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“Toda forma de governo é boa, o que não presta é o … · Mês em que Santos Dumont deu a volta na Torre Eiffel com seu Balão nº 6, em Paris (1901); em que foi inaugurado o

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“Toda forma de governo é boa, o que não presta é o caráter dos homens, por isso mesmo, necessitado de uma grande modificação! É a isso que se dá o nome de "espiritualização dos seres na Terra", pois a moral pertence à alma e, sem ela, o Espírito, ou a Verdadeira Consciência, jamais se manifestará no homem”. Professor Henrique José de Souza

mês de outubro reserva alguns importantes acontecimentos, a começar pelas eleições, que, ao caírem no dia 03, aniversário de natalício de

Mohandas Karamchand Gandhi, conhecido no mundo como Mahatma Gandhi, de fato, uma Grande Alma iluminadora da face da Terra, levam-nos a evocar seus excelsos influxos, em forma de consciência, na tentativa de iluminarem nossas mentes para bem escolhermos nossos dirigentes.

OOAcreditamos que, no dia em que o eleitor der

importância à política, como, por exemplo, dá ao Big Brother Brasil, chegando à marca recorde (mundial), de mais de 150 milhões de ligações telefônicas, em um dia de “paredão”, talvez, começaremos a mudar o quadro da política nacional. Tal desinteresse por um assunto de vital importância para os destinos do país acaba por nos condenar, verdadeiramente, ao “paredão”, na mira de fuzis de maus políticos, nos alvejando com as balas da corrupção, das falcatruas e da malversação do dinheiro público.

Também, no referido mês, registra-se o nascimento de D. Pedro I, sua posse como Grão-Mestre da Maçonaria Brasileira, sua proclamação como Imperador do Brasil e a declaração oficial da Independência do Brasil a Portugal.

Mês em que Santos Dumont deu a volta na Torre Eiffel com seu Balão nº 6, em Paris (1901); em que foi inaugurado o Cristo Redentor (1931), cartão postal do Rio de Janeiro e uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno; em que se prestam homenagens à padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida; em que deixava a face da Terra outra Grande Alma que iluminou o mundo, Francisco de Assis, o Pobrezinho de Deus (1223).

Muitas celebrações abrilhantam este mês primaveril, misturando-se a nossa particular comemoração de natalício, de 50 anos de existência terrena, no dia 25. De súbito, observamos que pudemos testemunhar muitos fatos em meio século de história. Temos que confessar que, muito pouco, fizemos diante do muito que almejamos, ainda, realizar. Embora esse pouco tenha sido realizado com a excelência de jovem Mestre e

com o entusiasmo de um eterno Aprendiz.Falando em Mestre, no dia 15, homenageamos a

classe mais importante para a formação de um povo e, lamentavelmente, em nosso país, tão mal reconhecida. A reforma na educação deveria iniciar-se com a valorização do professor, dando-lhe um salário justo e condições dignas de trabalho. Profissão exercida, em sua excelência, como um verdadeiro sacerdócio.

Falando do conteúdo desta edição, como Matéria da Capa, trazemos “Futebol, o Jogo da Vida”, destacando a abordagem do escritor Wanderley Peres, em seu livro “Hari Mag Edom, o Armagedom do Apocalipse”, fazendo uma analogia com os mistérios da vida. A coluna Destaques apresenta uma compilação sobre uma histórica controvérsia e, jamais, admitida pela Igreja Católica: a ocupação do Trono de São Pedro, em Roma, por uma mulher, a Papisa Joana.

“A Religião Aquariana” é o tema da coluna Os Grande Iniciados, abordando o caminhar da humanidade e sua postura espiritual nessa transição da era de Piscis para a de Aquarius e dando ênfase ao verdadeiro “religare”. Ao completar 90 anos de existência e 20 de sua chegada

ao Brasil, homenageamos “A Ordem das Filhas de Jó Internacional”, através da coluna Ordens Paramaçônicas.

A coluna Trabalhos apresenta duas preciosidades literárias: “Luvas – Uma Curiosidade” e “A Acácia”, de autoria dos Irmãos Léon Zeldis, Ex-Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Grau 33º da Maçonaria de Israel, e do M∴I∴Edivaldo Cardoso, 33º, respectivamente, ambas do mais alto nível, tratando os temas com grande propriedade.

Em outubro, comemora-se-á o Dia das Crianças. A criança é a semente que deve ser, carinhosamente, cuidada, plantada em solo fértil, adubada com valores morais e éticos, para que possamos ver brotar pessoas dignas e formadoras de nova civilização. Afinal, a Esperança da Colheita Reside na Semente! Não se pode construir um mundo melhor sem investir na juventude!

Querido leitor, seus comentários serão muito bem-vindos! ?

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“Chego a meio século de vida, sedento de Luz, ávido por saber. Como um Eterno Aprendiz, desejo carregar para sempre esse entusiasmo pela vida e a certeza de que poderei, até em meus últimos dias, contribuir para um mundo melhor”.

Feitosa – Revista Arte RealFeitosa – Revista Arte Real

CapaCapa – Futebol, O Jogo da Vida............................................Capa – Futebol, O Jogo da Vida............................................CapaEditorialEditorial.....................................................................................2.....................................................................................2Matéria da Capa - Matéria da Capa - Futebol, O Jogo da Vida............................Futebol, O Jogo da Vida............................33DestaquesDestaques – A Papisa Joana...................... – A Papisa Joana...........................................................................................5.5Informe Cultural Informe Cultural – Prestação de Contas – 1ª RJ..................6– Prestação de Contas – 1ª RJ..................6Os Grandes Iniciados Os Grandes Iniciados - A “Religião” Aquariana...............7- A “Religião” Aquariana...............7Ordens ParamaçônicasOrdens Paramaçônicas

A Ordem Internacional das Filhas de Jó Internacioanal..9 A Ordem Internacional das Filhas de Jó Internacioanal..9

Trabalhos Trabalhos Luvas – Uma Curiosidade...... Luvas – Uma Curiosidade.........................................................................11.................................11 Acácia.........................................................................................13 Acácia.........................................................................................13

Reflexões Reflexões O Porteiro do Prostíbulo.........................................................15 O Porteiro do Prostíbulo.........................................................15 LançamentoLançamento Livros (Zélia Scorza / Reinaldo Pinto / Paulo Simon)........16 Livros (Zélia Scorza / Reinaldo Pinto / Paulo Simon)........16 Ficha TécnicaFicha Técnica......................................................................................16......................................................................................16

Futebol, o Jogo da VidaFutebol, o Jogo da Vida

Francisco Feitosaá-se o nome de Tradição Oculta ou Sabedoria Iniciática das Idades aos ensinamentos trazidos, ciclicamente, à humanidade, em prol de sua

evolução, pelos Mestres da Sabedoria, conhecidos no Oriente por Avataras. Mormente, o excelso trabalho desses Seres de altíssima espiritualidade recebe o apoio de Colégios Iniciáticos, Escolas de Mistérios, a fim de decodificar esses ensinamentos e transmiti-los, de forma inteligível, aos homens.

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Dessa forma, desde a Catástrofe Atlante, a Divindade tem se manifestado, fisicamente, na face da Terra, em sacrifício, melhor dizendo, em “sacro-ofício”, em um primeiro momento, separando o “joio do trigo” e, posteriormente, transmitindo as Novas Diretrizes para aquele momento evolucional, a fim de elevar o estado de consciência e, assim, promover a evolução humana.

Disse o Mestre JHS: "A humanidade nunca será feliz se não reconhecer os Avataras e seus ensinamentos prodigiosos, porque Eles são verdadeiros Deuses”.

Observem as palavras de Salomão: "Tantas vezes beberei desse cálice quantas o mundo exigir a minha presença".

Ieseus Krishna (vide “Bhagavad Gita”), dirigindo-se ao seu discípulo Arjuna, disse: "Todas as vezes, ó filho de Bhârata, que Dharma (a Lei Justa) declina e Adharma

(o contrário, como agora acontece) se levanta, Eu me manifesto para salvação dos bons e destruição dos maus. Para restabelecimento da Lei, Eu nasço em cada Yuga, idade, ciclo, era, etc.)".

Muitas vezes, a Divindade se utiliza de certos mecanismos para transmitir esses ensinamentos de forma subliminar, intuindo determinadas pessoas na criação de contos, histórias infantis, jogos esportivos, etc., inserindo, de

forma velada, uma revelação, um ensinamento. Esses jogos e contos passam a fazer parte do

cotidiano do povo, embora a maioria não tenha, ainda, “olhos em condições de

enxergá-los”, pois esses ensinamentos são expressos, hermeneuticamente, nas entrelinhas. Pouco a pouco, uma pequena minoria, já livre dos “véus da deusa Maya”, consegue percebê-los e decodificá-los.

