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TÓPICO 5: OS POVOS INDÍGENAS: DIVERSIDADE E MIGRAÇÕES Habilidades: 1. Analisar e compreender as especificidades e complexidade dos povos indígenas brasileiros à época de sua "descoberta" pelos europeus: origens, movimentos migratórios e diversidade linguístico - cultural 2. Diferenciar as principais "nações" indígenas brasileiras, especialmente as mineiras: Pataxó, Xacriabá, Krenak e Maxacali Sabemos que a cultura indígena sofreu uma série de modificações ao longo do tempo e do espaço. Sabemos ainda que os povos indígenas à época do “descobrimento" possuíam características específicas conforme a tribo e a região 1 – Observe os mapas que se seguem. 1 Fonte dos mapas: FAUSTO, Carlos. Fragmentos da história e cultura tupinambá Escreva, com base nas informações contidas no mapa1- – os nomes das diferentes nações indígenas e a região onde se localizavam no século XVI. 2 3 2- Os mapas 2 e 3 são explicação da expansão dos grupos indígenas ao longo do território. O mapa 2 mostra a o movimento migratório na época do descobrimento do sul para o norte, onde os tupinambás se separaram dos guaranis. O mapa3 mostra o que da Amazônia saíram dois movimentos migratórios de orientações diversas:

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TÓPICO 5: OS POVOS INDÍGENAS: DIVERSIDADE E MIGRAÇÕESHabilidades: 1. Analisar e compreender as especificidades e complexidade dos povos indígenas brasileiros à época de sua "descoberta" pelos europeus: origens, movimentos migratórios e diversidade linguístico - cultural2. Diferenciar as principais "nações" indígenas brasileiras, especialmente as mineiras: Pataxó, Xacriabá, Krenak e Maxacali

Sabemos que a cultura indígena sofreu uma série de modificações ao longo do tempo e do espaço. Sabemos ainda que os povos indígenas à época do “descobrimento" possuíam características específicas conforme a tribo e a região

1 – Observe os mapas que se seguem.

1

Fonte dos mapas: FAUSTO, Carlos. Fragmentos da história e cultura tupinambá

Escreva, com base nas informações contidas no mapa1- – os nomes das diferentes nações indígenas e a região onde se localizavam no século XVI.

2 32- Os mapas 2 e 3 são explicação da expansão dos grupos indígenas ao longo do território. O mapa 2 mostra a o movimento migratório na época do descobrimento do sul para o norte, onde os tupinambás se separaram dos guaranis. O mapa3 mostra o que da Amazônia saíram dois movimentos migratórios de orientações diversas:1- Os guaranis rumaram para o sul via Madeira-Guaporé, atingindo o rio Paraguai e se espalhando. Esse movimento ocorreu desde o início da era cristã..2- Os tupinambás desceram pelo rio Amazonas até sua foz, expandindo-se, pela faixa costeira no sentido. A ocupação do litoral ocorreu entre 700-900 d.C. e 1000-1200 quando os grupos Tupis mais ao sul foram barrados pelos guaranis.Com base na leitura cuidadosa dos mapas acima. Escreva um pequeno texto descrevendo as duas possíveis explicações para a expansão das nações indígenas ao longo do território.

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Aspectos da cultura indígena

Fonte: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/mapas/imagens/terras_indigenas_gde.gif

3- A mapa reproduz a distribuição das terras indígenas ao longo do território brasileiro, que está dividido em 5 grande regiões. Com base no mapa identifique

(rosa) as duas regiões com maior concentração de terras indígenas

(verde) as duas regiões com menor concentração.

4- Compare esse mapa com o mapa 1. Com base nos mapas, responda se houve deslocamento populacional ao longo dos séculos. E se houve, por quais motivos esse deslocamento ocorreu?

diversidade cultural dos povos indígenas no Brasil.

mapa apresenta um mapeamento das tribos indígenas com base no tronco lingüístico. Observe as diversas populações indígenas existentes no território brasileiro. Fonte: http://www.unicamp.br/iel/cedae/indiomap.gif

5- Identifique no mapa os grupos indígenas ao lado Faça uma na tribo maxakali

Faça uma na tribo Arara

6- Escreva um pequeno texto sobre a diversidade cultural e territorial das populações indígenas no Brasil atual.

