Upload
donhi
View
213
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904
TÍTULO: PADRÃO DE EXPRESSÃO DE UROCORTINA NO NÚCLEO EDINGER-WESTPHAL DEPOMBOS FRENTE AO ESTRESSE ALCOOLICOTÍTULO:
CATEGORIA: CONCLUÍDOCATEGORIA:
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDEÁREA:
SUBÁREA: BIOMEDICINASUBÁREA:
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULOINSTITUIÇÃO:
AUTOR(ES): FERNANDA SOARES QUINTEIRO GOMES DA SILVAAUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): RENATO FIGUEIREDO DE SANTANAORIENTADOR(ES):
PADRÃO DE EXPRESSÃO DE UROCORTINA NO NÚCLEO EDINGER-WESTPHAL DE POMBOS FRENTE AO ESTRESSE ALCOOLICO
1. Resumo
O processamento neural de estímulos estressores, assim como o
consumo de alimentos e alcool envolve vasta circuitaria neural. Uma das áreas
possivelmente envolvidos nesta circuitaria é o núcleo Edinger-Westphal de
projeção central (Ewcp), cujos neurônios são peptidérgicos. Além do Ewcp, o
núcleo de Edinger-Westphal também possui outra subdivisão, com função
oculomotora parassimpática e neurônios colinérgicos, denominado pré-gaglionar (Ewpg). No EWcp há, aparentemente, uma proeminente espressão
de urocortina 1 (UCN-1), um neuropeptídeo membro da ampla família do(s)
fator(es) liberador(es) de corticotrofina (CRH) envolvida na resposta ao
estresse. Estudos revelam que a indução de drogas, como álcool, pode
influenciar a expressão de fatores de transcrição como a proteina nuclear c-Fos
no EW, sugerindo que este núcleo possa desempenhar um papel importante na resposta ao álcool. No experimento, utilizamos 16 pombos adultos, sendo 4
controles e 12 experimentais. Durante um período de trinta dias, todos os
animais eram pesados e, recebiam gavagens de álcool (experimental) ou água
(controle) de acordo com seu peso. Ao final do procedimento, os animais foram
perfundidos, seus encéfalos retirados, seccionados, processados
imunohistologicamente com anticorpos contra UCN-1 e c-Fos e analisados. A contagem de células imunorreativas no EWcp revelou que nos pombos os
quais a gavagem continha álcool, a expressão de células marcadas contra
UCN-1 e c-Fos era maior que aqueles cujo a gavagem continha água A
diferença encontrada na imunomarcação deixa-se supor uma relação entre o
estresse alcoólico sofrido pelo animal e o incremento da atividade neural em
neurônios UCN-1+ no núcleo de Edinger-Westphal evidenciada pela expressão
de c-Fos. Em conclusão, nossos dados corroboram com os dados da literatura
indicando o sistema urocortinérgico presente no EWcp desempenha um papel
importante na adaptação ao estresse alcoólico.
2. Introdução
O núcleo de Edinger-Westphal (EW) é conhecido como o núcleo
acessório parassimpático do complexo nuclear do oculomotor (Klooster et al,
1993), fonte de motoneurônios pré-ganglionares parassimpáticos para o
gânglio ciliar, através do qual, controla a constrição da pupila e acomodação da lente. Uma nova visão consta que o EW pode ser dividido em duas distintas
populações neuronais, de acordo com a conectitividade: uma colinérgica com
função oculomotora parassimpática, denominado Ewpg (EW pré-ganglionar) e
outra peptidérgica, relacionado com estresse e consumo de álcool e alimentos,
o Ewcp ( EW de projeções centrais). O Ewcp também pode ser denomeado
npEW (EW não pré-ganglionar) (Saper et al, 1976; Burde et al., 1982; Vasconcelos et al, 2003;. Ryabinin et al, 2005;. Laursen e Rekling, 2006; L. Xu
et al, 2009, Kozicz, 2011).
A urocortina 1 (UCN-1) é um neuropeptídeo membro da ampla família
do(s) fator(es) liberador(es) de corticotrofina (CRH) expressa em muitas
regiões do Sistema Nervoso, mas em grande parte no núcleo não-pré-
ganglionar de Edinger-Westphal (npEW) (Kozicz et al, 1998; Skelton et al, 2000; Bittencourt et al, 1999; Fekete & Zorrilla, 2006; Ryabinin et al, 2005; Xu
et al, 2009).