A exemplo do que estamos falando, publicamos, na edição nº 17, a

matéria “O Simbolismo de Pinóquio”, personagem criada pelo Iniciado Maçom,

Walt Disney, que se utilizou desse “ingênuo” desenho infantil para passar profundos ensinamentos

iniciáticos. Seguindo a mesma linha, na edição nº 34, “O Jogo de Xadrez e o Tabuleiro da Vida”, abordamos os profundos mistérios, ensinamentos e significados do jogo que mais exige de nosso mental. Nesta matéria, falaremos do futebol, aproveitando uma feliz abordagem de Wanderley Peres*, em sua matéria “Futebol, o Jogo da Vida, mostrando os mistérios do esporte mais popular do mundo.

O momento materialista em que vive a humanidade, sob a égide de um capitalismo voraz, impede que muitas pessoas possam livrar-se dos véus que lhes cobrem os olhos, limitando-as a buscar prazer em coisas efêmeras, nos insaciáveis sonhos de consumo, em uma tentativa inútil de encontrar felicidade nas coisas, quando a mesma, somente, poderá ser encontrada dentro de nós mesmos.

Nossa tentativa em, periodicamente, publicar esse tipo de matéria é servir de “sinete” para o despertar de nossos leitores, levando-os à percepção desses excelsos ensinamentos, inseridos nas entrelinhas.

Futuramente, falaremos sobre o jogo de cartas do baralho e sua origem atlante. Sugiro que leiam e releiam, de forma reflexiva, a matéria abaixo sobre o jogo de futebol, de autoria de Wanderley Peres:

“No jogo de futebol, pode-se encontrar uma verdadeira alegoria do próprio jogo da vida, e participamos todos em busca da vitória no campo da evolução redentora. Esse jogo ou luta entre opostos se passa no quaternário da própria Terra.

O jogo de futebol, também, é realizado num espaço quadrangular de cor verde, representante do mental, o concreto, usado para o discernimento lógico das coisas. Sem a razão, não se pode compreender os problemas terrenos.

São 22 jogadores em campo, para realizarem as 22 cartas do tarô, que representam a iniciação completa do ser humano na face da Terra, por isso há uma troca de lados ou oposições em campo, no meio do jogo.

O arcano 11 representa a força, não a bruta, e, sim, a da inteligência. O time mais preparado é aquele que, além do preparo físico, sabe, também, fazer jogadas inteligentes.

O tapete verde do campo possui a cor dessa inteligência, usada pelos melhores jogadores; quando em conjunto ou tabelas, realizam jogadas geniais, para conseguir marcar gol.

Jogando de um lado do campo, os jogadores realizam 11 cartas do tarô; ao trocarem de lado, efetivam mais 11, completando os 22 arcanos maiores.

Há, no campo, 7 linhas contadas de gol a gol,

representando os sete estados de consciência, que se devem alcançar para a vitória final na face da Terra.

Deve-se observar que, na quarta linha ou naquela do meio do campo, os jogadores estão colocados em frente aos outros. A quarta linha é aquela que aponta o equilíbrio da evolução, por outra que representa o futuro androginismo da humanidade; será uma fase de ouro, onde estarão unidas a mente e o coração, ou a razão superior se equilibrando, perfeitamente, com a emoção superior, formando, assim, o ser andrógino "em separado" como o homem e a mulher em corpos já divinizados. São aqueles que herdarão a Terra já transformada e redimida.

O juiz do jogo e mais os dois bandeirinhas formam a tríade superior, que dirige a partida, à semelhança de Salomão e suas duas colunas J∴e B∴ muito conhecida na história do julgamento cíclico da humanidade.

As quatro marcas ou bandeiras, nos respectivos cantos do campo, representam os quatro anjos, guardando o quaternário daTerra; seus nomes variam de acordo com o lugar ou religião, em cada parte do mundo.

A torcida representa aqueles seres que anotam as nossas realizações na vida de forma rigorosa, pois aplaudem ou vaiam o nosso time, de forma a não perdoar o erro, mas, também, reconhecem, com aplausos, a boa jogada. A torcida está relacionada com a Lei do Karma.

A bola marca, registra, somente, o triunfo em cada etapa do jogo.

A bola representa a mônada humana ou a Centelha Divina, que marca o gol das nossas vitórias, por isso ela é muito disputada no jogo da vida.

A alma em busca do Espírito, representada por cada gol, a alegria que todos procuramos.

A taça representa a vitória ou redenção humana, sendo elevada acima da cabeça ou da nossa compreensão. Na taça, temos a quinta essência do nosso ser, que representa a vitória de cada um no árduo jogo da vida. Aquele gesto simboliza a elevação do estado de consciência; para conquistar essa taça, todos temos que "suar a camisa" porque nada vem de graça no longo caminho da evolução humana”. ?

*Wanderley Peres (1940-2001), escritor, poeta, músico, professor, engenheiro, espiritualista, eubiota e autor do livro Hari Mag Edom, o Armagedom do Apocalipse, editora Rumograf, 1998.

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A Papisa Joana*A Papisa Joana*Francisco Feitosa

uropa, Idade das Trevas. Após a queda do Império Romano do Ocidente, a Europa viveu uma época extremamente difícil, sem lei e sem ordem, tomada

pela violência, miséria, ignorância, pragas e, ainda, sofrendo com as guerras civis e invasões bárbaras.

EEOs registros existentes, sob total influência da Igreja,

são escassos e controversos. Às mulheres nenhum direito. Seus maridos podiam surrá-las e sua educação era proibida, visto que, no dizer da época, eram incapazes de raciocinar.

Nesse cenário, em meados do século IX, nasceu Joana, em Engelheim, Mainz, Alemanha. Filha de um cônego inglês e possuidora de uma inteligência privilegiada. Aprendeu a ler e a escrever desde cedo, sendo considerada uma aberração para a época. Já na adolescência, dominava, também, o latim e o grego. Com esse talento descomunal e extraordinária sede de saber, só nos monastérios poderia aprofundar seus estudos.

Assumiu, então, uma identidade masculina e ingressou no Monastério de Fulda, com o nome de Johannes Anglicus. Ali, com uma biblioteca a sua disposição, aprofundou-se nos estudos religiosos e clássicos, além de interessar-se, também, pelas ciências. Com seu intelecto prodigioso, tornou-se extremamente culta. Era uma erudita. Passados alguns anos, sentiu que era hora de partir para Roma, centro do poder religioso. Lá, com sua sabedoria, ganhou prestígio e respeito entre os ilustres dignitários da Igreja. Foi nomeada Secretário da Cúria e, em seguida, Cardeal.

Em 855, com a morte do Papa Leão IV, foi aclamada Papa, com o nome de João VIII. Seu pontificado distinguiu-se pela justiça e defesa dos mais humildes; era um Papa discreto e quase não aparecia em público. Certo dia, durante uma procissão solene, com pompa e circunstância, a cavalo e à frente do cortejo, como era de costume, Joana sentiu-se mal; dores violentas fizeram-na cair do cavalo. Ali, entre dores, sangue e lágrimas, deu à

luz uma criança.Alguns cardeais, atordoados, ajoelharam-se,

exclamando: “milagre, milagre!”. A partir daí, os relatos divergem. Segundo alguns, a multidão reagiu com indignação, apedrejando Joana e a criança até a morte. Para outros, foram encerradas no castelo papal, até o fim de seus dias. Em outra versão, ela e a criança morreram de complicações do parto.

Durante muitos séculos, a história da Papisa Joana havia sido reputada pelo próprio clero como incontestável, mas, com o andar dos tempos, os ultramontanos, com-preendendo o escândalo e o ridículo que o reinado de uma mulher devia lançar sobre a Igreja, trataram como fábula digna do desprezo dos homens esclarecidos o pontificado

dessa mulher célebre. Autores mais justiceiros defenderam a reputação de Joana e provaram, com testemunhos os mais autênticos, que a Papisa havia ilustrado o seu pontificado com o brilho das suas luzes e com a prática das virtudes cristãs.

O fanático Barônio considera-A como um monstro que os ateus e os heréticos tinham evocado do inferno por sortilégios e malefícios; o supersticioso Florimundo Raxmond A

compara a um segundo Hércules que teria sido enviado do céu para esmagar a Igreja romana, cujas abominações tinham excitado a cólera de Deus. Contudo, a Papisa foi, vitoriosamente, defendida por um historiador inglês, cha-mado Alexandre Cook; a sua memória foi vingada por ele das calúnias dos seus dois adversários, e o pontificado de Joana retomou o seu lugar na ordem cronológica da história dos papas. As longas disputas dos católicos e dos protestantes acerca dessa mulher célebre deram um atrativo poderoso à sua história, e somos obrigados a entrar em todos os detalhes de uma existência tão extraordinária.

Uma das provas mais incontestáveis da existência dEla existe exatamente no Decreto, publicado pela corte de Roma, proibindo que se colocasse Joana no catálogo dos papas. Assim, acrescenta o sensato Launay, não é justo que

o silêncio guardado sobre essa história, nos tempos seguidos imediatamente ao acontecimento, seja prejudicial à narrativa, mais tarde, feita. É verdade que os eclesiásticos contemporâneos de Leão IV e de Bento III, por um zelo exagerado pela religião, não falaram dessa mulher notável, mas os seus sucessores menos escrupulo-sos descobriram, afinal, o mistério...