Família Arara da Região Norte(1)

Crianças Maxakali. Norte de Minas (2)6- Numere as diferenças entre os dois grupos indígenas acima?( ) vive relativamente isolados( )mantêm as tradições culturais de seus antepassados( ) sobrevivem da caça, pesca, coleta e agricultura incipiente( ) maior contato e integração com outros povos( ) fala português( ) veste-se com a maioria da população e realiza comercio como qualquer outro povo.

Hab: Analisar e compreender o longo processo de conquista do norte e nordeste do território mineiro, em pleno século XIX

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Diferenciar as principais ‘nações’ indígenas brasileiras, especialmente as reconhecidas como mineiras

Durante o período áureo da extração do ouro e dos diamantes em Minas, interessou à Metrópole a manutenção da ocupação indígena das regiões do vale do rio Doce e do rio Mucuri. Essa ocupação e a conservação da floresta, que cobria as regiões, serviam de barreiras naturais e dificultavam o descaminho do ouro. Com a decadência da extração do ouro e das pedras preciosas, o interesse da metrópole se deslocou para a conquista e expansão de áreas para a colonização.Os grupos remanescentes de indígenas existentes hoje em Minas Gerais foram, em sua maioria, aqueles que sobreviveram ao processo de conquista do território, empreendido no século XIX.

Reúna-se com seus colegas em grupo para debater e responder as seguintes questões a partir da leitura do texto.1) Qual a imagem que o príncipe regente tinha dos indígenas brasileiros?2) O quê ele pretendia que fosse com eles realizado?3) O quê era a civilização segundo a compreensão do Príncipe? Como ela poderia ser alcançada?4) O quê significava para o Príncipe regente levar a paz para os indígenas?5) Quais são os grupos indígenas mencionados na carta?6) Quais os motivos são listados para se decretar guerra a esses indígenas?

TEXTO 1: Pedro Maria Xavier de Ataíde e Mello, do Meu Conselho, Governador e Capitão General da Capitania de Minas Geraes, Amigo. Eu o Príncipe Regente* vos Envio muito saudar. Sendo-Me presentes as graves queixas que da Capitania de Minas Geraes tem subido á Minha Real Presença sobre as invasões, que diariamente estão praticando os Índios Botecudos, Antropophagos em diversas, e muito distantes partes da mesma Capitania, particularmente sobre as margens do Rio Doce, e rios, que no mesmo desagoão, e onde não só devastão todas as Fazendas sitas naquellas visinhanças, e tem até forçado muitos Proprietários a abandonallas com grave prejuízo seu, e da Minha Real Coroa, mas passão a praticar as mais horríveis, e atrozes scenas da barbara antropophagia, ora assassinando os Portuguezes, e os Índios mansos por meio de feridas, de que sorvem depois o sangue, ora dilacerando os corpos, e comendo os seus tristes restos; tendo-se verificado na Minha Real Presença a inutilidade de todos os meios humanos, pelos quaes Tenho Mandado que se tente a sua civilização, e os reduzillos a Aldear-se, e a gozarem dos bens permanentes de huma Sociedade pacifica, e doce debaixo das justas, e humanas Leis, que regem os Meus Povos; e até havendo-se demonstrado, quão pouco últil era o sistema de Guerra defensivo, que contra elles Tenho Mandado seguir, visto que os Pontos de defeza em huma tão grande, e extensa linha não apoiam bastar a cobrir o Paiz: Sou Servido por estes, e outros justos motivos, que ora fazem suspender os effeitos de Humanidade, que com elles Tinha Mandado praticar, Ordenar-vos em primeiro lugar: Que desde o momento, em que receberdes esta Minha Carta Régia, deveis considerar como principiada contra estes Índios Antropophagos huma Guerra Offensiva*, que continuareis sempre em todos os annos nas Estações secas, e que não terá fim, senão quando tiverdes a felicidade de vos senhorear das suas Habitações, e de os capacitar da Superioridade das Minhas Reaes Armasde maneira tal, que movidos do justo terror das mesmas eles peção a Paz, e sugeitando-se ao doce jugo das Leis, e promettendo viver em Sociedade, possão vir a ser Vassallos úteis, como já o são as immensas Variedades de Índios, que nestes Meus vastos Estados do Brasil se achão aldeados, e gozão da felicidade, que he consequencia necessária do Estado Social (...)Carta Régia ao Governador e Capitão General da Capitania de Minas Gerais sobre a guerra aos índios Botecudos. In: CUNHA, Manuela Carneiro da (org.). Legislação indigenista no século XIX. São Paulo: Edusp, 1992. p. 56-57.

