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Direitos Humanos

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  • Capacitao de educadores da Rede Bsica em Educao em Direitos Humanos1 Mdulo

  • FUNDAMENTOS HISTRICO-FILOSFICOS DOS DIREITOS HUMANOS

    Direitos Humanos: sua origem e natureza O que so os Direitos HumanosO fundamento dos Direitos HumanosA construo do sujeito de Direitostica, Educao e Direitos Humanos A trajetria histrica dos Direitos HumanosHistria conceitual dos Direitos HumanosHistria social dos Direitos Humanos no Brasil Direitos Humanos e MemriasMemria e esquecimentoMemria e identidadesAcesso informaoDireitos Humanos: Compromisso social e coletivo EquipeEduardo Ramalho Rabenhorst UFPBGiuseppe Tosi UFPBLcia de Ftima Guerra Ferreira UFPBMarcelo Costa SEJDH-PAMarconi Pimentel Pequeno UFPBNilmrio Miranda - FPAPaulo Csar Carbonari IFIBESlon Viola UNISINOS

  • LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE NA CONSTRUO DOS DIREITOS HUMANOSGiuseppe TosiProfessor do Departamento de Filosofia e membro do Ncleo de Cidadania e Direitos Humanos da Universidade Federal da Paraba. Doutor em Filosofia pela Universidade de Pdua, Itlia.

  • A Doutrina do Direito Natural (Jusnaturalismo)Individualismo. Existem indivduos num estado de natureza anterior criao do Estado civil, que vivem numa condio de igualdade diante da necessidade e da morte e gozam de direitos naturais intrnsecos, tais como o direito vida, propriedade, liberdade.

  • O Estado de naturezaE uma poca real ou imaginria onde os homens viviam naturalmente, antes de formar uma sociedade civil organizada.

    Segundo Hobbes os homens no estado de natureza viviam em uma condio de guerra permanente, cada um querendo os seus direitos e se chocando com os direitos dos outros.

    Por isso, preciso sair do estado de natureza para formar o Estado civil, onde os direitos, teoricamente ilimitados, mas praticamente inviabilizados, seriam garantidos.

  • As leis de naturezaSo os princpios racionais que indicam ao homem como sair do estado de natureza e garantir a paz. Se o homem fosse um ser somente de razo seguiria estas leis sem preciso de ser forado a tanto, mas como ele tambm um ser de paixo preciso que intervenha uma fora para obrig-lo a seguir essas leis.

  • O Pacto Social um acordo entre os indivduos livres para a formao da sociedade civil que, desta maneira, supera o estado de natureza. O preo a pagar a perda da liberdade absoluta que cada um gozava no estado natural para entreg-la nas mos do soberano.

    O poder que se constitui a partir do pacto tem sua origem no mais em Deus ou na natureza, mas no consenso entre os indivduos. Nasce a idia do povo ou da nao como origem e fundamento do poder.

  • O EstadoOs filsofos jusnaturalistas admitem vrias formas de Estado;

    Hobbes defende o poder nico do soberano, sem diviso dos poderes e com a controle da religio por parte do Estado (concepo absolutista);

    Locke o modelo da diviso dos poderes entre o Rei o e Parlamento, sendo o parlamento a fonte originria do poder e admite a tolerncia religiosa, ou seja a existncia de mais religies no mesmo Estado (monarquia constitucional ou parlamentar de tipo liberal);

    Rousseau defende um modelo de Estado em que a Assemblia Geral representa diretamente a vontade geral (modelo democrtico);

  • Os direitos naturaisTodos os jusnaturalistas modernos afirmam que o Estado nasce da associao dos indivduos livres para proteger e garantir a efetiva realizao dos direitos naturais inerentes aos indivduos, que existiam antes da criao do Estado e que cabe ao Estado proteger.

    Para Hobbes trata-se, sobretudo, do direito vida, para Locke do direito propriedade, para Rousseau e Kant do nico e verdadeiro direito natural, que inclui todos os outros, isto , a liberdade entendida como autonomia do sujeito.

  • A tolernciaA idia de tolerncia religiosa, proposta por Locke na Carta sobre a tolerncia e divulgada pelos iluministas, muda progressivamente a relao entre Estado e Igreja, tornando a religio um assunto no mais pblico, mas privado.

