propriedade Urbana, progressivo no tempo e desapropriação com pagamento mediante título da dívida pública municipal, com prazo de resgate até quatro (04) anos, em parcelas anuais e sucessivas, assegurando o valor real da indenização e os juros legais;

XIV – constituir a guarda Municipal, destinada à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei, investindo para a função pessoa ciente da função e com capacidade psicológica e emocional para o exercício funcional;

XV – planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, principalmente quanto à autorização para a construção em áreas acidentadas, sem o devido controle da erosão;

XVI – legislar sobre a licitação e contratação em todas as modalidades, para a administração pública municipal direta e indiretamente, inclusive as fundações públicas municipais e empresas sob seu controle, respeitadas as normas da legislação federal;

XVII – fiscalizar todas as saídas de limites de fronteiras do Município; XVIII – criar o Pronto Socorro Municipal, em convênio com o Estado e a União ART. 10 – É da competência do Município, em comum acordo com a União e o Estado:

I – Zelar pelo cumprimento da Constituição Federal, da Constituição Estadual e das Leis dessas esferas de Governo, das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;

II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência física e mental, portadoras de moléstias e de doenças contagiosas, bem como proporcionar condições de vida à pessoas idosas desamparadas, de acordo com o Código Municipal de Saúde, conveniado com o Estado e a União e de acordo com o Código Municipal de Saúde;

III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais e os sítios arqueológicos;

IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;

V – procurar desenvolver os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência, respeitando o interesse do Município e suas condições orçamentárias;

VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição e a erosão em quaisquer de suas formas, exercendo principalmente com trabalho educacional orientativo aos proprietários sobre seus direitos, deveres e obrigações quanto ao meio ambiente;

VII – preservar as florestas, a fauna e a flora, permitindo desmatamentos somente em áreas permitidas pela Legislação Federal, mediante autorização municipal. a) Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Agricultura ou órgão equivalente,

fiscalizará, em convênio com o IBAMA, os desmates, para prevenção das erosões.

VIII – promover programas de construção de moradias e melhorias das condições habitacionais e de saneamento básico, através de sistema de mutirão, envolvendo para tanto, empresário e fazendo convênios com entidades de apoio à população mais carente; IX – combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos, de acordo com o programa orçamentário; X – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisas, e exploração de recursos hídricos e minerais em seu território, resguardando sempre a soberania do Território do Município, com autorização do Legislativo e assegurados no artigo 9º, II, desta lei; XI – estabelecer e implantar a política de educação para a segurança do trânsito, dando apoio logístico a policiais de trânsito no desempenho de suas atividades. PARÁGRAFO ÚNICO – A cooperação do Município com a União e o Estado tem em vista o equilíbrio do desenvolvimento e reformas. ART.11 – A política de desenvolvimento rural e agropecuário do Município será

planejada e executada com a participação efetiva do setor de produção, envolvendo

produtores e trabalhadores rurais, com recursos previstos na Lei Orçamentária, ou mediante convênios, levando em conta especialmente:

I – assistência técnica e extensão rural; II – pesquisa agropecuária; III – associativismo; IV – eletrificação rural e irrigação; V – habitação para trabalhador rural; VI – outros instrumentos.

PARÁGRAFO PRIMEIRO – Será regulamentado em Lei Municipal o Conselho de Desenvolvimento Municipal, integrando os segmentos representativos das entidades presentes no Município, bem como organizações dos produtores e trabalhadores rurais, que será presidido pelo Secretário de Agricultura ou Departamento equivalente, com o objetivo de propor e apreciar o plano de desenvolvimento municipal.

PARÁGRAFO SEGUNDO – A assistência técnica e extensão rural, mantida como serviço público oficial, de caráter educativo, em conjunto com a Secretaria Municipal de Agricultura, ou equivalente, será garantida gratuitamente aos pequenos e médios produtores rurais, suas famílias e suas formas associativas, levando em conta:

a) a realidade municipal, os interesses e anseios do produtor e sua família; b) alternativas tecnológicas ao alcance do produtor rural e sua família e que não venham

poluir o meio ambiente; c) medidas que visem incrementar a renda líquida do produtor rural, através de aumento

da produção e produtividade, diminuindo os custos operacionais e melhorias nos sistemas que evitem as perdas na colheita;

d) medidas que visem despertar a consciência associativista no campo e de assessoramento à criação e dinamização das organizações de produtores já formalizadas, com objetivo de eficientizar os sistemas de produção e comercialização e, sobretudo, criar mecanismos que permitam a esses grupos competir com os setores mais eficientes e organizados da sociedade;

e) atendimento à população dos centros urbanos, principalmente a de baixa renda, através da comercialização direta, produtor - consumidor, de forma a diminuir as margens de intermediação com reflexos positivos na diminuição dos custos a nível dos consumidores;

f) a propriedade como um todo, mas voltada para a unidade de planejamento, comunidade e Município;

g) a diversificação de culturas, com a introdução de culturas regionais, criando novas alternativas de renda e diminuição dos riscos advindos da exploração de uma única atividade;

h) o tratamento e aproveitamento de áreas encapoeiradas e degradadas, com o objetivo de combater as derrubadas das matas e a destruição dos ecossistemas.

PARÁGRAFO TERCEIRO – A produção de alimento para abastecimento do Município e geração de excedentes exportáveis, bem como a produção de matéria prima para atender o Parque Industrial Regional Nacional.

I – A política de desenvolvimento rural e agropecuária será integrada com a do Meio Ambiente e Urbana.

II – A política de desenvolvimento rural do Município será integrada com a organização do sistema de assistência técnica e extensão rural oficial, a nível de Estado e da União.

III – Os recursos de que trata o “caput” deste artigo serão regidos por lei Complementar.

CAPÍTULO II

DO PODER LEGISLATIVO

SEÇÃO I Da Câmara Municipal

ART. 12 – O Poder Legislativo do município é exercido pela Câmara Municipal, que se compõe de vereadores representantes da comunidades, eleitos pelo sistema proporcional em todo território municipal.

PARÁGRAFO PRIMEIRO – O mandato do vereador é de quatro (04) anos.

PARÁGRAFO SEGUNDO – A eleição dos vereadores se dá até noventa (90) dias término do mandato em pleito direto e simultâneo aos demais municípios.

PARÁGRAFO TERCEIRO – O número de vereadores será proporcional à população do Município, conforme determina a constituição Estadual e Federal.

PARÁGRAFO QUARTO – Em caso de diminuir a população do Município, pós-posse, os vereadores eleitos e empossados não perderão o mandato da Câmara Municipal.

ART. 13 – Salvo disposições em contrário desta lei, as deliberações da Câmara

Municipal serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

SEÇÃO II Das atribuições da Câmara Municipal

ART. 14 – Cabe a Câmara Municipal, com sanção do Prefeito, não exigida esta para o especificado nos termos dos artigos 15 e 27, dispor sobre todas as matérias de competência do Município, especialmente sobre:

I – Sistema Tributário Municipal, arrecadação e distribuição de suas rendas;

II – Plano Plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operação de crédito da dívida pública;

III – Fixação e modificação do efetivo da Guarda Municipal; IV – Planos e Programas Municipais de desenvolvimento;

V – Bens do domínio do município;

VI – Transferência temporária da sede do Governo Municipal;

VII – Criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas municipais;

VIII – Organização das funções fiscalizadoras da Câmara Municipal;

IX – Normatização da cooperação das associações representativas no planejamento municipal;

X – Normatização da iniciativa popular de projetos de Lei de interesse específico do município, da cidade, de vilas, de bairros, através de manifestações de pelo menos, cinco por cento do eleitorado, nos termos da Constituição Estadual;

XI – Criação organização e supressão de Distritos;

XII – Criação, estruturação e atribuições das Secretarias e Departamento Municipais e órgãos de administração pública;

XIII – Criação, transformação, extinção e estruturação de empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias e fundações públicas municipais;

ART. 15 – É da competência exclusiva da Câmara Municipal:

I – Elaborar o seu Regimento Interno;

II – Dar nomes às vias, logradouros públicos, monumentos, obras públicas e entidades beneficentes;

III – Dispor sobre a sua organização, funcionamento, política, criação transformação ou extinção de cargos, empregos e funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias;

IV – Resolver definitivamente sobre Convênios, Consórcios ou Acordos que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio municipal;

V – Autorizar o prefeito e o vice-prefeito a se ausentarem do município, porém dentro do Estado, e fora do Estado só com autorização da Câmara, quando a ausência exceder quinze dias seguintes, a serviço do município;

VI – Sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem o poder regulamentar ou os limites da delegação legislativa;

VII – Mudar temporariamente a sua sede;

VIII – Fixar a remuneração dos vereadores, do prefeito e do vice-prefeito, em cada Legislatura subsequente, e igualmente para todos os cargos e funções, reajustada pelo INPC, observando o que dispõe o art. 95, VIII, sendo que a remuneração dos vereadores somadas as despesas gerais da Câmara não poderão exceder a oito por cento da arrecadação;

IX – Julgar, anualmente, as contas prestadas pelo prefeito e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo, os balancetes mensais e o balanço anual de 31 de março de cada ano;

X – Proceder a tomada de contas do prefeito quando não apresentadas à Câmara Municipal até 31 de março de cada ano;

XI – Fiscalizar e controlar, diretamente, os atos do Poder Executivo.

a) A pedido da Câmara serão fornecidos, via fotocópias, os documentos para exame.

