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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR ULISSES CABRAL AS REVOLUÇÕES DE 1848 LEONARDO ARRUDA

Trabalho de História

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Revoluções de 1848

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COLGIO ESTADUAL PROFESSOR ULISSES CABRAL

AS REVOLUES DE 1848

LEONARDO ARRUDA

ANTNIO PRADO, 24 DE ABRIL DE 2015.

1. AS CAUSAS DAS REVOLUES

As revolues de 1848 foram uma srie de movimentos revolucionrios de cunho liberal que ocorreram por toda a Europa durante o ano de 1848. Com aRevoluo Francesade 1789, os ideais libertrios espalharam-se por toda a Europa, assustando as monarquias absolutistas europeias. Nesse cenrio que se institui oCongresso de Viena, em 1815, que buscava uma restaurao da antiga ordem vigente (pr-1789). Monarquias que haviam sido abolidas foram restauradas, e polticas repressoras voltaram a ser aplicadas populao.Podemos encontrar na Frana, no ano de 1830 as sementes dos movimentos revolucionrios de 1848. Com a subida do rei Lus Filipe da Frana, denominado "rei burgus", havia esperana entre a classe burguesa que seus interesses seriam devidamente representados, sendo o prprio monarca oriundo daquela classe.O arranjo proporcionado pelo governo de Lus Filipe era comum em todo continente, onde governos autocrticos, que no abriam espao para as classes subalternas dominavam o cenrio poltico-social. Alm disso, uma colheita sofrvel no campo, entre os anos de 1845 e 1846 e uma consequente crise econmica, tanto no setor agrcola quanto industrial, preparou o terreno para que, durante o ano de 1848, revolues de cunho liberal se espalhassem por toda Europa, sendo o primeiro foco na Siclia, e depois para a Hungria, Frana, Alemanha e ustria.A ideologia predominante, e que de certo modo unia todos os movimentos era a de um socialismo utpico (tanto que naquele mesmo ano temos a concepo do famoso "Manifesto Comunista" de Karl Marx e Friedrich Engels). At mesmo em terras brasileiras os ecos das perturbaes que assolavam a Europa se fazem sentir, com a Revoluo Praieira, ocorrida na provncia de Pernambuco, em 1848.

Existiram de fato trs foras das revolues de 1848:

- o liberalismo: antagonista s limitaes determinadas pela Monarquia absoluta.

- o nacionalismo: pretende unir os povos de mesma origem e cultura.

- o socialismo: defende a igualdade social por meio de reformas radicais.

Entre os anos de 1846 e 1848 a situao das classes inferiores se agravou com a m fase das colheitas na Europa Ocidental e Oriental, aumentando o preo dos produtos agrcolas. A indstria tambm passava por uma crise, principalmente o setor txtil, devido a superproduo. Os bens financeiros dos Estados foram conduzidos para a aquisio de trigo na Rssia e nos Estados Unidos. Isso prejudicou as intenes industriais e a construo de ferrovias. Houve uma estagnao econmica geral. A pobreza causou um descontentamento poltico geral, e a massa dos camponeses e proletariados reivindicavam melhores condies de vida e igualdade nos recursos. Na verdade, formavam-se ideias socialistas, porm no existia um partido socialista organizado que orientasse essas classes. Ento, os liberais e nacionalistas, formados pela burguesia, ficaram encarregados de se opor ao governo, apoiados pela massa, sem orientao prpria.

2. REVOLUES NA ALEMANHA, USTRIA E FRANA

2.1 ALEMANHA

Nesse pas igualmente desunido, as aspiraes liberais eram representadas pela intelectualidade. Operrios e camponeses fizeram levantes em vrios Estados (a Alemanha s seria unificada em 1871). No dia 18 de maro, as foras da monarquia prussiana mataram centenas que haviam levantado barricadas em Berlim. Aceitando as reclamaes liberais, a monarquia convocou uma assembleia nacional, eleita de forma indireta. Apesar dos debates para a elaborao da nova constituio, ela foi recusada pelo rei, que dissolveu o parlamento.

2.2 USTRIA

Contra o regime monrquico formou-se uma corrente oposicionista que inclua setores da aristocracia. Em maro de 1848, o movimento realiza barricadas e manifestaes em Viena. O rei forma um ministrio liberal e promete nova constituio. Em maio, o povo volta carga. H rebelies em Praga, ento sob domnio austraco. O governo outorga uma constituio provisria e, em julho, a assembleia constituinte se rene. Ocorre um novo levante popular, mas o exrcito ataca, fuzilando inclusive deputados radicais. Em novembro, o imperador abdica, mas a monarquia seria restabelecida em 1852.

2.3 FRANA

O rei, da dinastia dos Orleans, enfrentava dois grupos oposicionistas: os legitimistas, que defendiam a monarquia, mas eram adeptos dos Bourbons, e os liberais, que se opunham poltica ultraconservadora. A crise agrcola provocava escassez de alimentos, enquanto uma crise financeira fazia as sociedades conspiradoras proliferarem. As presses polticas exigiam o sufrgio universal, mas o governo proibiu manifestaes pblicas. O povo se rebela. No dia 23 de fevereiro de 1848, um grupo de exaltados se manifesta em frente ao Ministrio do Exterior. A tropa abre fogo e centenas morrem. Tem incio a insurreio. A Guarda Nacional, aderindo rebelio, fora o rei a abdicar.Vitoriosa, a massa no sabe como agir, mas um governo provisrio formado, composto de republicanos moderados (maioria) e comunistas. A instabilidade se alastra. H corrida aos bancos, fechamento da bolsa de valores e falncias. Surgem as primeiras divises entre moderados e comunistas. A assembleia constituinte instalada em 4 de maio. Dias depois, a multido invade a assembleia. Os lderes extremados so presos. H uma nova tentativa de revoluo em junho, vencida com rapidez: mais de dez mil so presos, banidos para a Arglia ou fuzilados. A nova constituio votada em fevereiro de 1849. Na eleio presidencial, em dezembro, os moderados vencem. O novo presidente daria um golpe de Estado - "O 18 Brumrio de Lus Bonaparte" - em 2 de dezembro de 1851, criando o Segundo Imprio.

3. AS CONSEQUNCIAS DAS REVOLUES DE 1848

- Deposio de Carlos X, Lus Felipe Dorleans assume o trono da Frana.

- 1830 at 1848 Durante seu reinado ocorreu o incio da idade do ouro, na qual o capitalismo francs apresenta grande desenvolvimento industrial financeiro. Tomou como medida a expanso colonial durante seu reinado.

- Com toda essa situao a burguesia se enriquecia cada vez mais, enquanto os operrios e camponeses viviam em condies miserveis.