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1 Franciele Mazoti Guarnieri TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO PROGRAMA 5S COM BASE NA METODOLOGIA PDCA: IMPLANTAÇÃO NA EMPRESA BENDINI LOGÍSTICA LTDA. Organização, Sistemas e Métodos ITAJAÍ (SC) 2011 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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Franciele Mazoti Guarnieri

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

PROGRAMA 5S COM BASE NA METODOLOGIA PDCA: IMPLANTAÇÃO NA EMPRESA BENDINI LOGÍSTICA LTDA.

Organização, Sistemas e Métodos

ITAJAÍ (SC)

2011

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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FRANCIELE MAZOTI GUARNIERI

TRABALHO DE CONCLUSÃO ESTÁGIO

PROGRAMA 5S COM BASE NA METODOLOGIA PDCA: implantação na empresa Bendini Logística ltda.

Trabalho de conclusão de estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ – SC, 2011

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Agradeço primeiramente a Deus por estar

presente em todos os dias de minha vida.

Agradeço a minha família, pessoas que amo muito

e admiro, sempre esteve ao meu lado apoiando

nesta tarefa. Agradeço especialmente aos meus

pais Nilton e Maria Izabel por estar presente em

minha vida, que possibilitaram o meu estudo, são

meu exemplo de vida e a eles dedico a minha

formação. Não posso deixar de agradecer a minha

irmã Jéssica que também esteve em meu lado

apoiando e incentivando o desenvolvimento este

trabalho.

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Agradeço também a todos meus amigos, colegas

que de alguma forma contribuíram e/ou apoiou

durante a minha formação acadêmica, a empresa

objeto de estudo, que concedeu informações para

o desenvolvimento deste trabalho. Agradeço

também à minha orientadora Justina da Costa

Rodrigues que foi um exemplo de

profissionalismo, dedicação e que me acolheu

com todo o seu carinho.

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Franciele Mazoti Guarnieri

b) Área de estágio

Organização, Sistemas e Métodos.

c) Orientador de campo

Everton Bendini

d) Orientador de estágio

Profª. Justina da Costa Rodrigues

e) Responsável pelo Estágio Supervisionado em Administração

Prof. Eduardo Krueger da Silva, MSC.

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão Social

Bendini Logística LTDA.

b) Endereço

Av. Abrahão João Francisco, 2700. Sala 14. Bairro Dom Bosco, Itajaí – SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Administrativo e Comercial.

d) Duração do estágio

240 horas.

e) Nome e cargo do orientador de campo

Everton Bendini, Diretor

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAÍ, 16 DE JUNHO DE 2011.

A Empresa, Bendini Logística Ltda., pelo presente instrumento, autoriza a

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho

de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pela

acadêmica FRANCIELE MAZOTI GUARNIERI.

_______________________________________________

EVERTON BENDINI

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RESUMO

O 5S é um processo educacional, que pode ser considerado como a base fundamental para a educação da qualidade total e pode ser adaptado à cultura de qualquer empresa. O programa tem como finalidade a execução das atividades em um ambiente que possibilite alcançar os resultados e a qualidade de vida dos colaboradores. Nesse sentido, este estudo avaliou a implantação da filosofia do 5Ss relacionada com a metodologia do ciclo do PDCA como uma forma de facilitar a busca da certificação do SASSMAQ que tem como objetivo reduzir os riscos de acidentes nas operações de transportes e distribuição de produtos químicos na empresa Bendini Logística Ltda A tipologia de estágio foi caracterizada como avaliação de resultados, como a abordagem dos métodos quantitativo e qualitativo. Participaram da pesquisa o gestor, multiplicadores e os motoristas. O resultado da pesquisa apontou aspectos que podem contribuir com a implantação e manutenção do programa de qualidade na empresa como: o acompanhamento inicial de uma consultoria externa especializada na área de qualidade, a definição dos responsáveis pelo programa com a formação do comitê da qualidade, a utilização da metodologia do ciclo do PDCA para acompanhamento das ações corretivas e preventivas, bem como a padronização dos processos. Porém, também foram detectados pontos que podem interferir de modo desfavorável na implantação e manutenção do programa 5s, como o fato da empresa e os colaboradores visualizarem o programa como uma ação para utilização, organização e limpeza do ambiente de trabalho, falha na comunicação dos objetivos do programa aos colaboradores, falta de disponibilidade de horários dos colaboradores para participarem dos treinamentos, falta de definição de critérios para padronização dos arquivos no servidor e falta de coleta seletiva de lixo na empresa. Com base no resultado da pesquisa foram apresentadas sugestões visando a melhoria continua dos processos de forma rotineira aliada a motivação dos colaboradores.

PALAVRAS-CHAVE: Programas da qualidade, cinco sensos, ciclo PDCA.

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LISTA DE ILUSTRAÇÃO

Quadro 01: Participantes da pesquisa ......................................................................18

Quadro 02: Ferramentas da qualidade......................................................................24

Quadro 03: Programas da qualidade ........................................................................25

Quadro 04: 5 sensos .................................................................................................28

Figura 01: Ciclo PDCA ..............................................................................................34

Figura 02: Organograma ...........................................................................................38

Quadro 05: Conhecimento da ferramenta .................................................................42

Quadro 06: Importância do 5s ...................................................................................43

Quadro 07: Comunicação..........................................................................................43

Quadro 08: Implantação do programa.......................................................................44

Quadro 09: incentivos para participação no programa..............................................45

Quadro 10: Relacionamento......................................................................................45

Quadro 11: Utilização................................................................................................46

Quadro 12: Organização ...........................................................................................46

Quadro 13: Disciplina ................................................................................................47

Quadro 14: Limpeza..................................................................................................48

Quadro 15: Dados pessoais ......................................................................................49

Quadro 16: Escolaridade...........................................................................................49

Quadro 17: Renda familiar ........................................................................................50

Quadro 18: Utilização................................................................................................50

Quadro 19: Organização ...........................................................................................51

Quadro 20: Organização ...........................................................................................51

Quadro 21: Saúde .....................................................................................................52

Quadro 22: Disciplina ................................................................................................52

Quadro 23: Conhecimento sobre o programa da qualidade......................................53

Quadro 24: Implantação............................................................................................54

Quadro 25: Motivação para o programa....................................................................55

Quadro 26: Treinamento ...........................................................................................55

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Quadro 27: Ambiente interno ....................................................................................56

Quadro 28: Responsabilidade social .........................................................................57

Quadro 29: Questões abertas ...................................................................................57

Quadro 30: Dados pessoais ......................................................................................59

Quadro 31: Renda familiar ........................................................................................59

Quadro 32: Utilização................................................................................................60

Quadro 33: Organização ...........................................................................................60

Quadro 34: Limpeza..................................................................................................61

Quadro 35: Saúde .....................................................................................................62

Quadro 36: Disciplina ................................................................................................62

Quadro 37: Conhecimento ........................................................................................63

Quadro 38: Motivação para a implantação................................................................63

Quadro 39: Treinamento ...........................................................................................64

Quadro 40: Responsabilidade social .........................................................................64

Quadro 41: Ambiente interno ....................................................................................65

Quadro 42: Objetivo e dificuldades do programa 5s .................................................66

Figura 03: Participantes da palestra de lançamento do programa 5s .......................68

Figura 04: Assinatura do comitê da qualidade ..........................................................68

Figura 05: Cartazes para a divulgação do programa ...............................................69

Quadro 43: Roteiro da implantação do 5s com base na metodologia do PDCA .......70

Figura 06: Confraternização do dia do multirão.........................................................72

Figura 07: Área do descarte do setor administrativo .................................................73

Figura 08: Recepção antes do programa .................................................................74

Figura 09: Recepção após mudança do layout .........................................................74

Figura 10: Caixa de box, antes e depois da organização..........................................75

Figura 11: Armário e estante antes e depois da organização ...................................76

Figura 12: Interruptores antes e depois da organização ...........................................76

Figura 13: Mesas antes e depois da organização .....................................................77

Figura 14: Cozinha ....................................................................................................78

Figura 15: Quadro do resultado da avaliação do 5S .................................................79

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................13

1.1 Problema de pesquisa ......................................................................................15

1.2 Objetivo geral e específicos ............................................................................16

1.3 Aspectos metodológicos..................................................................................16

1.3.1 Caracterização do trabalho .............................................................................17

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa ..............................................................18

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados..........................................19

1.3.4 Tratamento e análise dos dados .....................................................................20

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.....................................Erro! Indicador não definido.21

2.1 Gestão da qualidade total.................................................................................21

2.1.1 Qualidade total nos serviços ............................................................................23

2.1.2 Ferramentas da qualidade total........................................................................23

2.1.3 Programas da qualidade ..................................................................................25

2.2 Programa 5 sensos ................................................Erro! Indicador não definido.7

2.2.1 Processo de implantação do 5s .......................................................................30

2.2.2 Metodologia do ciclo PDCA..............................................................................32

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO ............................................35

3.1 Caracterização da empresa ................................................................................35

3.1.1 Histórico ...........................................................................................................35

3.1.2 Missão, visão e valores ....................................................................................37

3.1.3 Estrutura organizacional...................................................................................37

3.1.4 Mercado de atuação.........................................................................................38

3.1.5 Principais clientes.............................................................................................39

3.1.6 Principais fornecedores ....................................................................................39

3.1.7 Principais concorrentes ....................................................................................40

3.1.8 Principais serviços............................................................................................40

3.1.9 Parceria de cooperação ...................................................................................41

3.1.10 Política de gustão sustentável........................................................................41

3.2 Resultados da Pesquisa ...................................................................................42

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3.2.1 Verificação da percepção da empresa sobre o programa 5s ...........................42

3.2.2 Verificação da percepção dos multiplicadores em relação ao programa 5s.....48

3.2.3 Identificar a percepção dos motorista com relação ao programa 5s ................58

3.2.4 Fase de implantação do 5s com metodologia do PDCA .................................66

3.2.5 Apresentação das sugestões de melhoria........................................................80

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................83

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................85

ANEXOS ..........................................................................Erro! Indicador não definido.

DECLARAÇÃO................................................................Erro! Indicador não definido.

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS............................Erro! Indicador não definido.

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1. INTRODUÇÃO

Os programas de melhoria contínua podem ser considerados como um

diferencial competitivo para as empresas que buscam comprometimento da equipe

de trabalho, agilidade e segurança nos processos e qualidade de vida no trabalho

para a manutenção e atração de clientes internos e externos. Para a implantação

destes programas um dos fatores essenciais é a mudança de comportamento e a

forma de agir dos envolvidos, que podem ser modificados por meio da

conscientização e aprendizado contínuo.

Portanto não bastam investirem em tecnologia se não for considerada

primeiramente a importância dos colaboradores para a sustentabilidade dos

programas implantados. Porque a busca pela melhoria da qualidade está se

tornando uma preocupação permanente das empresas.

Como as empresas de pequeno porte estão ocupando espaço no

mercado brasileiro, e por possuírem uma estrutura simplificada permite novas

experiências, flexibilidade, capacidade de adaptação e agilidade quando se trata de

mudanças nos processos, estão sendo destacada na busca de estratégias

competitivas, valorização dos colaboradores, qualidade, organização, produtividade

e melhoria contínua.

Um dos programas de melhoria continua é o 5s, uma prática que se

desenvolveu no Japão, com os pais ensinando para seus filhos os princípios

educacionais que iriam acompanhá-los até a fase adulta. Este sistema tem como

objetivo garantir uma linha de conduta e procedimentos a fim de conscientizar e

promover mudanças comportamentais, preparando o ambiente para a satisfação dos

clientes, baseando-se na gestão da qualidade. Para isso é necessário que haja

disciplina, colaboração, atitude e disposição de todos no ambiente organizacional

para aumentar as possibilidades de sucesso.

O significado dos 5s está relacionado a um conjunto de conceitos como:

utilização, organização, limpeza, saúde e autodisciplina que se tornam prática

fundamental para todos os níveis da organização, ou seja, a obtenção do processo

educacional e sucesso, considerando Silva (1996).

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Como qualquer programa de qualidade o 5s também requer um processo que

seja acompanhado e avaliado a cada etapa. Neste sentido é que a utilização do

método PDCA pode facilitar a sua implantação. O ciclo PDCA também é conhecido

como Ciclo de Shewhart, Ciclo da Qualidade ou Ciclo de Deming, é uma

metodologia que tem como função de auxiliar no diagnóstico, análise e prognóstico

de problemas organizacionais. Poucos instrumentos se mostram tão eficazes para a

busca do aperfeiçoamento quanto este método de melhoria contínua, tendo em vista

que conduz a ações sistemáticas para agilizar a obtenção de melhores resultados

com a finalidade de garantir a sobrevivência e o crescimento das organizações,

como enfatiza Deming (1990).

Como o 5s este método também teve seu reconhecimento no Japão com

expansão em nível mundial, e é caracterizado por quatro palavras inglesa com os

seguintes significados: P (Plan) é o planejamento, D (Do) executar, C (Check)

controlar e A (Action) correção como enfatiza Slack (1997). A vinculação do

programa 5s e metodologia do PDCA é justificada pelo fato das ferramentas

possibilitarem retroação das ações,

O programa 5s com base na ferramenta do PDCA poderá possibilitar a

avaliação contínua nos processos e feedback, podendo assim facilitar a implantação

de ações estratégicas para a obtenção de melhoria na empresa.

Nas empresas de transportes como é o caso da empresa objeto deste estudo

que está enfrentando problemas em função da forte concorrência, a implantação de

um programa de qualidade poderá facilitar a padronização das operações e

desburocratizar tarefas para agregar valor ao negócio.

Desta forma, a empresa Bendini Logística que tem como ramo de negócio

transporte de cargas rodoviárias, percebeu que necessita continuamente

desenvolver ações para a melhoria de seus processos e obter o desenvolvimento,

crescimento para busca de um diferencial competitivo. Neste sentido o presente

estudo acompanhou a implantação do programa 5s visando conscientizar os

colaboradores a executar as atividades em um ambiente que busque vantagem

competitiva aliada a qualidade de vida no trabalho.

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1.1 Problemas de pesquisa

O problema de pesquisa possibilita uma visão mais detalhada da empresa e

dos seus problemas atuais. Roesch (2009) acredita que um problema é uma

situação que não foi resolvida, mas pode ser uma oportunidade para encontrar uma

solução na empresa.

No cotidiano da empresa em estudo foram identificadas não conformidades, ou

seja, problemas como falta de organização nos procedimentos diários, falta de

padronização e desperdícios que pode estar prejudicando o negócio tanto

financeiramente pelos gastos desnecessários como pelo tempo utilizado na procura

de documentação ou até perda do mesmo.

Portanto o estudo teve como base o questionamento que definiu o tema da

pesquisa, “Quais são as limitações e possibilidade para implantação de um

programa de qualidade, vinculando o 5s com a metodologia PDCA na empresa

Bendini Logística”?

Para Roesch (2009) é necessário verificar para quem será importante o

trabalho a ser desenvolvido, deve estar relacionados com os objetivos da empresa,

bem estar dos colaboradores, sociedade e meio ambiente.

Portanto este estudo proporcionou que a empresa visualizasse as ações

necessárias para implantação e manutenção de um programa de qualidade

utilizando a filosofia do 5s vinculada com o ciclo do PDCA. Já para a acadêmica

possibilitou aplicar parte dos conhecimentos adquiridos na universidade a prática

organizacional, como também reciclar conceitos para adequar à realidade a

empresa.

