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TEOLOGIA CONTEMPORÂNEA Aula 1 Esboço da Aula Cristianismo Reflexivo e Teologias A Tarefa Crítica da Teologia A Tarefa Construtiva da Teologia Cristianismo Reflexivo e Teologias Todo cristão é teólogo Há aqueles que pensam que somente quem faz teologia é quem frequenta seminário. Ele não faz teologia. Há um certo receito para com “seminaristas” e “teólogos formais” A teologia esfria, seca a piedade cristã. Esse “seminarista” passa a se tornar “crítico”. Ele é visto com suspeição. Esse aluno é Horácio, cabeça grande é braço curto. As vezes ele aluno pode ser muito mal visto, as vezes justamente, as vezes injustamente. Em fim todos nós somos teólogos e temos uma teologia. Roger Olson e Stanley Grenz Iniciação a Teologia Ed. Vida Teologia Popular Empregamos o termo para descrever a crença não-refletida, baseada na fé cega e em alguma espécie de tradição. Não pretendemos com esse rótulo criticar a fé singela dos santos que nunca foram instruídos em teologia formal. Pelo contrário, empregamos o termo para identificar a teologia que rejeita a reflexão crítica e entusiasticamente abraça a aceitação simplista da tradição informal de crenças e práticas, formada primordialmente por clichés e lendas. A devoção espiritual profunda e a reflexão intelectual são consideradas antitéticas na teologia popular. A teologia popular é muitas vezes intensamente experimental e pragmática - ou seja -, os critérios para a verdadeira crença são os sentimentos e os resultados Exemplo: Crê que o Mcdonald é satanista. Coca-Cola também! Sem fundamentação teórica. Foi uma informação que está na net, ou um irmão disse. Anjos que pedem carona ou a descoberta do dia perdido de Josué graças à ajuda de sofisticados equipamentos astronômicos. A teologia popular domina o cenário principalmente as igrejas neo-pentecostais. Elas usam essa teologia para se beneficiar. A característica principal da teologia popular é o apego a tradições orais sem substância, bem como a recusa em medi-las por qualquer parâmetro (bases para crer). Simplesmente elas são cridas porque soam espirituais ou porque são comunicadas por alguém considerado espiritual ou que transmite uma sensação espiritual. Qualquer tentativa de examiná-las objetivamente é evitada e muitas vezes qualificada como "carnal". A teologia popular, portanto, é a crença irrefletida que se deleita com sentimentos subjetivos produzidos por clichês ou lendas e recusa submeter-se a exame.

Todo o Cristão é um Teólogo

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Aula de Introdução a Teologia Contemporânea

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Page 1: Todo o Cristão é um Teólogo

TEOLOGIA CONTEMPORÂNEA

Aula 1

Esboço da Aula

Cristianismo Reflexivo e Teologias

A Tarefa Crítica da Teologia

A Tarefa Construtiva da Teologia

Cristianismo Reflexivo e Teologias

Todo cristão é teólogo

Há aqueles que pensam que somente quem faz teologia é quem frequenta seminário. Ele

não faz teologia.

Há um certo receito para com “seminaristas” e “teólogos formais” A teologia esfria,

seca a piedade cristã. Esse “seminarista” passa a se tornar “crítico”. Ele é visto com

suspeição. Esse aluno é Horácio, cabeça grande é braço curto. As vezes ele aluno pode

ser muito mal visto, as vezes justamente, as vezes injustamente. Em fim todos nós

somos teólogos e temos uma teologia. Roger Olson e Stanley Grenz – Iniciação a

Teologia – Ed. Vida

Teologia Popular

Empregamos o termo para descrever a crença não-refletida, baseada na fé cega e em

alguma espécie de tradição. Não pretendemos com esse rótulo criticar a fé singela dos

santos que nunca foram instruídos em teologia formal.

