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EDNALVA MARIA MARINHO DOS SANTOS ROSILÉIA OLIVEIRA DE ALMEIDA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: planejamento,execuçãoeredaçãodamonografia BENJAMIM DE ALMEIDA MENDES ROSA HELENA BLANCO MACHADO (Colaboradores)

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EDNALVA MARIA MARINHO DOS SANTOSROSILÉIA OLIVEIRA DE ALMEIDA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO:planejamento, execução e redação da monografia

BENJAMIM DE ALMEIDA MENDESROSA HELENA BLANCO MACHADO

(Colaboradores)

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Copyright © 2003, UNYAHNATodos os direitos reservados

É proibida a reprodução total ou parcial deste volume, de qualquer formaou por quaisquer meios, sem autorização prévia por escrito das editoras.

Coordenação editorial: José Carlos Sant’AnnaEditoração eletrônica: Virgínia Oliveira

Capa: Luciene Oliveira

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Aos aprendizes de todas as ciências.

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Santos, Ednalva Maria Marinho dos

Trabalho de Conclusão de Curso: planejamento, execução e redaçãoda monografia / Ednalva Maria Marinho dos Santos, Rosiléia Oliveira de Almeida,Rosa Helena Blanco Machado (col) Benjamim de Almeida Mendes (col). –Salvador: Quarteto/UNYAHNA, 2003. 113 p.

ISBN: 85-87243-24-1

1. Trabalho de Conclusão de Curso 2. Monografia I. Rosiléia Oliveirade Almeida, II. Rosa Helena Blanco Machado (col) III. Benjamim de AlmeidaMendes (col) IV. Título

CDU 001.81

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“Deve-se exigir de mim que procure a verdade mas não que a encontre.”

(Diderot)

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PREFÁCIO

ensino da Metodologia da Pesquisa, objetivando a elaboração damonografia, como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), leva a

se refletir acerca da formação científica do aluno na graduação. A inici-ativa tem mudado bastante os cursos de graduação, tanto o bachareladocomo a licenciatura. De simples repetidores, os alunos passam a criado-res de novas atitudes e comportamentos. É a construção do conheci-mento, usando-se a conhecida expressão de Jean Piaget. Nessas inova-ções, um realce especial deve ser dado à elaboração de textos científicos.

A Metodologia da Pesquisa objetiva fornecer instrumentos capazes deconduzir os estudantes ao rigor científico requerido pela Academia na pro-dução da monografia. Efetiva-se um dos resultados da aprendizagem com aelaboração de projetos. E, desta maneira, acontece a abertura para o proble-ma do método, concomitantemente com a formação em conteúdo. A for-mação científica, começando na graduação, com a metodologia do traba-lho acadêmico, faz com que o aluno se exercite na lógica da exposição escritae oral, incluindo o emprego das referências bibliográficas e eletrônicas e dascitações em conformidade com as orientações normalizadas pela AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Ora, o princípio da indissociabilidade ensino-pesquisa, enunciadopor Wilhem von Humboldt, ao criar a Universidade de Berlim, em1810, e que Newton Sucupira introduziu na vida universitária brasileirana reforma de 1968, não atua unicamente na pós-graduação, mestradoe doutorado, mas deve fertilizar todo o trabalho universitário, de acor-do com a norma que instituiu a monografia na graduação. A sua inclu-são não foi pacífica. Continua polêmica em certas instituições de ensinosuperior (IES). Aceita por muitos e contestada por outros, a monografiadeve ser encarada tal como um instrumento de qualificação teórica e

O

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metodológica na formação científica do graduando. Com a metodologiacientífica de análise, o aluno adquire maior qualificação na aprendiza-gem pelo aprofundamento do tópico monográfico. A inserção de maté-rias, como a Introdução ao Trabalho Científico e Metodologia da Pes-quisa, possibilita uma qualificação teórica e metodológica do aluno.

Para a dissertação monográfica, a experiência do ensino tem de-monstrado que a combinação da Metodologia da Pesquisa com a elabo-ração da monografia tece as condições para o aluno produzir um textode nível academicamente aceitável. O ponto de partida para esse fazeracadêmico é a escolha do tema pelo aluno. Indaga-se, porém, como eledeverá fazê-lo. É imprescindível a ajuda dos professores. Um desses seráo seu orientador. Com a monografia, inicia-se a formação científica nagraduação pelo exercício da capacitação redacional do aluno. Não sãomuitas as oportunidades de dissertar e expor em vernáculo, com lógicae método na Universidade.

Além da aplicação de conhecimento, que se concretiza na elabora-ção e execução do projeto de pesquisa, levem-se em consideração doisoutros enfoques: redação dissertativa e procedimentos metodológicos.

A monografia é um texto eminentemente dissertativo e argumen-tativo. Quer seja ela de graduação, de especialização, como também adissertação de mestrado e a tese de doutorado, são todos esses textosensaios dissertativos. Implicam a explanação de idéias com argumenta-ção porque o pesquisador discute dados, informações, provas e evidênci-as na demonstração dos resultados encontrados.

Na experiência docente na pós-graduação, particularmente na pro-dução de papers, examinam-se inúmeras monografias, dissertações e te-ses e se sente a pertinência da expressão escrita clara, correta e precisa.Assim, a redação da monografia deve ser uma comunicação pessoal,tanto quanto possível redigida na terceira pessoa do singular. Além deser um exercício metodológico, a monografia acarreta o problema deredação que o aluno deve saber encaminhar a fim de explanar conveni-entemente suas idéias.

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Do ponto de vista instrumental, a elaboração de monografia, deprojeto e de relatório conclusivo não dispensa os instrumentos científi-cos. Em atenção à investigação, busca-se uma explanação sobre os princi-pais tipos de pesquisa: bibliográfica, documental, experimental, históri-ca, levantamento, estudo de caso e outros.

A discussão dos conceitos é significativa para o seu emprego namonografia como, por exemplo, problema, hipótese, variável e demaisconstructos. Do mesmo modo, as possibilidades de uso de instrumentoscomo questionário, entrevista, formulário, observação participante,análise de conteúdo e do discurso e outras técnicas e processos nas inves-tigações. Em uma palavra, a monografia procede à abertura cartesianado aluno para o problema do método.

Salvador, Bahia, setembro de 2003.

Edivaldo Machado Boaventura

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................... 13

1 A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO .......... 151.1 A disposição para aprender como requisito ao ato

de pesquisar ........................................................... 171.2 A imaginação no ato de pesquisar............................... 181.3 O papel da academia na mobilização para

a pesquisa .............................................................. 201.4 Como se constrói conhecimento? ............................... 221.5 A comunicação e o conhecimento científico ................ 26

1.5.1 O ato de ler .................................................... 271.6 A expressão do conhecimento ................................... 28

2 O PROJETO DE PESQUISA .................................. 312.1 Estrutura do projeto de pesquisa ................................ 32

2.1.1 Elementos pré-textuais....................................... 322.1.2 Elementos textuais ........................................... 332.1.3 Elementos pós-textuais....................................... 49

3 A MONOGRAFIA ................................................... 51

3.1 Estrutura da monografia .......................................... 523.1.1 Elementos pré-textuais....................................... 533.1.2 O texto escrito: constituintes............................... 563.1.3 Elementos pós-textuais....................................... 573.1.4 Elementos de apoio .......................................... 59

3.2 A formatação da monografia ..................................... 693.3 Linguagem e estilo no texto monográfico ..................... 70

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O trabalho de conclusão de curso: planejamento, execução e redação da monografia

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................... 73

4.1 O plano expositivo .................................................... 74

REFERÊNCIAS ........................................................... 77

APÊNDICE A – Modelo de capa para projeto de pesquisa ............. 83APÊNDICE B – Modelo de folha de rosto para projeto

de pesquisa ..................................................... 84APÊNDICE C – Modelo de capa para monografia ........................ 85APÊNDICE D – Modelo de folha de rosto para monografia .......... 86APÊNDICE E – Modelo de folha de aprovação ............................ 87ANEXO A – Exemplo de capa de projeto de pesquisa ................. 88ANEXO B – Exemplo de folha de rosto de projeto de pesquisa .... 89ANEXO C – Exemplo de capa de trabalho monográfico .............. 90ANEXO D – Exemplo de folha de rosto de trabalho monográfico . 91ANEXO E – Exemplo de ficha catalográfica .............................. 92ANEXO F – Exemplo de folha de aprovação ............................. 93ANEXO G – Exemplo de folha de dedicatória ............................ 94ANEXO H – Exemplo de folha de agradecimentos ...................... 95ANEXO I – Exemplo de folha de epígrafe ................................ 96ANEXO J – Exemplo de resumo na língua vernácula .................. 97ANEXO K – Exemplo de resumo em língua estrangeira ............... 98ANEXO L – Exemplo de lista de ilustrações .............................. 99ANEXO M – Exemplo de lista de tabelas ................................... 100ANEXO N – Exemplo de lista de siglas ..................................... 101ANEXO O – Exemplo de lista de símbolos ................................ 102ANEXO P – Exemplo de ilustração – Quadro ........................... 103ANEXO Q – Exemplo de ilustração – Gráfico ............................ 104ANEXO R – Exemplo de ilustração – Fotografias ....................... 105ANEXO S – Exemplo de ilustração – Representação cartográfica .. 106ANEXO T – Exemplo de ilustração – Fluxograma ...................... 107ANEXO U – Exemplo de ilustração – Organograma ................... 108ANEXO V – Exemplo de ilustração – Desenho esquemático ......... 109ANEXO W – Exemplo de ilustração – Representação esquemática .. 110ANEXO X – Exemplo de tabela ............................................... 111ANEXO Y – Exemplo de glossário ........................................... 112ANEXO Z – Exemplo de índice ............................................... 113

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A construção do conhecimento

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O

INTRODUÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), conforme as DiretrizesCurriculares emanadas do Ministério de Educação, ao encerrar

determinados graus de ensino, tem por objetivo integrar o conhecimentoe conseqüentes habilidades e competências adquiridos pelo discente, nopercurso acadêmico, para que possa aplicá-los, de forma consciente, noseu campo profissional e vivencial.

Para tanto, é desejável que o Trabalho de Conclusão de Curso, que seinicia pelo projeto de pesquisa, além de motivar a elaboração de um textode nível científico, envolva processos e/ou também resulte em produtosque atendam a necessidades práticas como, por exemplo, a apresentaçãode propostas viáveis ou sugestões outras que possam concorrer para amelhoria de qualidade da área descrita ou da ação relatada.

Iniciando-se por um projeto de pesquisa ou estudo orientado, oTCC, para fins de avaliação, devidamente elaborado e executado, tem oseu registro em texto mais comumente formulado como uma disserta-ção monográfica ou, simplesmente, monografia. Desde a fase de elabo-ração do projeto de pesquisa, seu desenvolvimento, até a conseqüenteapresentação escrita e oral do trabalho pelo aluno, algumas diretrizessão importantes:

a) sessões de orientação metodológica desenvolvidas em sala de aula,para esclarecimentos sobre a elaboração do projeto de pesquisa;

b) designação de professores-orientadores para acompanhamentodos trabalhos dos alunos, levando em consideração as linhastemáticas de interesse dos professores e alunos;

c) definição do tema e elaboração do projeto de pesquisa pelos alu-nos, sob a supervisão dos professores-orientadores, sendo condi-

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ção para iniciar a elaboração da monografia a aprovação do pro-jeto;

d) desenvolvimento da pesquisa, cujas etapas, sempre realizadassob orientação acadêmica e de acordo com o prazo estabelecidopela instituição para execução do projeto, são: elaboração deum plano preliminar de leitura e de organização do materialbibliográfico selecionado; acompanhamento da execução docronograma de pesquisa; avaliação das versões provisórias e dotexto final da monografia;

e) apresentação da monografia, como etapa final do TCC, sob aforma de texto escrito e defesa oral perante a Comissão Avalia-dora.

Aconselha-se que o tema selecionado seja passível de delimitação,possa oferecer perspectivas de realização profissional e condições de aná-lise acessíveis ao pesquisador, tendo em vista as exigências de grau deestudo ou de ambiência sóciocultural e profissional do projeto.

Isto posto, apresenta, este texto, em seu primeiro capítulo, um mo-mento de reflexão sobre o próprio conhecimento e o que é necessáriopara fazê-lo fluir: a disposição, a imaginação, a construção do conheci-mento. Em seus capítulos seguintes, o texto contempla as indicaçõespara elaboração do projeto de pesquisa e para a feitura da monografia,entendida, neste contexto, como trabalho de conclusão de curso.

Salvador, setembro de 2003.

As autoras

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A construção do conhecimento

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1 A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

O que os objetos são, em si mesmos, fora da maneira como a nossasensibilidade os recebe, permanece totalmente desconhecido para nós.Não conhecemos coisa alguma a não ser o nosso modo de percebertais objetos – um modo que nos é peculiar e não necessariamentecompartilhado por todos os seres... (KANT)

O ato de conhecer manifesta-se no nosso cotidiano de uma ma-neira “tão natural que nem nos damos conta da sua complexida-

de” como bem o coloca Hühne (1989, p. 27-28). É incutida na mente doestudante, desde cedo, pelos seus professores, “a necessidade de apren-der e conhecer o mundo e a necessidade de autoconhecimento”. E, pas-sivamente, é-lhe imposta uma forma (ou algumas poucas formas) paraadquirir conhecimento, normalmente, cercada(s) de princípios calcadosna ideologia dominante.

Embora se reconheça que tais modelos têm justificativas por expri-mir a realidade onde se insere o aluno, seu grupo social, sua cultura, osistema político vigente, outras abordagens merecem ser feitas, quer paraevitar que seja dado ao estudante um conhecimento deturpado da reali-dade, quer para mostrar-lhe os diversos caminhos que conduzem ao sa-ber científico. Concordamos com Hühne (1989, p. 27), quando ques-tiona este assunto:

... entramos na engrenagem do conhecimento do mundo, conside-rado real, sem colocar em pauta o que significa conhecer. Todavia,à medida que nos defrontamos com os vários campos e formas deconhecimento, entramos num emaranhado de conceitos. Entãopercebemos que quase não tematizamos questões básicas como:quem conhece? Como conhece? Para que conhece? O conhecimen-to verdadeiro é o conhecimento objetivo? E o conhecimento subjetivoé falso?

O

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As respostas para questões tão diversificadas vão exigir um estudoque permita esclarecer-se o verdadeiro sentido que permeia as váriasacepções do termo “conhecimento”. Basta constatar que, entre as inter-pretações do real, também diversificam-se as maneiras de se escolher avia que nos faça chegar aos saberes e dizeres apropriados para a nossabusca do conhecimento da realidade. Isto, para minimizar, desde quan-do impossível eliminar atos e fatos da vida real que nos são passados e,quantas vezes, imunes a qualquer crítica.

A autora citada alerta que, para se estudar tais formas de conheci-mento, além da questão principal sobre o que é o conhecimento, háoutras tantas perguntas que exigem respostas: “Como se dá o conheci-mento? O que especifica o conhecimento científico? Quais as relaçõesdo conhecimento científico com as outras formas do conhecimento comoa Filosofia, a Teologia e o Senso Comum?” (HÜHNE, 1989, p. 28).

Sabe-se que as respostas a estas perguntas, apenas procurando osignificado dos seus verbetes no dicionário, não nos seriam completasseja pela delimitação formal, seja pelo significado muitas vezes ambíguo,sem qualquer problematização. Cabe ao pesquisador iniciante, reforçaaquela autora, “buscar outras fontes que possam esclarecer o significadoe as relações entre aquelas formas de conhecimento”. (p. 28).

Tomando-se por base a palavra francesa connaissance, conhecimen-to é nascer (naissance) com (con). É exatamente esta capacidade de co-nhecer que marca a diferença entre o homem e os outros seres, explicaHühne (1989, p. 34):

Os homens são os únicos seres que possuem razão, capacidade derelacionar e ir além da realidade imediata, apreendendo-a em rela-ção ao seu eu, à sua cultura, à sua história, interpretando estarealidade e se mostrando nesta interpretação.

Podem os homens fazer conhecimento, usar conhecimento eposicionar-se diante deste conhecimento, resultado da relação do sujei-to com o objeto a ser conhecido, e, através de suas pesquisas, dialogarcom a incerteza na busca sempre provisória da verdade. Deve-se levarem consideração que, segundo Japiassu, citado por Hühne (1989, p. 32):

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nenhum ramo do saber possui a verdade, a qual não se deixa aprisio-nar por nenhuma construção intelectual. Daí, a necessidade de viver-mos de aproximações da certeza e da verdade. Porque somos seuspesquisadores, e não seus defensores. Para isto, torna-se imprescindí-vel uma opção crítica. Esta só pode surgir da incerteza das teoriasestudadas. Se estas já forem certas, não haveria possibilidade de sefazer uma opção.

Em resumo, a experiência em torno do conhecimento nos mostraa necessidade de sua relação com a realidade, considerando-o, de acordocom aquela autora, como construção sempre em processo, cujo cami-nho vai carecer de estruturação e de determinação de quem quer dedi-car-se aos estudos. Não há possibilidade de sermos “cientistas espontane-amente, precisamos de longa iniciação, entrar no processo, pensar, bus-car, pesquisar a nossa verdade”, visto que, completa Hühne (1989, p.37), a produção do conhecimento embasa-se “na atividade social, realdos homens. Não existe produção ‘inata’ ou ‘natural’, toda ela dependeda articulação artificial de inúmeros fatores e relações concretas”.

