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PORTUGUÊS Prof. Carlos Zambeli Transcrição | Aula 08 TJ-RS

TJ-RS · Então não é agora, é algo que se repete com frequência, então isso é o habitual, o frequente e algo do momento. Eu trouxe umas músicas sertanejas como exemplo: As

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PORTUGUÊSProf. Carlos Zambeli

Transcrição | Aula 08

TJ-RS

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Português

AULA 08

Oi, Pessoal!

Hoje a gente vai ver uma matéria muito legal chamada verbos, a matéria que todo mundo pegou recuperação no colégio, passa por duas análises. Uma é a análise do tempo e outra é a análise do modo.

Acho mais fácil a gente se deter no modo primeiro que é pra gente entender como é que funciona essa relação de modo.

Essa relação de modo funciona de 3 formas, ela funciona como indicativo, subjuntivo e imperativo.

Agora olha só que legal, nas provas e aí vamos pensar numa prova aqui do Rio Grande do Sul, vai ter está treta aqui: Subjuntivo. De maneira geral as provas no resto do país elas ficam na relação de indicativo e subjuntivo. Por que eles ficam ali? Porque é ali que tem tempo verbal, é ali que tem passado, tem presente e tem futuro. O imperativo é do imperador, é uma ordem. Então a ordem só tem duas formas: afirmativa (faz alguma coisa) ou negativa (não faz alguma coisa) e é muito difícil de cair imperativo nas provas. Mas no Rio Grande do Sul tem uma tendência a cair um pouco mais do imperativo porque a gramática entra numa lógica que é essa lógica aqui: “Ou eu te chamo de TU ou eu te chamo de VOCÊ”. Essa é a treta do imperativo, diz a regra que quando eu te chamar de TU, todos os verbos tem que ser TU e quando eu te chamar de VOCÊ todos os verbos tem que ser do VOCÊ. O que significa isso? Significa que o TU é a segunda pessoa. Lembra que eu, tu ele, nós, vós, eles? Eu é a primeira e tu é a segunda. Mas o VOCÊ é a terceira, esse cara é igual a ele. Então: “Ele saiu. Você saiu”.

E os pronomes também se adaptam, os pronomes também precisam se adaptar nessa relação, então a gente diz: “Tu te lembras”, é o que a gramática sonha. Mas o que geralmente dizemos é: “Tu se lembra” e aí o TU é da segunda pessoa, só que o SE é a terceira pessoa. E aí as bancas estão ligadas que a gente faz essa treta na fala principalmente aqui no Sul e aí eles fazem o quê? Cobram o imperativo, que é pra tu saber que tudo que está no TU tem que ser TU, pronomes e verbos e tudo que estiver no VOCÊ tem que ser do VOCÊ também, então isso vai ser uma pegada bem forte que a gente vai ter que dar no imperativo que eu acho que ele tem bem chance de cair na nossa prova. Claro que o indicativo e subjuntivo vão cair também, não tem como não, porque os verbos estão em tudo, eles estão o tempo inteiro acontecendo.

O indicativo ganhou 6 tempos, e o subjuntivo ganhou 3 tempos então o resumo a prova é isso aqui pra gente estudar em casa, pra gente saber pra que lado está indo. O resumo é assim: Existem 9 tempos verbais e existem 2 relações no imperativo, ou faz ou não faz, um manda fazer e outro manda não fazer, é isso.

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Não vai ter tempo verbal no imperativo, tempo verbal vai ter aqueles 9, então o primeiro momento a nossa aula hoje vai ser estudar os 9 tempos verbais.

A gente vai começar pelo indicativo, ele indica uma certeza. E aí tu vai dizer: “Ah, mas isso não importa, o que importa é eu estar ligado no indicativo”. Só que as questões elas entram dizendo assim: “Qual dos verbos abaixo indicam uma certeza?” Ou, lá no subjuntivo: “Qual dos verbos abaixo indicam uma dúvida, uma incerteza, uma hipótese?”

Então às vezes a banca não fala que ela quer o indicativo, mas ela diz que ela quer um verbo que indique uma certeza. Pessoal, a certeza ela pode ser no presente, no passado e no futuro. Então eu tenho uma certeza agora, tive uma certeza no passado e eu tenho uma certeza no futuro. Faz sentido isso?

Tá, agora eu vou te mostrar os verbos aqui. Vocês estão ligados que existe presente, passado e futuro.

Então olha aqui, olha o futuro: “Tomarei um chimarrão” (Professor nessa hora leva o chimarrão a boca), entendeu que o verbo aconteceu nessa ação? Só nessa ação em levar o chimarrão a boca aconteceu um futuro, um presente e um passado. Vocês entenderam essa relação? A gente imagina o futuro lá adiante, mas está aqui, não toquei no chimarrão é futuro, quando eu tocar é presente e quando eu soltar é passado.

