20
www.revistaintervalo.com.br Junho | Julho de 2009 - Ano 01 - Primeira Edicao Cinema de BOA Qualidade A vez da Danca O passo a passo do sucesso da Dança de Salão que volta a ser moda no Brasil ´

Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Projeto de revista criada para os clientes do Banco Bradesco

Citation preview

Page 1: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo

www.revistaintervalo.com.brJunho | Julho de 2009 - Ano 01 - Primeira Edicao

Cinema de BOA Qualidade

A vez daDanca

O passo a passo do sucesso da Dança de Salão que volta a ser moda no Brasil

´

Page 2: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo
Page 3: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo

EDITORIAL Quando se é pequeno, um dos grandes prazeres de muitas crianças é preencher o cheque com o qual seus pais irão pagar o almoço de domingo em família. Completar os números em algarismos e por extenso, adicionar o nome da cidade, o dia, o mês e ano, e, finalmente, entregar a folha para que os adultos incluam a assinatura é um momento no qual é possível se sentir mais maduro, ainda que por poucos segundos. Alguns anos depois, essas mesmas crianças, agora jovens, começam a sair de casa sem a companhia dos progenitores, ingressam em cursos universitários, começam a trabalhar... E consequentemente abrem uma conta em um banco. Esse é o primeiro passo rumo à vida adulta. Com sua própria conta bancária, são eles agora que assinam seus próprios cheques – ainda que essa forma de pagamento seja cada vez mais rara em razão da popularização do cartão de débito – quando querem impressionar namoradas ou até mesmo homenagear os ‘velhos’. Com uma conta no banco, o jovem passa a ser mais livre. É por isso que o Bradesco possui as contas universitárias, facilitando e emancipando jovens em seus deveres diários. E é para tornar esse quase adulto mais responsável em relação às suas aplicações que agora surge esta revista. Calma, não feche ainda. O assunto principal não está relacionado ao mundo das finanças. Na verdade, o tema mais tratado aqui é você, jovem. Nas páginas que se seguem você entrará em contato com temas que circundam o seu dia a dia ou não, mas que podem ser úteis quando você menos espera – como em uma mesa de bar, por exemplo, (paga por você com seu débito, claro). Nesta primeira edição trataremos ainda do universo da dan-ça de salão, que tem visto seu número de interessados crescer devido aos programas televisivos que abordam a prática; con-versaremos com Paulo Tiefenthaler, apresentador do inusitado ‘Larica Total’, programa que ensina receitas culinárias com o que você tiver à disposição no momento; também contaremos a história do famoso óculos escuro Wayfarer, da Ray Ban, que já esteve presente em rostos como o de John Lennon, Bob Dylan e, agora, Katy Perry. Enfim, tudo o que pode dizer respeito à sua vida, gosto e interesse estará aqui. Caso contrário, é só mandar uma sugestão para a gente. Bem vindo à maioridade. Bem vindo à juventude!

Bruno Broglio Soraggi

4

5

8 14

179Moda

Cultura

Esporte

Capa

Cotidiano

Viagem

expedienteeditores e reporteresBruno SoraggiDiego de LimaLéo FranciscoLuiz Carlos RochaLuiz Felipe Porto

diagramaçãoLéo Francisco

arteLéo Francisco

periodicidadeBimestral

Revista laboratorial produzida para a disciplina Edição deJornalismo Empresarial, do curso de Jornalismo do Cen-tro de Comunicação e Letras da Universidade PresbiterianaMackenzie, sob orientação do Profº Drº José Carlos Marques.

[email protected]

Page 4: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo

MO

DA

Quem não tem colírio usa óculos escuros. O verso de uma música de Raul Seixas já deixa bem claro que esse utensílio deixou há tem-pos de ser utilizado apenas para proteger os olhos da luminosidade solar. Muito mais do que isso, esse item é agora vestido tanto para disfarçar as olheiras após uma noitada de um rockstar quanto apenas para fazer estilo e compor um visual interessante. Seus modelos são variados e suas cores e tamanhos diver-sos. Vão do aviador ao surfista; do moderno ao retrô. Mas ainda que existam milhares de tipos, um deles é único: o modelo Wayfarer da fabricante norte-americana Ray Ban. Não conhece? Impossível: ele já figurou nas faces de estrelas da música, cinema e moda nas décadas de 50 e 60 e agora voltou com tudo. Para se ter uma ideia do quão antiga é a moda desse par de óculos basta lembrar que o modelo foi criado em 1952, quando a marca

resolveu romper com o uso do metal em suas peças e optou pelo plástico. Apesar de inova-dor, esses óculos só foram se destacar de ver-dade após a atriz Audrey Hepburn utilizá-los em seu filme mais célebre, o “Bonequinha de Luxo” (1961). Na década de 70 o modelo ficou um tempo fora de moda, mas uma leva lança-da em 1982 foi muito lucrativa e o colocou de volta no mercado. No começo dos anos 2000, no entanto, o Wayfarer voltou a fazer parte do look dos mais descolados. É o caso da designer Luciana Farca, 24, que comprou um na cor verde em uma viagem para a Europa. Encantada com o visual con-temporâneo com que os italianos, espanhóis e franceses andavam pela rua graças aos óculos, a jovem decidiu por trazer um par deles para si própria aproveitando-se de uma liquidação. “Esses óculos são lindos porque dão persona-lidade a quem os usa. Pode ser que uma pes-soa tenha um na mesma cor que o seu, mas nunca fica igual. Cada um é cada um com esses óculos”, diz. Outro que pagou em euros pelo modelo é o publicitário Marcelo Tolentino, 22. Com uma armação em cores que parecem um casco de tartaruga, no entanto, o jovem diz já ter sido motivo de chacota por usar um Wayfarer. “No Brasil o pessoal não tem a ma-nia de se ligar muito em moda, então qualquer coisa que fuja do normal é visto como algo ruim, que vira motivo de piada”, explica. Isso fez com que ele deixasse os óculos em casa? “Nunca. Uso sempre que tenho vontade”. De fato, vestir um modelo de cores menos comuns exige um pouco de costume. O que é, porém, diferente de dizer que é fora de moda e que deve ser evitado. Ou você imagina o folk Bob Dylan sem esse óculos? Imagine se ele tivesse ficado com vergonha do que os outros diziam? Ou o artista plástico Andy Warhol? E que tal James Dean? “Ah, mas isso era fácil no passado, já que era moda”, você pode dizer. Ok, então. Saiba, portanto, que a sensação pop Katy Perry é uma das partidárias do Wayfa-rer colorido, assim como a inglesa Lilly Allen e tantas outras celebridades a música, televisão e cinema. E você, está preparado para fazer parte desse grupo?

