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wmm \.\X^-OKS>^-t\^ a EDITADO PELA COORDENAÇÃO NACIONAL DOS MUTUÁRIOS - NOVEMBRO/84 TODOS AO Vil! ENCONT NACIONAL DOS MUTUÁRIOS Vitória/ES-14a17 de novembro Durante quatro dias cerca de 160 mutuários de todo o país, eleitos nas bases, debaterão as principais questões envolvendo a realidade habitacional brasileira. Pela quinta vez neste ano, vamos aprofundar o movimento pelo direito á moradia, rompendo com a política anti-social do BNH. Mutuários não cairão em armadilhas do BNH Novamente os mutuá- rios capixabas dão prova de que não concordam com a política habitacio- nal ditada pelo BNH Banco Nacional da Habita- ção—.Mostra desta disposi- ção foi a assembléia geral convocada pela Ascam no dia 10 de outubro, no au- ditório do colégio do Car- mo, onde compareceram 400 mutuários das diversas localidades do estado. Por unanimidade os presentes à assembléia disseram "Não" ao bônus e a falsa equiva- lência salarial do governo. Durante horas os mu- tuários ouviram palestras dos convidados especiais da assembléia geral: Irineu Bagnariolli Júnior, secretá- rio geral da Famesp Fe- deração das Associações de Mutuários do Estado de São Paulo; Paulo Sérgio da Costa Martins, advogado da Federação das Associa- ções de Moradores do Rio de Janeiro Famerj —; e, Antônio José de Andrade, diretor da Famerj. No fun- damental, estes três mili- tantes do movimento po- pular expuseram os malefí- cios que a pol ítica do BNH, em especial as últimas me- didas, traz aos mutuários. "Neste momento, o inimi- go está mais esperto. Des- cobriu a linguagem do nos- so movimento e, usando-a, tenta enganar nossos com- panheiros", assinalou Pau- lo Sérgio da Costa Martins. A Assembléia Geral, conduzida pela diretoria da Ascam, foi maià além e, publicamente, deu respal- do á entidade para encami- nhar todas as formas de lu- ta necessárias ao esclareci- mento dos cerca de 60 mil mutuários do estado. O de- monstrativo de que não tem sido em vão a mobili- zação dos mutuários foi a leitura, na assembléia, das 407 pessoas beneficiadas com liminar favorável for- necida pelo juiz da Vara Federal carioca, garantin- do o reajuste da prestação de acordo com o que pres- crevem os contratos de fi- nanciamento. O secretário geral da Famesp, Irineu Bagnariolli, tem opinião de que o mo- vimento dos mutuários vi- ve uma nova fase, marcada por posicionamentos mais concretos e profundos quanto ao problema habi- tacional brasileiro. "O de- cálogo 10 propostas de reformulação da política habitacional deliberado no sétimo encontro nacio- nal apontou claramente quais são os propósitos dos mutuários. Rompemos, fi- nalmente, com uma atitu- de de resistência e chega- mos à ofensiva contra a política ditada pelo gover- no". Por isto mesmo, admi- te Irineu, as tarefas dos mu- tuários são muitas e requer um esforço redobrado por- que também o governo via BNH procura aprimo- rar seus métodos de per- suasão. necessário não somente organizar os pro- cessos judiciais, embargos, boicotes às prestações; se torna imprescindível que avancemos no questiona- mento da qualidade das moradias outro grande problema das unidades ha- bitacionais do Sistema Fi- nanceiro da Habitação". O estado de São Paulo tem atualmente cerca de um milhão e trezentos mil mutuários, na sua maioria residindo em conjuntos ha- bitacionais de baixa renda. "A forma de luta central encaminhada pela Famesp é o boicote ás prestações. Os mutuários não vacilam em devolver coletivamente os carnes dos agentes f i nan- ceiros", relatou o secretá- rio da Federação. Os mu- tuários paulistas estão avan- çando também na exigên- cia de reparos e condições mínimas de urbanização nos conjuntos, constru idos com material de baixa qua- lidade. Existe uma unanimida- de entre as lideranças dos mutuários com relação a principal exigência do mo- vimento no seu atual está- gio: "tratar a habitação co- mo um problema generali- zado no seio da sociedade brasileira e que, ao ser en- carada deste modo, ultra- passa os marcos de apenas reivindicar das autoridades de governo reduções em prestações de casa pró- pria". Antônio José de An- drade, diretor da Famerj, é de opinião que esta luta será ganha quando houver uma conscientização do caráter político e não me- ramente técnico ou jurídi- co nas formas de confron- tar com o governo. EDITORIAL Democracia Já! O oitavo encontro nacional dos mu- tuários acontece num momento impor- tante da vida politica brasileira. Sucessão presidencial em evidência, promessas de Democracia ou golpes, níveis assustadores de miséria e carestia, e, para nós, em espe- cial, os ataques do governo contra o direi- to social d moradia - o Bônus e a falsa Equivalência Salarial -, compõem um ce- nário que não podemos ficar omissos. A escalada de mo biltações que vi- mos desencadeando nos últimos anos en- riqueceu o nosso movimento ao ponto de termos propostas alternativas à política habitacional oficial. Nos falta ainda maior unidade e interação com o movimento popular capazes de "furar" o bloqueio, materializando novas perspectivas para os sés milhões de brasileiros que não têm moradia ou vivem nos casebres construí- dos pelo SFH. O VIII encontro cumpre parte deste papel. Congresso prepara lei que modifica politica habitacional, (pg. 2) A história do nosso movimento é marcada por muita luta (pg.4)

