Tornando as Cidades Inteligentes mais Seguras · altera toda a rotina e podendo resultar em um desastre eminente. Essa pode parecer uma cena fictícia. Entretanto, é altamente provável

Um Informativo da Frost & Sullivan

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Uma Perspectiva Latino-Americana

Tornando as Cidades Inteligentes mais Seguras:

IOT-ENABLED CUSTOMER EXPERIENCE

O FUTURO DA AMÉRICA LATINA

PREOCUPAÇÕES COM VULNERABILIDADE NA AMÉRICA LATINA

A CONVERGÊNCIA DOS MUNDOS FÍSICO E CIBERNÉTICO NA

AMÉRICA LATINA

TORNANDO AS CIDADES INTELIGENTES LATINO-AMERICANAS

MAIS SEGURAS

ESTUDOS DE CASO

PRINCIPAIS DESAFIOS DE IMPLEMENTAÇÃO

ÚLTIMAS PALAVRAS

3

6

10

15

21

29

34

ÍNDICE

2

3

WWW.FROST.COMINTEGRAÇÃO DA SEGURANÇA FÍSICA E CIBERNÉTICA NA AMÉRICA LATINA

O FUTURO DA AMÉRICA LATINA

01

3

4


Durante a última década, a América Latina evoluiu substancialmente tanto econômica quanto politicamente. O boom das commodities nos anos 2000 permitiu que a região atingisse um índice de crescimento maior do que o da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Também houve redução dos níveis de pobreza, ao mesmo tempo em que houve aumento do poder aquisitivo da classe média.

Nas próximas décadas, a região estará bem integrada

como bloco e também com o resto do mundo ao

estabelecer uma fortuna econômica construída sobre

uma base sólida e bem diversificada de serviços de

alto valor. As melhorias em serviços e automação

governamentais proporcionadas pelas máquinas

tornarão a região atraente para investidores e talentos

estrangeiros. Nesse momento, a América Latina se

transformará em um lugar escolhido pelos gigantes

tecnológicos e por indústrias como a automotiva e

a de turismo. A expansão comercial será possível

através da transformação, que resultará em um

acesso igualitário a serviços básicos e oportunidades

nas expectativas de emprego. Condições de vida

ruins, roubos, delinquência e homicídios serão

coisas do passado. A tecnologia garantirá o bom

funcionamento de toda a infraestrutura e dos

serviços necessários para a vida dos cidadãos que

terão uma vida conectada, perfeitamente integrada

à cidade, aos espaços de trabalho e às comodidades

de seus lares.

O conceito “inteligente” será então uma realidade para a “nação inteligente” em todos os aspectos

conforme toda a infraestrutura nacional, incluindo transporte, água e energia, estará conectada a um

único sistema. Isso significa que o aspecto físico da vida não ficará mais separado do digital. As

infraestruturas essenciais estarão interconectadas e os cidadãos confiarão na tecnologia digital para

os serviços cotidianos.

Imagine que você está a caminho de casa depois do trabalho na pacífica cidade de Lima, utilizando

seu extremamente confiável sistema de transporte de massa. De repente, o metro para bruscamente

e as luzes se apagam, deixando o vagão totalmente às escuras. Felizmente, o processo de evacuação

de emergência ocorre de forma ordenada e todos saem do túnel do metro.

5


Sentindo-se aliviado enquanto começa a planejar formas alternativas de ir para

casa, você percebe que está em um caos ainda maior do que havia imaginado.

Tudo está completamente escuro. Você pega seu celular para contar aos seus

entes queridos o que está acontecendo, mas então nota que a rede móvel também

está fora de serviço. Com o sistema do centro de comando da cidade afetado,

as operações de resgate não puderam ser iniciadas. Um apagão geral na cidade

altera toda a rotina e podendo resultar em um desastre eminente.

Essa pode parecer uma cena fictícia. Entretanto, é altamente provável em um

mundo conectado. Basta um ataque cibernético à rede elétrica de uma cidade

para mergulhá-la em um caos. O intruso pode obter acesso às infraestruturas

essenciais através dos dispositivos pessoais de funcionários chave. O corte no

fornecimento de energia tem um impacto imediato em telefones, internet, caixas

eletrônicos, semáforos, rede de transporte, postos de combustível, rede de água,

fabricantes e tudo mais. Apesar de haver geradores de emergência disponíveis

em hospitais e instalações públicas, esses servicos essenciais podem

continuar funcionando até que a energia elétrica seja totalmente

restabelecida? Essas questões ressaltam a necessidade de

construir a infraestrutura das cidades inteligentes sob uma

perspectiva segura e resiliente.

Os órgãos governamentais e as corporações da

América Latina estão investindo pesadamente em

soluções de tecnologia de ponta e no desenvolvimento

da infraestrutura. As áreas urbanas da região irão

evoluir conforme o governo e as corporações construírem

cidades conectadas e inteligentes que integrem tecnologias

e infraestruturas ciberfísicas, criando eficiência ambiental e

econômica. Isso proporcionará uma melhor qualidade de vida para

os cidadãos, o que é essencial para tornar qualquer cidade competitiva e

atraente para novos negócios.

Entretanto, ser inteligente não é suficiente. As cidades precisam aproveitar a

tecnologia implementada para melhorar a segurança pública, a vigilância e o

bem-estar. A presença da tecnologia inteligente em edifícios e nas infraestruturas

essenciais permite que as autoridades coletem e interpretem mais informações.

Tais análises fornecem informações sobre como as diferentes partes devem

responder frente a situações críticas variadas, o que é essencial para tornar uma

cidade segura. Os planejadores urbanos da América Latina também precisam

estar atentos às principais vulnerabilidades para desenvolver mecanismos

viáveis já na etapa de planejamento. Frente à crescente, poderosa e inesperada

suscetibilidade externa, desenvolver uma sociedade resiliente deve ser uma

prioridade absoluta.

