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2 INTRODUÇÃO A Lippia alba(Mill.)N. E. Brown pertence à família das Verbenáceas é uma planta nativa das Américas, o seu habitat se da em regiões que apresentam umidade relativa, solos arenosos e argilosos. Essa planta possui diversos nomes populares como, falsa melissa; erva-cidreira; erva cidreira falsa; cidreira capim; cidreira brava. É uma planta arbustiva, muito ramificada, alcançando até 1,5 m de altura e raramente 2 m. Suas folhas são oblongo- agudas, opostas; abertas, de bordos serreados, de 3-6 cm de comprimento, cor verde claro a escuro e com cheiro forte aromático, semelhante ao da erva-cidreira (Melissa officinalis). O caule é herbáceo de cor castanho claro, seus ramos são finos, esbranquiçados, arqueados, longos e quebradiços. As flores são róseo-violáceas, azul-arroxeadas e “brancas”, estão reunidas em inflorescências axilares capituliformes de eixo curto e tamanho variável. Inflorescências compostas por um disco central de flores ainda não desenvolvidas rodeadas por apenas três a cinco flores líguladas, reunidas em umbelas. Os frutos são drupáceos, globosos, de cor róseo- arroxeada. Sementes são pouco

Trab Lippia Alba

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INTRODUÇÃO

A Lippia alba(Mill.)N. E. Brown pertence à família das Verbenáceas é uma

planta nativa das Américas, o seu habitat se da em regiões que apresentam

umidade relativa, solos arenosos e argilosos. Essa planta possui diversos nomes

populares como, falsa melissa; erva-cidreira; erva cidreira falsa; cidreira capim;

cidreira brava.

É uma planta arbustiva, muito ramificada, alcançando até 1,5 m de altura

e raramente 2 m. Suas folhas são oblongo-agudas, opostas; abertas, de bordos

serreados, de 3-6 cm de comprimento, cor verde claro a escuro e com cheiro forte

aromático, semelhante ao da erva-cidreira (Melissa officinalis). O caule é herbáceo

de cor castanho claro, seus ramos são finos, esbranquiçados, arqueados, longos e

quebradiços. As flores são róseo-violáceas, azul-arroxeadas e “brancas”, estão

reunidas em inflorescências axilares capituliformes de eixo curto e tamanho variável.

Inflorescências compostas por um disco central de flores ainda não desenvolvidas

rodeadas por apenas três a cinco flores líguladas, reunidas em umbelas. Os frutos

são drupáceos, globosos, de cor róseo-arroxeada. Sementes são pouco visíveis por

causa de seu diminuto tamanho e as raízes são fasciculadas.

Microscopicamente, suas folhas

possuem epiderme superior revestida de cutícula, seu mesofilo é heterogêneo, com

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presença de parênquima paliçádico abaixo da epiderme e parênquima lacunoso

abaixo do parênquima paliçádico. Possui tricomas glandulares e pelos tectores e

verifica-se a presença de estômatos.

Suas folhas apresentam diversos constituintes químicos, como óleos

essenciais (I citral, b-mirceno e limoneno; II citral e limoneno; e III carvona e

limoneno), glicosídeos flavonoídicos e taninos.

1-Estruta de Taninos.

2- Estrutura de Flavonóides.

3- Estruturas Óleo essencial (limoneno).

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As preparações a base de Lippia alba(Mill.) são utilizadas na medicina

popular para o tratamento de diversos males devido as suas ações farmacológicas.

Entre elas estão: Calmante, antiespasmódica suave, sedativa e também atividade

antiulcerogênica. Alívio de pequenas crises de cólicas uterinas e intestinais, bem

como no tratamento do nervosismo e estados de intranquilidade (como a insônia),

estomáquicos e carminativo. Quanto ao órgão da planta utilizado e o modo de

preparo, destacam-se as folhas e raízes na forma de infusão, decocção, maceração,

em compressas, banhos ou extratos alcoólicos.