XII – Zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição do Poder Executivo;

XIII – Apreciar os atos de concessão ou permissão e os de renovação de concessões ou permissões de serviços de transportes coletivos e outras concessões;

XIV – Representar ao Ministério Público, por dois terços de seus membros e instaurar processo contra o prefeito e o vice-prefeito e os secretários municipais ou chefes de departamento pela prática de crime contra a administração pública que tomar conhecimento.

ART. 16 – O total da despesa com a remuneração vereadores não poderá ultrapassar

o montante de cinco por cento da receita corrente do município.

SEÇÃO III Dos Vereadores

ART. 17 – Os vereadores são invioláveis pelas suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do município, salvo os casos previstos em lei.

ART. 18 – Os vereadores não podem:

I – Desde a expedição do diploma: a) – Firmar ou manter contrato com pessoas jurídicas de direito público, autarquia,

empresa pública sociedade de economia mista ou empresas concessionárias de serviços públicos municipais salvo o contrato quando obedecer a cláusula uniforme:

b) Aceitar e exercer o cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os que sejam demissíveis “ad-nutum”, nas entidades constante na alínea anterior;

II – Desde a posse: a) Ser proprietário, controlador ou diretor de empresas que gozem de favor

decorrentes de contrato com pessoa jurídica de direito público municipal ou nela exerça funções remuneradas;

b) Ocupar cargo ou função que sejam demissíveis “ad-nutum”, nas entidades referidas no inciso I, a;

c) Patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a;

d) Ser titular de mais de um cargo ou mandato público efetivo.

ART. 19 – Perde o mandato o vereador que: I – Infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; II – Cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; III – Que deixar de comparecer a três (03) sessões ordinárias consecutivas, salvo, licença ou missão por esta autorizada; IV – Que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; V – Quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos constitucionalmente previstos; VI – Que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado; 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos previstos e definidos no Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas aos vereadores à percepção de vantagens indevidas. 2º - Nos casos dos incisos I, II, VI, a perda do mandato é decidida pela Câmara Municipal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante a provocação da Mesa ou de qualquer partido político, representado na Casa, assegurada ampla defesa. 3º - Nos casos previstos nos incisos III e V, a perda é declarada pela Câmara, de ofício, ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou de partidos políticos representado na Casa, assegurada ampla defesa.

4º - Durante o julgamento pela Plenário, o vereador permanecerá afastado do cargo e será convocado o suplente, até final decisão.

ART. 20 – Não perde o mandato o vereador: I – Investido no cargo de secretário Municipal, Secretário ou Ministro de Estado, bem como de confiança do Município, por prazo determinado; II – Licenciado pela Câmara por motivos de doença ou para tratar, sem remuneração, de assuntos de seu interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse sessenta (60) dias por sessão legislativa. 1º - O suplente deverá ser convocado em todos os casos de vagas ou licença. 2º - Ocorrendo vaga, e não havendo suplente, se faltarem mais de quinze (15) meses para o término do mandato, a Câmara representará à Justiça Eleitoral para a realização das eleições para preenchê-la. 3º - O vereador poderá optar por uma das remunerações do cargo, na hipótese do inciso I, deste artigo.

SEÇÃO IV

Das Reuniões

ART. 21 – A Câmara Municipal reunir-se-á, ordinariamente, em sessão legislativa anual, de quinze (15) de fevereiro a trinta (30) de junho, e de primeiro (1º) de agosto a quinze (15) de dezembro. 1º - As sessões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em sábados, domingos e feriados. 2º - Para as sessões extraordinárias, estas poderão ser convocada até mesmo durante o recesso.

PARÁGRAFO 3º - A sessão legislativa não será interrompida sem aprovação de Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento do Exercício seguinte.

PARÁGRAFO 4º - A Câmara Municipal reunir-se-á em sessão de Instalação Legislativa, a primeiro (1º) de janeiro do ano subsequente às eleições, às dez (10) horas, para a posse de seus membros, do prefeito e do vice-prefeito, e as eleições da mesa e das comissões.

PARÁGRAFO 5º - A convocação extraordinária da Câmara Municipal far-se-á pelo seu presidente, pelo prefeito ou a requerimento da maioria dos vereadores, em caso de urgência ou interesse público relevante.

PARÁGRAFO 6º - O Executivo Municipal deverá enviar projetos que dizem respeito a Reunião Extraordinária, com um mínimo de quarenta e oito (48) horas antecipadas, salvo as sessões de emergência.

PARÁGRAFO 7º - Na Sessão Legislativa Extraordinária, a Câmara somente deliberará sobre a matéria a qual for convocada.

PARÁGRAFO 8º - A remuneração dos vereadores será reajustada pelo INPC, não podendo, entretanto, ultrapassar aos cinco por cento do repasse orçamentário para Câmara Municipal.

PARÁGRAFO 9º - Ao Presidente da Mesa fica assegurada uma verba de representação a ser definida em lei complementar.

PARÁGRAFO 10º - A remuneração mensal dos vereadores será acrescida por uma gratificação ou “jeton”, por sessão extraordinária a que comparecer, a ser fixada em lei complementar.

SEÇÃO V

Da Mesa e das Comissões

ART. 22 – A Mesa da Câmara Municipal será composta de um Presidente, um Vice presidente, um Primeiro e um Segundo Secretários, eleitos para o mandato de dois (2) anos, vedada a reeleição para o mesmo cargo, na eleição imediatamente subsequente, assegurada a representação proporcional dos Partidos Políticos que se representam na Câmara Municipal.

PARÁGRAFO 1º - As competências e as atribuições dos membros da Mesa e a forma de substituição, as eleições para a sua composição e os casos de destituição serão definidos no Regimento Interno.

PARÁGRAFO 2º - O Presidente representa o Poder Legislativo.

PARÁGRAFO 3º - Para substituir o Presidente, nas suas faltas, impedimentos e licenças, haverá uma Vice-presidente.

ART. 23 – A Câmara Municipal terá Comissões Permanentes e Temporárias,

constituídas na forma e com atribuições previstas no Regimento Interno ou no ato de que resultar sua criação.

PARÁGRAFO 1º - As Comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:

I – Examinar e encaminhar à Mesa o Parecer para que seja discutido em Plenário.

II – Realizar reuniões com a Comunidade contribuinte, aceitar queixas, reclamações, suspeitas, etc., e levar à Mesa o conhecimento, cabendo a esta convocar a comunidade para audiência, se julgar necessário.

III – Convocar Secretários Municipais para prestarem informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições.

IV – Solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão.

V – Apreciar Programas de Obras, Planos Municipais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.

PARÁGRAFO 2º - As Comissões Parlamentares de Inquérito – CPI, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciárias, além de outros, previstos no Regimento Interno, serão criadas mediante requerimento de um terço dos vereadores que compõem a Câmara, para apuração de fatos determinados e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público para que se promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

ART. 24 – Na Constituição da Mesa e de cada Comissão será assegurada, tanto

quanto possível, a representação proporcional dos Partidos Políticos ou Blocos Parlamentares que participam da Câmara.

ART. 25 – Na última sessão ordinária de cada período legislativo, o Presidente da Câmara publicará a escala dos membros da Mesa e seus substitutos que responderão pelo expediente do Poder Legislativo durante o recesso seguinte.

SEÇÃO VI Do Processo Legislativo

SUBSEÇÃO I Das atribuições

ART. 26 – O Processo Legislativo compreende a elaboração de:

I – Regimento Interno; II – Emendas à Lei Orgânica do Município; III – Leis Complementares; IV – Leis Ordinárias; V – Leis Delegadas; VI – Decretos Legialativos; VII – Decretos Legislativos; VIII – Resolução.

PARÁGRAFO ÚNICO – A elaboração, redação, alteração e consolidação de leis dar-se-ão em conformidade com a Lei Complementar Federal, com esta Lei Orgânica Municipal e com o Regimento Interno.

SUBSEÇÃO II

Da Emenda a Lei Orgânica do Município

ART. 27 – A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta: I – Do prefeito municipal; II – Pela maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.

PARÁGRAFO 1º - A proposta será discutida e votada em dois turnos, com interstício mínimo de 10 (dez) dias, considerando-se aprovada se obtiver em cada um, dois terços dos votos dos membros da Câmara.

PARÁGRAFO 2º - A emenda à Lei Orgânica do Município será promulgada pela Mesa da Câmara, com o respectivo número de ordem.

PARÁGRAFO 3º - A matéria constante da proposta de emenda, rejeitada ou havida por prejudicada, não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

SUBSEÇÃO III

Das Leis

ART. 28 – A iniciativa das Leis Complementares e Ordinárias cabe a qualquer vereador ou comissão, ao Prefeito e aos cidadãos, na forma e casos previstos nesta Lei Orgânica.

PARÁGRAFO 1º - São de iniciativa privada do Prefeito as leis que: I – fixem ou modifiquem o efetivo da Guarda Municipal, respeitando o art. 14, inciso III. II – disponha sobre: a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na forma administrativa direta e

indireta, autarquia e de sua remuneração; b) servidores públicos municipais, sem regime jurídico, provimento de cargos,

estabilidade e aposentadorias; c) criação, estruturação e atribuições das Secretarias Municipais e órgão da Administração

pública municipal.