Interpretação de documento histórico1- O que é carta régia?2- Quem escreveu a carta acima?3- Para quem a carta foi escrita?4- Qual é o assunto principal da carta?5- Em que lugar se encontrava a pessoa que recebeu a carta e em que lugar estava o rei?6- De acordo com o texto, que tribo indígena era antropófaga e o que é antropofagia?7- Na carta o rei diz que tem tentado de tudo para civilizar os índios sem com isso conseguir resultados, portanto que ordem dá ao capitão geral das capitanias de Minas Gerais?Sobre o texto coloque V ou F( ) Existe imensas variedades de etnias indígenas no Brasil. ( ) Os botecudos invadiam as capitanias e comiam carne humana dos portugueses e dos índios que já tinham sido “civilizados”( ) Muitos fazendeiros abandonaram suas fazendas fugindo dos índios que praticavam a antropofagia.( ) O rei mandou fazer uma guerra ofensiva para que os índios botecudos ficassem com tanto medo que pedissem a paz

TEXTO 2: Sob D. João VI as terras conquistadas em ‘guerra justa’ declarada pela Coroa, eram tidas por devolutas. A guerra justa, instituição que data das Cruzadas, é usada do século XVI ao início do XVIII no Brasil para dar fundamento à escravização de índios livres. No século XIX é um arcaísmo. Ao ser invocada nessa época, faz ressurgir a escravidão indígena: os índios conquistados ficarão escravos por certo tempo. Mas introduz também, um novo título sobre as terras dos índios, algo que não era tratado nos séculos anteriores. Nunca se havia declarado devolutas as terras de índios conquistados: a novidade é significativa. Nessas terras, favorecia-se o estabelecimento de colonos: as terras deveriam ser dadas a soldados, a fazendeiros (...). Muito depois da conquista do rio Doce [região de Minas Gerais] e dos índios botocudos [de Minas Gerais] terem sido aldeados*, ainda se concediam sesmarias em seus territórios.CUNHA, Manuela Carneiro da. Prólogo. In: CUNHA, Manuela Carneiro da (org.). Legislação indigenista no século XIX. São Paulo: Comissão pró-índio de São Paulo/ Edusp, 1992. p. 13-14.

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Em pleno século XXI a grande maioria dos brasileiros ignora a imensa diversidade de povos indígenas que vivem no país. Estima-se que, na época da chegada dos europeus, fossem mais de 1.000 povos, somando entre 2 e 4 milhões de pessoas. Atualmente encontramos no território brasileiro 238 povos, falantes de mais de 180 línguas diferentes.Os povos indígenas somam, segundo o Censo IBGE 2010, 896.917 pessoas. Destes, 324.834 vivem em cidades e 572.083 em áreas rurais, o que corresponde aproximadamente a 0,47% da população total do país.A maior parte dessa população distribui-se por milhares de aldeias, situadas no interior de 679 Terras Indígenas, de norte a sul do território nacional.  Falar, hoje, em povos indígenas no Brasil significa reconhecer, basicamente, seis coisas: Nestas terras colonizadas por portugueses, onde viria a se formar um país chamado Brasil, já havia populações humanas que ocupavam territórios específicos;Não sabemos exatamente de onde vieram; dizemos que são "originárias" ou "nativas" porque estavam por aqui antes da ocupação européia;Certos grupos de pessoas que vivem atualmente no território brasileiro estão historicamente vinculados a esses primeiros povos;Os índios que estão hoje no Brasil têm uma longa história, que começou a se diferenciar daquela da civilização ocidental ainda na chamada "pré-história" (com fluxos migratórios do "Velho Mundo" para a América ocorridos há dezenas de milhares de anos); a história "deles" voltou a se aproximar da "nossa" há cerca de, apenas, 500 anos (com a chegada dos portugueses);Como todo grupo humano, os povos indígenas têm culturas que resultam da história de relações que se dão entre os próprios homens e entre estes e o meio ambiente; uma história que, no seu caso, foi (e continua sendo) drasticamente alterada pela realidade da colonização;A divisão territorial em países (Brasil, Venezuela, Bolívia etc.) não coincide, necessariamente, com a ocupação indígena do espaço; em muitos casos, os povos que hoje vivem em uma região de fronteiras internacionais já ocupavam essa área antes da criação das divisões entre os países; é por isso que faz mais sentido dizer povos indígenas no Brasil do que do Brasil.A expressão genérica povos indígenas refere-se a grupos humanos espalhados por todo o mundo, e que são bastante diferentes entre si. É apenas o uso corrente da linguagem que faz com que, em nosso país e em outros, fale-se em povos indígenas, ao passo que, na Austrália, por exemplo, a forma genérica para designá-los seja aborígines. Indígena ou aborígine, como ensina o dicionário, quer dizer "originário de determinado país, região ou localidade; nativo". Aliás, nativos e autóctones são outras expressões usadas, ao redor do mundo, para denominar esses povos.O que todos os povos indígenas têm em comum? Antes de tudo, o fato de cada qual se identificar como uma coletividade específica, distinta de outras com as quais convive e, principalmente, do conjunto da sociedade nacional na qual está inserida.