Então a relação temporal não é tão assim como a gente imagina, uma escala na linha do tempo, ele tem uma relação mais rápida. Por exemplo: Pegarei a caneta, estou pegando a caneta, peguei a caneta, aconteceu os verbos aqui.

O Presente é o cara, tá? Ele é o cara porque ele indica tudo, a gente usa o presente quando não sabe quando falar. Ele é empregado para expressar um fato que ocorre no momento, no momento em que se fala, que é conhecido como agora. Ele também vai expressar algo frequente e habitual, esse é o que mais cai, então, algo que é rotina nas nossas vidas. Ele é indicado também pra expressar um passado e ele pode indicar o futuro, entendeu porque ele é o cara? Ele indica tudo.

Vamos ver um exemplo, faz de conta que vocês brigaram, a turma brigou e aí eu vou ter que contar lá no curso o que houve. Aí eu vou dizer assim: “Foi logo em seguida, porque eu falei assim: Pessoal, eu explico isso agora pra vocês e aí a guria tocou a cuia na outra”, imagina uma baixaria assim. Então, quando eu falei eu explico as coisas agora pra vocês, isso já aconteceu,

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né? E aí 5 minutos depois ela tocará a cuia na colega, imagina eu contando pra alguém. Foi assim: “Eu entrei na aula e aí eu explico paras as pessoas e 5 minutos depois ela toca a cuia”, numa escala temporal é como se eu estivesse lá vivendo aquilo, eu uso até o futuro que já aconteceu. Eu uso o futuro pra te dar uma noção que foi 5 minutos depois da minha fala que o fato aconteceu. Entendem a minha lógica? É como se fosse alguém contando uma história, existe.

Aula de história, vocês já viram aula de história? “Então a princesa assina a libertação dos escravos e só 3 anos depois ocorrerá de verdade…” Entenderam? Já aconteceu tudo, já é passado, mas ele utiliza tempos pra me dar essa noção de profundidade temporal.

O futuro a gente vai falar quando a gente for falar do futuro.

Então o que é algo do momento? Vamos pensar em algo do momento, por exemplo: “O Fabrício chama a nossa câmera nesse exato momento”, ele chama a câmera agora, faz sentido?

Agora: “Poh, não estou conseguindo gravar a aula porque o Fabrício chama a câmera a todo o momento. Não, faz um mês que eu não consigo gravar a aula porque o Fabrício chama a câmera a todo o momento”, não é agora, é algo que se repete, é algo que acontece.

Quando eu digo: “Eu tomo chimarrão durante a aula”, é agora? Agora é também porque eu estou com essa cuia na mão, mas no momento em que eu largar e disser assim: “Bah, eu adoro dar aula no TJ porque eu tomo chimarrão durante a aula”. Então não é agora, é algo que se repete com frequência, então isso é o habitual, o frequente e algo do momento.

Eu trouxe umas músicas sertanejas como exemplo:

As letras foram tiradas a internet, mas lembra desse rolo que eu falei pra vocês do TU e do VOCÊ? Só pra vocês terem uma ideia a treta que é.

Olha só, aqui em: “Que te faz esquecer…”, ele te chama de TU.

E aqui: “... já tem seu nome”, ele te chama de VOCÊ.

Então essa música já tem uma marca de coloquialidade que a gente chama, tem uma marca de fala porque ele mistura TU e VOCÊ, isso é a treta que a gente vai ver no imperativo.

Mas olha só: “Todo mundo tem uma pessoa, aquela pessoa que te faz esquecer todas as outras”, quando ele diz isso é agora? Não, é algo que é do bolo a vida, é corriqueiro, está lá, mas está sempre lá né? Mantém um hábito, mantém uma frequência, mantém uma rotina, isso é o que ele está dizendo e essa pessoa faz esquecer todas as outras, é agora que ela faz

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esquecer? Não, também é algo habitual, não é agora que está acontecendo, é algo que vem acontecendo. Então isso é uma marca de presente, algo habitual, algo rotineiro.

E as provas perguntam a semântica do verbo, o sentido do verbo. Qual é o sentido do verbo? Expressar algo frequente, algo habitual, algo corriqueiro. Algo que se repete com frequência, também aparece assim nas provas.

Olhem a sofrência da música de Marília Mendonça.

No finalzinho a música, porque que é “Esse coração aí”? E a prova pergunta: “Poderíamos trocar esse por este?” Não, porque está perto do ouvinte, é o coraçãozinho do sacana, então se está lá é esse coração, porque ele é o ouvinte.