Quando se refere em originalidade, este programa foi desenvolvido pela

primeira vez na empresa e também é original perante a Universidade do Vale do

Itajaí, considerando a junção das duas ferramentas. Para Marconi e Lakatos (2006)

a originalidade é importante inserir inovações por meio da pesquisa cientifica.

Para as mesmas autoras a viabilidade está relacionada com as condições

para o alcance dos objetivos para solucionar o problema apresentado. Com isso

torna-se necessário a busca de informações a elaboração deste trabalho. Neste

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estudo como a empresa disponibilizou as informações, os custos foram acessíveis, a

viabilidade foi assegurada.

1.2 Objetivo geral e específicos

Como destaca Roesch (2009) os objetivos são definidos como o alvo que se

pretende atingir. Existem dois tipos de objetivos o geral que formula os padrões e

propósitos que serão desenvolvidos. Já os objetivos específicos mostram de que

forma se pretende atingir o resultado do estudo e aponta as etapas que devem ser

cumpridas.

Nesse sentido o objetivo geral deste trabalho consistiu na implantação de um

programa 5s com a utilização do método PDCA na empresa Bendini Logística.

Para o alcance do resultado do presente estudo foram definidos os seguintes

objetivos específicos:

• Verificar o conhecimento dos conceitos 5s, ciclo PDCA e o objetivo

empresa com a implantação do programa.

• Identificar a percepção dos multiplicadores à filosofia do programa.

• Identificar a percepção dos motoristas em relação ao programa.

• Acompanhar as fases da implantação.

• Apresentação de sugestões de melhorias necessárias.

1.3 Aspectos metodológicos

Este item trata da definição da metodologia que foi utilizada para a realização

do trabalho de estágio, descrevendo os métodos, as técnicas, os procedimentos

para que seja possível colocar em prática o que foi visto em teoria e assim atingir os

objetivos do estudo que é acompanhar a implantação do programa 5s com a

metodologia do ciclo PDCA na empresa objeto de estudo.

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Considerando Roesch (2009) o projeto deve utilizar problemas reais e esperar

que o diagnóstico da situação e a proposta envolvam a busca e o tratamento de

dados. Assim pode-se passar confiança sobre os resultados obtidos e atingir os

objetivos do trabalho.

1.3.1 Caracterização do trabalho

A tipologia do presente estudo foi caracterizada pela avaliação dos resultados.

Informa Roesch (2009, p.61) que este tipo de avaliação propõe a “julgar a

efetividade de um programa, prática ou plano”. Assim poderá verificar se a

implantação do programa considerou as etapas tendo como base os autores

pesquisados

Ainda para a autora este tipo de avaliação é mais criterioso, é necessário que a

empresa faça um diagnóstico para verificação dos problemas e assim propor o

programa de melhoria.

Como enfatiza Silva (1996) é necessário aperfeiçoar as condições de trabalho

para criar um ambiente agradável, ou seja, um ambiente de qualidade para todos os

colaboradores visando à busca do envolvimento.

Com relação à estratégia de pesquisa utilizada neste trabalho foi o estudo de

caso que buscou examinar a atualidade dentro da realidade da empresa.

Considerando Roesch (2009), essa estratégia permite fazer um estudo mais

profundo e explorar vários ângulos.

Esta pesquisa utilizou os métodos qualitativos e quantitativos, sendo que

possuem o mesmo objetivo o de solucionar os problemas.

O método quantitativo na visão da mesma autora tem como objetivo de medir a

relação entre as variáveis ou avaliar resultados de algum sistema ou projeto. Com

isso é necessário verificar a melhor estratégia para controlar a pesquisa e garantir

um melhor resultado.

Já o qualitativo é indicado para quem deseja explorar, buscar informações para

empresas pequenas ou pequenas unidades gerenciais. Este método deixa o

questionado em contato com o pesquisador como ainda ressalta a autora citada.

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A empresa é de pequeno porte, possui poucos colaboradores, desta forma a

pesquisa realizada com os colaboradores e multiplicadores foi de caráter misto, ou

seja, método quantitativo e qualitativo para a obtenção maiores informações.

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

Após a caracterização da pesquisa foi definido a população para a aplicação da

mesma. Desta forma foi necessária a participação do gestor, multiplicadores e

motoristas da empresa para a busca de dados. Para Brandão Néto (2004)

população são todas as pessoas com as quais se pretende fazer a pesquisa ou

aplicar o questionário para a busca de informações.

Para a obtenção dos resultados foi necessário acompanhar o desenvolvimento

da implantação do sistema da qualidade iniciando pela utilização, organização,

limpeza, saúde e autodisciplina, informa Silva (1996).

Para obter informações Roesch (2009) acredita que os participantes das

pesquisas são essenciais para a tomada de decisão, para o desenvolvimento de um

estudo com as dificuldades que foram observadas.

Os participantes da pesquisa estão agrupados no quadro de número 01 de

acordo com os setores da empresa:

Setor de Trabalho Números de Participantes

Direção e Gerencia 2

Administrativo e Financeiro 2

Gestão Operacional 4

Transportes (motoristas) 7

Total 15

Quadro 01 - Participantes da pesquisa Fonte: Dados do trabalho

O quadro 01 apresenta a quantidade de pessoas que participaram da pesquisa,

com destaque para os motoristas em função da atividade da empresa.

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1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

Para Marconi e Lakatos (2006) coleta de dados é efetuada com a aplicação de

instrumentos elaborados com as técnicas selecionados a fim de utilizar as

informações para interpretação do resultado da pesquisa.

A coleta de dados pode ser de fontes primárias ou secundárias. As de fontes

primárias são as informações obtidas pelo pesquisador que neste estudo foi utilizada

o questionário com questões abertas com o diretor da empresa para verificar os

conhecimentos dos conceitos e os objetivos com a implantação do programa.

Para Roesch (2009) as questões abertas são forma mais elementar para a

coleta de dados com caráter qualitativo. Ainda para a autora estas questões devem

permitir entender e capturar a percepção dos respondentes. O pesquisador deverá

interpretar e explicar os resultados utilizando as teorias.

Para obter dados foi também utilizada a entrevista não estruturada na qual são

utilizadas questões abertas sem roteiro. Informa Girardi (2009, p.20) que o “objetivo

desta entrevista é entender a opinião dos entrevistados quanto a situações. O

entrevistador pode explorar mais profundamente mais abertamente questões que

considera importante e necessária”.

Já com os multiplicadores e motoristas foi aplicado questionário com questões

fechadas e abertas para identificar a percepção em relação às ferramentas. Este tipo

de questionamento misto requer mais atenção. Para Roesch (2009) o questionário é

uma ferramenta utilizada para buscar dados sobre algum tema, assunto e objetivo.

Quanto às fontes secundárias são aquelas informações já existentes em sites,

organogramas e outros meios, não há necessidade de uma pessoa para responder

as perguntas elaboradas, considerando a autora. Neste estudo as fontes

secundárias serviram para caracterizar a empresa.

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1.3.4 Tratamento e análise dos dados

Para Roesch (2009) a pesquisa deve possuir a quantidade necessária de

dados para ser tratados e analisados, mas é bom conhecer quais os tipos de

técnicas que se adaptam com a realidade de cada estudo. Após a tomada de

decisão sobre qual a abordagem utilizada, os dados foram tratados, tabulados e

interpretados por meio de técnicas estatísticas e conceitos da análise de conteúdo.

Os dados quantitativos foram analisados com técnicas estatísticas, sendo que

foi necessário o auxilio de Programa de computador chamado de Microsoft Excel

para auxiliar nas tabulações. Como ressalta Roesch, (2009) normalmente os dados

coletados passam análise com a ajuda de computadores, dependendo do número

de pesquisados pode-se utilizar planilha para a codificação manual.

Já a pesquisa qualitativa para a mesma autora, trata-se de uma pesquisa

mais profunda, mais técnica, podendo obter maiores informações, dados sobre o

tema abordado que deverão ser interpretados.

Neste estudo os dados qualitativos foram interpretados por meio do conceito da

analise de conteúdo. Considerando a mesma autora esta técnica de analise de

conteúdo permite ao pesquisador entender e capturar a perspectiva dos

respondentes por meio da categorização prévia de alternativas para as respostas.

Após a análise, os dados foram apresentados em quadros, figuras e texto

descritivo.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este capítulo apresenta a fundamentação que serviu de base para o presente

estudo envolvendo os seguintes temas: gestão da qualidade total, qualidade total

nos serviços, ferramentas da qualidade total e programas da qualidade.

2.1 Gestão da qualidade total

O movimento da qualidade foi implementado primeiramente no Japão, em

1980 pelos americanos após a Segunda Guerra Mundial, seus conceitos foram

baseados nos pesquisadores e consultores americanos Juran, Feigenbaum e

Deming chamado de pai da qualidade considerando Daft (2005), suas teorias foram

adaptadas para atingir as potências industriais. Assim os japoneses utilizaram as

abordagens do controle da qualidade fazendo com que seus colaboradores da linha

de frente das fábricas se envolvessem com o processo.

Para Paladini (1994), o conceito de gestão da qualidade é o conjunto de

ações sistemáticas destinadas a estabelecer e atingir as metas da qualidade, ou

seja, é o envolvimento de todos os setores em busca do bem comum. Ainda para o

autor qualidade é adequação ao uso enseja uma nova organização dos esforços

dentro da empresa.

Existem quatro elementos que são importantes para a gestão da qualidade

como destaca Daft (2005):

• Envolvimento com os colaboradores.

• Participação de todos no controle da qualidade.

• Foco no cliente, ou seja, busca da satisfação das necessidades.

• Superar as expectativas.

Ainda para o autor a gestão da qualidade deve considerar o benchmarketing

que é a descoberta de novidades no mercado, as melhorias contínuas que são as

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pequenas mudanças em todas as áreas da empresa buscando eficiência, qualidade

e satisfação dos clientes.

A filosofia da gestão da qualidade foca no trabalho em equipe, satisfação dos

clientes e diminuição dos custos. Sendo assim a gestão da qualidade é importante

para o crescimento e desenvolvimento das empresas. Para isso é necessário passar

por adaptações, aprimoramentos em busca da qualidade contínua para agregar

valor aos produtos e/ou serviços.

Defende Juran (1995), que para uma empresa possuir a qualidade no

ambiente de trabalho é necessária satisfação dos clientes. Para o autor qualidade

significa desempenho do produto, ou seja, quais as características que possui e

porque seus consumidores/clientes estão adquirindo.

Já para Paladini (1994), a qualidade é mais que estratégias ou técnicas

estatísticas, que refletem nas políticas de funcionamento das empresas e assim os

seus benefícios acabam sendo duradouros e permanentes priorizando o

consumidor/cliente.

Para conquistar e manter os clientes é necessário adotar estratégia para a

melhoria dos procedimentos. Para Kalkmann (2002) é necessário sair da rotina e

alterar hábitos antigos, estabelecer novos paradigmas e utilizar sempre a qualidade

em todas as tarefas que forem executadas.

Para Juran (1995, p.11), “qualidade tem vários significados”, ou seja, cada

profissional pode interpretar e agir de formar diferente passando por adaptações e

aprimorando para adequar-se a realidade de cada empresa.

As empresas devem estar sempre voltadas para inovação, em busca da

melhoria contínua. Com isso será necessária a participação de todos os

colaboradores para que consiga atingir o objetivo final que é o crescimento perante o

mercado logístico com qualidade produtos e serviços e na qualidade de vida dos

colaboradores.

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2.1.1 Qualidade total nos serviços

A qualidade total nos serviços considera a satisfação das necessidades e

desejos dos clientes, para surpreender e exceder as expectativas, atingindo os

objetivos para conquistar a confiança e fidelidade.

Menciona Deming (1990) que a qualidade no serviço também é o desejo de

melhorar com qualidade o trabalho, aumentar a produção com menos mão-de-obra

e custos reduzidos. Devem-se melhorar os serviços juntamente com a produção

para que o sucesso do negócio se mantenha ou ultrapasse as expectativas dos

clientes, sendo um diferencial competitivo.

Para a empresa conquistar os clientes é necessário trabalho em equipe,

relacionamento interpessoal e valorização profissional. Kalkmann (2002) relata que

para o sucesso é necessária relação direta entre empresa, equipe e o sucesso

profissional, sendo que uma equipe bem treinada e preparada poderá satisfazer os

clientes. Para isso as empresas precisam adotar ferramentas que possibilitem a

integração entre os processos e as pessoas.

2.1.2 Ferramentas da qualidade total

As ferramentas da qualidade são técnicas desenvolvidas para auxiliar nas

soluções dos problemas das empresas, visando a melhoria contínua. Para Segat

(2011), o objetivo destas ferramentas é entender melhor as origens e causas dos

problemas, em busca conclusões mais precisas, incentivar a criatividade das

pessoas para facilitar a análise o processo de tomada de decisão, planejamento e

solução dos problemas.

Considerando Paladini (1994) são sete as ferramentas mais utilizadas para o

controle da qualidade com ações voltadas para processos e produtos conforme

apresentadas no quadro a seguir.

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Ferramentas da Qualidade Descrição

Diagrama e causa-efeito É um instrumento voltado para a análise dos processos produtivos.

Histogramas São utilizadas nas estruturas estatísticas para representar os dados.

Gráficos de controle Permitem especificar os limites superiores e inferiores nas quais as medidas estatísticas estão associadas uma quantidade de população.

Folhas de checagem São estruturadas conforme as necessidades que o usuário possui.

Gráficos de pareto Classificam-se as causas de um dado processo onde são classificados por importância.

Fluxogramas Representam graficamente as etapas pelos quais passam os processos.

Diagramas de dispersão Técnicas gráficas para fazer análise entre duas variáveis.

Quadro 02 - Ferramentas da Qualidade Fonte: Paladini (1994)

O quadro 02 apresenta as ferramentas da qualidade que servem como auxilio

na melhoria do desempenho da empresa. É viável a utilização das mesmas para

buscar a padronização das informações é necessário fazer adaptações para que

possam ser utilizadas no dia-a-dia na empresa, facilitando o entendimento dos

usuários.

Considerando Segat (2011), o diagrama causa e efeito tem como objetivo

representar graficamente a relação entre o efeito e suas possíveis causas, com uma

visão sistêmica do processo, podendo identificar os problemas, revisar e encontrar a

causa principal. O histograma também representa graficamente o comportamento de

um problema ou processo que está em não conformidade no dia-a-dia.

Entende Paladini (1994), que gráficos de controle servem para verificar se o

processo está sob controle ou dentro dos limites pré-estabelecidos, podendo

controlar a variabilidade do processo ou grau de não conformidade.

O autor ainda comenta que a folha de checagem permite a coleta de dados,

com preenchimento de forma fácil e concisa. Registram itens que devem ser

verificados e tem como objetivo fazer análise e assim tomar a decisão, ajudando a

diminuir erros e confusões.

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O gráfico de pareto tem como objetivo representar graficamente uma

estratificação para resolver problemas com base ainda no mesmo autor.

Considerando Segat (2011), o fluxograma é uma ferramenta para o planejamento e

para o entendimento do processo, tem como o objetivo definir um processo,

determinar etapas e responsabilidades de atividades, possui uma visão de todo o

processo, para analisar possíveis causas de problema na visão do mesmo autor.