1.1 A disposição para aprender como requisito ao ato de pesquisar

Mas como não basta, quando se ergue um edifício, juntar as pe-dras, os materiais e todos os outros elementos da construção, épreciso empregar ainda a mão dos artesãos para dispor o todo ecolocá-lo em ordem; assim, no discurso, qualquer que seja a abun-dância das coisas que temos a dizer, elas não formariam senão umamassa confusa se uma disposição sábia não as coordenasse e nãoas unisse entre si através de um laço regular. (An essay on geniuscitado por DOBRÁNSZKY, 1992, p. 98, grifo nosso).

O processo de produção de conhecimento envolve construir, am-pliar e aplicar repertórios, sob as formas de informações, relações e ex-periências. Quando nosso repertório é insuficiente para interpretarmosuma determinada situação, fato ou fenômeno, nos deparamos com umproblema. (COSTA, 2001).

Diante de um problema nos situamos na fase de síncrise, ou seja,temos uma visão indeterminada, confusa, caótica e fragmentada da rea-lidade, não conseguindo apreender relações entre os vários elementos.

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A superação dessa circunstância requer do sujeito cognitivo aintencionalidade da aprendizagem, uma disposição interior para orga-nizar, de forma significativa, os fatos aparentemente desconexos.

A busca de compreensão da realidade, de atribuição de sentido,envolve a atividade de análise, em que o pesquisador desdobra a realida-de em seus elementos, e a atividade de síntese, em que adquire umavisão organizada e unificada da realidade, através da integração dos ele-mentos em um todo orgânico, lógico, coerente e consistente. (VASCON-CELOS, 1994).

Análise

Síncrise

Síntese

Segundo Morin (2002, p. 24), como nossa civilização e os contextosde ensino privilegiam a análise, que comporta a separação, a diferencia-ção e a desunião, em detrimento da síntese, que envolve ligação, rela-ção e união, torna-se uma exigência atual a aptidão de contextualizar,globalizar e unificar os saberes para que possamos, embora caracteriza-dos por alta complexidade, identificar e resolver problemas fundamen-tais de nossa época.

1.2 A imaginação no ato de pesquisar

A epígrafe de Brecht, incluída em Marinho dos Santos et al. (2003)e transcrita a seguir, expressa plenamente a importância da disciplina,da organização e do método no ato de pesquisar.

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A construção do conhecimento

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Quem levantou no espaço as Pirâmides,Quem construiu vermelha Tebas de cem portas?Certamente, não os reis:Estes não carregavam pedras.

Várias publicações da área de Metodologia de Pesquisa, inclusive aque ora apresentamos à comunidade acadêmica, buscam estabelecerparâmetros metodológicos organizativos da produção e da apresentaçãode trabalhos de pesquisa. Tais orientações podem gerar no pesquisadoriniciante a crença de que basta selecionar um método e segui-lo comrigor para que produza conhecimentos seguros sobre o mundo.

A produção científica é, sem dúvida, resultado da organização do pen-samento, de persistência e de determinação. No entanto, estes atributos dodesempenho do pesquisador não são garantias de idéias originais que resul-tem em trabalhos de pesquisa com relevância acadêmica e social.

O ser humano revela a capacidade de reorganizar, de formaidiossincrática, o repertório recebido em sua prática social, agregandonovos elementos e/ou construindo novas relações. Essa capacidade deelaboração própria, de imaginação, é que confere à pessoa que empre-ende determinada atividade acadêmica o status de autor(a) e lhe assegu-ra a construção de uma identidade intelectual própria.

A imaginação, uma faculdade desregrada e errante, rebelde a limi-tações e incapaz de comedimento, procurou sempre desconcertaro lógico, confundir os limites da distinção e romper as fronteirasda regularidade. (Samuel Johnson citado por DOBRÁNSZKY,1992, p. 23).

Gaarder (1995, p. 471-472) exemplifica os efeitos que o rigor e ocontrole do pensamento podem ter sobre a inventividade, através dafábula da centopéia:

– Era uma vez uma centopéia que sabia dançar excepcionalmentebem com as suas cem perninhas. Quando ela dançava, os outrosanimais da floresta reuniam-se para vê-la e ficavam muito impressi-onados com sua arte. Só um bicho não gostava de assistir à dançada centopéia: uma tartaruga. [...]

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O trabalho de conclusão de curso: planejamento, execução e redação da monografia

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“Como será que eu posso conseguir fazer a centopéia parar dedançar?” pensava ela. Ela não podia simplesmente dizer que a dan-ça da centopéia não lhe agradava. E também não podia dizer quesabia dançar melhor que a centopéia, pois ninguém iria acreditar.Então ela começou a bolar um plano diabólico. [...]

A tartaruga pôs-se, então, a escrever uma carta endereçada à centopéia.“Oh, incomparável centopéia! Sou uma devota admiradora de suadança singular e gostaria muito de saber como você faz para dançar.Você levanta primeiro a perna esquerda número 28 e depois a pernadireita número 59, ou começa a dançar erguendo a perna direitanúmero 26 e depois a perna esquerda número 49? Espero ansiosapor sua resposta. Cordiais saudações, a tartaruga.” [...]

Quando a centopéia recebeu esta carta, refletiu pela primeira vezna sua vida sobre o que fazia de fato quando dançava. Que pernaela movia primeiro? E qual perna vinha depois? E você, sabe Sofia,o que aconteceu?_ Acho que a centopéia nunca mais dançou._ Foi isso mesmo. E é exatamente isto que pode acontecer quandoo pensamento sufoca a imaginação.

O autor sugere que deve haver uma delicada interação entre a dis-ciplina da razão e a imaginação, propondo que “nos deixemos levar...”,por considerar que há sempre uma pontinha de inconsciente em todoprocesso criativo.

1.3 O papel da academia na mobilização para a pesquisa

Ninguém motiva ninguém.Ninguém se motiva sozinho.Os homens se motivam em comunhão,mediados pela realidade.

Qual o papel dos professores e do orientador acadêmico no processode pesquisa? Em que medida as posturas dos diversos atores do contextouniversitário contribuem para a aquisição de iniciativa, de autonomia eda capacidade de ler e atuar no mundo pelos aprendizes pesquisadores?

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A construção do conhecimento

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Sendo o processo de construção do conhecimento caracterizado peloconfronto entre o sujeito cognoscente e o objeto cognoscível, é durante esseprocesso que o aluno deve perceber o objeto, apreendê-lo através da elabo-ração de relações totalizantes, complexas e abrangentes. É neste momento,no contexto universitário, que se acentua o papel dos professores em cola-borar com o aluno no estabelecimento de um nível satisfatório de interaçãocom o objeto do conhecimento pretendido.

Aos professores, inclusive ao orientador-acadêmico, cabe instigar,sensibilizar o pesquisador iniciante para a atividade de pesquisa, ajudan-do-o a converter determinado objeto da realidade em objeto de pesqui-sa, através da interação com os fenômenos, da problematização, da re-flexão, da elaboração de representações mentais, da análise, da supera-ção de contradições, da conceitualização, da síntese, todas estas, ativida-des que asseguram a criação e manutenção de um vínculo significativo eafetivo com os temas de pesquisa.

Dessa forma, a pesquisa, ao ser tomada como princípio educativo,potencializa, ao longo da trajetória acadêmica dos universitários, os de-sejos de compreender, de interagir, de se comunicar, de realizar, de atu-ar, de transformar, através da construção de aproximações sucessivas da“verdade”, na elaboração do conhecimento.

Objeto de pesquisa Objeto de pesquisaObjeto proposto pela do pesquisador

academia iniciante

É necessário que o aluno sinta necessidade do conhecimento, nasdimensões ontológica e epistemológica, e que esteja mobilizado diantedo desafio de compreender, dirigindo seu pensar, seu sentir, seu fazerpara o objeto de conhecimento.

As instituições universitárias, tendo como principais finalidades aprodução, sistematização e difusão do conhecimento científico, reque-rem a construção de um clima favorável à problematização de situações,

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O trabalho de conclusão de curso: planejamento, execução e redação da monografia

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de um contexto de aprendizagem que valorize o saber e comungue aconcepção de que se aprende a pesquisar, pesquisando.

1.4 Como se constrói conhecimento?

A história das tradições filosóficas registra a diversidade e aalternância de concepções sobre a relação entre o sujeito cognoscente eo objeto cognoscível.

a) Concepção empirista (Aristóteles – 384-322 a.C.; São Tomás deAquino – 1235-1274; Francis Bacon – 1561-1626; John Locke 1632-1704; Berkeley – 1685-1753; David Hume – 1711-1776):

q Existência de uma realidade objetiva, pronta e acabada, quese dá a conhecer diretamente.

q Origem das idéias a partir das sensações produzidas porestimulação ambiental, de forma que nada há na menteque não tenha passado antes pelos sentidos.

q Aprendizagem como representação/impressão da essênciado objeto na mente do sujeito (reprodução passiva do obje-to cognoscível).

q Conhecimento derivado da observação cuidadosa e sem pre-conceito dos fatos.

q Confiança nos órgãos dos sentidos como fornecedores deexperiências perceptivas idênticas para os diversos sujeitos.

SUJEITO OBJETOCOGNOSCENTE COGNOSCÍVEL

b) Concepção racionalista (Sócrates- 470-399 a.C.; Platão – 427-347a.C.; Santo Agostinho – 354-430; René Descartes – 1596-1650):

q Razão como único meio para se alcançar o conhecimentoseguro, pois nada nos garante que as evidências fornecidaspor nossos sentidos sejam confiáveis.

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A construção do conhecimento

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q O homem visto como a medida de todas as coisas.

SUJEITO OBJETOCOGNOSCENTE COGNOSCÍVEL

c) Concepção idealista (Immanuel Kant – 1724-1804):

q Superação do impasse entre empiristas e racionalistas porconsiderar a razão e os sentidos muito importantes para anossa experiência no mundo.

q Razão e percepção co-determinam nossa concepção de mun-do.

q O homem jamais será capaz de chegar a um conhecimentoseguro sobre as coisas. A coisa em si não pode ser conhecidadiretamente pelo sujeito.

q O material para o nosso conhecimento nos é dado atravésdos sentidos, mas esse material se adapta às característicasda nossa razão.

q A racionalidade humana impõe à realidade formas a priori,construindo o objeto do conhecimento. Possuímos premis-sas em nossa razão que deixam suas marcas em todas as nos-sas experiências (exemplo: noções de causalidade, de espaçoe de tempo).

SUJEITO OBJETOCOGNOSCENTE COGNOSCÍVEL

d) Concepcão fundada no materialismo dialético (Marx – 1818-1883; Engels – 1820-1895; Gramsci – 1891-1937; Marcuse – 1898-1978; Adorno – 1903-1969):

q A historicidade constitui o elemento mais importante paraa legitimação do conhecimento científico, uma vez que não

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é possível estabelecer padrões de racionalidade independen-tes do mundo prático, onde o conhecimento é produzido.

q Relação dialética entre homem e natureza: quando o ho-mem altera a natureza, ele também se altera.

q A razão é dinâmica; não há critérios atemporais sobre o queo homem pode conhecer sobre o mundo.

q As bases do conhecimento mudam de geração em geração,de forma que um pensamento não pode ser separado de seucontexto histórico.

q Sujeitos e objetos interagem, constituindo-se mutuamentena construção do conhecimento, considerada como ativida-de de apropriação, transformadora do sujeito e do objeto.

q A percepção é ativa e seletiva, sendo as impressões sensori-ais organizadas pelo sujeito.

q Conhecimento e linguagem como produções histórico-cul-turais resultantes de um consenso, de um acordo intersubje-tivo.

PRÁTICA SOCIAL

SUJEITO OBJETOCOGNOSCENTE COGNOSCÍVEL

O ser humano tende a considerar como real e natural o mundo àsua volta. Entretanto, quanto à percepção e significação do mundo, nãohá critérios absolutos que nos permitam ter acesso ao que a realidade éem si mesma pois sempre olhamos o mundo a partir de uma racionalidadedeterminada pela nossa prática social, ou seja, pelas condições de vidaem sociedade (Ilustração 1). Dessa forma, o que chamamos de realidadecorresponde a todo um universo de realidades fabricadas. (BLIKSTEIN,1990).

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A construção do conhecimento

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1.5 A comunicação e o conhecimento científico

O conhecimento que se constrói de alguma coisa, a produção doconhecimento como resultado do esforço pessoal do pesquisador, tende,naturalmente, a se expressar. Conforme lembram Luckesi et al. (1991,p.164-165), sobre a expressão do conhecimento:

[...] este fenômeno acontece desde as coisas e situações mais simplesaté as mais complexas. A criança que aprende a contar, a brincar,a falar, a beijar, sente necessidade de demonstrar isto a alguém. Écomo se dissesse: meu mundo se ampliou com novas experiências epreciso comunicar isto que aconteceu. O recém-doutorado, egres-so de uma defesa de tese, busca publicar as conclusões a que chegouna sua árdua tarefa. Seu mundo, igualmente, se ampliou e estaampliação precisa ser comunicada.

No âmbito da universidade, na comunicação dos escritos científi-cos, privilegia-se a expressão escrita, pelas razões, entre outras, registradaspor Luckesi et al. (1991, p. 164-165):

a) a palavra escrita, sobrepondo-se aos sons, cores, emoções, sím-bolos e imagens, pode ter a vantagem específica de, no campo dacomunicação científica, prestar-se a falar mais à racionalidadeque à emotividade;

b) pode a escrita prestar-se a uma comunicação que se pretendamais objetiva e lógica;

c) pode, finalmente, prestar-se a uma análise que tenda a ser maisfria e isenta por parte de quem se proponha a fazer críticas aocomunicado.

Também Garvey (1979), um autor clássico na área de sociologia daciência, citado por Silva (2000, p.13), incluiu no processo de comunica-ção científica as “atividades associadas com a produção, disseminação euso da informação, desde a hora em que o cientista teve a idéia da pes-quisa até o momento em que os resultados do seu trabalho são aceitoscomo parte integrante do conhecimento científico”. Isto, seja através docanal informal de comunicação (contatos pessoais, conversas telefôni-cas, correspondências e outras modalidades de comunicados) ou do “ca-nal formal do sistema de comunicação científica, representado pela in-

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A construção do conhecimento

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formação publicada em forma de artigos de periódicos, livros, comuni-cações escritas em encontros científicos, etc.”.

Nos passos iniciais do processo de produção científica é que se embasaqualquer projeto de investigação, especificamente, na pesquisa biblio-gráfica.

1.5.1 O ato de ler

Na definição do termo leitura, vários significados são registrados.Como verbete no dicionário:

“Ação de ler: sua leitura é perfeita. Ação de tomar conhecimento:acabar a leitura de uma carta. Arte de ler: ensinar leitura aos meninos.”(KOOGAN-LAROUSSE, 1978, v. 1, p. 505).

“O ato de ler é um exercício de convivialidade. Uma arte – comsuas técnicas específicas – de compartilhar significados construídosa partir da leitura. Uma estratégia de aproximação com a vida.”(BAJARD, 1994, p. 5).

“Para se ler um texto escrito é preciso, antes de tudo, saber deci-frar o que está escrito.” (ROJO, 1998, p. 62).

Para que possamos tomar conhecimento e usufruir da riqueza his-tórica construída e transmitida pelos homens de todos os tempos, emtermos de conhecimento, é fundamental e imprescindível a prática daleitura. Porém, o que se entende por leitura? Vejamos a resposta deLuckesi et al. (1991, p.121-125):

Leitura é o exercício constante, reflexivo e crítico da capacidadeque nos é inerente de ouvir e entender o que nos diz a realidade quenos cerca e da qual também somos parte integrante. É o exercícioda captação, através dos mais variados símbolos, sinais e manifes-tações, da informação, conteúdo e mensagem que os outros nostransmitem sobre a realidade, tanto nossa quanto deles. É o exer-cício do intercâmbio entre as informações recebidas. É o exercícioda capacidade de formar nossa própria visão e explicação sobre os

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O trabalho de conclusão de curso: planejamento, execução e redação da monografia

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problemas que enfrentamos e que se constituem, para nós, emconstante provocação no sentido de lhes oferecer respostas e solu-ções adequadas.

Esse é o sentido de leitura ao qual associamos a conhecida expres-são “leitura de mundo”, cunhada, com muita felicidade, por Paulo Freire.A leitura do mundo é o entendimento da realidade que nos circunda, éo sentido que atribuímos às nossas experiências, às nossas relações comos outros seres humanos e com o mundo.

Essa leitura é fundamental para o entendimento da leitura da pala-vra escrita. Nas suas considerações posteriores sobre a leitura, questio-nam aqueles autores: “Haveremos, no entanto, de nos perguntar: e aleitura da palavra escrita, qual o seu lugar, o seu significado?”. Em res-posta à questão, afirmam:

É evidente que a leitura da escrita tem um lugar e um papel impres-cindíveis na história e na vida dos seres humanos. Isso não significadizer, contudo, que essa seja a leitura primeira e mais fundamen-tal.. Sendo instrumento, a leitura escrita não se justifica por simesma e não possui, de si e para si, sentido pleno. Terá sentido,exclusivamente, na medida em que oriente para um conhecimentomais profundo do mundo.

1.6 A expressão do conhecimento

Corresponde ao momento da elaboração e explicitação da síntese,sempre provisória, do conhecimento, o qual envolve a sistematização,consolidação e aplicação, do conhecimento construído, à prática social.

A expressão do conhecimento, além de propiciar sua socialização,permite que o pesquisador se situe em relação ao per(curso) de constru-ção desse mesmo conhecimento. Envolve deixar de lado o acessório e ocontingente, com vistas à elaboração de interpretações simplificadorasdos fenômenos.