A substância UCN-1 está potencialmente relacionada com a modulação
do eixo hipotálamo-adreno-hipofisiário e particularmente envolvida em
respostas de estresse. As corticotrofinas são parte integrante da cascata de
eventos fisiológicos de indivíduos submetidos a uma carga de estresse, cujas alterações orgânicas são típicas de um aumento da ativação simpática. Sendo
assim neurônios no npEW-UCN-1 respondem fortemente e selectivamente a
paradigmas de vários estresse, incluindo ao alcóolico. (Weninger et al, 1999,
2000; Gaszner et al, 2004; Korosi et al, 2005; Kozicz, 2007, Xu et al, 2009)
Os IEGs (genes de ativação imediata ou “immediate early genes”) foram
descritos como uma classe de genes que aparentemente expressam-se de
forma diversa, em diferentes áreas do SNC, após estimulação específica. São
considerados como marcadores de atividade celular, que promovem alterações
a longo prazo em certos aspectos da fisiologia neuronal. Um desses genes é a
proteína nuclear c-Fos, produzida mediante a ativação neuronal após diversos
estímulos como exemplo a despolarização de neurônios e o estresse.
(Ryabinin et al, 1995; PRADO & DEL BEL, 1998).
Trabalhos de diversos grupos têm concordado que a(s) função(ções) do
sistema urocortinérgico central parecem convergir para algum papel na resposta fisiológica ao estresse (Fekete e Zorrilla, 2006). Bachtell et al (2002)
tem mostrado elevação de expressão de fatores de transcrição durante a
exposição a drogas, sugerindo que o EW esteja envolvido neste processo.
Este trabalho visou ampliar e aprofundar o conhecimento dos
mecanismos neurais envolvidos em situações de estresse relacionadas a
exposição a drogas, no caso etanol. Para isso, estabelecemos uma relação entre a expressão de neurônios UCN-1+ e a imunomarcação da proteína c-Fos
no núcleo de Edinger-Westphal (EW) durante o estresse alcóolico utilizando
como modelo experimental pombos.
3. Objetivos
Caracterizar morfologicamente e quantificar possíveis diferenças na expressão da proteína c-Fos na região do núcleo de Edinger-Westphal (EW)
em resposta ao estresse alcoólico. 4. Metodologia Para alcançar os objetivos propostos, os animais foram submetidos a
gavagens com etanol ou água e após, utilizamos as técnicas de imunohistoquímica, dosagem alcoólica e para análise quantitativa, foi realizada
contagem celular. 5. Desenvolvimento Foram utilizados 16 animais adultos (pombo – Columba livia), sendo, 4
controles e 12 experimentais.
Os animais foram mantidos no biotério do Laboratório de Neurociências
da UNICID com ciclo de luz claro-escuro de 12/12 horas, temperatura
controlada e com água e alimentação irrestritas. Todos os experimentos foram
conduzidos segundo as rígidas normas do Conselho Brasileiro de
Experimentação Animal, dentro dos princípios éticos que norteiam a atividade
científica.
Os animais foram mantidos em jejum por 4 horas, pesados e, através de
gavagem, administrado o volume determinado de aguardente de acordo com o peso corpóreo, por um período de 60 dias, numa freqüência de cinco vezes por
semana.
As dosagens de álcool no sangue foram feitas através de um método de
análise enzimática via fotometria, utilizando um leitor de para teste Elisa
(Versamax) e comparada (concentração alcoólica) com a tabela de estágios de
influência alcoólica, sugerida pelo Departamento de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (2007).
Para os estudos imunohistoquímicos, os animais foram anestesiados e
perfundidos por via intracardíaca com salina tamponada (pH 7,4) seguido de
solução de paraformaldeído a 4% em 0.1M de tampão fosfato (PFA 4%). Os
cérebros foram removidos, pós-fixados (PFA 4%) e crioprotegidos em solução
com sacarose a 30% para serem seccionados em micrótomo de congelamento. Em cada etapa do processo de imunohistoquimica, os tecidos foram
lavados em solução tampão 0,1M em temperatura ambiente por
aproximadamente 30 minutos.
Os cortes de um compartimento foram incubados, por 24 horas a 4C,
com o anticorpo primário contra c-Fos 1: 20 000 (Sigma-Aldrich, S. Louis, MO,
USA) Os cortes foram então incubados por uma hora com o anticorpo
secundário contra as imunoglobulinas do animal em que foi feito o anticorpo
primário (Jackson Immuno Research, USA) marcado com biotina. A seguir, os
tecidos foram colocados por uma hora numa nova solução onde se incluia o
complexo avidina-biotina-peroxidase (ABC ELITE kit, Vector Labs.)e revelados
pelo método da peroxidase, na presença de solução de sulfato de níquel cromo
Os cortes sofreram nova reincubação, passando pelos mesmos
processos, apenas substituindo o anticorpo primário por outro anticorpo
primário, agora contra UCN-1 1:1000 (gentilmente doados pelo SalK Instiute,
La Jolla, CA - USA) e revelado sem a presença de níquel-cromo. Alguns cortes também foram corados pelo método de Giemsa para
servir de referência para a citoarquitetura.
