TQS-DINAMICA12 (1)

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  • Sumrio I

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    TQS Informtica

    Dinmica aplicada em estruturas de concreto

    Srgio Stolovas

    Sumrio

    1 Introduo Anlise Vibracional de Estruturas ............................................... 1 1.1 Descrio fenomenolgica dos principais efeitos dinmicos que afetam as

    estruturas: ....................................................................................................... 4 1.2 Descrio dos elementos com os quais mexe a Dinmica de Estruturas ........ 5 1.3 Diferenas entre efeitos de aes estticas e dinmicas ................................. 6 1.4 Oscilaes Livres ............................................................................................ 8 1.5 Oscilaes com amortecimento viscoso ......................................................... 9 1.6 Caractersticas da Resposta excitao harmnica de freqncia f de um

    sistema com freqncia natural nf .............................................................. 10

    1.7 Controle de resposta: .................................................................................... 15 1.8 Introduo Anlise de Fourier ................................................................... 16 1.9 Noo de efeito de harmnicos superiores ................................................... 19

    2 Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas .............................................. 21 2.1 Oscilaes Livres de um sistema de um grau de liberdade (com

    amortecimento viscoso) ................................................................................ 21 2.2 Exemplos de Histrias de Resposta: ............................................................. 23 2.3 Amplificao dinmica: ................................................................................ 24 2.4 Sistema de 1 grau de liberdade submetido a Movimento Harmnico da Base:

    ...................................................................................................................... 25 2.5 Fator de Transmisso de deslocamentos devidos a Movimento Harmnico da

    base: .............................................................................................................. 26 2.6 Equaes geral do movimento de uma estrutura de n- graus de liberdade: .. 28 2.7 Metodologias de clculo Aproximado .......................................................... 39

    2.7.1 Mtodo de Rayleigh.............................................................................. 39 2.7.2 Mtodo de Dunkerley ........................................................................... 41 2.7.3 Mtodo de Newmark Stodola Vianello ........................................... 42 2.7.4 Frmulas aproximadas usuais que se derivam do mtodo de Rayleigh 42

    3 Efeitos dinmicos gerados por equipamentos mecnicos ................................ 57 3.1 Introduo problemtica dos projetos de estruturas que sustentam

    mquinas. ...................................................................................................... 57 3.2 Classificao dos tipos de mquina .............................................................. 58

  • II Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    3.3 Classificao dos tipos de bases executadas em concreto armado ................ 58 3.4 Anlise de Estruturas que sustentam Mquinas Rotativas ............................ 59

    3.4.1 Caractersticas da excitao .................................................................. 59 3.4.2 Efeito de rotor desbalanceado ............................................................... 61 3.4.3 Valores da Fora devida Excentricidade de Rotores de acordo a ISO

    1940 ...................................................................................................... 63 3.4.4 Caracterizao de projeto estrutural de bases para mquinas rotativas de

    baixa e media freqncia ...................................................................... 65 3.4.5 Caractersticas do roteiro de projeto estrutural de Bases para mquinas

    rotativas de alta freqncia ................................................................... 65 3.5 Exemplo de Anlise dinmica da estrutura que sustenta uma Unidade de

    Compresso de Oxignio .............................................................................. 70 3.6 Modelo de interao dinmica solo-estrutura para Fundao Direta Rgida de

    mquinas. ...................................................................................................... 74 3.7 Roteiro de anlise de fundaes superficiais de bases rgidas. ..................... 84 3.8 Parmetros de molas nos modelos dinmicos discretizados de bases

    retangulares de maquinaria de baixa freqncia. .......................................... 87 3.9 Modelos dinmicos para fundao superficial em solos estratificados

    (Baseado em valores obtidos por Richart, Hall and Woods) ........................ 93 3.10 Exemplo de avaliao analtica de uma base que sustenta um ventilador

    industrial ....................................................................................................... 96

    4 Efeitos dinmicos gerados por atividades humanas ...................................... 109 4.1 O ser humano como receptor de vibraes: ................................................ 109 4.2 Seres humanos como geradores de excitaes ............................................ 110

    4.2.1 Excitao devida a pessoas caminhando ............................................. 110 4.2.2 Excitao devida a atividades rtmicas ............................................... 111 4.2.3 Efeitos sobre passarelas. ..................................................................... 112 4.2.4 Pessoas pulando e Excitao gerada pela multido em uma

    arquibancada ....................................................................................... 113 4.2.5 Valores padronizados para a formulao da excitao gerada por

    atividades humanas por meio de superposio de excitaes harmnicas

    . ........................................................................................................... 118 4.3 Exemplo de avaliao vibracional analtica de uma passarela para pedestres.

    .................................................................................................................... 120 4.4 Exemplo de avaliao funcional simplificada de alternativas para uma laje

    .................................................................................................................... 129 4.4.1 Na avaliao se levaro em conta efeitos de pessoas caminhando e de

    pessoas pulando. ................................................................................. 129

    5 Efeitos dinmicos induzidos pelo vento ........................................................... 133 5.1 Introduo ................................................................................................... 133

  • Sumrio III

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    5.2 Natureza da fonte de excitao ................................................................... 133 5.3 Foras estticas equivalentes ...................................................................... 134 5.4 Efeitos dinmicos devidos turbulncia atmosfrica (efeitos de rajadas) .. 135 5.5 Metodologia da Norma NBR 6123 ............................................................. 138 5.6 Sinais e Espectros de Fourier ...................................................................... 141 5.7 Espectro de potncia da velocidade do vento ou Funo de densidade

    espectral de potncia do vento .................................................................. 148 5.8 Mtodo do vento sinttico .......................................................................... 152

    6 Anlise sismo-resistente de estruturas ............................................................ 155 6.1 Terremotos. Suas causas e mecanismos ..................................................... 155 6.2 Mapas de Risco Ssmico ............................................................................. 164 6.3 Resposta Estrutural ..................................................................................... 165 6.4 Espectros de resposta .................................................................................. 168 6.5 Espectro dctil de projeto ........................................................................... 171 6.6 Mtodo de Anlise Multi-modal ................................................................. 175 6.7 Mitigao do dano ssmico e a eficincia da engenharia civil na mesma. .. 177 6.8 Dano no estrutural ..................................................................................... 190

    Anexo A. Excentricidades tpicas de rotores ................................................... 193

    Anexo B. Tabelas de referncia para qualificar o nvel de resposta de maquinarias ...................................................................................................... 194

    B.1. VDI 2054 .................................................................................................... 194 B.2. Rathbone Chart ........................................................................................... 196 B.3. Michael Blake ............................................................................................. 197 B.4. Norma IRD ................................................................................................. 198

    Anexo C. Nveis de Percepo Humana de Vibraes ................................... 199 C.1. Nveis de percepo humana de vibraes. Os valores indicados so

    aceleraes pico para pessoas paradas submetidas a vibraes verticais ... 199 C.2. ISO 2631-2 - Aceleraes pico mximas recomendadas para conforto

    humano. ...................................................................................................... 199 C.3. ISO 2631-1 ................................................................................................. 200 C.4. ISO 2631-1 ................................................................................................. 201 C.5. DIN 4150-4 ................................................................................................. 202

    Anexo D. Valores recomendados para serem empregados na avaliao funcio-nal de Efeitos de Atividades Humanas ........................................................... 203

    Anexo E. Unidades logartmicas de amplitude vibracional ........................... 204

    Anexo F. Reviso de diretivas de verificao de fadiga de acordo Norma ABNT NBR 6118-2003 ..................................................................................... 207

  • IV Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    F.1. .Reviso de parmetros bsicos .................................................................. 207 F.1.1. Concreto .............................................................................................. 207 F.1.2. Armadura ............................................................................................ 208

    F.2. Reviso dos estados de carga normativos. .................................................. 208

    F.2.1. Estado Limite ltimo ELU ( 4.1f ) ............................................. 208

    F.2.2. Estado Limite de Servio ELS ( 0.1f ) ....................................... 210

    F.2.3. Estado limite de Fadiga ....................................................................... 211

    Anexo G. Sries de Fourier ............................................................................... 220

    Anexo H. Transformadas de Fourier ............................................................... 224

    Anexo I. Aceitabilidade de aceleraes induzidas por atividades humanas de acordo a ISO 2631-2 ......................................................................................... 229

    Anexo J. Exemplos de clculo Parte 1 ................. Erro! Indicador no definido.

    Anexo K. Bibliografia ........................................................................................ 232

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    Existem dois caminhos para estudar um problema. Eles so: o do cientista e o do engenheiro. O cientista somente est interessado na

    verdade. Para ele existe somente uma resposta: a verdadeira, e no

    importa quanto tempo leve chegar a ela. Para o engenheiro existem

    muitas respostas possveis, todas elas so compromissos entre a verdade

    e o tempo. O engenheiro deve dar uma resposta agora, e ela deve ser

    suficientemente boa para certo propsito, mesmo quando ela no seja

    estritamente verdadeira. por isso que o engenheiro deve fazer

    suposies. Suposies que em muitos casos ele bem sabe que no so

    estritamente certas, mas elas permitem obter uma resposta

    suficientemente verdadeira aos efeitos do seu propsito imediato.

    Engenheiro Annimo

  • Prembulo 1

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    1 Prembulo

    Muitos fatores coadjuvam para que a Dinmica de Estruturas deva ser incorporada no

    dia a dia no desenvolvimento de projetos de estruturas no Brasil.