TODOS AO Vil! ENCONT NACIONAL DOS MUTUÁRIOSconstante, estabelecido nos ja: respectivos sempregocontratos e de acordo suspensocom o teto estipulado nos 40, 50 e 9o, ambos do artigo

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EDITADO PELA COORDENAÇÃO NACIONAL DOS MUTUÁRIOS - NOVEMBRO/84

TODOS AO Vil! ENCONT NACIONAL DOS MUTUÁRIOS

Vitória/ES-14a17 de novembro

Durante quatro dias cerca de 160 mutuários de todo o país, eleitos nas bases, debaterão as principais questões envolvendo a realidade habitacional brasileira. Pela quinta vez neste ano, vamos aprofundar o movimento pelo direito á moradia, rompendo com a política anti-social do BNH.

Mutuários não cairão em armadilhas do BNH Novamente os mutuá-

rios capixabas dão prova de que não concordam com a política habitacio- nal ditada pelo BNH — Banco Nacional da Habita- ção—.Mostra desta disposi- ção foi a assembléia geral convocada pela Ascam no dia 10 de outubro, no au- ditório do colégio do Car- mo, onde compareceram 400 mutuários das diversas localidades do estado. Por unanimidade os presentes à assembléia disseram "Não" ao bônus e a falsa equiva- lência salarial do governo.

Durante horas os mu- tuários ouviram palestras dos convidados especiais da assembléia geral: Irineu Bagnariolli Júnior, secretá- rio geral da Famesp — Fe- deração das Associações de Mutuários do Estado de São Paulo; Paulo Sérgio da Costa Martins, advogado da Federação das Associa- ções de Moradores do Rio de Janeiro — Famerj —; e, Antônio José de Andrade, diretor da Famerj. No fun- damental, estes três mili- tantes do movimento po- pular expuseram os malefí- cios que a pol ítica do BNH, em especial as últimas me- didas, traz aos mutuários. "Neste momento, o inimi- go está mais esperto. Des- cobriu a linguagem do nos- so movimento e, usando-a, tenta enganar nossos com- panheiros", assinalou Pau- lo Sérgio da Costa Martins.

A Assembléia Geral,

conduzida pela diretoria da Ascam, foi maià além e, publicamente, deu respal- do á entidade para encami- nhar todas as formas de lu- ta necessárias ao esclareci- mento dos cerca de 60 mil mutuários do estado. O de- monstrativo de que não tem sido em vão a mobili- zação dos mutuários foi a leitura, na assembléia, das 407 pessoas beneficiadas com liminar favorável for- necida pelo juiz da Vara Federal carioca, garantin- do o reajuste da prestação de acordo com o que pres- crevem os contratos de fi- nanciamento.

O secretário geral da Famesp, Irineu Bagnariolli, tem opinião de que o mo- vimento dos mutuários vi- ve uma nova fase, marcada por posicionamentos mais concretos e profundos quanto ao problema habi- tacional brasileiro. "O de- cálogo — 10 propostas de reformulação da política habitacional — deliberado no sétimo encontro nacio- nal apontou claramente quais são os propósitos dos mutuários. Rompemos, fi- nalmente, com uma atitu- de de resistência e chega- mos à ofensiva contra a política ditada pelo gover- no".

Por isto mesmo, admi- te Irineu, as tarefas dos mu- tuários são muitas e requer um esforço redobrado por- que também o governo — via BNH — procura aprimo-

rar seus métodos de per- suasão. "É necessário não somente organizar os pro- cessos judiciais, embargos, boicotes às prestações; se torna imprescindível que avancemos no questiona- mento da qualidade das moradias — outro grande problema das unidades ha- bitacionais do Sistema Fi- nanceiro da Habitação".

O estado de São Paulo tem atualmente cerca de um milhão e trezentos mil mutuários, na sua maioria residindo em conjuntos ha- bitacionais de baixa renda. "A forma de luta central encaminhada pela Famesp é o boicote ás prestações. Os mutuários não vacilam em devolver coletivamente os carnes dos agentes f i nan- ceiros", relatou o secretá- rio da Federação. Os mu- tuários paulistas estão avan- çando também na exigên-

cia de reparos e condições mínimas de urbanização nos conjuntos, constru idos com material de baixa qua- lidade.

