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1. Introdução O presente trabalho e referente a cadeira de fundamentos de meteorologia e oceanografia que faz uma abordagem parcial sobre a oceanografia, sua importância, seus ramos, historial e foca muito mais sobre a oceanografia fisica porque a tal oceanografia faz parte do nosso curso que e fisica. Esperamos de maneira mas clara poder esclarecer essas relações e que este trabalho possa servir de para o desenvolvimento da ciência dos oceanos na nossa sociedade. Pressupõese que o leitor possui !" conhecimentos razo"veis sobre as mat#rias abordadas. Para um maior aprofundamento, recomenda se a consulta de livros de te$to aprovados e usados nas escolas e na biblioghrafia Esperamos ao longo do trabalho poder satisfazer as necessidades do leitor.

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1. Introdução

O presente trabalho e referente a cadeira de fundamentos de meteorologia e oceanografia que faz

uma abordagem parcial sobre a oceanografia, sua importância, seus ramos, historial e foca muito

mais sobre a oceanografia fisica porque a tal oceanografia faz parte do nosso curso que e fisica.

Esperamos de maneira mas clara poder esclarecer essas relações e que este trabalho possa servir 

de para o desenvolvimento da ciência dos oceanos na nossa sociedade.

Pressupõese que o leitor possui !" conhecimentos razo"veis sobre as mat#rias abordadas. Para

um maior aprofundamento, recomenda se a consulta de livros de te$to aprovados e usados nas

escolas e na biblioghrafia

Esperamos ao longo do trabalho poder satisfazer as necessidades do leitor.

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2. Origem da Oceanografia

% origem da oceanografia remonta &s primeiras viagens de navegaç'o realizada nos oceanos.

(egistros demonstram que as primeiras viagens nos oceanos ocorreram por volta de )*+ a.-,

devido ao com#rcio entre a r#cia e a /lha de 0elos. -om o passar dos anos os antigos eg1pciosdesenvolveram uma certa tecnologia naval e as capacidades de navegaç'o nos oceanos

aumentaram. 2ua viagens eram limitadas ao 0ar 0editerrâneo, por#m dizem, que os eg1pcios

teriam cruzado o oceano %tlântico e a!udado no povoamento das %m#ricas 3(O-4% *56.

0ais ou menos por volta de 78 a.- os fen1cios, um povo que viveu atualmente no que seria a

21ria e o 91bano começaram a navegar por uma quest'o de e$ploraç'o e com#rcio. E$ploraram

todo o 0ar 0editerrâneo, tendo chegado a Espanha, onde ali fizeram e$traç'o de prata. %lguns

estudiosos acreditam que os fen1cios tenham descoberto os %çores, ilha portuguesa a 5 milhasa oeste de Portugal.

:evido a importância de se conhecer o ambiente marinho, por onde se realizava as rotas de

com#rcio e e$ploraç'o, novas tecnologias oceanogr"ficas para a #poca foram surgindo para

au$iliar nas navegações. ;o ano de 78, o ge<grafo eg1pcio Ptolomeu dividiu o globo em +5

graus de latitude e longitude, e at# os dias atuais, estas s'o as coordenadas usadas para rotas e

navegações.

2.1. Definição da oceanografia

Oceanografia # o nome dado & ciência que estuda e descreve os oceanos em seus aspectos

f1sicos, biol<gicos, geol<gicos e qu1micos.

# a ciência que estuda os oceanos, rios, lagos e estu"rios. e uma ciencia que estuda a descricao dos oceanos

enquadrada entre as -iências E$atas e da =erra, estuda os oceanos sob todos os seus aspectos,

tanto no tocante aos seus componentes bi<ticos e abi<ticos, como tamb#m no que diz respeito

aos processos que atuam nestes ambientes # uma ciência multi, inter e transdisciplinar que integra v"rias "reas do conhecimento e

analisa o meio marinho n'o de forma compartimentada, mas sim como um sistema comple$o

que est" a cada momento interagindo em todos os seus aspectos, o que a permite ter uma

vis'o hol1stica do ambiente O-E%;O.