    Algumas delas so:

    a) A grande quantidade de projetos de estruturas que sustentam equipamentos que geram aes cuja natureza e porte no admitem que

    sejam consideradas como estticas.

    b) Os avanos tecnolgicos na construo, a evoluo das necessidades arquitetnicas e das ferramentas de clculo que propiciam a adoo de

    tipologias estruturais mais arrojadas, leves e deformveis. Aliado a isso,

    a necessidade crescente de atendimento de exigncias de desempenho

    funcional, implica na avaliao de desempenho devido a efeitos

    dinmicos indesejveis induzidos por atividades humanas e por

    equipamentos.

    c) A proliferao de projetos de prdios cujas alturas obrigam a desenvolver anlises dinmicas que levem em conta os efeitos

    dinmicos gerados pelas aes do vento.

    d) A globalizao e a incurso no mercado internacional das companhias nacionais fazem que os engenheiros brasileiros estejam cada vez mais

    envolvidos em projetos em regies com risco ssmico. Isso obriga ao

    engenheiro compreender e poder aplicar as metodologias de anlise de

    projetos sismo-resistentes.

    A soluo de um problema de dinmica estrutural pode ser muito mais complexa que a

    de um problema equivalente de esttica devido incorporao da massa e do

    amortecimento s foras elsticas e tambm devido a que as foras e configuraes

    estruturais viram histrias de foras e deslocamentos.

    Equilbrio de foras a letra A no abecedrio do engenheiro de estruturas. Agregando

    ao equilbrio global e das partes a continuidade das mesmas, faz-se possvel na esttica

    atingir quase qualquer resposta que o engenheiro procura saber sobre a estrutura.

    Por utilizar sempre problemas de esttica, o engenheiro de estruturas est habituado a

    certos ditames, que esto incorporados solidariamente sua intuio. Essa intuio

    fundamental para a visualizao do comportamento estrutural, mas pode ser fonte de

    engano se no adaptarmos esta intuio dinmica.

  • 2 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    Se uma estrutura estiver submetida unicamente ao de certo sistema de foras, e

    subitamente deixasse de estar submetida s mesmas, a deformao dever mudar e as

    partes da estrutura devero se deslocar. Pode se intuir que a estrutura vai se deslocar

    numa direo conforme a nova deformao que responde ausncia dessas cargas que

    j sumiram. Teremos que a nossa estrutura j no estar submetida s foras, mas ainda

    estar deformada. Ou seja, que em dinmica o ditame que associa necessariamente

    deformao s foras deixa de ser correto. A evoluo no raciocnio do engenheiro para

    adaptar a sua intuio dinmica passa por assumir que o que determinar as

    solicitaes internas ser a deformao, e que o sacro equilbrio global e das partes da

    estrutura no estar j vigente (no seu significado esttico).

    O Curso de Dinmica Aplicada em Estruturas de Concreto destinado a Engenheiros

    que possuem formao e experincia no desenvolvimento e clculo de projetos de

    estruturas, e procuram incorporar as ferramentas da anlise dinmica nos projetos

    futuros.

    A estruturao do curso visa aproveitar ao mximo o conhecimento e a experincia

    em anlise e projetos de estruturas que j possui o engenheiro, para assim incorporar de

    maneira eficiente os conceitos e ferramentas de clculo da dinmica de estruturas.

    Nas 16 intensas horas de trabalho conjunto com os participantes do curso se pretende

    incorporar os novos conceitos de maneira pragmtica, objetiva e intuitiva. Para isso

    sacrificado muito do que o rigor cientifico demandaria no desenvolvimento dos

    temas, mas abrindo todo o espao possvel aos atalhos pelos quais a intuio sabe nos

    conduzir at a compreenso. Todo o esforo est justamente orientado compreenso

    dos conceitos, das metodologias de anlise e das estratgias de projeto.

    O final de cada tema exposto com exemplos concretos de modo que as novas

    ferramentas incorporadas ao sistema CAD/TQS permitem abordar os problemas de

    dinmica de estrutura, modelar as aes e analisar as respostas estruturais. Com isso o

    participante do curso pode visualizar que no se est ante uma disciplina

    completamente diferente, e que na realidade consiste em um melhoramento da nossa

    mesa de trabalho.

    Da interao com os participantes surge o roteiro final de cada curso. Cada curso se

    adapta para que o resultado seja mais adequado e mais proveitoso para o grupo

    conformado pelos participantes do mesmo, sem descuidar atingir o objetivo. Por isso

    NUNCA o curso segue estritamente a ordem nem abarcar exatamente o contedo da

    presente apostila.

  • Prembulo 3

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    A presente apostila procura fornecer a guia e a documentao para o participante no

    precisar tomar notas de tudo o que explicado. A apostila inclui tambm muitos pontos

    que no sero desenvolvidos durante o curso, visando propiciar o estudo futuro para

    uma melhor fermentao dos novos conceitos e para abrir mais portas ao

    conhecimento complementando o contedo da matria tratada.

  • 4 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    2 Introduo Anlise Vibracional de Estruturas

    2.1 Descrio fenomenolgica dos principais efeitos dinmicos que afetam as estruturas:

    Fonte(agente) de perturbao Transmissor (es)

    da Vibrao

    Receptor

    da Vibrao

    Fonte

    local

    Equipamento (mecnico) Estrutura do edifcio

    elementos no estruturais

    do edifcio

    Estrutura-

    Contedo do

    edifcio

    (elementos no

    estruturais,

    moveis,

    equipamento,

    etc.)

    PESSOAS

    Atividade de seres humanos

    Fonte externa Veculos transitando na

    Rua

    (Estrutura externa)

    SOLO

    - Estrutura do edifcio

    - elementos no

    estruturais do edifcio

    Ferrovias

    Metr

    Equipamento para obras

    civis

    Outros Ssmicos

    Exploses

    SOLO gua - SOLO

    Vento Booms

    Snicos - Blast

    AR

  • Introduo Anlise Vibracional de Estruturas 5

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    2.2 Descrio dos elementos com os quais mexe a Dinmica de Estruturas

  • 6 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    2.3 Diferenas entre efeitos de aes estticas e dinmicas

  • Introduo Anlise Vibracional de Estruturas 7

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    m

    kf nn 2

    22

    1 nn

    m

    kf

    k

    m

    fT

    n

    n 21

    tauu nest cos

  • 8 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    2.4 Oscilaes Livres

    m

    kn 2

    2

    n

    nf n

    nf

    1

    n

    nn f

    2

    2

    ttfatau

    n

    nn

    2)2cos()cos(

    O Movimento Harmnico de amplitude a e

    freqncia angular pode ser visualizado como a projeo em um eixo do movimento circular

    uniforme de raio a e velocidade

    mais rgido mais rpido vibra maior freqncia prpria

    mais massa mais devagar vibra menor freqncia prpria

    )cos( tau n Por que teria que ser senoidal,

    e no qualquer outra

    coisa peridica!!!? J que a histria harmnica a que permite que a energia total do

    sistema mola-massa seja a mesma para cada instante da trajetria!!!

  • Introduo Anlise Vibracional de Estruturas 9

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    Energia Potencial elstica 221 ukU 20 21 akU

    Energia Cintica 221 vmK 20 021 mK

    mk2

    )cos( tau )(cos222 tau

    )( tsenad

    dv

    t

    u )(2222 tsenav

    200 21 akKUKU

    = k

    .)()( consttKtU

    2.5 Oscilaes com amortecimento viscoso

  • 10 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    2.6 Caractersticas da Resposta excitao harmnica de freqncia f de um sistema com

    freqncia natural nf

    Para f

  • Introduo Anlise Vibracional de Estruturas 11

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    Para f = nf a resposta fica atrasada uma fase de ciclo

    (90o= 2/ )

    Para f >> nf a resposta est atrasada uma fase de quase ciclo

    (180 = )

    Muito Importante!:

    A freqncia da resposta no estacionrio coincide sempre

    com a freqncia da excitao

  • 12 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    Ao cabo de alguns ciclos o transiente apaga e a resposta ser:

    a) senoidal ,

    b) com a freqncia da excitao,

    c) com amplitude dependente no somente da amplitude P e da

    rigidez k, mas tambm do amortecimento e da relao entre

    freqncias de excitao e freqncia prpria da estrutura.

    d) Com um atraso (fase ).

  • Introduo Anlise Vibracional de Estruturas 13

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    Em quase todos os

    casos o interesse ser

    exclusivamente na

    parte Estacionria

    da resposta.

    )(

    21

    ~)(222

    tsen

    rrk

    ptu

    n

    r

    fase

    r

    rtg

    21

    2

    222 21

    ~)(

    rr

    utuamplitude esttico

    222 211

    rr

  • 14 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    No estacionrio:

    )(

    21

    ~)(222

    tsen

    rrk

    ptu

    21

    2

    r

    rtg

    n

    r

  • Introduo Anlise Vibracional de Estruturas 15

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    2.7 Controle de resposta:

    222 )2()1(

    )cos()(

    rr

    ttx st

    + tAtAe nntn 2221 1sin1cos

    Estacionria Senoidal

    No apaga!

    Transiente

    Apaga!

    Para r>>1 2

    002

    2

    2~)(

    m

    FkF

    rtx nst Resposta controlada pela massa

    Aumento a massa para aumentar r, st fica na mesma.

