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ENCICLOPEDIA DA BÍBLIA CULTURA CRISTÃ VOLUME I™ Q-Z 5 Organizador Geral MERRILL C. TENNEY

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  • ENCICLOPEDIADA BBLIAC U L T U R A C R I S T

    V O L U M E I Q-Z 5

    Organizador Geral

    MERRILL C. TENNEY

  • Enciclopdia daBbliaE M C I N C O V O L U M E S

    Organizador Geral MERRILL C. TENNEY

    Organizador Associado STEVEN BARABAS

    V O L U M E C I N C O QZ

    GDITORf CUlTURfl CRISTf

  • TA (inn). 1. Filho de Efraim e fundador da famlia dos taanitas INm 26.35).

    2. Um efraimita; filho de Tela e pai de Lad (lC r 7.25).

    TAANAQUE (-psm), uma das cidades reais canani- tas(Js 12.21; 1R s 4.12; lCr7.29). Situada na costa sul do Vale de Jezreel, onde a importante estrada litornea (Via Maris) atingia o interior de Sarom, tendo as ravinas arborizadas da regio montanhosa do norte de Efraim como os pontos mais suscetveis a emboscada da rota. Trs tells principais na margem a sudoeste da plancie de Jezreel Taa- naque, Megido e Jocneo guardavam estas trs importantes passagens da Via Maris. Essas cidades so mencionadas pela primeira vez na crnica egpcia de Tutms III, no sc. 13 a.C., por volta da poca em que os israelitas ameaavam as linhas de comunicao egpcias da regio mais distante das colinas do interior (ANET, pg. 235). Os tabletes escavados em Taanaque, durante o reinado de Tutms III ou Amenotepe II, deixam claro que se tratava de uma cidade fortaleza importante, tendo ligaes jurdicas com outras cidades: Reobe, ou Tell es-Sarem, no Vale de Bete-Se; Gurra (cp. a subida de Gur, 2Rs 9.27); Ruute (Rab no norte da Sefel, entre Gezer e Jerusalm). O rei de Taanaque foi derrotado e morto por Josu (Js 12.21).

    A moradia de Taanaque foi assegurada aos levitas coatitas (21.25), mas os manassitas no conseguiram expulsar os habitantes cananitas,

  • 720 TAANATE-SIL / TABERNCULO

    sujeitando-os a trabalhos forados (Jz 1.27-29). Houve um perodo de opresso cananita quando as cidades cananitas tentaram impor sua autoridade sobre as tribos israelitas na Galilia (5.6). O Cntico de Dbora traz a relao de cidades cananitas, incluindo Taanaque (5.19), e a rota das 900 carruagens de ferro disposio deles (4.3), ao quais Baraque derrotou ao p do Monte Fabor (4.13,14), prximo a Taanaque. Sob a monarquia unida, Taanaque descrita como uma cidade levtica ( lC r 6), e no reinado de Salomo foi um importante centro (lR s 4.12). Mais tarde foi tomada pelo fara egpcio, Sisaque, qual feita uma aluso nas suas crnicas.

    Tell Taanaque, o stio arqueolgico da antiga cidade, est situada em colinas baixas, 8 Km a sudeste do Megido, com o qual tem sido claramente identificada em sua histria militar. Foi escavada pela primeira vez em 1901-1904 pelo professor Sellin, de Viena, que descobriu 12 tabletes cunei- formes de cerca de 1450 a.C., e revelaram o forte sistema defensivo do final da Idade do Bronze, mais tarde modificado na Idade do Ferro para ser uma guarnio de carruagens.

    BIBLIOGRAFIA. E. Sellin, Tll Taannek , (1904); P. W. Lapp, BASOR, 173 (1964), p% s. 4-44.

    J. M. H o u s t o n

    TAANATE-SIL (rfrv rosn, LXX, 0r|vacr K c d ZeXXriaa). Esta aldeia ficava entre Micmet e Janoa (Js 16.6), na fronteira a nordeste de Efraim. Foi localizada a 11,4 km a sudeste de Siqum (atual Nablus), onde h evidncia de uma antiga colinafortaleza de (atual Tanah). O nome pode significar aproximao a Silo.

    E. M. B l a ik l o c k

    TAAS (wnn). Filho de Naor com sua concubina Reum (Gn 22.24).

    TAATE (nnn). 1. Um lugar no identificado, no qual os israelitas pararam no deserto (Nm 33.26,27).

    2. Um levita coatita ( lC r 6.24).3. Um efraimita; filho de Berede (7.20).4. Um efraimita; filho de Eleada (7.20).

    TABAOTE (rrnn). Uma famlia de servos do templo que retomou do exlio com Zorobabel (Ed 2.43; Ne 7.46; lEsd5.29).

    TABATE (roe; LXX TafkxQ). Situada a leste do Jordo. A localidade mencionada em Juizes 7.22 como ponto final da perseguio dos midianitas por Gideo, dirigida por sua fora-comando na plancie de Jezreel. O captulo seguinte (vv. 10-13) sugere uma localizao na vizinhana de Carcor, em Gileade, embora a prpria Carcor seja insuficientemente identificada para servir como verdadeiro ponto de referncia. A regio montanhosa de Gileade seria o ponto de reagrupamento natural do exrcito derrotado. Possivelmente Ras Abu Tabat nos declives de Jabel Ajlun.

    E. M. B l a ik l o c k

    TABEEL C oo, Deus bom). 1. O pai de um homem que Rezim de Damasco e Peca de Israel planejaram colocar no trono de Jud, como um rei fantoche, no lugar de Acaz (Is 7.6).

    2. Um oficial persa em Samaria, que se juntou a outros para enviar uma carta a Artaxerxes I, a fim de atrapalhar a reconstruo dos muros de Jerusalm (Ed 4.7; lEsd2.16.).

    S . B a r a b a s

    TABELA DAS NAES. Termo freqentemente aplicado ao relato genealgico (Gn 9.18 10.32) dos descendentes de No: Sem, Cam e Jaf. Veja G e n e a l o g ia , N a e s

    TABER (m san). A palavra significa queimando, e a histria da visitao do fogo do Senhor a um acampamento (Nm 11.1 -3) d o motivo da palavra. A histria em si obscura, e no est claro se o fogo abrasador deve ser entendido literalmente, ou como um smbolo de algum ato de julgamento. O lugar mencionado novamente em Deuteron- mio 9.22, mas no listado nos acampamentos no deserto registrados em Nmeros 33.

    E. M. B l a R iU

    TABERNCULO. A transliterao do latim tabernacidum, que quer dizer uma tenda com ou sem uma estrutura de madeira. O equivalente grego

  • TABERNCULO 721

    IV. Opinio tradicional

    V. O Tabernculo em xodo e N meros (assim chamado P Cdigo Sacerdotal)A. Materiais e mveis

    1. Estrutura2. Coberturas3. O trio do Tabernculo

    a. Altarb. Bacia

    4. O santurioa. Lugar santob. Santo dos santos

    B. Construo e consagrao doTabernculo

    C. Deslocamento do Tabernculo

    VI. Referncias histricas ao Tabernculo

    VII. Opinio crtica

    V m . A historicidade do Tabernculo

    IX. Problemas relacionados tenda da congregao e ao Tabernculo

    X. O Tabernculo no NT

    XI. A importncia do Tabernculo

    I . T e r m t m d l o g ia

    Muitas palavras e frases so empregadas em relao a Tabernculo.

    1) Vnsn, a tenda, ocorre 19 vezes; tambm mrr 'priN tenda do S e n h o r , ( I R s 2.28ss.); VriN ira , a casa da tenda (lC r 9.23); mn1 rP2, a casa do S e n h o r (x 23.19); e rbCl rrn pura, o tabernculo da casa de Deus (lC r 6.48; cp. Hb6.33). A LXX usa para mx, tenda cncrH cerca de 140 vezes e oTCitycoiia, 44 vezes. A Vulgata usa tabernaciihim e, com menos freqncia, tentorium ; ctktivt X ia , tenda sagrada ocorre em Sabedoria de Salomo 9.8 e Eclesistico 24.10.

    2) t to ?, tenda da congregao, isto , de Deus e Israel por meio de Moiss, indicando assim o Tabernculo como um lugar de revelao. Este nome ocorre mais de 125 vezes (x 33.7; Nm 11.16; 12.4; Dt 31.14). quase sempre traduzido em grego por t| 0 KT|Vf| io v iiapTOpov, a tenda do testem unho, na Vulgata por tabernacidum testimonii e mais freqentemente em Nmeros por tabernaculum foederis, tabernculo da Aliana. O lugar onde o Senhor se encontrava com Moiss

    e Israel (x 29.42,43; Nm 17.4) tinha como propsito comunicao e revelao (x 29.42; 33.11; Nm 7.89). praticamente equivalente tenda da revelao, visto que Deus declarava ali sua vontade para Israel. A traduo o tabernculo da congregao no exata.

    3) [j'Q, lugar de habitao ou habitao,o lugar onde Deus se revelou e habitou entre eles. A raiz habitar. xodo 25.9 usa a palavra para falar do santurio inteiro; em 26.1, ela limitada praticamente ao santo dos santos. A traduo da LXX em cerca de 106 vezes e aKf|VC0|j,aem cerca de 17 vezes. A Vulgata a traduz como tabernaculum.

    4) rm i-n pu'Q, o tabernculo do testemunho, tambm ocorre (x 38.21). Tambm, mas com menos freqncia, temos rmv~ Sfcix, a tenda do testemunho (Nm 9.15). A LXX a traduz como ri cTKrivr xo iiap tup ov como uma provvel referncia s tbuas da lei. A Vulgata emprega tabernaculum testim onii, exceto em Nmeros 10.11, onde tabernaculum foederis, o tabernculo da Aliana, encontrado.

    5) O termo geral unpn, lugar santo, santurio, aparece em xodo 25.8 e Levtico 10.17ss. As tradues da LXX so YtacJua, YiaTrpiov, f|Ytaa(ievov e r Yra. A Vulgata utiliza sanctu- arium. A raiz o verbo ser separado, santo.

    II. R e f e r n c ia s d o AT

    As passagens principais que tratam do Tabernculo so (1) xodo 25-29; (2) xodo 30, 3 1; (3) xodo 35-40, e (4) Nmeros 3.25ss.; 4.4ss.; 7.1 ss. O registro sobre o Tabernculo propriamente dito dado em xodo 25-27; 30, 31; 35-40; tambm Nmeros 3.25ss.; 4.4ss.; 7.1ss. O propsito da estrutura declarado em xodo 25.8,21,22. Foi construdo segundo o modelo mostrado a Moiss no monte (25.9; 26.30). As entradas para o trio e para a estrutura se davam pelo Oriente. Primeiro ficava o altar da oferta queimada no trio, depois a bacia (de lavar; no interior do Tabernculo, no ponto mais ao ocidente, ficava o santo dos santos, ou o lugar santssimo, escondido por um vu ou cortina, e que abrigava a Arca da Aliana. A segunda diviso dentro do Tabernculo, o lugar santo, continha a mesa do po da proposio, o candelabro de ouro e o altar do incenso.

    III. A planta do Tabeiiwj\culo

    Altares precederam os santurios em Israel (Gn12.7,8). O monotesmo sustentava o Tabernculo,

  • 722 TABERNCULO

    e os tem plos posteriores foram modelados de acordo com ele. A planta baixa do Tabernculo bastante claro, embora haja diversas opinies a respeito dos detalhes. comumente sustentado que a forma da estrutura era alongada, com um telhado plano e coberturas adornadas que projetavam-se para baixo em cada lado e nos fundos. Uma outra opinio que ele tinha telhado inclinado.

    O trio exterior continha o altar da oferta queimada e a bacia de bronze. A estrutura do Tabernculo consistia de duas divises: o lugar santo e o santo dos santos, ou o lugar santssimo. No primeiro ficava a mesa do po da proposio ao norte (a estrutura foi orientada em direo leste); o candelabro de ouro ao sul; o altar de ouro de incenso ao oeste, em frente ao vu que levava ao lugar santssimo.

    Candelabrodourado

    Arca da Aliana

    Santo dos

    Santos

    Altar de incenso

    o Mesa do po da preposid

    Lavatrio

    OAltar das ofertas queimadas

    Planta do Tabernculo e seus Ptios

    O compartimento mais ntimo guardava a Arca da Aliana, na qual foram depositados as duas tbuas da lei, o vaso de man e a vara de Aro que floresceu. Sua cobertura, uma tampa de ouro puro, era o trono de Deus ou propiciatrio, abrigado por duas figuras anglicas chamadas querubins. No trono de Deus, atendia a seu povo em suas necessidades como base no sangue derramado.