Ray Ban Wayfarer

Por BRUNO BROGLIO SORAGGI

Produto: Ray Ban WayfarerPreço médio: R$ 610 | Onde encontrar: óticas.

DIV

ULG

ÃO

A atriz Audrey Hepburn do filme “Bonequinha de Luxo”, de (1961)

4

Page 5: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo

A Mulher InvisivelPor LÉO FRANCISCO

Qual foi o homem que nunca imaginou a mulher perfeita batendo à sua porta de shortinhos jeans pedindo um pouco de açúcar? Tem fantasia melhor que essa da vizinha pedindo açúcar? Na mais nova comédia romântica do produtor e diretor Claudio Torres (“O Redentor”), “A Mulher Invisível”, a atriz Luana Piovani (“O Casamento de Romeu & Julieta”) vive essa mulher perfeita, linda e irresistível. A mulher ideal. No filme, seu nome é Amanda, uma mulher que arruma a casa de lingerie, gosta de futebol e não se incomoda se o namorado sai sozinho com os

amigos. Mas será que essa mulher existe mesmo?

´

DIV

ULG

ÃO

5

Page 6: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo

No filme, Pedro, perso-nagem vivido por Selton Mello (“Meu Nome Não é Johnny” e “Lisbela e o Prisioneiro”), após ver sua vida ruir ao ser aban-donado pela esposa, Marina (Maria Luisa Mendonça), entra em depressão e isolamento por três meses, até que alguém bate à sua porta. É ela. Amanda, a mulher mais linda do mundo pedindo uma xícara de açúcar, uma vizinha perfeita em todos os sentidos. Ele se apaixona por aquela mulher carinhosa, sen-sível, inteligente, uma amante ardente que gosta de futebol e não é ciumenta. Pedro acredita ter encontrado sua cara metade, a mulher certa como todas as outras mulheres, porém Amanda tem um peque-no defeito, ela não existe. O papel de Amanda foi feito pensado na atriz, que na coletiva de imprensa realizada no fim de Maio, em São Paulo, revelou que se sentiu envaidecida ao saber o

convite. “É muito bom ter um per-sonagem escrito para você. Ainda mais uma mulher como a Aman-da, que é a mulher ideal. Neste caso, é também envaidecedor. “ Assim como a equipe, muitos homens consideram Luana uma mulher ideal, mas a atriz não concorda e diz ter muitos defei-tos. “Todo mundo sabe quase

melhorou um pouquinho.” Em muitas cenas do filme, Luana aparece do jeito que todo homem gosta, apenas de linge-rie. De acordo com a atriz, to-das as peças usadas pertencem a ela (uma imposição que fez), pois sabia quais peças cairiam bem em seu corpo para cada cena. “Como tenho muitas ce-nas de lingerie, usei as minhas próprias peças, pois sabia que seria mais fácil do que provar milhares de modelos até encon-trar o que me deixasse confor-tável em cena.” O clima das gravações entre Selton e Luana foi muito bom, “a gente se deu super bem fa-zendo o filme juntos”, informou Selton. Mesmo sem nunca tra-balharem juntos, Luana revelou que sempre considerou Selton “um ator brilhante e intuitivo”. Já Selton revelou que se divertiu muito fazendo as cenas com e sem Luana, “era louco porque eu fazia cena com ela e sem ela. E a

É muito bom ter um personagem

escrito para você

“”Luana Piovani

todos os meus defeitos. Que são muitos.”. Além disso, para compor sua nova personagem, ela revela que não foi nada fácil dar vida a uma mulher perfeita. “Confesso que antes de começar as filmagens, sabendo que fica-ria muito exposta em cena, pas-sei uma semana em um spa. So-fri e quase nem emagreci. Foi só 0,5 quilo a menos, mas o corpo

Luana Piovani é Amanda, uma mulher perfeita, que apresenta

um único defeito, não existirC

ULTU

RA

DIV

ULG

ÃO

6

Page 7: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo

Para a equipe, a mulher ideal é Luana Piovani, quando questionado quem seria o homem perfeito? O ator Vladi-mir Brichta (“Romance”) não titubeou a responder. “Meio parecido comigo, meio parecido com o meu pai”, brincou.

E o Homem Perfeito?

