Aula 6 a 10 Historia Dos Povos Indígenas e Afrodescendentes

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    Aula 6: Teorias raciais e interpretaes sobre o Brasil

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    A origem da Espcie

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    A eugenia vinha de encontro aos interesses polticos da Europa e dos Estados Unidos. Os europeusacreditavam que compunham um grupo humano puro, livre de hibridizao, muito mais perto da

    pereio e, !ustamente por isso, seriam respons"veis pela civilizao dos demais grupos #argumento que !ustiicou e legitimou tanto a colonizao americana como o $%mperialismoEuropeu& e o sentimento do ardo do homem branco.

    '" os estadunidenses, mesmo tendo sido colonizados pela (r)*retanha, comprovaram seudesenvolvimento, principalmente por terem evitado a miscigenao entre o branco dominador e onegro escravizado+ por isso, tambm estavam adados ao progresso e civilizao.

    %ndependentemente de certa tradio mazomba do *rasil # que, vale ressaltar, at -// era umacol0nia portuguesa # oi impossvel evitar as repercuss1es da airmao da ci2ncia como chavee3plicadora do mundo e da humanidade.

    4a realidade, a vit5ria do discurso cientico caminhou par e passo com a construo de umaidentidade nacional brasileira. A primeira ideia de *rasil 6entendido como uma unidade nacionalsoberana e desvinculada politicamente de 7ortugal8 oi construda com os primeiros museus,

    institutos hist5ricos e geogr"icos, aculdades de direito e de medicina em terra brasilis. 9urante osculo :%:, nacionalismo e ci2ncia undiam)se e conundiam)se.

    ;odavia, a importao desse sistema e3plicativo cientico trazia no seu bo!o # conorme vistoacima # uma questo deveras espinhosa para a elite intelectual brasileira< o problema damestiagem.

    A constatao 6por parte dos cientistas8 da e3ist2ncia de hierarquia entre as raas humanas no eraalgo to estranho a uma sociedade que escravizava, sem muitos conlitos morais ou religiosos, oselementos indgenas e negros da sociedade. 4a realidade, a ideia da supremacia branca rente sdemais raas ou $espcies& humanas parecia corroborar a realidade brasileira de ento.

    Entretanto, a massa de mulatos, cauzos, caboclos, pardos e cabras, lembravam, a todo o momento,que o *rasil era uma nao ma!oritariamente mestia # o que inviabilizava que o pas galgasse oest"gio supremo da civilizao.

    =omo outras localidades da Amrica >atina, o *rasil tornou)se uma espcie de laborat5rio vivo,onde cientistas procuraram comprovar na pr"tica o que compuseram, e onde $ilustrados& brasileiros

    buscaram desesperadamente uma unidade, uma homogeneidade para deinir o povo brasileiro.

    %mportantes cientistas como ;homas *uc?le, Arthur de (obineau e >ouis Agassiz analisaram oen0meno da mestiagem brasileira, tendo inclusive visitado o pas. %nelizmente, suas conclus1essobre o uturo do *rasil no eram muito esperanosas.

    9e tal modo, aceitar, copiar e reproduzir essas teorias iria interromper um pro!eto de construonacional brasileira que mal tinha comeado. Os homens de ci2ncia do *rasil tiveram que achar umaresposta original, adaptando essas teorias, utilizando o que combinava e descartando o que era

    problem"tico para a construo de um argumento racial no pas 6@=BAC=D< -F, FG8.

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    Aula 07: Mestiagem como sada?

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    Aula 8: Herana ndgena e a sua inser!o e"eti#a no Brasil contempor$neo

    A questo indgena tambm ganhou espao no debate, pois qualquer debate sobre meioambiente no *rasil precisa levar em considerao as ag2ncias desses su!eitos.

    4o entanto, o *rasil tem uma questo a ser resolvida em relao a essas sociedades, que asua deinio. O critrio da autoidentiicao tnica vem sendo o mais amplamente aceito

    pelos estudiosos da tem"tica indgena.