O diagrama de dispersão para Paladini (1994) é a etapa seguinte do

diagrama de causa e efeito, para verificar se há uma possível relação entre as

causas e mostra qual a é intensidade. Com a posição dos autores citados sobre as

ferramentas percebe-se a importância de serem utilizados em programas de

qualidade.

2.1.3 Programas da qualidade

Os programas da qualidade servem para busca da melhoria continua,

considera Taublib (1998) que a qualidade significa mudança na postura

comportamental com menor custo e evitando desperdício. Com o passar do tempo

surgiram algumas metodologias que vão sendo adaptadas com a realidade de cada

empresa buscando o controle da qualidade total. No quadro a seguir estão

representados os programas da qualidade apontados por Kalkmann (2002):

Programas da Qualidade Significados

Just In Time Fabricação da quantidade mínima necessária, no menor tempo possível e somente no momento exato da necessidade.

KAIZEN Melhorias diárias baseadas em educação e treinamento.

5W e 1H Why (Por quê? - justificativa) What (O que? - etapas) How (Como? - método) Who (Quem? – responsabilidade) Where (Onde? – local) When (Quando? – tempo)

5s Utilização, Organização, Limpeza, Saúde e Autodisciplina.

Ciclo PDCA Definir, Executar, Verificar e Atuar.

Quadro 03 - Programas da Qualidade Fonte adaptada: Kalkmann (2002)

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O quadro 03 apresenta os programas da qualidade que podem ser utilizados

nas empresas considerando Kallkmann (2002). O programa Just In Time é uma

filosofia baseada na eliminação de desperdícios no processo de manufatura. Para

Alves (2011) esse sistema apresenta um novo conceito no processo produtivo, para

a obtenção de estoques bem menores, custo mais baixo e melhor qualidade, quando

comparado aos sistemas convencionais. Além de eliminar desperdícios, a filosofia

Just In Time procura utilizar a capacidade plena aos colaboradores delegando a

produção de itens de qualidade, atendendo o tempo e o processo produtivo.

Considerando Araujo e Rentes (2011) KAIZEN significa melhoria contínua do

fluxo de um processo a fim de agregar mais valor aos processos com menos

desperdício. Para que este programa da qualidade funcione é necessária

contribuição de todos os setores.

Na percepção de Segat (2011) o 5W e 1H que deriva de seis palavras citadas

no quadro permite considerar todas as tarefas a serem executadas ou selecionadas

de forma cuidadosa e objetiva, assegurando sua implementação de forma

organizada. Podendo ser conferida mediante um check list sendo que descreve as

determinadas atividades que precisam ser desenvolvidas com no máximo de clareza

possível por parte dos colaboradores da empresa. Essa verificação diminui a

ocorrência de possíveis erros.

No quadro 03 foram apresentadas as ferramentas da qualidade que poderiam

ser utilizadas na empresa objeto de estudo. A pesquisa realizada com o gestor

possibilitou uma análise para identificar o melhor programa adaptá-lo e iniciar o

processo de implantação. Desta forma o programa que foi mais adequado para a

empresa foi o programa 5s por permitir melhorias nos processos e na qualidade de

vida dos colaboradores.

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2.2 Programa 5 sensos

O programa 5s teve origem nos Estados Unidos, mas desenvolveu-se na

década de 60 no Japão, os pais ensinavam os seus filhos desde os princípios

educacionais que iriam seguir até a fase adulta, como afirma Ribeiro (1994).

Este programa da qualidade está sendo usado no Brasil desde 1990 em

empresas que buscam especialmente a qualificação de recursos humanos.

Geralmente não é concluído o 5s nas empresas quando mal implantado, isso

acontece porque acreditam que este programa irá resolver todos os problemas, e

acabam esquecendo-se de investir no desenvolvimento das pessoas ressalta

Abrantes (2007) que enfatiza também que quando o programa da qualidade é bem

implementado poderá trazer diversos benefícios.

Aparentemente o 5s é um programa fácil de compreender, mas na prática se

apresenta complexidade. Para Silva (2001), o objetivo básico deste programa da

qualidade é a melhoria do ambiente de trabalho nos sentidos físicos como na

organização geral do espaço físico e mental auxiliando as pessoas a mudar o jeito

de pensar para melhorar comportamentos.

Ainda o autor que muitas vezes o 5s é confundido como um programa somente

de organização e limpeza como ressaltado por alguns autores ou consultores em

cursos, mas este progrma é muito amplo sendo necessário trabalho em equipe para

atingir os objetivos.

Os cinco sensos possuem o objetivo de melhorar as condições de trabalho,

criar um ambiente da qualidade, transformar os seus potenciais em realização para

a concretização das atividades, incluindo também saúde física e mental dos

envolvidos.

Para Kalkmann (2002), esta metodologia foi criada para desenvolver bons

hábitos nas pessoas como os de: higiene, bem-estar, trabalho em grupo, evitar

desperdícios e respeito o próximo. Portanto para que este processo seja bem

sucedido é necessário educação, treinamentos, disciplina e trabalho em grupo.

Ribeiro (1994) afirma que o resultado do programa depende da disciplina para

mudança de hábitos. O autor ainda argumenta que existem determinados benefícios

com a implantação do sistema como: eliminação do desperdício, otimização do

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espaço, racionalização do tempo, redução do estresse, padronização, melhoria da

qualidade, redução de acidentes, autodisciplina, base para a qualidade total entre

outros benefícios.

No quadro 03 estão representados os 5 sensos apontados por Kalkmann

(2002):

Sensos Significado

SEIRI Utilização

SEITON Organização

SEISO Limpeza

SEIKETSU Saúde

SHITSUKE Autodisciplina

Quadro 04 - 5 Sensos Fonte: Adaptado de Kalkmann (2002)

O quadro 03 apresenta os cinco sensos, que podem possibilitar que as

empresas mantenham as condições necessárias para a melhoria contínua. Para

Ribeiro (1994) SEIRI significa utilização, e serve para separar as coisas que são

desnecessárias, destinando adequadamente os itens que não serão mais úteis. Já

Silva (1996) informa os principais benefícios com a adesão deste senso, como:

liberação de espaço, reciclagem de recursos escassos, remanejamento de pessoas

em outros setores, combate ao excesso de burocracia, diminuição de custos, entre

outros. Com este senso as empresas poderão combater o desperdício deixando

espaço livre para o fácil manuseio ou movimentação dos materiais.

Quanto ao senso SEITON para Kalkmann (2002) significa organizar uma

disposição adequada para o ambiente de trabalho. Entretanto Ribeiro (1994) e Silva

(1996) acreditam que este senso agrupa as coisas que são de fácil acesso, levando

em conta a frequência lógica assim separando o que é mais utilizado deixando em

fácil acesso e o que não são utilizados com frequências devem ser deslocado para

outro local, mantendo assim organizado, diminuindo o tempo na busca destes

materiais.

Ressalta Hirano (1994), que a organização é uma forma de padronizar,

identificado os itens das empresas, ou, seja etiquetar gavetas, armários, células de

trabalho, entre outros.

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Para Ribeiro (1994), SEISO quer dizer limpeza que busca eliminação de

sujeira, pelo usuário do ambiente como em máquinas, mesas, equipamentos entre

outros. Hirano (1994) complementa que é necessário verificar quais os

departamentos que acumulam mais sujeira, definir um encarregado para cada área

para manter o local de trabalho impecável. E que as empresas podem incentivar a

limpeza com lembretes nos locais de trabalho para que os colaboradores se

habituem à importância da limpeza no ambiente, informando benefícios que irão

conseguir mantendo a higiene, prevenindo acidentes entre outros itens ressalta Silva

(1996). Já Hirano (1994, p.54) apresenta um exemplo para fixar a limpeza “uma vez

definido quem fará a limpeza e quando, você pode definir como ela deverá ser feita”.

O exemplo serve para fixar a importância da limpeza no ambiente de trabalho e até

na vida pessoal.

O senso SEIKETSU significa saúde, e para Silva (1996), não existe empresa

excelente sem o senso da saúde. Este senso busca conservar higiene e saúde dos

colaboradores para prevenir acidente de trabalho, estresse, combater as causas

sendo uma iniciativa para conservar a qualidade de vida no ambiente organizacional.

Ainda para o autor, este senso não traz efeitos imediatos como os três

primeiros, os gestores devem tomar cuidado para que os sensos de utilização,

organização e limpeza não retrocedam fazendo de forma padronizada, bons hábitos,

seguindo normas e procedimentos que a empresa desenvolveu. Ressalta Silva

(1996, p.50) que devem “manter as condições de trabalho, físicas e mentais

favoráveis à saúde”, para que possa transformar a energia física e mental em

qualidade nos serviços.

Quanto ao SHITSUKE tem como definição a autodisciplina. Neste senso todos

deveriam apresentar-se por iniciativa própria e não pedir para fazer o que é correto

como enfatiza Hirano (1994)

Ressalta Kalkmann (2002), que quando todos os colaboradores estiverem

cumprindo os quatro primeiros sensos estarão preparados para cumprir o último.

Reforça Silva (1996, p.55), “que uma pessoa autodisciplinada toma a iniciativa para

fazer o que deve ser feito”.

Com a implantação de todos os sensos, Santos (2010) ressalta que as

organizações se encontram preparadas para um posicionamento de futuro desejável

adotando mudanças de comportamento, e relacionamento interpessoal contribuindo

assim com o desenvolvimento.

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Para manter a qualidade ativa Silva (1996) acredita que é necessário que a

empresa pratique e divulgue o 5s para criar qualidade de vida no ambiente de

trabalho.

2.2.1 Processos de implantação do 5s

Para iniciar a implantação do 5s é necessário fazer um cronograma e definir

as datas das atividades como dia do lançamento, neste dia é necessário sensibilizar

todos da empresa com palestra motivacional, informando sobre a importância do 5s

com a participação da direção, gestores, multiplicadores para definir o comitê da

qualidade e também demonstrar comprometimento perante os colaboradores.

O comitê da qualidade deve ser formado por pessoas que conhecem

profundamente os conceitos do 5s, e sejam capazes de liderar a equipe para

conduzir o programa como afirma Ribeiro (1994). Estas pessoas serão responsáveis

pela criação da estrutura para a implantação do 5s, pelo plano diretor e pelos

treinamentos dos líderes da avaliação do 5s na empresa.

Argumenta Silva (1996), que após a definição do comitê é necessário fazer

um plano para a implantação do programa verificando as etapas que deverão ser

seguidas, ou seja, um cronograma. Entretanto Ribeiro (1994) julga que é necessário

fazer um diagnóstico na empresa para mostrar a situação atual de cada área, e

assim verificar um ponto de partida para colocar em prática o plano de execução do

5s. Fazer um plano sem conhecer a realidade, é correr o risco de desestimular o

grupo, ou tornar o plano desacreditado. O diagnóstico é uma auditoria informal que

pode ser feita por pessoas que possuem o conhecimento dos conceitos dos cinco

sensos. Ainda o autor ressalta que o diagnóstico deve ser encerrado com uma

reunião para verificar quais foram às conclusões dos avaliadores, do comitê local e

do próprio responsável pelo processo de avaliação.

O mesmo autor destaca que é importante filmar ou fotografar todo o processo

de implantação, para evidenciar os diversos estágios, motivando a equipe a persistir

em busca de uma melhoria continua e incentivar outras áreas que ainda estão com

problemas.

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Para a definição do dia do lançamento é interessante disponibilizar aos

colaboradores café da manhã, palestras ou almoço, para proporcionar um dia

diferente e ao mesmo tempo mostrar a importância do programa. Neste mesmo dia

argumenta Ribeiro (1994) pode ser decidido o “dia do descarte”, ou seja, é o dia em

que todos entram em consenso para verificar o que realmente é importante em seu

local de trabalho, departamento e colocar em uma área determinada o que será

chamada de área do descarte ou no próprio lixo o que não terá mais utilidade. Neste

local será colocado todo o material que deve ser identificado com etiquetas e

descrito em uma planilha.

Depois de elaborado o planejamento, Kalkmann (2002) ressalta que é

necessário definir um dia para o descarte e iniciar a implantação do 5s sendo

necessário fazer a definição das avaliações que poderão ser semanais ou a critério

da empresa. O avaliador deverá seguir um check list para realizar a avaliação sendo

que o mesmo deverá ser acompanhado por uma pessoa do setor em questão.

Ainda enfatiza o autor que, com relação à manutenção do 5s deve ser feito

um planejamento, definindo qual será o tempo de cada avaliação, podendo ser

semanais, mensais, semestrais, ou acordo com o objetivo de cada empresa.

Considerando Ribeiro (1994) o comitê ou os coordenadores elaboram um

formulário de avaliação chamado de check list descrevendo os critérios de

pontuação, sistemática de aplicação, e estabelecimento de metas. Os

multiplicadores ou gestores deverão padronizar esse formulário com o objetivo de

servir como ferramenta comum para toda a empresa.

Ainda para o autor neste formulário deverá constar a identificação do

ambiente a ser avaliado, responsável, data da avaliação, itens que serão avaliados,

deverá possuir um espaço para a pontuação do item, espaço para o total de pontos

possíveis, obtidos e desejáveis, identificação do avaliador e do acompanhante. Vale

ressaltar que a pontuação máxima não quer dizer que o setor está perfeito, tem que

manter e melhorar, considerando que o programa está relacionado com a melhoria

contínua.

Entretanto Kalkmann (2002) relata que geralmente os setores serão avaliados

em dupla, o avaliador e um acompanhante. Sempre que o setor for auditado o

responsável pela ambiente deverá estar presente. O autor ainda informa que o setor

a ser avaliado deverá possuir uma placa com identificação, desta forma facilitará a

identificação na hora da avaliação.

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Os critérios de pontuação dever ser estabelecidos pelo comitê e caso julgue

importante poderá atribuir pesos diferentes para os itens a serem avaliados

menciona Ribeiro (1994). Uma observação que o autor apresenta em seu livro é que

os itens mais fáceis de ser trabalhados deverão possuir o peso menor, já os itens de

maior complexidade, deverão possuir peso maior.

Ainda para o autor a divulgação dos resultados deve ocorrer sempre

mostrando os pontos positivos, destacando as áreas que estão em conformidades

ao programa da qualidade. Deve-se ser feito um quadro para mostrar a pontuação

dos setores e o placar geral.

Ressalta o autor que após cada avaliação do 5s deverá ser feita uma reunião

para discutir a eficácia dos planos das atividades, ou seja, deverão fazer um plano

de ação para correção dos pontos que estão não-conformes e definição de novas

metas, possibilitando a utilização da metodologia do PDCA para a manutenção do

programa.

2.3.2 Metodologia do ciclo PDCA

O ciclo PDCA é um dos conceitos mais conhecidos da gestão da qualidade,

enfatiza Oribe (2010), que teve origem nos Estados Unidos pelo engenheiro

Shewhart na década de 30 e divulgado pelo professor norte-americano Willian E.

Deming na década de 50.

Este ciclo foi introduzido pela primeira vez no Japão para aumentar o

processo de produção, teve uma boa aceitação, mas como toda idéia de inovação

também sofre restrições salientam Pacheco et al (2010).