Existe uma unanimida- de entre as lideranças dos mutuários com relação a principal exigência do mo- vimento no seu atual está- gio: "tratar a habitação co- mo um problema generali- zado no seio da sociedade brasileira e que, ao ser en- carada deste modo, ultra- passa os marcos de apenas reivindicar das autoridades de governo reduções em prestações de casa pró- pria". Antônio José de An- drade, diretor da Famerj, é de opinião que esta luta só será ganha quando houver uma conscientização do caráter político e não me- ramente técnico ou jurídi- co nas formas de confron- tar com o governo.

EDITORIAL

Democracia Já! O oitavo encontro nacional dos mu-

tuários acontece num momento impor- tante da vida politica brasileira. Sucessão presidencial em evidência, promessas de Democracia ou golpes, níveis assustadores de miséria e carestia, e, para nós, em espe- cial, os ataques do governo contra o direi- to social d moradia - o Bônus e a falsa Equivalência Salarial -, compõem um ce- nário que não podemos ficar omissos.

A escalada de mo biltações que vi- mos desencadeando nos últimos anos en- riqueceu o nosso movimento ao ponto de termos propostas alternativas à política habitacional oficial. Nos falta ainda maior unidade e interação com o movimento popular capazes de "furar" o bloqueio, materializando novas perspectivas para os sés milhões de brasileiros que não têm moradia ou vivem nos casebres construí- dos pelo SFH. O VIII encontro cumpre parte deste papel.

Congresso prepara lei que modifica politica habitacional, (pg. 2)

A história do nosso movimento é marcada por muita luta (pg.4)

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Página 2 Jornal do Mutuário Novembro/84

Mutuário não se engana com bônus e equivalência "Como garantir a equivalência

salarial e evitar as novas armadilhas do BNH". Este é o título da nova cartilha dos mutuários sobre os arti- fícios encobertos nas medidas re- centes do governo, o decreto lei 2164 — do bônus e nova equivalên- cia. O lançamento deste instrumen- to importante para desmascarar o BNH aconteceu no dia 24 último, às 14 horas, em Brasília, no plená- rinho da Câmara dos Deputados, nu- ma solenidade promovida pela Coor- denação Nacional do Movimento.

Concorrida de diretores das as- sociações e federações populares, o lançamento da cartilha teve sauda- ção de inúmeros parlamentares, à exceção dos políticos do PDS e PTB, enaltecendo a garra dos mu- tuários brasileiros na defesa de uma política habitacional mais justa e voltada aos anseios das seis milhões de pessoas que não têm onde mo- rar. É a segunda cartilha que os mu- tuários lançam ao nível nacional e o que se espera é uma ampla repercus- são no movimento. "A cartilha des- venda os mistérios e interesses excu- sos do BNH ao propor o bônus e a falsa equivalência. Todos devem ler e discutir a cartilha para armar-se contra mais esta armadilha governa- mental", esclareceu Irini Lopes, vi- ce-presidente da Ascam que esteve em Brasília no lançamento da carti- lha.

Rejeitar o 2164 A tônica central da cartilha é a

exigência da rejeição por parte dos parlamentares do Congresso Nacio- nal do decreto-lei 2164, que criou o bônus e nova equivalência salarial. Diz o texto: "Os mutuários organi-

Os anos de amplas mobilizações dos mutuários criaram con- dições e instrumentos para o movimento confrontar com os abu- sos do BNH. Estamos preparados, atualmente, não simplesmente na negação ao governo e sua política discriminatória. Temos um conjunto de visões e propostas que nos credenciam na discussão de uma política habitacional mais justa.

zados conseguiram na Justiça a ga- rantia dos seus contratos, e, agora recorrem ao Congresso Nacional pa- ra que este, soberanamente, rejeite o DL 2164, altamente lesivo ao in- teresse dos mutuários brasileiros".

A Coordenação Nacional dos Mutuários acentua na cartilha que "as decisões importantes sobre a política habitacional, atualmente, são tomadas em gabinetes fechados pelos tecnocratas do BNH e do go- verno, juntamente com os agentes financeiros". Quem deve legislar so- bre a questão da habitação é o Con- gresso Nacional, onde encontram-se os representantes escolhidos pela população, afirma a cartilha.

Sob este raciocínio a Coorde- nação Nacional vem pressionando os parlamentares, em especial aque- les participantes da sub-comissão de Tecnologia e Legislação da Política Habitacional, para tornarem cons- tantes os pronunciamentos — no Se- nado e na Câmara — em favor de uma nova política para a habitação. Os representantes dos mutuários fo- ram mais além e, durante a perma- nência em Brasília, mantiveram reu- nião com o candidato da Aliança Democrática à presidência da Repú- blica, o ex-govemador Tancre do Ne- ves, quando entregaram-lhe um ma- •nifesto contendo as principais rei- vindicações do movimento.