Diretor e elenco na coletiva de imprensa na cidade de São Paulo

LÉO FR

AN

CISC

OLuana ficava com um pouco de ciúmes quando eu contracena-va sozinho. Ela dizia: ‘Ah! Fica muito melhor comigo’ (risos).” Ele ainda complementa di-zendo que gravar tais cenas “foi esquizofrênico e bem divertido. Imagina o que é para um ator representar um personagem assim. É uma oportunidade e tanto! Isso é muito louco e, por-tanto, muito bom”, concluiu. Sobre seu personagem, Sel-ton o descreve como “huma-no, verdadeiro, e isso eu quis dar ao personagem, porque queria fazer uma comédia co-

movente, mesmo o Cláudio não escrevendo o papel para mim. Foi depois da recusa do Santoro, do Pasquim e do Caio Blat, que ele me ofereceu o Pedro, mas eu gostei de fazê-lo mesmo assim”, brincou. Selton Mello concluiu dizen-do que as comédias estão fazen-do sucesso nos cinemas, pois as pessoas querem esquecer por um momento os problemas do cotidiano e “A Mulher Invisível” é um filme “divertido e tocante porque as pessoas se identificam com tudo aquilo ali”. Já Luana acredita que o público vai se di-

vertir e se emocionar, pois “esse tema vai falar com o pedacinho solitário de todo mundo”. O diretor, produtor e rotei-rista Claudio Torres, revelou que o filme “fala sobre solidão, amizade, vida cotidiana, urba-na, a idealização de alguém que não existe”, explica o diretor Claudio Torres que se revelou fã de comédias. “Queria fazer uma comédia romântica, gênero que gosto muito. Para esse filme, tive inúmeras inspirações neste sentido, de Billy Wilder a Bem Stiller, passando por (Stanley) Kubrick. No momento em que

DIV

ULG

ÃO

o Pedro conclui seu livro foi ins-pirado pelo final do filme 2001: Uma Odisséia no Espaço”, con-fessa Torres. Para ele “quando a gente faz um filme, deposita ali tudo que já vimos, além de acrescentar algo novo.” A atriz Luana Piovani nasceu em Jaboticabal, no dia 29 de agos-to de 1976 e começou sua carreira como atriz em 1993, na minissé-rie “Sex Appeal”, da Rede Globo. Ela participou de diversas nove-

las, minisséries e programas da emissora, mas foi no teatro, par-ticipando de peças infantis como “Alice no País das Maravilhas” e “O Pequeno Príncipe”, que obteve elogios da crítica especializada. Além disso, ela também já traba-lhou como modelo e apresenta-dora no programa “Saia Justa”, do canal GNT. Nos cinemas, Luana participou de sete longas-metragens como “Zuzu Angel” (de Sérgio Rezende,

2006), “O Casamento de Romeu e Julieta” (de Bruno Barreto, 2004), “O Homem que Copiava” (de Jorge Furtado, 2003), entre outros. Hoje em dia, ela pode ser vista em car-taz no teatro, fazendo o monólogo “Pássaro da Noite” e nos cinemas estréia ainda neste ano, dois lon-gas-metragens, “Família Vende Tudo” e “Insônia”, ambos sem data confirmada.

Page 8: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo

Uma viagem pelo futebolPor LUIZ FELIPE PORTO

O museu do futebol, inau-gurado no dia 29 de setembro e localizado no Estádio do Pa-caembu, é hoje um importante ponto turístico da cidade de São Paulo, principalmente pelo seu formato inovador e intera-tivo, assim como pelo fato de envolver a paixão futebolística do torcedor brasileiro, seja qual for seu time de coração. Para a construção, iniciada em 2005 e que se deu a partir de uma iniciativa do governo do Estado junto à fundação Ro-berto Marinho, foi importante que o tradicional Estádio do Pa-caembu fosse revitalizado, além de mudanças visando aprimorar a estrutura do espaço. O museu ocupa a área sob as arquibancadas do Estádio e des-de sua inauguração é constan-temente visitado por pessoas de todas as classes e faixas etárias que se interessam pelo esporte, além de excursões escolares e turísticas. Em um espaço an-teriormente mal aproveitado, hoje temos um toque de história e cultura popular no local. Logo na entrada fica o salão conhecido como Grande Área, com camisetas de vários times de diferentes localidades, flâmulas e uma lembrança ao

futebol de botão, que se fez presente na infância de muitas pessoas, principalmente dos homens. Em seguida, o rei do futebol, Pelé convida a todos, em diferentes idiomas a ingres-sarem nessa viagem pelo mun-do futebolístico. Nos andares a cima, o mu-seu é dividido em três eixos: emoção, história e diversão. Lá o visitante pode rever gols marcantes, narrações emocio-nantes de importantes mem-bros da imprensa nacional e se deliciar com imagens que se imortalizaram no tempo por quem gosta do esporte. Existe também um espaço destinado àqueles que procuram o museu para conhecer um pouco mais do futebol. Nele, algumas re-gras e termos utilizados no es-porte, são melhores explicados facilitando o entendimento. Uma das partes que com certeza melhor interferem na paixão do torcedor é a destina-da aos telões que exibem ima-gens de torcedores vibrando e ecoando gritos de incentivo aos seus times. De forma dinâmica, o local da a impressão de que você está no Estádio lotado em dia de jogo decisivo. No espaço mais interativo do museu, ex-

istem dois campos virtuais em que o publico pode se divertir, alem de poder chutar pênaltis em um goleiro, também virtual. Caio Ferraz, de 14 anos, é um dos visitantes que se maravi-lhou com o que viu. “Eu gosto muito de futebol e estou ado-rando saber um pouco mais so-bre fatos de quando eu nem era nascido”, afirma. Para o univer-sitário João Carlos Vieira, 22 anos, a sensação é parecida: “É espetacular...foi de arrepiar, me senti numa final de Corinthians e Palmeiras”, conta o rapaz. Segundo a coordenadora do Núcleo Educativo do Museu do Futebol, Larissa Foronda, o gru-po de educadores que trabalham no espaço é heterogêneo, forma-do po pessoas de diferentes áreas e todos participaram de um curso que capacitou a eles estarem dis-poníveis para esclarecerem duvi-das sobre o espaço. ”Gosto muito de futebol é muito bom traba-lhar num local em que posso estar presente em um museu com tanta historia”, conta Luiz Machado, um dos educadores. Por fim, o visitante termina na loja do estádio, em que pode adquirir artigos esportivos e em um gostoso bar café.