Agora, se ela estivesse bem indignadinha, vamos imaginar ela bem indignadinha e ela põe a mão no peito dele, sabe quando tu faz um carinho meio que com raiva? Quando ela faz assim ela poderia dizer: “este coração”? Poderia, porque também está perto dela agora.

Olha só: “Só me conta como foi sem mim…”, isso é agora ou é algo que se repete? Isso é do agora.

Quando ela fala para o cara: “Esse coração aí está se fazendo de bobo”, ele está se fazendo de bobo agora? Pode ser, mas também pode ser uma coisa que ele já vem se fazendo de trouxa a um tempo. Então não é de agora que esse coração está se fazendo de bobo, então pode ser habitual e pode ser algo do momento, mas é que isso é a sacada do negócio.

Vamos pegar essa frase aqui:

“Tá se fazendo de bobo

Ele gosta mesmo é de mim

Esse coração aí está sendo ignorante

Pra me esquecer, vai precisar de um transplante”

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Vai aparecer 3 relações de presente. “Tá se fazendo de bobo” pode ser habitual, pode ser algo do agora. E aí ela diz assim: “Ele gosta mesmo é de mim”, ele gosta agora ou hábito? Essa ação não terminou, essa ação começou lá e vem se estendendo, vem sendo frequente, vem sendo habitual.

Aí ela diz assim: “Esse coração aí está sendo ignorante”, pode ser agora? Sim, porque ele gosta, só que agora ele está sendo ignorante, isso aqui é hábito, ele gosta, é frequente, todo mundo sabe que começou lá e continua, mas agora está sendo ignorante.

E aí: “Pra me esquecer, vai precisar de um transplante”, vai precisar é um presente, mas não fica claro que ele irá precisar de um transplante? Então aqui tem 3 exemplos clássicos, algo que é frequente, algo do agora e algo que é futuro.

Mas a prova vai me perguntar assim: “Esses 3 caras sublinhados estão no mesmo tempo e no mesmo modo?” Sim, eles estão no mesmo tempo e no mesmo modo. “Eles dizem a mesma coisa?” Não, porque um estabelece frequência, outro momento e outro futuro, então a semântica do verbo é o que é o mais importante. Interpretar o verbo é que é a grande sacada.

Vamos falar do Pretérito Perfeito. O que é o pretérito perfeito? Pretérito perfeito revela algo concluído, iniciado e terminado.

Um passado pra ser bom tem que ser como? Encerrado, pra ele ser perfeito ele tem que ser encerrado, então ele não volta, passado bom é o que não volta, essa é a grande sacada.

Então olha essa música:

Agora, te liga. “Já passou das 8”, que hora são? 8h01min é passado, porque já passou, 8 é passado, entendeu? Não existe mais o 8, então é 8h01min, 8h02min.

“… e eu nem toquei em bebida”, antes. Ele pode estar com uma bebida na mão? Pode, ele nem tocou em bebida, mas agora.

Aí ele diz assim: “Eu mudei de celular”, ele já está com um novo celular? Sim. E ele tirou o nome da balada, o nome da lista, acabou, não existe mais o nome dele lá.

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“Ele achou sem procurar, viciou só de provar”, tudo no passado, tudo já aconteceu, não é que ele não goste mais da pessoa é que as ações já foram encerradas.

“Ele achou, ele viciou e ele pendurou uma plaquinha, quem pegou, pegou”, então quem teve a chance já foi, agora não pega mais. Quem beijou, beijou antes e agora não beija mais.

Vamos ver o Pretérito Imperfeito, esse cara é muito especial. Pensa a lógica, o perfeito é concluído e como é que é o imperfeito? Não concluído. Mas ele tem outra ideia e essa ideia é a top, algo que era habitual, que se repetia no passado, ele é o contrário do presente. É que o presente é agora, se repete e ainda existe, o pretérito imperfeito não existe mais, mas ele se repetiu uma vez.

Nessa música ela era amante de um cara, tá? E ela diz assim:

“No começo, eu entendia,

Mas era só cama, não tinha amor”

Essa frase tu já entende o assunto da música. Sempre imagino uma situação prática, faz de conta que você recebe uma mensagem assim: “A gente precisa conversar, no começo eu entendia”. Se a pessoa mandasse só essa frase tu ia pensar em algo bom que ela vai dizer? Não, ela já está dizendo que ela não está entendendo. Porque lá ela entendia. Foi uma vez que ela entendeu? Não, foi rotina, hábito, se curtiram um tempo. Só que agora ela não está entendendo.