Este ciclo tem o objetivo de controlar quase todas as rotinas de uma empresa

e diminuir as irregularidades. É formado pelas letras P (Plan) significa definir, ou

seja, o que se pretende fazer e definir quais metas pretende atingir.

A letra D (Do) significa executar, para desenvolver o que já foi planejado. A

letra C (Check) verificar os resultados das tarefas executadas e por fim a letra A

(Action) significa atuar menciona Silva (2007).

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Considerando ainda o autor o ciclo PDCA existe há pelo menos 400 anos e

que somente nos últimos 70 anos, após a publicação do ciclo de Shewhart, veem

ajudando pessoas e empresas a estruturar o pensamento, a ordenar esforços e a

planejar todo o tipo de projeto ou mudança pequena ou grande, simples ou

complexo, dos rápidos aos plurianuais.

Considera Kalkmann (2002), que é necessário definir metas a fim de atingir

objetivos, e que as metas devem ser desafiadoras, mas possíveis de serem

alcançadas para não desmotivar ou se frustrar os envolvidos quando não forem

atingidas.

Ressalta também Campos (1990), que o ciclo de melhoria deve estar

conectado ao gerenciamento do objetivo que busca da qualidade nos processos que

estão ligados a alta administração. O autor ainda menciona que o Ciclo PDCA é uma

ferramenta gerencial que permite firmar desenvolvimento tecnológico na empresa

porque introduz um processo de análise, com ações técnicas controladas pelo giro

do Ciclo PDCA na rotina, permitindo a ação gerencial.

O ciclo PDCA não deve ser denominado como método, porque é um conceito,

no qual os métodos e modelos são derivados como enfatiza Oribe (2005).

Na figura a seguir é possível observar o controle dos processos do Ciclo

PDCA:

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Figura 01- Ciclo PDCA Fonte: Kalkmann (2002)

Com a apresentação da figura 01 pode-se perceber que o processo do PDCA

é formado por quatro fases que permitem a definição, treinamento, a execução e a

correção das ações. Este ciclo não possui inicio, as empresas precisam de

necessidades diferentes e por isso deve possuir programas e ações que possam ser

reformuladas e adequadas a cada realidade. Considera Oribe (2005) que não existe

possui uma regra para iniciar, porque é utilizado para se resolver um problema

quando necessário, para ser avaliado (efeito) e depois agir sobre a causa.

Neste estudo foi utilizado o 5s e o ciclo PDCA sendo que são ferramentas da

qualidade que podem ser facilmente adaptadas para a empresa e fundamentais para

atingir a eficácia nos processos.

A metodologia do PDCA pode permitir que o programa 5s seja contínuo

considerando que é uma ferramenta que possibilita revisão constante nas atividades

das pessoas e no controle dos processos.

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3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA

Neste capítulo são apresentados o resultado da pesquisa realizada na

empresa Bendini Logística para a implantação do programa 5s com a utilização do

ciclo PDCA apresentando a caracterização da empresa e os demais objetivos.

3.1 Caracterizações da empresa

Este item apresenta a caracterização da empresa objeto de estudo,

considerando histórico, missão, visão e valores, estrutura organizacional, mercado

de atuação, principais clientes, fornecedores e clientes, parceira de cooperação e

política de gestão sustentável, considerando o site institucional

www.transportesbendini.com.br, acesso em agosto de 2010.

3.1.1 Histórico

A empresa Bendini Logística iniciou suas atividades no ano de 1985, quando

o atual diretor da empresa Everton Bendini resolveu seguir os passos de seu pai,

que se dedicava ao transporte de cargas. Portanto em 1986 foi adquirido o primeiro

veículo uma Mercedes Benz 1313 trucado, seminovo. Após dois anos foi adquirida a

primeira carreta uma Scania 111, também seminova.

Nesta época em Itajaí como nas demais cidades, possuíam uma central de

cargas que servia para ajudar o caminhoneiro autônomo a não rodar com seu

veículo vazio. Mesmo com a ajuda da central de cargas era muito comum o

transportador Everton rodar vazio até São Paulo a procura de cargas.

Em 1990 foi feito o consórcio da primeira carreta nova, uma Scania e em

1993 chegou a segunda carreta zero quilometro também obtida por meio de

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consórcio, gerando a necessidade de uma constituição legal, assim a empresa

passou a se chamar “Bendini Logística Ltda.”.

Nesta época, as carretas transportavam cargas do Sul e Sudeste para o

Nordeste, fazendo o fluxo de carga de retorno, trazendo melões produzidos nesta

região para o CEASA de São Paulo.

Já em 2000, a empresa adquiriu veículos bi trens e rodo trens, próprios para o

transporte de grãos a granel passando a operar na região dos estados de Mato

Grosso e de Rondônia. Nesta época, a empresa e seu diretor, participaram

ativamente da constituição da Cooperativa de Transportes de Rondônia, visando

unir as forças dos transportadores para melhor negociar com as empresas

transnacionais que dominavam a produção e comércio de grãos na região.

Em 2006 iniciou um trabalho voltado para o transporte cargas provenientes do

comércio exterior, tanto na importação quanto na exportação e foi reestruturando,

direcionando suas atividades ao transporte de cargas importadas por meio do porto

de Itajaí, tendo se desfeito, gradativamente, de sua frota de veículos voltados aos

grãos, adquirindo veículos tipo Baú e Sider, os quais operam atualmente,

principalmente na rota Santa Catarina a São Paulo.

Entre 2008 a 2010, foi adquirida uma área no município de Penha, às

margens de rodovia BR 101, foi construída a moderna sede, assim como galpão

para armazenagem de cargas. A empresa possui atualmente autorização para

transporte de cargas alfandegadas (DTA), bem como as mais diversas licenças para

operar com produtos sob o controle do Exército, FATMA, IBAMA, Polícia Federal,

ANVISA. Desde 2010 a empresa está passando por novas mudanças, buscando a

certificação do SASSMAQ que está previsto para setembro de 2011.

Atualmente a empresa possui como razão social Bendini Logística Ltda., ou o

nome fantasia Transportes Bendini, está situada no endereço – Avenida Abrahão

Francisco, nª° 2700 – Sala 14, Bairro Dom Bosco, Itajaí – SC, vale ressaltar que a

sede esta sendo construída no endereço, Rodovia BR 101, KM 107,6, n° 2318,

bairro: São Cristovão – Penha / SC.

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3.1.2 Missão, Visão e Valores

Missão, visão e valores permitem maior compreensão da empresa,

informando os caminhos e os princípios norteadores como ressalta Girardi (2009).

Sendo assim a missão da empresa objeto de estudo é “oferecer soluções

em logística, com qualidade e sustentabilidade visando à satisfação dos clientes”.

Quanto à visão o objetivo é “ser referencia permanente no seguimento

logístico, de forma sustentável e com valor agregado”.

Porto (1997) enfatiza que as empresas devem desenvolver uma visão que

mostre o estado de futuro, ou seja, onde pretende chegar após alguns anos. Ainda

para o autor os valores são os princípios essenciais e de longa duração, sendo que

estes valores não necessitam de justificativas externas, são essenciais para a

empresa. Já para Burmester e Hamamoto (2005) valores organizacionais são os

entendimentos de como os profissionais se portam nas empresas e sobre o que se

baseia, ou seja, qual a relação com os conceitos organizacionais buscando a

excelência. A empresa em estudo considera como seus valores:

• Ter compromisso com o processo organizacional buscando resultados.

• Agilidade na comunicação para nossos clientes.

• Ter conhecimento, habilidade e atitudes para superar as expectativas.

• Gerar soluções criativas e ousadas com excelência.

• Estimular, valorizar e respeitar a participação de todos para a obtenção

dos objetivos.

• Orientar e concretizar as ações planejadas com assertividade.

3.1.3 Estrutura organizacional

Com a estrutura organizacional é possível definir quais são as responsáveis

pela realização das atividades estabelecendo formas de comunicação acredita

Oliveira e Silva (2006). A figura apresentada a seguir demonstra a distribuição

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operacional e administrativa da empresa objeto de estudo, permitindo a visualização

de mando e subordinação.

Direção

ADM/Financeiro

Logística

Gerência

Comercial

Gestão de FrotasVendas

Pós Venda

Contas a Receber

Contas a Pagar

Mov. Pessoal

Emissão de Fatura

Compras

Comitê de Gestão

Sustentável

Gestão de

Terceiros

Gestão

Operacional

Gestão Frota

Própria

Rastreamento

Fretes de Retorno

Manutenção

Documentos de

Viagem

Prestação de

Contas

Inspeção de

Frotas

Figura 02 - Organograma da empresa Fonte: Dados secundários

Considerando Balcão (2010) o organograma da empresa é do tipo clássico.

Porque os cargos de alto nível ficam no topo, ou seja, é separado por classe

hierárquica.

3.1.4 Mercado de atuação

Com aproximadamente 7 (sete) anos no mercado a Bendini Logística Ltda.,

transporta principalmente para clientes de Itajaí, região e para todo o território

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nacional, contam com uma frota de 5 (cinco) caminhões distribuídos pelo Brasil. O

maior mercado de atuação está voltado para as empresa na área de comércio

exterior transportando cargas para o Porto de Itajaí importando ou exportando

mercadorias ajudando na empregabilidade, desenvolvimento e crescimento da

cidade.

Atualmente a transportadora é uma empresa de pequeno porte com 15

colaboradores, sendo que o gestor está sempre em busca de melhorias para o

crescimento e sucesso com garantia de segurança e agilidade nas entregas.

3.1.5 Principais clientes

A empresa possui como principais clientes os destacados a seguir:

• Cadence Eletroportateis.

• Sidrasul.

• Tol Assessoria Aduaneira.

• D&A.

• Nelson S. Heusi.

3.1.6 Principais fornecedores

Os fornecedores são importantes no sistema geral de entrega de valor da

empresa ao consumidor, porque provêem os recursos necessários para que a

empresa possa fazer a entrega dos produtos. Destacam-se como principais

fornecedores:

• Mevale Concessionária Scania.

• Dicave Concessionária Volvo.

• Posto Petropen (abastecimentos).

• Breitkopf Caminhões Ltda.

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3.1.7 Principais concorrentes

Os concorrentes para uma empresa podem ser vistos como oportunidade ou

ameaça. Os fatores competitivos que diferem a empresa de seus concorrentes são

preço, prazo de entrega, qualidade, inovação, disponibilidade e principalmente

confiabilidade. A empresa considera como seus principais concorrentes.

• TAC Transportes.

• Transportes Luar.

• Rota 100.

• Transcunha.

• Transpaulo.

3.1.8 Principais Serviços

A empresa presta serviços de transporte rodoviário, atendendo todo o

território nacional com uma frota formada por carretas baú, truck, carga seca e porta

container. Para desenvolver boa qualidade nos serviços, manter e conquistar

clientes possui os seguintes diferenciais:

• Atendimento personalizado.

• Parceria com trades e despachantes marítimos.

• Melhor Custo/Benefício com rígidos critérios de segurança.

• Garantia de segurança e agilidade em suas entregas.

• Acompanhamento do "Transit Time" para cumprimento dos prazos.

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3.1.9 Parceria de cooperação

A Bendini Logística possui parcerias com diversas empresas, sendo uma

forma de cooperação mútua que possibilita efetuar determinados trabalhos. Esta

ação conjunta nasceu pela motivação e interesse para mobilizar os recursos para

atingir objetivos comuns.

As principais empresas que firmaram parceria com a Bendini Logística estão

destacadas a seguir:

• Open Tech.

• Pamcary.

• Buonny Sat.

• Mutual Seguros.

• RSA Seguros.

• Jabur Sat.

3.1.10 Política da gestão sustentável

Para Cerqueira (2007) a sustentabilidade de uma empresa depende

principalmente da capacidade de adaptação aos fatores críticos existentes no

ambiente e nos critérios que definem a missão. Sendo assim a empresa busca na

gestão sustentável a realização dos seguintes objetivos:

• Conquistar e manter o Selo de Gestão da Qualidade.

• Proporcionar um ambiente saudável e a qualificação de nossos

Colaboradores.

• Investir em tecnologia para melhoria contínua dos processos e

Serviços.

• Aumentar a rentabilidade e a satisfação dos clientes.

• Desenvolver programas de responsabilidade sustentável.

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• Investir em ações que promova a segurança responsável.

• Criar programas de conscientização de prevenção de poluição.

• Contribuir com ações de cunho social.

3.2 Resultado da pesquisa

Este item apresenta o resultado da pesquisa realizada com o gerente,

multiplicadores e motoristas da empresa Bendini Logística.

3.2.1 Verificar o conhecimento dos conceitos 5s, ciclo PDCA e o objetivo empresa com a implantação do programa.

Este item apresenta o resultado da pesquisa realizado com o gestor no dia 29

de janeiro de 2011 para verificar a percepção da empresa com relação ao programa

5s.

Para a elaboração dos instrumentos de pesquisas foram consideradas as

categorias relacionadas como as ferramentas citadas, comunicação, incentivo e

relacionamento, com base nos autores que referenciam o estudo.

O quadro 05 está a reposta do gestor com relação ao conhecimento da

ferramenta do 5s.

Quadro 05 - Conhecimento da ferramenta Fonte: Dados primários

Como pode ser observado, o gestor não possui conhecimento amplo sobre o

programa da qualidade, apenas superficial. Sendo este um item que merece atenção

porque como considera Silva (1996) o primeiro passo para a implantação de

CONHECIMENTO DA FERRAMENTA Qual o seu conhecimento da ferramenta 5s? “Possuía apenas uma idéia, que esta ferramenta inventada por japonês e que não podia ser tão bom assim”.

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qualquer programa é preparar os responsáveis para que tenham conhecimento da

ferramenta que será aplicada para que possa ser adaptada a realidade da empresa.

Nesse sentido empresa objeto de estudo contratou uma empresa

especializada para treinar, capacitar todos os envolvidos para implantar o programa

da qualidade. Sendo um aspecto que merece ser destacado.

A importância atribuída à filosofia do programa 5s pelo gestor que neste

estudo representa a empresa é apresentada no Quadro n◦ 06.

IMPORTÂNCIA DO 5s Qual a importância do 5s para o crescimento do Bendini Logistica? “No meu entendimento, o 5s serve para organizar e colocar cada coisa no seu lugar, estruturando os processos, organiza melhor os arquivos, enfim, colocar ordem na casa”.

Quadro 06 - Importância do 5s Fonte: Dados primários

Pela resposta do questionado é possível perceber que o conceito do

programa na empresa está muito relacionado com padronização, arrumação e

limpeza, faltando a visão de que o programa também esta voltado para mudança de

hábitos e comportamento que é o que permite a sua manutenção. É um detalhe que

merece atenção porque como ressalta Kalkmann (2002), que o objetivo do programa

não é somente colocar a casa em ordem, mas também buscar a melhoria contínua

nos processos com a mudança de comportamento e atitudes.