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Eram mais de cem os grupos indígenas que viviam em Minas Gerais. Ao longo dos anos, eles foram sendo dizimados pelo homem branco, que os escravizava, matava, ocupava suas terras e lhes transmitia suas doenças.População quase em extinção, os índios do Estado de Minas Gerais estão reduzidos a cinco grupos: Xacriabá, Krenak, Maxacali, Pataxó e Pankararu e outros menores: Aranã, Mukuriñ, Pataxó hã-hã-hãe, Atu-Awá-Arachá, Caxixó, Puris e Xukuru-Kariri. Eles pertencem ao tronco lingüístico Macro-Jê e são aproximadamente dez mil índios. A maior concentração é dos Xacriabá, pouco mais de 6.000 índios. Aproximadamente 300 Pankararu. Pouco mais de 200 Pataxó. Aproximado de 150 Krenak. Os Maxacali, estimados em 811 índios. E os outros são pouquíssimos Esses grupos, que ainda sobrevivem em algumas reservas, continuam a praticar seus cultos e atividades primitivas, ainda preservam usos e costumes, mas são pobres e doentes, habitam choças, sofrem muita pressão de fazendeiros e recebem pouca assistência dos governos e da sociedade. Os Carijós, ou índios escravos, como eram chamados pelos colonizadores, foram pouco a pouco perdendo seu espaço e desapareceram, além dos Caiapós e os Bororós do oeste e muitos outros.Os Krenak moram em Resplendor, MG, formou-se ao longo de um processo histórico marcado pela violenta exploração da região, Os Krenak foram chamados de 'Botocudos' pelos portugueses, em referência aos adornos usados nas orelhas e nos lábios. Os Krenak foram os últimos a negociar com as autoridades governamentais a 'pacificação' e 'civilização', ocorrido com a inauguração do Serviço de Proteção aos Índios.O povo Aranã também tem sua origem na história dos Botocudos. Os Aranã foram aldeados pelos missionários capuchinhos, foram vítimas de epidemias que dizimaram a população. Alguns sobreviventes vivem hoje no municípios de Martinho Campos (fazenda Criciúma) Os Caxixó somam cerca de 100 indivíduos na comunidade do Capão do Zezinho.Os Maxakali enfatizam sua "resistência cultural" - a permanência da sua língua própria e o uso restrito do português apenas para as situações do contato interétnico; têm uma intensa vida ritual e se recusam a se inserirem na lógica da produção capitalista mesmo tendo mais de duzentos anos de contato com o homem branco, apesar disso esse grupo indígena é chamado de "grupo problema", por causa do alto grau de conflito e violência internos, alcoolismo e precárias condições alimentares e de saúde que esse povo enfrenta. Por "preservar" sua língua e tradições "originais", os Maxakali são símbolos de resistência indígena em Minas Gerais. Atualmente os Maxakali vivem em quatro áreas, as aldeias de Água Boa, município de Santa Helena; aldeia de Pradinho e Cachoeira, no município de Bertópolis; aldeia Verde, no município de Ladainha e no distrito de Topázio, em Teófilo Otoni.As etnias Pataxó, Pataxó hã-hã-hãe, Xukuru-Kariri e Pankararu são oriundos de estados do nordeste.  Originários de Pernambuco.Os Pankararu se espalharam por vários estados este êxodo aconteceu por causa da construção da hidrelétrica de Itaparica no Rio São Francisco, da seca e dos conflitos pela terra.O Povo Pataxó, vive em Carmésia/MG desde a década de 1970, são aproximadamente 300 pessoas. Há um grupo que vive no município de Itapecerica na Aldeia Muã Mimatxi e na aldeia Jundiba Cinta Vermelha, no município de Araçuaí, juntamente com uma família de Pankararu. Conhecidos pelo seu semi-nomadismo, a chegada dos Pataxó em Minas é consequência de dois fatos históricos importantes: o primeiro, quando ocorre o famoso 'Fogo de 51' caracterizado pela ação violenta da polícia baiana que desarticulou as aldeias, dispersando o Povo Pataxó, como forma de promover a 'ocupação civilizada' na região de Porto Seguro; o segundo foi a transformação de 23.000 hectares de seu território em parque nacional – o Parque Nacional do Monte Pascoal, criado em 1943.O Povo Xukuru-Kariri é oriundo da região de Palmeiras dos Índios, em Alagoas. Após conflitos de terras e mortes, algumas famílias se mudaram para Botirama, na Bahia e outros vieram para Minas Gerais.Os Pataxó Hãhãhãe englobam as etnias Baenã, Pataxó Hãhãhãe, Kamakã, Tupinambá, Kariri-Sapuyá e Gueren. Habitantes da região sul da Bahia. Hoje, um pequeno grupo vive no município de Teófilo Otoni, Minas Gerais.Os Mokuriñ pertencem ao grande grupo dos povos chamados “Botocudos”, aldeados em Itambacuri pelos frades capuchinhos, hoje vivem no município de Campanário. Os Xacriabá vivem no município de São João das Missões, Norte de Minas Gerais. Depois de receberem título de posse de suas terras, viveram em relativa paz com os camponeses. A partir de 1969, o desenvolvimento de projetos agrícolas na região atraiu fortes grupos empresariais e grandes fazendeiros, acentuado-se a invasão das terras dos Xakriabá . Nos anos 1980, a tensão aumenta de forma insuportável, culminando no assassinato de grandes lideranças indígenas.Os Catú-awa-arachás vivem em Araxá, Minas Gerais, devidamente organizados na Associação Andaiá. Os Puris estão se organizados no município de Araponga região da Mata, é bastante recente, como no caso dos Catú-awa-arachás, a emergência étnica destes dois povos. Na região metropolitana de Belo Horizonte vivem diversas famílias de grupos étnicos distintos. Há grupos familiares de Aranãs, Xakriabás, Caxixó, pataxó, Pataxó hã-hã-hãe, entre outros. Estes grupos migraram para o centro urbano em busca de uma qualidade de vida melhor, já que muitos perderam o território ao longo da história de ocupação das áreas indígenas.