“Era só cama”, então agora tem mais coisa. “Não tinha amor”, foi um tempo, olha a rotina, pessoal.

“Lembro que você dizia”, não foi uma vez, era frequente.

“Vou desligar, porque ela chegou”, olha os verbos acontecendo. Não foi uma vez que ele estava falando com ela e chega a mulher e ele “Vou desligar, porque ela chegou”, isso foi direto, foram vários momentos. Porque se fosse uma vez ela diria assim: “Eu lembro quando você disse”, foi uma vez. Mas “você dizia”, era hábito.

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“Vou desligar”, presente dando ideia de futuro, desligarei, porque ele não desligou né? Ele está falando com ela, “porque ela chegou” então ela já bateu a porta, ela já está dentro de casa.

Olha aqui: “Só metade do seu te amo”, olha a marca de coloquialidade, ela mistura as relações, né?

Imagina quando a gente diz assim, acabou a turma, não existe mais essa turma, então hoje eu digo: “Eu tomo mate durante a aula”, acontece, é frequente. Mas quando acabar a turma, não existir mais essa turma eu vou dizer: “Aquele turma do TJ era muito legal, eu tomava mate durante a aula”. Era frequente, não é mais.

Duas terminações se destacam: – ia, -ava. Claro que tem que cuidar o verbo ser, tu não vai ter sempre essas terminações, mas são as grandes terminações. “Eu fazia curso, eu estudava”, são relações de pretérito imperfeito.

Pretérito mais-que-perfeito, ainda tem mais passado, esse cara é o que menos cai, mas quando cai a gente tem que estar ligado nele. Ele é o famoso passado do passado, só que esse passado do passado não precisa ser uma coisa muito antes, ele pode ser hoje por exemplo, essa aula é gravada de manhã, pessoal, pra vocês terem uma ideia, então eu vou dizer pra vocês assim: “Eu tomara café e saí para vir pra PUC”, então o que eu estou te dizendo? Eu já saí de casa, mas antes desse passado eu tomara café. Tomara café é o passado de eu saí de casa. Eu saí é o pretérito perfeito e antes dele é é o mais-que-perfeito, esse -ra é o pretérito mais-que-perfeito.

Eu não achei nenhuma música sertaneja que tivesse esses caras, tá? Tentei, mas não vai rolar.

Olha que estranho: “Nós compráramos o quando anunciaram o cancelamento a prova”, o que aconteceu primeiro? Primeiro tu compra ou primeiro cancela uma prova? Primeiro a gente compra, então compráramos é o pretérito mais que perfeito e anunciaram é o pretérito perfeito.

“Eu já estudara a matéria antes, quando saiu o edital do concurso”, então, primeiro eu estudo e depois sai o edital e agora eu estou te contando essa história.

Só que vamos combinar, ninguém fala desse jeito, então como é que a gente fala isso? Vamos pegar a segunda frase ali que a gente está mais acostumado, como é que a gente fala? A gente usa numa forma composta, a gente diz: “Eu já tinha ou havia estudado”, essa é a relação que a gente estabelece e as duas frases dizem a mesma coisa, é bem comum de cair exatamente essa pergunta nas provas.

“Poderiamos trocar estudara da linha 17 por havia estudado?”, poderíamos. Ou até o contrário que é mais perigoso ainda: “Tinha estudado por estudara?”, poderíamos. É mais difícil de cair na prova.

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Eu não sei por que o Futuro do Presente ainda cai na prova, ele é o clássico. O futuro do presente é o fato que vai ou não ocorrer após o momento em que se fala, o referencial é algo que ocorrerá ou não.

Olha, ele poderia dizer assim na música: “Namorará comigo, sim!”? é essa a ideia. Mas olha só o que ele diz: “Vai namorar”, ele põe um verbo no presente, eles não estão namorando, ele põe o verbo no presente pra dar uma ideia de futuro. E aí a prova me pergunta se dá para trocar por: “Irá namorar comigo, sim!”, também. Qual a diferença do irá para o vai? É que o vai é presente e o irá é futuro.

Tá, mas um está no presente e o outro está no futuro, eles dizem a mesma coisa? Sim, porque o presente é coringa, ele diz futuro, ele diz passado, ele diz agora, então é a mesma coisa.

A gente não entende nada do poema, mas tem uma costura aqui muito legal dos verbos. Porque, olha que legal que ele diz assim: “Sei bem, sei agora, que nunca serei alguém, futuro, lá no futuro, ele já está ligado agora que nunca vai acontecer aquilo lá, é essa a ideia que ele está dizendo e agora ele sabe de sobra que nunca terá uma obra, ele sabe agora enfim, que ele nunca saberá sobre ele, faz sentido?”