PARÁGRAFO 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara Municipal de Projeto de Lei subscrito por, no mínimo, três por cento do eleitorado do Município, distribuído, pelo menos, por dois Distritos, com não menos de um por cento do eleitorado de cada um deles.

ART.29 – Em caso de relevância urgência, o Prefeito poderá adotar Medidas

Provisórias, com força de lei, devendo submetê-las, de imediato, à Câmara Municipal que,

estando em recesso, será convocada extraordinariamente para se reunir no prazo de 05 (cinco) dias úteis.

PARÁGRAFO ÚNICO – As medidas provisórias perderão eficácia desde a edição, se não forem convertidas em Lei no prazo de 30(trinta) dias, a partir de sua publicação, devendo a Câmara Municipal disciplinar as relações jurídicas dela decorrentes.

ART. 30 – Não será admitido aumento da despesa prevista:

I – nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, ressalvado o disposto no artigo 63:

II – nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara Municipal e do Ministério Público.

ART. 31 – O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação dos projetos de sua

iniciativa.

PARÁGRAFO 1º - Se a Câmara não se manifestar em até 30(trinta) dias, sobre a proposição, será esta incluída na Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos, para que ultime a votação, excetuados os casos do art. 29, do art. 31 e do art. 64, que são preferenciais na ordem numerada.

PARÁGRAFO 2º - O prazo previsto no parágrafo anterior não corre nos período de recesso, nem se aplica aos Projetos de Código.

ART. 32 – O Projeto de Lei aprovado será enviado, com autógrafo, ao Prefeito que,

aquiescendo, o sancionará, no prazo de quarenta e oito horas, remetendo uma cópia de sanção ao Legislativo.

PARÁGRAFO 1º - Se o Prefeito considerar o Projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á, total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados da data do recebimento e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Câmara os motivos do veto.

PARÁGRAFO 2º - O veto será apreciado pela Câmara, dentro de 10(dez) dias, contados da data de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores, em escrutínio secreto.

PARÁGRAFO 3º - Se o veto não for mantido, será o texto enviado ao Prefeito para a promulgação.

PARÁGRAFO 4º - Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no parágrafo 2º o veto será colocado na Ordem do Dia da Sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final, ressalvadas as matérias referidas no art. 31, parágrafo 1º.

PARÁGRAFO 5º - Se a Lei não for promulgada dentro de 5 (cinco), dias úteis pelo Prefeito, nos termos dos parágrafos 2º e 3º o Presidente da Câmara promulgará, e, se este não o fizer, em igual prazo, caberá ao Vice-presidente fazê-lo obrigatoriamente.

ART. 33 – A matéria constante de Projeto de Lei rejeitado, somente poderá

constituir objeto de novo Projeto, na mesma sessão proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara.

ART. 34 – As Leis Delegadas serão elaboradas pelo Prefeito ou deverá solicitar a delegação à Câmara Municipal.

PARÁGRAFO 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva da Câmara Municipal, a matéria reservada à Lei Complementar, nem a legislação sobre os planos plurianuais, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos.

PARÁGRAFO 2º - a delegação ao Prefeito terá a forma de Resolução da Câmara Municipal que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.

PARÁGRAFO 3º - Se a Resolução determinar a apreciação do Projeto pela Câmara Municipal, esta a fará em votação única, vedada qualquer emenda.

ART. 35 – As Leis Complementares serão aprovadas por maioria absoluta.

SUBSEÇÃO IV

DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ART.36 – A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, patrimonial e operacional do Município e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncias de receitas, será exercida pela Câmara Municipal com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

PARÁGRAFO ÚNICO – Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize, arrecade, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais o Município responda ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária.

ART. 37 – O Controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio do

Tribunal de Contas do Estado, através de Parecer prévio sobre as Contas que o Prefeito e a Mesa da Câmara deverão prestar anualmente.

PARÁGRAFO 1º - O Balanço Financeiro Anual será apreciado pelo Tribunal de Contas, e desde que o Tribunal examine e o aprecie; o remeterá com o seu parecer à Câmara Municipal.

PARÁGRAFO 2º - As contas deverão ser apreciadas pela Câmara que poderá nomear uma Comissão para examinar e dar o seu Parecer, dentro do prazo de sessenta dias.

PARÁGRAFO 3º - Apresentadas as Contas, o Presidente da Câmara colocá-las-á pelo prazo de 60(sessenta) dias, à disposição de qualquer contribuinte para apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, na forma da lei, publicando Edital.

PARÁGRAFO 4º - Somente pela decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal deixará de prevalecer o Parecer do Tribunal de Contas.

ART. 38 – A Comissão Permanente de Fiscalização, diante de indícios de despesa

não autorizada, ainda sob a forma de investimentos programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar da autoridade responsável que, no prazo de 5 (cinco) dias, preste os esclarecimentos necessários.

PARÁGRAFO 1º - Não prestados os esclarecimentos ou considerados estes insuficientes, a Permanente de Fiscalização, por intermédio da Mesa da Câmara, solicitará ao Tribunal de Contas Pronunciamento concluído sobre a matéria em caráter de urgência. PARÁGRAFO 2º - Entendendo o Tribunal de Contas irregular a despesa, a Comissão Permanente de Fiscalização, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá a Câmara a sua sustação.

PARÁGRAFO 3º - Os crimes de responsabilidade ou infrações político-administrativas são definidos pela Câmara Municipal em lei especial.

PARÁGRAFO 4º - O julgamento do Prefeito será feito no Tribunal de Justiça, perante o órgão por este definido.

ART. 39 – Os Poderes Legislativo e Executivo manterão, de forma integrada,

sistema de controle interno com a finalidade de: I – avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos do Município; II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência da gestão orçamentária, financeira dos órgãos e entidades da administração municipal, bem como, a aplicação de recursos públicos municipais por entidades de direito privado; IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional;

PARÁGRAFO 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência à Comissão Permanente de Fiscalização da Câmara Municipal.

PARÁGRAFO 2º - Qualquer cidadão, Partido político, Associação ou Sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante a Comissão de Fiscalização da Câmara Municipal.

PARÁGRAFO 3º - A Comissão Permanente de Fiscalização da Câmara Municipal, tomando conhecimento de irregularidades ou ilegalidades, poderá solicitar a autoridade responsável que, no prazo de 05 (cinco) dias preste os esclarecimentos necessários, agindo na forma prevista no parágrafo 1º do artigo anterior.

PARÁGRAFO 4º - Entendendo o Tribunal de Contas pela irregularidade ou ilegalidade, a Comissão Permanente de Fiscalização proporá à Câmara Municipal as medidas que julgar convenientes à situação.

CAPÍTULO III

DO PODER EXECUTIVO SEÇÃO I

DO PREFEITO E DO VICE – PREFEITO

ART. 40 – O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal, auxílio por Secretários Municipais ou Chefes de Departamentos.

ART. 41 – A eleição do Prefeito e do Vice - Prefeito, para mandato de 4 (quatro) anos, dar-se-á mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País, até 90 (noventa) dias antes do término do mandato dos que devem suceder. PARÁGRAFO 1º - A eleição do Prefeito importará a do Vice - Prefeito com ele registrado. PARÁGRAFO 2º -Será considerado eleito Prefeito, o Candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos, não computados os em brancos e nulos. PARÁGRAFO 3º - O eleito indicará a Comissão de Transição que terá total liberdade de ação para checar as condições administrativas e preparar a Posse.

ART. 42 – O eleito Prefeito e O Vice-Prefeito tomarão Posse em Sessão da Câmara Municipal, no dia 1º (primeiro) de janeiro do ano subsequente à eleição, às 10(dez) horas, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição Federal, a Constituição Estadual e a Lei Orgânica, observar as leis e promover o bem geral do Município. PARÁGRAFO 1º - A Comissão de transição deverá estar ciente da real situação do município, no aspecto administrativo, para o ato da posse. PARÁGRAFO 2º - Se, decorridos 10(dez) dias da data fixada para a Posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo por motivo de força maior aceitos pela Câmara, não tiveram o cargo, este será declarado vago.

ART. 43 – Substitui o Prefeito em caso de impedimento, e suceder-lhe-á no caso de

vaga o vice-Prefeito. PARÁGRAFO 1º - O Vice-Prefeito, além das atribuições que lhe forem atribuídas por lei complementar, auxiliará o Prefeito sempre que por ele for convocado para missões especiais. PARÁGRAFO 2º - A investidura do Vice-Prefeito na Secretaria ou nos Departamentos Municipais não impedirá as funções previstas no parágrafo anterior.

ART. 44 – Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, far-se-á eleição, 90 (noventa) dias após concretizado o impedimento legal dos mesmos. PARÁGRAFO 1º - Ocorrendo a vacância no último ano de mandato, o Presidente da Câmara Municipal assumirá a vaga. PARÁGRAFO 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos não poderão, sem licença da Câmara Municipal, ausentar-se do Estado, nem do Município, por mais 15 (quinze) dias seguidos, sob pena de perda do cargo.

ART. 46 – Aplicam-se ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, as proibições e os impedimentos estabelecidos para os Vereadores Municipais. PARÁGRAFO 1º - Perderá o mandato o Prefeito que assumir outros cargos ou funções na administração pública direta ou indireta, ressalvada a Posse em virtude de Concurso Público. PARÁGRAFO 2º - O Prefeito deve residir na sede do Município.