Verdade ou lenda? Para muitos, a história da Papisa é pura lenda, e o argumento principal é a falta de registros sobre Ela em documentos da época. Ora, se considerarmos que o poder da Igreja, naqueles tempos, era incomensurável e os historiadores eram prelados, fica fácil deduzir a falta de registros sobre a Mesma, uma vez que fortes razões, sempre, imperaram no Vaticano para que se omitisse a ascensão de uma mulher ao Trono de São Pedro.

Assim, desconsideraram o seu Papado de dois anos e alguns meses e fizeram suceder a Leão IV o Papa Bento III, nomeando, ainda, em 872, outro Papa com o mesmo nome adotado pela Papisa, João VIII. Alguns fatos, entre inúmeros outros, no entanto, dão força à história da Papisa: em 1276, o Papa João XX, após rigorosa investigação, mudou seu nome para João XXI, com isso, reconhecendo o Papado de Joana; existiu, também, entre diversos bustos papais de terracota, na Catedral de Siena, um da Papisa, até 1601, quando, por determinação do Papa Clemente VIII, desapareceu. Outro fato importante foi a existência de uma cadeira com um buraco no assento, usada nas cerimônias de consagração papal, exatamente, a partir daquele momento até o século XVI.

O recém-eleito era ali sentado, e procedia-se a um exame palpável para se determinar se era, de fato, do sexo

masculino. Só, então, o camerlengo anunciava as palavras esperadas: “Habemus Pappam”. Essa cadeira, ainda, existe em Roma, não podendo a Igreja negar a sua existência.

Assim, segundo os testemunhos mais irrecusáveis e mais autênticos, está demonstrado que a Papisa Joana existiu no nono século; que uma mulher ocupou a Cadeira de S. Pedro, foi o Vigário de Jesus Cristo na Terra e proclamada Soberana Pontífice de Roma!

Uma mulher assentada na cadeira dos papas, ornando-lhe a fronte a tiara e tendo nas mãos as chaves de S. Pedro, é um acontecimento extraordinário, de que os fatos da história oferecem um único exemplo! E o que mais admira, ainda, não é uma mulher elevar-se pelos seus talentos acima de todos os homens do seu século, pois houve heroínas que comandaram exércitos, governaram impérios e encheram o mundo com a fama de suas glórias, sabedorias e virtudes; mas o fato de Joana, sem exércitos, sem tesouros, não tendo outro apoio senão a sua inteligência, ser assaz hábil para enganar o clero romano e fazer que lhe beijassem os pés os orgulhosos cardeais da cidade santa. É isso que a coloca acima de todas as heroínas, porque nenhuma delas se aproxima do

que há de maravilhoso numa mulher feita papa.A Papisa foi imortalizada no século XI, em uma das

cartas do tarô de Marselha, representando a sabedoria, o conhecimento, a intuição e a chave dos grandes mistérios. A história foi, também, contada num filme, em 1972, estrelado por Franco Nero, Liv Ullman, Olívia de Havilland e outros. ?

*Trabalho de compilação baseado nos livros: “Papisa Joana”, de Donna Woolfolk Cross; “A Papisa Joana – O Mistério da Mulher Papa”, de Rosemary e Darroll Pardoe; "O Crime dos Papas", de Maurice de Lachatre.

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ando continuidade à transparência que, sempre, norteou seus trabalhos e que deve ser o "norte" de todos que lidam com recursos de terceiros, os Presidentes dos Corpos Filosóficos do Oriente

da Mariz e Barros - Tijuca/RJ - subordinados à 1ª Inspetoria Litúrgica RJ, do Supremo Conselho do Grau 33º do R∴E∴A∴A∴ da Maçonaria para a República Federativa do Brasil, divulgam o Relatório de suas Atividades referente ao 1º semestre/2010, através do link:

DDhttp://www.entreirmaos.net/wp-content/uploads/2010/08/Relatorio-2010-1RJ.pdf

Maiores esclarecimentos poderão ser obtidos com o Irmão Ney Ribeiro, através do e-mail [email protected] ?

A “Religião” AquarianaA “Religião” Aquariana

Professor Henrique José de Souzaomo o estado de consciência da humanidade continua evoluindo, faz-se necessário, de tempos em tempos, uma nova revelação adequada à

nova capacidade de entendimento do homem. Assim sendo, a "religião" aquariana será essa nova revelação de valores arquetipais do ser humano, sistematizados através das eras, o que os iniciados chamam de Doutrina Secreta, ou Sabedoria Iniciática das idades. Mas tal revelação, se comparada aos padrões religiosos vigentes na era de piscis, será algo como uma "antirreligião", pois, apesar de ser essencialmente a mesma, essa nova revelação será apresentada através de novos símbolos e conceitos. Eles comporão o conjunto de valores fundamentais da civilização nascente e estarão, de uma forma ou de outra, sempre, associados às esfingéticas pergunta: "Donde vim, o que sou e para onde vou ? Enfim, qual o sentido da vida ?".

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No Ciclo de Piscis, algumas das respostas dadas a essas perguntas apresentaram-se através de modelos religiosos e filosóficos, compatíveis com o nível de consciência das pessoas que habitaram o mundo nesse período. Mas, não serão as mesmas respostas, nem os mesmos modelos, que satisfarão uma humanidade mais amadurecida: as respostas, assim como a maneira de buscá-las, serão diferentes. Independente disso, o homem não poderá prescindir de suas necessidades espirituais.

Num mundo onde haja democracia, onde as pessoas sejam instruídas, com acesso às informações, com suas necessidades essenciais garantidas, religiões piscianas, baseadas na ignorância, em milagres, em mistérios inexplicáveis e no medo, não encontrarão mais seu lugar, pois não serão capazes de satisfazer a sede de saber da humanidade nascente.

Porém, sabemos que, ainda, haverá restos kármicos, cascões dos antigos sistemas religiosos, e existirão, certamente, saudosistas que, por medo, continuarão repisando velhos dogmas e tabus.

Independente disso, hoje, já não nos dirigimos

mais, como fizeram nossos ancestrais no passado, há dois mil anos, a agricultores e pescadores, a selvagens das savanas, ou mesmo a nômades do deserto. Dirigimo-nos a homens e mulheres que integram uma civilização global, interconectada dia e noite.

Mesmo assim, muitos ficarão para trás, por pieguismo psíquico e por medo do novo... Por isso mesmo, não nos dirigimos ao velho mundo e aos que se identificam com seus valores, mas à humanidade nascente. No nosso entendimento, esse é o modelo do “religare” aquariano. Mesmo porque não só mais para o corpo, para a alma, ou para o que é transcendente no homem deve dirigir-se tal sistema, mas ao conjunto todo, ao Homem em sua totalidade.

O Homem (man ou manas) possui necessidades fisiológicas, psicológicas e, também, espirituais. Assim como nosso corpo precisa de alimento, nossa psiquê necessita de integração, de relacionamento social, de pesquisas e realizações; também, possuímos necessidades espirituais, relacionadas ao desenvolvimento dos nossos princípios mais sutis, representados pela capacidade de abstração e intuição.

Através dos ciclos e das eras, o alimento espiritual "desceu dos céus" ou dos planos mais sutis. Entre os povos semitas-atlântes, dentre eles, os hebreus bíblicos, cujo ápice evolutivo era o desenvolvimento do quarto princípio humano, que nós, teosófos, chamamos de Manas ou Veículo Mental-Concreto, esse alimento espiritual foi chamado de maná.

Porém, a atual humanidade, dotada de Mental-Concreto, já integra, nas espirilas do seus átomos primordiais, a capacidade de captar e interagir com as vibrações mais sutis do Plano Mental-Abstrato e do Plano Intuitivo. Integrando, assim, na sua constituição, o quinto e o sexto princípios da constituição oculta do homem, conhecidos como Manas-Arrupa (Mental-Abstrato) e Budhi (Veículo Intuitivo). Consequentemente, o alimento espiritual, de que essa mesma humanidade necessita, é de natureza mais sutil.

Os arquétipos, cujos valores tal humanidade já pode alcançar, vibram nas camadas superiores do Plano Mental-Abstrato e do Plano Intuitivo. Isso faz que a percepção humana do Princípio Superior e Ideal, Causa Suprema e Fundamental do Universo, donde emana todas as coisas

e ao qual alguns, ainda, chamam de Deus; mude radicalmente. E a humanidade nascente já começa a desenvolver sua própria maneira de se relacionar com esses Elevados Ideais, com seus Arquétipos Superiores, com sua espiritualidade; já começa a entender que Brahmã, o Espírito Cósmico, é, também, Atmã, a Centelha Divina, o Espírito Individual dentro do homem. Assim, vemos nascer o conceito de Lei ou de Divindade, em oposição ao conceito de um Deus absoluto.