    IV. O p in i o t r a d ic io n a l

    H um a m arcante d iv iso na questo do Tabernculo entre os que tom am o relato do Pentateuco como um acontecimento histrico e os que abordam a questo do ponto de vista das pressuposies crticas baseadas em um conceito evolutivo da religio de Israel. Tanto os dados bblicos quanto o material extrabblico compelem crena de que a existncia do antigo santurio- tenda porttil no era apenas possvel ou extremamente provvel, mas real (cp. Ex 33.7-1 l;N m11.24; 12.4-10; 14.10; Js 18.1; 19.51; ISm 2.22; 2Sm 6.17; 7.6; lR s 2.28,29; 8.4). Pesquisas tm mostrado que existiam at recentemente santurios portteis entre os nmades no deserto da Sria. Santurios sem elhantes so mencionados por escritores do perodo clssico.

    A posio conservadora sustenta que o Tabernculo foi feito por Moiss no deserto. Ele foi construdo de acordo com o modelo mostrado a ele no Monte Sinai. Deveria ser o centro de adorao para as tribos de Israel em sua viagem pelo deserto. Sculos depois, o Templo de Salomo foi construdo conforme o modelo do Tabernculo. O Tabernculo, embora primeiramente santurio proviserio e temporrio para a viagem do Sinai Palestina, continuou sendo usado aps a colonizao de Cana.

    A opinio da alta crtica sustenta que o Tabernculo possua apenas uma existncia ideal, no histrica; que era produto da imaginao sacerdotal nos tempos do exlio e ps-exlio. Era uma miniatura construda de acordo com o modelo do Templo salomnico. A afirmao de que ele foi construdo no deserto foi apresentada apenas para dar apoio ao recentemente escrito Cdigo Sacerdotal (P), ou ritual levtico, ainda preservado nos livros do Pentateuco. Os detalhes do Tabernculo no P (x 25-31; 36-40; Nm 2.2,17; 5.1-4; 14.44) so colocados como estando em conflito com os apresentados no E(o elosta, em Ex 33.7-11) em relao ao carter e localizao da estrutura.

    Parte desta divergncia de opinies sobre o Tabernculo oriunda da interpretao da natureza

    S N

    L

  • TABERNCULO 723

    e funo da tenda da congregao mencionada em xodo 3 3 .0 registro indica que no foi construdo por Moiss Sinai um altar de adorao (x 24.4). Aps a adorao do bezerro de ouro. Moissjevan- tou uma tenda e freqentemente fazia uso dela fora do arraial (33.7ss.). Tinha uma funo provisria definida antes da construo do Tabernculo. Era um lugar de revelao da vontade de Deus e de se encontrar com ele (33.7,9-11). Os crticos, todavia, equiparam a tenda da congregao de Nmerosll .l s s .; 12.4ss.: Deuteronmio 31.14,15 (E). e a consideraram como a tenda da peregrinao no deserto, distinguindo-a do Tabernculo apresentado posteriormente por P, negando assim a historicidade do Tabernculo. E verdade que a localizao da presena do Senhor em um santurio especfico pode ser mal compreendida com a indicao de uma deidade local ou tribal. Este estgio de desenvolvimento nacional era um passo necessrio na auto revelao de Deus a Israel.

    V. O T a b e r n c u l o e m x o d o e N m e r o s (CS)

    O relato do Tabernculo comea em xodo 25-31 e continua em xodo 35-40. A LXX difere na traduo, ordem e extenso dos captulos 3 5-40 (cp. D. W. Gooding, The Account o jv te Taberna- cl). Outras referncias ao Tabernculo e sua moblia so encontradas em Nmeros 3.25ss.; 4.4ss.; 7.1ss. O Tabernculo mencionado nas obras de Josefo e Filo e em relatos judaicos do sc. 32 d.C. Comentaristas judeus e cristos manifestam dificuldade em compreender os detalhes do plano da estrutura, embora os estabelecimentos gerais sejam claros. Paralelos do Tabernculo so encontrados nos registros do Templo de Salomo (lR s 6.2) e do Templo de Ezequiel (Ez 40.46). Benzinger, embora no aceite a posio tradicional, admite: Toda a descrio deixa vista essa impresso detalhista de modo que o leitor poderia ser tentado, da em diante, a aceitar como certa e verdade histrica (EB, IV, 4862). Todavia, ele prefere a posio de Wellhausen, que assegurava que as declaraes eram apenas fantasia. Se isso fosse assim, qual seria o propsito do(s) escritor(es)?

    A. Materiais e mveis. O Tabernculo foi feito das ofertas voluntrias de Israel. Materiais esto relacionados em xodo 25.3ss.; 35.4ss.: ouro, prata, bronze; estofo azul, prpura, carmesim, linho fino, plos de cabra, peles de carneiro tintas de vermelho, peles finas de cabra, madeira de accia, azeite para a luz, especiarias para o

    leo da uno e para o incenso aromtico, pedras de nix e pedras de engaste para a estola sacerdotal e para o peitoral. Os trs metais dos tempos antigos bronze, prata e ouro so utilizados em ordem significativa desde o trio at o lugar mais santo. O uso mais artstico dos metais encontrado nos querubins e no candelabro de ouro. A madeira utilizada para qualquer estrutura era a de accia, conhecida por sua durabilidade. O material utilizado era linho, tambm linho fino, tingido de azul, prpura e carmesim (25.4). O estofo era preparado pelas mulheres responsveis pela tecelagem (35.25,35); a obra inclua tanto a bordadura quanto a tapearia.

    1 . E s tr u tu r a . A estrutura do Tabernculo (x 26.15-37) era composta de 48 armaes de madeira, 7,6 m de altura por 68,58 cm de largura com trs braos verticais ligados por trs pedaos de cruzes. Estas eram colocadas em suportes de madeira e sobre elas estavam penduradas duas cortinas grandes. Em cima de tudo ficavam abertas trs cobertas. A construo era feita de madeira de accia em posio vertical, compondo trs lados de uma estrutura alongada. A frente era fechada por uma tela bordada (26.36,37). As pranchas, 48 em nmero, eram banhadas de ouro. A construo era dividida em dois compartimentos separados por um jiu, pendurado em quatro pilares banhados de ouro e fixos em soquetes de prata. O vu, como a cobertura do Tabernculo, era tecido em azul prpura e carmesim, com figuras de querubim. O lugar santo tinha 15,24 m de comprimento por7.6 m. O lugar mais santo era um quadrado de7.6 m. Foi mencionado que o Tabernculo tinha a forma de tenda com uma haste rgida e um telhado inclinado.

    2. C o b e r tu r a s . As coberturas do Tabernculo esto descritas em xodo 26.1-14 e 36.8,9. A armao de madeira do Tabernculo tinha trs coberturas: a cobertura total do prprio Tabernculo, a cobertura de plos de cabra e a cobertura das peles de carneiro e cabra que se estendiam sobre toda a estrutura. A primeira cobertura era feita de dez cortinas de linho fino tecido com azul, prpura e carmesim, com figuras de querubim. A segunda cobertura era de 11 cortinas de plos de cabra. A cobertura de cima era feita de peles de carneiros tintas de vermelho e peles de cabras.

    3. O tr io d o T a b e r n c u lo . A descrio do trio encontrada em xodo 27.9-18 e 38.920. O trio do Tabernculo era um retngulo em

  • 724 TABERNCULO

    Manasss

    Efraim

    Benjamim

    Tabernculo

    TRIBOS ACAMPADAS

    Issacar

    Jud

    Zebulom

    a

    Jud Rbem

    Issacar

    o o "D 3 fn_ u .t iS. 5 *

  • TABERNCULO 725

    tinas, em vez das tbuas, constituam a habitao do Senhor (x 26.1). O registro da armao de madeira da habitao encontrado em xodo 26.15-30 e 36.20-34. Na parte interior do ptio ficava o Tabernculo, uma estrutura alongada de 14 m de comprimento por 4.5 m de largura com duas divises, o lugar santo e o mais santo (26.33). Essas duas divises so encontradas tambm no Templo salomnico (lR s 6.5). A rea do lugar santssimo era um quadrado de 9m2; o lugar santo tinha a medida de 18m por 9m. Os dois eram separados por um vu. No Dia da Expiao, o sumo sacerdote entra\a alm do vu, ou cortina, pela extremidade aberta para o santurio mais interior. A nfase em xodo 26 e 36 sobre o Tabernculo e suas cortinas, que eram dez, cada uma de 30 por 4 cvados (cerca de 13,5 x l,80m ).As dez cortinas de fabricao colorida com querubins tecidos eram ligadas em dois jogos de cinco ao longo dos lados do Tabernculo. Cinqenta laos de fios violeta eram costurados, e as cortinas eram mantidas juntas por cinqenta fechos de ouro, unindo assim o Tabernculo inteiro (26.6). Em cima de tudo isso era colocado uma tenda, uma cobertura de plos de cabra com cinco ou seis cortinas ligadas com ganchos ou fechos, chegando a um tamanho total de 40x30, para fazer a cortina que cobria completamente o Tabernculo. \ cobertura envolvia em parte o linho que permitia uma dobra extra na frente (26.9). A tenda tinha duas coberturas-, uma com peles de carneiro tintas de vermelho e outra de peles de cabra (cp. 26.14; 40.19).

    As cortinas eram mantidas no lugar por 48 estruturas de accia. Essas estruturas consistiam em dois braos ligados ao topo, ao centro e embaixo por meio de travessas transversaiscom duas bases de prata para cada estrutura. As bases de prata formavam um fundamento slido ao redor do Tabemaculo. As estruturas eram mantidas juntas por cinco barras. As estruturas e barras eram revestidas de ouro. A frente da estrutura era cercada por cortinas (xodo 26.22-25 difcil. Pode estar falando de um par de estruturas ligadas em cada canto oeste ou o fundo da armao, inclinando para cima e dentro das suas bases at um ponto embaixo da barra acima). O biombo era a entrada do lugar santo. O vu separava o santo dos santos (o lugar mais santo) do lugar santo. O vu era feito de material diversificado com querubim bordado, drapejado sobre quatro pilares de madeira de accia, banhados de ouro, apoiados em quatro bases de prata. O biombo era do mesmo material do biombo da entrada para o ptio exterior (27.16). Era suspenso de ganchos dourados em cinco

    pilares de madeira de accia banhados em ouro sustentados por bases de bronze.

    a. Lugar Santo. O compartimento exterior, ou lugar santo, continha trs peas de mveis: (1) a mesa do po da proposio, (2) o candelabro de ouro, e (3) o altar de incenso de ouro. A mesa era posta no lado norte do lugar santo (40.22); o candelabro no lado sul (40.24); e o altar do incenso no lado oeste diante do vu. A mesa era feita de madeira de accia coberta com ouro fino e ornamentada com moldes de ouro. Anis e varas foram feitos para transportar. Igualmente foram feitos alguns acessrios para a mesa: pratos de ouro para conter os pes, tigelas para o incenso (Lv 24.7), o vaso para a oferta de vinho. Nesta mesa eram colocadas duas pilhas de 12 pes ou bolos, trocados a cada semana (24.5-9). As tigelas, colheres e pratos eram todos feitos de ouro puro.

    No lado sul do lugar santo ficava o candelabro de ouro de sete hsteas. Era o mais decorado de todos os mveis. De ouro puro ele tinha uma haste central (x 25.32-35) da qual eram feitas seis extenses de ouro, trs de cada lado. Todas eram adornadas com amndoas e flores. As extenses sustentavam uma lmpada que dava iluminao contnua (outros dizem que era apenas noturna) (27.20; Lv 24.2,3; ISm 3.3). Acessrios do candelabro, como espevitadeiras, tigelas de morro (de velas), vasos de leo, eram todos de ouro. O candelabro era feito de um talento de ouro puro (x 25.38).