No entender da Coordenação

Nacional dos Mutuários o BNH não vai conseguir baixar os índices de inadimplência e ganhar os adquiren- tes da casa própria para o bônus e nova equivalência salarial. "Os mé- todos de persuasão do BNH tem-se aprimorado, mas ainda são insufici- entes para nos enganar", sentencia a diretçria da Ascam.

É preciso um pouco mais de atenção para o mutuário exergar que o decreto 2164 é prejudicial aos seus interesses. "As prestações atrasadas foram corrigidas em 130% a partir de julho de 83, chegando a 191% em julho de 84 e 202,9% em outubro do mesmo ano. Tais au- mentos são muito superiores aos aumentos salariais dos mutuários. O BNH propõe que essas prestações corrigidas ilegalmente, sejam lança- das no saldo devedor, aumentando deste modo o valor das demais pres- tações durante todo o período de contrato e não apenas na vigpncia do bônus", expõe a cartilha.

A falsa equivalência salarial do govemo, prevista no 2164, atrela a correção das prestações à correção salarial dos mutuários. Toda vez que uma categoria profissional lutar por aumento de salário, estará lu- tando pelo aumento das prestações. Se até agora os trabalhadores não ti- veram ganho real em seus salários, daqui para frente — com esta políti- ca — será difícil obter este direito.

COMO GARANTIR A EQUIVALÊNCIA

SALARIAL E EVITAR AS NQVAS

ARMADILHAS 00 BNH

Mostrando a sua essência arbüranaepor estar comprometido com os ^rmedianos

financeiros o Governo Federal insiste em seu modelo "^ anü-social de política habitaaonal. Os

mutuários organizados conseguiram na Justiça a earantia dos seus contratos, e agora recorrem

.o Congresso Nacional para que este, soberanamente, » rejeite o DL 2164, altamente lesivo

ao interesse dos mutuários brasileiros.

Justiça, nossa opção

A cartilha desmascara o governo

Parlamentares elaboram anteprojeto Finalmente encontra-se

formulada a primeira parte do anteprojeto de lei propondo modificações profundas na política habitacional brasilei- ra. Depois de dois meses de trabalho a Sub-comissão de Tecnologia e Legislação da Política Habitacional da Câ- mara conseguiu elaborar uma proposta com nove artigos de grande interesse para os mu- tuários brasileiros.

A segunda e última parte do anteprojeto não tem prazo de entrega e vai contar com medidas visando assegurar a qualidade das construções, funcionamento dos conselhos deliberativos do BNH, dentre outros aspectos. Até o mo- mento, o empenho maior na proposição do projeto são dos deputados federais Floriceno Paixão (PDT-RS), Djalma Bom (PT-SP), Dirceu Carneiro - (PMDB-SC) e do senador Sa- turnino Braga (PDT-RJ).

Respeito à Lei 4380

O artigo primeiro do an- teprojeto reafirma a importân- cia do respeito ao artigo 5° da lei 4380. Diz o seguinte: "A partir da data de publica- ção da presente lei as presta- ções de amortização e juros dos financiamentos vincula-

dos ao Sistema Financeiro da Habitação, bem como seus acessórios e razões de decrés- cimo, permanecerão no valor constante, estabelecido nos respectivos contratos e de acordo com o teto estipulado nos §§ 40, 50 e 9o, ambos do artigo 50 da Lei 4380/64, até 30 de junho de 1985".

Acompanhando a idéia da equivalência salarial, o ante- projeto assegura que "a redu- ção comprovada dos salários por mudança de categoria, de- terminará, necessariamente, a

alteração do valor da presta- ção na mesma proporção". Se- gue-se este artigo com uma ressalva importante, qual se- ja: "que nos períodos de de- semprego comprovado será suspenso o pagamento das prestações por idêntico perío- do".

Sem juros e correção

A proposta do anteproje- to da Câmara é de que os mu- tuários com prestação em atra- so, até a data da publicação da lei, as pagarão "em idênti-

co número e com os valores corrigidos monetariamente e sem cobrança de juros de mo- ra ou de remuneração de capi- tal, após o pagamento da últi- ma prestação contratada, a re- querimento do adquirente".

Restringe ainda as cobran- ças judiciais que se fizerem necessárias em antigos e no- vos contratos, por atraso nas prestações, vinculados ao Sis- tema Financeiro da Habita- ção, "serão feitas única e ex- clusivamente em obediência estrita às disposições do Códi- go de Processo Civil".

Nossas propostas I - As diretrizes da política habitacional

devem ser elaboradas e suas aplicações rigo- rosamente controladas pelo Congresso Na- cional.

II - O BNH deve ser transformado em /ínhJade át cará ter .social.

III - Extinguir a intermediação especu- lativa exercida pelos agentes financeiros na aquisição da casa própria.