    Ao mesmo tempo, a liberdade de religio impulsiona tambm a liberdade pensamento, de expresso, de imprensa fortalecendo assim a esfera privada do cidado e o mbito dos direitos civis.

  • As Revolues burguesasEssas doutrinas surgiram nos sculos XVII e XVIII, no perodo de ascenso da burguesia que estava reivindicando uma maior representao poltica frente nobreza e ao clero.

    Elas forneciam uma justificativa ideolgica aos movimentos revolucionrios que levariam progressivamente dissoluo do mundo feudal e constituio do mundo moderno.

    Todas as grandes revolues liberais dos sculos XVII e XVIII proclamaram os direitos humanos:

  • http://ceticismo.files.wordpress.com/http://rinnaldoalves.blogspot.com/

  • As primeiras declaraes de direitosA Declarao de Direitos de 1688/89 da Revoluo Gloriosa que concluiu o perodo da guerra civil inglesa, iniciada em 1640, levando formao de uma monarquia parlamentar;

    A Declarao de Direitos do Estado da Virgnia de 1777, que foi a base da declarao da Independncia dos Estados Unidos da Amrica;

    A Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado da Revoluo Francesa de 1789 que foi o atestado de bito do Antigo Regime e abriu caminho para a proclamao da Repblica.

  • http://www.historianet.com.br A Declarao dos Direitos A Declarao dos Direitos Estado Virginia http://www.historianet.com.br

  • Os excludosApesar da afirmao de que os homens nascem e so livres e iguais, uma grande parte da humanidade permanecia excluda dos direitos.

    Os escravos no tinham direitos. As mulheres no sujeitas de direitos iguais aos dos homens.Em todas estas sociedades liberais europias s podiam votar os homens adultos e ricos, os pobres e os analfabetos no podiam participar da vida poltica.

    Enquanto na Europa proclamavam-se os direitos universais, tomava um novo impulso o grande movimento de colonizao e de explorao dos povos extra-europeus; assim, a grande parte da humanidade ficava excluda do gozo dos direitos.

  • Igualdade: o socialismoA tradio liberal dos direitos do homem - que vai do Sculo XVII at a metade do Sculo XIX, aboliu os privilgios do Antigo Regime, mas criou novas desigualdades.

    nessa poca, que irrompe na cena poltica o socialismo, que encontra suas razes naqueles movimentos mais radicais da Revoluo Francesa que queriam no somente a realizao da liberdade, mas tambm da igualdade.http://www.anarchistblackcross.org

  • O socialismo e os direitos do igualdadeO socialismo, sobretudo a partir dos movimentos revolucionrios de 1848 (ano em que foi publicado o Manifesto Comunista), reivindica uma srie de direitos novos e diversos daqueles da tradio liberal.

    A egalit da Revoluo Francesa era somente (e parcialmente) a igualdade dos cidados frente lei, mas o capitalismo estava criando novas grandes desigualdades econmicas e sociais.http://blogdoziggy.blogspot.com/

  • Socialismo revolucionrioEm relao aos direitos do homem, o movimento socialista se dividiu: uma corrente, a partir da crtica radical de Marx aos direitos humanos enquanto direitos burgueses, vai privilegiar os direitos econmicos e sociais em detrimento dos direitos civis e polticos. http://www.pco.org.br

  • As revolues comunistasA corrente do marxismo-leninismo revolucionrio se tornar ideologia oficial dos regimes comunistas e totalitrios do sculo XX:

    Unio Sovitica e Leste Europeu;China, Vietn, Coria;Cuba.

  • O socialismo reformistaA outra corrente doutrinria o socialismo reformista ou social-democrtico que procurar conciliar os direitos de liberdade com os direitos de igualdade mantendo-se no marco do sistema capitalista e do estado liberal de direito, aprofundando a democrtica.