    Na frente do vu estava localizado o altar do incenso (30.1-5; 37.25-18). Porque no foi mencionado em xodo 25, considerado por alguns como um acrscimo posterior. No mencionado na LXX em xodo 37. Era um altar pequeno construdo com madeira de accia e banhado de ouro, de 1 cvado de comprimento e largura, e 2 cvados de altura (cerca de 0,45cm x 0,45cm x 0,90cm). Era uma rplica em miniatura do altar de bronze (30.1-10). O altar principal fornecia sua chama. Chifres, anis, varas e molduras de ouro foram feitos para ele. A noite e pela manh, incenso perptuo de cheiro agradvel, era oferecido sobre ele; no Dia da Expiao o sacrifcio era realizado sobre os seus chifres. Com base em Hebreus 9.4, alguns tm conjecturado que xodo 30.6 e 1 Reis6.22 indicam que o altar do incenso estava do lado de dentro do vu no local mais santo. O escritor sagrado de Hebreus est concebendo o santurio e seu ritual prolepticamente, isto , considerando o vu rasgado e uma redeno realizada e, alm do mais, as passagens em xodo e 1 Reis no

  • 726 TABERNCULO

    podem ensinar uma condio contrria s outras passagens do lugar santo. Fez-se proviso para o reabastecimento de leo para as lmpadas e de incenso para o altar (x 30.22-33,34-38).

    b. Santo dos Santos. Amenor de todas as partes do santurio era o santo dos santos, todavia era o mais importante por causa do ritual executado ali no Dia da Expiao e por causa da declarao reiterada de que o prprio Deus habitava no Tabernculo no santo dos santo, uma habitao representada pela nuvem Shekinah no interior do santurio.

    O relato encontrado em xodo 25.10-40; 30.1-10; 37. O registro do Tabernculo comea com a construo da Arca (x 25.10). Suas medidas eram cerca de 1,10m po 0,67m por 0,67m. Era o nico mvel no santo dos santos. Ela continha os Dez Mandamentos (2Rs 11.12; SI 132.12), o vaso com man (x 16.33) e a vara de Aro que brotara (Nm 17.10). Era coberta por dentro e por fora de ouro puro, com molduras, anis e varas de ouro. Assentada na Arca da aliana, e mantido seguramente em posio pelas molduras de ouro estava uma placa de ouro macio chamada de o lugar de misericrdia, ou o Propiciatrio (niDD). Fundidos nas beiradas da cobertura ou tampa estavam figuras de ouro, os querubins (x 25.19; 37.8). Seus rostos voltados para o lugar de misericrdia e suas asas se tocavam acima da cabea. Entre os querubins o Deus de Israel habitava visivelmente (25.22; 30.6; Nm 7.8,9) e encontrava seu povo por meio dos seus representantes, primeiro Moiss, depois Aro. A traduo lugar de misericrdia foi primeiramente empregada por Tyndale que seguiu a traduo de Lutero (Gnadenstuhl) baseado no grego (tXaoTrimov) (propiciatrio) e o latim (propitiatorium). Propiciatrio comunica melhor o conceito pretendido, i.e., o de fazer propiciao pelo pecado; conseqentemente o local onde Deus era declarado favorvel a seu povo. Os querubins de ouro puro estavam soldados no propiciatrio, formando assim uma s pea (x25.19). O querubim representava ministros anglicos do Senhor que guardavam o trono divino de toda a profanao. A Arca era carregada por meio de varas em quatro anis de ouro ao lado da Arca. O Tabernculo com a Arca foram perdidos na Batalha de Afeque (1 Sm 4). No segundo Templo, ou restaurao, de Zorobabel, a Arca no estava com o propiciatrio (contra Apoc. de Baruque 6.7).

    B. Construo e consagrao do Tabernculo. O relato encontrado em xodo 25-27; 28; 29. Moiss foi instrudo a levantar o

    Tabernculo no primeiro dia do primeiro ms do segundo ano do xodo, nove meses aps ter chegado ao deserto do Sinai (x 19.1). O modelo foi revelado por Deus para ser seu lugar de habitao (25.8; 29.45). Os muitos obreiros eram liderados por homens de habilidade artstica que foram capacitados e iluminados pelo Esprito de Deus, Bezalel, o filho de Uri, e Aoliabe, o filho de Aisamaque (31.1-6). Quando a estrutura ficou completa e os mveis instalados nos seus lugares, a nuvem, simbolizando a presena de Deus, encheu o local. A nuvem da em diante sinalizava a Israel quando eles deveriam acampar e quando continuar a viagem. Quando Israel estava acampado, o Tabernculo ficava no centro do arraial com os levitas de trs lados e Moiss, Aro e seus filhos no quarto lado (leste): Jud no centro do lado leste; Efraim no centro do lado oeste; Rben no lado sul. O nmero de levitas que ministravam no Tabernculo era de 8.580 (Nm 4.48). O labem culo manifestava o que foi denominado como uma santidade de perfeio graduada i.e., o metal no lugar mais santo era ouro slido; no lugar santo, ouro comum; no trio, bronze. Ao povo era permitido ficar no trio, os sacerdotes, no lugar santo, e apenas o sumo sacerdote, no lugar mais santo um dia por ano. Somente o altar mencionado para a consagrao (x 29.36s.), porm, mais tarde, todos os mveis do santurio foram includos (caps. 30; 31).

    C. D e slo ca m e n to do T a b e rn cu lo. Nmeros 2.17; 3.25-38; e 4.1ss. relatam o Tabernculo em viagem . O acam pam ento se deslocava quando a nuvem que pousava em cima do santurio se erguia de cima do Tabernculo (x 40.37; Nm 9.17). Enquanto a nuvem pairava sobre o Tabernculo, o acampamento ficava parado (9.18ss.). Quando a trombeta de prata soava, anunciando a partida do acampamento (Nm 10.2ss.), os sacerdotes tiravam o vu e cobriam a Arca com ele (4.5ss.) e mais duas coberturas. Semelhantemente, todos os mveis deveriam ser embrulhados (4.7-14). Os coatitas carregavam todas as peas que eram transportadas por varas. Os gersonitas eram encarregados das cortinas do Tabernculo, a tenda da congregao com suas coberturas, os pendentes do ptio, a tela, o altar e seu equipamento. Os meraritas transportavam as grades, pilares e bases do prprio Tabernculo e os pilares e bases do trio. Os levitas marchavam no meio da nao com seis tribos adiante deles e seis atrs (2.17).

    A Arca foi adiante de Israel na travessia do Jordo. Eles armaram o Tabernculo em Silo, e

  • TABERNCULO 727

    a terra foi dividida entre as tribos ali (Js 18.1;19.51). Apenas a Arca mencionada, embora a suposio seja de que a tenda da congregao estivesse presente tambm (ISm 2.22). Depois da destruio de Silo, a Arca foi colocada na casa de Abinadabe, em Quiriate-Jearim. O relato de 1 Samuel 22.18,19 sugere a existncia de um santurio (cp. cap. 21).

    VI. R e f e r n c ia s h is t r ic a s a o T a h b r n c u l o

    Quando as referncias bblicas so examinadas e conferidas, descobre-se que existem menes tanto a um Tabernculo quanto a uma tenda da congregao. Alguns dos problemas envolvidos sero discutidos mais tarde. As primeiras referncias tenda da congregao so xodo 33.7-11; Nmeros 11.16,17,24,26; 12.5,10; e Deuteron- mio 31.14,15. Na primeira referncia, a tenda da congregaso levantada fora do arraial (x 33.7; cp. Nm 11.26,27). Ali Moiss e outros se comunicavam com Deus e recebiam dele informao. Esta tenda era guardada por Josu, um eraimita, porm por nenhum levita. Os verbos utilizados em xodo 33.7-11 e Nmeros 10.17-21 indicam condies costumeiras. O quadro todo diferente da tenda feita por Bezalel e seu assistente. Para recapitular, esta tenda era chamada de tenda da congregao. Estava localizada fora do an^aial e a alguma distncia dele. Embora o relato parea indicar um arranjo temporrio ou ocasional, ela durou por toda a viagem no deserto (cp. A. R.S. Kennedy, HDB, IV, pg. 653ss.). Sua funo era a de prover um local de encontro entre Deus e Moiss (Nm 12.5; Dt 31.15). Era tambm o local onde os adoradores procuravam ao Senhor (x 33.7). O atendente era Josu, o filho de Num (33.11; Nm 11.28).

    O Tabernculo foi levantado no Sinai, no segundo ano aps o xodo, duas semanas antes da Pscoa (x 40.2,17). Quando a congregao viajava, a Arca era coberta com o vu (Nm 4.5). A Arca e os altares eram transportados pelos filhos de Coate, um descendente de Levi, sob a superviso do sumo sacerdote (3.31,32; 4.15). O restante dos utenslios era carregado por seis carros cobertos, dados por um prncipe (Nm 7.7), e cada carro era puxado por dois bois. Outros carros devem ter sido usados para transportar os materiais mais pesados. Antes da sada de Israel do Sinai, o Tabernculo ficou erigido por 50 dias (10.11).

    A viagem de Israel os levou de Horebe, na Arbia, para Cades-Bamia, no Neguebe de Jud. Dos 40 anos passados na viagem para Cana, quase

    38 foram percorridos em Cades. O Tabernculo permaneceu ali durante esses anos, a no ser por um ano consumido indo ao sul em direo ao Mar Vermelho. Durante todos esses anos os sacrifcios costumeiros foram ofertados (Am 5.25). Poucos acontecimentos nesses anos esto registrados e pouco declarado no que concerne ao Tabernculo, salvo que a Arca liderava a marcha (Nm 10.33-36). Visto que a histria trata principalmente do incomum, os acontecimentos cotidianos da vida do povo no so aludidos.

    Aps a travessia do Rio Jordo, um lugar foi encontrado para a tenda sagrada prximo a Jeric, em Gilgal (Js 4.19; 5.10; 9.6; 10.6,43). O local era temporrio e, com o tempo, o Tabernculo foi movido para Silo em Efraim, uma localizao central conveniente para os homens ocuparem-se das trs festas anuais de peregrinao (Js 18.1;19.51). Em Silo, o Tabernculo parece ter tido algumas caractersticas permanentes e foi chamado de um templo (ISm 1.9; 3.3). Nos dias de Samuel havia um santurio em Silo com portas e postes (1.9; 3.15).

    Durante o perodo dos juizes Israel repetidamente caiu na apostasia, e os servios do Tabernculo devem ter sido executados de uma maneira formal, insensvel. Quando a guerra irrompeu com os filisteus, nos dias de Samuel, o povo decidiu trazer a Arca da aliana de Silo (ISm 4.1 ss.). O resultado foi trgico: os filisteus capturaram a Arca e expulsaram Israel. Sem dvida, Silo caiu nessa poca nas mos dos filisteus (cp. SI 78.60ss.; Jr7.12). O Tabernculo parece ter ficado em Israel, pois mencionado mais tarde em Nobe.

    Aps a m orte de Eli e seus filhos, parece que Samuel presidia os exerccios religiosos da nao. Ele oferecia ofertas queimadas e de paz. Depois da restaurao da Arca pelos filisteus, ela permaneceu em Quiriate-Jearim (ISm 7.1,2). Gilgal, Betei, M izpa e Ram eram lugares de administrao da justia e ganharam associaes religiosas tambm.

    A prxima referncia ao Tabernculo em Nobe, com A im eleque como sumo sacerdote (21.1 ss.). Depois que Saul mandou assassinar todos os sacerdotes em Nobe, exceto A biatar (22.11 ss.), o Tabernculo foi removido para Gi- beom (lC r 16.39; 21.29).

    Depois de Davi capturar os gebuzeus e construir para si mesmo um palcio, ele preparou um lugar para a Arca de Deus e uma tenda em Sio (2Sm6.17ss.; lC r 16.1). Davi levantou uma tenda para a Arca que ele havia trazido para Jerusalm. Aparentemente, parece ser uma nova tenda para a

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    chegada daA rca sua capital (2Sm 7.2; lC r 17.1). Ofertas queimadas e ofertas de paz foram apresentadas ali. A Arca foi trazida de Quiriate-Jearim e entregue aos sacerdotes (2Sm 6.1 ss.). Quando Uz foi morto por causa da sua indiscrio ao segurar a Arca, esta permaneceu durante 3 m&ses na casa de Obede-Edom, um levita. Depois, com grande solenidade, ela foi transferida para o Tabernculo de Davi. E evidente a presena contnua da tenda nesse lugar (2Sm 7.6).

    Com a retirada da Arca para Jerusalm por Davi, havia um Tabernculo com seu altar em Gibeom e um com a Arca em Jerusalm, mas em pouco tempo ambos foram substitudos por um Templo. O altar de Gibeom foi utilizado at o perodo de Salomo. Observe tambm a ocorrncia de uma referncia tenda da congregao em 1 Reis 8.4. Aps a construo do Templo de Salomo, a tenda da congregao com todos os seus utenslios foi translrida com a Arca para o Templo (8.4). De todos os materiais do Tabernculo, afirma-se que somente a Arca permaneceu no mesmo Templo. As ltimas referncias, ento, na histria de Israel ao Tabernculo so a respeito da ocasio em que ele com seus vasos sagrados foram transportados para Jerusalm onde, diante de todas as indicaes, foram mantidos como relquias sagradas no Templo (ibid). Conseqentemente, o Tabernculo desapareceu da histria.