IV - Assegfirar o critério de que o rea- juste das,prestações da casa própria tenha co- mo limite a efetiva variação salarial dos mu- tuários, respeitando os tetos máximos de comprometimento de renda previstos para as despesas domésticas.

V Garantir participação às entidades representativas da sociedade na formulação e controle da política habitacional,

VI - Submeter as aplicações do FGTS ao efetivo controle dos assalariados, através das siia<i orginizações sindicais.

VII - Promover a descentralização dos recursos financeiros para que os municípios, sob o controle social, possam gerir uma polí- tica habitacional identificada com os reais in- teresses da> suas comunidades.

VIII - Destinai recursos orçamentários para subsidiar a moradia às camadas popula- cionais de baixa renda.

IX -- Assegurar caráter social á pdilica de locações residenciais.

X — Reformulação da política de uso do solo urbano e rural, adequando-a às reais ne- cessidades do trabalhador brasfleiro.

* Ressaltamos c/nc a implementação dessas e cie atiras medidas exige, obrigatoriamente, a nossa participação.

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Novembro/84 Jornal do Mutuário

Em pouco mais de 2 anos os mutuários realizaram sete encontros nacionais.

Mesmo que esta prática seja desgastante, ela trouxe um aper- feiçoamento na visão do proble- ma habitacional. A unificação nacional do movimento colocou no devido lugar o direito à mo- radia.

VIII Encontro: Avançar em nossas conquistas L/e 14 a 17 de novembro, o

Espírito Santo será palco do VIII Encontro Nacional dos Mu- tuários. Durante 3 dias — no tea- tro Carlos Gomes, Vitória; no Ca- lir, em Viana — cerca de 160 de- legados eleitos nas bases do mo- vimento vão discutir o decreto- lei 2164 do BNH, instituindo o "Bônus e nova Equivalência Sa- larial" e propor uma série de me- didas modificando a política ha- bitacional do país.

A abertura do encontro será na quarta-feira, 14 de novembro, às 20 horas, no teatro Carlos Go- mes. No início dos trabalhos do oitavo encontro comparecerão representantes de entidades liga- das ao movimento popular que vão ter a oportunidade de ex- pressar seus posicionamentos so- bre o problema da moradia e obter explicações dos deputados federais Floriceno Paixão (PDT- RS), Dirceu Carneiro (PMDB- SC), Djalma Bom (PT-SP) e do senador Saturnino Braga (PDT- RJ), principais responsáveis pela elaboração do anteprojeto de lei que propõe nova política habita- cional no Brasil, em tramitação na Câmara dos Deputados. A ex- pectativa é de ainda no primeiro dia ser apresentada uma peça tea- tral alusiva ao momento vivido pelos mutuários nos confrontos com os órgãos de governo.

Os dias 15, 16 e 17 de no- vembro serão aproveitados pelos mutuários no cumprimento de uma extensa pauta de discussões. No Calir, município de Viana, os 160 delegados vão estar reunidos em três grupos de debates e par- ticipar de duas sessões plenárias onde se resumem às delibera- ções. Os grupos serão de temas "jurídico, conjuntos habitacio- nais e de organização", subdivi- didos em itens que mais preocu- pam o movimento dos mutuá- rios. Assim, às 8 horas, quinta- feira, tem início os trabalhos em grupos compreendendo no plano

das iniciativas jurídicas a discus- são sobre conjuntos (legalização de terras, ocupantes, tipos de ações judiciais para os conjuntos com má qualidade de constru- ção. Termo de Ocupação e Com- pra — TOC); execuções; cassação de liminar; decreto 70/66 — que permite a execução extra-judicial —; embargos; prazo de validade das liminares judiciais; FIEL; e, seguro de crédito. .

Com relação aos "Conjuntos Habitacionais" os componentes deste Grupo de discussão ava- liam o projeto de engenharia "Ca- sa Nossa", elaborado pelo Coo- perativa dos Engenheiros do Es^ pírito Santo. Ainda neste grupo serão discutidos os despejos, Pro- finam, infraestrutura dos conjun- tos, ocupantes e habitação no Brasil. Destas discussões sairão ações unitárias para solucionar os problemas imediatos nas uni- dades dos conjuntos habitacio- nais.

No terceiro grupo de discus- são os mutuários vão refletir so- bre a organização do seu movi- mento em específico e, de forma geral, ao nível popular. Daí a preocupação em abrir espaços para debater "organização popu- lar (associações, centros comuni- tários, etc), os mutuários e os movimentos sociais, validade das liminares; despejos (execuções judiciais, 70/66, e os mutuários desempregados)". "Temos uma preocupação particular de incen- tivar a organização da população em entidades que representem seus interesses comuns. Nosso movimento veio fortalecer as en- tidades populares existentes e, mais do que isso, aprofundar a discussão em torno dos proble- mas de moradia do povo brasilei-

ro' , esclarece a diretoria da As- cam.