  • A ampliao dos direitos civisO movimento histrico real da classe trabalhadora do sculo XIX e XX exigiu a universalizao dos direitos burgueses, atravs da luta pela ampliao dos direitos civis e polticos ao conjunto dos cidados. Luta que foi protagonizada pelos excludos do sistema capitalista durante todo o sculo XIX e grande parte do sculo XX.

    http://derechodirittodroit.tripod.com/id11.html

  • A criao de novos direitosAtravs das lutas do movimento operrio e popular, os direitos sociais, sobretudo aps a Segunda Guerra Mundial, comearam a ser colocados nas Cartas Constitucionais e postos em prtica, criando assim o chamado Estado do Bem-estar Social (Welfare State) nos pases capitalistas (sobretudo europeus). http://www.fourletterword.org.uk/

  • Fraternidade: a doutrina social da Igreja CatlicaA mensagem bblica contm um forte chamamento fraternidade universal: o homem foi criado por Deus, sua imagem e semelhana, e todos os homens so irmos porque filhos de um nico Pai; por isso, o homem possui uma intrnseca dignidade.

    A doutrina cristos direitos naturais, considera como naturais alguns direitos e deveres fundamentais que Deus imprimiu no corao de todos os homens

  • http://raizculturablog.files.wordpress.com

  • A Igreja contra os direitos humanosO envolvimento da Igreja Catlica com as estruturas de poder da sociedade antiga fez com que os ideais de fraternidade humana no fossem postos em prtica.

    Com o advento dos tempos modernos, a Igreja Catlica, fortemente atingida pelas grandes reformas religiosas, sociais e polticas das revolues burguesas, e pelo avano do movimento socialista e comunista, foi perdendo grande parte do poder econmico que se fundava na propriedade da terra.

  • Victor Manzano - Cena da Inquisio (Museu do Prado, ES)http://www.rumoatolerancia.fflch.usp.br

  • Os papas condenam os direitos humanosAinda no sculo XIX, o papa Pio VI, afirmava que o direito de liberdade de imprensa e de pensamento um direito monstruoso, deduzido da idia de igualdade e liberdade humana, e comentava: No se pode imaginar nada de mais insensato que estabelecer uma tal igualdade e uma tal liberdade entre ns.

    Em 1832, o papa Gregrio XVI afirmava: um princpio errado e absurdo, ou melhor, uma loucura (deliramentum) que se deva assegurar e garantir a cada um a liberdade de conscincia. Este um dos erros mais contagiosos.

  • http://www.boingboing.net

  • A reconciliao da Igreja com os direitos humanosA hostilidade da Igreja Catlica aos direitos humanos comea a mudar somente com o papa Leo XIII com a Encclica Rerum Novarum de 1891.

    Com a doutrina social a Igreja procura inserir-se de maneira autnoma entre o liberalismo e o socialismo, propondo uma via prpria inspirada nos princpios cristos. Esse movimento continuar durante todo o sculo XX e levar a Igreja Catlica, especialmente aps o Conclio Vaticano II (1961-1966), a modificar sua posio de condenao dos direitos humanos.

    O papa Joo Paulo II, na sua Encclica Redemptor Hominis de 4 de maro de 1979, reconheceu o papel das Naes Unidas na defesa dos objetivos e inviolveis direitos do homem.

  • http://www.allied.com.br/http://i143.photobucket.com

  • A teologia da libertaoNo podemos esquecer a contribuio aos direitos humanos, da teologia da libertao latino-americana com as obras, entre muitas, dos telogos Gustavo Gutierrez no Peru, Leonardo Boff e Jos Comblin no Brasil e do filsofo e historiador argentino Enrique Dussel.

    A partir do Conclio Vaticano II e das Conferncias Episcopais de Medelln e Puebla, onde foi proclamada a opo pelos pobres, setores da Igreja catlica iniciaram um movimento de ruptura da antiga aliana, que durava desde os tempos coloniais, com a estrutura tradicional do poder para se engajar na luta de libertao dos pobres e dos oprimidos.

  • http://rogeliocasado.blogspot.com/

  • A Declarao Universal dos Direitos HumanosNo texto seguinte veremos como esses trs princpios confluram na Declarao dos Direitos Humanos da ONU de 1948.Pelo artigo primeiroSomos iguais em dignidade,Direitos e nascemos livres,Pra agir com fraternidade.Fico triste em lhes falar,Que no a realidade.Fonte poema: http://www.prof2000.pt/O segundo manda gozarDo direito e da liberdade,Sem utilizar distinoDe raa, cor, religiosidade,Opinio poltica, riqueza...Ser que isso verdade?

  • http://www.redhbrasil.net/