    (Diminuindo k aumentaria r, mas tambm st )

    Para r

  • 16 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    RESUMINDO: a) Quando temos uma excitao harmnica atuando sobre um sistema de um

    grau de liberdade, a resposta estacionria ser tambm harmnica, e sempre

    com a mesma freqncia da excitao, sempre atrasada e amplificada ou

    diminuda.

    b) A fase e a amplitude da resposta estacionria estaro influnciadas pelos

    parmetros:

    amplitude da excitao,

    rigidez do sistema,

    fator de amortecimento,

    razo entre a freqncia da excitao e a prpria do sistema.

    c) Em geral estamos interessados somente na resposta estacionria. Somente para

    efeitos de impacto o interesse se centrar na resposta transiente.

    d) A superposio de excitaes coadjuvantes ter como resposta a soma das

    respostas resultantes das excitaes individuais.

    2.8 Introduo Anlise de Fourier

    A razo pela qual as respostas a excitaes harmnicas so to importantes que:

    Qualquer excitao relevante poder ser expressa (mediante a anlise de Fourier)

    como soma de excitaes harmnicas: Toda funo F(t) peridica de perodo T que cumpra Hipteses de regularidade

    Poder ser expressada da maneira

    1

    0 sincos2

    )(n

    TnTn tbtnaa

    tF

    T

    dttFT

    a0

    0 )(2

    T

    Tn tdtntFT

    a0

    cos)(2

    T

    Tn tdtntFT

    b0

    sin)(2

  • Introduo Anlise Vibracional de Estruturas 17

    TQS Informtica Ltda Rua dos Pinheiros 706 c/2 05422-001 So Paulo SP Tel (0xx11) 3083-2722 Fax (0xx11) 3083-2798

    O que resulta equivalente a dizer que qualquer F(t) que cumpra as hipteses de

    regularidade poder se expressar como :

    )(tF2

    0a

    1

    sinn

    nTn tnC com 22

    nnn baC n

    nn

    b

    aar tan

    a mdia da

    Funo no

    intervalo

    uma combinao linear de infinitas funes harmnicas de

    freqncias mltiplas da freqncia de F(t): w. 2w 3w, 4w, ...

    1

    0 sin2

    )(n

    nTn tnCa

    tF

    O 1 termo no nulo se chama

    Hamnico Fundamental (n=1), e os

    seguintes Harmnicos Superiores.

    nC o coeficiente de Fourier para a freqncia Tn

    e representa a magnitude de F(t) nesse Harmnico.

    1

    0 sincos2

    )(n

    TnTn tbtnaa

    tF

    1

    0 sin2

    )(n

    nTn tnCa

    tF

    T

    dttFT

    a0

    0 )(2

    22nnn baC

    n

    n

    b

    aar tan0

    T

    Tn tdtntFT

    a0

    cos)(2

    T

    Tn tdtntFT

    b0

    sin)(2

  • 18 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    Casos simplificados:

    Funo peridica Par Funo peridica mpar

    1

    0 cos2

    )(n

    Tn tnaa

    tF

    1

    0 sin2

    )(n

    Tn tba

    tF

    Soma de COSENOS Soma de SENOS

    Nestes casos resulta uma

    Combinao linear de

    Harmnicos com freqncia

    Mltipla de T , e em fase !

    F(t) IMPAR

    1

    0 sin2

    )(n

    nTn tnCa

    tF

    )sin(3sin2sinsin~ 321 tnCCCC TnTTT

    Sawtooth

  • Introduo Anlise Vibracional de Estruturas 19

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    2.9 Noo de efeito de harmnicos superiores

    O casal pesa com toda a roupa 130 kg

    A excitao para o caso da dana com freqncia diretriz de 2,67 Hz ser a

    superposio de 3 componentes harmnicas F1(t), F2(t), F3(t) com freqncias:

    f1= 2,67 Hz, f2= 5,32 Hz , e f3= 8,01 Hz,

    cujas amplitudes sero

    F1 = 130x1,228 = 159,6 kgf , F2 = 130x0,311 = 40,4 kgf , F3 = 130x0,032= 4,2 kgf.

    Se Hzfn 32,5

    2

    1

    Para 02.0 , esses 40,4 kgf podem equivaler a: Feq=40,4x25=1010kgf!

    )31,50cos(2,4)(3 ttF

    )55,33cos(4,40)(2 ttF

    )77,16cos(6,159)(1 ttF

    1300 F

  • 20 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    RESUMINDO:

    a) Sistemas de um grau de liberdade submetidos a Histrias Harmnicas de

    excitao resultam em respostas (que podemos calcular) cujo estacionrio

    tambm Harmnico, e cuja freqncia a freqncia da excitao, atrasada e

    amplificada ou diminuda.

    b) Toda excitao peridica com histria conhecida pode ser formulada graas a

    FOURIER como superposio de excitaes harmnicas. Para obter a resposta

    ficaria somente somar os efeitos dessas excitaes harmnicas. Mais na frente

    veremos que a anlise de Fourier pode ser generalizado para excitaes que

    no sejam necessariamente peridicas.

    c) O Espectro de Freqncias de uma excitao basta para poder estimar a

    resposta, Para chegar s histrias de resposta exatas deveramos tambm

    conhecer as fases dos diferentes harmnicos da excitao.

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 21

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    3 Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas

    3.1 Oscilaes Livres de um sistema de um grau de liberdade (com amortecimento viscoso)

    (Todo curso de dinmica deve comear assim, o nosso no, mas a apostila sim).

    xckxxm A equao do movimento:

    0 kxxcxm Df. Freqncia Angular

    Natural

    mkn

    Df. Amortecimento crtico:

    nc mmkc 2

    Df: Fator de amortecimento

    c

    c

    mk

    c

    2

    Aos efeitos dos casos habituais na engenharia civil:

    10 As razes da equao caractersticas associadas equao do movimento sero

    nS 122,1 A soluo geral poder ser escrita da maneira:

    02021 1cos)( 21 texecectx nttStS n

    2

    2

    002

    00

    1

    n

    n xxxx

  • 22 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    n

    n

    x

    xx

    2

    0

    001

    0

    1tan

    Df: Freqncia Angular Natural Amortecida

    nd 21

    Sistema de 1 grau de liberdade submetido a excitao harmnica

    )(

    )(

    tfkxxcxm

    tfxckxxm

    tFtf cos)( 0

    stkF 0

    st = resposta esttica

    )1sin()1cos()2()1(

    )cos()( 22

    2

    1222

    tAtAerr

    ttx nn

    tst n

    n

    r

    ,

    2

    1

    1

    2tan

    r

    r

    A1 e A2 dependem das condies inicias.

    A resposta estacionria no depende das condies iniciais.

    Para t suficientemente grande:

    222 )2()1(

    )cos(~)(

    rr

    ttx st

    Onde st a resposta esttica:

    stkF 0

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 23

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    Resulta interessante observar que:

    Para r >> 1 2

    0

    02

    2

    2~)(

    m

    FkF

    rtx nst Resposta controlada pela massa.

    Para r >1), a maneira mais eficiente de diminuir a resposta ser incrementando a

    massa. (ex. turbo-mquinas sobre estrutura ).

    - Se um sistema estiver submetido a uma excitao com freqncia muito menor que a

    prpria (r

  • 24 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    Historia de resposta de deslocamento de um sistema com =0.05,

    submetido a excitao harmnica em ressonncia (r=1, = n)

    Historia de resposta de deslocamento de um sistema amortecido,

    submetido a excitao harmnica de baixa freqncia.

    3.3 Amplificao dinmica:

    222222 211

    )2()1(

    1

    nnst rr

    XM

    A Fase da resposta respeito da excitao ficar determinada por:

    21

    2tan

    r

    r

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 25

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    3.4 Sistema de 1 grau de liberdade submetido a Movimento Harmnico da Base:

    Seja o deslocamento da base:

    kyyckxxcxm

    yxcyxkxm

    )()(

    As solues estacionrias resultam:

    Nos casos particulares de Movimento senoidal e Movimento cosenoidal da Base:

    Para tYty sin)(

    Para tYty cos)(

  • 26 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    )sin()2()1(

    )2(1)(

    222

    2

    t

    rr

    rtx p

    )cos()2()1(

    )2(1)(

    222

    2

    t

    ii

    itxp

    2

    1

    1

    2tan

    r

    r , )2(tan 1 r

    3.5 Fator de Transmisso de deslocamentos devidos a Movimento Harmnico da base:

    222

    2

    )2()1(

    )2(1

    rr

    r

    Y

    XTd

    Sistema de 1 grau de liberdade submetido a excitao peridica

    )(tFkxxcxm

    F(t) de perodo T. Devido a Fourier:

    )sin()cos(2

    )(11

    0 tnbtnaa

    tFn

    n

    n

    n

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 27

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    dttntFan )cos()(2

    0

    n=0,1,2 ...

    dttntFbn )sin()(2

    0

    n=1,2,3 ...

    )sin()cos(2 11

    0 tnbtnaa

    kxxcxmn

    n

    n

    n

    A resposta estacionria ser superposio das respostas estacionrias das n+1 equao:

    Equaes Respostas

    20000 akxxcxm

    )cos( tnakxxcxm ncncncn n=1,2,3,..