SEÇÃO II DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

ART. 47 – Compete, privativamente, ao Prefeito:

I - nomear e exonerar os Secretários Municipais e Chefes de Departamentos, com ciência da Câmara Municipal; II – Exercer, com o auxílio dos Secretários Municipais, a direção executiva da administração municipal; III – iniciar o Processo Legislativo, na forma e nos termos previstos nesta Lei Orgânica; IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como, expedir, Decretos e Regulamentos para sua fiel execução;

V – vetar projetos de Lei, total ou parcialmente; VI – Dispor sobre a organização e funcionamento da administração municipal, na forma da lei; VII – nomear e exonerar os titulares de cargos de confiança, dando ciência à Câmara Municipal; VIII – nomear, após aprovação pela Câmara Municipal, os servidores que a Lei assim determinar; IX – comparecer ou remeter mensagem e planos de governo à Câmara Municipal por ocasião da abertura da sessão Legislativa, expondo a situação do Município e solicitando as providências que julgar necessárias; X – enviar à Câmara Municipal o plano plurianual, o Projeto de LEI DE Diretrizes Orçamentárias e as propostas de orçamento previstas nesta Lei Orgânica; XI – prestar, anualmente, à Câmara Municipal, dentro de 45 (quarenta e cinco) dias após a abertura da Sessão Legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; XII – prover e extinguir os cargos públicos municipais, na forma da lei; XIII – editar medidas provisórias, com força de Lei nos termos do art. 29; XIV – exercer outras atribuições previstas nesta Lei Orgânica; XV – extinguir, após o máximo de 90 (noventa) dias de sua criação, os cargos não preenchidos; XVI – responder, no prazo de 15(quinze) dias aos pedidos enviados pela mesa da Câmara Municipal. XVII – Representar o Município, ativa e passivamente, e em suas relações com terceiros.

SEÇÃO III DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO

ART. 48 – Os crimes que o Prefeito Municipal praticar no exercício do mandato ou

em decorrência dele, por infração penal comum ou por crime de responsabilidade, serão julgados perante o Tribunal de Justiça do Estado.

PARÁGRAFO 1º - A Câmara Municipal, tomando conhecimento de qualquer ato do Prefeito que possa configurar infração penal comum ou crime de responsabilidade, nomeará comissão Especial para apurar os fatos que, no prazo de trinta dias deverão ser apreciados pelo Plenário, assegurando ao Prefeito ampla defesa.

PARÁGRAFO 2º - Entender procedentes as acusações a Câmara Municipal

determinará o envio do apurado à Procuradoria Geral de Justiça, para as providências, se não, determinará o arquivamento, publicando as conclusões de ambas as decisões.

PARÁGRAFO 3º - Recebida a denúncia contra o Prefeito, pelo Tribunal de Justiça, a Câmara decidirá sobre a designação de Procurador para assistência de acusação, como também pela suspensão ou não do Prefeito, até o julgamento pelo Tribunal de Justiça.

PARÁGRAFO 4º - O prefeito poderá ficar suspenso de suas funções até cento e oitenta dias, tomando posse, de imediato, o Vice-Prefeito.

PARÁGRAFO 5º - Não havendo condenação pelo Tribunal, o Prefeito será ressarcido em sua remuneração, pelo tempo de seu afastamento ou suspensão.

SEÇÃO IV DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS

ART. 49º - Os Secretários Municipais, como agentes políticos, serão escolhidos

dentre os brasileiros maiores de 25 (vinte e cinco) anos e no exercício dos direitos políticos.

PARÁGRAFO 1º - Os Secretários Municipais serão preferivelmente profissional das áreas a que correspondem.

I – A Secretaria de Assistência Social poderá ser ocupada pela primeira Dama do Município, independentemente de formação profissional.

II – Caberá ao Prefeito, na ausência de Secretarias, criar setores ou departamentos, com funções correspondentes, provendo seus respectivos cargos.

PARÁGRAFO 2º - Compete aos Secretários Municipais, além de outras atribuições

estabelecidas nesta Lei Orgânica e na Lei referida no artigo 5º.

I – exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração municipal, na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito;

II – expedir instruções para a execução das Leis Decretos e Regulamentos;

III – apresentar ao Prefeito Relatório mensal da sua gestão na secretaria;

IV – praticar os atos pertinentes às atribuições que lhes forem outorgadas ou delegadas pelo Prefeito;

V – a co-responsabilidade com o Executivo nos atos particularmente ou conjuntamente praticados, observando o art. 48 e seus parágrafos.

ART. 50 – A Lei Complementar disporá sobre a criação, estruturação e atribuições das Secretarias Municipais.

PARÁGRAFO 1º - Nenhum órgão da administração Pública Municipal, direta ou indiretamente, deixará de ser estruturada a uma Secretaria Municipal.

PARÁGRAFO 2º - A Chefia do Gabinete do Prefeito será vinculada à Secretaria de Administração.

SEÇÃO V DA ASSESSORIA JURÍDICA DO MUNICÍPIO

ART. 51 – O Assessor jurídico é o profissional na área de Direito, que representará o Município, judicialmente e extra-judicialmente, cabendo-lhe as atividades de Consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

PARÁGRAFO 1º - O Assessor Jurídico terá seu nome aprovado por maioria simples da Câmara Municipal e deverá ser homologado a cada dois anos, sendo a homologação por maioria absoluta.

PARÁGRAFO 2º - O Assessor jurídico poderá ser denominado Produrador do Município, deverá ser maior de trinta anos e registrado na OAB/MT.

ART. 52 – O assessoramento externo deverá ser prestado pelos órgãos especializados, aos quais o Município terá que estar filiado, entre eles o Instituto Brasileiro de Administração Municipal IBAM e a Associação Matogrossense dos Municípios – AMM.

PARÁGRAFO ÚNICO – Caso o Município necessitar de assessoramento especial para assuntos especiais, a contratação dar-se-á após aprovação por maioria absoluta dos Vereadores, do pedido –mensagem do Executivo, com as devidas exposições de motivos.

SEÇÃO VI DA GUARDA MUNICIPAL

ART. 53 – A guarda Municipal destina-se à proteção dos bens, serviços e

instalações do município e terá organização, funcionamento e comando na forma da Lei Complementar, conforme disposto no art. 9º, XIV, desta Lei Orgânica, com capacidade para usar armas em serviço.

CAPÍTULO IV DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO

SEÇÃO I DO SITEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL

SUBSEÇÃO I DOS PRINCÍPIOS GERAIS

ART. 54 – O município poderá instituir os seguintes tributos:

I - Impostos; II – Taxas, em razão do exercício do Poder de Polícia ou pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição; III – Contribuição de melhorias, decorrentes de obras públicas.

PARÁGRAFO 1º - sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo capacidade econômica do contribuinte, facultando à administração tributária, especialmente para conferir efetividade e esses objetivos, identificar, respeitados os direitos e nos termos da Lei, o Patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas de contribuinte.

PARÁGRAFO 2º - As taxas não poderão Ter base de cálculo própria de impostos.

PARÁGRAFO 3º - A Legislação Municipal sobre matéria tributária respeitará as disposições da lei Complementar Federal, especialmente: I – Sobre conflitos de competência; II – Regulamentação Às limitações constitucionais do poder de tributar; III – As normas gerais sobre: a) definição de tributos e suas espécies, bem como fatos geradores, bases de cálculos e

contribuições de impostos; b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadências tributárias; c) Adequando tratamento tributário ao ato cooperativo pelas sociedades cooperativas;

PARÁGRAFO 4º - O Município poderá instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefícios destes, de sistemas de Previdência e Assistência Social.

SUBSEÇÃO II DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR

Art. 55 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado ao

Município: I - Exigir ou aumentar tributos sem lei que estabeleça; II – Instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente proibida qualquer distinção em razão da ocupação profissional ou função por

eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; III – cobrar tributos;

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da Lei que os houver instituído ou aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a Lei que os instituiu ou aumentou;

IV – Utilizar tributo com efeito de confisco; V – Estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Município, aprovada por maioria absoluta da Câmara Municipal; VI – Instituir impostos sobre; a) Patrimônio e Renda da União e do Estado; b) Templos de qualquer culto; c) Patrimônio, renda ou serviços de partidos Políticos: inclusive suas funções, das

entidades judiciais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da Lei;

d) Livros, jornais e periódicos.

VII – Estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. PARÁGRAFO 1º - A vedação do inciso VI, “a”, é extensiva as autarquias e as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio e a renda vinculada as suas finalidades essenciais ou as delas decorrentes. PARÁGRAFO 2º - As vedações do inciso VI, “a”, e a do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas, regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados ou que seja ou haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelos usuários, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativo ao bem imóvel. PARÁGRAFO 3º - As vedações expressas no inciso VI, alínea “b” e “c”, compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. PARÁGRAFO 4º - A Lei determinará mediadas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. PARÁGRAFO 5º - Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária ou previdenciária só poderá ser concedida através de Lei Municipal.

PARÁGRAFO 6º - O município deverá orientar os contribuintes para a corrente observância da legislação tributária.