Os cortes foram montados em lâminas tratadas com gelatina e
banhados em tetróxido de ósmio 0,1% por 15-30 segundos, tratados com a
série de álcool em concentrações crescentes, clarificantes (Citrisolv, Fisher) e
cobertas com lamínulas tendo com meio de montagem Permount (Fischer). Uma vez prontos, os tecidos foram observados em microscopia de
campo claro para quantificação dos dados obtidos.
6. Resultados Os experimentos imunohistoquímicos permitiram identificar a presença
da expressão de proteína c-Fos em neurônios urocortinérgicos de animais que receberam etanol (figura 1 A) e animais controle (figura 1 B).
A marcação c-Fos+ na região do EWcp ocupou não apenas a região
nuclear da células, como foi uma marcação que estava distribuída em todo o
citoplasma. A expressão de c-Fos foi visualmente maior em pombos que
receberam gavagens com etanol (figura 1).
Figura 1: Fotomicrografias de corte coronal do encéfalo de pombo processadas
imunohistoquimicamente com anticorpos contra a proteína c-Fos e contra a
proteína UCN-1 adquirida da empresa Salk. Podemos notar na figura A,
encontra-se uma maior expressão de células reativas comparadas a figura B.
Na contagem de células imunorreativas no núcleo EW, foi observado
que os pombos na qual a gavagem continha álcool, a expressão de células
marcadas contra UCN-1 e c-Fos era maior que aqueles cujo a gavagem
continha álcool (fig.3).
Figura 2: Gráfico da contagem de imunomarcação de UCN-1 + c-Fos,
comparando a quantidade de células imunorreativas em animais que
receberam gavagem com agua (controle) e animais cujo a gavagem continha
etanol (álcool).
A determinação da concentração de etanol em amostras de sangue de
pombos (tabela 1) foi comparada a tabela de estágios de influência alcoólica
(fig.3), sugerida pelo Departamento de Adolescência da Sociedade Brasileira
de Pediatria (2007), demostrando que os animais que receberam gavagem
com álcool estavam em estagio de euforia e agitação.
EW
ESTÁGIOS DA INTOXICAÇÃO ALCOOLICA AGUDA
Figura 3 Estágios de influência alcoólica segundo o Departamento de
Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (2007).
Dosagem de álcool no sangue
Amostra Concentração Estágio
Experimental
(com álcool)
0,9 g/l Euforia/excitação
Controle (sem
álcool)
0 g/l Não alcoolizado
Tabela 1: Concentração de álcool no sangue de pombos que receberam
gavagem com água (controle) e animais que receberam gavagem com etanol (experimental).
. 5. Considerações finais Nossos resultados demonstraram a presença de células UCN+ na região
perioculomotora, especificamente no núcleo de Edinger-Westphal, confirmando
resultados de estudos anteriores (Chang et al, 1995;. Bachtell et ai, 1999;
Ryabinin et al, 2001; Weitemier et al, 2001).
Além disso, o mapeamento da co-localização de c-Fos e UCN-1 em
pombos submetidos a administração de álcool, aponta um possível
envolvimento de células urocortinegicas presentes EW neste mecanismo
estressor. Os dados revelaram uma maior expressão de células imunoreativas
em animais que receberam gavagem de álcool, assim como sugerido por
Bachtell et al. (2003) provavelmente por fazer parte de eventos fisiológicos de
uma via alternativa de resposta ao estresse.
As células de UCN-1 no EWcp estão envolvidos em processos de adaptação ao estresse, podendo ser a chave para a identificação e
caracterização de regiões do cérebro que regulam o consumo de álcool e para
a compreensão dos mecanismos de alcoolismo. Mais esforços são necessários
para elucidar o papel da UCN no EW para o consumo de álcool.
A utilização de c-fos é vastamente utilizada na literatura para identificar
mudanças de atividade em situações agudas. Korosi et al. (2005) mostraram que a expressão de mRNA para Fos acontece em situações agudas quanto em
situações crônicas, porém em situações crônicas pode haver um declínio da
robustez da expressão.
Em um elegante artigo de revisão, Ryabinin and Wetemier (2006)
mostraram evidências do envolvimento do sistema urocortinérgico no consumo
alcoólico que levam a três hipóteses: 1) neurônios urocortinérgicos são extremamente sensíveis ao álcool; 2) o circuito urocortinérgico pode contribuir
para predisposição genética ao consumo de álcool em ratos e camundongos e
3) manipulação do sistema urocortinérgico altera consumo e sensitividade ao
álcool.