    )sin( tnbkxxcxm nsnsnsn n=1,2,3,..

    k

    atx p

    2)( 0)(0

    )cos()2()1(

    )(2222

    )(

    nnp

    cn tnnrrn

    katx

    )sin()2()1(

    )(2222

    )(

    nnp

    sn tnnrrn

    kbtx

    22

    1

    1

    2tan

    rn

    nrn

    m

    kr nn ,

    1

    )(

    1

    )()(

    0 )()()()()(n

    p

    sn

    n

    p

    cn

    p

    h txtxtxtxtx

    12222

    0

    )2()1(

    ) cos(

    2)(

    n

    nnnh

    nrrn

    tnA

    k

    atx

    k

    baA nnn

    22

    n

    nn

    a

    b1tan

    * )(txh = soluo geral da equao homognea = oscilaes livres

  • 28 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    3.6 Equaes geral do movimento de uma estrutura de n- graus de liberdade:

    Desejamos achar a resposta da estrutura a uma excitao F(t). Isso significa resolver a

    equao matricial (deslocamentos x(t) em funo da excitao F(t)):

    )(tFxKxCxM

    nx

    x

    x

    x

    2

    1

    nx

    x

    x

    x

    2

    1

    nx

    x

    x

    x2

    1

    )(

    )(

    )(

    )(2

    1

    tF

    tF

    tF

    tF

    n

    nm

    m

    m

    M

    0

    0

    00

    00

    2

    1

    nnnn

    n

    n

    ccc

    ccc

    ccc

    C

    21

    22221

    11211

    nnnn

    n

    n

    kkk

    kkk

    kkk

    K

    21

    22221

    11211

    Ou seja, que equivale a um sistema de n equaes cuja equao genrica :

    )(.. 22112211 tFxkxkxkxcxcxcxm ininiininiiii

    Em cada equao aparecem deslocamentos de coordenadas diferentes e suas derivadas.

    O que no nada animador para quem deseja saber o que acontece com o deslocamento

    para cada uma das coordenas!

    Se pudermos achar uma transformao lineal do tipo:

    zx

    )(

    )(

    )(

    )(

    )(

    )(

    2

    1

    21

    22221

    11211

    2

    1

    tz

    tz

    tz

    tx

    tx

    tx

    nnnnn

    n

    n

    n

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 29

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    que cumpra que as seguintes matrizes resultem diagonais:

    n

    j

    M

    M

    M

    M

    00

    00

    001

    n

    j

    C

    C

    C

    C

    00

    00

    001

    n

    j

    K

    K

    K

    K

    00

    00

    001

    A substituio de:

    zx , zx , zx

    na equao original resultar em:

    FzKzCzM

    Pr-multiplicando por :

    FzKzCzM

    Que devido suposio feita anteriormente ficar da maneira:

    FzKzCzM jjj

    0

    0

    0

    0

    0

    0

  • 30 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    Ou seja, n equaes diferenciais independentes; uma equao para cada modo j:

    n

    i

    ijijjjjjj FzKzCzM1

    3,2,1i

    Cujas solues zj(t) podemos achar, j que so equaes de movimento de sistemas de 1 grau de liberdade:

    Uma vez calculadas as funes zj, poderemos achar as x :

    )()(1

    tztx j

    n

    j

    ui

    nn

    n

    n

    n

    nnn

    tZtZtZ

    tx

    tx

    tx

    tx

    2

    1

    2

    22

    12

    2

    1

    21

    11

    1

    2

    1

    )()()(

    )(

    )(

    )(

    )(

    Em definitiva: se tivermos uma matriz como [] teremos achado uma maneira

    simples de chegar resposta.

    Essa matriz existe e se chama matriz modal.

    Formas modais, freqncias modais e matriz modal

    Comearemos por analisar um sistema livre sem amortecimento cuja equao de

    movimento :

    xKxM

    Procuraremos achar solues que tenham a forma:

    tbtatScomtStS

    tx

    tx

    tx

    x

    nn

    sincos)(,)()(

    )(

    )(

    )(

    2

    1

    2

    1

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 31

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    )()(

    )(

    )(

    )(

    2

    1

    2

    1

    tStS

    tx

    tx

    tx

    x

    nn

    Substituindo na equao do movimento:

    )()(

    )()(

    tSKtSM

    tSKtSM

    Como

    )()( 2 tStS

    Resulta:

    )(2 tSKM

    O que implica que dever se cumprir:

    KM2 MK 2 21 KM

    Que um problema matricial de valores prprios da aplicao lineal definida pela

    matriz:

    KM 1

    {} ser vetor prprio dessa aplicao com valor prprio ( quadrado de ).

    Da necessidade de existncia de solues no triviais da equao:

    KM2

    Resulta a equao que proporciona as freqncias, chamada tambm equao

    caracterstica:

  • 32 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    KM2det

    nnnnn

    n

    n

    mkkk

    kmkk

    kkmk

    2

    21

    22

    2

    2212

    1121

    2

    11

    det

    Esta equao ter a forma

    002

    1

    )1(2

    1

    2 aaaaN

    N

    N

    N

    Ela fornecer n solues:

    22

    2

    2

    1 n

    E substituindo cada uma delas na equao matricial podero se obter as formas modais:

    nn

    n

    n

    n

    nn

    2

    1

    2

    22

    12

    2

    1

    21

    11

    1

    Df. Matriz Modal

    nnnn

    n

    n

    21

    22221

    11211

    Df. Matriz Espectral

    2

    2

    2

    2

    1

    2

    00

    00

    00

    n

    Resulta fcil de demonstrar que dadas 2 formas modais com freqncias diferentes:

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 33

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    nm

    m

    m

    m

    2

    1

    np

    p

    p

    p

    2

    1

    mp

    mp

    cumpre-se:

    0 pm K 0

    pm M

    Que so as condies de ortogonalidade respeito a K e a M

    definindo

    jjj MM

    jjj KK

    Mj e Kj nmeros reais.

    Da condio de ortogonalidade:

    n

    j

    M

    M

    M

    M

    00

    00

    001

    n

    j

    K

    K

    K

    K

    00

    00

    001

    Isto suficiente para dizer que podemos mediante a transformao modal

    diagonalizar a equao de um sistema no amortecido (com ou sem excitao)..

    Para poder fazer a separao da equao geral do movimento mediante a

    transformao:

  • 34 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    )(

    )(

    )(

    )(

    )(

    )(

    2

    1

    21

    22221

    11211

    2

    1

    tz

    tz

    tz

    tx

    tx

    tx

    nnnnn

    n

    n

    n

    Teria que se cumprir:

    n

    j

    C

    C

    C

    C

    00

    00

    001

    Isso se cumprir somente se C for combinao lineal de M e K.

    KaMaC 21

    Em geral esta condio no se cumpre!

    Assume-se como hiptese, e se diz que se supe que o amortecimento no somente

    viscoso, mas tambm que cumpre a Hiptese de Rayleigh.

    Para estruturas habituais, esta suposio permite atingir resultados aceitveis. Para

    estruturas que possuem mecanismos de dissipao de energia localizados ou no

    uniformemente distribudos de acordo massa e (ou) rigidez a Hiptese pode estar

    longe de ser aceitvel. Nesses casos, assumir como nulos os elementos que ficam fora

    da diagonal da transformada da matriz de amortecimento leva a resultados errneos.

    Um caso no qual a estrutura se afasta da condio de Rayleigh nos modelos nos

    quais se incorpora o solo. Os elementos que so de material solo incorporados

    estrutura levam a matrizes de amortecimento modal com muitos elementos no nulos

    fora da diagonal principal Outro caso quando se realiza controle estrutural mediante

    dissipadores localizados (seja na base ou na superestrutura). Esses e outros casos fogem

    do escopo da anlise modal como est sendo formulada, e devem se estudar por meio

    de modos de vibrao complexos (que permite estender um pouco mais o alcance da

    anlise linear), ou optar por trabalhar com metodologias de integrao numrica da

    equao do movimento.

    Para os casos nos quais se cumprem as hipteses de regularidade do amortecimento

    teremos conseguido separar as equaes do movimento:

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 35

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    ij

    n

    i

    ijjjj FzKzCzM

    1

    3,2,1j

    Vemos que todo resulta consistente j que se os j cumprem:

    jjj MK 2

    Resultar que:

    j

    j

    j

    M

    jjj

    K

    jjM

    KMK

    jj

    22

    ||||

    Com o qual a significao do j a de freqncia angular prpria do modo j.

    Da que ser consistente definir a taxa do amortecimento modal do modo j:

    jj

    j

    jM

    C

    2

    Os vetores modais j constituem uma base do espao dos vetores de dimenso n, por isso se pode afirmar que qualquer vetor desse espao poder se escrever de maneira

    nica como combinao deles. Em particular a perturbao )(tF :

    nj

    j

    j

    n

    j

    j

    nn

    n

    n

    n

    nnn

    fttt

    tF

    tF

    tF

    tF

    2

    1

    1

    2

    1

    2

    22

    12

    2

    1

    21

    11

    1

    2

    1

    )()()()(

    )(

    )(

    )(

    )(

    Devido ortogonalidade dos modos de vibrao:

    n

    i

    ij

    n

    i

    ijj

    jj

    j

    jjjjj

    FtF

    tttF

    1

    1)(

    )()()(

    Se os modos estivessem normalizados de maneira que:

  • 36 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    n

    i

    ijjj

    1

    2 1

    Resultaria que as foras modais coincidiriam com as coordenadas da fora na base

    conformada pelos vetores modais.