6


PREOCUPAÇÕES COM VULNERABILIDADE NA AMÉRICA LATINA

02

6

7


1 Fórum Econômico Mundial na América Latina, https://www.weforum.org/events/

world-economic-forum-on-latin-america-2016/sessions/opening-plenary-latin-america-20162 UN-HABITAT – Estado das cidades da América Latina e Caribe3 Why and How Latin America Should Think About the Future (Por que e Como a América Latina Deve Pensar

Sobre o Futuro), Inter-American Dialogue (Diálogo Inter-Americano), dezembro de 20134 UNDP (United Nations Development) Report – Relatório de Desenvolvimento das Nações Unidas - http://www.

latinamerica.undp.org/content/rblac/en/home/regioninfo.html5 Economic Commission for Latin America and the Caribbean (ECLAC, 2010) – Comissão Econômica para a

América Latina e Caribe

Durante a última década, quando a globalização era importante, a América

Latina se transformou em uma região de desenvolvimento rápido no âmbito

internacional. Juntamente com o crescimento econômico e a estabilidade

financeira, a região deu grandes passos rumo à redução da pobreza. Ao longo

dos últimos cindo anos, houve uma redução de 12% na pobreza, sendo que a

pobreza extrema foi reduzida pela metade1. Durante esse período, a migração

rural fez com que agora, 80% da população viva em cidades. Hoje, a América

Latina é a região mais urbanizada do mundo2. Estima-se que 85-90% da

população seja urbana até 20303. Essa porcentagem é 8 vezes maior do que a

população urbana de 69 milhões em 1950.

O ritmo de urbanização criou deseconomias de escala e as maiores cidades da

região estão enfrentando questões de desigualdade. Dez dos 15 países mais

desiguais do mundo estão na América Latina4 e há mais de 100 milhões de pessoas

vivendo em condições inaceitáveis na região5. Apesar de a revolução urbana ter

proporcionado uma vida confortável para as elites, o acesso a serviços básicos,

incluindo segurança, transporte público, água e saneamento continua restrito

aos mais carentes. Assim, o desenvolvimento da infraestrutura urbana e a oferta

de serviços permanecem sendo prioridades. É essencial fornecer água potável,

eletricidade ininterrupta, bairros bem iluminados, ruas limpas, ar puro e transporte

rápido e seguro para os cidadãos.

Considerando todo o progresso global recente, é lamentável que um número

significativo de pessoas na América Latina morra fora de zonas de guerra.

A estimativa é de 10 vezes mais do que em zonas de guerra. Com 8 em cada

10 dos países e 47 em cada 50 das cidades com maior taxa de homicídios do

mundo, a América Latina continua contribuindo de forma significativa para essas

estatísticas4. A América Latina é a única região do mundo onde a violência letal

aumentou entre 2000 e 2010. A taxa de homicídios na região fica acima de 10 a

cada 100.000 habitantes, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS)

como um nível epidêmico, apesar de a intensidade variar entre os países. O Chile,

com uma taxa de homicídios inferior a 3 a cada 100.000 pessoas, é considerado

o país mais seguro da região. Por outro lado, El Salvador, com 116 assassinatos a

cada 100.000 pessoas e uma taxa aumentando para 188 em sua capital, é o país

sem guerra mais violento de todos. Talvez essa violência letal seja um subproduto

da desigualdade social e econômica da América Latina.

7

8


A maioria das cidades da região tem problemas

sociais, com uma juventude que carece de educação,

apresentando ainda altas taxas de desemprego

e fácil acesso a drogas e armas. Esses fatores

de risco representam riscos de violência para as

cidades. Os roubos triplicaram nos últimos 25 anos,

tornando-se o tipo de crime mais comum na América

Latina4. Aproximadamente um terço de todos os

roubos na região foi realizado com armas de fogo4.

Frequentemente, essa é uma ameaça muito maior do

que as atividades do crime organizado e de gangues,

já que desestabiliza três das principais dimensões

para o desenvolvimento humano – indivíduos, tecido

social e instituições democráticas.

Apesar da América Latina não ser considerada o alvo

principal do terrorismo global, a região tem lutado

contra o terrorismo local há décadas. A presença

de organizações criminosas, redes de contrabando

e fronteiras permeáveis tornaram a América Latina

um campo fértil para grupos terroristas. Um relatório

recente do departamento de estado americano

denunciou o apoio financeiro e ideológico na região

da Tri-fronteira (TBA6) entre a Argentina, Brasil e

Paraguai e em outras áreas ao Hezbollah, um grupo

islâmico radical do Líbano, ao Estado Islâmico do

Iraque e do Levante (ISIL7) e a outros grupos terroristas

do Oriente Médio e do Sul da Ásia8. A segurança

também permanece sendo uma questão importante

nas relações bilaterais entre os EUA e o México, já que

a fronteira entre esses países é considerada como um

lugar com potencial para o trânsito de terroristas.

Fatalidades no trânsito continuam sendo um grande

problema na América Latina. Apesar das várias

medidas tomadas, as fatalidades em rodovias

cresceram 20% na última década, com mais de 17

mortes a cada 100.000 habitantes em 20109. Em

estatísticas recentes publicadas pela Organização

Mundial da Saúde (OMS), a taxa de fatalidades

6 Tri-Border Area7 Islamic State of Iraq and the Levant8 RS21049 - Congressional Research Service – Latin America: Terrorism Issues - Serviço de Pesquisa do Congresso - América Latina: Problemas do

Terrorismo9 Economic Commission for Latin America and the Caribbean (ECLAC) - http://www.cepal.org/en/pressreleases/

latin-america-and-caribbean-maintains-high-traffic-accident-mortality-rate

9


diminuiu moderadamente para 15,9%, porém

permanece longe da expectativa de 50% de redução

até o final da década, sendo esse um dos principais

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável10.

Como resultado do desenvolvimento econômico e de

uma classe média em expansão, é possível ver o reflexo

do maior poder aquisitivo no aumento do setor de

viagens e turismo na América Latina. A expectativa é

que o tráfego de passageiros aéreos na região cresça

a uma Taxa de Crescimento Anual Composta (TCAC)

de 4,8% durante 2015-2019, com os países menores

nas principais posições11. Para atender o crescimento

de longo prazo, a América Latina precisará de 2.540

novas aeronaves de passageiros e cargas nos próximos

20 anos, mais do que o dobro da frota atual12. Muitos

dos países da região também divulgaram planos de

projetos de expansão/atualização de aeroportos com

o objetivo de atender o aumento da demanda7.

Com um custo estimado de mais de US$ 2 bilhões

anuais, desastres naturais tornaram-se um aspecto

custoso para a América Latina13. A região é vulnerável

a erupções vulcânicas, terremotos e chuvas fortes

que ocasionam inundações, deslizamentos de terra,

tempestades tropicais, furacões, incêndios florestais

e secas. Nove dos 20 principais países do mundo

mais expostos a impactos econômicos provocados

por desastres estão localizados na região10. O

risco do impacto é relativamente alto uma vez que

muitas das casas são construídas em zonas sísmicas

urbanas, em encostas de montanhas com alto risco

de deslizamento ou em planícies aluviais de rios e

a resposta das autoridades competentes tem sido

muito mais reativa do que proativa. Considerando o

alto impacto econômico e o mal-estar causado aos

cidadãos, os órgãos governamentais e os legisladores

estão cada vez mais dando prioridade máxima à

mitigação e prevenção de riscos.