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e um ramo da ciencia da terra que estuda os processos fisicos, quimicos, biologicos e

geologicos que ocorem nos oceanos e mares.

2.2. Importância de estudo da oceanografia

% oceanografia # muito importante pois produz conhecimento importante para o estudo de

ecossistema de marinho. /dentificacao da composicao quimica da agua. Estudo dos processos biologicos que ocorem no fundo e superficie dos oceanos e mares. Estudo das correntes marinhas /dentifica os processos geologicos que interferen nos oceanos. Estuda a formacao das ondas e movimentos das aguas nos oceanos. %proveitamento racional e gest'o dos recursos naturais 3e$. pescas6> Previs'o e controlo de acções nefastas do homem sobre a natureza 3destruiç'o do equil1brio

ecol<gico das praias ou estu"rios, devido a obras de engenharia, ?mar#s negras@, etc.6> -ompreens'o dos fen<menos de dispers'o de poluentes e de transporte de sedimentos> Problemas ligados & navegaç'o, ao turismo no litoral, etc.> O -lima mundial # condicionado em grande medida pelos processos oceânicos> O estudo das correntes mar1timas, da interacç'o oceanoatmosfera e do transporte de calor 

 pelos Oceanos, s'o ho!e questões fundamentais para uma tentativa de compreens'o dos

fen<menos globais que afectam a flutuaç'o do -lima da =erra.

2.2.1. Motivos para o desenvolvimento do conhecimento dos oceanos:

2'o fontes de alimentos 3pei$es, crust"ceos, etcA6 mas e$ploraç'o pesqueira n'o pode ser 

depredat<ria

2'o fontes de produtos qu1micos, como bromo, magn#sio e sal 3;a-l6> h" tamb#m grandes

dep<sitos no assoalho marinho 3cobre, cobalto e n1quel6

2'o fontes de "gua provavelmente o produto mais importante a ser e$plorado pelo homem # a

 pr<pria "gua, com a utilizaç'o de usinas de dessalinizaç'o

2'o fontes de energia gerada pelas ondas, pelas mar#s 3usinas mar#motrizes6, por gradientes

verticais de temperatura, etcA> al#m dos dep<sitos de petr<leo e g"s abai$o dos oceanos

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/nfluenciam o clima> oceanos constituem um reservat<rio de calor e de "gua para a atmosfera,

afetando enormemente o clima terrestre, atrav#s do balanço do calor da atmosfera, formaç'o de

nuvens, etcA

% utilizaç'o do oceano para as finalidades acima requer o desenvolvimento da Oceanografiacomo uma ciência multi e interdisciplinar.

3. amos ou campos da oceanografia

 ;o que se refere ao estudo da oceanografia encontramos B campos de estudoC

Esquema 7

!. "arâmetros Oceanogr#ficos

E$istem v"rias parametros f1sicas relevantes da "gua do mar, comoC temperatura, salinidade,

 press'o, densidade, transparência, velocidade do som e outras. ;o entanto, as principais

 propriedades f1sicas da "gua do mar s'o a temperatura e a salinidade. Essas duas propriedades

e$ercem grande influência sobre muitos movimentos no oceano. ;essa secç'o, estudaremos

como essas propriedades podem influenciar nos movimentos e como est'o distribu1das nosoceanos.

!.1 $emperatura

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% temperatura da "gua do mar foi um dos primeiros parâmetros oceânicos a serem medidos. Essa

 propriedade pode ser facilmente medida com o uso de termDmetros.

O perfil de temperatura dos oceanos pode ser comple$o e mudar no espaço e no tempo.

0udanças na temperatura s'o causadas pelos flu$os de calor atrav#s da interface

oceanoatmosfera. Em geral, a temperatura superficial dos oceanos varia com a latitude, com um

m"$imo pr<$imo ao equador 3m#dia de *FG-6 e um m1nimo !unto &s regiões polares 3m#dia de

*G-6. Herticalmente, os oceanos podem ser divididos em três zonas de temperaturaC i6 a camada

superior, com espessura variando de 8 a * m, consiste de uma camada da "gua bem misturada

com temperatura relativamente elevada> ii6 a camada intermedi"ria, onde e$iste a presença de

uma termoclina permanente, e iii6 a camada mais profunda, ainda com bai$as temperaturas, mas

com pequenos gradientes verticais 3(/9EI> -4E2=E(, 7J)7> KE;;/24, 7JJB6.