    Analisemos a resposta de uma perturbao harmnica senoidal generalizada:

    t

    F

    F

    F

    tF

    tF

    tF

    tF

    nn

    cos

    )(

    )(

    )(

    )(2

    1

    2

    1

    Aplicando a transformada modal:

    tFzKzCzMn

    i

    ijijjjjjj cos1

    3,2,1j

    Sendo que para cada j a equao anterior de um grau de liberdade zj , para cada

    modo teremos que a resposta estacionria ser:

    2222

    1

    )2()1(

    )(cos

    ~)(

    jjjjj

    i

    n

    i

    ijj

    j

    rrM

    tF

    tz

    Onde:

    j

    r

    ,

    2

    1

    1

    2tan

    j

    jj

    r

    r

    Substituindo, resultar que a histria estacionria em coordenadas geomtricas ser:

    n

    j

    nj

    j

    j

    jjjjj

    i

    n

    i

    ijj

    n

    rrM

    tF

    tx

    tx

    tx

    tx1

    2

    1

    2222

    12

    1

    )2()1(

    )cos(

    ~

    )(

    )(

    )(

    )(

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 37

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    Existem 2 motivos pelos quais podemos afirmar que a resposta transiente carece de

    importncia:

    A) Para as taxas comuns de amortecimento nas estruturas civis o termo transiente apaga rapidamente.

    B) A definio matemtica da excitao assume que a mesma surge de maneira

    repentina com a freqncia , quando na maioria dos fenmenos reais se trata de um processo que leva vrios ciclos at atingir essa freqncia , com o qual a

    parte transiente da formula da resposta no estaria dando cobertura do que

    realmente acontece nesses primeiros ciclos na estrutura real.

    O nico caso no qual a resposta transiente a determinante, quando um fenmeno

    impulsivo representado como uma serie de Fourier, ou seja, como combinao de

    harmnicos. Nesses casos so justamente das respostas transientes que ser composta a

    parte principal da resposta.

    Interpretao energtica das formas modais

    Dada uma historia de deslocamentos qualquer x(t), a expresso da Energia Cintica ser

    da estrutura:

    xMxxmxmxmE nnk

    1

    22

    22

    2

    112

    1)(

    2

    1)(

    2

    1)(

    2

    1

    A energia potencial elstica ser

    xKxEp

    2

    1

    Se a partir de uma forma modal { }com freqncia prpria gerarmos uma historia

    que cumpra:

    tx cos

    Teramos a oscilao harmnica do sistema em uma forma modal que uma forma de

    oscilao livre do sistema.

    A histria das Energias cintica e potenciais sero:

    tMEk 22 sin

    2

    1 tKEp

    2cos2

    1

  • 38 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    Supondo que o sistema no est amortecido, resultar que o sistema ser conservativo

    com o qual a energia cintica mxima ser igual energia potencial mxima e da

    resultar que para uma forma modal { } cuja freqncia modal seja se cumprir

    que:

    KM 2

    Comentrio: A esta igualdade podemos chegar diretamente a partir da condio que

    define a forma modal:

    MK 2

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 39

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    Metodologia geral de obteno das freqncias e formas modais

    Sistema livre sem amortecimento: xKxM

    )()(

    )(

    )(

    )(

    2

    1

    2

    1

    tStS

    tx

    tx

    tx

    x

    nn

    tbtatS sincos)(

    )()( 2 tStS

    KM2det

    nnnnn

    n

    n

    mkkk

    kmkk

    kkmk

    2

    21

    22

    2

    2212

    1121

    2

    11

    det

    002

    1

    )1(2

    1

    2 aaaaN

    N

    N

    N

    )()( tSKtSM )()( tSKtSM

    )(2 tSKM

    KM2

    n razes positivas 22

    2

    2

    1 n

    nn

    n

    n

    n

    nn

    2

    1

    2

    22

    12

    2

    1

    21

    11

    1

    3.7 Metodologias de clculo Aproximado

    3.7.1 Mtodo de Rayleigh

    Para uma certa estrutura, dado um certo vetor deslocamento generalizado {x}, se define

    o Quociente de Rayleigh como:

  • 40 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    xMx

    xKxxR

    )(

    Pode ser demonstrado que sempre:

    221 )()()( nxR

    Se { x } for parecido a uma forma modal R({ x }) resultar uma aproximao do

    quadrado da freqncia angular prpria associada ao modo em questo. No caso que a

    gente esteja aproximando ao primeiro modo saberemos que a aproximao da

    freqncia ser sempre por excesso.

    Ou seja,

    Se conheo uma forma modal posso saber qual a sua freqncia

    j

    j

    jjj

    T

    jjj

    T

    jM

    KMMKK 2][][

    Posso calcular a partir

    da matriz K ou

    diretamente calculando

    a energia elstica do

    modo.

    Duas vezes a energia elstica da

    estrutura quando est na

    deformao modal

    (na deformao mxima)

    jj KF ][

    i

    ijijj

    T

    jj FKF ][

    Duas vezes a energia

    Entregue pela fora para

    atingir a posio modal

    Se tivermos alguma deformao parecida com uma forma modal, poderamos achar

    uma aproximao da freqncia da forma:

    j~

    j

    T

    j

    j

    T

    j

    iM

    K

    ~

    ][~

    ~][

    ~~2

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 41

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    3.7.2 Mtodo de Dunkerley

    um mtodo para achar aproximadamente e de maneira simples a freqncia natural

    (freqncia do 1 modo) de uma estrutura de vrios graus de liberdade.

    Seja a matriz de flexibilidade de um sistema:

    1 Ka

    Os elementos da diagonal principal da matriz de flexibilidade so:

    nnaaa ,,, 2211

    Estes valores representam o deslocamento generalizado para cada grau de liberdade

    quando se aplica uma fora generalizada unitria na direo da coordenada desse grau

    de liberdade.

    A frmula de Dunkerley (na sua expresso mais habitual) enuncia que:

    nnn

    n

    mamama 222111222

    2

    1

    111

    As freqncias dos modos superiores ( ,, 32 ) das estruturas habituais resultam

    bem maiores que a freqncia do primeiro modo ( 1 ) com o qual ser uma aproximao razovel:

    nnnmamama 22211121

    1

    Por outra parte, se conhecermos exatamente a freqncia do 1 modo, a frmula de

    Dunkerley serve para poder aproximar a freqncia do 2 modo. Se conhecermos p

    freqncias modais primria, a formula de Dunkerley permitira atingir uma

    aproximao da freqncia seguinte.

  • 42 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    3.7.3 Mtodo de Newmark Stodola Vianello

    Mtodo iterativo

    (1)chuta-se uma forma modal

    (2)Calcula-se as foras

    inerciais divididas entre 2

    DAlembert

    Equilbrio dinmico

    1iV

    2)()( ii mxmF

    iV

    01)( ii VVam

    (4)Obtm-se a partir de (3)

    a deformao associada aos

    cortantes.

    i ii

    i ii

    F

    F22

    22

    2

    )(

    )()(

    (3)Calcula-se os cortantes

    dividos entre 2 a partir de (2).

    3.7.4 Frmulas aproximadas usuais que se derivam do mtodo de Rayleigh

    3.7.4.1 Expresso habitual da frmula de clculo aproximado da freqncia natural de uma estrutura em balano

    O mtodo de Rayleigh (vide 2.7.1) se baseia em assumir uma forma

    aproximada para um certo modo (modo j) e a partir dela achar a freqncia

    fundamental considerando que se a forma assumida for suficientemente parecida

    forma modal j verdadeira a frmula que daria a freqncia modal angular do modo j

    tambm resultar aproximada:

    j

    T

    j

    j

    T

    j

    jM

    K

    ~

    ][~

    ~][

    ~~2

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 43

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    Em geral veremos que a utilidade essencial da aplicao do mtodo de Rayleigh

    se centra em achar a freqncia natural do modo fundamental (1 ) e no de qualquer

    modo j.

    Aos efeitos de simplificar a notao chamemos aos deslocamentos da

    aproximao adotada para o modo fundamental 1 .

    Em principio a aproximao da forma modal dada pelos deslocamentos 1 , 2 ,

    ... n adotada poderia ser qualquer deformada da estrutura que resulte compatvel com os vnculos. Como temos visto se a forma modal aproximada a deformada

    resultante da aplicao de um sistema de foras 1F , 2F , ...., nF , da definio mesma

    da matriz de rigidez K resulta:

    nF

    F

    F

    2

    1

    = K

    n

    2

    1

    Com o qual a expresso da freqncia angular aproximada adquire uma forma

    bastante simplificada:

    n

    i

    ii

    n

    i

    ii

    m

    F

    1

    2

    12

    A escolha das foras pode ser qualquer sistema 1F , , nF .

    Como resulta razovel se em lugar de adotar um certo sistema de foras

    adotamos um sistema proporcional ( iF = h iF ) ao mesmo o resultado da freqncia

    no mudar j que numerador e denominador ficariam multiplicados pelo mesmo

    numero (quadrado de h).

  • 44 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    Em particular podero se adotar as foras proporcionais s massas. Em

    particular o coeficiente de proporcionalidade poder ser tal que o mdulo de iF seja

    calibrado em mi g, ou seja o peso associado massa associada a coordenada i mas

    aplicada na direo da coordenada i. (no necessariamente na vertical). Sendo assim,

    para essa escolha das foras iF poderemos escrever gmPF iii . Com o qual:

    n

    i

    ii

    n

    i

    ii

    n

    i

    ii

    n

    i

    ii

    P

    P

    g

    g

    P

    P

    1

    2

    1

    1

    2

    12

    Em geral a deformada que resulta da aplicao dos pesos resulta uma boa

    aproximao do 1 modo, com o qual a frmula anterior fornece um caminho simples

    de achar uma aproximao da freqncia angular do 1 modo. Essa aproximao como

    qualquer aproximao da freqncia obtida a partir de formulas que derivam do mtodo

    de Rayleigh ser sempre por excesso.