    4a dcada de -HI, o antrop5logo brasileiro 9arcJ Cibeiro baseou)se na deinioelaborada pelos participantes do %% =ongresso %ndigenista %nteramericano, no 7eru, em -K,

    para assim deinir, no te3to $=ulturas e lnguas indgenas do *rasil&, o indgena comoei nM N.II-, de--/-GF8, que norteou as rela1es do Estado brasileiro com as popula1es indgenas at a

    promulgao da =onstituio de -.

    4essa aula ser" analisada, ento, a questo indgena na contemporaneidade brasileira.

    Puando os portugueses chegaram ao *rasil, encontraram um nQmero signiicativo de povosaut5ctones a quem chamaram ndios. Ainda que eles !ulgassem estar rente a uma raadierente, ainda nos primeiros anos de colonizao, os lusitanos conseguiram encontrartraos especicos que dierenciavam essas sociedades, apontando parte da comple3idadeque regeu a vida desses grupos.

    O processo colonial oi e3tremamente violento com as sociedades indgenas. As estimativasapontam que no incio do sculo :R% e3istiam entre - e -I milh1es de ndios, no que ho!e o *rasil. Esses habitantes se dividiam em dierentes povos, com culturas, crenas e lnguas

    dierentes.Rimos nas primeiras aulas do curso que dezenas de milhares de ndios morreram emdecorr2ncia da colonizao da Amrica portuguesa. (ripe, sarampo, tuberculose e varolamataram sociedades indgenas inteiras, contribuindo para aquele que oi o maior genocdioda hist5ria da humanidade.

    'unto com a mortandade causada pela alta de imunidade indgena, a eetivao do sistemacolonial trou3e muitas mudanas nos padr1es organizacionais desses povos.Cesumidamente, as sociedades indgenas que habitavam o *rasil tinham sua economia

    organizada em modos de produo de uso, ou se!a, produziam o suiciente para o consumointerno.

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    Ainda que pesquisas recentes apontem a presena de moeda em algumas sociedadesindgenas que habitavam a bacia amaz0nica, grande parte das trocas realizadas entre essesgrupos ocorria por meio do escambo.

    A instaurao do aparelho colonial, a produo do aQcar, o movimento das bandeiras e acriao de gado izeram com que tais sociedades tivessem que se adaptar a um ritmo detrabalho e3tremamente pesado, o que, uma vez mais, acarretou na morte de milhares dendios e na desestruturao das sociedades que entraram em contato com os colonoseuropeus.

    A catequese oi outro instrumento de colonizao e, !ustamente por isso, um processo quedesestruturou boa parte dos povos indgenas. Embora muitos mission"rios ob!etivassemlevar a verdadeira aos ndios, e em muitos casos tenham 6na sua perspectiva8 deendidoos indgenas, a converso ao catolicismo, a criao de uma lngua geral e at mesmo osmovimentos de resist2ncia eram indcios de que o contato entre portugueses e ndios estavacriando novas ormas de sociabilidade, sobretudo para os Qltimos, que estavam sub!ugadosdentro do sistema colonial que se or!ava.

    Estudos recentes apontam que, atualmente, os Qnicos grupos que no tiveram suas lnguasalteradas pelo contato com os portugueses oram os Sulni0 6de 7ernambuco8, os Ta3a?ali6de Tinas (erais8 e os :o?leng 6de @anta =atarina8. %nteressante notar que nenhuma dassociedades apontadas pertence amlia ;upi, mas esto ligadas ao tronco Tacro)'2.

    9urante todo o perodo colonial, os portugueses e colonos nascidos na Amrica utilizaramos ndios no s5 como mo de obra barata 6ou ento escrava8, mas tambm izeram uso deseus saberes. A tcnica da coivara oi levada a propor1es imensas. A regio das minas oiencontrada graas a a!uda indgena+ remdios eram eitos com base nos saberes de pa!s e3ams e a mandioca transormou)se na base da alimentao da col0nia durante FII anos.