Museu do futebol traz desde dinamismo até uma viagem pela historia do esporte

LUIZ FELIPE PORTO

LUIZ FELIPE PORTOES

PO

RTES

8

Page 9: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo

Nova Era de Ouro da Dança de SalãoPor LÉO FRANCISCO

LUIZ FELIPE PORTO

Desde o mês de Abril, o pro-grama do Faustão vem exibin-do a 6ª Temporada do quadro Dança dos Famosos, que sem dúvida nenhuma é o mais po-pular do programa, desde sua estréia em Novembro de 2005. Com a dança de salão na mídia, a procura de tal arte vem au-mentando a cada edição, fato confirmado pelos professores e coreógrafos Átila Amaral, Mau-ro Fernandes e Marcelo Choco-late, que conversaram um pou-co sobre a profissão e o quadro do programa do Faustão. A dança é uma das mani-festações artísticas mais anti-gas da humanidade e as primei-ras danças sociais, como eram conhecidas as danças de salão, surgiram no séc. XIV, na época do Renascimento na Europa, sendo realizadas apenas por nobres e aristocratas. A partir dos séculos XV e XVI, tornou-se uma forma de lazer muito apreciada por todos, desde os nobres em salões dos palácios, quanto entre o povo em geral. No Brasil, a dança de salão veio com os colonizadores por-tugueses, ainda no século XVI, e mais tarde, pelos imigrantes de outros países da Europa que para cá vieram. Graças as fortes e diferentes influências cult-urais, a dança acabou sofrendo diversas influencias indíge-nas e africanas, causando uma renovação de algumas das dan-ças européias, também como criando novos estilos, tipica-mente bem brasileiros. Durante a passagem do sé-culo XIX para o XX, as danças

mais populares eram a valsa, a polca, a contradança, a mazurca, o xote e a quadrilha. A partir da década de 60, os bailes eram um dos eventos sociais mais impor-tantes e populares, pois todas as pessoas que participavam além de se divertirem faziam negó-cios, novos amigos eram feitos, muitos inícios de namoros acon-teciam, já outros casais faziam as pazes, depois desentendimentos e brigas. Até hoje, a dança de salão é uma das mais tradicionais e fortes características culturais

brasileiras, mas de acordo com o professor Átila Amaral “a arte no Brasil ainda não é valorizada. A dança é o primo pobre das artes, têm a atuação, o canto, as artes plásticas. E a dança é o pri-mo pobre. A dança de salão é o primo bastardo do primo pobre. Já que a dança de salão está no fim da fila.” Mesmo assim, a procura pela dança de salão vem aumentado a cada dia. “A dança de salão vem passando por sua fase de ouro. Desde que o Faustão começou com esse quadro, as academias

DIV

ULG

ÃO

9Cena do filme “Vem Dançar” (Take the Lead), de 2006, com Antonio Banderas

Page 10: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo

ARQUIVO PESSOAL

ARQUIVO PESSOAL

Famosos e professores nos bastidores da dança indiana

vivem lotadas e as pessoas começaram a perder a imagem que isso é uma coisa velha e para idosos. E o quadro mostra isso, que todos podem dançar”, co-menta o professor Átila Amaral, que explica que o sucesso vem da dança de salão não ter regras, mas mesmo assim, ela apresenta seus princípios. As pessoas que procuram as academias e escolas de dança são na maioria das vezes mu-lheres, mas hoje em dia, o pre-conceito dos homens perante a dança vem acabando. “Hoje em dia, os homens perderam o preconceito de que dança é coi-sa de viado. E estão indo para academia para dançar. Desco-briram que através da dança, eles podem se aproximar muito mais das mulheres. Permite que a aproximação do homem com a mulher.”, brinca Átila. Já para o professor Mauro Fer-nandes acha que o preconceito está acabando, pois as pessoas estão conhecendo mais a dan-ça em si. “O preconceito ainda existe, mas é quebrado exata-mente quando o cara sabe o que é a dança. Quando você conhece

e vê o prazer que proporciona acaba o preconceito.” Para o programa, os profes-sores ensaiam com os famosos todos os dias, de terça a sábado, uma média de 2 horas por dia. “Ensaiamos de terça a sábado, em média 2 horas por dia. Uma hora na sala principal onde so-mos filmados e mais uma hora em outra sala, chamada de sábado”, revela Átila. “O ritmo é mais puxado, pois como somos nós que montamos a coreogra-fia na segunda, trabalhamos de domingo a domingo”, conclui. Durante a competição em vez de existir rivalidade entre os participantes, vemos no pro-grama que existe um clima bem gostoso entre todos eles nessa edição, o que confirmaram os três professores. Átila afirma que “o clima é muito legal, ape-sar de ser uma competição, não existe competitividade. Todos são muito amigos e agente tocer por todos que tão ali, sempre é um aperto no coração quando sai alguém. Todo mundo torce por todo mundo e acaba so-frendo com a saída de cada um. Mas o clima é super legal, todo Marcelo Chocolate

Espaço de Dança Sheila Aquino & Marcelo ChocolateRua Bento Lisboa, 64 - Sobrado Catete - Rio de Janeiro, RJTelefone: (21) 2245-6861Site: http://www.doisemcena.com.br/