Cairia na interpretação de texto assim: O autor passa a ter consciência nesse momento sobre coisas que ele nunca será? Como é que eu vou saber isso? Pelos tempos dos verbos. Eu sei, eu sei agora, então ele tem consciência agora de coisas que ele nunca será.

Quando digo assim: “Estudo”, qual é o tempo desse verbo? Presente. E aí eu coloco assim: “Estudo amanhã”, futuro, o presente está indicando o futuro e pode porque o presente é o curinga. Poderíamos trocar “Estudo amanhã” por “Estudarei amanhã”? Poderíamos trocar

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“Estudo amanhã” por “Irei estudar amanhã”? Poderíamos trocar “Estudo amanhã” por “Vou estudar amanhã”? Sim, todas as possibilidades ficam claras no contexto pelo meu adjunto adverbial, meu adjunto adverbial amanhã deixa claro que está todo mundo sendo empregado com idéias de futuro.

O Futuro do Pretérito é o traidor dos tempos verbais, ele é o cara, ele indica incerteza, dúvida. Mas o que faz ele ser do indicativo não é exatamente a certeza? É, mas ele se perde nessa relação. Ele ficou ali, às vezes quando a prova pergunta assim: “Qual dos verbos abaixo indica uma dúvida, uma incerteza, uma hipótese?”, a gente tem que cuidar o futuro do pretérito porque ele indica isso também.

Ele expressa algo que ocorreria, se uma condição fosse atendida.

Vamos começar pela análise a música de Gabriel:

“O nome dela é Jenifer.

Eu encontrei ela no Tinder

Não é minha namorada,

Mas poderia ser…”

O que o cara está nos dizendo? O nome dela é Jenifer, é que continua sendo o nome dela independente da relação que eles tenham o nome dela é Jenifer, é, é fato, é agora, presente do indicativo.

“Eu encontrei ela no Tinder”, já foi encontrada, já apertaram os botões lá e já aconteceu o bagulho.

“Não é minha namorada”, agora. “Mas poderia ser”. Vai ser? Ele vai namorar a Jenifer? Não vai, por quê? O verbo expressa algo que ocorreria, não vai ocorrer. Porque se ocorrer é assim: “Mas poderá ser…”, mas não vai acontecer, eles não vão namorar porque expressa algo que ocorreria se uma condição fosse atendida, ele não deixa claro qual é a condição, mas daqui a pouco a Jenifer não está afim, daqui a pouco a Jenifer não se apega, alguma coisa que pede e a condição não é atendida, alguma coisa impede, então poderia ser, não será, eles não vão ser namorados. Vocês entendem a complexidade a letra?

Também se estabelece pela cordialidade de uma relação o futuro do pretérito, por exemplo: “Tu poderias me servir um chimarrão?”, mas a ideia que mais cai é a do Freud.

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“Nós poderíamos ser melhores se não quiséssemos ser tão bons”, então, nós vamos ser melhores? Não, porque a gente quer ser bom. Querer ser bom anula o fato de ser melhores, não seremos, porque poderíamos ser, então não vamos ser. Ele expressa algo que ocorreria se uma condição fosse atendida, a condição nunca será atendida, ele nunca vai ocorrer.

Na frase: “Tu poderia me servir um chimarrão?”, o que as pessoas entendem? “Ué, não quer mais?” Porque as pessoas entendem algo que ocorreria se uma condição fosse atendida, só que ele não está dando essa ideia do verbo, ele está dando a ideia de cordialidade e não dizendo algo que ele gostaria, mas não quer mais. Entenderam a relação? É a maior treta que acontece, né? Legal, esse cara cai muito, a gente já vai voltar a falar dele.

Vocês viram que as conjunções trabalham nos verbos também? As conjunções que a gente viu na outra aula vão amarrando o texto.

Acabou o indicativo, agora vamos falar do Subjuntivo. O subjuntivo é uma dúvida, possibilidade, incerteza, hipótese, tudo isso são temas de questões. As questões podem te dizer: “O cara indica dúvida, o cara indica possibilidade, o cara indica incerteza, o cara indica hipótese”.

Sabe como é que cai na prova? Assim: “Qual dos verbos abaixo não indica dúvida, não indica possibilidade?”, então nós vamos buscar o cara lá no indicativo ou no imperativo. Só cuidado com um cara, quem é que trai o movimento? É o futuro do pretérito, na teoria ele não indica dúvida, mas ele indica.

Aqui só existe 3 tempos e aí funciona assim, subjuntivo: presente, futuro e passado. O passado do subjuntivo também é pretérito imperfeito. Só que esses caras se agarram nos articuladores pra dar as suas idéias. Lembra dos articuladores? São as conjunções, eles vão lá nas conjunções e aí a gente vai ter que saber as conjunções que introduzem esses caras, a gente conjuga esses caras com conjunção.