Neste ano, é a quinta vez que os mutuários se encontram nacionalmente. Apesar do desgas- te que esta prática provoca, a di- retoria da Ascam garante que es- ta é a única forma de atender à dinâmica do movimento. "A fa- lência do modelo habitacional adotado no país e as tentativas constantes do governo em revi- vê-lo tem exigido dos mutuários mobilizações contínuas nos âm- bitos regional e nacional".

Todas as decisões mais ge- rais do oitavo encontro serão de responsabilidade da Coordena- ção Nacional dos Mutuários, composta por entidades popula- res de 19 estados da Federação. Inclusive, a confirmação de que o Espírito Santo sediaria o en- contro foi possível na semana passado quando a Coordenação esteve reunida em Brasília para o lançamento da "Cartilha", que marcou a ofensiva dos mutuários contra o decreto lei 2164, exi- gindo do Congresso Nacional sua rejeição e o estabelecimento de uma política habitacional volta- da aos interesses sociais.

A Ascam — Associação Ca- pixaba dos Mutuários — é quem vai cumprir as tarefas principais visando permitir a realização do encontro nacional. A diretoria da entidade já organizou uma comissão de oito mutuários, eleita em assembléia, no dia 15 último, que terá a incumbência de preparar a infraestrutura do oitavo encontro. Nesta semana, a Comissão vai procurar as autori- dades govemamentais do estado para pedir apoio ao encontro dos mutuários.

Comissão Organizadora informa: As delegações estaduais de-

vem informar à Comissão Orga- nizadora do VAI Encontro até o dia 13 de novembro,pela manhã, o número de seus componentes, previsão de chegada ao Espírito

Santo e forma de locomoção (ônibus ou avião). Haverá recep- ção no aeroporto e rodoviária da capital. A Ascam fica na praça Getiilio Vargas, edifício Jusmar, sala 511, telefone 223-8326.

Casa Nossa combina baixo custo com alta qualidade

A Cooperativa dos Engenhei- ros do Espirito Santo desenvolveu um projeto impar no estado pro- pondo a construção de casas po- pulares com baixos custos e de fácil mão de obra. O projeto cha- ma-se "CASA NOSSA " e será am- plamente discutido no VIII En- con tro Nacional dos Mutuários co- mo uma proposta viável e peça im- portante na integração de alterna- tivas à política habitacional em- preendida pelo governo.

O Jornal do Mutuário entre- vistou o engenheiro Ronaldo Elias Nenes Pereira, um dos responsá- veis pelo desenvolvimento do pro- jeto Casa Nossa, que deu detalhes dos propósitos deste brilhante tra- balho.

JM - Como surgiu o projeto Casa Nossa?

RONALDO - Após visita efe- tuada em um conjunto habitacio- nal construído pela Cohab para vistoriar a qualidade de constru- ção, condições de infraestrutura e demais problemas, solicitado pelos moradores da referida região, o Sindicato dos Engenheiros teve acesso aos documentos financeiros e memoriais dos cálculos e de cus- tos. Ao refletir sobre estes docu- mentos chegamos à conclusão de que o valora ser pago á empreitei- ra principal para a execução das obras foi em sua metade repassado à uma sub-empreiteira, e, o restan- te, em bolsado pela primeira.

Este dado fez surgir a idéia de conceber um projeto básico que pudesse construir casas com custo equivalente à metade do va- lor estimado pela Cohab, melho- rando a qualidade e condições do conjun to.

JM - O que é o projeto? RONALDO - O projeto Casa

Nossa é uma tentativa de mostrar a possibilidade de se construir eco- nomicamente unidades habitacio- nais, permitindo uma moradia dig- na, com qualidade superior às que

foram construídas pelas cooperati- vas e com prestações de fácil absor- ção pelas camadas populares de menor poder aquisitivo.

JM - Qual a técnica do Casa Nossa?

RONALDO - O projeto pre- tende construir unidades habita- cionais de baixo custo, com quali- dade compatível ás mínimas exi- gências dos moradores.

Pretende o projeto u tilizar téc- nicas de construção alternativas que, apesar de secularmente co- nhecidas, não são utilizadas. Os métodos, atualmente, visam mera- mente a maximização dos custos, Este projeto, para aumentar o nú- mero de empregos, prevê a cons- trução da casa pelo próprio mora- dor, no processo de auto-constru- ção. Ganha o mutuário um salário para construir sua própria residên- cia. Com isto, tentamos amenizar dois problemas-de imediato: o re- curso financeiro e a moradia para o desempregado.

Dentre outras propostas deste projeto está a de criar empregos para engenheiros, técnicos e ope- rários da construção civil, bem co- mo treiná-los para utilizar méto- dos alternativos de construção que barateiam em muito o custo por metro quadrado.

JM - Qual a conclusão que vocês chegaram após elaboração deste projeto?