    VII. O p in i o c r it ic a

    A opinio crtica sobre o Tabernculo, que foi citada anteriormente neste tratado, de fato complexa em comparao aos relatos j discutidos. Dma posio do campo crtico que o Tabernculo no deserto (x 25-30; 35-40) era sempre um ideal, nunca uma estrutura real. O argumento que o elaborado simbolismo do Tabernculo no poderia ter sido reproduzido em sjja totalidade em qualquer um dos templos que foram construdos em Israel. A afirmao que o Tabernculo terrestre construdo de acordo com um modelo celestial entregue a Moiss no Monte Sinai (25.40).

    Antigos crticos consideravam o Tabernculo somente como uma projeo retroativa do Templo no passado nmade de Israel: isto supostamente foi um produto da recente fonte sacerdotal (P ou CP [sacerdotal ou cdigo sacerdotal]) sem uma partcula de fundamento histrico. Para ser justo, necessrio mencionar que estudos crticos mais recentes tm admitido que este julgamento era um tratamento bem mais radical da informao bblica. Alis, a escola de Wellhausen explicou o

    Tabernculo de xodo 25ss. como uma representao ps-exlica baseada no Templo de Salomo. A alegao era que o Tabernculo era uma cpia, mas no o modelo ou prottipo do Templo de SalomEo (cp. Sabedoria de Salomo 9.8). Aordem seria: um original sombrio da tenda (x 33.7-11), depois o Templo de Salomo, depois a representao do ideal de Ezequiel, e finalmente o Tabernculo de xodo 25. Deve-se acrescentar que alguns estudiosos modernos viram a reconstruo ideal de Ezequiel como de fato proftica, escatolgica e messinica.

    O peso do estudo moderno do AT oposto historicidade do Tabernculo tratado em xodo e Nmeros (P sacerdotal). Alguns dos argumentos gerais apresentados contra a historicidade do Tabernculo so de que um grupo desorganizado de escravos hebreus nunca poderia ter realizado o feito envolvido, construir o Tabernculo com suas exigncias de alto grau de habilidade artstica; que at Salomo no seu reinado teve de contratar artesos habilidosos da Fencia para trabalhar no Templo. Alm disso, o ministrie sacerdotal altamente organizado com seu ritual elaborado est4 fora da ordem com as simples solicitaes indicadas para a tenda da congregao. Mais ainda, o argumento avanado mais convincente contra a historicidade do Tabernculo (em P) o silncio dos escritores histricos pre-exlicos com relao a ele. A alegao de que nenhuma passagem genuna da histria naquele longo perodo tem tanta indicao da existncia do Tabernculo com sacerdotes ministradores e levitas. Quando ocorrem referncias em Crnicas ( lC r 16.39; 21.29) e nos Salms, isto deixado para a atividade dos editores que inseriram referncias onde eles achavam que o Tabernculo deveria estar (lR s 3.2ss.; 2Cr 1.3).

    Outras objees historicidade do Tabernculo so muito citadas. Afirma-se que o Tabernculo deve ser criao da imaginao, porque o autor pouco pensou nos detalhes da estrutura. Alm disso, a questo fundamental tem sido apresentada em relao a se tal estrutura era capaz de permanecer em p. Em termos de arquitetura, o Tabernculo declarado uma impossibilidade total (Benzinger, EB IV, 4872). Alm do mais, afirma-se que E no conhece nada sobre um Tabernculo deste tipo. A fbnte fala apenas de uma tenda, que exclui a possibilidade do Tabernculo em P (cp. x 33.7ss). Entende-se que este simples santurio-tenda no envolve nenhuma das dificuldades do Tabernculo em P. A tenda de E no um lugar de sacrifcio (como o Tabernculo em P), mas um lugar de

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    orculo, mais parecido com santurios portteis dos povos semitas pagos da poca (Observe a negao da singularidade da f que Israel apresenta, que a caracterstica distinta do AT).

    Para avanar mais no argumento histrico, a tradio da terra em relao construo do Templo de Salomo notria em no revelar o conhecimento de qualquer Tabernculo. Passagens que no mencionam ou implicam na existncia do Tabernculo so tratadas com suspeita e rejeitadas. A concluso , ento, a de que o Tabernculo de P apenas o Templo de Salomo lido nos dias passados por uma vvida fantasia sacerdotal. Entendido de um modo simples, no foi o Templo que foi construdo de acordo com um modelo do Tabernculo, mas o Tabernculo que foi construdo para a adorao de Israel a partir do prottipo do Templo. Uma observao geral est em ordem: uma das caractersticas da escola crtica o principio de que o desenvolvimento sempre procede do simples para o complexo. Por que este princpio desviado neste ponto, quando o Tabernculo e o Templo so discutidos?

    VIII. A HISTORICIDADE DO TABERNCULO

    Ahistoricidade do Tabernculo de significado vital para a inteira validade das Escrituras. As principais alegaes dos que negam a historicidade do Tabernculo sero apresentadas e, depois, seguidas por refutaes especficas.

    A opinio crtica afirma que se o Templo de Salomo fosse feito de acordo com o Tabernculo mosaico, os escritores de Reis e Crnicas teriam declarado este fato. Esta posio negligenciava 1 Reis 8.4 e 2 Crnicas 5.5. Argumenta-se que essas passagens se referem tenda da congregao e no ao Templo mosaico de xodo 25. Todavia, em P o Tabernculo mosaico tem o mesmo nome (x 27.21). Que lgica requer que os autores de Reis e Crnicas declarem explicitamente que o Templo de Salomo foi construdo segundo o Tabernculo de Moiss?

    Muito feito do argumento do silncio. Argumentos a paritr do silncio so notoriamente precrios. A nica maneira de desvendar o silncio dos livros histricos apagar todas as passagens de referncia ao Tabernculo mosaico como a obra de um redator recente, que supostamente as inseriu para sustentar sua viso de que o Tabernculo mosaico se originou no deserto. Nenhuma prova externa foi produzida por qualquer crtico para apoiar esta posio. Se a evidncia do AT fosse considerada, revelaria um nmero de claras evidncias.

    Primeira, havia o Tabernculo mosaico em Silo. De acordo com o relato em 1 Samuel 1.3,9,19,24;2.11,12 e3.3, a estrutura mencionada o Tabernculo mosaico. Ele tinha uma Arca da Aliana, um sacerdcio, sacrifcios, a queima de incenso e o uso de um fode. A peregrinao anual de Elcana a Silo para adorar e oferecer sacrifcio indica nitidamente que Silo era o santurio central e que a lei dos banquetes anuais era conhecida (Ex 23.14; Lv 23.1-18; Dt 16.16).

    Segundo, o santurio em Nobe era o Tabernculo mosaico (ISm 21.1-6). Ele tinha um sumo sacerdote e 85 sacerdotes comuns, o fode de um sacerdote e uma mesa do po da proposio. O ato de comer o po da proposio era regido pelos mesmos regulamentos cerimoniais indicados para o Tabernculo mosaico (Lv 15.18). O Urim e o Tu- mim eram usados pelo sacerdote para determinar a vontade de Deus na organizao do Tabernculo. Estes so pormenores que remetem ao Tabernculo e a nenhuma outra instituio de Israel.

    Em terceiro lugar, a referncia ao Tabernculo mosaico em Gibeom precede a construo do Templo de Salomo (lR s 8.4; 2Cr 1.3; 5.3). Afirma-se que a Arca da Aliana, a tenda da con- gregaco e todos os recipientes santos da tenda foram trazidos solenemente para o Templo que Salomo havia construdo.

    Crticos alegam que o Tabernculo mosaico no poderia ter sido feito como est descrito em xodo, porque (1) o tempo era muito curto; (2) os israelitas no estavam qualificados ou no eram artisticamente capazes; e (3) eles no tinham material suficiente para um edifcio esplndido como o Tabernculo de Moiss. O argumento sobre o tempo respondido pelo fato de que seiscentos mil homens hbeis poderiam ter feito o trabalho em 9 meses, com as suas esposas e crianas, tudo o que era preciso. A objeo sobre a habilidade artstica deles insustentvel, considerando o fato de que em mais de 400 anos eles poderiam ter aprendido bem algo a respeito das artes mecnicas nas quais o Egito era justamente famoso. Alm disso, quem pode refutar que alguns dos trabalhos importantes do Egito dessa poca no eram feitos pelos escravos israelitas? O argumento sobre a escassez de material refutado pelas consideraes de que Israel teve alguma preparao para a viagem pelo deserto, que a quantidade de material envolvido no era mais do que possuam os outros povos orientais, que uma grande parte do que eles necessitavam poderia ter vindo do que os egpcios lhes deram para deixar a terra de Fara e dos esplios da guerra com os amalequitas, e que

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    muito do material necessrio para a construo estava disponvel no deserto.

    Afirma-se que o relato da Bblia tem certas caractersticas internas que revelam seu carter no histrico*. (1) Declara que o Tabernculo foi feito segundo um modelo sobrenaturalmente mostrado a Moiss. (2) Recorre continuamente a localizaes geogrficas do Tabernculo quando nenhuma instruo prvia havia indicado qualquer ordem. (3) O altar de bronze foi feito de madeira de accia revestida com bronze, onde uma chama queimaria constantemente. (4) O Tabernculo retratado no como um abrigo temporrio para a Arca durante a marcha, mas como o nico santurio autorizado para as tribos d J$r.ael antes do tempo de Salomo. (5) Diz-se que a descrio do Tabernculo encontrada em R cdigo sacerdotal (x 25-31; 36-40; Nm 2.2,17; 5.1-4; 14.44), est em conflito com E (x 33.7-11), bem como o carter e o lugar.

    Em refutao primeira objeo, deve-se afirmar que no h nenhuma impossibilidade inerente de que Deus deveria revelar o modelo do Tabernculo a Moiss no monte (Ex 25.40; Hb 8.5). E o Templo de Salomo no histrico porque Davi havia dito que o modelo foi dado a ele (Davi) por Deus (lC r 28.19)? Alm disso Ezequiel afirmou que o Templo que ele descreveu foi visto em uma viso. Aqui uma questo de posio teolgica e a possibilidade da revelao sobrenatural.

    A segunda objeo realmente difcil de compreender, porque argumenta contra o bvio. O Tabernculo teve de ser orientado de algum modo, 5 o mais natural seria de acordo A m os quatro pontos da bssola. Alm disso, no havia nenhuma imitao consciente do Templo de Salomo, porque os relatos em Reis e Crnicas no fazem nenhuma referncia aos quatro cantos da terra. 1 Reis 7.25 no informa que foram posicionados assim os lados do Templo.

    O terceiro argumento afirma mais do que declarado. O texto no expressa que um grande fogo queimava constantemente em um altar de madeira. Uma leitura de xodo 27.1-8 e 38.1-7 mostra que o prprio altar, onde o fogo queimava e consumia os sacrifcios, era a terra (ou pedra) escavada (x 20.24s.) e envolta em armao de madeira e bronze.

    A quarta aTegao est em conform idade exata a uma leitura natural de xodo, isto , que o Tabemaculo foi preparado para ser o santurio aprovado para as tribos antes da poca de Salomo. verdade que, em certas ocasies, altares foram construdos para sacrifcio em locais diferentes alm do Tabernculo, por exemplo, por Gideom

    em Ofra epor Samuel em Ram (Jz 6.24-27; ISm 7.17), porm isto inadequado para provar que o Tabernculo no foi o santurio central. Seguindo o mesmo raciocnio, Jerusalm poderia ser mostrada como no sendo o santurio central por causa do altar no'Monte Ebal (Dt 27.5). De fato, o Tabernculo era o santurio central, mas as leis originais de xodo 20.24 nunca foram rescindidas. Ainda era permitido oferecer sacrifcio onde quer que Deus se revelasse ao seu povo. O fato de existirem santurios locais na mesma poca do Tabernculo no leva concluso de que o Tabernculo nunca foi construdo.

    A quinta objeo respondida adequadamente pela observao de que a descrio do Tabernculo em P difere da descrio da tenda em E, porque duas estruturas diferentes esto em vista: uma delas o prprio Tabernculo (P) e a outra a tenda anterior construda por Moiss. Esta explicao considera as variaes do formato e do local de ambos.

    Talvez a prova mais forte levantada em direo a no-historicidade do Tabernculo seja a alegada ignorncia dos profetas pr-exlicos relativa ao sistema de Levtico. Crticos citam Ams no sc. 82 a.C. (5.25,26) e Jeremias no sc. T^a.C. (7.21-23) por estar declarando que nenhum ritual sacrificial do Tabernculo foi enunciado no deserto.