!.2 %alinidade

% salinidade # o nome dado & quantidade total de material dissolvido em uma parcela de "gua do

mar. ?% salinidade pode ser definida como a quantidade total, em gramas, de material s<lido

contido em um quilograma de "gua do mar quando todos os carbonatos forem convertidos a

<$idos, brometos e iodetos substitu1dos por cloretos e toda a mat#ria orgânica for completamente

o$idada@.

O valor m#dio de salinidade das "guas oceânicas # de +8 ups. 0udanças na salinidade da "gua

ocorrem pela adiç'o ou remoç'o de "gua doce, atrav#s de evaporaç'o e precipitaç'o,

congelamento da "gua ou derretimento de gelo 34O(;E 7J5J6. ;as "guas superficiais dos

oceanos, a salinidade varia de ++ a +) ups, podendo alcançar, dependendo das condições locais, a

concentraç'o de *F a B ups ou mais. % influência das flutuações superficiais nos valores de

salinidade dei$am de e$istir abai$o dos 7 m de profundidade, e esta se mant#m est"vel entre

+B,8 e +8 ups em todas as latitudes 3L(OM; et al ., 7JFJ6. % salinidade das "guas superficiais #

m"$ima nas latitudes pr<$imas a *G, devido a maior evaporaç'o em relaç'o a precipitaç'o, e

diminui em direç'o &s altas latitudes e ao equador.

!.3. "ress'o

Outra propriedade importante a ser considerada # a press'o que a coluna dN"gua e$erce sobre

uma parcela de "gua. % press'o pode ser e$pressa em decibares 3um decibar equivale,

apro$imadamente, a um metro6. Portanto, uma outra maneira de e$pressarmos a profundidade

nos oceanos # atrav#s da press'o. /nformações de temperatura, salinidade e press'o

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3propriedades independentes6 s'o particularmente importantes para estudos em Oceanografia

1sica, pois atrav#s delas podese determinar adensidade da "gua do mar, assim como outras

 propriedades dependentes.

!.!. Densidade

Em oceanografia, a densidade pode ser e$pressa em gm+ e seu valor varia de 7*7, gm+

na superf1cie, a 7), gm+ em profundidades superiores a 7 metros, nas regiões

oceânicas.

!.&. 'feitos da temperatura( da salinidade e da pressão so)re adensidade

 ;a seç'o anterior definimos as chamadas propriedades independentes da "gua do mar e

destacamos sua importância para a determinaç'o da densidade. ;essa seç'o, descreveremos

como press'o, temperatura e salinidade influenciam a densidade da "gua do mar.

% temperatura apresenta variaç'o inversamente proporcional & densidade, ou se!a, encontraremosnos oceanos, "guas frias associadas a altas densidades e "guas quentes associadas a bai$as

densidades3:E--O *J6. % salinidade apresenta variaç'o diretamente proporcional &

densidade, ou se!a, encontraremos nos oceanos "guas com altos valores de salinidade associadas

a altas densidades e "guas menos salinas associadas a bai$as densidades. % press'o, da mesma

forma que a salinidade, # diretamente proporcional & densidade, e, portanto, as "guas mais densas

ocupam sempre nos oceanos as maiores profundidades 3maiores pressões6, enquanto as

camadas superficiais s'o ocupadas pelas "guas menos densas 3igura 7.76.

Esquema *

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 Figura 1 – Efeitos da temperatura, salinidade e pressão sobre a densidade da água do mar 

(acima) e distribuição espacial zonal média de densidade.

onteC %daptado nocoes basicas de modelagem de hidrodinamica computacional e de disperssao

de poluintes, *J.

&. Oceanografia f*sica

&.1. O Oceano como um sistema f*sico e o seu papel no ciclo hidrol+gico

O oceano # um sistema f1sico, pois no seu interior e atrav#s das suas fronteiras desenrolamse

 processos f1sicos, ou se!a, processos descritos por leis da f1sica.