    A expresso da aproximao da freqncia fundamental (em Hz) resulta:

    n

    i

    ii

    n

    i

    ii

    P

    P

    gf

    1

    2

    1

    2

    1

    A expresso da aproximao do perodo fundamental em segundos resulta:

    n

    i

    ii

    n

    i

    ii

    Pg

    P

    T

    1

    1

    2

    2

    Estas expresses esto sempre presentes nas normas de vento e de ssmica para o

    calculo da freqncia e o perodo fundamental de estruturas em balano. A praticidade

    das mesmas est em ponderar os parmetros dinmicos da estrutura em questo

    mediante clculos estticos aos quais os engenheiros esto habituados.

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 45

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    3.7.4.2 Frmula de clculo aproximado da freqncia natural de uma viga simplesmente apoiada

    Calcula-se a deflexo mxima da viga submetida ao peso associado massa

    distribuda. A aproximao da freqncia natural (fundamental) ser nf :

    *

    18

    1000

    18

    2 4

    wL

    gElfn

    mm

    Hzfn

    *][

    ][

    Observe-se que resulta que a freqncia natural ser funo exclusivamente da

    deflexo mxima.

    Por exemplo:

    3.8 Bases de equipamentos sobre estacas

    3.8.1 Importncia e dificuldade da gerao de modelos realistas

    Nos casos nos quais as condies do solo no permitem atingir um desempenho

    adequado com fundao superficial ser necessrio executar a base sobre estacas.

    Na presencia de cargas dinmicas, as estacas apresentam um desempenho bastante

    diferente ao que estamos acostumados a obter quando as cargas so estticas. Quando

    as cargas atuantes so estticas sabemos que as estacas sero eficientes na diminuio

    de deslocamentos. Quando as cargas so cclicas nas fundaes sobre estacas podero

    surgir dois efeitos muito indesejveis:

    a) Diminuio do amortecimento geomtrico.

    b) Incremento da freqncia natural que pode eventualmente levar

    ressonncia (freqncia natural similar da excitao)

  • 46 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    Isso leva a que seja importante desenvolver um modelo realista da interao, e lembrar

    que nem sempre a suposio de flexibilidade excessiva da estaca resultar do lado da

    segurana.

    muito comum que as estacas resultem muito mais flexveis para solicitaes

    horizontais que verticais. Por isso em muitos casos as freqncias naturais dos modos

    horizontais sero bem mais baixos que a freqncia vertical. Se a excitao for

    preponderantemente vertical e de baixa freqncia, a estratgia ser conseguir que a

    freqncia natural vertical resulte bem maior (2 vezes) que a freqncia da excitao, e

    assim levar o problema a quase- esttico. Mas poder acontecer que ao enrijecer

    verticalmente tambm estejamos incrementando demais as freqncias naturais

    horizontais, levando a que a componente horizontal da excitao esteja sintonizada com

    os modos prprios horizontais. Poderemos tentar controlar esse efeito modulando os

    parmetros de massa e de flexibilidade horizontal (usando por exemplo mais estacas de

    menor dimetro). A execuo de estacas inclinadas pode ser uma estratgia adequada

    em certos casos, mas geralmente resulta em dificuldades na execuo (no Brasil resulta

    uma soluo pouco usual ).

    Desenvolver uma anlise assertiva da resposta de estacas resulta muito difcil e conjuga

    uma grande quantidade de parmetros do solo que nem sempre podem ser estimados

    com a necessria confiabilidade. Em muitos casos ser necessrio testar a estrutura para

    combinaes diferentes desses parmetros para ter a certeza que a resposta real da

    estrutura ser satisfatria.

    Os parmetros relevantes para a gerao dos modelos de resposta sero os coeficientes

    de mola e taxas de amortecimento equivalente. So muitas as caractersticas que

    influenciam na determinao desses parmetros: dimetros e longitudes das estacas,

    mdulo elstico do concreto, mdulo de cisalhamento do solo, estratificao do solo,

    distancias entre estacas, e outros. Em geral o uso de estacas estar associado

    impossibilidade do solo de sustentar a carga. Ou seja, que o uso de estacas em geral

    estar associado a solos cujas capas superficiais possuem mdulos de cisalhamento

    baixos. Dever-se- distinguir entre casos nos quais se atinge um estrato firme a certa

    profundidade (a), e o caso (b) no qual a estaca trabalhar basicamente a frico. No

    primeiro deles, para o caso no qual se atinja um estrato de rocha, a estaca poder ser

    assumida quase como um pilar apoiado no estrato rijo (com contribuio deprecivel da

    frico do estrato intermedirio), e os parmetros relevantes sero a profundidade da

    rocha e as caractersticas da estaca. No segundo caso, a caracterizao adequada dos

    estratos sero os dominantes na determinao dos parmetros de resposta.

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 47

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    A continuao analisaremos uma metodologia de obteno de estimativas de

    parmetros de resposta de estacas baseada nos estudos desenvolvidos por Milos Novak

    em parceria com outros prestigiosos pesquisadores.

    3.8.2 Parmetros de resposta para modos verticais

    Considerando uma estaca isolada os parmetros de resposta que devemos estimar para a

    anlise sero :

    kz : coeficiente de mola vertical Dz : taxa de amortecimento geomtrico vertical

    3.8.2 a) Determinao do coeficiente de mola vertical para uma estaca isolada

    As estimativas de kz tero a expresso :

  • 48 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    Onde os parmetros f18,1 e f18,1 podem ser calculados em funo do cumprimento L e do mdulo de cisalhamento Gs do solo de acordo tabela simplificada:

    L/r

    Gs 10 20 30 40 60 80 100

    200

    kgf/cm

    f18,1 0,100 0,052 0,038 0,030 0,025 0,022 0,022

    f18,1 0,008 0,010 0,013 0,017 0,020 0,022 0,022

    350

    kgf/cm

    f18,1 0,100 0,055 0,042 0,034 0,030 0,028 0,028

    f18,1 0,012 0,018 0,023 0,027 0,028 0,028 0,028

    500

    kgf/cm

    f18,1 0,100 0,060 0,047 0,040 0,036 0,036 0,036

    f18,1 0,020 0,028 0,032 0,036 0,036 0,036 0,036

    Por exemplo, o coeficiente de mola vertical de uma estaca de dimetros 50 cm e

    cumprimento 10 metros em argila com G=350 kgf/cm ser:

    Kz = ( 9.4 x 106 ) x 0,25 x 0,027 = 63450 tf/m

    Observe-se que se for o caso de uma estaca de 50 cm de dimetro que atinge uma capa

    de rocha rija a 2,5 metros de profundidade, o coeficiente de mola vertical ser:

    Kz = 9400000 x 0,25 x 0,100 = 235000 tf/m

    Fazendo o clculo de acordo ao encurtamento de um pilar de altura 2,5 metros e

    assumindo que o concreto da estaca C30:

    fck = 30 MPa = 300kgf/cm

    Eci = 5600 (fck) 1/2

    = 30670 MPa = 3.0 * 105

    kgf/cm = 3.0 * 106

    tf/m

    EA/L = 3000000x0,196/2,5 = 235200 tf/m

    Em geral para casos de estrato rijo para L=10r, desprezando a contribuio da frico, o

    coeficiente de mola vertical resulta:

    Kz= E(A/L)= E [ r/ (L/r) ] = ( E r ( 0,1)

    Para E= 3.0 * 106

    tf/m resulta coerente que f18,1 seja igual a 0,100.

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 49

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    Resulta til poder modelar as estacas como pilares rijos na ponta. Na base dos

    resultados da tabela poderamos deduzir qual seria o cumprimento de estaca equivalente

    Leq que seria coerente com o deslocamento vertical do extremo superior.

    EA/L = ( E r f18,1

    Leq/r = 1/f 18,1

    Resulta ilustrativo visualizar na tabela a influencia das propriedades do solo no

    cumprimento do pilar equivalente.

    Gs Pilar

    Equiva-

    lente

    L/r

    10 20 30 40 60 80 100

    200

    kgf/cm

    Leq/r 10,0 19,2 26,3 33,3 40,0 45,5 45,5

    Leq/r 125,0 100,0 76,9 58,8 50,0 45,5 45,5

    350

    kgf/cm

    Leq/r 10,0 18,2 23,8 29,4 33,3 35,7 35,7

    Leq/r 83,3 55,6 43,5 37,0 35,7 35,7 35,7

    500

    kgf/cm

    Leq/r 10,0 16,7 21,3 25,0 27,7 27,7 27,7

    Leq/r 50,0 35,7 31,3 27,7 27,7 27,7 27,7

    3.8.2 b) Taxa de amortecimento geomtrico vertical para uma estaca isolada

    A taxa de amortecimento geomtrico Dz depender da velocidade de propagao das

    ondas de cisalhamento no solo (vs) , do coeficiente de mola (kz) e da massa

    sustentada (mc).