A administração da infusão das folhas para os seres humanos em doses

até 720mL/dia não produz sintomas de intolerância gastrointestinal ou toxicidade,

entretanto, doses acima da recomendada podem causar diarreia, vômitos,

bradicardia (diminuição da frequência cardíaca) e hipotensão (queda da pressão).

Não se recomenda para pessoas hipotensas (com pressão baixa) e para mulheres

gestantes ou ainda lactantes.

Também se deve atentar para as interações medicamentosas, pois

medicamentos à base de erva-cidreira-brasileira não devem ser associados a

bebidas alcoólicas nem a outros medicamentos com efeito sedativo (Fenobarbital e

Tiopental), antiinflamatório (Paracetamol), hipotensores arteriais (Furosemida,

Hidroclortiazida), que abaixa a pressão e glicosídeos cardioativos (Digoxina).

As formas farmacêuticas existentes hoje no mercado são: extrato fluido,

cápsulas, tintura e infusão. A posologia na forma de Infusão é uma colher (sopa) de

folhas frescas para cada ½ litro de água, tomar 4 a 6 xícaras de chá ao dia e nos

casos de dor de barriga e digestão usar 10 folhas (4g) numa xícara de água, tomar

quando necessário e para digestão tomar após as refeições. Na forma de tintura é

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100g de folhas para meio litro de álcool diluído (3 partes de álcool e 2 partes de

água), tomar uma colher de chá 3 vezes ao dia. No caso do extrato fluido é de 60

mL e da cápsula é de 90 cápsulas de 250 mg.

OBJETIVO

Este trabalho visou caracterizar e avaliar os princípios ativos e as

propriedades químicas da falsa erva-cidreira, através de experimentos realizados

durante o ano, a fim de propor uma nova formulação de um fitoterápico

MATERIAIS E MÉTODOS

Procedência da amostra (200g): Farmácia Milenium Vegetal, endereço:

Praça da Sé n° 296, São Paulo - SP, CEP: 01001-000Próximo a Catedral da Sé.

Obtenção do extrato fluido utilizado na formulação do fitoterápico:

Materiais:

Béquer

Liquidificador

Proveta

Funil de separação (percolador)

Algodão hidrofílico

Solvente polar

Suporte com argolas

Bolinha de gude

Papel de filtro

Baqueta

Proveta

Chapa aquecedora

Frasco âmbar devidamente

etiquetado

Métodos:

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Preparação de extratos fluidos por percolação: Extrato de Lippia alba

(Mill.), através do “Processo A”: Pesou-se 10g da droga e colocou-se em um béquer.

O líquido extrator foi preparado com três volumes de álcool para um volume de

água, visando como volume final 50mLde líquido extrator. Umedeceu-se a droga

com uma pequena fração do líquido extrator e deixou-se em repouso por 15

minutos. No funil de separação, colocou-se uma camada de algodão e logo acima,

acondicionou-se a droga previamente umedecida. Adicionou-se paulatinamente o

líquido extrator ao funil de separação, sendo que se manteve a torneira do

percolador aberta até que a primeira gota caísse e fechou-se a torneira do aparelho.

Adicionou-se o restante do solvente (líquido extrator), de modo que ficasse, o

solvente, 2cm acima do pó. Deixou-se em maceração por sete dias.

Deixou-se escoar os primeiros 8mL do percolado para uma proveta e o

reservou. Com um béquer deixou-se escoar o restante do percolado. Adicionou-se

mais líquido extrator ao aparelho e recolheu-se o percolado até que este

apresentasse coloração mais clara. Evaporou-se a segunda parte do percolado em

chapa aquecedora até obter-se 2mL. Misturou-se a parte evaporada com o conteúdo

da proveta resultando 10mL de extrato e acondicionou-se em frasco âmbar,

previamente etiquetado.

Page 6: Trab Lippia Alba

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Estudo fitoquímico da planta: Análises qualitativas e quantitativas

Nome Científico Lippia alba (Mill.)Nome popular Cidreira, falsa melissa.Parte usada Folhas

Identificação de Taninos

Os testes realizados foram hidrólise em meio ácido e o teste do palito de madeira, em ambos os testes os resultados foram positivos, ocorrendo turvação do analito e observação de cor vermelha, respectivamente. Com base nas análises concluí-se que há Taninos.