% Oceanografia 1sica tem como ob!ectivo compreender, descrever e analisar estes processos.%ssim, para al#m de fazer o diagn<stico, poder" tamb#m fazer o progn<stico da evoluç'o destes

sistemas e prever as suas implicações. Estas, n'o s'o s< f1sicas e, por isso, a Oceanografia # uma

mat#ria interdisciplinar em que a Oceanografia 1sica representa uma parte fundamental.

% transferência sucessiva de "gua entre os diversos reservat<rios e$istentes na =erra chamase

,iclo -idrol+gico. % atmosfera, embora tenha um bai$o conteQdo relativo de "gua, desempenha

um papel importante como agente nessa transferência. 0as o oceano domina o ciclo hidrol<gico

em termos de conteQdo de "gua. Ele cont#m cerca de J)R do total de "gua do Planeta. -ontudo #

a atmosfera que proporciona as grandes transferências de "gua 3e de energiaA6 de regi'o para

regi'o atrav#s do ciclo hidrol<gico. :e facto, o tempo de residncia da "gua nos oceanos #

medido em milhares de anos e na atmosfera # medido em diasS

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Tempo de residência! o per"odo de tempo médio em #ue uma molécula de água é armazenada

num dado reser$at%rio do ciclo &idrol%gico. ' calculado di$idindo a #uantidade de água num

reser$at%rio pela #uantidade de água #ue entra (ou sai) na unidade de tempo .

0anifestações da presença de "gua na atmosfera s'o as nuvens e os nevoeiros. %mbos consistem

em pequen1ssimas gotas de "gua ou cristais de gelo que condensaram.

-ontudo, a maior parte da "gua na atmosfera est" no estado gasoso 3vapor de "gua6. O ar est"

saturado quando h" um equil1brio entre condensaç'o e evaporaç'o. Tuanto maior for a

temperatura, maior a energia dispon1vel para a evaporaç'o e assim o ar quente ?suporta@ mais

humidade que o ar frio, sem saturar.

4" duas formas pelas quais o ar n'o saturado pode arrefecer e assim ficar saturado e começar a

condensar, formando nuvens ou nevoeiroC 3i6 arrefecimento adiab"tico quando o ar sobe e se

e$pande, porque a press'o atmosf#rica diminui> 3ii6 arrefecimento provocado por contacto comsuperf1cies frias.

 Figuira ! * *ceano é um sistema f"sico #ue interage com os outros sistemas #ue integram o

 grande sistema #ue é o +laneta.

onte: %postilaUmeteorologiaUoceanografia

igura +C nteracção do *ceano com a -tmosfera e processos f"sicos no *ceano

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onte: %postilaUmeteorologiaUoceanografia

/.'strutura )asica do oceano

/.1. Dimens0es e formas dos oceanos

Podese distinguir as principais regiões oceânicas em termos de suas caracter1sticas

oceanogr"ficas, particularmente sua circulaç'o. 2'o definidas comoC

oceano %tlântico, oceano Pac1fico, oceano Vndico e oceano Wrtico. Essas "reas s'o claramente

separadas entre si por porções continentais 3igura 7F6. Podese destacar tamb#m pequenos

3relativamente aos primeiros6 corpos dX"gua como o mar 0editerrâneo, o mar do -aribe, o mar 

do Yap'o e outros. O termo ?mar@ tamb#m pode ser usado para uma porç'o do oceano n'o

separada por porções continentais, mas por caracter1sticas oceanogr"ficas distintas das regiões

ad!acentes.-erca de )7R da superf1cie terrestre # coberta por "gua, sendo apenas *JR cobertos por terra. O

oceano Pac1fico # o maior dos oceanos, sendo mais e$tenso que o oceano %tlântico e Vndico

 !untos. % profundidade m#dia dos oceanos # B metros. % profundidade m"$ima encontrada

nos oceanos # de 778*B metros, na ossa de 0indanao, no Pac1fico Oeste. %s dimensões

verticais dos oceanos s'o muito menores que as dimensões horizontais, as quais s'o da ordem de

8 a 78 m.