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A construção do conhecimento

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Reiterando colocações anteriores, vimos o conhecimento como “umprocesso pelo qual cada um de nós se apropria da realidade”. Em relação àforma pela qual se expressa a nossa comunicação, convém observar:a) quanto à palavra, “esta de nada vale senão enquanto tem, no seu bojo,

dentro de si a realidade à qual se chegou, através do conhecer”; e,b) quanto à comunicação, esta “necessita de algumas qualidades instru-

mentais como o rigor, a coerência, a logicidade, a clareza, para quemelhor se comuniquem os resultados, a visão de mundo a que sechegou”, através das nossas pesquisas na busca do conhecimento.(LUCKESI et al., 1991, p.165).

Além disso, sua mensagem deverá provocar o interesse do recep-tor. O código utilizado será, muito provavelmente, a língua portuguesa,podendo ser qualquer uma outra, inglesa, japonesa, russa, etc., a depen-der do seu receptor.

Produzir um texto escrito, portanto, é promover um ato de comu-nicação. Ao realizá-lo, deve-se levar em conta todos os elementos envol-vidos: o papel do emissor (logo, de elaborador da mensagem); as caracte-rísticas do receptor (importantes para definir a elaboração da mensa-gem), o conhecimento do referente, a capacidade de elaborar a mensa-gem, o domínio da língua e das condições que possam garantir o bomfuncionamento do canal comunicativo.

De um modo geral, a linguagem cuidada emprega um vocabuláriomais preciso, mais raro e uma sintaxe mais elaborada que a da lingua-gem comum. A língua escrita é, geralmente, mais cuidada do que a lín-gua falada; vê-se, com efeito, que se trata de uma outra língua.

É aqui, então, que se coloca a importância da situação em que sedesenvolve o discurso: papel dos interlocutores, tipo de relacionamentoque existe entre eles, situação social e circunstancial. Assim, a normalingüística varia de acordo com a situação (o emprego de uma lingua-gem oratória numa conversação informal poderá ser considerado “pre-cioso” ou “pedante”; o emprego de uma linguagem familiar numa situa-ção de formalidade poderá ser considerado grosseiro). Nesse plano bas-

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O trabalho de conclusão de curso: planejamento, execução e redação da monografia

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tante prático, que é o da comunicação, pode-se dizer que o nível da lin-guagem deve se adaptar à situação, seja em um texto poético, em umacomunicação informal, em um texto formal ou científico. A situaçãocomunicativa se definirá por seus traços distintivos, o que implica:

Ø uma avaliação precisa da situação e dos elementos lingüísticoscorrespondentes;

Ø aquisição e aprendizagem de tais elementos.

Quanto ao significado da mensagem, reconhece-se a dificuldade dedefinir e de comunicar o sentido de uma palavra, pois esse sentido de-pende freqüentemente de fatores pessoais e sua transmissão pode neces-sitar de outras palavras (sinônimos ou definições) que, por sua vez, têmsentidos diferentes de pessoa para pessoa.

A comunicação pressupõe que os indivíduos têm um repertório depalavras em comum e compreendem tais palavras do mesmo modo. Acompreensão só pode ocorrer na medida em que uma palavra apresen-ta para vários indivíduos um certo grau de uniformidade de sentido,fixado pelo uso da língua. Definir uma palavra, portanto, consiste emfazer este acordo e a isto se aplicam os dicionários. Quanto à significaçãodas formas e palavras de uma língua, levam-se em conta a polissemia, ahomonímia, a sinonímia, a antonímia, os campos semânticos em que aspalavras se associam, se correlacionam ou se opõem; a expressividade; ainfluência da denotação e da conotação e, ainda, as possibilidades dasignificação figurada ou figuras de palavras: metáfora, metonímia, pará-frase, entre outras.

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O projeto de pesquisa

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2 O PROJETO DE PESQUISA

m projeto de pesquisa é, basicamente, um plano mais ou menosdetalhado das ações que se pretende desenvolver num trabalho de

investigação científica, bem como as razões pelas quais optou-se por aqueletema e os objetivos pretendidos. Trata-se de um documento que permi-te a avaliação de seu conteúdo pela comunidade científica com vistas asua aprovação e possível financiamento.

De acordo com Silva (2000, p. 85), o projeto deve buscar respostaspara as questões:

O que será pesquisado?

Por que se deseja fazer a pesquisa?

Para que se deseja fazer a pesquisa?

Como será realizada a pesquisa?

Quais recursos são necessários para a execução do projeto?

Quanto tempo vai se levar para executá-lo?

O projeto de pesquisa deve demonstrar a importância social dotrabalho que vai ser empreendido, a relevância e a inserção do conheci-mento na sociedade local e no mundo. É fundamental, então, a escolhado tema, o qual, embora não seja necessariamente um tema1 novo, devemotivar a contribuição pessoal do autor na compreensão e abordagemdo assunto.

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1Salomon (1999, p. 271-279) apresenta orientações e critérios para a escolha do tema pelopesquisador iniciante, os quais podem contribuir para que tal escolha ocorra de forma coerentecom suas inclinações, capacidade, aptidões, interesses e de acordo com as exigências acadêmi-cas e metodológicas inerentes ao próprio assunto.

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O trabalho de conclusão de curso: planejamento, execução e redação da monografia

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2.1 Estrutura do projeto de pesquisa

A estrutura geral do projeto de pesquisa envolve os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.

2.1.1 Elementos pré-textuais

Antecedendo a parte redacional do projeto de pesquisa, os elemen-tos pré-textuais são de inclusão obrigatória, devidamente padronizados.

a) Capa

Na forma da NBR 14724 (ABNT, 2002c), a capa deve conter infor-mações para a identificação do trabalho, tais como:

a) nome da instituição (opcional); b) nome do autor (no altoda folha e centralizado); c) título e, se houver, subtítulo2 (no meio dafolha e centralizados); d) nome da cidade e ano. (APÊNDICE A e ANE-XO A).

b) Folha de rosto

Neste espaço, as informações são dispostas conforme amostras noAPÊNDICE B e no ANEXO B. Abaixo do título e deslocado para adireita, insere-se texto informativo explicitando a natureza do trabalhoacadêmico (anteprojeto ou projeto de pesquisa).

c) Sumário

Na forma recomendada pela NBR 6027 (ABNT, 1989b), o sumá-rio contém a indicação das divisões ou seções do documento, na mesmaordem em que aparecem no texto, com o mesmo tipo de impressão dostítulos e subtítulos, seguidos pelo número da página em que se iniciam.

2Para esclarecimentos quanto à forma de colocação de títulos e subtítulos ver Andrade (1997).

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O projeto de pesquisa

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2.1.2 Elementos textuais

Na descrição do projeto, nos chamados componentes textuais, in-cluem-se a parte introdutória, justificativa, objetivos, problematização,formulação de hipóteses, pesquisa bibliográfica preliminar sobre o tema,com indicação do marco teórico de referência, metodologia propostapara apuração de resultados, recursos necessários e a indicação da biblio-grafia de base.

a) Introdução

Apresentando o tema ou objeto de estudo delimitado, a introdu-ção deve fornecer uma visão geral do trabalho que se pretende realizar.Inclui uma revisão preliminar de literatura, na qual se registram traba-lhos de pesquisa sobre o mesmo tema ou sobre temas relacionados, apre-sentando, de forma sucinta:

• nível de contribuição dos autores pesquisados para a delimita-ção e compreensão do tema; e,

• lacunas ou inconsistências no conhecimento existente em rela-ção ao tema do estudo.

A partir desta revisão, o aluno-pesquisador deve indicar que linhasteóricas e quais autores ele adotará para fundamentação do seu traba-lho. A escolha do tema deve implicar o envolvimento de uma ou maisdisciplinas, com a sua literatura específica em livros, artigos e outraspublicações científicas da área.

Para o pesquisador é importante a organização das idéias, sua orde-nação e, sobretudo, a restrição ou delimitação do assunto sobre o qual sevai estudar, a fim de que, tornando-o menos genérico, se possa controlá-lo com mais facilidade.

Tomando-se como exemplo amostra apresentada por Soares (1978,p. 47), que estabelece como assunto “A cidade do Salvador”, poder-se-iadelimitar seu estudo sob vários temas ou enfoques:

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O trabalho de conclusão de curso: planejamento, execução e redação da monografia

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Temas Delimitação

Parques de Salvador O Parque da Cidade, do Abaeté eo de São Bartolomeu

A história da cidade do Salvador a) A história da cidade

b) A população de Salvador

Também em referência ao tema e às diversas abordagens paradesenvolvê-lo, exemplifica Salomon (1999, p. 281-83):

O tema “Fetichismo Sexual” pode ser abordado, tendo como qua-dro teórico de referência a bibliografia direcionada para uma cor-rente específica da psiquiatria, da psicologia clínica, da sexologia,da sociologia, da antropologia e/ou da psicologia social.

b) Justificativa

Nesta parte do estudo são apresentadas as razões teóricas e/ou prá-ticas que justificam o trabalho de investigação proposto, evidenciam suarelevância e o legitimam como empreendimento científico. Devem serconsiderados os objetivos da instituição e os benefícios que os resultadosda pesquisa irão alcançar.

c) Formulação do problema

As indagações sobre o tema (problematização) devem ser claras,logicamente bem elaboradas, susceptíveis de investigação e solução, deli-mitando-se o seu conjunto de maneira compatível com os meios dispo-níveis para a investigação. A formulação do problema pode ser feita soba forma interrogativa.

Exemplificando, o tema “Fetichismo sexual” pode conter questõescomo:

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O projeto de pesquisa

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• Que é fetichismo?• Que é fetichismo sexual?• Quais os tipos de fetichismo sexual?• Por que certas pessoas têm fixação por pés?• A prática de fetichismo sexual é mais freqüente entre os ho-

mens ou entre as mulheres?• A prática de fetichismo sexual é mais freqüente entre os adoles-

centes ou entre os adultos?• A prática de fetichismo sexual é mais freqüente entre pessoas

casadas ou entre pessoas solteiras?• O fetichismo sexual pode ser tido como uma neurose?• Que transformações as novidades tecnológicas têm introduzido

nas práticas fetichistas?• As práticas do fetichismo sexual são diferenciadas nas diferentes

culturas?• Na comunidade X, quais são os tipos de fetichismo sexual utiliza-

dos?• Na comunidade X, a prática de fetichismo sexual é mais fre-

qüente entre os homens ou entre as mulheres? Entre os adoles-centes ou entre os adultos?

• Será que o advento da AIDS levou ao aumento do índice daprática do fetichismo sexual? (adaptado de SALOMON, 1999,p. 281-283).

Para a formulação do problema, efetua-se o emprego de conceitos e autilização de um marco teórico ou fundamentação de referência dentro daárea de conhecimento do pesquisador. Estes conceitos devem ser acompanha-dos de definições claras e precisas, respaldadas por uma revisão de literatura.

d) Hipóteses e variáveis

O vocábulo hipótese, pela sua origem etimológica, hipo (posição infe-rior) + thesis (proposição), vem a significar “uma proposição que se faz acercade uma coisa possível ou não e de que se tira uma conseqüência; teoriapossível, se bem que não demonstrada ainda”, conforme se registra no Dicio-

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O trabalho de conclusão de curso: planejamento, execução e redação da monografia

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nário de Koogan-Larousse (1978, v. 1, p. 40). É uma definição vaga, razãopela qual procuramos esclarecimentos em outros autores.

Para Martins (2002, p. 41), a hipótese é “um enunciado conjeturaldas relações entre duas ou mais variáveis; suposição idealizada na tenta-tiva de antecipar respostas ao problema de pesquisa”. Por sua vez, Gil(2002, p. 31) define a hipótese como “uma proposição testável que podevir a ser a solução do problema”.

Numa pesquisa qualitativa, a hipótese “quanto maior a motivação,melhor o desempenho” poderia ser estudada em vários contextos, se-jam eles educacionais ou empresariais.

Para Triviños (1987, p.105), a hipótese relativa aos fatos pode defi-nir-se como uma referência não confirmada. Surgindo a hipótese após aformulação do problema, o pesquisador pode vislumbrar soluções plau-síveis. Assim, a hipótese científica deve ser formalmente correta e signi-ficativa, servindo de suporte aceitável para uma possível solução do pro-blema. Também para esse autor, as pesquisas exploratórias ou descriti-vas podem prescindir da formulação de hipóteses, assumindo a formade assertivas para testagem ou a condição de meras suposições (pressu-postos) da investigação. Já na pesquisa quantitativa é mais importantena hipótese a possibilidade de verificação empírica.

Assim, “formulado o problema, o método pede que o pesquisadorenuncie as hipóteses, como tentativas de solução para posterior aceita-ção ou rejeição”, visto que, “na condição de supostos da investigação, ashipóteses são marcas diretivas de caráter geral, sem que possam prever,necessariamente, resultados”. (TRIVIÑOS, 1987, p. 105).

Segundo Rudio (2001, p. 15), “a afirmação ou hipótese, sendoverificada na realidade empírica e apresentando concordância, logo, écomprovada e pode ser aceita; caso contrário, a hipótese foi rejeitada”.

Para se chegar a uma hipótese, explica Gil (2002, p. 35), a qualida-de requerida do pesquisador é a experiência na área. As hipóteses po-dem surgir de diversas fontes, entre as quais podem ser lembradas: aobservação, os resultados de outras pesquisas, estudo de teorias.

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O projeto de pesquisa

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As hipóteses têm como objetivos: a) descrever determinado fenô-meno ou as características de um grupo, caso em que não são enuncia-das formalmente, mas indicadas nos objetivos; b) verificar relações deassociação ou dependência entre variáveis, quando o enunciado claro epreciso das hipóteses é requisito fundamental.

Em relação às variáveis, estas podem ser conceituadas como algo quemuda, que varia, sendo “medida” na pesquisa quantitativa e “descrita” napesquisa qualitativa. As variáveis são importantes para definir rumos e con-teúdos de uma pesquisa. Sendo características observáveis, conforme regis-tra Triviños (1987, p. 107), as variáveis podem apresentar diferentes valo-res, como por exemplo: idade (cinco, dez, oito anos, etc.); estatura (1,75 m;1,87 m; 2,00 m); religião (catolicismo, islamismo, protestantismo).

Quanto à tipologia, as variáveis podem ser independentes e dependen-tes. As variáveis independentes são as variáveis explicativas. Numa relaçãocausal, atuam sobre as variáveis dependentes, sofrendo, estas, os efeitos da-quelas. As variáveis dependentes são, portanto, aquelas em que os resulta-dos de determinada causa ou tratamento são descritos ou medidos.

É possível que uma variável seja independente em um estudo edependente em outro, de acordo com o propósito da investigação. Umexemplo trazido por Triviños (1987, p. 108) estabelece a “fadiga” nasseguintes posições de análise:

Variável independente Variável dependente

Fadiga (causa,origem) Acidentes de trânsito

Natureza do trabalho Fadiga produzida pelo ritmode trabalho (efeito, resultado)

As variáveis, como as hipóteses, constituem-se por conceitos quedevem ser esclarecidos de forma precisa, evitando-se ambigüidades eabstrações. Para a operacionalização das variáveis, deve-se dar-lhes umsentido prático. Por exemplo, “a variável idade, numa dimensão absolu-

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ta, geral, (tempo de vida de uma pessoa, objeto) não é fácil de concreti-zar, mas ao operacionalizar o vocábulo idade, esta variável pode ter a suadimensão prática capaz de ser mensurada; no caso “classificar os sujeitosda pesquisa em faixas etárias: Ex: 18-25 anos; 26-35 anos; 36 e mais anosde idade”. (TRIVIÑOS, 1987, p. 108).

e) Objetivos

Deve-se considerar que delimitar o assunto, por si só, não garante adireção que se deve tomar para desenvolver o tema; assim, é a fixaçãodo(s) objetivo(s) que orienta o que se vai escrever, “passando a ser umcritério para a devida seleção e ordenação das idéias e um controle dopensamento, que deve manter-se dentro dos limites da linha escolhida.(SOARES, 1978, p. 57).

Em exemplo também ilustrado por Soares (p. 60), pode-se observaro assunto, a delimitação do assunto (tema) e o(s) objetivo(s):

AssuntoDelimitação do

Objetivo(s)assunto (Tema)

Apontar as vantagensEsportes A prática de esportes da prática de esporte

Meios de comuni- Comparar vantagens e desvantagenscação de massa O rádio e a televisão do rádio e da TV para o povo

Imprensa Papel da imprensa no Mostrar a responsabilidademundo de hoje da imprensa no mundo de hoje

Também para Silva e Menezes (2000, p. 31),

Os objetivos informarão para que o pesquisador está propondo apesquisa, isto é, quais os resultados a que pretende alcançar ouqual a contribuição que sua pesquisa irá, efetivamente, proporcio-nar. Assim, os enunciados dos objetivos devem começar com umverbo no infinitivo e este verbo deve indicar uma ação passível demensuração.

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O projeto de pesquisa

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A depender da natureza da pesquisa, podem esses propósitos serdistribuídos em objetivos gerais e específicos e devem explicitar o que sepretende alcançar com o desenvolvimento da pesquisa. Os objetivosfuncionam como rota da investigação.

f) Metodologia

A seção dedicada à metodologia deve contemplar os itens: delinea-mento da pesquisa, contexto e participantes, instrumentos de coleta dedados e procedimentos para organização e análise dos dados coletados.

• Delineamento da pesquisa

Insere-se neste item a indicação da abordagem metodológica que sepretende utilizar, fazendo-se referência às fontes bibliográficas, documen-tais e/ou eletrônicas que contenham a descrição daquela abordagem eexplicitando-se as formas de aplicação no projeto de pesquisa.

É importante fazer aqui uma breve exposição dos vários tipos depesquisa que podem ser empreendidos. O conhecimento dessa tipologiaé fundamental não somente para a compreensão do alcance da aborda-gem do problema que o tipo de pesquisa vai proporcionar, como, tam-bém, para possibilitar a seleção dos mais adequados processos e técnicasde investigação e instrumentos a serem utilizados na coleta de dados.