    Sindo o perodo colonial, os ndios continuaram azendo parte da hist5ria brasileira. Emmeados do sculo :%:, uma determinada ideia de ndio oi criada pelos intelectuais

    brasileiros, que a utilizaram como cone de her5i nacional.

    4o inal desse mesmo sculo e no incio do sculo seguinte, os ndios que habitavam a

    regio norte do pas oram undamentais para as atividades e3trativistas. @ociedadesindgenas inteiras oram # direta e indiretamente # trabalhar na busca pelo l"te3, bemcomo nos movimentos e3plorat5rios da regio amaz0nica. Soi nesse conte3to que o

    positivista Tarechal Condon despontou no quadro nacional.

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    Tomentos e3plorat5rios da Amaz0niaei nM /IKI ) A >ei do Rentre >ivre

    4o ano de -G-, o @enado brasileiro aprovou a >ei nM /IKI, mais conhecida como a >ei do Rentre >ivre,determinando que a partir daquela data 6/XIX-G-8 todas as crianas nascidas de ventre escravo seriamlivres.

    7ara garantir que receberiam bons cuidados e que no seriam separados das mes, todos os senhoresdeveriam icar com os recm)nascidos at eles completarem oito anos de idade. 9epois disso, o senhor desua me poderia escolher receber NII mil ris do governo e dar a liberdade total para a criana ou entoutilizar os servios dessa criana at ela completar vinte e um anos.

    A >ei nM /IKI ainda reconheceu que todo escravo que tivesse o dinheiro necess"rio poderia comprar sualiberdade, independentemente da vontade senhorial de conceder ou no a carta.

    Ainda que as condi1es de liberdade garantidas pela lei ossem de mdio prazo e que permitissem aossenhores utilizar os ilhos de suas escravas durante o perodo em que eles tinham grande potencial detrabalho, a garantia do Estado brasileiro sobre a liberdade de todos aqueles que nasceram ap5s / desetembro de -G- deu mais ora para os abolicionistas.

    A abolio da escravidoA abolio da escravido causou uma verdadeira comoo na populao brasileira. Tissas e estas oramrealizadas para comemorar o eito que, alm de acabar com o escravismo, no ressarciu nenhum propriet"rio.Estava totalmente e3tinta uma instituio que vigorou por mais de trezentos e cinquenta anos.A luta por igualdades sociorraciais no *rasil

    A abolio da escravido era apenas uma das etapas na luta por igualdades sociorraciais no *rasil.

    =onorme visto nas aulas N e G, !unto com a CepQblica brasileira nasceu a busca por uma identidade que adierenciasse do %mprio escravista, mas que, ao mesmo tempo, desse conta do debate racialista

    internacional.

    Associa1es e (r2mios

    Um dos primeiro movimentos oi criar associa1es e gr2mios que permitissem no s5 o encontro, mas odebate.Em @o 7aulo, que na poca !" era o principal centro econ0mico do pas, oram undados o =entro =ulturalenrique 9ias, a Associao 7rotetora dos *rasileiros 7retos e o (r2mio 9ram"tico Cecreativo e >iter"rio

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    $Elite da >iberdade&.

    Associa1es e gr2mios semelhantes oram criados nas demais cidades brasileiras. 4essas organiza1es eramrealizados diversos tipos de atividades como estas, bailes e reuni1es Y ocasi1es em que havia diverso,discusso e diversas redes de solidariedades e amizade eram estabelecidas.

    %mprensa 4egra

    ;odavia, as quest1es e3perimentadas pela populao negra no icaram restritas s associa1es e gr2mios.=omo os meios de comunicao da poca apenas reproduziam os padr1es de beleza europeus e estampavama populao negra como $criminosas em potencial& # reorando, assim, o racismo #, diversas dasorganiza1es negras que compunham as associa1es e gr2mios se articularam e undaram !ornais voltadospara a populao negra. 4o por acaso tais !ornais icaram conhecidos como< imprensa negra.