Mauro FernandesEscola IncomodançaTelefone: (31) 32843676Site: http://www.incomodanca.com.br/

Átila AmaraDa aulas particulares em casa.Telefone: (021) 9315-4747 ou (021) 2626-2253E-mail: [email protected]

Mais Informações

mundo trata todo mundo muito bem.” Mauro revela que “as pessoas são super simpáticas. Tudo que envolve dança envolve energia boa e as pessoas acabam rindo mais. Ainda mais com a Kati-uscia, que é ótimo”, brinca. Já Chocolate fala que está gostan-do muito do clima dessa edição, já que essa é a quarta vez que ele participa e confessa que sua atu-al companheira, a atriz e cantora Emanuelle Araújo, está sendo ótimo. “A Manu é uma pimenta, pau pra toda obra. Ela quer en-saiar toda hora, é uma pessoa maravilha e com um astral”. O que é apresentado aos do-mingos no programa não é a mesma coisa que é ensinada nas aulas de dança de salão, pois “o Faustão faz um trabalho de co-reografia e espetáculo. A aula de dança não é aquilo, agente tra-balha mais tecnicamente, apro-funda mais os ritmos, o aluno passa a conhecer e dançar so-cialmente”, explica Mauro. “Os

Page 11: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo

ARQUIVO PESSOAL

ARQUIVO PESSOAL

ARQ

UIV

O PE

SSO

AL

Existe idade para a Dança? “Olha lá! Rosamaria Murtin-ho, com neto, uma senhorinha dançando? Ah, se ela pode, eu também posso! Vou tentar!” foi por esse motivo que a atriz Rosamaria Murtinho ingressou esse ano em mais uma edição do quadro Dança dos Famo-sos no programa do Faustão. E mesmo tendo uma pequena participando no quadro, já que foi eliminada 5ª semana, a atriz deu uma lição de vida mostran-do a todos que não se tem idade para começar a dançar. “Minha passagem valeu para mostrar que existe vida na ter-ceira idade. Você pode se di-vertir, se cuidar, entrar numa academia de dança… A dança é uma arte tão linda e tão funda-mental, que proporciona uma

mente sadia e o corpo sadio.”, complementou Rosamaria após ser eliminada da atração. De acordo com a cardiolo-gista Jihad Jamal e Mouallem não existem uma idade para se dançar, qualquer pessoa pode dançar, mas temos que tomar algumas precauções. “Qualquer pessoa pode dançar dança suaves, pois o impacto é melhor ser evitado por cri-anças e idosos, principalmente as mulheres, para não causar problemas de ostioporose”, in-formou. De acordo com estudos re-alizados na Pró-Reitoria de As-suntos Comunitários da Pon-tifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, os idosos que praticam qualquer tipo de

dança percebem com o tempo melhoras em sua coordenação, no equilíbrio, no ritmo, na la-teralidade, na consciência cor-poral, na resistência e na me-morização. A prática de dança apresen-ta inúmeros benefícios, como emocional, psíquicos e físicos. “A prática ajuda a oxigenação no coração, distribuição san-guínea, aumenta a produção dos hormônios e ajuda a remodelar os ossos.”, conclui a Dra. Jihad.

passos que ensinamos não es-tão dentro de um cronograma de crescimento e evolução que trabalhos em aula. No Faustão agente mistura e eles não apre-endem a dançar, pois o trabalho que fazemos lá é coreográfico, a gente monta um show”, acres-centa Átila. Fora da realidade do pro-grama, vemos que existe mesmo uma grande procura pela dança de salão pelas pessoas. Muitas revelaram que começaram a dançar por influência de algum amigo ou parente e que fazer dança tornou a vida mais diver-tida. A dona de casa Elzi San-tiago, revelou que “a dança me aproximou mais das minhas fi-

lhas e está sendo maravilhoso!”. Já a psicóloga Thays Gianini, de 25 anos, afirma que fazer dança é “delicioso e apaixonante”. Quem se interessa em iniciar uma carreira na dança precisa primeiro procurar uma aca-demia de qualidade e confiança, “procurar uma boa academia de dança e se dedicar. Um profis-sional não é feito só de talento, em qualquer esquina encontra-mos gente que sabe dançar e você tem que se destacar e es-tudar muito para se tornar um bom profissional”, explica Átila. Já Chocolate acredita que para se destacar no mercado satu-rado é necessário que o profis-sional tenha “um bom caráter,

não passar por cima das pes-soas e respeitar, isso ajuda e traz condições sim”. “Tendo um trabalho sério, ser bom e aman-do o que se faz, você ganha di-nheiro em qualquer área”, afir-ma Mauro. Fazer dança é um excelente exercício físico, que proporcio-na diversos bens para a saúde, além de divertir muito. “Procu-rar uma boa academia que seja mais seu estilo, onde você en-contre um grupo legal, que você se encontra. É um exercício que você se diverte”, conclui Átila. “Fazer dança é a melhor coisa do mundo. Dançar é viver”, afirma Mauro.

Page 12: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo

A cantora e atriz Emanuelle Araújo

e o professor Marcelo Chocolate

Emanuelle Araújo(atriz e cantora)

Intervalo: Antes do convite você já tinha pensando em fazer dança de salão?Emanuelle: Bom dança de salão, não. Eu até tive vonta de fazer aula, porque eu até dancei uma época da minha vida, mas não tinha nada a ver com o que

a gente dança aqui. Eu fazia dança Afro, ritmo de orichas, por causa de um grupo que eu tinha em Salvador. A coisa de dançar a dois, só nas festinhas.