Identificação de Glicosídeos

Flavonoídicos

Realizaram-se os testes de:- Shinoda: utilizando fragmentos de Magnésio metálico + H2SO4, o resultado foi negativo, pois não revelou a cor vermelho.- NaOH: revelou um tom amarelo de intensidade fraca, mostrando-se positivo. - AlCl3: Observou-se cor fosforescente na luz, mostrando-se positivo.Com base nas análises, conclui-se que há presença de Glicosídeos Flavonoídicos.

Cromatografia em camada delgada de

óleos essenciais

Através da cromatografia em camada delgada foi possível a verificação da polaridade das substâncias presentes na droga analisada. Como aplaca de sílica é polar observou-se, portanto, a movimentação dos compostos, já que os mesmo são apolares revelando que não houve interação com a placa, obtendo-se assim, diferentes valores de Rf.

Análise semi-quantitativa de

Glicosídeos Saponínicos

Realizou-se fervura em água destilada por 5 minutos de 0,50g da droga pulverizada, realizou-se a diluição seriada e não se constatou a presença de Glicosídeos Saponínicos.

Identificação química de

Antraquinonas

Realizaram-se os testes a fim de verificar a presença de ligações C-O e C-C, os resultados foram negativos.

Identificação química de Alcaloides

Realizaram-se os testes com os seguintes reagentes: Mayer, Bertrand, Dragendorff e Bouchardat.Não houve precipitação, portanto, o resultado foi negativo.

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Cidromir ® (Xarope para Insônia)

Fórmula :

Extrato fluído de Lippia alba (Mill.) (Erva-cidreira-brasileira) – (Folhas) .............. 10 %

Metilparabeno (Nipagim) ..................................................................................... 0,1 %

Sacarose (Açúcar) ................................................................................................ 85% 

Água purificada q.s.p. ....................................................................................... 100 mL

Modo de Preparo:

Pesar a sacarose e o metilparabeno (Nipagim) em um béquer de 250 mL e

acrescentar a água purificada até q.s.p. 100 mL.

Aquecer até total dissolução, sem deixar ferver, formando uma solução límpida e

viscosa.

Esfriar até temperatura ambiente.

Adicionar o extrato fluído e homogeneizar.

Transferir para cálice de 125 mL, completar o volume com água purificada até

q.s.p. 100 mL e homogeneizar.

Justificativa da forma farmacêutica: Devido ao fato de termos como

objetivo a ação calmanteda Lippia alba (Mill.) e seu poder de induzir o sono optamos

por uma formulação de fácil administração. Apesar da absorção no

tratogastrintestinal ser difusa, procuramos a ação sistêmica (calmante), através do

uso de xarope, pois também conseguimosa absorção via mucosa oral.

CONCLUSÃO

A Lippia alba (Mill.) é uma planta muito utilizada na medicina popular brasileira, por

ser de fácil cultivo e administração. Ela é bastante usada pela população na forma

de infusão, por causa da sua ação calmante e por aliviar pequenas crises de cólicas

uterinas e intestinais.

Page 8: Trab Lippia Alba

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Artigos:

Lippia alba (Mill.) N. E. Brown (Verbenaceae): levantamento depublicações nas

áreas química, agronômica e farmacológica, no período de 1979 a 2004.

AGUIAR, J.S.; COSTA, M.C.C.D.*

Departamento de Biologia, Universidade Católica de Pernambuco, Rua do

Príncipe, 526, BoaVista, Recife, PE,Brasil. CEP 50.050-900 Tel.: (081) 3216-4181;

*e-mail: [email protected]

RESUMO:

Espécie amplamente distribuída em todo o território brasileiro, Lippia alba

(Mill.) N. E.Brown é conhecida popularmente como erva cidreira. Na medicina

popular é utilizada como analgésica, para dores abdominais, hemorróidas, dor de

dente, febrífuga, em resfriados e nas afecções hepáticas. Estudos farmacológicos

comprovaram atividades analgésicas, espasmolítica, antibacteriana e a ausência de

efeitos tóxicos em animais. Visando contribuir para um maior conhecimento da

espécie é apresentada uma revisão de publicações envolvendo estudos químicos,

agronômicos e farmacológicos publicados no período de 1979 a 2004.