Muitas cidades da América Latina, especialmente

aquelas com crescimento rápido, têm muitos riscos

de fragilidade. O fato das cidades da América Latina

terem aparecido nos top 70 do Índice Global de

Cidades Sustentáveis não surpreende. Enfrentando

desafios significativos de sustentabilidade, as cidades

da América Latina aparecem, em grande parte, no

quarto quartil do Índice14. Tais vulnerabilidades irão

ameaçar a intenção da região de assumir um papel

global mais relevante.

Não apenas avanços tecnológicos ajudariam as

nações a melhorar a segurança de seus cidadãos,

mas também políticas fortes e a aplicação da lei

para proteger os direitos humanos. Para sustentar o

crescimento econômico e a riqueza, as cidades da

América Latina precisarão balancear com eficiência

múltiplos desafios relacionados ao momento

econômico, além de fortalecer sua posição financeira

e melhorar a governança e a qualidade de vida dos

cidadãos. Elas devem ter consciência das ameaças

de todos os tipos e naturezas, procurando anulá-

las com sucesso para manter um ambiente seguro

e protegido, garantindo que seus cidadãos possam

utilizar os serviços de forma ininterrupta.

10 Decade of Action for Road Safety 2011-2020 - Década de Ação para a Segurança Viária 2011-2020 - http://www.who.int/roadsafety/

decade_of_action/en/11 BNamericas – via https://www.aem.org/news/may-2016/latin-america-s-top-air-traffic-growth-markets/12 Airbus Global Market Forecast - Previsão Global de Mercado da Airbus no site http://www.airbus.com/presscentre/pressreleases/

press-release-detail/detail/fleet-in-latin-america-to-more-than-double-by-2034/ 13 Banco Mundial, http://www.worldbank.org/en/news/feature/2012/10/09/desastres-naturales-america-latina-crecimiento-riesgo14 ARCADIS – Sustainable Cities Index 2016 - Índice de Cidades Sustentáveis 2016

10


A CONVERGÊNCIA DOS MUNDOS FÍSICO E CIBERNÉTICO NA AMÉRICA LATINA

03

10

11


O rápido crescimento populacional nas cidades tem preocupado

os planejadores urbanos. As demandas de urbanização estão

exercendo pressão na infraestrutura existente que, em grande

parte, não foi planejada para suportar essa magnitude de

crescimento desgastando-se com o tempo. Os planejadores urbanos

estão trabalhando na digitalização para aumentar a automação e a

capacidade de resposta.

A tecnologia tem avançando em ritmo rápido e o conceito

de Cidades Inteligentes começou a prosperar na América

Latina, que tem investido US$ 100 bilhões todos os anos em

infraestrutura15. Brasil, Colômbia, México e Peru também estão

investindo muito em suas iniciativas de cidades inteligentes

e países como Chile e Venezuela também estão indo nessa

direção. Os cidadãos esperam que as cidades sejam mais

limpas, ricas e eficientes quando todos os setores como

energia, água, sistemas de gestão de resíduos, mobilidade,

transporte e edifícios estiverem interconectados. Utilizando

a coleta de soluções e de tecnologias “inteligentes”, os

planejadores urbanos e os usuários de cidades inteligentes

estão posicionados para aproveitar as informações com o

objetivo de resolver alguns dos desafios enfrentados de

forma eficiente, sustentável e segura.

Apesar de a integração estar gerando eficiência de uma forma

que não era possível antes, ela também apresenta novos

desafios para os planejadores urbanos e as corporações.

A interconexão de dispositivos eliminou a barreira entre os

mundos físico e cibernético e, conforme a brecha digital

diminui, a violência se torna virtual e as atividades criminais

(incluindo o recrutamento para gangues e grupos radicais,

vendas de drogas e armas, etc.) se proliferam no mundo

cibernético. Isso significa que uma perspectiva muito diferente

deve ser considerada ao projetar uma cidade inteligente que

também pode ser uma cidade segura.

15 BNamericas – via http://www.bnamericas.com/en/news/ict/smart-cities-the-next-step-for-latin-america

12


Tradicionalmente, a ênfase é dada à proteção de ativos

essenciais contra ataques físicos através de acesso

restrito, monitoramento e segurança das instalações.

Apesar de as implementações de segurança física

prevalecerem em muitas iniciativas de cidades seguras

na América Latina, é importante considerar como os

empreendimentos podem ser afetados por ataques

cibernéticos. Haverá uma mudança de paradigma

na segurança de convergências em que medidas

de segurança, tanto físicas quanto cibernéticas,

serão igualmente importantes. As implicações

de práticas deficientes de segurança cibernética

poderão resultar em questões de perda de reputação

e de falta de confiança por parte dos residentes

das cidades se o governo falhar em proteger suas

identidades digitais. Ataques direcionados podem

até ameaçar infraestruturas essenciais que estejam

conectadas à Internet se não houver a adoção de

medidas de segurança cibernética, considerando que

esse risco estará sujeito a um aumento significativo

devido ao uso da Internet das Coisas. A Internet das

Coisas também pode transformar-se na Internet das

Ameaças.

A figura abaixo apresenta exemplos de alguns

dos ataques mais recentes ocorridos na América

Latina em 2016, incluindo alguns que se tornaram

manchetes internacionais, como o célebre vazamento

do escândalo Panama Papers.

16 Instituto de la Función Registral del Estado México17 Central America Free Trade Agreement – Tratado de Livre Comércio da América Central

13


MÉXICOO banco de dados

do Instituto Cadastral

do México (IFREM16)

foi invadido e as

informações roubadas

foram divulgadas

publicamente.

PANAMÁ2,6 TB de dados confidenciais foram roubados do

escritório de advocacia Mossack Fonseca, incluindo 11,5

milhões de documentos com informações financeiras e

confidenciais entre advogado e cliente referentes a mais

de 214.488 entidades internacionais.

COLÔMBIAO hacker Hanom1960 continua sua campanha e divulga informações dos bancos de dados do Ministério da Educação e do Ministério de Informações e Comunicações da Colômbia.

VENEZUELAO hacker Kapustkiy invade um

site de propriedade do exército

venezuelano (catropaejb.com.

ve) e divulga os dados de

3.000 contas.