%pesar da pequena dimens'o vertical dos oceanos, h" uma grande variaç'o e detalhamento nessa

fina ?camada@ entre a superf1cie e o fundo oceânico. Os continentes s'o as principais fronteiras

dos oceanos e as caracter1sticas da linha de costa e do fundo oceânico influenciam o movimento

das "guas. %s principais divisões do fundo oceânico s'oC a costa, a plataforma continental o

talude continental e o assoalho oceânico profundo.

/.2. ,osta

% costa # definida como a porç'o continental ad!acente ao oceano que tem sido gradativamente

modificada pela aç'o do mesmo. O limite oceânico da costa # a praia. % praia estendese da

regi'o onde o mar atinge a costa durante a mar# alta, & regi'o onde o mar atinge a costa durante a

mar# bai$a. Outro nome utilizado para denominar essa feiç'o # margem continental.

/.3. "lataforma ,ontinental

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% plataforma continental estendese da costa em direç'o ao oceano com um gradiente vertical

m#dio de profundidade de 7 por 8, com a profundidade aumentando 7 metro a cada 8

metros de distância. O limite e$terno da plataforma, chamado de quebra da plataforma, #

localizado na regi'o onde a inclinaç'o do fundo apresenta gradientes de 7 por *. % partir da1,

iniciase o chamado =alude continental, regi'o de forte inclinaç'o. % plataforma continental

apresenta uma distância m#dia em relaç'o & costa de cerca de 58 m e uma profundidade m#dia

de apro$imadamente 7+ metros.

/.!. $alude ,ontinental

O talude continental # uma regi'o de forte inclinaç'o, onde ao longo de pequenas distâncias

horizontais, a distância vertical chega a ser de cerca de B metros. ;essa regi'o assim como

nas plataformas continentais podese encontrar formas geol<gicas t1picas como canons

submarinos. Podese encontrar tamb#m vales com formato em H geralmente em regiões onde h"a e$istência de rios na costa. ;a verdade, esses vales nada mais s'o que a antiga calha desses rios

que em per1odos glaciais 3quando o n1vel dos oceanos estava bem mais bai$o6 encontravamse

e$postas na superf1cie.

/.&. ssoalho Oceânico "rofundo

:o fundo do talude continental at# o assoalho oceânico dos oceanos observase uma diminuiç'o

na inclinaç'o do fundo oceânico. Esta regi'o estendese por grandes "reas, atinge profundidades

de + a 5 metros e corresponde a )BR das bacias oceânicas. Essa regi'o apresenta uma

enorme variedade de feições topogr"ficas, chamada de cordilheira mesooceânica.

% cordilheira mesooceânica # a mais e$tensa formaç'o geol<gica e$istente sobre a superf1cie

terrestre. :o sul da roelândia estendese pelo meio do oceano %tlântico de norte a sul e

atravessa os oceanos Vndico e Pac1fico. ;o %tlântico, a cordilheira separa as "guas de fundo dos

lados leste e oeste.

.s propriedades f*sicas da #gua do mar

E$istem v"rias propriedades f1sicas relevantes da "gua do mar comoC temperatura, salinidade,

 press'o, densidade, transparência, velocidade do som eoutras. ;o entanto, as principais

 propriedades f1sicas da "gua do mar s'o a temperatura e a salinidade. Essas duas propriedades

e$ercem grande influência sobre muitos movimentos no oceano. ;esse cap1tulo estudaremos

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como essas propriedades podem influenciar nos movimentos e como est'o distribu1das nos

oceanos.

% temperatura da "gua do mar foi um dos primeiros parâmetros oceânicos a serem medidos. Essa

 propriedade pode ser facilmente medida com o uso de termDmetros.

% salinidade # o nome dado & quantidade total de material dissolvido em uma parcela de "gua do

mar. ?% salinidade pode ser definida como a quantidade total, em gramas, de material s<lido

contido em um quilograma de "gua do mar quando todos os carbonatos forem convertidos a

<$idos, brometos e iodetos substitu1dos por cloretos e toda a mat#ria orgânica for completamente

o$idada@. % salinidade m#dia da "gua do mar # de +8.