    As velocidades de propagao podero ser estimadas (supondo a densidade do solo

    como s = 1800 kg/m3 ):

    Gs vs

    200 kgf/cm 105 m/s

    350 kgf/cm 140 m/s

    500 kgf/cm 167 m/s

  • 50 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    As estimativas de Dz tero a expresso :

    Onde os parmetros f18,2 e f18,2 podem ser calculados em funo do cumprimento L e do mdulo de cisalhamento Gs do solo de acordo tabela simplificada:

    L/r

    Gs 10 20 30 40 60 80 100

    200

    kgf/cm

    f18,2 0,005 0,010 0,015 0,020 0,027 0,031 0,034

    f18,2 0,020 0,030 0,038 0,043 0,043 0,040 0,038

    350

    kgf/cm

    f18,2 0,010 0,018 0,025 0,033 0,043 0,046 0,048

    f18,2 0,030 0,048 0,055 0,057 0,053 0,052 0,050

    500

    kgf/cm

    f18,2 0,015 0,027 0,038 0,047 0,057 0,060 0,062

    f18,2 0,045 0,063 0,068 0,065 0,063 0,062 0,062

    3.8.2 c) Exemplo de aplicao

    Uma base infinitamente rgida est apoiada sobre estacas de dimetro 30 cm e 6 metros

    de cumprimento, em solo argiloso cujo Gs=350 kgf/cm. Suponha que cada estaca recebe 10 t de carga permanente em servio.

    A) Qual ser a freqncia natural de oscilao vertical.

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 51

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    B) Seja a frico (neta) entre a estaca e o solo para a estaca de 30cm de dimetro. Desejamos adotar uma soluo com estacas de dimetro 50 cm e 10 m de cumprimento

    que trabalhem com o mesmo Qual ser a freqncia para esta alternativa?

    C)Calcular as freqncias naturais se as estacas de 30 cm teriam um substrato rijo a uma profundidade de 6 metros.D) Calcular as taxas de amortecimento para cada uma das alternativas

    E) Analisar qual ser o deslocamento vertical mximo e a velocidade mxima que se

    experimentar em cada um dos casos quando uma carga de amplitude 10 % do peso da

    base esteja sintonizado com a freqncia natural da base.

    A) Gs=350 kgf/cm , L/r = 6,00/0,15 =40 ,

    f18,1 = 0,027 , Kz = ( 9.4 x 106 ) x 0,15 x 0,027 = 38070 tf/m

    st = 10 tf / (38070 tf/m ) = 0.00026m

    fn= 1/ 2(0.00026^0,5) = 31 Hz

    B) = 10tf / ( 6x0,30x m ) = 1,77 tf/ m A carga sobre cada estaca resultar

    Ns = 1,77 x (10 x 0,50x ) = 27,8 tf

    L/r = 10 / 0,25 = 40, f18,1 = 0,027 Kz = ( 9.4 x 10

    6 ) x 0,25 x 0,027 = 63450 tf/m

    st = 27,8 tf / (63450 tf/m ) = 0.00044 m fn= 1/ 2(0.00044 ^0,5) = 23,8 Hz

    C) Gs=350 kgf/cm , L/r = 6,00/0,15 =40 ,

    f18,1 = 0,034, Kz = ( 9.4 x 106 ) x 0,15 x 0,034= 47940 tf/m

    st = 10 tf / (47940 tf/m ) = 0.00021m

    fn= 1/ 2(0.00021^0,5) = 34,5 Hz

    D )

  • 52 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    Para as estacas de dimetro 30 cm carregadas com 10 t resultar :

    vs = 140 m/s m= 10 t

    Kz = 38070 tf/m

    r= 0,15 m

    f18,2 = 0,057 Ou seja: Dz =0,22 Para as estacas de dimetro 50 cm carregadas com 27,8 t resultar :

    vs = 140 m/s m= 27,8 t

    Kz = = 63450 tf/m

    r= 0,25 m

    f18,2 = 0,057 Ou seja : Dz = 0,29 No caso de estacas de 30 cm com substrato rijo resultar:

    vs = 140 m/s m= 10 t

    Kz = 47940 tf/m

    r= 0,15 m

    f18,2 = 0,033 Ou seja: Dz =0,11 Observe-se que a taxa de amortecimento resultou bem menor.

    E)

    - Para as estacas de dimetro 30 cm carregadas com 10 t resultar :

    Fi = 1 tf , O deslocamento esttico resultar 0.000026 m = 0,026 mm

    Amplificao em ressonncia M=1/(2 Dz) = 2,27

    O deslocamento mximo ser max = 2,27 x 0,026 mm = 0,059 mm A freqncia de ressonncia ser f= 31 Hz, com o qual a freqncia angular em

    ressonncia ser 195 Rad/s . Da que a velocidade mxima ser:

    Vmax = 11,5 mm/s

    - Para as estacas de dimetro 50 cm carregadas com 27,8 t resultar :

    Fi = 2,8 tf , O deslocamento esttico resultar 0.000044 m = 0,044 mm

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 53

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    Amplificao em ressonncia M=1/(2 Dz) = 1,72

    O deslocamento mximo ser max = 1,72 x 0,044 mm = 0,076 mm A freqncia de ressonncia ser f= 23,8 Hz, com o qual a freqncia angular em

    ressonncia ser 149 Rad/s . Da que a velocidade mxima ser:

    Vmax = 11.3 mm/s

    - Para as estacas de dimetro 30 cm com o substrato rijo a 6 metros :

    Fi = 1 tf , O deslocamento esttico resultar 0.000021 m = 0,021 mm

    Amplificao em ressonncia M=1/(2 Dz) = 4,54

    O deslocamento mximo ser max = 4,54 x 0,021 mm = 0,095 mm A freqncia de ressonncia ser f= 34,5 Hz, com o qual a freqncia angular em

    ressonncia ser 217 Rad/s . Da que a velocidade mxima ser:

    Vmax = 20,5 mm/s

    Ou seja, a presencia do estrato rijo resulta desfavorvel ao desempenho da base.

    3.8.3 Parmetros de resposta para modos Horizontais

    Considerando uma estaca isolada os parmetros de resposta que devemos estimar para a

    anlise sero :

    kx : coeficiente de mola horizontal Dx : taxa de amortecimento geomtrico horizontal

    3.8.3 a) Determinao do coeficiente de mola horizontal para uma estaca isolada

    Para estacas cujos topos esto impedidos de rotar, as estimativas de kx tero a expresso :

  • 54 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    3.8.3 b) Determinao da taxa de amortecimento geomtrico horizontal para uma

    estaca isolada

    Da mesma maneira que temos visto para oscilaes verticais, a taxa de amortecimento

    geomtrico dos modos horizontais Dx depender da velocidade de propagao das

    ondas de cisalhamento no solo (vs) , do coeficiente de mola (kx) e da massa

    sustentada (m):

    Supondo a densidade do solo como s = 1800 kg/m3 ):

    Gs vs f11,2

  • Equaes da Anlise Vibracional de Estruturas 55

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    200 kgf/cm 105 m/s 0,042

    350 kgf/cm 140 m/s 0,066

    500 kgf/cm 167 m/s 0,090

    3.8.4 Efeitos de grupos de estacas

    Os valores obtidos de Kx, Kz, Dx, e Dz seriam adequados para a anlise do caso de uma nica estaca.

    Em geral ser necessrio o emprego de grupos de estacas. Isso implicar que existir a

    necessidade de analisar os efeitos de grupo. Para isso poder adotar-se a metodologia

    de Poulos.

    Os resultados implicaro uma flexibilidade muito maior do que resultaria de somar as

    participaes das diferentes estacas. Ou seja, nos modelos dever ser adotado um valor

    de coeficiente de mola individual reduzido tanto na horizontal como na vertical.

    KGxi = x Kxi x < 1 Horizontal

    KGyi = y Kyi y < 1 Horizontal

    KGzi = z Kzi z < 1 Vertical

    Por outra parte o efeito grupal gerar uma taxa de amortecimento grupal maior que o

    que resultaria do valor da estaca isolada.

    DGx = x Dxi x > 1 Horizontal

    DGy = y Dyi y > 1 Horizontal

    DGz = z Dzi z > 1 Vertical

    Consideraremos as configuraes tpicas de estacas eqidistantes a uma distancia s nas

    duas direes (distancias iguais na direo x e y) :

  • 56 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    Para estes casos pode se fazer um clculo aproximado de acordo aos ajustes:

    Para 4 estacas:

    s=2

    s=6

    Para 9 ou mais estacas:

    s=2

    s=6

  • Efeitos dinmicos gerados por equipamentos mecnicos 57

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    4 Efeitos dinmicos gerados por equipamentos mecnicos

    4.1 Introduo problemtica dos projetos de estruturas que sustentam mquinas.

    Para toda estrutura existe um parceiro do qual jamais conhecemos o suficiente

    e cuja influncia pode ser critica no desempenho da mesma. O solo, a fundao da

    estrutura por cima e em interao com o solo sempre vira um fator crtico mesmo se for

    o caso de estruturas submetidas a cargas estticas. A interao com o solo para

    estruturas analisadas estaticamente um tema muito discutido, mas com uma soluo

    mais ou menos aceita que resulta da suposio elstica da resposta do mesmo e a

    substituio das restries do solo sobre a estrutura por molas. Mesmo que a resposta

    esttica do solo esteja ligada ao tamanho das fundaes, mesmo que ningum duvida

    que dentro do solo exista interao entre as fundaes: a representao do solo como

    molas nos nossos modelos resulta uma boa opo, e melhor ainda se for o caso que

    algum fornea para ns valores de coeficientes de mola que sejam confiveis. Nos

    problemas estticos poderamos tambm ante a duvida, testar uma faixa larga de

    coeficientes de mola e saber se a soluo do nosso modelo estvel.