SUBSEÇÃO III DOS IMPOSTOS DO MUNICÍPIO

ART. 56 – Compete ao Município constituir importo sobre:

I – Propriedade Predial e Territorial Urbana. II – Transmissão Intervivos, a qualquer título, por ato oneroso, dos imóveis, exceto os de garantia, bem como sessão de direitos à sua aquisição. III - Vendas a varejo de Combustíveis, líquidos e gasosos, exceto óleo diesel. IV – Serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência da Estado definida em Lei Complementar Federal, que poderá excluir da incidência em que se tratando de exportações de serviços para o exterior. VI – Extrativismo vegetal mineral. PARÁGRAFO 1º - O imposto previsto no Inciso I será progressivo, nos termos do Código Tributário Municipal, de forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade. PARÁGRAFO 2º - O imposto previsto no Inciso II:

a)Não incide sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil. c) Compete ao Município, em razão da localização do bem.

PARÁGRAFO 3º - O imposto previsto no Inciso III não exclui a incidência do

Imposto Estadual sobre a mesma operação. PARÁGRAFO 4º - As alíquotas dos impostos previstos nos incisos III e IV não

poderão ultrapassar o limite fixado em lei complementar federal. PARÁGRAFO 5º - Agências bancárias, após dois (2) anos de instalação, pagarão

ISS, que variará de um a três salários mínimos mensais, de acordo com a Lei Complementar.

SUBSEÇÃO IV

DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS REPARTIDAS

ART. 57 – Pertencem Município:

I – O produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por ele, suas autarquias e pelas Fundações que instituir ou manter: II – Cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre propriedade territorial rural relativamente aos imóveis nela situados: III - Cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre propriedade de veículos automotores licenciados em seu território: IV – A sua parcela dos vinte e cinco por cento do produto do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de Mercadorias e sobre a prestação de serviços de transportes interestadual e intermunicipal de comunicação, ICMS, na forma do parágrafo seguinte.

PARÁGRAFO ÚNICO – A lei Estadual que dispuser sobre a repartição tributária do ICMS assegurará, no mínimo, que três quartas partes serão na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços realizados em seu território.

ART. 58 – A União entregará ao Município, através do Fundo de participação dos Municípios, FPM, em transferências mensais, na proporção do índice apurado pelo Tribunal de Contas da União, a sua parcela dos vinte e cinco por cento, do produto da arrecadação dos impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados, deduzido o montante arrecadado na fonte e pertencentes a Estado e Município.

ART. 59 – O Estado repassará ao Município a sua parcela dos vinte e cinco por cento relativo dos dez por cento que a União lhe entregar, do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, na forma do parágrafo único do artigo 57.

ART.60 – É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos ao Município nesta subseção, neles compreendidos os adicionais e acréscimos relativos a impostos.

PARÁGRAFO ÚNICO – A União e o Estado podem condicionar a entrega dos recursos ao pagamento de seus créditos vencidos e não pagos, respeitada a soberania municipal.

ART. 61 – O Município acompanhará o cálculo das quotas e a liberação de sua participação nas Receitas Tributárias a serem repartidas pela União e pelo Estado, na forma de Lei Complementar Federal.

ART. 62 – O Município divulgará, até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, o montante de cada um dos tributos arrecadados e os recursos recebidos, discriminados por distritos.

SEÇÃO II DAS FINANÇAS PÚBLICAS

SUBSEÇÃO I DAS NORMAS GERAIS

ART. 63 – Leis de iniciativa do Poder Executivo Municipal:

I – O Plano Plurianual; II – Lei de Diretrizes Orçamentárias; III – Lei Orçamentária anual.

PARÁGRAFO 1º - A Lei que estabelece o Plano Plurianual estabelecerá, por distritos e regiões, as diretrizes objetivando as metas da administração pública municipal, para as despesas de capital e outros delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

PARÁGRAFO 2º - A Lei Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública municipal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, que orientará a elaboração da Lei Orçamentária anual, disporá sobre as alteração na legislação tributária e estabelecerá a política de fomento.

PARÁGRAFO 3º - O Poder Executivo publicará, até 30(trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, relatórios resumidos da execução orçamentária, enviando as cópias ao Legislativo.

PARÁGRAFO 4º - Os planos e programas municipais, distritais, de bairros, regionais e setoriais, previstos nesta Lei orgânica, serão elaborados em consonância com o Plano Plurianual e apreciados pela Câmara Municipal, aprovados por maioria absoluta.

PARÁGRAFO 5º - A Lei Orçamentária anual compreenderá: I – o orçamento fiscal referente aos Poderes Legislativos e Executivo, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal; II – o orçamento de investimentos das empresas em que o Município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social, com direito a voto; III – a proposta de lei orçamentária será acompanhada de demonstrativo regionalizado do efeito sobre receitas e despesas decorrentes de isenção, anistia, remissão e benefícios de natureza financeira e tributária.

PARÁGRAFO 6º - Dos orçamentos previstos no parágrafo 5º,I e II, deste artigo,

compatibilizados com o Plano Plurianual, terão entre suas funções, a de deduzir entre si, Distritos, Regiões segundo o critério populacional e de arrecadação. I – A aplicação mínima de 50% (cinquenta) por cento do índice de retorno arrecadado do Distrito de origem.

PARÁGRAFO 7º - A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da Receita, à fixação de Despesas, não se incluindo, na proibição, a autorização para abertura de crédito suplementar e contratação de operação de crédito, até o limite estabelecido para a maioria absoluta ainda que por antecipação da receita, nos termos da lei.

PARÁGRAFO 8º - Obedecerá às disposições de Lei Complementar Federal Específico a legislação municipal referente a: I – Exercício Financeiro; II – Vigência, prazos, elaboração e organização do plano plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual; III – Normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta, bem como instituições de fundos.

ART. 64 – Os Projetos de lei relativos ao Plano Plurianual e Às Diretrizes Orçamentárias e à proposta do orçamento anual, serão apreciados pela Câmara Municipal, na forma do Regimento Interno, respeitados os dispositivos deste artigo. PARÁGRAFO 1º - Caberá à Comissão Permanente de Finanças: I – Examinar emitir parecer sobre os projetos de propostas referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Prefeito; II – examinar e emitir parecer sobre planos e programas municipais, distritais, de bairros, regionais e setoriais previstos nesta Lei Orgânica e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízos da atuação das demais Comissões da Câmara Municipal, criadas de acordo com o artigo 23, Parágrafo 2º. PARÁGRAFO 2º - As emendas só serão apresentadas perante a Comissão, que sobre elas emitirá parecer por escrito. PARÁGRAFO 3º - As emendas à proposta do orçamento anual ou aos Projetos que os modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I – sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias;

II – Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídos os que incidam sobre:

a) dotação para pessoal e seus encargos; b) serviços da Dívida Municipal. III – Sejam relacionados: a) com a correção de erros ou omissões; b) com os dispositivos do texto da proposta ou do Projeto de Lei PARÁGRAFO 4º - As emendas ao Projeto de lei de Diretrizes Orçamentárias não

poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o Plano Plurianual. PARÁGRAFO 5º - O Prefeito Municipal poderá enviar mensagem à Câmara

Municipal para propor modificações nos Projetos e Propostas a que se refere este artigo, enquanto não iniciadas as votações, na Comissão, da parte cuja alteração é proposta.

PARÁGRAFO 6º - Não enviados no prazo previsto na lei complementar referida, a

Comissão elaborará, nos trinta dias seguintes, os Projetos e Proposta de que trata este artigo.

PARÁGRAFO 7º - Aplicam-se os Projetos e Propostas mencionados neste artigo,

no que não contrariarem o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao Processo Legislativo.

PARÁGRAFO 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda rejeição da proposta de orçamento anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização por maioria absoluta da Câmara Municipal.

ART. 65 – São vedados: I – o início de programas ou projetos não incluídos na Lei Orçamentária anual; II – a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedem os créditos orçamentários ou adicionais; III – a realização de operações de crédito que excedem o montante das despesas de capital, ressalvadas mediante crédito suplementar e especial com a finalidade precisa, aprovados previamente pela Câmara Municipal, por maioria absoluta; IV – a vinculação da receita de impostos a órgãos, fundos ou despesas, destinação de recursos para manutenção de créditos por antecipação da receita, exceto Secretarias e Câmara Municipal; V – a abertura de Crédito Suplementar ou especial sem prévia autorização Legislativa, por maioria absoluta, e sem indicações dos recursos correspondentes;

VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação, para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa, por maioria absoluta da Câmara Municipal, sob pena de crime administrativo. VII – a concessão ou utilização de crédito ilimitado; VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, por maioria absoluta da Câmara Municipal, de recursos do orçamento anual, para suprir necessidades ou coibir “déficit” de empresas, fundações ou fundos do município; IX – A instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa, por maioria absoluta da Câmara Municipal.

PARÁGRAFO 1º - Nenhum investimento, cuja execução ultrapasse o exercício financeiro, poderá ser iniciado sem prévia inclusão, no Plano Plurianual ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime contra a administração.

PARÁGRAFO 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 04 (quatro) meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

PARÁGRAFO 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender as despesas imprevisíveis e urgentes, decorrentes de calamidade pública decretada pelo Prefeito, como medida Provisória, na forma do art. 29.

ART. 66 – Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais destinados à Câmara Municipal, ser-lhe-ão entregues até o dia 25 (vinte e cinco) de cada mês.