Mesmo quando singrar os longínquos espaços siderais, ou quando estabelecer colônias em mundos distantes, ainda assim, o homem necessitará de um método, de uma maneira, para se religar a sua natureza mais profunda. Entendemos que esse método que tende a ser cada vez mais simples e natural, fará parte da própria natureza humana e se expressará não como uma religião institucionalizada, à maneira dos sistemas filosóficos e ideológicos sectários que caracterizaram o velho ciclo; mas como uma religiosidade espontânea, uma filosofia de vida. Ele será um modo mais sutil utilizado pelo ser humano, para se relacionar com seu mundo espiritual, com seus arquétipos, com seus valores, com sua própria Divindade Interna, que, ao mesmo tempo, impregnará de novos valores o mundo objetivo que nos cerca.

Mas cabe perguntar: qual será o sistema filosófico capaz de auxiliar a nova humanidade em suas buscas metafísicas? Qual será o "religare" de uma humanidade capaz de entender os meandros de sua constituição genética e de moldar suas próprias características físicas e psicológicas, que, num futuro próximo, colonizará os oceanos e habitará outros mundos jamais imaginados por nós? Qual sistema de valores poderá manter o homem sereno e equilibrado, quando, finalmente, estabelecer contato com raças extraterrestres menos ou mais avançadas existentes no universo, sem que aja como um selvagem submisso diante de deuses superiores, como os aborígenes americanos se comportaram diante das maravilhas dos europeus? Enfim, qual a maneira que a

humanidade nascente utilizará para manter-se conectada aos seus mais elevados arquétipos? Qual religiosidade envolverá seu mundo interno e externo? Qual “religare” será capaz de auxiliar o homem durante o período de duração do ciclo de aquarius? Atualmente, já presenciamos os primeiros rebentos dessa humanidade, nascendo num mundo onde o homem já é capaz de realizar vôos intercontinentais ao redor do globo, de operar computadores extremamente poderosos, do tamanho de uma caixa-de-fósforo, e onde o videocassete, a TV a cabo e a Internet fazem parte do dia-a-dia.

A civilização aquariana nascente caracteriza-se pela predominância de um estado de consciência onde encontramos como valores fundamentais a Fraternidade, a Liberdade de Pensamento, o Altruísmo, o Pacifismo, a Procura de Integração, a Noção de Divindade, a Busca Direta do Sagrado, a Sexualidade Consciente, a Vida Sacralizada (Religiosidade) e o Planetarismo. Este último, como conseqüência direta da compreensão de que não há mais terras santas; o nosso Mundo, o nosso Planeta, a nossa Terra é Santa, por ser nela que nasceram todos os iluminados, avataras, profetas e mahatmas. Outras características, que já podem ser percebidas, são a Busca do Autoconhecimento, da Cidadania, do Satori, como processo que permite experienciar estados alterados de consciência.

O novo modelo "religioso" aquariano deve ser adequado a estas características. Só um sistema capaz de auxiliar a consciência humana em seu desenvolvimento no Mundo Físico (Físico e Etérico), no Mundo Psíquico (Mental Concreto e Astral) e no Mundo Espiritual (Mental Abstrato e Intuitivo), poderá responder aos anseios da humanidade futura.

Porém, para que o homem possa ser senhor desses três mundos, mister se faz que sua consciência vibre acima dos mesmos, o que só será possível, se estiver totalmente integrado a sua essência Crística (Atmã). Devido a isso, é que os iniciados denominam essa "religião" nascente de Religião de Maytreia. Por ser ela capaz de auxiliar o homem a interagir de forma equilibrada com os três mundos nos quais desenvolve sua consciência. Por isso mesmo, Maytreia é chamado de o Senhor das Três Mayas, ou Senhor dos Três Mundos.

Sendo assim, podemos afirmar que será um Maytreia todo aquele que se tornar Senhor do Mundo Humano (Físico e Etérico), do Mundo Psíquico (Mental Concreto e Astral) e do Mundo Espiritual (Mental Abstrato, Intuitivo e Crístico).

Essa Religiosidade Aquariana já surgiu e está preenchendo, sutilmente, como um perfume, a vida dos seres sintonizados com a Nova Era, envolvendo todos os seus comportamentos: respirar, comer, beber, andar, dormir e a própria sexualidade. Nela, não haverá lugar para um clero intermediador, pois, desde já, cada adepto se constitui em sacerdote apto a contatar o Divino. Nela, não há lugar para seguidores passivos, somente para ativos buscadores.

Nesse tipo de religiosidade, a humanidade terá que abandonar, definitivamente, o sectarismo e o fanatismo religioso, causadores das guerras fratricidas características das religiões institucionalizadas. Hoje, já é imperativo aprendermos a viver com a diferença, afinal, não vivemos mais isolados em ilhas, onde o diferente é "do demônio". Temos, diante de nós, o desafio de aprendermos a viver com nossas diferenças, ou vamos nos matar a todos. A escolha é simples: a alternativa é termos malucos com bombas atômicas, ou armas bacteriológicas, amarradas ao corpo, explodindo em nome do Deus do Amor e da Compaixão, no meio das grandes cidades. Por isso mesmo, o sistema de busca espiritual, que surge, precisará auxiliar o ser humano a transpor essa diferença; a forma de expressão religiosa do novo milênio respeitará a maneira individual como cada um entende a Divindade em sua mente e A sente em seu coração. Afinal, a crença de cada um é da conta de cada um. Assim, cada indivíduo sintonizado com os valores da Era de Aquarius, não terá, mas será sua própria religião. Algumas pessoas, mesmo possuindo diferentes crenças, já convivem como irmãos e, periodicamente, reúnem-se para realizar seus Exercícios Espirituais, para saudar os Ciclos Naturais e os Grandes Ciclos Cósmicos, os Equinócios e os Solstícios, a Lua Crescente e a Lua Nova, o Rejuvenescimento e a Primavera, os ritmos que reverberam sobre todos os seres existentes.

A unidade dos Adeptos dessa nova Yoga Transcendental não é mais devido a particularidades étnicas ou geográficas, ou mesmo por qualquer característica física, tipo cabelo tonsurado, ou cortes no corpo. Não é mais determinada pelo tipo de vestimenta que seus adeptos ostentam. Sua unidade caracteriza-se

pela Comunhão do Pensamento. Assim, seus praticantes estarão unidos, mesmo que anos luz os separem. Eles comungarão seus valores por meio das mais variadas mídias. Sua Irmandade invisível ao vulgo é inquebrantável, independente de algumas vezes aparentarem estarem totalmente sós.

Os ritos da "religião" aquariana são extremamente simples, porém autênticos, adequados ao estado de consciência de seres amadurecidos, cansados das fantasias do "mundo invisível". Das capas, espadas e "abracadabras",

do "hocus pocus", do turbante, da safira na testa e de outros "salamaleques", do esoterismo profissional.

As práticas, os exercícios, as mentalizações e os métodos, que os Seres do Amanhã, já presentes entre nós, utilizarão em suas buscas espirituais, não serão de maneira nenhuma semelhantes às missas e ladainhas, pois de nada adiantará assistir a elas, sem a vivência do que

se dá no interior dos sacerdotes e sacedotisas que as realizam. Para tal "religião", não será mais necessário erguer catedrais, pois o local, onde poderá ser praticada, será qualquer um que as pessoas sacralizarem através de seu próprio comportamento, de seus próprios atos, com sua própria energia. Assim, as igrejas, sinagogas e mesquitas virarão museus, ou seja, serão, apenas, registros da história espiritual da humanidade. Isso porque o verdadeiro Templo da "religião" de Maytreia será o corpo de cada um dos indivíduos que a praticar, no interior do qual se localiza o Sanctum Sanctorum, onde vibra a chama viva da Consciência Humana, chamada pelos Teósofos de Atmã. É lógico que pode ser diferente, podemos voltar ao Feudalismo e mergulharmos no barbarismo teológico e inquisitorial da Idade Média. Porém, não precisa ser assim, só depende de nós, que estamos encarnados na face da Terra nesse momento. ?

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A Ordem das Filhas de Jó Internacional*A Ordem das Filhas de Jó Internacional*

““A virtude é uma qualidade que, grandemente, honra uma mulher”.A virtude é uma qualidade que, grandemente, honra uma mulher”.(Lema da Ordem)

Francisco Feitosa Ordem Internacional das Filhas de Jó é uma Instituição Paramaçônica destinada a jovens do sexo feminino, entre 10 e 20 anos

(incompletos), que tenham parentesco ou relacionamento com Maçons, visando ao aperfeiçoamento do caráter através do desenvolvimento moral e espiritual, encontrado nos ensinamentos que destacam reverência a Deus e às Sagradas Escrituras, lealdade à Bandeira do País e a tudo quanto Ela representa e amor aos pais e familiares.

AA Baseia-se nos ensinamentos bíblicos sobre a vida de Jó, sua paciência perante aos desafios e provações pelos quais teve de

passar. O nome se refere às três filhas de Jó, Kézia, Jemima e Keren-Happouk; baseado no Capítulo 42, Versículo

15, que diz: "Em toda a Terra, não se encontraram mulheres tão justas quanto as Filhas de Jó, e seu pai lhes deu sua herança dentre seus irmãos".