De acordo com Gil (1996, p. 48), em função dos procedimentos técni-cos utilizados, as pesquisas podem ser classificadas em pesquisas bibliográfi-cas e documentais e, ainda, em outras modalidades bastante comuns à áreade Ciências Sociais “cujos dados são fornecidos por pessoas”, tais como: apesquisa experimental, o levantamento (survey), o estudo de caso, a pesqui-sa-ação e a pesquisa participante. Ainda segundo esse autor, este quadro nãopode ser tomado com muito rigor, posto que há pesquisas cujos constituin-tes não se enquadram facilmente numa única abordagem metodológica.

Esclareça-se que há muitos autores, além daqueles elencados nasreferências registradas no final desta obra, que abordam a tipologia de

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pesquisa e sua caracterização. Para um primeiro contato com este assun-to, registram-se, a seguir, alguns dos traços mais importantes desses tiposde pesquisa, a partir da descrição dada por Gil (1996), já referida.

– A pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental

Aparentemente semelhantes, as pesquisas bibliográfica e documentaldiferem entre si quanto “à natureza das fontes” de que se servem. Apesquisa bibliográfica desenvolve-se a partir de material já elaborado,constituído sobretudo de livros, artigos científicos e matérias veiculadasem jornais, revistas ou publicações de cunho acadêmico, científico ou daárea profissional do pesquisador.

A pesquisa documental, por sua vez, usa como fontes de informaçãomaterial diversificado, incluindo “documentos de primeira mão”, que nãoreceberam tratamento analítico, conservados em arquivos de órgãos públicose particulares, tais como: cartas, diários, fotografias, gravações, memorandos,ofícios, boletins, bem como documentos de “segunda mão” já analisados dealguma maneira, como relatórios de pesquisa de empresas, tabelas ou gráficosque contenham informações estatísticas, entre outros. (GIL, 1996).

Deve-se observar que a pesquisa bibliográfica é sempre, ou quasesempre, exigida, em maior ou menor grau, em todos os níveis de estu-do, caso em que se configura como tendo papel auxiliar. Sendo de natu-reza propriamente bibliográfica, a pesquisa é feita exclusivamente a par-tir de fontes bibliográficas.

Alguns cuidados devem ser tomados quando se fazem pesquisasbibliográficas e documentais: examinar com atenção as fontes secun-dárias de modo a evitar o trabalho com textos comprometedores, istoé, aqueles em que os dados são coletados de forma equivocada (GIL,1996, p. 50); estar ciente de que as fontes podem ser pouco representati-vas do universo estudado e, ainda, a natureza subjetiva dos textos anali-sados, no caso da pesquisa documental.

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– A pesquisa experimental

Gil (1996, p. 53) considera ser o experimento “de modo geral, omelhor exemplo de pesquisa científica”. Consiste em determinar umobjeto de estudo, selecionar variáveis ou indicadores capazes de influen-ciar esse objeto, definindo-se as formas de controle e de observação dosefeitos que a variável nele produz. Suponha-se o estudo de um fenôme-no qualquer X. Em condições não-experimentais, este fenômeno apre-senta-se perante os fatores A, B, C, D. Numa situação de experimento,deve-se controlar cada um destes fatores, anulando sua influência, paraobservar o que ocorre com os restantes.

Em termos de pesquisa na área social, evidentemente, esse contro-le e a mensuração das variáveis, pela sua peculiaridade, exigem esforçointenso do pesquisador. A pesquisa experimental, embora seja encon-trada na áreas da Psicologia e da Sociologia, é mais aplicada nas áreas doconhecimento das ciências naturais.

São características das modalidades da pesquisa experimental: a) amedição dos resultados da experimentação feita apenas depois do tem-po previsto; b) a medição das características dos grupos feita antes e de-pois do experimento, conforme descritos a seguir.

a) Experimentos apenas depois: são constituídos dois grupos de es-tudo denominados “grupo experimental” e “grupo de contro-le”, os quais devem apresentar certa homogeneidade em sua con-figuração. Aplica-se um estímulo apenas ao grupo experimental,procedendo-se depois à medição das características dos dois gru-pos, do que se pode inferir que toda variação significativa serádecorrente do estímulo aplicado.

b) Experimentos antes e depois, aplicados a um único grupo ourealizados com dois grupos, cujos participantes, em ambos oscasos, são medidos antes e depois do experimento. No caso dedois grupos, a um deles é aplicado o estímulo, para medição pos-terior das suas características. Este grupo é chamado de experi-

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mental. Estes experimentos são considerados por alguns autorescomo “rigidamente experimentais”.

– A pesquisa ex-post-facto

Também segundo Gil (1996), tem-se aqui um experimento depoisdos fatos. “Neste tipo de pesquisa são tomadas como experimentais situa-ções que se desenvolvem naturalmente e trabalha-se sobre elas como seestivessem submetidas a controle”. (p. 55). É dada como exemplo a situa-ção: considere-se a existência de duas cidades de mesmo tamanho, mes-mo tempo de fundação e traços socioculturais e econômicos semelhan-tes. Numa delas, instala-se uma fábrica. O que se faz, então, é atribuí-rem-se à presença da fábrica as modificações observadas, considerandoser este o único fato relevante acontecido.

Na pesquisa ex-post-facto, os fatos são espontâneos, acontecem na-turalmente. “As ciências sociais valem-se muito deste tipo de pesquisa”,explica aquele autor (1996, p. 55), dado o seu poder explicativo dos fenô-menos que envolvem a sociedade.

– O levantamento (survey)

Caracteriza-se este tipo de pesquisa pela interrogação direta daspessoas, procurando-se colher informações sobre um determinado com-portamento que se deseja conhecer, as quais devem ser dadas por umgrupo significativo de informantes. Em seguida, analisam-se os dados àluz do critério quantitativo. Os censos são formas de pesquisa via levanta-mento, mas o mais comum é o trabalho por amostragem: examina-seuma amostra significativa do universo objeto de investigação, aplican-do-se uma entrevista estruturada (questionário padrão), entrevista semi-estruturada e/ou entrevista livre.

O levantamento permite o conhecimento direto do objeto de estu-do ou de pesquisa; é rápido e econômico, possibilitando trabalhar gran-des realidades. É excelente para pesquisa de opinião, de idéias, de mer-

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cado, etc. Por outro lado, oferece pouca profundidade no estudo dosprocessos sociais e proporciona uma visão estática da realidade, sem in-dicar as tendências e as possibilidades de mudanças no universo estuda-do.

– O estudo de caso

Segundo Becker (1999, p. 117), o estudo de caso, na tradição damedicina e da psicologia, de onde se origina, “é uma análise detalhadade um caso individual que explica a dinâmica e a patologia de uma doen-ça”. Para Gil (1996, p. 58), caracteriza-se o estudo de caso como “umestudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneiraque permita o seu amplo e detalhado conhecimento”.

Este tipo de pesquisa é muito utilizado nos estudos exploratórios,nas fases iniciais de uma investigação sobre temas complexos – para aconstrução de hipóteses ou formulação do problema.

Pelo estudo de caso, supõe-se que se pode conhecer muito de umfenômeno, a partir da análise aprofundada e intensa de um único caso,conforme ensina Goldemberg (1977, p. 33), ao explicar que são vanta-gens do estudo de caso: o estímulo a novas descobertas – ao longo do traba-lho o pesquisador pode ter seu interesse despertado por outros aspectosque não havia previsto; a ênfase na totalidade – o pesquisador volta-separa a multiplicidade de dimensões de um problema, focalizando-o comoum todo; e a simplicidade dos procedimentos.

O pesquisador, ao operacionalizar um estudo de caso, deve atentarpara o seu próprio objeto de investigação – o seu caso – observando se asua “unidade de investigação” não se desvia dos padrões normais emque essa unidade deva estar inserida, caso em que os resultados podemficar comprometidos.

O estudo de caso é uma modalidade de pesquisa qualitativa muito fre-qüente nas Ciências Sociais. É entendida como uma análise holística porque“considera a unidade social como um todo, seja um indivíduo, uma família,

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uma instituição ou uma comunidade, com o objetivo de compreendê-losem seus próprios termos”. (GOLDEMBERG, 1997, p. 33).

Pensado comumente como uma metodologia de natureza descriti-va, para alguns autores, o estudo de caso pode ter forte alcance analíti-co, interrogando a situação, confrontando com os conhecimentos/teo-rias existentes. Para Bourdieu, segundo Goldemberg (1997, p. 35), essetipo de interrogação/pesquisa permite buscar propriedades gerais,invariantes, escondidas sob a capa das singularidades daquele objeto queestá sendo visto, estudado. Busca-se, dessa forma, encontrar o universala partir da abordagem de um ou de alguns casos.

Segundo Pontes (1991), o estudo de caso, então, pode ser exploratório– serve para obter informação preliminar sobre a unidade de estudo;pode ser descritivo, com o objetivo específico de dizer simplesmente comoé o caso em apreço; e analítico, quando certamente realiza melhor oideal científico de obtenção de saber, proporcionando um avanço doconhecimento mais significativo.

Goetz e LeCompte (1984), apud Pontes (1991), sugerem alguns crité-rios de qualidade a serem levados em consideração na avaliação de estu-dos de caso do tipo interpretativo: a)adequação; b)clareza; c)caráter comple-to; d)credibilidade; e)significância; f)criatividade; g)caráter único.

Esse leque de opções de operacionalização do estudo de caso permi-te, acredita-se, eleger essa metodologia como uma boa forma de iniciarum percurso de desenvolvimento do processo de pesquisa.

– A história de vida

A história de vida não é uma autobiografia convencional, mesmo com-partilhando com ela sua forma narrativa, seu ponto de vista na primeirapessoa e sua postura subjetiva, é o que afirma Becker (1999, p. 102). Com-parada às formas de autobiografia, de ficção, a história de vida é mais real,mais ligada às propostas do pesquisado do que às do autor da história eprocura mostrar

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um relato fiel de experiência e interpretação por parte do sujeitono mundo em que ele vive. O sociólogo que conta uma história devida cumpre etapas, para garantir que ela abranja tudo o que opesquisador quer conhecer, que nenhum fato ou acontecimentoimportante seja desconsiderado [...].

A perspectiva da história de vida difere de outras abordagensmetodológicas “[...] porque atribui importância maior às interpretaçõesque as pessoas fazem de sua própria experiência como explicação para ocomportamento”. (BECKER, 1999, p. 103).

Há inúmeros registros de pesquisas envolvendo histórias de vida,valendo destacar, como exemplo, o trabalho Decifra-me ou devoro-te: his-tória oral de vida dos meninos de rua de Salvador, de autoria de IaraDulce Bandeira de Ataíde, publicado em 1993, no qual a autora comen-ta aspectos dos procedimentos utilizados na sua pesquisa sociológica.

– Pesquisa-ação e pesquisa ou observação participante

Segundo Gil (1996, p. 60), a pesquisa participante e a pesquisa-açãocaracterizam-se “pela interação entre pesquisador e membros das situaçõesinvestigadas [...] Mas a pesquisa-ação supõe uma forma de ação planejada,uma inserção e uma ação na realidade pesquisada”. Para alguns autores,segundo Gil (1996), a pesquisa-ação não é tida, em certos meios, como ver-dadeira ciência, posto ser considerada desprovida de objetividade.

Esclarece Becker (1999, p. 47) que, na pesquisa ou observação partici-pante, o pesquisador

observa as pessoas que está estudando para ver as situações comque se deparam normalmente e como se comportam diante delas.Entabula conversação com alguns ou com todos os participantesdesta situação e descobre interpretações que eles têm sobre os acon-tecimentos que observou.

A sociologia utiliza-se deste método para compreender uma organi-zação específica “em vez de demonstrar relação entre variáveis abstrata-mente definidas” (BECKER, p. 48). O pouco conhecimento da organi-

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zação não permite identificar problema e hipóteses relevantes e isso levao pesquisador a praticar a observação participante: é no processo dessaparticipação que as hipóteses se evidenciarão.

É importante observar, porém, que se pode partir para a pesquisaparticipante com a finalidade de testar uma hipótese estabelecida ante-riormente. Essa hipótese pode ser confirmada ou não, mas, certamen-te, muitos caminhos se abrirão para o pesquisador, diante da variedadee da riqueza do material que tem em mãos.

As ciências humanas, além da sociologia, trabalham com a obser-vação participante. A lingüística – a ciência da lingua(gem) – com desta-que especial para a sociolingüística, uma de suas áreas que lida com ainterface linguagem e sociedade, utiliza-se bastante dos procedimentosda pesquisa participante, com a presença do pesquisador no meiosociolingüístico que está sendo observado.

Toda esta abordagem sobre tipos de pesquisa, evidentemente, nãoabarca o universo de uma tipologia de investigação científica. Por issomesmo, é conveniente consultar material bibliográfico específico para oaprofundamento das questões sobre o assunto.

Assim, leve-se em conta que a seleção de uma metodologia especí-fica e a adoção de adequados processos e técnicas de coleta e análise dedados vão depender do tipo de pesquisa que vai ser empreendida.

• Contexto e participantes

A descrição destes elementos envolve a delimitação e caracteriza-ção do contexto geográfico ou institucional no qual se pretende desen-volver o trabalho e a indicação dos critérios para seleção dos participan-tes ou sujeitos da pesquisa. Informam-se, também, o tamanho e a com-posição do universo considerado para estudo e, se for o caso, os procedi-mentos de amostragem, definindo tipo, tamanho e formas de composi-ção da amostra.

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• Estratégias ou técnicas de pesquisa e instrumentos de coleta de da-dos

Neste item do texto, indicam-se: a) as estratégias, as quais, aplicadasem cada uma das etapas da pesquisa, serão selecionadas de forma coe-rente com a modalidade de pesquisa, seja quantitativa e/ou qualitativa,tais como: observação, entrevistas, conversas informais, participação emreuniões, técnicas estatísticas, etc.; e, b) os instrumentos de coleta dedados: formulário, questionário, análise de documentos, gravação deentrevistas, filmagem, fotografias, etc.

• Procedimentos para organização e análise dos dados

Os procedimentos para organização dos dados, tais como a constru-ção de unidades de análise do conteúdo, construção de tabelas, ilustra-ções (desenhos, fluxogramas, esquemas, fotografias, gráficos, mapas,organogramas, plantas, quadros, retratos e outros), formas de codificaçãodas informações, etc., são também escolhidos de acordo com a modali-dade da pesquisa.

g) Cronograma de atividades

As etapas consecutivas nas quais se desenvolverá a investigação de-vem ser estabelecidas, observando-se os intervalos de tempo julgadosnecessários para a realização de cada fase. Compõe-se, dessa forma, ocronograma de atividades, delimitando-se a duração de cada uma delas.

O cronograma pode ser organizado em forma de quadro em queas colunas indicam o período e as linhas mostram as fases da pesquisa ecorrespondentes tarefas a serem realizadas ou metas a atingir. Veja oexemplo a seguir, (Ilustração 2), representativo de um cronograma quecompõe um projeto de pesquisa participante.

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Cronograma de atividades

PERÍODO 2003

ATIVIDADE M A R A B R M A I O J U N J U L A G O S E T O U T N O V D E Z

Visita ao local da pes-quisa para negociaçãoda inserção do pesqui-sador

Aprofundamento domarco teórico de refe-rência

Elaboração do planoda monografia

Elaboração de instru-mentos de coleta dedados

Trabalho de campo –observação participan-te

Trabalho de campo –realização de entrevis-tas

Organização e análisedos dados

Redação da monogra-fia

Entrega da monografia

Apresentação oral damonografia

Ilustração 2. Exemplo de cronograma de atividades.

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h) Recursos necessários

A execução do projeto de pesquisa requer a utilização de recursosmateriais permanentes ou de consumo e, também, a alocação de recur-sos financeiros para despesas gerais do projeto e remuneração dos recur-sos humanos, de acordo com suas funções e atividades, especificamenteos da área técnica ou de apoio.

Para controle eficiente dos gastos com o projeto, é importante aelaboração de um orçamento prevendo-se as despesas ao longo do tem-po e agrupando-as por espécies, tais como:

• remuneração de pessoal técnico envolvido em todas as fases doprojeto;

• custos diretos: despesas com prestação de serviço, diárias, passa-gens, hospedagem, alimentação, materiais, etc.;

• despesas administrativas: serviços de apoio, encargos sociais, etc.; e,• gastos eventuais: estimativa em torno de 10% do somatório das

demais despesas.

2.1.3 Elementos pós-textuais

Como partes extensivas do texto e dele destacados, os elementos pós-textuais, em folhas ou páginas numeradas seqüencialmente ao texto, inclu-em as referências, cuja listagem, na forma de apresentação, deve atender àNBR 6023. (ABNT, 2002b).

Outros elementos complementares acrescentados ao texto, na for-ma de apêndices e anexos, podem servir para fundamentação, compro-vação de fatos ou enriquecimento de partes do texto, de acordo com aNBR 14724, item 4.3. (ABNT, 2002c). Esses elementos podem não tersido incluídos no decorrer da exposição para evitar, pela extensão ouconteúdo de tais informes, a descontinuidade na seqüência lógica dasidéias ou das seções.3

3Cf. item 3.1.3 deste documento.

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O trabalho de conclusão de curso: planejamento, execução e redação da monografia

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As ilustrações figurativas ou textuais que compõem os apêndicesforam elaboradas pelo autor para complementação do trabalho ora apre-sentado. Já aquelas que constituem os anexos, foram produzidas paraatender outra finalidade, em outro momento, podendo ou não ter sidoelaboradas pelo autor do trabalho em consideração. Neste caso, um ele-mento pós-textual, que figure como apêndice em determinada obra,poderá ser incluído, posteriormente, como anexo em outra obra domesmo autor.