Os meios utilizados para comunicado da implantação do programa na

empresa podem ser visualizados a seguir:

COMUNICAÇÃO Quais foram os meios de comunicação utilizados para informar os colaboradores sobre a implantação do programa da qualidade? “A empresa é de pequeno porte. Desta forma os colaboradores ficaram sabendo sobre a implantação quando o consultor fazia a visita de implantação ou através de cartazes que foram afixados lembrando o dia do descarte”. De que maneira que foi transmitida a noticia da implantação do programa da qualidade para os colaboradores? “Não houve exatamente uma transmissão da noticia, foi acontecendo conforme íamos implantando o programa, aos poucos”. Qual o meio de comunicação interno utilizado? “E-mail”

Quadro 07 - Comunicação Fonte: Dados primários

Percebe-se pelas respostas que a empresa não comunicou formalmente os

colaboradores sobre a implantação do 5s. A pesquisa aponta que os colaboradores

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tiveram conhecimento a medida que foram realizadas as etapas do programa ou por

e-mail. Considerando Silva (1996) é preciso ficar atento ao modo de divulgação do

programa para que os envolvidos percebam a importância e o real objetivo. Portanto

é um item que merece atenção especial, até porque o 5s será a base para que a

empresa obtenha o certificado do SASSMAQ.

No quadro 08 são apresentadas as respostas relacionadas com a

implantação do programa 5s na empresa.

IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

Cite os principais problemas existentes na empresa, ou seja, quais problemas esperam que sejam solucionados com a implantação do programa 5s? “Arquivos desorganizados, muita coisa guardada sem necessidade, entre outras coisas”. Quais as mudanças que a Bendini Logística espera com a implantação do programa 5s? “Espero que consigamos organizar melhor os arquivos e os processos, que não tenha mais tanta coisa entulhada nos cantos e nas gavetas e com isso acabe sobrando mais espaço, além de deixar a energia fluir melhor”. Que indicadores serão utilizados para verificar se todos os colaboradores entenderam o objetivo do programa da qualidade? “Através de avaliação semestral” Quais as expectativas dos colaboradores com a implantação do programa? “Ficaram ansiosos e apreensivos, toda mudança gera medo”. Como você está percebendo o entusiasmo dos colaboradores com a implantação do 5s? “Não acho que estejam muito entusiasmados, mas sei que com o tempo, percebendo as mudanças na organização, serão os primeiros a agradecerem”. Quais foram os critérios utilizados para a definição do comitê da qualidade? “O comitê foi criado através de uma reunião, onde foi solicitado aos colaboradores que aquele que achasse que tinha o perfil para ficar a frente do programa se apresentasse”.

Quadro 08 - Implantação do programa Fonte: Dados primários

Com a implantação do programa da qualidade a empresa busca solucionar

uns de seus problemas relacionados a espaço. Informa Kalkmann (2002) que os

dois primeiros sensos já solucionam o problema de espaço, ou seja, a empresa

deverá definir o dia do mutirão para realizar o dia do descarte e a organização dos

itens, matérias e layout da empresa.

Após realizar o descarte, o autor ainda ressalta que a empresa deve colocar

ordem na casa. Este senso tem como objetivo facilitar a busca de informações ou

coisas com agilidade e segurança.

Quanto a entendimento dos colaboradores sobre o programa o gestor coloca

que será por meio da avaliação semestral. Sendo outro item que merece ser revisto,

porque como consideram os autores que referenciam este estudo, é necessário

buscar o entendimento e treinar os envolvidos antes de iniciar o programa. O fato de

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não serem informados corretamente pode causar desmotivação, ansiedade,

apreensão como coloca o pesquisado.

O fato da empresa não perceber entusiasmo nos colaboradores pode estar

relacionado com a falta de conhecimento dos objetivos e dos benefícios que terão

com a implantação do programa.

Observa-se também que os critérios utilizados para a participação dos

colaboradores podem não os mais adequados, porque as pessoas geralmente não

são motivadas a participar de programas que não conhecem os benefícios que

poderão obter. Considerando Ribeiro (1994) é importante que a pessoas manifestem

interesse e não que sejam indicadas pela empresa de modo compulsório.

As respostas quanto aos incentivos que serão proporcionados no quadro 09.

Quadros 09 – Incentivos para participação no programa Fonte: Dados primários

Como enfatiza Ribeiro (1994) é importante que os colaboradores recebam

incentivos para motivar a participação. Pela resposta do gestor pode ser indício de

que a empresa visualiza esta possibilidade.

Percebe-se que a empresa não tem indicadores que apontem se os

trabalhadores estão comprometidos com o programa. É um item que merece

atenção porque como considera Kalkmann (2002), o gestor deve acompanhar

ativamente a evolução do programa, podendo ser nos treinamentos, implantação,

melhorias dos setores e avaliação do programa.

O quadro 10 apresenta a resposta sobre relacionamento no trabalho sendo

que é um fator importante para o sucesso do programa.

RELACIONAMENTO Como é o relacionamento interpessoal no ambiente de trabalho? “O relacionamento de um modo geral é amistoso e agradável”.

Quadro 10 - Relacionamento Fonte: Dados primários O relacionamento interpessoal é um item importante para o desenvolvimento

do 5s, o mesmo exige boa educação, bom relacionamento e trabalho em grupo

INCENTIVOS PARA PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA Que tipo de incentivo os colaboradores receberão para participar dos treinamentos? “Até o momento, não pensamos em incentivo, essa pergunta me fez refletir sobre o assunto”. Como a empresa consegue perceber que os colaboradores estão comprometidos com a implantação do programa? “Pela maneira como agem durante a implantação e pela maneira como falam sobre a mesma”.

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porque para manutenção do programa é necessário a cooperação e o trabalho em

equipe, como informa Kalkmann (2002), que colaboradores bem relacionados

podem participar e contribuir mais nos programas da qualidade.

Com relação ao senso de utilização a posição da empresa pode ser

visualizada no quadro a seguir:

UTILIZAÇÃO Qual a forma de armazenamento dos materiais que não são utilizados diariamente? “São organizados dentro de um armário, etiquetados”. Quais os destinos dos equipamentos considerados defasados? “São encaminhados para empresas que trabalham com o equipamento, para sucata”.

Quadro 11 - Utilização Fonte: Dados primários

Merece ser ressaltado o fato de a empresa determinar os locais para

organizar e descartar os materiais selecionados após o descarte. Como destacam

os autores que referenciam o estudo esta é uma ação importante para o sucesso da

manutenção do programa como também para a avaliação dos resultados.

Quanto ao senso de organização, as resposta do gestor são apresentadas no

quadro 12.

ORGANIZAÇÃO

Qual a forma de padronização de documentos hoje na empresa? “Não possuíamos uma padronização, estamos criando ao longo da implantação do programa”. Quais os critérios para organização das mesas e armários? “De forma que ocupem o menor espaço possível”. Como estão localizados os objetos, materiais, documentação na empresa? “Nas pastas e caixas de arquivos”. Em sua opinião o layout da empresa está adequado para a realidade da mesma? “No momento estamos em processo de crescimento e temos muitos colaboradores, estamos em uma sala pequena, mas estamos nos organizando”.

Quadro 12 - Organização Fonte: Dados primários

Como pode observar no quadro 12 a empresa informa que não padroniza os

documentos, estes são armazenados em pastas e arquivos. O gestor possui o

conhecimento que no senso da organização este item deve ser revisado.

Ainda com relação ao senso da organização, as mesas e armários devem ser

organizados com aproveitamento dos espaços, como também informa que já foram

disponibilizadas pastas e caixas para organizar os materiais. Considerando Girardi

(2009) a organização adequada é um aspecto que pode contribuir para o sucesso da

implantação e da manutenção do programa.

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Com relação ao layout, merece destaque a preocupação da empresa quanto

ao espaço físico, porque é importante que as tarefas sejam executadas em um

ambiente que permita a movimentação dos colaboradores sem prejuízo dos

resultados como ressalta Ribeiro (1994).

A posição da empresa sobre o senso de disciplina pode ser visualizada no

quadro 13.

DISCIPLINA Descreva em modo geral como é a conduta dos colaboradores com relação às normas internas?

“Nossos colaboradores são cumpridores das normas que lhes são impostas, essas normas são criadas e relatadas em reuniões semanais”. Com são resolvidos problemas (atraso, avaria...) relacionados com as entregas de mercadorias? “Através do preenchimento de não conformidades”. De que forma é feita a avaliação do trabalho em equipe na empresa? “Não possuímos um critério para avaliação do trabalho em equipe”.

Quadro 13 - Disciplina Fonte: Dados primários

O fato de a empresa perceber que os colaboradores cumprem as normas e

regras internas pode ser um aspecto favorável na manutenção do 5s, porque a base

do programa é a disciplina afirma Kalkmann (2002).

Para solucionar os problemas nas entregas de mercadoria é utilizado o

relatório de não conformidades. Este relatório permite prevenir ou ajudar a encontrar

uma solução para os problemas encontrados podendo ser interno ou externo.

A empresa ainda não possui forma de avaliar o resultado de trabalho da

equipe, considerando o mesmo autor avaliação do desempenho é importante para

medir o resultado do trabalho para possibilitar ações de melhoria. Sendo um item

que merece atenção especial da empresa porque para a implantação da filosofia de

melhorias contínuas, as ações corretivas são decorrentes do resultado da avaliação

do desempenho além de possibilitar o levantamento de necessidades de

treinamento, como enfatiza ainda o autor citado.

As respostas do respondente relacionadas ao senso de limpeza estão no

quadro a seguir que aponta as mudanças já observadas na empresa.

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LIMPEZA Com relação a limpeza quais as mudanças que ocorreram na empresa? E quais setores mais se destacaram? “Notou-se uma melhora significativa na limpeza das mesas e na organização das salas, todos estão se empenhando mais em deixar os ambientes limpos. O setor que mais se destacou foi o operacional”.

Quadro 14 - Limpeza Fonte: Dados primários

Com a resposta do gestor em relação a limpeza parte-se da hipótese que a

cultura da empresa com relação a filosofia do programa está mais voltada para os

sensos de utilização, organização e limpeza. Esta posição pode comprometer o

sucesso do programa porque como ressaltam os autores que referenciam o estudo

os sensos de saúde e de disciplina são os que internalizam a filosofia e permitem a

mudança contínua. Portanto é um aspecto que deve ser revisto para que todos os

envolvidos percebam que o programa 5s está voltado para mudanças de hábitos,

costumes, valores para possibilitar a o aprendizado e a sustentabilidade.

3.2.2 Verificação da percepção dos multiplicadores em relação ao

programa 5s

Este item apresenta a pesquisa com os multiplicadores do programa da

qualidade. A pesquisa foi realizada no dia 25 de janeiro de 2011 em ocasião que

participavam de treinamento. Para a realização da pesquisa foi utilizado questionário

com 34 questões fechadas e 02 abertas, sendo inicialmente apresentando o perfil

dos pesquisados na organização.

Considerando que os multiplicadores serão responsáveis pela disseminação

do conceito da filosofia na organização foi importante conhecer a percepção dos

mesmos.

No quadro 15 está sendo representado pelos dados pessoais dos

multiplicadores.

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DADOS PESSOAIS Qual seu gênero? Feminino 3 Masculino 5 Qual sua idade? 18 a 28 anos 2 26 a 33 anos 2 34 a 41 anos 2 42 a 50 anos 1 Mais que 51 anos 1 Estado Civil: Solteiro 3 Casado 5 Divorciado 0 Possui filhos? Nenhum 3 Um filho 3 Dois filhos 1 Mais que três filhos 1

Quadro 15 - Dados Pessoais Fonte: Dados primários

Como pode observar a maioria dos multiplicadores é do sexo masculino, por

se tratar de uma empresa do ramo de transporte que ainda é característica deste

sexo. Quanto a idade é diversificada, variando entre 18 até mais de 51 anos o que

permite afirmar que a empresa possibilita a participação de jovens e de pessoas

mais experientes podendo ser importante para o aprendizado.

Quanto ao estado civil, a maioria dos pesquisados é casado. Em relação ao

número de filhos a maioria possui de um a três.

As respostas relacionada a escolaridade pode ser observada no quadro 16.

ESCOLARIDADE Qual sua o seu grau de escolaridade? Ensino Básico incompleto 0 Ensino Básico Completo 4 Ensino Médio Incompleto 0 Ensino Médio Completo 0 Ensino Superior Incompleto 2 Ensino Superior Completo 2

Quadro 16 - Escolaridade Fonte: Dados primários

Observa-se que houve praticamente um equilíbrio com relação a escolaridade

dos multiplicadores, quanto ao ensino básico e o superior completo e incompleto. É

importante que a empresa incentive a qualificação de todos os multiplicadores para

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que possam contribuir na manutenção do programa, porque serão os responsáveis

em repassar os conceitos da filosofia para os demais colaboradores.

Quanto a renda familiar dos multiplicadores participantes da pesquisa pode

ser visualizada no quadro 17:

RENDA FAMILIAR Informe o total da renda de todos os componentes de sua família. 01 até 03 salários 3 04 até 07 salários 3 08 até 10 salários 0 Acima de 10 salários 2

Quadro 17 - Renda familiar Fonte: Dados primários

Como pode ser verificar a renda familiar dos pesquisados é variada, sendo

que há uma concentração entre 01 até 07 salários mínimos, o que pode ser

influenciado pelo cargo que ocupam na empresa.

Nos próximo quadro poderá observar a percepção dos multiplicadores com

relação ao senso da utilização. Segue quadro 18 com a apresentação.

UTILIZAÇÃO A empresa possui equipamentos defasados? Sempre buscamos novas tecnologias. 8 Ainda possui alguns equipamentos antigos 0 A maioria dos equipamentos já está ultrapassada. 0 Serão trocados os equipamentos por mais novos 0

Quadro 18 - Utilização Fonte: Dados primários

Merece destaque pelo fato dos multiplicadores perceberem que a empresa

sempre busca tecnologia demonstrando tendência para melhoria dos processos e da

qualidade de vida dos profissionais. Considerando Kalkmann (2002, p.47) este item

pode “aumentar a produtividade, melhorar condições de trabalho reduzir desperdício

e custos” sendo um aspecto que pode contribuir na manutenção do programa.

No quadro 19 as respostas sobre do questionamento feito aos pesquisados

sobre o senso de organização

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ORGANIZAÇÃO Como é feita a padronização do arquivamento dos documentos físicos? Não possuímos um padrão 0 Apenas alguns setores se organizaram e padronizaram os documentos 1 Uma pessoa ficou responsável em fazer a padronização em todos os setores e hoje todos ajudam na organização 7 Não é necessário padronizar 0 De que forma são feitos os arquivamentos de documentos eletrônicos? São padronizados e salvos no servidor 6 São salvos semente no computador e quando alguém necessita de algum documento é preciso solicitar para a pessoa responsável do setor 0 São salvos no computador separando por pastas 2 Não há padronização 0

Quadro 19 – Organização Fonte: Dados primários

Com relação à padronização as respostas dos pesquisados é coerente com a

da empresa e ainda apontam que somente estão padronizados os arquivos

eletrônicos. Parte-se da hipótese que a implantação do programa 5s pode resolver

este problema.

Ainda no quadro 20 continuam as respostas relacionadas com o senso de

organização para manutenção da filosofia na empresa.

ORGANIZAÇÃO Como é feita a arrumação das mesas e armários? A organização fica por conta dos colaboradores 7 As mesas geralmente não são organizadas 0 A responsável pela limpeza da empresa que geralmente organiza 0 Outra opção: cada um organiza a sua mesa 1 O escritório possui material espalhado? Não, sempre estão guardados em seu devido lugar. 5 Às vezes 3 Sim, sempre estão espalhados. 0 Geralmente fica espalhado, não temos tempo de organizar. 0 Todos os itens/materiais estão sempre em boa localização? Sim, sempre que necessário os materiais estão de fácil acesso. 8 Não, é necessário perder tempo procurando. 0 Conseguimos localizar com dificuldades. 0 Ainda não pensamos nesta possibilidade de organização. 0

Quadro 20 - Organização Fonte: Dados primários

Como pode observar aténs mesmo da implantação do programa da qualidade

os colaboradores percebem que tem responsabilidades pela organização das mesas

e armários. Este é um fator que pode contribuir na implantação do programa da

qualidade.