Outra propriedade importante a ser considerada # a press'o que a coluna dN"gua e$erce sob uma

 parcela de "gua. % press'o pode ser e$pressa em decibares 3um decibar equivale,

apro$imadamente, a um metro6. Portanto uma outra maneira de e$pressarmos a profundidade nosoceanos # atrav#s da press'o.

/nformações de temperatura, salinidade e press'o 3propriedades independentes6 s'o

 particularmente importantes para estudos em Oceanografia 1sica, pois atrav#s delas podese

determinar a densidade da "gua do mar, assim como outras propriedades dependentes. Em

oceanografia, a densidade pode ser e$pressa em gm+ e seu valor varia de 7*7, gm+ na

superf1cie, a 7), gm+ em profundidades superiores a 7 metros, nas regiões oceânicas.

E$istem algumas maneiras de se e$pressar a densidade, sendo a mais usual apenas a leitura dos

Qltimos quatro d1gitos de acordo com a f<rmula abai$oC -om a utilizaç'o da f<rmula acima

 passamos a obter os seguintes valores de densidadeC

.1. Distri)uição 'spacial das "ropriedades nos oceanos

 ;essa seç'o trataremos da distribuiç'o espacial das propriedades no oceano. -omo vimos na

introduç'o e$iste uma grande diferença entre as dimensões vertical e horizontal das bacias

oceânicas. -omo tal, os padrões de distribuiç'o de temperatura e de salinidade no oceano devem

7*7, gm+ Z *7, gm+

7*8, gm+ Z *8, gm+

7), gm+ Z ), gm+

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ser analisados separadamente nas duas dimensões. eralmente encontramos variações espaciais

maiores na vertical 3com a profundidade6 e menores na horizontal.

.1.1. Distri)uição horiontal de temperatura

% temperatura da superf1cie do oceano, basicamente, reflete o padr'o de incidência da radiaç'o

solar sobre a superf1cie terrestre. %s regiões equatoriais e tropicais apresentam as maiores

temperaturas da superf1cie do mar 3=206, uma vez que nessas regiões temos alta incidência da

radiaç'o solar. (egiões subtropicais e polares apresentam bai$os valores de =20, uma vez que

nessa regi'o ocorre uma menor incidência de radiaç'o solar. =emos, portanto, na superf1cie do

oceano um padr'o zonal de distribuiç'o de temperatura, com altas temperaturas em bai$as

latitudes e bai$as temperaturas em altas latitudes .

% variaç'o espacial de temperatura nos oceanos coe$iste com a variaç'o temporal da mesma. %o

longo do ano, o plano da <rbita da =erra ao redor do 2ol 3ecl1ptica6 cruza duas vezes o Equador terrestre 3Equin<cios6. Esse plano deslocase at# apro$imadamente *+,8G ; 32olst1cio de Her'o6

durante o inverno no hemisf#rio 2ul e *+,8G 2 32olst1cio de inverno6 durante o Her'o no

4emisf#rio 2ul. Esse deslocamento solar em relaç'o & linha equatorial # chamado de declinaç'o

solar e # respons"vel pela variaç'o das estações do ano e tamb#m por alterações espaciais

que afetam tanto movimentos atmosf#ricos quanto oceânicos.

O sentido de rotaç'o da =erra 3de leste para oeste6 tamb#m afeta a distribuiç'o de temperatura

 !unto &s bordas continentais. % rotaç'o da =erra age de maneira a empilhar "gua na superf1cie das

margens leste dos continentes. ;as margens oeste dos continentes, ocorre o processo inverso,

 provocando retirada de "gua da superf1cie, e a conseq[ente subida de "guas profundas com

temperaturas mais bai$as que as de superf1cie. Esse processo, de fundamental importância para a

vida marinha, # chamado de ressurgência e ser" abordado com maior detalhe no

cap1tulo seguinte.

%s fontes termais presentes nas regiões oceânicas profundas da cordilheira meso \ oceânica

tamb#m constituem importante fonte de calor, mas seu efeito sobre a temperatura do oceano

restringese as regiões imediatamente ad!acentes.