    Contra a alegada crtica baseada nas palavras de Ams e Jeremias, pode-se afirmar como notvel que intrpretes anteriores no entenderam assim as palavras desses profetas. Alm disso, pode-se facilmente mostrar que os crticos esto longe de entrar em um acordo quanto a esta interpretao. Ams 5.21,22 estaria sem sentido a menos que Deus tivesse aceito os sacrifcios deles uma vez, e no mais, quando a adorao ficou se tomou insensvel e a idolatria favorecida na mesma poca (Nm 16.18).

    Finalm ente, se o Senhor nunca houvesse ordenado sacrifcios a Israel, como foi que Deus ordenou a Jeremias pronunciar uma maldio sobre o povo de Jerusalm pDr transgredir a aliana que ele havia feito com os pais deles no deserto, de oferecer sacrifcios a ele e no a dolos (Jr 11.1-5)? Sp Deus tivesse desejado apenas obedincia lei moral sem sacrifcio, onde estaria ento a necessidade do Templo? Deus tinha aceito o Templo como a sua casa. Todos os sacrifcios idlatras foram proscritos, no s porque estavam errados em si, mas porque eles deslocaram a verdadeira adorao sacrificial do Senhor. Jeremias soube certamente sabia que Deus havia ordenado sacrifcios em xodo 20.24,25.

  • TABERNCULO 731

    As referncias do NT ao Tabernculo implicam pelo menos que os escritores sagrados estavam de acordo quanto historicidade do Tabernculo mosaico. Essas citaes foram as palavras de Pedro no monte da Transfigurao (VIt 17.4; Mc 9.5; Lc 9.33), a declarao de Estvo ao conclio (At 7.44). as referncias em Hebreus (caps. 8: 9) e a voz do cu (Ap 21.3).

    IX. P r o b l e m a s r e l a c io n a d o s T e k d a d a C o n g r e g a o e a o T a b e r n c u l o

    Em vrios pontos nesta d iscusso se fez meno aos problemas relacionados tenda da congregao e ao Tabernculo. E necessrio agora colocar esses problemas em foco mais evidente e esclarec-los. Foi admitido por alguns que seria tanto natural quanto lgico compreender, a partir do Pentateuco, que a tenda e o Tabernculo eram a mesma estrutura. Porm algumas dificuldades surgem. As instrues originais (Ex 25) so vagas e repletas de omisses, o que teria sido impossvel de acordo com essas instrues para construir uma estrutura como o Tabernculo. Detalhes como a falta de formato do querubim, os ps da Arca e a mesa, a espessura do assento de misericrida e como o peso das cortinas poderia ter sido sustentado pelas grades sem fazer desmoronar a estrutura. Como o altar da oferta queimada suportava o grande calor necessrio para consum ir os sacrifcios de anim ais? De quem Israel adquiriu a habilidade e percia para erguer o Tabernculo? Salomo pode ter sido ajudado mais tarde por artesos fencios qualificados (lR s 5.6; 7.13,14,40,45). A quantidade de material usado era muito grande, uma tonelada e um quarto de ouro, cerca de quatro toneladas de prata e aproximadamente trs toneladas de bronze (Tem de se lembrar que a populao era constituda de mais de dois milhes de pessoas Nm 1). Por que o registro to discreto em relao ao Tabernculo da colonizao em Cana at o Templo de Salomo? Mas o que dizer de 1 Crnicas 16.39; 21.29; Salmo 78.60; cp. 1 Reis 8.4? Estes no podem e no devem ser descartados como disfarces editoriais, porque eles no se ajustam a uma posio j preconcebida. Com base nos argumentos precedentes, decidiram os crticos que o Tabernculo de xodo 25ss no histrico, e na melhor forma, ideal, no real.

    Visto que a posio de Wellhausen est sendo reexaminada a partir de um ponto de vista mais favorvel e est sendo drasticamente reavaliada, o relato de xodo 25 est sendo avaliado novamente.

    Por que. por exemplo, no pode o Tabernculo de xodo 25 ser uma imitao da tenda em xodo 33, em lugar de uma cpia do de Salomo? Por que no pode Salomo construir com base em um modelo prvio israelita, embora ele utilizasse a habilidade artstica fencia?

    Avanando em um estudo adicional, os problemas no so to formidveis como foi considerado primeiramente no calor de um vido hipercriti- cismo. At mesmo o argumento do silncio est inconcluso. xodo 33.7 entendido como o grande desprazer de Deus na feitura do bezerro de ouro. Ele temporariamente retirou sua presena deles (33.1,3,4-6 este era o modo de Moiss mostrar a Israel que a presena de Deus lhe foi negada no acampamento).

    M uitas das dificuldades na posio crtica surgem do fato de que se tentou igualar a tenda da congregao e o Tabernculo, e ento apresentar discrepncias resultantes. Permita que a tenda seja uma estrutura e o Tabernculo outra, e tudo ser visto em harmonia. Com respeito a impreciso das instrues, certamente foram dadas instrues suficientes para perm itir aos trabalhadores construrem a estrutura, pois xodo 35-40 est repleto da maneira como as instrues de Deus foram executadas risca. Onde no havia instrues especficas, a habilidade dos artesos, fortalecidos com dotao especfica e declarada do Esprito de Deus, foi adequada de acordo com as necessidades da tarefa. Os detalhes especficos do edifcio teriam levado em conta o peso das cortinas na armao. Autoridades em engenharia confirmaram que tal estrutura era eminentemente possvel e opervel. Como j foi mostrado, o silncio dos textos histricos s pode ser entendido se for negada a validade das passagens que servem de piv e ento apagadas.

    O fato de que os verbos em xodo 33 esto no tem po costum eiro apenas revela que esta situao foi obtida temporariamente durante um tempo limitado. E bastante provvel que quando a gerao mais velha, que no entraria na terra, morreu, a Arca e o Tabernculo passaram no meio do acampamento. Diferenas na localizao da tenda e do Tabernculo so explicveis e contradies so mais aparentes do que na realidade. Alm disso, esses que alegam que a tenda da congregao foi a tenda pessoal de Moiss no podem esperar que a sua declarao seja levada a srio, quando o assunto em discusso envolve a adorao de uma nao inteira, contando mais do que dois milhes, com um sacerdcio auxiliando as milhares de pessoas.

  • 732 TABERNCULO

    Teologicamente, o Tabernculo no pode ser eliminado da histria de Israel no deserto. A presena do Senhor com eles era o fator unificador em todas as suas tradies nacionais, repetidamente referida em livros posteriores do AT. No poderiam estar sem fundamento na realidade. Eles podem ser e so seguidos era de Moiss, em que as leis de Israel e sistema de sacrifcios tambm comearam.

    A. seqncia parece ter sido:(1 ) a tenda fora do acampamento, por causa do pecado da adorao do bezerro de ouro (Ex 32); (2) o prprio Tabernculo (Ex 25.9); (3) prximo, o santurio permanente em Silo, porque os materiais perecveis (tecidos) do Tabernculo no deserto precisavam ser substitudos; (4) Com a destruio do santurio de Silo, a Arca foi levada da Filstia para Quiriate-Jearim e para Jerusalm, aparentemente com sobras dos mveis; (5) Ento houve a tenda que Davi fez para a Arca (2Sm 6.17). Esta passagem indica o santo dos santos para a Arca. Sugeriu-se que esta tenda foi o modelo para o Tabernculo (tradicionalmente atribudo a Moiss) e no o Templo de Salomo. A observao de Davies de fato perceptiva: A viso mais nova [uma tendncia para datar vrios documentos do Pentateuco a tempos da pr-monarquia e monarquia primitiva], ao sugerir os dias de Davi, aponta para uma revivificao real da Teologia da aliana [essas revivificaes foram mais bem vistas nos reinados de Ezequias e Josias] no reinado de Davi (2Sm 7; SI 72; 89), e para a revivificao dos temas mosaicos em arca e tabernculo e presena (IDB, IV, 506).

    X. O T a b e r n c l l o n o NT

    Qualquer um que discuta o carter no histrico do Tabernculo deve encontrar explicao adequada para a maneira H m que o NT repetidamente cita caractersticas diferentes daquela estrutura e adorao, relacionando-as a Moiss, para ensinar a verdade espiritual profunda no NT. As referncias envolvem os Evangelhos, Atos, as Epstolas e o Apocalipse. J foi citado que a experincia fora do monte da Transfigurao (Mt 17.4; Mc 9.5; Lc9.33) refere-se ao Tabernculo de Moiss. Joo, em seu prlogo (1.14), relaciona a Encarnao do Senhor Jesus Cristo como o Tabernculo entre os homens. O testemunho de Estvo (At 7.44) inconfundvel. Paulo compara a cruz do Calvrio diretamente como o lugar de misericrdia de Deus, ou propiciatrio, finalizando a redeno do homem pecador (Rm 3.25). Ao falar de regenerao ele teve em mente o lavatrio em Tito 3.5. Apropria interpretao de Colossenses 1.19 e 2.9 os rela

    cionar presena da habitao de Deus no antigo Tabernculo. A epstola aos Hebreus inexplicvel sem o ensino da adorao de Israel e seu sacerdcio que residem no Tabernculo. Passagens como Apocalipse 8.3,4; 13.6; 15.5; e 21.3 sotoclaras que dispensam comentrio.

    Dois extremos so discemveis nas discusses do simbolismo do Tabernculo. H os que fazem pouco ou nada do simbolismo do santuano, apesar do que foi mostrado nas referncias do NT para aquela estrutura. Por outro lado, h os que buscam extrair alguma verdade espiritual de cada linha e pedao de madeira. H uma via media que no negar simbolismo s cores, onde branco, azul e escarlate predominam com as conotaes de pureza, carter divino e derramamento de sangue. Visto que Josefo (Jos. Ant. III. vii. 7) e Filo (De Vila Mosis 3 .147ss) erroneamente interpretam o Tabernculo como uma imagem do universo e alguns dos Pais da Igreja Primitiva viram coisas fantsticas no estabelecimento do Tabernculo, no h uma base vlida para Benzinger (op. cit., 4871) postular que a quaisquer figuras de interpretao falta uma base slida no AT. A epstola aos Hebreus d a interpretao crist do simbolismo do Tabernculo mosaico. Os mveis simbolizam o acesso do homem a Deus. O Tabernculo busca padronizar um modelo divino (8.5); h um prottipo divino (8.2,5; 9.11); transmitiu verdades espirituais importantes no sc. 1- d.C. (9.9). Cristo apareceu e, ento, entrou depois da morte nos cus (9.24). O lugar onde Deus habita designado como a Nova Jerusalm (Ap 21.3). A verdade do Tabernculo est inseparavelmente relacionada ao fato da Encarnao (Cl 1.19; 2.9). Na realidade, o Tabernculo pode ser corretamente considerado, com sua nfase no fato de Deus estar morando com o homem, como a principal mensagem da doutrina da Encarnao no AT.

    O Tabernculo, preferencialmente aos templos posteriores, a base do ensino do NT. As referncias da epstola aos Hebreus (cap. 9; 10) so ao Tabernculo em vez de a qualquer templo. O Tabernculo o smbolo de Deus habitando com seu povo (Ex 25.8; lR s 8.27). Este conceito progrediu at se cumprir na Encarnao de Deus, o Filho (Jo 1.14). Ele est na Igreja (2Co 6.16), no crente individualmente (IC o 6.19) e no estado eterno (Ap 21.3ss.). Em Hebreus, as passagens centrais do Tabernculo no NT representam os aspectos terrestres e divinos da atividade de Cristo. O AT era a sombra da qual Cristo a substncia (Hb 8.5; 10.1). O Tabernculo do ministrio de Cristo foi armado pelo Senhor e no pelos homens (8.2). Ele o sumo sacerdote do Tabernculo mais

  • TABERNCULOS, FESTA DOS / TABLETE 733

    perfeito (9.11). Ele no est em um tabernculo terrestre, mas aparece agora perante Deus por ns' (9.24). O escritor sagrado em Hebreus tira sua imagem das cerimnias do Tabernculo, e veste seus conceitos em terminologia sacerdotal e sacrificial do santurio no deserto.

    Paulo recorre ao "lavar da regenerao (Tt 3.5), e a Cristo como se oferecendo como um sacrifcio a Deus (Ef 5.2). Todos os escritores dos Sinticos sublinham a interpretao do vu do Templo (Mt 27.51; Mc 15.38: Lc 23.45). que. segundo o escritor de Hebreus, uma indicao de que o caminho para o Santo dos Santos est aberto (9.8; 10.19.20).