O Livro de Jó é uma autêntica composição literária maçônica, que define o seu personagem

como pessoa dominada pela inocência, piedade, modéstia, retidão, honestidade, lealdade e compaixão

pelos órfãos e viúvas. Essas virtudes são princípios fundamentais da Maçonaria. As Filhas de Jó receberam esse nome por seguirem os ensinamentos extraídos desse livro.

A Ordem foi criada em 20 de outubro de 1920, na cidade de Omaha, no Estado de Nebraska, Estados Unidos,

pela senhora Ethel T. Wead Mick, portanto, comemorando, neste mês, 90 anos de existência. Foi organizada com o consentimento de J. B. Frademburg, Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica de Nebrasca, Estados Unidos, da Senhora Anna J. Davis, a Grande Mãe da Ordem da Estrela do Oriente, de Nebrasca, e James E. Bednar, o Grande Patrono.

A Senhora Ethel, compreendendo a importância dos ensinamentos recebidos de sua mãe, de religião cristã, especialmente as lições de literatura e drama encontrados no Livro de Jó, decidiu dar parte de seu tempo e de seu talento, para tornar possível a todas as moças compartilharem desses raros privilégios que ela possuía.

Os arquivos oficiais revelam que muitas reuniões preliminares foram realizadas por alguns Mestres Maçons interessados e membros da Ordem Estrela do Oriente, durante os anos de 1918, 1919 e 1920, residência do casal Mick, em Omaha, Nebraska.

Depois de anos de estudos e considerações, com a participação de seu marido, Dr. William H. Mick, e outros colaboradores, Ethel fundou a Ordem Internacional das Filhas de Jó, em honra à memória de sua mãe, Sra. Elizabeth D. Wead. Foi a Suprema Guardiã da Ordem de 1921 a 1922, no Bethel número 001, dos EUA.

A ordem está presente em alguns países, como: Canadá, Austrália, Estados Unidos, Filipinas e Brasil.

No Brasil, desde 1990, trazida pelo Maçom Alberto Mansur, através do Supremo Conselho do Grau 33º da Maçonaria para a República Federativa do Brasil. O primeiro Bethel, Rio de Janeiro, o "Mater do Brasil", foi instalado na cidade que lhe deu o nome, funcionando na sede do Supremo Conselho do Grau 33º da Maçonaria, no bairro de Jacarepaguá. Os benefícios da organização são inenarráveis; não existe nada mais adequado para uma moça que os belos

ensinamentos, escritos no livro de Jó e demonstrados em seus trabalhos ritualísticos, cerimônias, canções e leituras, lançando uma influência forte e inspiradora sobre todos que assistem à reunião em um Templo Sagrado, denominado Bethel.

A palavra Bethel é formada por “Beth”, a segunda letra do alfabeto hebraico, significando Casa, tenda, habitação. O sufixo assírio-babilônico “el” denomina o que é divino, assim como na terminação dos nomes dos Arcanjos (Gabriel, Micael, etc.). Portanto, Bethel significa a Casa de Deus.

O trabalho ritualístico da Ordem é baseado no Triângulo, nas três Filhas de Jó, no Livro Sagrado, na Educação e combina emblemáticas representações de antigas eras latinas e gregas.

Seus membros são reconhecidos pelo uso de túnicas brancas (hobbys), utilizados na época de Jó. O desenho das chaves gregas na borda das capas é branco e simboliza a fé em nossa forma de viver. É contínuo representando a vida eterna. As cores dessa Ordem são: branco e púrpura (roxo), significando, respectivamente, pureza e realeza.

O Bethel possui o Conselho Guardião, formado por Maçons, Mães de Filhas de Jó e/ou Esposas de Maçons, que ajudam as Filhas de Jó na realização de seus trabalhos; por esse Conselho, passam todas as decisões que as Filhas venham a tomar. O Bethel é composto de 20 cargos. Os trabalhos são dirigidos pela Tríade: Honorável Rainha, 1ª Princesa, 2ª Princesa, que são eleitas. Os outros cargos são nomeados: Secretária, Tesoureira, Capelã, Bibliotecária, Musicista, 1ª Mensageira, 2ª Mensageira, 3ª Mensageira, 4ª Mensageira, 5ª Mensageira, 1ª Zeladora, 2ª Zeladora, Guarda Interna e Guarda Externa. As demais pertencem ao Coral do Bethel. Cada Gestão dura em torno de seis meses.

Elas são iniciadas, reúnem-se ritualisticamente, possuem toques e palavras. Em reunião ritualística, usam paramentos e utilizam instrumentos simbólicos. Para assistir a uma Cerimônia Ritualística ou a uma reunião de um Bethel, é preciso ser Maçom regular, pai, padrasto, avô ou tutor de um membro, ou candidata do Bethel, mulher, com pelo menos 20 (vinte) anos de idade com parentesco maçônico comprovado, o que significa: esposa, filha, neta, mãe, irmã, meia-irmã ou viúva de um Mestre Maçom, ou mulher que não possua vinte (20) anos, mas que seja membro de uma Organização, cujo requisito para filiação seja parentesco maçônico, e elegível para filiação nessa Organização.

Um Bethel, para ser instalado, assim como um Capítulo da Ordem DeMolay, precisa ser patrocinado por uma Loja Maçônica, um Corpo Maçônico ou um Grupo de Maçons. A autorização para Instalação de um Bethel vem dos Estados Unidos, através da Suprema Guardiã, que, após ser aprovado, envia a Carta Constitutiva. Depois, é feita a seleção de 15 ou mais candidatas qualificadas para associação, que devem assinar o formulário de pedido de autorização, para organizar um Bethel.

O pedido de fundação e instalação de um novo Bethel deve ser direcionado ao Bethel Jurisdicional, responsável pela jurisdição do local onde se pretende instalar o novo Bethel, onde se obterá todas as instruções para o preenchimento e o recolhimento das taxas, que deverão ser enviados ao Supremo Escritório ou Grande Secretaria. O pedido de autorização, sendo aprovado pela Suprema Guardiã ou Grande Guardiã, conforme for caso, garante que o Bethel possa ser instituído.

Após o recebimento de autorização, o Bethel deverá ser instituído de acordo com a Constituição e Estatuto do Supremo ou Grande Conselho Guardião. As candidatas são iniciadas por membros de um Bethel possuidor da Carta Constitutiva, quando disponível, caso contrário, por uma Oficial Instituidora, administrando o juramento.

Os membros do Conselho Guardião do Bethel são nomeados para servirem ao Bethel pelo período de um ano. As Oficiais do Bethel são eleitas ou nomeadas para servirem por um mandato de seis meses no cargo, permitindo, dessa forma, que outras Filhas obtenham o benefício de ocuparem cargos.

É necessária a realização de atividades filantrópicas, incluindo a de angariar fundos para caridades específicas, além de coletas para caridades nacionais e trabalhos em

favor daqueles que estejam necessitados. As atividades sociais do Bethel poderão incluir competição, gincanas, coral e teatro, chás, recepções, festas formais, etc., muitas das quais realizadas fora do Bethel, junto às comunidades.

Existem, também, as “Abelhinhas”, meninas de 7 a 10 anos de idade, que podem tornar-se membros da Ordem. É uma forma de envolvê-las nas atividades sociais do Bethel antes que se tornem membros definitivos.

As garotas, que completam 20 (vinte) anos de idade, não podem mais ocupar cargos, nem usar o Robe. Isso se dá para que as novas tenham a oportunidade de assumí-los. Elas, ainda, podem participar ativamente, porém como membros do Conselho Guardião, se assim o desejarem. ?

*Nosso especial agradecimento à Cunhada Juçara Baptista, Guardiã Jurisdicional e membro do Conselho Guardião do Capítulo Rio de Janeiro da Ordem das Filhas Internacional – RJ, que muito contribuiu para a excelência da elaboração desta matéria.

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Luvas – Uma CuriosidadeLuvas – Uma CuriosidadeLeón Zeldis*

costume de entregar dois pares de luvas ao recém-iniciado, um para si mesmo e o outro para a mulher que mais respeita,

tem uma longa tradição histórica. Possivelmente, sua origem remonta ao século X. Uma crônica relata que, no ano 960, os monges do Monastério de São Albano, em Mogúncia, ofereciam um par de luvas ao bispo, em sua investidura.

OO

Na oração, que se pronunciava na cerimônia da investidura, implorava-se a Deus que vestisse, com pureza, as mãos de seu servente.