COSTA RICA O Ministério da

Cultura e Assuntos

Internacionais da

Costa Rica sofreu uma

tentativa de invasão

como forma de protesto

contra o CAFTA17. BRASILO hacker Anonymous

Brasil realizou um ataque

DDoS ao site do tribunal

do Rio de Janeiro. Em

seguida, derrubou vários

sites do governo brasileiro

para protestar contra

os Jogos Olímpicos que

estavam ocorrendo na

cidade. Além do site

oficial das Olimpíadas

do Rio 2016, os sites

alvo de ataques também

incluíram o site oficial do

Governo Federal para os

Jogos de 2016, o portal

do Governo Estadual

do Rio de Janeiro, o do

Ministério dos Esportes

e o do Comitê Olímpico

Brasileiro (COB).

EQUADORUm banco do Equador foi vítima de um grande ataque de vulnerabilidade SWIFT em que aproximadamente US$ 9 milhões foram roubados.

PARAGUAIInformações Internas

da Secretaria Nacional

de Emergências (SNE)

do Paraguai foram

roubadas e divulgadas

online por um hacker.

ARGENTINAO site do Ministério da

Indústria (Ministério de

Produção) da Argentina foi

invadido e os dados de 18.000

contas foram divulgados.

BOLÍVIAOs servidores de

e-mails oficiais de

propriedade do Exército

Boliviano foram

invadidos. Os hackers

baixaram os e-mails e

divulgaram parte das

informações online.

Fonte: Hackmageddon, Frost & Sullivan

14


A escala e o número de ataques cibernéticos

continuarão a crescer e ficarão ainda mais

sofisticados. Os ataques realizados em sistemas

de transporte, água, telecomunicações, energia,

serviços financeiros e governamentais e de saúde

têm a capacidade de desestabilizar a economia

de um país. Na sequência de tais ataques, é de

importância estratégica para a América Latina

repensar as questões de segurança cibernética

em suas iniciativas de cidades seguras.

15


TORNANDO AS CIDADES INTELIGENTES LATINO-AMERICANAS MAIS SEGURAS

04

15

16


A segurança pública é considerada um aspecto fundamental para qualquer cidade ou nação. Os planejadores urbanos

devem garantir a segurança de pessoas, organizações e instituições para criar e manter um ambiente próspero. Os

planejadores urbanos continuam avaliando e empregando tecnologias emergentes e adotando novos modelos de negócios

para oferecer serviços para o público de forma mais eficiente. Entretanto, focar os recursos apenas em ganhos de eficiência

operacional sem considerar as várias ameaças pode colocar seus esforços em risco. Hoje, é necessário preocupar-se com

ameaças físicas e desastres naturais tanto quanto com ameaças cibernéticas. Portanto, a habilidade de uma cidade de

aproveitar muito bem as tecnologias emergentes e as ferramentas disponíveis define os resultados para seus cidadãos.

Apesar de a América Latina continuar enfrentando

múltiplas vulnerabilidades, o nível de preparação das

cidades para a adoção de segurança tem crescido

devido a uma maior educação do mercado. Os setores

público e privado têm aumentado constantemente

os investimentos em segurança. Estima-se que valor

do mercado de segurança da América Latina seja de

US$ 5,9 bilhões até o final de 2016. O investimento

total da região, entretanto, permanece reduzido em

relação a outras regiões, mas essa situação deve

mudar. Atualmente, a América Latina contribui com

apenas 8,2% do mercado global e essa participação

tem sido impulsionada principalmente pelos setores

de energia e de serviços públicos.

Conforme as cidades inteligentes utilizam um número

cada vez maior de soluções, muitos cidadãos se

perguntam se sua vida está melhor do que antes.

Apesar de o impacto poder levar um tempo, é

importante avaliar como os cidadãos se sentem em

relação aos aspectos relacionados à segurança digital,

pessoal, de saúde e de infraestrutura. Mesmos depois

de várias iniciativas, serão necessários esforços ainda

maiores já que a América Latina continua aparecendo

na metade inferior do Índice Global de Cidades

Seguras. A cidade com melhor desempenho no

continente é Santiago (28), seguida por Buenos Aires

(31)19. Apesar de haver alguns exemplos promissores

de várias autoridades municipais que estão incubando

novas abordagens contra crimes violentos, ainda

permanece o potencial de melhorias em segurança

pública.

Espera-se que a tecnologia desempenhe um papel

fundamental na criação de uma cidade segura.

Apesar de a América do Norte e a Europa terem

tradicionalmente adotado tecnologias emergentes de

segurança, a América Latina tem uma oportunidade

exclusiva de pular etapas sem as restrições causadas

por questões de legado. Isso pode ser conseguido

através da renovação da rede de comunicação e da

criação de uma plataforma digital para estimular a

adoção das tecnologias emergentes.

19 Economist Intelligence Unit, The Safe Cities Index –Assessing Urban Security in the Digital Age, 2015 – Unidade de Inteligência do jornal

The Economist – Índice de Cidades Seguras – Avaliação de Segurança Urbana na Era Digital, 2015

17


0

2,000

4,000

6,000

8,000

10,000

12,000

SERVIÇOS PÚBLICOS

GASTOS GLOBAIS COM O SETOR DE SEGURANÇA, 2016

PETRÓLEO & GÁS

FRONTEIRAS & MARÍTIMOCONTROLE DE

FRONTEIRAS & BIOMETRIA

América LatinaAmérica do Norte

EMEA18 Ásia Pacífico

SEGURANÇA

AEROPORTUÁRIA

MILHÕES DE US$

SETOR

BANCÁRIO &

FINANCEIRO

TRANSPORTE

DE MASSA

18 Europe, the Middle East and Africa – Europa, Oriente Médio e África

18


Um Sistema de Videovigilância é um componente essencial para a captura e detecção de

soluções para cidades seguras. Hoje, essa tecnologia evoluiu significativamente e passou de

fixa a móvel. Praticamente utilizada de forma exclusiva para investigações no início deste

século, a videovigilância é utilizada agora para fornecer informações situacionais em tempo

real para centros de controles ou oficiais em campo.

Recentemente, as Soluções Biométricas avançaram significativamente em termos de

facilidade de uso, precisão e custos mais acessíveis. O sucesso na comercialização

viabilizou o amplo uso na área de segurança pública. A biometria multimodal (na forma de

reconhecimento de impressões digitais, de íris e facial) é utilizada para aumentar a segurança

pública, a experiência do usuário e para proteger a privacidade pessoal. A integração das

tecnologias biométricas aos dispositivos móveis tornou a “biometria móvel” e a “biometria

em movimento” possíveis e prontas para serem amplamente adotadas. Os aplicativos

biométricos estão sendo cada vez mais utilizados no setor privado em uma infinidade de

indústrias como varejo, serviços bancários e turismo.