Observe-se que todo e qualquer material elencado como apêndiceou anexo deve ser referido no corpo do texto. Estes materiais comple-mentares devem ter suas páginas numeradas seqüencialmente ao texto,sendo identificados por letras maiúsculas consecutivas seguidas de tra-vessão e títulos respectivos.

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A monografia

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3 A MONOGRAFIA

prática docente tem registrado que, para os iniciantes na produ-ção científica, há sempre uma pergunta inicial feita pelos estudan-

tes quando deles se exige a produção de um texto com aspectosmonográficos: que é monografia? Esta questão é o que se procura res-ponder neste texto, ora ampliando as informações inscritas na biblio-grafia pertinente ao assunto, ora condensando explicações, adotandouma forma mais simplificada da linguagem para oferecer a orientaçãoadequada sobre a elaboração deste tipo de trabalho.

O trabalho monográfico, em essência e desde sua origem histórica,corresponde ao trabalho científico com abordagem reduzida a um sóassunto, a um só problema. Assim, no sentido etimológico, mónos signi-fica um só e graphein significa escrever: logo, elaborar um texto predo-minantemente dissertativo a respeito de um assunto único.

Em sentido amplo, o termo monografia designa todo trabalho cien-tífico original que resulta de pesquisa. Para Martins (1999, p. 172),monografia e pesquisa científica, pelos seus objetivos, “caminham jun-tas e uma decorre da outra”.

Em sentido estrito, a monografia4 corresponde ao tratamento escritoaprofundado de um tema bem delimitado, também resultante de pesquisacientífica, com o objetivo de apresentar uma contribuição relevante, origi-nal e pessoal à ciência. No sentido acadêmico, o termo é também utilizadopara nominar trabalhos de avaliação em disciplinas ou empregado paraidentificar uma pesquisa bibliográfica ou documental, em que se enfatiza areflexão sobre um só tema. (SALOMON, 1999, p. 252-256).

A

4 As monografias podem ser desenvolvidas seja nas modalidades de pesquisa bibliográfica oudocumental, seja envolvendo trabalho de campo. Em decorrência do tipo de pesquisa empre-endida, podem ser necessárias adequações nos itens propostos e discutidos nesta seção.

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Uma exigência fundamental na elaboração de uma monografia é areflexão. Como afirma Salomon (p. 257), “sem a marca da reflexão, amonografia transforma-se facilmente em mero relatório do procedimen-to da pesquisa ou compilação de obras alheias ou medíocre divulgação”.

Na organização da monografia devem ser observados: a distribui-ção dos elementos que precedem o texto, a estrutura textual em si e oselementos complementares. Esses registros devem estar de acordo como que se recomenda nestas orientações, no que se incluem o estilo e onível culto da linguagem.

3.1 Estrutura da monografia

A estrutura do trabalho monográfico compreende elementos pré-textuais,textuais e pós-textuais, apresentados na disposição retratada na Ilustração 3.

Estrutura ElementoCapa (obrigatório)Folha de rosto (obrigatório)Folha de aprovação (obrigatório)Dedicatória(s) (opcional)Agradecimento(s) (opcional)Epígrafe (opcional)

Pré-textuais Resumo na língua vernácula (obrigatório)Resumo em língua estrangeira (obrigatório)Lista de ilustrações (opcional)Lista de tabelas (opcional)Lista de abreviaturas e siglas (opcional)Lista de símbolos (opcional)Sumário (obrigatório)Introdução

Textuais DesenvolvimentoConclusãoReferências (obrigatório)Glossário (opcional)

Pós-textuais Apêndice(s) (opcional)Anexo(s) (opcional)Índice(s) (opcional)

Ilustração 3. Disposição dos elementos em trabalhos monográficos (adaptado de ABNT,2002c, p. 3).

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A monografia

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3.1.1 Elementos pré-textuais

Na monografia, após a capa (APÊNDICE C e ANEXO C) e a folhade rosto (APÊNDICE D e ANEXO D) e antecedendo as folhas de cará-ter obrigatório (resumo e sumário), pode o autor acrescentar folhasopcionais (dedicatória, agradecimentos, epígrafe); no caso de inclusão,no texto, de ilustrações, tabelas, abreviaturas, siglas ou símbolos, devem-se agregar listas destas informações.

A encadernação e a ilustração de capa devem ser feitas de acordocom as orientações da instituição. No verso da folha de rosto deve cons-tar ficha catalográfica a ser confeccionada junto aos bibliotecários dainstituição. (ANEXO E). Logo após a folha de rosto, inclui-se a folha deaprovação. (APÊNDICE E e ANEXO F).

a) Folha de aprovação

Segundo a NBR 14724 (ABNT, 2002c), a folha de aprovação é ele-mento obrigatório que deve conter autor, título por extenso, subtítulose houver, natureza, objetivo, nome da instituição a que é submetido,área de concentração, data de aprovação, nomes e titulação dos compo-nentes da banca examinadora, espaço para suas assinaturas e indicaçãodas instituições às quais estão vinculados. (APÊNDICE E e ANEXO F).A data de aprovação e as assinaturas dos membros componentes da ban-ca examinadora são colocadas após a aprovação do trabalho.

b) Dedicatória

Folha opcional contendo um texto de pequena extensão, no qual oautor pode inscrever nomes de familiares ou pessoas cujo apoio tenhasido importante durante a realização do trabalho, a quem é dedicada amonografia. De formatação livre, sem título, é de praxe que a dedicató-ria ocupe o quarto inferior à direita da folha. (ANEXO G).

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c) Agradecimentos

Em folha também opcional, os agradecimentos são feitos, geral-mente, a colegas, instituições, personalidades do mundo acadêmico oupessoas outras que tenham contribuído de alguma maneira para a exe-cução do projeto e conseqüente elaboração da monografia. Tambémlivre de estrutura formal, com título, fica o autor responsável pela distri-buição estética do texto. (ANEXO H).

d) Epígrafe(s)

A inclusão de folha com a epígrafe é opcional e dispensa título.Trata-se da inscrição de expressão ou frase que serve de ilustração a umassunto, podendo ser do próprio autor do trabalho ou a citação de umtexto cuja autoria seja registrada. (ANEXO I). Pode(m) constar epígrafe(s)nas folhas de abertura das seções primárias.

e) Resumo5

O resumo é a parte da monografia que sintetiza o conteúdo dodocumento, ressaltando a natureza do estudo, os resultados e as conclu-sões mais importantes. Recomenda-se que a extensão dos resumos demonografias não ultrapasse 500 palavras, evitando-se o uso de parágra-fos. O estilo comporta frases em seqüência e não a simples enumeraçãode tópicos, utilizando-se, de preferência, os verbos na terceira pessoa dosingular e na voz ativa. São registradas, após o resumo, algumas pala-vras-chave do campo semântico do tema. (ABNT, 1990). (ANEXO J).

O resumo apresentado em língua vernácula deve ter versão emuma língua estrangeira de divulgação internacional (inglês, francês ouespanhol), sendo esta versão também acompanhada de palavras-chave.(ANEXO K).

5 Em MARINHO DOS SANTOS et al. (2003) podem ser encontradas orientações para a elabo-ração de resumo.

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f) Lista de ilustrações

Elaborada de acordo com a ordem em que aparecem as ilustraçõesno texto, sendo cada item acompanhado do número da página; reco-menda-se, quando necessário, lista própria para cada tipo de ilustração(quadros, plantas, fotografias, gráficos, organogramas, fluxogramas, es-quemas, grafismos, etc.). (ANEXO L).

g) Lista de tabelas

Registrada na mesma ordem em que as tabelas aparecem no texto,sendo cada item acompanhado do número da página. (ANEXO M).

h) Lista de abreviaturas e siglas

Relação em ordem alfabética organizada em separado para cadatipo desses informes, seguidos da grafia por extenso. Exemplo: Fig.(figura);ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). (ANEXO N).

i) Lista de símbolos

A lista de símbolos e respectivos significados é também organizadade acordo com a ordem de aparecimento no texto. (ANEXO O).

j) Sumário

O sumário é obrigatório e deve orientar o leitor na localização daspartes da monografia, sendo redigido na mesma seqüência e grafia emque essas partes se encontram no texto, com a indicação precisa dasfolhas ou páginas nas quais se inicia cada parte ou capítulo da obra.6

(ABNT, 1989b).

6Cf. p. 11 desta publicação.

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3.1.2 O texto escrito: constituintes

Os elementos textuais, distribuídos em introdução, desenvolvimen-to e conclusão, formam o corpo do trabalho.

• Introdução

Apresentação do assunto do trabalho, de maneira clara, simples esintética, situando o quadro teórico de referência a partir do qual serealiza sua abordagem. Indica(m)-se o(s) objetivo(s) do trabalho e a justi-ficativa para o tratamento do tema, apresentando, ainda, as indagaçõese hipóteses que motivaram a pesquisa.

• Desenvolvimento

Inscrevem-se, nesta parte do texto, os capítulos e suas divisões. O de-senvolvimento deve contemplar a revisão bibliográfica, os processosmetodológicos adotados, a comunicação das operações lógicas (descrever,interpretar, explicar, predizer, discutir, demonstrar, relacionar, inferir, gene-ralizar, etc.), a análise realizada e a descrição dos resultados obtidos. Na distri-buição das seções do texto, a uniformidade quanto ao tipo de impressão equanto à numeração dessas divisões deve ser mantida.

No caso em que o estudo comporte sistematização de informaçõesou dados da pesquisa, a apresentação destes elementos pode incluir ta-belas e ilustrações (gráficos, quadros, mapas, etc.) que evidenciem ouesclareçam cada questão analisada. A escolha do tipo de ilustração parao texto vai depender das características dos dados a analisar e apresen-tar. As ilustrações e tabelas têm numeração seqüencial própria, de acor-do com seu aparecimento no texto, devendo ser inseridas o mais próxi-mo possível dos trechos a que se referem.

A identificação das ilustrações aparece na parte inferior, constandoda palavra designativa, seguida do número de ordem de ocorrência notexto, em algarismos arábicos, do respectivo título e/ou legenda

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explicativa e, se for o caso, da fonte. (ANEXO P a W). Quanto às tabelas,a indicação do título precede sua apresentação, inserindo-se, na parteinferior, se for o caso, a fonte. (ANEXO X).

No caso de se empregar siglas, os nomes que elas designam devemser apresentados por extenso, quando de seu primeiro aparecimento,seguidos das respectivas siglas entre parênteses. Ex: Ordem dos Advoga-dos do Brasil (OAB).

A diferença entre o quadro e a tabela é que aquele relaciona dadosexplicativos, porém sem informes estatísticos (percentuais). (ABNT,2002c). A tabela, por sua vez, pode conter séries de elementos cronoló-gicos, temporais, geográficos, indicadores de qualidade, bem como sé-ries mistas ou conjugadas, com informes estatísticos que permitem aná-lises comparativas dos dados, sendo abertas nas bordas laterais.

• Conclusão

Compondo um apanhado sintético, porém completo das argumen-tações e idéias desenvolvidas, registra o autor as conclusões obtidas, po-dendo manifestar seu ponto de vista a respeito dos resultados alcança-dos, reafirmar a importância destes resultados para o conhecimento emtorno do assunto e inserir recomendações para aprofundamento do es-tudo e/ou aplicação daqueles resultados.

3.1.3 Elementos pós-textuais

Complementando o texto da monografia, são chamados pós-textu-ais os elementos: referências (obrigatório) e os elementos opcionais: glos-sário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s).

a) Referências

Contendo a listagem em ordem alfabética das publicações lidas e/ou citadas no texto e outros documentos consultados sobre o assunto, aorganização das referências deve atender à NBR 6023 (ABNT, 2002b),

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sendo digitadas em espaço simples entre as linhas e separadas por espa-ço duplo.7 Observe-se, ainda, que as referências são alinhadas somenteà margem esquerda do texto.

b) Glossário

Listagem opcional, em ordem alfabética, de termos ou expressõestécnicas de uso restrito ou sentido obscuro utilizados no texto, acompa-nhados das respectivas definições. (ANEXO Y)

c) Apêndice(s)

Arrola-se neste item todo material suplementar que possa complemen-tar a argumentação sem prejuízo da unidade do trabalho. Os apêndices sãotextos elaborados pelo próprio autor: questionários, tabelas, cálculos, gráfi-cos, depoimentos. São inseridos antes dos anexos e têm as folhas numera-das na seqüência de todo o conjunto textual, sendo identificadas por letrasmaiúsculas consecutivas, seguidas de travessão e respectivos títulos.8

d) Anexos

Elementos complementares do trabalho desenvolvido, os anexos9 sãotextos elaborados ou não pelo autor10 e têm por função fundamentar, escla-recer, comprovar ou ilustrar o conteúdo do texto. Entre os anexos podemconstar: cópias de documentos, textos legais ou da área jurídica, os quais,pela sua extensão e conteúdo específico, não são inseridos no texto damonografia. A numeração dos anexos é seqüencial, na ordem em que sãoreferidos no texto; os anexos são identificados como nos apêndices por le-tras maiúsculas consecutivas, seguidas de travessão e dos respectivos títulos.

7 Ver Referências no final deste texto.8 Cf. Apêndices A a E.9 Cf. Anexos A a Z.10 Cf. p. 49-50 para esclarecimentos acerca desta distinção.

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e) Índice

Listagem opcional relacionando assuntos inseridos no texto por pala-vras-chave e respectivas páginas onde se pode localizá-los. (ANEXO Z)

3.1.4 Elementos de apoio

Há, ainda, na construção da monografia, alguns elementos de apoio,como notas e citações.

a) Notas

As notas são colocadas ao pé das páginas em que são mencionadas(notas de rodapé) ou em lista ao final de cada capítulo ou de todo odocumento. Podem ser utilizadas com diferentes finalidades11, abordan-do pontos não incluídos no texto, evitando sobrecarregá-lo.12

A chamada às notas no texto é feita por números arábicos, coloca-dos entre parênteses, ou sobrescritos logo após o termo a que se refe-rem. A numeração das notas é em ordem crescente por capítulo ou paratodo o documento; nunca, por página.

As notas de rodapé ficam separadas do texto por filete horizontal detrês centímetros a partir da margem esquerda da página. Devem serregistradas em espaço simples e com tamanho de letra menor. O indicativonumérico é colocado no mesmo alinhamento que se vem praticando no

11 As notas podem ser de três tipos: a) Notas de conteúdo ou explicativas: evitam explicaçõeslongas dentro do texto, sendo usadas para a apresentação de comentários, explanações outraduções; b) Notas de referência ou remissivas: indicam fontes consultadas ou remetem aoutra parte do texto ou a outras obras em que o mesmo assunto foi abordado (referênciascruzadas). Para remeter a outra parte do texto, devemos usar a expressão Cf. (= compare,confira); e, c) Notas para qualificação de autoria: utilizadas para indicar, na primeira página deum artigo de periódico, em resumo publicado em anais de eventos ou em capítulo de livro, atitulação acadêmica e vinculação profissional dos autores.

12 As nota de rodapé 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 12, 13, 15 e 18 deste trabalho são exemplos de notasremissivas; as de número 4, 11, 14, 16 e 17 são exemplos de notas de conteúdo ou explicativas.Estas notas estão apresentadas de acordo com as normas descritas neste documento.

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texto, sendo separado do teor das notas por um espaço. Entre duas no-tas, mantém-se o espaço simples. Sendo as notas registradas no final dodocumento, a sua listagem deve ser colocada antes das referências.

b) Citações

A citação é a menção, no texto, de informação colhida em outrafonte para esclarecimento do assunto em discussão, para ilustrar ou,ainda, sustentar o que se afirma. Devem ser evitadas as citações de as-suntos amplamente divulgados, de domínio público, ou de temas prove-nientes de publicações de natureza didática. Elas podem ser registradasno texto sob as modalidades: citação direta, citação indireta e citação decitação.

• Citação direta, quando se reproduz o texto original.

Como exemplo, Salomon (1999, p. 361) apresenta trecho de Eco(1993, p. 113), tal qual se encontra no texto original:

A quem nos dirigimos ao escrever uma tese? Ao examinador? A todosos estudantes ou estudiosos que terão oportunidade de consultá-ladepois? Ao vasto público dos não-especializados? Devemos imaginá-lacomo um livro, a andar nas mãos de milhares de leitores, ou comouma comunicação erudita a uma academia científica?São problemas importantes na medida em que dizem respeito an-tes de tudo à forma expositiva a dar ao trabalho, mas tambémao nível de clareza interna que se pretende obter. (grifo nosso)Eliminemos desde já um equívoco. Há quem pense que um texto dedivulgação, onde as coisas são explicadas de modo a que todos com-preendam, requer menos habilidade que uma comunicação científi-ca especializada, às vezes expressa por fórmulas apenas acessíveis a unspoucos iniciados. Isso de modo nenhum é verdade. Certo, a descober-ta da equação de Einstein, E = mc2, exigiu muito mais engenho do quequalquer brilhante manual de Física. Mas em geral os textos que nãoexplicam com grande familiaridade os termos que empregam deixama suspeita de que seus autores são muito mais inseguros do que aque-les que explicitam cada referência a cada passagem. Se você ler osgrandes cientistas ou os grandes críticos, verá que, com raríssimas

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exceções, eles são sempre claros e não se envergonham de explicarbem as coisas. (grifo nosso).Digamos então que uma tese é um trabalho que, por razões ocasio-nais, se dirige ao examinador, mas presume que possa ser lida econsultada, de fato, por muitos outros, mesmo estudiosos nãoversados diretamente naquela disciplina.Assim, numa tese de filosofia, não será preciso começar explicandoo que é filosofia, nem, numa de vulcanologia, ensinar o que sãovulcões. Mas, imediatamente abaixo desse nível óbvio, será sempreconveniente fornecer ao leitor todas as informações de que eleprecisa. De início, definem-se os termos usados, a menos que setrate de termos consagrados e indiscutíveis pela disciplina em causa.[...] Em segundo lugar, não é necessário partir do princípio de queo leitor tenha feito o mesmo trabalho que nós.