I: Como surgiu o convite?E: Primeiro eu fiquei muito nervosa, mas ai decidi topar si, vai ser legal, um desafio e se desafiar é sempre bom. Desco-brindo meus limites e minhas superações.

I: Você acreditava chegar até aqui na competição?E: Eu sempre tento resgatar a energia da minha primeira apresentação, pois eu não me importava de sair, eu queria ta feliz. Só que ai você começa a

querer a ganhar. Eu entrei mui-to disprenciosa e com o tempo você vai pegando o gostinho da coisa, que te deixa mais nervoso. A expectativa gera cobrança.

I: O que é mais díficil?E: O mais difícil é realizar tudo o que ensaiamos, pois existe uma dedicação por parte de todos.

I: O que mudou na sua vida?E: Caramba, eu estou muito apaixonada pela dança. Mesmo que eu não consiga ir até o fim ou que eu consiga, eu quero continuar dançando, fora que é uma excelente malhação, meu corpo ta se definindo de um jei-to natural.

12

Atriz Paola Oliveira

ao lado de seu professor Átila Amaral

Paola Oliveira(atriz)

Intervalo: Você já tinha pen-sando fazer dança de salão?Paola Oliveira: Sou apaixonada por dança, sempre tive vontade de fazer, mas nunca deu tempo, agora eu sou obrigada.

I: O que você sente mais dificuldade?

P: Meu professor me faz ter muita segurança nos ensaios. Durante a semana eu não tenho o que reclamar, eu sou outra pessoa, mas no domingo, o ao vivo, é minha maior dificul-dade.

I: Como são os ensaios?P: Para quem ta de fora parece muita coisa, mas para você apreender é muito pouco duas horas por dia, para apreender

coisas que você não esta acos-tumado a fazer na vida.

I: O que mudou na sua vida depois de participar do programa?P: É um quadro muito popular, as pessoas do mercado dizem que estão torcendo por você, meus pais e irmãos ficam fazem torcida, é uma torcida muito le-gal. Agora isso é para a Paola, essa coisa quente.

FamososOs astros da Globo revelam curiosidades

está sendo participar dessa divertida

Page 13: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo

A bailarina e professora Tamara Fuchs, ao lado do humorista Leandro Hassum

A humorista Katiuscia Canoro e seu professor Mauro Fernandes

I: Como aconteceu o con-vite para o quadro?L: O convite já é a terceira ou quarta vez que me chamama-ram para participar, mas por causa da agenda eu não pude aceitar. Mas agora eu consegui abrir uma lacuna na agenda e estou conseguindo participar o que me deixa muito feliz.

I: Você imaginou chegar até aqui na competição?L: Não imaginei chegar até essa fase, mas a agente batalha para ir até a final. Temos um padrão de qualidade e tentamos fazer o nosso melhor. Se esse melhor está indo adiante, que bom, mas se esse melhor não chegar ao que os outros colegas estão fazendo, também que seja feito o justo.

I: O que está sendo mais difícil para você?L: O que é difícil nesse processo para mim é a questão do fôlego, porque eu sou um cara sedentário, apesar de fazer muitos shows e praticar várias atividades, prati-car uma atividade física como a dança, para mim está sendo meu verdadeiro desafio.

I: Como são os ensaios?L: Os ensaios são bem puxados, a agente tem que apreender um ritmo novo que não temos a menor familiaridade. O de-safio é esse, apreender o ritmo, decorar a coreografia, esquecer a coregrafia, interpretar a core-grafia e juntar tudo isso no do-mingo em cima do palco.

I: Após o termino do pro-grama você pretende con-tinuar a praticar dança?L: Já me peguei no quarto ensa-iando sozinho e fiquei tão feliz em estar praticando a dança. Só não fiquei mais feliz, pois não estava com minha professora maravilhosa (Tamara Fuchs). Eu pretendo continuar, se ti-ver tempo, eu vou querer sim, só não sei se vou conseguir sem minha professora.

Leandro Hassun(ator e humorista)

Intervalo: Você já tinha pensado em fazer dança de salão?Katiuscia: Eu já tinha vontade de fazer, eu achava legal, sem-pre achei lindo, assistia as pes-soas que dançam e eu tinha vontade de fazer, mas não te-nho muita disciplina de ir à aca-demia, de marcar hora. Quando me chamaram para fazer eu vi a oportunidade de apreender a

dançar uma coisa com a obriga-ção de ir ensaiar todos os dias para apreender mesmo.”

I: O que está sendo mais difícil?K: O mais difícil foi o Sertanejo, mas o mais difícil de tudo, que é uma coisa que eu nunca imagi-nei, é o desgaste físico, as tor-ções os machucadaos e os ema-tomas, isso é o mais difícil.

I: Você pretende continuar dançando?K: Quando eu entrei na primei-ra semana eu tinha certeza que ia continuar dançando depois, agora eu já não sei. É muito do-lorido, tem muito esforço.

Katiuscia Canoro(atriz e humorista)

13

no palcoe falam um pouco de comocompetição

Page 14: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo
Page 15: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo
Page 16: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo

CO

TID

IAN

OBicicleta no metrô ébem aceita entre os jovens

Por LUIZ FELIPE PORTO

Desde o inicio de 2007, tor-nou-se possível o acesso de ciclistas com suas bicicletas aos trens do metrô da cidade de São Paulo. Aos sábados das 15h às 20h e aos domingos e feriados das 7h às 20h, portanto, é pos-sível carregar consigo sua bici-cleta pelas diferentes estações. Para quem não as possui, desde setembro de 2008 foi possível alugar as bicicletas dentro das estações, o que passou a incen-tivar ainda mais a utilização do veículo de duas rodas. Com o intuito de facilitar o acesso dos ciclistas a parques e ciclovias, alem de ser um meio de transporte ecologicamente correto, a idéia foi muito bem aceita pela população paulista. O estudante de farmácia, Car-los Freire, de 22 anos, costuma uti-lizar o metrô para se transportar e sempre que está com tempo, aluga uma bicicleta na estação Itaquera, próxima da sua casa. “Aos sába-dos sempre que eu quero ir à casa da minha avó, pela manhã, cos-tumo alugar uma bicicleta”, conta.