.1.2. Distri)uição vertical de $emperatura

-omo descrito na seç'o anterior, a principal fonte de calor para o oceano # a energia solar. O

oceano # aquecido na sua superf1cie, e essa caracter1stica assegura ao mesmo um comportamento

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est"vel, ou se!a, "guas menos densas na superf1cie e mais densas no fundo. O calor irradiado para

o oceano # capaz de penetrar na coluna de "gua apenas algumas dezenas de metros. %bai$o dessa

camada superficial, o calor # transferido para as camadas inferiores do oceano apenas por 

 processos difusivos e de transporte vertical. Esses processos s'o bem menos eficientes que o

 primeiro, e o resultado # que observamos a alguns metros da superf1cie uma brusca queda de

temperatura 3igura B6.

 Figura / 0 +erfil $ertical de temperatura te%rico.

onteC %postilaUmeteorologiaUoceanografia

-omo resultado do processo de aquecimento do oceano descrito no par"grafo anterior podemos

caracterizar um perfil t1pico de temperatura para uma regi'o oceânica, identificando algumas

regiões importantes.

 ;os primeiros 7 metros de profundidade, apro$imadamente, temos uma camada onde a

temperatura permanece constante # a chamada -amada de 0istura. Essa camada n'o apresenta

variações bruscas de temperatura devido aos fortes processos de mistura promovidos pela

influência dos ventos e das ondas geradas pelos mesmos. Essa camada # muito importante para o

oceano, pois # nela que se estabelece a cone$'o com a atmosfera.

%bai$o da camada de mistura encontrase a chamada termoclina permanente, marcada por ser 

uma regi'o onde ocorre uma forte queda de temperatura 3gradiente vertical m"$imo de

temperatura6. Em latitudes bai$as e m#dias, a termoclina permanente localizase,

apro$imadamente, entre asprofundidades de * e 7 metros. -omo o pr<prio nome diz essacamada permanece com caracter1sticas constantes durante o ciclo sazonal.

:urante o inverno, devido a forte aç'o dos ventos, a camada de mistura # fortalecida e mant#m a

temperatura constante at# regiões mais profundas. ;o ver'o, a temperatura da superf1cie do mar 

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aumenta e uma termoclina sazonal se desenvolve na profundidade apro$imada de + metros

3igura 86.

 Figura 0 E$olução temporal da termoclina sazonal.

onteC %postilaUmeteorologiaUoceanografia

igura 8 Evoluç'o temporal da termoclina sazonal. %bai$o da regi'o da termoclina permanente

3apro$imadamente 7 metros6, surge uma camada profunda cu!a caracter1stica marcante # a

suave variaç'o da temperatura com a profundidade. %p<s os + metros de profundidade inicia

seuma significativa influência da press'o elevando suavemente a temperatura. -omo veremos

com maior detalhe no pr<$imo cap1tulo a distribuiç'o espacial da temperatura nos oceanos n'o #

funç'o apenas da desigual incidência de radiaç'o solar sobre a superf1cie terrestre, mas tamb#m

dos movimentos horizontais e verticais que alteram, no tempo e no espaço, as distribuições de

temperatura.

.1.3. Distri)uição horiontal de %alinidade

% distribuiç'o horizontal de salinidade # fortemente dependente dos processos de evaporaç'o e

 precipitaç'o sobre a superf1cie do mar. Tuanto maior for a ta$a de evaporaç'o em uma regi'o

oceânica, maior ser" o processo de precipitaç'o dos sais da "gua do mar, e portanto, maior ser"

sua salinidade. Tuanto maior for a ta$a de precipitaç'o 3chuvas6, maior ser" a diluiç'o dos sais

nas "guas superficiais. -omo pode ser observado, e$iste uma ligaç'o direta entre a salinidade e o

 balanço Evaporaç'o \ Precipitaç'o 3igura 56.

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 Figura 2 0 3istribuição meridional superficial de salinidade e do balanço e$aporação0

 precipitação

onteC %postilaUmeteorologiaUoceanografia

Para compreendermos melhor a distribuiç'o espacial o parâmetro salinidade, tornase

fundamental o conhecimento desse balanço sobre a superf1cie do oceano.