Palavras-chave: Lippia alba, plantas medicinais, farmacologia.

ABSTRACT:

Lippia alba (Mill.) N. E. Brown (Verbenaceae): survey of the publications

inthe chemical, agronomical and pharmacological area, published between 1974 to

2004.Widely distributed species in all the Brazilian territory, Lippia alba (Mill.) N. E.

Brown is known popularly as cidreira herb. In the popular medicine it is used as

analgesic for abdominal pains, hemorroids, toothache, febrifuge, in cooled and the

hepatic disease. Pharmacology studies had proven analgesic activities, spasmolitic,

antibacterial and the absence of toxic effect in animals. Aiming to contribute for a

bigger knowledge of the species a revision involving chemical, agronomicand

pharmacology studies published in the period of 1979 the 2004 is presented.

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Key words: Lippia alba, medicinal plants, pharmacology

Lippia alba: estudos químicos, etnofarmacológicos e agronômicos

TAVARES, Iane Brito; MOMENTÉ, Valéria Gomes; NASCIMENTO, Ildon

Rodrigues do Nascimento

Revista Brasileira de Tecnologia Aplicada nas Ciências Agrárias,

Guarapuava-PR, v.4, n.1, p.204–220, 2011

RESUMO:

Lippia alba (Mill.) N. E. Brown é um subarbusto aromático, pertencente à

família Verbenaceae, ocorre praticamente em todas as regiões do Brasil, é de

grande importância na medicina popular brasileira. Na medicina popular é usada

como analgésico, anti-inflamatório, sedativo e antiespasmódico. Visando contribuir

para um maior conhecimento da espécie é apresentada uma revisão envolvendo

estudos químicos, agronômicos e farmacológicos publicados. Estudos

farmacológicos comprovaram atividades sedativa e ansiolítica. Efeitos reais para

outros usos tradicionais podem ser explicadas principalmente pelas propriedades

antiinfeciosas e analgésicas. Lippia alba também possui atividades antiprotozoário,

antibacteriana e antifúngica, que podem ser exploradas na agricultura orgânica.

Palavras-chave: erva cidreira; plantas medicinais; óleo essencial.

RESUMEN:

Lippia alba (Mill.) N. E. Brown es un subarbustos aromáticas

pertenecientes a la familia Verbenaceae, se produce en prácticamente todas las

regiones de Brasil, siendo de gran importancia en la medicina popular donde es

utilizada como analgésico, antiinflamatorio, sedante y antiespasmódico. Para

contribuir a una mejor comprensión de la especie se presenta una revisión que

incluye a estudios químicos, farmacológicos y agronómicos publicados. Los estudios

farmacológicos han comprobado las actividades de sedantes y ansiolíticos. Efectos

reales para otros usos tradicionales son principalmente como los anti-infecciosos y

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analgésicos. Lippia alba también tiene actividades antiprotozoario, propiedades

antibacterianas y antifúngicas, que pueden ser explotadas en la agricultura orgánica.

Palabras clave: salvia morada, plantas medicinales, aceites esenciales.

Caracterização morfológica e agronômica de acessos de erva-cidreira-

brasileira [Lippia alba (Mill.) N. E. Br.]

L. C. A. Camêlo, A. F. Blank, P. A. D. Ehlert, C. R. D. Carvalho, M. F.

Arrigoni-Blank, J. Mattos

SCIENTIA PLENA, v.7 n.5, 2011

RESUMO:

A erva-cidreira-brasileira [Lippia alba (Mill.) N. E. Br.], é uma espécie

medicinal amplamente distribuída e utilizada no Brasil, em função da atividade

sedativa de seu óleo essencial. Este trabalho teve como objetivos implantar um

Banco Ativo de Germoplasma em campo com os acessos de Lippia alba (Mill.) N. E.