“É pratico, e muito melhor do que pegar qualquer outro veículo”. Ele só lamenta não poder fazer isso para estudar durante a semana. “Ah, não tem como né, o transito em São Paulo é muito perigoso sempre vemos noticias de ciclistas atropela-dos, é preciso de coragem”. O aluguel das bicicletas não está condicionado a utilização do metrô. Mas existem pessoas que optam pela utilização das bicicletas do metrô devido a maior facilidade no transporte, já que podem utilizá-las dentro do trem, aos finais de semana. É o caso do engenheiro, Waldir Menezes, de 45 anos, que junta-mente com seu filho Gabriel, de 17, costumam alugar as bicicle-tas e utilizar os vagões do metrô para se transportarem com elas. “Além de prático, e mais correto ecologicamente, é gostoso, uma forma de lazer também”. O projeto que é parceria da Companhia do Metropolitano com a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente é inspi-rado no serviço municipal de

bicicletas de Paris. Para utilizar os serviços do bicicletário é necessário com-parecer a uma das estações que disponibilizam o serviço levan-do RG e CPF para se cadastrar. O ciclista tem meia hora para devolver o equipamento (bici-cleta, cadeado e capacete) em qualquer estação que possua bicicletário. Caso queira prolongar a uti-lização da bicicleta terá de pagar a taxa de R$2,00 por hora. Essa idéia também é bem aceita pelo estudante de enge-nharia, Thiago Gonzáles, de 19 anos. Para ele a idéia mostra que o brasileiro também é capaz de copiar o que existe de interes-sante em outros paises. “Apesar de ser apenas um começo, é uma idéia totalmente interessante”, opina. “É uma forma de unir um transporte necessário (o metrô) com um agradável e prazeroso (a bicicleta)”, completa o estudante. Outro ponto interessante é a ciclovia que acompanha a Radial Leste. Thiago conta que costuma trafegar por ela: “É uma forma de trazer segurança ao ciclista. Outras deveriam ser colocadas em prática até para incentivar o uso”.

Bicicletário de itaquera: um dos mais procurados desde a implantação do projeto

LUIZ FELIPE PORTO14

Page 17: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo

EC

ON

OM

IADomínio das Ações

Jovens aplicam em ações e são os maiores investidores do mercado de aplicação da Bovespa

Por DIEGO DE LIMA

André de Menezes, 22 anos e estudante de administra-ção, como todo o jovem adora navegar pela Internet. Entre uns e outros cliques André não des-gruda o olhar de seu notebook em busca de uma informação que vá mudar sua rotina. Porém sua opção de busca online é di-recionada. Seu alvo é a bolsa de valores e o mercado financeiro. Isso mesmo, acesso a sites de futebol e de música não são fre-quentes para o jovem que opta em acompanhar a movimenta-ção dos seus investimentos no mercado de ações. “Não deixo de ver o que acontece com as ações pois a qualquer momento posso perder dinheiro” diz. Segundo pesquisa realizada pelo economista Marcos Crive-laro, André é um dos 25% dos investidores com faixa de idade entre 21 a 30 anos que aplicam na Bovespa (Bolsa de valores de São Paulo). Essa parcela jovem representa a maioria dos inves-tidores na bolsa superando os 23% de investidores com faixa de idade entre 31 a 40 anos; 19% com faixa de idade entre 41 a 50 anos, 18% com faixa de idade entre 11 a 20 anos e 12% com faixa de idade entre 51 a 60 anos. “Meu pai me dá uma mesada e reservo uma parte dela para in-vestir em ação. A rentabilidade é maior e meu dinheiro cresce mais rápido”. Completa André. Investir dinheiro no mercado de ações exige um conhecimento mínimo das oscilações do mer-cado financeiro e muitos investi-dores optam por fundos menos

rentáveis deixando assim de e-levar seu capital. “A falta de co-nhecimento afasta o investidor do mercado de ações fazendo com que aplique seu capital em fundos de investimento de menor risco e com rentabilidade baixa”. Afirma Mauricio Natele, gerente depar-tamental do banco Bradesco. Porém, com a crescente evolução tecnológica, as movimentações ficaram mais simples. Um exem-plo disso é o próprio sistema de aplicação da Bovespa, o Home Broker, que permite a aplicação pela Internet de maneira clara e explicativa. Essa intermediação tecnológica atrai o público jovem, é o que diz Mauricio Natele. “o sistema de aplicação foi um passo importante para atração do públi-co jovem. A negociação ficou mais fácil e transparente e a presença dos jovens se ampliou ainda mais nos negócios com ações”. Uma ação representa a menor parcela em que se divide o capi-tal de uma empresa organizada em forma de sociedade anôni-ma (S.A.). Ao abrir uma S.A., os fundadores aportam recursos, que podem ser financeiros ou não, que formarão o seu capi-tal social. Como são negociadas diariamente, as ações podem apresentar oscilações de preço.