O presente eu conjugo com o que na frente (que eu, que tu, que ele). O futuro com o quando ou com o se (quando estudar, se estudar) e o pretérito imperfeito é o se (se estudasse).

Presente do subjuntivo começa pelo que, o presente do subjuntivo é uma dúvida se ele vai ou não acontecer agora, pode acontecer, mas eu não to ligado, é agora, eu não tenho certeza.

Olha a frase do Luan Santana, essa música é o ápice a mentira. Não sei se vocês já ouviram falar de nexos concessivos, o que é uma concessão? É uma quebra a perspectiva. Então se a aula fosse de conjunção a gente ia interpretar a frase assim: “Mesmo que você não caia na minha cantada, mesmo que você conheça um outro cara, na fila do banco, um tal de Fernando, eu

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vou estar te esperando nem que já esteja velhinha gagá”. Qual é a lógica a frase, pessoal? Se tu conhece uma pessoa e a pessoa não cai na tua, a pessoa conhece outra, casa fica velha, gagá, tu vai esperar? Eu sei que a crise está foda no mercado, mas tu espera esse infeliz ou não? Claro que não, vaza daqui, some. Ele vai, ele quebra a perspectiva porque isso é uma concessão.

Tá, agora olha só, faz sentido que ele diz aqui: “que você não caia”? Como é que é o verbo cair no presente do indicativo? O presente do indicativo é o único que a gente sabe, é o verbo que a gente conjuga desde que nasceu. Então cair, eu caio, ele cai., então não é. Como é que é o subjuntivo? Que eu caia, que tu caias, que ele caia, lembra que você é ele, por isso que eu estou conjugando ele. Eu caio agora, tu cais e ele cai, não é. Então é que ele caia, está subentendido aqui o que na conjugação do verbo, é assim que a gente faz na hora a prova. A gente põe o que na frente e aí conjuga o verbo.

Olha: “que você conheça”. Então é eu conheço, tu conheces e ele conhece, isso é indicativo. No subjuntivo é que eu conheça, que tu conheças, que ele conheça, subjuntivo.

Tem o que na frente, a gente sempre conjuga assim, quando a prova pergunta qual dos caras está no presente do subjuntivo tu faz o indicativo e o subjuntivo que aí tu tem certeza, não tem erro, o indicativo sai de graça.

Olha: “Talvez nós possamos estudar mais em casa depois dessa aula”, não está com uma cara de futuro? Tem cara de futuro, mas ele é presente porque é que nós possamos, é um presente que dá a ideia de futuro, presente é curinga, indica tudo.

Agora olha a frase: “Só quero que ela retorne pra mim, que ela seja a minha namorada”. Como é que isso cairia numa prova? Cairia assim: “Só quero que ela retorne pra mim, que ela seja a minha namorada”, eles vão destacar 3 verbos e vão te perguntar no item 1 “Os 3 verbos destacados na linha 7, 14 e 19 tem o mesmo tempo e o mesmo modo?”. O rolo é assim, vamos pegar o indicativo, eu quero (então esse cara aqui é o presente do indicativo).

Verbo retornar, indicativo, eu retorno, tu retornas, ela retorna, não é. Então eu vou botar o que na frente, que eu retorne, que tu retornes, que ela retorne, esse cara é presente do subjuntivo.

Olha: que ela seja, então o indicativo é eu sou, tu és, ela é. Que eu seja, que tu sejas, que ela seja, também é presente do subjuntivo.

Então os 3 verbos destacados não indicam o mesmo tempo e o mesmo modo porque quero é indicativo e retorne e seja é subjuntivo.

Vamos falar agora sobre Pretérito Imperfeito do Subjuntivo é o cara, muito bom de prova, ele vai fazer uma dupla com o futuro do pretérito.

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Ele é aquele cara que a gente conjuga com o se na frente e ele transforma a relação no -sse. Ele expressa uma condição não atendida, então nessa relação de algo não atendido eu volto lá naquela frase do Freud e te apresento ele: “Nós poderíamos ser melhores se não quiséssemos ser tão bons”, essa condição não é atendida, né? Poderíamos ser melhores se não quiséssemos ser tão bons, o problema é que a gente quer ser bom, então a gente deixa de ser melhor, a condição não é atendida. Então poderíamos é -ria, é o futuro do pretérito do indicativo e quiséssemos, esse -sse agora define como pretérito imperfeito do subjuntivo. Entenderam a treta? É uma relação de paralelismo verbal, eu apresento um verbo e o paralelo tem que ser sempre aquele ali.