A Internet das Coisas (IoT22) está abrindo caminho para a coleta de dados conforme as

cidades se tornam super conectadas com uma rede de sensores e de dispositivos em

expansão. Os sensores utilizados nas Cidades inteligentes podem ser estáticos (instalados

em diferentes pontos fixos da cidade para medir temperatura, humidade, precipitação,

iluminação, ruídos de pressão em tubulações de água, sensores ópticos de vibração, sensores

CBRNE23, etc.), dinâmicos (instalados em veículos móveis como ônibus, táxis, carros de

polícia, veículos de coleta de lixo) ou de natureza participativa (aplicativos utilizados pelos

cidadãos que podem enviar informações sobre problemas nas ruas/rodovias).

A Análise de Big Data e a Inteligência Artificial serão de extrema importância para que as

cidades da América Latina descubram informações acionáveis a partir dos dados coletados

de diferentes fontes. O crescimento dos dados digitais está permitindo que as cidades

ganhem múltiplas camadas de informação e a análise de vídeos facilita a aplicação da lei

para atividades policiais e de vigilância. Embora as análises possam apoiar amplamente o

trabalho investigativo, as análises avançadas podem fornecer informações instantâneas em

campo para evitar a ocorrência de incidentes não reportados. Algumas das aplicações mais

comuns são:

A tecnologia wearable20 tornou-se funcional e economicamente viável e agora está

começando a ser utilizada pela polícia e por outras áreas de aplicação da lei. Câmeras

móveis são integradas aos uniformes para capturar e transmitir vídeos de incidentes em

tempo real.

“Van Móvel com Vídeo” e também veículos aéreos não tripulados (UAVs21) e drones

estão sendo utilizados e adotados por diferentes setores para aplicativos de vigilância,

monitoramento e entrega. Os sistemas não tripulados têm câmeras de alta resolução

habilitadas por IP e podem ser utilizados para operações específicas e eventos para

melhorar a segurança pública.

Algumas das tecnologias emergentes de destaque e suas aplicações para a segurança pública são:

20 Vestível21 Unmanned Aerial Vehicles

22 Internet of Things23 Chemical, Biological, Radiological, Nuclear, Explosive – Químicos, Biológicos, Radiológicos,

Nucleares, Explosivos

19


A segurança cibernética é de extrema importância para o alcance dos objetivos das

iniciativas das cidades seguras na América Latina, já que os dispositivos dos cidadãos e

os sistemas essenciais das cidades estão agora intrincadamente conectados. A identidade

digital de cada residente precisa de uma proteção robusta que faça parte do ecossistema

das cidades seguras. A resiliência governamental precisa ser forte para afirmar que sua

liderança não será afetada por ações de hackers. Agora, a segurança cibernética faz parte

da estratégia de defesa nacional contra qualquer conflito nacional que tenha potencial de

ocorrer no futuro.

Entretanto, nenhuma das soluções de tecnologia em si terá muito valor se não estiver bem

integrada permitindo a colaboração efetiva para implementar uma plataforma holística

que mantenha os cidadãos em seu núcleo. A colaboração dos cidadãos para a segurança

pode aumentar em muitas vezes a eficiência das iniciativas de cidades seguras ao envolver

os cidadãos como fontes essenciais de informações de toda a área. Ter uma plataforma

para integrar as informações enviadas pelos cidadãos através de fontes múltiplas como

botões antipânico, aplicativos de celular, redes sociais, análise de sensores e vídeos e a

aplicação de análises para processar essas informações pode gerar uma inteligência valiosa.

Os centros de comando e controle podem utilizar essas informações em tempo real para

tomar decisões de forma mais rápida e mais eficiente.

A análise de vídeos pode ajudar os postos de controle de imigração e as fronteiras

a identificar pessoas e a comparar suas informações com um banco de dados para

impedir a movimentação de suspeitos e criminosos viabilizando a ações imediatas

antes que deixem o país.

O mecanismo de análise de multidões pode categorizar padrões específicos de

movimentação a partir de dados visuais de filmagem para identificar e classificar pessoas

com alta precisão e em tempo real para evitar crimes. Esse mecanismo também pode contar

e estimar a movimentação da população para evitar a superlotação de espaços públicos.

A análise de frotas pode analisar um grande volume de dados heterogêneos para

otimizar a operação (ao detectar o nível de multidão, congestionamentos de tráfego),

reduzir riscos de incidentes e aumentar a satisfação dos passageiros.

Os dados de sensores e os modelos preditivos auxiliam no fornecimento antecipado de

alertas e evacuação em caso de desastres naturais.

O reconhecimento automático do número de placas de veículos possibilita que o

controle de fronteiras identifique veículos roubados.

20


ESTUDOS DE CASO

04

20

21


ESTUDO DE CASO 1SOLUÇÕES PARA UMA CIDADE SEGURA

Soluções Integradas para garantir a Segurança Urbana

Tigre, Argentina

O governo local de Tigre fez da proteção e da segurança

suas principais prioridades. A NEC foi contratada

para fornecer um sistema de monitoramento urbano

holístico com o objetivo de aumentar a segurança dos

locais públicos da cidade. A abrangência da solução

fornecida pela NEC incluiu a implantação e operação

de um centro de comando e controle totalmente

equipado com mais de 700 câmeras de vigilância e

aplicativos de reconhecimento facial e detecção de

comportamentos para ajudar o operador a identificar

criminosos e tentativas de invasões, além de localizar

pessoas perdidas e detectar comportamentos

suspeitos em multidões. O CCS24 da NEC também

foi implementado para garantir o envolvimento dos

cidadãos para colaborar com a proteção e a segurança

da cidade. A sinalização para passantes indicando as

áreas sob vigilância teve um enorme efeito dissuasivo.

A NEC permitiu a colaboração dos cidadãos através

do programa de proteção e segurança da cidade

através da solução CCS.

A videovigilância na cidade também se tornou uma

grande ferramenta para a coleta de provas em caso de

incidentes. Foi relatado que mais de 400 solicitações

de imagens de vídeo realizadas pelo Sistema Legal

foram atendidas mensalmente. Essa ferramenta

garantiu as provas necessárias para solucionar mais

de 35% dos casos.