ART. 67 – A despesa com o Pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar federal. PARÁGRAFO ÚNICO – A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos ou alteração de estruturação de carreiras, bem como a demissão de pessoal, a qualquer título, pelo órgãos e entidades administrativas direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal, só poderão ser feitas: I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa do pessoal e aos acréscimos delas decorrentes; II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista;

III – para cumprimento do disposto no “caput” deste artigo, prevalece o percentual estabelecido no artigo 38 das Disposições Constitucionais Transitórias, da Constituição.

CAPÍTULO V DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL

SEÇÃO I DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA E SOCIAL

ART. 68 – O Município, na sua circunscrição territorial e dentro de sua competência

Constitucional, assegura a todos, dentro dos princípios da ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, existência digna, observados os seguinte princípios: I – autonomia municipal; II – propriedade privada; III – função social de propriedade; IV – livre concorrência; V – defesa do consumidor; VI – defesa do meio ambiente; VII – redução das desigualdades regionais e sociais; VIII – busca do pleno emprego; IX – tratamento favorecido para as cooperativas, associações e empresas de pequeno porte.

PARÁGRAFO 1º - É assegurada a todos, o livre exercício de qualquer atividade econômica, independente de autorização dos órgãos públicos municipais, salvo os casos previstos em lei.

PARÁGRAFO 2º - Na aquisição de bens e serviços, o Poder Público Municipal dará

tratamento preferencial, na forma da lei, à empresas brasileiras de capital nacional. PARÁGRAFO 3º - A exploração direta da atividade econômica, pelo Município, só

será permitida em caso de relevante interesse coletivo na forma da Lei Complementar que, dentre outros, especificará as seguintes exigências para as empresas públicas e sociedades de economia mista ou entidade que criar e manter.

I – Regime Jurídico das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações

trabalhistas e tributárias; II – Proibições e privilégios fiscais não extensivos ao setor privado;

III – Subordinação a uma Secretaria Municipal; IV – Adequação de atividades ao plano diretor, ao Plano Plurianual e às Diretrizes

Orçamentárias; V – Orçamento anual aprovado pelo Prefeito.

ART. 69 – A prestação de serviços públicos pelo Município, diretamente ou sob

regime de concessão ou permissão, será regulamentada em Lei Complementar que assegurará: I – a exigência de Licitação em todos os casos; II – definição do caráter especial dos contratos de concessão ou permissão, casos de prorrogação, condições de caducidade, na forma de fiscalização e rescisão; III – os direitos dos usuários; IV – a política tarifária; V – a obrigação de manter serviços adequados.

ART. 70 – O Município promoverá e incentivará o turismo como favor de desenvolvimento social e econômico.

ART. 71 – O envio, por entidades comerciais, industriais e creditícias públicas, do nome de cidadãos, para cadastramento perante os serviços de proteção ao crédito, deverá, obrigatoriamente, ser precedido de comprovada notificação expressa ao interessado. PARÁGRAFO ÚNICO – A notificação de que trata este artigo, deverá ser feita pessoalmente, só sendo admitido edital em caso de impossibilidade absoluta de localização do interesse.

SEÇÃO II DA POLÍTICA URBANA

ART. 72 – A Política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público

único do artigo 198 da Constituição Federal e pelo que for estabelecido no Código de Saúde. PARÁGRAFO 3º - No nível municipal, o Sistema Único de Saúde será integrado por: Todas a instituições públicas federais, estaduais e municipais de prestação de serviços e ações aos indivíduos e a coletividade, de proteção, promoção, recuperação e reabilitação da saúde;

CAPÍTULO DA ORDEM ECONÔMICA SOCIAL

Público Municipal, conforme diretrizes fixadas, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções da cidade e seus bairros, dos distritos e dos aglomerados urbanos e garantir o bem estar de seus habitantes. PARÁGRAFO 1º - O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana e em todo o município. PARÁGRAFO 2º - A propriedade cumpre a sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação urbana expressa no Plano Diretor. PARÁGRAFO 3º - Os imóveis urbanos desapropriados pelo município, serão pagos em prévia e justa indenização em dinheiro, seja desapropriação amigável ou judicial, na forma da lei. PARÁGRAFO 4º - O proprietário do solo urbano incluindo no Plano Diretor, com área não edificada ou não utilizada, nos termos da Lei Federal, deverá promover seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I – Parcelamento ou edificação compulsórios; II – Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, progressivo no tempo; III – Tributação, na forma da lei, por melhoramentos urbanos e limpeza efetuada pela Prefeitura Municipal face a comprovada omissão do proprietário. ART. 73 – O Plano Diretor do Município contemplará área de atividade rural produtiva, respeitadas as restrições decorrentes da expansão urbana.

SEÇÃO III DA ORDEM SOCIAL

ART. 74 – A ordem social tem por base o primado do trabalho e coo objetivo o

bem-estar e a justiça social.

ART. 75 – O Município assegurará, em seus orçamentos anuais, a sua parcela de contribuição para financiar a seguridade social.

SUBSEÇÃO II DA SAÚDE

ART. 76 – A saúde é direito de todos e dever do município, solidariamente com os

Poderes Públicos, assegurada mediante política social, econômica e ambiental que visam a

eliminação de riscos de doenças e outros agravos, com acesso universal às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. PARÁGRAFO 1º - Entende-se como saúde, a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, transporte, emprego, lazer, liberdade a cesso aos serviços de saúde. PARÁGRAFO 2º - As ações e serviços de saúde dos municípios são de natureza pública, cabendo aos Poderes Públicos disporem nos termos da lei, sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita, preferencialmente, através de serviços públicos e, supletivamente, através de serviços de terceiros, controlados ou conveniente com este. I – As ações e os serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hierárquica, constituindo-se em um sistema único de saúde. II – Descentralizar, com direção única em cada esfera de governo. III – Atendimento integral, com propriedade para as atividade preventivas, sem prejuízos dos serviços assistenciais. IV – Participação da Comunidade. V – O Sistema Único de Saúde será financiado do parágrafo. VI – Todas as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade na área de saúde, pesquisa, produção de insumos e equipamentos para a saúde, desenvolvimento de recursos humanos em saúde e os hemocentros; VII – todos os serviços privados de saúde, exercidos por pessoa física ou jurídica, observados os termos do parágrafo 4º; VIII- pelo conselho municipal de saúde. PARÁGRAFO 4º - A decisão sobre contratação ou convênio de serviços privados cabe ao Conselho Municipal de Saúde, quando o serviço for de abrangência municipal. I – O Sistema Único de Saúde terá um Conselho Municipal de Saúde, como instância deliberativa. II – O Conselho Municipal de Saúde, com atribuições idênticas às do Conselho Estadual de Saúde, terá sua organização, funcionamento e composição estabelecidos de acordo com os interesses locais do Município, resguardando o princípio de paridade estabelecido no Código Estadual de Saúde.

PARÁGRAFO 5º - Compete ao Conselho Municipal de Saúde:

I – Propor a política de Saúde, elaborada por uma Conferência de Saúde, convocadas pelo respectivo conselho; II – propor a política de saúde, elaborada por uma Conferência de Saúde, convocadas pelo respectivo conselho; III – deliberar sobre questões de coordenação, gestão, normatização e acompanhamento das ações e serviços de saúde;

PARÁGRAFO 6º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do Sistema Único de Saúde, segundo diretrizes desta mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. I – são vedados qualquer incentivos fiscais e a destinação de recursos públicos para auxílio ou subvenção às entidades e instituições privadas com fins lucrativos.

ART.77 – Compete ao Sistema Único de Saúde: I – Organizar a manter, com base no perfil epidemiológico do Município, uma rede de serviços de saúde, com capacidade de atuação em promoção de saúde, prevenção da doença, diagnóstico, tratamento de reabilitação dos doentes; II – garantir total cobertura e assistência à saúde, mediante a expansão da rede pública com serviços próprios dos órgãos do setor público, preservadas as condições de qualidade e acessibilidade nos vários níveis; III – organizar e manter registro sistemático de informações de saúde e vigilância sanitária, ambiental, da saúde do trabalhador, epidemiológica, visando aos conhecimentos dos fatores de risco da saúde da coletividade; IV – abastecer a rede pública de saúde, fornecendo, repondo e mantendo os insumos e equipamentos necessários ou seu funcionamento; V – desenvolver, dentro de organogramas próprios, a produção de medicamentos, soros, vacinas, e equipamentos estratégicos para a autonomia tecnológica e produtiva, inclusive o incentivo da flora medicinal; VI – organizar a atenção odontológica, prioritariamente, para criança de seis a quatorze anos de idade, visando a prevenção de cárie dentária; VII – Estabelecer normas mínimas de engenharia sanitária para a edificação de estabelecimentos da saúde de qualquer natureza; VIII – Estabelecer normas mínimas de vigilância e fiscalização e horário de funcionamento de estabelecimentos de saúde de qualquer natureza em todo o Município.

SUBSEÇÃO III

DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

ART. 78 – A ação do Município, no campo da assistência social, objetivará promover: I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e a velhice; II – assegurar o exercício dos direitos da mulher, através de programas especiais voltados para as suas necessidades específicas, nas várias etapas evolutivas; III – a reabilitação e a habilitação das pessoas portadoras de deficiência física, auditiva e visual, e a promoção de sua integração à vida comunitária; IV – O Município poderá, em regime de convênio, prestar e receber apoio técnico-financeiro de entidades beneficientes e de assistência social que executarem programas sócio-educativos destinados à maternidade, adolescência e outras faixas coerentes, na forma da lei. PARÁGRAFO ÚNICO – Na formação e desenvolvimento dos programas de assistência social, o Município buscará a participação das associações representativas da comunidade.