Durandus de Mende (1237-1206) interpretava as luvas como símbolo de modéstia, já que as boas obras executadas com humildade devem ser mantidas em segredo. Na investidura dos reis da França, estes recebiam um par de luvas, tal como os bispos. As mãos ungidas e

consagradas do rei, assim como as de um bispo, não deviam ter contato com coisas impuras. Depois da

cerimônia, o Hospitalário queimava-as, para impedir que pudessem ser

utilizadas para usos profanos. No ano 1322, em Ely (cidade inglesa,

onde se levanta uma grande catedral), o Sacristão comprou luvas para os maçons

ocupados na "nova obra"; em 1456, no Colégio Eton, destaca-se que cinco pares de luvas foram entregues aos pedreiros que edificavam os muros,

"como é obrigação por costume". Também, há um documento que

precisa que, no Colégio Canterbury, em Oxford, o Mordomo anotou, em suas contas, que "deram-se vinte “pence” como “glove Money” (dinheiro de luva) a todos os maçons ocupados na reconstrução do Colégio".

Em 1423, em York (Inglaterra) dez pares de luvas foram subministradas aos pedreiros ("setters"), com um custo total de dezoito “pence”. Na Inglaterra, nas épocas isabelina e jacobina (1558-1625), as luvas tinham um prestígio difícil de compreender na atualidade. Tratava-se de um artigo de luxo, possuidor de muito simbolismo, e constituíam um presente apreciado. A luva significava, então, um profundo e recíproco vínculo entre quem a dava e quem a recebia.

Em 1571, Robert Higford enviou um par de luvas à mulher de Lawrence Banister. Em 1609, J. Beaulieu comunicou a William Trumbull: "Meu senhor deu de presente 50 “xelins” em um par de luvas ao Monsenhor Marchant como retribuição por lhe haver enviado o desenho da escala". No Ano Novo de 1606, os músicos reais obsequiaram, cada um, um par de luvas perfumadas ao rei Jacob I.

Em 1563, o Conde de Hertford, com quem a rainha estava desgostosa, querendo congraçar-se com ela, escreveu ao Lorde Robert Dudly que desejava uma reconciliação e rogou que presenteasse à Rainha, em seu nome, um pobre par de luvas como objeto.

Luvas eram um presente costumeiro no Ano Novo, às vezes, substituído pelo "dinheiro de luva". Do mesmo modo, as luvas constituíam um obséquio tradicional dos apaixonados às suas prometidas.

Na obra de Shakespeare (filho de um luveiro) “Much Ado about Nothing” (Muito barulho por nada), a personagem feminina Firo declara: "estas luvas, que o conde me envia, são um excelente perfume" (Ato III, cena 4). O palhaço, no “The Winter's Tale” (Conto de Inverno), declara: "se não estivesse apaixonado pela Mopsa, não deverias tomar meu dinheiro, mas, estando encantado como estou, estarei, também, escravizado com certas cintas e luvas” (Ato IV, cena 4). No “Henrique V”, o Rei intercambia luvas com o soldado raso Williams (Ato IV, cena 1).

Entre 1598 e 1688, em muitos documentos escoceses, menciona-se a entrega de luvas aos canteiros e pedreiros. Esses documentos se referem a maçons operativos, mas, também, em relação aos especulativos, existem documentos antiquíssimos.

Desde 1599, existem provas de que, a cada maçom, em sua iniciação, devia entregar-se o um par de luvas - que pagava de seu bolso. O documento mais antigo nessa matéria é o chamado Estatuto Shaw, dirigido à Loja Maçônica Kilwinning em dezembro de 1599, onde se estipula que os direitos de iniciação na Loja Maçônica somavam 10 libras esterlinas escocesas, com 10 xelins para as luvas.

Documentos da Loja Maçônica de Melrose, dos

anos 1674-1675, demonstram que tanto os aprendizes como os companheiros tinham que pagar direitos de ingresso "com luvas suficientes para toda a companhia ...".

Em um documento do Aberdeen, em 1670, expressa-se que o aprendiz deve pagar "quatro dólares reais por um avental de linho e um par de boas luvas para cada um dos irmãos". O uso do linho em vez de couro é interessante, mas se explica por tratar-se de uma zona onde existiam numerosas tecelagens de linho.

Em 1686, Robert Plot, no The Natural History of Stafford-Shire (História Natural do Condado de Stafford), relata que era costume entre os Franco-Maçons: "admitidos na Sociedade, convoca-se uma reunião (ou Loja Maçônica, como a chamam em algumas partes), que deve consistir de, pelo menos, 5 ou 6 dos Antigos da Ordem, a quem os candidatos obsequiam com luvas, e, desse mesmo modo, a suas esposas...".

Essa é, aparentemente, a primeira menção do obséquio de um par de luvas à mulher como parte da cerimônia de iniciação. Em 1723, publicou-se o documento chamado “Exame de um Maçom” no periódico londrino “O Correio Volante”, que começa assim: "Quando é recebido um novo Franco-maçom, depois de ter entregue a todos os presentes um par de luvas para homem e um par para mulheres e um avental de couro...".

Posteriormente, isso se transformou em uma tradição em todas as iniciações e aparece em todos os rituais de iniciação franceses do século XVIII, embora caiba assinalar que, na Inglaterra e na Escócia, perdeu-se, paulatinamente, o costume e, desde começos do século XIX, já nem se menciona nas atas e regulamentos de lojas Maçônicas.

Em 1724, menciona-se que, na Loja Maçônica, em Dunblane, entregava-se um par de luvas e um avental a seus iniciados. Em 1754, no Haughfoot (Inglaterra), a Loja Maçônica estabeleceu: "ninguém pode entrar na Loja Maçônica sem um par de luvas para cada membro”.

Na primeira "revelação" francesa conhecida, que data de 1737, chamada Carta de Herault, destaca-se que o Aprendiz recebe, na cerimônia de iniciação, um avental de couro branco, um par de luvas para si mesmo e um par de luvas para a mulher que mais estima.

A tradição se mantém viva, especialmente, nas Lojas Maçônicas que trabalham no Rito Escocês Antigo e Aceito, embora outras, também, pratiquem o mesmo costume.

É interessante mencionar que, nos Graus Superiores do Rito Escocês, usam-se luvas de diversas cores, especialmente negra e verde, além da branca, apropriadas ao Simbolismo do Grau.

*O Autor foi o Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Rito Escocês do Estado de Israel, no período de 1996/98. ?

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A AcáciaA AcáciaEdvaldo Cardoso

Maçonaria é uma Instituição Simbólica, Progressista, Evolutiva! Assim sendo, seus ensinamentos são simbólicos e, portanto, não

devem ser lidos “ipsis litteris”, ou seja, ao “pé da letra”. Dentre todos os símbolos maçônicos, alguns se destacam, e, hoje, abordaremos a Acácia.

AAA Acácia, como símbolo maçônico, deveria ser por

todos os Maçons conhecida, mas, necessariamente, precisa ser conhecida por aqueles que atingiram o Grau de Mestre. A estes últimos, é imperioso que a Acácia lhes seja conhecida!

Assim, comecemos por conhecer a planta Acácia. Acácia deriva do latim acacia, derivado do grego akakía, proviniente do egípcio, significado ponto ou ângulo, donde, também, viria o nome da cruz ansata. O grego “akakía” é usado para definir qualidade moral, inocência ou pureza de vida.

Acácia é um antigo nome para um grupo de leguminosas (mesma família do feijão, soja, ervilha, amendoim, etc.), recentemente, dividido em cinco novos gêneros. Dois destes, Senegalia e Vachellia, são os únicos com ocorrência registrada no Brasil. Senegalia é o mais numeroso, com cerca de 40 espécies no país, enquanto Vachellia possui, apenas, duas espécies, sendo uma delas a mesma, antigamente, tratada por Acacia Farnesiana, de ampla distribuição pelo mundo, mas, provavelmente, originária da América tropical.

Muitas espécies mostram flores de um colorido intenso e brilhante, como a esponjeira (Acácia Farnesiana), cujas flores, de um amarelo vivo e muito perfumadas, produzem um óleo essencial de alto valor; algumas fornecem a goma arábica (como a Acácia-Senegalesa, uma planta do deserto); outras são ricas em tanino, servindo para curtir peles, como a Acácia-Dourada (Acácia Pycnatha) e a Acácia-Bronzeada (Acácia Decurrens), com suas duas variedades: a negra (Acacia Mollis) e a prateada (Acácia Dealbata).

Acácia é um gênero da família Mimosacee (mais de 500 espécies), compreendendo de 120 a 130 espécies do gênero Acácia, naturalmente, em todas as regiões do mundo, particularmente, na Austrália, América e África, exceto na Europa e Antártida. A maioria das espécies é de vida curta, cerca de 10 a 15 anos. É uma espécie leguminosa de múltiplos propósitos, tais como restauração de ambientes degradados, fixação de nitrogênio, produção de tanino e de energia, dentre outros. No Brasil, vem sendo plantada no sul do país, principalmente, com a finalidade de produção de tanino e energia.

Suas flores, caracteristicamente, abrem-se ao nascer do sol, fechando-se ao por do sol, e possuem um delicado formato de globo radiante, sendo por isso, muito associada a Ritos Solares, na antiguidade.