RONALDO - Após compara- ção dos resultados obtidos pelo processo alternativo com o proje- to da Cohab-ES, chegou-se a con- clusão que havíamos obtido uma economia de cerca de 40% sobre os valores da cooperativa do go- verno. Isto sem levar em conta que nosso projeto é de qualida- de altamente superior e cria em- pregos para inúmeras categorias profissionais em índices superio- res aos encontrados nas obras ofi- ciais.

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Página 4 Jornal do Mutuário Novembro./84

Nossa história permite apontar o melhor caminho Etn julho de 1983, o Ban-

co Nacional da Habitação — BNH — reajustou as presta- ções dos mutuários acima do índice dos reajustes salariais. O BNH passava a contrariar frontal mente a lei 4380 que instituiu o Plano de Equiva- lência Salarial — PES. Esta atitude foi a gota d'água para desencadear nacionalmente o movimento dos mutuários.

A característica maior do surgimento do movimento foi a espontaneidade. Movido por uma situação sufocante os mu- tuários eram obrigados a pa- gar uma prestação aviltada. De modo geral, o caráter es- pontâneo residiu devido ao baixo grau de organização po- pular que, em muitos casos, praticamente inexistia. Isto colocava dificuldades para en- caminhamento das ações cole- tivas, salvo nas regiões onde já se tinham organismos agluti- nadores da população. Daí, para atender à proposta de ação judicial contra o BNH e de ter um fórum de organiza- ção das lutas criou-se as asso- ciações de mutuários.

As associações de mutuá- rios tiveram, inicialmente, pe- quena amplitude de ação do queveio a conformar maistar- de. Ainda se limitavam ás ati- tudes no plano meramente ju- rídico, sem enxergar o proble- ma habitacional como uma questão política que exigia mobilizações maiores e articu- ladas com os movimentos mais gerais da população. Con- tudo, não deixou de ser im- portante este momento da lu- ta dos mutuários. Ele conse- guiu abrir espaços à conscien- tização de muitas pessoas que, até então, viviam acomodadas diante dos arbítrios governa- mentais.

Do ponto de vista nacio- nal, o movimento dos mutuá- rios ganhou corpo em tempo recorde. O primeiro reajuste ilegal do BNH foi em julho de 1983 e já no dia 26 deste mes- mo mês ocorria o primeiro en- contro nacional de mutuários, organizado pela Federação das Associações de Moradores do Rio de Janeiro (Famerj). O encontro contou com o que existia de mais organizado em nosso movimento no país, ou seja, 8 entidades correspon- dendo a igual número de esta- dos.

O que marcou o primeiro encontro foi a verificação de que o movimento em cada re- gião do Brasil caminhava com características próprias e que para unificá-lo seria necessá- rio estabelecer pontos co- muns. A orientação do encon- tro apontou que as ações ju- diciais fossem baseadas numa mesma fundamentação. O pri-

vilégio seria para aquelas ações que congregassem os mutuá- rios ao invés de isolá-los em processos distintos.

O encontro do Rio de Ja- neiro deu passos na discussão em torno da realidade habita- cional do país, até aquele ins- tante, pouco conhecida pela sociedade. Inúmeros depoi- mentos no encontro nacional mostraram que era urgente o fortalecimento das entidades populares e o aprofundamen- to numa alternativa à política habitacional oficial.

Do primeiro encontro em diante colocavam-se novas pre- ocupações para os mutuários. De retorno aos estados de ori- gem os mutuários passaram a discutir nas bases os reflexos negativos da política do go-

tamente na ofensiva do BNH que anunciava mu danças subs- tanciais.

Em Salvador, depois de amplas discussões, voltou a evidenciar-se que a luta dos mutuários está intimamente ligada à de todos os segmen- tos populares da nação. Dizia no encontro: "A construção de uma sociedade democráti- ca passa por eleições livres e diretas em todos os níveis, constitui neste momento obje- tivo principal". "A política habitacional, nesta sociedade, será parte de toda uma políti- ca urbana de caráter social e não como o modelo atual que é baseado na especulação fi- nanceira e agiotagem oficiali- zada".

são de que o palco privilegia- do para estabelecer nova polí- tica habitacional seria o Con- gresso Nacional, capaz de fa- zer uma legislação que aten- desse aos nossos objetivos. Es- sa legislação, dizia o encon- tro, seria realizada a partir de uma discussão conjunta com os mutuários sem a qual uma política habitacional era inó- cua. Como instrumento de discussão para os estados, o encontro pernambucano apro- vou uma cartilha de subsídios à formulação desta nova pol í- tica.

Ainda em Recife delibe- rou-se a confecção de uma cartilha que explicitasse a ar- madilha do BNH quando pro- punha as 3 opções de novos

Os conjuntos constniídos através do SFH estão abandonados. Destroem-

vemo e medidas concretas pa- ra resistir à esta situação. O resultado foi um surpreenden- te número de mutuários in- gressando na justiça contra o BNH, correspondendo a uma recusa quase total de pagar as prestações impostas.