SEÇÃO IV DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO

SUBSEÇÃO I DA EDUCAÇÃO

ART. 79 – O Município manterá seu sistema de ensino em colaboração com a

União e o Estado, atuando, prioritariamente, no ensino fundamental e pré-escolar. PARÁGRAFO 1º - Os recursos para a manutenção e desenvolvimento do ensino compreenderão; I – vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida e Provenientes de transferência. II – as transferências específicas da União e do Estado. PARÁGRAFO 2º - Os recursos no parágrafo anterior poderão ser dirigidos, também às escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, na forma da lei, desde que atendidas as prioridades da rede de ensino do Município. ART. 80 – Integram o atendimento ao educando os programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

I – Assegura aos Professores da rede de ensino municipal o direito ao transporte coletivo gratuito, nos limites do Município, mesmo nos casos em que a administração tenha que repor posteriormente o custeio.

a) A serviço da Escola.

ART. 81 – fica impedido, nos limites do Município de Nova Maringá, a reprovação de mais de vinte por cento dos alunos, de cada classe, do primeiro e segundo anos do primeiro grau.

PARÁGRAFO 1º - Exceto no caso de Relatório de final de ano, emitido pelo

professor ou Diretor de Escola, registrar os motivos, caso a caso, das desaprovações, prevalecerá o dispositivo no “caput” deste artigo.

PARÁGRAFO 2º - Os pais ou responsáveis pelo estudante deverão participar, pelo

menos, de um terço das reuniões expressamente convocadas pela Escola com amplo direito de justificar possíveis ausências.

a) No caso de problemas da saúde, principalmente visual, o Professor ou Diretor de Escola deverá requerer à Secretaria municipal de Educação e Cultura, exame médico de olhos, que prognosticado e exceto em escolas particulares que já são remuneradas pelos seus alunos ou responsáveis.

b) Outros problemas serão estudados caso a caso, buscando sempre o benefício do estudante, seu desenvolvimento geral e garantindo igualdade de oportunidade.

c) Desatenção dos pais ou responsáveis para com os problemas dos filhos, inclusive de ausências nas reuniões, em prejuízo do aprendizado, poderá ser registrado como possível motivo de não aprimoramento e com isso inaptidão para aprovação.

d) Será assegurado aos Professores de primeiro e segundo anos, considerados “Educadores de Bens”, do primeiro grau, direitos compatíveis com deveres exigidos, quando da aprovação dos salários ou ajuda de custo, pela administração municipal.

e) A secretaria Municipal constará no Regimento Interno os princípios aprovados desta lei.

SUBSEÇÃO III DA CULTURA

ART. 82 - O Município apoiará a valorização e a difusão das manifestações culturais, prioritariamente as diretrizes ligadas à história de Nova Maringá, à sua comunidade e aos seus bens.

ART. 83 – Ficam sob a proteção do município os conjuntos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico e científico, tombados pelo Poder Público municipal. PARÁGRAFO ÚNICO – Os bens tombados pela União ou pelo estado merecerão idêntico tratamento, mediante convênio.

ART.84 – O Município promoverá o levantamento e a divulgação das

manifestações culturais da memória da cidade e realizará concursos, exposições e publicações para sua divulgação.

ART. 85 – O aceso à consulta dos arquivos da documentação oficial das manifestações culturais do Município é livre.

SUBSEÇÃO IV DO DESPORTO E DO LAZER

ART. 86 – O Município fomentará as práticas desportivas formais e não formais,

dando prioridade aos alunos de sua rede de ensino e à fomentação desportiva dos clubes locais.

ART. 87 – O Município incentivará o lazer como forma de promoção social, com recursos da dotação orçamentária da Educação e Cultura.

SUBSEÇÃO V DO MEIO AMBIENTE

ART. 88 – Todos têm o direito ao Meio Ambiente, ecologicamente equilibrando-se

ao Poder Público e à comunidade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

PARÁGRAFO 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Município; I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e promover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas. II – definir, em lei complementar, os espaços territoriais do Município e seus componentes a serem especialmente protegidos, e a forma da permissão para alteração e supressão, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; III – exigir, na forma da lei, para instalação de obras, atividades ou parcelamento do solo, potencialmente causadoras de significativa degradação de Meio Ambiente, estudos práticos de impacto ambiental a que se dará publicidade. IV – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, à qualidade de vida e ao Meio Ambiente. V – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco a sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetem animais à crueldade.

PARÁGRAFO 2º - Os rios, as praias e as matas nativas do território municipal ficam sobre a proteção do Município e sua utilização far-se-á na forma da lei, dentro de condições que asseguram a preservação do Meio Ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. PARÁGRAFO 3º - Entende-se como praia a porção em contato com as águas do rio, bem como as coroas e ilhas formadas em sua extensão quando as águas baixam de nível. PARÁGRAFO 4º - Aquele que explora recursos minerais, inclusive extração de areias e cascalho, fica obrigado a recuperar o Meio Ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da Lei. PARÁGRAFO 5º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao ambiente sujeitarão os infratores, pessoa física ou jurídica, às sanções administrativas e penais, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

ART. 89 – O uso de agrotóxicos, medicamentos, fertilizantes e demais substâncias químicas condenadas pela Organização Mundial de Saúde – OMS, fica proibido dentro dos limites do Município, sendo considerado ato criminoso e atentatório ao Meio Ambiente e ao bem estar social a desobediência a esta determinação. PARÁGRAFO ÚNICO – Fica proibida a comercialização, dentro dos limites do Município, dos produtos que trata o presente artigo.

ART. 90 – A lesão intencional à seringueira ou seringal é crime contra o Meio Ambiente, e contra à econômia privada e municipal. PARÁGRAFO 1º - O meeiro, porcenteiro ou arrendatário que vier a promover, por si ou através de terceiros, prejuízo à propriedade do heveicultor, principalmente no trabalho de exploração da seringueira, responderá civil e criminalmente pelos danos causados. PARÁGRAFO 2º - Toda pessoa física ou jurídica que explore o extrativismo seringueiro é responsável pela adoção de medidas preservacionais, quer com relação ao corte das áreas para a produção de látex, que para evitar a incidência de incêndios, epidemias e outras catástrofes.

ART.91 – É proibido o uso de cigarros ou tabagismo nas repartições públicas municipais, estabelecimentos educacionais e de saúde situados no município.

SUBSEÇÃO VI DOS DEFICIENTES, DA CRIANÇA E DO IDOSO

ART. 92 – A lei disporá sobre a exigência e elaboração dos logradouros, dos

edifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso às pessoas portadoras de dificiência física.

I – para segurança geral serão construídos a conservados quebra - molas ou redutores de velocidade, antes e depois das entradas de escolas, creches, asilos ou centros de convivência e similares.

ART. 93 – O Município promoverá programas de assistência à criança, ao adolescente e ao idoso.

ART. 94 – Aos maiores de sessenta e cinco anos de idade é garantida a gratuidade de transporte coletivo urbano.

CAPÍTULO VI DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

SEÇÃO I DAS DISPOSIÇÃO GERAIS

ART. 95 – A administração Pública Municipal, direta, indireta, ou fundacional de ambos poderes, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e, também, ao seguinte: I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros, que preencham os requisitos estabelecidos em lei. II – a investidura em cargos ou empregos públicos depende de aprovação prévia em concurso público de provas, títulos para os cargos de exigência de nível superior, ressalvadas as nomeações para cargos em comissão, declarados em lei como de livre nomeação e exoneração. III – o prazo de validade do concurso público será de 2 (dois) anos, prorrogável uma vez por igual período, de acordo com o artigo 129, III, a da Constituição Estadual. IV – Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursos para assumir cargo ou emprego na carreira. V – Os cargos em comissão e as funções de confiança serão exercidos, preferencialmente, por servidores ocupantes de cargos de carreira técnica ou profissional, nos casos e condições previstas em lei. VI – O município admitirá pessoas portadoras de deficiência, mediante critério estabelecido no Código Municipal de Saúde. VII –O município poderá contratar pessoal por tempo de serviço determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público.

VIII – O regimento Interno Municipal fixará a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observando, limite máximo os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito. IX – A revisão geral da remuneração dos servidores públicos, sem distinção de índice, far-se-á sempre na mesma data. X – Os vencimentos dos cargos do poder Legislativo não poderá ser superior aos pagos pelo Poder Executivo. XI – É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos, para o efeito de remuneração do pessoal do serviço Público Municipal, ressalvada a disposição do inciso anterior, e expressa disposição legal em contrário. XII – Os acréscimos pecuniário percebidos por servidor público municipal não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimo sob o mesmo título ou idêntico fundamento. XIII – Os vencimentos dos servidores públicos municipais são irredutíveis e a remuneração observará o disposto neste artigo, inciso XI e XII, o princípio da isonomia, a obrigação do pagamento de imposto de renda retido na fonte, os aposentados com mais de sessenta e cinco anos. XIV – É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de horário;

a) A de dois cargos de professor; b) A de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) A de dois cargos privativo de médico.

XV – A proibição de acumular estender-se a empregos e funções e abrange autarquias, empresas públicas, sociedade de economia mista e fundações mantidas pelo Poder Público Municipal.