Muitas das espécies de Senegalia, a acácia mais comum no Brasil, apresentam-se como lianas (trepadeiras lenhosas) nas áreas úmidas, como, por exemplo, na Mata Atlântica e Amazônia. Já nas áreas mais secas, como no Cerrado e Caatinga, ocorrem sob a forma de arbustos ou árvores. Apesar de bastante conhecida no Nordeste do Brasil, ainda, não há consenso sobre qual a classificação exata das plantas, popularmente, conhecidas por Jurema. A Jurema (Acacia Jurema mart.) é uma das muitas espécies das quais a Acácia é o gênero. Várias espécies de Acácia nativas da referida região recebem o nome popular de Jurema.

Já a Acácia-amarela (Acacia Farnesiana) é uma árvore ornamental cujo fruto em forma de vagem se forma entre os meses de julho e dezembro. Ela pode crescer até 2 metros e, também, possui espinhos. Logo, é ótima para ser utilizada como cerca viva. É muito conhecida por suas lindas flores amarelas, que aparecem entre os meses de junho a agosto.

A Acácia do Nilo é, popularmente, conhecida como espinheiro egípcio, já que tem espinhos

muito afiados, de até seis centímetros de comprimento! Por isso, é, muitas vezes,

plantada como uma barreira para manter o gado afastado de pomares e hortas; é altamente eficaz em prender a erosão de

solos frágeis. A goma é altamente nutritiva e, em pequenas quantidades, pode sustentar um adulto

por 24 horas. Quando alimentados com a casca macia e brotos, a qualidade do leite e produção dos animais melhora. As bonitas flores amarelas produzem as vagens e sementes que têm muitos usos vitais para as pessoas cujas subsistência depende dessas árvores. O óleo extraído das vagens, rico em tanino, também, é usado no curtimento de couros e outras mercadorias, tais como as selas e arreios usados pelos cavaleiros do deserto, uma fonte vital de renda. Esmagando-se frutos, extraem-se as sementes valiosas no tratamento de tosses comuns. O cerne pode, ainda, ser usado como aromatizante. A madeira impregnada de resina é impermeável e utilizada para embarcações, postes, tubulações de água, servindo de excelente lenha e carvão.

A Acácia-Hindu (Acacia Suma) é morada e, às vezes, representação do Deus hindu, Agni. Na Mitologia hindu, o Deus Agni pode ser eletricidade/raio, calor/sol ou fogo/chama. Esta última forma é a usada nos rituais onde o Deus renasce diariamente, sendo forjado do atrito em uma Pramanta, feita de dois pedaços de Acácia.

Alguns exemplos de Acácia mais conhecidos: Unha-de-Gato (Acacia Bonariensis); Acácia-Amarela (Acacia Farnesiana); Jurema (Acacia Jurema); Angico (Acacia Cebil); Acácia-Negra (Acacia Decurrens); Acácia-Hindu (Acacia Suma); Acácia-Egípcia (Acacia nilotica); Acácia-Mimosa (Acacia podalyriifolia A. Cunn); Acácia-Imperial (Cassia Ferruginea (Schrad) Schrad ex DC).

A Acácia e a Religião - A religião Ariana, provavelmente, foi a primeira a associar a Acácia aos mitos solares. Como já dissemos, várias características dessa planta a tornam “especial”. Por exemplo: o fato de sua madeira não ser atacada por cupins; ser extremamente resistente à umidade e ao tempo seco; ser rica em seiva, que se inflama facilmente; ser resistente à pressão e, facilmente, trabalhável; sua seiva altamente odorífica e nutritiva, aceitando, facilmente, adição de sabores e adoçantes; ser excelente proteção para o lar com seus espinhos abundantes; sua flor se abrir ao nascer do sol e se fechar ao pôr do mesmo; sua inflorescência ocorrer no inverno - período de dias mais curtos, prenunciando a primavera; sua folhas caírem nos períodos de grande seca, mas serem, extremamente, resistentes e renascerem assim que a umidade retorna; suas sementes poderem manter-se por longos anos no solo seco do deserto, esperando momento apropriado para brotarem; produzir várias substâncias medicinais, etc.

A associação da Acácia ao Deus sol/Agni foi transferida à religião hindu. Atualmente, o Fogo Sagrado das piras funerárias e dos altares sacrificiais, ainda, são acesos em uma Pramanta, formada por 2 pedaços de acácia. Ela, assim, representa o Deus Sol/Agni, tanto espiritual como materialmente.

De forma semelhante, ela, também, era venerada entre os seguidores de Zaratustra.

No Egito, nas procissões de Osíris, era transportada uma Arca por 4 sacerdotes, que significava: “Osíris Caminha!”. Essa Arca era feita de acácia e trazia, em seu interior, uma muda da planta como símbolo do próprio Deus. Na lenda de Osíris, a urna, em que é aprisionado por seu Irmão Seth, é feita de acácia – madeira imputrescível - devendo mantê-lo aprisionado por toda a eternidade. A urna, então, é jogada no rio Nilo, dando às suas margens; a madeira brota e conserva o Deus até que Ísis, sua esposa e irmã, o liberte para seu primeiro renascimento.

Em hebraico, o termo shittah (sita - cetim) é usado para a acácia, sendo o plural shittin. No texto original grego do Novo Testamento, o termo usado é “akanqwn” (akanthon), traduzido ao português tanto como acácia quanto como acanto, podendo, ainda, significar espinho, espinhoso, etc.

Moisés, “o nascido das águas”, que, segundo o Pentateuco, fora educado em todos os mistérios egípcios, obedecendo a ordens de IHVH, manda que seja construída a Arca, a Mesa dos Pães Propiciais e o Altar de Sacrifícios/Holocaustos de Acácia e recobertos em ouro.alomão usou, na Construção do Templo de Jerusalém, cedro e acácia. Segundo algumas lendas, o pórtico do Templo era feito de acácia, e uma das madeiras deste pórtico foi usada

para confeccionar a Cruz usada por Jesus, também, cingido com uma coroa de espinhos de Acácia.

Maomé destruiu os ídolos adorados em Meca. Entre eles, o da tribo Corest, representado por uma Acácia, designada como al-vzza, que era o culto predominante na cidade de Meca. Seus seguidortes usavam um ramo de acácia na lapela, chamado de Hoshea ou Houzza. Houzza, também, era a saudação de felicidade usada por seus membros quando se encontravam. Daí, vindo a saudação árabe de “Viva”, usada até hoje, que, levada pelos Cruzados à Europa, deu origem à expressão escocesa “Houzé ou Huzzé”.

Os Gregos associavam a acácia a Hermés, e o seu bastão seria feito de Acácia ou Bastão de Ouro. Seus ramos floridos relembram o célebre “Ramo Dourado”, dos antigos mistérios Gregos.

Mas, também, nas Américas e África sub-saariana, a acácia teve função religiosa importante. Os negros já associavam Oxóssi, Deus da mata e da medicina, Rei de Ketu, com a Acácia. Essa associação foi trazida nos navios negreiros para as Américas e aqui se misturou às crenças dos autóctones, que, também ,veneravam espécies da planta. No México e Sul dos EUA, a planta era usada tanto como curativa para diarreias e ferimentos, quanto na infusão de bebidas mágicas. Nas Américas Central e do Sul, o fato se repetia. Mas, no Brasil, aparece um sincretismo muito maior. Aqui, os índios Tupis já tinham, especialmente, nas paragens acima da Paraíba, uma ligação muito forte com a Jurema, a ponto de José de Alencar designar Iracema como a Virgem dos lábios de mel e guardadora dos segredos do suco da Jurema, bebida de cor esverdeada, que deixava os índios em estado de transe, propiciando-lhes sonhos agradáveis... O sincretismo indígena com a feitiçaria portuguesa (euro-judaico-mourisca) e a negra resultou

no Catimbó ou Jurema, ramo do Candomblé, extremamente místico-mágico, ainda, muito praticado no Norte e Nordeste brasileiros.

A Acácia e a Maçonaria - Acácia é a árvore da vida! Suas flores cegam, suas sementes matam e suas raízes e seiva curam. A semente é o veneno, e a raiz, o antídoto.

Em vista do exposto a associação feita, quando da criação da Lenda do 3º Grau e, por conseguinte, de toda a

Maçonaria com a Acácia, fica bastante evidente. Bem como o porquê de se colocar um pequeno Ramo de Acácia no ataúde durante as cerimônias fúnebres maçônicas, ou do porquê de se usar um ramalhete de acácia para aspegir água misturada ao leite durante as pompas fúnebres. Embora essa associação seja, relativamente, recente, tendo sua primeira citação no Régulateur du Maçom (Heredon, 1801), conforme cita Jules Boucher, estampas mais antigas já faziam referência à Acácia na Maçonaria Operativa.

Ainda hoje, é costume as esposas dos Maçons receberem, no dia da iniciação de seus esposos, para usarem na lapela, um broche de Acácia. E mais: o termo Grego para acácia, “Akákia”, significa a inocência, a ingenuidade. Como o prefixo “a” indica negação, “Kákia” será o vício, a desonra, a disposição para o mal. Portanto, “Akákia” significa, ao mesmo tempo, acácia e inocência, um antídoto do vício e da disposição para o mal. Por suas virtudes, ela protege o homem. Devemos ser mais explícitos? ?