A dupla que a gente memoriza para as provas é -ria e -sse, sempre assim. “Se estudasse, passaria” e a ordem tanto faz porque a oração subordinada pode estar antes ou depois, que até influência na pontuação.

Então olha só:

“Se namorar fosse bom, isso aqui tava vazio, a mulherada tava em casa.

Se namorar fosse bom, eu vivia no cinema e não tava na balada”.

Nas frases o autor estabelece uma condição (se) que não é atendida (fosse bom). Se namorar fosse bom, então ele já está me dizendo que namorar não é bom, é isso que ele está me dizendo. E aí Bruninho e Davi se atrapalham na relação porque eles dão um -sse e apresentam um -ava.

Na verdade eles até criaram um verbo novo (tava), na verdade é estava. Aí nesse verbo novo que eles criaram, eles usaram um pretérito perfeito do indicativo que é o -ava. Só que quem é a dupla do -sse? É o -ria, “se namorar fosse bom, isso aqui estaria vazio, a mulherada estaria em casa”, o paralelo do -sse é -ria e não -ava.

Se namorar fosse bom, eu viveria no cinema e não estaria na balada, paralelo a relação -sse.

O Futuro também indica uma relação hipotética e ele tem o quando e o se como caras que vão introduzi-los.

“Se eu acertar todas as questões, passarei”, então olha só, quem é o passarei? É o futuro do presente do indicativo porque é algo que vai acontecer, só que ele dá uma condição futura que é quando eu acertar, se eu acertar. Então esse se eu acertar, quando eu acertar é o futuro do subjuntivo.

19 Se eu acertar todas as questões, passarei.

Olha como é que cai na prova: Se trocarmos passarei a linha 19 por passaria, deveríamos fazer ajustes para fins de concordância? Claro, porque se eu botar um passaria: Se eu acertasse, aí volta para aquela relação que eu estava te mostrando antes. Então o futuro do pretérito

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se relaciona com o pretérito imperfeito, o futuro do presente se relaciona com o futuro do subjuntivo.

19 Se eu acertar todas as questões, passarei.

A prova me pergunta sobre essa vírgula em outra questão, essa vírgula é obrigatória ou facultativa? Obrigatória, começou pela conjunção, se está a conjunção ali é oração subordinada.

Se vocês se concentrarem, a matéria fará mais sentido.

Se vocês se concentrassem, a matéria faria mais sentido.

Olha que legal esse quarteto, prova fácil interpreta o verbo, prova toupeira pergunta o nome do verbo, prova difícil pergunta esse quarteto. Prova difícil entra nesses 4 verbos que têm uma conjugação especial.

A conjugação especial é assim: ter, pôr, ver, vir e seus derivados. Derivado de ter é manter, derivado de pôr é dispor, compor, tudo que terminar em por. Derivados de ver, derivados de vir, todos aqueles caras que terminam com esses verbos vão ter uma relação em ter – tiver, por – puser, ver – vir, vir – vier.

Então funciona assim:

“Fará uma boa prova, se você manter a calma”. Esse conselho acalma, pessoal? Não, inclusive deixa mais nervoso. Por que esse verbo não é derivado de ter? Então: Se você mantiver a calma. Ele é derivado de ter então ele virou tiver.

Agora olha só que legal, como é bonito a matéria: Fará, se fosse faria? Faria uma boa prova se você mantivesse a calma (-sse e -ria).

“Se você dispor de tempo, passa aqui”. Qual é o erro dessa frase, pessoal? “Se você dispuser de tempo, passa aqui”.

“Se você ver o fulano, avisa que eu vazei”, se você ver a gente está falando de uma relação subjetiva, então o ver vira vir. O correto seria: “Se você vir o fulano…”.

“Se você vier, traga tal coisa” e o que mundo fala? “Se você vir, traga tal coisa ”, mas não é vir é vier, não é vir porque não é para olhar.

Lembra do convir? O que as pessoas falam? “Olha, tu quer um chimarrão? Se isso me convir eu tomo”, mas não é derivado de vir? Então é: “se isso me convier”.

Nova fase, vamos falar de Imperativo, o imperativo tem duas formas: Afirmativo e negativo, ou tu manda fazer ou tu manda não fazer.

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E o rolo é que quando eu te chamar de TU, todo mundo é TU e quando eu te chamar de VOCÊ, todo mundo é VOCÊ, é isso que cai na prova quando cai imperativo.

Então vamos lá, primeiros apontamentos que a gente tem que ter nessas dicas:

O imperativo é uma ordem, não é? Sim.