Pelo contrário, empregamos o termo para identificar a teologia que rejeita a reflexão

crítica e entusiasticamente abraça a aceitação simplista da tradição informal de crenças e

práticas, formada primordialmente por clichés e lendas. A devoção espiritual profunda e

a reflexão intelectual são consideradas antitéticas na teologia popular. A teologia

popular é muitas vezes intensamente experimental e pragmática - ou seja -, os critérios

para a verdadeira crença são os sentimentos e os resultados

Exemplo: Crê que o Mcdonald é satanista. Coca-Cola também! Sem fundamentação

teórica. Foi uma informação que está na net, ou um irmão disse. Anjos que pedem

carona ou a descoberta do dia perdido de Josué graças à ajuda de sofisticados

equipamentos astronômicos. A teologia popular domina o cenário principalmente as

igrejas neo-pentecostais. Elas usam essa teologia para se beneficiar.

A característica principal da teologia popular é o apego a tradições orais sem substância,

bem como a recusa em medi-las por qualquer parâmetro (bases para crer).

Simplesmente elas são cridas porque soam espirituais ou porque são comunicadas por

alguém considerado espiritual ou que transmite uma sensação espiritual. Qualquer

tentativa de examiná-las objetivamente é evitada e muitas vezes qualificada como

"carnal". A teologia popular, portanto, é a crença irrefletida que se deleita com

sentimentos subjetivos produzidos por clichês ou lendas e recusa submeter-se a exame.

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A teologia popular, por seu conformismo, é imprópria para a maioria dos cristãos. Ela

estimula a ingenuidade, a espiritualidade forçada e respostas simplistas aos difíceis

dilemas com que deparam os seguidores de Jesus Cristo. Retarda o crescimento e

embota a influência do cristianismo no mundo.

Teologia Leiga

A teologia leiga representa, quanto ao nível de reflexão, um passo acima e além da

teologia popular. Ela é um avanço radical em relação à primeira! A teologia leiga surge

quando o cristão comum começa a questionar os clichês e lendas simplistas da teologia

popular. Ela emerge quando o cristão escava profundamente os recursos de sua fé,

reunindo mente e coração na sincera tentativa de examinar e entender essa fé. A

teologia leiga pode carecer das sofisticadas ferramentas dos idiomas bíblicos e da

consciência lógica e histórica, porém busca, com os recursos de que dispõe, integrar as

crenças cristãs num todo bem fundamentado e coerente, questionando tradições

infundadas e eliminando flagrantes contradições.

Um exemplo de teologia leiga ocorreu quando um cristão comum começou a refletir

sobre as palavras cantadas no culto. A crença é premilenista mas o hino é pósmilenista.

A igreja precisa de mais teólogos leigos como o homem dessa história! Cristãos que

pensam podem ajudar a igreja a "rever suas ações" e a apresentar a si mesma e ao

mundo uma face consistente, de uma organização que sabe o que crê e por que razão crê

no que proclama. Lamentavelmente, porém, a própria teologia leiga, apesar de singela e

respeitosa, é tratada pelos que preferem a teologia popular como evidência de

diminuição da espiritualidade. O teólogo leigo superou o obscurantismo, ele deseja

amadurecer na sua fé cristã.

Teologia Ministerial

A teologia ministerial é a fé refletida por ministros treinados e educadores nas igrejas

cristã. Eleva-se acima da teologia leiga quanto ao nível de reflexão exigido. A teologia

ministerial não é exclusiva de obreiros ordenados ou profissionais eclesiásticos. A igreja

tem grande necessidade de leigos nas áreas de ensino, pregação, exortação e

evangelismo e por isso muitos deles fazem cursos teológicos.

A teologia ministerial, em sua melhor forma, utiliza ferramentas normalmente

disponíveis apenas no âmbito do estudo formal – e conhecimento básico de idiomas

bíblicos ou pelo menos habilidade no uso de concordâncias, comentários e outros

auxílios impressos, além de perspectiva histórica acerca do desenvolvimento da teologia

no transcurso das eras e pensamento sistemático perspicaz apto a reconhecer

inconsistências entre crenças e a estabelecer a coerência entre um item da fé e outro. Ela

é importante pois move os ministérios da igreja e edificando a igreja.

A Teologia Profissional

A teologia profissional é um passo adiante no leque da reflexão e do preparo teológico.