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Índios Carijós

Índia Pataxó

Índia Xacriabá

Índios Brasileiros e as mudanças que sofreram durante a colonização

O índio que sempre esteve em harmonia com o meio ambiente sofreu muito com a chegada do homem branco. Ele saiu do isolamento em que vivia, esse convívio trouxe novos costumes o que descaracterizou e muito a sua cultura, O contingente populacional indígena era em torno de 2 a 5 milhões na época do descobrimento do Brasil. Atualmente de acordo com dado fornecidos pela FUNAI ( Fundação Nacional do Índio ), essa população está reduzida a 220 mil habitantes concentrados principalmente nas regiões norte e centro-oeste do país.A colonização brasileira no início se concentrou no litoral tendo como primeiro contato os índios tupi, esses índios ensinaram aos portugueses o cultivo da mandioca e a utilização de vários utensílios. O contato com o homem branco

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introduziu na cultura indígena o uso da arma de fogo, criação de galinhas, bois e porcos.Os índios brasileiros vivem em aldeias independentes. Cada aldeia tem seu chefe que conduz as migrações, determina as atividades diárias, lidera os índios em caso de guerra, procura manter as tradições e é também responsável pelo contato com outras aldeias e com o homem branco.Normalmente os índios brasileiros não acreditam na existência de um Deus supremo e sim numa série de figuras mitológicas que teriam criado os animais, as plantas e os costumes. Para os índios a arte não está separada da vida cotidiana e nem é uma atividade individual. A pintura corporal pode ser um enfeite, pode distinguir os grupos da sociedade ou indicar o estado de guerra na aldeia. A cor vermelha é extraída do urucum, o azul do jenipapo e o branco do calcário. Além dos desenhos no corpo, a pintura é usada nos trabalhos de cestaria e cerâmica. A arte plumária em geral é destinada a enfeites utilizados durante a realização de ritos e como adornos na vida diária.As técnicas da fabricação da cerâmica foram desenvolvidas pelas sociedades indígenas de acordo com o nível de sua cultura e de suas necessidades básicas.