    Esses !ornais, em parte inluenciados pelos peri5dicos escritos pelos e para os imigrantes, eram direcionadosa uma elite de homens e mulheres negros e mestios, que, mesmo pequena, tinha representantes emdierentes localidades do *rasil.

    Alguns deles eram !ornais muito semelhantes aos produzidos no restante do pas e pouco, ou quase nunca,tocavam na problem"tica do racismo. 4esses casos, os peri5dicos traziam oertas de emprego, anQncios deconcursos de beleza e outras notcias cotidianas.

    4o entanto, em peri5dicos como O =larim dZAlvorada, A >iberdade, a @entinela, O Alinete, e O *aluarte,!ornalistas e intelectuais negros no s5 denunciavam situa1es de preconceito racial, como tambm usavam o!ornal para a!udar na educao e aumentar a autovalorizao da populao negra e mestia Y quest1es queno tinham espao nos outros !ornais brasileiros.

    Alguns peri5dicos chegaram a abrir espaos para que seus leitores publicassem poemas e contos. E no oipor acaso que muitos !ornais da imprensa negra aziam meno constante aos abolicionistas brasileiros.

    'ornal A Roz da Caa

    Em geral, havia uma grande preocupao em transmitir mensagens morais que pregavam contra a vadiageme enalteciam o trabalho e o trabalhador negro. 7roduzidos em pequenas gr"icas e muitas vezes contandounicamente com o inanciamento de seus editores ou com o dinheiro angariado em rias, a grande partedesses !ornais tinha uma pequena tiragem e era distribuda gratuitamente ou ento vendida a custos bai3osnas organiza1es e agremia1es requentadas pela populao negra.

    7orm, uma vez mais, a solidariedade entre os membros da comunidade negra se ez sentir

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    'ornal Puilombo

    Puatro anos depois, Abdias do 4ascimento e outros intelectuais negros undaram um dos !ornais maisamosos da imprensa negra< o Puilombo, publicado entre -K e -HI.

    9ierentemente dos outros peri5dicos, o Puilombo contava com a participao de !ornalistas negros ebrancos, tinha orte di"logo com intelectuais negros do =aribe, [rica e Estados Unidos e dava especialateno cultura aro)brasileira, sobretudo s maniesta1es artsticas e culturais realizadas pelos negros do*rasil.

    7or meio da e3altao de importantes personagens negras da hist5ria brasileira, o Puilombo permitiu quemuitos negros, especialmente aqueles que estavam na classe mdia, criassem uma identidade negra que

    tivesse um respaldo hist5rico.

    Tuitos dos intelectuais que izeram parte do corpo editorial do !ornal Puilombo tinham grande di"logo comos movimentos internacionais que combatiam o racismo, inclusive com o 7an)aricanismo, e comimportantes lideranas negras dos Estados Unidos envolvidas na luta pelos direitos civis dos negrosestadunidenses.

    7anteras 4egras

    Alm de e3altar a cultura negra, esses movimentos passaram a azer reivindica1es constantes contra oracismo e a avor da igualdade de oportunidade entre negros e brancos.

    4a dcada de -I, oi undando o Tovimento 4egro Uniicado que, com outras organiza1es parecidas,inclusive movimentos e O4(s que trabalham com a dupla discriminao sorida pelas mulheres negras, temlutado para que negros e mestios tenham a mesma oportunidade que o restante da populao brasileira.

    As denQncias e o combate desses movimentos izeram com que intelectuais negros e brancos tivessem querevisitar a hist5ria brasileira para acabar com a ideia de que o *rasil era um pas sem racismo.

    As provas da discriminao racial no *rasil serviram de base para a e3ig2ncia de melhorias urgentes na vidadessa parcela da populao e na adequao do racismo como crime inaian"vel. Tesmo assim, essa lutaainda est" longe de terminar.