• Na citação indireta, a idéia de outro autor é registrada com pala-vras próprias do autor do texto ora produzido, sendo esta formapreferível à simples transcrição do texto pesquisado. Retomando oexemplo de Salomon para a citação direta, veja-se o mesmo textoagora por ele parafraseado:

Umberto Eco resume o problema da redação em dois pontos: aquem nos dirigimos e como se fala. Sobre o primeiro ponto lembraque a resposta a tal pergunta é importante, pois diz respeito ‘antesde tudo à forma expositiva a dar ao trabalho, mas também ao nívelde clareza interna que se pretende obter’ (1993, p. 113). Há neces-sidade de ser claro, mesmo quando se escreve para o examinadorda tese ou para um público especializado. E lembra: ‘Se você ler osgrandes cientistas ou os grandes críticos, verá que, com raríssimasexceções, eles são sempre claros e não se envergonham de explicarbem as coisas.’ (1993, p. 113). E estabelece duas regras: a) definir ostermos usados, a menos que se trate de termos consagrados e indis-cutíveis pela disciplina em causa; b) não é necessário partir do prin-cípio de que o leitor tenha feito o mesmo trabalho que nós. 13

13 Neste exemplo, suprimimos o trecho em que o autor discute como Umberto Eco aborda o tema“Como se escreve” por causa da sua grande extensão. Sendo, porém, de grande utilidade a sualeitura para os estudantes que se encontram em fase de realização de Trabalho de Conclusão deCurso, sugerimos conhecê-lo, de preferência, no autor original.

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14 Segundo Eco (1985), deve-se sempre buscar consultar as fontes primárias. Porém, mais impor-tante que isso, é nunca “citar uma fonte de segunda mão fingindo ter visto o original. E istonão apenas por questões de ética profissional: imaginem o que aconteceria se alguém lheperguntasse: como conseguiram [sic] consultar o tal manuscrito, quando todos sabem que omesmo foi destruído em 1944!” (p. 40). Observe que a incorreção indicada no texto, pelaexpressão [sic], pode decorrer de falha na tradução da obra, publicada originalmente em 1977,cujo título original em italiano é Como se fa una tesi di láurea. Desta forma, se o objeto de meuestudo fosse o estilo de redação de Umberto Eco, seria conveniente recorrer ao texto original.

• No caso da citação de citação, adotando-se a citação direta ou aindireta, reproduz-se uma fonte intermediária, sendo esta formautilizada apenas quando for impossível o acesso à fonte principal.Veja-se também o exemplo de citação intermediária de um textode Einstein apresentada por Viegas (1999).

O verdadeiro homem de ciência é totalmente impregnado de umsentimento religioso cósmico [...]. Não posso conceber um cientistaautêntico que não tenha uma fé profunda. A situação pode se resu-mir numa imagem: a ciência sem religião é manca, a religião sem aciência é cega. (EINSTEIN apud THUILLIER, 1994, p. 230).

No texto registra-se a obra diretamente consultada, sendo a identi-ficação feita pelo sobrenome do autor citado, seguido da expressão apudou citado por e o nome do autor consultado, conforme recomenda aNBR 10520. (ABNT, 2002a).

Exemplo:

Goetz e Le Compte (1984), citados por Ponte (1991), sugerem al-guns critérios de qualidade a serem levados em consideração na avalia-ção de estudos de caso do tipo interpretativo.

Nas referências, registra-se apenas a obra consultada. No exemplomencionado, registrou-se apenas a de Ponte já que a obra de Goetz e LeCompte não foi consultada diretamente.14

• Citação de dados obtidos em fonte escrita não publicada ou porinformação oral: inserida quando for possível comprovar a citação,deve-se indicar, entre parênteses, expressões como: em fase de ela-

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boração, trabalho não publicado, informação verbal. Os dados dis-poníveis devem constar somente em notas de rodapé.

Quanto ao tamanho das citações, deve-se observar a quantidadede linhas por elas ocupadas:

• Citação com até três linhas: aparece inserida no parágrafo, entre aspas.

Exemplo:

De acordo com Eco (1985, p. 121), “as citações são praticamente dedois tipos: (a) cita-se um texto a ser depois interpretado e (b) cita-se umtexto em apoio à nossa interpretação”.

• Citação com mais de três linhas: deve compor um parágrafo distinto,sem aspas, com letra em tipo menor, espaço simples entre as linhas eespaço duplo entre a citação e os parágrafos anterior e posterior, recu-ando-se quatro centímetros da margem do texto à esquerda, manten-do-se a margem direita. A citação de Einstein por Viegas (1999), játranscrita, compõe um parágrafo à parte porque, se inserida no texto,ultrapassaria as três linhas, como se pode observar.

Quanto à disposição da citação no período:

• Se a citação inicia o período, as aspas fecham depois do ponto final.

Exemplo:

“A monografia é desgastante, demanda muito tempo [...] mas égratificante.”

• Se a citação não inicia o período, as aspas fecham antes da pontuação.

Exemplo:

A monografia “é desgastante, demanda muito tempo [...] mas égratificante”.

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15 Cf. exemplo citado na nota de rodapé no 14.

• Se a citação está disposta em nota de rodapé, deve ser apresentadaentre aspas, qualquer que seja sua extensão.15

Para a indicação de supressões, interpolações e destaques

As citações diretas devem ser fiéis ao texto original, devendo sertranscritas literalmente. No caso de ser necessário ou se desejar elimi-nar partes do texto ou acrescentar comentários ou destaques, estes pro-cedimentos devem ser evidenciados. A supressão é indicada por [...], osacréscimos por [comentário] e os destaques por grifo, negrito ou itálicono texto, seguidos da expressão grifo nosso, entre parênteses, após aintegralização da citação.

Exemplo:

É difícil dizer se se deve citar com profusão ou com parcimônia.Depende do tipo de tese. Uma análise crítica de um escritor requer,obviamente, que se transcrevam e analisem longos trechos de suaobra. [Caso os trechos sejam muito extensos, é melhor incluí-loscomo anexo]. Outras vezes, a citação pode ser uma manifestaçãode preguiça: o candidato [...]deixa a tarefa aos cuidados de ou-trem. (ECO, 1985, p. 121, grifo nosso).

Se o texto original apresenta trechos em destaque, estes são manti-dos no texto, seguidos pela expressão grifo do autor, entre parênteses,após a integralização da citação.

Exemplo:

Citar é como testemunhar num processo. Precisamos estar sempreem condições de retomar o depoimento e demonstrar que é fide-digno. Por isso, a citação deve ser exata e precisa (não se cita umautor sem dizer em que livro e em que página), como tambémaveriguável por todos. (ECO, 1985, p. 126, grifo do autor).

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A monografia

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Para a indicação de dúvidas, incoerências e incorreções

A indicação de dúvida é realizada por [?] logo após o trecho que agerou e a identificação de incoerências ou incorreções é ressaltada pelaexpressão [sic], logo após sua ocorrência.

Exemplo:

As reuniões periódicas de avaliação do progresso são instrumentofundamental de planejamento e controle de equipe. [...] pode co-meçar com uma apresentação feita pelo líder, sobre a situaçãogeral das coisas. Em seguida, cada um dos membros pode fazer umrelato das atividades sob sua responsabilidade. Depois disso, repe-te-se o processo para o período que vai até a reunião seguinte,especificando-se então quais são os planos e medidas corretivas aser [sic] postas em prática nesse período. (MAXIMIANO, 1986apud ANDRADE; HENRIQUES, 1996, p. 55).

Para a indicação de citação no interior de outra citação

São utilizadas aspas simples para indicar a existência de uma citaçãono interior de outra citação, quando esta constituir parte do texto pornão ultrapassar três linhas, conforme NBR 10520. (ABNT, 2002a).

Exemplo:

Segundo Morin (2002, p. 14), “[...] o retalhamento das disciplinastorna impossível apreender ‘o que é tecido junto’, isto é, o complexo,segundo o sentido original do termo”.

Outro ponto importante nestes registros é a indicação das fontesdas citações, o que pode ser feito, de acordo com as normas da ABNT,por um sistema de chamada numérico ou pelo sistema autor-data. Qual-quer que seja o método adotado, este deve ser utilizado de maneira uni-forme em todo o trabalho.

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O trabalho de conclusão de curso: planejamento, execução e redação da monografia

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Sistema numérico

De acordo com a NBR 10520 (ABNT, 2002a), neste sistema, “aindicação da fonte é feita por uma numeração única e consecutiva, emalgarismos arábicos, remetendo à lista de referências ao final do traba-lho, do capítulo ou da parte, na mesma ordem em que aparecem notexto. Não se inicia a numeração das citações a cada página.” (p. 4).

Recomenda também a ABNT que a indicação da numeração podeser feita entre parênteses, alinhada ao texto, ou situada pouco acima dalinha do texto em expoente, após a pontuação que fecha a citação.

Exemplos:

Diz Ruy Barbosa: “Tudo é viver, previvendo”.(15)

Diz Ruy Barbosa: “Tudo é viver, previvendo”.15

A ABNT também alerta, no caso do trabalho comportar notasexplicativas, que se reserve o sistema numérico para indicá-las, utilizan-do-se o sistema autor-data para apresentar as fontes das citações.

Sistema autor-data16

Adotando-se o sistema autor-data a indicação da fonte é feita pelosobrenome do autor (e, eventualmente, pelo nome da instituição oupelo título da obra), sendo grafado com letra inicial maiúscula, caso osobrenome do autor esteja incluído na sentença. Se o sobrenome doautor estiver entre parênteses, é grafado integralmente em letras maiús-culas.

Exemplos:

Lakatos e Marconi (1991, p. 236) orientam a elaboração de umaresenha de livro.

16 Destacamos neste trabalho a abordagem do sistema autor-data por considerá-lo de mais fácilutilização pelo pesquisador iniciante que se encontra em fase de elaboração de monografia.

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A monografia

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Se tudo fosse o que parece, o pensamento científico seria supér-fluo. As aparências fazem parte do mundo, mas não o esgotam. Duvi-dar é um dever científico. (GIANNETTI, 1994, p. 2-6).

O Manual Geral de Redação da Folha de São Paulo (1987, p. 58)registra [...]

Caso a fonte da citação tenha mais de dois autores, pode-se indicaro primeiro autor e a expressão latina et alii (e outros), cuja forma abreviadaé et al.

Exemplo:

Segundo Marinho dos Santos et al. (2003, p. 34), “a resenha podeapresentar as mesmas características do resumo informativo ao que seacrescenta um comentário do autor [...]”.

Quando houver coincidência de autores com o mesmo sobrenomee data de edição, acrescentam-se as iniciais de seus prenomes.

Exemplo:

Segundo Barbosa, C. (1958) [...]

De acordo com Barbosa, O. (1958) [...]

Se, mesmo assim, existir coincidência nas letras iniciais de seus pre-nomes, colocam-se os prenomes por extenso.

Exemplo:

(BARBOSA, Cássio, 1965).

(BARBOSA, Celso, 1965).

Sendo citadas várias obras de um mesmo autor, publicadas nummesmo ano, esses documentos são distinguidos pelo acréscimo de letrasminúsculas após a data e sem espacejamento.

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O trabalho de conclusão de curso: planejamento, execução e redação da monografia

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Exemplo:

(REESIDE, 1972a)

(REESIDE, 1972b)

Quando, por exemplo, for necessário especificar a(s) página(s) dafonte consultada, como nos casos de citação direta, o(s) número(s) da(s)página(s) é (são) precedido(s) pela abreviatura p. (página) após o ano depublicação da obra.

“Para escrever, devemos atender a três funções básicas: produziruma resposta, tornar o pensamento comum aos outros e persuadir.”(BLIKSTEIN, 2000, p. 23).

Ou,

Segundo Blikstein (2000, p. 23), “para escrever, devemos atender atrês funções básicas: produzir uma resposta, tornar o pensamento co-mum aos outros e persuadir”.

A indicação do volume (v) da fonte consultada deve preceder a in-dicação da página.

Exemplo:

Nos últimos vinte e cinco anos deste século que se encerra [...] cons-tituiu-se uma economia global no planeta, ligando pessoas eatividades importantes de todo o mundo e, ao mesmo tempo,desconectando das redes de poder e riqueza as pessoas e os territó-rios considerados não pertinentes sob a perspectiva dos interessesdominantes. (CASTELLS, 2000, v. 3, p. 19).

Além destas observações, na elaboração da monografia ou de qual-quer matéria de nível técnico-científico deve-se atentar para a adequa-ção da linguagem.

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A monografia

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3.2 A formatação da monografia

Na elaboração, finalização e editoração do texto monográfico devemser atendidas normas técnicas próprias, para o que, distribuindo-se o textoem papel tipo A4 (21,0 cm x 29,7 cm), de cor branca, indica-se a seguinteformatação, atendendo recomendações da NBR 14724. (ABNT, 2002c).

Margem superior 3,0 cmMargem inferior 2,0 cmMargem esquerda 3,0 cmMargem direita 2,0 cmFonte Gráfica 12Espaço entre linhas DuploEspaço entre parágrafos DuploAlinhamento JustificadoTítulos das seções/subseções Os títulos das seções devem iniciar em

folha distinta, sendo separados do textopor espaço duplo. Os títulos das subseçõessão separados do texto precedente e doposterior também por espaço duplo.Quando numerados, os títulos alinham-se à esquerda. Para evidenciar a ordena-ção do conteúdo do trabalho emprega-se,de forma idêntica no sumário e no texto,a numeração progressiva e o uso gradativode recursos tipográficos (caixa alta,negrito, itálico, etc.) nas seções e subseções.(ABNT, 1989a).

Paginação Em algarismos arábicos, à direita da fo-lha, a 2 cm da borda superior, ficando oúltimo algarismo a 2 cm da borda direitada folha. A folha de rosto e as folhas dededicatória e agradecimentos, o sumárioe outras contendo elementos pré-textuaissão contadas, mas não recebem número.

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O trabalho de conclusão de curso: planejamento, execução e redação da monografia

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A capa não é contada e não recebe núme-ro. Inicia-se a numeração a partir da pri-meira folha da parte textual. (ABNT,2002c).

3.3 Linguagem e estilo no texto monográfico

Na escrita da monografia, deve-se observar o uso da linguagem denível técnico-científico, a precisão e a clareza, evitando-se a linguagemfamiliar e vulgar, a ironia e o uso abusivo de recursos retóricos. Além defiel à temática escolhida, ao fato relatado e/ou às experiências realiza-das, a linguagem deve ser objetiva, direta, demonstrando coerência en-tre os argumentos, sem divagações ou situações de suspense.

Entre outros aspectos fundamentais da linguagem científica, reco-menda-se a escolha da pessoa do discurso de acordo com os objetivos doestudo, sem esquecer a correção gramatical em cada caso:

a) a impessoalidade do discurso (diz-se, pretende-se, aconselha-se);

b) o uso do plural majestático ou de modéstia (dizemos, pretende-mos, aconselhamos);

c) o uso da primeira pessoa nos relatos pessoais ou assunção plena deautoria (pretendo com esta pesquisa..., presumo..., aconselho...).17

Na produção de texto científico, como a monografia, deve o autorobservar as qualidades da linguagem, procurando evitar:

a) emprego de frases, períodos ou mesmo parágrafos muito curtosou muito longos;

b) inserção de títulos e de elogios aos autores citados (insigne autor,renomado escritor...).

17 Pode-se também empregar linguagem pessoal na dedicatória, nos agradecimentos e na apresen-tação de transcrição de dados qualitativos, como, por exemplo, de entrevistas.

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A monografia

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c) adjetivos e advérbios como, por exemplo, nas palavras em desta-que: perfeitamente compreensível, evidência concreta, absolutamenteperfeito, bastante óbvio, fatos reais, investigação rigorosa, na gran-de maioria, os resultados melhoraram sensivelmente...

d) termos inadequados para as idéias que se pretende transmitir,como, por exemplo, “uma pequena análise” (uma análise podeser superficial, nunca, porém, pequena);

e) termos inúteis, como, por exemplo, “a bibliografia existente so-bre o assunto”; e, “perspectiva futura”.

Um outro cuidado do autor da monografia é manter a consistênciana grafia de numerais18, observando-se, neste caso:

a) a escrita por extenso dos numerais, quando se constituírem deuma única palavra (três, dez, treze, trinta, trezentos, mil, etc.); e,

b) a grafia em algarismos, quando se constituírem de mais de umapalavra (21, 145, 1.200, etc.).

Os numerais que indicam porcentagem seguem as mesmas regras:

a) escrita por extenso da expressão indicadora de porcentagem, seo numeral se constituir de uma única palavra (quinze por cento,sessenta por cento, etc.); e,

b) grafia em algarismos seguidos do símbolo “%” (por cento), quan-do os numerais se constituírem de mais de uma palavra (23%,83%, 124%, etc.).

Quando no período ocorrerem numerais diferentes, indicativos ounão de porcentagem, alguns constituídos de apenas uma palavra e ou-tros de mais de um termo, usam-se algarismos:

18 Toma-se como referência para a grafia dos numerais Viegas (1999, p. 17) e a Instrução Normativanº 4, de 6 de março de 1992, da Secretaria de Administração Federal.