    A interao dinmica solo-estrutura um tema muito mais complexo j que na

    interfase fundao-solo existe uma via de escape de energia. Mediante ondas de

    propagao, o solo se comporta como o conduto pelo qual uma quantidade nada

    deprecivel de energia vai embora amortecendo os efeitos dinmicos da estrutura que

    sustenta. Mas tambm existe a possibilidade que as condies do solo sejam

    susceptveis de ressonar devido excitao, ou tambm pode que o solo esteja

    sintonizado com a estrutura e resulte em um fator de amplificao de efeitos

    impulsivos. Se isso no for pouco, podemos ter a certeza que as propriedades de

    amortecimento do solo so bem diferentes que as da estrutura, o que invalida a

    suposio de amortecimento de Rayleigh ( na qual se sustenta a anlise modal clssica

    linear.

    Com isso vemos que para efeitos dinmicos no resulta suficiente substituir

    a presena do solo por molas confiveis.

    A pergunta cientfica deveria ser proposta em termos de como abordar o

    problema da maneira mais realista. Possivelmente o modelo deveria ser tal que leve

    em conta uma resposta do solo dependente da freqncia!!!.

  • 58 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    A pergunta do engenheiro ser como contornear o problema e ainda obter uma

    soluo confivel.

    Quando as cargas transmitidas ao solo so originadas em excitaes dinmicas

    os critrios devem se adequar s caractersticas da excitao e da maquinaria. Para

    maquinaria de massa maior e com desbalanceamentos significativos a resposta do solo

    pode ser tal que afetem seriamente o funcionamento das mesmas.

    O projeto da estrutura de sustentao de mquinas deve estar sempre orientado a

    fazer que a freqncia fundamental da mesma esteja o mais afastada possvel da

    freqncia operacional da mquina.

    4.2 Classificao dos tipos de mquina

    De acordo periodicidade das excitaes:

    Mquinas que geram excitaes cclicas

    Mquinas que geram excitaes que no so cclicas

    Para os casos de mquinas que geram excitaes cclicas:

    Mquinas de Baixa Freqncia (motores diesel, bombas,...).

    Mquinas de Mdia Freqncia (motores diesel intermedirios,...)

    Mquinas de Alta Freqncia (turbo-geradores, turbinas de vapor,...).

    Outra classificao de interesse ser de acordo ao mecanismo que gera a excitao:

    Mquinas Rotativas.

    Mquinas com partes que oscilam.

    Mquinas com partes que geram impacto.

    4.3 Classificao dos tipos de bases executadas em concreto armado

    A) Blocos macios de concreto:

    Caracterizam-se por admitir basicamente seis modos de vibrao:

    - deslocamento na direo horizontal x.

    - deslocamento na direo horizontal y.

    - deslocamento na direo vertical z.

    - giro com eixo na direo horizontal x.

  • Efeitos dinmicos gerados por equipamentos mecnicos 59

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    - giro com eixo na direo horizontal y.

    - giro com eixo na direo vertical z.

    So adotados para casos de maquinarias de baixa e mdia freqncia.

    Dependendo do tipo de solo se ter ou no sintonizao com as freqncias da

    excitao. A presena da massa prpria procura incrementar a inrcia global do sistema.

    Para solos moles a grande massa resulta em freqncias naturais baixas que propiciam

    deslocamentos indesejveis. Em geral para solos moles e freqncias medias ser

    impossvel afastar a freqncia do sistema da faixa de freqncia da excitao. A

    incorporao de estacas pode controlar a freqncia da vibrao vertical e o

    deslocamento, mas na horizontal resulta difcil garantir o bom desempenho sem

    executar estacas inclinadas.

    B) Lajes de Fundao:

    Se a laje de fundao for suficientemente grande, centrada e

    relativamente rgida permite controlar todos os deslocamentos menos o

    vertical que vira a nica coordenada relevante.

    O campo de aplicao similar ao da fundao por Bloco.

    C) Prticos:

    Apresentam uma excelente combinao das vantagens estruturais

    e funcionais para mquinas de alta freqncia para as quais se deve tambm

    propiciar o acesso de conexes por baixo das mesmas.

    Na medida em que se atinjam freqncias naturais baixas se

    garante um afastamento das freqncias operacionais o que significa baixas

    respostas. Deve ser ressaltado que no caso de excitaes verticais a resposta

    poder continuar sintonizada dependendo do tipo de solo.

    Como j foi mencionado o campo de aplicao ser o das

    mquinas de alta freqncia como o caso das turbo-mquinas.

    4.4 Anlise de Estruturas que sustentam Mquinas Rotativas

    4.4.1 Caractersticas da excitao

    Exemplos de este tipo de mquinas so: Turbinas, Geradores, Motores Eltricos,

    Redutores, Enroladeiras, Picadores, Bombas Centrfugas, Ventiladores, Redutores, etc.

  • 60 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    O denominador comum delas a presena de um elemento em comum: o rotor

    que gira em torno a um eixo.

    As excitaes so geralmente resultados do fato que o centro de massa do rotor

    excntrico ao eixo de rotao. Ou seja, que por alguma razo o centro de massa do rotor

    no fica exatamente no eixo. Ele est girando arredor do eixo, ou seja que o rotor est

    desbalanceado. Sempre existe um certo desbalanceamento e ele cresce com a idade

    do equipamento, geralmente devido ao desgaste. Pode tambm se dar abruptamente

    quando uma pea quebra e se desprende do rotor (hlice de uma turbina ou ventilador

    ou uma faca de um picador).

    Exemplo de mquina rotativa: Rotor de desfibrador de cana. Massa 30 t . Freqncia 15

    Hz.

  • Efeitos dinmicos gerados por equipamentos mecnicos 61

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    4.4.2 Efeito de rotor desbalanceado

    Uma massa m obrigada a seguir uma trajetria circular de raio r com velocidade

    angular uniforme estar submetida a uma acelerao r 2 radial.

    Um rotor desbalanceado tem o centro de massa excntrico ao eixo de rotao, e

    isso equivale a dizer que o centro de massa do rotor est sendo obrigado a seguir uma

    trajetria circular de raio a excentricidade, e com centro na projeo normal do centro

    de massa sobre o rotor.

    A ao do eixo (devido excentricidade do rotor) sobre o rotor ser

    rmF )( 2 (radial para dentro), e a reao sobre o eixo ser rmF )( 2 (para fora). Esta fora radial para fora a que ser transmitida estrutura, e resultar

    em uma excitao normal ao eixo que se pode descompor em 2 excitaes respeito a 2

    direes ortogonais no plano normal ao eixo. Essas excitaes tero freqncia angular

    e a fase entre elas ser de um quarto de ciclo.

    Observe-se que os efeitos de desbalanceamento se reconhecem devido a que as

    amplitudes vo crescendo com o quadrado da velocidade de rotao

  • 62 Dinmica aplicada em estruturas de concreto

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    Os dados necessrios para definir as funes mecnicas do rotor desbalanceado

    deveriam ser apresentados pelo fornecedor do equipamento. s vezes, os fornecedores

    subministram os dados de maneira explicita como uma certa fora (correspondente

    freqncia de operacional do rotor). Outras vezes do tambm componentes para

    harmnicos superiores (coeficientes de Fourier da funo mecnica), na medida em que

    existam efeitos impulsivos relevantes.

    Em muitos casos o fornecedor pode nem saber esses dados e ser necessrio

    estimar a excentricidade do rotor. Nesse caso ser necessrio saber pelo menos qual a

    massa do rotor. A excentricidade pode ser estimada de acordo aos valores da tabela da

    ISO 1940, adjuntos no pargrafo seguinte.

    O fornecedor dever subministrar tambm as solicitaes relacionadas a cargas

    associadas a eventos singulares. Um deles o de breakdown que resulta no

    incremento excepcional das foras cclicas transmitidas aos mancais. Se esse dado no

    estiver na documentao, podem se adotar os valores inclusos na norma DIN 4024. De

    acordo s mesmas ser assumida uma fora quase-esttica equivalente a 15 vezes a

    fora de desbalanceamento para a 1 velocidade crtica do elemento critico relevante

    (por exemplo, da hlice de uma turbina). Quando os dados no estiverem explcitos ser

    necessrio aprofundar nos fatores relevantes que ocasionam estas cargas excepcionais.

    Efeitos de curto-circuito de motores (geradores resultam) em pares de foras. Elas

    provocam foras com componente vertical e horizontal nos planos normais aos eixos

    dos rotores. Trata-se de foras impulsivas, que so majorados (de acordo critrios do

    fabricante) e considerados na anlise como foras quase-estticas.

    A verificao em servio do equipamento geralmente nos mancais de acordo a

    limitao de deslocamentos (velocidades ou aceleraes). Resulta conveniente receber

    quais so esses limites do mesmo fornecedor do equipamento. Nos casos nos quais

    esses dados no esto a nossa disposio teremos que estimar o desempenho da base de

    acordo a parmetros determinados na bibliografia tcnica (vide Anexo B). Resulta

    sempre conveniente notificar as partes interessadas sobre o fato que (em ausncia de

    dados do fornecedor) se est realizando a avaliao de acordo a parmetros referenciais

    que no foram especificados pelo fabricante.

  • Efeitos dinmicos gerados por equipamentos mecnicos 63

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    Nos modelos estruturais, a massa da maquinaria ser representada como

    concentrada no centro de gravidade da mesma e vinculada de maneira infinitamente

    rgida estrutura. Deve ser ressaltado que se a estrutura prpria da maquinaria tiver

    flexibilidade relevante, o esquema estrutural da mquina deve ser incorporado no

    modelo da estrutura que sustenta o equipamento j que a interao entre elas afetar de

    a resposta. Casos tpicos nos quais se