O BNH percebeu que o movimento dos mutuários se alastrava por todo o paíse tor- nava-se uma ameaça aos seus objetivos. Assim deu início ao

lançamento de uma série de propostas capazes — segundo ele — de frear o movimento e recuperar o desgaste sofrido. Como o movimento vivia seu pique, em pouco tempo a pro- posta do BNH foi desmascara- da e saímos mais uma vez for- talecidos. Esta realidade pôde ser vista nos dois encontros nacionais que se seguiram, am- bos ainda no Rio de Janeiro.

Em janeiro de 1984 as páginas dos principais jornais nacionais traziam um debate duro entre as entidades dos mutuários e a direção do Ban- co Nacional da Habitação. O quarto encontro nacional dos mutuários — 13 a 15 de janei- ro — realizava-se na Bahia ius-

No quarto encontro se esboçava o que veio a tornar- se o decálogo. Concluímos que "o BNH tem de ser uma entidade de cunho social, reti- rar dos agentes financeiros o papel de atravessadores, utili- zação dos recursos para habi- tação popular, subsídios para aquisição de casa própria aos trabalhadores de baixa renda, e, supressão imediata pelo Congresso Nacional do poder de auto-legislar do BNH".

Recife, capital pernam- bucana, foi dois meses depois o cenário para o quinto en- contro nacional dos mutuá- rios. A característica central deste encontro foi a conclu-

contratos. Definiu-se também o dia 29 de maio como Dia Nacional de Luta do Mutuá- rio. Esta última decisão per- mitiu que um número expres- sivo de mutuários fossem às ruas em todo o país e denun- ciasse os reais interesses da política para a habitação do governo federal.

A importância do encon- tro de Recife pôde ser sentida quando nacionalmente rejei- tamos as opções oferecidas pelo BNH, na defesa do Plano de Equivalência Salarial — PES. Nesta oportunidade já se definia o encontro do Rio Grande do Sul — o sexto — em junho deste ano.

No sul do país os mutuá- rios tiveram sua luta ampliada com a integração da Federa- ção das Associações de Mutuá- rios de São Paulo — Famesp — e do Comitê de Defesa dos Mutuários do Distrito Federal — Codemut — à Coordenação Nacional do Movimento. Lá se estruturou as condições pa- ra reivindicar a instalação da sub-comissão com finalidade — na Câmara dos Deputados — de elaborar um projeto ha- bitacional. Inclusive, o encon- tro de Porto Alegre estabele- ceu nova reunião dos mutuá- rios ao nível nacional em Bra- sília, para possibilitar uma pressão maior no Congresso visando definir uma política habitacional de cunho social.

Em agosto realizou-se o sétimo encontro nacional dos mutuários, em Brasília, tendo o mérito de aprofundar os de- bates em torno dos variados problemas dos conjuntos habi- tacionais (saneamento, má qualidade de construção, etc.) e efetivar no Congresso a Sub- comissão de Tecnologia e Le- gislação da Pol ítica Habitacio- nal, vinculada á Comissão de Tecnologia e Tecnologia da Câmara e composta de inúme- ros parlamentares. Floriceno Paixão (PDT-RS), Djalma Bom (PT-SP, Dirceu Carneiro (PMDB-SC) e o senador Sa- turnino Braga (PDT-RJ) se so- bressaíram na elaboração do anteprojeto solicitado pela Coordenação Nacional do Movimento..

A história recente trouxe à tona as propostas de Bônus e Nova Equivalência Salarial do BNH. Mais ainda, fruto do aprimoramento organizativo, trouxe por parte do Banco Na- cional da Habitação um reco- nhecimento tácito do poder de força dos mutuários. Resul- tou nas três reuniões manti- das com a direção do BNH e as lideranças do movimento dos mutuários. O debate a par- tir daí se mantém atual pois o BNH insiste que devemos aceitar seus paliativos. Os mu- tuários, por sua vez, têm claro que o decreto 2164 não resol- ve o cem e da política habita- cional, vendo apenas o lado econômico.

Coordenação Nacional dos Mutuários

Bahia (AMLC) Brasília Codemut)

Ceará (Ass. dos Mutuários do Ceará) Espirito Santo (Ascam)

Maranhão Minas Gerais (Famobh)

Pará (Amnhac) Paraíba (Ass. Mutuários de J. Pessoa)

PernanAuco (Causa Comum) Piauí

Rio de Janeiro (Famerj) Rio G. do Norte (Com. Defesa dos

Mutuários do SFH) Rio Grande do Sul (Fracab)

São Paulo (Famesp) Jornalista responsável:

Jesus Miguez (Reg. 77/79)

Editado na Coojcs (Cooperativa dos Jornalistas Profissionais do E. Santo)

(Vitória - Centro - 222-4826) Composição:

Escrita Composições Ltda. Fotolih» e Impressão: Editora Jorués — SP —