Para as rodovias, a NEC forneceu uma ampla

variedade de tecnologias de monitoramento de

congestionamentos e situações de aglomeração

anormais, detecção em tempo real de comportamentos

humanos característicos de problemas potenciais

tais como alta velocidade, manobras arriscadas e

motociclistas sem capacetes. A solução também

está equipada com um sistema de reconhecimento

de placas para localizar veículos roubados. Como

resultado, o roubo de veículos caiu 40% em Tigre

desde a implantação do sistema.

Tigre é uma cidade com uma população de 400.000 pessoas. Está situada a aproximadamente 32km ao

noroeste da capital argentina, Buenos Aires. Ao longo de duas décadas, desde os anos de 1990, a cidade teve

um rápido crescimento populacional e um aumento no número de bairros privados. Ao mesmo tempo, Tigre

ganhou popularidade como uma cidade de veraneio entre turistas da Argentina e também do exterior.

24 Citizen Collaboration for Security – Colaboração dos Cidadãos para a Segurança

22


A Receita Federal contratou a NEC para apoiá-la em

seus esforços de redução de perdas fiscais. A NEC

instalou sua solução tecnológica NeoFace® Watch

em 14 aeroportos internacionais do Brasil, incluindo

o Aeroporto Internacional Governador André

Franco Montoro (Aeroporto de Guarulhos) em São

Paulo e o Aeroporto Internacional Antônio Carlos

Jobim (Aeroporto do Galeão) no Rio de Janeiro.

Esta ferramenta foi desenvolvida para identificar

suspeitos potenciais, considerados pela Receita

como envolvidos em atividades ilegais, nos postos de

controle da alfândega.

ESTUDO DE CASO 2SOLUÇÃO PARA A EVASÃO FISCAL ATRAVÉS DO

RECONHECIMENTO FACIAL, BRASIL

Brasil

A evasão fiscal era um grande problema para o

governo brasileiro, com perdas totalizando US$ 280

bilhões em 2015, tornando o Brasil o segundo país

com maior evasão do mundo.

Países com Maior Quantidade de Evasão Fiscal

Fonte: Richard Murphy, Rede de Justiça Fiscal

Prejuízo Fiscal – em bilhões de US$

EUA

Brasil

Itália

Rússia

Alemanha

França

Japão

China

Reino Unido

Espanha

337.3

280.1

238.7

221

215

171.3

171.1

134.4

109.2

107.4

23


Esta solução tecnológica tem câmeras de circuito fechado (CFTV),

servidores, infraestrutura de rede e serviços integrados aos sistemas

existentes dos aeroportos. Através da utilização da tecnologia de

reconhecimento facial para a resolução de crimes, o sistema da

NEC compara as imagens dos passageiros com as fotografias dos

suspeitos de evasão fiscal. Esta tecnologia equipa as autoridades de

forma efetiva com ferramentas para identificar e deter os suspeitos

antes que eles possam abandonar o país.

Os 14 aeroportos internacionais do Brasil onde a solução tecnológica

NeoFace® Watch da NEC foi instalada são:

Tancredo Neves (Belo Horizonte, Minas Gerais)

Juscelino Kubitschek (Brasília, Distrito Federal)

Viracopos (Campinas, São Paulo)

Afonso Pena (Curitiba, Paraná)

Hercílio Luz (Florianópolis, Santa Catarina)

Pinto Martins (Fortaleza, Ceará)

Eduardo Gomes (Manaus, Amazonas)

Augusto Severo (Natal, Rio Grande do Norte)

Salgado Filho (Porto Alegre, Rio Grande do Sul)

Gilberto Freyre/Guararapes (Recife, Pernambuco)

Antônio Carlos Jobim/Galeão (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro)

Dep. Luís Eduardo Magalhães (Salvador, Bahia)

Governador André Franco Montoro/Cumbica (Guarulhos, São Paulo)

Cataratas (Foz do Iguaçu, Paraná)

24


Com capacidade para mais de 40.000 espectadores, o Estádio

Atanasio Girardot é o terceiro maior da Colômbia. A principal

preocupação de segurança pública dos órgãos de aplicação da lei são

crimes, comportamentos violentos e vandalismos durante grandes

eventos esportivos.

Em 2016, a NEC implementou com sucesso sua solução de

reconhecimento facial que utiliza 170 câmeras de vigilância

estrategicamente posicionadas em toda a vizinhança. Esse sistema

permite que a equipe de segurança monitore a situação e observe

a multidão a partir de vários centros de controle. Além de detectar

comportamentos disruptivos, a solução de reconhecimento facial da

NEC é capaz de detectar e identificar torcedores que já causaram

problemas em eventos anteriores.

BIOMETRIA PARA CONTROLE DE

ACESSO NO ESTÁDIO ESPORTIVO

Medellín, Colômbia

25


A Prumo Logística, responsável pelo desenvolvimento do complexo

portuário, desejava implementar as mais recentes e comprovadas

tecnologias de segurança nas instalações do porto. A NEC

implementou no complexo industrial um sistema integrado que

gerencia simultaneamente um sistema de CFTV, equipamentos de

controle de acesso e a rede externa sem fio baseada no iPASOLINK

da NEC. O profundo conhecimento da NEC na implementação de

projetos de cidades inteligentes em todo o mundo e sua capacidade de

integração local ajudaram o porto a manter um ambiente operacional

muito protegido e seguro.

Porto do Açu, Brasil

SEGURANÇA DE MEGAPORTOS

Localizado no norte do Estado do Rio de Janeiro, no coração da produção de

petróleo do Brasil, o Porto do Açu é um dos complexos industriais portuários

mais novos do mundo e possui um terminal marítimo e outro terrestre. A

empresa de Gás Natural BG Group utiliza o terminal petrolífero para

transportar até 200.000 barris de petróleo cru por dia.

26


O RIOgaleão – Aeroporto Internacional Tom Jobim no Rio de Janeiro,

Brasil, é um dos principais aeroportos da América Latina, com mais

de 400 chegadas e partidas por dia e 17 milhões de passageiros todos

os anos. Para atender a expectativa de aumento de viajantes durante

a Copa do Mundo da FIFA, as autoridades precisavam melhorar

e expandir as instalações do aeroporto para proporcionar uma

experiência do usuário melhor e mais segura.

SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA

COMPLETA NO RIOGALEÃO

Aeroporto Internacional Tom Jobim, Brasil

27


A NEC integrou uma ampla variedade de tecnologias de segurança,

acessibilidade e conectividade para desenvolver uma infraestrutura

de sistemas de missão crítica operando 24 horas durante os 365 dias

do ano. Também implementou soluções com diversas tecnologias e

equipamentos complexos além de uma variedade de redes incluindo

IP, Wi-Fi, PABX, CFTV, controle de acesso, sistemas de endereços

públicos, sistemas de alarme e detecção de incêndio e painéis de

informações de voos. Essa implementação aumentou o nível de

segurança do aeroporto para oferecer uma experiência do usuário

mais confortável para os visitantes.