    Outra importante ao desses movimentos oi recuperar importantes iguras negras da hist5ria do *rasil,

    como Dumbi dos 7almares que, atualmente, considerado um dos her5is brasileiros.

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    Aula )0: *omos +acistas?

    %ntroduo

    Em /II, uma pesquisa realizada pela Universidade de @o 7aulo concluiu que o *rasil no umpas racista, mas um lugar onde e3iste racismo. 9entre as pessoas entrevistadas, G\ airmaram noter nenhum tipo de preconceito racial, mas \ airmou conhecer algum que pratica ou !" praticoudiscriminao racial. ;al constatao uma contradio, que acaba se tonando a base dasrela1esraciais no *rasil.

    4essa perodo ser" abordado parte da luta contra o racismo no pas, bem como as a1es estatais quetentam alcanar este ob!etivo.

    O samba

    Os tempos idos4unca esquecidos;razem saudades ao recordar] com tristeza que eu relembro=oisas remotas que no v2m maisUma escola na 7raa Onze;estemunha ocularE !unto dela balana

    Onde os malandros iam sambar9epois, aos poucos, o nosso samba@em sentirmos se aprimorou7elos sal1es da sociedade@em cerim0nia ele entrou'" no pertence mos 7raa

    ;empos %dos ) =artola

    '" no mais o samba de terreiroRitorioso ele partiu para o estrangeiro

    E muito bem representado7or inspirao de geniais artistasO nosso samba de, humilde samba

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    Soi de conquistas em conquistas=onseguiu penetrar o Tunicipal9epois de atravessar todo o universo=om a mesma roupagem que saiu daquiE3ibiu)se para a duquesa de ^ent no %tamaratJ

    Ao retratar a tra!et5ria do samba no *rasil, o cantor e compositor =artola mostrou que o ritmomusical que nasceu com as quitandeiras baianas na 7raa Onze conseguiu vencer os preconceitos eganhar o estrangeiro. o!e, o samba uma das marcas do *rasil.

    Puando se ala em uma comida tipicamente brasileira, qual a primeira palavra que vem cabea_ Eum ritmo musical_ E o esporte_

    A ei!oada, o samba e o utebol, que se tornaram smbolos do *rasil, so heranas diretas dosaricanos que para c" oram trazidos.

    A ei!oada, o samba e o utebol, que se tornaram smbolos do *rasil, so heranas diretas dosaricanos que para c" oram trazidos.

    A capoeira, que no passado oi respons"vel pela priso de muitos escravos e libertos, ho!e setransormou em sin0nimo de esporte brasileiro.

    Os aricanos tambm trou3eram dierentes tipos de tambores e outros tantos instrumentos musicaisque permitiram que a mQsica brasileira se tornasse to diversiicada. ;ambores, atabaques, agog0s,cucas, berimbaus, zabumbas so alguns dos instrumentos presentes em dierentes ritmos musicais

    brasileiros. ;o diversiicado quanto os instrumentos so os tipos de mQsicas brasileiras queherdaram a harmonia, o ritmo ou a cad2ncia de dierentes regi1es da [rica.

    O samba 6palavra que tambm tem origem aricana e signiica divertir)se8 talvez se!a o maiore3emplo disso. Ele oi criado na segunda metade do sculo :%:, na 7edra do @al, que icava noTorro da =onceio, situado na regio central do Cio de 'aneiro. 4esse local, escravos e libertos,aricanos e crioulos se encontravam no inal do dia para azer mQsica e conversar.

    '" no sculo ::, o samba soreu inlu2ncias de outros ritmos musicais, como o ma3i3e, eintroduziu outros instrumentos, transormando)se no que se conhece ho!e.