O teólogo profissional é alguém cuja vocação requer habilidade com as ferramentas

mencionadas anteriormente e consiste em instruir leigos e obreiros a utilizá-las. É

natural que os teólogos profissionais visem elevar seus alunos a um patamar acima da

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teologia popular, formando neles a consciência crítica que questione pressupostos e

crenças infundados. Para fazê-lo, precisam ter Consciência crítica. Isso às vezes parece

a outros ceticismo e hostilidade a devoção e a espiritualidade. E os teólogos

profissionais debatem-se diante dessa visão - multas vezes em grande agonia.

São os professores de teologia nos seminários. Eles conhecem línguas bíblicas, teologia

mais profundamente e ensinam em determinadas áreas.

A Teologia Acadêmica

Na extremidade do leque - além da teologia profissional e totalmente oposta à teologia

popular - está a teologia acadêmica. É altamente especulativa, quase filosófica e visa

sobretudo a outros teólogos. Nem sempre está ligada à igreja e pouca relação tem com a

vida cristã autêntica. Os teólogos profissionais podem beneficiar-se com o estudo da

teologia acadêmica, e normalmente exige-se deles que a estudem até o ponto de obterem

seus títulos, contudo a igreja e os cristãos individuais que lutam no mundo real pouco

lucram com ela. Considerando que o teólogo acadêmico se dedica intensamente à

reflexão, ele pode levar essa reflexão, que é não coisa boa, longe demais, separando a da

fé e buscando o entendimento em proveito próprio. Em sua pior versão, a teologia

acadêmica segue o lema "Acreditarei somente no que posso entender", o que é bem

diferente da "fé em busca do entendimento".

Teologia Popular - Teologia Leiga - Teologia Ministerial – Teologia Profissional -

Teologia Acadêmica

Os polos são problemáticos, a TP está desconectada com a reflexão bíblica melhor e a

TA está desconectada com a igreja, é mais uma teologia filosófica. As teologias situadas nos espaços entre esses extremos são todas necessárias e benéficas e de fato se entrelaçam. Teólogos ministeriais devem usar as ferramentas e métodos dos teólogos profissionais para instruir e aprimorar os teólogos leigos.

Um resumo: TP – poder, sobrenatural / TL – Estudo / TM – Servindo / TP e TA no

seminário.

A Tarefa Crítica da Teologia

As duas tarefas principais da teologia são a crítica e a construtiva. Tanto a tarefa crítica quanto a construtiva consistem em duas atividades.

1. A tarefa crítica da teologia consiste em examinar crenças e ensinamentos sobre

Deus, sobre nós mesmos e o sobre mundo à luz de fontes cristãs, especialmente

da norma primária da mensagem bíblica. É uma tarefa apologética.

Essa tarefa é realizada primeiramente pelos apóstolos. Dizem que "a heresia é a mãe da

ortodoxia". Em outras palavras, sem heresia (ensino errôneo) não poderia haver teologia

ou ortodoxia (ensino correto).

a. Judaizantes – Paulo é o que mais combate em Gl / Fp / Rm advertindo que é um

caminho legalista.

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b. Gnosticismo/Docetismo [Sec. I e II] - João é um que combate por meio do

Evangelho e das Epístolas [Jo 1:1,14, I Jo 1:1ss 4:3]. A teologia faz o exame

crítico à luz da revelação.

c. Ebionismo – Um movimento judaico dentro do cristianismo que ensinava aos

novos cristãos a obedecerem a lei de Moisés. A visão deles sobre Jesus era a de

um homem e não a de Deus encarnado, ele era um segundo Moisés que veio

restaurar o judaísmo que apostatou. Jesus era somente um homem com poderes

divinos. Os pais combateram.

d. Arianismo – Ário, Pb em Alexandria, afirmava que havia um tempo em que

Jesus não existia – “Tu és meu Filho...” [Hb 1]. Jesus foi criado por Deus. Ele

não é Deus, ele é a maior das criaturas. Atanásio combate!