XVI – Nenhum servidor será designado para funções não constantes das, atribuições

do cargo que ocupa, a não ser em substituição e, se acumulada, com gratificação de lei. XVII – A administração fazendária e seus servidores fiscais terão dentro de suas

áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.

XVIII – Somente por lei específica poderão ser criadas empresa públicas, sociedade

de economia mista, autarquias ou fundações públicas. XIX – Depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias

das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como participação delas em empresas privadas.

XX – Ressalvados os casos previstos na legislação federal específica, as obras,

serviços, compras e alienação serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabelecem obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, a qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensável à garantia do cumprimento das obrigações.

PARÁGRAFO 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas

dos órgãos públicos municipais deverá Ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizam promoção pessoal de autoridade ou servidor municipal ou público.

PARÁGRAFO 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a

nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. PARÁGRAFO 3º - As reclamações relativas à prestação de serviços públicos

municipais serão disciplinadas por lei. PARÁGRAFO 4º - Os atos de improbidade administrativa imporão a suspensão dos

direitos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao Erário, na forma e gradação prevista na Legislação Federal, sem prejuízo da ação penal cabível.

PARÁGRAFO 5º - O Município os prestadores de serviços públicos municipais

responderão pelos danos que seus agentes, nesta qualidade, causarem a terceiros, assegurando o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

ART. 96 – Ao servidor público municipal em exercício de mandato eletivo aplicam-

se as seguintes disposições: I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, ficará afastado do

seu cargo, emprego ou função; II – Investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,

sendo-lhe facultado optar pela remuneração; III – Investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,

perceberá as vantagens de seu cargo eletivo e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

IV – Em qualquer caso que exija afastamento para o exercício do mandato eletivo,

seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

V – Para efeito de benefícios previdenciários, no caso de afastamento, os valores

serão determinados como se no exercício estivesse.

SEÇÃO II DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS

ART. 97 – O Regimento Interno Municipal, único dos servidores da administração

pública direta, das autarquias e das fundações públicas disporá sobre a contratação e seu regime.

PARÁGRAFO 1º - O Regimento Interno Municipal assegurará aos servidores da

administração direta, isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder ou entre servidores do Poder Executivo e Legislativo, ressalvados as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.

PARÁGRAFO 2º - Aplicam-se aos Servidores Municipais ou direitos seguintes: I – Salário mínimo, fixado em lei federal, com reajuste periódicos; II – Irredutibilidade de salário, salvo o disposto em convenção ou de acordo

coletivo; III – Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou valor da

aposentadoria; IV – Remuneração do trabalho noturno superior a do diurno; V – Salário família para seus dependentes; VI – A duração do trabalho normal será de quarenta horas semanais para os

servidores burocráticos e quarenta e quatro horas semanais para os demais. VII – Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; VIII – Remuneração dos serviços extraordinários superiores no mínimo em

cinquenta por cento normal. IX – Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, cinquenta por cento a

mais que a do normal; X – Licença à gestante, remunerada, cento e vinte dias; XI – Licença a paternidade, nos termos da Lei; de oito dias; XII – Proteção do mercado de trabalho da mulher nos termos da lei; XIII – Redução dos riscos inerentes ao trabalho;

XIV – Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei.

XV - Proibições diferenças de salários de exercícios de funções e créditos de

admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XVI – Fica assegurado aos cargos de confiança, inclusive Prefeito, vice - prefeito e

Agentes Políticos, um abono natalino, equivalente a uma remuneração mensal atual, e gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, cinquenta por cento a mais que a do normal.

ART. 98 – O Servidor será aposentado: I – Por invalides permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de

acidente de serviços, moléstias profissionais ou doença grave, contagiosas ou incurável, especificadas em lei e proporcionais nos demais casos;

II – Compulsoriamente, aos sessenta e cinco anos de idade, com proventos

proporcionais ao tempo de serviço, conforme dispuser o Regimento Interno. III – Voluntariamente: a) Aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com

proventos integrais. b) Aos trinta anos de efetivo exercício em função de magistério, se professor, e

vinte e cinco, se professora, com proventos integrais ao tempo de serviço; c) Aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com

provento proporcionais ao tempo de serviço; d) Aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com

proventos proporcionais ao tempo de serviço.

PARÁGRAFO 1º - O servidor, no exercício de atividade consideradas penosas, insalubres ou perigosas, terá reduzido o tempo de serviços e a idade para efeito de aposentadoria, na forma da Lei Complementar Federal;

PARÁGRAFO 2º - O tempo de serviço federal, estadual ou de outros Municípios,

será computado para os efeitos de aposentadoria e de disponibilidade. PARÁGRAFO 3º - Os proventos de aposentadoria serão revistos, na mesma

proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou relassificação dos cargos ou funções em que se deu a aposentadoria, na forma da lei.

PARÁGRAFO 4º - O benefício da pensão por morte corresponderá a totalidade dos

vencimentos ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido.

SEÇÃO III

DAS INFORMAÇÕES, DO DIREITO DE PETIÇÃO E DAS CERTIDÕES

ART. 105 – Todos tem direitos a receber dos órgãos públicos municipais, informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo geral, que serão prestados no prazo de trinta dias úteis, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à seguridade da sociedade ou das instituições públicas.

PARÁGRAFO ÚNICO – São asseguradas a todos, mediante o pagamento de taxas e

conforme tabelas vigentes, as informações e certidões que desejarem. I – O direito de petição dos interesses aos Poderes Públicos Municipais, para defesa

de direitos e esclarecimentos de situações de caráter pessoal, mediante comprovante de pagamento de que trata o inciso anterior.

II – A obtenção de Certidões referentes ao Inciso anterior.

TÍTULO II ATO DAS DISPOSIÇÕES ORGANIZACIONAIS TRANSITÓRIAS.

ART. 1º - O Prefeito Municipal prestará o compromisso de manter, defender e

cumprir a Lei Orgânica do Município, no ato e na data de sua promulgação. ART. 2º - No prazo de cento e oitenta dias, a partir da promulgação desta lei

orgânica, deverá ser elaborado e homologado o Regimento Interno, estatutário e a reforma administrativa consequente do artigo 97 e seus parágrafos, do título I, desta lei.

ART. 3º - Até o dia primeiro de janeiro de 1994 será promulgada a lei

regulamentando a compatibilidade dos servidores públicos municipais ao Regimento Interno, estatutário e a reforma administrativa consequente do artigo 97 e seus parágrafos, do título I, desta lei.

ART. 4º - Até 31 de dezembro de 1993 será promulgado o novo Código Tributário

do Município. ART. 5º - Os desmates das áreas urbanas só poderão ser feitos com autorização da

Câmara Municipal, através de lei específica, especialmente a seringueira, que é a maior fonte de economia do município, durante seu tempo de produtividade.

PARÁGRAFO ÚNICO – As áreas urbanas, encanteiradas de seringueiras, terão

insenção de impostos municipais. ART. 6º - O Poder Executivo reavaliará todos os incentivos fiscais de natureza

setorial, ora em vigor, propondo ao Poder Legislativo as medidas cabíveis. PARÁGRAFO 1º - Considerar-se-ão revogados, a partir do exercício de 1994, os

incentivos que não forem confirmados por lei.

PARÁGRAFO 2º - A revogação não prejudicará os direitos que já tiveram sido adquiridos, àquela data, em relação a incentivos concedidos sob condição e com prazo.

ART. 7º - Qualquer municipalização de órgão estadual, a normatização será revista

pelo Legislativo e adaptado às condições municipais. ART. 8º - Assegura a presente lei a conservação e abertura de estradas e construção

de pontes pertencentes ao Município, na zona rural e perímetro urbano, garantindo condições de escoamento da produção e trânsito.

PARÁGRAFO ÚNICO – O proprietário deverá respeitar o direito público de

utilização da faixa das laterais das estradas, de acordo com a lei. ART. 9º - Fica criada uma comissão da Câmara Municipal para analisar possíveis

falhas técnicas, constitucionais e de ortografia desta Lei Orgânica, no prazo de trinta dias.

AGRADECIMENTOS

Ao ilustre cidadão, José Garcez Munhon, ex-Prefeito e ex-Vereador, Presidente da Câmara Municipal de São José do Rio Claro – MT que muito trabalhou em bem do distrito, hoje Município de Nova Maringá e prestimoso coordenador desta Lei Orgânica.

Ao Excelentíssimo Senhor João Braga Neto, muito digno Prefeito Municipal de

Nova Maringá, ex-vereador, Vice-Presidente da Câmara Municipal de São José do Rio Claro – MT, que colocou ao dispor da Câmara Constituinte os recursos disponíveis a sua comprovada experiência como Vereador Constituinte em São José do Rio Claro – MT.

Ao Excelentíssimo Senhor Osvaldo Ralla, muito digno Vereador e Presidente da

Câmara Municipal de Nova Maringá, por sua iniciativa e incentivo à elaboração desta Lei Orgânica.

Ao Excelentíssimo Dr. Mateus de Oliveira Camargo, Assessor Jurídico do

Município que orientou e acompanhou os trabalhos que resultou esta Lei.

JOÃO PEDRO RODRIGUÊS VALTER DOS SANTOS ARI DE LIMA E SILVA

ANTONIO ADEMAR LORDANO IVO GOMES

Vereador Ademir Mendes

Presidente da Câmara Constituinte Vice Wolnei Bernardo

Relator Edgar da Silva Brandão.