Quando há uma grande pro-cura por ações, a tendência é de alta no seu preço; já quando ocorre o movimento inverso, ou seja, muitos investidores ven-dendo suas ações, o preço cai. É a chamada lei da oferta e da procura. O investidor em ações é sócio da empresa, e como só-cio tem direito a participar dos lucros da empresa poderá gan-har dinheiro com os dividendos distribuídos ou com a valori-zação do preço de suas ações. Caso a empresa tenha dificul-dade financeira, por reflexo de problemas do setor em que ela atua, ou problemas administra-tivos, por exemplo, a expectati-va é de que seu lucro se reduza, resultando, portanto na queda do preço da ação. Videogame, futebol, cinema ou balada. Coisas presentes na vida de qualquer garoto ou jo-vem. Mas pode-se dizer que as ações são uma das preocupações que o jovem passa na sua situa-ção econômica atual? “Aplicar em ações virou um vício. Acho isso ótimo já que aumentei meu dinheiro em mais de 70% e vejo minha situação financeira me-lhorar a cada oscilação do mer-cado”. Conclui André.

Alguns jovem optam em acompanhar a movimentação dos seus investimentos no mercado de açõesR

EPR

OD

ÃO

15

Page 18: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo

Cidade atraente para todos os gostos, Maceió possui atra-ções para todas as idades. Com roteiros que incluem bares fei-tos em jangadas, surfe, música e som ao vivo, Maceió é um óti-mo atrativo para jovens. Já para aqueles que curtem trilhas, pes-ca, passeios em roteiros históri-cos como a Igreja de Nossa Sen-hora dos Prazeres, a cidade tem atrações garantidas. Excelente para férias, Maceió possui praias urbanas tão be-las quanto as das cidades mais distantes do centro. A capi-tal de Alagoas é dona de uma orla formada por cerca de 40 quilômetros de faixa de areia e contemplada com o mar de cor azul-turquesa. Além de paisagens paradi-síacas, o turista tem a sua dis-posição toda a infra-estrutura de uma Metrópole, a exemplo de hotéis de bandeiras interna-cionais, bons restaurantes e op-ções de lazer fora do mar. Uma das atrações mais ca-racterísticas de Maceió está lo-calizada na Praia de Pajuçara.

REP

RO

DU

ÇÃ

O

para

Page 19: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo

Maceió, atrações todas as idadesCom roteiros turísticos que vão desde bares em jangadas até o forró

pé-de-serra, a cidade é paradeiro certo para quem quer viajar.Por LUIZ CARLOS ROCHA

Cidade atraente para todos os gostos, Maceió possui atra-ções para todas as idades. Com roteiros que incluem bares fei-tos em jangadas, surfe, música e som ao vivo, Maceió é um óti-mo atrativo para jovens. Já para aqueles que curtem trilhas, pes-ca, passeios em roteiros históri-cos como a Igreja de Nossa Sen-hora dos Prazeres, a cidade tem atrações garantidas. Excelente para férias, Maceió possui praias urbanas tão be-las quanto as das cidades mais distantes do centro. A capi-tal de Alagoas é dona de uma orla formada por cerca de 40 quilômetros de faixa de areia e contemplada com o mar de cor azul-turquesa. Além de paisagens paradi-síacas, o turista tem a sua dis-posição toda a infra-estrutura de uma Metrópole, a exemplo de hotéis de bandeiras interna-cionais, bons restaurantes e op-ções de lazer fora do mar. Uma das atrações mais ca-racterísticas de Maceió está lo-calizada na Praia de Pajuçara. É

o passeio de jangada, que leva o turista até as piscinas naturais formadas durante a maré baixa a 2 km da costa. Durante os fi-nais de semana, algumas dessas jangadas são transformadas em bares flutuantes, repletos de co-quetéis e variadas comidas da região, sendo que assim você nem precisa sair da água para petiscar ou matar a sede. Com barracas de bares e res-taurantes embalados por música ao vivo, a praia de Ponta Verde é o local de encontro dos jovens em Maceió. Com mar calmo e orla repleta de coqueiros, a-trai a atenção de turistas para um passeio ou uma corrida no calçadão devido à brisa refres-cante. Já para os iniciantes de surfe, ou quem se interessa pelo esporte, a Praia de Jatiúca é uma ótima escolha por possuir ondas não muito altas, mas em quantidade excessiva. No extremo sul da Cidade, está o Pontal da Barra, lo-cal onde as águas da Lagoa Mundaú se encontram com o Atlântico. Nesse ponto do lito-

ral, devido às correntezas, a água é bastante agitada. Nas proximidades da Lagoa, se concentram os pescadores de Maceió, que podem ser vistos à procura de crustáceos, um dos principais ingredientes da culinária local. Apesar de ter caracter-ísticas de grandes centros, as tradições regionais foram preservadas e um exemplo disso é o trabalho das rendei-ras. A arte passada de geração a geração continua presente nas ruas de Maceió. As peças podem ser encontradas nas diversas feirinhas que existem próximas da orla, principal-mente no bairro do Pontal da Barra. O folclore também é algo marcante na cultura do povo de maceioense. O bumba-meu-boi, Reisado, quilombo e o fandango são algumas das manifestações que podem ser conferidas em casas de show. Maceió também é um ótimo destino para quem gosta de ro-

Um pouco mais sobre Maceió:Catedral Metropolitana: Oficializa-da como Catedral pelo Papa Leão XIII, a Metropolitana teve sua construção iniciada em 1840 e concluída 19 anos depois, tendo sido inaugurada pelo Imperador D. Pedro II, em 1859. Infor-mações retiradas do site da prefeitura de Maceió. Para saber mais acesse: http://www.maceio.al.gov.br/

VIA

GEN

S

17

Page 20: Trabalho Acadêmico - Jornalismo Empresarial: Revista Intervalo