    XI. A IMPORTXCIA DO T ABFR\WijW#

    O Tabernculo com seus sacerdotes e seu ministrio era fundamental vida religiosa de Israel. Era seu conceito bsico que calava a prpria teocracia: o Senhor habitando em glria visvel no seu santurio entre o seu povo (Ex 25.8). At mesmo se o Tabernculo no tivesse nenhuma validade histrica, o que com certeza teve, ainda pode ter valor para os leitores por causa de sua incorporao de conceitos religiosos e espirituais importantes. Ele revela (1) as condies necessrias nas quais Israel poderia manter comunho no relacionamento de aliana com Deus; (2) a verdade dominante da presena de Deus no meio do seu povo (29.25), uma habitao que tem de se conformar em cada detalhe ao seu carter divino, i.e., sua unidade e santidade. Deus requer um santurio; o Deus santo exige um povo santo (Lv 19.2); (3) a perfeio e harmonia do carter do Senhor vistas na arquitetura do Tabernculo, as gradaes em metais e materiais, os graus de santidade exibidos no trio, o lugar santo e o santo dos santos, e as medidas do Tabernculo, por exemplo, 3, 4, 7, 10, com as fraes e mltiplos dominando e adentrando cada detalhe de moblia e material.

    O Tabernculo foi o primeiro santurio criado para o Senhor, sob o seu comando, e se tomou glorioso e eficaz mediante sua prpria moradia. A habitao de Deus com o homem o tema dominante da sinfonia do Tabernculo, tudo apontando para a futura e etema comunho com Deus. A Arca da Aliana com o propiciatrio era o smbolo de Deus se encontrando com seu povo c tg i base na expiao (Rm 3.25). O po da proposio falava da sustentao de Deus da vida espiritual; o castial representava Israel como o canal de luz de Deus (Zc 4); o incenso era um smbolo da orao (Ap 5.8; 8.3,4). O Tabernculo era o lugar autorizado de adorao. Era o fundamento da teocracia. O

    lugar de misericrdia era o local terrestre da glria de Deus, onde ele reunia o seu povo para a sua glria e a sua bno. O Tabernculo prefigurava o tempo quando o Reino de Deus seria percebido completamente e estabelecido na terra. Observe o progresso na auto-revelao de Deus ao seu povo: primeiro, sua presena no Tabernculo; segundo, a Encarnao do Senhor Jesus Cristo; terceiro, a habitao do Esprito Santo nos crentes; e quarto e ltimo, a descida daN ova Jerusalm para aterra glorificada. Veja A r c a d a A l ia n a .

    BIBLIOGRAFIA. IDB, IV, 498-506; HDB, IV. 65366$; ISBE, V, 2887-2898; EB, IV, 4861-4875; Jew Enc, XI, 653-656; J. Wellhausen, Prolegomena to the History o f Israel (18?8J. 17-51; J. Strong, The Tabernacle o f Israel in the Desert ( 1888); I . Whitelaw, Old Testament Critics (1903); W. S. Caldecott, The Tabernacle: Its History and Structure (1904); E. C. Bissell, The Pentateuch: Its Origin and Structure (1906); W. G. Morehead, Studies in the Mosaic Institutions (3 ed. 1909), 31-90; J. On', Probieri o f the Old Testament (1926), 165-180;D. W. S o d in g , The Account o f the Tabernacle (1959); M. L. G. Guillebaud, Tent Over the Tabernacle, EQ, 31.90-96 (Abril de 1959); M. Haran, Nature o f the TJiD 7rit< in Pentateuchal Sources, JSS 5.50-65 (Jan. de 1960); A. Jacob, God's Tent (1961); M. Haran, Shiloh and Jerusalem; the Origin o f the Priestly Tradition in the Pentateuch, JBL, 81.14-24 (Maro de 1962); A.H. Hillyard, The Tabernacle in the Wilderness or the R e a l i t y God in the Physical World (1965); V. W. Rabe, Israelite Opposition to the Temple, CBQ, 29.228-233 (Abril de 1967); J. Blenkinsopp, Kiriath-jearim and the Ark , JBL, 88.143-156 (Junho de 1969).

    C. L. F e in b e r g

    TABERNCULOS, FESTADOS. l/aFESTA Se Je ju m .

    TABITA. Veja D o r c a s .

    TABLETE. Traduo em portugus das seguintes palavras na Bblia. 1. m? Uma palavra usada freqentemente para os tabletes de pedra nas quais a lei foi dada a Moiss no Sinai (x 24.12; Dt 5.22 etc.) e para a lei escrita no corao (Pv 3.3; Jr17.1), mas tambm para pranchas de madeira (Ex 27.8; Ez 27.5) e para placas de metal (IR s 7.36). O equivalente do NT nka t, (2Cr 3.3; Hb 9.4).

    2. nivaicSiov. Um pequeno tablete de escrita, normalmente um bloco de madeira coberto com cera (Lc 1.63).

  • 734 TABLETES DE BARRO / TADEU

    3. Vrios termos traduzidos como "tablete" na KJV so traduzidos de modo diferente na RSV: n2 caixinhas de perfume (Is 3.20); rai;, "braceletes (x 35.22) e pulseiras (Nm 31.50).

    4. i r . Um tablete ou prancha grande (Is 8.1). traduzido como ardsia (ARA). Veja tambm M e s a .

    F. B. H uey Jr.

    TABLETES DE BARRO. Os tabletes de barro, o material de escrita mais antigo conhecido do mundo, tinham comumente o formato de tiras de po de trigo. Assuntos histricos importantes eram freqentemente inscritos em prismas ou cilindros de barro. As letras usadas nos tabletes de barro tinham formato de cunha (cuneiforme) e eram impressas no barro molhado com um instrumento pontudo. Os tabletes mais importantes eram ento assados; os outros ficavam simplesmente secando vagarosamente. Embora a inveno do alfabeto, por volta de 1500 a.C., tenha tomado disponvel uma tcnica de escrita bem melhor feita em papiros e pergaminhos, o uso de tabletes de barro continuou atravs dos imprios da Assria e Babilnia. Veja E s c r it a .

    BIBLIOGRAFIA. E. Chiera, They Wrote on Clay (1938).

    J . L . K e l s o

    TABOR, CARVALHO DE (mun Algum lugar na rea de Betei, s m encionado em 1 Samuel 10.3. O contexto da passagem conta que Saul, filho de Quis, tinha dvidas sobre se Deus queria ou no que ele fosse o rei de Israel. Samuel lhe deu alguns sinais para confirmar a natureza divina da sua uno. O segundo sinal foi cumprido a caminho de sua casa; quando ele se aproximou do carvalho de Tabor, encontrou trs homens que subiam para adorar a Deus em Betei. O local exato desconhecido.

    S . B a r a b a s

    TABOR, MONTE. Veja M o n t e T a b o r .

    TABRIMOM ( i a m Rimom bom). Filho de Heziom e o pai de Ben-Hadade I, o rei da Sria (lR s 15.18).

    TBUA. Trs palavras hebraicas so traduzidas assim . O term o hebraico m ais comum,

    tem uma etimologia obscura, mas sem dvida cognato do ugartico q r S e do acadiano qarasu. Conrudo os significados so bem diferentes. Nas descries da construo do tabernculo, significa tabua como em xodo 26.15ss. Menos comum o hebraico m'?, tabuinha", uma paleta de madeira (Is 30.8 ARA). Embora este termo ocorra mais de 35 vezes no AT, ele comumente mal traduzido. A KJV traduz como tbua'' em apenas quatro contextos. O ltimo termo o hebraico usado para viga, lado e, por extenso, para lados artificiais como as arestas na arquitetura. Usado no sentido de tbua ou viga mestra em 1 Reis. Outro termo hebraico, cujo significado ainda incerto, mTO, aparece em 1 Reis 6.9 (tabuado, ARA); 2 Reis 11.8,15; 1 Crnicas 23.14 (fileira nestes trs ltimos versculos). O NT tem apenas um termo traduzido assim nas suas vrias VSS: o grego cav , que significa exclusivamente uma tbua, uma prancha e usado na LXX para traduzir os termos hebraicos mencionados neste verbete. Apenas uma vez no NT aocv usado no mesmo sentido que na literatura grega clssica. em Atos 27.44, onde o termo descreve os destroos do naufrgio e a carga lanada ao mar pelos marinheiros. Veja T a b l e t e ; T a b l e t e s d e B a r r o .

    W. W hite J r .

    TAA (d b , vasos, utenslios). Em Ester 1.7, a ARA e a ARC empregam vasos, enquanto que a NVI traz taas e a BJ copos, para o vinho real no banquete de Assuero. A forma singular para p s (taa) ocorre em Cantares de Salomo 7.2.

    TADEU (OaSco). Um dos doze apstolos (Mt 10.3; Mc 3.18). Em Mateus 10.3 ARC, l-se Lebeu, apelidado Tadeu. Omitido das listas de Lucas 6.14-16 e Atos 1.13, o nome de Judas, filho (RSV) ou irmo (KJV) de Tiago inserido como substituto. Lucas provavelmente apresenta o verdadeiro nome. Tadeu (aramaico bico do seio?) e Lebeu (aramaico corao) podem ser designaes descritivas de Judas, introduzidas nos evangelhos para evitar confuso com o traidor e por causa do dio ligado a seu nome. Judas (no Iscariotes) de Joo 14.22 possivelmente este discpulo. Veja J u d a s 6.

    BIBLIOGRAFIA. H. B. Swete, The Gospel A ccording to St. M ark (1905), 61; V. Taylor, The Gospel Aecording to St. M ark (1952), 233,234.

    A. M. Ross

  • TADEU, ATOS DE / TADMOR 735

    TADEU, ATOS DE (Ilpasi xo BaSSatou). Uma VS grega do sc. 6- e o desenvolvimento da lenda sria de Abgar, na qual est registrada uma suposta troca de correspondncia entre Abgar V, rei de Edessa (9-46 d.C.), e Jesus, cujo resultado foi uma misso a Edessa por Adai (Tadeu) que realizou numerosos milagres, incluindo a cura de Abgar. Nesta ltima elaborao da histria original (semelhante em muitos aspectos Doutrina Adai siraco do sc. 5-), Abgar curado com o retomo de seu mensageiro Ananias. antes da chegada de Tadeu a Edessa. e muito mais ateno dada ao trabalho de Tadeu em fundar a igreja daquela cidade. Eusbis fEuseb. Hist. I 13; cp. II, I, 6 ssJ K m ece o primeiro registro da suposta correspondncia e seu resultado, no qual ele diz que o extraiu dos arquivos em Edessa e o traduziu do siraco.

    BIBLIOGRAFIA. Texto grego Actaapostolorum apo- ctypha I, crg. R. A. Lip~,ius (1891), 2^3-278; E. Henne- cke-W. Schneemelcher,NTAp (trad. ing., 1963), 437-444.

    D. A. H a g n e r

    TADMOR pa~n), a cidade de palmeiras, posteriormente se tomou famosa na histria grega e latina como Palmira, era um antigo posto militar avanado, centro comercial e estao alfandegria, localizado no deserto srio, na metade do caminho entre Damasco e o Rio Eufrates superior. Era um grande e agradvel osis com boas fontes minerais, terras frteis, muitos jardins e bosques de palmeiras a nica estao de proviso de importncia na rota de comrcio mais curta entre a Babilnia e a Sria.

    Os habitantes de Tadmor so mencionados nas inscries cuneiformes dos scs. 19 e 18 a.C., e no incio do sc. 11 nos anais de Tiglate-Pileser I da Assria, que atacou os arameus que viviam ali. As narrativas bblicas nos informam que, quando o rei Salomo tomou o norte da Sria ao longo dos vales de Beqaa e Orontes, chegando ao norte de Hamate, ele no s construiu cidades-armazns na rea de Hamate, como tambem construiu [ou reconstruiu] Tadmor no deserto (2Cr 8.3,4) para proteger as rotas de comrcio e servir de limite nordeste do seu reino ampliado.

    Nada mais se ouviu dizer de Tadmor at 64 a.C., quando Marco Antnio atacou os comerciantes que haviam ficado ricos devido ao comrcio babilnio e indiano que passava por ali.

    No incio do perodo romano Tadmor desfrutou de considervel prosperidade comercial, e foram

    construdos esplndidos edifcios sob o imprio de Adriano (117-138 d.C.), mas seu perodo colorido da histria comeou em 241 d.C., quando Odenato, o jovenijTreinou a Cavalaria Beduna e lanceiros no deserto. Ele tambm se casou com Zenobia, a filha de um poderoso xeique, em cujas veias corria o sangue rabe, egpcio e grego. Com as foras que ele e os chefes bedunos juntaram, ele lutou e superou os inimigos de Roma, e exerceu sua sutil estratgia poltica at 258 d.C., quando o imperador Valeriano fez de Odenato cnsul romano. Depois disso, durante quase 12 anos, ele dirigiu os

    Mar Negro

    Gangra

    TADMOR

    Damasco

    MnfisDu m

    Tema

  • 736 TADMOR

    Vista das runas romanas em Tadmor, prximo a Damasco na Sria. O nome romano para a cidade era Palmira. M.RS.