A implantação de um Centro Integrado de Operações que gerencia

todas as operações a partir de um único local ajudou as autoridades a

agilizar a eficiência do monitoramento e reduzir o custo operacional.

28


ESTUDO DE CASO 3SERVIÇOS AOS CIDADÃOS

A Bolívia, um país com uma população de aproximadamente 11 milhões de pessoas,

precisava há muito tempo de uma lista permanente e confiável de eleitores,

principalmente devido a razões políticas e geográficas. Com o objetivo de criar uma

lista confiável de eleitores, o Tribunal Nacional Eleitoral (CNE25) desejava coletar

dados biométricos dos cidadãos bolivianos antes das eleições de dezembro de 2009.

A NEC implementou uma solução integrada multimodal com tecnologia

AFIS26 e de reconhecimento facial, software, treinamento e suporte de equipe.

Como parte desse esforço, 3.000 terminais completos de cadastramento

foram instalados em todo o país para coletar dados biométricos e assinaturas

como parte do processo de cadastro dos eleitores.

O novo banco de dados biométrico de eleitores permitiu que o CNE

removesse aproximadamente 3.000 duplicações da lista e, ao mesmo

tempo, possibilitou a inclusão de muitos outros eleitores privados de

direitos, incluindo pessoas com necessidades especiais, moradores de áreas

isoladas e cidadãos residindo fora do país. Consequentemente, a nova

lista de eleitores aumentou de 3,5 para 5,2 milhões de pessoas, permitindo

eleições verdadeiramente democráticas pela primeira vez em muitos anos.

Tribunal Eleitoral Nacional da Bolívia

A Solução de Biometria Cria uma Lista

Confiável de Eleitores

22 Corte Nacional Electoral26 Automated Fingerprint Identification System - Sistema de Identificação Automática de Impressões Digitais

29


PRINCIPAIS DESAFIOS DE IMPLEMENTAÇÃO

05

29

30


Apesar de a digitalização ambiental e comercial

oferecer benefícios enormes, os órgãos, corporações e

cidadãos ficam expostos a riscos inéditos. É essencial

garantir a adoção de medidas adequadas para tornar as

cidades resilientes contra ameaças de segurança. Não

adotá-las implicaria em um retrocesso em termos de

perdas financeiras, danos físicos e perda de confiança

dos tomadores de decisão. Diversas partes estão

envolvidas em ações para tornar a cidade um lugar

mais seguro para se viver e, portanto, é imperativo

que os objetivos de todos os interessados estejam

alinhados desde a fase de planejamento. Os desafios

mais comuns enfrentados pelos planejadores urbanos

durante a implementação de soluções para cidades

seguras são:

Há um número cada vez maior de cidades se

tornando mais inteligentes através da implantação

de tecnologias inovadoras.

3030

31


Existência de

sistemas de

legados

Falta de

envolvimento

dos cidadãos

Falta de

colaboração

entre os

órgãos

Preferência

por manter o

status quo

Definição

deficiente de

objetivos

Políticas

antiquadas

Falta do

conjunto

necessário de

habilidades

A grande dependência de sistemas de controle existentes obtidos de diferentes

fornecedores operando em sistemas patenteados que funcionam em grupos

cria um ambiente desafiador para a integração de novas tecnologias.

O foco excessivo em eficiência e custos durante a implantação de soluções

sem o envolvimento dos cidadãos limita a eficácia de iniciativas holísticas

para cidades seguras.

Uma sólida cultura de trabalho em grupos para atingir os objetivos individuais

dos órgãos reduz o incentivo à colaboração e resulta em um aproveitamento

abaixo do ideal para a criação de uma cidade segura.

Planejadores urbanos conservadores não adotam iniciativas proativas,

pois não conseguem visualizar seus benefícios.

Objetivos muito ambiciosos resultam no desenvolvimento de uma cidade

segura sem foco e que não atinge o resultado ideal ocasionando atrasos e

desperdícios desnecessários.

Várias políticas não acompanham a velocidade das inovações tecnológicas,

tais como privacidade e governança de dados.

Fonte: Frost & Sullivan

Há um grave déficit de habilidades em muitas das tecnologias emergentes,

tais como Big Data, Internet das Coisas e Segurança Cibernética que limita a

capacidade de extrair benefícios completos dessas tecnologias.

31

32


Os planejadores urbanos estão em fases diferentes do

desenvolvimento de uma abordagem holística para garantir

a segurança de seus cidadãos. Apesar de alguns ainda

estarem muito focados na construção da infraestrutura

física, a maioria está na fase digital (consultar o gráfico

evolutivo das cidades seguras). A América Latina não

possui infraestruturas como legado e tem a oportunidade

de evitar algumas das armadilhas associadas aos estágios

iniciais da evolução das cidades seguras. Ao aproveitar

os avanços das tecnologias mais recentes, tais como a

análise de vídeos e a adoção de uma primeira estratégia

em nuvem, a América Latina tem a capacidade de já pular

para a fase digital e de conhecimento.

3232

33


OBJETIVO

LIMITAÇÃO

RESULTADO

TECNOLOGIA

PARCEIROS

FÍSICO

Abordagem das necessidades básicas dos cidadãos ao desenvolver infraestruturas essenciais e proporcionar segurança pública geral.

Habilidade de conectar todas as partes interessadas às informações corretas no momento certo e fazer previsões para proteger melhor os cidadãos.

PERCEPTIVO

Virtualização e sensorização da cidade e da infraestrutura para otimizar os recursos de segurança e visualizar o que está acontecendo.

DIGITAL

Criação de um ecossistema de parceiros para garantir uma abordagem holística para a segurança e aproveitar análises prescritivas para minimizar incidentes de segurança.