Os pesquisados informam que buscam deixar organizados os materiais, para

facilitar o acesso. Sendo um aspecto que favorável na empresa como considera

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Kalkmann (2002) que todos os materiais devem estar de fácil acesso, para agilizar a

execução das tarefas.

Com relação ao senso da saúde, no quadro 21 pode ser observada a posição

dos pesquisados.

SAÚDE Você faz exame médico anualmente? Sim 4 Não 4

Quadro 21 - Saúde Fonte: Dados primários

Mesmo ocorrendo um equilíbrio nas respostas é preocupante esta questão

considerando o tipo de atividade que da empresa. Afirma kalkmann (2002, p.50) que

este senso beneficia “a melhoria da qualidade, produtividade e a segurança no

trabalho”. Portanto a empresa deve estar atenda a este aspecto.

Já no quadro 22 são apontadas as respostas sobre o senso de disciplina na

visão dos multiplicadores.

DISCIPLINA

Todos os membros da empresa são disciplinados e segue o regimento interno? Sempre, regimento é para ser cumprido. 2 Nem todos os colaboradores cumprem o regimento interno 6 Não possuímos regimento interno 0 Não tenho opinião 0

Quadro 22 - Disciplina Fonte: Dados primários

Com o apoio da consultoria, a empresa definiu um regimento interno, porém

pela resposta dos pesquisados percebe-se que não está sendo observado.

Parte-se da hipótese que pode estar ocorrendo por de falta de conhecimento

dos objetivos do regimento. Considerando que empresa enfatizou que os

colaboradores são disciplinados a maioria dos pesquisados tem a mesma

percepção. Pode estar ocorrendo uma confusão conceitual sobre este item, o que

merece uma atenção especial da empresa neste aspecto.

Ressaltam Kalkmann (2002, p.51) que o senso da disciplina “concentra-se em

cumprir procedimentos operacionais, éticos e padrões estabelecidos” pela empresa.

Ainda ressalta que autodisciplina é respeitar a hierarquia e seguir os princípios de

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funcionamento da empresa e de conduta. Este senso deve ser executado de forma

espontânea para que o programa gire e seja um sucesso.

As respostas relativas ao conhecimento sobre o conhecimento do programa d

qualidade poderão ser visualizadas no quadro 23.

CONHECIMENTO SOBRE O PROGRAMA DE QUALIDADE

O seu conhecimento sobre o 5s foi pelo meio de: Amigos. 0 Colégio. 0 Palestra. 2 Faculdade. 2 Outros: Transportes Bendini; Pós-graduação; em outra empresa. 4 Você sabe dizer qual o objetivo do programa da qualidade para a Bendini? Melhorar a qualidade de vida dos colaboradores. 0 Melhorar a competitividade da empresa. 2 Atrair novos clientes. 0 Organização e padronização da empresa. 6 Você já acompanhou a implantação do programa de 5s em alguma empresa? Sim, sei os procedimentos da implantação e posso ajudar a empresa. 3 Sim, mas não me lembro do significado. 0 Nunca acompanhei. 5 Não conheço o programa 5s. 0 Você sabia que higiene e saúde também fazem parte do 5s? Sim, já li sobre o assunto. 5 Não sabia. 0 Já ouvi comentários. 3 Não tenho. 0

Quadro 23 - Conhecimento sobre o programa da qualidade Fonte: Dados primários

Percebe-se que os multiplicadores possuem conhecimento do programa

obtido inclusive fora da empresa, o que deve ser um fator importante para a

implantação.

Já quando questionados sobre o objetivo da qualidade, o que chama atenção

é que a maioria dos respondentes visualiza o programa como uma ação para

organização e padronização e não como um processo de melhoria continua. O que

reforça a hipótese de que o conceito do programa empresa é de arrumação e

limpeza. Este é um item que precisa observado para a empresa.

Apesar do conhecimento do programa, para uma parcela significativa dos

pesquisados a implantação é algo novo.

As respostas dos pesquisados em relação a higiene e saúde, fazer parte do

programa pode estar relacionada ao fato de que acreditam que está mais voltado

para organização e padronização.

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No quadro 24 pode observa-se as respostas do pesquisados sobre a

implantação do programa na empresa.

IMPLANTAÇÃO Como foi feita a primeira comunicação da implantação do 5s dentro da empresa? Foi feita uma reunião com todos os colaboradores informando. 4 Foi feita a comunicação informalmente aos colaboradores. 4 Não lembro como foi feita a comunicação. 0 Não me lembro de ter sido comunicado. 0 Em sua opinião todos os colaboradores entenderam o que é o programa? Sim, todos conseguiram entender a importância. 7 Ainda estamos com dúvidas. 1 Não entendi, mas sei que teremos treinamentos sobre o 5s. 0 Ainda não entendi e não se dará certo a implantação deste programa. 0 Qual a visão de melhoria que você possui com a implantação? Maioria na qualidade de vida dos colaboradores. 0 Sustentabilidade - se manter no mercado. 2 Diferencial competitivo. 6 Outro: 0

Quadro 24 - Implantação Fonte: Dados primários

Confirmando a posição da empresa percebe-se também pelas respostas dos

multiplicadores que, não houve a comunicação forma para todos na empresa. Sendo

novamente um item que precisa deve ser observado. Considerando a posição

quando enfatiza de Ribeiro (1994), que o gestor tem como dever comunicar

oficialmente todos os colaboradores assim quando decidido sobre a implantação do

programa da qualidade o 5s. Portanto pode-se perceber que está ocorrendo falha no

processo de comunicação do programa.

No entanto apesar disso os pesquisados alegam que entenderam o objetivo

do programa, porém é necessário verificar se há uma compreensão do significado

de todos os sensos. O que chama a atenção que apesar de visualizarem o programa

como organização e padronização percebem que é um diferencial competitivo.

No quadro 25 são apresentadas as respostas relacionadas com a motivação

para participação no programa.

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MOTIVAÇÃO PARA O PROGRAMA Qual foi a sua reação com a notícia da implantação? Estou empolgado. 0 Estou disposto a ajudar no que for necessário. 8 Penso que não é necessário este programa da qualidade para a Bendini. 0 Não possuo conhecimento sobre o programa. 0 Você está motivado para iniciar o programa da qualidade? Sim, pois sei que irá melhorar o meu desempenho e da empresa. 8 Mais ou menos. 0 Não, sei que o programa é trabalhoso. 0 Acho que não dará certo. 0 Você irá receber algum tipo de bonificação por participar dos treinamentos? Sim, serão sorteados prêmios. 0 Sim, serão pagas horas extras. 0 Não sei. O gestor ainda não informou. 8 Já fomos informação que não. 0

Quadro 25 - Motivação para o programa Fonte: Dados primários

Neste quadro percebe-se pelo conjunto das respostas que mesmo não

sabendo se haverá incentivo ou não, os multiplicadores estão motivados para

participar, sendo um ponto que merece destaque.

Quanto ao treinamento, as respostas estão elencadas pode no quadro a

seguir:

TREINAMENTO Caso a empresa disponibilizasse treinamentos sobre gestão da qualidade você participaria? Sim, quero muito participar. 2 Irá depender do horário. 6 Não acho necessário para o cargo que exerço. 0 Não, acho disperdicio de tempo. 0 Quais os dias e horários que você possui disponibilidade? Não possuo horário disponivel. 2 Após as 19h00. 5 Fico com a familia após o expediente. 0 Não posso, estudo a noite. 1 Você foi convidado para participar do comitê da qualidade ou do 5s? Sim e fiquei feliz pelo convite. 3 Sim, mas não gostaria de participar e nem tenho tempo. 2 Não, mas gostaria de participar. 1 Para mim não fará diferença. 2 Você gostaria de participar? Sim, caso fosse convidado participaria. 1 Pode ser, mas tenho pouco tempo para me dedicar. 3 Não tenho tempo. 3 Para mim não fará diferença. 1

Quadro 26 - Treinamento Fonte: Dados primários

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Com relação ao treinamento a participação está condicionada para a maioria

ao horário que será realizado as atividades. Sendo um item que deve ser observado

pela empresa para facilitar a participação dos colaboradores.

Percebe-se também interesse dos colaboradores em fazer parte do comitê da

qualidade, podendo ser importante para a manutenção dom programa.

Já com relação ao ambiente interno as posições dos respondentes podem ser

observadas no quadro 27:

AMBIENTE INTERNO Você recebe a assistência da empresa? Sim, todos na empresa sempre se disponibilizam para ajudar. 7 Às vezes, são muito ocupados. 1 Não, cada um faz somente a sua parte. 0 Outro: 0 Existe um bom relacionamento dentro da empresa? Sim, todos os colaboradores se tratam bem. 5 Não possui. 0 Existem alguns atritos, mas a maioria se trata bem. 2 Conseguimos conviver com as desigualdades. 1 Os colaboradores possuem total liberdade para se expressa sem descriminação? Sim, possuímos caixinha de sugestão. 0 Sempre aceitam a nossa sugestão. 7 Não são aceitas sugestões dos colaboradores. 0 Outra opção: Somente em alguns casos. 1

Quadro 27 - Ambiente interno Fonte: Dados primários

A percepção dos pesquisados sobre o relacionamento interpessoal pode ser

considerado como favorável para a implantação do programa. Os dados apontam

que a maioria respondeu que recebe ajuda da empresa, que há um bom

relacionamento entre as equipes e que podem apresentar sugestões.

Considerando o que enfatiza Kalkmann (2002, p.37), “o mais importante é

como manter a integração da equipe, todos bem informados sobre a empresa e

direcionados para um só objetivo”. Portanto pelas respostas este é um item que

pode contribuir para a empresa manter o programa.

No quadro 28 pode ser observadas as respostas relacionadas a

responsabilidade social.

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RESPONSABILIDADE SOCIAL Você contribui de alguma maneira com o meio ambiente? Sim, procuro fazer a separação do lixo em minha residência. 8 Não, sempre misturo os lixos. 0 Geralmente jogo o lixo no chão. 0 Quando lembro jogo no lixo. 0 A empresa Bendini possui separação de lixo reciclável e orgânico? Sim, possui recipientes para cada tipo de lixo com identificação. 0 Possui apenas dois recipientes separando os lixos. 0 Não, o lixo é depositado em um único recipiente. 7 Não sei se a Bendini faz a separação 1

Quadro 28 - Responsabilidade social Fonte: Dados primários Os pesquisados afirmam que fazem a separação em sua residência, mas

apontam que a empresa não faz reciclagem do lixo. Como o programa também esta

focado na saúde é um item que merece atenção. Porque a separação do lixo está

também relacionada com a filosofia dos cinco sensos.

Para que os multiplicadores apontassem outros aspectos não contemplados

nas questões fechadas foram apresentados no instrumento dois questionamentos

sobre as dificuldades para a implantação e manutenção do programa 5s na empresa

as respostas podem observadas no quadro 29.

QUESTÕES ABERTAS

Em sua opinião quais serão as dificuldades para a implantação do 5s? Justifique “Os horários para as palestras”. 1 “Ainda não visualizei, mas verifica uma unidade na implantação”. 1 “Falta de tempo”. 1 “Nem sempre conseguir reunir todos de uma vez para as palestras e treinamentos”. 1 “Falta de comprometimento da equipe”. 1 “Não tem”. 1 “A falta de tempo e aceitação de alguns colaboradores”. 1 Quais as dificuldades para manter o programa da qualidade? “A aceitação do programa da parte dos colaboradores”. 1 “Falta de tempo”. 1 “O ritmo da empresa é constante para realizar as tarefas e obrigações diárias. Assim fica difícil manter o manter o programa”. 1 “Tempo disponível para manter em dia o programa”. 1 “Não tem”. 1 (não respondeu) 1 “Acho que depois de todos se acostumarem com programa não haverá dificuldade”. 1

Quadro 29 - Questões abertas Fonte: Dados primários

Quando questionados sobre as dificuldades de implantação as respostas

foram diversificadas como pode ser observada no quadro não apresentando itens

com para destaque. Já para a manutenção os itens apontados são os enfrentados

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em toda manutenção de programa de qualidade, especialmente os relacionados

com o tempo para conciliar o programa com as tarefas. Confirmando novamente a

falta de uma visão do 5s como um programa isolado e não como uma filosofia que

deva ser inserida no cotidiano das tarefas.

3.2.3 Identificação da percepção dos motoristas com relação ao

programa 5s

Este item apresenta a pesquisa realizada com os motoristas para verificar a

percepção com relação ao programa da qualidade. A pesquisa foi aplicada no dia 29

de janeiro 2011, por ocasião da participação de um treinamento na empresa. Nesta

pesquisa foram utilizadas 27 questões fechadas e 02 abertas.

Com a pesquisa foram obtidas informações sobre os dados pessoais,

educação, família, trabalho, habitação, renda família, conhecimento sobre o tema

abordado no trabalho, tendo como referencia Luz (2003) e os autores que

fundamentam o programa 5s.

Os quadros a seguir estão classificados por categorias para facilitar a analise

das questões.

O quadro 30 apresenta os dados pessoais dos motoristas da empresa.

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Quadro 30 - Dados Pessoais Fonte: Dados primários

Como observado todos os pesquisados são do sexo masculino, por tratar-se

de empresa de transportes, é normal que este sexo predomine perante a função

desenvolvida que é motorista de caminhões.

Quanto à faixa etária houve praticamente um equilíbrio nas respostas

variando entre 26 e 50 anos. Quando a escolaridade predomina o ensino médio

justificado pelo fato ser o grau mínimo exigido na empresa. Quanto a cidade a

maioria reside em Itajaí que é a cidade sede da empresa.

Na tabela 31 é apresentada a renda familiar dos motoristas.

RENDA FAMILIAR Informe o total da renda de todos os componentes de sua família. 01 até 03 salários 4 04 até 07 salários 2 08 até 10 salários 0 Acima de 10 salários 1 Possui outro emprego? Sim, o salário que recebo não é suficiente para as despesas de casa. 0 Às vezes realizou outras atividades para ganhar um extra, mas não é sempre. 0 Não é necessário, estou satisfeito com o meu salário. 3 Não, pois não tenho tempo disponível. 4

Quadro 31 – Renda familiar Fonte: Dados primários

A renda familiar é mais acentuada na variável entre 01 a 3 salários mínimos,

porém é preciso considerar que além do salário os pesquisados recebem comissão

por carga transportada.

DADOS PESSOAIS Qual o seu gênero? Feminino 0 Masculino 7 Qual a sua idade? 26 a 33 2 34 a 41 3 42 a 50 2 Mais que 51 0 Qual o seu grau de escolaridade? Ensino Básico Completo 2 Ensino Médio Incompleto 1 Ensino Médio Completo 4 Outra opção 0 Em que cidade reside? Itajaí 4 Penha 1 Navegantes 1 Itapema 0 Outra opção: 1

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Quanto a relação do emprego a maioria dos motoristas afirmou não possuir

outro emprego por falta de tempo, mas vale destaque em contrapartida os que

afirmaram estar satisfeitos com o salário.