  • TAFATE / TAFNES (Cidade) 737

    negcios de Palmira, consolidou as foras polticas e militares e conquistou reas circunvizinhas at que se tom ou o senhor reconhecido desta parte do mundo e isto com a aprovao de Roma.

    Ento, por volta do ano 267 d.C., Odenato foi assassinado por um sobrinho, a quem ele tinha castigado por insubordinao, e Zenobia, sua rainha talentosa, tomou as rdeas do reino e governou sozinha em Palmira como regente do leste. Ela no apenas ergueu mais edifcios e melhorou a cidade, como tambm se colocou como chefe de um bemtreinado exrcito e estendeu e consolidou os seus domnios orientais at a Prsia e ocidentais at o Mediterrneo. Palmira se tom ou o centro reconhecido do mundo do Oriente Prximo, e Zenobia, a mulher sem igual em beleza, em eficincia governamental e em coragem militar. Todavia a ausncia de moderao a levou a assumir ttulos imperiais, inscrev-los em suas moedas e enviar uma expedio militar para c o n ^ is ta r o Egito.

    Logo aps se tom ar imperador de Roma, em 270 d.C., Aureliano m archou em triunfo pela sia Menor, enfrentou e derrotou os exrcitos de Zenobia em Antioquia e Emisa (Homs), ento viajou pelo deserto e sitiou Palmira em 272 d.C. Em segredo, Zenobia fugiu para o leste para reunir suas foras persas, mas foi capturada no traslado de barco quando tentava cruzar o Rio Eufrates. Ela foi enviada para Palmira e levada para Roma na m archa triunfal do imperador. Gibbon diz que o imperador lhe concedeu uma vila e ela viveu confortvel como uma matrona romana depois disso.

    Tadmor foi subjugada, mas logo se revoltou e foi praticamente destruda. Mais tarde, a cidade foi fortalecida por Justiniano, mas durante o sc. 7^ caiu perante os muulmanos. Em anos recentes, Tadmor est sendo escavada e mostra-se a viajantes como uma das runas mais impressionantes do mundo antigo.

    BIBLIOGRAFIA. New Standard Bible Dictionary (1936), 884; J. A. Hammerton, Wonders o f lhe Past, I (1948), 531-542; L. Cottrell, The Past (1960), 337,338; IDB, IV (1962), 509, 510; J. D. Douglas, The New Bible Dictionary (1962), 1235, 1236.

    G. F. Owen

    TAFATE (nso). Filha de Salomo e esposa do filho de Abinadabe, Ben-Abinadabe (lR s 4.11), que era um funcionrio no distrito de Nafate-Dor.

    TAFNES (D nsnn; Dsnn; LXX 0 K |jA ) j,a ou 08XM-tva). Uma rainha egpcia (lR s 11.19,20). Ela foi esposa de um fara da 21 dinastia, talvez Siamon (976-958 a.C.). Fara deu sua irm em casamento a Hadade, o prncipe edomita que fugiu de Davi para o Egito (lR s 11.17). Tafnes cuidou do filho da sua irm, Genubate, na casa de Fara. Entre as vrias explicaes para o nome Tafiies, a mais provvel, seguindo a LXX, o ttulo egpcio, t a-hm(t)-ns(w), a esposa do rei.

    BIBLIOGRAFIA: B. Grdseloff, Annales du Service des Antiquits d Eg)p te, XLVII (1947), 211-216.

    J. A l e x a n d e r T h o m p s o n

    TAFNES (CIDADE) (orasnn, Ez 30.18; LXX Tav). Uma cidade egpcia.

    Tafnes mencionado com Mnfis como um oponente de Israel e, com Migdol, como um lugar para o qual exilados judeus fugiram depois do assassinato de Gedalias, que se seguiu ao saque de Jud pelos babilnios em 587 a.C., quando Jeremias foi relutantemente compelido a unir-se a eles (Jr 44.1). Tafnes pode ser a tiansliterao hebraica de thpnhs, um lugar mencionado em uma carta fencia de papiro do sc. 6fl a.C., do Egito. Este texto se refere a Baal-Zefom e aos deuses de Tafnes, do que se deduz que a cidade deve ter anteriormente ostentado o nome de Baal-Zefom, um lugar de parada israelita durante o xodo (Ex 14.2). O nome pode representar um fh rn t)- p nhsy egpcio, palcio do nubiano, talvez uma indicao de sua fundao durante o reinado de Tiraca (2Rs 19.9). A forma grega do nome apoia a identificao com Daphnai, no brao Pelusiaco do Rio Nilo, que Herdoto (ii. 30, 107) diz que foi guardado pelos mercenrios gregos colocados ali por Psalmtico, durante a 26- dinastia (664610 a.C.), para repelir as incurses dos rabes e outros asiticos.

    Tafnes comumente localizada em Tell Def- neh (Defenneh), a 43 km a sul/sudoeste de Port Said (14 km a oeste de El-Qantara). Em 1886 Flinders Petrie escavou parcialmente Qasr bint al- Yahudi (Manso da filha do judeu), encontrando cermica grega e uma fortaleza de PsalmticoI, que tinha no seu exterior uma plataforma do perodo ramessida que pode ser o pavimento de pedra da casa de Fara em Tafnes, onde Jeremias escondeu pedras para marcar o local onde ele predisse que o rei da Babilnia, Nabu- codonosor II, iria levantar seu trono (Jr 43.9). Um texto fragmentrio neo-babilnico do 37a ano

  • 738 TAGARELA/ TALMUDE

    de Nabueodonosor esboa as operaes contra o Egito e menciona o rei egpcio. Amasis, e a guarnio grega (Putu-Iaman). Todavia, os cilindros de Nabueodonosor, tidos como encontrados em Tell Defneh, agora no Museu do Cairo, so cpias importadas de seu padro de inscries de construes da prpria Babilnia.

    BIBLIOGRAFIA: F. Petrie, Tyms II: N ebesh^ (AM) and D efenneh (Tahpanhes) (1888), 47-96; A. Dupont-Sommer, LXXXI (1949), 52-57; W. F. Albright, Baal-Zephon, f estschrijt A lfred Bertholet(1950), 13, 14.

    D. J. W lSEMAN

    TAGARELA. Tradu de duas palavras nas Escrituras. Uma a frase encontrada somente em Eclesiastes 10.11, 7in, literalm ente, Senhor das lnguas, mas que interpretada como encantador ou m ago. A KJV traduz erroneamente como tagarela. Aparentemente tratava-se de algum tipo de sham pago. O outro termo o grego cnTp|j.oXYO, cujo sentido literal apanhador de sementes, ou mais claramente, aquele que se sustenta apanhando restos . Aparentemente esta expresso coloquial foi utilizada somente no incio do helenismo e no encontrada na literatura tica clssica. Seu nico emprego no NT um comentrio feito pelos filsofos epicureus e esticos que ouviram o discurso de Paulo no Arepago (At 17.18). Ao que parece foi um ataque direto pregao do apstolo.

    W. W h it e J r .

    TALENTO. Veja M o e d a s ; P e s o s E M e d id a s .

    TALITA CUMI! (ra/aG a derivado do ara-maico lp NTP^ Q, que quer dizer menina, levanta!). Marcos preserva a vvida memria de Pedro nas palavras exatas de Jesus em ressuscitar a menina (Mc 5.41). Observe outras palavras aramaicas de Jesus (7.34; 15.34) e de Pedro (At 9.40). Elas vm naturalmente ao galileu. Nenhuma frmula mgica est envolvida.

    Muitos vem aqui uma prova de que o aramaico era, com o grego, o idioma comum falado na Palestina. J. Grintz (Hebrew as the Spoken and Written Language in the Last Days of the Second Temple, JBL, LXXIX [1960], 33-47) apresenta evidncia de Josefo, da literatura Qumr, do NT e de outros documentos judeus de que o hebraico era o idioma

    comum falado na Palestina. Por exemplo, observe que Paulo (At 21.40; R . 2) e Josefo (Jos. War VI.ii. 1) discursaram populao em hebraico. Pormo aramaico continuou prevalecendo no serv io do Templo no perodo persa, possivelmente por causa de grande nmero de orientais que falavam aramaico e que afluam para Jerusalm para as festas (pgs. 44,45). Jesus escolheu a lngua do Templo, com suas conotaes ricas, para as palavras do milagre. Como R. Jonathan de Beit Gubrin disse: Aramaico para elegia; hebraico para discurso (Jer. Mejgillah I, 9 [71b]).

    W. T. D a y t o n

    TALMAI 0 1 ) 1 Um dos trs filhos de Anaque cujo grupo tribal residia em Hebrom quando os espies de Josu penetraram na terra (Nm 13.22; Js 15.14; Jz 1.10).

    2. Rei de Gesur, um principado arameu ao nordeste da Galilia, cuja filha Maaca foi desposada por Davi, contrrio lei e para sua tristeza. A princesa se tomou a me do irascvelAbsalo (2Sm 3.3; 13.37; 1 Cr 3.2). Foi para Gesur que Absalo fugiu depois do assassinato de Amnom.

    E. M. B l a ik l o c k

    TALMOM (p'?). O nome de uma famlia levtica de porteiros no Templo p?-exlico (lC r 9.17; Ed 2.42; Ne 7.45; 11.19; 12.25; lE sd 5.28).

    TALMUDE ( T - , . nome prprio derivado do verbo hebraiccntf?, cognato do acadiano lamdu, do ugartico / m d, aprender, estudar, forma o substantivo, "no1?, discpulo), a coleo de leis rabnicas, as decises da lei e os comentrios sobre as leis de Moiss foram chamados de Talmude.

    I. A origem e desenvolvimento da lei oral

    II. Os antecedentes do TalmudeA. MishnaB. Midrash

    III. As divises principais e secundrias do Talmude

    IV. O Talmude palestino e babilnico

    V. A histria literria do Talmude

    VI. A importncia do Talmude

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    I. A ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DA LEI ORAL

    A mensagem dos grandes profetas do sc. 8aa.C. deixou claro que a queda do Reino do Norte de Israel diante das naes pags gentlicas e o cativeiro iminente de Jud eram o resultado direto da idolatria. A promessa de retomo dos filhos de Abrao terra da aliana estava sob a condio de que eles buscassem Yahweh com todo o corao e repudiassem os deuses dos cananitas (Ir 29.13). A cessao gradual da profecia e o desenvolvimento de novas e mais complexas relaes sociais dentro e fora de Israel exigiam a elaborao progressiva contnua das leis do Pentateuco. Os lderes e a gerao que voltaram da Babilnia em 538 a.C. estavam intensamente atentos necessidade de assegurar a continuidade da obedincia nacional de Israel lei de Moiss. O prprio Esdras chamado como "um escriturrio versado na Lei de Moiss (Ed 7.6 JPS). O desejo popular de estudar e aprender a lei, como expresso em Neemias 8.1-18, era tal que a Grande Sinagoga, como foi chamada subseqentemente, foi fundada. Este desenvolvimento histrico produziu uma nova instituio social entre os judeus, a funo e servio do Mestre da Lei, o rabino. Conseqentemente, a sinagoga local era nada mais que um estudo da Tor. Em dcadas recentes, a aceitao das hipteses fragmentria, literria e documentria a respeito da origem e do desenvolvimento do AT foram adotadas por alguns estudantes judeus para explicar a origem do Talmude, mas existe pouca evidncia para apoiar esta construo. No h dvida de que havia comentrios, lendas e sagas sobre os patriarcas, algumas partes das quais apareceram nos apcrifos e pseudepgrafos posteriores. A noo de que havia uma antiga tradio oral, que passou de gerao para gerao ao longo dos milnios da histria judaica, e somente foi escrita na epoca da Grande Sinagoga no tem fundamento. E necessrio observar que houve muitos costumes, ritos e procedimentos que cresceram entre os judeus, os quais so mencionados ocasionalmente no NT e ordenados especificamente no DSS (Rolos do Mar Morto), mas no direta ou definitivamente ordenados no AT. O prprio Talmude assume sua origem como sendo grandemente antiga t Pirke Abhoth, I,1 declara que deve ser atribudo a Moiss no Sinai. Mais importante a posio talmdica como uma cerca viva ao redor do cnon sagrado revelado por Deus. Supe-se que esta mxima tenha sido declarada pelos estudantes da Grande Sinagoga para produzir isolamento suficiente ao redor da moral revelada e mandamentos cerimoniais, de

    modo que Israel nunca mais cairia novamente em ignorncia e idolatria.