-omo se observa na igura 5, a ta$a de precipitaç'o # maior que a ta$a de evaporaç'o no

equador, diminuindo os valores de salinidade. ;as regiões tropicais temos um balançoevaporaç'o\precipitaç'o positivo representando o dom1nio da evaporaç'o e altos valores de

salinidade. Em direç'o &s regiões polares, devido a menor incidência da radiaç'o solar, temos

novamente uma diminuiç'o do processo de evaporaç'o e a gradual diminuiç'o da salinidade.

Os valores de salinidade na superf1cie do oceano variam de ++ppm a +)ppm. Outro fator que

 pode influenciar regionalmente a concentraç'o de sais da "gua do mar # o aporte de "guas

fluviais 3rios6. %s regiões onde ocorre o encontro entre as "guas provenientes da drenagem

continental 3"gua doce6 e as "guas marinhas, s'o chamadas de Estu"rios, e apresentam "guas de

 bai$a salinidade. Por outro lado, e$istem regiões marinhas localizadas no interior de continentes

como o 0ar 0editerrâneo e o 0ar Hermelho, que possuem altos valores de salinidade devido &

alta ta$a de evaporaç'o.

%ssim como a temperatura a distribuiç'o temporal da salinidade na superf1cie dos oceanos #

vari"vel ao longo do ciclo sazonal.

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.1.! 4 Distri)uição vertical de %alinidade.

% estrutura vertical de salinidade n'o # t'o simples quanto & estrutura vertical de temperatura. %

raz'o para tal fato devese & maior importância da temperatura em determinar a densidade. %

densidade, como comentado anteriormente, # uma propriedade fundamental para a determinaç'o

dos movimentos no oceano. % salinidade isolada n'o # suficiente para alterar valores de

densidade no oceano,e portanto,n'o age ativamente nos movimentos oceânicos. ;a verdade, essa

 propriedade # considerada um constituinte passivo e # transportada pelas correntes marinhas.

Portanto, diferentemente da temperatura podese encontrar nos oceanos altosvalores de

salinidade tanto em regiões superficiais como em regiões profundas.

Esse fato est" intimamente ligado a circulaç'o 3correntes marinhas6 no interior dos oceanos, a

chamada circulaç'o termohalina, que ser" abordada com maior detalhe no pr<$imo cap1tulo.

E$iste uma variaç'o significativa nos perfis verticais de salinidade em diferentes fai$aslatitudinais. %pesar dessa variaç'o, em todas as regiões # poss1vel observar uma fai$a de m1nimo

de salinidade localizada entre as profundidades de 5 a 7 metros. % partir da1, observase

um gradativo aumento da salinidade at# a profundidade apro$imada de * metros 3igura )6.

 Figura 4 0 +erfis $erticais de salinidade te%ricos para regi5es oce6nicas tropicais (es#uerda) e

 parabai7as latitudes (direita).

onteC %postilaUmeteorologiaUoceanografia

% salinidade em "guas profundas 3abai$o dos B metros6, assim como a temperatura,

comportase uniformemente em todos os oceanos.

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Em regiões costeiras estuarinas e$iste uma regi'o de forte gradiente de salinidade a chamada

haloclina. ;essas regiões encontramos "guas fluviais menos densas na superf1cie, e "guas

marinhas mais densas no fundo .

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5. ,onclusão

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16. 7i)liografia

4O(;E 7J5J. 8ser9s :anual. *ffice of ;esponse and ;estoration.<azardours :aterials

 ;esponse 3i$ision.=ational *ceanic and -tmosp&eric -dministration.

YO4%;;E22E;, O. 0.> 2%;:HE;, 2.> YE;K/;2, %. :.> :](%;:, :.> PE==E(22O;, 9.4.> E2PE:%9, 4.> EHE;2E;, .> L(OM; et al ., 7JFJ, ?>atellite eart& obser$ation in

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rancisca, Baborat%rio de :odelagem de +rocessos :arin&os e -tmosféricos, agosto *5.

:E--O, 4atsue =aanaca de et al,  =oç5es Cásicas de :odelagem <idrodin6micaDomputacional e de 3ispersão de +oluentes, 7^ Ediç'o, (io de Yaneiro, -OPPE, *J.