Br. da Universidade Federal de Sergipe (UFS), e caracterizar morfológica e

agronomicamente os acessos, para identificar os mais promissores para o estado de

Sergipe. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com

duas repetições, sendo cada parcela constituída por três plantas. Foram avaliadas

as características: comprimento de ramo, diâmetro de copa, hábito de crescimento,

largura, comprimento e relação comprimento/largura de folha, cor de caule, nervura,

folha, sépala e pétala, massa seca de folha, teor e rendimento de óleo essencial. Os

resultados mostraram diferenças morfológicas nos acessos para as variáveis:

comprimento de ramo, diâmetro de copa, cor de caule, folhas, pétalas, hábito de

crescimento, comprimento e largura de folha e relação comprimento/largura de folha.

Para as características agronômicas, foram evidenciadas diferenças para teor e

rendimento óleo essencial, sendo o acesso LA-60 o que se destacou para a variável

rendimento de óleo essencial.

Palavras-chave: Lippia alba, planta medicinal e aromática nativa, banco

ativo de germoplasma, óleo essencial

Page 11: Trab Lippia Alba

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ABSTRACT:

Bushy Lippia Lippia alba (Mill.) N. E. Br], is a medicinal plant widely

distributed and used in Brazil, because of the sedative activity of its essential oil. This

study aimed to establish an Active Germplasm Bank in field with accessions of

Lippia alba (Mill.) N. E. Br, and to realize the morphological and agronomic

characterization of the accessions and to identify the most promising for the state of

Sergipe. The experimental design was randomized blocks with two replications, and

each plot consisted of three plants. The evaluated characteristics were: length of

branch, crown diameter, growth habit, length, width and length/width ratio of leaves,

color of stems, veins, leaves, sepals and petals, dry weight of leaves, and essential

oil content and yield. The results showed morphological differences among

accessions for the following variables: length of branch, crown diameter, color of

stem, leaves, petals, growth habit, length, width and length/width ratio of leaves. For

the agronomic traits, differences were observed for essential oil content and yield,

and the accession LA-60 produces highest essential oil yield.

Keywords: Lippia alba, native medicinal and aromatic plant, active

germplasm bank, essential oil.

Ethnopharmacology of Lippia alba

Thierry Hennebelle, Sevser Sahpaz, Henry Joseph, François Bailleul.

Journal of Ethnopharmacology. Vol. 116, Issue 2, Pgs. 211–222, 2008.

ABSTRACT:

Introduction

Chemical, ethnopharmacological and pharmacological research on Lippia

alba (Mill.) N.E. Brown and the evidence that exists for its various usages have been

looked for, focusing on high quality studies.

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Ethnopharmacological investigation

The species is mainly used against digestive and respiratory ailments, and

as a sedative and antihypertensive remedy.

Chemical constituents

Seven chemotypes exist for the essential oil, the non-volatile compounds

are iridioids, phenylethanoids, flavone glycosides and biflavonoids.

Biological activities and ethnopharmacological appraisal

Some positive, although partial, results have been obtained on sedative

and anxiolytic activities. Real effects in other traditional uses can mainly be explained

by anti-infectious and analgesic properties, at the moment.

Conclusion

Well conducted biological studies are still needed for several indications of

this species. Its use as a sedative deserves a clinical investigation. The chemical

variability of the species seems important both in the essential oil and in non-volatile

compounds, so future research on the pharmacological properties of these extracts

should provide more chemical data which will increase their validity.

Keywords: Lippia alba; Verbenaceae; Digestive; Respiratory; Sedative;

Hypertension; Anti-infectious

Potencial das plantas nativas brasileiras para o desenvolvimento de

fitomedicamentos tendo como exemplo Lippia alba (Mill.) N. E. Brown

(Verbenaceae)

Berta Maria Heinzmann e Francisco Maikon Correa de Barros

Saúde, Santa Maria, vol 33, n 1: p 43-48, 2007.