    II. Os ANTECEDENTES DO TALMUDE

    No h nenhuma dvida de que o surgimento da seita dos fariseus tinha ocorrido com a escrita e o estudo das tradies judaicas, as quais conduziram produo do Talmude. Josefo menciona que os fariseus tinham passado para as pessoas certos regulamentos transmitidos por geraes anteriores que no estavam registrados nas Leis de M oiss (los. Ant. XIII, 297, Loeb Lib. trad.). Todavia, isto no sugere que estavam envolvidos os registros escritos. Por outro lado, os rituais elaborados exigidos pelo Manual de Disciplina da seita de Qumr (1QS) e o esquema preciso do tanque de banho cerimonial em Masada tendem a apoiar a noo de que foi durante este perodo do ltimo sc. a.C. que as categorias iniciais do Talmude estavam sendo preparadas. A coleo assumiu duas formas literrias distintas:

    A. M ishna. O hebraico ito o , derivado da forma verbal, rnitf, repetir, a conversa oral dos rabinos medida que eles discutiam a prpria interpretao e o curso de ao requerido dos ju deus com respeito lei mosaica. No h nenhuma apresentao de evidncia, mas um constante apelo para a autoridade consagrada pela idade ou mndamento nas Escrituras. Essencialmente, ento, Mishna um complexo comentrio verbal e contnuo, explicando objetivamente a Tor de Moiss. Se o comentrio produz instruo legal, conhecido como Halac. Embora a apresentao das leis mishnaica tenha sido dominante no ensino judaico e seus professores ou Tannaim (derivado do aram aico tun, Aqueles que transm item ) tenham sido muito reverenciados, ela cresceu depois que seu modo de comentrio mais antigo e especfico foi estabelecido.

    B. M idrash . O hebraico derivado da forma verbal, uni, cognato do ugartico d r s , indagar, expor (2Sm 11.3). Este antigo mtodo de estudo peculiar ao Oriente e em grande parte baseado na estrutura lexicogrfica e morfolgica dos dois idiomas, hebraico e aramaico, com os quais ele lida. Os escritos midrashicas esto repletos de etimologias do povo, ginsticas mentais e conexes foradas feitas com base nas meras analogias dos sons de palavras. Tradicionalmente, o mtodo do Mishna foi dividido em duas esferas: a que trata de temas puramente legais, chamada

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    de Midrash Halac, e a que trata de no legais, normalmente temas homilticos ou devocionais, chamada de M idrash Hagad. Essencialmente o M ishna era um mtodo tpico de pronncia, enquanto que a Midrash era exegtico. Entende-se tradicionalmente que a forma da Midrash apareceu com Esdras e a Grande Sinagoga, enquanto chegam a um fim as escolas de Shammai e Hillel, aps atravessar dois grandes perodos de popularidade, a era do Soferim (D1-1D1D), biblifilos, que terminou aproximadamente em 270 a.C. e do Zugoth (nilir), pares, terminando com o ltimo par, Shammai e Hillel, em cerca de 10-5 a.C. Com o Zugoth mais direto, o sistema mishnaico veio a ser mais proeminente. Tambm havi -t> aspecto de que a Midrash era baseada e freqentemente preparada em hebraico, enquanto que o Mishna utilizava mais freqentemente o idioma aramaico e produziu um dialeto misturado, chamado Mishna hebraico. A coleo inicial do Mishna foi feita provavelmente pela ltima do Zugoth, mas a coleo do mrtir rabino Akiba (cerca de 135 d.C.) foi elaborada pelo rabino Meir (cerca de 170 d.C.) e interpretada pelo mais famoso dos expoentes do Mishna, o rabino Judah ha-Nasi (Jud, o Prncipe) entre 135-217 d.C. As discusses rabnicas depois deste perodo que mais mais refinaram e ampliaram o Mishna e a Midrash se agruparam sob duas lideranas: os ensinos externos para a coleo do rabino Judah, denominada Baraitha (Aram. Nirnn), e as discusses rabnicas que tinham ocorrido nas escolas da Palestina e Babilnia entre os estudantes, conhecidas como Amoraim (Aram. cnnx, oradores). Ao mesmo tem po, este material adicional foi chamado Gemara (Aram. NQi, concluso), quando foi combinado com o Mishna do rabino Judah, produziu o Talmude em sua totalidade.

    III. As DIVISES PRINCIPAIS E SECUNDRIAS DO TALMUDE

    O Talmude ou, mais estritamente falando, o Mishna e Talmude, dividido em seis divises principais ou ordens (Aram. am o ), que so subdivididas em Tratados (Aram. mroon), 63 em nmero, cada uma das quais dividida em captulos (Aram. ETpiD) de comprimento variado. As anlises que seguem so das divises principais e secundrias. Ordem Zera'iym (Aram. etou), sementes.

    (1) Tratado Berahoth (Aram. m m n, B nos). Captulos: 1. Tempo de recitao da orao do Sema (Dt 6.4), posio do suplicante e aes de graas. 2. As divises da orao do

    sema e a voz em orao. 3. Dispensa de orar o Sema. 4. Tempo de orao e oraes adicionais. 5. Posies, oraes especficas e congregacionais.6. Bnos para alimentos vegetais e frutas. 7. Grupos de pessoas, tipos e nmeros que fazem oraes e as oraes a serem recitadas. 8. O lavar as mos s refeies e bnos nas refeies, as diferenas entre Shammai e Hillel. 9. Ocasies diversas de oraes.

    (2) Tratado P e ah (Aram. ND, Canto de um campo). Captulos: 1. O tamanho dos cantos de um campo, iseno de dzimos. 2. Cantos de campo e rvores. 3 .0 tamanho dos campos necessrios para os cantos de campo. 4. Como o produto dos cantos de campo deve ser distribudo. 5. Direitos do pobre e produto esquecido. 6. Distino do produto esquecido. 7. Oliveiras e os direitos do pobre nas vinhas. 8. Definio de pobre e a extenso de seus direitos.

    (3) Tratado Dema iy (Aram. X7, [frutos] duvidosos). Captulos: 1. O dzimo de Demaiy. 2. O judeu zeloso e que paga o Demaiy. 3. Quem pode reservar o Demaiy. 4. Declaraes aos indivduos sobre o Demaiy e como liquid-lo. 5. Campos alugados, campos com certas excees. 6. Separando casos especficos de dzimos.

    (4) Tratado K ila iym (Aram. D3, Misturas). Captulos: 1. Kilaiym definido. 2. O caso de gros misturados. 3. Divises dos canteiros. 4. Kilaiym de vinhedos. 5. Tipos de videiras. 6. Extenso de videiras. 7. Kilaiym e animais. 8. Kilaiym quanto a tecidos.

    (5) Tratado Sheviith (Aram. rpynt, O Ano Sabtico). Captulos: 1. Cultivo no 6- ano. 2. O 7 ^ ano e campos sem cultivo. 3. Trabalho pelos campos. 4. 7 poda do ano. 5. Figos, alhos-pors e equipamento de fazenda. 6 . 0 7- ano em vrios pases. 7. Direitos do 1- ano. 8. Frutos autopro- dutivos. 9. Venda e armazenamento de frutos. 10. Quitao de dvidas.

    (6) Tratado Terwuwmoth (Aram. m ann , Levantamento da oferta de oblao). Captulos: 1. Teruwmoth. 2. Substituio por um outro Teruw- moth. 3. Segundo Teruwmoth. 4. Quantidade. 5. Restituio de Teruwmoth. 6. Consumo intencional de Teruwmoth. 7. Preparao. 8. Semeando o Teruwmoth. 9. Provando. 10. Utilizando o leo de Teruwmoth.

    (7) Tratado Ma sserowth (Aram. miTOS D zimos). Captulos: 1. Dzimos do fruto, quando devido. 2. Excees. 3. Local do fruto para os dzimos. 4.Tsenes. 5. Planta e semente no dizimvel.

    (8) Tratado Ma aser Sheniy (Aram. ]tiH'ZOT, Segundo Dzimo). Captulos: 1. Disposio do

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    M a'aser Sheniy. 2. Procedimentos do M a'aser Sheniy. 3. Frutos em Jerusalm. 4. Procedimentos e preo. 5. Vinhas do 42 ano.

    (91 Tratado kallah. (Aram. n1? Massa"). Captulos: 1. Frutos. 2. Casos especiais. 3. Quantidade.4. Variaes no hallah.

    (10) Tratado 'Orlah (Aram. HTiJ Proibido). Captulos: 1. Arvores sujeitas. 2. Frutos misturados. 3. Cores e Fogos.

    (11) Tratado Bikuwriym (Aram. n m Primeiros Frutos). Captulos: 1. Excees. 2. Diferenciaes. 3. Cerimnias. 4. Casos excepcionais. Ordem Seder M o ed (Aram. 75710 170, Feriados Ilustres).

    (jl) Tratado do Sabhath (Aram. mu, Dia de Sbado ). Captulos: 1. Trabalho a ser evitado, diferenas entre Shammai e Hillel. 2. Acendendo a lmpada na noite do Sbado. 3. Fomos e cozinhar.4. Cobrindo panelas. 5. Conduo das bestas. 6. Partida de homens e m ulherePe vesturio. 7. Responsabilidade por violar o Sbado, 39 tipos de trabalho. 8 Medidas de objetos portteis. 9. Impureza por meio de carregamento. 10. Lanando objetos. 11. Construindo, podando e escrevendo.12. Tecendo, lavando. 13. Trabalhos mistos. 14. Aes em chamas. 15. Movendo os recipientes. 16. Movendo os objetos e pessoas do caminho. 17. Circunciso. 18. Coando, limpando e apertando. 19. Carregamentos mistos. 20. Necessidades diversas. 21. Arranjos de negcio e enterros. 22. Os alcanados pela escurido em uma viagem, aes permitidas no Sbado.

    (3) Tratado Eruwbiyn (Aram. T an r, Incorporando). Captulos: 1. Caminhos de entrada. 2. Feriado ou sua noite. 3. Indo alm de Eruwbiyn (incorporado ou ampliado), limite do Sbado. 4. Expandindo o Eruwbiyn. 5. Mais subdivises. 6. Ainda mais subdivises. 7. Um terreno. 8. Telhados. 9. Leis mistas do Sbado.

    (14) Tratado Pesahiym (Aram. rrnOD, Pscoas). Captulos: 1. Procurando levedura. 2. D isposio de levedura. 3. Levedura em suas vrias formas, bolo de Pscoa e ervas amargas.4. Trabalho antecipado. 5. Matando e abatendo o cordeiro pascal. 6. Trabalhos da Pscoa substituem proibies do Sbado. 7. Mtodos para cozinhar na Pscoa. 8. Pessoas permitidas a participar. 9. As comunidades e pessoas incapazes de participar. 10. Circunstncias incomuns. 11. A ordem para comer a Pscoa.

    (15) Tratado Sheqaliym (Aram. DPptt- Ciclos). Captulos: 1. O assentamento dos cambistas. 2. Trocando dinheiro. 3. Remoo de moedas do esconderijo. 4. Gastando o imposto do Templo.

    5. Servios eclesisticos. 6. N um erologia do nmero 13.7. Possesses de proprietrios desconhecidos. 8. Dificuldades diversas.

    (16) Tratado Yowma (Aram. ndv, Dia da Expiao). Captulos: 1. Preparaes do sumo sacerdcio. 2. Oferecimentos e distribuio de sorte. 3. Preparando para os servios de Expiao.4. O bode expiatrio. 5. Santo dos Santos. 6. Expulso do bode expiatrio. 7. Os deveres do sumo sacerdote. 8 Jejum e perdo.

    (171 Tratado Suwkkah (Aram. m io, Festa dos Tabernculos). Captulos: 1. Dimenses das tendas. 2. Isenes. 3. Ramos para usar como cobertas. 4. Durao. 5. Diviso das ofertas.

    (18) Tratado Yowm Towv (Aram. 310 Bom Dia, tambm conhecido como Beysah, Ovo). Captulos: 1. Participao de ovos em feriados. 2. Refeies do Sbado. 3. Atividades proibidas. 4. Tempo das Festas. 5. Tocar das flautas.

    (19) Tratado R o sh ha-shanah (Aram.BWI, Atio-Novo). Captulos: 1. Quando quatro Anos-Novos acontecem. 2. Questionando o testemunho da lua nova. 3. Grupos