COLABORATIVO

Segurança geral

Construção de

infraestrutura

Impossibilidade de

quantificação

Reativo e lento

Problemas de

financiamento

Segurança básica

Priorização de

esforços menores

Comunicação

Iluminação pública

Direcionados pela

GOVT27

PPP28 não resolve

realmente o

financiamento

Internet das Coisas

Câmeras de

vigilância

Biometria

Direcionados pela

GOVT

PPP não resolve

realmente o

financiamento

Quantificação e

registro

Entendimento do que

está acontecendo e

do que aconteceu

Abordagem em grupos

Falta de

compartilhamento de

informações

Risco ciberfísico

Otimização de

recursos

Detecção e reação a

ameaças

Conhecimento da

situação

Otimização de

recursos

Alternância de

financiamento

Ecossistema limitado

Algumas

possibilidades

de recuperação

de problemas de

segurança

Prevenção contra

ameaças

Plataforma para

estimular um modelo

viável de PPP

Primeira análise

em nuvem (vídeo,

preditiva)

Segurança gerenciada

O aproveitamento

de plataformas

permite o modelo

de PPP através da

monetização dos

dados

Desenvolvimento de

ecossistemas

Compartilhamento

de informações para

melhores respostas

Desejo de colaboração

das partes humanas

interessadas

Preocupações com

privacidade

Resiliência e habilidade

de recuperação

Convergência de

segurança

Habilidade de inovação

Contribuição

coletiva

Análise prescritiva

Dados Abertos

Envolvimento dos

cidadãos

PPP de

financiamento

através da

monetização dos

dados

27 Agência de Publicidade - http://thegovt.org/sg/28 Parceria Público-Privada

34


ÚLTIMAS PALAVRAS

07

34

35


Megatendências tais como urbanização acelerada,

crescimento populacional, escassez de recursos,

preocupação com eficiências energéticas e acesso aos

serviços continuarão moldando o desenvolvimento das

cidades e dos serviços inteligentes na América Latina.

Entretanto, cada cidade é única. Apesar da possibilidade

de agrupá-las de acordo com tamanho, geografia, PIB,

crimes e nível de ameaças, cada uma delas requer

uma abordagem diferente para evoluir de uma cidade

inteligente para segura antes de se tornar resiliente.

O aproveitamento do gerenciamento de proteção e de

segurança nas cidades está avançando, possibilitado

pela tecnologia e pela busca por eficiências

operacionais. Apesar de alguns já estarem à frente

na curva de colaboração multi- órgãos, integração de

sistemas e utilização de análises, o foco em tecnologia

será uma forma de reduzir gastos operacionais

apesar de as prioridades e objetivos serem diferentes

de acordo com a especificidade das ameaças, dos

mecanismos de financiamento e da estrutura política

de cada cidade.

35

36


VOCÊ CONSEGUE AUTOMATIZAR ESSAS INFORMAÇÕES

PARA GARANTIR A SEGURANÇA DE SEUS CIDADÃOS?3Conforme as cidades se tornam cada vez mais digitalizadas, espera-se que os dados cresçam

exponencialmente. É essencial que os planejadores urbanos introduzam sistemas que possam

incorporar e automatizar tomadas de decisão em tempo real para as autoridades e a aplicação

da lei com base no conhecimento e contexto das situações. Isso aumenta a habilidade de que as

autoridades da cidade decifrem o sinal de todo o ruído e façam recomendações prescritivas para

que os incidentes que enfraquecem a segurança pública possam ser prevenidos.

O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO PARA

DIGITALIZAR O AMBIENTE FÍSICO?

VOCÊ CONSEGUE UTILIZAR AS INFORMAÇÕES DOS DADOS COLETADOS

PARA AS VÁRIAS PARTES ENVOLVIDAS?

1

2

A digitalização do ambiente físico é o primeiro passo em direção a uma cidade mais segura. A

capacidade de digitalização da estrutura física, dos recursos e dos ativos de uma cidade permitirá

que os planejadores urbanos quantifiquem o ambiente, resultando em melhores tomadas de

decisão em relação à segurança pública. Isso pode ser realizado através de uma infraestrutura

digital robusta que aproveite os principais sensores da Internet das Coisas, em especial os

biométricos e os de vídeo/imagem.

Entretanto, ao iniciar a jornada em direção a uma cidade segura, os planejadores urbanos devem considerar as

seguintes questões críticas durante o planejamento dos próximos passos.

A capacidade de analisar dados de fontes diferentes de forma significativa é fundamental para

o desenvolvimento de percepções contextuais e acionáveis. Grande parte do sucesso dessa

análise depende da eficácia do compartilhamento dos dados, das informações e das experiências

de aprendizagem, além da coordenação entre os órgãos governamentais e as outras partes

privadas envolvidas.

37


Algunas fotos son sólo con fines ilustrativos.

QUEM SÃO AS PARTES ENVOLVIDAS? VOCÊ ESTÁ ATENDENDO

AS NECESSIDADES DELAS?

A SEGURANÇA É A BASE DE SUA ABORDAGEM PARA

UMA CIDADE SEGURA?

4

5

Para ter sucesso na jornada em direção à cidade segura, os planejadores urbanos precisam

orquestrar os esforços dos diferentes órgãos governamentais e colaborar com as empresas e

os cidadãos para garantir que possam priorizar projetos e evitar duplicações desnecessárias.

O estabelecimento de colaborações através do envolvimento com empresas e cidadãos, além de

parcerias com fornecedores de tecnologia é fundamental para o financiamento e a implementação

bem sucedida de uma cidade segura.

Os planejadores urbanos e as partes envolvidas precisam projetar o plano de sua cidade segura

tendo a segurança como prioridade em vez de considerá-la apenas como uma reflexão tardia.

É necessário adotar uma visão holística do ciberfísico, em vez de uma abordagem hipotética com

implementações de segurança realizadas de forma isolada. Como diz o ditado, você é tão forte

quanto seu elo mais fraco. A exploração desse elo mais fraco por uma ameaça potencial pode ter

resultados catastróficos para a cidade e seus cidadãos.

A Frost & Sullivan, a Empresa de Parcerias de Crescimento, trabalha em colaboração com seus clientes para implementar inovações

visionárias que aproveitem os desafios globais e as oportunidades de crescimento relacionadas que fortalecerão ou enfraquecerão

os participantes do mercado atual. Há mais de 50 anos, desenvolvemos estratégias de crescimento para as 1.000 empresas globais

emergentes, para o setor público e para a comunidade de investimentos. Nossa organização está preparada para a próxima grande

onda de convergência industrial, tecnologias disruptivas, intensidade cada vez mais competitiva, megatendências, melhores

práticas inovadoras, mudanças nas dinâmicas dos clientes e economias emergentes?

Para mais informações sobre permissões, escreva para:

Frost & Sullivan

331 E. Evelyn Ave., Suite 100

Mountain View, CA 94041

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1 Inovação & Liderança de Crescimento

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Tornando as Cidades Inteligentes mais Seguras · altera toda a rotina e podendo resultar em um desastre eminente. Essa pode parecer uma cena fictícia. Entretanto, é altamente provável