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O Porteiro do ProstíbuloO Porteiro do ProstíbuloAutor ignorado

ão havia, no povoado, pior ofício do que “porteiro do prostíbulo”, mas que outra coisa poderia fazer aquele homem? O fato é que ele nunca tinha

aprendido a ler nem escrever, não tinha nenhuma outra atividade ou ofício. Um dia, entrou como gerente do prostíbulo um jovem cheio de ideias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento. Fez diversas mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções. Ao porteiro disse:

NN

- A partir de hoje, o senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal onde registrará a quantidade de pessoas, seus comentários e reclamações sobre os serviços.- Eu adoraria fazer isso, senhor - Balbuciou - Mas eu não sei

ler nem escrever!- Ah! Quanto eu sinto! Mas, se é assim, já não poderá seguir

trabalhando aqui.- Mas, senhor, não pode despedir-me, eu trabalhei nisto a

minha vida inteira, não sei fazer outra coisa. - Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo senhor.

Vamos dar-lhe uma boa indenização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e espero que tenha sorte.

Sem mais nem menos, deu meia volta e foi embora. O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse. Que fazer? Lembrou que, no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele as arrumava com cuidado e carinho. Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego. Mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate malconservado. Usaria, então, o dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas completa. Como o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo e realizar a compra. E assim o fez. No seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:- Venho perguntar se você tem um martelo para me

emprestar.- Sim, acabo de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar,

já que...- Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo.- Se é assim, está bom.

Na manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse: - Olha, eu, ainda, preciso do martelo. Por que você não o

vende para mim?- Não, eu preciso dele para trabalhar e, além do mais, a casa

de ferragens mais próxima está a dois dias de viagem sobre a mula.- Façamos um trato - disse o vizinho: eu pagarei os dias de ida

e volta, mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho no momento. Que lhe parece?

Realmente, isso lhe daria trabalho por mais dois dias. Aceitou.

Voltou a montar na sua mula e viajou. No seu regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua casa.- Olá, vizinho. Você vendeu um martelo a nosso amigo. Eu

necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de viagem, mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de tempo para viajar para fazer compras. O que lhe parece? O ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas, e seu vizinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e uma talhadeira. Pagou e foi embora. E nosso amigo guardou as palavras que escutara: “não disponho de tempo para viajar e fazer compras”. Se isso fosse certo, muita gente poderia necessitar de que ele viajasse para trazer as ferramentas. Na viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro trazendo mais ferramentas do que havia vendido. De fato, poderia economizar algum tempo em viagens.

A notícia começou a se espalhar pelo povoado, e muitos, querendo economizar a viagem, faziam encomendas. Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana, viajava e trazia o de que precisavam seus clientes. Com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas; alguns meses depois, comprou uma vitrina e um balcão e transformou o galpão na primeira loja de ferragens do povoado. Todos estavam contentes e compravam dele.

Já não viajava, os fabricantes lhe enviavam seus pedidos. Ele era um bom cliente. Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam comprar na sua loja de ferragens a ter de gastar dias em viagens. Um dia, lembrou-se de um amigo seu, que era torneiro e ferreiro, e pensou que ele poderia fabricar as cabeças dos martelos.

E, logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc. E, após, foram os pregos e os parafusos. Em poucos anos, nosso amigo se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas.

Um dia, decidiu doar uma escola ao povoado. Nela, além de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofício. No dia da inauguração, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e lhe disse: “É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que conceder-nos a honra de colocar sua assinatura na primeira página do Livro de Atas dessa nova escola”.

Um dia, decidiu doar uma escola ao povoado. Nela, além de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofício. No dia da inauguração, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e lhe disse: “É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que conceder-nos a honra de colocar sua assinatura na primeira página do Livro de Atas dessa nova escola”. - A honra seria minha - disse o homem. Seria o que mais me daria prazer, mas eu não sei ler nem escrever, sou analfabeto. - O senhor? - Disse o prefeito sem acreditar. O senhor construiu um império industrial sem saber ler e escrever?

Estou abismado. Eu pergunto:- O que teria sido do senhor se soubesse ler e escrever?- Isso eu posso responder - Disse o homem com calma.

Se eu soubesse ler e escrever, ainda, seria o porteiro do prostíbulo!

Geralmente, as mudanças são vistas como adversidades. As adversidades podem ser bênçãos. As crises estão cheias de oportunidades. Se alguém lhe bloquear a porta, não gaste energia com o confronto, procure as janelas. Lembre-se da sabedoria da

água: “A água nunca discute com seus obstáculos, os contorna”.Que a sua vida seja cheia de vitórias, não importa se

grandes ou pequenas, o importante é comemorar cada uma delas. Quando você quiser saber o seu valor, procure pessoas capazes de entender seus medos e fracassos e, acima de tudo, reconhecer suas virtudes. ?

Atribuem esta história a Valentin Tramontina, fundador da Tramontina. Não nos foi possível atestar sua veracidade, mas seu conteúdo, sem dúvida, já nos serve para uma profunda reflexão!

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O autor é Desembargador Titular da Quarta Câmara Cível do TJRJ, Professor de Direito e Conferencista em cursos especializados em Perícias Judiciais, Presidente da Banca de Monografia na Escola de Magistratura – RJ e Membro da Academia de Letras, Ciências e Artes Ana Amélia – ALCAN-RJ.“A Obra, em sua 2ª edição, como esclarece o próprio autor, está dividida em quatro partes, de forma a permitir abordagem abrangente, sistêmica, prática e detalhada sobre o tema. Por sua praticidade, clareza e objetividade, conjugadas ao seu ilustre

valor didático e jurídico, a obra não poderia ser mais oportuna. Com ela o seu ilustre autor preenche uma lacuna que existia no tema enfrentado, coloca nas mãos dos operadores do Direito um valioso instrumento profissional e presta mais um relevante serviço à Justiça”. ? Sérgio Cavalieri Filho - Desembargador do TJ/RJ

A predestinada autora consegue abordar assuntos reservados, apenas, aos Iniciados em Escola de Mistérios, como Cosmogênese, Antropogênese, a Tradição Oculta, a Sabedoria Iniciática das Idades, etc., e apresentá-los de forma acessível a todos. Em seu último livro, oitavo de uma série, lançado neste mês de setembro, “QUANDO DEUS É FEITO HOMEM – Uma História Contada Pelos Bichos”, Zélia Scorza se utiliza de uma fábula para abordar a polêmica história do “Arcanjo Rebelde”, tão mal interpretada pelas religiões. ? Feitosa

Trata-se de uma bela coletânea inédita, reunindo os principais trabalhos, nos mais variados temas, apresentados através de Palestras e de Peças de Arquiteturas, em Lojas e Academias Maçônicas nos últimos 2 anos. O autor, Irmão Paulo Simon, considera esta obra como o marco literário de sua ascensão ao Grau 33º, Grande Inspetor Geral. Vale muito a pena conferir! ? Antônio Bencz

a brte Real é uma Revista maçônica virtual, de publicação mensal, fundada em 24 de fevereiro de 2007, com registro na ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica – 005-JV, que se apresenta como mais um canal de informação, integração e incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída, gratuitamente, via Internet, para 15.543 e-mails de Irmãos de todo o Brasil e,

também, do exterior, além de uma vasta redistribuição em listas de discussões, sites maçônicos e listas particulares de nossos leitores. Sentimo-nos muitíssimo honrados em poder contribuir, de forma muito positiva, com a cultura maçônica, incentivando o estudo e a pesquisa no seio das Lojas e fazendo muitos Irmãos repensarem quanto à importância do momento a que chamamos de “¼ de Hora de Estudos”. Obrigado por prestigiar esse altruístico trabalho.

AAEditor Responsável, Diagramação, Editoração Gráfica e Distribuição: Francisco Feitosa da Fonseca - M∴I∴ - 33ºRevisão Ortográfica: João Geraldo de Freitas Camanho - M∴I∴ - 33º Colaboradores nesta edição: Edvaldo Cardoso – Henrique José de Souza – León ZeldisEmpresas dos Irmãos Patrocinadores: Acquasolrio - Adalberto Domingues Advocacia - Arte Real Software – CFC Objetiva Auto Escola – CONCIV – Corrêa de Souza Advocacia - Decisão Gestão Empresarial – Gontijo Artigos Maçônicos - Igor Multimarcas – Livro Paulo Simon – Livro reinaldo Pinto - López y López Advogados – MMF Brindes - Olheiros.com – Ótica Santa Clara - Perícias & Avaliações - Pousada Mantega - Qualizan – Reinaldo Carbonieri Eventos – Restaurante Oca dos Tapuias - Santana Pneus – Studio Allegro.Contatos: MSN - [email protected] / E-mail – [email protected] / Skype – francisco.feitosa.da.fonseca / (35) 3331-1288 / 8806-7175

Temos um encontro marcado na próxima edição. Tenham todos uma boa leitura!a b