Essa tarefa é importante. Denunciar os desvios da fé cristã! Sempre haverá essa luta,

uma vez que sempre surge novas interpretações. Nos séculos XIX e XX, surgiram

inúmeros empreendedores religiosos, fundando seitas religiosas com base em novas

"revelações" ou interpretações inusitadas das Escrituras. Os mesmos séculos

presenciaram o emergir de numerosas escolas cristãs de pensamento, bem como a

proliferação de teologias que de certo modo se adaptavam às crenças culturais. A tarefa

dos teólogos foi examinar, analisar, avaliar e recomendar às igrejas as crenças que

deveriam aceitar e as que deveriam rejeitar.

2. A segunda atividade inerente à primeira tarefa da teologia - a tarefa crítica - é

dividir as crenças válidas em categorias baseadas no nível de importância.

Depois que uma crença é definida como válida -·a pergunta seguinte é: "Que

importância tem ela?". É o tipo de crença que todos os cristãos têm de abraçar a fim de

serem cristãos autênticos? Ou os cristãos poderão discordar dela legitimamente? Ao

longo dos séculos, os teólogos desenvolveram três categorias principais de crenças

cristãs: dogma, doutrina e opinião.

Dogma é essencial e inegociável ao evangelho, sua negação caracteriza por rejeição ou

apostasia.

Exemplo: Trindade, está no NT, os pais da igreja ensinaram, está no Credo Apostólico,

nos 7 concílios da cristandade, nas confissões de fé. Outro exemplo: A divindade de

Cristo!

Doutrina é uma crença importante sem ser essencial. Uma igreja ou denominação cristã

especifica pode considerar tal crença um teste para a comunhão sem asseverar que sua

negação seja apostasia. Exemplo: As diferenças das denominações estão no campo

doutrinário. Exemplos comuns de crenças arroladas como doutrina, mas não como

dogma, são a predestinação e o livre-arbítrio, os sacramentos ou ordenanças (batismo e

Ceia do Senhor), governo eclesiástico (eclesiologia) e os eventos futuros (escatologia).

Opinião é considerada interessante, porém relativamente sem importância para fé cristã.

A pessoa tem permissão para crer o que preferir acerca do assunto, desde que não cause

conflito com algum dogma ou com alguma doutrina. Discordar desse tipo de crença

constitui simplesmente diferença de interpretação. Diferentes grupos cristãos lotam

essas categorias com crenças distintas, e essa é a razão principal para a existência de

tantas denominações. Exemplo: Tatuagem, posso até alegar o corpo / o testemunho.

Outro pode dizer que tem uma tatuagem [Ap 19]. Bebida – Vinho / Cerveja

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Para evitar a dura tarefa de ordenar crenças de forma apropriada quanto à sua

importância para o evangelho cristão, algumas denominações simplesmente relegam

tudo à categoria da opinião. São tolerantes. Outras denominações tentaram esvaziar as

categorias da opinião e da doutrina, transformando toda crença válida em dogma isso

representa para o processo, frequentemente doloroso e difícil, um alivio na tarefa de

posicionar as crenças em níveis apropriados, porém acaba no exclusivismo sectário que

considera apóstata toda pessoa que discorde de qualquer posição particular da

denominação.

Precisamos fazer teologia para definirmos o que é dogma, doutrina e opinião. "Nas

coisas essenciais, unidade, nas não-essenciais, liberdade; em todas as coisas, amor"

[Agostinho/Lutero/ Peter Meiderlin Sec 17]

A Tarefa Construtiva da Teologia

1. A tarefa construtiva - é expor a unidade e coerência do ensino bíblico acerca de

Deus, de nós mesmos e do mundo no contexto em que Deus nos chama a ser

discípulos.

Isso vai muito além do exame crítico e da categorização de crenças cristãs, chegando a

construir e unificar doutrinas cristãs e a vinculá-las com fidelidade e relevância à

cultura. Ele constrói modelos para unificar os ensinamentos bíblicos.