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Exemplos:

Havia 5 tripulantes e 28 passageiros.

Do total de eleitores, 64% são homens e destes 30% residem naárea rural.

Os numerais que representam valores monetários seguem a seguintenorma:

a) a escrita em algarismos ou por extenso, quando se constituíremde uma única palavra.Exemplo: 8 reais, oito reais, 8 mil reais, oito mil reais, etc.

b) a grafia em algarismos, quando se constituírem de mais de umapalavra.Exemplo: 23 reais, 23 mil reais, etc.

c) o registro em algarismos, seguidos da grafia por extenso, entreparênteses, quando constituídos de uma ou mais palavras e pre-cedidos de cifra.Exemplo: R$ 8,00 (oito reais), R$ 8.000,00 (oito mil reais),R$ 23,00 (vinte e três reais), R$ 23.000,00 (vinte e três mil re-ais), etc.

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Considerações finais

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

s orientações metodológicas para a elaboração do TCC e conse-qüente produção da monografia são elaboradas considerando-se a

sua particular importância para a formação acadêmica dos estudantes eposterior projeção desse conhecimento teórico-prático nas suas áreas deatuação.

De modo a complementar a iniciação e a formação do estudantenas atividades de pesquisa e a divulgação de seu trabalho na sociedade,apresentam-se a seguir algumas orientações para a exposição dos resulta-dos, ajudando a difundir e ampliar a influência das atividades de pesqui-sa entre nós e consolidando sua prática.

A exposição oral poderá ser feita de acordo com os itens sugeridospor Miyamoto apud Marinho dos Santos et al. (2003):

a) Introdução: texto breve, limitando-se a apresentar a trajetóriaexpositiva, a situar o assunto, indicando as contribuições que se pre-tendeu dar à compreensão do tema. O esquema da trajetória daexposição deve ser simples, com títulos e subtítulos em uma únicafolha de transparência ou outro auxílio visual, permitindo um apa-nhado geral e leitura fácil e rápida. É recomendável o uso de letrasgrandes e em tamanhos diferentes, evidenciando a hierarquia; tam-bém deve-se evitar o uso de abreviaturas, símbolos e siglas que pos-sam prejudicar a compreensão.

b) Metodologia: descrição do modo como o trabalho foi desenvol-vido, enfatizando-se, sem detalhamento excessivo, os fundamen-tos do método e das técnicas utilizadas.

c) Resultados: parte de maior destaque na apresentação oral, osresultados devem ser organizados de forma seletiva e simples

A

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O trabalho de conclusão de curso: planejamento, execução e redação da monografia

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para projeção em tela ou por outros recursos. Quando comple-xos, esses resultados devem ser ilustrados por quadros, tabelas,gráficos, mapas, esquemas, etc., seguidos de interpretações, man-tendo-se a exposição por um tempo que permita ao público sualeitura e análise.

d) Discussão: explicação dos resultados obtidos, inclusive os inespe-rados e contraditórios; apresentação da contribuição do traba-lho para o avanço do conhecimento, sua aplicabilidade e possi-bilidade de abertura para novas pesquisas.

e) Conclusões: enunciação de proposições conclusivas, fundamen-tadas no trabalho apresentado, as quais devem ser destacadas,curtas e simples.

4.1 O plano expositivo

Como critérios para a elaboração do plano expositivo, devem serobservados:

a) a unidade e delimitação do tema;

b) a seqüência lógica ou cronológica no desenvolvimento;

c) a pertinência dos subtemas abordados;

d) a clareza e a simplicidade dos argumentos e evidências;

e) o planejamento da extensão e o tempo dedicado a cada subtema; e,

f) a precisão e objetividade na apresentação dos resultados e con-clusões.

Para a exposição oral, além do entusiasmo e da competência paragerar e manter o interesse do público pelo tema, o expositor deve de-monstrar facilidade para incitar questionamentos pelo público, sendotambém capaz de demonstrar a teoria que subjaz à prática ou, inversa-mente, a prática exemplificadora da teoria exposta.

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Considerações finais

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São pontos que devem ser considerados pelo expositor:

a) elaboração prévia do plano expositivo, observando o tempodisponível;

b) abordagem original do tema, com o uso de terminologiaespecífica convencional da área; e,

c) uso apropriado de recursos auxiliares áudio-visuais.

Recomenda-se a adequação do conteúdo e do nível de linguagemao público-alvo, sempre atendendo às restrições gramaticais e à formali-dade da norma culta, zelando-se pela concisão e clareza das idéias.

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O trabalho de conclusão de curso: planejamento, execução e redação da monografia

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A construção do conhecimento

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O trabalho de conclusão de curso: planejamento, execução e redação da monografia

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A construção do conhecimento

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O trabalho de conclusão de curso: planejamento, execução e redação da monografia

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A construção do conhecimento

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APÊNDICE A – Modelo de capa para projeto de pesquisa

NOME DA INSTITUIÇÃO (OPCIONAL)

NOME DO AUTOR

TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA:Subtítulo (se houver)

CIDADEANO

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NOME DO AUTOR

TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA:Subtítulo (se houver)

Projeto de Pesquisa apresentado à (ao)(nome da instituição) como requisitoparcial para avaliação do Trabalho deConclusão do Curso de (nome do curso).

Orientador: (nome)Coorientador (se houver): (nome)

CIDADEANO

APÊNDICE B – Modelo de folha de rosto para projeto de pesquisa

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A construção do conhecimento

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APÊNDICE C – Modelo de capa para monografia

NOME DA INSTITUIÇÃO (OPCIONAL)

NOME DO AUTOR

TÍTULO DA MONOGRAFIA:Subtítulo (se houver)

CIDADEANO

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APÊNDICE D – Modelo de folha de rosto para monografia

NOME DO AUTOR

TÍTULO DA MONOGRAFIA:Subtítulo (se houver)

Monografia apresentada à/ao (nome dainstituição) como requisito parcial paraobtenção do título de (Bacharel, Licenciadoou Especialista) em (nome do curso).

Orientador: (nome)Coorientador (se houver): (nome)

CIDADEANO

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NOME DO AUTOR

TÍTULO DA MONOGRAFIA:Subtítulo (se houver)

Monografia apresentada à/ao (nome dainstituição) como requisito parcial paraobtenção do título de (Bacharel,Licenciado ou Especialista) em (nome docurso). Área de concentração: (nome daárea).

Aprovada em (data da aprovação).

BANCA EXAMINADORA

(assinatura)Nome do examinador – Titulação

Instituição

(assinatura)Nome do examinador – Titulação

Instituição

(assinatura)Nome do examinador (orientador)– Titulação

Instituição

APÊNDICE E – Modelo de folha de aprovação

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ANEXO A – Exemplo de capa de projeto de pesquisa(adaptado de SILVA, 2001).

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR UNYAHNA DE SALVADOR

KÁTIA DE LIMA SILVA

VALORIZAÇÃO CULTURAL DOS MUNICÍPIOS BAIANOS

DE CACHOEIRA E SÃO FÉLIX COMO

ESTRATÉGIA DE MARKETING TURÍSTICO

SALVADOR

2001

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ANEXO B – Exemplo de folha de rosto de projeto de pesquisa(adaptado de SILVA, 2001).

KÁTIA DE LIMA SILVA

VALORIZAÇÃO CULTURAL DOS MUNICÍPIOS BAIANOS

DE CACHOEIRA E SÃO FÉLIX COMO

ESTRATÉGIA DE MARKETING TURÍSTICO

Projeto de pesquisa apresentado aoInstituto de Educação Superior Unyahnade Salvador – IESUS como requisitoparcial para avaliação do Trabalho deConclusão do Curso de Turismo.

Orientadora: Profa. Rosiléia Oliveira deAlmeida (M. Sc.)

SALVADOR

2001

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ANEXO C – Exemplo de capa de trabalho monográfico(adaptado de SANCHES, 2002).

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIROZ”

MICHELE SANCHES

HORTALIÇAS:Consumo e Preferências de Escolares

PIRACICABA2002

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ANEXO D – Exemplo de folha de rosto de trabalho monográfico(adaptado de SANCHES, 2002).

MICHELE SANCHES

HORTALIÇAS:

Consumo e Preferências de Escolares

Dissertação apresentada à EscolaSuperior de Agricultura “Luiz deQueiroz”, Universidade de São Paulo,como requisito parcial para obtenção dotítulo de Mestre em Ciência.

Orientadora: Profa. Dra. Marina Vieirada Silva

PIRACICABA2002

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ANEXO E – Exemplo de ficha catalográfica (SILVA, 2002).

5586 V Silva, Kátia de LimaValorização cultural dos municípios baianos de Cachoeira e

São Félix como estratégia de marketing turístico / Kátia deLima Silva – Salvador, 2002.

44 f. : il. ; 30 cm

Monografia (Graduação em Turismo).Instituto de Educação Superior Unyahna de Salvador, 2002.

1. Cachoeira-BA 2. São Félix-BA 3. Marketing Turístico I.Título

CDU 658.8: (813.8)

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93

ANEXO F – Exemplo de folha de aprovação(adaptado de SANCHES, 2002).

MICHELE SANCHES

HORTALIÇAS:Consumo e Preferências de Escolares

Dissertação apresentada à Escola Superiorde Agricultura “Luiz de Queiroz”,Universidade de São Paulo, como requisitoparcial para obtenção do título de Mestreem Ciência. Área de concentração: Ciênciae Tecnologia de Alimentos.

Aprovada em 14 de janeiro de 2003.

BANCA EXAMINADORA

(assinatura)Profa. Dra. Marta Helena Filet Spoto

Universidade de São Paulo – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”

(assinatura)Profa. Dra. Kátia Cilene Tabai

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

(assinatura)Profa. Dra. Marina Vieira da Silva

Universidade de São Paulo – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”

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ANEXO G – Exemplo de folha de dedicatória(adaptado de MARTINS, 1998).

Esta dissertação é dedicada ao educador (eeducando!) Paulo Freire, falecido recentemente,cuja obra ainda não foi reconhecida devidamentepor nosso país.

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ANEXO H – Exemplo de folha de agradecimentos(adaptado de SANCHES, 2002).

AGRADECIMENTOS

À Profa. Dra. Marina Vieira da Silva pela amizade, valiosa orientação e inúme-ras sugestões, as quais enriqueceram o conteúdo desta pesquisa.

À Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, pela acolhida durante aminha graduação e pós-graduação.

Aos professores, funcionários e amigos do Departamento de Agroindústria,Alimentos e Nutrição, pela amizade e carinho durante todo o desenvolvimen-to deste trabalho.

À minha ilustre Banca de Qualificação: Profa. Dra. Betzabeth Slater Villar,Profa. Dra. Marta Helena Fillet Spoto e Prof. Dr. Cláudio Rosa Gallo, pelascontribuições a esta dissertação.

Ao Prof. Dr. Rodolfo Hoffmann, pela excelente orientação para a realizaçãodas análises estatísticas.

À amiga Daniela Cristina Rossetto Caroba, pelo imenso auxílio, incentivo,carinho e amizade demonstrados, sempre.

[...]

Às bibliotecárias Beatriz Helena Giongo e Mídian Gustinelli, pelo auxíliobibliográfico prestado.

À Diretoria de Ensino de Piracicaba e à direção e funcionários das escolasintegrantes da pesquisa, pelo consentimento na realização deste trabalho.

A todos os escolares e familiares, pela imensa colaboração na realização destadissertação.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),pela concessão da bolsa.

A todos que eu não tenha mencionado e que colaboraram na realização destapesquisa, os meus mais profundos agradecimentos.

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ANEXO I – Exemplo de folha de epígrafe(adaptado de CORREIA, 2001).

Que estranha é a sina que cabe a nós, mortais! Cada um denós está aqui para uma temporada; com que propósito não sesabe [...]. Os ideais que têm iluminado meu caminho, erepetidamente me têm renovado a coragem para enfrentar avida com ânimo, são a bondade, a beleza e a verdade.

Albert EinsteinThe world as I see it (1931)

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ANEXO J – Exemplo de resumo na língua vernácula(adaptado de SANCHES, 2002).

RESUMO

Análises elaboradas nas últimas três décadas, tendo por base dados obtidos por pesquisas nacio-nais, revelam que houve redução do consumo, pela população brasileira, de alimentos de origemvegetal. Diversos autores também têm destacado que o baixo consumo de frutas e hortaliças estáassociado ao maior risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diversos tipos decâncer. Pesquisas envolvendo crianças e adolescentes brasileiros revelam que os mesmos conso-mem, de forma geral, reduzida quantidade desses alimentos. Com o objetivo de estimular oconsumo dos alimentos de origem vegetal, têm sido buscadas alternativas e, entre essas, a incor-poração de maior quantidade e variedade dos referidos alimentos nas refeições dos programasalimentares dirigidos, por exemplo, aos escolares. Uma alternativa que se revela promissora é autilização dos alimentos minimamente processados, também considerados de “conveniência” oude “fácil preparo”. A presente pesquisa, realizada no município de Piracicaba – SP e tendo porbase amostra de 210 escolares, matriculados em escolas públicas, visou: conhecer a aceitabilidadedas hortaliças minimamente processadas; analisar o consumo de alimentos, com destaque para acontribuição de energia e nutrientes provenientes das hortaliças e frutas e, também, avaliar oestado nutricional dos alunos. Envolveu a análise dos indicadores antropométricos (escore Z dealtura para idade – ZAI e escore Z de peso para idade – ZPI) e da distribuição do Índice de MassaCorporal – IMC. A realização de entrevistas, com a adoção do método de registro de alimentos(Recordatório 24 horas) permitiu obter informações relativas ao consumo alimentar (análisesquantitativas e qualitativas). O cálculo e as análises do conteúdo de energia e nutrientes presen-tes na alimentação dos escolares envolveu o uso do software Virtual Nutri (Philippi et al., 1996).O teste de análise sensorial, adotando-se a escala hedônica facial de três pontos, permitiuconhecer a opinião do grupo de alunos sobre as hortaliças minimamente processadas. Os resul-tados revelaram que dos alunos entrevistados, 35,2% das meninas e 32,4% dos meninos apresen-taram sobrepeso enquanto apenas 1,9% dos escolares manifestaram condição oposta, ou seja,baixo peso. Revelaram, ainda, que 50% da população estudada possuem dieta cujo conteúdoenergético não atingiu o valor mínimo recomendado e, somente 36,19% dos escolares apresen-taram adequada participação dos macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) no ValorEnergético Total – VET. Permitiram constatar, também, que 58,10% dos participantes da pesqui-sa gostaram muito das hortaliças minimamente processadas, e apenas 10,47% reprovaram osvegetais. A pesquisa permitiu verificar que 17,14% das meninas e apenas 3,81% dos meninosafirmaram “não gostar” das hortaliças minimamente processadas. Evidenciou, ainda, que 61%dos escolares que revelaram “gostar muito” dos vegetais minimamente processados pertencem afamílias com menor renda per capita. Há possibilidades que uma maior oferta e consumo dehortaliças, pelos alunos, seja assegurada com a devida incorporação de alimentos minimamenteprocessados às refeições dos programas alimentares, que vigoram atualmente no Brasil.

Palavras-chave: alimentação escolar; consumo alimentar; frutas; merenda escolar; hortaliças –processamento; programas de nutrição.

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ANEXO K – Exemplo de resumo em língua estrangeira(SANCHES, 2002).

ABSTRACT

Analysis elaborated in the last three decades, based on information obtained through nationalresearches reveal that there was reduction of the consumption, for the Brazilian population, offoods of vegetable origin. It has also been highlighted by several authors that the low consumptionof fruits and vegetables is associated to a larger risk of development of cardiovascular diseases andseveral cancer types. Researches involving children and Brazilian teenagers reveal that theyconsume, in general, reduced amount of those foods. With the objective of stimulating theconsumption of the foods of vegetable origin, alternatives have been looked for and, amongthose, the incorporation of a larger amount and variety of the referred foods in the meals of thealimentary programs driven to the scholars, for instance. An alternative, which seems promising,is the use of the minimally processed vegetables, also considered of “convenience” or “easy toprepare”. This research, accomplished in the municipal district of Piracicaba – SP, based on asample of 210 students, enrolled in public schools, aimed to know: the acceptability of theminimally processed vegetables; analyze the consumption of foods; highlighting the contributionof energy and nutrients coming from vegetables and fruits and, also, the students’ nutritionalstatus. The anthropometrical indicators were analyzed (Z – scores of height to age – ZAI and Z– scores of weight for age – ZPI) as well as the distribution of the Body Mass Index – BMI. Theinformation concerning the alimentary consumption (quantitative and qualitative analysis) wasobtained through interviews, being adopted the method of registration of foods (Reminding 24hours). For the calculation and analysis of the content of energy and nutrients present in thestudents feeding it was used the software Virtual Nutri (Philippi et al., 1996). To know theopinion of the students’ group on the minimally processed vegetables, a sensorial analysis tookplace, adopting the three points facial hedonic scale. The results revealed that, among theinterviewed students, only 35,2% of the girls and 32,4% of the boys presented overweightwhile 1,9% of the students revealed the opposite condition, that is, low weight. It was verifiedthat 50% of the studied population have a diet in which energy content didn’t reach therecommended minimum value and, only 36,19% of the students presented appropriateparticipation of the macronutrients (carbohydrates, proteins and lipids) in the Total EnergyValue – TEV. It was also observed that 58,10% of the participants of the research enjoyed a lotthe minimally processed vegetables, and only 10,47% didn’t enjoy the vegetables. It was verifiedthat 17,14% of the girls and only 3,81% of the boys stated not to “enjoy” the minimallyprocessed vegetables. It is important to say that 61% of the students who revealed to “enjoy alot” the minimally processed vegetables, belong to families that have a smaller family income percapita. There are possibilities that a larger offer and consumption of vegetables, among thestudents, is guaranteed with the incorporation of minimally processed foods to the meals of thealimentary programs in place in Brazil today.