Já no quadro 32 estão as respostas relacionadas ao senso de utilização.

Quadro 32 - Utilização Fonte: Dados primários

Quando se refere a utilização os motoristas buscam descartar os itens

desnecessários para manter o caminhão limpo. Sendo um aspecto para a

manutenção do programa porque como enfatiza Silva (1996), que com este senso

pode-se evitar desperdício, usar de recursos de forma inteligente, liberação de

espaços entre outros benefícios.

Quanto a organização as resposta dos pesquisados estão no quadro 33 a

seguir:

Quadro 33 - Organização Fonte: Dados primários

Este item pode ser considerado como favorável pelo fato dos pesquisados já

possuírem o hábito de organizar os materiais. Como coloca Kalkmann (2002) que

organizar é ordenar o material de trabalho no qual possibilite agilidade na busca da

informação desejada.

UTILIZAÇÂO Você guarda objetos desnecessários no caminhão? Sempre descarto o que não será utilizado 3 Às vezes, procuro manter organizado. 3 Não sei se possui objetos que não utilizo, não faço a organização. 0 Prefiro não opinar 1

ORGANIZAÇÂO Quando necessita de um documento ou objeto no seu local de trabalho sempre está de fácil aceso? Sim, sempre estão organizados. 3 As vezes estão organizados 3 Quando tenho tempo organizo 1 Não sou uma pessoa organizada 0 Como são feitas as manutenções dos veículos? Possuímos uma tabela no qual são feitas as anotações após cada viagem sobre o tipo de manutenção de precisa ser feita 5

Existe uma pessoa responsável que em um determinado tempo leva o caminhão para fazer uma revisão/manutenção 2

Geralmente os veículos são levados para o concerto após surgimento de alguma irregularidade 0

Outros 0

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Quando se refere a manutenção dos veículos o motorista já possui controle

por meio de uma tabela, o que pode facilitar na fase da implantação. Porém deve ser

revisado para padronização adequação ao programa.

No quadro 34 estão apresentadas as respostas com relação ao senso de

limpeza.

Quadro 34 - Limpeza Fonte: Dados primários

Com relação a limpeza a reposta foi unânime, todos os questionados,

concordaram que o ambiente de trabalho é limpo. Já quando questionados sobre a

limpeza do caminhão a maioria alegou que procura manter limpo. Porém apontam a

falta de tempo como uma dificuldade para a manutenção do caminhão.

Para Kalkmann (2002, p.49) “limpeza é eliminar qualquer tipo de sujeira na

área e cumprir um conjunto de ações preventivas, mantendo tudo sempre limpo”.

A empresa precisa conscientizar os colaboradores que é preciso conservar o

ambiente com a utilização do senso da limpeza, ou seja, criar o hábito de manter o

ambiente.

Quanto ao senso da saúde, as respostas podem ser observadas no quadro

35.

LIMPEZA As instalações da empresa sempre estão bem organizadas, limpa e com pinturas excelentes? Sim. Todos os anos são feitas as manutenções necessárias 7 Sim. Quando necessário 0 Às vezes, quando o orçamento permite. 0 Não esta fora do orçamento 0 Você limpa o seu caminhão? Sim, procuro manter sempre limpo. 6 A limpeza não é feita por mim e sim por uma empresa contratada 0 Apenas quando tenho tempo 1 Não porque a empresa não fornece materiais necessários 0 Quais as dificuldades de manter o caminhão limpo? Falta de materiais para a limpeza 0 Falta de tempo 5 Falta de motivação 0 Outros: Nenhuma 2

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Quadro 35 - Saúde Fonte: Dados primários Os pesquisados não costumam ir ao médico regularmente, sendo um aspecto

que merece uma a atenção rigorosa da empresa considerando a função que os

pesquisados exercem.

Informaram também que possuíam conhecimento superficial que a saúde faz

parte de uns dos sensos do 5s. Para Silva (1996) o senso da saúde significa “manter

as condições de trabalho, físicas e mentais, favoráveis à saúde”.

No quadro 36 as respostas relacionadas com o senso de disciplina na

percepção dos motoristas

Quadro 36 - Disciplina Fonte: Dados primários

O fato dos pesquisados responderem que costumar cumprir as normas de

segurança da empresa pode ser favorável para a manutenção do programa.

Vale destaque a preocupação em entregar as mercadorias nos prazos

estabelecidos.

No quadro 37 as respostas dos pesquisados com relação ao conhecimento da

filosofia do 5s.

SAÚDE Você faz exame médico regularmente? Sim, faço Check up anualmente. 1 Sim, quando necessário. 0 Apenas quando vou ao médico 2 Não costumo ir ao médico 4 Você sabia que higiene e saúde também fazem parte do 5s? Sim, já li sobre o tema. 4 Não sabia 0 Já ouvi comentários 2 Não sei o que é 5s 1

DISCIPLINA Todos os membros da empresa são disciplinados e segue o regimento interno? Sim, sempre devem ser cumpridas as regras. 7 Não é necessário 0 Cumpro a maioria 0 Não sei quais são as regras de segurança 0 Você cumpre os prazos estabelecidos para a entrega das mercadorias? Sim. Sempre são feitas as entregas no prazo 6 Não é sempre que conseguimos, mas ofereço o máximo de mim para cumprir. 1 Geralmente não, dependemos de outros fatores (tempo, clima...). 0 Não porque os prazos que são oferecidos para os clientes são difíceis de ser cumpridos 0

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Quadro 37 – Conhecimento do programa 5s Fonte: Dados primários

Pode-se observar neste quadro que a maioria dos pesquisados já possuía

conhecimento sobre o 5s, e que pode facilitar a implantação do programa na

empresa.

Quanto a motivação para a participação no programa, o quadro 38 apresenta

as respostas dos pesquisados.

MOTIVAÇÃO PARA A PARTICIPAÇÃO DO PROGRAMA Com a notícia da implantação do programa, qual foi a sua reação? Fiquei empolgado para darmos inicio 1 Concordei em participar 3 Discordo com a implantação 3 Não sei nada sobre o programa, então tanto faz. 0 Você irá receber algum tipo de bonificação por participar dos treinamentos? Sim, serão sorteados prêmios. 0 Sim, serão pagas horas extras. 0 Não sei 6 Já fomos informação que não 1

Quadro 38 - Motivação para a participação do programa Fonte: Dados primários

Houve um equilíbrio entre os que concordam e os que discordam com a

implantação do programa, considerando o número de pesquisados é uma situação

preocupante e deve ser analisado pela empresa. Esta posição pode estar

relacionada com o fato de saber se receberão incentivos para a participação ou

ainda por não conhecerem os benefícios de um programa da qualidade.

No quadro 39 são apresentadas as respostas relacionadas com o

treinamento dos pesquisados para o programa 5s.

CONHECIMENTO DO PROGRAMA 5s Você já ouviu falar sobre o programa 5s? Sim por meio de amigos 1 Já participei de palestras 1 Na empresa que trabalhei ou trabalho 4 Outros: Não nunca trabalhei com tal. 1

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TREINAMENTO Caso a empresa disponibilizasse treinamentos você participaria? Sim, disponho de horários. 1 Irá depender do horário 6 Não acho necessário para o cargo que exerço 0 Não, acho perda de tempo. 0 Quais os dias e horários que você possui disponibilidade? Não possuo horário, sempre estou viajando. 6 Todos os dias após 19h00 0 Fico com a família após expediente 1 Não posso, estudo todos os dias. 0 Você possui tempo disponível para participar dos treinamentos? Sim e gostaria muito de participar 2 Não, porque estudo. 0 Não, porque fico com a minha família. 3 Outros: Sempre conseguimos tempo 2 Você foi convidado (a) para participar do comitê da qualidade ou do 5s? Sim, fiquei feliz pelo convite. 1 Sim, mas não gostaria de participar, não tenho tempo. 1 Não, mas gostaria de participar. 2 Para mim não fará diferença 3

Quadro 39 - Treinamento Fonte: Dados primários

Quando se trata dos treinamentos, este item necessita uma atenção especial,

deve ser agendados conforme disponibilidade dos motoristas, para não criar atritos

entre a vida pessoal com a profissional.

Como pode se observado os pesquisados possuem pouco tempo e horário

disponível, dificultando assim a definição de horários para os treinamentos.

Quanto ao comitê da qualidade a maioria não possui interesse em se

envolver, parte-se da hipótese que é em função do tipo de atividade que exercem.

As respostas dos pesquisados com relação a responsabilidade social no são

elencadas no quadro 40.

Quadro 40 - Responsabilidade Social Fonte: Dados primários

RESPONSABILIDADE SOCIAL Você contribui de alguma maneira com o meio ambiente? Sim, procuro sempre fazer a separação do lixo em minha residência. 3 Não, sempre misturo os lixos. 3 Geralmente jogo o lixo no chão 0 Quando possui lixo próximo jogo no lixo 1 A empresa Bendini Logística possui separação de lixo reciclável e orgânico? Sim, possui recipientes para cada tipo de lixo com identificação. 0 Possui apenas dois tipos de recipientes separando os lixos 0 Não, o lixo é depositado em um único recipiente. 1 Não sei se é feita a separação 6

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Como pode ser observado no quadro, houve praticamente um equilíbrio entre

o que separam e não separam o lixo nas residências. A maioria não percebe a

posição da empresa em relação a este item. Considerando que a empresa também

tem responsabilidade com a sociedade é que está inserida é um item que deve ser

avaliado com a implantação do 5s.

O quadro 41 esta sendo representado a respostas com relação a

comunicação.

Quadro 41 - Ambiente Interno Fonte: Dados primários

As respostas dos motoristas sobre os pesquisados mostram que tem

liberdade para apresentar sugestões de forma verbal. Sendo um item que

considerando a posição de Kalkmann (2002) que os processos de comunicação

devem ser apropriado e realizado de maneira eficaz e permitir o envolvimento dos

colaboradores. Importante ainda a posição dos respondentes que a empresa ajuda

quando necessário, podendo ser um fator de motivação para a participação no

programa.

No quadro 42 as respostas dos respondentes em relação as questões abertas

voltadas para o objetivo e as dificuldades para a manutenção do programa 5s

AMBIENTE INTERNO A Bendini Logística possui caixa de sugestão? Sim, nela podemos colocar a nossa opinião. 0 Não julgo necessário, temos liberdade de sugestão verbalmente. 6 Não, mas deveria possuir. 1 Não é necessário 0 Você possui a assistência da empresa quando necessita? Sim, todos na empresa sempre se disponibilizam para ajudar. 4 Às vezes, são muito ocupados. 3 Não, cada um faz somente a sua parte. 0 Outro: 0

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OBJETIVO E DIFICULDADES DO PROGRAMA 5S Você sabe dizer qual o objetivo destes programas da qualidade para a Bendini Logística? “Melhoria no rendimento financeiro da Bendini” 1 “Organização dos setores” 1 Melhoria no atendimento ao cliente 2 “A empresa ganhará mais oportunidades de abrir novas portas” 1 “A empresa tenta se mantiver sempre entre as melhores da região, por isso acha que o programa irá ajudar”. 1 “Não respondeu” 1 Em sua opinião qual será a maior dificuldade para manter a manutenção da qualidade? Depende do horário 3 “Não sei dizer, mas terá que ter uma reciclagem para não se esquecer de manter a qualidade”. 1 Não responderam ou não sabe 3

Quadro 42 – Objetivo e dificuldades do programa 5s Fonte: Dados primários

Como os pesquisados não têm um conhecimento mais efetivo sobre o

programa 55 também não conseguem visualizar o objetivo. Apontando a

necessidade de treinamentos para conscientizar da importância e como informa

Kalkmann (2002, p.47) “é essencial que todos os colaboradores entendam

claramente” os principais objetivos do 5s.

Percebe-se novamente que horário é um fator critico como já manifestado

pelos motoristas. Desta forma terá que ser definido horário diferenciado para

treinamento destes colaboradores.

3.2.4 Fases de implantação do 5s com metodologia do PDCA

A implantação da filosofia do 5s ocorreu em função da necessidade da

empresa de preparar o ambiente para busca da certificação do SASSMAQ.

O SASSMAQ tem como objetivo reduzir o risco de acidentes nas operações

de transportes e distribuição de produtos químicos. O sistema foi lançado pela

Abiquim (Associação Brasileira de Indústria Química) maio de 2001 e abrange todos

os modais de transporte, bem como Terminais de Armazenagem e Estações de

Limpeza informa Lima (2006).

Este sistema possibilita uma avaliação do desempenho nas áreas de

segurança, saúde, meio ambiente e qualidade das empresas que prestam serviços à

indústria química.

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A implantação do 5s pode facilitar o desenvolvimento do SASSMAQ, porque

são programas que se relacionam entre si. O autor ainda informa que as avaliações

não são obrigatórias, porém sua aplicação gera um importante diferencial para as

empresas certificadas pelo sistema, é a comprovação de que quem possui a

certificação oferece serviços qualificados nas operações de logística tornando um

diferencial competitivo.

Na empresa objeto do estudo foi contratada uma empresa de consultoria

especializada na área da qualidade para realizar as atividades que estão previstas

no check list de avaliação do SASSMAQ.

O primeiro contato com a empresa de consultoria foi no dia 15 de setembro

2010. Conversando com o gestor, foi possível constatar que a empresa adquiriu um

pacote de treinamentos incluindo horas de consultoria. Desta forma contou com o

auxilio de um consultor para implantação do programa.

No anexo 01 pode ser verificada as etapas de treinamentos que a empresa

aderiu. No dia 30 de setembro de 2010 foi definido o comitê da qualidade, quando foi

assinado o termo de responsabilidade e a realização da primeira palestra de

conscientização sobre a necessidade da implantação do programa de qualidade.

Após a decisão da adesão do programa, lembra Ribeiro (1994) que a

empresa deve comunicar todos os colaboradores, por meio de comunicados

internos, informando que esta passando por transformações e solicitando o

envolvimento e a participação todos para que a implantação seja realizada com

sucesso. Sendo este um aspecto que precisa se revisto na empresa porque como

apontaram os respondentes da pesquisa uma parcela significativa ficou sabendo da

implantação por meios informais.

Apesar de não serem formalmente informados sobre o programa todos os

colaboradores foram convidados para uma palestra no dia 02 de outubro de 2010 foi

quando oficialmente iniciou o programa da qualidade na empresa. A palestra

abordou assuntos relacionados a motivação para participação no programa, critérios

de avaliação e formação do comitê na figura 03 pode ser visualizado os participantes

da palestra.

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Figura 03 – Participantes da palestra de lançamento do programa 5s Fonte: Dados primários

Aproveitando a oportunidade que todos os colaboradores estavam reunidos

foi feita a oficialização do comitê da qualidade. Os envolvidos assinaram um termo

de comprometimento.

A empresa determinou os responsáveis pela coordenação do programa de

qualidade e pelo acompanhamento das ações necessárias para a implantação e

manutenção. Na figura 04 consta a assinatura da composição do comitê da

qualidade.