RESUMO:

O artigo aborda a potencialidade das plantas nativas brasileiras para o

desenvolvimento de fármacos e matérias-primas farmacêuticas. Aspectos

Page 13: Trab Lippia Alba

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relacionados à biodiversidade, à aceitabilidade do uso de plantas medicinais, ao

mercado econômico, ao processo de desenvolvimento de fitomedicamentos ou

fitoterápicos, bem com alguns tópicos sobre a legislação envolvida são abordados.

Para mostrar esse potencial, Lippia alba (Mill.) N. E. Brown (Verbenaceae), uma

espécie medicinal nativa conhecida popularmente como erva-cidreira ou falsa-

melissa, é utilizada como exemplo. Alguns usos populares, constituintes

fitoquímicos, atividades farmacológicas e estudos agronômicos da planta são

apresentados.

Palavras-Chave: Lippia alba, biodiversidade, fitomedicamentos,

fitoterápicos.

ABSTRACT:

The article approaches the pharmaceutical potentiality of Brazilian native

plants for the development of medicines and pharmaceutical raw materials. Aspects

related to biodiversity, to the acceptability of the use of medicinal plants, to the

economic market, to the process of development of phytomedicines or isolated

drugs, moreover some topics on the involved legislation are boarded. To show this

potential, Lippia alba (Mill.) N. E. Brown (Verbenaceae), a native medicinal species

known popularly as false-melissa, is used as example. It is also presented some

popular uses, phytochemical compounds, pharmacological activities, and agronomic

studies of the plants.

Key-words: Lippia alba, biodiversity, phytomedicines,

phytopharmaceuticals.

Livros e Revistas:

Referências: BIESKI & MARI GEMMA, 2005, DINIZ et al., 2006 GILBERT

et al, 2005GUPTA et al,1995IEPA, 2005 IPATINGA, 2000 MATOS et al, 2001

MATOS, 1997b MATOS, 1998 MATOS, 2000 MELO-DINIZ et al., 1998 PROPLAM,

2004

Revista Brasil. Bot., V.30, n.2, p.211-220, abr.-jun. 2007 distribuição

geográfica

Page 14: Trab Lippia Alba

15

CORRÊA, C.B.V. Contribuição ao estudo de Lippia alba (Mill.) N. E. Br. ex

Britt. & Wilson - erva cidreira. Revista Brasileira de Farmácia, v.73, n.3, p.57-64,

1992

MATOS, F.J.A. As ervas cidreiras do nordeste do Brasil - Estudo de três

quimiotipos de Lippia alba (Mill.) N.E. Brown (Verbenaceae) Parte I -

Farmacognosia. Revista Brasileira de Farmácia, v.77, n.2, p.65-67, 1996.

ALVES TMA, Silva AF, Brandão M, Grandi TSM, Smânia EF, Smânia Jr A,

Zani CL 2000. Biological screening of Brazilian medicinal plants. Mem Inst Oswaldo

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BARROS VIANA, G.S. de; VALE, T.G. do; Silva, C.M.; ABREU-MATOS,

F.J. de. Anticonvulsant activity of essencial oils and active principles from

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Cromatografia em camada delgada de extratos de três quimiotipos de Lippia alba

(Mill.) N. E. Br. (erva-cidreira). Revista Brasileira de Farmacognosia, v.13, p. 36-38,

2001.

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SALIMENA, F.R.G. Revisão taxonômica de Lippia L., sect. Rhodolipia

Schauer (Verbenaceae). Tese (Doutorado) - Universidade de São Paulo, S.P., 2000.

TAVARES, E.S.; JULIÃO, L.S.; LOPES, D.; BIZZO, H.R.; LAGE, C.L.S.;

LEITÃO, S.G. Análise do óleo essencial de folhas de três quimiotipos de Lippia alba

(Mill.) N. E. Br. (Verbenaceae) cultivados em condições semelhantes. Revista

Brasileira de Farmacognosia, São Paulo, v.15, n. 1, p. 1-5, 2005.