Key words: school feeding; alimentary consumption; fruits; school lunch; vegetables; nutritionalprogram.

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ANEXO L – Exemplo de lista de ilustrações(adaptado de NOBRE, 2003).

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1. Reservas provadas de Gás Natural no mundo 17Ilustração 2. Participação do Gás Natural na matriz energética das

grandes nações 18Ilustração 3. Quantidade de postos de abastecimento de GNV

no Brasil 25Ilustração 4. Vendas de GNV na Bahia 27Ilustração 5. Quantidade de motoristas que já utilizam GNV 30Ilustração 6. Idade dos motoristas que utilizam GNV 30Ilustração 7. Remuneração dos motoristas que utilizam GNV 31Ilustração 8. Modelos de veículos nos quais o GNV é mais utilizado 31Ilustração 9. Ano de fabricação dos veículos nos quais o GNV

é mais utilizado 32Ilustração 10. Quilometragem média rodada com GNV 32Ilustração 11. Propriedade dos veículos com GNV 33Ilustração 12. Quantidade de clientes satisfeitos com GNV 33Ilustração 13. Índice de satisfação dos clientes com GNV 34Ilustração 14. Quantidade de motoristas que não utilizam GNV 34Ilustração 15. Idade dos motoristas que não utilizam GNV 35Ilustração 16. Remuneração dos motoristas que não utilizam GNV 36Ilustração 17. Modelos de veículos nos quais o GNV não

é utilizado 36Ilustração 18. Ano de fabricação dos veículos nos quais o GNV

não é utilizado 36Ilustração 19. Combustível utilizado atualmente pelos veículos que

não utilizam GNV 37Ilustração 20. Quilometragem média rodada sem GNV 37Ilustração 21. Propriedade dos veículos sem GNV 37Ilustração 22. Nível de interesse dos proprietários na conversão

de seus veículos para utilização de GNV 38

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ANEXO M – Exemplo de lista de tabelas(adaptado de SANCHES, 2002).

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Distribuição das escolas públicas e alunos sorteados para integrarema amostra. Piracicaba, 2001. 31

Tabela 2. Distribuição da amostra dos alunos matriculados nas unidades de ensino,de acordo com o gênero e a idade. Piracicaba, 2001. 32

Tabela 3. Distribuição dos escolares em categorias de estado nutricional, com base nospercentis do Índice de Massa Corporal – IMC e gênero. Piracicaba, 2001. 41

Tabela 4. Distribuição dos escolares em categorias de estado nutricional, com baseno Índice de Massa Corporal – IMC e gênero. Piracicaba, 2001. 43

Tabela 5. Distribuição dos escolares de acordo com o estado nutricional, com baseno Índice de Massa Corporal – IMC e estratos de renda familiar per capita.Piracicaba, 2001. 46

Tabela 6. Distribuição dos escolares de acordo com o estado nutricional, com baseno Escore Z de altura para idade – ZAI e estratos de renda familiar per capita.Piracicaba, 2001. 48

Tabela 7. Distribuição dos escolares de acordo com o estado nutricional, com baseno Escore Z de peso para idade – ZAI e estratos de renda familiar per capita.Piracicaba, 2001. 49

Tabela 8. Distribuição dos escolares de acordo com o estado nutricional, com baseno Índice de Massa Corporal – IMC e escolaridade da mãe. Piracicaba, 2001. 50

Tabela 9. Distribuição dos escolares de acordo com o estado nutricional, com baseno Índice de Massa Corporal – IMC e atividade profissional da mãe. Piracicaba,2001. 51

Tabela 10. Distribuição dos escolares de acordo com a atividade profissional da mãee estratos de renda familiar per capita. Piracicaba, 2001. 52

Tabela 11. Distribuição dos percentis do consumo de energia e nutrientes,dos escolares. Piracicaba, 2001. 54

Tabela 12. Distribuição dos percentis do consumo de energia e nutrientes,de acordo com o gênero dos escolares. Piracicaba, 2001. 61

Tabela 13. Participação média de energia e de nutrientes, provenientes do consumode hortaliças, na dieta dos escolares, de acordo com o gênero,matriculados na rede pública de ensino de Piracicaba, 2001. 71

Tabela 14. Participação média de energia e de nutrientes, provenientes do consumode frutas, na dieta dos escolares, de acordo com o gênero, matriculadosna rede pública de ensino de Piracicaba, 2001. 75

[...] [...] [...]Tabela 32. Distribuição dos escolares de acordo com a participação relativa dos

macronutrientes no Valor Energético Total – VET e aceitabilidade dashortaliças minimamente processadas (cenoura e vagem). Piracicaba, 2001. 101

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101

ANEXO N – Exemplo de lista de siglas (NOBRE, 2003).

LISTA DE SIGLAS

ANP – Agência Nacional do Petróleo

BAGÁS – Base de Distribuição de Gás

BAHIAGÁS – Companhia de Gás da Bahia

CAGN – Certificado Ambiental para Uso de Gás Natural em Veículos

CIA – Centro Industrial de Aratu

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

COOMASAL – Cooperativa dos Motoristas Autônomos de Salvador

CTGÁS – Centro de Tecnologia de Gás

DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito

GLP – Gás Liquefeito de Petróleo

GNV – Gás Natural Veicular

IBP – Instituto Brasileiro do Petróleo

INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

MME – Ministério das Minas e Energia

PROÁLCOOL – Programa de Subsídio do Álcool

PRONCONVE – Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos

Automotores

RMS – Região Metropolitana de Salvador

UPGN – Unidade de Processamento de Gás Natural

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102

ANEXO O – Exemplo de lista de símbolos(adaptado de BAZITO, 1997).

LISTA DE SÍMBOLOS

δ = deslocamento químico

λ = comprimento de onda

ρ = Constante de reação na equação de Hammett

σ = Constante do substituinte na equação de Hammett

µE W/O = Microemulsão água-em-óleo

∆E≠ = Energia de ativação da reação

∆G≠ = Energia livre de ativação da reação

∆H≠ = Entalpia de ativação da reação

∆S≠ = Entropia de ativação da reação

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103

ANEXO P – Exemplo de ilustração – Quadro (SANCHES, 2003).

Idade (em anos) GêneroMasculino Feminino

7-10 2000 200011-14 2500 2200

Ilustração 1. Recomendação de energia (kcal) para os escolares, de acordo com a idade e ogênero.Fonte: National Research Council (1989).

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104

ANEXO Q – Exemplo de ilustração – Gráfico (NOBRE, 2003).

Ilustração 7. Crescimento das vendas de GNV na Bahia (m3/dia).Fonte: JORNAL FOLHA DO GNV. Salvador, n. 25, abr. 2003.

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105

ANEXO R – Exemplo de ilustração – Fotografias (NASSIFF, 2001).

Ilustração 3. Igreja de Mont Serrat (sem alpendre).Fonte: Arquivo do Mosteiro de São Bento da Bahia.Conjunto de Mont Serrat. Caixa 79. Salvador, [19_ _].

Ilustração 13. Igreja de Mont Serrat (com alpendre). Salvador, 2001.

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106

ANEXO S – Exemplo de ilustração – Representação cartográfica(NASSIFF, 2001).

Ilustração 6. Localização dos monumentos da Ponta de Humaitá.Legenda: A – Farol de Mont Serrat; B – Igreja e Mosteiro de Nossa Senhora deMont Serrat; C – Casario; D – Quartel do Exército; E – Forte de Mont Serrat.Fonte: CONDER. Sistema cartográfico da Região Metropolitana de Salvador.Salvador, 1994.

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107

ANEXO T – Exemplo de ilustração – Fluxograma(ANBRÓSIO; GUERRA, 2001).

Ilustração 15. Fluxograma do processo de obtenção da manteiga de garrafa.

Coleta do Leite

Desnate

Congelamentodo creme

Batimento docreme

Salga daManteiga

Fusão daManteiga

Decantação

Filtração doSobrenadante(Manteiga de

Garrafa)

Engarrafamento

Distribuição

Leite Desnatado

“Sabonata”

“Borra”(Precipitado)

⇒ Leite obtido através de outros forne-cedores ou do próprio fabricante.

⇒ Feito através de desnatadeira de alu-mínio.

⇒ Em freezer doméstico.

⇒ Em batedeira de alumínio.

⇒ Quantidade: 20g de NaCl/Kg demanteiga.

⇒ Em tacho de alumínio.

⇒ Temperatura: 100 – 130 ºC.

⇒ Realizada através de tecido fino.

⇒ Em garrafas de 200mL com rótuloscontendo, dentre outras informa-ções, data de fabricação e validade.

⇒ Aos principais pontos de venda.

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108

ANEXO U – Exemplo de ilustração – Organograma(BAHIA, 2003).

Ilustração 5. Estrutura organizacional da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia.

CONSELHO SECCIONAL – GAB BAHIA

CONSELHO PLENO

DIRETORIA CÂMARAS JULGADORAS

PRESIDÊNCIATRIBUNAL DE ÉTICA

ESCOLAS DE ADVOCACIA

SEC. ESAD. ASSESSORIASECRETARIA TED.

SEC. PRESID.

SECRETARIA GERAL VICE-PRESIDÊNCIA TESOURARIA

COORD. COMISSÕES GER. ADMINISTRATIVA

COORD. SUBSEÇÕESCONTABILIDADE SETOR TESOURARIA

SEC. COMISSÕES

PROTOCOLO CENTRO DOC. SETOR PESSOAL CENTRO PROC. DADOS

ARQUIVO EXP. ALMOXARIFADO

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109

ANEXO V – Exemplo de ilustração – Desenho esquemático(OLIVEIRA; MARTINS, 2003).

Ilustração 11. Desenho esquemático de coletor de pó de balão paralimpeza do gás do topo do alto-forno.

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110

ANEXO W – Exemplo de ilustração – Representação esquemática(VIEIRA; LUPETTI; FATIBELLO FILHO, 2003).

Ilustração 4. Representação esquemática das reações entre paracetamol, peróxidode hidrogênio e peroxidase no biossensor.

CH3

C=O

N H

OH

paracetamol

H2O2

Peroxidase

CH3

C=O

N

O

N-acetil-p-benzoquinonaimina

2e

Epc= -0,10V

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111

ANEXO X – Exemplo de tabela (SANCHES, 2003).

Tabela 4. Distribuição dos escolares em categorias do estado nutricional com base noÍndice de Massa Corporal – IMC e gênero. Piracicaba, 2001.

Categorias do Gêneroestado nutricional Masculino Feminino Total

nº % nº % nº %

IMC < 15o P 9 4,3 12 5,7 21 10,015o P ≤ IMP < 85o P 59 28,1 59 28,1 118 56,2

IMC ≥ 85o P 37 17,6 34 16,2 71 33,8Total 105 50,0 105 50,0 210 100,0

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112

ANEXO Y – Exemplo de glossário (LARIZZATTI, 2002).

GLOSSÁRIO

AlteraçãoTermo de significado amplo que inclui processos supérgenos e hipógenos que em condiçõesmagmáticas tardias, pós-magmáticas, hidrotermais ou metamórficas, são responsáveis pelos pro-cessos de transformação das rochas e minerais anteriores aos processos intempéricos.

AlteritoSinônimo de saprolito. Entretanto, para alguns autores, “altérite” se refere menos especificamenteao material residual imtemperizado e “isaltérite” se refere a saprolito.

AlteromorfoTermo utilizado em todos os casos de transformação (alteração ou intemperismo) de mineraisprimários em produtos secundários, qualquer que seja a forma dos minerais primários e secun-dários e qualquer que seja o grau de preservação de seus formatos e volumes originais.

AlteroplasmaPlasma de primeira geração consistindo de micropartículas cristalinas secundárias desenvolvidasa partir de ou dentro de minerais primários cujo tamanho e volume geralmente são mantidos. Odomínio formado dessa maneira é um alteromorfo.

AlterorelictoFragmento de rocha intemperizada, ou associação de minerais intemperizados, isolados em umamatriz mais evoluída. É reconhecido por sua textura petrográfica original e pela composição deseus alteromorfos. Pode estar, em muitos casos, associado a minerais menos intemperizados. Osalterorelictos correspondem a litorelictos cujo conteúdo, e eventualmente, textura, foi modificadopor processos intempéricos, ou a relictos de alteritos (ou de alteroplasmas) isolados dentro damatriz que resulta da substituição do alterito por um plasma de origem pedológica neoformado(pedoplasma).

{...]

SoloParte superior do regolito, geralmente definida como aquela que suporta a vida vegetal. Emparticular se refere àqueles horizontes superficiais que estão reagindo com o ambiente superficialtotal.

TexturaA natureza física de uma unidade ou componente do regolito de acordo com a proporção dasdiferentes frações granulométricas (e.g. areia, silte, argila). Para as características físicas relaciona-das ao arranjo espacial dos constituintes em microescala e mesoescala, o termo fábrica é preferi-do.

Vesícula

Um pequeno interstício no formato de uma célula ou bolha.

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113

ANEXO Z – Exemplo de índice (adaptado do PORTAL DA UNIÃOEUROPÉIA, 2002).

ÍNDICE

Academia Européia de Direito: 346Ação “Cidadãos da Europa”: 1152Ação “Construamos a Europa juntos”: 1151Ação “Jean Monnet”: 1160Ação “Robert Schuman”: 154Acervo comunitário: 791, 799, 800Acesso aos mercados: 691, 732, 889Acesso do público aos documentos das instituições: 1039Acidificação: 501Acordo de Cartagena: 919, 920Acordo de parceria para o desenvolvimento: 929, 930Acordo de Schengen: 975Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços: ver GATSAcordo sobre o consentimento prévio com conhecimento de causa: 489, 766Acordos

–  comerciais: 728, 729–  de cooperação: 26, 718, 845, 856- 861–  de investigação: 306, 310, 313, 314, 793–  de reconhecimento mútuo: 729–  europeus: 808-810–  interinstitucionais: 1033-1036

Acordos mundiais (produtos de base): 756-759Acordos restritivos: 203-208[...]Auxílios horizontais: 224, 225Aviação civil: 453, 454Azeite: 15, 551, 573Azerbaijão: 78, 681, 786, 860, 875

Bananas: 381, 576Banco Central Europeu: ver BCEBanco Europeu de Investimento: ver BEIBanco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento:

ver BERDBanco Mundial: ver BIRDBangladeche: 779, 787, 901Batatas: 572BCE: 51, 57-61BEI: 86-91, 1017, 1018, 1020Bélgica: 20, 46, 48, 1023, 1044Belize: 607BERD: 94-96; 862Bielorrússia: 35, 667, 681, 701, 740, 786, 856, 861, 867, 876Biomedicina: 302Biotecnologia: 195, 254, 300BIRD: 479, 696, 946Birmânia: ver MianmarBolívia: 788, 917, 924Bolsa “Marie Curie”: 317, 318Bósnia-Herzegovina: 34, 78, 667, 677, 701, 705, 783,

839,841, 958, 1018Botsuana: 761Brasil: 522, 741, 771, 788, 917, 924Brunei: 723Bulgária: 76, 309, 341, 676, 735, 784, 799, 804, 809,

814, 816Burundi: 684, 789, 952

Butão: 899[...]Tribunal de Justiça

–  agricultura: 1064–  auxílios estatais: 1056–  cidadania européia: 1051–  composição: 1092, 1097–  concorrência: 1055, 1057–  igualdade entre homens e mulheres: 1058, 1059–  institucional: 1049, 1050–  livre circulação de mercadorias: 1052–  livre circulação de trabalhadores: 1053–  livre prestação de serviços: 1054–  política sanitária: 1064, 1065–  questões institucionais: 1061-1063

Tribunal de Primeira Instância–  agricultura: 1064, 1065–  composição: 1094-1097–  nomeação: 1093–  questões institucionais: 1047, 1048, 1060–  saúde pública: 1065

TRIPS: 1049Trocas comerciais comunitárias de animais das espécies

bovina e suína: 564Tunísia: 699, 848Turismo: 276-278, 752, 1014Turismo sexual: 278Turquemenistão: 856, 859, 860, 874Turquia: 35, 679, 784, 796, 802, 804, 827, 836-838, 978

UCLAF: 1015Ucrânia: 77, 539, 701, 705, 740, 786, 856, 858, 863, 872, 873, 980UEM: 43, 44, 48-51UEMOA: 949UEO: 669, 703Unesco: 479, 768União aduaneira: 836União da Europa Ocidental: ver UEOUnião Econômica e Monetária da África Ocidental: ver

UEMOAUnião Econômica e Monetária: ver UEMUnidade “Droga” da Europol (EDU): 970Unidade de Coordenação da Luta Antifraude: ver UCLAFUNRWA: 850Urânio natural: 424, 425URBAN: 373Uruguai: 788, 917, 924Uruguay Round: 808Usbequistão: 740, 860, 874

Vaticano: 66Veículos a motor: 165, 191, 247Venezuela: 404, 788, 924Vietname: 35, 787, 904Vinho: 552, 574Votação no Conselho: 1026Zâmbia: 686, 934Zonas rurais: 274, 562

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO:planejamento, execução e redação da monografiaé uma edição da Quarteto Editora.

Av. Antonio Carlos Magalhães, 3213 – Ed. Golden Plaza, s/702Parque Bela Vista – Brotas – Salvador-BahiaCEP 41.275-000 – Tel.: (0xx)71- 452-0210 – Telefax: (0xx)71-353-5364E-mail: [email protected]

[email protected]

Impressão e acabamento: EGBASalvador – 2003.

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