Exemplo de atividade construtiva da teologia é a doutrina da Trindade, ela não está

explicitamente lá, nem mesmo o termo. Como, então, veio a ser um princípio central do

cristianismo? Ela é resultado de uma construção teológica desenvolvida no cristianismo

primitivo por duas razões diretamente relacionadas com as tarefas da teologia e

ilustrativas destas. Primeiro, ela foi desenvolvida para proteger o evangelho de Deus

encarnado em Jesus Cristo contra as negações sutis da divindade plena e verdadeira de

Jesus (tarefa crítica). Em segundo lugar, foi desenvolvida para explicar a cristãos e não-

cristãos a soma do testemunho bíblico acerca de Deus. É uma doutrina defensiva e

também construtiva.

Essa compreensão que temos da Trindade é fruto do labor teológico da igreja diante da

revelação, este ensinamento não foi dado “organizadamente” na Bíblia. Assim também

com a duas naturezas de Cristo e todos outros elementos essenciais.

Nesse ponto, ajuda-nos um exemplo da aritmética. Vistos superficialmente, ou para o

não-iniciado, os números a seguir parecem ter pouco em comum: 1/2, 1/3, 1/10, 1/15.

Aparentemente, é impossível somá-los para chegar a um número inteiro. O mesmo vale

para a variedade de alusões bíblicas a Deus. Às vezes, Deus é descrito de um modo, às

vezes de outro. Superficialmente, parece transcender qualquer entendimento como tudo

pode somar-se no mesmo Deus. Contudo, a pessoa treinada em matemática sabe que é

simples somar as frações acima: encontrando o denominador comum e transformando-

as em 15/30, 10/30, 3/30 e 2/30. A soma será 30/30 - ou 1. Com um pouco de

treinamento, a pessoa será capaz de discernir a unidade de imagens e ensinos bíblicos

acerca da personagem principal da narrativa sagrada, que, de outro modo, permaneceria

indefinível - Deus.

Page 6: Todo o Cristão é um Teólogo

A doutrina da Trindade ê como o número 1 na ilustração está implícito na matéria-

prima, mas precisa ser deduzido pelo processo de unificação. De certa maneira,

portanto, o testemunho bíblico de fato contém a doutrina da Trindade, porém

indiretamente. O conceito da Trindade é produto da reflexão que sintetiza as diversas

caracterizações bíblicas de Deus. A Bíblia retrata a Deus como um, mas também como

interiormente diferenciado. A Bíblia descreve Deus como Pai, Filho e Espírito Santo,

mas também como perfeitamente uno. Quando todos esses aspectos da imagem bíblica

de Deus são reunidos - quando é reconhecido e explicitado seu denominador comum -,

o resultado é a doutrina da Trindade.

2. A segunda atividade da tarefa construtiva da teologia é relacionar modelos

bíblicos com a cultura contemporânea.

Temos que construir modelos e devem ser apresentados a cultura e relevantes. Muitas

teologias não conseguem dialogar com a cultura. Jesus é o maior modelo de

contextualização. Mesmo sendo complicados e profundos. Temos que conhecer a

sociedade, as filosofias que reinam na cultura.

Por exemplo no período entre guerras [1910-1945] predominou o existencialismo, então

surgiu teologias baseadas neste pensamento filosófico para explicar a fé cristã: Paul

Tilich, Karl Barth e Dietrich Bohorfer e os teólogos da Morte de Deus

Nos anos 60 a universidade, principalmente na américa latina, estava influenciada pelo

marxismo, para se entender a política e a realidade então surge uma teologia que visa

explicar a realidade por lentes marxistas, que é a Teologia da Libertação.

Hoje o que predomina é o estudo da intolerância – religiosa, racial e sexual. Há um

discurso contra as formas as radicais de religião, as formas relacionadas a sexualidade e

raciais: Skinhead, Nazismo, Homossexual, Fundamentalismo Islâmico e isto gera

teologias Feminista, Negra, Inclusiva. É o diálogo entre a teologia e a sociedade é que

surgem estas teologias. Outro exemplo: O iluminismo veio e ele originou a TL

Resumo:

Tarefa crítica da teologia

1. Exame e avaliação das crenças cristãs.

2. Categorização das crenças válidas em dogma, doutrina ou opinião

Tarefa construtiva da teologia

1. Construção de modelos para unificar os ensinamentos bíblicos

2. Apresentação desses modelos de forma relevante à cultura contemporânea