Figura 04 – Assinatura do comitê da qualidade Fonte: Dados primários

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Após o primeiro passo para a implantação da qualidade a empresa recebeu

foi providenciado um KIT, com materiais com o objetivo de divulgar para os

colaboradores por meio de cartazes que apontam a necessidades de mudanças,

como pode ser visualizado na figura 05 a seguir:

Figura 05 – Cartazes para divulgação dos programas Fonte: Dados primários

Como pode ser observado cada um dos cartazes está relacionado com um

dos sensos permitindo que de modo visual a cultura do 5s seja disseminada na

empresa.

No quadro 41 pode ser observado o plano de implantação do 5s com a

utilização da metodologia do PDCA.

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Quadro 43 - Roteiro de Implantação do 5s com base na metodologia do PDCA Fonte: Dados Primários

PDCA P P D C A

Responsável pela ação corretiva

Planejamento e definição do Comitê da qualidade

Palestras de conscientização do programa

Informar os colaboradores

Treinamento sobre o 5s

5 Sensos

Escolha do coordenador do 5s Fotografar a empresa

Avaliação do programa

Gerente Comercial e Financeiro

Motivação para mutirão Utilização Definição do dia do

mutirão Instalação de tomadas no departamento operacional

Definição do local de descarte

Pendências após mutirão Operacional

Mudança de layout

Identificar gavetas, armários, mesas, cadeiras, tomadas e colocar extintor.

Organização Revisar e adequar a estrutura

Organizar fios dos computadores

Revisar e adequar a infra-estrutura e

ambiente de trabalho Gerente

Comercial

Conscientizar colaboradores da necessidade de manter limpo o local de trabalho

Operacional

Limpeza Definir responsáveis pela limpeza

Pintar parede da empresa e concertar porta do financeiro

Financeiro

Saúde Treinamento de liderança

Conscientizar colaboradores sobre a boa postura e aparência.

Treinamento Gestão de pessoas Financeiro

Criar regimento interno Definir períodos para as manutenções dos computadores

Padronizar atendimento telefônico e e-mail.

Autodisciplina Levantar a necessidade de treinamentos

Financeiro

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Considerando os autores pesquisados após a definição do roteiro a empresa

deve iniciar o processo de implantação com a comunicação aos colaboradores, por

meio de comunicados internos. Na empresa pesquisada como verificado no

resultado da pesquisa com os colaboradores o processo de comunicação foi

praticamente informal fato que merece atenção, porque como enfatiza Hirano (1994)

antes de iniciar as atividades dos 5s primeira coisa a fazer é comunicar oficialmente

a todos os envolvidos, como também registrar cada situação e fazer comparações

futuras.

O comitê da qualidade definiu uma data para a realização desta atividade,

juntamente com empresa contratada realizou treinamentos para sensibilizar os

colaboradores para o 5s. No dia 28 de outubro foi realizado o treinamento para os

multiplicadores e no dia 29 de janeiro para os motoristas.

Como programado no cronograma das atividades no dia 07 de dezembro foi

realizado o treinamento chamado de “treinamento de auditores do 5s” destinado

para todos os multiplicadores. Desta forma já estarão preparados para realizar as

auditorias e avaliar o programa.

No dia 16 de dezembro o comitê da qualidade definiu o dia do descarte. Para

isso foi necessário criar um registro de descarte, etiquetas para identificação dos

ambientes, definição do local para armazenar os itens, denominada de área de

descarte.

No dia 30 de dezembro foi realizado o mutirão para realizar a o dia do

descarte, para motivação e integração dos colaboradores foi oferecido um coffee

break como mostra a figura 06.

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Figura 06 - Confraternização do dia do Mutirão Fonte: Dados primários

A intenção da empresa com a realização destes encontros é além de

promover integração deixar os colaboradores a vontade para apresentarem críticas

e sugestões sobre o programa.

Após a realização dos treinamentos iniciais no dia 21 de janeiro foi iniciado a

organização nas pastas no servidor, arquivos, arrumação das mesas dos

colaboradores. A empresa como incentivo também realizou mudanças no layout,

determinando o local para o descarte da área administrativa com visualizado na

figura a seguir.

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Figura 07 – Área do descarte do setor administrativo Fonte: Dados primários

Do lado esquerdo esta o armário antes da implantação do 5s e ao lado direito

está identificado o mesmo armário como área de descarte, neste local serão

direcionados itens em duplicidade ou desnecessários, como canetas, borrachas,

lápis, grampeadores.

Na figura 08 poderá observar a recepção da empresa antes do senso de

organização.

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Figura 08 – Recepção antes do programa Fonte: Dados primários

Já na figura 09 poderá verificar a recepção após as mudanças realizadas pela

empresa.

Figura 09 – Recepção após a mudança do layout Fonte: Dados primários

Como pode constatar a mudança no layout, ampliando o espaço na recepção.

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Na figura 10 pode ser verificado as organização das caixas box do lado

esquerdo antes e no lado direito após a organização.

Figura 10 – Caixa de box, antes e depois da organização Fonte: Dados primários

Como pode observar a empresa descartou itens desnecessários que estava

na estante e etiquetou todas as caixas Box de forma padronizada.

Quanto a organização dos armários podem ser observada na figura a seguir.

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Figura 11 – Armários antes e depois da organização Fonte: Dados primários

Do lado esquerdo pode observar que a empresa não possuía forma de

padronizar os arquivos. Já do lado direto foi feito a identificação dos itens que

contém nas gavetas com numeração para facilitar o acesso.

Na figura 12 poderá verificar a mudança que foi realizada com relação aos

interruptores.

Figura 12 – Interruptores antes e depois da organização Fonte: Dados primários

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A empresa padronizou todos os interruptores, etiquetando com a informação

sobre a voltagem, para maior segurança dos usuários.

Com relação a limpeza em conversa com o gestor, este informou que a

empresa tem uma pessoa responsável em manter as áreas comuns em ordem, mas

com relação as mesas os próprios colaboradores que são responsáveis.

Na figura 13 podem ser visualizadas as fotos da mesa antes e depois da

organização.

Figura 13 – Mesas antes e depois da organização Fonte: Dados primários

Como pode observar as mesas antes estão desorganizadas. A falta de

organização pode dificultar a realização das atividades. Porém a empresa sabe que

para a manutenção da organização precisa contar com o envolvimento dos

colaboradores.

Na figura 14 poder ser observado o local determinado pela empresa para

guarda dos materiais utilizados para café e lanche dos colaboradores nos intervalos

do trabalho.

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Figura 14 – Materiais utilizados para café e lanches dos colaboradores Fonte: Dados primários

Com a implantação do programa, foi necessário verificar um cômodo para

disponibilizar os materiais/itens utilizados pelos colaboradores para o lanche, que

antes do programa ficavam em vários locais como gavetas, mesas, armários de

modo desordenado.

Após a primeira fase do senso de organização, e com os multiplicadores

treinados, o coordenador da qualidade determinou que as auditorias serão

realizadas mensalmente. Em contato com o coordenador da qualidade o mesmo

informou que a empresa não realizou a auditoria nos meses de fevereiro e março. A

justificativa foi o remanejamento e contratação de novos colaboradores e volume de

serviços. Permitindo mais uma vez observar que a filosofia do programa não está

inserida na rotina da empresa.

Após cada auditoria foi elaborado um plano de ação de melhoria e entregue a

cada um dos participantes. Como trata de empresa de pequeno porte o plano de

ação foi destinado a cada um dos setores.

O gestor ainda informou que a implantação dos três primeiros sensos ocorreu

em um período de três meses e que percebe que os multiplicadores e motoristas

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estão contribuindo para a manutenção. Já a coordenadora da qualidade informou

estão fazendo rodízio de dois avaliadores para realizar as auditorias.

Atualmente a empresa está com o programa da qualidade em andamento,

porém deve programar uma data especifica para a realização da avaliação. Quando

a figura 15 foi registrada a empresa não havia sido realizada a terceira auditoria,

referente ao mês de maio.

Figura 15 – Quadro do resultado da avaliação do 5s Fonte: Dados primários

Como pode ser observado na figura, a empresa possui a pontuação máxima

em todas as avaliações podendo ser um indicador que a fase inicial da implantação

está sendo eficaz. Foi possível perceber pelas respostas do gestor que a empresa

está buscando o envolvimento e a participação no programa de todos e que como

reforço são realizadas reuniões semanais com os colaboradores da área

administrativa e com os motoristas uma vez no mês para discutir itens que

necessitam de melhorias.

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Notou-se também que o layout da empresa foi modificado melhorando espaço

para os colaboradores. O gestor também ressaltou que é objetivo da empresa

ampliar as instalações para proporcionar maior conforto aos colaboradores é que

está sendo estudada a possibilidade de mudar-se para a nova sede no próximo ano.

Considerando estas ações percebe-se uma preocupação efetiva do gestor para a

eficácia do programa na empresa.

3.2.5 Apresentação das sugestões de melhoria

O resultado da pesquisa e o acompanhamento da implantação durante o

período do estágio permitem sugerir as seguintes ações para melhorias tanto das

fases de implantação quanto de manutenção do programa 5s com base na

metodologia do PDCA.

01 - Revisão no processo de comunicação dos objetivos do programa

Na pesquisa realizada com os colaboradores foi constatado que a empresa

não fez a comunicação oficial antes do início do programa. Desta forma não sabiam

exatamente quais os processos de mudanças e benefícios. Portanto, sugere-se que

sejam realizados encontros individuais ou coletivos para dirimir as dúvidas,

possibilitar que apresentem sugestões e criticas que poderão contribuir para o

envolvimento dos colaboradores no programa.

02 - Adequações do horário de treinamento

Conforme pesquisa realizada, o horário dos colaboradores, especialmente

dos motoristas pode ser um fator crítico para a manutenção do programa.

Desta forma é necessário adequar de acordo com a disponibilidade de

horários para permitir que a participação esteja relacionada com a necessidade de

aprendizado contínuo e não uma ação compulsória que leve a desmotivação do

envolvidos.

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03 - Treinamentos para conscientização do objetivo da filosofia dos cinco

sensos.

Com a finalidade de disseminar o programa 5s como uma filosofia de

melhoria contínua dos processos, da organização do ambiente da qualidade de vida

e motivação das pessoas e não como uma ação esporádica de utilização arrumação

e limpeza pode ser percebido no resultado da pesquisa, é importante que seja

realizado treinamentos voltados para a conscientização especialmente dos sensos

de saúde e disciplina como base para que os demais sensos possam fluir na

empresa juntamente com a rotina do cotidiano.

04 - Definição de padrão de utilização, organização e limpeza pelos

responsáveis dos setores.

Considerando que faz parte da responsabilidade dos colaboradores a

organização do ambiente de trabalho, sugere-se que cada setor com o apoio da

coordenadora de qualidade, defina o padrão para a manutenção do programa de

acordo com as características sem fugir dos critérios macros definidos pela empresa.

Parte-se da hipótese que o fato das pessoas serem cobradas por algo que

estabelecerem acaba reforçando o sentimento de preservação.

04 - Definir critérios para utilização do servidor

Durante o acompanhamento da implantação do programa na empresa foi

constato que há dificuldades na busca de documentos nas pastas disponibilizadas

no servidor. Portanto, sugere-se que a coordenadora da qualidade defina data para

realizar a padronização dos documentos do servidor adotando uma lista mestra com

os itens existentes para facilitar a busca de informações quando necessário.

05 - Implantação da coleta seletivo na empresa

Como apontado no resultado da pesquisa a empresa não adota ainda a coleta

de lixo seletiva que vem sendo incentiva pela prefeitura municipal. Como o programa

5s também está relacionado com a prática de ações socialmente corretas, como

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exemplo para os colaboradores. Nesse sentido, é interessante que este aspecto seja

inserido na empresa juntamente com a implantação e manutenção de qualquer

programa voltado para a melhoria dos processos e da qualidade de vida dos

colaboradores.

Parte-se da hipótese que ao adotar este procedimento a empresa estará

contribuindo com os órgãos públicos e incentivando os colaboradores para ações

voltadas para a responsabilidade social.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O programa 5S é um conceito é uma prática simples de ser implantadas nas

organizações, porque está relacionado com a melhoria contínua dos processos e

quando praticado de forma correta pode modificar o comportamento das pessoas, o

ambiente de trabalho, bem como a maneira de conduzir as atividades rotineiras. As

empresas que implantam o 5S têm como objetivo desenvolver comportamento das

pessoas para agregar valor nos processos para satisfação de seus clientes,

melhoria continua de seus produtos, enfim, criar uma ambiente da qualidade para

que as pessoas possam transformar os seus potenciais em realização mensurável.

Considerando os autores pesquisados para a realização deste estudo,

percebeu-se que a prática nas empresas tem mostrado que o programa 5S pode

representar uma oportunidade de mobilizações dos colaboradores, e preparar o

caminho para a introdução de programas da Qualidade mais avançados. Sendo este

um dos objetivos da empresa objeto do estudo que pretende com a filosofia do

programa preparar a empresa para a busca da certificação do SASSMAQ que tem

como objetivo reduzir os riscos de acidentes nas operações de transportes e

distribuição de produtos químicos.

A pesquisa possibilitou identificar a percepção do gestor, multiplicadores e

motoristas e relação a filosofia do programa 5Ss, bem como acompanhar as fases

de implantação dos três primeiros sensos e apresentar sugestões de melhorias.

O resultado permitiu observar que como nas demais empresas os

pesquisados não visualizam o programa como uma filosofia para mudanças de

hábitos e comportamentos, mas sim voltado para arrumação e limpeza como

enfatizados por vários autores que referenciam o estudo.

Ainda foi observado que considerando o ramo de atividade da empresa uma

das dificuldades para a manutenção do programa de qualidade será a falta de

disponibilidade de horário dos colaboradores, especialmente os motoristas para a

participação nos treinamentos.

Vale destacar ações desenvolvidas na empresa durante os três primeiros

meses da implantação do programa e os resultados das duas avaliações iniciais.

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Do ponto de vista acadêmico com o deselvolvimento deste estudo foi possivel

colocar em prática parte do aprendizado adquirido no decorrer do curso, possibilitar

a empresa a apresentação de informações sobre a percepção dos multiplicadores e

colaboradores, e sugestões de melhorias para os pontos considerados

desfavoráveis para a implantação e manutenção do programa que foram percebidos

com o resultado da pesquisa.

Como sugestão para futuro trabalho na empresa recomenda-se um programa

sistematizados de treinamento e desenvolvimento.

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ANEXOS

ANEXO A – Cronograma Geral

ANEXO B – Check list de avaliação do 5s

ANEXO C – Check list dos motoristas

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ANEXO A – Cronograma Geral

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ANEXO B – Check list de avaliação do 5s

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ANEXO C – Check list dos motoristas

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DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO

A organização cedente de estágio Bendini Logística Ltda. declara, para os

devidos fins, que a estagiária Franciele Mazoti Guarnieri, aluna do Curso de

Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CICIESA/Gestão da

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, de 16/08/2010 a 16/06/2011, cumpriu a

carga horária de estágio prevista para o período, seguiu o cronograma de trabalho

estipulado no Projeto de Estágio e respeitou nossas normas internas.

Itajaí, 16 de junho de 2011.

_______________________

Everton Bendini

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

_____________________________

Franciele Mazoti Guarnieri

Estagiária

_____________________________

Everton Bendini

Supervisor de Campo

_____________________________

Prof. Justina da Costa Rodrigues

Orientadora de Estágio

_____________________________

Prof. Eduardo Krieger da Silva

Responsável pelos Estágios em Administração