Eu posso mandar em mim? Eu estou falando como ordem, se eu vou dar uma ordem eu posso mandar em mim? Não. Então não existe o EU. Logo, na conjugação do eu nós vamos eliminar a primeira pessoa.

Agora pensa a lógica, o ele e o eles não é de quem a gente fala? Eu não posse mandar nele, porque o ele é de quem eu falo. O papo é reto na ordem, então o ELE vira VOCÊ e o ELES viram VOCÊS, não é a toa que isso é a 3º pessoa.

Legal, aqui está a treta do negócio, aqui está o caminho das pedras:

O presente do indicativo que é o clássico, é o que todo mundo sabe, a gente só vai pegar o TU e o VÓS lá do presente do indicativo, lembra que é a 2º pessoa, né? Sem o S e só serve para o imperativo afirmativo.

Todo o resto a tabela, o que completa o restante a tabela vem do presente do subjuntivo que é o que começa pelo QUE (que eu, que tu, que eles).

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Vamos tentar na tabela, olha só:

O clássico é o presente do indicativo, todo mundo sabe.

O presente do subjuntivo começa pelo QUE, então tu põe o QUE e conjuga o verbo.

Olha, presente do indicativo, pega o TU, pega o VÓS sem o S e passa para o lado para formar o imperativo afirmativo, passa para o lado o ESTUDA e o ESTUDAI. E o restante a tabela a gente copia, mas lembra que o EU não existe, eu não mando em mim mesmo, então completa o resto a tabela.

Imagina eu falando para o pessoal de casa: “Estude! Estuda!” Qual que é o certo? Os dois, só que a diferença é que ESTUDE é VOCÊ e ESTUDA é TU.

Seria mais ou menos assim: “Eu tenho uma dica para você”, marquei o discurso, você, “Estude, vale a pena”.

“Eu tenho uma dica para ti”, “Estuda, vale a pena”. Entenderam a treta? Se eu te chamar de tu, todo mundo é tu e se eu te chamar de você, todo mundo é você.

A relação do imperativo negativo sai toda do subjuntivo, a relação do afirmativo é que tem o cruzamento.

Adivinha o que cai na prova?

Porque eles têm origens diferentes, te liga, a relação do afirmativo tem esse cruzamento, um vem do indicativo sem o S e o outro vem de lá do subjuntivo, só que o negativo sai todo do subjuntivo e é essa a relação que cai na prova.

Quando cai na prova eles mandam trocar do TU por VOCÊ ou trocá do VOCÊ por TU ou trocá do afirmativo para o negativo, é assim que cai na prova. Difícil, né? E é treino, não tem outra forma, tem que treinar isso.

Só pra gente não deixar passar, o imperativo é dito como ordem ou como convite. Então as vezes aparece assim: “Verbo que indique um convite”, verbo que indique um convite é

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imperativo. Porque o indicativo é uma certeza, o subjuntivo é uma dúvida e o convite está na ordem.

Olha o exercício que a gente vai fazer:

1. Dê (dê é uma ordem, eu dou e tu das, tira o s, dá tu, que eu dê, que tu des, que ele dê, dê você) mais às pessoas do que elas esperam e faça (eu faço, tu fazes, só que se eu tirar o s vai ficar faze, só que ninguém fala isso, então o que a gente faz? a gente tira o e junto e aí faz tu, faz é tu, então é: eu faço, faz tu e aí eu vou lá para o subjuntivo, que ele faça, então nos dois verbos ele me chamou de você) com alegria.

2. Decore o seu poema favorito. (eu decoro, tu decoras, tira o s, decora tu, então não é, que ele decore o seu poema, me chamou de você nas duas relações, na relação do verbo e na relação do pronome)

3. Não acredite (o negativo vem todo do subjuntivo, que eu acredite, que tu acredites e que ele acredite, continuou me chamando de você) em tudo que você ouve, não gaste tudo o que você tem e durma tanto quanto você queira.

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Vamos transformar as frases abaixo para o tu pra gente dar uma testada:

4. Não julgue pessoas pelos seus parentes.

Não julgues / seus.

5. Quando disser “Sinto muito”, olhe para a pessoa nos olhos.

Disseres / olha.

6. Fique noivo pelo menos seis meses antes de se casar.

Fica.

7. Acredite em amor à primeira vista.

Acredita.

8. Nunca ria dos sonhos de outra pessoa.

Nunca rias.

9. Ame profundamente e com paixão.

Ama.

10. Em desentendimentos, brigue de forma justa. Não use palavrões.

Briga/ não uses.

Na próxima aula vamos ver o Discurso Direto e Indireto.

Pessoal, não desiste, me segue lá no Insta. Beijo