Em conclusão, nossos dados identificaram um aumento na expressão de
c-fos em neurônios urocortinérgicos do núcleo EWcp em pombos submetidos a ingestão alcoólica, revelando um possível envolvimento deste sistema em
situações de estresse alcoólico. 8. Fontes consultadas
Bachtell RK, Wang YM, Freeman P, Risinger FO, Ryabinin AE. Alcohol
drinking produces brain region-selective changes in expression of inducible
transcription factors. Brain Res 847:157–165; 1999
Bachtell, R.K.; Tsivkovskaia, N.O.; Ryabinin, A. E. Strain differences in
urocortin expression in the Edinger-Westphal nucleus and its relation to alcohol-
induced hypothermia. Neuroscience 113(2):421-434, 2002.
Burde, R.M.; Parelman, J.J.; Luskin, M. Lack of unity of the Edinger-
Westphal nucleus projections to the ciliary ganglion and spinal cord: a double
labeling approach. Brain Res 249:379–382, 1982.
Fekete, E.V. & Zorrilla, E.P. Physiology, pharmacology, and therapeutic relevance of urocortins in mammals: ancient CRF paralogs. Front
Neuroendocrinol. 28:1-27, 2006.
Gazner, B.; Csernus, V.; Kozicz, T. Urocortinergic neurons respond in a
differentiated manner to various acute stressors in the Edinger-Westphal
nucleus in the rat. J. Comp. Neurol. 480(2):170-179, 2004.
Klooster, J.; Beckers, H.J.M.; Vrensen, G.F.J.M. & VanderWant, J.J.L. The peripheral and central projections of the Edinger–Westphal nucleus in the
rat. A light and electron microscopic tracing study. Brain Res. 632,260–273,
1993.
Korosi, A.; Schotanus, S.; Olivier, B.; Roubos, E.W. & Kozicz, T. Chronic
ether stress-induced response or urocortin 1 neurons in the Edinger Westphal
nucleus in the mouse. Brain Res. 1046:172-179, 2005. Kozicz, T. On the role of urocotin 1 in the non-preganglionic Edinger-
Westphal nucleus in stress adaptation. General and comparative endocrinology
153(1-3):235-240, 2007.
Kozicz, T.; Bittencourt, J.C.; May, P.J.; Reiner, A.; Gamlin, P.D.;
Palkovits, M.; Reiner, A.; Horn, A.K.E.; Toledo, C.A.B.; Ryabinin, A.E. The
Edinger-Westphal nucleus: a historical, structural, and functional perspective on a dichotomous terminology. J Comp Neurol 519:1413–1434, 2011.
Kozicz, T.; Yanaihara, H.; Arimura, A. Distribution of urocortin-like
immunoreactivity in the central nervous system of the rat. Journal of
Comparative Neurology 391(1):1-10, 1998.
Laursen, M. & Rekling, J.S. The Edinger-Westphal nucleus of the
juvenile rat contains transient- and repetitive-firing neurons. Neuroscience
141:191-200, 2006.
Prado, P.T.C. & Del Bel, E.A. C-fos, um gene de ativação imediata como
marcador neural de nocicepção. Medicina, Ribeirão Preto, 31: 424-433, 1998.
Ryabinin AE, Weitemier AZ. The urocortin 1 neurocircuit: ethanol-
sensitivity and potential involvement in alcohol consumption. Brain Res Rev.,
Sep;52(2):368-80, 2006.
Ryabinin, A.E.; Melia K.L.; Cole M.; Bloom F.E.; Wilson M.C. Alcohol Selectively Attenuates Stress-Induced c-fos Expression in Rat Hippocampus
The Journal of Neuroscience, 15(1): 721-730, 1995.
Ryabinin, A.E.; Tsivkovskaia, N.O. & Ryabinin, S.A. Urocortin 1-
containing neurons in the human Edinger-Westphal nucleus. Neuroscience
134(4):1317-1323, 2005.
Saper, C.B.; Loewy, A.D.; Swanson, L.W.; Cowan, W.M. Direct hypothalamo-autonomic connections. Brain Res 117:305-312, 1976.
Skelton, K.H.; Owens, M.J.; Nemeroff, C.B. The neurobiology of
urocortin. Regulatory Peptides 93(1-3)85-92, 2000.
Vasconcelos, L.A.; Donaldson, C.; Sita, L.V.; Casatti, C.A.; Lotfi, C.F.;
Wang, L.; Cadinouche, M.Z.; Frigo, L.; Elias, C.F.; Lovejoy, D.A.; Bittencourt,
J.C. Urocortin in the central nervous system of a primate (Cebus apella): sequencing, immunohistochemical, and hybridization histochemical
characterization. The Journal of Comparative Neurology 463(2):157-175, 2003.
Weninger, S.C.; Dunn, A.J.; Muglia, L.J.; Dikkes, P.; Miczek, K.A.;
Swiergiel, A.H.; Berridge, C.W.; Majzoub, J.A. Stress-induced behaviors require
the corticotropin-releasing hormone (CRH) receptor, but not CRH. Proc Natl
Acad Sci U S A. 96(14):8283-8288, 1999.