    O samba proporcionou a criao de uma ampla rede de amizade e solidariedade entre pessoas

    negras, principalmente nos morros cariocas. 7orm, o ritmo do samba oi to contagiante quecostuma se dizer que ele $desceu o morro& e revelou grandes mQsicos brasileiros como =artola,9ona %vone >ara, Tartinho da Rila e 7aulinho da Riola+ tornando)se, assim, uma mQsicatipicamente brasileira.

    Atualmente e3istem dierentes tipos de samba, como o samba)enredo, tocado pelas escolas desamba, e o samba de roda, mais encontrado em regi1es rurais do *rasil, onde as pessoas tocam edanam em orma de roda.

    Arte e =ultura

    Atualmente e3istem dierentes tipos de samba, como o samba)enredo, tocado pelas escolas de samba, e o samba deroda, mais encontrado em regi1es rurais do *rasil, onde as pessoas tocam e danam em orma de roda.=ont... Arte e =ulturaO maracatu um e3emplo de dana que tem muita herana indgena. 4a regio amaz0nica, estas como

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    7arintins v2m se tornando cada vez mais conhecidas em todo o pas.

    9o ponto de vista cultural, possvel airmar que h" um reconhecimento signiicativo da pluralidadebrasileira e que tal pluralidade organizada a partir das heranas dei3adas pelos $tr2s povos& que undaram o*rasil< o indgena, o portugu2s e o aricano. =ontudo, essa pretensa harmonia cultural no se estende aoscampos socioecon0micos e polticos do pas.

    A desigualdade

    9ados obtidos por dierentes 5rgos de pesquisa 6como o %*(E e o %7EA8 indicam que a populaobrasileira est" cindida por uma signiicativa desigualdade que se e3pressa por meio da cor. Os ndicesmostram que a dierena salarial, a populao carcereira, a entrada nas Universidades pQblicas e os ndicesde assassinatos passam pelo crivo racial.

    9as =ontraven1es

    Art. FM ) Cecusar hospedagem em hotel, penso, estalagem ou estabelecimento de mesma inalidade, porpreconceito de raa, de cor, de se3o ou de estado civil.

    7ena ) priso simples, de F 6tr2s8 meses a - 6um8 ano, e multa de F 6tr2s8 a -I 6dez8 vezes o maior valor dereer2ncia 6TRC8.

    Art. KM ) Cecusar a venda de mercadoria em lo!as de qualquer g2nero ou o atendimento de clientes emrestaurantes, bares, coneitarias ou locais semelhantes, abertos ao pQblico, por preconceito de raa, de cor, dese3o ou de estado civil.

    7ena ) priso simples, de -H 6quinze8 dias a F 6tr2s8 meses, e multa de - 6uma8 a F 6tr2s8 vezes o maior valorde reer2ncia 6TRC8.

    Art. KM ) Cecusar a venda de mercadoria em lo!as de qualquer g2nero ou o atendimento de clientes emrestaurantes, bares, coneitarias ou locais semelhantes, abertos ao pQblico, por preconceito de raa, de cor, dese3o ou de estado civil.

    7ena ) priso simples, de -H 6quinze8 dias a F 6tr2s8 meses, e multa de - 6uma8 a F 6tr2s8 vezes o maior valorde reer2ncia 6TRC8.

    Art. M ) Obstar o acesso de algum a qualquer cargo

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    pQblico civil ou militar, por preconceito de raa, de cor, de se3o ou de estado civil.

    7ena ) perda do cargo, depois de apurada a responsabilidade em inqurito regular, para o uncion"riodirigente da repartio de que dependa a inscrio no concurso de habilitao dos candidatos.

    9e toda orma, a tentativa e a instaurao do sistema de cotas revigorou o debate sobre o racismo no pas eserviu como holoote para outras quest1es importantes, como a demarcao das terras indgenas equilombolas.

    7orm, essa uma questo que ainda est" longe de ser encerrada e, cu!o debate, undamental para a criao

    de um *rasil que no aa distin1es de seus habitantes.